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Milho-verde PLANTAR coleç o ã

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Milho-verde

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Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaEmbrapa Milho e SorgoMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Embrapa Informação TecnológicaBrasília, DF

2008

A CULTURA DOMILHO-VERDE

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Coleção Plantar, 59

Produção editorial: Embrapa Informação TecnológicaCoordenação editorial: Fernando do Amaral Pereira

Mayara Rosa CarneiroLucilene Maria de Andrade

Revisão de texto: Corina Barra SoaresNormalização bibliográfica: Celina Tomaz de CarvalhoProjeto gráfico da coleção: Textonovo Editora e Serviços Editoriais Ltda.Editoração eletrônica: Wamir Soares Ribeiro JúniorArte-final da capa: Carlos Eduardo Felice BarbeiroIlustração da capa: Álvaro Evandro X. Nunes

1a edição1a impressão (2008): 2.000 exemplares

Todos os direitos reservadosA reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou emparte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no. 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Embrapa Informação Tecnológica

© Embrapa 2008

A cultura do milho-verde / [editor técnico, Israel Alexandre Pereira Filho]. –Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2008.61 p. : il. – (Coleção Plantar, 59).

ISBN 978-85-7383-017-0

1. Colheita. 2. Comercialização. 3. Doença de planta. 4. Praga deplanta. 5. Sistema de cultivo. I. Pereira Filho, Israel Alexandre. II. EmbrapaMilho e Sorgo. III. Coleção.

CDD 635.67

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Editor Técnico

Israel Alexandre Pereira FilhoEngenheiro agrônomo, M. Sc. em Fitotecnia, pesquisadorda Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

Autores

Alfredo TsunechiroEngenheiro agrônomo, M. Sc. em Economia, pesquisadorcientífico do Instituto de Economia Agrícola, da Secretariade Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo,São Paulo, [email protected]

Carlos Alberto VasconcellosEngenheiro agrônomo, D. Sc. em Fertilidade de Solo eNutrição de Plantas, pesquisador aposentado da EmbrapaMilho e Sorgo

Celso Luiz MorettiComunicador social, especialista em Marketing, D.Sc. emFitotecnia, pesquisador da Embrapa Hortaliças, Brasília, [email protected]

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Décio KaramEngenheiro agrônomo, Ph. D. em Manejo de PlantasDaninhas, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, SeteLagoas, [email protected]

Elizabeth de OliveiraBióloga, D. Sc. em Fitopatologia, pesquisadora da EmbrapaMilho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

Elton Eugênio Gomes e GamaEngenheiro agrônomo, Ph. D. em Melhoramento dePlantas, pesquisador aposentado da Embrapa Milho eSorgo

Fernando Tavares FernandesEngenheiro agrônomo, M. Sc. em Fitopatologia,pesquisador aposentado da Embrapa Milho e Sorgo

Frederico Ozanan Machado DurãesEngenheiro agrônomo, D. Sc. em Fisiologia Vegetal,pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

Gilmar Paulo HenzEngenheiro agrônomo, D.Sc. em Fitopatologia, pesquisadorda Embrapa Hortaliças, Brasília, [email protected]

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Israel Alexandre Pereira FilhoEngenheiro agrônomo, M. Sc. em Fitotecnia, pesquisadorda Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

Ivan CruzEngenheiro agrônomo, D. Sc. em Entomologia, pesquisadorda Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

Jason de Oliveira DuarteEconomista, Ph. D. em Economia Rural, pesquisador daEmbrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

José Carlos CruzEngenheiro agrônomo, Ph. D. em Manejo e Conservação deSolos, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, SeteLagoas, [email protected]

José Magid WaquilEngenheiro agrônomo, Ph. D. em Entomologia, pesquisadorda Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

Marcos Joaquim MattosoEngenheiro agrônomo, D. Sc. em Economia da Produção,pesquisador aposentado da Embrapa Milho e Sorgo, SeteLagoas, [email protected]

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Paulo Afonso VianaEngenheiro agrônomo, Ph. D. em Entomologia, pesquisadorda Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

Paulo César MagalhãesEngenheiro agrônomo, Ph. D. em Fisiologia Vegetal,pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

Paulo Emílio Pereira de AlbuquerqueEngenheiro agrícola, D. Sc. em Irrigação e Drenagem,pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

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Apresentação

Em formato de bolso, ilustrados e escritos emlinguagem objetiva, didática e simples, os títulos daColeção Plantar têm por público-alvo produtores rurais,estudantes, sitiantes, chacareiros, donas de casa edemais interessados em resultados de pesquisa obtidos,testados e validados pela Embrapa.

Cada título desta coleção enfoca aspectos básicosrelacionados ao cultivo de, por exemplo, hortaliça,fruteira, planta medicinal, planta oleaginosa, condimentoe especiaria.

Editada pela Embrapa Informação Tecnológica,em parceria com as demais Unidades de Pesquisada Empresa, esta coleção integra a linha editorialTransferência de Tecnologia, cujo principal objetivo épreencher lacunas de informação técnico-científicaagropecuária direcionada ao pequeno produtor rural e,com isso, contribuir para o aumento da produção dealimentos de melhor qualidade, bem como para a geraçãode mais renda e mais emprego para os brasileiros.

