planos de aulas de quÍmica contextualizados para o …
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO –
CAMPUS MORRINHOS
DOANNE SILVA LEMOS
CONTEXTUALIZAÇÃO EM AULAS DE QUÍMICA: PROPOSTA DE MATERIAL
DIDÁTICO PARA DOCENTES DO ENSINO MÉDIO
MORRINHOS - GO
2020
DOANNE SILVA LEMOS
CONTEXTUALIZAÇÃO EM AULAS DE QUÍMICA: PROPOSTA DE MATERIAL
DIDÁTICO PARA DOCENTES
“Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia
Goiano – Campus Morrinhos, como
parte das exigências para obtenção do
título de licenciada em Química”.
Orientadora: Prof.ª. Me. Sandra Cristina Marquez.
MORRINHOS - GO
2020
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Sistema Integrado de
Bibliotecas – SIBI/IF Goiano Campus Morrinhos
Fonte: Elaborado pelo Bibliotecária-documentalista Poliana Ribeiro, CRB1/3346
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] Tese [ ] Artigo Científico
] Dissertação [ ] Capítulo de Livro
] Monografia – Especialização [ ] Livro
X] TCC - Graduação [ ] Trabalho Apresentado em Evento
] Produto Técnico e Educacional - Tipo:
Nome Completo do Autor: Doanne Silva Lemos. Matrícula:
2016104221550110. Título do Trabalho: Contextualização em aulas de Química: proposta de material didático para docentes do ensino médio.
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Morrinhos , 19/01/2021. Local Data
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Cinthia Maria Felicio, PROFESSOR ENS BASICO TECN TECNOLOGICO, em 22/01/2021 18:11:50.
Carla de Moura Martins, PROFESSOR ENS BASICO TECN TECNOLOGICO, em 19/01/2021
18:43:07. Sandra Cristina Marquez, PROFESSOR ENS BASICO TECN TECNOLOGICO, em
19/01/2021 17:36:37.
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO
Declaração nº 8/2021 - CCEG-MO/CEG-MO/DE-MO/CMPMHOS/IFGOIANO
TERMO DE APROVAÇÃO
Contextualização em aulas de Química: proposta de material didático para
docentes do Ensino Médio.
Doanne Silva Lemos
Trabalho de conclusão do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Goiano – Campus Morrinhos. Apresentado às 14 horas de 14 de dezembro de 2020. A
candidata foi arguida pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo
assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou a candidata aprovada.
(Assinado Eletronicamente)
Prof.ª M.ª Sandra Cristina Marquez
(IF Goiano – Morrinhos)
Orientadora
(Assinado Eletronicamente)
Prof.ª Dr.ª Carla de Moura Martins
(IF Goiano – Morrinhos)
Avaliadora
(Assinado Eletronicamente)
Prof.ª Dr.ª Cinthia Maria Felicio
(IF Goiano – Morrinhos)
Avaliadora
INSTITUTO FEDERAL GOIANO
Campus Morrinhos
Rodovia BR-153, Km 633, Zona Rural, None, MORRINHOS / GO, CEP 75650-000
(64) 3413-7900
CONTEXTUALIZAÇÃO EM AULAS DE QUÍMICA: PROPOSTA DE MATERIAL
DIDÁTICO PARA DOCENTES
DOANNE SILVA LEMOS
“Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Goiano –
Campus Morrinhos, como parte das
exigências para obtenção do título de
licenciada em Química”.
COMISSÃO EXAMINADORA:
Professora Me. Sandra Cristina Marquez (Orientadora)
Instituto Federal Goiano – Campus Morrinhos
Professora Dr.ª Cinthia Maria Felício
Instituto Federal Goiano – Campus Morrinhos
Professora Dr.ª Carla de Moura Martins
Instituto Federal Goiano – Campus Morrinhos
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus por ter me cedido a oportunidade de vida,
saúde e ter dado força durante a elaboração de todas as etapas deste trabalho.
À minha mãe por ser minha ajudadora nos dias mais desafiadores.
Aos meus irmãos pelo carinho disponibilizado.
Ao meu esposo pelo amparo e amor oferecido nas horas mais difíceis.
Ao Instituto Federal Goiano - Campus Morrinhos por ter proporcionado um
ambiente agradável.
Aos professores pelo apoio durante as dificuldades enfrentadas no
transcorrer do curso.
À professora e orientadora Me. Sandra Cristina Marquez que empenhou
para ajudar-me durante a elaboração deste trabalho e pela confiança depositada
em mim.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 8
2 PERCURSO METODOLÓGICO....................................................................... 13
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................... 16
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 26
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 27
APÊNDICE .......................................................................................................... 30
RESUMO
A contextualização é uma abordagem muito discutida, principalmente pelo efeito positivo que vem trazendo para as aulas de Química. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+) elaborados no ano de 2002, versão complementar aos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM), quando a contextualização é aplicada em sala pode promover a participação e aprendizagem do aluno, favorecendo na formação de um cidadão crítico. Tendo por base essa perspectiva, o objetivo do trabalho foi construir e será disponibilizar um material de apoio na forma de planos de aulas contextualizadas para professores de Química do ensino médio dos 1º, 2º e 3º anos e ainda mais especificamente definir o que é contextualização; expor a importância da contextualização para o ensino de Química e incentivar professores a fazer uso de uma abordagem contextualizada em sala. No presente trabalho apresentamos planos de aulas com sequências didáticas dinâmicas e contextualizadas que serão disponibilizados aos professores de Química como material de apoio. Nos planos abordamos temas que discutem aspectos Sociais, Políticos, Históricos e Científicos. Em consequência da aplicação de problemáticas em aulas, os alunos poderão encontrar soluções, desenvolver sua criticidade relacionada ao mundo em que vive, ter a oportunidade de vislumbrar a existência da Química no planeta e contemplar a beleza das transformações e dos processos químicos. Desenvolvemos um caderno de Planos de Aulas Contextualizadas, como incentivo aos professores de Química a abordar a contextualização em sala, potencializando assim o processo de aprendizagem dos alunos. Neste caderno disponibilizamos sugestões de aulas contextualizadas, para professores que tem dificuldades em planejar aulas com esta abordagem ou mesmo para aqueles que não dispõem de tempo necessário para construção desses modelos de planos. Como procedimento metodológico, fizemos uma revisão literária em livros didáticos, documentos regulamentadores, teses e artigos, nos quais favoreceu para a estruturação deste trabalho e das sequências didáticas. Nas sequências didáticas abordamos temas como chuva ácida, fraudes no leite, poluição em rios, excesso de açúcar no organismo e muitos outros temas que podem estimular o interesse dos alunos durante as aulas de Química. Por meio destes temas que abordamos o professor pode trabalhar diversos conceitos químicos importantes, como ácidos, óxidos e soluções gás-líquido, ou seja, a abordagem utilizada na elaboração das sequências didáticas foi a contextualização. Quando esta abordagem é trabalhada em sala pode impulsionar o aluno a adquirir aprendizagem com significado, tornando-o um cidadão crítico. As sequências didáticas que elaboramos serão disponibilizadas por meio digital, para docentes que lecionam em escolas da rede pública e privada da área de Química, para que as aulas se tornem mais dinâmicas, interessantes e motivadoras. Precisamos de melhorias na educação e se partir de nós professores a iniciativa de fazer uso de abordagens diferenciadas que podem promover a participação e consequente aprendizagem do aluno, poderemos alcançar uma educação mais promissora e de qualidade.
Palavras-chave: Contextualização. Ensino de Química. Ensino-aprendizagem.
ABSTRACT
Contextualization is a much discussed approach, mainly due to the positive effect it has
been bringing to Chemistry classes. According to the National Curriculum Parameters
(PCN +) developed in 2002, a complementary version to the National Curriculum
Parameters for Secondary Education (PCNEM), when contextualization is applied in the
classroom, it can promote student participation and learning, favoring the formation of a
critical citizen. Based on this perspective, the objective of the work was to build and will
provide support material in the form of contextualized lesson plans for high school
chemistry teachers in the 1st, 2nd and 3rd years and even more specifically to define
what contextualization is; expose the importance of contextualization for teaching
Chemistry and incentives to use a contextualized approach in the classroom. In the
present work we present lesson plans with dynamic and contextual didactic sequences
that will be made available to Chemistry teachers as support material. In the plans we
address themes that discuss Social, Political, Historical and Scientific aspects. As a
result of the application of problems in classes, students find solutions, develop their
criticism related to the world in which they live, have an opportunity to glimpse the
existence of Chemistry on the planet and contemplate the beauty of transformations and
chemical processes. We developed a notebook of Contextualized Lesson Plans, as an
incentive for Chemistry teachers to approach contextualization in the classroom, thus
enhancing the students' learning process. In this notebook we provide suggestions for
contextualized classes, for teachers who have difficulties in planning classes with this
approach or even for those who do not have the time necessary to build these models
of plans. As a methodological procedure, we did a literary review on textbooks, regulatory
documents, theses and articles, in which it favored the structuring of this work and the
didactic sequences. The didactic sequences cover topics such as acid rain, milk fraud,
river pollution, excess sugar in the body and many other topics that can stimulate
students' interest during Chemistry classes. Through these themes that we address, the
teacher can work on several important chemical concepts, such as acids, oxides and
gas-liquid solutions, that is, the approach used in the elaboration of didactic sequences
was contextualization. When this approach is worked on in the classroom, it can
encourage the student to acquire meaningful learning, making him a critical citizen. The
didactic sequences that we elaborate will be made available digitally, for teachers who
teach in public and private schools in the area of Chemistry, so that classes become
more dynamic, interesting and motivating. We need improvements in education and if
we start with the initiative to make use of differentiated approaches that can promote
student participation and consequent learning, we can achieve a more promising and
quality education.
Keywords: Contextualization. Chemistry teaching. Teaching-learning.
8
1 INTRODUÇÃO
A Química é uma ciência fundamental para a sobrevivência da vida
existente no universo. “Ela está presente em todos os seres vivos. No corpo
humano, por exemplo, ocorre uma série de Reações Químicas essenciais para
a manutenção da vida” (FONSECA, 2013, p.10). Sabemos que sem a existência
da Química não existiria vida na terra ou fora dela.
No entanto, as pessoas geralmente associam a Química a algo ruim ou
poluente, maléfico ao mundo, quando na verdade sabemos que tudo depende
da maneira como as pessoas utilizam os recursos e transformações químicas no
seu ambiente de atuação. Logo pensamos em como desmistificar essa visão
distorcida da Química.
Percebe-se que a escola, por meio da disciplina de Química pode
contribuir para tal desmistificação, bastando trabalhar os conteúdos químicos de
uma forma a mudar as concepções dos alunos. Mas como isso vem sendo feito?
O ensino médio foi tradicionalista e excêntrico ao aprendizado crítico dos
alunos por muitos anos, estritamente destinado no preparo para o ingresso a um
curso de graduação ou inteiramente voltado para a sua formação profissional,
conforme dito nas orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio (PCNEM), elaborado no ano de 1999 (BRASIL, 1999).
Assim sendo, a aplicação desse modelo de ensino médio pode ter sido
responsável por vários problemas ocorridos nas escolas públicas (CALDAS,
2005). O desinteresse dos alunos em aprender os conteúdos, reprovações
excessivas, desistência em proceder com os estudos, foram alguns dos
principais problemas que ocorreram nas escolas nos últimos anos. Vários são os
fatores motivadores para esse quadro, um deles é a abordagem tradicional do
conteúdo, o que tem tornado ainda mais complicada a estruturação do
conhecimento de forma interativa e dinâmica.
Vale recordar que na metodologia tradicional, o professor é o portador do
conhecimento. Aquele “que domina os conteúdos logicamente organizados e
estruturados para serem transmitidos aos alunos” (LEÃO, 1999, p.191). O papel
do aluno nesta metodologia é receptar e acumular o conhecimento transmitido
9
pelo professor. Conforme os dizeres de Grando e Macedo (2017, p. 4) a
metodologia tradicionalista deu ao aluno somente a oportunidade de receber as
informações dadas por um professor.
(...) o aluno não era considerado sujeito pensante e sim sujeito passivo,
acumulador de conhecimento, para poder ser manipulado pela minoria
da sociedade ao mesmo tempo que lhe era oferecido educação lhe era
retirado o direito de criar, de inovar e de realizar algo além do que lhe
está sendo ensinado, pois muitas vezes o que importava era
memorizar os resultados e não entender os processos.
A memorização e o não entendimento relacionado aos processos, podem
ser alguns dos fatores causadores de problemas relacionados a educação. O
que pode ter favorecido na desmotivação de diversos professores em ensinar.
Porém, o passar dos anos fez com que pesquisadores se dedicassem ao
estudo e busca dos fatores que causavam problemas na área educativa. Com
isso, pesquisas evoluíram como tentativa de resolver os problemas das práticas
de ensino enfrentados pelas escolas públicas, vislumbrando alternativas
metodológicas que envolvessem os alunos e aproximassem o conhecimento
escolar da vida cotidiana deles.
Como um meio de contribuir com os professores e a instituição, foram
disponibilizados uma ampla biblioteca com sugestões para melhorias das
práticas educativas, disponíveis em sites, artigos de revistas e eventos ou
discutidos em livros. E vemos que, as diretrizes traçadas ou propostas nestes
documentos não são mais concentradas meramente na preparação do aluno
para carreira estudantil e mercado de trabalho, mas, também para prepará-lo a
enfrentar e resolver com autonomia os problemas que surgirão em seu cotidiano,
visando a formação de cidadãos conscientes e decisivos no exercício de seus
direitos e deveres na sociedade (BRASIL, 2002).
Como citado, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+) sugerem
mudanças na práxis de ensino dentro das salas de aulas do nível médio.
Mudanças as quais “fogem das memorizações de informações, nomes, fórmulas
e conhecimentos como fragmentos desligados da realidade dos alunos”
(BRASIL, 2002, p. 90). Uma das mudanças mais discutidas por autores e
professores sugeridas no Parâmetro Curricular Nacional (PCN+) versão
10
complementar do PCNEM e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o
enfoque no uso da contextualização em sala de aula. Destacada no PCN+ como
uma abordagem responsável por formar cidadãos críticos, construtores de seu
próprio conhecimento e portadores de opiniões próprias (BRASIL, 2002). Já o
documento normativo BNCC destaca que o uso da contextualização em sala
deve favorecer o protagonismo dos alunos a solução de problemas que surgirão
no dia-a-dia (BRASIL, 2018).
O assunto “Contextualização no ensino de Química” ainda gera
discussões sobre sua definição conceitual. Há controvérsias entre diversos
professores conforme os dizeres de Silva e Wartha (2007) e Wartha; Silva e
Bejarano (2013). Alguns professores a interpretam simplesmente como método
de exemplificação, enquanto outros a veem de forma mais ampla, como um meio
de trazer para dentro de sala os problemas presentes no cotidiano do aluno,
discuti-los e explicá-los quimicamente.
A contextualização dos conhecimentos da área supera a simples exemplificação de conceitos com fatos ou situações cotidianas. Sendo assim, a aprendizagem deve valorizar a aplicação dos conhecimentos na vida individual, nos projetos de vida, no mundo do trabalho, favorecendo o protagonismo dos estudantes no enfrentamento de questões sobre consumo, energia, segurança, ambiente, saúde, entre outras (BRASIL, 2018, p.549).
Corroborando com a ideia, contextualizar em sala de aula é mais que dar
simples exemplos, é preparar cidadãos conscientes e críticos, portadores do
conhecimento significativo relacionado as Ciências (SILVA; MARCONDES,
2010).
Os contextos da escola, do trabalho e da continuidade na vida estão inscritos como promessas a serem concretizadas ou relacionadas à aquisição do conhecimento, ao mesmo tempo em que as singularidades da juventude, da prática a ser relacionada com o que se tem por teoria, e de uma intelectualidade e criticidade são projetadas como objetivos que, não sendo passíveis de controle, devem ser desenvolvidos ou resolvidos para que o sujeito saiba lidar com novas situações. Essas situações são lidas como restritas às atividades ocupacionais e/ou de qualificação laboral, conectando-as ao sucesso da formação da pessoa humana (COSTA; LOPES, 2018, p. 311).
11
Por meio disto, vemos que trabalhar o contexto do aluno é essencial para
sua formação tanto intelectual quanto como cidadão pensante e reflexivo.
