plano territorial de desenvolvimento … · 3.2.10 - adaptar o currículo das escolas do campo e...
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PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO DO TERRITÓRIO BAIXO SUL DA BAHIA - PTDSS
BAIXO SUL
BAHIA 2017
GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA
RUI COSTA
SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO ESTADUAL
JOÃO LEÃO
SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO RURAL
JERÔNIMO RODRIGUES
CONSELHO GESTOR DO TERRITÓRIO – CGT
COLEGIADO DO TERRITÓRIO BAIXO SUL DA BAHIA NÚCLEO DIRETIVO TERRITORIAL - ND
ASSESSORES TERRITORIAIS
ANTONIA GERMANA DE JESUS SANTOS (ATGS- NEDET/CNPq/IFBAIANO) AROLDO JOSÉ HORA DE SANTANA (ATIP- NEDET/CNPq/IFBAIANO)
IONÁ MANUELA SANTANA - (ATGE- NEDET/CNPq/IFBAIANO) SÉRGIO RICARDO MATOS ALMEIDA (COORDENADOR DO NEDET/IFBAIANO)
SISTEMATIZAÇÃO
ANTONIA GERMANA DE JESUS SANTOS (ATGS- NEDET/CNPq/IFBAIANO) GERVAL TEÓFILO – BAHIATER/CODETER
COMISSÃO COLABORADORA
AACAF, CEPLAC, SASOP, IDC, UNEB e FASE
FORMATAÇÃO
FOTOS ARQUIVOS DO TERRITÓRIO
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO .........................................................................................................05 2. DIAGNÓSTICO...............................................................................................................07
2.1 Aspectos Históricos da Formação Econômica do Território Baixo Sul
2.2 Contextualização Territorial do Baixo Sul da Bahia
2.3 Características Gerais e Redes Sociais de Cooperação para o
Desenvolvimento Sustentável do Território Baixo Sul
2.4 DIAGRAMA DE VEEN
2.5 Gestão Territorial
3 COMPOSIÇÃO ATUAL DO COLEGIADO TERRITÓRIO BAIXO SUL .........................16
3.1 Composição do Núcleo Diretivo do Território Baixo Sul...................................17
4. ESTRUTURA DA ECONOMIA DO TERRITÓRIO ........................................................21
4.1 Delimitação do território e sua abrangência ....................................................22 4.2 Densidades Demográficas do Território Baixo Sul........................................... 23 4.4 - População e Emprego .................................................................................. 24 4.5- Composição do PIB, sua evolução Histórica e Recente ..................................27
5 MATRIZ DE PLANEJAMENTO DO
PTDSS............................................................32
5.1 Gestão do PTDSS............................................................................................. 38
5.2 Acompanhamento e Monitoramento do Plano Territorial de Desenvolvimento
Sustentável e Solidário............................................................................................38
FONTES ..................................................................................................................39
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ADT – Agente de Desenvolvimento Territorial
AEE – Atendimento Educacional Especializado
AF – Agricultura Familiar
APA – Área de Proteção Ambiental
APT – Arranjo Produtivo Territorial
ASCOOB – Associação das Cooperativas de Apoio a Economia Familiar
ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural
CAR – Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional
CDA – Coordenação de Desenvolvimento Agrário
CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira
CETEP – Centro Territorial de Educação Profissional
CIAPRA – Consórcio Intermunicipal da APA de Pratigi
CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CODETER – Colegiado Territorial de Desenvolvimento Sustentável
CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento
CONDRAF – Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável
CENTRAL – Cooperativa Central da Mata Atlântica do Baixo Sul
CRAM – Centro Regional de Atendimento à Mulher
CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social
DAP – Declaração de Aptidão ao PRONAF
FIEB – Federação das Indústrias do Estado da Bahia
FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente 5 PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
IDH-M – Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios
IDS – Instituto de Desenvolvimento Social
IES – Instituições de Ensino Superior
IFBA – Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia
IFBAIANO – Instituto Federal Baiano
INEMA - Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
MDA – Ministério de Desenvolvimento Agrário
MEC – Ministério de Educação
NEDET – Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial
ONG’s – Organizações Não – Governamentais
ONU – Organizações das Nações Unidas
OPAC – Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade
PAA – Programa de Aquisição de Alimentos
PAT – Plano Tático e Operacional
PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar
PNCF – Programa Nacional de Crédito Fundiário
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PPA-P – Plano Plurianual Participativo
PROINF – Projetos de Infraestrutura
PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
PSF – Programa Saúde da Família
PTDRS – Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável
PTDSS – Plano Territorial de Desenvolvimento Sustentável e Solidário
SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SDR – Secretaria de Desenvolvimento Rural
SDT – Secretaria de Desenvolvimento Territorial
SEAGRI – Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia
SEI – Superintendência de Estatísticas e Informações
SEMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente
SEMAF – Serviço Municipal de Apoio à Agricultura Familiar
SEPLAN – Secretaria Estadual de Planejamento
SETAF – Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar
SISVAN – Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
SUAS – Sistema Único de Assistência Social
SUASA – Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
SUS – Sistema Único de Saúde
TBS– Território do Baixo Sul
UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz
UFRB- Universidade Federal do Recôncavo Baiano
UNEB – Universidade do Estado da Bahia
1. APRESENTAÇÃO
Este documento apresenta a sistematização do trabalho de construção do
desenvolvimento sustentável do Território do Baixo Sul da Bahia, a partir da necessidade
permanente de revisitar e manter em constante construção o Plano de Desenvolvimento
do Território Baixo Sul, revendo suas estratégias, objetivos, metas, diretrizes e
reafirmando os compromissos com o desenvolvimento sustentável da região.
Visa também responder a demanda pautada pelo governo do Estado a partir da
Secretaria do Planejamento – SEPLAN, através da Diretoria de Planejamento Territorial -
DPT, para impulsionar a trajetória desenvolvimentista dos Territórios de identidade da
Bahia a partir de cada um dos territórios e de seus agentes sociais. Possibilitando e
afirmando no momento atual de transição a importância da política territorial para o
planejamento de cada região, já construindo diretrizes e perspectivas para os próximos
anos.
A requalificação do Plano partiu do olhar sistêmico do governo do Estado ao adotar os
territórios como espaço de execução de seus programas e políticas públicas; da
organização das discussões realizadas nos eixos aglutinadores definidos pelo colegiado;
pelos acúmulos da caminhada dos agentes sociais que compõem o colegiado e suas
organizações; do diálogo com as propostas formuladas para cada município que compõe
o território e pelos governos municipal, estadual e federal.
