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Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra “Pobreza e exclusão Social” Subtema: Como pode a discriminação levar á pobreza e consequentemente á exclusão social, ou vice-versa. Joana Louro Coimbra, 2010

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Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

“Pobreza e exclusão Social”

Subtema: Como pode a discriminação levar á pobreza e consequentemente á exclusão social, ou vice-versa.

Joana Louro Coimbra, 2010

Trabalho de avaliação contínua da disciplina de Fontes de Informação Sociológica

Aluna: Joana Louro

Número: 2009112346

Curso: Sociologia

Professor: Paulo Peixoto

Ano lectivo 2009/2010

Imagem da capa: http://3.bp.blogspot.com/_rdFkRXJNttM/SLBma_tV-rI/AAAAAAAAAO8/MCRNFNEk--I/s400/4788882A1E64D378F84CC624DD4F0B9113A6_discrimina%C3%A7%C3%A3o.jpg

António Gedeão – Lágrima de preta

Encontrei uma preta que estava a chorar pedi-lhe uma lágrima

para a analisar.

Recolhi a lágrima com todo o cuidado num tubo de ensaio bem esterilizado.

Olhai-a de um lado,

do outro e de frente: tinha um ar de gota muito transparente.

Mandei vir os ácidos,

as bases e os sais, as drogas usadas em casos que tais.

Ensaiei a frio,

experimentei ao lume, de todas as vezes

deu-me o que é costume:

nem sinais de negro, nem vestígios de ódio.

Água (quase tudo) e cloreto de sódio.

ÍNDICE: 1- Introdução ……………………………………………………………………...…………….…5

2- Desenvolvimento

2.1- Índice de distribuição regional de vulnerabilidade á pobreza ………… 6

2.2- Principais conjuntos vulneráveis á pobreza …………………………………………6

2.3- Breve caracterização destes conjuntos ………………………….…………………… 7

2.4- Tipos de pobreza …………………………………………………………………………….………… 8

2.5- Inclusão e exclusão sociais …………………………………………………………………..… 9

2.6- Sem-abrigo e “novos” sem-abrigo.………………………………………………..…..… 10

2.7- Instituições de apoio aos sem-abrigo ………………………………………………… 12

3- Descrição detalhada da pesquisa ……………………..……………………..…13

4- Avaliação da página da internet ………………………………………………… 16

5- Ficha de Leitura …………………………………………………………………………… 19

6- Conclusão ………………………………………………………………………………………. 22

7- Referências Bibliográficas ………………………………………………………... 23

8- Anexos

8.1- Texto “ Sem terra … Nem trabalho” …………….……………………………………. 24

8.2- Página avaliada: SOS Racismo.…………. ………………………………………………… 25

8.3- Gráficos relativos ao tema ……….……………………………………………………………26

1- INTRODUÇÃO:

Cada vez mais, nos nossos dias, assistimos a um aumento da

discriminação entre os seres humanos. Não só racismo, como também

xenofobia, homofobia…

Este fenómeno é cada vez mais um factor de exclusão social, na

medida em que esta discriminação pode levar também à pobreza.

Neste trabalho, pretendo analisar a discriminação sofrida por algumas

minorias étnicas, e também alguns tipos de pobreza. Vou explorar um

testemunho de uma pessoa pertencente a uma minoria étnica.

Inicialmente irei apresentar alguma informação relativa ao tema em

análise, alguns gráficos de informação estatística relacionada com o tema

em questão, e análise da página da internet, bem como quadros de análise de

alguns factores de exclusão social.

Irá ser feita uma distinção entre as maiorias e as minorias étnicas,

relativamente a facilidades de emprego, instrução, atribuição de

rendimentos …

Será abordado também o tema dos sem-abrigo, com análise e destaque

para os novos sem-abrigo, ou novos pobres.

Serão expostos os vários tipos de pobreza e vulnerabilidade social, a

função da protecção social e algumas instituições de apoio aos sem-abrigo.

2- Desenvolvimento

Para contextualizar o subtema escolhido para este trabalho, achei

importante começar por fazer referência ao índice que avalia a

vulnerabilidade à pobreza, por região.

