plenária da fem/cut dá início à campanha salarial 2016 · abandonadas, tem muito vidro...

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Filiado a CUT, CNM e FEM Nº 835 3ª edição de junho de 2016 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320 Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região Plenária da FEM/CUT dá início à campanha salarial 2016 Atos contra golpista Temer acontecem por todo o Brasil Lazer Inscrições para Futgame 2016 começam dia 15 PÁG. 8 Saúde Obras do Hospital Municipal ainda não saíram do papel PÁG. 2 Fábricas Trabalhadores da JCB e da Sanoh conquistam PPR O departamento jurídico do Sindicato explica diferenças nas convenções coletivas sobre compensação dos dias parados devido à interrupção de energia ocorrida na segunda- feira, dia 6. Na avenida Paulista, em São Paulo, cerca de 100 mil protestaram contra Temer. Em Sorocaba, o ato unificado do dia 11 concentrou 250 pessoas no centro da cidade. Movimentos sociais e sindicais farão nova manifestação neste sábado, dia 18, a partir das 10h. Com o tema “Sem golpe, sem pato, por mais emprego e direitos”, os sindicatos filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) aprovaram no sábado, dia 11, os eixos para a campanha salarial deste ano. A data-base da categoria é 1º de setembro. Adonis Guerra/ SMABC ABC: Os metalúrgicos aprovaram os eixos: não à terceirização e a perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da inflação e aumento real; valorização dos pisos e jornada semanal de 40h Bandeiras: O SMetal marca presença nos atos em defesa dos direitos trabalhistas PÁG. 3 Sindicato negocia dias parados por apagão PÁG. 5 PÁG. 7 PÁG. 3 Foguinho

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Filiado a CUT, CNM e FEM

Nº 835 3ª edição de junho de 2016 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320

Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

Plenária da FEM/CUT dá inícioà campanha salarial 2016

Atos contra golpista Temeracontecem por todo o Brasil

LazerInscrições para Futgame 2016 começam dia 15

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SaúdeObras do Hospital Municipal ainda não saíram do papel

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FábricasTrabalhadores da JCB e da Sanoh conquistam PPR

O departamento jurídico do Sindicato explica diferençasnas convenções coletivas sobre compensação dos dias parados devido à interrupção de energia ocorrida na segunda-feira, dia 6.

Na avenida Paulista, em São Paulo, cerca de 100 mil protestaram contra Temer. Em Sorocaba, o ato unifi cado do dia 11 concentrou 250 pessoas no centro da cidade. Movimentos sociais e sindicais farão nova manifestação neste sábado, dia 18,a partir das 10h.

Com o tema “Sem golpe, sem pato, por mais emprego e direitos”, os sindicatos fi liados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) aprovaram no sábado, dia 11, os eixos para a campanha

salarial deste ano. A data-base da categoria é 1º de setembro.

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ABC: Os metalúrgicos aprovaram os eixos: não à terceirização e a perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da infl ação e aumento real; valorização dos pisos e jornada semanal de 40h

Bandeiras: O SMetal marca presença nos atos em defesa dos direitos trabalhistas

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Sindicato negocia dias parados por apagão

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Fogu

inho

O vereador metalúrgico Izídio de Brito (PT), presidente da Co-missão de Saúde da Câmara Mu-nicipal, fiscalizou na manhã de sexta-feira, dia 10, a área com-prada pela Prefeitura em abril de 2013 para construção do Hospi-tal Público Municipal, no Jardim Bethânia (na antiga garagem da TCS).

Durante a vistoria foi constata-do que mais de três quartos do ter-reno ainda estão abandonados. "As antigas construções da TCS estão abandonadas, tem muito vidro quebrado, paredes e teto danifica-dos, além de material espalhado pelo terreno, inclusive com mui-ta água parada", denuncia Izídio.

O parlamentar afirmou que vai discutir com a Comissão a pos-sibilidade de denunciar o Poder Executivo por mau uso do di-nheiro público.

A área, de 36 mil metros qua-dros, custou R$ 13 milhões. A promessa do prefeito Antônio Carlos Pannunzio (PSDB) era a instalação do hospital no manda-to atual, com capacidade inicial de 200 leitos.

Também foram pagos mais de R$ 2,5 milhões em serviços téc-nicos, visando a celebração de Parceria Público Privada (PPP) para construção do Hospital.

