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P P P L L L A A A N N N O O O D D D E E E G G G E E E R R R E E E N N N C C C I I I A A A M M M E E E N N N T T T O O O D D D E E E R R R E E E S S S Í Í Í D D D U U U O O O S S S S S S Ó Ó Ó L L L I I I D D D O O O S S S ( ( ( P P P G G G R R R S S S ) ) ) S S S E E E N N N A A A I I I S S S E E E R R R V V V I I I Ç Ç Ç O O O N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A L L L D D D E E E A A A P P P R R R E E E N N N D D D I I I Z Z Z A A A G G G E E E M M M I I I N N N D D D U U U S S S T T T R R R I I I A A A L L L F F F A A A C C C U U U L L L D D D A A A D D D E E E D D D E E E T T T E E E C C C N N N O O O L L L O O O G G G I I I A A A S S S E E E N N N A A A I I I R R R O O O B B B E E E R R R T T T O O O M M M A A A N N N G G G E E E G G G O O O I I I Â Â Â N N N I I I A A A , , , A A A G G G O O O S S S T T T O O O D D D E E E 2 2 2 0 0 0 1 1 1 0 0 0 . . .

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 

 PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página    1

ÍNDICE 

 

1.  APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 3 2.  REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................................... 3 

2.1.  Aspectos Legais .................................................................................................................. 3 2.2.  Definições .......................................................................................................................... 7 2.2.1  ABNT NBR 10.004:2004 – Resíduos Sólidos Classificação. ............................................ 7 

2.2.2  Resolução CONAMA nº 313 /2002 ‐ Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. ...................................................................................................................... 9 

2.2.3  Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) ............................................................................ 10 

2.2.4  Resolução Conama nº 362, de 23 de junho de 2005 ‐ Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado. .................................... 11 

2.2.5  Resolução nº 416, de 30 de setembro de 2009 ‐ Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências. ........................................................................................ 12 

2.2.6  Resolução CONAMA Nº 307 de 5 de julho de 2002 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão de resíduos da construção civil. ................................................ 14 

3.  PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS) – SENAI ROBERTO MANGE .... 15 3.1  Identificação do Empreendedor: ..................................................................................... 15 3.2  Histórico da Unidade ....................................................................................................... 15 3.3  Responsável Técnico pela elaboração do PGRS ............................................................... 15 3.4  Responsável pela Implantação do PGRS .......................................................................... 16 3.5  Descrição das atividades .................................................................................................. 16 3.6  Caracterização dos resíduos gerados .............................................................................. 16 3.7  Detalhamento das formas de acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos identificados ............................................................................................................ 25 3.7.1  Área de armazenamento de resíduos ......................................................................... 25 

3.7.1.1  Armazenamento de Resíduos Perigosos ........................................................ 25 3.7.1.2  Armazenamento de Resíduos não perigosos ................................................. 27 

3.7.2  Recipientes contentores .............................................................................................. 28 

3.7.3  Resíduos de varrição, restos de alimentos, resíduos de frutas (bagaço, mosto, casca, etc.) – Resíduos Orgânicos ........................................................................................................ 29 

3.7.4  Resíduos de papel, papelão, latinhas, filmes plásticos e pequenas embalagens de plástico não contaminado por substâncias perigosas .............................................................. 30 

3.7.5  Resíduos de papel, papelão e plástico contaminados por resíduos perigosos (pigmentos de tinta ou material oleoso) .................................................................................. 31 

3.7.6  Lâmpadas com vapor de mercúrio após o uso ............................................................ 33 

3.7.7  Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade contendo substâncias não perigosas ............................................................................................................................ 34 

3.7.8  Acumuladores elétricos a base de chumbo e seus derivados (pilhas e baterias) ....... 35 

3.7.9  Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado .................................................................. 36 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 

 PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página    2

3.7.10  Resíduos de materiais têxteis, outros resíduos não perigosos (EPI não contaminado com substâncias ou produtos perigosos), resíduos de Vidros .................................................. 38 

3.7.11  Resíduos de materiais têxteis contaminados (toalhas industriais, estopas) com substâncias/produtos perigosos (ex. resíduo oleoso) e outros resíduos perigosos (EPI contaminado com substâncias ou produtos perigosos, papel toalha) ..................................... 38 

3.7.12  Embalagens vazias contaminadas não especificadas na Norma NBR 10004 (embalagens de óleo lubrificante e aditivo, latas de tintas e solventes). ................................. 39 

3.7.13  Restos e borras de tintas, pigmentos, solventes, aditivos .......................................... 40 

3.7.14  Elementos Filtrantes .................................................................................................... 41 

3.7.14.1  Filtro de Ar ...................................................................................................... 41 3.7.14.2  Filtro de Combustível ..................................................................................... 42 3.7.14.3  Filtro do ar condicionado ou filtro de cabine ................................................. 42 3.7.14.4  Filtro de óleo .................................................................................................. 42 

3.7.15  Resíduos de Borracha ‐ Pneus inservíveis ................................................................... 42 

3.7.16  Recipientes de produtos químicos .............................................................................. 43 

3.7.17  Recipientes de material de limpeza (embalagens de saneantes) ............................... 44 

4.  TRANSPORTE DOS RESÍDUOS ............................................................................................. 44 5.  DEFINIÇÃO DAS DIRETRIZES PARA O PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ............... 49 6.  PLANO DE CAPACITAÇÃO E MONITORAMENTO.................................................................. 51 7.  IMPLANTAÇÃO DO PGRS .................................................................................................... 52 

7.1.1  Recursos profissionais envolvidos ............................................................................... 58 

7.1.2  Recursos Financeiros ................................................................................................... 58 

8.  RESPONSÁVEIS PELA IMPLANTAÇÃO DO PGRS ................................................................... 58                       

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 PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página    3

1. APRESENTAÇÃO  

 

O  Plano  de  Gerenciamento  de  Resíduos  Sólidos  (PGRS)  estabelece  princípios,  procedimentos, 

normas  e  critérios  referentes  à  geração,  acondicionamento,  armazenamento,  coleta,  transporte  e 

destinação final dos resíduos sólidos gerados por alguma atividade. 

O  presente  PGRS  contempla  distintamente  o  gerenciamento  de  resíduos  sólidos  da  unidade 

SENAI ROBERTO MANGE 

O Plano de Gerenciamento de Resíduos visa os seguintes objetivos: 

Minimização da geração de resíduos;  

Destinação correta dos resíduos;  

Diminuição dos impactos ambientais e visuais;  

Preservação dos recursos naturais renováveis e não renováveis;  

Receita na venda de materiais recicláveis;  

Redução com os gastos de disposição;  

Diminuição da quantidade de resíduos destinados aos aterros sanitários;  

Marketing positivo, em virtude da imagem de responsabilidade social e ecológica da empresa 

adepta de tais práticas;  

Satisfação da sociedade;  

Cumprimento da Legislação em vigor;  

Melhoria da qualidade de vida.  

 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 

 2.1. Aspectos Legais  

 A  Constituição  Federal  determina  a  competência  comum  da  União,  dos  Estados,  do  Distrito 

Federal e dos Municípios para proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de  suas 

formas (art. 23, inciso VI, CF). 

Releva, ainda, destacar o art. 225, da Constituição Federal de 1988, onde estabelece que: “Todos 

têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso  comum do povo e essencial à 

sadia qualidade de vida, impondo‐se ao poder público e à coletividade o dever de defendê‐lo e preservá‐

lo  para  as  presentes  e  futuras  gerações.”  No mesmo  artigo,  insere‐se  o  §  3º,  segundo  o  qual,  “As 

condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou 

jurídicas,  a  sanções  penais  e  administrativas,  independentemente  da  obrigação  de  reparar  os  danos 

causados.” 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 

 PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página    4

Isso significa que a gestão  inadequada de resíduos pode  levar seus responsáveis ao pagamento 

de multas e a  sanções penais  (prisão, por exemplo) e administrativas. Além disso, o dano  causado ao 

meio  ambiente,  como  poluição  de  corpos  hídricos,  contaminação  de  lençol  freático  e  danos  à  saúde, 

devem ser  reparados pelos  responsáveis pelos  resíduos. A  reparação do dano, na maioria dos casos, é 

muito mais complicada tecnicamente e envolve muito mais recursos financeiros do que a prevenção, isto 

é, do que os investimentos técnico‐financeiros na gestão adequada de resíduos. 

Cita‐se ainda a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que “dispõe sobre a Política Nacional do 

Meio Ambiente,  seus  fins e mecanismos de  formulação e aplicação, e dá outras providências”, a qual 

determina  a  obrigatoriedade  de  licenciamento  ambiental  junto  a  órgão  estadual  para  a  construção, 

instalação,  ampliação  e  funcionamento  de  estabelecimentos  e  atividades  utilizadoras  de  recursos 

ambientais, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental. 

Da  Lei  nº  9.605,  de  12  de  fevereiro  de  1998,  que  “dispõe  sobre  as  sanções  penais  e 

administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências”, 

é relevante mencionar os artigos 54, 60 e 68, nos quais são tipificadas como crime as seguintes condutas: 

 

“Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou 

possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade 

de animais ou a destruição significativa da flora: 

Pena: reclusão, de um ano a quatro anos, e multa. 

............................................................................... 

§ 2º Se o crime: 

............................................................................... 

 V ‐ ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, 

óleos  ou  substâncias  oleosas,  em  desacordo  com  as  exigências  estabelecidas 

em leis ou regulamentos: 

Pena: reclusão, de um a cinco anos.” 

“Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer 

parte  do  território  nacional,  estabelecimentos,  obras  ou  serviços 

potencialmente  poluidores,  sem  licença  ou  autorização  dos  órgãos 

competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes: 

Pena: reclusão, de um a quatro anos, e multa.” 

“Art.  68. Deixar,  aquele  que  tiver  o  dever  legal  ou  contratual  de  fazê‐lo,  de 

cumprir obrigação de relevante interesse ambiental: 

Pena: detenção, de um a três anos, e multa.” 

  

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 

 PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página    5

Mesmo considerando ser eminentemente municipal a competência para o tratamento do lixo, a 

legislação  ressente‐se de uma política nacional de  resíduos  sólidos, bem  como de normas gerais e de 

âmbito  nacional,  visando  não  apenas  o  correto  gerenciamento  dos  resíduos, mas,  principalmente,  a 

redução da sua geração. Isso requer o estabelecimento de mecanismos que extrapolam as competências 

municipais e estaduais, como, por exemplo, a atribuição de responsabilidades aos fabricantes pelo ciclo 

total  do  produto,  incluindo  a  obrigação  de  recolhimento  após  o  uso  pelo  consumidor,  ou  tributação 

diferenciada por tipo de produto. 

A legislação brasileira, no que concerne ao meio ambiente em especial, é rica e moderna. Apesar 

desse reconhecimento, a legislação sobre Resíduos Sólidos em nível federal encontra‐se, ainda hoje, em 

tramitação para aprovação no Congresso. Trâmite que se estende desde 1991, data do primeiro projeto 

sobre  o  tema:  o  PL  nº  203/91  (Projeto  de  Lei  –  Política  Nacional  de  Resíduos),  que  dispõe  sobre 

acondicionamento,  coleta,  tratamento,  transporte  e  destinação  dos  resíduos  de  serviços  de  saúde. 

Apensados nesta origem estão mais de 100 outros projetos que versam sobre o mesmo tema. Como se 

pode notar, o PL 203/91 versava apenas sobre uma origem dos resíduos, aquela proveniente de serviços 

de  saúde.  Desde  então,  o  projeto  se  tornou  algo  muito  mais  abrangente  e  seguiu  rumo  ao 

estabelecimento de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esse caminho começou a ser traçado em 

1998, quando   foi montado o Grupo de Trabalho no âmbito do Conselho Nacional de Meio Ambiente  ‐ 

CONAMA,  do  qual  fizeram  parte  representantes  das  três  esferas  de  governo    e  da  sociedade  civil,  

resultando na Proposição CONAMA nº 259, de 30 de junho de 1999, intitulada “Diretrizes Técnicas para a 

Gestão de Resíduos Sólidos” . 

Apesar de  ter  sido aprovada pelo Plenário do CONAMA, a proposição não  foi publicada e não 

entrou em vigor. O passo seguinte, aparentemente decisivo, aconteceu em 2001, quando a Câmara dos 

Deputados criou e implementou a “Comissão Especial da Política Nacional de Resíduos”  que tinha como 

trabalho principal a análise e a extração de um documento substitutivo único e sólido a partir dos vários 

projetos apensados ao  Projeto de Lei nº 203/91. A legislatura se encerrou e o encaminhamento não foi 

feito. Durante o ano de 2004, o Ministério do Meio Ambiente trabalhou na confecção de uma proposta 

de texto para a regulamentação da questão dos resíduos sólidos no país. O CONAMA realizou em agosto 

do mesmo ano, o seminário “Contribuições à Política Nacional de Resíduos Sólidos ”, visando a coleta de 

sugestões e contribuições para a elaboração de uma nova proposta de projeto de lei. 

Finalmente, no início de 2005, foi criado um grupo interno na Secretaria de Qualidade Ambiental 

nos  Assentamentos  Humanos  do  Ministério  do  Meio  Ambiente  para  consolidar  e  sistematizar  as 

contribuições  do  Seminário  CONAMA,  os  anteprojetos  de  lei  existentes  no  Congresso  Nacional  e  as 

contribuições  dos  diversos  atores  envolvidos  na  gestão  de  resíduos  sólidos.  Como  resultado  dessa 

consolidação foi elaborado a proposta que ora está sendo encaminhada como um anteprojeto de lei de 

“Política Nacional de Resíduos  Sólidos”. Em 2006, o PL 203/91  teve  relatório  favorável  aprovado pela 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 

 PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página    6

Comissão Especial sobre Resíduos Sólidos, criada para dar encaminhamento ao projeto. Posteriormente, 

no entanto, o projeto foi arquivado no Congresso, depois de uma manobra política que tentou incluir na 

lei autorização para que o Brasil importasse pneus usados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, então, 

enviou à Câmara dos Deputados no dia 06/09/2007 o Projeto de Lei que  institui a Política Nacional de 

Resíduos Sólidos. Atualmente, discute‐se um roteiro de atividades para que finalmente a Política Nacional 

de Resíduos Sólidos  se  torne  realidade. Analisaremos  seu conteúdo no próximo  tópico deste  trabalho, 

relacionando‐o com as políticas estaduais. 