Esta revisão contou com os resultados dos trabalhos acumulados nos eixos temáticos
recentemente substituídos pela nomenclatura (cadeias produtivas) e diferentes atividades
realizadas no território ao longo de sua constituição, foram também consultados os Planos
Diretores Municipais, o Plano Plurianual do Estado 2016 – 2019 da Bahia, o Programa
Territórios da Cidadania, documentos das Conferências de ATER e SAN. Foram também
realizados diversos encontros com a finalidade de requalificar o Plano com a participação
de diferentes setores da sociedade civil e poder público.
Desta forma a ampliação e requalificação do Plano Territorial de Desenvolvimento
Sustentável e Solidário – PTDSS, que se apresenta, pretende rever o que ficou
estabelecido pelo Colegiado do Território Baixo Sul na primeira versão do Plano Territorial
de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS) em 2007 e na segunda versão com a
operacionalização do Programa Territórios de Cidadania, Plano Territorial de
Desenvolvimento Sustentável (PTDS) em 2010. Reafirmando a importância desta
ferramenta para construção coletiva do Desenvolvimento Sustentável do Território Baixo
Sul. Estas publicações devem ser adotadas como referência, para o planejamento de
ações e investimentos que busquem o desenvolvimento sustentável na região, tanto pelo
poder público nos diferentes níveis, como para as diversas organizações e entidades que
tenham ou venham a ter ações no Território Baixo Sul da Bahia. Esse plano é, pois,
processo e produto, e deve refletir as vontades e anseios do território e de seus
segmentos. É a carta de intenções territorial, onde devem caber seus desejos e visão de
futuro. Servirá também como instrumento para sistematizar programas e projetos e
ordená-los de forma que possam ser negociados nas diversas instâncias pelo colegiado,
suas representações sociais e públicas e de parceiros nacionais e internacionais.
Colocado no papel de forma coletiva, caberá ao CODETER e instituições representativas
das diversas instâncias de governança social e pública, urbanas e rurais, desenvolverem
a capacidade de gestão e implementação, com esforço coletivo de tirá-lo do papel, para
concretizar suas propostas, através de programas e projetos para curto, médio e longo
prazo, visando o desenvolvimento sustentável e integrado do Território Baixo Sul.
2- Diagnóstico
- Aspectos Históricos da Formação Econômica do Território Baixo Sul
Historicamente, a região do Baixo Sul caracterizou-se como área pioneira no processo de
ocupação do Brasil, iniciado no século XVI. Os primeiros 50 anos de colonização
correspondem ao início da transformação da mata em áreas agriculturáveis nas ilhas de
Cairu, e nos principais pontos de penetração continental, ciclo que foi interrompido na
parte continental pela hostilidade dos índios Aimorés. Neste momento aumentaram as
pressões sobre as áreas naturais das próprias ilhas, visto que a região já na época foi
considerada como estratégica para o fornecimento de farinha de mandioca para Salvador
e Recôncavo.
Após a considerada “pacificação” dos índios, a frente agrícola voltou com toda a força
para as áreas continentais e suas terras mais férteis. Nessa época, Camamu foi
considerado o maior porto de farinha da Colônia. Este ciclo só se interrompeu nos
meados do século XX, a partir da decadência do sistema de transporte hidroviário e a
ascensão do transporte por rodovias, que abriu novas frentes de abastecimento, para a
Região Metropolitana de Salvador em formação inicial.
O Baixo Sul caracterizou-se como área pioneira no processo de ocupação da região, pois
as principais vias de penetração para o interior tiveram como ponto de origem os
municípios de Cairu e Valença. Após os ciclos econômicos extrativistas do pau-brasil e
exploração da cana-de-açúcar, Valença se constituiu em um núcleo de desenvolvimento
regional que viria a se fortalecer a partir da segunda metade do Século XIX. No Século
XVI, mais precisamente em 1534, os Tabuleiros Costeiros de Valença – compreendendo
a sub-região de Jaguaripe até Ilhéus, da qual faz parte o Baixo Sul, habitados então pelos
índios tupiniquins – passam a pertencer à Capitania de São Jorge dos Ilhéus.
Aspectos Ambientais
A incorporação da variável ambiental como uma nova referência para o desenvolvimento
regional modifica as bases de articulação da economia integrada ao meio ambiente, as
quais passam a se referenciar na conservação e no uso racional dos recursos naturais e
dos ecossistemas, relevantes pela sua biodiversidade em termos de flora e fauna. Essa
preocupação materializa-se nas Áreas de Proteção Ambiental (APA’s) e Reservas .
Patrimônio histórico e cultural
Aliado ao patrimônio natural, a região dispõe de patrimônio arquitetônico e cultural com
valor histórico para o Brasil, constando de casarões, igrejas, conventos e fortalezas.
Por suas riquezas culturais e históricas, o Baixo Sul se transformou em um relevante
destino do ecoturismo da Bahia, reunindo pontos conhecidos em âmbito nacional e
internacional, como Morro de São Paulo, Boipeba, praia do Pratigi e Barra Grande.
Contrapondo-se à exuberância natural, à riqueza histórica, ao valioso patrimônio cultural e
à larga potencialidade econômica, existe a pobreza da população no litoral e interior do
território de identidade.
Figura 1- Igreja da Matriz
No Baixo Sul, as riquezas naturais e o potencial agrícola convivem com a pobreza da
população e o analfabetismo, que limitam seu desenvolvimento econômico e social. Uma
breve análise das condições sócio-educacional, tanto na área rural como nos locais de
crescimento das atividades turísticas, evidenciam a importância de se criar mentalidade
racional e coletiva da necessidade de uso e conservação dos recursos naturais. Segundo
o CENSO 2010 do IBGE da população do Território Baixo Sul.
Atividades rurais
As atividades rurais são bastante significativas no território. A base da economia do
Baixo Sul provém de atividades ligadas à agricultura com perfil diversificado, enquanto
nas regiões litorâneas, destacam-se as atividades da pesca e do turismo.
Aspectos climáticos
De maneira generalizada, o Baixo Sul da Bahia caracteriza-se por clima tropical úmido
com elevadas temperaturas, variando em torno de 21°C a 25°C. As chuvas são bem
distribuídas ao longo do ano, a pluviosidade apresenta médias anuais de 1.750mm.
Morfologia
Apresenta grande variedade de solos, com predominância dos Latossolos Podzólicos
que possui baixa fertilidade natural. O domínio de Mata Atlântica é caracterizado por
relevo movimentado.
Nessa região, a Mata Atlântica foi bastante devastada devido principalmente à exploração
madeireira, extrativismo, área de cultivo, construção naval e civil. A expansão das
fronteiras agrícolas da seringueira, cravo da índia, pimenta-do-reino, guaraná e dendê
contribuíram para acelerar o desmatamento.
Figura 2 - Praça da Independência
Recursos Hídricos
O Baixo Sul é uma área extremamente rica em recursos hídricos. Conta com um conjunto
de corpos d’água em condições variáveis de navegabilidade, expressivos complexos de
mangues e quedas d’água de grande poder de atração turística, o que se traduz em
valorosos recursos ambientais com potencial econômico, sobretudo para exploração das
populações ribeirinhas.
