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ARAÚJO GOMES – SC [email protected] PLANOS DE CONTINGÊNCIAS Capitão PMSC ARAÚJO GOMES [email protected]

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ARAÚJO GOMES – [email protected]

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

Capitão PMSC ARAÚJO [email protected]

ARAÚJO GOMES – [email protected]

PLANO DE CONTINGÊNCIAO planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como pontua o USMC Planning Manual “planejamento em situações críticas é a ação de visualizar uma situação final desejada e determinar meios efetivos para concretizar esta situação, auxiliando o tomador de decisão em ambientes incertos e limitados pelo tempo.”

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Diversos modelos foram desenvolvidos para auxiliar na construção desta ferramenta

fundamental para a resposta a eventos potencialmente danosos,

sobressaindo-se duas vertentes mais utilizadas.

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A primeira, e mais tradicional, é a que estabelece o planejamento baseado

em hipóteses de emergência específicas, e que determina

procedimentos para cada um dos Cenários Acidentais identificados como relevantes em uma Análise

Preliminar de Risco.

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A segunda, que vem sendo progressivamente adotada, utiliza o

planejamento baseado nas funcionalidades gerais de uma situação de emergência. Assim, o corpo principal do documento

estabelece as responsabilidades das agências públicas, privadas e não

governamentais envolvidas na resposta às emergências.

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1. Princípios para a elaboração- identificar a responsabilidade de organizações e indivíduos que desenvolvem ações específicas em emergências;- descrever as linhas de autoridade e relacionamento entre as agências envolvidas, mostrando como as ações ser ão coordenadas;- descrever como as pessoas, o meio ambiente e as propriedades serão protegidas durante emergências;- identificar pessoal, equipamento, instalações, sup rimentos e outros recursos disponíveis para a resposta às emergências, e como serão mobilizados;- identificar ações que devem ser implementadas ante s, durante e após a resposta a emergências.

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2. Passos do planejamento

Pesquisa

O primeiro passo é a pesquisa. Ela consiste em uma revisão da estrutura de planos existentes para a área, análise preliminar de risco, definição da base de dados a ser adotadas e caracterização dos aspectos da área que possam afetar as emergências.

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2. Passos do planejamento

Revisão da legislação, das normas, dos planos e dos mecanismos de cooperação.É importante revisar a Legislação Federal, Estadual e Municipal que pode influenciar no planejamento e re sposta a emergências. Outras normas, administrativas e mesmo internas às agências envolvidas também devem ser revisadas. Os planos aplicáveis à área para a qual se vai plane jar também devem ser revisados, bem como aqueles destinados às áreas vizinhas. Finalmente, os mecani smos de ajuda mútua como convênios, acordos de cooperaçã o

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2. Passos do planejamento

Análise preliminar de risco A análise de risco, como foi destacado anteriormente, é fundamental para a identificação de medidas de prevenção e preparação, com conseqüências importantes para a resposta a emergências.Sob o ponto de vista do planejamento para emergências, a análise de risco auxilia a equipe de planejamento a definir quais riscos devem ser priorizados, quais ações devem ser planejadas e que recursos provavelmente serão necessários.

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2. Passos do planejamento

Identificação dos recursos existentesA equipe de planejamento deve conhecer os recursos disponíveis para a resposta às emergências. A questão é listar e quantificar os recursos, de forma a permitir uma comparação entre os recursos existentes e os recursos que serão necessários para uma resposta efetiva àemergência.

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2. Passos do planejamento

Identificação dos aspectos especiais de planejamento A equipe de planejamento também deve identificar aspectos específicos que possam influenciar o planejamento, tais como características geomorfológicas, dependência de apenas uma via de transporte, grupos com necessidades especiais, existência de áreas de interesse especial (reservas e sítios arqueológicos, por exemplo) entre outras.

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2. Passos do planejamento

Desenvolvimento Uma vez concluída esta pesquisa inicial, a equipe de planejamento construirá o Plano de Emergência por meio de passos como estes:

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2. Passos do planejamento

Validação O Plano de Contingência deve ser verificado para id entificar sua conformidade com a legislação pertinente, bem c omo procedimentos operacionais padronizados pelas agênc ias com responsabilidade pela sua implementação.