2.1- Índice de distribuição regional de vulnerabilidade à pobreza

“O índice de distribuição regional de vulnerabilidade à pobreza é

construído a partir de seis indicadores:

- Proporção de pensionistas na população;

- Taxa de desemprego;

- O peso de desempregados com baixa escolaridade;

- O volume relativo de jovens analfabetos;

- A proporção de população africana;

- O contingente dos que vivem da assistência.”

(Almeida, 1992)

Estes indicadores têm maior impacto em alguns grupos de “risco”

específicos.

2.2- Principais conjuntos vulneráveis à pobreza

“Os sete conjuntos principais mais vulneráveis à pobreza são:

- Os idosos pensionistas;

- Os agricultores de baixos rendimentos;

- Os assalariados com baixo nível de remunerações;

- Os trabalhadores precários e da economia informal;

- As minorias étnicas;

- Os desempregados;

- Os jovens com fraca escolaridade e qualificação à procura do

primeiro emprego.”

(Almeida, 1992)

Seguidamente é apresentada uma breve caracterização de cada grupo

minoritário anteriormente apresentado, porque importa perceber os

motivos pelos quais são considerados grupos de risco.

2.3- Breve caracterização destes conjuntos

“♦Agricultores de baixos rendimentos:

Grupo dos que conheceram e continuam a conhecer as condições de

pobreza mais duradouras.

Vivem do que produzem e consoante a quantidade d terras que

possuem.

São incapazes de ultrapassar uma auto-subsistência de carências e

privações.

♦ Idosos pensionistas:

São a categoria mais numerosa.

As prestações sociais que lhes são atribuídas têm vindo a aumentar,

mas não atingem sequer o ordenado mínimo nacional.

♦ Desempregados e Minorias:

Categoria de menor dimensão, mas com carências de recursos muito

agudas.

♦ Assalariados com baixo nível de remuneração:

Nesta categoria é mais correcto falar de vulnerabilidade à pobreza do

que em pobreza propriamente dita.

Forte correlação com a idade e com o tempo de actividade profissional

dos indivíduos que o constituem.

♦Trabalhadores precários e da economia informal:

Categoria de maior dimensão a seguir aos idosos pensionistas.

Falta de garantia da continuidade das fontes de rendimento.

♦Jovens de baixas qualificações à procura do primeiro emprego:

Elevada probabilidade de no futuro virem a conhecer situações

duradouras de vulnerabilidade à pobreza ou pobreza.”

(Almeida, 1992)

Como a maioria das características de uma população, a pobreza também

apresenta vários tipos. É importante referi-los para que sejam notadas as

distinções entre eles.

2.4- Tipos de pobreza

“→ Destituição: aglomerações de grupos pobres nas cidades ou

dispersos nas zonas rurais. A sua pobreza adquire grande visibilidade

porque é contrastante com o meio, mesmo quando este também é pobre.

→ Restrição: podem estar dispersos, habitar em zonas de

concentração de grupos pobres nas cidades. Os bens que consomem e as

maneiras como os consomem destinam-se á garantia de sobrevivência.

→ Dupla referência: localizam-se em zonas urbanas de concentração

de grupos pobres, formando frequentemente concentrações étnicas e

praticando rotações familiares pelas habitações disponíveis. Os bens que

consomem são geralmente os essenciais para sobreviverem.

→ Poupança: procura restringir o consumo, comprimindo-o tanto

quanto possível. Visa garantir a sobrevivência da família.

→ Convivialidade: valorização das dimensões lúdicas no consumo de

comidas e bebidas e atracção por objectos de tecnologia moderna, apesar

das fortes carências materiais.

→ Investimento na mobilidade social: os consumos privilegiados são os

destinados á escolarização dos filhos ou á recomposição da força de

trabalho, permitindo dirigir á acumulação de capital escolar na segunda

geração.

→ Transitoriedade: presença significativa nas regiões industrializadas

mais fortemente afectadas pela crise económica. Os consumos são

forçosamente restringidos e a relação com a sociedade traduz-se no

sentimento de privação por comparação com o passado relativamente

próspero.”

(Almeida, 1992)

A pobreza é o fenómeno maioritariamente responsável pela exclusão na

sociedade. Por este motivo, neste ponto será feita uma distinção entre

inclusão e exclusões sociais.

2.5- Inclusão e exclusão sociais

“O termo exclusão social tem origem francesa e toma vulto a partir do

livro “Les Exclus” (1974), de autoria de Lenoir, que define os excluídos como

aqueles indivíduos concebidos como resíduos.