Se  a  Política  Nacional  de  Resíduos  Sólidos  segue  sua  via  crucis  no  Congresso  Nacional  em 

intermináveis  trâmites  legislativos, o mesmo não se pode dizer das políticas estaduais. Nesta seara, as 

unidades  federativas  estão  bem  avançadas  e  redigiram  suas  próprias  diretrizes  antes mesmo  que  as 

diretrizes  gerais  fossem  ditadas  pela  União.  Goiás,  neste  processo,  está  na  vanguarda.  Sua  Política 

Estadual data de 29 de  julho de 2002, por meio da Lei nº 14.248  ‐ Dispõe sobre a Política Estadual de 

Resíduos Sólidos e dá outras providências. 

Enfim,  embora muitos  esforços  tenham  sido  empreendidos  nos  últimos  anos  no  sentido  do 

desenvolvimento de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, ainda não existe um documento legal no 

nível federal que estabeleça os principais critérios para a gestão de resíduos sólidos no Brasil. 

O país ainda dispõe de várias legislações que regem sobre resíduos. Veja abaixo um apanhado das 

mesmas: 

−  Lei  Federal  9.605,  de  12  de  fevereiro  de  1998:  Dispõe  sobre  as  sanções  penais  e  administrativas 

derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências; 

− Lei Estadual nº 14.248 de 29 de julho de 2002 ‐ Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos e 

dá outras providências. 

− Resolução CONAMA 362 de 23 de  junho de 2005. Dispõe  sobre o  recolhimento, coleta e destinação 

final de óleo lubrificante usado ou contaminado.  

− Resolução CONAMA 257 de 30 de junho de 1999: Pilhas e baterias – Dispõe sobre a destinação final de 

pilhas e baterias;  

− Resolução CONAMA 401 de 4 de novembro de 2009. Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio 

e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no  território nacional e os critérios e padrões para o 

seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.  

− Resolução CONAMA 275 de 25 de abril de 2001: Estabelece o código de cores para diferentes tipos de 

resíduos;  

− Resolução CONAMA 313 de 29 de outubro de 2002: Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais;  

− Resolução CONAMA 316 de 29 de outubro de 2002: Procedimentos e critérios para o funcionamento de 

sistemas de tratamento térmico dos resíduos;  

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− Resolução nº 416, de 30 de  setembro de 2009  ‐ Dispõe  sobre a prevenção à degradação ambiental 

causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências. 

− Norma da ABNT – NBR 1.183 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos;  

− Norma da ABNT – NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de 

materiais;  

− Norma da ABNT – NBR 9.190 – Classificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo;  

− Norma da ABNT – NBR 9.191 – Especificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo;  

− Norma da ABNT – NBR 9.800 – Critérios para  lançamento de efluentes  líquidos  industriais no sistema 

coletor público de esgoto sanitário;  

− Norma da ABNT – NBR 10.004 – Resíduos Sólidos – Classificação;  

− Norma da ABNT – NBR 10.005 – Lixiviação de Resíduos – Procedimento;  

− Norma da ABNT – NBR 10.006 – Solubilização de Resíduos – Procedimento;  

− Norma da ABNT – NBR 10.007 – Amostragem de Resíduos – Procedimento;  

− Norma da ABNT – NBR 10.703 – Degradação do Solo ‐ Terminologia;  

− Norma da ABNT – NBR 11.174 – Armazenamento de Resíduos Classe II – não inertes e III ‐ inertes;  

− Norma da ABNT – NBR 12.235 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos;  

− Norma da ABNT – NBR 13.221 – Transporte de resíduos – Procedimento.  

 

2.2.  Definições 

 

A  introdução das  seguintes  legislações  citadas abaixo  tem  como  intuito o esclarecimento  legal 

quanto à classificação dos resíduos que serão identificados e que possuem legislação específica. 

 

2.2.1 ABNT NBR 10.004:2004 – Resíduos Sólidos Classificação. 

 

A Norma Brasileira ABNT NBR 10.004: 2004 Resíduos sólidos – Classificação define resíduo sólido 

como  sendo  os  resíduos  nos  estados  sólido  e  semi‐sólido,  que  resultam  de  atividades  de  origem 

industrial,  doméstica,  hospitalar,  comercial,  agrícola,  de  serviços  e  de  varrição.  Ficam  incluídos  nesta 

definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e 

instalações  de  controle  de  poluição,  bem  como  determinados  líquidos  cujas  particularidades  tornem 

inviável o seu  lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para  isso soluções 

técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. 

A  classificação  de  um  resíduo  envolve  a  identificação  do  processo  ou  atividade  que  lhes  deu 

origem,  de  seus  constituintes  e  características  e  a  comparação  destes  constituintes  com  listagens  de 

resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido. 

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Ainda de acordo com ABNT NBR 10.004, os resíduos sólidos são classificados em:   

• Classe I ‐ Resíduos Perigosos 

• Classe II ‐ Resíduos Não – Perigosos 

– II A ‐ Não Inertes  

– II B ‐ Inertes 

 Os  resíduos  perigosos  são  aqueles  que  apresentam  periculosidade.  A  periculosidade  de  um 

resíduo é em função de suas propriedades físicas, químicas ou  infecto‐contagiosas, ou seja, apresentam 

riscos à saúde pública (provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices) e ao 

meio  ambiente  (quando  o  resíduo  for  gerenciado  de  forma  inadequada),  exigindo  tratamento  e 

disposição  especiais  em  função  de  suas  características  de  inflamabilidade,  corrosividade,  reatividade, 

toxicidade e patogenicidade. A periculosidade em geral depende dos seguintes fatores: 

• Natureza  (inflamabilidade,  corrosividade,  reatividade,  toxicidade  e  patogenicidade.  Estas 

definições encontram‐se na ABNT NBR 10.004:2004)  

• Concentração  

• Mobilidade  

• Persistência e bioacumulação  

• Degradação  

A ABNT NBR 10.004 estabelece os critérios de classificação e os códigos para a identificação dos 

resíduos de acordo com suas características. 

Todos  os  resíduos  ou  substâncias  listados  nos  anexos  A,  B,  D,  E,  F  e  H  têm  uma  letra  para 

codificação, seguida de três dígitos.  

Os  resíduos perigosos  constantes no anexo A  são  codificados pela  letra  F e  são originados de 

fontes não específicas. Lista 43 tipos de resíduos, com o seu constituinte perigoso e sua característica de 

periculosidade (se é reativo, corrosivo, inflamável, patogênico ou tóxico). 

Os  resíduos perigosos  constantes no anexo B  são  codificados pela  letra K e  são originados de 

fontes específicas. Lista 21 fontes geradoras [basicamente grandes setores  industriais (alumínio, ferro e 

aço, coqueificação, fabricação de tintas, etc, 142 tipos de resíduos associados à determinadas fontes com 

o  seu  constituinte  perigoso  e  sua  característica  de  periculosidade  (se  é  corrosivo,  reativo,  inflamável, 

patogênico ou tóxico). 

Os  resíduos perigosos constantes no anexo C  listam 481 produtos  inorgânicos e orgânicos que 

conferem periculosidade ao resíduo. 

Os resíduos perigosos constantes no anexo D listam 146 substâncias agudamente tóxicas 

Os resíduos perigosos constantes no anexo E lista 407 substâncias tóxicas. 

Os resíduos constantes no anexo F  listam a concentração máxima de 45 produtos  inorgânicos e 

orgânicos eventualmente presentes no extrato do lixiviado. 

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Os resíduos constantes no anexo G lista o limite máximo de 33 produtos inorgânicos e orgânicos 

eventualmente presentes no extrato do lixiviado. 

Os resíduos constantes no anexo H apresentam códigos de 12 resíduos não perigosos. 

Os  resíduos perigosos  classificados pelas  suas  características de  inflamabilidade,  corrosividade, 

reatividade e patogenicidade são codificados conforme indicado a seguir:  

D001: qualifica o resíduo como inflamável;   

D002: qualifica o resíduo como corrosivo;  

D003: qualifica o resíduo como reativo;  

D004: qualifica o resíduo como patogênico.  

Os  códigos  D005  a  D052  constantes  no  anexo  F  identificam  resíduos  perigosos  devido  à  sua 

toxicidade, conforme ensaio de lixiviação realizado de acordo com ABNT NBR 10005.   

Os códigos identificados pelas letras P e U, constantes nos anexos D e E, respectivamente, são de 

substâncias  que,  dada  a  sua  presença,  conferem  periculosidade  aos  resíduos  e  serão  adotados  para 

codificar os resíduos classificados como perigosos pela sua característica de toxicidade.   

 

Os resíduos classe II: denominados não perigosos, são subdivididos em duas classes: classe II‐A e 

classe II‐B.  

Os  resíduos  classe  II‐A Não  inertes  podem  ter  as  seguintes  propriedades:  biodegradabilidade, 

combustibilidade ou solubilidade em água. 

 Os  resíduos classe  II‐B  Inertes  são quaisquer  resíduos que, quando amostrados de uma  forma 

representativa,  segundo a ABNT NBR 10.007  ‐ Amostragem de Resíduos  ‐, e  submetidos a um contato 

dinâmico e estático  com água destilada ou deionizada, à  temperatura ambiente,  conforme ABNT NBR 

10.006  ‐  Solubilização  de  Resíduos  ‐,  não  tiverem  nenhum  de  seus  constituintes  solubilizados  a 

concentrações  superiores  aos padrões de potabilidade de  água,  excetuando‐se  aspecto,  cor,  turbidez, 

dureza e sabor, conforme anexo G (Padrões para o ensaio de solubilização). 

 

2.2.2 Resolução CONAMA nº 313 /2002 ‐ Dispõe sobre o Inventário Nacional de 

Resíduos Sólidos Industriais. 

 

Neste Plano de Gerenciamento de Resíduos será ainda utilizada a Resolução CONAMA 313, de 29 

de  outubro  de  2002  ‐  Dispõe  sobre  o  Inventário  Nacional  de  Resíduos  Sólidos  Industriais  –  para  a 

classificação dos resíduos gerados. Nesta, o Anexo II da Resolução (Resíduos Sólidos Industriais) codifica 

alguns tipos de resíduos. O preenchimento do código do resíduo deve ser  feito com base na norma da 

ABNT NBR 10.004 ‐ Resíduos Sólidos ‐ Classificação e nesta Resolução. 

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Serão  utilizados  ainda,  com  base  na  RESOLUÇÃO  CONAMA  313/02,  códigos  para  o  tipo  de 

armazenamento, que se encontra no Anexo  III da Resolução (Sistema  ‐ Armazenamento), utilizando "S" 

para resíduos atualmente gerados e "Z" para os resíduos não mais gerados.O código a ser utilizado para o 

tipo de destino encontra‐se no Anexo III da Resolução. 

 

2.2.3 Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)  

 Os  resíduos de  saúde  são definidos conforme a Resolução CONAMA 283/2001 como   “aqueles  

provenientes  de  qualquer unidade  que  execute atividades  de  natureza  médico‐assistencial humana 

ou animal; aqueles provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de  

farmacologia    e  saúde;  medicamentos  e  imunoterápicos    vencidos    ou  deteriorados;    aqueles 

provenientes   de   necrotérios,    funerárias    e    serviços   de medicina  legal;  e  aqueles  provenientes  de 

barreiras sanitárias” (art. 1º, I).  

Trata‐se de  um  assunto  de  extrema  importância  visto que  a manipulação  inadequada   destes  

resíduos    representa   um    risco   potencial   a    saúde   de   quem   os manipula, ao aumento da  taxa de 

infecção hospitalar e ao meio ambiente.   

O Conselho Nacional de Meio Ambiente  – CONAMA  aprovou  em  1993  a Resolução nº  5, que 

dispõe sobre o gerenciamento dos  resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos, aeroportos, 

terminais  ferroviários  e  rodoviários.  A  referida  resolução  prevê  alguns  aspectos  importantes,  como  o  

conceito de    resíduos   sólidos, a  responsabilidade do gerador   pelo   gerenciamento   de   seus  resíduos  

desde  a  geração  até  a  disposição  final,  a  apresentação  de  um  Plano  de Gerenciamento de Resíduos 

de Serviços de Saúde – PGRSS e a classificação dos resíduos de saúde.   

Há ainda a Resolução da Diretoria Colegiada  ‐ RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004  ‐ Dispõe 

sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.  

A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABTN possui algumas normas relativas ao controle 

dos resíduos de saúde. Dentre estas, cabe destacar:  

‐ NBR 10.004 – Resíduos Sólidos – Classificação;  

‐ NBR 12.807 – Terminologia dos resíduos de serviços de saúde;   

‐ NBR 12.809 – Manuseio dos resíduos de saúde;  

‐ NBR 12.810 – Coleta dos resíduos de saúde;  

‐ NBR 7.500 – Símbolo  de  risco  e  manuseio  para  o  transporte  e armazenamento de material;  

‐ NBR 7.501 – Terminologia de transporte de resíduos perigosos;  

‐ NBR 9.191 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – Especificação;  

‐ NBR 9.190 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – Classificação.   

 

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2.2.4 Resolução  Conama  nº  362,  de  23  de  junho  de  2005  ‐  Dispõe  sobre  o 

recolhimento,  coleta  e  destinação  final  de  óleo  lubrificante  usado  ou 

contaminado. 

 

O descarte de óleo  lubrificante usado ou contaminado para o solo e cursos de água gera graves 

danos ambientais. A combustão dos mesmos gera gases residuais nocivos ao meio ambiente e á saúde 

pública. Para fins da Resolução Conama 362/2005, não se entende a combustão ou  incineração de óleo 

lubrificante usado ou contaminado como formas de reciclagem ou de destinação adequada. 

A Resolução Conama 362/2005 estabelece diretrizes para o  recolhimento e destinação de óleo 

lubrificante  usado  ou  contaminado.  Ela  estabelece  que  todo  óleo  lubrificante  usado  ou  contaminado 

deverá  ser  recolhido,  coletado  e  ter  destinação  final,  de modo  que  não  afete  negativamente  o meio 

ambiente  e  propicie  a máxima  recuperação  dos  constituintes  nele  contidos,  na  forma  prevista  nesta 

Resolução. 