Fernando do Amaral PereiraGerente-Geral

Embrapa Informação Tecnológica

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Sumário

Introdução............................................... 11Cultivares ................................................16Manejo e tratos culturais .........................20Adubação ...............................................26Controle de plantas daninhas..................31Controle de pragas..................................37Controle de doenças ...............................44Manejo da irrigação ................................49Colheita, transporte e comercialização ...52Custo de produção .................................58Referências..............................................61

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Introdução

O milho (Zea mays L.) é utilizado naalimentação humana, na forma de grãossecos ou verdes. O milho-verde pode serconsumido simplesmente cozido ou assado,ou na forma de curau, de suco, e tambémcomo ingrediente na fabricação de bolos,biscoitos, sorvetes, pamonhas e de outrosalimentos. O cultivo do milho-verde é umaatividade praticamente exclusiva de pequenose médios agricultores.

O milho-verde pode ser consideradouma hortaliça, em virtude do tempo de suapermanência no campo até o momento dacolheita, que é de aproximadamente 90 diasno verão e de 100 dias no inverno. Por isso,o local de produção deve estar situado o maispróximo possível dos centros consumidores.

A cultura tornou-se uma opção degrande valor econômico, principalmente

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para os produtores que utilizam mão-de-obrafamiliar, graças ao bom preço de mercado,à significativa demanda pelo produto innatura e pela indústria de conservas alimen-tícias.

O mercado de milho-verde é tãopromissor e lucrativo que as empresas desementes entraram no negócio lançandoalgumas cultivares específicas no mercado.

Aspectos econômicos

Embora não se disponha de infor-mações recentes sobre a produção de milho-verde no Brasil, sabe-se que sua produçãovem crescendo. As empresas produtoras desementes estão trabalhando na obtenção decultivares de milho-verde que atendam àscaracterísticas exigidas pelo mercado, tantopara consumo in natura quanto para aindústria de conservas alimentícias. Tem

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crescido também, em todo o territórionacional, o número de estabelecimentosfranqueados, de marcas famosas, quecomercializam milho cozido, pamonhas,sucos e outros derivados. Atualmente, onegócio milho-verde é tão promissor quevem incentivando produtores de outrasculturas a migrar para a sua exploração.

O aumento da demanda por milho-verde no mercado também estimulouprodutores que utilizam mão-de-obra familiara aumentar a indústria caseira, o que resultouem aumento de renda por parte dessesegmento.

Aspectos fisiológicos

Germinação e emergência – Emcondições normais de campo, as sementesplantadas absorvem água, incham e começam

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a crescer. Com temperatura e umidadeadequadas, a planta emerge em 4 a 5 dias,porém, em condições de baixa temperatura ede pouca umidade, a germinação pode demoraraté 2 semanas ou mais.

Pendoamento – A emissão dainflorescência masculina (pendão) antecede,em 2 a 4 dias, a exposição dos “cabelos”das espiguinhas. No entanto, 75 % dasespigas devem expor seus “cabelos” apóso período de 10 a 12 dias que se segue aoaparecimento do pendão. A falta de água e aconstância de temperaturas elevadas podemreduzir drasticamente a produção.

Polinização e embonecamento –A polinização ocorre quando o grão de pólenliberado é capturado por um dos cabelos(Fig. 1). Geralmente, o período requeridopara que todos os cabelos de uma espiga(embonecamento) sejam polinizados é de2 a 3 dias.

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Fig. 1. Cabelos daespiga captando

grãos de pólen(polinização).

Grãos bolhas d’água – Nesta fase,os grãos são brancos, lembrando uma bolhad’água (Fig. 2), e ainda não estão no pontode colheita.

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Fig. 2. Grãos nafase de “bolhad’água” ou“cristais”.

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Grão leitoso – Esta fase é iniciada 12a 15 dias após a polinização. Nessa fase, ogrão é amarelado – ponto em que se definea densidade dos grãos –, estando com 80%de umidade e já apropriado ao consumocomo milho-verde (Fig. 3).

Cultivares

Milho comum – As cultivares de milhodestinado ao consumo em estado verde

Fig. 3. Milho-verde pronto para colheita.

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devem ter as seguintes características: grãosdentados amarelos, espigas grandes ecilíndricas, bem empalhadas, sabugo branco,boa granação e pericarpo fino (Fig. 4a e 4b),com longo período de colheita. Devemapresentar também boa resistência às pragasque atacam as espigas.

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Fig. 4b. Espiga demilho-verde bemempalhada.

Fig. 4a. Milho-verde comercial.

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No mercado de milho-verde, há poucasopções para o produtor, sendo necessário,por isso, recorrer à ajuda de extensionistaspara orientá-lo quanto à escolha da cultivarideal para atender ao mercado consumidor.

Milho-doce – O milho-doce caracteri-za-se pelo conteúdo de açúcares, notada-mente a sacarose, o que o diferencia domilho-verde comum, que tem menos açúca-res e mais amido. Pelo seu baixo teor deamido, o milho-doce não se presta, então,ao preparo de pratos como o curau e apamonha. As características exigidas pelomercado consumidor, para milho-doce, refe-rem-se especialmente ao teor de açúcar.Tanto para a indústria quanto para o consumoin natura, o ideal é que o milho-doce possuaalto teor de açúcar e baixo teor de amido.O milho comum tem aproximadamente3 % de açúcar e de 60 % a 70 % de amido,enquanto o milho-doce tem de 9 % a 14 %de açúcar e de 30 % a 35 % de amido,

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e o superdoce, cerca de 25 % de açúcar ede 15 % a 25 % de amido (SILVA, 1994).