Pesquisas como a de Silva e Marcondes (2010) mostram que muitos professores
interpretam o termo contextualização de forma equivocada, gerando apenas um
ensino tradicionalista, repetitivo e cansativo para os alunos. O que torna
dificultoso o processo de ensinar e aprender dentro de sala, além da educação
se tornar apenas um termo insignificante.
Apesar da importância do uso da contextualização em sala, ainda vemos
que diversos professores optam em não adotar essa abordagem nas aulas de
Química, amparados pelo fato de não entenderem como trabalhar dessa forma
ou ainda porque não disponibilizam de tempo para planejar aulas desse tipo,
pois leva uma demanda muito maior de tempo do professor. Assim, optam ou
são forçados pelas circunstâncias a permanecer com aulas tradicionais,
repetitivas e desinteressantes para os alunos (ALBRECHT; KRUNGER, 2013).
Professores têm uma vida agitada, muitas vezes trabalham nos três
períodos em escolas diferentes. O que resulta em um tempo escasso para
construir planos de aulas mais elaborados. Por isso muitas vezes optam em
recorrer a meios mais práticos, como fazer uso de livros didáticos nas aulas ou
reescrever sequências didáticas já construídas anteriormente (FURASI, 1988
apud MOSCHETTA, 2015).
Diante da visão de algumas das diversas dificuldades enfrentadas pelos
professores de Química, para conseguir planejar aulas com abordagens
contextualizadas e com intuito de facilitar seu trabalho, que propôs-se a
elaboração de um material didático na forma de sugestões de aula, elaboradas
com o intuito de conceder ao professor a oportunidade de, entender o significado
de contextualização e fazer uso desta em sala, atendendo aos PCNEM, PCN+ e
BNCC. Proposta de material no qual serão disponibilizados aos docentes, afim
de melhorar o desenvolvimento de aprendizagem e ensino na disciplina de
Química.
Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo construir e disponibilizar
um material de apoio na forma de planos de aulas contextualizados para
professores de Química do ensino médio dos 1º, 2º e 3º anos e ainda mais
12
especificamente definir o que é contextualização; expor a importância da
contextualização para o ensino de Química e incentivar professores a fazer uso
de uma abordagem contextualizada em sala.
A abordagem contextualizada pode ser trabalhada as diversas tendências
do ensino, como ensino por projetos e ensino por Ciência, Tecnologia,
Sociedade e Ambiente (CTSA), porém essas tendências não serão abordadas
neste trabalho.
Adiante, tem-se a descrição do percurso metodológico empregado para a
execução da proposta desse material didático, apresentando o tipo de pesquisa
realizada, os instrumentos de coleta de dados, a análise dos materiais e dados
obtidos durante a produção deste trabalho.
13
2 PERCURSO METODOLÓGICO
Elaborar um percurso de métodos é indispensável para uma investigação
bem-sucedida, no momento em que se busca discutir ou solucionar um problema
específico. Neste sentido, para estruturar este trabalho, percorremos um
caminho de métodos baseados em pesquisas quanto, a sua natureza, pesquisa
aplicada; aos objetivos, pesquisa exploratória e aos procedimentos, pesquisa
bibliográfica (PRODANOV; FREITAS, 2013).
Para iniciar a discussão salientaremos sobre o significado de pesquisa e
as etapas usadas para estruturar o presente trabalho.
Pesquisa é a construção de conhecimento original, de acordo com
certas exigências científicas. É um trabalho de produção de
conhecimento sistemático, não meramente repetitivo, mas produtivo,
que faz avançar a área de conhecimento a qual se dedica. Uma
pesquisa necessita o cumprimento de três requisitos:
a. a existência de uma pergunta que se deseja responder;
b. a elaboração de um conjunto de passos que permitam chegar à
resposta;
c. a indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida
(GOLDENBERG, 2004, p.105).
Partindo da ideia do significado do termo Contextualização e as etapas
necessárias para realizar uma pesquisa, que seguimos uma sequência, em
busca de respostas às questões pertinentes para elaboração deste material.
Empregamos a pesquisa Qualitativa na construção deste trabalho e
circundamos na investigação em materiais disponíveis em meios eletrônicos.
Referimos a um modelo de pesquisa que se funde na compreensão de uma
completude de ocorrências, nela são menos destacados os conteúdos
característicos (GODOY, 1995). Pesquisa no qual gira em torno de uma
abordagem do problema e a busca de solução deste.
Por intermédio de uma revisão na literatura e em documentos
regulamentadores, como PCNEM, PCN+ e BNCC, reunimos informações como
base para iniciar a pesquisa, expandimos o conhecimento sobre o tema
Contextualização no ensino de Química e verificamos a importância do uso da
Contextualização para melhorar o ensino e aprendizado nas escolas.
14
Em seguida surgiu um questionamento, “Porque a metodologia tradicional
estava sendo usada em sala com maior frequência que a Contextualização, já
que a abordagem contextualizada, conforme diz no documento regulamentador
(PCN+), favorece em maior escala na melhoria do processo de ensino e
aprendizagem?”. Considerando essa questão, realizamos uma pesquisa
exploratória, que é aquela capaz de levar o autor a encontrar uma solução para
o problema. Como inicialmente não sabíamos como resolver a problemática, a
pesquisa exploratória tem o papel de proporcionar a aproximação da solução.
Para solucionar o problema, fizemos uma exploração em materiais como
teses, artigos, dissertações em redes eletrônicas, afim de descobrir quais são os
principais problemas que os professores têm enfrentado, que os inibem de
planejar aulas contextualizadas e como professores interpretam o termo
contextualização. E, através da pesquisa realizada surgiram reflexões e
questionamentos, que fez-se vislumbrar dentro de uma das possibilidades uma
possível resposta, na concepção de autores como Silva e Wartha (2007),
Wartha; Silva e Bejarano (2013) e Albrecht e krunger (2013).
Ademais, como procedimentos, realizamos a pesquisa bibliográfica
(FREITAS, 2016). Conforme os dizeres de Moresi (2003, p.10) a “pesquisa
bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material
publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível
ao público em geral”. Este material possibilita um apanhado geral sobre o tema
em que se realiza a pesquisa.
A pesquisa bibliográfica deste trabalho englobou a busca em documentos
orientadores, livros, teses e artigos, referentes a eficácia do uso da
contextualização nas aulas de Química e o entendimento do significado do termo
contextualização. Os principais referenciais se pautaram nos estudos de Silva e
Marcondes (2010); Wharta; Silva e Bejarano (2013); Silva (2011), Marcondes
(2008), Brasil (1999), Brasil (2002) e Brasil (2018).
No que se refere a perspectiva da natureza, estabelecemos uma pesquisa
aplicada que “objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à
solução de problemas específicos” (PRODANOV; FREITAS, 2013, p.51). A
pesquisa aplicada circundou em busca da solução dos principais problemas
15
enfrentados por professores de Química do ensino médio, relacionados à
elaboração de sequências didáticas que abordam o cotidiano do aluno. A
solução encontrada foi desenvolver algumas sugestões e sequências didáticas,
afim de oferecer auxílio aos professores do ensino médio de Química que
passam por essas dificuldades.
Em uma pesquisa um fator importante é separar os materiais que são
confiáveis. Pensando nisso, que realizamos uma pesquisa em materiais que se
dispunham de plena confiabilidade, como os documentos regulamentadores e
normativos PCNEM, PCN+ e BNCC, que abordavam a importância do uso da
Contextualização para o ensino de Química. O PCNEM, PCN+ e BNCC foram
usados como base para a separação e catalogação de outros materiais que
seriam usados na pesquisa.
Subsequente a junção dos dados e informações indispensáveis para a
elaboração do material, realizamos a construção de sequências didáticas
alicerçadas pelas pesquisas realizadas, com pressuposto de auxiliar os
professores e agregá-los conhecimentos, no que se refere ao significado de
Contextualização.
Após análise e apresentação do presente trabalho à banca de defesa, o
material construído será disponibilizado gratuitamente, em formato de
publicação em redes sociais e escolas da cidade de Morrinhos-GO e região. Com
propósito de que chegue digitalmente nas mãos dos professores como material
de apoio.
16
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na ocasião em que o professor adota a contextualização nas aulas de
Química o ensino se torna mais atraente, segundo Silva (2011) e Marcondes
(2008) diz que se torna eficaz. Então porque muitos professores não fazem uso
da Contextualização em sala?
De acordo com Silva (2007); Silva e Marcondes (2010) os docentes de
Química não fazem o uso da Contextualização em sala por não compreenderem
o seu significado, o interpretando de distintas maneiras. Um dos equívocos é
interpretá-lo como exemplificações usando os conceitos da Química (SILVA;
BRANDÃO, 2017).
Contextualizar é mais que dar exemplos, é a abordagem de métodos
capazes de dar significado ao conteúdo (BRASIL, 2018). Conforme diz
Marcondes (2008, p. 69) “Os conteúdos a serem tratados em sala de aula devem
ter uma significação humana e social, de maneira a interessar e provocar o aluno
e permitir uma leitura mais crítica do mundo físico e social”. É impulsioná-lo a
buscar o conhecimento.
Em consonância com esse pensamento, Wartha; Silva e Bejarano (2013,
p. 88) diz que a:
Contextualização também é entendida como um dos recursos para
realizar aproximações/inter-relações entre conhecimentos escolares e
fatos/situações presentes no dia a dia dos alunos, ou seja, toma a
contextualização como metodologia de ensino, em que o ensino
contextualizado é aquele em que o professor deve relacionar o
conteúdo a ser trabalhado com algo da realidade cotidiana do aluno.
Essa relação do cotidiano do aluno com o conteúdo é fundamental para
aquisição da aprendizagem com significado e formação de cidadãos portadores
de autonomia.
De acordo com Santos (2007, p.5) quando a contextualização é usada em
sala há objetivos a serem alcançados relacionados ao conhecimento dos alunos
que vão além da aprendizagem de conceitos. Dentre estes objetivos estão,
17
(...) 1) desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística
diante das questões sociais relativas à ciência e à tecnologia; 2) auxiliar
na aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos relativos à
natureza da ciência; e 3) encorajar os alunos a relacionar suas
experiências escolares em ciências com problemas do cotidiano.
Os alcances desses objetivos são importantes para formação de um
cidadão consciente do significado da Química na solução de problemas no que
se refere ao seu cotidiano (BRASIL, 2018).
Todavia entrevemos, que há demasiado destaque ao abordar a
Contextualização nas aulas de Química, visto que, quando esta é empregada
em sala os alunos ficam mais interessados e participam mais. Entretanto, para
utilizar a contextualização, pode-se partir de discussões de acontecimentos
históricos e científicos presentes no cotidiano do aluno, além de, destacar
problemas relacionados ao meio ambiente como a poluição e ir em busca de
reflexões e ideias para solução destes problemas (BRASIL, 2002). Salientando
aos alunos, a presença das transformações e substâncias químicas em tudo que
existe a sua volta.
Contemplamos ainda que, por meio do emprego da Contextualização em
sala de aula é oportunizado a discussão com os alunos de reações e processos
químicos presentes no seu cotidiano, como por exemplo, na preparação do café.
Nesse procedimento ocorre uma reação de combustão ao ligar a chama do fogão
para prepará-lo, ao coá-lo separamos um líquido de um sólido, ao ingeri-lo em
nosso organismo ocorrem uma série de reações químicas no processo de
digestão. No transcorrer da preparação de alimentos, no decurso da mistura de
ingredientes as reações e transformações químicas estão presentes
(NÓBREGA; SILVA; SILVA, 2009).
Os fenômenos químicos estão presentes em nossa vida em todos os
processos, reações e transformações que ocorrem e é essa ideologia que
precisamos levar para dentro de sala, destacando aos alunos a importância da
Química como a Ciência que estuda toda a matéria existente e suas
transformações. Entretanto, cabe ao professor ter em mente que para que haja
a construção de um cidadão crítico é crucial que o aluno identifique a presença
Química em seu dia a dia e a entenda não como uma relação de conteúdos que
18
devem ser memorizados, mas sim como uma Ciência que precisa ser explorada
e compreendida (BRASIL, 2002).
Contextualizar em aulas de Química é impulsionar o desenvolvimento nos
alunos de competências e habilidades relacionados a sua formação como
cidadão crítico.
No nosso entender, a contextualização no ensino de Ciências que
privilegia o estudo de contextos sociais com aspectos políticos,
econômicos e ambientais, fundamentado em conhecimentos das
ciências e tecnologia, é fundamental para desenvolver um ensino que
venha a contribuir para a formação de um aluno crítico, atuante e
sempre que possível transformador de sua realidade desfavorável
(SILVA; MARCONDES, 2010 p.105).
Portanto, segundo o PCNEM quando o ambiente escolar propicia ao aluno
conhecimento e “há entusiasmo nos fazeres, paixão nos desafios, cooperação
entre os partícipes, ética nos procedimentos, está construindo a cidadania em
sua prática, dando as condições para a formação dos valores humanos
fundamentais” (BRASIL, 1999, p. 269). Proporcionando ao aluno o crescimento
cognitivo e como cidadão consciente de seus direitos e deveres na sociedade.
Segundo o PCNEM os temas devem permitir a contextualização do
conhecimento e promover a participação e o envolvimento dos alunos.
Nesse sentido, podem ser explorados, por exemplo, temas como
metalurgia, solos e sua fertilização, combustíveis e combustão,
obtenção, conservação e uso dos alimentos, chuva ácida, tratamento
de água etc. Não se pretende que esses temas sejam esgotados,
mesmo porque as interrelações conceituais e factuais podem ser
muitas e complexas. Esses temas, mais do que fontes
desencadeadoras de conhecimentos específicos, devem ser vistos
como instrumentos para uma primeira leitura integrada do mundo com
as lentes da Química (BRASIL, 1999, p.34).
Quando os conteúdos são abordados partindo de temas presentes no dia
a dia dos alunos, as aulas tornam-se interessantes e despertam no aluno o
desejo de interagir e discutir. Mas, antes disso é preciso refletir na escolha do
tema e analisar quais conceitos químicos é possível trabalhar. Partindo disto, o
aluno pode reconhecer a relevância do tema para si e para todos ao seu redor.
19
Assim, terá “dado a este aluno a oportunidade de adquirir um aprendizado
significativo” (MARCONDES, 2008, p.69).
Além de disponibilizar ao aluno a oportunidade de expor suas ideias para
resolver os problemas, ainda desenvolve neste um senso crítico e participativo,
qualidades fundamentais para formar um cidadão. Conforme diz nos PCN+ para
que haja a construção da cidadania é indispensável que o aluno compreenda os
problemas e disponha de autonomia para resolvê-los ou minimizá-los. Só
conhecer e interpretar conceitos químicos não é o bastante (BRASIL, 2002).
O professor tem a responsabilidade de criar planos de aulas e ministrar
aulas que despertem o interesse dos alunos e promova a participação deles
dentro de sala, por exemplo, elaborar aulas usando metodologias diferenciadas
como a contextualização. Todavia essa tem se mostrado uma fragilidade quando
voltamos nosso olhar a realidade das escolas. Diversos professores ainda
apresentam dificuldades em elaborar aulas contextualizadas. Diante de
tentativas e falhas, retornam ao uso do método tradicional de ensino
(NASCIMENTO, 2017).
Uma vez que o uso individual do método tradicional é um dos problemas
enfrentados na educação e só será solucionado se docentes da área de Química
derem o primeiro passo, desviando-se da monotonia de aulas tradicionais.
Iniciando uma caminhada com novas ideias e caminhos que tornem as aulas
mais prazerosas e promova o envolvimento dos alunos. Por intermédio disso,
provavelmente haverá consideráveis conquistas de conhecimento.
Nesta perspectiva que Schmitt, Baú e Grando (2013) testaram a eficácia
da aplicação da contextualização em sala, por meio do uso da temática cigarro
para estudar as substâncias químicas presentes neste. No decurso desta
aplicação contextualizada, os alunos puderam compreender a relevância da
Química e identificá-la em seu cotidiano. Mediante a abordagem desta temática
associada ao conteúdo despertou-se a curiosidade dos alunos e foi promovida a
interação dentro de sala.
Ainda Silva (2014), destacou em sua dissertação as experiências com o
uso da temática “Química dos chás nas aulas de Química”, tema usado para
trabalhar com alunos do 3º ano do EJA alguns conceitos de Química Orgânica.
