plano político pedagógico
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PROJETO POLTICO PEDAGGICO
CENTRO DE CULTURA E DESENVOLVIMENTO DO PARANO - CEDEP
1. DADOS DE IDENTIFICAO:
1.1 Instituio: Centro de Cultura e Desenvolvimento do Parano - CEDEP
1.2 Entidade Mantenedora: Secretaria de Cultura
1.3 Grau de Ensino: Educao de Jovens e Adultos
1.4 Endereo: Qd. 09, Conj. D, Lote 01, rea Especial
1.5 Cidade: Parano/DF
2. APRESENTAO E CARACTERIZAO DA INSTITUIO
O Centro de Cultura e Desenvolvimento do Parano e Itapo (CEDEP) legalmente constitudo como
entidade sem fins lucrativos, beneficente e de assistncia social com registro no Conselho de Assistncia
Social do Distrito Federal e no Conselho Nacional de Assistncia Social e Utilidade Pblica Federal.
Criado no dia 2 de agosto de 1987 por um grupo de pessoas que deflagraram um movimento por
melhorias das condies de vida da populao do Parano, cidade satlite do Distrito Federal, com graves
problemas de moradia, abastecimento de gua, rede de luz eltrica, educao, etc. A entidade comeou a
desenvolver junto comunidade, projetos relacionados alfabetizao de jovens e adultos, educao infantil,
atividades culturais, esportivas e de cidadania. Sempre na perspectiva do atendimento criana, ao jovem, ao
adolescente, ao adulto e ao idoso em situao de vulnerabilidade social e excluso social.
O perfil socioeconmico bem diversificado, mas a maior parte dos alunos encontra-se situada
na renda mnima, 50% dependem de programas da bolsa instituio e ajuda na aquisio de materiais
escolares subsidiados.
Apesar de no possuir nenhum portador de necessidades especiais, a instituio apresenta uma
estrutura fsica adequada, em boas condies, assim como os mveis nela contidos.
3. JUSTIFICATIVA
A Centro de Cultura e Desenvolvimento do Parano - CEDEP tm como funo principal
respeitar e valorizar as experincias de vida dos educandos e de suas famlias.
Temos como propsito fortalecer nos educandos, a postura humana e os valores
aprendidos: a criticidade, a sensibilidade, a contestao social, a criatividade
diante das situaes difceis, a esperana. Queremos deste modo formar seres
humanos com dignidade, identidade e projeto de futuro.
4 . DIAGNSTICO DA REALIDADE
Segundo Sorj (2003) e Demo (2003), o fosso entre as classes sociais aquela que tem acesso
Internet (denominada aldeia global) e aquela onde se concentra a massa restante, tem sido ampliado pelas
tecnologias de informao e comunicao (TICs). Entre os principais motivos que impedem o acesso ou uso
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dessas tecnologias pela populao brasileira est a falta de disponibilizao dos recursos e servios de
assistncia pedaggica aos alunos das escolas pblicas e populao em locais de baixa renda, o custo dos
computadores e da comunicao.
Para superar esse desafio, o Ministrio das Comunicaes (BRASIL,2003) no mbito do Programa
GESAC, disponibiliza, a partir 2003, pontos de presena , com acesso Internet, em banda larga, e um
conjunto de outros servios de TICs voltados para incluso digital (ID), preferencialmente, para comunidades
das faixas sociais C,D e E em todo o territrio nacional. A depender da localidade, os pontos de presena
podem estar associados instituies de naturezas diversas: laboratrios de informtica em escolas pblicas,
telecentros, hospitais pblicos, entidades sociais, etc.
Observa-se que existem alguns pontos de presena do GESAC em que a frequncia de uso por parte
das comunidades tem sido pequena, mesmo decorrido mais de 5 (cinco) anos. (MIRANDA, 2006).
Dada a implementao do Programa, este trabalho focaliza a gesto de dois pontos de presena do
GESAC: um laboratrio de uma escola pblica e telecentro. Nestes pontos GESAC de baixo uso, analisa-se o
contexto em que as aes ocorrem e as percepes dos atores da alfabetizao digital sobre a eficcia
dessas aes.
Por questes de tempo e condies para o desenvolvimento e concluso do presente trabalho, a opo por
um telecentro no Parano e um laboratrio de informtica de uma escola pblica em Braslia foi natural. O dois
pontos presena, definidos entre os 26 pontos do DF, foram o telecentro no Centro de Cultura e
Desenvolvimento do Parano/ Escola de Informtica e Cidadania (CEDEP/EIC), no Parano, e o laboratrio
de informtica da Escola de Meninos e Meninas de Rua (EMMR), no Parque da Cidade.
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5. VISO DE EDUCAO, INSTITUIO E SOCIEDADE.
5.1 Viso de educao
Educao um dos processos de formao da pessoa humana. Processos
atravs do qual as pessoas se inserem na sociedade, transformando-se e
transformando a sua realidade.