Para a indústria, são requerimentosbásicos para o milho-doce: a) rendimentoacima de 30 %, ou seja, para cada 100 kg deespigas empalhadas, o rendimento deverá serde 30 kg de grãos enlatados; b) espigasmedindo mais de 20 cm, cilíndricas e de grãosprofundos; c) maior duração do período decolheita (entre 5 e 6 dias, com umidade de69 % a 75 %); d) espigas com mais de 16 filei-ras de grãos; e) espigas bem empalhadas;f) grãos amarelo-alaranjados e com casca fina.

Há poucas opções desse tipo de milhono mercado. É bom que o produtor recorra,sempre que possível, a um técnico extensionistada região para auxiliá-lo na escolha da cultivar.Ainda com a ajuda do extensionista, deve-seprogramar o escalonamento de plantio dacultura, juntamente com o comprador, que, namaioria das vezes, é quem se responsabilizapela colheita.

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O manejo do milho-doce segue asmesmas práticas de cultivo utilizadas para omilho-verde comum.

Manejo e tratos culturais

Época de plantio – O plantio demilho na época correta, embora não tenhanenhum efeito sobre o custo de produção,seguramente contribuirá para um melhorrendimento e, conseqüentemente, para maislucro ao agricultor. Hoje, o Brasil dispõe deum sistema de zoneamento agrícola quefornece informações sobre as épocas commenores riscos para o plantio de milho.Como as épocas de plantio variam muito deregião para região, aconselha-se que o produ-tor procure um técnico da sua região para, jun-tos, decidirem sobre a melhor época de plantio.

Se o produtor possuir recursos deirrigação e se as condições climáticas forem

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favoráveis ao plantio da cultura, pode-secultivar o milho por escalonamento e, assim,atender ao mercado durante todo o ano.

Escalonamento – Conforme já foidito, o plantio escalonado do milho-verdese presta a atender ao mercado consumidordurante o ano todo. A demanda de mercado,a distância entre a lavoura e o centro consu-midor, o tempo de permanência no campo,no ponto de colheita, e o tempo de comercia-lização e de processamento na indústria sãofatores que ajudam a estabelecer qual omelhor intervalo entre um plantio e outro.

Profundidade de semeadura –A profundidade de semeadura depende de trêsfatores: temperatura, umidade e tipo de solo.A semente deve ser colocada em umaprofundidade que possibilite um bomcontato com a umidade do solo. Cumprelembrar, entretanto, que a maior ou menorprofundidade de semeadura vai depender do

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tipo de solo. Por exemplo, em solos argilo-sos, onde há um bom acúmulo de água,principalmente na superfície, as sementesdevem ser colocadas entre 3 cm e 5 cm deprofundidade. Já em solos mais leves ouarenosos, onde a umidade é mais profunda,as sementes devem ser colocadas entre5 cm e 7 cm de profundidade.

Densidade de plantio – O rendimentode grãos de uma lavoura de milho eleva-sese for aumentada a densidade de plantio, atéatingir a densidade ótima, que é determinadapela cultivar e por condições externas,resultantes de condições edafoclimáticas dolocal e do manejo da lavoura.

O aumento da densidade de plantiotambém determina a redução do número deespigas por planta e o tamanho da espiga, oque afetará diretamente a produção de milho-verde sob o aspecto comercial.

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A densidade de semeadura para omilho-verde não pode ser elevada, ficandono patamar de 40 mil a 45 mil plantas porhectare, no máximo, dependendo daespecificação da empresa que produziu asemente (Fig. 5). A densidade de plantiopara a produção de milho-verde na safrinhadeve ficar entre 35 mil e 40 mil plantas porhectare, em razão, principalmente, dequestões de ordem climática.

Fig. 5. Densidades de semeadura final para aobtenção de espigas de milho-verde comerciais.

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Espaçamento – O espaçamento entrelinhas está associado à densidade de plantio.No Brasil, esse espaçamento normalmente variade 70 cm a 1 m, mas os produtores de milhopara grãos já reduziram para 50 cm, entre linhas.Essa tendência de redução do espaçamento,entretanto, não se aplica à produção demilho-verde, uma vez que sua colheita ésempre manual, requerendo um certo espaçoentre as fileiras para a movi-mentação doscolhedores durante a operação da colheita.

Estudos têm demonstrado que o melhorespaçamento para o cultivo do milho-verde éo de 80 cm entre linhas (Fig. 6), por permitirmaior produtividade de espigas comerciais.

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Fig. 6. Milho-verde paraconsumo, semea-do noespaçamento de 80 cm entrelinhas.

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Quantidade de sementes – O númerode sementes utilizadas na semeadura édeterminado pela população final desejada.No caso do milho-verde, não se deve reduziro espaçamento entre fileiras a menos de80 cm, para não dificultar o processo decolheita. Maiores espaçamentos podem seradotados pelos produtores que cultivam omilho-verde consorciado a outras culturas. Nocálculo de sementes, são incluídos 20 %a mais, para compensar perdas provocadaspor ataque de pragas e doenças, bem comopor danos mecânicos e déficit hídrico. Nadensidade de 45 mil plantas/ha, a cada 10 mde sulco, deve-se utilizar 43 sementes.