20
Durante a aplicação deste tema contextualizado observou-se que os alunos
estavam envolvidos e interessados, demostrando o entusiasmo ao longo das
aulas mediadas.
Reforçando a ideia, Farange et al (2013) destacam suas experiências
desenvolvidas em sala abordando o tema “tratamento de água”, explicitaram por
meio de slides e vídeos cada fase do tratamento de água. Durante as discussões
pôde-se destacar “as questões ambientais relativas à preservação e consumo
consciente da água” (FARAGE, et al, 2013, p. 1). Como resultado da aplicação
desta temática, verificou-se envolvimento e atratividade por parte dos alunos,
sendo isto um ponto relevante para obtenção do conhecimento.
Tendo em vista as diversas experiências assertivas descritas nos relatos
dos autores Schmitt, Baú e Grando (2013), Silva (2011) e Farange et al (2013)
que ministraram aulas abordando a contextualização que elaboramos o produto
desta pesquisa: um guia com proposta de aulas contextualizadas. Este traz uma
introdução que evidencia a relevância do uso da contextualização em sala e as
dificuldades enfrentadas pelos professores quando há necessidade de elaborar
planos contextualizados.
Esse material tem por objetivo geral abordar sugestões e sequências
didáticas de Química contextualizadas para professores que lecionam no ensino
médio de 1º, 2º e 3º anos das escolas públicas e privadas da cidade de
Morrinhos-GO e região. As sequências estão disponíveis no apêndice deste
trabalho e nelas destacamos temas científicos, históricos e problemas
ambientais, que podem despertar o interesse dos alunos durante as aulas e
promover a participação deles. Juntamente aos temas (Quadro 1) o professor
poderá trabalhar em sala os diversos processos e transformações Químicas.
No Quadro 1 são apresentados os temas, objetivos e conteúdos
trabalhados de cada sequência didática, que compõe o material disponível no
apêndice deste trabalho.
21
Quadro 1. Temas, objetivos e conteúdos trabalhados de cada aula proposta no material didático.
TEMAS
OBJETIVOS
CONTEÚDOS TRABALHADOS
Obtenção e Utilização do
Nióbio.
Relacionar separação de misturas com a extração de Nióbio em
minas brasileiras;
Apresentar o processo de separação de misturas por meio de
aplicações que despertem o interesse dos alunos.
Separação de misturas.
Poluição e a Formação da
Chuva Ácida.
Discutir o processo de formação da chuva ácida identificando a
presença de ácidos e óxidos.
Apresentar a presença substâncias ácidas e óxidos no cotidiano
do aluno, destacando a importância destas.
Ácidos.
Produção, Composição e
Caracterização do Vidro.
Apresentar o processo de fabricação do vidro a partir da aplicação
do dióxido de Silício (SiO2).
Discutir as aplicações de óxidos presentes no dia a dia do aluno.
Óxidos.
22
(Continua)
TEMAS
OBJETIVOS
CONTEÚDOS TRABALHADOS
Acidentes nas estradas
causados pela neblina
formada nos dias de
chuva.
Discutir os acidentes causados em estradas, por efeito da
neblina formada nos dias de chuva.
Apresentar o tema neblina e a sua relação com dispersões
coloidais.
Destacar a diferença entre colóide, suspensão e solução.
Dispersões coloidas.
Origem, Consumo e
Concentração de Açúcar
no Cafezinho.
Apresentar o processo de preparação do café com açúcar
articulando-o com o preparo de soluções.
Discutir a história do café e do açúcar no Brasil.
Concentração comum e preparo de
soluções.
Qualidade do Leite que
consumimos.
Apresentar e discutir as principais fraudes que alteram a
qualidade do leite.
Estudar e identificar os métodos de análises utilizados para
detecção de fraudes do leite.
Análises químicas em laboratório e
densidade.
Poluição das águas dos
rios.
Apresentar e discutir as formas de poluição nas águas dos rios
abordando o cotidiano do aluno;
Expor a importância da temperatura e pressão das águas do rio,
para sobrevivência da vida aquática.
Soluções gás-líquido.
23
(Conclusão)
TEMAS
OBJETIVOS
CONTEÚDOS TRABALHADOS
Acidentes radioativos em
Chernobyl e Goiânia.
Apresentar e discutir os acidentes ocorridos em Goiânia e
Chernobyl e relacioná-los com radioatividade.
Explicar a relação do funcionamento de uma usina nuclear com
a reação de fissão nuclear.
Fissão nuclear e fusão nuclear.
Funcionamento de uma
bomba atômica.
Apresentar o funcionamento das bombas atômicas do tipo
convencional e de Hidrogênio.
Conscientizar os alunos no que diz respeito a má aplicação dos
elementos radioativos.
Reações de fissão e fusão nuclear.
Diabetes e o consumo de
Carboidratos.
Discutir a relação de Diabetes com o consumo de Carboidratos.
Conscientizar os alunos em relação ao consumo em excesso de
Carboidratos.
Funções orgânicas.
A comunicação entre as
abelhas.
Apresentar os compostos liberados pelas abelhas para
comunicação entre elas, os feromônios;
Identificar nos feromônios, em suas moléculas, as diferentes
funções orgânicas.
Funções orgânicas.
Fonte: autora (2020).
24
Alguns destes temas apresentados no Quadro 1 foram trabalhados no
estágio da autora deste trabalho, como aulas de regência do estágio
supervisionado. Dentre as aulas ministradas no estágio estão as que
apresentam os temas “Poluição e formação da chuva ácida”, “Acidentes
radioativos em Chernobyl e em Goiânia” e “Cafezinho com ou sem açúcar”.
Durante a aplicação destes temas em sala percebeu-se motivação e
envolvimento dos alunos. Um exemplo, durante a aula do “cafezinho com ou sem
açúcar” ministrada na sala do 2º ano do ensino médio, os alunos discutiram e
responderam os questionamentos e ao longo da aplicação da experimentação,
calcularam e questionaram sobre as concentrações de açúcar no café.
Houve também debate sobre a história do açúcar e do café no Brasil e
discussão relacionada a redução de açúcar para evitar doenças. Isto tudo
promoveu o envolvimento dos alunos e participação durante a aula de Química.
Através da avaliação realizada durante a aula, verificou-se aprendizado, o que
nos fez enxergar a importância de abordar temas que instiguem os alunos a
participarem mais no decurso das aulas. Nos motivando a elaborar as
sequências didáticas e fazer o uso de temas que são apresentados em
noticiários e nas mídias ou temas que estivessem próximo ao cotidiano do aluno.
Tudo isso para que promova discussões sobre o assunto e chame a atenção dos
alunos durante as aulas.
No ínterim da construção das sequências didáticas contextualizadas,
evidenciou-se diversas dificuldades, dentre elas, a escolha de temáticas que
fossem capazes de despertar o interesse dos alunos; os conceitos químicos que
poderiam ser evidenciados com o uso da temática escolhida para determinado
nível escolar; na escolha de materiais que fossem confiáveis para construção
das sequências. Logo, essas dificuldades foram sendo sanadas no decorrer das
pesquisas e estruturação do trabalho.
Essa dificuldade vem reforçar a questão do tempo do professor que tem
uma carga horária muito extensa e não consegue dedicar ao estudo das
temáticas e metodologias para execução da abordagem contextualizada.
Então, aos professores que buscam melhorar suas abordagens em sala,
é importante direcionar os alunos a notar a presença e importância da Química
25
no seu cotidiano, através do uso das diversas temáticas existentes; procurem
adequar os planos descritos ao cotidiano do aluno; busquem questioná-los
durante as aulas, para desenvolver neles a curiosidade; ressalte se possível,
através do emprego de recursos, como slides e vídeos, os processos e
transformações do cotidiano do aluno, para que ele compreenda com mais
clareza que a Química está presente em todo o lugar. Se tiver oportunidade faça
visitas técnicas, pois isso fará com que o aluno alcance uma percepção mais
ampla dos processos químicos.
Aos professores que querem fazer uso da abordagem contextualizada em
sala, estão convidados a conhecer o nosso material, composto por sequências
didáticas dinâmicas e atrativas, que está disponível no apêndice deste trabalho.
26
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A contextualização é uma abordagem que pode ser eficaz para elevar a
participação e desenvolver a aprendizagem dos alunos, quando usada em sala.
No entanto, planejar uma aula contextualizada não é tarefa fácil, porém se partir
de nós professores a iniciativa de pesquisar, elaborar e ministrar aulas mais
instigantes, poderemos alcançar um efeito positivo no decorrer das aulas de
Química. Contextualizar em sala, pode tornar as aulas mais estimulantes e
interessantes para os alunos. Levando-os a adquirir uma aprendizagem
significativa e autonomia para construir seu próprio conhecimento.
O conhecimento só é significativo partindo do aluno a construção e nós
professores somos os responsáveis em proporcionar a ele meios para que isso
ocorra (FREIRE, 1996). Uma possibilidade que pode proporcionar ao aluno a
edificação do seu próprio saber é o uso da abordagem de temas do seu cotidiano
trabalhados juntamente aos conteúdos químicos, dando significado a eles.
No entanto, sabemos que professores tem enfrentado inúmeras
dificuldades para fazer o uso de uma abordagem contextualizada em sala, uma
delas é planejar aulas contextualizadas e outra a falta de tempo em construir
planos contextualizados. Por isso que propusemos neste trabalho ideias e
sugestões que pudessem colaborar com os professores de Química que passam
por essas dificuldades. Essas sugestões são oferecidas com a finalidade de
tornar as aulas mais estimulantes e motivadoras para os alunos. Facilitando
também a mediação do professor. Precisamos de melhorias na educação do
nosso país e se partir de nós professores a iniciativa, podemos edificar através
de aplicações de novas abordagens e metodologias auxiliadoras, uma educação
mais promissora. Foram aqui dadas algumas sugestões, mas há uma infinidade
de outros temas e estratégias que permitem alcançar os objetivos propostos nos
PCN’s e BNCC e que podem facilitar o aprendizado em Química.
27
REFERÊNCIAS
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35, n. 2, p. 84-91, maio 2013.
30
APÊNDICE
31
DOANNE SILVA LEMOS
SANDRA CRISTINA MARQUEZ
2020
PLANOS DE AULAS DE QUÍMICA CONTEXTUALIZADOS PARA O ENSINO
MÉDIO
32
SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................................... 34
Sequência didática 1 - Você já ouviu falar em Nióbio? Para o que ele serve?
......................................................................................................................... 36
Sequência didática 2 - Como uma chuva se torna “Chuva ácida”? ................. 43
Sequência didática 3 - Como o vidro é produzido? .......................................... 48
Sequência didática 4 - Porque a neblina é formada em dias de chuva?
Podemos evitar acidentes em estradas com neblina? ....................................... 54
Sequência didática 5 – Cafezinho? com ou sem açúcar?................................ 63
Sequência didática 6 - Você sabe a qualidade do leite que consome? ........... 71
Sequência didática 7 - Profissão repórter químico: poluição dos rios afetam a
vida aquática ......................................................................................... 85
Sequência didática 8 - Acidentes radioativos: você já ouviu falar? ................. 90
Sequência didática 9 - Como funcionam as bombas atômicas? ...................... 95
Sequência didática 10 – Carboidratos causam diabetes? ............................. 101
Sequência didática 11 – Há comunicação entre as abelhas? ........................ 107
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 112
APÊNDICE ......................................................................................................... 113
Apêndice 1 – Sugestões de sites que apresentam vários exercícios
contextualizados de Química ............................................................................. 114
33
APRESENTAÇÃO
AO PROFESSOR
Sabe-se que a Química é uma ciência essencial na vida dos seres vivos,
e queremos que os alunos do Ensino Médio conheçam a sua importância e
entendam o significado dos processos e transformações químicas que ocorrem
no cotidiano.
Pensando nisto, este material foi elaborado a você professor, composto
por onze sequências didáticas contextualizadas, que abordam temas
diversificados que podem despertar o interesse dos alunos e impulsioná-los a
participar e discutir durante as aulas.
Professor, em cada sequência didática são apresentados, o tema, o
conteúdo que será trabalhado, objetivos, conhecimentos prévios,
desenvolvimento da aula, sugestões, recursos necessários, links de apoio,
referências, apêndices e anexos. Estas sequências podem norteá-los e auxiliá-
los caso tenham o interesse de abordar a contextualização em suas aulas.
Durante o desenvolvimento das aulas foram apresentadas algumas sugestões
que podem ser adaptadas conforme a necessidade de sua turma ou da escola
em que ministra suas aulas.
Espero que gostem e aproveitem este material. É com satisfação que
estamos disponibilizando gratuitamente a vocês professores, por meio de
publicações em redes sociais e escolas da cidade de Morrinhos-GO e região.
As Autoras
34
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, temos visto que os alunos do ensino médio das
escolas públicas têm se mostrado desinteressados e agitados durante as aulas
de Química. De acordo com Pezzini e Szymanski (2000), os alunos se portam
assim, devido as aulas em sua maioria apresentarem repetições, poucas
novidades e curiosidades. Uma das causas da falta de interesse dos alunos pode
estar relacionada a metodologia que vem sendo utilizada em sala.
Conforme os dizeres de Braga et al (2012) uma maneira eficaz para
melhoria do processo de aprendizagem dos alunos, é trabalhar com
metodologias e abordagens auxiliares as aulas tradicionais, que podem
promover a motivação e participação dos alunos durante as aulas. Pesquisas
apontam que, uma abordagem que tem se mostrado eficiente quando usada em
aulas é a contextualização. Esta tem despertado o interesse e promovido a
participação dos alunos durante as aulas de Química.
Quando se aborda a contextualização em sala é possível formar cidadãos
críticos e ampliar a visão do aluno para o importante significado da Ciência. A
abordagem contextualizada tem contribuído para o processo de ensino e
aprendizagem, desenvolvendo a curiosidade dos alunos, facilitando a mediação
do professor, tornando as aulas dinâmicas e estimulantes (NASCIMENTO,
2017).
No entanto, além do uso da contextualização em sala de aula, é
indispensável que o docente busque motivar o aluno a se interessar pelo assunto
que será abordado, atitude esta que pode ser adotada no início da aula. O
professor precisa fazer uma breve apresentação do tema, dos objetivos e
conteúdos que serão trabalhados naquela aula. A apresentação do tema
juntamente ao conteúdo deve ser transmitida de maneira clara e simples sempre
questionando o aluno. Este tipo de prática provavelmente fará com que os alunos
reflitam e desenvolvam dúvidas antecipadamente. Desenvolvendo neles
autonomia, favorecendo a aquisição de um conhecimento com significado,
atendendo através disto as orientações do PCN+ (BRASIL, 2002).
35
Pensando nisto, que este manual para o professor, traz sugestões de
planos de aulas contextualizados para turmas do 1º, 2º e 3º anos do Ensino
Médio. Valendo destacar que as sugestões dadas aqui, podem ser adaptadas
conforme a realidade e recursos disponíveis de cada escola, de acordo com a
preferência do professor.
Ao professor que sente necessidade de deixar suas aulas mais
dinâmicas e interessantes para os alunos e na escola não há recursos
necessários para aplicação de novas atividades, há muitas ideias que podem te
ajudar. Uma ideia é adaptar e usar materiais de baixo custo.
Algumas sugestões ao professor:
- Quando a escola não dispõe de Datashow, as fotos e slides podem ser
enviados aos alunos, por e-mail, redes sociais ou whatsapp, para que estes
possam acompanhar pelo celular.
- O professor pode também criar um grupo de whatsapp para Química.
Por meio desse grupo poderão ser disponibilizados materiais e promovidos
discussões relacionadas aos diversos temas contextualizados.
- O professor também pode disponibilizar exercícios contextualizados,
para que os alunos possam resolver e discutir com o professor ou mesmo com
os colegas. Espera-se que surjam dúvidas e que estas sejam sanadas e haja
uma reflexão mais crítica do aluno sobre os processos químicos.
- As vidrarias de laboratório também podem ser adaptadas caso a escola
não tenha, béqueres por copos, espátulas por colheres, pipeta por seringas,
entre outros.
Durante as sequências didáticas elaboradas não foram utilizadas nas
finalizações das aulas exercícios contextualizados, devido a escolha de outros
métodos diferenciados para finalização. Porém serão disponibilizados (Apêndice
1) deste caderno alguns sites como Cola da web, Info escola, Beduka, Projeto
medicina e Descomplica, para que o professor tenha acesso a questões
contextualizadas, caso seja sua preferência o uso de exercícios para fixação de
conteúdo ou para verificação de aprendizagem. Esses sites podem ser
explorados por meio dos links que estão disponíveis no apêndice e nesses sites
o professor pode encontrar diversas questões contextualizadas de Química.
