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Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) 1

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Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

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Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

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Sumário

1. Introdução...............................................................................................................................................................................71.1. Fome Zero...............................................................................................................................................................71.2. Programa de Aquisição de Alimentos ..................................................................................................................71.3. Compra Local para Doação Simultânea..............................................................................................................7

2. Objetivos..................................................................................................................................................................................83. Coordenação.................................................................................................................................................................................8

3.1. Comitê Gestor Estadual ......................................................................................................................................84. Metas................................................................................................................................................................................................95. Beneficiários............................................................................................................................................................................9

5.1. Mapeamento de beneficiários..............................................................................................................................105.2. Critérios de seleção ...............................................................................................................................................105.3. Critérios de exclusão do produtor e da entidade...................................................................................................11

6. Teto...................................................................................................................................................................................... ...117. Territorialidade.....................................................................................................................................................................128. Aquisições.............................................................................................................................................................................13

8.1. Planejamento .........................................................................................................................................................138.2. Produtos Amparados..........................................................................................................................................138.3. Classificação...........................................................................................................................................................148.4. Controle Sanitário e de Qualidade (SIM, SIE e SIF).........................................................................................14

9. Assistência Técnica..............................................................................................................................................................1410. Documentação....................................................................................................................................................................14

10.1. DAP......................................................................................................................................................................1510.2. Nota Fiscal.........................................................................................................................................................16

11. Preço.....................................................................................................................................................................................1612. ICMS....................................................................................................................................................................................1613. INSS.....................................................................................................................................................................................1714. Entrega dos Produtos.........................................................................................................................................................1715. Pagamento...........................................................................................................................................................................1816. Parcerias................................................................................................................................................................................1817. Obrigações e Responsabilidades.......................................................................................................................................19

17.1.Compete ao Convenente ...................................................................................................................................1917.2.Compete aos parceiros e operadores locais ...................................................................................................2117.3. Compete ao agricultor familiar beneficiário .................................................................................................2117.4.Compete às entidades sócio-assistenciais beneficiárias ....................................................................................21

18. Acompanhamento e Avaliação.........................................................................................................................................2219. Controle Social....................................................................................................................................................................2220. Divulgação ..........................................................................................................................................................................2221. Legislação Básica ........................................................................................................................................................................2222. Links ....................................................................................................................................................................................2323. Anexos.................................................................................................................................................................................23

Anexo I .........................................................................................................................................................................23Anexo II .......................................................................................................................................................................29Anexo III ......................................................................................................................................................................33Anexo IV .......................................................................................................................................................................36

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

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1. Introdução

1.1. Fome Zero

O Fome Zero é uma estratégia impulsionada pelo governo federal para assegurar o direito humano à alimen-tação adequada às pessoas com dificuldades de acesso aos alimentos. Tal estratégia se insere na promoção da segurança alimentar e nutricional buscando a inclusão social e a conquista da cidadania da população mais vul-nerável à fome.

De acordo com a Lei 11.346, de 15 de setembro de 2006, a segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem com-prometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras da saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispen-sável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar políticas e ações necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população.

O Fome Zero atua a partir de quatro eixos articuladores: acesso aos alimentos; fortalecimento da agricultura fami-liar; geração de emprego e renda; e articulação, mobilização e controle social.

1.2. Programa de Aquisição de Alimentos

O Programa de Aquisição de Alimentos faz parte do Fome Zero, compondo o eixo do fortalecimento da agricul-tura familiar, o qual objetiva o desenvolvimento de ações específicas na agricultura familiar tais como a promoção da geração de renda no campo e do aumento da produção de alimentos para o consumo.

O PAA foi instituído pelo artigo 19 da Lei 10.696, de 02 de julho de 2003, regulamentado pelo Decreto nº. 5.8731, de 15 de agosto de 2006. Sua finalidade é a de incentivar a agricultura familiar por meio da aquisição de produtos agropecuários de agricultores familiares enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF2. A Lei prevê a dispensa de licitação, desde que os preços não sejam superiores aos praticados nos mercados regionais. Os produtos se destinam à distribuição para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e à formação de estoques estratégicos.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)3, por intermédio da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SESAN, é responsável pela articulação, implementação e promoção de ações integradas que criem condições de garantia permanente de segurança alimentar e nutricional no País.

1.3. Compra Local para Doação Simultânea

Uma das modalidades do PAA é a Compra Local para Doação Simultânea - CLDS, que visa promover a articulação entre a produção de agricultores familiares enquadrados nos grupos “A” ao “D” do PRONAF e as demandas locais de suplementação alimentar e nutricional de creches, abrigos, albergues, asilos, escolas, hospitais públicos e dos progra-mas sociais da localidade, tais como bancos de alimentos, restaurantes populares e cozinhas comunitárias, resultando no desenvolvimento da economia local, no fortalecimento da agricultura familiar, na melhoria alimentar e nutricional das pessoas beneficiárias com as doações de alimentos e na geração de trabalho e renda no campo.

No âmbito da Coordenação Geral de Apoio à Vigilância Alimentar e Nutricional/SESAN/MDS, um dos mecanis-mos utilizados pelo MDS para a execução dessa modalidade é a celebração de Convênios com os governos estadu-

1 - Substituiu o Decreto nº. 4.772, de 02 de julho de 2003.2 - Anexo II.3 - O MDS foi criado pela Lei 10.869, de 13 de maio de 2004.

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ais - em consonância com o art. 4º do Decreto 5.873, de 15 de agosto de 2006 para os quais os recursos financeiros são repassados em contas específicas abertas pelos Convenente, que assumem a responsabilidade pela sua opera-cionalização, no intuito de viabilizar os resultados fundamentais do Programa e garantir sua plena execução.

2. Objetivos

1. Garantia do direito humano à alimentação para pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social e/ou de insegurança alimentar e nutricional por meio do direcionamento dos produtos adquiridos para programas sociais, tais como: alimentação escolar para comunidades indígenas e quilombolas; complementação da alimentação esco-lar nos Municípios; alimentação para creches, abrigos, albergues, asilos e hospitais públicos; bancos de alimentos; restaurantes populares; cozinhas comunitárias; e demais programas sociais;

2. Fortalecimento da agricultura familiar e geração de trabalho e renda no campo por meio da garantia da aquisição dos produtos da agricultura familiar e dos assentados da reforma agrária, respeitado o limite máximo individual por agricultor familiar, definido pelo regulamento do Programa e do estabelecimento de preços regionais, com base em critérios técnicos e de mercado, visando garantir o escoamento da produção por uma remuneração justa;

3. Promoção do desenvolvimento local por meio do escoamento da produção para consumo, de preferência, na própria região produtora.