Leia mais sobre a vistoria em www.smetal.org.br

Página 2 Folha Metalúrgica - Junho de 2016 - Ed. 835

Povo não pode ser prejudicado pela má administraçãoA Prefeitura de Sorocaba tem divulgado

que devido à crise financeira foi obrigada a re-duzir horários de creche, cortar investimentos em cultura, cortar verbas para entidades, mas não divulga os gastos extras mantendo os 158 cargos comissionados que a Justiça mandou suspender.

E também não divulga quanto custa man-ter obras inacabadas ou nem iniciadas como a do Hospital Municipal, que tem o terreno no Jardim Betânia, na antiga garagem de ônibus da TCS. A reportagem do SMetal acompanhou uma vistoria do vereador metalúrgico Izídio de Brito, presidente da Comissão da Saúde da Câmara, e registrou entulhos espalhados pelo terreno e água parada.

Conforme resposta da prefeitura, via as-sessoria de imprensa, está na fase final a ela-boração do edital para contratação de Parce-ria Público Privada (PPP), na modalidade de Concessão Administrativa, para a implantação e operação do Hospital de Clínicas de Soroca-ba (hospital municipal).

Já a Secretaria da Saúde (SES) informa que a antiga sede administrativa da TCS está sendo

combate à dengue e de recolhimento de mate-riais inservíveis?

Ao invés de prejudicar a população dimi-nuindo o tempo das crianças nas creches, tendo problemas frequentes no fornecimento de me-renda, não seria mais adequado voltar o olhar para dentro da própria administração e obede-cer a Justiça, como no caso dos comissionados?

Abordamos na Folha Metalúrgica anterior a “missão” extra desses trabalhadores comis-sionados que são obrigados a irem para as re-des sociais defender o mandato de Pannunzio (PSDB), e postarem comentários elogiando qualquer ação da prefeitura. Tudo a mando de um tucano mor de São Paulo, com uma empre-sa contratada para delegar essas funções aos subordinados do prefeito.

Tá aí mais um desvio na verba empregada. Os comissionados, assim como os concursa-dos, também são pagos com dinheiro público e não deviam trabalhar com propaganda par-tidária.

Cabe a toda população e às entidades repre-sentativas de diversos setores denunciarem e reivindicarem o bom uso do dinheiro público!

editorial

Como pode uma área da saúde estar com água

acumulada e entulho?

Izídio constata abandono de área destinada a Hospital Municipal

saúde

Jornalista responsável: Paulo Rogério L. de Andrade

Redação e reportagem: Paulo Rogério L. de Andrade Fernanda Ikedo Daniela Gaspari

Fotografia: José Gonçalves Filho (Foguinho)

Projeto Gráfico e Editoração: Lucas Delgado Cássio de Abreu Freire

Auxiliar de Redação: Gabrielli Duarte Vagner Santos

ComunicaçãoSMetal

Folha Metalúrgica, Portal SMetal, Revista Ponto de Fusão,

redes sociais, comunicação visual e assessoria de imprensa

Sindicato do Metalúrgicos de Sorocaba e RegiãoRua Júlio Hanser, 140 - Sorocaba SP - www.smetal.org.br

Diretoria Executiva SMetal

Presidente: Ademilson Terto da Silva

Vice Presidente: Tiago Almeida do Nascimento

Secretário Geral: Leandro Cândido Soares

Administrativo e de Finanças: Alex Sandro Fogaça

Secretário de Organização: João de Moraes Farani

Diretor Executivo: Joel Américo de Oliveira

Diretor Executivo: Silvio Luiz Ferreira da Silva

Sede Sorocaba: Tel. (15) 3334-5400

Sede Iperó: Tel. (15) 3266-1888

Sede Araçariguama: Tel. (11) 4136-3840

Sede Piedade: Tel. (15) 3344-2362

Folha Metalúrgica Impressão: Bangraf Publicação: Semanal Tiragem: 30 mil exemplares

reformada para abrigar toda a Área da Vigi-lância em Saúde (Divisão de Vigilância Epi-demiológica, Divisão de Zoonoses, Divisão de Vigilância Sanitária e Laboratório Municipal). A obra está em fase de conclusão, com previ-são de mudança a partir de julho de 2016.

Não é de se questionar como pode uma área da saúde estar com água acumulada e entulho, sendo que a própria prefeitura tem ações de

Antiga garagem: Local custou R$ 13 milhões aos cofres públicos

Fogu

inho

A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Soroca-ba (SMetal) repudia o ataque ocorrido na boate gay Pulse, em Orlando, nos EUA, na madrugada do último domin-go, dia 12, que resultou na morte de 49 pessoas. Em todo o mundo, inclusive no Brasil, vivemos tempos de intolerân-cia e preconceito contra as di-ferenças, seja de gênero, cor da pele, religião, condição

social ou opção sexual. Não há até o momento

confirmação de que se trate apenas de um ato homofóbi-co ou de um grupo terroris-ta, mas de qualquer forma, o SMetal é extremamente con-tra a disseminação do ódio e atos de intolerância e reafir-ma que sempre lutará em de-fesa dos direitos humanos e para que as diferenças sejam respeitadas.