Além disto, deve ser verificada sua utilidade na pr ática. Uma forma muito útil de verificar esta condição é a realização de simulados de mesa envolvendo os representantes das agências com responsabilidade pe la implementação do plano elaborado.

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2. Passos do planejamento

Aprovações ao Plano de Contingência

O Plano de Contingência constitui uma exigência de alguns dispositivos legais ou contratuais e por isto deve receber a aprovação das agências encarregadas da fiscalização destes requisitos.

Além disso, o envio do Plano de Emergência para o n ível superior de agências específicas de áreas relaciona das ao plano como órgãos ambientais, defesa civil, órgãos de saúde e outros possibilita que estes sugiram melhor ias, baseadas na experiência acumulada em suas respectiv as áreas.

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2. Passos do planejamentoTeste do Plano de Contingência Para testar um Plano de Contingência novo ou revisado, o uso de exercícios de simulação total ou parcial (por funcionalidades do sistema ou áreas de resposta) oferece o melhor caminho, exceto a própria emergência, para verificar se o plano foi compreendido e funciona. Por isso, deve ser prevista uma seqüência de exercícios suficientes para envolver as principais agências com responsabilidade pela implementação do plano e as principais funcionalidades previstas.

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2. Passos do planejamento

Manutenção

O Plano de Contingência deve ser visto como um documento dinâmico.

Os problemas surgem, as situações se alteram, falhas são identificadas, a legislação sofre mudanças e novos conhecimentos são agregados. Por isso, o Plano de Contingência deve sofrer uma manutenção sistemática, que garanta a sua aplicabilidade ao longo do tempo.

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2. Passos do planejamentoProcesso de melhoriaO processo de melhoria deve estabelecer uma forma d e capturar informações dos exercícios, das avaliações das emergências e me smo avaliação das agências que possam indicar deficiências no plano. Deve ainda estabelecer formas de analisar estas informações e atribuir res ponsabilidade pelo processo de correção e melhoria.Processo de revisãoO Plano de Contingência deve prever um processo de revisão, como ação periódica e sistemática, pelo menos uma vez ao ano. Neste processo, espera-se que assuntos e problemas relevantes identificado s pelo processo de melhoria sejam abordados, otimizando a revisão do P lano de Emergência.Processo de complementação do planejamentoO Plano de Contingência também deve orientar as agê ncias com responsabilidade pela implementação do Plano de Eme rgência para que produzam os procedimentos operacionais padronizados necessários para a sua atuação, uma vez que não se espera que o plano traga todos os detalhes.

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4. Requisitos do Plano de Contingência

Organização.

As subdivisões do plano devem permitir que os usuários encontrem as informações que precisam com facilidade.

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4. Requisitos do Plano de Contingência

Progressão.

Os elementos de cada parte do plano devem possuir uma seqüência racional, que permita ao usuário do plano identificar a lógica das ações e implementar suas atribuições com facilidade.

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4. Requisitos do Plano de Contingência

Adaptabilidade

As informações do plano devem ser organizadas de forma a permitir o seu uso em emergências inesperadas.

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4. Requisitos do Plano de Contingência

Compatibilidade

A estrutura do plano deve facilitar a coordenação com outros planos, incluindo os adotados por agências governamentais e outras agências privadas.

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5. ComponentesPlano Básico

O Plano Básico formaliza uma visão geral das agências envolvidas na resposta a desastres e suas responsabilidades. Enumera os requisitos legais para as operações de emergência, apresenta um sumário das situações em que o plano é aplicável, expõe a concepção geral das operações e atribui responsabilidades pelo planejamento e operação em emergências.

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5. ComponentesAnexos funcionais

Os anexos funcionais organizam as ações relacionadas a uma determinada funcionalidade das operações em emergências. Uma vez que os anexos funcionais são orientados para as operações, seus usuários primários consistem nos integrantes das agências que realizarão as atividades.

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5. ComponentesApêndices para ameaças ou perigos específicos

Os apêndices para ameaças ou perigos específicos fornecem informação adicional detalhada aplicada à execução funcionalidades específicas nas operações envolvendo uma ameaça ou perigo em particular. Eles são utilizados quando as características ou legislação referentes a esta ameaça ou perigo exigem algum procedimento específico.