O  rerrefino  corresponde  ao  método  ambientalmente  mais  seguro  para  a  ciclagem  do  óleo 

lubrificante  usado  ou  contaminado,  e,  portanto,  a melhor  alternativa  gestão  ambiental  deste  tipo  de 

resíduo. Segundo definição da própria Resolução o rerrefino é uma categoria de processos industriais de 

remoção  de  contaminantes,  produtos  de  degradação  e  aditivos  dos  óleos  lubrificantes  usados  ou 

contaminados, conferindo aos mesmos características de óleos  básicos, conforme legislação específica. 

O produtor, o  importador  e o  revendedor de óleo  lubrificante  acabado, bem  como o  gerador 

(pessoa  física  ou  jurídica  que,  em  decorrência  de  sua  atividade,  gera  óleo  lubrificante  usado  ou 

contaminado) de óleo lubrificante usado, são responsáveis pelo  recolhimento do óleo lubrificante usado 

ou contaminado, nos limites das atribuições previstas na referida Resolução. 

O produtor e o importador de óleo lubrificante acabado deverão coletar ou garantir a coleta e dar 

a destinação final ao óleo  lubrificante usado ou  contaminado, em  conformidade  com a Resolução, de 

forma proporcional em relação ao volume total de óleo lubrificante acabado que tenham comercializado. 

Para o  cumprimento desta obrigação, o produtor e o  importador poderão  contratar empresa  coletora 

regularmente autorizada  junto ao órgão regulador da  indústria do petróleo (ANP – Agência Nacional do 

Petróleo) ou habilitar‐se como empresa coletora, na forma da legislação do órgão regulador da indústria 

do petróleo. 

A Resolução 362/2005 em seu artigo 18 define como obrigações do gerador: 

 

Art. 18. São obrigações do gerador: 

I ‐ recolher os óleos lubrificantes usados ou contaminados de forma segura, em 

lugar acessível à coleta, em recipientes adequados e resistentes a vazamentos, 

de modo a não contaminar o meio ambiente; 

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II ‐ adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo  lubrificante usado ou 

contaminado  venha  a  ser  misturado  com  produtos  químicos,  combustíveis, 

solventes, água e outras substâncias, evitando a inviabilização da reciclagem; 

III  ‐ alienar os óleos  lubrificantes usados ou  contaminados exclusivamente ao 

ponto de  recolhimento ou coletor autorizado, exigindo: 

a) a apresentação pelo coletor das autorizações emitidas pelo órgão ambiental 

competente e pelo órgão regulador da  indústria do petróleo   para a atividade 

de coleta; e 

b) a emissão do respectivo Certificado de Coleta. 

IV ‐ fornecer informações ao coletor sobre os possíveis contaminantes contidos 

no óleo lubrificante usado, durante o seu uso normal; 

V ‐ manter para fins de fiscalização, os documentos comprobatórios de compra 

de  óleo  lubrificante  acabado  e  os  Certificados  de  Coleta  de  óleo  lubrificante 

usado ou contaminado, pelo prazo de cinco anos; 

VI  ‐  no  caso  de  pessoa  física,  destinar  os  óleos  lubrificantes  usados  ou 

contaminados não  recicláveis de acordo  com a orientação do produtor ou do 

importador; e 

VII  ‐  no  caso  de  pessoa  jurídica,  dar  destinação final  adequada  devidamente 

autorizada pelo órgão ambiental competente aos óleos lubrificantes usados ou 

contaminados não recicláveis. 

.............................................................................................. 

§  1o  Os  óleos  usados  ou  contaminados  provenientes  da  frota  automotiva 

devem preferencialmente ser recolhidos nas instalações dos revendedores.  

.............................................................................................. 

§ 2o  Se  inexistirem  coletores que atendam diretamente os geradores, o óleo 

lubrificante  usado  ou  contaminado  poderá  ser  entregue  ao  respectivo 

revendedor. 

 

2.2.5 Resolução nº 416, de 30 de  setembro de 2009  ‐ Dispõe  sobre  a prevenção  à 

degradação  ambiental  causada  por  pneus  inservíveis  e  sua  destinação 

ambientalmente adequada, e dá outras providências. 

 

  Hoje,  a  destinação  ambientalmente  adequada  de  pneus  inservíveis  é  regulamentada  pela 

Resolução 416/2009. A Resolução em seu artigo 1º, estabelece que: 

 

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§ 1º Os distribuidores, os revendedores, os destinadores, os consumidores finais 

de  pneus  e  o  Poder  Público  deverão,  em  articulação  com  os  fabricantes  e 

importadores, implementar os  

procedimentos para a coleta dos pneus inservíveis existentes no País, previstos 

nesta Resolução. 

 

Art.2º............................................ 

V  ‐  pneu  inservível:  pneu  usado  que  apresente  danos  irreparáveis  em  sua 

estrutura não se prestando mais à rodagem ou à reforma;  

VI ‐ destinação ambientalmente adequada de pneus inservíveis: procedimentos 

técnicos em que os pneus são descaracterizados de sua forma inicial, e que seus 

elementos  constituintes  são  reaproveitados,  reciclados  ou  processados  por 

outra(s)  técnica(s)  admitida(s)  pelos  órgãos  ambientais  competentes, 

observando a  legislação vigente e normas operacionais específicas de modo a 

evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, e a minimizar os impactos 

ambientais adversos; 

 

  Os  fabricantes e os  importadores de pneus novos, de  forma  compartilhada ou    isoladamente, 

deverão  implementar  pontos  de  coleta    de  pneus  usados,  podendo  envolver  os  pontos  de  

comercialização  de  pneus,  os municípios,  borracheiros  e  outros. Os  fabricantes  e  os  importadores  de 

pneus novos deverão  implantar, nos municípios   acima de 100.000 (cem mil) habitantes, como Goiânia,  

pelo menos um ponto de coleta no prazo máximo de até 01  (um)   ano, a partir da publicação da nova 

Resolução 416/2009. 

Mas  as  ações  já  se  iniciaram.  A  Reciclanip  é  uma  entidade  sem  fins  lucrativos  criada  pelos 

fabricantes de pneus novos Bridgestone Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli, cujo  foco principal é a 

coleta e destinação de pneus inservíveis no Brasil. 

  Em  Goiânia  já  existe  um  Ponto  de  Coleta  de  Pneus.  É  uma  central  de  recepção  de  pneus 

inservíveis. A Reciclanip  fica  responsável por  toda a  logística de  transporte dos pneus até a destinação 

final ambientalmente adequada. 

  No estado goiano existem 15 pontos de coleta  . Embora  não sejam conveniados, a RECICLANIP 

realiza a coleta dos pneus inservíveis desses locais para a destinação ambientalmente adequada.  

   

 

 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 

 PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página   14

2.2.6 Resolução CONAMA Nº 307 de 5 de julho de 2002 – Estabelece diretrizes, 

critérios e procedimentos para a gestão de resíduos da construção civil. 

     Esta Resolução para efeitos de definição em seu artigo 2º define: 

 

Artigo 2º .................................................................................... 

I ‐ Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos 

e  demolições  de  obras  de  construção  civil,  e  os  resultantes  da  preparação  e  da 

escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em  geral, solos, 

rochas,metais,      resinas,      colas,      tintas,   madeiras      e      compensados,      forros,  

argamassa,     gesso,telhas, pavimento  asfáltico,  vidros, plásticos,  tubulações,  fiação 

elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha; 

II ‐ Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por 

atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução; 

 

Art.     3º   Os     resíduos     da     construção     civil     deverão     ser     classificados,     para   

efeito   desta Resolução, da seguinte forma: 

I ‐ Classe A ‐ são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: 

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras 

de infra‐estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; 

b)  de  construção,  demolição,  reformas  e  reparos  de  edificações:  componentes 

cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; 

c) de     processo     de    fabricação     e/ou     demolição     de     peças     pré‐moldadas     em  

concreto (blocos, tubos, meios‐fios etc.) produzidas nos canteiros de obras; 

II ‐ Classe B ‐ são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos 

papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros; 

III  ‐ Classe C ‐ são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou 

aplicações  economicamente  viáveis  que  permitam  a  sua    reciclagem/recuperação,   

tais como os produtos oriundos do gesso; 

IV  ‐  Classe D  ‐  são os  resíduos perigosos oriundos do processo de construção,   tais 

como:   tintas,   solventes,   óleos   e   outros,   ou   aqueles   contaminados   oriundos   

de demolições,  reformas  e  reparos de  clínicas  radiológicas,  instalações  industriais e 

outros. 

 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 

 PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página   15

3. PLANO  DE  GERENCIAMENTO  DE  RESÍDUOS  SÓLIDOS  (PGRS)  –  SENAI  ROBERTO 

MANGE 

3.1 Identificação do Empreendedor:      

Empreendedor:  FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI ROBERTO MANGE 

Endereço:  Rua Engenheiro Roberto Mange, n° 239, Bairro Jundiaí CEP 75113‐630 ‐ Anápolis‐GO 

Fone/Fax: (62) 3902‐6200/3902‐6226 e‐mail: [email protected] 

3.2 Histórico da Unidade 

Anápolis  sediou,  antes  mesmo  da  criação  do  Departamento  Regional  do  Senai  de  Goiás,  o 

primeiro Centro de Formação Profissional da  instituição no Estado,  inaugurado em 9 de março de 1952 

com o nome de Escola SenaiGO1. Posteriormente, passou a chamar‐se Centro de Formação Profissional 

Roberto Mange, denominação dada em homenagem ao seu idealizador.  

A  unidade  expandiu‐se  e  aprimorou‐se  a  fim  de  atender  às  necessidades  da  comunidade 

industrial  e  para  ministrar  cursos  nas  modalidades  de  qualificação  para  adolescentes  e  adultos, 

aperfeiçoamento,  habilitação  técnica,  especialização  profissional  e  também  graduação  tecnológica, 

tornando‐se hoje uma das mais eficientes unidades operacionais profissionalizantes do Estado de Goiás.  

Em 2004, a escola  tornou‐se Faculdade de Tecnologia Senai Roberto Mange,  credenciado pelo 

Ministério  da  Educação,  após  passar  por  ampla  reforma  que  permitiu  às  pessoas  portadoras  de 

necessidades  especiais  o  acesso  a  toda  sua  área,  ampliou  a  biblioteca  e  seu  acervo  e  promoveu  a 

adequação do espaço físico para instalação dos laboratórios de microbiologia, química analítica e análise 

instrumental. Atualmente, a escola oferece educação profissional nos níveis de aprendizagem (básico e 

técnico), qualificação e aperfeiçoamento profissional, habilitação técnica e graduação tecnológica. 

Outra  modalidade  de  atendimento  são  os  serviços  de  assessoria  e  assistência  técnica  e 

tecnológica  que  auxiliam  as  indústrias  no  desenvolvimento  de  produtos,  na  absorção  de  novas 

tecnologias, melhoria da qualidade e da produtividade das linhas de produção. 

3.3 Responsável Técnico pela elaboração do PGRS  Nome  Rita Cristina Massaini de Santana – Consultora 

Formação  Fga. Especialista em Saúde do Trabalhador 

Pós Graduada em Gestão Ambiental e Qualidade 

Mestrando em Auditoria e Gestão Ambiental 

Auditora Líder de Sistemas de Gestão Integrada  

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 

 PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página   16

Contato  (062) 9943‐8881 

(062) 8192‐3650 

 

3.4 Responsável pela Implantação do PGRS 

Nome  Cargo 

Juliana Lopes de Oliveira  Coordenadora Técnica 

 

3.5 Descrição das atividades São ministrados  cursos  nas modalidades:  aperfeiçoamento,  qualificação,  iniciação  profissional, 

educação  para  o  trabalho,  Aprendizagem  Industrial  Básica,  Ensino  Médio  Articulado  ao  Ensino 

Profissional,  Habilitação  Técnica  de  Nível Médio,  Graduação  Tecnológica,  Pós‐Graduação  latu  sensu, 

Ensino à distância e Cursos de Extensão, além de prestar Serviços Técnicos Tecnológicos e outros. 

            Segmentos atendidos:  

‐ Informática                                            ‐ Eletroeletrônica 

‐ Hidráulica                      ‐ Automobilístico (mecânica automóveis) 

‐ Mobiliário                                              ‐ Saúde e Segurança do Trabalho 

‐ Vestuário                                               ‐ Mecânica de Manutenção Industrial 

‐ Metalurgia                                             ‐ Alimentos 

‐ Pneumática                                           ‐ Telecomunicações 

‐ Construção Civil                                   ‐ Desenho Técnico 

‐ Química Industrial. 

3.6 Caracterização dos resíduos gerados   

 Conforme já mencionado, a classificação de resíduos sólidos envolve a identificação do processo 

ou  atividade  que  lhes  deu  origem,  de  seus  constituintes  e  características,  e  a  comparação  destes 

constituintes  com  listagens  de  resíduos  e  substâncias  cujo  impacto  à  saúde  e  ao meio  ambiente  é 

conhecido. A segregação dos resíduos na fonte geradora e a identificação da sua origem são informações 

importantes na descrição do processo no qual o resíduo foi gerado.  

Identificados os pontos de geração de resíduos, os mesmos foram classificados de acordo com o 

Anexo  II da Resolução CONAMA nº 313/2002, que dispõe sobre o  Inventário de Resíduos  Industriais, e 

com base na Norma NBR 10.004 – Classificação de Resíduos Sólidos.  

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 

 PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página   17

A  tabela  que  se  segue  abaixo  apresenta  os  tipos  de  resíduos  gerados  por  área  da  Instituição 

SENAI ROBERTO MANGE e fornece as seguintes informações:  

• Setor de geração do resíduo; 

• Classe do resíduo (I, II‐A, II‐B); 

• Nomenclatura do resíduo; 

• Código de Identificação segundo ABNT 10004 e Conama 313; 

• Forma de Transporte e Armazenamento do Resíduo; 

• Tratamento do resíduo e disposição final dos mesmos. 

 

Esta  tabela  traz um  resumo quanto  à:  identificação,  formas de  acondicionamento,  transporte, 

armazenamento,  tratamento  e/ou  destinação  final  dos  resíduos  identificados.  Nos  próximos  tópicos 

ações de acondicionamento, armazenamento e destinação final serão detalhados. 