SMetal repudia qualquer tipo de intolerância

preconceito

Em razão das fortes chuvas e ventos que as-solaram Sorocaba e região na segunda-feira, dia 6, e que provocaram a descontinuidade do for-necimento de energia elétrica, muitas empresas dispensaram seus trabalhadores e comunicaram a compensação desse dia.

O departamento jurídico do SMetal explica que as Convenções Coletivas preveem situações distintas para esse tipo de situação.

Assim, a impossibilidade de compensação da interrupção do trabalho por força maior ou caso fortuito* não significa que a empresa não pos-sa chamar o empregado para trabalhar em outro

dia. Havendo trabalho em outro dia deverá pagar as horas extraordinárias decorrentes dessa con-vocação, sendo que se o empregado não atender ao chamado não poderá haver nenhum desconto.

De acordo com o secretário-geral do Sindica-to dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMe-tal), Leandro Soares, a diretoria da entidade está em contato com as empresas que dispensaram os trabalhadores para que nenhum metalúrgico tenha seus direitos prejudicados. Na hipótese de dúvidas em relação à empresa em que você tra-balha, entre em contato com o Sindicato (15) 3334-5447.

Página 3Folha Metalúrgica - Junho de 2016 - Ed. 835

Convenções coletivas são distintas sobre interrupção de trabalho em caso de apagão

BLACKOUTBRASIL

Metalúrgicos da JCB e da Sanoh aprovam proposta de PPR

Os trabalhadores da JCB e da Sanoh, ambas em Sorocaba, aprovaram em assembleias nes-ta terça-feira, dia 14, propostas de Programa de Participação nos Resultados (PPR) negociadas com as fábricas pelo SMetal e comissões inter-nas de funcionários.

Na JCB, fabricante de máquinas com cerca de 180 trabalhadores, o PPR foi reajustado pelo índice da inflação da campanha salarial de 2015, que foi de 9,88%. A primeira parcela será de-positada dia 20 de junho e a segunda, dia 20 de fevereiro.

Na Sanoh, sistemista da Toyota, com 50 fun-cionários, o reajuste no PPR foi de 17% em rela-ção ao valor ano passado. Os trabalhadores vão receber a primeira parcela dia 21 de junho e a segunda, dia 15 de janeiro.

Os valores não são divulgados para não pre-judicar negociações semelhantes em andamento com outras empresas.

Por 11 votos a 9, o Conselho de Ética da Câmara Federal aprovou na terça-feira, dia 14, o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) pela cassação do mandato do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Abre-se agora o prazo de cinco dias úteis para a defesa de Cunha recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em seguida, o processo segue para votação no plenário da Câmara. Cunha é acusado de quebra de decoro parlamentar, de manter contas secretas no exterior e de mentir sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado.

Conselho de Ética aprova parecer pela cassação de Cunha

Fogu

inho

Assembleia: Proposta foi aprovada pelos trabalhadores da fabricante de máquinas na tarde desta terça-feira

GRUPO CLÁUSULA DETERMINAÇÃO

GRUPO 3 CLÁUSULA 26 PODEM COMPENSAR DESDE QUE COMUNIQUE O SINDICATO COM 72H DE ANTECEDÊNCIA

FORJARIA E PARAFUSOS CLÁUSULA 26 PODEM COMPENSAR DESDE QUE COMUNIQUE

O SINDICATO COM 72H DE ANTECEDÊNCIAGRUPO 8 CLÁUSULA 20 NÃO PODEM COMPENSARFUNDIÇÃO CLÁUSULA 20 NÃO PODEM COMPENSARESTAMPARIA CLÁUSULA 19 NÃO PODEM COMPENSARGRUPO 2 CLÁUSULA 20 NÃO PODEM COMPENSARSICETEL CLÁUSULA 20 NÃO PODEM COMPENSARGRUPO 10 CLÁUSULA 18 NÃO PODEM COMPENSAR

MONTADORAS CLÁUSULA 45 PODEM COMPENSAR, DESDE QUE HAJA ACORDO COLETIVO

*Caso fortuito: é o evento proveniente de ato humano, imprevisível e inevitável, que impede o cumprimento de uma obrigação, tal como a guerra, por exemplo. Não se confunde com força maior, que é um evento previsível ou imprevisível, porém inevitável, decorrente das forças da natureza, como o raio, a tempestade.

participação nos resultados

O papa Francisco declarou, a 20 de maio, que “pode estar ocorrendo um golpe de Estado suave em algum país.” Para bom entendedor meia palavra basta. Como latino-americano, Francis-co entende de golpes de Estado, tantos foram os que ocorreram em nosso continente.