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5. ComponentesProcedimentos operacionais padronizados e listas de verificação

Os procedimentos operacionais padronizados e listas de verificação fornecem instruções detalhadas que as agências e seus integrantes necessitarão para cumprirem as atribuições definidas no Plano de Emergência. Estes procedimentos e listas podem estar no próprio plano ou simplesmente referenciados.

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Estrutura do Plano básico

- material de introdução;

- finalidade;

- situação e pressupostos;

- operações;

- atribuição de responsabilidades;

- administração e logística;

- instruções para uso do plano;

- instruções para manutenção do plano;

- distribuição;

- registro das alterações.

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Estrutura do Plano básico

Material de introduçãoO Plano de Contingência deve ser iniciado por certas informações que facilitem o seu uso e controle. Entre elas recomenda-se as que se apresentam a seguir.�Documento de aprovação�Página de assinaturas�Registro de alterações�Registro das cópias distribuídas�Sumário

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Estrutura do Plano básicoFinalidade

A finalidade descreve a motivação pela qual o plano foi elaborado, estabelecendo de forma clara o que se espera do plano. O restante do Plano de Contingência deriva de forma lógica a partir da finalidade. A finalidade pode ser suportada pela apresentação de uma sinopse do Plano Básico, dos Anexos Funcionais e dos Apêndices Específicos.

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Estrutura do Plano básicoSituação e pressupostos

Após o estabelecimento da finalidade, a descrição de situação estreita o foco delineando quais as ameaças ou perigos a que o plano se refere, a caracterização das áreas sujeitas ao plano, e quais as informações utilizadas na preparação do plano que devem ser tratadas como pressupostos e não com fatos.

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Estrutura do Plano básicoOperaçõesOs usuários do Plano Básico precisam visualizar a s eqüência e a finalidade das ações planejadas. A seção de operaçõ es expõe a abordagem geral para a emergência. Os seus tópicos devem incluir: - organização local dos órgãos e estruturas de respo sta;- dispositivos de monitoração, alerta, alarme e acio namento;- condições de ativação do Plano de Emergência;- níveis de atuação e suas implicações;- seqüência geral de ação antes, durante e depois da emergência; - quem pode solicitar auxilio e em que condições;- procedimentos de coordenação, comando e controle.

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Estrutura do Plano básicoAtribuição de responsabilidadesNesta parte do Plano de Contingência deverão estar descritas as atribuições de cada uma das agências envolvidas na resposta a emergências e com atribuiç ões na implementação do plano. Isto inclui uma lista por a gência e departamento das tarefas que devem ser executadas, de forma a permitir uma consulta rápida sobre quem fa z o que, sem os detalhes de procedimentos incluídos no anexo funcional.Quando duas ou mais organizações executarem o mesmo tipo de tarefa, uma deve ser identificada como resp onsável primária e as demais como receberem a atribuições d e apoio e suporte.

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Estrutura do Plano básicoAdministração e logística

Esta parte do Plano de Contingência descreve como será fornecido o suporte administrativo e logístico, indicando convênios e termos de cooperação para a obtenção de serviços e suprimentos, realocação de pessoal das agências envolvidas, procedimentos gerais para compra, locação ou contratação de recursos e orientações para o registro da obtenção, uso e prestação de contas dos recursos financeiros.

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Estrutura do Plano básicoRelacionamento com outros planos

Esta parte descreve como o Plano de Contingência se articula com outros planos com o qual possa ter relação, incluindo os planos de agências governamentais e não governamentais.

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Instruções para uso do plano

Esta parte do plano deve estabelecer claramente, de forma sucinta, onde o plano será utilizado, incluindo um rol das instalações e percursos explicitamente considerados no planejamento.

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Instruções para manutenção do planoEsta parte deve estabelecer como ocorrerá a manutenç ão do Plano de Contingência incluído os processos par a:- melhoria do Plano de Contingência , incluindo a periodicidade e modalidade de exercícios e treiname ntos, procedimentos para avaliação das emergências e responsabilidade pela captura das informações;- revisão do plano, incluindo a periodicidade e atri buindo responsabilidade;- Complementação do planejamento, incluído a orienta ção para que as agências com responsabilidade pela implementação do Plano de Contingência produzam os procedimentos operacionais padronizados necessários para a sua atuação.