36
SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 1
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM NIÓBIO? PARA O QUE ELE
SERVE?
Fonte: Astronomia Real (2017).
TEMA: OBTENÇÃO E UTILIZAÇÃO DO NIÓBIO.
DURAÇÃO: 90 minutos. O professor pode executar em dois momentos (em
sequência) ou fragmentar em duas aulas, conforme disponibilidade.
CONTEÚDO: Separação de misturas.
OBJETIVOS:
Relacionar separação de misturas com a extração de Nióbio em minas
brasileiras.
37
Apresentar o processo de separação de misturas por meio de aplicações
que despertem o interesse dos alunos.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de
ciência e tecnologia.
Reconhecer e avaliar o desenvolvimento tecnológico contemporâneo,
suas relações com as ciências, seu papel na vida humana, sua presença
no mundo cotidiano e seus impactos na vida social.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
Pontos de fusão e ebulição.
Substâncias Químicas.
Misturas.
Solubilidade.
Densidade.
DESENVOLVIMENTO
Momento 1: 45 minutos.
Passo 1. Apresentar oralmente aos alunos o tema que será trabalhado nesta
aula “Extração de Nióbio em Minas Gerais e na República do Congo”. Expor
também os objetivos e assuntos que serão comentados no decorrer da aula.
Passo 2. Utilizar reportagens que exponham o assunto extração de Nióbio em
Minas Gerais e os acidentes ocorridos nos últimos anos. As reportagens podem
ser impressas caso a escola ou o professor não tenha data show (Links de apoio
1 e 2).
38
Passo 3. Questionar aos alunos, quais são as principais aplicações do Nióbio,
se sabem um local próximo em que ele é extraído (comentar sobre a extração
de Nióbio em Minas Gerais). Questionar quais os processos utilizados na
realização da extração destes metais aqui no Brasil e na República do Congo
(frisando as condições dos trabalhadores que trabalham aqui no Brasil e na
República do Congo e as formas com que separam esse metal de outros metais).
Questionar e discutir com os alunos “Quais metais eles conhecem e algumas de
suas propriedades. Expor quais os processos necessários para a extração
destes metais” (Links de apoio 3, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12).
Passo 4. Destacar os processos de separação de minérios (por exemplo a
levigação). E questionar os alunos como separariam o Nióbio de outros metais.
Discutir com os alunos outros métodos de separações de metais, buscando
exemplificações. Aqui encerra-se o primeiro momento e parte-se para as
atividades a serem executadas pelos alunos, sempre sob a supervisão do
professor (Link de apoio 7 e 12).
Sugestão para próxima aula (momento 2): Pedir aos alunos que façam uma
leitura em casa sobre os acidentes ocorridos em Mariana - MG e Brumadinho –
MG e pesquisem sobre os problemas gerados, para que participem do debate
que será marcado pelo professor (Link de apoio 2).
Momento 2: 45 minutos.
Passo 1. Promover um debate sobre o acidente de Mariana – MG e Brumadinho
- MG, onde aconteceram também casos de contaminação dos recursos naturais,
devido à exploração e acúmulo de resíduos de minérios. No debate poderá ser
discutidos os pontos negativos da instalação destas mineradoras nas cidades e
os impactos ambientais causados por meio desses acidentes e como estão as
cidades nos dias de hoje, destacando o sofrimento das pessoas que moravam
nas cidades. Além disso, promover discussão e incentivar os alunos a expor
39
opiniões sobre ações e soluções para que esses tipos de acidentes não ocorram
novamente.
Passo 2. Com as reportagens disponibilizadas para os alunos no momento 1 e
vídeos disponíveis no youtube, propor aos alunos uma atividade a ser iniciada
na sala e finalizada em casa. Dividir a turma em grupos de cinco alunos, no qual
cada grupo deverá construir um jogo que envolva conceitos trabalhados em sala
de aula. Os alunos deverão estruturar o trabalho com a ajuda do professor
durante a aula e construir o jogo em casa. Trazer pronto para apresentação na
aula seguinte ou em momento definido pelo professor, conforme cronograma.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE DE PESQUISA/FIXAÇÃO:
O (a) professor (a) poderá pedir aos alunos para fazerem uma pesquisa em casa
sobre as questões apresentadas abaixo, afim de promover maior conhecimento
por parte dos alunos.
1. Quais os metais que são extraídos no Brasil e como são os métodos de sua
extração?
2. Quais as condições de trabalho na extração de minérios no Brasil?
3. Para onde são destinados esses recursos minerais?
4. Além dos métodos de separação de metais vistos nessa aula, procure outros
métodos de separação que estão presentes no seu cotidiano.
RECURSOS:
Reportagens impressas sobre a extração de minerais em Minas Gerais
ou data show para expor as reportagens.
Quadro.
Canetão ou giz.
40
LINKS DE APOIO:
1. Extração de Nióbio em Minas Gerais -
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/12/12/niobio-g1-visita-em-mg-
complexo-industrial-do-maior-produtor-do-mundo.ghtml
2. Acidentes ocorridos nos últimos anos -
https://www.politize.com.br/barragem-de-
rejeitos/#:~:text=No%20dia%205%20de%20novembro,cidade%20de%20Maria
na%2C%20Minas%20Gerais.
3. Aplicações do Nióbio -
https://materiaisjr.com.br/niobio-entenda-mais-sobre-esse-material-tao-falado-
no-
brasil/?gclid=EAIaIQobChMI9cOwyNLh6wIVgxCRCh2jjgETEAAYASAAEgLL2P
D_BwE
4. A Química do Nióbio -
http://quid.sbq.org.br/wp-content/uploads/2019/07/SBQ-
Cole%C3%A7%C3%A3o-Qu%C3%ADmica-no-Cotidiano-vol14-niobio-capa.pdf
5. Processos físico-químicos utilizados na indústria mineral -
http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/08/04-CTN2.pdf
6. Tipos de metais e algumas de suas características -
https://conhecimentocientifico.r7.com/metais/#:~:text=Os%20metais%20s%C3
%A3o%20elementos%20ou,e%20el%C3%A9trica%2C%20geralmente%20apre
sentam%20brilho.&text=Os%20Metais%20possuem%20caracter%C3%ADstica
s%20dif%C3%ADceis,nossa%20hist%C3%B3ria%20h%C3%A1%20muito%20t
empo.
41
7. Processo de separação de minérios -
http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/712/3/CCL00220010.pdf
8. Nióbio, o que é, para que serve e onde encontrá-lo -
https://www.todamateria.com.br/niobio/
9. Aplicações do Nióbio -
https://www.youtube.com/watch?v=BwGFMI5vg-s
10. Extração do coltan no Congo –
https://www.youtube.com/watch?v=sOXTE5OZTdU
11. Coltan - o ouro cinza do Congo -
https://www.youtube.com/watch?v=aTOcvazRYkY
12. O polêmico Nióbio: Revista Pesquisa Fapesp -
https://revistapesquisa.fapesp.br/o-polemico-niobio/
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, G. C.; BARROS, J. C.; MONTEIRO, R. S. Nióbio o elemento do século XXI. Química nova na escola, Brasil, v.14, ed. 1, p. 1-76, 2019. Disponível em: < http://quid.sbq.org.br/wp-content/uploads/2019/07/SBQ-
Cole%C3%A7%C3%A3o-Qu%C3%ADmica-no-Cotidiano-vol14-niobio- capa.pdf>. Acesso em: 30 out. 2020.
ASTRONOMIA REAL. Nióbio: um minério extraído do Brasil e utilizado pela Nasa (2017). Disponível em: <https://astronomiareal.wordpress.com/2017/02/22/httpswww-youtube-
comwatchv7xsreg16b68/> . Acesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação
e Cultura (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, v. 3, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros
42
Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
FELTRE, R. Fundamentos de Química: vol. 1 único. 4ª.ed. São Paulo: Moderna, 2005.
NÓBREGA, O. S.; SILVA, E. R.; SILVA, R. H. Química, volume único. São
Paulo: ática, 3. Ed., 2009.
43
SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 2
COMO UMA CHUVA SE TORNA “CHUVA ÁCIDA”?
Fonte: Escola Kids [2020].
TEMA: POLUIÇÃO E A FORMAÇÃO DA CHUVA ÁCIDA.
DURAÇÃO: 45 minutos.
CONTEÚDO: Ácidos.
OBJETIVOS:
Discutir o processo de formação da chuva ácida identificando a presença
de ácidos e óxidos.
Apresentar a presença substâncias ácidas e óxidos, no cotidiano do
aluno, destacando a importância destas.
44
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Tomar decisões com respeito à participação individual e coletiva na busca
de soluções para os problemas de poluição atmosférica.
Reconhecer e utilizar adequadamente, na forma oral e escrita, símbolos
códigos e nomenclatura da linguagem científica.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS
Tabela Periódica.
Fórmulas de Substâncias.
Reações Químicas.
Óxidos.
DESENVOLVIMENTO
Passo 1. Iniciar a aula apresentando o tema e os objetivos da aula que serão
trabalhados, “Vamos investigar o que é chuva ácida?”.
Passo 2. Questionar os alunos se já ouviram falar sobre a chuva ácida? (Tema
normalmente falado em noticiários ou presente em livros didáticos); perguntar
também se sabem o que pode provocar a chuva ácida e quais impactos
ambientais são causados por ela. Em seguida discutir com os alunos essas
questões (Link de apoio 1, 3).
Passo 3. Expor uma foto ou reportagem do acidente ocorrido em Cubatão-SP
que provocou uma chuva ácida. Discutir os impactos ambientais ocasionados e
questionar qual a relação da Química neste processo. Além disso questionar e
discutir se em Goiás já foi registrado o fenômeno chuva ácida (Link de apoio 3).
45
Passo 4. Em seguida questionar “O que significa uma chuva ter caráter ácido?”;
questionar “O que é um ácido? Quais suas principais características? E onde
está presente no nosso cotidiano?” (Link de apoio 7).
Passo 5. Trabalhar com os alunos as reações que ocorrem para formação da
chuva ácida, identificando os elementos químicos presentes nas substâncias.
Discutir a presença dos óxidos e da água, na formação dos ácidos. Reforçar os
conhecimentos de reações químicas. Falar dos nomes das substâncias
envolvidas nas reações, caracterizando e explicando como esses nomes foram
atribuídos (Link 2, 4, 5, 6, 9, 10 e 11).
Passo 6. Para finalizar pedir aos alunos que construam uma carta para o
governo Federal propondo maneiras de minimizar a poluição do ar, expondo a
Química envolvida no processo, os locais mais afetados, e argumentando sobre
os prejuízos desse tipo de fenômeno para as pessoas e para o meio ambiente.
A carta deverá ser entregue posteriormente, para que os alunos tenham tempo
de pesquisar em casa e aprofundar o estudo (Link de apoio 8).
RECURSOS
Quadro;
Canetão ou giz;
Data Show ou smart TV.
LINKS DE APOIO
1. Chuva ácida em Cubatão – SP -
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/jornal-tribuna-2edicao/videos/v/cetesb-
confirma-chuva-acida-em-cubatao/3925917/
2. Nível de acidez das chuvas em Goiânia -
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/7074/mater
46
ial/AN%C3%81LISE%20DA%20ACIDEZ%20DA%20CHUVA%20NO%20MUNI
C%C3%8DPIO%20DE%20GOI%C3%82NIA.pdf
3. Depois da seca atenção para os perigos de chuva ácida -
https://www.curtamais.com.br/brasilia/depois-da-seca-atencao-para-os-perigos- da-
chuva-acida
4. Experimentos e reações de chuva ácida -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc21/v21a09.pdf
5. Reações do enxofre -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc15/v15a08.pdf
6. A qualidade do ar –
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_1/08-RSA-63-13.pdf
7. Conceito de ácido -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc40_4/08-EQF-51-17.pdf
8. A chuva ácida na perceptiva de Tema Social -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc25/peq01.pdf
9. Um olhar sobre o estudo dos óxidos -
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoe
s_pde/2012/2012_uem_qui_artigo_elaine_beltramini.pdf
10. Reações de formações das chuvas ácidas -
https://www.todamateria.com.br/chuva-acida/
11. Nomenclatura dos ácidos -
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/nomenclatura-dos-
acidos.htm#:~:text=Para%20que%20a%20nomenclatura%20dos,libera%20com
47
o%20c%C3%A1tion%20o%20H%2B.&text=%C3%A1cidos%20com%20oxig%
C3%AAnio%3A%20oxi%C3%A1cidos
REFERÊNCIAS
ANTUNES, M. T. Ser Protagonista - Química. São Paulo: Edições SM, v. 1, 2013.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação
e Cultura (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, v. 3, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
ESCOLA KIDS. Chuva ácida. [2020]. Disponível em: <https://escolakids.uol.com.br/geografia/chuva-acida.htm> Acesso em: 30 out. 2020.
NÓBREGA, O. S.; SILVA, E. R.; SILVA, R. H. Química, volume único. São Paulo: ática, 3. Ed., 2009.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano: Química. Volume 1. 3ª Edição – São Paulo: Moderna 2003.
48
SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 3
COMO O VIDRO É PRODUZIDO?
Fonte: IndústriaHoje (2013).
TEMA: PRODUÇÃO, COMPOSIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO VIDRO.
DURAÇÃO: 45 minutos.
CONTEÚDO: Óxidos.
OBJETIVOS:
Apresentar o processo de fabricação do vidro a partir da aplicação do
dióxido de Silício (SiO2).
Discutir as aplicações de óxidos presentes no dia a dia do aluno.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Reconhecer e utilizar adequadamente, na forma oral e escrita, símbolos
códigos e nomenclatura da linguagem científica.
49
Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de
ciência e tecnologia.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
Tabela Periódica.
Elementos químicos.
DESENVOLVIMENTO
Passo 1. Para dar início a aula, colocar vários objetos de vidro, de cores e
espessuras diferentes em cima da mesa. Questionar os alunos que material
compõe esses objetos. Pedir para caracterizar cada tipo de vidro. Após a
discussão inicial explicar os objetivos que serão trabalhados nesta aula em
seguida questionar “Do que é feito o vidro?”. O questionamento inicial fará com
que os alunos exponham suas ideias e reflitam durante a aula.
Passo 2. Retornar aos objetos de vidro e direcionar a explicação demonstrando
um objeto de vidro (garrafa, copo, caneca, recipiente de remédio...), porém com
diferentes colorações e indagar aos alunos se os mesmos “Sabem o que difere
um do outro? ”, além de questionar se eles “Sabem como são fabricados tais
vidros? ” e “O que faz com que apresentem variadas colorações (composição)?”
(Link de apoio 2, 6 e 7).
Passo 3. Como forma de contextualizar, questionar os alunos se eles conhecem
alguma fábrica de vidros na cidade onde moram e caso saibam da existência
desta fábrica, se conhecem o processo e/ou conhecem pessoas que trabalham
neste local. Questionar e discutir a importância do vidro para a sociedade, um
questionamento interessante seria o porquê de alguns frascos/embalagens são
de vidros e não de outros materiais? Sobre os vitrais das capelas e igrejas?
Frascos de remédios em vidro escuro, qual a explicação? (Link de apoio 4 e 7).
50
Passo 4. Exibir um vídeo do processo de fabricação do vidro. Sugestão de vídeo
no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=CCuR_KWjgUk. Após a turma
assistir o vídeo explicativo, discutir com os alunos o processo de fabricação do
vidro exposto no vídeo e reforçar o principal composto do vidro (SiO2). Explicar
que este é um óxido. Em seguida utilizar a tabela periódica e incentivar os alunos
a identificarem os elementos químicos classificados como metais e não-metais.
Em seguida, apresentar o conceito de Óxido (Link de apoio 7 e 9).
Passo 5. Escrever no quadro os símbolos dos elementos do Si e do O, pedir aos
alunos para identificarem se são metais ou não-metais, discutir os tipos de
ligações que formam o óxido molecular. Explicar aos alunos como se nomeia o
óxido molecular, diferenciar óxido molecular de óxido iônico.
Passo 6. Por fim pedir aos alunos que tragam de casa outros exemplos de
óxidos moleculares e óxidos iônicos e suas aplicações no dia a dia (Links de
apoio 1 e 8).