3.CoordenaçãoO Governo Federal Convenente deverá definir as instâncias de gerenciamento, coordenação e execução do Pro-grama no âmbito estadual, bem como as instituições envolvidas e suas atribuições.

O nome do responsável pela coordenação estadual deverá ser comunicado formalmente a este Ministério, bem como sempre que ocorrer alterações.

3.1. Comitê Gestor Estadual

O Convenente deverá instituir um Comitê Gestor Estadual, cuja formação poderá obedecer a seguinte composição:

1. Coordenador Estadual do PAA;2. Superintendente da CONAB no Estado;3. Representante da Entidade Executora e Interveniente responsável pelo Programa;4. Representante do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional ou correlatos;5. Demais órgãos diretos, e indiretos e representações dos movimentos sociais envolvidos com o Programa.

Os nomes dos membros deste Comitê deverão ser comunicados formalmente a este Ministério.

Compete ao Comitê gerir e qualificar a execução do Programa no que se refere ao planejamento de aquisições e doações, ao mapeamento e seleção dos agricultores familiares e das entidas sócio-assistenciais mais carentes, à apuração de denúncias, à interlocução com os atores envolvidos, à supervisão do cumprimento das obrigações das entidades executoras e demais parceiros, bem como às demais atividades que demandem decisão conjunta dos representantes que o compõem.

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4. Metas

As metas físicas permitem mensurar o cumprimento do objeto e o atendimento dos objetivos do Programa.

Seguem abaixo as metas físicas da modalidade Compra Local para Doação Simultânea :

- Número de agricultores familiares atendidos;- Número de entidades atendidas;- Número de pessoas atendidas;- Número de Municípios atendidos;- Quantidade de alimentos adquiridos e distribuídos em toneladas.

A meta relativa ao número de agricultores familiares beneficiados deve considerar uma única contagem do agricul-tor por ano civil, independentemente do número de operações de compra.

A meta relativa ao número de pessoas beneficiadas deve considerar a capacidade mensal de atendimento das enti-dades conforme o número de vagas disponíveis ou os relatórios com o número de atendimentos, informados pelas próprias entidades e Secretarias Estaduais e Municipais responsáveis.

A meta relativa ao número de Municípios atendidos deverá considerar as localidades onde são produzidos e adqui-ridos os alimentos.

A meta relativa à quantidade em toneladas de alimentos adquiridos e doados passa a fazer parte do Programa tendo em vista à exigência do Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento – SIGPLAN4 em relação ao Programa de Aquisição de Alimentos.

No que se refere ao envio de dados de execução, fica terminantemente proibida a acumulação do número de be-neficiários produtores, entidades e pessoas, ou seja, o mesmo beneficiário não poderá ser recontado no mesmo ano civil.

5. Beneficiários O Programa de Aquisição de Alimentos, modalidade Compra Local para Doação Simultânea, caracteriza-se pelo atendimento de dois tipos de beneficiários: o consumidor e o produtor.

Os beneficiários consumidores são as pessoas (estudantes de escolas públicas, crianças, gestantes, idosos, defi-cientes, doentes, famílias, indígenas, quilombolas, acampados da reforma agrária, pessoas atingidas por barragens, vitimadas por calamidades públicas, moradores de rua e de lixões assim como pessoas com insuficiência de renda) que estejam em situação de vulnerabilidade social e/ou de insegurança alimentar e nutricional e que sejam conco-mitantemente atendidas por programas sociais, por entidades cadastradas nos Bancos de Alimentos, bem como por entidades públicas e/ou da sociedade civil integrantes da rede sócio-assistencial que forneçam refeições.

Os beneficiários produtores são os agricultores familiares, agroextrativistas, quilombolas, famílias atingidas por barragens, trabalhadores rurais sem terra acampados (definidos de acordo com a Portaria MDA nº. 111, de 20/11/03), comunidades indígenas e ribeirinhos, que se enquadrem nos grupos “A”, “B”, “C” ou “D” do PRO-NAF, conforme o capítulo 10, seção 2 do Manual de Crédito Rural, que apresentem a Declaração de Aptidão ao

4 - O SIGPlan é o instrumento que organiza e integra a rede de gerenciamento do Plano Plurianual (PPA), sendo utilizado pelos Órgãos Setoriais, Presidência da República, Casa Civil, Ministérios e outras Entidades. Ademais, fornece aos gerentes, gerentes executivos e coordenadores de ação os meios necessários para articular, acompanhar e controlar a execução dos programas, propiciando uma visão global da execução do PPA por meio de informações atualizadas sobre a evolução física e financeira dos programas.

4 - O SIGPlan é o instrumento que organiza e integra a rede de gerenciamento do Plano Plurianual (PPA), sendo utilizado pelos Órgãos Setoriais, Presidência da República, Casa

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PRONAF (DAP), regulamentada pela Portaria nº. 46/05 do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e que este-jam, preferencialmente, organizados em cooperativas, associações ou grupos informais.

5.1. Mapeamento de beneficiários

O mapeamento deverá ser feito por meio de levantamento dos beneficiários com todos os dados pessoais e/ou institucionais. Será de domínio público, transparente, participativo, suprapartidário e com foco nos objetivos de combater à fome e à desnutrição dos que estão em situação de vulnerabilidade social e/ou de insegurança alimentar e nutricional, bem como nos agricultores familiares de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade social.

No mapeamento dos beneficiários produtores, poderão ser consultados:

– Comitê Gestor Estadual do PAA;– Sindicatos de Trabalhadores Rurais;– Secretarias Estaduais e Municipais de Agricultura;– INCRA;– Conselhos Estaduais e Municipais de Agricultura;– Conselhos Estaduais e Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional;– Órgãos Estaduais e Municipais de Assistência Técnica;– Associações e Cooperativas dos agricultores familiares.