 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  18 

Setor de Geração do Resíduo 

Classe  Nomenclatura do 

resíduo 

Código do 

resíduo 

Forma de Transporte e Armazenamento 

do Resíduo 

Tratamento do resíduo no local 

Reutilização,/Reciclagem/Recuperação ou Disposição Final 

Administração/ Recepção/Salas de aula  

II Embalagens 

Metálicas (latas vazias) 

A104 

Sacos Plásticos ou coletor específico para alumínio, para área armazenamento 

temporário 

‐ Reciclagem –Intermediários 

cadastrados 

II  Resíduos de varrição  A003  Sacos de lixo comum  ‐  Aterro Municipal 

II Resíduos de papel, 

papelão A006 

Sacos Plásticos ou Fardos na área de armazenamento 

temporário 

‐ Reciclagem – Intermediários 

cadastrados  

I Lâmpadas com vapor de mercúrio após o 

uso F044 

Caixas de origem ou tambor na área de armazenamento 

temporário 

‐ Descontaminação em empresa 

autorizada e cadastrada 

Refeitório /Cantina 

II Embalagens 

Metálicas (latas vazias) 

A104 

Sacos Plásticos ou coletor específico para alumínio, para área armazenamento 

temporário 

‐ Reciclagem – Intermediários 

cadastrados 

II Resíduos de frutas 

(bagaço,mosto,casca)A999 

Sacos de lixo comum, ou identificado como 

orgânico ‐ 

Aterro Municipal ou empresa especializada em compostagem 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  19 

Setor de Geração do Resíduo 

Classe  Nomenclatura do 

resíduo 

Código do 

resíduo 

Forma de Transporte e Armazenamento 

do Resíduo 

Tratamento do resíduo no local 

Reutilização,/Reciclagem/Recuperação ou Disposição Final 

Refeitório /Cantina 

II  Resíduos de varrição  A003  Sacos de lixo comum  ‐  Aterro Municipal 

II Resíduos de papel, 

papelão (não contaminados) 

A006 

Sacos Plásticos ou Fardos na área de armazenamento 

temporário 

‐ Reciclagem – Intermediários 

cadastrados  

I Lâmpadas com vapor de mercúrio após o 

uso F044 

Caixas de origem ou tambor na área de armazenamento 

temporário 

‐ Descontaminação em empresa 

autorizada e cadastrada 

II 

Resíduos de restaurante (restos 

de alimento, guardanapos usados) 

A001 Sacos de lixo comum, ou identificado como 

orgânico ‐ 

Aterro Municipal ou empresa especializada em compostagem 

II 

Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade 

contendo substâncias não 

perigosas 

A029  Sacos de lixo comum  ‐  Aterro Municipal  

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  20 

Setor de Geração do Resíduo 

Classe  Nomenclatura do 

resíduo 

Código do 

resíduo 

Forma de Transporte e Armazenamento 

do Resíduo 

Tratamento do resíduo no local 

Reutilização,/Reciclagem/Recuperação ou Disposição Final 

Refeitório /Cantina 

II Filmes e pequenas embalagens de 

plástico A207 

Sacos de lixo para material plástico ou coletor identificado 

‐ Reciclagem –intermediários 

cadastrados 

II  Resíduos de Vidros  A117 

Coletor com identificação, para 

área de armazenamento 

temporário 

‐ Reciclagem – Intermediários 

cadastrados 

II Resíduos de Plástico 

(pet) A007 

Saco plástico ou coletor identificado, 

para área de armazenamento 

temporário 

‐ Reciclagem – Intermediários 

cadastrados 

Oficinas nas áreas: Mecânica industrial, mecânica automotiva, eletro/eletrônica, 

marcenaria, costura, química industrial e Superior em Química, telecomunicações, etc. 

 

II Filmes e pequenas embalagens de 

plástico A207 

Sacos de lixo para material plástico ou coletor identificado 

‐ Reciclagem – intermediários 

cadastrados 

II Embalagens 

Metálicas (latas vazias) 

A104 

Sacos Plásticos ou coletor específico para alumínio, para área armazenamento 

temporário 

‐ Reciclagem – Intermediários 

cadastrados 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  21 

Setor de Geração do Resíduo 

Classe  Nomenclatura do 

resíduo 

Código do 

resíduo 

Forma de Transporte e Armazenamento 

do Resíduo 

Tratamento do resíduo no local 

Reutilização,/Reciclagem/Recuperação ou Disposição Final 

Oficinas nas áreas: Mecânica industrial, mecânica automotiva, eletro/eletrônica, 

marcenaria, costura, química industrial e Superior em Química, telecomunicações, etc. 

 

II  Resíduos de varrição  A003  Sacos de lixo comum  ‐  Aterro Municipal 

II Sucata de metais não‐ferrosos 

A005 

Carrinho manual para área Coberta de armazenamento 

temporário 

‐ Reciclagem – Intermediários 

cadastrados 

II Sucata de Metais 

Ferrosos A004 

Carrinho manual para a área Coberta de armazenamento 

temporário 

‐ Reciclagem – Intermediários 

cadastrados 

Acumuladores elétricos a base de chumbo e seus 

derivados (pilhas e baterias) 

FO42 Coletores específicos 

e identificados ‐ 

Devolução em redes de assistência técnica ou reprocessamento em 

empresa licenciada 

I Óleo Lubrificante 

Usado ou Contaminado 

F130 

Tanque ou tambor, com bacia de 

contenção na área de armazenamento temporário para resíduos perigosos 

‐ Re‐refino de óleo em empresas especializadas e cadastradas 

II Resíduos de 

materiais têxteis (não contaminados) 

A010 Sacos Plásticos para 

lixo comum ‐  Aterro Municipal 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  22 

Setor de Geração do Resíduo 

Classe  Nomenclatura do 

resíduo 

Código do 

resíduo 

Forma de Transporte e Armazenamento 

do Resíduo 

Tratamento do resíduo no local 

Reutilização,/Reciclagem/Recuperação ou Disposição Final 

Oficinas nas áreas: Mecânica industrial, mecânica automotiva, eletro/eletrônica, 

marcenaria, costura, química industrial e Superior em Química, telecomunicações, etc. 

 

II 

Outros resíduos não perigosos (EPI não contaminado com substâncias ou 

produtos perigosos)  

A009 Sacos Plásticos para 

lixo comum ‐  Aterro Municipal 

II  Resíduos de Vidros  A117 

Coletor com identificação, para 

área de armazenamento 

temporário 

‐ Reciclagem – Intermediários 

cadastrados 

Embalagens vazias contaminadas não especificadas na Norma NBR 10004 (embalagens de óleo 

lubrificante e aditivos, latas de tintas e solventes. 

F104 

Sacos plásticos ou coletores 

identificados para área de 

armazenamento temporário, setor de 

resíduos contaminados 

‐ Reprocessamento ou incineração, por empresa intermediária /cadastrada e 

especializada 

Outros resíduos perigosos (EPI’s 

contaminados com substâncias/produtos perigosos (luvas, botas, aventais, 

capacetes,máscaras) 

D099 

Tambor identificado para área de 

armazenamento temporário, setor de 

resíduos contaminados 

‐ Incineração, empresa intermediária cadastrada e especializada ou Aterro 

Industrial 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  23 

Setor de Geração do Resíduo 

Classe  Nomenclatura do 

resíduo 

Código do 

resíduo 

Forma de Transporte e Armazenamento 

do Resíduo 

Tratamento do resíduo no local 

Reutilização,/Reciclagem/Recuperação ou Disposição Final 

Oficinas nas áreas: Mecânica industrial, mecânica automotiva, eletro/eletrônica, 

marcenaria, costura, química industrial e Superior em Química, telecomunicações, etc. 

 

Outros resíduos perigosos (Resíduos de materiais têxteis 

contaminados (toalhas industriais) 

com substâncias/produtos 

perigosos (ex. resíduo oleoso)  

D009 

Tambor identificado para área de 

armazenamento temporário, setor de 

resíduos contaminados 

‐ Incineração, empresa intermediária cadastrada e especializada ou Aterro 

Industrial 

I Lâmpadas com vapor de mercúrio após o 

uso F044 

Caixas de origem ou tambor na área de armazenamento 

temporário 

‐ Descontaminação em empresa 

autorizada e cadastrada 

Solventes contaminados (com restos de tintas, água 

e tinta) 

F105 

Tambor identificado para área de 

armazenamento temporário, setor de 

resíduos contaminados 

‐ 

Co‐processamento em fornos de cimento, Incinerador de câmara  ou 

Outra formas de reutilização/reciclagem/recuperação  

II  Resíduos de borracha A008 

Área de armazenamento temporário, em 

tambores 

‐ Reutilização/reciclagem/recuperação (empresa especializada e licenciada)  

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  24 

Setor de Geração do Resíduo 

Classe  Nomenclatura do 

resíduo 

Código do 

resíduo 

Forma de Transporte e Armazenamento 

do Resíduo 

Tratamento do resíduo no local 

Reutilização,/Reciclagem/Recuperação ou Disposição Final 

Oficinas nas áreas: Mecânica industrial, mecânica automotiva, eletro/eletrônica, 

marcenaria, costura, química industrial e Superior em Química, telecomunicações, etc. 

  

I Restos de Borras de tintas e pigmentos 

K053 

Tambor na área de armazenamento temporário para resíduos perigosos 

‐ Co‐processamento em fornos de 

cimento por empresa especializada e cadastrada 

II Resíduos de papel, 

papelão A006 

Sacos plásticos ou tambores 

identificados, para área de 

armazenamento temporário 

‐  Intermediários cadastrados 

Marcenaria  II   Resíduos de Madeira  A009 

Carrinho manual, ou coletor específico 

para área de armazenamento 

temporário 

‐  Várias formas de reutilização e/ou 

intermediários cadastrados 

Laboratório Químico  I Embalagens de 

produtos químicos D099 

Área de armazenamento temporário para 

resíduos perigosos, em piso impermeável

‐ Descontaminação por empresa 

autorizada e cadastrada 

Tabela de caracterização de resíduos gerados pelas atividades. 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  25 

3.7 Detalhamento das formas de acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos identificados  

  

3.7.1 Área de armazenamento de resíduos 

Devido às características de periculosidade de alguns resíduos gerados e o potencial de reciclagem 

de  outros  resíduos  gerados  pelas  atividades  de  ensino  do  SENAI  ROBERTO  MANGE,  o  mesmo  deve 

providenciar uma área de armazenamento específica para resíduos perigosos e não perigosos. 

3.7.1.1 Armazenamento de Resíduos Perigosos  

As características de armazenamento de resíduos perigosos são regulamentadas pela ABNT NBR 

12235:1992 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos. 

O armazenamento de  resíduos consiste em uma contenção  temporária de  resíduos à espera de 

reciclagem,  recuperação,  tratamento  ou  destinação  final  adequada,  desde  que  atenda  ás  condições 

básicas de segurança. 

O  acondicionamento  de  resíduos  como  forma  temporária  de  espera  para  a  reciclagem, 

recuperação,  tratamento  e/ou destinação  final, pode  ser  realizado  em  contêineres,  tambores,  tanques 

e/ou a granel.  

A norma preconiza que o armazenamento de  resíduos perigosos deve  ser  feito de modo a não 

alterar a quantidade/qualidade do resíduo. 

De  acordo  com  recomendações  da  referida  NBR  a  área  de  armazenamento  deve  atender  ás 

seguintes exigências: 

Imagem de área com coletores não identificados

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  26 

• Deve  ser  em  área  coberta,  bem  ventilada,  impermeabilizada  e  onde  o  perigo  ambiental  seja 

minimizado bem como em áreas onde os riscos potenciais de fenômenos naturais sejam mínimos; 

• Deve  possuir  sistema  de  drenagem  e  captação  de  líquidos  contaminados  para  posterior 

tratamento; 

• Os  contêineres  e/ou  tambores  devem  ser  devidamente  rotulados  de modo  a  possibilitar  uma 

rápida identificação dos resíduos armazenados, devem estar sem defeitos ou vazamentos, devem 

ser de material compatível com os resíduos acondicionado, devem estar sempre fechados, devem 

estar dispostos de modo que possam  ser  inspecionados  visualmente. A área dos  contêineres e 

tambores deve estar provida de bacia de  contenção de  líquidos. A base da bacia de  contenção 

deve ser estanque com certa inclinação para permitir o escoamento dos líquidos derramados para 

o  uma  caixa  seca.  Se  os  containeres  e  tambores  estiverem  sob  estruturas  compatíveis  com  os 

produtos armazenados a inclinação da base é dispensável; 

• A bacia de contenção deve ter capacidade suficiente para conter no mínimo 10% do volume total 

dos contêineres e/ou tambores ou o volume do maior recipiente armazenado ou o maior volume 

estimado entre as duas opções; 

• Quando houver sistema fixo de água para combate a  incêndios, a bacia deve possuir dreno com 

válvula de bloqueio, externo à bacia, dimensionado adequadamente de modo a eliminar risco de 

transbordamento; 

• A disposição dos  recipientes na área de armazenamento deve  seguir as  recomendações para a 

segregação  de  resíduos  de  forma  a  prevenir  reações  violentas  por  ocasião  de  vazamentos  ou, 

ainda, que substâncias corrosivas possam atingir recipientes íntegros; 

• No caso do armazenamento de resíduos perigosos  incompatíveis, prever bacias de contenção  in‐ 

dependentes, para cada área, de forma a evitar riscos de misturas no caso de acidentes; 

• Deve  ter  sistema  de  isolamento  que  impeça  entrada  de  pessoas  estranhas  e  não  autorizadas, 

sinalizações de segurança que informe os riscos potenciais de acesso ao local; 

• A  área  deve  ser  suprida  de  iluminação  e  força  de  modo  a  permitir  uma  possível  ação  de 

emergência. E quando armazenado resíduos  inflamáveis os equipamentos elétricos devem estar 

de acordo normas de segurança; 

• Deve possuir sistema de comunicação interno e externo em ações de emergência; 

• Os  acessos  devem  ser  protegidos  de  forma  a  permitir  sua  utilização  em  quaisquer  condições 

climáticas; 

• Todo  e  qualquer manuseio  de  resíduos  perigosos  nas  instalações  de  armazenamento  deve  ser 

executado com pessoal dotado de EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) adequado; 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  27 

• Deve  possui  um  operador  específico  que  conheça  a  forma  de  operação  da  área  de 

armazenamento,  e  que  saiba  preencher  os  quadros  de  registros  de  movimentação  e 

armazenamento dos resíduos; 

• Deve‐se realizar periodicamente simulações do Plano de Emergência; 

• Resíduos  que  necessitem  ser  armazenados  em  tanques  devem  atender  ao  item  4.12  da  NBR 

12235; 

• A  instalação deve ser equipada e manter adequadamente  todos os equipamentos de segurança 

necessários  aos  tipos  de  emergências  possíveis  de  ocorrer,  por  exemplo:  equipamentos  de 

combate a incêndio, onde houver possibilidade de fogo. Além disso, deve existir na instalação; 

• A instalação deve possuir um registro de sua operação que deve ser mantido até o fim de sua vida 

útil, incluindo o período de encerramento das atividades. As formas de relatório de movimentação 

de resíduos e de registro de armazenamento devem seguir os modelos das Tabelas 2 e 3 do Anexo 

da NBR 12.235. 