Outrora os golpistas se apro-priavam do Estado à ponta do fuzil. Agora, por meio de artima-nhas parlamentares. No Brasil, de fevereiro a abril, o caldo de cultura propício a favorecê-lo se temperou à base de nobres ingre-dientes: reduzir os gastos públi-cos e instaurar um novo governo integrado por autoridades acima de qualquer suspeita.

Temer queria que a Câmara dos Deputados aprovasse a cria-ção de 14.419 novos cargos pú-blicos, quase quatro vezes mais os 4 mil postos que prometera eliminar em nome do enxuga-mento das finanças do Estado. Isso custaria R$ 58 bilhões aos cofres da nação. Devido à reação popular, Temer recuou.

No país da saúde pública inoperante, o que obriga 50 mi-lhões de brasileiros a depende-rem de planos de saúde privados, a Agência Nacional de Saúde Su-plementar acaba de fixar em até 13,57% o índice de reajuste dos planos individuais e familiares. É de matar de infarto qualquer um.

O ministério “da ética” carece de atestado de bons anteceden-tes. Dois ministros já foram de-mitidos, acusados de corrupção e tentativa de obstrução da Justiça: Romero Jucá, do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transpa-rência e Fiscalização.

Para a Secretaria das Mulhe-res, Temer nomeou a ex-deputa-da Fátima Pelaes, do PMDB do Amapá, acusada pelo Ministério

Público Federal de integrar uma “articulação criminosa” para desviar R$ 4 milhões através de emendas parlamentares. Ela ain-da não tomou posse, e tudo indi-ca que, devido à reação contrá-ria, Temer de novo recuará.

Mendonça Filho, ministro da Educação, está envolvido na Lava Jato, acusado de haver re-cebido R$ 250 mil das empreitei-ras Odebrecht e Queiroz Galvão. É citado na Operação Castelo de Areia por ter recebido doação de R$ 100 mil da Cavo, que perten-ce à construtora Camargo Cor-rêa.

Henrique Alves, ministro do Turismo, está envolvido na Lava Jato pelo doleiro Yousseff, e é um dos integrantes da “lista do Janot”. E o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF a prisão da cúpula do PMDB: Sarney, Renan, Jucá e Eduardo Cunha.

O Ministério da Agricultu-ra foi entregue a Blairo Maggi, plantador de soja, considerado por ambientalistas, em 2005, um dos maiores desmatadores da flo-resta amazônica.

Geddel Vieira Lima ficou com a Secretaria de Governo, ape-sar de citado no escândalo dos “anões do orçamento”, em 1993, quando deputados manipulavam emendas orçamentárias via enti-dades sociais fantasmas.

E vêm aí cortes na Saúde e na Educação, em nome do ajuste fiscal. A Petrobras, responsável por 13% do PIB, está na mira da privatização, ou seja, o Bra-sil perderá seu maior patrimônio empresarial. E diziam que tería-mos um governo bem melhor...

Página 4 Folha Metalúrgica - Junho 2016 - Ed. 835

SMetal dialoga com universitários sobreo mundo sindical

palestra

Os assessores políticos do SMetal, o advogado aposenta-do Imar Eduardo Rodrigues e o professor de história Geraldo Ti-totto, ex-presidente do Sindicato, fizeram palestra para estudantes de geografia, na Universidade de Sorocaba (Uniso), no dia 8 deste mês a convite do Centro Acadêmi-co (CA) do curso.

Eles abordaram a legislação sindical, o atual cenário político com o governo interino de Michel Temer (PMDB) e os projetos de lei que estão em andamento no Congresso Nacional e são destina-dos a cortar direitos já garantidos constitucionalmente.

Entre eles, o projeto de lei 3842/2012, que deve excluir da legislação criminal as referências à jornada exaustiva e às condições degradantes de trabalho, como conceitos de trabalho análogo à

escravidão.Foram debatidas também ou-

tras propostas de políticos con-servadores alinhados ao setor fi-nanceiro, como a da terceirização em qualquer tipo de atividade em empresas privadas, públicas e de economia mista.