Quadro 1. Apresenta alguns tipos de óxidos moleculares e iônicos e suas
aplicações.
Óxidos Aplicações
Moleculares
CO2 Refrigerantes, cervejas e água mineral gaseificada.
N2O Anestésico e gás hilariante.
CO Metalurgia do aço e usado para obtenção de certos produtos
químicos.
Iônicos
SnO2 Utilizado na fabricação de latas.
Al2O3 Matéria prima do qual se extrai o alumínio.
MnO2 Utilizado na fabricação de aço.
Fe2O3 Utilizado na fabricação de pigmentos.
Fonte: Mundo educação [2020] e Toda matéria (2020).
51
SUGESTÃO DE ATIVIDADE EXTRA-CLASSE E INTERDISCIPLINAR:
Elaboração de um projeto a partir do questionamento: de “Como é feito o
descarte, coleta e reciclagem do vidro onde moram, ou cidades vizinhas?”.
Executando um projeto entre Química e Meio Ambiente, para que os alunos
pesquisem como são feitas estas atividades nas cidades e conheçam a
importância de tais ações do ponto de vista, Ambiental, Químico e Financeiro. O
projeto pode envolver professores das diversas áreas.
RECURSOS
Objetos de vidro incolor e com cor.
Quadro.
Canetão ou giz.
Tabela Periódica.
Data show ou smart TV.
LINKS DE APOIO
1. Aplicações dos óxidos -
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/aplicacao-dos-
oxidos.htm#:~:text=Solu%C3%A7%C3%B5es%20com%20concentra%C3%A7
%C3%A3o%20superior%20a,de%20argamassa%20na%20constru%C3%A7%
C3%A3o%20civil.
2. Vidro: história, composição, tipos, produção e reciclagem -
http://www.recicloteca.org.br/material-
reciclavel/vidro/#:~:text=O%20vidro%20%C3%A9%20feito%20de,da%20a%C3
%A7%C3%A3o%20da%20alta%20temperatura.
52
3. A Utilização de Vídeos Didáticos nas Aulas de Química do Ensino Médio para
Abordagem Histórica e Contextualizada do Tema Vidros -
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/dezembro2012/quimica_
artigos/videos_didaticos_aulas_quimica.pdf
4. A importância do vidro para sociedade –
https://super.abril.com.br/historia/vidro/
5. O cotidiano é meio amorfo: a transição vítrea -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc20/v20a04.pdf
6. O Tema “Vidro Plano (Tecnologia Float)” para a Educação científica e
Tecnológica -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc39_2/07-EA-121-15.pdf
7. Vidros -
http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/02/vidros.pdf
8. Aplicação dos óxidos -
https://www.infoescola.com/quimica/oxidos-importantes/
9. Óxidos -
https://www.todamateria.com.br/oxidos/
REFERÊNCIAS
ANTUNES, M. T. Ser Protagonista - Química. São Paulo: Edições SM, v. 1, 2013.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília:
MEC/SEMTEC, v. 3, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação
e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros
53
Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
MUNDO EDUCAÇÃO. Aplicações dos óxidos. [2020]. Disponível em: < https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/aplicacao-dos-
oxidos.htm#:~:text=Solu%C3%A7%C3%B5es%20com%20concentra%C3%A7 %C3%A3o%20superior%20a,de%20argamassa%20na%20constru%C3%A7% C3%A3o%20civil.>. Acesso em: 30 out. 2020.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano: Química. Volume 1. 3ª Edição – São Paulo: Moderna 2003.
TODA MATÉRIA. Óxidos: O que são, classificação e exemplos. 2020. Disponível em:< https://www.todamateria.com.br/oxidos/>. Acesso em: 30 out. 2020.
54
SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 4
PORQUE A NEBLINA É FORMADA EM DIAS DE CHUVA? PODEMOS EVITAR ACIDENTES EM
ESTRADAS COM NEBLINA?
Fonte: Portal cantu (2018).
TEMA: ACIDENTES NAS ESTRADAS CAUSADOS PELA NEBLINA
FORMADA NOS DIAS DE CHUVA.
DURAÇÃO: 135 minutos. O professor pode executar em três momentos (em
sequência) ou fragmentar em três aulas, conforme disponibilidade.
CONTEÚDO: Dispersões coloidais.
OBJETIVOS:
Discutir os acidentes causados em estradas, por efeito da neblina
formada nos dias de chuva.
Apresentar o tema neblina e a sua relação com dispersões coloidais.
55
Destacar a diferença entre colóide, suspensão e solução.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Elaborar comunicações orais ou escritas para relatar, analisar e
sistematizar eventos, fenômenos, experimentos, questões, entrevistas,
visitas, correspondências.
Identificar as informações ou variáveis relevantes em uma situação-
problema e elaborar possíveis estratégias para equacioná-la ou resolvê-
la.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
Soluções.
Suspensões.
DESENVOLVIMENTO
Momento 1 – 45 minutos
Passo 1. Apresentar aos alunos os objetivos e o tema que será discutido na
aula. Perguntar aos alunos se eles já viajaram em dia de chuva? Se passaram
por estradas com neblina? e se tem ideia como a neblina se forma.
Passo 2. Discutir com os alunos o que são neblinas e em seguida apresentar
um vídeo mostrando um acidente ocasionado pela intensa neblina. Vídeo
disponível no youtube com o seguinte link:
https://www.youtube.com/watch?v=XByEE5lZqdk. Em seguida discutir o vídeo e
questionar os alunos como fazer para evitar acidentes nos dias de neblina (Nesta
etapa o professor não deve responder, deixar os alunos refletirem). Observar o
conhecimento popular sobre o porquê os vidros do carro embaçam.
56
Passo 3. Passar aos alunos um estudo de caso, disponível nos anexos. Este
estudo de caso relata a relação do uso de faróis de neblina, em estradas com
neblina. A intenção é despertar a curiosidade dos alunos e instigar hipóteses.
Passo 4. Partindo da aplicação do estudo de caso proposto, solicitar que os
alunos o resolvam através de pesquisas, em livros didáticos ou celulares.
Momento 2: 45 minutos
Passo 5. Os alunos deverão apresentar suas respostas ao estudo de caso. Em
seguida o professor deve fazer os comentários (Link de apoio 9) e inserir a parte
conceitual sobre o significado de coloides, relacionando alguns produtos
classificados como coloides, além de, o relacionar com as neblinas (Link de
apoio 1, 2, 3, 4, 5 e 6).
Passo 6. Questionar os alunos se conhecem algum acidente que foi causado
pela neblina e o que acham necessário fazer para reduzir o número de acidentes
causados pela neblina. Escutar e direcionar as manifestações dos alunos em
relação aos questionamentos.
Passo 7. Por fim discutir como os familiares fazem o uso correto dos faróis
quando da presença de neblina na pista (Link de apoio 7, 8 e 9).
Momento 3 – 45 minutos.
Agora vamos nos prevenir de acidentes em estradas com neblina?
Passo 8. Aplicar a atividade experimental cujo roteiro se encontra no apêndice
1 abaixo dessa sequência didática. Após a aplicação do roteiro discutir os
resultados obtidos com os alunos e aplicar as questões abaixo.
57
Questões para avaliação da Atividade Experimental
1. Você fez o que um químico faz em laboratório: análises de materiais e
emite laudos. Faça um laudo descrevendo e classificando as três amostras
utilizadas no experimento: suspensão, solução ou coloide. Não se esqueça de
justificar seu laudo.
2. Em sua casa você tem alguma amostra que poderia ser analisada por
você nesse procedimento? Quais? E qual seria o resultado esperado para sua
análise? Discuta pelo menos duas amostras que você tem em casa.
3. Se esse teste fosse feito com um copo cheio de neblina, o que
aconteceria com o feixe de luz? Justifique.
Passo 9. Discutir o laudo escrito pelos alunos e as questões respondidas por
eles.
RECURSOS
Livros didáticos ou celulares.
Roteiro experimental (Anexo).
Data show ou smart TV.
LINKS DE APOIO
1. Coloides e suas propriedades -
http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarConceito.php?idConceito=26&semFr
ame=1
2. A química do macro ao micro: coloides -
https://extensao.cecierj.edu.br/material_didatico/qui704/aula03.pdf
58
3. Tipos de coloides e aplicações -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/quimsoc.pdf
4. Dispersões coloidais e efeito Tyndall -
http://www2.iq.usp.br/docente/hvlinner/coloides.pdf
5. Coloides, características e efeito Tyndall -
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/coloides.htm
6. Conceitos de coloides, soluções e suspensões -
http://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID301/v11_n1_a2016.pdf
7. Forte neblina atrapalha visibilidade na BR-153 entre Aparecida e Goiânia -
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/forte-neblina-atrapalha-
visibilidade-na-br-153-entre-aparecida-e-goiania/2277158/
8. Neblina prejudica visão dos motoristas no sudoeste goiano -
https://www.emaisgoias.com.br/neblina-prejudica-visao-de-motoristas-no-
sudoeste-goiano-prf-pede-cautela/
9. Relação entre neblina e coloides -
http://quimicadashotoko.blogspot.com/2013/08/efeito-tyndall.html
REFERÊNCIAS
ANTUNES, M. T. Ser Protagonista - Química. São Paulo: Edições SM, v. 2,
2013.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação
e Cultura (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, v. 3, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação
e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros
59
Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
PORTAL CANTU. Cuidados ao pegar estrada com chuva e neblina. 2018. Disponível em: <https://portalcantu.com.br/news/fiquepordentro/cuidados-ao-
pegar-estrada-com-chuva-e-neblina>. Acesso em: 31 out. 2020.
60
APÊNDICE 1 - ESTUDO DE CASO
COMO EVITAR ACIDENTES EM DIAS DE NEBLINA?
João e seu pai, Paulo, residem em Campinas - São Paulo e juntos são
proprietários de uma loja de brinquedos infantis, eles precisavam ir para a Capital
fazer compras para sua loja. João e Paulo saíram às 3 horas da manhã para São
Paulo para evitar o trânsito muito congestionado. Quando se passaram 50 km
de viagem a visibilidade de João estava bem comprometida devido a neblina
presente na pista, mas como precisavam continuar a viagem, seguiram sem
pensar nas consequências. João e seu pai acabaram sofrendo um acidente, mas
nada de grave. João que era aluno do curso de Química na UNICAMP estava
intrigado com o acidente resolveu buscar explicações para entender o porquê da
falta de visibilidade quando estavam em meio à neblina. Imagine que você é
João e quer entender as propriedades da neblina para buscar possíveis causas
do acidente.
61
ANEXO 1 - ROTEIRO DE ATIVIDADE EXPERIMENTAL
COLÓIDES, NUNCA VI, NUNCA OUVI, QUE BICHO É ESSE?
INTRODUÇÃO
Os coloides, ou sistemas coloidais, são misturas em que as partículas
dispersas têm um diâmetro compreendido entre 1 nanômetro e 1 micrometro,
partículas estas que podem ser formadas por átomos, íons ou moléculas. Num
sistema coloidal, as partículas dispersas são significativamente menores do que
aquelas que podem ser percebidas a olho nu, porém, bem maiores do que as
moléculas individuais (TODA MATÉRIA, 2019). Tais partículas recebem o nome
de partículas coloidais.
Devido ao seu tamanho, as partículas coloidais são capazes de perpassar
por um filtro, mas não por uma membrana semipermeável. Elas são grandes o
bastante para refletir e dispersar a luz, dispersão esta conhecida como efeito
Tyndall (LISBOA, 2010). No nosso dia a dia, os coloides podem ser encontrados
em iogurtes, geleias e leite, também em produtos de higiene pessoal, como
xampus, sabonetes, cremes dentais e de barbear, cosméticos e outros (TODA
MATÉRIA, 2019).
OBJETIVO: Observar o Efeito Tyndall em uma amostra.
MATERIAIS UTILIZADOS:
03 copos de vidro transparente ou 03 béqueres;
1 colher de chá de amido de milho;
1 colher de chá de cloreto de Sódio (sal de cozinha)
1 pacote de gelatina sem sabor;
1 Apontador a laser ou caneta a laser;
1 Papel cartão preto;
62
1 colher de chá.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS:
1. Inicialmente preparar as soluções:
Copo 1: coloque uma colher de chá de amido de milho dentro do copo com 150
ml de água a temperatura ambiente e dissolva.
Copo 2: coloque uma colher de sal dentro do copo com 150 ml de água a
temperatura ambiente e dissolva.
Copo 3 (água morna): coloque uma colher de chá de gelatina incolor dentro do
copo com 100 ml de água morna.
2. Em seguida fixe o papel cartão preto em uma superfície sólida vertical e
posicione cada copo à sua frente.
3. Usando o apontador à laser, faça o feixe de luz atravessar cada um dos copos
com as soluções preparadas inicialmente, apontando sempre para a cartolina
preta.
4. Anote o comportamento do feixe de luz em cada uma das soluções, após
resolva as questões propostas pelo professor.
REFERÊNCIAS
LISBOA, J. C. F. Ser Protagonista – Química, 2º ano. São Paulo: Edições SM, ed. 1, 2010.
TODA MATÉRIA. Colóides. 2019. Disponível em:
<https://www.todamateria.com.br/coloides/>. Acesso em: 31 out. 2020.
63
SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 5
CAFEZINHO? COM OU SEM AÇÚCAR?
Fonte: Mexido de ideias (2011).
TEMA: ORIGEM, CONSUMO E CONCENTRAÇÃO DE AÇÚCAR NO
CAFEZINHO.
DURAÇÃO: 90 minutos. O professor pode executar em dois momentos (em
sequência) ou fragmentar em duas aulas, conforme disponibilidade.
CONTEÚDOS: Concentração comum e preparo de soluções.
OBJETIVOS:
Apresentar o processo de preparação do café com açúcar articulando-o
com o preparo de soluções.
Discutir a história do café e do açúcar no Brasil.
64
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Identificar e relacionar unidades de medida usadas para diferentes
grandezas, como massa, volume, densidade e concentração de soluções.
Reconhecer e utilizar adequadamente, na forma oral e escrita, símbolos
códigos e nomenclatura da linguagem científica.
Compreender o conhecimento científico e o tecnológico como resultados
de uma construção humana, inseridos em um processo histórico e social.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
Soluções.
Unidades de medida.
DESENVOLVIMENTO
Momento 1: 45 minutos.
Passo 1. O professor leva uma garrafa de café e deixa sobre a mesa. Em
seguida apresentar o tema da aula “origem, consumo e concentração de açúcar
no cafezinho”. Apresentar os objetivos, a importância do tema que serão
trabalhados nesta aula “Cafezinho com ou sem açúcar” e a história do café e
açúcar.
Passo 2. Questionar se os alunos ou seus pais gostam de café? Como gostam
do seu café, com ou sem açúcar? Deixar os alunos responderem e dar
continuidade na aula, para que juntos eles construam os conceitos, da aula
objetiva.
Passo 3. Falar sobre a história do café e do açúcar e como o café e o açúcar
chegaram no Brasil (Link de apoio 1). Falar sobre a composição química do café
e seu modo de ação (Link de apoio 2). Mostrar usando Datashow, ou desenhar
65
e escrever no quadro, as estruturas de algumas das moléculas presentes no café
e açúcar, suas funções no organismo e principais funções que desempenham
quando há ingestão (Link de apoio 3, 6 e 7).
Passo 4. Perguntar como o café deve ser preparado e como preparam o café
em casa. Qual a maneira adequada. Que tipo de conceito de Química está
envolvido no preparo do café (relembrar o processo de separação de misturas).
Após os alunos falarem, questionar se eles consideram o café com açúcar como
uma solução? Após as respostas, questionar: mas o café é melhor com açúcar
ou sem açúcar? E para a saúde qual tipo é melhor? O professor deve mediar a
discussão para inserção dos conceitos adequados (Link de apoio 5 e 8).
Passa 5. Partindo das respostas, questionar o que é solução, soluto e solvente.
E assim explicar os conceitos químicos que envolvem o preparo de soluções.
Observação: aqui trabalharemos a solução de café com açúcar e não a solução
de pó na água ao preparar o café (Link de apoio 5).