No mapeamento dos beneficiários consumidores, poderão ser consultados:

– Comitê Gestor Estadual do PAA;– Secretarias Estaduais e Municipais de Assistência Social;– Secretarias Estaduais e Municipais de Educação;– Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde;– Conselhos Estaduais e Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional;– Conselhos Estaduais e Municipais de Alimentação Escolar;– Conselhos Estaduais e Municipais de Assistência Social;– Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde;– Centros de Referência de Assistência Social – CRAS;– Organizações Não-Governamentais;– Entidades religiosas;– Lideranças comunitárias locais.

Os beneficiários produtores e as entidades sócio-assistenciais beneficiárias deverão ser cadastrados com todas as infor-mações necessárias para monitoramento, fiscalização e atendimento de demanda de envio de dados a este Ministério.

5.2. Critérios de seleção

O critério de seleção dos beneficiários produtores deverá, preferencialmente, obedecer a seguinte ordem de prioridade:

1º Quilombolas, indígenas, ribeirinhos e trabalhadores rurais sem-terra acampados;2º Produtores inseridos no grupo “B” do PRONAF;3º Produtores inseridos no grupo “A” do PRONAF;4º Produtores inseridos no grupo “C” do PRONAF;5º Produtores inseridos no grupo “D” do PRONAF.

Depois de realizado o mapeamento dos beneficiários produtores conforme descrito no item 5.1, caberão ao Comi-tê Gestor Estadual do PAA a seleção e homologação dos beneficiários produtores em conjunto com os Conselhos Estaduais e Municipais correlatos.

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Os critérios de seleção das entidades sociais para recebimento das doações de alimentos são os seguintes:

– desenvolver trabalhos publicamente reconhecidos de atendimento às populações em situação de risco social e/ou de insegurança alimentar e nutricional;

– compor a rede sócio-assistencial local e, preferencialmente, ser carente de recursos e de alimentos;– fornecer, gratuitamente, refeições de forma continuada;– aceitar as normas do Programa, inclusive no que se refere ao controle social, à higiene na manipulação dos

alimentos, à participação no levantamento da demanda de produtos, e a reuniões e ações de capacitação, de monitoramento e de avaliação.

Depois de realizado o mapeamento das entidades sociais conforme descrito no item 5.1, caberão ao Comitê Gestor Estadual do PAA a seleção e a homologação das entidades beneficiárias em conjunto com os Conselhos Estaduais e Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional ou de Assistência Social, que sobre elas realizarão estudo e levantamento detalhados para que se tenha conhecimento acerca da população atendida pelas entidades, de suas condições de atendimento, do volume de alimentos consumidos, dentre outras informações consideradas relevantes. Essas informações devem estar sujeitas a avaliações constantes, onde serão verificados, também pelo Convenente, o controle das condições de higiene e as boas práticas de manipulação dos alimentos, e se continuarão sendo condições para que as entidades sejam mantidas no rol de beneficiárias.

As entidades sociais deverão, preferencialmente, estar legalmente constituídas e apresentar CNPJ. Contudo, as entidades sociais, que não estiverem legalmente constituídas, não poderão ser excluídas caso sejam verificados a vulnerabilidade social da população assistida, o bom atendimento ao público e uma justificativa plausível para a ausência de legalização.

5.3. Critérios de exclusão do produtor e da entidade

Seguem abaixo os critérios de exclusão do beneficiário produtor:

– atingimento do teto máximo de aquisições estipulado por produtor ao ano;– ocorrência de irregularidades tais como venda de produtos de terceiros;– não observância da condição de entrega do produto;– ocorrência repetitiva de rejeição dos produtos por falta de qualidade de mais de 20% do quantitativo pactuado.

Seguem abaixo os critérios de exclusão de entidades sócio-assistenciais, os quais deverão ser comprovados pelos responsáveis pelo monitoramento e fiscalização:

– venda de alimentos recebidos;– não participação nas ações de capacitação sem apresentação de justificativa;– desperdícios constantes sem apresentação de justificativa;– ocorrência de usos indevidos e desvios de alimentos recebidos para fins particulares.

No caso de alteração de produtor por exclusão ou outro motivo, o substituto deverá apresentar toda a documen-tação necessária ao seu cadastramento como beneficiário fornecedor.

6. Teto

Fica definido, para fins de apuração do teto a que se refere o art. 5o do Dec. 5.873/06, que o valor máximo de aquisição por beneficiário produtor/DAP ou DAPAA (acampados), para cada ano civil, é de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais).

Caso o valor máximo não seja utilizado totalmente em um ano, não poderá ser compensado no ano seguinte.

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7. Territorialidade

De acordo com o item 9.1.2, TC-015.670/2005-5, Acórdão nº 641/2007-TCU-Plenário, publicado no D.O.U. em 23.04.2007, o Tribunal de Contas da União recomendou à STN-MF que disciplinasse a obrigatoriedade de os órgãos/ entidades Concedentes estabelecerem critérios, objetivamente aferíveis e transparentes, para escolha dos municípios que receberão recursos por meio de convênios e outros instrumentos jurídicos utilizados para transferir recursos federais.

Nesse sentido, recomendamos que a seleção de Municípios considere os seguintes critérios:

– Concentração de populações em situação de insegurança alimentar e nutricional e de baixa renda;– Concentração de quilombolas, indígenas, ribeirinhos e trabalhadores rurais sem-terra acampados;– Concentração de agricultores familiares e/ou assentados da reforma agrária, enquadrados nos grupos “A”

ao “D” do PRONAF;– Área de abrangência de CONSADs.

Com referência às populações tradicionais, a necessidade de focalização nesses grupos visa cumprir o disposto na Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais - PNPCT, instituída pelo Decreto nº. 6.040, de 07/02/2007. Nesse sentido, a relevância do atendimento dessas populações segue o princípio descrito no inciso III do art. 1º da PNPCT que estabelece a segurança alimentar e nutricional como di-reito dos povos e comunidades tradicionais.

De acordo com os incisos X e XI do art. 3º, a PNPCT tem como seus objetivos específicos a garantia do acesso às políticas públicas sociais e de inclusão social com recortes diferenciados nos programas e nas ações voltados especificamente para os povos e comunidades tradicionais.