 

3.7.1.2 Armazenamento de Resíduos não perigosos 

 

Os resíduos das classes II não devem ser armazenados juntamente com resíduos classe I, em face 

de a possibilidade da mistura resultante ser caracterizada como resíduo perigoso. 

O armazenamento de  resíduos classes  II pode  ser  realizado em contêineres e/ou  tambores, em 

tanques e a granel. 

A ABNT NBR 11174:1990 regulamenta o armazenamento de resíduos classe  II. Fixa as condições 

exigíveis para obtenção das condições mínimas necessárias ao armazenamento de resíduos classes  II, de 

forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente. 

Na execução e operação de um local de armazenamento de resíduos sólidos não inertes e inertes, 

devem ser considerados aspectos relativos ao isolamento, sinalização, acesso à área, medidas de controle 

de poluição ambiental, treinamento de pessoal e segurança da instalação. 

O local deve atender aos requisitos: 

• Sistema de isolamento tal que impeça o acesso de pessoas estranhas; 

• Sinalização de segurança e de identificação dos resíduos ali armazenados; 

• Prever um sistema de retenção de sólidos; 

• Prever um sistema de impermeabilização da base do local de armazenamento; 

• No caso de armazenamento em contêineres,  tanques e/ou  tambores, devem‐se prever medidas 

para contenção de vazamentos acidentais. 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  28 

• Possuir um operador responsável e treinado em operar a instalação de forma a prevenir acidentes 

na movimentação e armazenamento dos resíduos; 

• A instalação deve ser equipada e devem ser mantidos adequadamente todos os equipamentos de 

segurança  necessários  aos  tipos  de  emergência  possíveis  de  ocorrer,  como,  por  exemplo, 

equipamentos de combate ao incêndio onde houver possibilidade de fogo. 

3.7.2 Recipientes contentores  

Designa‐se por contentor o meio utilizado no acondicionamento de mercadorias ou resíduos. Para 

efeitos de transporte deve ser total ou parcialmente fechado, tenha um caráter permanente, sendo por 

esse  motivo,  suficiente  resistente  para  poder  ser  usados  repetidas  vezes,  possa  ser  manjado  com 

facilidade principalmente quando do seu transbordo. 

 

          

 

A  Resolução  Conama  275/2001  –  Estabelece  o  código  de  cores  para  os  diferentes  tipos  de 

resíduos,  a  ser  adotado  na  identificação  de  coletores  e  transportadores,  bem  como  nas  campanhas 

informativas para a coleta seletiva  ‐ normativa o código de cores para programas de coleta seletiva.   As 

cores  são de  fácil  visualização, de  validade nacional  e  inspirado  em  formas de  codificação  já  adotadas 

internacionalmente para identificação dos recipientes e transportadores usados na coleta seletiva. 

 

Segue abaixo padrões de cores adotados pela Resolução: 

Azul ‐ Papel/papelão  

Vermelho ‐ Plástico  

Verde ‐ Vidro  

Imagem de coletores utilizados na Unidade, sem identificação para tipo de resíduo

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PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  29 

Amarelo ‐ Metal  

Preto ‐ Madeira  

Laranja ‐ Resíduos perigosos  

Branco ‐ Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde  

Roxo ‐ Resíduos radioativos  

Marrom ‐ Resíduos orgânicos 

Cinza ‐ Resíduo geral não reciclável contaminado, ou contaminado não passível de separação

Para efeitos de gerenciamento sugerem‐se que cada ponto onde há a geração de resíduos esteja 

presentes pelo menos três contentores: 

 

Azul ‐ Papel/papelão 

Vermelho – Plástico 

Laranja ‐ Resíduos perigosos 

   

  A quantidade de cada um pode ser variável dependendo da geração diária e da compatibilidade 

dos resíduos gerados.

3.7.3 Resíduos de varrição, restos de alimentos, resíduos de frutas (bagaço, mosto, 

casca, etc.) – Resíduos Orgânicos 

 

Os  resíduos de  varrição  consistem naqueles  referentes  à  atividade de  remoção de  resíduos do 

chão  nos  ambientes.  São  constituídos  em  migalhas  de  alimentos,  ciscos  e  outros  pequenos  rejeitos 

carregados pelo movimento de pessoas e objetos. 

Orgânico  é um  termo  genérico para processos  ligados  à  vida, ou  substâncias originadas destes 

processos. No lixo urbano a parte orgânica é composta de pó de café e chá, cabelos, restos de alimentos, 

cascas e bagaços de  frutas e  verduras, ovos,  legumes,  alimentos estragados, ossos,  aparas e podas de 

jardim, resíduos de limpezas gerais :pós, cinzas (resíduos de varrição). 

Segundo  informações  constantes  do  site  (http://www.sucatas.com/compostoorganico.html),  no 

Brasil, os componentes orgânicos constituem cerca de 65% do peso do  lixo coletado e somente cerca de 

1,5% do lixo sólido orgânico produzido no Brasil é reciclado através da produção de composto (chama‐se 

de  compos  to  ao  adubo  produzido  através  da  decomposição  de  resíduos  orgânicos  –  processo  de 

compostagem). 

 

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PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  30 

  Os ambiente responsáveis pela geração destes tipos de resíduos podem ser enumerados como: 

• Administração, cantina, refeitório, recepção,sanitários,etc. 

 

Por se caracterizarem como resíduos classe  II – Não perigosos, de acordo com ABNT NBR 10004, os 

mesmos  podem  ser  enviados  à  coleta  de  lixo  comum  oferecidade  pelo  Serviço  de  Urbanização  do 

Município de Goiânia. 

Devem ser acondicionados em sacos plásticos pretos, transportados por meio de carrinhos de limpeza 

e armazenados na área de armazenamento de resíduos não perigosos ou enviados diretamente à coleta 

pública. 

 

 

 

Ações: 

• Instrução das pessoas envolvidas na geração do  resíduo quanto à  identificação e manuseio dos 

resíduos gerados; 

• Reutilização dos resíduos, quando possível; 

• Acondicionamento correto nos contentores, devidamente identificados; 

• Transporte seguro ao armazenamento de resíduos. 

 

 

3.7.4 Resíduos de papel, papelão, latinhas, filmes plásticos e pequenas embalagens de 

plástico não contaminado por substâncias perigosas 

 

Hoje, a força que propulsiona a reciclagem de papel, papelão e plásticos ainda é econômica, mas o 

fator  ambiental  tem  servido  também  como  alavanca. A preocupação  com o meio  ambiente  criou uma 

Imagem de coletor com diversos tipos de resíduos misturados 

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PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  31 

demanda por "produtos e processos amigos do meio ambiente" e reciclar papel, papelão e plásticos é uma 

forma de  responder  a  esta demanda. Assim, os principais  fatores de  incentivo  à  reciclagem,  além  dos 

econômicos, são: a preservação de recursos naturais  (matéria‐prima, energia e água), a minimização da 

poluição e a diminuição da quantidade de lixo que vai para os aterros. Dentre estes, certamente o último é 

o que tem tido maior peso nos países que adotam medidas legislativas em prol da reciclagem. 

O papelão é muito utilizado como meio de proteção contra choques mecânicos para embalagem 

de peças e outros produtos. 

O papelão é  reciclado no Brasil há muitas décadas e  tem  reaproveitado mais de 1,6 milhão de 

toneladas de aparas de papel velho por ano. No entanto, muito se desperdiça: o papelão ainda representa 

cerca de 5% dos resíduos sólidos urbanos coletados.  

Os plásticos e filmes plásticos são constituídos basicamente de restos de partes constituintes de 

embalagens.  

Sugere‐se  que  papel,  papelões,  plásticos  e metais  não  contaminados  por  produtos  perigosos 

sejam encaminhados para a área de armazenamento de resíduos não perigosos (Classe II). Como forma de 

reduzir  o  volume  a  ser  ocupado  na  área  de  armazenamento  sugere‐se  a  compra  de  uma  prensa 

enfardadeira.  Assim  os  resíduos  passíveis  de  serem  encaminhados  para  a  reciclagem  ficam mais  bem 

dispostos na área em forma de fardos. 

Ações: 

• Instrução das pessoas envolvidas na geração do  resíduo quanto à  identificação e manuseio dos 

resíduos gerados; 

• Redução na fonte; 

• Reutilização dos resíduos, quando possível; 

• Acondicionamento correto nos contentores, devidamente identificados; 

• Transporte seguro ao armazenamento de resíduos. 

 

 

3.7.5 Resíduos de papel, papelão e plástico contaminados por resíduos perigosos 

(pigmentos de tinta ou material oleoso) 

 

Durante as atividades nos módulos de treinamento (mecânica  industrial, mecânica automotiva) todos os 

resíduos recicláveis estão expostos a algum tipo de contaminação por substância perigosa como material 

oleoso (hidrocarboneto) ou pigmentos de tinta. 

Quando  isso  ocorre  os mesmos  passam  a  ser  caracterizados  como  resíduos  perigosos  (Classe  I)  e  não 

podem mais serem encaminhados para reciclagem comum. Neste caso os mesmos serão direcionados a 

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PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  32 

empresa terceirizada para que se proceda ao tratamento térmico (incineração ou co‐processamento) ou a 

reutilização  por  empresa  especializada  e  devidamente  licenciada  pelo  órgão  ambiental  competente. 

Pressupõe‐se que a empresa  licenciada tenha dispositivos de controle das emissões gasosas, destinação 

das cinzas e particulados e  tratamento dos efluentes  líquidos  (sistema de  lavagem dos gases), ou seja  , 

tratamento  de  todos  os  resíduos    oriundos  do  processo  de  incineração,  co‐processamento, 

reciclagem/recuperação. 

  Sugere‐se no local de geração do resíduo a presença de recipientes móveis de cor laranja (tambor 

de 200 litros ou contentor plástico – polietileno de alta densidade) devidamente identificado para resíduos 

perigosos  ou  resíduos  contaminados  com  produtos  perigosos.  A  cor  laranja  é  exigência  da  Resolução 

Conama  275/2001 – Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na 

identificação  de  coletores  e  transportadores,  bem  como  nas  campanhas  informativas  para  a  coleta 

seletiva. 

Após  atingirem  2/3  do  volume  do  coletor,  estes  materiais  contaminados  –  devidamente 

identificados,  devem  ser  encaminhados  de  forma  segura  para  a  área  de  armazenamentos  de  resíduos 

perigosos. 

A figura abaixo apresenta uma forma incorreta de acondicionamento de resíduos  

 

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3.7.6 Lâmpadas com vapor de mercúrio após o uso 

 As  lâmpadas  quando  inutilizadas  oferecem  risco  ambiental  devido  às  suas  características  de 

composição. Enquanto intacta a lâmpada não oferece risco. No entanto, ao ser rompida libertará vapor de 

mercúrio, podendo  ficar neste estado por um período de  tempo variável, em  função da  temperatura, e 

que se pode estender por várias semanas, e poderá ser aspirado por quem a manuseia ou até mesmo por 

outros. A contaminação do organismo dá‐se principalmente através dos pulmões.  

Além das lâmpadas fluorescentes, também contêm mercúrio, as lâmpadas de vapor de mercúrio, 

propriamente ditas, as de vapor de sódio e as de luz mista. 

Das  lâmpadas  descartadas  no  Brasil,  cerca  de  80  milhões/ano,  apenas  3%  tem  destinação 

adequada. O mercúrio presente nas  lâmpadas  é um metal  altamente  tóxico  e bastante  volátil,  e pode 

contaminar  o  solo,  os  animais,  as  águas  e  os  seres  humanos.  Para  evitar  possíveis  impactos  ao meio 

ambiente deve‐se dar um destino adequado as lâmpadas com vapor de mercúrio após o seu uso, por isso, 

a reciclagem é considerada a melhor solução. 

As  lâmpadas  a  serem descartadas pelo  SENAI ROBERTO MANGE, deverão  ser  armazenadas  em 

local seco e coberto, na área de armazenamento de resíduos perigosos, nas próprias caixas de embalagem 

original, protegidas contra eventuais choques que possam provocar a sua ruptura.  

Salienta‐se  que  orientações  deverão  dadas  aos  funcionários  responsáveis  pelo  setor  que  em 

nenhuma hipótese as  lâmpadas devem ser quebradas para serem armazenadas, pois essa operação é de 

risco para o operador e acarreta a  contaminação do  local. Também não  se deve dobrar ou quebrar os 

pinos  de  contacto  elétrico,  para  identificar  as  lâmpadas  fluorescentes  estragadas,  pois  os  orifícios 

resultantes nas extremidades da lâmpada permitem o vazamento do mercúrio para o ambiente.  

   No contato com  lâmpadas quebradas, deverá ser providenciado o uso de avental,  luvas e botas 

plásticas. Os cacos serão coletados de  forma a não  ferir quem os manipula e colocados em um  tambor 

metálico de 200 litros, estanque, lacrado, a fim de evitar a contínua evaporação do mercúrio liberado. 

As  lâmpadas  inteiras,  depois  de  acondicionadas  nas  respectivas  caixas,  serão  armazenadas  em 

tambor de 200 litros devidamente identificado na área de armazenamento de resíduos perigosos. 

 

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PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  34 

          

 

 

Atualmente  o  SENAI  já  destinou  grande  quantidade  de  lâmpadas  armazenadas  para 

descontaminação  por  meio  de  contrato  firmado  entre  a  Instituição  e  a  empresa  Naturalis  Brasil  – 

Lumitech.  

Ações: 

• Informar os responsáveis pelas trocas de lâmpadas sobre os riscos do manuseio incorreto; 

• Orientar  quanto  à  forma  correta  de  acondicionamento  das  lâmpadas  inservíveis  e  seu 

armazenamento; 

• Transporte seguro ao armazenamento de resíduos. 

 

 

3.7.7 Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade contendo 

substâncias não perigosas 

 

A exemplo cita‐se produtos alimentares vencidos ou fora da especificação. 

Por se constituírem em resíduos classe II podem ser direcionados para a coleta de lixo comum. 