A análise da demanda por recursos hídricos no Baixo Sul indica que os principais usos,
por ordem de importância, são: abastecimento urbano e rural; irrigação e dessedentação
de animais; lazer e turismo na faixa litorânea; navegação na foz dos rios; abastecimento
industrial; aquicultura e utilização de mananciais como corpos receptores.
Potencial agrícola
O dendê, fruto de uma palmeira originada na costa ocidental africana, é, encontrado
atualmente, na Malásia, Indonésia e no Brasil. Seus derivados podem ser utilizados na
produção alimentícia, cosmética e energética, evidenciando um grande potencial
econômico a ser explorado. Apesar de a região apresentar condições favoráveis à
produção do dendê, ainda possui produtividade média anual relativamente baixa.
Segundo a Secretaria de Agricultura – SEAGRI, o surgimento do guaraná nas imediações
do Baixo Sul da Bahia iniciou-se por conta de um agricultor japonês que migrou para
Bahia e passou a residir na região, em meados nos anos 1970.
O guaraná, que por muitos anos esteve associado a região Amazônica, referência na
produção desta fruta, tem hoje o Município de Taperoá, como o maior produtor do Brasil,
com grande volume de exportação.
Taperoá possui 1.700 hectares de área plantada, produção anual de aproximadamente
800 toneladas e produtividade de 430 quilos de grãos por hectare. O cultivo do guaraná é
de grande importância sócio-econômica para o município, já que assegura a renda
familiar dos agricultores familiares da região e se configura como fonte de renda de 40%
da população local.
A cadeia produtiva do guaraná no Baixo Sul está bem organizada. O produto está inserido
na Câmara Setorial junto à SEAGRI, contando com cerca de 20 instituições dedicadas à
plantio do guaraná, dentre elas a Associação dos Pequenos Produtores do Projeto Onça
e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Agricultores de Taperoá.
Destaca-se também as cadeias produtivas de fruticultura que lidera x% da produção no
território com foco para fruticultura (graviola, cupuaçu, maracujá, cajá, abacaxi, rambutam
este ultimo é exportado para outros estados (São Paulo e Rio de Janeiro),
A cadeia do cacau lidera no território, além da piaçava, cravo, guaraná, dendê, urucum
são especiarias exclusivas na região.
Contextualização Territorial do Baixo Sul da Bahia
A superação do desigual desenvolvimento social tornou-se demanda estratégica entre
as regiões do país, o que levou o Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, em
2003, a planejar o desenvolvimento rural dos estados brasileiros a partir da
territorialização das regiões com características culturais, sociais, econômicas, agrícolas
entre outras, mas principalmente, levando em consideração o sentimento de pertença ao
local, a identidade territorial. No Baixo Sul, a partir do conhecimento de como seria
trabalhar em redes de organizações no mesmo espaço geográfico, os representantes de
vários Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais através da criação da
Agência de Assessoria e Comercialização da Agricultura Familiar – (AACAF), a qual
tornou-se a entidade animadora do Território por vários anos. ONGs, prefeituras,
entidades de ATER dos governos Federal e Estadual, fomentaram na região a criação
do Colegiado do Território Baixo Sul no ano de 2003, com a participação de 50 atores
sociais de diferentes setores ligados a agricultura familiar do território, bem como
entidades da Sociedade Civil de Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER e órgãos
de ATER do poder público dos governos federal e estadual (CEPLAC e EBDA).
Inicialmente o MDA definiu que o Baixo Sul seria o Território Litoral Sul a partir do
mapa da divisão dos Territórios por ser próximos e com características similares. Sendo
questionado pelos representantes do Baixo Sul, fundamentando-se nas significativas
diferenças históricas, culturais, sociais, econômicas, ambientais e do modelo agrícola de
cada região.
Diante desse contexto após a realização da I oficina no município de Itabuna, em
setembro de 2003, ficou decidido que o território Baixo Sul se desvincularia do Sul
reordenando-se à proposta da Secretaria de Desenvolvimento Territorial - SDT. Contudo
os recursos de apoio a mobilização dos territórios foram distribuídos entre os dois, ficando
o Baixo Sul classificado ainda como sub-território para aquele ano, porém com total
autonomia para realizar suas atividades.
Em 2004, já como território de homologado ocorreu à primeira oficina do Território
Baixo Sul no município de Valença, que contou com a participação de várias entidades do
poder público e da sociedade Civil. Nessa oficina foi criado o Grupo Gestor Territorial –
GGT, para coordenar e decidir sobre as questões territoriais e o Núcleo Executivo - NE
com o papel de executar e encaminhar as discussões e propostas elaboradas pelo Grupo
Gestor do Território. Foi escolhida uma entidade como referência animadora sendo eleita
na época a Agência de Assessoria de Comercialização da Agricultura Familiar - AACAF.
Para a formação do Grupo Gestor, foram indicadas, a princípio, cerca de 40 entidades
e para o Núcleo Executivo 13 nos dois espaços foi garantida a presença da Sociedade
Civil e do Poder Público.
Assim sendo, o Território do Baixo Sul obteve sua independência e ficou entre os seis
primeiros territórios homologados no Estado da Bahia, com o encaminhamento de
projetos específicos para atender suas principais demandas principalmente na área da
agricultura familiar.
O MDA disponibilizou para os territórios homologados investimentos em projetos de
infraestrutura através do PROINF-. O colegiado definiu como demanda prioritária a
verticalização da produção agrícola territorial, especificamente na cadeia produtiva do
guaraná. Inicialmente foi encaminhado o projeto de construção de uma fábrica para o
beneficiamento do guaraná, sediada no município de Nilo Peçanha, com o objetivo de
atender os agricultores com produção de guaraná do território, gerida pelos próprios
agricultores familiares através de suas organizações
Figura 3 - Visita técnica e operacional na sede da Agroindústria de Guaraná. Guaraná em grão e em pó
Atualmente a agroindústria de guaraná encontra-se inativa por várias razões, no entanto
conta com o apoio do governo do estado e de universidades no projeto de readequação
que já está sendo implantado. Foi fundada a Cooperativa central gestora dos
empreendimentos do território, que representará os agricultores familiares e suas
organizações. O território conta com a parceria da UESC, com um grupo de
pesquisadores para atender o beneficiamento, armazenamento e padronização do
guaraná da Bahia.
Nos últimos anos o território Baixo Sul, tem executado várias políticas e programas dos
governos federal e estadual principalmente do governo do estado através de editais de
investimentos e custeios, porém nenhum voltado para atender a principal demanda
agrícola priorizada pelo colegiado desde 2003.