Aproveitamento da palhada – Nacolheita do milho-verde, nem todas asespigas são comercializáveis, mas aprodução de palhada e espigas poderá serutilizada como forragem, ou como adubação

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orgânica. Além das espigas comercializáveis,o milho-verde rende, em média, 25 t/ha dematéria fresca, que pode ser utilizadadiretamente na alimentação animal. Nessecaso, é recomendável seu uso até cerca de3 semanas após a colheita do milho-verde,pois, durante esse período, a planta de milhocontinua ativa – mesmo após a colheita daespiga –, acumulando nutrientes no colmo.

Adubação

Recomendações – A adubação parao cultivo do milho-verde deve ser feita combase na análise do solo, pois, é por meiodela, que serão determinadas as restriçõesque as plantas poderão sofrer durante o seuciclo vegetativo. Assim, é possível identificarque insumos (corretivos e fertilizantes) serãoaplicados ao solo, e a maneira maiseconômica de fazê-lo.

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É necessário, portanto, manter afertilidade do solo, com o objetivo derestituir a ele os elementos extraídos pelasplantas e os nutrientes lixiviados ou perdidospelos processos de erosão.

Adubação nitrogenada

O nitrogênio é um elemento indis-pensável à planta do milho, em seus diversosestágios de desenvolvimento, ou seja, doplantio à fase de enchimento de grãos. Partedo nitrogênio é colocada no plantio,enquanto a outra é colocada em cobertura,quando a planta estiver com seis ou setefolhas desenvolvidas. A adubação nitro-genada deve ser feita conforme o manejoadotado, podendo ser parcelada pelo menosduas vezes, dependendo do tipo de solo edas condições climáticas. A Tabela 1 indicaas doses de nitrogênio a serem aplicadas noplantio e em cobertura.

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A quantidade a ser aplicada denitrogênio vai determinar o custo dessafonte. É conveniente empregar pelo menosde 30 kg de N a 50 kg de N, na forma desulfato de amônio, principalmente quandose usam fontes concentradas de adubaçãoque não possuem enxofre na sua formulação.O restante do N pode ser aplicado via uréia.Quando o fertilizante nitrogenado for a uréia,deve-se incorporá-la à profundidade de 5 cma 10 cm, ou aplicá-la via água de irrigação.

Tabela 1. Recomendações de doses de nitrogênio para milho-verde, no plantio e em cobertura, de acordo com asdisponibilidades de fósforo e potássio no solo.

Disponibi-lidade de

P e K

Doses deN no plantio

(kg ha-1)

Doses deN em cobertura

(kg ha-1) sema retirada

dos resíduos

Doses de N emcobertura(kg ha-1)

com a retiradados resíduos

BaixaMédiaAlta

20–3020–3020–30

100–120100–120100–120

140140140

Fonte: CFSEMG (COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DEMINAS GERAIS, 1999).

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Se tiver sido aplicado o gesso agrícola, poderáser utilizada apenas a uréia, porque aqueleelemento já contém enxofre.

Adubação fosfatada

A Tabela 2 apresenta recomendações deadubação fosfatada conforme a faixa deprodutividade e a fertilidade específica.

Tabela 2. Recomendações para a adubação fosfatada nocultivo do milho-verde, de acordo com o teor de fósforopresente no solo.

Adubação potássica

No solo, o potássio possui pouca mobi-lidade; portanto, adubações de cobertura

Manejo do resíduo(kg de P

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5 ha-1)

Classificação dosteores

de P no solo Com retirada

1208060

Sem retirada

1007040

BaixoMédioAlto

Fonte: CFSEMG (COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DEMINAS GERAIS, 1999).

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devem ser analisadas com cuidado, princi-palmente se aplicadas em solos argilosos.Algumas vezes, para repor o K extraído,recomenda-se sua aplicação em cobertura;entretanto, essa adubação será mais efetiva nassafras seguintes. Devem ser adotadas práticasconservacionistas, como rotação de cultivos,para preservar a fertilidade do solo.

A Tabela 3 apresenta uma recomendaçãode adubação potássica de acordo com o teorde K no solo.

Tabela 3. Recomendações de uso do potássio para o cultivode milho-verde, de acordo com o teor de K presente no solo.

Classificação dosteores de K no

solo

BaixoMédioAlto

Manejo do resíduo(kg de K2O ha-1)

Com retiradaPlantio

606040

Sem retirada

806040

Cobertura80400

Fonte: CFSEMG (COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DEMINAS GERAIS, 1999).

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Toda a adubação potássica em coberturadeve ser aplicada juntamente com a adubaçãonitrogenada de cobertura, no máximo 25 diasapós a emergência das plantas.

Observação: em solos com deficiênciade zinco, aplicar 7,5 kg ha-1 de sulfato dezinco por ano, ou utilizar fórmulas quecontenham zinco na formulação.

Controle de plantas daninhas

Pode ocorrer perdas na produção demilho provocadas pela interferência deplantas daninhas, as quais podem variar de10 % a 85 %. No manejo de plantas daninhasna cultura do milho-verde, deve-se utilizardiferentes estratégias de controle, queconsiderem a infra-estrutura e a mão-de-obradisponíveis na propriedade. Os principaismétodos de controle são: preventivo,cultural, mecânico e químico.