 

 

Imagem de lâmpadas dispostas na Unidade em local e de forma inadequada 

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3.7.8 Acumuladores elétricos a base de chumbo e seus derivados (pilhas e baterias) 

Acumuladores elétricos são dispositivos capaz de transformar energia química em energia elétrica 

e vice ‐versa, por meio de reações quase completamente reversíveis, destinado a armazenar, sob a forma 

de  energia  química,  a  energia  elétríca  que  lhe  tenha  sido  fornecida  e  restituí‐la  em  condições 

determinadas. Acumuladores a base de chumbo é um acumulador no qual a matéria ativa é o chumbo e 

seus compostos. 

A Resolução Conama nº 257 de 30 de junho de 1999 estabelece: 

 Art.  1º..................................................................... As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e 

seus  compostos,  necessárias  ao  funcionamento  de  quaisquer  tipos  de  aparelhos, 

veículos ou sistemas móveis ou fixos, bem como os produtos eletro‐eletrônicos que as 

contenham  integradas  em  sua  estrutura  de  forma  não  substituível,  após  seu 

esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as 

comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias 

para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou 

por meio  de  terceiros,  os  procedimentos  de  reutilização,  reciclagem,  tratamento  ou 

disposição final ambientalmente adequada.” 

 

Art. 14...................................................................... 

“A  reutilização,  reciclagem,  tratamento  ou  a  disposição  final  das  pilhas  e 

baterias abrangidas por esta resolução, realizadas diretamente pelo fabricante ou por 

terceiros,  deverão  ser  processadas  de  forma  tecnicamente  segura  e  adequada,  com 

vistas  a  evitar  riscos  à  saúde  humana  e  ao meio  ambiente,  principalmente  no  que 

Imagem dos sacos de lixo comum, com vários resíduos misturados, aguardando para ser colocado na área externa para coleta municipal

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tange ao manuseio dos resíduos pelos seres humanos, filtragem do ar, tratamento de 

efluentes e cuidados com o solo, observadas as normas ambientais, especialmente no 

que se refere ao licenciamento da atividade.” 

Parágrafo Único...................................................... 

“Na  impossibilidade  de  reutilização  ou  reciclagem  das  pilhas  e  baterias 

descritas  no  art.  1o,  a  destinação  final  por  destruição  térmica  deverá  obedecer  as 

condições  técnicas  previstas  na  NBR  ‐  11175  ‐  Incineração  de  Resíduos  Sólidos 

Perigosos ‐ e os padrões de qualidade do ar estabelecidos pela Resolução Conama no 

03, de 28 de junho de l990. “ 

 

  Esta Resolução foi revogada pela Resolução 401/2008 ‐ Estabelece os limites máximos de chumbo, 

cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no  território nacional e os critérios e padrões 

para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências. 

 

Art. 19.......................................... 

“Os estabelecimentos de venda de pilhas e baterias referidas no art. 1o devem 

obrigatoriamente conter pontos de recolhimento adequados.” 

 

Considerando  as  disposições  das  referidas  resoluções,  os  acumuladores  elétricos  com 

características de resíduos perigosos devem ser armazenados adequadamente na área de armazenamento 

de resíduos perigosos  até o envio à empresa comercializadora ou de assistência técnica. 

 

Ações: 

• Instrução das pessoas envolvidas na geração do  resíduo quanto à  identificação e manuseio dos 

resíduos gerados; 

• Sempre utilizar EPI no manuseio; 

• Acondicionamento sobre paletes de sustentação em área  impermeável coberta, com sistema de 

drenagem e ventilação adequada; 

• Transporte seguro ao armazenamento de resíduos. 

 

3.7.9 Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado  

O óleo lubrificante representa cerca de 2% dos derivados do petróleo, e é um dos poucos que não 

são totalmente consumidos durante o seu uso. O uso automotivo representa 60% do consumo nacional, 

principalmente em motores a diesel. Também são usados na  indústria em sistemas hidráulicos, motores 

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estacionários, turbinas e ferramentas de corte. É composto de óleos básicos (hidrocarbonetos saturados e 

aromáticos)  que  são  produzidos  a  partir  de  petróleos  especiais  e  aditivados  de  forma  a  conferir  as 

propriedades necessárias para seu uso como lubrificantes. 

Durante  o  seu  uso  na  lubrificação  dos  equipamentos,  a  degradação  termoxidativa  do  óleo  e o 

acúmulo de contaminantes torna necessária a sua troca. Além disso, parte do óleo é queimado no próprio 

motor, devendo ser reposto.  

No SENAI, principalmente nos módulos de treinamento em veículos automotores, há a geração de 

pequeno volume de óleo lubrificante usado ou contaminado. 

A  gestão  do mesmo, mesmo  em  pequenas  quantidades,  deve  ser  cuidadosa  de  forma  a  não 

provocar acidentes com os trabalhadores e disposição incorreta. 

Devido ao pequeno volume gerado  recomenda‐se que ao  realizar a  troca de óleo o OLUC  fique 

acondicionado  em  um  tambor  metálico  de  200  litros,  estanque,  sem  defeitos  aparentes,  em  área 

impermeabilizada, coberta, protegida de luz intensa, calor e umidade, contemplando bacia de contenção 

com  direcionamento  para  uma  caixa  seca.  Em  hipótese  alguma  o  OLUC  pode  ser  direcionado  à  rede 

coletora de esgoto ou de águas pluviais. O rerrefino constitui a opção regulamenta para disposição final, 

conforme já mencionado. 

Após atingir 2/3 do seu volume o tambor deve ser direcionado para a área de armazenamento de 

resíduos perigosos com todos os cuidados necessário a não ocasionar acidentes em seu transporte. Outra 

possibilidade  é deixar o  tambor, na  área dos módulos de    treinamento  atendendo  todas  as  exigências 

citadas, e somente dar destinação final quando necessário. 

Salienta‐se que a empresa coletora deve atender ao que rege a Resolução Conama nº 362, de 23 

de junho de 2005 que dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou 

contaminado. 

Ações: 

• Instrução das pessoas envolvidas na geração do  resíduo quanto à  identificação e manuseio dos 

resíduos gerados; 

• Redução na fonte; 

• Reutilização dos resíduos, quando possível; 

• Acondicionamento correto nos contentores, devidamente identificados; 

• Transporte seguro ao armazenamento de resíduos. 

 

 

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3.7.10 Resíduos  de  materiais  têxteis,  outros  resíduos  não  perigosos  (EPI  não 

contaminado com substâncias ou produtos perigosos), resíduos de Vidros 

 

Podem ser considerados resíduos de materias têxteis todos aqueles utilizados nas atividades como 

meio  absorvente.  Desde  que  não  estejam  contaminhados  com  resíduos  perigosos  podem  ser 

encaminhados á coleta de lixo comum.  

Definido  pela  legislação  como  Equipamento  de  Proteção  Individual  (E.P.I)   todo  meio  ou 

dispositivo de uso pessoal destinado a proteger a  integridade  física do  trabalhador durante a atividade 

trabalho.  A função  do  E.P.I.  é  neutralizar  ou  atenuar um  possível agente  agressivo  contra  o  corpo  do 

trabalhador que o usa. 

Quando os EPI’s apresentarem apenas perdas em sua qualidade e funcionabilidade por motivos de 

manuseio incorreto, quebras, trincamentos, rasgos, os mesmos serão caracterizados como resíduos Classe 

II que poderão ser encaminhados para a reciclagem, quando passíveis, ou para a coleta pública de resíduo 

comum. 

Sugere‐se que nas áreas/módulos de treinamento tenha contentores para: 

Resíduos Perigosos – Cor Laranja 

Papel – Cor Azul 

Plástico – Cor Vermelha  

 

 

3.7.11 Resíduos de materiais têxteis contaminados (toalhas industriais, estopas) com 

substâncias/produtos perigosos (ex. resíduo oleoso) e outros resíduos perigosos 

(EPI contaminado com substâncias ou produtos perigosos, papel toalha) 

 

Devido às características das atividades, eventualmente os EPI’s poderão entrar em contato com 

substâncias  perigosas  como  óleo  e  tinta.  Neste  caso  os  mesmos,  quando  apresentam  perdas  de 

funcionabilidade, passam a ser considerados resíduos perigosos e devem ser adequadamente separados 

na fonte  e destinados à descontaminação e/ou incineração. 

Em se tratando dos materiais têxteis utilizados em higienização e que tenham contato direto com 

produtos  com  características  de  resíduo  perigoso  devem  ser  encaminhados  à    recuperação  ou  ao 

tratamento térmico. 

 

 

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3.7.12 Embalagens vazias contaminadas não especificadas na Norma NBR 10004 

(embalagens de óleo lubrificante e aditivo, latas de tintas e solventes). 

 

  Conforme  a  ABNT NBR  10.004  –  Resíduos  Sólidos  ‐  Classifcação,  essas  embalagens  plásticas  e 

baldes contendo residual de óleo lubrifcante, tintas e solventes são classificados como classe I – perigosos, 

por  apresentar  características  de  toxicidade  e,  essa  periculosidade  induz  a  conscientização  de  que  o 

descarte no  lixo comum é uma prática que deve ser abolida, pela possibilidade de causar danos ao meio 

ambiente e a saúde pública.  

  A redução do descarte no lixo comum e o incentivo à coleta seletiva e reciclagem das embalagens 

plásticas usadas, traz uma série de benefícios à sociedade, tais como: o aumento da vida útil dos aterros, 

geração de empregos, economia de energia e de recursos naturais, entre outros. 

  Para  a  prevenção  do  trabalhador  deve  ser  seguida  a  orientação  prevista  nas  normas 

regulamentadoras (NR’s) do Ministério do Trabalho. O uso de equipamentos de proteção individual (EPI), 

principalmente  luvas  impermeáveis  (PVC, polietileno ou neoprene) é  recomendado, para evitar contato 

direto com o coproduto das embalagens. 

  Depois  de  efetuado  o  procedimento  de  reposição  ou  troca  do  óleo  lubrificante  de motores, 

veículos  e  equipamentos,  as  embalagens  plásticas  usadas  deverão  ser  submetidas  a  processo  de 

escoamento do óleo lubrificante contido nas paredes e fundo da embalagem.  

 

 

 

  A  embalagem  plástica  deverá  ser  emborcada  no  equipamento  a  fm  de  reduzir  ao máximo  a 

quantidade de óleo contida na embalagem de PEAD. O  tempo de escoamento é variável em  função da 

Exemplo  de  forma  de  esgotamento  de embalagens de óleo lubrificante. 

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temperatura local, da viscosidade do óleo lubrifcante etc. Recomenda‐se manter a embalagem plástica em 

um período não inferior a 1 (uma) hora emborcado no recipiente. 

  Não descartar a tampa do frasco plástico usado, que deverá ser recolocada na embalagem. Essa 

ação minimiza o escorrimento do óleo ainda restante na embalagem durante o transporte do co‐produto 

para o tratamento ou disposição final. 

  As embalagens de tintas devem sofrer uma pré‐limpeza com diluentes, de acordo com o boletim 

técnico do produto,  e com o auxílio de um pincel. Posteriormente, deve ser utilizado o solvente para diluir 

a tinta retirada da lata. Limpar novamente a lata com diluente. Os pincéis devem ser limpos e guardados 

para novos usos.  

Resíduos da tinta seca devem ser enviados à uma ATT (Área de transbordo e triagem) autorizada 

pela  prefeitura.    Já  as  latas  com  filme  seco  devem  ser  encaminhadas  a  uma ATT  ou  para  reciclagem. 

Conforme já mencionado, sempre que um resíduo for encaminhado à reciclagem deve‐se verificar se esta 

empresa possui autorização do órgão ambiental competente a receber este tipo de resíduos e processá‐lo. 

Salienta‐se que no momento do descarte as embalagens devem ser inutilizadas (com furos, cortes, 

amassamento) evitando seu uso para outras finalidades. 

 

3.7.13 Restos e borras de tintas, pigmentos, solventes, aditivos 

Em  função  dos  riscos  envolvidos,  estes  tipos  de  resíduos  perigosos  requerem  uma  atenção 

especial.  Conforme  já  mencionado,  a  Norma    ABNT  NBR  12235:1992  define  os  critérios  para 

armazenamento de resíduos perigosos.  

Para facilitar a gestão e evitar transferências desnecessárias, recomenda‐se que os resíduos sejam 

acondicionados em recipientes apropriados para seu transporte. Por exemplo, para o acondicionamento 

de solvente sujo, é  recomendável utilizar  tambores de aço de 200 L, com  tampa  fxa, homologados, em 

bom  estado  e  devidamente  identificados  em  área  provida  de  bacia  de  contenção,  impermeabilizada, 

coberta e ventilada 

Dentre  as  formas  mais  vantajosas  para  se  destinar  estes  tipos  de  resíduos,  pode‐se  citar  a 

reutlização dentro da própria empresa ou  sua utlização  como produto no processo produtivo de outra 

empresa.  

Por  motivos  econômicos  e  ambientais,  deve‐se  sempre  privilegiar  a  reutilização  interna,  o 

reaproveitamento e a reciclagem em relação a outras opções de destinação de resíduos. 

Não  tendo  condições  de  acionar  qualquer  das  opções  acima  citadas  o  co‐processamento  e  a 

incineração são os mais indicados. 

O Co‐processamento é a queima de resíduos em forno de cimento, geralmente resíduos classe I, 

cujo poder calorífco mínimo garante energia na queima e cujas cinzas partcipam à formação do produto.A 

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PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  41 

incineração  é  o  processo  de  destruição  por  combustão  em  alta  temperatura,  geralmente  de  900ºC  a 

1250°C,  com  tempo  de  residência  controlado,  utlizado  para  o  tratamento  de  resíduos  de  alta 

periculosidade ou que necessitem de destruição segura. 

Resíduos da tinta seca devem ser enviados à uma ATT (Área de transbordo e triagem)ou pontos de 

coleta autorizados pela prefeitura. 

Os  solventes merecem  atenção  especial: o que  sobrou deve  ser  guardado  em  recipientes bem 

fechados  para  evitar  a  evaporação.  Pois  eles  poderão  ser  utilizados  na  próxima  obra.    Os  solventes 

utilizados na limpeza dos instrumentos de pintura deverão ser guardados para a diluição de outras tintas 

similares.  Quando  isso  não  for  possível,  os  solventes  devem  ser  enviados  para  uma  empresa  de 

recuperação ou de incineração. 