Características Gerais e Redes Sociais de Cooperação para o Desenvolvimento
Sustentável do Território Baixo Sul
O território possui rede de cooperação bastante ampla, entretanto o comprometimento
com a execução de ações territoriais tem se restringido a poucas instituições, sendo as
mais atuantes ligadas a agricultura familiar e a organização social.
Nos momentos de construção do escopo do planejamento e da avaliação do colegiado
territorial foram utilizadas diferentes ferramentas, como “diagrama de venn”, técnica para
mobilizar, mapear e avaliar a participação e proximidade das entidades na articulação
territorial. Durante as atividades com articuladores, dirigentes e entidades do colegiado,
foi possível notar certa mobilidade no grau de atuação e interação das entidades com o
território e mobilizar o ingresso de outras a partir do seu pertencimento e missão
organizacional.
Diante do evento de criação do CEDETER e do CODETER (Lei 13.214 de 11/12/2014 -
Institui a Política Territorial, e de suas instâncias interorganizacionais, se faz necessário
apresentar seu histórico e seu avanço a partir da participação e atuação das entidades
que contribuíram no processo de construção da política territorial no Baixo Sul, no início
com poucas organizações como mostra o diagrama construído com a participação de 34
entidades dos municípios do território em 2004.
DIAGRAMA DE VEEN
Oficina realizada em novembro de 2004, em Valença-Ba.
Em 2010,conforme o diagrama aumentou a procura de entidades interessadas em
construir e elaborar a matriz tecnológica de apoio ao desenvolvimento territorial. O
CODETER passou a contar paritariamente com representantes de 116 entidades da
sociedade civil e do poder público.
Gestão Territorial
Na comparação entre os diagramas de Veen, podemos perceber maior participação
das entidades do território, sobretudo no que se refere ao poder público, especificamente
governo federal e estadual por meios de projetos e programas.
Apesar do expressivo número de organizações na região, atualmente o CODETER é
composto por 120 entidades, porém ainda é incipiente o envolvimento de algumas nos
destinos comunitários mais gerais de âmbito territorial. Muitos desses movimentos se
restringem à defesa dos espaços e interesses locais, ao desenvolvimento de ações
CEPLA
C
CAIXA
B.Brasi
l
Território
STTR
s AACAF
SASOP
EBDA
Governo
Federal –
MDA/SDT
COOPGEA
F
Prefeitura
s
BNB
Associações Bahia
Pesca Câmaras de
Vereadores COOSIBASU
L
C.Pescadore
s
UNEB
COOPATA
N
COOFAV
AAAAA
Governo
Estadual -
SEPLAN
CAAF
P.ONÇA CCES AMUBS C.Quilombola
s
Universidade
s privadas UFRB
INST.BIOFABRICA
SEBRAE
CIAPRA
CA
R DIREC
EMBRAPA
DIRES
IFBA
IBGE
IBAMA
INCRA
CDL
s IDES
Igrejas
UNEB
CAAF
ABPAGI
CCMA
SETRE/CESOL
específicas e à implantação de serviços e infraestrutura básica, a exemplo das
Associações de Pequenos Agricultores e Colônias de Pescadores.
Plenária Territorial do PPA/2015 do Governo do Estado
É significativa a ação de movimentos sociais organizados nos diferentes segmentos.
As ONGs, OSCIPs, Entidades Filantrópicas e Sindicatos de Trabalhadores e
Trabalhadoras Rurais. Outro fator significante é o número de comunidades quilombolas
no Território, algumas já certificadas e outras em processo de regularização, que vem
sendo representadas pelo Conselho Inter-territorial de Quilombolas. De fato, inúmeras
organizações estão presentes na região, principalmente diante da intensa dinâmica
social de lutas pela terra e outras bandeiras.
Destaca-se também o trabalho de segmentos ligados a grupos religiosos, a exemplo da
contribuição da Igreja “católica” através de suas várias pastorais. Resgatando o processo
histórico do processo de formação das organizações (sindicatos rurais e conquista de
terras). Desde 1990, o Baixo Sul sofreu influências externas para sua mobilização em três
grandes momentos:
1º momento - Inicialmente a região dominada por um modelo político perverso, fez das
associações um trampolim político que serviam apenas para a captação de recursos junto
a Legião Brasileira de Assistência (LBA), e outras entidades congêneres, as pessoas
eram levadas a associar-se para ter o direito ao benefício geralmente alimentação,
cobertores, colchões e filtros sem ao menos acontecer reuniões ou qualquer nível de
informação sobre o processo associativo.
2º momento – a partir de 1994 as associações passaram a ser fomentadas em larga
escala pela Coordenação de Ação Regional – CAR. Como entidade capaz de captar
recursos junto ao Banco Mundial através do projeto PRODUZIR/FUMAC/PAC, propiciou
empoderamento artificial dos presidentes de associações de agricultores familiares, mais
uma vez sem prestigiar o crescimento do processo de organização de empreendimentos
coletivos.
3º momento - recentemente a partir do ano de 2006 uma nova investida agora dos
Bancos Oficiais criando associações com o intuito de oferecer crédito através do
PRONAF/FNDE é considerada como a mais desastrosa investida, pois, além de não
promover a educação associativa ainda levaram ao endividamento amplo dos produtores
locais. Cruzando todos esses fatores houve o favorecimento a instalação de uma série de
vícios no processo associativo e cooperativo da região. O que vem sendo trabalhado com
maior zelo pelas entidades afins, principalmente da sociedade civil. Esta situação merece
atenção da Agenda Territorial (AG-TER – Instituída pelo Decreto 16.792 de 17/06/2016)
para buscar soluções viáveis e devolver a capacidade de crescimento econômico
sustentável desses produtores.
.
Nos últimos anos podemos destacar o empoderamento das entidades e do apoio
governamental principalmente do governo do estado em prol do fortalecimento do arranjo
institucional territorial com participação popular através de processos construtivos e
deliberativos, sendo o CODETER o instrumento de controle social e a AG-TER o
instrumento de apoio à gestão econômica dos empreendimentos, individuais e coletivos.
.
Conferência de SAN, realizada no Auditório do IF Baiano Conferência Territorial de ATER - Valença.
COMPOSIÇÃO do Colegiado Territorial de Desenvolvimento Sustentável – CODETER do BAIXO SUL (Ano base 2016)
PODER PÚBLICO SOCIEDADE CIVIL
Câmara Municipal de Vereadores de
Aratuípe
ASDECE
Câmara Municipal de Vereadores de
Ibirapitanga
Projeto Onça
Câmara Municipal de Vereadores de P.T
Neves
Associação Quilombola Boitaraca
Câmara Municipal de Vereadores de W.