Passo 6. Indagar que tipo de açúcar usam em casa e a quantidade que usam
de açúcar no café? Discutir com os alunos sobre os malefícios causados com a
alta concentração do açúcar no organismo. E discutir com os alunos a
preservação da saúde ao usar uma menor concentração de açúcar no café (Link
de apoio 8). Questionar os alunos, “mas o que significa concentração?”. Pedir
aos alunos para trazer para a próxima aula algum rótulo de casa ou figura de
livro ou revistas (se não tiver pode-se pesquisar na internet), que tenha escrito
produto concentrado para que possa ser discutido na próxima aula a definição
de concentração.
Momento 2: 45 minutos.
Passo 1. Apresentar os objetivos desta aula: “Discutir como se calcula a
concentração de açúcar no café, diferenciando concentração comum de
densidade”. Em seguida reforçar pontos importantes apresentados na aula
66
passada, como preparo de soluções (relembrando o preparo da solução café
com açúcar), relembrar também os conceitos soluto e solvente. Em seguida
discutir com os alunos a definição de concentração de açúcar no café (Link de
apoio 9).
Passo 2. Questionar aos alunos se tem como calcular a concentração de açúcar
no café. Mostrar como se calcula a concentração comum e apresentar as
unidades de medidas usadas para este cálculo. Expor a diferença do cálculo de
concentração comum e densidade (Link de apoio 9). (Caso necessário rever
conversões de unidades de medidas).
Passo 3. Para finalizar a aula, propor uma aula prática demonstrativa, na sala
de aula, cujo roteiro se encontra no apêndice 1. Após a aplicação do roteiro
discutir os resultados obtidos e as questões do roteiro experimental.
RECURSOS PARA AULA
Livro didático.
Material para o experimento.
Quadro.
Canetão ou giz.
Datashow ou smart TV.
LINKS DE APOIO
1. História do açúcar e do café -
https://www.grandeitu.com.br/historia-acucar-cafe-
itu.html#:~:text=A%20partir%20de%20meados%20do,tamb%C3%A9m%20se%
20tornaram%20atividades%20significativas.
2. Composição química do café e seu modo de ação -
67
https://revistacafeicultura.com.br/?mat=3407#:~:text=O%20Caf%C3%A9%20po
ssui%20a%20seguinte,(caempferol%2C%20quercetol%2040%25)%2C
3. Componentes voláteis do café torrado. Compostos alifáticos, alicíclicos e
aromáticos -
https://www.scielo.br/pdf/qn/v23n2/2119.pdf
4. Mol, Quantidades de matéria -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc01/atual.pdf
5. Discussão sobre soluções -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc03/aluno.pdf
6. Benefícios do café na saúde: mito ou realidade -
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
40422009000800031
7. Benefícios do café na saúde humana -
https://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va12-qualidade-da-
bebida03.pdf
8. Abusar do açúcar na hora de adoçar o café aumenta o risco de morte -
https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/abusar-do-acucar-na-hora-de-
adocar-o-cafe-aumenta-risco-de-morte/
9. Concentração e densidade -
http://educacao.globo.com/quimica/assunto/solucoes/concentracao-de-
solucoes.html
REFERÊNCIAS
LISBOA, J. C. F. Ser Protagonista – Química, 2º ano. São Paulo: Edições SM,
ed. 1, 2010.
68
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação
e Cultura (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, v. 3, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação
e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
MEXIDO DE IDEIAS. Açúcar x café. 2011. Disponível em:
<https://www.mexidodeideias.com.br/receitas/acucar-x-cafe-2/>. Acesso em: 31 out. 2020.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano: Química. Volume 2. 3ª Edição – São Paulo: Moderna 2003.
69
APÊNDICE 1 – ROTEIRO PARA EXPERIMENTO DEMONSTRATIVO.
CAFEZINHO? COM OU SEM AÇÚCAR?
INTRODUÇÃO:
Sabemos que o café e o açúcar fazem parte da nossa sociedade desde a
antiguidade. Quando chega alguém em casa, a primeira coisa é perguntar:
Aceita um cafezinho? Pode estar adoçado ou não, depende da preferência da
sua visita. O café e o açúcar em quantidade moderada fazem bem a nossa saúde
e deixa “a gente animadinho” pelas substâncias químicas que liberam no nosso
corpo, por isso é bom acordar cedo e tomar uma xícara de café, para despertar.
Agora vamos tomar um cafezinho... Com ou sem açúcar?
MATERIAIS:
1 garrafa com café sem açúcar;
1 vasilha com açúcar; (Se preferir é uma sugestão levar mais de 1 tipo de
açúcar para que os alunos os conheçam);
1 balança de cozinha;
Copos plásticos ou béqueres;
1 seringa ou proveta;
1 colher ou bastão de vidro.
PROCEDIMENTOS:
Copo 1:
Pesar 10 g de açúcar e adicionar em um copo ou em um béquer;
Medir 30 ml de café e adicioná-lo no copo ou béquer em que foi colocado a
açúcar;
Em seguida misturar bem com uma colher ou com um bastão de vidro.
Copo 2:
Pesar 15 g de açúcar e adicionar em um copo ou em um béquer;
Medir 30 ml de café e adicioná-lo no copo ou béquer em que foi colocado a
açúcar;
70
Em seguida misturar bem com uma colher ou com um bastão de vidro.
Copo 3:
Pesar 10 g de açúcar e adicionar em um copo ou em um béquer;
Medir 35 ml de café e adicioná-lo no copo ou béquer em que foi colocado a
açúcar;
Em seguida misturar bem com uma colher ou com um bastão de vidro.
AGORA É SUA VEZ... VAMOS CALCULAR A CONCENTRAÇÃO COMUM DE
AÇÚCAR EM CADA COPO DE CAFÉ?
Copo 1:
Copo 2:
Copo 3:
VAMOS RESPONDER AS QUESTÕES...
1. Qual dos copos com café estará mais doce?
2. O que significa dizer que o café está mais ou menos concentrado em
açúcar?
3. Qual dos copos com café está mais concentrado em açúcar? E menos?
4. E você gosta de café mais ou menos concentrado em açúcar?
71
SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 6
VOCÊ SABE A QUALIDADE DO LEITE QUE CONSOME?
Fonte: Milknet (2018).
TEMA: QUALIDADE DO LEITE QUE CONSUMIMOS.
DURAÇÃO: 135 minutos. O professor pode executar em três momentos (em
sequência) ou fragmentar as aulas, conforme disponibilidade.
CONTEÚDO: Análises químicas em laboratório e densidade.
OBJETIVOS:
Apresentar e discutir as principais fraudes que alteram a qualidade do
leite.
Estudar e identificar os métodos de análises utilizados para detecção de
fraudes do leite.
72
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de
ciência e tecnologia.
Identificar as informações ou variáveis relevantes em uma situação-
problema e elaborar possíveis estratégias para equacioná-la ou resolvê-
la.
Selecionar e utilizar instrumentos de medição e de cálculo, representar
dados e utilizar escalas, fazer estimativas, elaborar hipóteses e interpretar
resultados.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
Ácidos.
Bases.
DESENVOLVIMENTO
MOMENTO 1: 45 minutos.
Passo 1. Apresentar os objetivos desta aula e o tema que será trabalhado. “Você
sabe identificar a qualidade do leite que consome?”, “Quais métodos são
utilizados em laboratório para detecção de fraudes no leite” e “Você conseguiria
identificar em casa fraudes no leite que você consome?
Passo 2. Iniciar a discussão destacando a importância das bacias leiteiras do
Brasil, como é realizado o processo de produção e comercialização (Link de
apoio 3). Além disso, destacar propriedades e composição do leite (Link de apoio
6 e 7).
73
Passo 3. Perguntar aos alunos” você já viu ou ouviu alguma notícia apontando
fraudes no leite?”. E “Como o leite pode ser fraudado?” Discutir com os alunos
(Link de apoio 9 e 10).
Passo 4. Apresentar recortes de reportagens encontradas na internet sobre
fraudes no leite, para que os alunos leiam e identifiquem as substâncias
Químicas usadas para fraudar o leite (Link de apoio 14).
Sugestão: Fazer anotações no quadro desses dados obtidos presentes nas
reportagens para rever moléculas e nomenclaturas das substâncias, como a
água, hidróxido de sódio, amido, entre outras).
Passo 5. Discutir e apresentar informações sobre as substâncias adicionadas
para fraudar o leite e qual sua finalidade (Link de apoio 8). Relembrar baseado
no processo de qualidade do leite, o conceito de densidade (Link de apoio 15).
Passo 6. Questionar os alunos se é possível verificar se no leite que consomem
em casa há adição de substâncias que indicam uma possível fraude. Pedir que
cada aluno pesquise e traga de casa, anotado no caderno, pelo menos um
método de detecção de contaminantes presentes no leite e quais substâncias
esses métodos podem detectar e o porquê essas substâncias são adicionadas
(Link de apoio 1,2 e 4).
MOMENTO 2: 2 aulas de 45 minutos seguidas ou fragmentadas (Aula 1
Análises de fraude dos caminhões 1 e 2 e Aula 2 análises de fraude dos
caminhões 3 e 4).
Passo 1: Apresentar o que será trabalhado nesta aula “Vamos identificar se o
leite que você consome em casa é de boa qualidade?”.
Passo 2: Discutir com os alunos os métodos de identificação de contaminantes
no leite que trouxeram de casa (Links de apoio 1 e 2). Apresentar através de um
vídeo, quais análises químicas são realizadas para verificação de contaminantes
74
no leite (sugestão de link de vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=LYfdxjZCa8Q).
Passo 3: Propor um estudo de caso investigativo (Anexo 1 e apêndice 1). No
qual os alunos resolverão o problema do estudo de caso proposto, por meio dos
resultados obtidos pelo experimento. Para verificação das fraudes no leite,
utilizar algumas amostras de leite sem adulteração e uma adulterada (para
adulterar com amido siga os passos descritos no roteiro). Após a aplicação
discuta com os alunos as questões propostas no roteiro. Sugestão: Durante a
aplicação da atividade experimental reforçar os conceitos de Química,
“densidade”, “nomenclatura das moléculas” e “elementos químicos”. Além disso
pode ser discutido com os alunos o trabalho que a polícia tem feito para combater
as fraudes no leite e os investimentos que algumas empresas estão fazendo
para combater as fraudes no leite (Link de apoio 11, 12 e 13).
Passo 4: Peça aos alunos que emitam em casa um laudo/relatório,
químico/técnico apontando em quais amostras foram identificadas adulterações
e tragam em outra aula, para discussão. (Link de apoio 5 que mostra exemplo
de laudo: http://static.sites.sbq.org.br/rvq.sbq.org.br/pdf/SelmaENoPrelo.pdf).
RECURSOS
Materiais para o estudo de caso.
Quadro.
Canetão ou giz.
Recortes das reportagens.
Datashow ou smart TV.
LINKS DE APOIO
1. Fraude em leite: Métodos de detecção e implicações para o consumidor –
75
http://www.ial.sp.gov.br/resources/insituto-adolfo-
lutz/publicacoes/rial/10/rial73_3_completa/artigos-separados/1611.pdf
2. Verificação quantitativa dos métodos qualitativos oficiais para detecção de
fraude em leite -
https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/1002/1/2015TamaresScherer.pdf
3. Segunda maior bacia leiteira do Brasil -
http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/mg-rural/videos/v/segunda-
maior-bacia-leiteira-do-pais-patos-de-minas-aposta-em-inovacao/3857512/
4. Experiências lácteas -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc06/exper1.pdf
5. Fraude no Leite: Experimento Investigativo para o Ensino de Química –
Laudo técnico -
http://static.sites.sbq.org.br/rvq.sbq.org.br/pdf/SelmaENoPrelo.pdf
6. Leite aspectos de composição e propriedades -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc06/quimsoc.pdf
7. Investigando os componentes presentes no leite em uma atividade interativa-
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc25/eeq03.pdf
8. Leite como gerador de aprendizagem em Química -
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoe
s_pde/2010/2010_unicentro_qui_artigo_nilce_do_amaral.pdf
9. Empresas investigadas por fraudes em leite em pó em BH e Contagem terão
que recolher produtos -
76
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2018/12/10/interna_gerais,1012073/e
mpresas-investigadas-por-fraudes-em-leite-em-po-em-bh-e-contagem-
tera.shtml
10. Ministério Público do Rio Grande do Sul denuncia 19 por fraude na produção
de leite e queijo -
https://www.canalrural.com.br/noticias/ministerio-publico-denuncia-por-fraude-
producao-leite-queijo-59855/
11. Empresas investem em tecnologia para combater as fraudes em leite –
https://www.canalrural.com.br/noticias/empresas-investem-tecnologia-para-
combater-fraude-leite-63928/
12. Operação contra fraude no leite -
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/05/operacao-leite-
compensado-cumpre-9-mandados-de-prisao-no-norte-do-rs.html
13. Conheça a inspeção do leite na indústria -
https://www.youtube.com/watch?v=LYfdxjZCa8Q
14. Imagens de reportagens sobre a fraude no leite -
https://www.google.com/search?q=reportagens+e+noticias+de+fraudes+no+leit
e&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjlpui5n-
TsAhX6J7kGHcuVCzoQ_AUoA3oECAwQBQ&biw=1366&bih=657
15. Conceito de densidade -
https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/densidade.htm
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio:
77
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, v. 3, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
MILKNET. Artigo: a importância do leite na história humana. 2018. Disponível em: < https://www.milknet.com.br/artigo-a-importancia-do-leite-na-historia- humana/>. Acesso em: 31 out. 2020.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano: Química. Volume 2. 3ª Edição – São Paulo: Moderna 2003.
VENTURA, S. L. R. R. et al. Fraudes no leite: experimento investigativo para o ensino de Química. Revista virtual de Química, Brasil, v.11, n. 3, 20 p., julho 2019.
78
APÊNDICE 1 – ESTUDO DE CASO
VAMOS DETECTAR FRAUDES NO LEITE?
Márcia é uma analista de laboratório, que trabalha em uma indústria de
laticínios, chamada Complem, sediada na cidade de Morrinhos, no estado de
Goiás. Todos os dias nesta empresa, chegam em média 100 caminhões
carregados de leite para abastecer a indústria. Há na entrada da indústria um
funcionário, que retira três amostras de cada caminhão e as leva para o
laboratório, para que estas sejam analisadas pela analista Márcia e haja a
verificação se há ou não contaminantes no leite. Porém a dois anos, Márcia
trabalha nesta empresa e em todas as análises que teria feito até o momento
não teria encontrado contaminante nenhum. Mas, hoje como todos os dias ela
recebeu 300 amostras de leite, que deveriam ser analisadas. Ela iniciou as
análises e para sua surpresa, verificou que três das amostras de dois dos
caminhões apresentavam adição de substâncias em excesso, substâncias
responsáveis por acrescentar o volume no leite. Márcia, resolveu refazer a
analise em quatro dos caminhões suspeitos.
Você como analista de laboratório, no lugar de Márcia, poderia descobrir
qual dos caminhões teriam substâncias adicionadas? E quais seriam essas
substâncias presentes nas amostras de leite destes caminhões? Por meio dos
conhecimentos adquiridos durante as aulas e de análises químicas, siga as
orientações e desvende o mistério...
79
ANEXO I – ROTEIRO EXPERIMENTAL DE DETECÇÃO DE FRAUDE NO
LEITE.
Caminhões 1 e 2: Verificar a densidade do produto.
Introdução:
Densidade é a relação existente entre a massa e o volume de um material,
a uma dada pressão e temperatura. Essa relação pode ser expressa pela
fórmula:
No SI (Sistema Internacional de Unidades), a unidade de densidade é o
quilograma por metro cúbico (kg/m3). No entanto, os mais utilizados são g/cm3 e
o g/ml, lembrando que 1 cm3 equivale a 1 ml. O valor da densidade do leite é em
média 1,07 g/ml a 25ºC (TODA MATÉRIA, 2019).
Figura 1 – Diversos líquidos com diferentes densidades.
Fonte: Departamento de Pós-Graduação UFRJ.
80
Objetivo: Determinar se há fraude no leite através da verificação da densidade.
Materiais:
6 copos ou béqueres de 50 ml.
120 ml de Amostra de Leite.
60 ml de água.
2 béqueres ou copos de 100 ml.
Balança.
Caneta para identificação do béquer ou copo.
Procedimento ao professor antes da aula:
Passo 1: Adicionar 60 ml de leite em um béquer ou copo de 100 ml e identificar
o recipiente com caneta como “caminhão 1”.