5.2 Viso de instituio
Ambiente que leva em conta o conjunto das dimenses da formao
humana, onde o conhecimento compartilhado e sistematizado, tendo a tarefa de
formar seres humanos com conscincia de seus direitos e deveres.
6. TENDNCIAS PEDAGGICAS
A instituio segue algumas matrizes pedaggicas que norteiam nossa prtica
e vivncias fundamentais neste processo de humanizao das pessoas, que
tambm chamamos de educao.
6.1 Pedagogia da organizao coletiva
Nossa instituio tem como desafio permanente difundir novas relaes de
trabalho, pelo jeito de dividir tarefas e pensar no bem estar do conjunto e da
comunidade escolar.
A instituio se organiza coletivamente atravs de novas relaes sociais que
produz e reproduz valores, alternando comportamentos, costumes e ideias.
Construindo a aprendizagem organicamente coletiva torna o espao escolar uma
janela aberta para a viso de um mundo novo, e de uma cultura de pensar no
bem de todos.
6.3 Pedagogia da escolha
Dizemos que h uma pedagogia da escolha medida que reconhecemos que
a comunidade escolar se educa, se humaniza mais quando exercita a
possibilidade de fazer escolhas e refletir sobre elas. Ao ter que assumir a
responsabilidade pelas prprias decises os indivduos do processo educativo
aprendem a dominar impulsos, influncias, e aprendem tambm que a
coerncia entre valores que defende com as palavras e os valores que
efetivamente se vive, um desafio sempre em construo vivido na instituio.
6.4 Pedagogia da histria
A instituio acredita que cultivar a memria mais do que compreender
friamente o prprio passado. A pedagogia da histria se baseia em no ver a
histria somente como uma disciplina e passe a trabalh-la como uma dimenso
importante de todo o processo educativo.
A comunidade tem uma histria que se desencadeou em movimento, pois todos
as famlias vieram de diferentes comunidades e passaram por diversos conflitos
sociais at chegarem neste lugar, sendo assim a instituio tem o papel
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fundamental de manter viva e sempre em pleno resgate esse processo vivido pela
comunidade.
7. FILOSOFIA DA INSTITUIO
Educar partindo do principio: Prtica-teoria-prtica, em busca da construo de
uma sociedade justa, igualitria, vivenciada a de valores e conhecimentos
socialmente teis, almejando o desenvolvimento integral do ser humano, sujeitos do
contexto social e capazes de transformar o ambiente em que vivem.
8. OBJETIVO GERAL
Ser espao fsico, pedaggico, poltico e cultural de formao de sujeitos de
plena cidadania e de conscincia crtica, capazes de produzir e compartilhar os
conhecimentos, transformando-os em aprendizagem concreta e viabilizadora que
venha a favorecer o crescimento social da comunidade.
9. PROPOSTA METODOLGICA
Queremos que os educandos possam ser mais gente e no apenas
sabedores de competncias e habilidades tcnicas. Eles precisam aprender a
falar, a ler, a calcular, confrontar, dialogar, debater, dialogar, sentir, analisar,
relacionar, celebrar, saber articular o pensamento e o seu prprio sentimento,
sintonizados, com a sua histria da luta pela terra, ou seja, cidados
conscientes e capazes de interagir na sociedade.
A proposta de educao de nossa instituio tem nfase em trs aspectos
importantes na questo da metodologia de ensino: temas geradores; prtica-
teoria-prtica; e participao coletiva.
O estudo a partir de Temas Geradores como forma de tomar da
realidadeconcreta o ponto de partida do ensino, de superar uma abordagem
estanque e desatualizada do ensino/aprendizagem mais atraente e significativo
para os educandos. Sendo assim; esse mtodo de ensino torna o processo
ensino- aprendizagem mais voltado s necessidades e aos interesses populares.
11. METAS E AES
11.1 Metas
- Construir ambiente educativo onde todos os segmentos da comunidade
escolar sintam-se responsveis pelo processo educativo e pela conservao do
patrimnio escolar;
- Conscientizar da importncia do estudo, como fonte de conhecimento e apta-
afirmao;
- Estimular a participao da comunidade nas aes da instituio;
- Ser espao de interao e discusso conduzindo na busca de
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alternativas - Ter todos os membros em idade escolar ou no, frequentando a instituio
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13. CONCLUSO
Ao concluir este trabalho, afirmamos que nossa instituio precisa ser um
espao aberto onde todos os sujeitos sejam estimulados ao exerccio da
escolha, mas pequenas e nas grandes coisas, de modo que assim aprendam a
cultivar valores e a refletir sobre eles, o tempo todo. Somente assim seremos a
instituio que somos.
REFERNCIAS BIBLIOG RFICAS
NVOA, Antnio. Formao de professores e profisso docente. Os professores e a sua formao. Lisboa: Publicaes Dom Quixote, 1992.
BAFFI, Maria Adelia Teixeira. O perfil profissional do formando no Projeto
Pedaggico. Pedagogia em Foco, Petrpolis, 2002.
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Plano de Ensino-Aprendizagem e Projeto
Educativo. So Paulo: Libertat, 1995.