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Controle preventivo – Este métodotem por objetivo evitar a introdução, oestabelecimento e a disseminação de novasespécies de plantas daninhas. A introdução denovas espécies geralmente ocorre pelo uso desementes contaminadas trazidas por máquinasagrícolas e animais. Por isso, deve-se procederà limpeza de máquinas e implementos antes delevá-los de um campo para outro. Recomenda-se utilizar sementes de boa procedência e quenão tenham, misturadas com elas, sementesde plantas daninhas. Além disso, é precisocontrolar o desenvolvimento das invasoras,impedindo a produção de sementes e/ou deestruturas de reprodução em cercas, estradas,terraços, pátios, canais de irrigação ou emqualquer lugar da propriedade, para evitar adisseminação de plantas daninhas.

Controle cultural – Este métodoconsiste na utilização das características dacultura e do meio ambiente de tal forma que

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aumentem a capacidade competitiva dasplantas de milho-verde, favorecendo seuscrescimento e desenvolvimento. Entre asmedidas culturais adotadas, têm destaque:uso de variedades adaptadas às regiões,espaçamentos reduzidos, densidade desemeadura e época de plantio adequadas,uso de cobertura morta, rotação de culturas,adubações e irrigação.

Capina manual – É um métodoamplamente utilizado em pequenaspropriedades. Geralmente, os produtoresfazem duas a três capinas com enxada,durante os primeiros 40 a 50 dias da lavoura.A partir daí, o crescimento do milhocontribuirá para a redução das condiçõesfavoráveis à germinação e ao desenvol-vimento das plantas daninhas. A capina deveser realizada preferencialmente em diasquentes e secos, para evitar os solos úmidos.Cuidados devem ser tomados para evitar

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danos às plantas do milho. Esse método decontrole demanda grande quantidade demão-de-obra, visto que a produtividadedessa operação é de aproximadamente8 dias-homem/ha.

Capina mecânica – A capinamecânica por meio do uso de cultivador,tracionado por animais ou tratores, continuasendo o sistema mais utilizado no Brasil. Ascapinas mecânicas, assim como as manuais,devem ser executadas nos primeiros 40 a 50dias após a emergência da cultura.

Nesse período, os danos ocasionadosà cultura são minimizados, se comparadoscom os danos (quebra e arrancamento de plantas)decorrentes de capinas feitas tardiamente.O cultivo deve ser feito superficialmente, depreferência em dias quentes e secos, e

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estando o solo seco. O solo deve serescavado com enxada, em profundidadesuficiente para o arranquio ou o corte dasplantas daninhas. Em geral, as capinasmecânicas são feitas com enxadas do tipoasa-de-andorinha ou com picão (Fig. 7).A produtividade desse método é de aproxi-madamente de 0,5 dia-homem/ha a1 dia-homem/ha (tração animal), e de 1,5 haa 2,0 ha (tratorizada).

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Fig. 7. Cultivadores do tipo enxada asa-de-andorinha (A) epicão (B), utilizados no sistema mecânico de controle deplantas daninhas.

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Controle químico – Consiste nautilização de produtos herbicidas registradosno Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento (Mapa) e em secretarias deagricultura.

A seleção de um herbicida de pré-plantio, pré-emergência ou pós-emergênciadeve ser baseada nas espécies de plantasexistentes na área a ser tratada, bem comonas características físico-químicas dosprodutos. Na aplicação, deve-se verificar ascondições climáticas (temperatura do ar,umidade relativa do ar, vento, possibilidadede chuva), bem como as condições do solo(argiloso ou arenoso) e das plantas daninhas(ponto indicado na bula para o herbicidafazer efeito). Para a aplicação de herbicidaspré-emergentes, verificar as condições deumidade do solo. Nas aplicações em pós-emergência, analisar as condições em que seencontram as plantas daninhas e evitar a

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aplicação de herbicidas se as plantasestiverem em situação de estresse (nessascondições, o herbicida pode causarfitotoxicidade à planta de milho).

Para mais informações sobre o herbicidaa aplicar, sobre o tempo de carência e sobre apersistência média no solo, sugere-se consultaros serviços de assistência técnica.

Controle de pragas

Principais pragas do milho-verde –Entre as pragas que atacam a cultura do milho-verde, destacam-se, pela sua elevadadistribuição cosmopolita e pelos danoseconômicos que provocam, a lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda, e a lagarta-elasmo, Elasmopalpus lignosellus. Alémdessas pragas, as larvas de Diabrotica sp.,Helicoverpa zea, Diatraea saccharalis,

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Agrotis ipsilon, o vetor de doenças, Dalbulusmaidis, entre outras, dependendo da região,podem assumir o status de pragas primárias.

As pragas que atacam a cultura domilho podem ser divididas entre aquelas dehábito subterrâneo, que danificam sementes,raízes e colo das plantas, e as de hábito aéreo,que atacam folhas, colmo, pendão e espiga.

Nesta publicação, serão analisadas duasdas principais pragas de valor econômicopara o cultivo do milho-verde, sendo umade solo (lagarta-elasmo, Fig. 8) e a outra da

Fig. 8. Lagarta-elasmo.

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parte aérea (lagarta-do-cartucho). Para asdemais, sugere-se que o produtor recorra àorientação de um extensionista local.