Guimarães
AGROVIDA
Câmara Municipal de Vereadores de
Cairu
Colônia de Pescadores de Cairu
Câmara Municipal de Vereadores de
Camamu
COOAIBASUL
Câmara Municipal de Vereadores de
Gandu
AACAF
Câmara Municipal de Vereadores de
Igrapiuna
COOPATAN
Câmara Municipal de Vereadores de
Ituberá
Federação das Associações
Trabalhadores Rurais
Câmara Municipal de Vereadores de
Jaguaripe
APLB
SETRE Colônia de Pescadores de Taperoá
Câmara Municipal de Vereadores de Nilo
Peçanha
Comunidade Quilombola de Boitaraca,
Lamego, Ingazeira.
Câmara Municipal de Vereadores de Pirai
do Norte
ADESCAF
Câmara Municipal de Vereadores de
Taperoá
Instituto Jovem de Valença
Câmara Municipal de Vereadores de
Teolândia
UNISOL
Câmara Municipal de Vereadores de
Valença
AAFEBS
Prefeitura de Aratuípe IDES
Prefeitura de Cairu ABPAGI
.Prefeitura de Camamu FAZAG
.Prefeitura de Gandu COOPROCAM
Prefeitura de Ibirapitanga FACE Ativa
Prefeitura de Igrapiuna Água Boa
Prefeitura de Ituberá CDL Valença
Prefeitura de Jaguaripe COOPGEAF
IDC
Prefeitura de Nilo Peçanha FASE
Prefeitura de P. T Neves Central Mata Atlântica
Prefeitura de Pirai do Norte SINDPESCA
Prefeitura de Taperoá Sindicato Rural de Cairu
Prefeitura de Teolândia COOFAVA
Prefeitura de Valença Colônia de Pescadores de Camamu
Prefeitura de W. Guimarães MST
SEBRAE Central das Associações de Agricultura
Familiar de Valença
Secretaria Estadual do Meio Ambiente Conselho Quilombola Inter-territorial
SECULT SASOP
SUAF Sindicato de T. Rurais Camamu
IFBAIANO Sindicato de T. Rurais Ituberá
UNEB Sindicato de T. Rurais Nilo Peçanha
ADAB Sindicato de T. Rurais Taperoá
CIAPRA Sindicato de T. Rurais Valença
BAHIA PESCA Sindicato de T. Rurais Tancredo Neves
Secretaria de Segurança Pública Sindicato de T. Rurais Valença
BB Sindicato de T. Rurais W. Guimaraes
BNB Sindicato de T. Rurais Gandu
CAIXA Sindicato de T. Rurais Teolândia
CAR Sindicato de T. Rurais Jaguaripe
CEPLAC Sindicato de T. Rurais Aratuipe
UESC Sindicato de T. Rurais Igrapiúna
DIREC Sindicato de T. Rurais Cairu
DIRES ASCOOB Costa do Dendê
BAHIATER Conselho da APA Caminho da Boa
Esperança
DETRAN FEAMTA
EMBRAPA Central das Associações de Tancredo
Neves
IBAMA Associação Quilombola do Lamego
IBGE Colônia de Pescadores de Nilo Peçanha
IFBA CDL Gandu
INCRA Associação da Boa Esperança
INSTITUTO BIOFABRICA ABPESCA
3.1 COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO DIRETIVO DO TERRITÓRIO BAIXO SUL
PODER PÚBLICO SOCIEDADE CIVIL
CEPLAC AACAF
BAHIATER – Coordenação SASOP
CIAPRA ABPAGI
Prefeitura de Teolândia Sindicato dos Trabalhadores da
Agricultura Familiar de Presidente
Tancredo Neves
Secretária do Trabalho, Emprego, Renda
e Esporte- SETRE/ CESOL
FASE – Sub- Coordenação.
CRAM de Valença Central Mata Atlântica
UNEB CAAF
IFBaiano CICOQ
CAR IDC
A gestão do CODETER é feita pelo Núcleo Diretivo e pela coordenação territorial com
titular e suplente da sociedade civil e poder público, além de contar
No campo da gestão dos empreendimentos coletivos principalmente da agroindústria
de Guaraná, foi criada a Cooperativa Central de Gestão dos Empreendimentos da
Agricultura Familiar do Território Baixo Sul (Cooperativa Central Mata Atlântica), com o
objetivo de: gerir e administrar os empreendimentos coletivos da Agricultura Familiar
fomentados pelo Território, garantindo a plena representação de suas singulares. A
mesma faz parte da rede de comercialização do Comercio Justo e Economia Solidária do
Estado da Bahia. Existem outras culturas, importantes para o desenvolvimento do
território, porém enfatizar a cadeia do guaraná é a prioridade do CODETER desde o inicio
das discussões territoriais paralelo com outras cadeias produtivas pautadas pelas
entidades que trabalham com o público da agricultura familiar.
Participantes da I Plenária de Requalificação do PTDS
A gestão do Território, também é realizada pelas entidades que compõem o CODETER, a
partir dos eixos estratégicos definidos no PTDS em 2010 e das cadeias produtivas
(cacau, dendê, frutíferas, mandioca, guaraná, urucum, banana, piaçava, cravo, pimenta
do reino, palmito, seringueira, piaçava, pesca, aquicultura e apicultura). O território, do
mesmo modo, é organizado pelas Câmaras Temáticas de Guaraná, ATER, Pesca e
Aquicultura, do Cacau, Dendê, Organização Sustentável da Produção, Mulheres,
O TEXTO É TENDENCIOSO PARA O
TEMA DO GUARANÁ. O TI É RICO
EM OUTRAS POTENCIALIDADES
POUCO CITADAS NESTE PTDS.
Quilombolas. Além do mais, outros temas são discutidos como, o meio ambiente,
educação, saúde, entre outros eixos relevantes para o desenvolvimento do território.
Os grandes projetos de investimentos e custeios são acompanhados pelo ND e pelos
órgãos responsáveis, com alinhamento constante do andamento e dos possíveis ajustes
nas reuniões ordinárias do CODETER.
II Plenária Territorial de Requalificação do PTDSS com a participação da SEPLAN
4. ESTRUTURA DA ECONOMIA DO TERRITORIO Delimitação do território e sua abrangência O extenso território baiano (567.295 Km²) está dividido em 27 territórios de identidade. O
Governo da Bahia reconheceu estas unidades territoriais por entender que o
desenvolvimento equilibrado e sustentável entre as regiões depende de identificar
prioridades temáticas a partir da realidade local.
O Território Baixo Sul da Bahia, segundo fonte do PNUD – Programa de Desenvolvimento
das Nações Unidas, são cerca de 350 mil pessoas vivendo na região, o Índice de
Desenvolvimento Humano – IDH, é 0,63%, apesar do potencial econômico este dado é
considerado relativamente baixo. As atividades rurais são bastante significativas e
organizadas por associações, ONGs, cooperativas de produção e de crédito, sindicatos
rurais, patronais e por secretarias municipais de agricultura. A base da economia provém
de atividades ligadas à agricultura diversificada, enquanto nas regiões litorâneas,
destaca-se a pesca e o turismo.