A cultura capitalista valoriza somente os capazes, inteligentes e

vencedores, criando na nossa mente a imagem que todos os que conseguem

dinheiro, riquezas e poder são realmente os detentores da felicidade e da

perfeição humana na terra.

Uma das formas mais cruéis de exclusão social não é efectuada com

deficientes, mas sim com os pobres que além de serem desprezados como

seres humanos passam por coisas horríveis e quase insuportáveis como a

fome, falta de habitação, violência, mortes prematuras, tráfico de drogas,

doenças e outros males diversos.

A inclusão é um pequeno avanço que a educação está a conseguir

realizar para que possamos respeitar as diferenças, reconhecendo que

podemos conviver em sociedade aprendendo todos juntos, inclusive com

pessoas deficientes ou com outras carências humanas e/ou económicas.”

(Silva, 2008).

Um dos grandes grupos vítimas de exclusão social e pobreza extrema

são os sem-abrigo. Este grupo tem inúmeras características que os

diferenciam dos chamados “novos sem-abrigo”. É disto que se irá falar no

próximo ponto.

2.6- Sem-abrigo e “novos” sem-abrigo

“Os sem-abrigo eram considerados, nos diferentes países, como um

perigo social. Eram postos à margem da sociedade.

Eram consideradas duas categorias de mendigos: os fracos, velhos,

doentes e inválidos que poderiam viver da caridade e os que não tinham

qualquer deficiência mas recusavam-se a trabalhar, vivendo à margem da

sociedade.

Actualmente a problemática dos sem-abrigo caracteriza-se por uma

grande complexidade e heterogeneidade.

Para fazer uma análise, consideram-se quatro aspectos.

O primeiro é o caso da habitação. A este nível há uma grande falta de

alojamento a preços acessíveis e de habitação social destinada aos

indivíduos e às famílias com poucos recursos.

Sendo a habitação um bem essencial onde se aplica uma parte

importante do orçamento familiar, as alterações nas condições de acesso á

habitação podem ter efeitos significativos sobre os indivíduos e as famílias,

pelo que se justifica a intervenção do Estado, ao nível da política de

financiamento, do custo e da disponibilidade do crédito.

A impossibilidade de aceder a um alojamento está intimamente

relacionada com a insuficiência de rendimentos e com a falta de protecção

social no emprego e na doença, decorrentes da inserção precária no

mercado de trabalho.

O alojamento é quase sempre o factor que desencadeia o processo de

marginalização social, factor esse, combinado com outros factores

igualmente problemáticos.

O segundo é a questão do emprego/desemprego.

A precariedade do estatuto económico que caracteriza a situação dos

activos desempregados resulta de uma inserção marginal do mercado de

trabalho, cujas consequências são a insegurança constante, o baixo nível de

rendimentos e a ausência de cobertura social.

Ao trabalhar em sectores de actividade com baixos níveis de

remuneração e, por vezes, sem qualquer vínculo contratual ou apenas a título

temporário, estes indivíduos estão sujeitos ao desemprego, na maior parte

das vezes sem terem direito ao respectivo subsídio.

O terceiro ponto é a protecção social.

Tanto ao nível do sistema da Segurança Social, como ao nível da Acção

Social, a tendência é para uma certa ineficácia e falta de capacidade para

responder às várias situações de carência e risco social.

Enquanto se encontram em actividade, não beneficiam dos subsídios de

desemprego e doença, e quando passam à situação de inactivos, apenas têm

direito à Pensão social, de montante reduzido.

Por último, temos a questão da saúde.

A grande maioria da população sem-abrigo apresenta problemas de

saúde, uma vez que vive em situação de degradação das condições de vida,

não podendo satisfazer as suas necessidades mais vitais, tais como a

alimentação, habitação e higiene.

Os “novos” sem-abrigo:

Estes novos pobres são o resultado de fenómenos recentes, tais como

o desemprego, que é a causa principal. Além disso surgem aspectos como a

perda de salários ou a sua redução, o desemprego parcial, a baixa o poder de

compra, as dificuldades no acesso a uma habitação, a dificuldade de acesso

a um primeiro emprego, entre outros.

Podem ser traçadas três características desta “nova” classe:

- Os “novos” pobres são menos conhecidos que os pobres

“tradicionais”, pois são resultado de uma situação recente.