Lagarta-elasmo (Elasmopalpuslignosellus) – O ataque da lagarta-elasmo(Fig. 8) ocorre no interior do colmo, sob aforma de galerias, que provocam a morte ouo perfilhamento (plantinha derivada da plantaprincipal) das plantas. O dano causado podeser de dois tipos: pela destruição da regiãode crescimento, quando essa se encontraabaixo do nível do solo, ou pela destruiçãototal ou parcial dos tecidos responsáveis pelacondução de água e nutrientes. A planta demilho somente é atacada pela lagartaenquanto a planta tiver altura inferior a 35 cm.Normalmente, o agricultor percebe o ataqueda praga pela observação de inúmeras falhas

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na lavoura. O ataque é caracterizado pelomurchamento e pela seca das folhas centrais,que se destacam com facilidade ao serempuxadas; em seguida, ocorre a morte daplanta.

Lagarta-do-cartucho (Spodopterafrugiperda) – É a principal praga do milho.Seu ataque ocorre desde as fases de plantajovem até o pendoamento e o espigamento.No início do ataque, as lagartinhas raspamas folhas, deixando áreas transparentes. Como seu desenvolvimento, a lagarta instala-seno cartucho da planta, destruindo-o. Danificatambém a espiga, inviabilizando a sua colheitapara o consumo como milho-verde. A lagartadesenvolvida mede cerca de 40 mm, suacoloração varia de pardo-escura a verde, aaté quase preta, e tem um Y invertido na partefrontal da cabeça (Fig. 9).

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Fig. 9. Lagarta-do-cartucho.

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Apesar do avanço dos estudos sobrecultivares de milho com resistência genéticaa essa praga, visando à produção de grãos,ainda não foram selecionadas cultivares demilho para consumo verde com essa caracte-rística.

Controle – As medidas indicadas decontrole das pragas que atacam a cultura do

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milho-verde são as seguintes: manejocultural, rotação e sucessão de culturas, sele-ção da época de semeadura e de espaçamentos,controle biológico, cultivares resistentes econtrole químico, que deve ser indicado porum especialista em insetos-praga.

Controle biológico

Alternativa ao uso de produtosquímicos – No intuito de obter produtosmais saudáveis e, conseqüentemente, am-bientes mais limpos, têm sido pesquisadasalternativas para substituir ou reduzir o uso deprodutos químicos. O controle biológico e ocontrole microbiano constituem opções que jápodem ser usadas. O maior avanço utilizando-se o controle biológico na cultura do milho dizrespeito a insetos-praga, como a lagarta-do-cartucho e a lagarta-da-espiga.

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Um exemplo de controle biológico desucesso e que já é produzido comercialmentesão as vespinhas adultas (Trichogramma),que são levadas em cartelas ao campo eliberadas de forma a cobrirem uniformementea lavoura (Fig.10).

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Fig. 10. Vespinhasadultas parasi-tando ovos da

lagarta-do-cartucho.

Outro exemplo bem-sucedido decontrole biológico é do baculovírus, nocontrole da lagarta-do-cartucho, comoevidencia a Fig. 11.

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Controle de doenças

No cultivo do milho-verde, as doençaseconomicamente mais importantes sãoaquelas que ocorrem até o ponto de colheita,pois podem afetar a qualidade final doproduto. As doenças foliares causadas por

Fig. 11. Lagartas-do-cartucho mortas pelo baculovírus.

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fungos e bactérias provocam a redução daárea foliar e, com isso, prejudicam aformação de grãos.

As ferrugens, como doenças foliares,ganham destaque no contexto de produçãode milho-verde. Em virtude da importânciaeconômica das doenças foliares, algumasserão ilustradas, como: ferrugem-comum(Puccinia sorghi), ferrugem-polissora(Pucccinia polysora) e ferrugem-branca outropical (Physopella zeae), apresentadaspelas Fig. 12, 13 e 14.

Fig. 12. Ferrugem-comum.

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Fig. 13. Ferrugem-polissora.

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Fig. 14. Ferrugem-branca.

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Enfezamento-pálido – Os sintomassão estrias esbranquiçadas nas folhas, quese apresentam, inicialmente, próximo àinserção do caule da planta (Fig. 15). Asplantas acometidas por essa doença morremprecocemente, acarretando prejuízo total aoprodutor de milho-verde.

Fig. 15.Enfezamento-

pálido(espiroplasma).

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Enfezamento-vermelho – Essa doen-ça, que é transmitida pela cigarrinha-do-milho(Dalbulus maidis) e se caracteriza pelointenso avermelhado da planta (Fig. 16),resulta em espigas pequenas em cacho, ouseja, sem nenhuma utilidade. As plantasatacadas pelo enfezamento perdem acapacidade de absorver nutrientes, o quetorna as folhas empacotadas e pequenas.

Fig. 16. Enfezamento-vermelho (fitoplasma).Fo

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Controle – As doenças podem sercontroladas por práticas culturais, tais comoa rotação e a sucessão de cultivos, osespaçamentos, as épocas de semeadura, ouso de cultivares resistentes e a aplicação deprodutos químicos. Para mais esclareci-mentos sobre como controlar as doençasque atacam a cultura do milho-verde,aconselha-se procurar orientações de umtécnico especialista nessas doenças.