Em sua apresentação, Rodri-gues também demonstrou que o valor do salário mínimo não in-terfere na taxa de desemprego do Brasil, com dados de diferentes países. “Os políticos de direita gostam de tentar relacionar o mí-nimo com o desemprego, mas é só ver as taxas da Europa para des-mistificar isso”, comenta.

“Para nós, do Centro Acadê-mico, essa parceria com o SMetal é importante para levar a luta das fábricas para a sociedade”, afirma o membro do CA de Geografia e di-rigente sindical, Roberto Hatadani.

Estrutura sindical: Geraldo Titotto foi presidente do SMetal e é professor de história

Dados: Imar Rodrigues demonstrou que o salário mínimo não interfere no desemprego

Golpe suave,autoridadessuspeitasPor Frei Betto

Frei Betto é escritor, autor do livro “Fidel e a religião” (Fontanar), entre outros livros

artigo

As palestras abordaram também a deturpação das informações em prol dos interesses econômicos

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A indignação contra o desgover-no de Michel Temer (PMDB), que tenta a todo custo precarizar as rela-ções de trabalho e reduzir os direi-tos sociais duramente conquistados pela sociedade, tomou conta da ave-nida Paulista, na sexta-feira, dia 10.

Cerca de 100 mil pessoas protes-taram contra o golpe e as medidas que vem sendo adotadas pelo go-verno ilegítimo de Michel Temer (PMDB) e afirmaram o apoio à de-mocracia.

No protesto, manifestantes se-guravam faixas pedindo a saída de Temer e que não fossem retirados os diretos sociais e trabalhistas con-quistados.

O ato unificado foi convocado pela Frente Brasil Popular e pela

Frente Povo sem Medo, que reúne movimentos sociais, estudantis e centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), CTB, Movimentos dos Tra-balhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), entre outros.

ReprovaçãoPesquisa CUT-VOX POPULI,

realizada de 7 a 9 de junho, mostra que 67% avaliam o presidente inte-rino negativamente, 77% acham que reforma da Previdência vai prejudi-car muita gente e 52% acreditam que o desemprego vai aumentar.

Confira mais detalhes da pesqui-sa no portal www.smetal.org.br

Página 5Folha Metalúrgica - Junho 2016 - Ed. 835

mobilizações

Sorocaba: Haverá novo ato em Sorocaba, neste sábado, dia 18, a partir das 10h

São Paulo: O povo nas ruas diz “Fora Temer”. Foram mais de cem mil na avenida Paulista

Sorocaba também se movimenta contra o golpismo

A avenida Paulista recebeu milhares de pessoas que denunciam o golpismo

#ForaTemer Sorocaba: Contra Todas as Formas de Opressão é o tema dos protestos

A adoção de recursos contábeis em que se baseou o pedido de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, não é exclusividade do governo federal.

A Agência Pública analisou pareceres prévios dos Tribunais de Contas dos estados (TCEs), votos

de alguns de seus conselheiros e manifestações dos Ministérios Públicos de Contas (MPCs) de 20 unidades da Federação, entre 2013 e 2014, e concluiu que, na interpretação geral do conceito, pelo menos 17 governadores teriam praticado pedaladas fiscais.

Ao contrário de Dilma, as cortes estaduais foram bem menos rigorosas no julgamento dos governadores. Nenhum deles teve a contabilidade reprovada, apesar de manifestações neste sentido por parte de alguns conselheiros solitários e dos Ministérios Públicos de Contas.

Pedaladas fiscais: dois pesos e duas medidas

‘Fora Temer’repercute emtodo o país

Neste sábado, dia 18, às 10h, o Comitê de Resistência Democráti-ca, que envolve diversas entidades, promove novo ato unificado con-tra o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB). A concentração ocorre na Praça Coronel Fernando Prestes, no Centro.

O ato anterior aconteceu na manhã de sábado, dia 11. Cerca de 250 manifestantes protestaram contra o governo interino de Te-mer, na região central de Sorocaba.

O ato contou com a participa-ção de várias organizações e mo-

vimentos sociais da cidade. Para o militante do Levante Popular da Juventude de Sorocaba, Rafael da Guia, somente a união dos movi-mentos sociais de esquerda pode impedir os retrocessos que o go-verno vem causando.

“Esse protesto é muito impor-tante para Sorocaba, conseguimos realizar dois atos em uma semana e está sendo bastante interessante ver que a pauta do Fora Temer está conseguindo cumprir uma unida-de, mesmo com os setores mais divergentes”, explica.