- Não são reconhecíveis no seu estado inicial, uma vez que pela sua

pouca gravidade relativamente ao estado dos outros pobres, facilmente se

confunde com o dos outros indivíduos ou famílias.

- Os serviços sociais estão preparados para lidar com situações de

pobreza clássica, que sempre tiveram como público, mostrando-se pouco

adequados para responder às novas características desta pobreza.”

(Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade

Técnica de Lisboa , 1996)

Como estamos a falar de um grupo de elevada carência, achei que faria

sentido fazer referência a algumas instituições que os possam ajudar.

2.7- Instituições de apoio aos sem-abrigo

- F.E.A.N.T.S.A. (Federação Europeia das Associações Nacionais que

Trabalham com os Sem-Abrigo);

- O Companheiro;

- Comunidade Vida e Paz;

- Projecto “Porta Amiga”, da Fundação AMI.

(Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade

Técnica de Lisboa , 1996)

3-Descrição detalhada da pesquisa

Após a escolha do tema a desenvolver, o passo seguinte foi o de

encontrar informação credível para a consolidação do assunto em estudo.

As principais fontes utilizadas foram a Internet, a Biblioteca da

Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, a Biblioteca Norte-Sul

do Centro d Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e a Biblioteca

Geral da Universidade de Coimbra.

Na ida ao CES, foi feita uma pesquisa no catálogo bibliográfico, por

assunto com a palavra “pobreza”, tendo sido obtidos 115 resultados.

Nova pesquisa com as mesmas características, mas com a expressão

“exclusão social”, obtendo-se 60 resultados.

Numa pesquisa em tudo similar à anterior, apenas mudando o termo

para “discriminação”, obtiveram-se 174 resultados.

Dentro destes resultados, escolhi os que me pareceram mais

credíveis, num total de 15. Após ter os livros à minha frente foi feita uma

análise superficial da informação contida. Dentro destes foram escolhidos

para uso no trabalho três deles.

Na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra foi feita uma pesquisa

com a ajuda da funcionária, visto ser a primeira vez que a frequentava, mas

o livro que me interessou não estava disponível.

Quando me dirigi à Biblioteca da Faculdade de Economia da

Universidade de Coimbra, já sabia as cotas dos livros que pretendia

requisitar, tendo-me dirigindo logo a eles. Desta Biblioteca foram utilizados

dois livros neste trabalho.

Ao analisar estes livros, três temas nos quais não havia pensado,

foram-me apresentados:

- Minorias étnicas;

- Sem-abrigo;

- Tipos de pobreza.

Após ter os tópicos aparentemente delineados, procedi à pesquisa na

internet.

Nesta pesquisa foram utilizados dois motores de busca: o Google e o

Altavista.

Os resultados de informações iguais nos dois diferentes motores de

busca foram diferentes.

Pesquisando por “Discriminação+Pobreza”, foram obtidos 382 000

resultados no Google e 64 345 resultados no Altavista.

Alterando os conceitos para “Pobreza+Racismo”, foram obtidos 301

000 resultados no Google e 246 139 resultados no Altavista.

Quando utilizei ”Exclusão social+Racismo”, foram fornecidos 168 000

resultados no Google e 53 729 resultados no Altavista.

Usando “Exclusão social+Discriminação”, foram recebidos 198 000

resultados no Google e 1448 no Altavista.

Fazendo uma análise superficial dos resultados, percebemos que o

Altavista faz uma pesquisa mais refinada que o Google.

Após esta pesquisa, decidi pesquisar os mesmos termos utilizados na

pesquisa anterior, mas desta fez no Google Académico.

Para “Discriminação+Pobreza”, obtive 26 500 resultados.

Para “Pobreza+Racismo”, obtive 27 700 resultados.

Para ”Exclusão social+Racismo”, obtive 20 400 resultados.

Para “Exclusão social+Discriminação”, obtive 28 800 resultados.

Visto que no Google Académico a quantidade de resultados foi

bastante menor que nos outros dois, concluí que este é mais objectivo que

os outros dois.

4- Avaliação página da internet

A página escolhida para avaliação foi:

http://www.sosracismo.pt/

Segundo a página esta associação existe desde 1990 propondo uma

“sociedade mais justa, igualitária e intercultural onde todos, nacionais e

estrangeiros com qualquer tom de pele, possam usufruir dos mesmos

direitos de cidadania.”