Manejo da irrigação

O milho é uma cultura que demandamuita água, mas também é uma das maiseficientes no seu uso, isto é, produz grandeacúmulo de matéria seca por unidade de águaabsorvida. As variedades de milho de ciclomédio, em seu ciclo completo até amaturação, consomem de 500 mm a 700 mmde água, dependendo das condições

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climáticas. O período de máxima exigênciaé na fase do embonecamento, ou um poucodepois. Por isso, déficits de água nesseperíodo provocam maior redução deprodutividade. Déficit anterior ao embone-camento reduz a produtividade de 20 % a30 %; durante o embonecamento, de 40 %a 50 %; e, após, de 10 % a 20 %. Déficitshídricos acarretam, portanto, a produção demilho-verde de baixa qualidade, com espigasfora do padrão comercial.

Irrigar uma cultura de milho nada maisé do que estabelecer o momento correto deaplicar água e a respectiva lâmina (quando equanto aplicar). Vários critérios podem seradotados para o manejo da irrigação. Nestetópico, é apresentada a forma mais práticade manejar a água para a produção de milho-verde.

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O manejo da irrigação na cultura domilho-verde requer alguns conhecimentosbásicos sobre solo, clima e a cultura propria-mente dita. Por isso, para minimizar erros efazer uma irrigação mais racional, é necessá-rio que o agrônomo ou o técnico responsá-vel por dar assistência ao produtor obtenhaalguns parâmetros sobre o solo e o clima.

Normalmente, no início do ciclo, a cul-tura consome menos água; em seguida, suaexigência hídrica vai aumentando, até atingirvalores altos após a fase do pendoamento edo enchimento de grãos (mais ao final do cicloda cultura do milho-verde). A demanda eva-porativa depende do clima local e da estaçãodo ano. Durante todo o ciclo, a cultura domilho-verde pode consumir de 350 mm a500 mm de água, dependendo da demandaevaporativa, que corresponde, em média, aum consumo diário de 3 mm a 6 mm.

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Colheita, transporte ecomercialização

Colheita – O milho-verde deve sercolhido estando os grãos no estado leitoso,e apresentando de 70 % a 80 % de umidade.Esse ponto de colheita é muito variável, pordepender das condições climáticasresultantes de diferentes épocas desemeadura, ou da região onde a lavoura foiinstalada. De um modo geral, verifica-se que,nos plantios de verão, quando a lavoura sedesenvolve sob temperaturas mais elevadas,a colheita é realizada de 70 a 90 dias após oplantio (20 a 25 dias após a floração),enquanto, em plantios realizados nos mesesmais frios, o ciclo prolonga-se e a colheitapode ser retardada até mais de 120 dias. Umaindicação mais objetiva da época de colheitaé quando o ponto de colheita é determinadopela contagem do número de dias após a

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polinização (DAP), sendo o intervalo ótimode 19 DAP a 23 DAP para as cultivares demilho comum, e de 18 DAP a 25 DAP paraas cultivares de milho-doce. Por se tratar deum produto facilmente perecível, o processode colheita do milho-verde precisa ser ágil,de forma a reduzir ao máximo o tempo entrea colheita e o consumo do produto.Normalmente, o período de colheita variade 5 a 8 dias, dependendo da cultivar e dascondições climáticas. Cerca de 42 % dosprodutores executam a colheita em mais detrês vezes, colhendo aproximadamente104 sacos de cada vez.

A colheita é manual e, para que oproduto chegue aos pontos de venda o maisrápido possível, normalmente é iniciada demadrugada, quando a temperatura é maisamena e as palhas das espigas ainda estãobem frescas. Um trabalhador bem treinadocolhe pelo menos 3 t por dia. São necessárias

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10 pessoas para a lotação de um caminhãocom capacidade de 500 a 600 sacos deespigas de milho-verde (a capacidade decada saco é de 25 kg, correspondendo de50 a 55 espigas). Geralmente, a operação decolheita é da responsabilidade do compradorde milho-verde, que dispõe de equipes paraas tarefas de colher, embalar e transportar asespigas.

Por conta da alta perecibilidade domilho, é desejável que o cultivo estejainstalado próximo aos grandes centrosconsumidores, que as cultivares utilizadassejam adequadas e que a colheita seja feitade forma a aumentar o período de comercia-lização.

Transporte – Dependendo do ta-manho da lavoura, o transporte pode ser feitopor animal ou por caminhões-frigorífico.A opção pelo transporte em frigorífico

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justifica-se quando a lavoura situar-se muitolonge do centro consumidor, ou emcondições de temperatura elevada, já que oobjetivo é preservar ao máximo a qualidadedas espigas.

Quando o transporte é feito inadequa-damente e nas horas mais quentes do dia,pode ocorrer perda significativa de água, emvirtude da alta taxa de respiração das espigasde milho-verde, especialmente quando setrata de milho-doce, cuja perda é cerca deoito vezes maior que a de frutas e vegetais,mesmo estando baixa a temperatura nocampo.

O acondicionamento das espigas paratransporte normalmente é feito em sacos depolietileno (Fig. 17), com capacidade para40 a 50 espigas (25 kg), recurso esse muitousado pelas Ceasas, para comercialização.

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Comercialização – No Brasil, acomercialização do milho-verde é feita devárias formas, tanto na forma de venda agranel, na própria lavoura – embalado embandeja e envolto em papel-filme de PVC –,quanto recorrendo a um sofisticadoprocesso de comercializar o milho já cozidoa vapor, e embalado a vácuo, em embalagemde plástico esterilizada (Fig. 18, 19 e 20).