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Página 6 Folha Metalúrgica - Junho 2016 - Ed. 835

Sindicato do Vestuário é invadidona madrugada de domingo

A sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Sorocaba e Região, que fica no Jardim Zulmira, foi invadida na madrugada de domingo, dia 12.

Segundo a presidente da entidade, Paula Proença, a porta foi arrombada e um armário contendo arquivos e documentos foi vasculhado, mas nada foi levado. “Há indícios de que os invasores procuravam documentos específicos”, relata.

A Polícia Militar esteve na sede do Sindicato e um boletim de ocorrência (BO) foi aberto na tarde de segunda-feira, dia 13. “Na quarta levaremos o documento ao 4º DP de Sorocaba, que irá dar encaminhamento para a realização de perícia no local”, explica Paula.

A ação criminosa ocorreu no dia da assembleia de lançamento da Campanha Salarial Unificada da categoria, que ocorreu no domingo, às 9h, no local invadido.

alesp Deputados aprovam PL de Alckmin que ‘privatiza’ 25 parques estaduais

Deputados estaduais de São Paulo aprovaram na terça-fei-ra, dia 7, o projeto de lei (PL) 249/2013, de autoria do gover-no de Geraldo Alckmin (PSDB), que concede à iniciativa privada o direito de explorar comercial-mente 25 áreas de conservação ambiental do estado, pelo prazo de 30 anos.

Por não detalhar a caracterís-tica de cada uma das áreas con-cedidas, o PL abre brechas para atividades com grande impacto ambiental, como extração ma-deireira e mineral.

Entre as unidades, cinco es-tão na região do Vale do Ribeira: o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR), Caverna do Diabo, Ilha do Cardoso, Car-los Botelho e Intervales.

Para a coordenadora do Pro-grama Vale do Ribeira do Insti-tuto Socioambiental (ISA), Ra-

quel Passinato, uma das grandes questões é que o projeto, do jeito que foi aprovado, exclui as co-munidades tradicionais e asso-ciações comunitárias que já tra-balham com turismo dentro das unidades de conservação (UC).

“Iporanga, por exemplo, é um município que vive em fun-ção do turismo do PETAR. No bairro da Serra, os moradores que tocam o comércio local, as pousadas, todo mundo vive em função do Parque”, explica.

Outro prejuízo, segundo Ra-quel, é que algumas das unidades citadas não dispõem de plano de manejo, que estabelece normas e ações a serem desenvolvidas em uma UC, o que deixa as comu-nidades tradicionais ainda mais vulneráveis frente à interferên-cia da iniciativa privada.

“Os parques são bens públi-cos da humanidade e o governo

não consultou nem os morado-res dessas regiões, que são indí-genas, caiçaras, quilombolas e a população em geral”, critica.

Organizações ambientais e comunidades diretamente afeta-das com o PL estão em contato com o Ministério Público Fe-deral e Estadual tentando entrar com uma Ação Direta de Incons-titucionalidade (ADIN). “A ava-liação que temos é que se trata de um projeto inconstitucional, pois burla direitos fundamen-tais”, conta Raquel.

O PL 249/2013O projeto 249 é de 2013 e

foi desengavetado, ampliado de três para 25 parques e colo-cado em votação em regime de urgência. Após a aprovação na Assembleia Legislativa de São Paulo, ele segue para sanção do governador.

Unidades de Conservação afetadas:• Parque Estadual Campos Do Jordão• Parque Estadual Cantareira• Parque Estadual Intervales• Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR)• Parque Estadual Caverna do Diabo• Parque Estadual Serra do Mar (Núcleo Sta Virginia)• Parque Estadual Serra do Mar (Núcleo São Paulo)• Parque Estadual Jaraguá• Parque Estadual Carlos Botelho• Parque Estadual Morro do Diabo• Parque Estadual Ilha do Cardoso• Parque Estadual de Ilha Bela• Parque Estadual Alberto Löfgren• Estrada Caminho do Mar• Estação Experimental de Araraquara• Estação Experimental de Assis• Estação Experimental de Itapeva• Estação Experimental de Mogi Guaçu• Estação Experimental de Itirapina• Floresta Estadual de Águas De Santa Bárbara• Floresta Estadual de Angatuba• Floresta Estadual de Batatais• Floresta Estadual de Cajuru• Floresta Estadual de Pederneiras• Floresta Estadual de Piraju

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Ameaçada: A Caverna do Diabo é uma das atrações naturais que está na lista de Alckmin para ser privatizada

Página 7Folha Metalúrgica - Junho 2016 - Ed. 835

Presença: Lula participou da plenária estatutária. SMetal foi representado por diretores no evento que definiu os eixos da campanha

reivindicações

Metalúrgicos da FEM aprovam eixos da campanha salarial

Após a realização de diversas plenárias regionais nos últimos meses para colher sugestões das bases, os sindicatos filiados à Federação Estadual dos Metalúr-gicos da CUT (FEM) aprovaram no sábado, dia 11, os eixos para a campanha salarial deste ano. A data-base da categoria é 1º de se-tembro.