São apresentados os principais objectivos e feitos desta associação,

tais como a contribuição para a existência de infra-estruturas de apoio às

populações imigrantes e das minorias étnicas; estabelecimento de uma acção

consertada, com as diversas associações de direitos humanos, de imigrantes

e anti-racistas; acção no sentido da consciencialização e responsabilização

das autoridades e população portuguesa face à problemática da

discriminação racial e xenófoba; entre outros.

Esta mesma associação possui um centro de documentação na sede de

Lisboa, e desenvolve intervenção comunitária, promovendo a inserção

escolar e social das crianças, jovens e familiares dos residentes.

Têm como áreas de intervenção a área da educação, o trabalho

jurídico, a tomada de posições públicas e a participação em debates,

colóquios, campanhas de informação e esclarecimento.

É apresentado nesta página o projecto interligar, um projecto

financiado pelo programa escolhas, e pretende combater o insucesso e

abandono escolar, a falta de formação e de participação cívica que afectam

as crianças, jovens (dos 6 aos 24 anos) e respectivas famílias da Quinta da

Torrinha (Freguesia da Ameixoeira), através do aumento, e da criação de

recursos sócio – educativos.

Ao entrarmos na página, temos do lado direito uma secção que nos

permite consultar a informação contida no site.

Abaixo desta temos outra divisória com hiperligações para alguns

blog’s.

Podemos ter acesso à história da organização, projectos, publicações,

notícias, ligações e contactos.

Na opção “História” podemos obter informação acerca da organização,

dos seus feitos e objectivos.

Em “projectos”, é-nos apresentado o “projecto interligar”. Aí podemos

consultar o que é e em que consiste.

Quando entramos em “publicações”, é-nos apresentada uma lista de

todas as publicações desta organização, entre as quais podemos ver alguns

títulos relacionados com o tema que escolhi. “Ciganos: números, abordagens

e realidades”; “Não ao racismo – Viva o Desporto a Cores”; “Sentir o racismo

e a Xenofobia” e “Ciganos” são alguns deles.

Em “Notícias”, é-nos dada a oportunidade de nos tornarmos sócios e

de contribuirmos nós mesmos para as notícias presentes na página.

A hiperligação mais abrangente do site é “Ligações”, onde podemos

encontrar informação de Institucionais, ONG’s | Associações,

Internacionais, Blog’s e Fórums, todos ligados ao assunto em questão.

No separador “Contactos” temos acesso aos vários contactos da

organização, através dos quais poderemos obter mais informações acerca da

mesma ou do tema.

Na segunda divisória (a das hiperligações), poderemos aceder a três

blog’s da organização.

No primeiro podemos ter acesso a várias notícias, relacionadas com o

tema, de diversos jornais e canais de televisão.

No segundo, o do Porto, podemos ver informação relativa a vários

congressos e acções de sensibilização, bem como também notícias sobre

diversos temas.

No terceiro e último, temos acesso a informação sobre todas as

actividades desenvolvidas no projecto “interligar”, e informações sobre este

que não encontramos na página em análise.

Esta página faculta-nos informação sobre documentos que podem

fornecer conhecimento para o tema em questão.

5- Ficha de Leitura

Título da publicação: No limiar da pobreza: emprego e desemprego na União Europeia. Autor: EAPN – European Anti-Poverty Network Edição em Português: REAPN – Rede Europeia Anti-Pobreza / Portugal Local onde se encontra: Biblioteca Norte-Sul, CES – Centro de Estudos Sociais. Data de Publicação: 2006 Local de Edição: Bruxelas Local de Edição em Portugal: Porto Editora: EAPN; REAPN Título do Capítulo: “Sem terra … Nem trabalho!” Cota: 316.344 (4) REA 2006 Páginas: 38 – 43 Assunto: Pobreza e exclusão social. Palavras – chave: pobreza, desemprego, trabalho, discriminação, minoria cigana, assistência social. Data da Leitura: 24 de Maio de 2010

Neste capítulo é-nos relatada a história de vida de Julian, um cigano

Búlgaro de 35 anos, com três filhos. Este encontra-se desempregado há

dois anos.

Após ter cumprido o serviço militar, teve um emprego com uma baixa

remuneração, mas agora que o perdeu recebe ainda menos de um subsídio

mensal que lhe foi atribuído.