O Território é constituído por cinco Áreas de Proteção Ambiental (APA): Guaibim,
Caminhos Ecológicos da Boa Esperança, Tinharé / Boipeba, Pratigi e Camamu.
Sendo que, os municípios de Valença, Camamu, Jaguaripe e Wenceslau Guimarães
despontam como os maiores municípios em extensão territorial.
No que se refere às dimensões representativas, o território no setor educacional é
representado pelas instituições de ensino técnico, médio e superior - Institutos Federais e
entidades de ensino tecnológico Estadual, Universidades Públicas e Privadas; . No setor
de economia existem empresas privadas de pequeno e médio porte de industrialização de
produtos da região (azeite de dendê, guaraná, frutas, palmito, chocolate artesanal, doces,
piaçava, pupunha), na parte de organização coletiva direcionada ao desenvolvimento
agrícola e econômico solidário é representado pelas Centrais das Cooperativas de
produção e de crédito, pelos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais,
ONGs (Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Federações e Centrais de
Associações de Produtores Rurais e Marisqueiras, Colônia de Pescadores, entre outras
organizações). Também por Sindicatos Patronais, Agentes Comunitários de Saúde,
Professores (APLB), OAB, Empresas (CDL), Conselhos Municipais de Desenvolvimento
Sustentável, de Saúde, Educação, Assistência Social, Tutelar, Ambiental, Quilombola,
entre outros.
As prefeituras em sua maioria são representadas pelo Consórcio Intermunicipal da APA
do Pratigi- CIAPRA.Também possui representações de instituições financeiras,
(cooperativa de Crédito ASCOOB, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco do
Nordeste, Itaú e Bradesco), rádios AM/FM, jornais municipais e regional, blogs, farmácias
populares, SAC, órgãos do poder público Estadual e Federal, comarcas, fóruns judiciais e
cartórios de registros civis.
Segundo a Secretaria de Planejamento da Bahia - SEPLAN, “território é conceituado
como um espaço físico, geograficamente definido geralmente contínuo, caracterizado por
critérios multidimensionais, tais como o ambiente, a economia, a sociedade, a cultura, a
política e as instituições, e uma população com grupos sociais relativamente distintos, que
se relacionam interna e externamente por meio de processos específicos, onde se pode
distinguir um ou mais elementos que indicam identidade, coesão social, cultural e
territorial”.
Densidade Demográfica do Território Baixo Sul
Ibirapitanga incluida no mapa acima
Mapa do Território Baixo Sul
O Território Baixo Sul é composto por 15 municípios (Aratuípe, Jaguaripe, Cairú, Valença,
Taperoá, Nilo Peçanha, Ituberá, Igrapiuna, Camamu, Piraí do Norte, Ibirapitanga, Gandu,
Teolândia, Wenceslau Guimarães e Presidente Tancredo Neves), localizados no leste do
estado da Bahia (número 06 no mapa dos Territórios da Bahia). A extensão territorial,
ocupa uma área de 8.141,86 Km², correspondendo a 1,44% do total do Estado da Bahia,
e abriga 2,56% da população baiana. A densidade demográfica situa-se em torno de 44
hab./Km², ultrapassando a referência do Estado da Bahia, de 24 hab./Km.
População e Emprego Existe no Baixo Sul um equilíbrio entre a população urbana (52%) e a rural (48%). A
urbanização se acentuou nas últimas décadas, uma vez que em 1980 a população
urbana representava apenas 33% da população.
A população do território, considerando o gênero, representa 2,66% da população de
homens, comparada com a população do Estado, e 2,50% da população de mulheres.
Os municípios de Valença, Camamu e Gandu são os de maior população, representando
juntos, 42% da população total do território.
Formatado: Fonte: (Padrão) Arial
O índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) é uma adaptação do índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) para municípios realizados pelo PNUD – Programa de
Desenvolvimento das Nações Unidas, Fundação João Pinheiro – FJP, Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA e IBGE. O IDH-M leva em consideração três
dimensões básicas para o desenvolvimento humano: renda, educação e longevidade.
Mesmo tendo evoluído em todos os itens que compõem os cálculos do Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) nos últimos 20 anos, a maioria dos 15
municípios que compõem o Território de Identidade do Baixo Sul não conseguem
acompanhar o índice médio do Estado da Bahia, que é de 0,66.
Veja abaixo tabela indicativa desses indicadores.
Composição do PIB, sua evolução Histórica e Recente
Formatado: Fonte: (Padrão) Arial
A economia baiana apresentou um baixo desempenho, registrando um aumento no PIB
de 4,92% de 2012 sobre 2011, enquanto o do Território do Baixo sul cresceu 26,30% no
mesmo período. Nesse contexto, vale à pena ressaltar que a atividade econômica do
Baixo Sul voltou-se, no período considerado, basicamente para a agropecuária, ainda que
diversificada, apresentando desempenho muito tímido na indústria. O Baixo Sul não atraiu
grandes capitais destinados à atividade industrial, fortemente intensiva em tecnologia
moderna, indutores de crescimentos mais acentuados em varias áreas econômicas.
Com base em dados do ano de 2013, o PIB do Território Baixo Sul somou
R$6.461.279.000, que representa 3,85% do PIB do estado, que atingiu a
R$167.727.375.000, um aumento de 411% em relação a 2002, enquanto o PIB do
Estado, no mesmo período, aumento 276%. Mesmo considerando essas condicionantes,
nos últimos 10 anos, o Território do Baixo Sul aumentou a sua participação no PIB do
estado, passando de 2,10% para 3,85%.
Abaixo tabela indicativa da evolução do PIB comparativo entre o Baixo Sul, a Bahia e o
Brasil, onde se observa que em vários anos, a evolução do PIB do território teve
percentualmente, aumento maior do que o aumento do PIB do Estado da Bahia.
Matriz de Planejamento do PTDSS
Eixo - Desenvolvimento Econômico e Ambiental com
Inclusão Socioprodutiva
Objetivo 1- Assegurar o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Território do Baixo Sul, o fortalecimento da agricultura familiar e a agroecologia, com ampliação da renda, da produção e da disponibilidade e acesso a alimentos saudáveis.
Estratégia 1.1- Universalizar o acesso à DAP, garantindo agilidade na emissão, reconhecendo a diversidade e a multifuncionalidade da agricultura familiar, como instrumento de acesso a direitos e a políticas públicas.
Metas de curto prazo
1.1.1.- Firmar a DAP como cadastro da AF possibilitando o acesso a todas as políticas públicas.
1.1.2.- Qualificar e rever os critérios da DAP, garantindo que na emissão da DAP Familiar haja identificação do registro para cada membro da família de forma individual.