A aprovação aconteceu duran-te Plenária Estatutária, na sede da FEM, em São Bernardo do Cam-po, e contou com a presença do ex-presidente Lula.

Os eixos aprovados são: Não à terceirização e à perda de direitos; Pela estabilidade e a geração de empregos; Valorização dos pisos salariais; Reposição da inflação e aumento real de salários; Jornada de 40 horas semanais.

O tema da campanha será “Sem golpe, sem pato, por mais emprego e direitos”.

Em sua participação na plená-ria, Lula falou sobre a situação econômica e política do Brasil e defendeu a valorização do merca-

Inflação sobe em maio e atinge 0,98% no mêsCUSTO DE VIDA

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumi-dor (INPC/IBGE) atingiu quase 1% em maio (0,98%). O custo de vida no mês subiu 0,34% em rela-ção a abril, quando o índice fechou em 0,64%.

Os itens que mais contribuíram para aumentar o INPC de maio fo-ram do grupo dos não alimentícios, como habitação, saúde, cuidados e despesas pessoais. Nesse caso, a variação em maio chegou a 1,05%. Em abril, a inflação nesse grupo foi de 0,43%.

O que impediu que a inflação de maio fosse ainda maior foi a ligei-ra redução no custo ao consumidor de itens do grupo dos produtos alimentícios. Nesse grupo, a varia-ção em maio foi de 0,83% contra 1,11% em abril.

Nos últimos 12 meses o INPC está acumulado em 9,82% (abril de 2015 a maio de 2016).

Campanha salarialEm relação às perdas salariais

dos metalúrgicos da Federação Es-tadual dos Metalúrgicos da CUT/SP (FEM), a inflação está acumu-lada em 8,08% desde setembro de 2015, quando a categoria teve sua mais recente data-base.

Os cálculos sobre o INPC/IBGE foram compilados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Eco-nômicos (Dieese/Subseção Meta-lúrgicos Sorocaba).

O economista responsável pela Subseção do Dieese, Fer-nando Lima, destaca que a perda salarial de 8,08%, relacionada com a inflação acumulada desde setembro, refere-se aos últimos nove meses. “Ainda faltam três meses para a nova data-base da categoria metalúrgica e não de-tectamos tendência de queda na inflação”, ressalta.

do interno e da soberania. “Eu te-nho crença neste País, é só a gente voltar a acreditar no nosso merca-do interno”, defendeu.

ResistênciaPara o presidente da FEM, Luiz

Carlos da Silva Dias, o Luizão, “o cenário político talvez é que dita o ritmo da campanha. O governo

golpista interino tem propostas contrárias aos interesses da classe trabalhadora. Portanto, a campa-nha salarial vai ser uma campanha de resistência aos ataques que nós já estamos sofrendo”.

As cláusulas sociais que serão incluídas na pauta de reivindica-ções vêm sendo debatidas pela FEM desde o ano passado, mas

os sindicatos ainda estão enviando sugestões de cláusulas. Quando a pauta estiver concluída será vota-da pelos metalúrgicos nas bases antes de ser entregue aos grupos patronais.

Estão em Campanha Salarial este ano, 202 mil metalúrgicos no estado de São Paulo nos Grupos 2, 3, 8, 10, Estamparia e Fundição.

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Página 8 Folha Metalúrgica - Junho 2016 - Ed. 835

formação

O economista da subseção do Dieese do Sin-dicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Fernando de Lima, foi um dos partici-pantes do curso de verão alemão “Making Glo-balization Fair” (Construindo uma Globalização Justa), que ocorreu de 29 de maio a 3 de junho, nas cidades de Hofgeismar e Berlim.

O curso foi realizado pela Universidade Unikassel e pela Fundação Friedrich Ebert Stif-tung (FES). Cada escritório da FES espalhados pelo mundo indicou um candidato para as 30 va-gas oferecidas.