Julian considera que é bom viver num país democrático, mas acha que

os salários são demasiado baixos para se ter uma vida normal.

Na sua aldeia, mais de 30% das pessoas recebem apoio social. Ele e o

irmão, também desempregado, são ajudados pelos pais reformados.

Os seus filhos não frequentam a escola na maioria dos meses,

encontrando-se a tentar arranjar dinheiro para ajudar a família.

Na sua procura de emprego, foi recentemente discriminado por ser

cigano. O empregador em questão ter-lhe-á dito que não lhe dava emprego

por ser cigano.

Julian acha que existe muita discriminação na sociedade Búlgara

relativamente aos ciganos, pois são considerados “porcos” e perigosos.

Para receber a pensão, precisa de assinar um papel semanalmente. Mas

como perdeu o bilhete de identidade e um novo tem um custo que ele não

pode suportar, não pode receber essa pensão.

A Bulgária sofreu uma crise económica que aumentou imenso as

desigualdades no país.

Os ciganos são uma minoria neste país, tendo estes a maior taxa de

desemprego no mesmo, e representam a mão-de-obra mais barata.

Como não têm rendimentos para que os filhos possam ter um grau de

escolarização mais elevado, estes filhos irão ter igualmente reduzidas

oportunidades de emprego como os pais. Cria-se aqui um ciclo vicioso que

mantém esta minoria étnica na base da sociedade.

Esta minoria é a que mais depende de rendimentos sociais, sendo

necessário que sejam tomadas medidas políticas para travar este flagelo, e

tentar acabar com a discriminação destas pessoas, tentando inseri-las na

sociedade pois são pessoas como tantas outras.

6- Conclusão

O principal objectivo da escolha deste tema foi dar a conhecer o

facto de a discriminação racial e étnica ser um grande meio de desemprego,

desemprego este que leva à pobreza e consequentemente à exclusão social.

A minha principal preocupação foi em mostrar e esclarecer os

principais tipos de pobreza.

Seguidamente procurei falar das minorias étnicas e dos sem-abrigo, e

das suas dificuldades de inserção na sociedade.

Foram também apresentadas algumas associações de apoio à

reinserção destas pessoas na sociedade.

Este trabalho permitiu-me perceber melhor a grande discriminação

existente para com as minorias étnicas, e sem-abrigo. Serviu-me também

para tomar conhecimento das inúmeras associações existentes de apoio a

estas comunidades de certa forma “excluídas”.

Surpreendeu-me negativamente saber que nada é feito por parte dos

governos para travar este flagelo que cada vez mais assola as sociedades

Europeias.

Penso que se as entidades governamentais tomassem medidas para que

este fenómeno fosse erradicado, aos poucos e poucos as sociedades seriam

cada vez menos preconceituosas face a minorias étnicas e pessoas com

menor quantidade de rendimentos para se integrarem decentemente nas

suas comunidades acolhedoras.

7- Referências Bibliográficas

Livros: 1- Almeida, João Ferreira de et al. (1992), Exclusão social: factores e tipos de pobreza em Portugal. Oeiras: Celta Editora, 87-127, 159-162. 2- Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa (1996), Exclusão Social, Rotas de intervenção. Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, 47-59.

3- REAPN Rede Europeia Anti-Pobreza (2000), No Limiar Da Pobreza: Emprego E Desemprego Na União Europeia (Porto: REAPN), 38-43.

Internet: Silva, William Pereira da, (2008), INCLUSÃO, DISCRIMINAÇÃO E EXCLUSÃO. Página consultada a 27 de Maio de 2010, disponível em http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/1187704. Gráficos: Página consultada a 26 de Maio de 2010, disponível em http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0001270&contexto=bd&selTab=tab2 e http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0001236&contexto=bd&selTab=tab2

8.1- Anexo I

REAPN Rede Europeia Anti-Pobreza, No Limiar Da Pobreza: Emprego E Desemprego Na União Europeia (Porto: REAPN, 2006), 38-43.

“Sem terra … nem trabalho!” (fotocopiado).

8.2- Anexo II Página avaliada: SOS Racismo

8.3- Anexo III Gráficos relativos ao tema.

Figura 1 – Gráfico da População Estrangeira com estatuto legal de

residente.

Figura 2 – Gráfico da população estrangeira que solicitou estatuto de

residente.