Passo 2: Adicionar 60 ml de leite e 60 ml de água em um béquer ou copo de 100
ml e identificar o recipiente com caneta como “caminhão 2”.
Procedimentos aos alunos:
Passo 1: Numerar 3 copos e identificá-los como caminhão 1. Pesar cada copo
individualmente e anotar a massa na tabela abaixo. Em seguida transferir 20 ml
de leite do caminhão 1, para cada copo e pesar novamente.
Caminhão 1.
Copos Massa do copo (g) Massa do copo com leite (g)
Copo 1
Copo 2
Copo 3
81
Com a massa do copo 1 (mc) e a massa do copo com leite (mcl) fazer o cálculo
da massa do leite (ml). Depois de calcular a densidade do leite:
dl= ml/vl
Para calcular a massa do leite basta subtrair a massa do copo da massa do leite.
ml = mcl - mc
Repetir o mesmo procedimento para o copo 2 e 3. E anotar os cálculos na tabela
abaixo.
Caminhão 1.
Copos Massa do leite (g) Densidade do leite (g/ml)
Copo 1
Copo 2
Copo 3
Passo 2: Numerar 3 copos e identificá-los como caminhão 2. Pesar cada copo
individualmente e anotar a massa na tabela abaixo. Em seguida transferir 20 ml
de leite do caminhão 2 para cada copo e pesar novamente.
Caminhão 2.
Copos Massa do copo (g) Massa do copo com leite (g)
Copo 4
Copo 5
Copo 6
Com a massa do copo 4 (mc) e a massa do copo com leite (mcl) fazer o cálculo
da massa do leite (ml). Depois de calcular a densidade do leite:
82
dl= ml/vl
Para calcular a massa do leite basta subtrair a massa do copo da massa do leite.
ml = mcl - mc
Repetir o mesmo procedimento para o copo 5 e 6.
Caminhão 2.
Copos Massa do leite (g) Densidade do leite (g/ml)
Copo 4
Copo 5
Copo 6
Caminhões 3 e 4: Há presença de amido?
Introdução:
A análise de detecção da fraude pela presença do amido no leite, consiste
na reação do amido com o iodo. Quando é realizado a analise por meio do uso
do iodo na amostra se houver a presença de amido haverá a formação de um
composto de adsorção de coloração azul, ou seja, a formação de uma aureola
azul na parte superior da amostra (ANDRADE, 2012).
Imagem 1: Amido no leite.
Fonte: Universidade da Química (2019).
83
Objetivo: Identificar se há fraude no leite, devido a presença de amido.
Materiais e reagentes utilizados:
6 copos de 100 ml.
72 gotas de Tintura de iodo 2% ou solução de iodo 2% (comprar na farmácia
se não houver laboratório).
120 ml de leite a temperatura ambiente.
30 ml de água.
3 colheres de chá de amido.
2 béqueres de 200 ml.
Procedimento para o professor antes da aula: (Nomeie os béqueres como
caminhão 3 e caminhão 4).
Caminhão 3: Copos de 1 a 3. Coloque em um béquer de 200 ml, 60 ml de leite,
15 ml de água e 3 colheres de chá de amido.
Caminhão 4: Copos de 4 a 6. Coloque um béquer de 200 ml, 60 ml de leite.
Procedimentos para os alunos:
Enumere cada copo de acordo com seu respectivo caminhão. Adicione 25
ml da amostra de leite em cada copo numerado. Aqueça levemente a amostra
de leite de cada copo separado, e acrescente 12 gotas de Tintura de iodo 2%,
observar a coloração produzida em cada copo. Em seguida anote quais são as
amostras de leite, de qual caminhão, que apresentam fraude.
Questões para avaliação da atividade experimental:
1. Ao realizar a análise da presença amido na amostra, quais suas conclusões
relacionadas à Química?
2. Calcule a densidade do leite encontrada e compare com a densidade normal
do leite, que benefícios esta análise traria para os cidadãos?
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3. Houve alguma amostra que estaria fraudada? Estes métodos de verificação
de fraudes no leite são importantes para a sociedade?
4. Dê uma sugestão de um método químico analítico que poderia ser usado na
investigação da fraude no leite diferentes destes usados e que seria de grande
importância para a sociedade.
Referências:
ANDRADE, R. B. Pesquisa de amido em leite fluido e desidratado. 2012.
Disponível em: < https://www.gov.br/agricultura/pt-
br/assuntos/laboratorios/credenciamento-e-laboratorios-
credenciados/legislacao-metodos-credenciados/arquivos-metodos-da-area-poa-
iqa/met-poa-12-01-amido.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2020.
TODA MATÉRIA. Densidade. 2019. Disponível em:
<https://www.todamateria.com.br/densidade/>. Acesso em: 02 nov. 2020.
UNIVERSIDADE DA QUÍMICA. Experimento de Química: coloquei iodo no
amido, e vejam o que aconteceu. 2019. (10m04s). Disponível em:<
https://www.youtube.com/watch?v=rDjT-TraruY>. Acesso em: 02 nov. 2020.
85
SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 7
PROFISSÃO REPÓRTER QUÍMICO: POLUIÇÃO DOS RIOS AFETAM A VIDA AQUÁTICA.
Fonte: Kasvi (2018).
TEMA: POLUIÇÃO DAS ÁGUAS DOS RIOS.
DURAÇÃO: 45 minutos.
CONTEÚDO: Soluções gás-líquido.
OBJETIVOS:
Apresentar e discutir as formas de poluição nas águas dos rios abordando
o cotidiano do aluno.
Expor a importância da temperatura e pressão das águas do rio, para
sobrevivência da vida aquática.
86
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Avaliar as dimensões das perturbações na hidrosfera provocadas por
ação humana para desenvolver ações preventivas ou corretivas,
individual ou coletivamente.
Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de
ciência e tecnologia.
Identificar as informações ou variáveis relevantes em uma situação-
problema e elaborar possíveis estratégias para equacioná-la ou resolvê-
la.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
Soluções.
Elementos da tabela periódica.
DESENVOLVIMENTO
Passo 1. Apresentar o conteúdo e o tema que será trabalhado nessa aula
“Soluções gás-líquido” “Como a poluição dos rios afetam a vida aquática?”.
Passo 2. Iniciar a aula discutindo a importância da água para todos os seres
vivos (Link de apoio 3 e 4). Em seguida, entregar aos alunos pequenos textos ou
reportagens que falam sobre a poluição das águas dos rios e suas causas (Link
de apoio 2, 5, 7 e 9). Pedir aos alunos para apresentar para os colegas as
informações mais importantes do texto que acabaram de ler. Inserir a realidade
dos alunos, se possível com reportagens/textos de locais conhecidos pela
comunidade. Promover discussões sobre algum rio que está poluído que os
alunos conhecem; “Como isso aconteceu?”; “Quais são os responsáveis e se a
poluição pode ser revertida?”.
Passo 3. Questionar se “Os peixes sofrem com a poluição das águas dos rios?”,
e questionar se sabem explicar quimicamente este processo. Inserir o
87
pensamento químico de que a respiração dos peixes, reprodução e nutrição são
afetados quimicamente com a poluição (Link de apoio 8, 10). De que o
ecossistema é alterado, o pH e como ele influencia na biota ali existente (Link de
apoio 11). Pois, todos os processos envolvem conceitos químicos.
Passo 4. Na sequência, explicar quimicamente como o meio aquático pode
sofrer com isso. Explicar sobre a solubilidade do O2 em água que será o
conteúdo abordado, sempre dando exemplos, pois sem o oxigênio aquoso,
O2(aq), a sobrevivência da fauna e flora seria comprometido e através disto nós
seres humanos também, pois o baixo nível de oxigênio mostra que a água pode
estar poluída (Link de apoio 1 e 6).
Passo 5. Discutir o que é a solubilidade dos gases e destacar que a solubilidade
dos gases na água depende de fatores como a temperatura e pressão (revisar).
Discutir a lei de Henry e questionar os alunos, “Se for aumentado a pressão e a
temperatura da água do rio o que ocorre com o gás carbônico? E se a pressão
e temperatura for diminuída o que ocorre? (Link de apoio 12).
Passo 6. Para finalizar, sugerir aos alunos que elaborem uma reportagem fictícia
sobre um problema ambiental da região ou do país que afetou a vida aquática.
Os alunos devem apontar as possíveis causas do problema e os meios para que
este problema seja solucionado. A reportagem pode ser apresentada na próxima
aula, a elaboração dessa atividade pode ser em grupos ou individual, de acordo
com a disponibilidade de aulas do professor. Sugestão: se a turma for separada
em grupos, os alunos podem gravar vídeos dinâmicos ou apresentar em sala a
reportagem, como se fossem repórteres.
RECURSOS
Canetão.
Quadro.
Textos ou reportagens sobre a poluição dos rios.
88
LINKS DE APOIO
1. Poluição vs tratamento de água -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc10/quimsoc.pdf
2. Contaminação por mercúrio e o caso da Amazônia -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc12/v12a01.pdf
3. A água da fonte natural -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc36_2/06-RSA-106-12.pdf
4. As águas do planeta terra -
http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/aguas.pdf
5. Contaminação de ambientes aquáticos por “agrotóxicos urbanos” -
https://www.scielo.br/pdf/qn/v38n5/0100-4042-qn-38-05-0622.pdf
6. A Química das águas -
https://www.ufjf.br/baccan/files/2012/11/Aula-2-
Qu%C3%ADmica_das_Aguas1.pdf
7. Principais aspectos da poluição de rios brasileiros por pesticidas -
http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v18n12/a14v18n12.pdf
8. Química das águas e poluição -
http://www.ufjf.br/baccan/files/2012/11/Aula-2-Qu%C3%ADmica-das-
Aguas_Parte-1_2S2016.pdf
9. Notícias sobre poluição de rios -
89
https://www.google.com/search?q=reportagens+de+rios+poluidos&source=lmn
s&tbm=nws&bih=657&biw=1366&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjh1KTvj-
fsAhUJBLkGHX1wCbYQ_AUoAXoECAEQAQ
10. Metabolismo dos poluentes nos peixes -
https://cetesb.sp.gov.br/mortandade-peixes/metabolismo-dos-poluentes-nos-
peixes/
11. Peixes e pH -
https://cetesb.sp.gov.br/mortandade-peixes/alteracoes-fisicas-e-quimicas/ph/
12. Solubilidade dos gases em líquidos –
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/quimica/solubilidade-dos-gases-em-
liquidos-a-lei-de-henry.htm
REFERÊNCIAS
ANTUNES, M. T. Ser Protagonista - Química. São Paulo: Edições SM, v. 2, 2013.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio:
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, v. 3, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e
suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
KAVSI. Análise da água e monitoramento da qualidade. 2018. Disponível em: <
https://kasvi.com.br/analise-de-agua-monitoramento-qualidade/>. Acesso em: 02 nov. 2020.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano: Química. Volume 2. 3ª Edição – São Paulo: Moderna 2003.
90
SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 8
ACIDENTES RADIOATIVOS: VOCÊS JÁ OUVIRAM
FALAR?
Fonte: Socientifica (2017).
TEMA: ACIDENTES RADIOATIVOS EM GOIÂNIA E EM CHERNOBYL.
DURAÇÃO: 45 minutos.
CONTEÚDO: Fissão nuclear e fusão nuclear.
OBJETIVOS:
Apresentar e discutir os acidentes radioativos ocorridos em Goiânia e
Chernobyl e relacioná-los com os conceitos químicos sobre
radioatividade.
Explicar a relação do funcionamento de uma usina nuclear com a reação
de fissão nuclear.
91
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Reconhecer e avaliar o desenvolvimento tecnológico contemporâneo,
suas relações com as ciências, seu papel na vida humana, sua presença
no mundo cotidiano e seus impactos na vida social.
Reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento científico e
tecnológico e utilizar esses conhecimentos no exercício da cidadania.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
Elementos químicos.
Radioatividade.
DESENVOLVIMENTO
Passo 1. Iniciar a aula apresentando aos alunos o conteúdo e o tema que serão
trabalhados “Radioatividade” e “Acidentes radioativos”.
Passo 2. Questionar se os alunos conhecem algum acidente radioativo que
ocorreu no Brasil ou em outros países, após o posicionamento dos alunos
apresentar os acidentes ocorridos em Goiânia e em Chernobyl (Link de apoio 1
e 4). Destacando os elementos químicos radioativos que causaram esses
acidentes como Césio 137 e Iodo 131 (Link de apoio 4).
Passo 3. Explicar a relação do Urânio com o acidente ocorrido em Chernobyl.
Falar também sobre efeitos biológicos da radiação, como ficou Chernobyl após
o acidente, como está hoje e porque não pode ser habitada (Link de apoio 4).
Passo 4. Explicar e mostrar por meio de imagens o que é uma usina nuclear e
como ocorrem as reações nucleares dentro de uma Usina, fissão nuclear e
também diferenciar as reações de fusão e fissão nuclear (Link de apoio 9 e 10).
92
Destacar o funcionamento de uma usina nuclear e a segurança dessas usinas
(Link de apoio 4, 7 e 11). Citar que no Brasil há as usinas de Angra dos Reis
sediadas no Rio de Janeiro (Link de apoio 7).
Passo 5. Como avaliação dos conhecimentos da turma, será pedido que
formem grupos de 4 alunos. Propor aos alunos que construam uma história em
quadrinhos. Como ponto de partida surgerir que a construção se espelhe no
desenho dos simpsons e o tema e conteúdo abordados durante a aula. Estas
histórias podem destacar os aspectos tanto positivo quanto negativo da
aplicabilidade da radioatividade (Link de apoio 2, 3, 5, 6, 8).
RECURSOS
Quadro.
Canetão ou giz.
Datashow ou smart TV (para mostrar imagens).
LINKS DE APOIO
1. A radioatividade e a história do tempo presente -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc19/a08.pdf
2. O despertar da radioatividade ao alvorecer do século XX -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_2/04-HQ10509.pdf
3. Raios X e radioatividade -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc02/historia.pdf
4. Marcos da história da radioatividade e tendências atuais -
http://static.sites.sbq.org.br/quimicanova.sbq.org.br/pdf/Vol30No1_83_18-
RV05217.pdf
93
5. Investigando as aplicações da radioatividade na Sociedade -
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/970-2.pdf
6. Radioatividade e meio ambiente -
http://quid.sbq.org.br/wp-content/uploads/2019/07/SBQ-
Cole%C3%A7%C3%A3o-Qu%C3%ADmica-no-Cotidiano-vol8-Radioatividade-
capa.pdf
7. Usina nuclear no Brasil -
http://www.eletronuclear.gov.br/Paginas/PageNotFoundError.aspx?requestUrl=
http://www.eletronuclear.gov.br/tecnologia/index.php
8. História em quadrinhos dos Simpsons -
https://www.unicorniohater.com.br/teoria-dos-simpsons-o-amor-de-bart-pelo-
homem-radioativo-tem-uma-origem-reconfortante/
9. Reação de fissão nuclear -
http://portal.if.usp.br/fnc/pt-br/p%C3%A1gina-de-livro/fiss%C3%A3o
10. Reação de fusão nuclear -
http://portal.if.usp.br/fnc/pt-br/p%C3%A1gina-de-livro/fus%C3%A3o
11. Funcionamento de uma usina nuclear –
https://www.ipen.br/portal_por/conteudo/biblioteca/arquivos/Como_funciona_u
ma_Usina_de_Energia_Nuclear.pdf
REFERÊNCIAS
ANTUNES, M. T. Ser Protagonista - Química. São Paulo: Edições SM, v. 2, 2013.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio:
94
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, v. 3, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano: Química. Volume 2. 3ª Edição – São Paulo: Moderna 2003.
SOCIENTIFICA. Césio-137, o maior desastre radiológico do Brasil. 2017.
Disponível em: <https://socientifica.com.br/cesio-137-o-maior-desastre- radiologico-do-brasil/>. Acesso em: 03 nov. 2020.
95
SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 9
VOCÊ SABE COMO AS BOMBAS ATÔMICAS
FUNCIONAM?
Fonte: Super interessante (2011).
TEMA: FUNCIONAMENTO DE UMA BOMBA ATÔMICA.
DURAÇÃO: 45 minutos.
CONTEÚDO: Reações de Fissão e fusão nuclear.
OBJETIVOS:
Apresentar o funcionamento das bombas atômicas do tipo convencional
e de Hidrogênio.