1.1.3.- Simplificar o processo de credenciamento de entidades emissoras, a emissão da DAP.
Estratégia 1.2. Desenvolver ações de apoio à inclusão produtiva e à estruturação de sistema sustentável, justo e equitativo de produção, tendo como referência a agroecologia como matriz tecnológica.
Metas de curto prazo
1.2.1. Implantar projetos de infraestrutura de apoio à produção e à comercialização da agricultura familiar.
1.2.2. Apoiar projetos destinados à agroindustrialização, à comercialização e a atividades de economia solidárias.
1.2.3. Estruturar Agroindústrias familiares, com condições favoráveis para o funcionamento, adequando a legislação tributária, fiscal, sanitária, ambiental e previdenciária, em nível municipal, estadual e federal.
Estratégia 1.3- Apoiar o desenvolvimento e a implementação de tecnologias sociais adequadas ao sistema de produção agroecológica e à convivência com o bioma mata Atlântica.
1.3.1. - Ampliar o número de unidades de produção familiar adotando sistemas orgânicos de produção com certificação.
1.3.2. - Disponibilizar tecnologias apropriadas aos sistemas orgânicos de produção para os produtores rurais através da ATER.
1.3.3. – Realizar oficinas em todo Território Baixo Sul para fortalecer a Rede Temática de Agroecologia.
Estratégia 1.4- Apoiar e fomentar a transição do modelo convencional para a agroecologia.
1.4.1. - Atender agricultores/ familiares, povos indígenas e povos e comunidades tradicionais fomentando as atividades produtivas diversificadas, especialmente de alimentos, a partir de conceitos agroecológicos, respeitando as características culturais.
1.4.2. - Atender agricultores familiares, povos indígenas e povos e comunidades tradicionais em situação de vulnerabilidade social, fomentando atividades produtivas diversificadas, especialmente de alimentos, a partir de conceitos agroecológicos, respeitando as características culturais.
1.4.3. - Elaborar um manual técnico sobre transição agroecológica.
Estratégia 1.5- Universalizar os serviços de ATER de forma gratuita e continuada, tendo como referência a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER).
Metas de curto prazo
1.5.1. - Prestar serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) qualificada e continuada para 36 mil famílias de agricultores familiares, assentados/as da reforma agrária, extrativistas, povos e comunidades tradicionais, garantindo pleno atendimento.
1.5.2. – Contratar através de editais, serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) 50% mil agricultores familiares para acessar o crédito.
1.5.3. - Contratação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para o atendimento 25% mil a famílias de agricultores familiares, assentados/as, povos e comunidades tradicionais, no desenvolvimento de processos de produção de base ecológica e acesso a mercados agroecológicos e orgânicos, incorporando estratégias de fortalecimento de ações em rede.
1.5.4. - Promover ações de capacitação com vistas a assegurar assistência técnica de acordo com a demanda e as especificidades das mulheres trabalhadoras rurais.
1.5.5. - Promover Assistência Técnica e Extensão Rural agroecológica com base na inclusão e fortalecimento produtivo para jovens rurais.
Estratégia 1.6- Ampliar a participação dos produtos da agricultura familiar, da reforma agrária e dos povos e comunidades tradicionais no abastecimento dos mercados, especialmente os institucionais.
Metas de curto prazo
1.6.1 –Ampliar o número de agricultores familiares participantes do Programa de Aquisição de Alimentos sendo, no mínimo, 45% dos agricultores participantes enquadrados como público do Plano Brasil Sem Miséria.
1.6.2 -Implantar compra mínima de 30% do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) diretamente da agricultura familiar em 100% do território Baixo Sul.
1.6.3 –Ampliar a participação das organizações no PAA, PNAE no Território Baixo Sul.
1.6.4 -Ampliar a participação dos produtos orgânicos e de base agroecológica nos mercados institucionais e diferenciados.
1.6.5 –Ampliar a compra de alimentos agroecológicos e oriundos das cadeias da sociobiodiversidade, de modo a beneficiar agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e povos indígenas.
Eixo - Estrutura Fundiária e Acesso à Terra
Objetivo 2- Promover a reestruturação agrária acesso à terra do Território Baixo Sul como forma de garantir e assegurar a posse da terra para Agricultura Familiar.
Estratégia 2.1- Buscar parcerias junto aos entes públicos para medir
as terras e titular as propriedades da Agricultura Familiar do
Território Baixo Sul.
Metas de curto prazo
2.1.1 - Levantar junto aos órgãos responsáveis todos os dados possíveis
acerca da situação fundiária dos municípios do Baixo Sul.
2.1.2 - Propor e acompanhar a aplicação mais efetiva de ferramentas de
reestruturação agrária tais como: formação de resex, arrecadação de
terras, desapropriação e crédito fundiário.
2.1.3 – Fazer a demarcação das áreas remanescentes de quilombolas e
indígenas no território.
2.1.4- Descentralizar a CDA criando unidade avançada no território bem
como sua autarquização.
2.1.5 – Terceirizar os serviços de medição de terras através de convênio
com o CDA, das entidades habilitadas para medição de 100% das áreas
que compõe o TBS.
2.1.6 - Propor e acompanhar arrecadação de terras através de uma ação
discriminatória rural modular, somando-se esforços nacionais para definir
um limite máximo de propriedade para o território.
2.1.7 – n Realizar xx medições do CEFIR nos municípios do Território
Baixo Sul.
2.1.8 – Articular com governos estaduais e municipais ações de gestão fundiária e de identificação de áreas para reforma agrária.
2.1.9 – Promover a infraestrutura social, produtiva e ambiental necessária para o desenvolvimento dos assentamentos da reforma agrária e do Crédito Fundiário, contribuindo para uma vida digna no campo e garantindo a reprodução social e a soberania alimentar.
Eixo - Formação e Organização Social
Objetivo 3- Fortalecer o associativismo, com sistemas de gestão e auto-gestão implementados pelos agentes sociais e suas organizações no território.
Estratégia 3.1- Qualificar as associações e cooperativas na gestão,
comercialização e produção, promovendo o acesso a mercados
institucionais (PAA, PNAE, etc).
Estratégia 3.2 - Formar redes, ampliando seus objetivos e tornando-as
mais independentes do poder público.
Metas de curto prazo
3.2.1 Potencializar e divulgar, de forma sistemática, as experiências
associativas exitosas do território, através de meios de comunicação,
material de divulgação e intercâmbios.
3.2.2. Implementar junto as escolas da zona rural, em parceria com as
secretárias de municipais de educação a introdução de disciplina e uma
ação interdisciplinar transversal, tendo como base os princípios
associativistas e cooperativistas
3.2.3. Buscar o entendimento e nivelamento das ações entre as diversas
entidades que atuam na área de capacitação, visando reduzir as
divergências metodológicas.