Para ser o escolhido do escritório brasileiro, Lima entregou uma carta de apresentação, com-provou seu envolvimento com o movimento sin-dical, além de currículo para análise da Fundação.

Entre os temas estudados em uma semana constaram os novos aspectos da globalização, a divisão internacional do trabalho, moeda e câm-bio e controle democrático de corporações trans-nacionais. O grupo também realizou uma visita à fábrica da Volkswagen, na cidade de Wolfsburg.

Nova etapa da globalizaçãoReferente ao conteúdo programático, Lima

explica que foi rico para visualizar que há uma efetiva divisão pelo fenômeno da globalização. “Oitenta por cento das transações internacionais

Economista do Dieese/SMetal participa de curso sobre globalização

São Bento vence na estreia do Brasileiro D e vira líder

Torneio do SMetal estácom inscrições abertas

FUTEBOL FUTGAME

Com um gol do meia-atacante Tiago Tremon-ti, aos 10 minutos do primeiro tempo, o São Bento venceu o São José, de Porto Alegre, na manhã deste domingo, dia 12, no CIC, em Sorocaba, por 1 a 0.

A partida marcou a abertura do Campeonato Bra-sileiro série D e levou 2,5 mil torcedores beneditinos ao campo.

Com a vitória, o time sorocabano assumiu a li-derança do Grupo A-14 com três pontos. Vila Nova (MG) e Portuguesa (RJ), que empataram em 1 a 1, no domingo, dia 12, em Minas Gerais e integram o mesmo grupo do Bentão, estão na segunda coloca-ção com 1 ponto cada um e o São José, sem pontuar, em quarto lugar.

O São Bento volta a jogar no próximo domingo, às 15h, contra a Portuguesa (RJ). A partida será dis-putada na Ilha do Governador, casa da lusa carioca.

Estão abertas, e vão até dia 8 de julho, as inscrições para o 8º Torneio de Futgame do Sindicato dos Meta-lúrgicos de Sorocaba e Região. Apenas sócios e depen-dentes do SMetal podem participar. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis em www.smetal.org.br/futgame-2016

A plataforma utilizada será o Playstation 4 (PS4) e o jogo o Fifa 2016. O competidor terá a opção de utili-zar o seu joystick ou o disponível no dia do torneio. Os jogos serão eliminatórios.

Os jogos serão realizados nos dias 24 e 31 de julho, dois domingos, a partir das 9h, na sede do SMetal em Sorocaba. No entanto, caso haja menos de 80 inscri-tos, todas as partidas ocorrerão somente no dia 24. A organização do campeonato é do coletivo Juventude Metalúrgica.

A premiação será a seguinte: 1º lugar, um videoga-me Playstation 4 com controle; 2º lugar, um smartpho-ne; e 3º lugar, um tablet. O artilheiro do torneio será premiado com um jogo para PS4, no valor de R$ 150.

Inscrições do Futsal de Invernoseguem até dia 24

Estão abertas até o dia 24 de junho as inscrições para o 6° Torneio de Inverno de Futsal, promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) em parceria com a Liga Votorantinense de Futsal (Livofus).

Os times devem ser formados apenas por metalúrgicos sócios ou dependentes do SMetal, mas não é necessário que os integrantes da equipe sejam da mesma empresa.

As inscrições devem ser realizadas no Clube de Campo dos Metalúrgicos, de quarta a domingo, das 9h às 18h. O Clube fica na Avenida Victor Andrew, 4100, no Éden, em Sorocaba.

A competição terá início em 3 de julho. As partidas acontecerão no Clube de Campo aos sábados e domingos, no período da tarde. Informações (15) 3225 3377 ou pelo e-mail da Livofus: [email protected]

Diversidade: Participantes de todos os continentes deram contribuições sobre as realidades dos países

são feitas por empresas transnacionais, com ma-triz que estão ou na Europa ou nos Estados Uni-dos”.

Isso significa também uma diferença na for-ma de se tratar os trabalhadores. “À medida que a globalização avançou, percebemos o fenômeno da financeirização”.

O maior prejudicado com esse novo fenômeno é o trabalhador. Ele pontua que não é aceitável que um país, em benefício próprio, receba produ-

tos oriundos de condições precárias de trabalho ou permitir que essas condições sejam realizadas internamente em nome de uma competitividade.

Para reverter essa lógica empregada pelas transnacionais em impor uma forma de gestão ao mundo, o economista sinaliza que é importante estreitar os laços para que não aumente a precari-zação do trabalho.

As despesas com a viagem e o curso foram por conta da Fundação Ebert Stiftung (FES).

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