A importância do atendimento dos municípios localizados em áreas de abrangência dos Consórcios de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local – CONSAD pode ser percebida pelo baixo índice de desenvolvimento social (IDHM médio 0,688) e econômico (em sua totalidade classificados como territórios deprimidos e de estagnação econômica pelo Ministério da Integração Nacional) desses municípios. A superação da situação de pobreza e da conseqüente conquista da segurança alimentar da população em situação de vulnerabilidade social requer a articu-lação de políticas públicas distributivas e de promoção do desenvolvimento econômico.

A tabela a seguir sugere os limites de recursos por Município. Contudo, o Convenente terá autonomia para decidir a melhor forma de distribuição de recursos, considerando o número de agricultores familiares elegíveis ao Programa e a quantidade de alimentos demandada pelas entidades sócio-assistenciais existentes no Município.

População do MunicípioRecursos

Município / AnoFaixa Intervalo Inferior Intervalo Superior

A 0 5.000 78.960,00B 5.001 10.000 92.400,00C 10.001 20.000 117.600,00D 20.001 50.000 235.200,00E 50.001 100.000 453.600,00F 100.001 ou mais 840.000,00

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8. Aquisições

8.1. Planejamento

A demanda das entidades beneficiárias deverá ser considerada no planejamento das aquisições, tendo como base o consumo médio por pessoa indicado pela própria entidade, o aspecto nutricional, o perfil do público atendido (crianças, idosos, diabéticos, celíacos etc.) para que seja elaborado um cardápio alimentar que atenda às necessida-des humanas do ponto de vista da saúde e dos hábitos alimentares locais, razão pela qual se recomenda a partici-pação de nutricionistas na equipe técnica estadual.

O Convenente deverá orientar as entidades a incluir em seus cadastros o perfil demográfico da população atendida, especialmente no que se refere a gênero, idade, cor e etnia.

A entidade beneficiária participará do processo de seleção dos produtos. A quantidade de alimentos a ser doada deverá considerar, a fim de se evitar excessos e conseqüentes desperdícios, o número de pessoas atendidas pela entidade beneficiária.

Ademais, deverão ser considerados os seguintes aspectos:

– o potencial produtivo de cada Município;– a época de plantio e colheita;– o período de maior e menor oferta;– a necessidade de assistência técnica;– o meio de transporte;– a distância entre a produção e o consumo;– o prazo de validade do produto;– prazos de entrega.

O planejamento priorizará a diversificação de produtos de forma a estimular o beneficiário produtor a oferecer alimentos variados.

Depois de selecionadas as entidades beneficiárias fornecedoras e consumidoras, deverão ser incluídas nas Propos-tas de Participação a especificação dos produtos, a quantidade e os respectivos valores unitário e total por agricul-tor bem como a periodicidade da distribuição dos produtos em cada entidade sócio-assistencial beneficiária para contribuir com o planejamento de aquisições e entregas.

8.2. Produtos Amparados

Serão amparados nessa modalidade os produtos alimentícios oriundos da agricultura familiar próprios para consu-mo humano, sendo vedada a compra de mudas e de quaisquer outros itens não alimentícios.

8.3. Classificação

Para o produto in natura e beneficiado, o certificado de classificação poderá ser emitido pelos postos de servi-in natura e beneficiado, o certificado de classificação poderá ser emitido pelos postos de servi-in naturaço de classificação credenciados do Convenente, ou por entidade credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, e contratada pelo Convenente, consoante a Lei nº. 9.972, de 25/05/2000, o Decreto nº. 3.664, de 17/11/2000, e a Instrução Normativa nº. 02, de 05/03/2001, visando a avaliação do produto de acordo com os padrões de identidade e qualidade do MAPA, observados os limites de compra e emissão do específico documento de classificação. Para o produto industrializado, o certificado ou o laudo será emitido pelo Órgão competente.

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Para produtos Agroecológicos e Orgânicos , a certificação deverá ser emitida por entidade credenciada ou publica-mente aceita como apta a comprovar a origem do produto.

Os Convenentes deverão buscar parceria com instituições habilitadas para o cumprimento do disposto neste item (vide I.N. nº. 02/01 – MAPA).

8.4. Controle Sanitário e de Qualidade (SIM, SIE e SIF)

Deverão ser observados todos os aspectos relativos ao Controle Sanitário, tais como:

a. Produtos de origem animal: os produtos deverão atender as normas de fiscalização do Serviço de Inspeção Federal, Estadual ou Municipal; no caso do Leite, a legislação vigente, que regulamenta a produção, a identidade e a qualidade do Leite tipo C é a Instrução Normativa nº. 51, de 18/09/2002.

b. Produtos de origem vegetal e demais: os produtos deverão atender as normas de identidade e qualidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e da Vigilância Sanitária, no que couber.

c. Outras legislações vigentes: Resolução ANVISA – RDC nº 216, de 15/09/2004, que dispõe sobre regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.

A equipe técnica do Convenente deverá, em conjunto com a Vigilância Sanitária local ou com outros órgãos com-petentes, realizar ações de capacitação periódica dos produtores e dos manipuladores de alimentos das entidades beneficiárias, com orientações e cursos de boas práticas de higiene e manipulação/produção de alimentos – higiene pessoal, higienização do local e dos equipamentos, manipulação correta dos alimentos (recebimento, armazena-mento, distribuição e preparo), microbiologia dos alimentos, aproveitamento integral dos alimentos, noções de elaboração de cardápio e de alimentação equilibrada.

É responsabilidade do Convenente realizar acompanhamento da qualidade química, física e microbiológica dos ali-mentos através de testes nos locais de distribuição, visando garantir a qualidade do produto para consumo humano.

Ficam os Convenentes orientados para a possibilidade de firmar parcerias com universidades públicas ou particu-lares para viabilizar a assistência supervisionada de estagiários de nutrição às entidades atendidas.

9. Assistência Técnica

Considerando que o Convenente deverá fornecer assistência técnica aos beneficiários, recomenda-se que os órgãos estaduais de assistência técnica sejam incluídos no Convênio como entidades executoras ou intervenientes.