 

 

3.7.14 Elementos Filtrantes 

É  fato  notório  que  o  descarte  de  elementos  filtrantes  no  Brasil  ainda  tem muito  a  avançar. O 

principal fator a considerar no setor é que,  o descarte deve ser realizado pelo gerador do resíduo, que fica 

responsável também por qualquer dano que o descarte  inadequado venha causar ao meio ambiente. Na 

prática,  significa que  cabe a empresa que adquire e utiliza o elemento  filtrante  realizar o descarte em 

conformidade com a legislação vigente, o que nem sempre é feito da maneira devida. 

As atividades de treinamento em veículos automotores gera como resíduo os seguintes elementos 

filtrantes: filtro de ar, filtro de óleo, filtro de combustível, filtro de cabine ou filtro de ar condicionado. Há 

que se considerar ainda o filtro do plano aspirante e da cabine de pintura. 

De  acordo  com os  requisitos necessários, podemos dizer que os  elementos  filtrantes,  antes da 

utilização, fabricados de tecidos são considerados resíduos Classe II‐B e os filtros contendo carvão ativado 

são  considerados  resíduos  Classe  II‐A.  Porém,  após  a  utilização  e  dependendo  do  produto  filtrado, 

podemos alterar para resíduo perigoso  ‐ Classe  I, como por exemplo, filtração de resinas, tintas, óleos e 

outros produtos perigosos. 

 

3.7.14.1 Filtro de Ar 

É responsável pela limpeza do ar que vai para dentro do motor. Tem como função principal reter 

os contaminantes, entre os quais poeira, fuligem, areia e demais impurezas presentes no ar, assegurando 

que só o ar limpo chegue ao carburador, sistema de injeção e aos cilindros do motor, evitando desgastes 

prematuros nas partes móveis do motor, prolongando a sua vida útil. 

Os filtros de ar quando gerados, são classificados como Classe II‐A e podem ser encaminhado para 

a reciclagem. 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  42 

 

3.7.14.2 Filtro de Combustível  

É responsável por filtrar todo o combustível que o carro queima. 

Devido  ao  fato  de  estarem  impregnados  com  óleo,  os  filtros  de  combustível  se  constituem 

resíduos perigosos (CLASSE I) e devem ser encaminhados para a empresa especializada e  licenciada para 

que se proceda a incineração. 

 

3.7.14.3 Filtro do ar condicionado ou filtro de cabine 

É responsável por filtrar todo o ar interno do veículo quando o ar condicionado está ligado. Por se 

caracterizar como resíduo Classe II pode ser encaminhado à reciclagem. 

 

3.7.14.4 Filtro de óleo 

Tem a função de separar os resíduos que contaminam o óleo, como partículas metálicas que são 

desprendidas  por  atrito  das  peças,  óleo  carbonizado  derivado  da  combustão  do motor  e  outros.  Por 

estarem  impregnados  de  óleo  são  classificados  como  resíduos  Classe  I  e  devem  ser  encaminhados  ao 

tratamento térmico. 

   

 

3.7.15 Resíduos de Borracha ‐ Pneus inservíveis 

  A  proposta  da  Política  Nacional  de  Resíduos  Sólidos  prevê  a  normatização  do  princípio  da 

"logística  reversa",  que  é  um  processo  de  distribuição  ao  contrário:  fabricantes,  importadores, 

distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos e lubrificantes não terão de se 

preocupar apenas  com uma  logística para assegurar que esses produtos  cheguem ao  consumidor  final. 

Eles  serão  obrigados  a  montar  um  sistema  para  recolher  os  produtos  usados  ou  os  resíduos.  E  os 

consumidores seriam obrigados a devolver o material aos responsáveis pela sua destinação. Há também a 

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. A gestão adequada dos resíduos sólidos 

seria  responsabilidade  não  só  dos  fabricantes,  importadores  e  comerciantes,  mas  também  dos 

consumidores e do Poder Público.  

Apenas  as  empresas  dos  setores  submetidos  à  logística  reversa  estariam  obrigadas  a  recolher, 

após o uso, os produtos e resíduos que negociarem. As demais teriam obrigações preventivas para reduzir 

a produção de resíduos poluentes, mediante, por exemplo, o uso de embalagens recicláveis, desde que a 

medida não seja inviável do ponto de vista econômico.  

  Hoje,  a  destinação  ambientalmente  adequada  de  pneus  inservíveis  é  regulamentada  pela 

Resolução 416/2009. A Resolução em seu artigo 1º, estabelece que: 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  43 

 

§ 1º Os distribuidores, os revendedores, os destinadores, os consumidores finais 

de  pneus  e  o  Poder  Público  deverão,  em  articulação  com  os  fabricantes  e 

importadores, implementar os procedimentos para a coleta dos pneus inservíveis 

existentes no País, previstos nesta Resolução. 

 

  Mas  as  ações  já  se  iniciaram.  A  Reciclanip  é  uma  entidade  sem  fins  lucrativos  criada  pelos 

fabricantes de pneus novos Bridgestone  Firestone, Goodyear, Michelin  e Pirelli,  cujo  foco principal é  a 

coleta e destinação de pneus inservíveis no Brasil. 

  Em  Goiânia  já  existe  um  Ponto  de  Coleta  de  Pneus.  É  uma  central  de  recepção  de  pneus 

inservíveis. A Reciclanip  fica  responsável por  toda a  logística de  transporte dos pneus até a destinação 

final ambientalmente adequada. 

  No estado goiano existem 15 pontos de coleta  . Embora  não sejam conveniados, a RECICLANIP 

realiza a coleta dos pneus inservíveis desses locais para a destinação ambientalmente adequada.  

  Nesse sentido, sugere‐se que o SENAI ao  ter o pneu como  resíduo o encaminhe para empresas 

conveniadas com RECICLANIP, ou à empresas autorizadas e especializadas para reciclagem. 

 

3.7.16 Recipientes de produtos químicos 

 

  Os recipientes de produtos químicos devem ser armazenados na área destinada a Resíduos Classe 

I – Perigosos e quando não forem encaminhados ao fabricante/ fornecedor, devem ser encaminhados a 

incineração, ou aterro industrial, devidamente autorizados e cadastrados. 

 

  Abaixo imagem de embalagens de produtos químicos do laboratório. 

 

 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  44 

   

3.7.17 Recipientes de material de limpeza (embalagens de saneantes) 

  Saneantes domissanitários são substâncias ou preparações destinadas à desinfecção, higienização 

ou desinfestação domicilares, de ambiente coletivos e/ou públicos, de uso comum, e no  tratamento de 

água. Compreendem os produtos para  limpeza e afins (detergentes, alvejantes,  limpadores, ceras, entre 

outros),  aqueles  com  ação  antimicrobiana  (desodorizantes,  desinfetantes,  esterilizantes  químicos),  os 

desinfetantes (inseticidas, raticidas, repelentes, etc.) e os produtos biológicos de uso domissanitário (para 

o tratamento de sistemas sépticos, tubulações sanitárias e para outros locais similares). 

  As embalagens vazias de saneantes podem ser prensadas, organizadas em fardos e encaminhadas 

à reciclagem. 

4. TRANSPORTE DOS RESÍDUOS  

 

Toda movimentação  de  resíduos  deve  ser  documentada.    Uma  planilha  de movimentação  de 

resíduos atua como meio de registro de toda a remessa de resíduos que está sendo destinada. As formas 

de relatório de movimentação de resíduos e de registro de armazenamento podem seguir os modelos das 

tabelas 2 e 3 do anexo referente à ANBT NBR 12.235/1992 (Armazenamento de Resíduos Perigosos) e o 

Anexo A e B referente às ABNT NBR 11.174/1990 (Armazenamento de Resíduos Classe  II) e contendo as 

seguintes informações:  

nome e identificação do gerador;  

data da geração;  

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  45 

tipo e classificação do resíduo;  

quantidade do resíduo;  

destino do resíduo.  

O  número  de  vias  do  registro  de  movimentação  do  resíduo  deve  ser  de  acordo  com  as 

necessidades locais da unidade.  

Segue abaixo modelo de tabelas de movimentação de resíduos e registros de armazenamento que  

podem ser adotados no gerenciamento dos mesmos. 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  46 

Tabela 03: Tabela de Registro de movimentação de resíduos, conforme NBR 12235/92. 

REGISTRO DE MOVIMENTAÇÃO DE RESÍDUOS

1-Registro de Movimentação de Resíduos 2 - Folha

3 - Nome da empresa: 4- Endereço

 

CNPJ: 5 - Data 6 - Tipo de Resíduo 7 - Gerador/Origem 8 - Entrada de Resíduos 9-Saída de Resíduos 10-Observações Qnd (Kg, L) Destino Qnd (Kg, L) Destino

21/03/09 Outros resíduos perigosos (Resíduos de

materiais têxteis contaminados (toalhas

industriais) com substâncias/produtos perigosos (ex. resíduo

oleoso)

Módulos de treinamento - SENAI 10 kg

Área de armazenamento

de resíduos sólidos

perigosos

5 kg

Empresa especializada –

ALSCO TOALHEIROS

BRASIL

Armazenamento em tambores de 200 L EXEMPLO

11 Responsável Nome: Visto:

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  47 

Segue abaixo itens explicativos referentes a cada item da tabela de movimentação de resíduos, de 

acordo com a NBR 12.235/1992 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos. 

 1. Registro de movimentação de resíduos Esta  Tabela  tem  a  finalidade  de  registrar  toda  a  movimentação  de  resíduos  no  sistema  de armazenamento. O registro deve ser preenchido em duas vias: 1ª via  ‐ arquivo do armazenador; 2ª via  ‐ departamento interno de controle ambiental. 2. Folha Número da folha. 3. Nome da empresa Razão social da entidade responsável pelo armazenamento. 4. Endereço Do sistema de armazenamento. 5. Data Deve ser registrada a data de qualquer movimentação de resíduos, seja ela entrada, saída ou relocação interna no sistema de armazenamento. 6. Tipo de resíduo Descrição sucinta do resíduo e a(s) característica(s) que lhe confere(m) periculosidade (por exemplo: reatividade, inflamabilidade, toxicidade, etc.). 7. Gerador/origem Indicar a unidade que gerou o resíduo. 8. Entrada de resíduos Deve ser indicada cada entrada de resíduos, bem como o seu destino no sistema de armazenamento.  9. Saída de resíduos Deve ser indicada cada saída de resíduos, bem como seu destino, seja ela venda para reprocessamento, disposição em aterros, incineração, relocação no próprio sistema de armazenamento, etc. 10. Observações Devem ser indicadas informações tais como: a) incompatibilidade dos resíduos recebidos; b) formas de apresentação e acondicionamento dos resíduos; c) ocorrências relativas aos resíduos, suas embalagens, etc.; d) outras observações pertinentes. 11. Responsável Responsável pela operação do sistema de armazenamento.

 

 

 

 

 

 

 

 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  48 

 

REGISTRO DE ARMAZENAMENTO

1-Registro de Armazenamento 2-Período:

19/ago/09 a 19/set/09 3 - Folha

4 - Nome da empresa: 5- Endereço

 

CNPJ: 6 - Tipo de Resíduo 7 - Gerador/Origem 8-Quantidade 9- Local de

Armazenamento 10-Observações Entr (Kg, L) Saída Estoq (Kg, L) Outros resíduos

perigosos (Resíduos de materiais têxteis

contaminados (toalhas industriais) com

substâncias/produtos perigosos (ex. resíduo

oleoso)

Módulos de treinamento - SENAI 10 kg 5 kg 5 kg

Área de armazenamento

de resíduos sólidos perigosos

Armazenamento em tambores de 200 L EXEMPLO

Tabela 04: Tabela de Registro de armazenamento de resíduos, conforme NBR 12235/92. 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  49 

Segue abaixo  itens explicativos referentes a cada  item da tabela de armazenamento de resíduos, 

de acordo com a NBR 12235/1992 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos. 

 1. Registro de armazenamento Esta Tabela tem a finalidade de condensar as informações do registro de movimentação de resíduos de um determinado período. 2. Período O período de registro fica a critério da entidade, dependendo da quantidade de resíduos movimentada. 3. Folha Número da folha 4. Nome da entidade Do sistema de armazenamento. 5. Endereço Do sistema de armazenamento. 6. Tipo de resíduo Descrição sucinta do resíduo e a(s) característica(s) que lhe confere(m) periculosidade (por exemplo: reatividade, inflamabilidade, toxicidade, etc.). 7. Gerador/origem Se o sistema de armazenamento pertencer à entidade geradora, indicar a unidade que gerou o resíduo 8. Quantidade Devem ser registradas as quantidades totais de entrada e de saída no período e o estoque resultante. 9. Local de armazenamento Devem ser indicados os locais de armazenamento do estoque de cada resíduo no período. 10. Observações Devem ser indicadas informações tais como: a) formas de apresentação e acondicionamento dos resíduos; b) ocorrências e outras informações pertinentes. 11. Responsável Representante da entidade. 

 

Salienta‐  se  o  modelo  das  tabelas  de  movimentação  de  resíduos  e  de  registros  de 

armazenamentos, apresentadas, pode  ser utilizado  tanto para  resíduos perigosos quanto para  resíduos 

não perigosos, desde que separadamente. 

 

 

5. DEFINIÇÃO DAS DIRETRIZES PARA O PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

 

Este tópico fará referência à metodologia a ser adotada na unidade SENAI. 

Entende‐se que o SENAI, atualmente, não dispõe de nenhum gerenciamento dos  resíduos gerados 

pelas atividades. Isso acarreta desperdício de matéria prima, aumenta a quantidade de resíduos dispostos 

irregularmente,  prejudica  a  qualidade  do  meio  ambiente  e  à  saúde  humana,  podendo  ainda  causar 

acidentes envolvendo funcionários e a comunidade. 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  50 

  O gerenciamento de resíduos constitui em suma uma obrigação do empreendimento. E de acordo 

com  legislações  ambientais  pertinentes  o  gerador  é  responsável  pelo  resíduo  gerado,  tendo  assim  a 

responsabilidade de providenciar destinação final adequada para os mesmos. 

  A  Alta  administração  deve  estar  envolvida  no  gerenciamento  de  resíduos  liderando  sua 

implantação, promovendo desdobramentos de metas  e medidas  a  serem,  respectivamente  atingidas  e 

executadas  por  todos  os  níveis  gerenciais  de  forma  a  se  alcançar  as metas,  ou  seja,  é  necessária  a 

mobilização de toda a instituição na direção desejada. 