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Fig. 17. Milho-verde embalado, em sacos de plástico trançado.

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Fig. 18. Milho-verde a granel.

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Fig. 19. Milho-verde em bandejas.

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Custo de produção

Em toda decisão de plantio, é impres-cindível fazer a estimativa do custo deprodução. Para a elaboração das planilhasde custos de produção de milho-verde, foramconsiderados os custos fixos, variáveis etotais para os sistemas plantio direto econvencional, ambos irrigados. Os custosde irrigação referem-se ao sistema pivôcentral. O padrão tecnológico adotado éconsiderado alto, e a estimativa de produção,

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Fig. 20. Milho-verde do tipo doce, cozido e embalado a vácuo.

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de 10 t/ha, leva em conta apenas a quantidadede espiga que, após a seleção, foi destinadaà comercialização.

As Tabelas 4 e 5 mostram resultadooperacional, receitas, ponto de equilíbrio etaxas de retorno para as duas situaçõesanalisadas.

Os custos de produção estimadosforam de R$1.198,10/ha em plantio direto, ede R$ 1.140,82/ha em plantio convencional.Desses totais, o item que teve maior peso

Tabela 4. Resultado operacional, receitas, ponto de equilíbrioe taxas de retorno de milho-verde irrigado, no sistema plantiodireto. Sete Lagoas, MG, 2001.

Produtividade (kg de espigas selecionadas/ha)Preço (R$/kg)Receita total (R$)Margem bruta (R$)Margem líquida (R$)Ponto de equilíbrio sem custo variável (kg/ha)Ponto de equilíbrio sem custo total (kg/ha)Taxa de retorno sem custo variávelTaxa de retorno sem custo total

10.000,000,24

2.400,001.520,561.201,903.664,344.992,06

2,732,00

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Tabela 5. Resultado operacional, receitas, ponto de equilíbrioe taxas de retorno de milho-verde irrigado, no sistema plantioconvencional. Sete Lagoas, MG, 2001.

Produtividade (kg de espigas selecionadas/ha)Preço (R$/kg)Receita total (R$)Margem bruta (R$)Margem líquida (R$)Ponto de equilíbrio sem custo variável (kg/ha)Ponto de equilíbrio sem custo total (kg/ha)Taxa de retorno sem custo variávelTaxa de retorno sem custo total

10.000,000,24

2.400,001.578,311.259,183.423,724.753,41

2,922,10

foi o relativo aos insumos, representando50,71 % e 47,58 % dos custos totais, paraos sistemas plantio direto e convencional,respectivamente. O segundo maior pesorecaiu sobre o item irrigação: 27,15 % e28,51 %, respectivamente, para plantio diretoe convencional.

A taxa de retorno sobre o custo total foide 100 % para o plantio direto e de 110 % parao convencional. Vale lembrar que as estimativasapresentadas servem apenas como referência,

Obs.: Dólar médio de 2003 – R$ 2,89 (referência).

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uma vez que devem ser particu-larizadas a cadacaso analisado, pois os componentes do custovariam conforme a unidade de produção,limitando, portanto, as possibilidades deextrapolação. Além disso, uma planilha decusto de produção reflete tão-somente umaorientação para se projetar o futuro com baseem dados médios do passado, e faz referênciaa um ciclo de cultivo.

Referências

COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DOESTADO DE MINAS GERAIS. Recomendações parao uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais:5ª aproximação. Viçosa, MG, 1999. 359 p. il.

SILVA, G. Milho-verde: corrida até a freguesia. GloboRural, São Paulo, v. 9, n. 104, p. 57-62, 1994.

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Coleção Plantar

Títulos Lançados

A cultura do alhoAs culturas da ervilha e da lentilhaA cultura da mandioquinha-salsa

O cultivo de hortaliçasA cultura do tomateiro (para mesa)

A cultura do pêssegoA cultura do morangoA cultura do aspargoA cultura da ameixeiraA cultura do chuchu

A cultura da maçãA cultura do urucum

A cultura da castanha-do-brasilA cultura do cupuaçuA cultura da pupunha

A cultura do açaíA cultura da goiaba

A cultura do mangostãoA cultura do guaraná

A cultura da batata-doceA cultura da graviolaA cultura do dendêA cultura do caju

A cultura da amora-preta (2ª edição)

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A cultura do mamão (2ª edição)A cultura do limão-taiti (2ª edição)

A cultura da acerola (2ª edição)A cultura da batata

A cultura da cenouraA cultura do melãoA cultura da cebolaA cultura do sapoti

A cultura do coqueiro: mudasA cultura do coco

A cultura do abacaxi (2ª edição)A cultura do gergelim

A cultura do maracujá (3ª edição)Propagação do abacaxizeiro (2ª edição)

A cultura da manga (2ª edição)Produção de mudas de manga (2ª edição)A cultura da pimenta-do-reino (2ª edição)

A cultura da banana (3ª edição)A cultura da melancia (2ª edição)

A cultura da pêra

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Impressão e AcabamentoEmbrapa Informação Tecnológica

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A

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Embrapa

CG

PE6739

Ministério daAgricultura, Pecuária

e Abastecimento

ISB

N9

78

-85

-73

83

-01

7-0

9788573830170

Milho e Sorgo