10. Documentação

Os documentos abaixo, que deverão ser encaminhados à unidade responsável para efetuar o pagamento, comporão o processo de compra, distribuição e pagamento:

– Documentos Pessoais (cópia de Identidade e CPF do Produtor/Fornecedor);– Nota Fiscal do Produtor (quando se tratar de aquisição de alimentos de cooperativas ou associações, a orga-

nização deverá apresentar a Nota Fiscal de cada produtor);– Cópia da DAP – Declaração de Aptidão ao PRONAF (quando se tratar de aquisição de alimentos de coope-

rativas ou associações, a organização deverá apresentar a cópia da DAP de cada produtor);

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– Proposta de Participação;– Declaração de propriedade da produção e de que não mantém ônus (penhor ou qualquer outro gravame),

emitida pelo beneficiário, no caso de venda de produção individual;– Declaração de que a produção foi recebida/adquirida de agricultores familiares, à vista, por preço não in-

ferior ao de referência vigente à época da operação de compra, sem deduções e desonerada (penhor ou qualquer outro gravame), no caso de venda conjunta por meio de cooperativa, associação, grupo formal ou informal;

– Estatuto social e ata de posse da atual diretoria da organização, quando se tratar de organização formal;– Cópia do CNPJ, quando se tratar de organização formal;– Certidões negativas junto ao INSS, FGTS, Dívida Ativa da União e Receita Federal;– Laudo da vigilância sanitária (municipal, estadual ou federal) da produção, em caso de produtos de origem

animal e derivados;– Termo de Recebimento e Aceitabilidade assinado pelo responsável direto pela entidade sócio-assistencial

ou por um designado pela própria entidade para o recebimento dos alimentos. Não será aceito um único documento para entidades distintas, assinado pelo Prefeito ou Secretário Municipal, sem a assinatura do responsável pela entidade;

– Comprovante de conta corrente em nome do favorecido;– Certificação de produtos orgânicos /agroecológicos, quando houver;– Ata de formação do Grupo Informal com identificação da pessoa responsável (presidente e/ou coorde-

nador, tesoureiro e secretário), número de conta bancária do grupo informal acompanhada do termo de responsabilidade perante o grupo em nome do presidente e tesoureiro na operação do Programa, quando se tratar de grupos informais;

– Declaração de aplicação de recursos, assinada pelo Prefeito, no caso específico de atendimento às escolas públicas, dizendo que aplicará integralmente os recursos liberados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimen-to da Educação – FNDE na alimentação escolar, além da contrapartida da prefeitura; parecer do Conselho de Alimentação Escolar – CAE e justificativa circunstanciada da necessidade de complementação alimentar através do PAA.

10.1. DAP

Para o agricultor familiar, a Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP)5 é emitida por entidades credenciadas, dentre elas as entidades oficiais de assistência técnica e extensão rural ou as Federações e Confederações de Agri-cultores, por meio de seus sindicatos, em conformidade com a Portaria nº. 75, de 25/07/2003, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, ou, em substituição, quando se tratar de assentados, a Relação de Beneficiários, emitida pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária, com base na Portaria mencionada.

Para assentados da Reforma Agrária, a DAP é emitida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Para as comunidades indígenas, a DAP é emitida pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

Para remanescentes de quilombos, a DAP é emitida pela Fundação Palmares.

Para acampados, a Declaração de Aptidão ao Programa de Aquisição de Alimentos para Acampados da Reforma Agrária – DAPAA, na forma prevista no artigo 3º da Portaria MDA nº. 111, de 21/11/2003, é emitida pelo INCRA.

5 - Quadro anexo.

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10.2. Nota Fiscal

Todas as despesas deverão ser pagas mediante apresentação de Documento Fiscal (Nota Fiscal, Cupom Fiscal ou Fatura), sendo que não poderão ser efetuadas anteriormente à data do início da vigência do Convênio, em caso da contrapartida, e nem anterior ao recebimento dos recursos, referente aos valores repassados pela Concedente.

O documento fiscal deverá observar os seguintes aspectos:

a) emissão em nome da entidade Convenente com número do Convênio ou o nome do Convenente;b) especificação do produto adquirido ou serviço prestado;c) verificação do prazo de validade do documento fiscal.

Os custos de aquisição e emissão das Notas Fiscais ficarão a cargo do Estado por meio dos recursos disponibili-zados para a contrapartida.

11. PreçoOs preços de referência são fixados e divulgados periodicamente pelo Grupo Gestor, por meio de Resoluções ou apurados conforme metodologias por ele definidas nas Resoluções nº. 12, nº. 19 e correlatas, não podendo ser su-periores aos preços de mercado. Para produtos, cujos preços não forem fixados pelo Grupo Gestor, o Convenente deverá usar as metodologias por ele definidas.

Na Proposta de Participação, deverá constar o preço de cada produto, com base na metodologia adotada, devendo constar o prazo de validade do produto.

No caso de produtos agroecológicos ou orgânicos, admite-se preços de referência com um acréscimo de até 30% sobre os demais, desde que devidamente certificados por entidades certificadoras credenciadas.

De acordo com a Resolução nº 12, fica autorizada, no que não colidir com as resoluções de fixação de preços emanadas pelo Grupo Gestor, a aquisição de produtos hortifrutigranjeiros e beneficiados oriundos da agricultura familiar com base nos preços de referência locais/regionais, apurados e/ou ratificados pela CONAB, desde que respeitados os pressupostos do Programa de Aquisição de Alimentos e considerado um dos seguintes parâmetros, nesta ordem de prioridade:

a. os preços vigentes nos Leilões de compra de produtos similares, realizados pela CONAB, no caso de produtos beneficiados;

b. os preços apurados nas licitações pertinentes às compras de alimentos realizadas no âmbito dos Municípios para ações de segurança alimentar e nutricional em suas respectivas jurisdições, desde que em vigor;

c. a média dos preços praticados no mercado atacadista nos últimos 36 meses, corrigidos pelo Índice de Preços recebidos pelos Produtores - IPR, descartados os 5 maiores e os 5 menores preços, em se tratando de produtos com cotação nas CEASA’s; e

d. os preços vigentes, apurados em pesquisas de mercado, junto aos atacadistas locais/regionais, realizadas e/ou ratificadas pelas Superintendências Regionais da CONAB – SUREG’s.