3.2.4 Implementar política agrícola mais adequada ao processo
cooperativista
3.2.5 - Fortalecer as cooperativas que trabalhem prioritariamente com
produção familiar, com auto gestão, e que visem sempre o grupo, a
comunidade e a região.
3.2.6 Instalar centros Digitais de Cidadania nos povoados nas
comunidades com acesso a internet.
3.2.7 Propor uma análise participativa da atual situação das cooperativas
da produção familiar, a fim de construir estratégias para seu
fortalecimento e crescimento.
3.2.8 . Reduzir o analfabetismo para no mínimo 10%, no Território Baixo Sul.
3.2.9 - Criar o fórum permanente de educação no campo do território Baixo Sul com a função de formular uma proposta educacional diferenciada, acompanhar e apoiar a sua implantação e execução.
3.2.10 - Adaptar o currículo das escolas do campo e das que trabalham com os alunos de lá oriundos, para a realidade rural do município, relacionando a educação com a realidade do campo.
3.2.11 Priorizar a implantação de projetos com a Pedagogia da alternância;
3.2.12 -: Reformar escolas rurais
3.2.8 Constituir parceria entre escola/comunidade visando facilitar o processo de aprendizagem
Objetivo 4. Dar ao segmento quilombola reconhecimento e acesso às
políticas públicas.
Estratégia 4.1. Re-significar e fortalecer as organizações e manifestações
culturais das comunidades quilombolas;
Metas de curto prazo
4.1.1. Implantar escolas quilombolas, nas séries iniciais e finais do
ensino fundamental;
4.1.2. Implantar cursos de Ensino médio nas comunidades rurais, evitando
grandes deslocamentos principalmente nos assentamentos e
comunidades remanescentes quilombolas.
4.1.4 Implementar e desburocratizar o Programa Nacional de Habitação Quilombola.
4.1.5 Estruturar as comunidades quilombolas visando fazer o resgate cultural.
Estratégia 4.2. Cultura em todas suas expressões, valorizada e assumida
pelo território.
Metas de curto prazo
4.2.1. - Definir o esporte como instrumento de educação, integração e cidadania nas escolas.
4.2.2. - Promover juntamente com as comunidades o resgate da cultura local e valorização da cultura universal, sempre no intuito de consolidar os laços afetivos e históricos da mesma.
4.2.3. Dotar o campo de infra-estrutura de lazer e esporte oferecendo as
condições necessárias às práticas esportivas e culturais.
Estratégia 4.3. Mulheres e jovens organizados e com seus direitos
sociais garantidos, contribuindo com a equidade nas relações de gênero e
geração no território.
Metas de curto prazo
4.3.1. Dar visibilidade ao problema da violência contra as mulheres em espaços públicos.
4.3.2. Apoio técnico e organizativo para a produção orgânica e incentivos financeiros para implementação das atividades.
4.3.2. -Ampliação de programas que garantam a geração de renda.
Eixo - Infraestrutura e Serviços Públicos
Objetivo 5 Sistemas rodoviário e fluvial adequado para atender as demandas viárias do território
Estratégia 5.1- Recuperação e construção de vias e acessos territoriais
Metas de curto prazo
5.1.1 Pavimentar a BA 250 que liga os municípios de Ituberá – Piraí do
Norte – Gandú, Nilo Peçanha a Wenceslau Guimarães, Igrapiuna a
Ibirapitanga e da estrada que liga Taperoá a Teolândia fortalecendo o
complexo interno das ilhas e escoamento da produção dos respectivos
municípios;
5.1.2 Criar Consórcio Municipal para recuperação e manutenção das BA 001, estradas vicinais com levantamento cadastral identificando as pontes, além de viabilizar recuperação e manutenção das estradas vicinais.
5.1.3 Construir Piers e portos para facilitar o transporte marítimo e o
escoamento da produção das regiões ribeirinhas e das ilhas nos
municípios de Cairu, Ituberá, Nilo Peçanha, Valença, Jaguaripe, Camamu,
Igrapiuna.
Objetivo 6 CONTRUÇÃO DE UNIDADES HABITACIONAIS
Estratégia 6.1- Qualificar a infra-estrutura, saneamento e habitação para
a população do território.
Metas de curto prazo
6.1.1 Promover por meio de cursos e sem burocracia o acesso a Projetos
de habitação quilombola.
6.1.2 Implantar projetos de abastecimento de água e saneamento básico nas comunidades dos 15 municípios do território.
6.1.3 Ampliar a oferta de unidades habitacionais nos municípios do território principalmente os pequenos como Aratuipe, Jaguaripe, Taperoá, Nilo Peçanha, Igrapiuna, Pirai do Norte, Ibirapitanga, Teolândia, Wenceslau Guimarães, Presidente Tancredo Neves, Cairu e Gandu..
5.1 - Gestão do PTDSS
A gestão do PTDS será realizada pelo acompanhamento permanente do CODETER,
através do Núcleo Diretivo e de sua coordenação, assessorado pelos integrantes das
câmaras técnicas das cadeias produtivas, por meio de reuniões, seminários, oficinas de
monitoramento, alinhamento, calendários de atividades semestrais e anual,
planejamento, deliberações construtivas e deliberativas em prol do desenvolvimento
sustentável do território.
5.2 Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação do Plano Territorial de
Desenvolvimento Sustentável e Solidário.
O Acompanhamento,Monitoramento e Avaliação do PTDS será conduzido por meio de
um plano de gestão interna e externa, que possa garantir a capacidade de pactuação e
competência social mediante a iniciativa do Colegiado Territorial de atribuir aos
integrantes do CODETER e colaboradores externos responsabilidades para assumirem
tarefas na gestão do Plano, em prol da materialização dos objetivos, metas, e resultados
esperados. Devendo ainda buscar o contínuo processo de qualificação das Estratégias,
bem como buscando governança nos acordos e negociações com os atores e parceiros
nas diversas esferas, de forma que os instrumentos de controle social e arranjos
institucionais possam garantir execução com sinergia entre os projetos, programas, ações
e iniciativas dentro e fora do território em prol do desenvolvimento do mesmo.
Fontes:
Propostas aprovadas na 2ª Conferência Territorial de Desenvolvimento Rural
Sustentável e Solidário;
Conteúdo da Política Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário;
Versão anterior do Plano Territorial de Desenvolvimento Sustentável;
Propostas das oficinas de requalificação do PTDSS
Diagnóstico Territorial da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico
(SDE);
Estudo UFV/UFRB sobre dados INEP;
Sistema de Informações Municipais SEI/SEPLAN;
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social e Regularização Fundiária e sua
Territorialização;
Zoneamento Ecológico Econômico;
http://www.seplan.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php? conteúdo=17
http://sit.mda.gov.br/download/ptdrs/ptdrs_qua_territorio021.pdf