96
Conscientizar os alunos no que diz respeito a má aplicação dos elementos
radioativos.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Reconhecer e compreender fenômenos envolvendo interações e
transformações químicas, identificando regularidades e invariantes.
Reconhecer e compreender símbolos, códigos e nomenclatura própria da
Química e da tecnologia.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
As partículas elementares (Prótons, Elétrons e Nêutrons).
A descoberta da radioatividade e suas leis (Tipos de radiações).
As séries radioativas (Elementos radioativos da tabela periódica).
DESENVOLVIMENTO
Passo 1: Antes de iniciar a aula colar várias figuras no quadro. Figuras sem
identificações, de explosões da bomba atômica; de usinas nucleares; pessoas
feridas durante as explosões (O professor pode optar pelo que ele achar que irá
chamar a atenção dos alunos). Passar também a música Rosa de Hiroshima
(Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=Eql3Ip21GEA) e pedir aos
alunos que descubram qual será o assunto da aula.
Passo 2: Apresentar aos alunos o conteúdo que será abordado nesta aula.
“Reações de fusão e fissão nuclear”, reações nas quais ocorrem no interior de
uma bomba atômica de tipo convencional e de Hidrogênio. Questionar aos
alunos se sabem a diferença entre bomba atômica convencional e bomba de
Hidrogênio, este questionamento fará com que reflitam no decorrer da aula.
97
Passo 3. Para abordar o conteúdo trabalhar a História do ataque das cidades
japonesas Hiroshima e Nagasaki através de reportagens (Link de apoio 2).
Passo 4. Discutir o tipo de bomba utilizada durante os ataques das cidades
japonesas e os elementos químicos usados nestas bombas (Link de apoio 2).
Passo 5. Diferenciar bomba atômica convencional utilizada nos ataques da
bomba de Hidrogênio expondo as reações de fusão e fissão nuclear (Link de
apoio 1 e 3).
Passo 6. Durante a discussão das reações ocorridas no interior das bombas
nucleares é bom relembrar o conceito de isótopos, número de massa, número
atômico e elementos radioativos.
Passo 7. Discutir com os alunos as questões éticas do manuseio da Química,
destacando o uso errôneo das bombas atômicas e as consequências desta ação
para a população japonesa (Link de apoio 2).
Passo 8. Para finalizar a aula incentivar os alunos a fazer uma produção de uma
história em quadrinhos, com personagens da escolha do professor ou do próprio
aluno, expondo ideias de como evitariam um destes ataques ou como
explicariam o funcionamento das bombas, com base em argumentos químicos.
Para ser entregue ou apresentado em forma de cartaz na próxima aula.
RECURSOS
Data show ou smart TV.
Notebook.
Pincéis.
Quadro.
98
LINKS DE APOIO
1. Bomba atômica -
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/bomba-
atomica.htm#:~:text=A%20bomba%20at%C3%B4mica%20%C3%A9%20um,u
ma%20quantidade%20enorme%20de%20energia.
2. Hiroshima e Nagasaki: razões para experimentar a nova arma -
https://www.scielo.br/pdf/ss/v3n4/a10v3n4.pdf
3. Fusão nuclear -
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/fusao-nuclear.htm
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação
e Cultura (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, v. 3, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano: Química. Volume 2. 3ª Edição – São Paulo: Moderna 2003.
SUPER INTERESSANTE. Qual diferença entre a bomba atômica e a hidrogênio. 2011. Disponível em: < https://super.abril.com.br/mundo- estranho/qual-a-diferenca-entre-a-bomba-atomica-e-a-de-hidrogenio/ >. Acesso
em: 03 nov. 2020.
99
SUGESTÃO DE SLIDES
100
101
SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 10
CARBOIDRATOS CAUSAM DIABETES?
Fonte: Guia dieta (2015).
TEMA: DIABETES E O CONSUMO DE CARBOIDRATOS.
DURAÇÃO: 45 minutos.
CONTEÚDO: Funções orgânicas.
OBJETIVOS:
Discutir a relação de Diabetes com o consumo de Carboidratos.
Conscientizar os alunos em relação ao consumo em excesso de
Carboidratos.
102
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de
ciência e tecnologia.
Identificar as informações ou variáveis relevantes em uma situação-
problema e elaborar possíveis estratégias para equacioná-la ou resolvê-
la.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
Hidrocarbonetos.
DESENVOLVIMENTO
Passo 1: Sugestão: montar uma mesa com diversos tipos de alimentos (Ricos
em carboidratos) e questionar o que tem em comum neles e o que acontece
quando a alimentação é rica nesse tipo de alimento. Logo, apresentar aos alunos
o conteúdo e o tema que será trabalhado nesta aula “Funções Orgânicas”,
“Diabetes e o consumo de carboidratos”.
Passo 2. Discutir com os alunos a doença de Diabetes e verificar o número de
pessoas que estão com esta doença atualmente. Questionar os alunos sobre “O
que não se pode comer quando a pessoa tem diabetes?”, “O que é glicose?”, e
“Quais alimentos alteram o nível de glicose no sangue?”. Após as respostas,
mostrar a molécula de amido e as moléculas de glicose. Indagar os alunos se
“Já viram a representação dessa molécula?”, e se “Conhecem algum elemento
que a compõe?”. Após falar sobre a composição da molécula de glicose e sobre
os polissacarídeos; explicar que o amido é um polissacarídeo formado por
junção de moléculas de glicose, e que nela está presente uma função orgânica
(Link de apoio 1, 3 e 4).
103
Passo 3. Discutir as funções orgânicas e questionar “Quais funções orgânicas
compõem a molécula de amido?”; buscar junto aos conhecimentos
compartilhados dos alunos, e mostrar outras moléculas que possuem funções
orgânicas e estão presentes no nosso cotidiano (Link de apoio 1, 2 e 5).
Passo 4. Para finalizar apresentar um estudo de caso “Vamos descobrir a
doença de Maria?” e propor aos alunos que solucionem o caso explicando
quimicamente o que ocorre com o excesso de açúcar no sangue, além de pedir
para que os alunos proponham uma dieta balanceada para Maria, afim de que
diminua os níveis de glicose em seu sangue.
RECURSOS
Canetão ou giz.
Quadro.
LINKS DE APOIO
1. Amido -
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/amido.htm
2. A Química dos alimentos funcionais -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc41_3/03-QS-87-18.pdf
3. Carboidratos: estrutura, propriedades e função -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc29/03-CCD-2907.pdf
4. Diabetes, entenda a Química do açúcar -
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/quimica/diabetes-entenda-a-quimica-do-
acucar.htm
104
5. Carboidratos ou glicídios -
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/carboidratos-ou-glicidios.htm
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação
e Cultura (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, v. 3, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
GUIA DIETA. Tudo sobre carboidratos para quem tem diabetes. 2015. Disponível em: < http://guiadieta.com/tudo-sobre-carboidratos-para-quem-tem- diabetes>. Acesso em 03 nov. 2020.
LISBOA, J. C. F. Ser protagonista: Química, 2° ano: ensino médio. Edições SM, 3ª Edição – São Paulo: Edições SM, 2016.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano:
Química. Volume 2. 3ª Edição – São Paulo: Moderna 2003.
105
APÊNDICE 1: ESTUDO DE CASO
VAMOS DESCOBRIR A DOENÇA DE MARIA?
Ana é uma médica, muito conceituada, e trabalha no Hospital Santa Cruz em
Goiânia – GO. Certo dia estava trabalhando quando o celular toca. Do outro lado
da linha era a sua avó toda preocupada, pois não estaria nada bem:
- Oi Ana! Aqui é Vó Maria! Tudo bem com você?
- Tudo bem vovó. E a senhora como está?
Ana te liguei porque não estou bem, estou sentindo muita fome e sede, minha
visão está turva, e estou sentindo formigamento nos pés.
De imediato Ana disse:
- Vovó, o que a Senhora anda comendo?
- Nada de mais minha neta, o de costume.
- Mas Vó, o que é de costume para a senhora, não é o certo!! A Senhora sabe
os problemas que podem ser causados devido à má alimentação!
- Está praticando exercícios?
- Não estou Ana.
- Vovó, o sedentarismo é prejudicial e com alimentação inadequada é muito
pior.... É importante sabermos quais substâncias, vitaminas e minerais estão
presentes nos alimentos que estamos consumindo, assim podemos nos
alimentar melhor e termos uma vida mais saudável.
- Ah minha neta.... Você sabe que também como coisas saudáveis...
- Mas vovó estes sintomas não são comuns.
- Então Foi por isso que eu resolvi te ligar, pois eu sei que você é uma médica
muito boa e pode me ajudar a descobrir que problema estou tendo e me auxiliar
na alimentação. Então Ana pediu a Vó Maria que fosse urgente para o Hospital,
pois ela sabia que estes sintomas poderiam indicar um problema de saúde mais
grave, mas não sabia o que poderia ser, pois até então sua Vó tinha saúde de
ferro.
Você como médico (a), no lugar de Ana poderia descobrir o que Maria tem? Faça
uma lista de quais alimentos ela pode continuar ingerindo e quais ela deve banir
106
de seu cardápio. Dê uma explicação para Maria do porque ela deve banir os
alimentos sugeridos.
Comentários do estudo de caso: Maria está com diabetes alto, ou seja, com
nível de glicose no sangue alterado. Alimentos que Maria pode e não pode
ingerir disponível no link: https://www.tuasaude.com/alimentos-para-diabeticos/
Maria deve banir os alimentos sugeridos pelo médico, disponível no link:
http://guiadieta.com/tudo-sobre-carboidratos-para-quem-tem-diabetes
107
SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 11
HÁ COMUNICAÇÃO ENTRE AS ABELHAS?
Fonte: Ciência pop (2020).
TEMA: COMUNICAÇÃO DAS ABELHAS.
DURAÇÃO: 45 minutos.
CONTEÚDO: Funções orgânicas.
OBJETIVOS:
Apresentar os compostos liberados pelas abelhas para comunicação
entre elas, os feromônios;
Identificar nos feromônios, em suas moléculas, as diferentes funções
orgânicas.
108
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Reconhecer e utilizar adequadamente, na forma oral e escrita, símbolos
códigos e nomenclatura da linguagem científica.
Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de
ciência e tecnologia.
Identificar as informações ou variáveis relevantes em uma situação-
problema e elaborar possíveis estratégias para equacioná-la ou resolvê-
la.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
Ligações Químicas entre Carbono e Hidrogênio.
DESENVOLVIMENTO
Passo 1. Apresentar aos alunos o conteúdo e os temas que serão trabalhados
nesta aula “funções orgânicas” e “comunicação entre abelhas”.
Passo 2. Dar continuidade a aula problematizando com os alunos se eles
“Sabem como as abelhas se comunicam?”; “Por que as abelhas conseguem
retornar para casa após voarem a lugares distantes em busca do néctar?”, ainda
questionar se conhecem produtores locais de abelhas? Como é feito o processo
de criação/produção do produto? Quanto tempo precisa para que seja possível
a extração e venda? Existe regulamentação? Existe risco de intoxicação?
Quais? E o caso dos méis adulterados? Por que essa prática? O que diferencia
os méis, uns aos outros? Qual a importância econômica do mel? E na saúde? E
na sua cidade como é feito? (Link de apoio 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8).
Passo 3. Discutir que a comunicação destes insetos se dá pela presença dos
feromônios. Explicar o que são feromônios e conceituar. Explicar sobre
feromônios de trilha, e que são os responsáveis pelas abelhas retornarem para
109
sua casa. Explicar que cada feromônio consiste em substâncias orgânicas sendo
diferenciadas pelos grupos funcionais presentes (expor os grupos funcionais no
quadro para os alunos conhecerem). Em seguida, mostrar os vários tipos de
feromônios (trilha, alarme e proteção) destacando os grupos funcionais
presentes (Link de apoio 1 e 2).
Passo 4. Como forma de avaliação da aula: Dividir a turma em dois grupos. De
um lado do quadro colocar vários tipos de grupos funcionais e do outro lado
colocar as moléculas orgânicas (Sugestão: essas moléculas podem ser de
outros insetos, como formigas, porém o professor deve caracterizar e explicitar
de qual inseto é, e qual sua função), e pedir para que os alunos correlacionem
quais os grupos funcionais presentes nas moléculas orgânicas expostas no
quadro (Link de apoio 1).
RECURSOS
Pincéis;
Quadro.
LINKS DE APOIO
1. Os feromônios e o ensino de Química -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/relatos.pdf
2. A comunicação Química entre os insetos -
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/quimsoc.pdf
3. Produção de mel -
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/80709/1/sistemaproducao-
3.PDF
110
4. Mel brasileiro se destaca nos mercados europeu e norte americano -
https://www.em.com.br/app/noticia/agropecuario/2018/01/22/interna_agropecua
rio,932500/mel-brasileiro-se-destaca-nos-mercados-europeu-e-norte-
americano.shtml
5. Produção de mel -
https://www.cerradoeditora.com.br/cerrado/producao-de-mel-atividade-nao-e-
apenas-negocio-de-pequenos-megas-empresas-estao-no-ramo-com-producao-
propria-ou-em-parcerias/
6. Região de picos abriga uma das maiores produção de mel do Brasil -
https://g1.globo.com/pi/piaui/piaui-de-riquezas/noticia/2020/04/29/regiao-de-
picos-abriga-uma-das-maiores-producoes-de-mel-do-brasil.ghtml
7. A importância do controle de qualidade contra a adulteração do mel -
https://apisbrasil.com.br/2020/post/32/a-importancia-do-controle-de-qualidade-
contra-a-adulteracao-do-mel
8. Tipos de mel -
https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/conheca-7-tipos-de-mel-de-
abelha-e-os-seus-beneficios-para-a-nossa-saude_a9304/1
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, v. 3, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
CIÊNCIA POP. Como as abelhas se comunicam: Sinais químicos e dança? 2020. Disponível em: <https://www.cienciapop.com.br/como-as-abelhas-se- comunicam-sinais-quimicos-e-danca/>. Acesso em 03 nov. 2020.
111
FELTRE, R. Fundamentos de Química: vol. 3 único. 4ª.ed. São Paulo: Moderna, 2005.
LISBOA, J. C. F. Ser protagonista: Química, 3° ano: ensino médio. Edições
SM, 3ª Edição – São Paulo: Edições SM, 2016.
.
112
REFERÊNCIAS
ALBRECHT, L. D.; KRÜNGER, V. Metodologia tradicional x Metodologia diferenciada: a opinião de alunos. In: ENCONTRO DE DEBATES SOBRE O
ENSINO DE QUÍMICA, 33., 2013, Rio Grande do Norte. Anais... Rio Grande do Norte: UNIJUÍ, 2013, p. 8.
BRAGA, A. P. M.; VERASSANI, Beatriz F. de A.; JUNIOR, José G. T. Metodologias diferenciadas no Ensino de Química: Concepções de estudantes sobre a sua utilização. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA
E X ENCONTRO DE EDUCAÇÃO QUÍMICA DA BAHIA, 16, 2012, Salvador (BA). Anais... Salvador: ENEQ X EDUQUI, 2012, p.11.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação e Cultura (2002). PCN+, Orientações Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e
suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
NASCIMENTO, I. C. Conteúdos de Química e Contextualização:
articulações realizadas por alunos do Ensino Médio. 2017. 257 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) – Instituto de Física, Instituto de Química, Instituto de Biociências, Faculdade de Educação, Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81132/tde-26052017- 103053/publico/Izabella_Caroline_do_Nascimento.pdf>. Acesso em: 02 fev.
2020.
PEZZINI, C. C.; SZYMANSKI, M. L. S. Falta de desejo de aprender: causas e consequências. Portal Dia a Dia Educação, [Curitiba], 2007. 2 v. Não
paginado. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/853-2.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2020.
113
APÊNDICE
114
Apêndice 1: Sugestões de sites que podem ser explorados pelo professor e
que apresentam vários exercícios contextualizados de Química:
1. Cola da web -
https://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-
quimica
2. Info escola -
https://www.infoescola.com/exercicios/quimica/
3. Beduka -
https://beduka.com/blog/exercicios/quimica-exercicios/exercicios-de-quimica-
organica/
4. Projeto medicina -
https://projetomedicina.com.br/material-de-estudo/configuracao-eletronica/
5. Descomplica –
https://dex.descomplica.com.br/?utm_source=ostra&utm_medium=menu&utm_
campaign=exercicios