12. ICMSO ICMS, de acordo com o art. 155, II, da Constituição Federal, é imposto de competência estadual e incide sobre as “operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comu-

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nicação, ainda que as operações e prestações se iniciem no exterior”. Sua regulamentação encontra-se na Lei Complementar nicação, ainda que as operações e prestações se iniciem no exterior”. Sua regulamentação encontra-se na Lei Complementar nicação, ainda que as operações e prestações se iniciem no exterior”nº. 87, de 13 de setembro de 1996.

A tributação pelo ICMS incide, portanto, sobre “operações relativas á circulação de mercadorias”, entendidas estas pela doutrina e pela jurisprudência como operações em que ocorre a transferência de titularidade da mercadoria. No âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, as saídas de mercadorias destinadas à doação são isen-tas do ICMS, com fundamento no Convênio CONFAZ nº. 18, de 04 de abril de 2003, que dispõe sobre a isenção de ICMS nas operações relacionadas ao Fome Zero. Contudo, há incidência do referido imposto nas operações de compra da produção dos agricultores familiares.

Por esse motivo, o Convenente poderá buscar, por força de Lei Estadual ou outro instrumento legal, a isenção de ICMS sobre a circulação de produtos agrícolas para o Programa no que se refere às operações de compra.

13. INSSA contribuição previdenciária do agricultor familiar corresponde ao percentual de 2.3% incidente sobre o valor bruto da comercialização de sua produção rural. O Convenente ou a Cooperativa/Associação tem a obrigação de descontar do produtor e efetuar o respectivo recolhimento ao INSS para que permaneça com as certidões negativas.

14. Entrega dos Produtos A entrega dos produtos poderá ser feita diretamente às entidades sócio-assistenciais ou centrais de distribuição em que o Convenente, por meio de parcerias, entregará os produtos adquiridos às entidades. A forma de entrega será definida de acordo com as condições e necessidades de cada gestão estadual e das Propostas de Participação, po-dendo ser de responsabilidade do agricultor familiar, caso em que as despesas necessárias (despesas de transporte, carga/descarga, embalagem e acondicionamento) ficarão a cargo do agricultor ou serão custeadas pela contraparti-da do Convenente, tais como os gastos com combustível ou contratação de Serviços de Terceiros – PF ou PJ.

O produtor/fornecedor poderá contar com o apoio logístico dos parceiros locais - a Prefeitura Municipal, as Associações e as Cooperativas de Agricultores Familiares. O agricultor, ao vender seu produto deverá emitir a Nota Fiscal de Produtor, e na ausência desta, o Convenente deverá emitir Nota Fiscal avulsa. Em todos os casos, os custos da emissão de Nota Fiscal ficarão a cargo do Convenente com os recursos destinados à contrapartida.

A entidade ou programa beneficiário emitirá quantas vias forem necessárias do Termo de Recebimento e Aceitabi-lidade, na ocasião da entrega do produto, de forma que permaneça com uma das vias para controle.

O prazo de entrega do produto deverá ser estabelecido na Proposta de Participação, devendo o seu controle ser realizado por cada instituição beneficiária. A entidade deverá manter arquivadas, sob alguma forma de controle, as informações acerca dos produtos recebidos e suas quantidades, freqüências e datas de entrega, percentual de aceitabilidade e qualidade e a quantidade de pessoas beneficiadas.

Em casos excepcionais, poderão ocorrer ajustes ou alterações nas quantidades pactuadas na Proposta de Participa-ção por meio da apresentação de justificativa em ofício específico acerca das mudanças necessárias com a devida aprovação do Convenente.

Será permitida a substituição do produto pactuado por produto similar, desde que aceito pelo beneficiário consu-midor. Para tanto, o proponente da substituição deverá apresentar a lista de produtos originais e os substitutos à entidade ou programa beneficiário.

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Os produtos deverão ser entregues:

a) dentro dos padrões de qualidade exigidos pelas entidades beneficiárias consumidoras;b) respeitando os padrões de qualidade exigidos pelos órgãos de vigilância sanitária;c) limpos e acondicionados de forma adequada.

As pessoas indicadas nos cadastros das entidades beneficiárias consumidoras ficarão responsáveis pelo recebimen-to dos produtos doados.

Somente serão aceitos Termos de Recebimento e Aceitabilidade assinados por pessoas identificadas no cadastro.

As pessoas responsáveis pelo recebimento dos alimentos doados deverão:

a) conferir a compatibilidade da variedade (itens entregues) e da quantidade (peso) com o pactuado na Proposta de Participação;

b) verificar a qualidade dos produtos quanto à embalagem;c) verificar prazos de vencimento e qualidade para consumo.

15. Pagamento O pagamento aos agricultores familiares deverá ser efetuado no prazo de até 10 (dez) dias a partir da data de re-cebimento da documentação, devendo o produtor indicar a instituição bancária, o número da agência e da conta corrente para o recebimento do valor referente à venda do produto.

Caso o produtor não possua conta bancária, deverá se dirigir a qualquer agência do banco em que o Convenente tenha aberto a conta vinculada, portando CPF e documentos oficiais de identificação, a fim de receber o pagamen-to devido. O pagamento poderá ser feito mediante cheque nominativo, ordem bancária ou transferência eletrônica disponível.

Nos casos em que o pagamento for efetuado em conta bancária da organização formal ou informal para posterior repasse aos agricultores de forma individual, o Convenente deverá exigir comprovação do recebimento do valor referente à venda de cada agricultor associado ou cooperado com as seguintes informações:

a) identificação e o endereço completo do remetente (fornecedor) e do destinatário (associação ou cooperativa);b) a quantidade, a descrição e o valor das mercadorias;c) o número e a data da Nota Fiscal do Produtor;d) a data e a assinatura do destinatário.

16. Parcerias A fim de atingir os objetivos de superação dos gargalos e de minimização dos custos da produção familiar, reco-menda-se a busca de parcerias com:

a) Prefeituras para apoio logístico (transporte, acondicionamento, carga e descarga etc.) na etapa de entrega dos alimentos às entidades beneficiárias;

b) Institutos de Assistência Técnica e Universidades para apoio na organização produtiva;c) Banco do Brasil e outras entidades bancárias oficiais para facilitar o acesso ao sistema bancário;d) Universidades para capacitação das entidades sócio-assistenciais na manipulação de alimentos e para avaliação

do impacto nutricional e social do Programa.