  A aceitação do problema de que a Instituição (SENAI) não possui nenhum tipo de gerenciamento 

de resíduos é o primeiro passo na busca por mudanças que atendam aos requisitos legais vigentes – meta 

‐ e que se implante um Plano de Gerenciamento de Resíduos. 

  O  Plano  de  Gerenciamento  de  Resíduos  Sólidos  (PGRS)  estabelece  princípios,  procedimentos, 

normas  e  critérios  referentes  à  geração,  acondicionamento,  armazenamento,  coleta,  transporte  e 

destinação final dos resíduos sólidos gerados por alguma atividade. 

  A Política Ambiental do SENAI deve estar pautada nos itens:    

• Redução da geração de resíduos em suas atividades; 

• Atendimento à legislação e às normas ambientais pertinentes; 

• Prevenção da Poluição. 

 

De  forma  clara  o  PGRS  visa  dar  subsídios  de  forma mais  precisa  e  uniforme  para  o  conteúdo 

pedagógico a ser ministrado aos alunos para que, como cidadãos, possam também exercer esta forma de 

preservação do meio ambiente, dentro e fora da instituição de ensino. Assim a instituição de ensino estará 

servindo de exemplo a todos, principalmente aos alunos que possuem papel multiplicador para a família, 

amigos e comunidade. É a antiga retórica do “ensinar fazendo”. 

 

Abaixo imagens de coletores utilizados na Unidade para alguns resíduos já segregados. 

 

     

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  51 

               

 

 

6. PLANO DE CAPACITAÇÃO E MONITORAMENTO 

 

A  implementação de um plano de gerenciamento de  resíduos é algo que exige, antes de  tudo, 

mudança de atitudes e, por  isto, traz resultados somente a médio e  longo prazo e requer compromisso 

com sua continuidade. A necessidade de implementação de protocolos operacionais, redução do volume 

de resíduos gerados, envolvimento de todos os funcionários nas diferentes etapas da gestão de resíduos 

deve ser de forma contínua e permanente.   

Neste  sentido,  o  PGRS,  coloca‐se  na  posição  de  iniciar  uma  reflexão  interna  visando  à 

incorporação de princípios e práticas ambientalmente mais seguras. Obtendo‐se a formação de cidadãos 

conscientes de seu papel como agentes participativos e modificadores dos padrões de desenvolvimento 

atualmente vigentes na sociedade brasileira. Salienta‐se ainda a extensão que um PGRS pode alcançar se 

considerarmos  a  quantidade  de  funcionários  envolvidos  e  a  possibilidade  de  estes  estenderem  sua 

participação no convívio familiar e na sociedade. 

O Plano de Capacitação constitui um  importante guia para os envolvidos. Ao mesmo  tempo em 

que  serve  a  propósitos  gerenciais,  permite  aos  membros  da  organização  orientar‐se  sobre  as 

competências que precisam ser desenvolvidas, os meios disponíveis, os prazos, os recursos e as condições 

para que  tais competências se desenvolvam.  Idealmente o plano resulta de um processo de negociação 

entre corpo dirigente, colaboradores, voluntários com o foco voltado para atingir os objetivos propostos. 

Ou seja,  o plano de capacitação contempla ações de treinamentos e reciclagens  de todos os envolvidos 

no trabalho de implantação do PGRS. 

O  intuito  de  conscientizar  os    envolvidos  da  necessidade  de  cooperação  de  todos  para  a 

manutenção  de  um  ambiente  limpo  e  saudável.  Deverão  ser  promovidas  campanhas  educativas  de 

divulgação  utilizando  folhetos,  cartilhas  informando  os  cuidados  com  o  trato  com  os  resíduos,  o 

Imagem do tambor coletor de serragem. A mesma pode ser utilizada para coleta de resíduos oleosos quando derramados, e compor possíveis kits de emergência ambiental

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  52 

desperdício e a vantagem de minimizar, reduzir, reciclar e reutilizar, além dos custos   dos   serviços e os 

aspectos ambiental sanitário. 

O  Plano  de  Monitoramento  envolve  o  acompanhamento  da  evolução    do  sistema  de 

gerenciamento  implantado,  através  do monitoramento  das  ações  planejadas  e  proposições  de  ações 

corretivas. 

É fundamental que as planilhas de armazenamento de resíduos descritas no    item 5 deste Plano 

referindo‐se   a geração mensal de  resíduos, classificação,  forma e  local de armazenamento, destinação 

final, entre outros sejam devidamente preenchidas, documentadas e divulgadas. 

 

 

7. IMPLANTAÇÃO DO PGRS 

 

  Por  se  tratar  de  um  projeto  amplo  e  complexo,  pois  envolve  tanto  a  parte  de  infra‐estrutura 

(depósitos, lixeiras seletivas, contratos, etc.), como a de envolvimento com os funcionários (treinamentos, 

campanhas, diálogos, etc.) e alunos (didática, planos de aula, materiais de apoio, etc.), podem ser criadas 

duas comissões ambientais ou equipes de qualidade ambiental para o gerenciamento do PGRS na unidade 

SENAI: 

a Geral, cujas responsabilidades são de coordenar as atividades do PGRS; planejar e controlar em 

conjunto  com  os  gestores  de  cada  unidade,  o  desempenho  do  projeto;  sugerir  e  implementar 

melhorias quando necessário e acompanhar resultados. 

a Específica (gestores de cada ponto de geração de resíduo), sendo que tenha um representante 

da CIPA – Comissão  Interna de Prevenção de Acidentes. A sua  responsabilidade é a de elaborar 

planilhas de acompanhamento do PGRS; conscientizar e orientar funcionários, alunos, docentes e 

terceirizados de  suas unidades  sobre a necessidade da manutenção do plano;  fazer  cumprir  as 

padronizações  definidas,  relativas  ao  descarte,  coleta,  separação  e  triagem  dos  resíduos 

produzidos e sugerir melhorias à comissão geral quando necessário. 

  Cada  gestor  será  responsável  pelo  resíduo  gerado  na  sua  área  de  geração  de  forma  que  as 

responsabilidades sejam distribuídas de acordo com as habilidades e competências. Ou seja, reúnem‐se os 

representantes dos setores envolvidos para discutir a proposta de  trabalho e planejar as estratégias de 

sensibilização (palestras, oficinas, filmes, etc.) criando instrumentos de comunicação interna. 

  As seguintes ações devem ser priorizadas para implementação do PGR: 

 

• Qualificação dos resíduos gerados baseado no processo ou atividade que lhes deu origem; 

• Quantificação dos resíduos; 

• Reunião para formação da equipe de qualidade ambiental; 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  53 

• Definição das metodologias a serem utilizadas para atingir a comunidade escolar; 

• Aplicação de Palestras e/ou peças teatrais aos alunos. 

 

Os  itens  necessários  a  concretização  das  ações  propostas,  sendo  que  alguns  devem  ser 

permanentemente monitorados, são: 

• Adequação  de  procedimentos  de  segregação  e  armazenamento  de  resíduos,  conforme 

legislação pertinente; 

• Adequação do local de armazenamento dos resíduos dentro da planta da escola; 

• Treinamento de funcionários e professores; 

• Obtenção  de  matérias  primas  potencialmente  menos  impactantes  ao  meio  ambiente 

(ação permanente); 

• Quando  não  puderem  ser  reaproveitados  ou  reciclados  dentro  da  planta  da  escola, 

sempre pesquisar empresas que  realizam  trabalhos que possam  reutilizar ou  reciclar os 

resíduos (ação permanente). 

 

  A seguir cronograma de implantação do PGRS na unidade SENAI ROBERTO MANGE. 

 

 

 

 

 

 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  54 

PLANO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS – SENAI 

Meta  Etapa (Fase)  Especificação Indicador Físico  Duração 

Status Unidade Qtde.  Início  Término 

1  Organização 

Definição dos Recursos 

Humanos 

(Equipe Gerencial) 

FATEC 

RM 1  20/04/2011  25/04/2011 

Realizado 

Reuniões de planejamento / 

esclarecimento 

FATEC 

RM 1  12/05/2011  10/06/2011  Em andamento 

2  Mobilização 

Levantamento prévio dos 

resíduos gerados 

FATEC 

RM 4  02/06/2011  08/06/2011  Em andamento 

Reunião  FATEC RM

5  02/06/2011  20/06/2011  Em andamento 

Palestras educativas/informativas FATEC RM 

1  25/04/2011  30/12/2011  Em andamento 

Definição de equipe de trabalhoFATEC RM 2  27/06/2011  05/07/2011  À realizar 

Visita do consultor para 

refinação dos resíduos 

FATEC RM 1  06/07/2011  06/07/2011  À realizar 

Quantificação dos 

resíduos gerados 

na Faculdade 

Treinamento (equipes de 

frente de trabalho) 

FATEC 

RM 2  25/07/2011  29/07/2011  À realizar 

Recursos humanos (equipes 

de frente de trabalho) 

FATEC 

RM 2  01/08/2011  05/08/2011  À realizar 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  55 

Construção de 

Área de 

Armazenamento 

de Resíduos 

Perigosos e Não 

perigosos 

Definição quanto à 

localização 

 

 1  02/06/2011  08/06/2011  Em andamento 

Construção Civil (sinalização, 

iluminação, cobertura, 

impermeabilização, segurança, 

drenagem, etc.) 

Unid.  1  01/08/2011  05/08/2011  À realizar 

Aquisição de 

recipientes 

contentores, 

equipamentos, 

Sinalização 

Aquisição de prensa enfardadeira 

cap. 30t Unid.  1  01/08/2011  05/08/2011  À realizar 

Aquisição de recipientes 

contentores Unid. 

De acordo com 

necessidade 01/08/2011  05/08/2011  À realizar 

Aquisição de Balança cap. 1.200 

kg Unid  1  01/08/2011  05/08/2011  À realizar 

Aquisição de placas de 

sinalização, faixas Unid. 

De acordo com 

necessidade 01/08/2011  05/08/2011  À realizar 

Recipientes devidamente 

identificados Unid. 

De acordo com 

necessidade 01/08/2011  05/08/2011  À realizar 

Sinalização implantada  Unid. De acordo com 

necessidade 08/08/2011  13/08/2011  À realizar 

6  Monitoramento Reuniões de análise crítica dos resultados da quantificação 

(Equipe Gerencial) 

Meses  PERMANENTE  PERMANENTE  PERMANENTE   

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  56 

7  Revisão do PGRS 

Recursos Humanos 

(Equipe Gerencial e de Frente de 

Trabalho) 

Meses  PERMANENTE  PERMANENTE  PERMANENTE 

 

 

Tabela 05: Cronograma de implantação do PGRS no SENAI Roberto Mange. 

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PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  57 

 

A implantação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos traz transformações no espaço 

físico  e  organizacional.  A  equipe  de  qualidade  ambiental  deverá  priorizar  a  Educação  da  Comunidade 

Escolar  para  a  adoção  de  atitudes  que  visem  a melhoria  do meio  ambiente  e  dos  recursos  naturais 

objetivando os seguintes pontos:  

• Entendimento da relação homem‐natureza enfocando a geração de resíduos.  

• Despertar  nos  alunos  a  importância  da  responsabilidade  como  cidadão  nas  ações  diárias  e 

rotineiras voltadas ao meio ambiente.  

• Conscientizar  a  comunidade  escolar  sobre  os  impactos  ambientais  da  disposição  irregular  de 

resíduos no meio ambiente.  

• Despertar o  interesse  e  formar  grupos  interessados no desenvolvimento do Gerenciamento de 

Resíduos dentro da unidade escolar.  

 

A vantagem de se estruturar uma equipe de qualidade ambiental, ou outra designação qualquer, é 

a  descentralização  da  administração  para  uma  administração  participativa  ficando  cada  gerente 

responsável pelo seu setor designado e principalmente, com maior autonomia. 

A Lei N° 9.795, de 27 de abril de 1999 que dispõe sobre a educação ambiental,  institui a Política 

Nacional  de  Educação  Ambiental  e  dá  outras  providências  preconiza  que  a  educação  ambiental  deve 

atender os preceitos que visam sensibilizar, informar e promover ações ecologicamente sustentáveis. Ou 

seja, por meio da sensibilização, da informação e de ações alcança‐se o objetivo geral que é a redução da 

geração de resíduos. 

A  abrangência do PGRS  tem uma  amplitude maximizada  à medida que  é  aplicado pelo público 

escolar no seu dia‐a‐dia, em casa ou em outros estabelecimentos. 

Após  a  formação  da  equipe  de  qualidade  ambiental  inicia‐se  o  trabalho  pela  orientação  dos 

diversos setores geradores quanto aos procedimentos de  identificação, segregação e acondicionamento 

dos resíduos. 

Uma boa opção para aplicabilidade dos princípios de segregação, acondicionamento e destinação 

final é a criação de peças teatrais e vídeos dentro da própria Instituição, pois de forma lúdica indica ações 

individuais e coletivas a diversas faixas etárias do público escolar de maneira rápida e abrangente além de 

ser um meio de comunicação limpo que não gera qualquer tipo de resíduo. 

 

 

 

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 

PGRS – SENAI ROBERTO MANGE – Página  58 

7.1.1 Recursos profissionais envolvidos 

Conforme  já  sugerido  no  item  acima  é  necessário  a  formação  de  uma  equipe  de  qualidade 

ambiental com objetivo de atingir alunos,  funcionários e professores sobre o correto gerenciamento de 

resíduos dentro da unidade escolar na busca do desenvolvimento sustentável. 

7.1.2 Recursos Financeiros  

 

Por se tratar de um novo projeto, o investimento em materiais será considerável.  

Os maiores investimentos concentram‐se na construção das áreas de armazenamento de resíduos 

perigosos e não perigosos de acordo com recomendações, aquisição da prensa enfardadeira e da balança 

bem como aquisição de mais unidades de recipientes contentores. 

 

8. RESPONSÁVEIS PELA IMPLANTAÇÃO DO PGRS 

   

__________________________________________________ Francisco Carlos Costa 

Diretor FATEC SENAI Roberto Mange 

  

__________________________________________________ Wilson de Paula e Silva Gerente de Educação 

FATEC SENAI Roberto Mange                                      _______________________________________________________ 

Leonardo Carlos Pinto Suporte Administrativo 

                                                                      FATEC SENAI Roberto Mange                                      _______________________________________________________ 

Juliana Lopes de Oliveira Coordenação Técnica 

                                                                    FATEC SENAI Roberto Mange