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17. Obrigações e Responsabilidades

17.1. Compete ao Convenente:

1. executar fielmente o objeto pactuado, de acordo com o Plano de Trabalho;

2. receber e movimentar os recursos financeiros relativos ao Convênio em conta bancária específica, inclusive os resultantes de sua eventual aplicação no mercado financeiro, aplicando-os, de conformidade com o Plano de Trabalho, exclusiva e tempestivamente, no cumprimento do objeto do Convênio;

3. facilitar a supervisão e fiscalização pelo Concedente, permitindo-lhe o acompanhamento “in loco” e fornecendo, sem-pre que solicitadas, as informações e documentos relacionados com a execução e operacionalização do Programa;

4. garantir que a seleção e o cadastramento dos agricultores familiares atendam aos critérios definidos pelo Concedente;

5. promover o apoio e a assistência técnica aos agricultores para sua organização e participação no Programa;

6. adquirir os produtos agropecuários produzidos por agricultores familiares que se enquadrem no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, até o limite estabelecido de R$ 3.500,00 por agricultor a cada ano civil, durante a execução do Convênio, consoante o disposto no art.19, Parágrafo 2º da Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003 e art. 5º do Decreto nº 5.873, de 15 de agosto de 2006;

7. manter atualizada a escrituração contábil específica dos atos e fatos relativos à execução e operacionalização do Convênio, para fins de monitoramento, fiscalização, acompanhamento e avaliação dos resultados obtidos;

8. garantir que a seleção e o cadastramento das entidades beneficiárias sejam monitorados pelo Conselho Muni-cipal de Segurança Alimentar - COMSEA ou outro conselho municipal;

9. fiscalizar a qualidade dos produtos agropecuários adquiridos por força do Convênio e garantir a sua distribui-ção periódica nos locais pré-estabelecidos;

10. assegurar que os alimentos oriundos do Programa de Aquisição de Alimentos sejam utilizados de forma com-plementar à alimentação escolar, no caso específico de atendimento de escolas públicas, solicitando-se dos mu-nicípios beneficiários a emissão de Declaração de Aplicação de Recursos, assinada pelos Prefeitos, dizendo que aplicará integralmente os recursos liberados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE na alimentação escolar;

11. priorizar a seleção de municípios localizados na área de abrangência da Associação Civil Consórcio de Segu-rança Alimentar e Desenvolvimento Local - CONSAD;

12. responsabilizar-se por todos os encargos de natureza trabalhista e previdenciária, inclusive os decorrentes de eventuais demandas judiciais relativas a recursos humanos utilizados na execução do objeto do Convênio, bem como por todos os ônus tributários ou extraordinários que incidam sobre o Convênio;

13. assegurar e destacar, obrigatoriamente, a participação do Governo Federal em toda e qualquer ação promocio-nal ou não, relacionada com a execução do objeto, incluindo textos e, obedecido o modelo-padrão estabelecido, apor as marcas do Concedente (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Fome Zero) nas embalagens, material informativo ou educativo, placas, painéis e outdoors de identificação do Programa custe-ado com os recursos do Convênio, consoante o disposto na Instrução Normativa nº 31, de 10 de setembro de 2003, publicada no Diário Oficial da União de 11/09/2003, da Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República (SECOM/PR), desenvolvidos conjuntamente ou com a devida aprovação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

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14. apresentar prestação de contas parcial, antes da liberação da terceira parcela, referente à aplicação dos recursos da primeira parcela recebida e dos de contrapartida oferecida no período, composta da documentação especi-ficada na Instrução Normativa nº. 01/97, e assim sucessivamente;

15. apresentar a prestação de contas final, com observância do prazo e na forma estabelecidos, respectivamente, na Instrução Normativa n°.01/97;

16. supervisionar e coordenar, no seu âmbito, as ações que assegurem a implementação satisfatória do objeto do Convênio, orientando os parceiros locais e os beneficiários sobre os canais de exigibilidade de direitos e de encaminhamento de denúncias e dúvidas acerca do Programa;

17. até que haja completa migração e entrada de dados diretamente no Sistema Unificado de Gestão de Infor-mações do PAA – SisPAA, manter atualizado banco de dados referente às informações dos beneficiários do Programa e enviar à Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, até o dia 10 (dez) de cada mês, relatórios mensais com base municipal, em formato digital, contendo:

a relação de beneficiários produtores que forneceram alimentos ao programa no mês a que se refere o relatório, discriminando: nome completo, CPF, número de DAP (Declaração de Aptidão ao PRO-NAF), grupo de enquadramento no PRONAF (A,B,C,D), valor recebido e o volume de produtos fornecidos (em toneladas);

b relação de entidades atendidas, discriminando: razão social, número de inscrição no CNPJ e endere-ço, assim como número e perfil de pessoas beneficiadas por entidade;

18. comunicar ao Concedente por ofício qualquer alteração, substituição ou correção dos dados encaminhados por meio dos relatórios mensais;

19. permitir o livre acesso de servidores da Secretaria Federal de Controle Interno da Controladoria-Geral da União, a qualquer tempo e lugar, a todos os atos e aos registros dos fatos relacionados, direta ou indiretamente, com a execução e operacionalização do Convênio, quando em missão de auditoria e fiscalização;

20. por ocasião do encerramento do prazo estipulado para a conclusão do objeto pactuado, ou no caso de de-núncia, rescisão ou extinção do Convênio, recolher à Conta Única do Tesouro Nacional o saldo não aplicado, utilizando a Guia de Recolhimento da União - GRU, disponível no site www.tesouro.fazenda.gov.br, portal SIAFI, informando a Unidade Gestora (UG) 550008 e Gestão 00001 (Tesouro);

21. constituir um Comitê Gestor Estadual do PAA com a participação de membros do CONSEA, Governo Esta-dual, CONAB, demais órgãos diretos e indiretos e representações dos movimentos sociais envolvidos com o Programa de Aquisição de Alimentos, cuja atribuição consistirá em gerir e qualificar a execução do Programa no que se refere ao planejamento de aquisições e doações, ao mapeamento e seleção dos agricultores familiares e das entidades sócio-assistenciais mais carentes, à apuração de denúncias, à interlocução com os atores envol-vidos, à supervisão do cumprimento das obrigações das entidades executoras e demais parceiros, bem como às demais atividades que demandem decisão conjunta dos representantes que o compõem;

22. viabilizar os meios para que a Comitê Gestor Estadual homologue a seleção das entidades e dos agricultores familiares beneficiados pelo Programa a partir das Propostas de Participação oriundas dos parceiros locais;

23. disponibilizar ao Comitê Gestor Estadual os meios, informações e mecanismos necessários para o acompanha-mento da execução do PAA;

24. adotar todas as medidas necessárias à correta execução do Convênio, mediante procedimentos de fiscaliza-ção in loco para verificar o andamento das ações do Programa.in loco para verificar o andamento das ações do Programa.in loco

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17.2. Compete aos parceiros e operadores locais:

1. divulgar o PAA para os agricultores familiares e entidades sócio-assistenciais no âmbito local;

2. acompanhar a seleção das entidades beneficiárias e dos agricultores familiares;

3. elaborar a Proposta de Participação em conjunto com os agricultores familiares e as entidades sócio-assistenciais;

4. manter arquivado cadastro atualizado com todas as informações referentes aos beneficiários e enviar aos ges-tores estaduais, sempre que solicitado, conforme o item 17.1, nº. 17;

5. acompanhar a distribuição/entrega dos produtos às entidades sócio-assistenciais beneficiárias;

6. fiscalizar a qualidade dos produtos entregues às entidades sócio-assistenciais beneficiárias;

7. acompanhar a implantação, execução e resultados gerados pelo PAA junto aos beneficiários produtores e con-sumidores; e

8. cumprir demais obrigações assumidas.

17.3. Compete ao agricultor familiar beneficiário:

1. participar de ações relativas à assistência técnica, seminários, oficinas de capacitação e demais eventos do gênero;

2. garantir o fornecimento dos produtos agropecuários, conforme estabelecido na Proposta de Participação;

3. apresentar ao operador local as Notas Fiscais e demais documentos referentes à entrega do produto e ao res-pectivo pagamento;

4. prestar as informações solicitadas pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Comitê Gestor Estadual e demais órgãos operadores para o monitoramento e fiscalização das ações do PAA; e

5. cumprir demais obrigações assumidas com os órgãos operadores.

17.4. Compete às entidades sócio-assistenciais beneficiárias:

1. emitir o Termo de Recebimento e Aceitabilidade dos alimentos recebidos, permanecendo com uma via do docu-mento;

2. participar das ações de capacitação, tais como cursos de boas práticas de higiene, manipulação de alimentos, aprovei-tamento integral dos alimentos, noções de elaboração de cardápio e de alimentação equilibrada;

3. prestar as informações solicitadas pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Comitê Gestor Estadual e demais órgãos operadores, para o monitoramento e fiscalização das ações do PAA;

4. garantir a guarda e disponibilizar, quando solicitado, os seguintes documentos: via do Termo de Recebimento e Aceitabilidade; cópia/via da Nota Fiscal; cadastro das pessoas atendidas pela entidade; relação discriminada dos pro-dutos recebidos do PAA (data do recebimento / fornecedor / discriminação / quantidade / valor unitário / valor total); registro de ocorrências relacionadas à entrega dos alimentos do PAA e cardápios semanais preparados com os alimentos do PAA; e

5. manter estrutura física e local adequados para o armazenamento dos alimentos recebidos de doações do PAA.

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18. Acompanhamento e Avaliação O Convenente deverá utilizar os indicadores definidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para o acompanhamento, monitoramento e avaliação do Programa. Caso o Convenente selecione outros indicadores não contemplados na relação sugerida pelo MDS, o Concedente deverá ser informado com a descrição dos mesmos.

O indicador é o elemento capaz de medir a evolução do problema. Deve ser coerente com o objetivo do Programa, passível de desagregação, sensível à contribuição das principais ações, apurável em tempo oportuno, atualizado periodicamente e gozar de confiabilidade.

Permite, portanto, a mensuração dos recursos utilizados, do esforço operacional aplicado, dos resultados quan-titativos e qualitativos e do impacto alcançado com a execução do Programa. Pode ser estabelecido mais de um indicador, inclusive aqueles que guardem relação indireta com o objetivo, mas que reflitam, em algum grau, sua eficiência, eficácia e efetividade.

As demais formas de acompanhamento e avaliação a serem utilizadas pelo Convenente seguem abaixo:

– Seminários e reuniões;– Visitas in loco;– Análise da evolução das metas por meio do acompanhamento do cadastro dos beneficiários efetivamente

atendidos;– Parcerias com Universidades e Institutos de Pesquisa.

19. Controle Social No âmbito estadual, o controle será exercido pelo CONSEA – Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nu-tricional, que poderá constituir comissão técnica para acompanhar a execução do programa no Estado. No âmbito municipal, o controle será exercido pelo COMSEA – Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional ou, na ausência deste, admitir-se-á o cumprimento desta função por um dos seguintes conselhos: Conselhos de Alimentação Escolar, Conselhos Municipais de Saúde, Conselhos Municipais de Assistência Social, Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável e outros conselhos afins.

20. DivulgaçãoO Convenente deverá consultar as informações e os manuais de identidade visual6 para a utilização das marcas do Governo Federal nos materiais informativos de divulgação do Programa, tais como folders, placas e outros. Ade-mais, deverá submetê-los à apreciação e aprovação prévia do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS.

21. Legislação Básica

Lei 10.696/2003Decreto 5.873/2006

6 - http://www.mds.gov.br/servicos/publicidade/marcas-1.

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Portaria MDS número 312/2006Resolução número 12/2004Resolução número 19/2006Portaria MDA número 111/2003Instrução Normativa STN número 01/1997Lei 8.666/1993

22. LinksMinistério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (www.mds.gov.br)Fome Zero (www.fomezero.gov.br)Companhia Nacional de Abastecimento (www.conab.gov.br)Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (https://www.planalto.gov.br/consea/exec/index.cfm)Convênios (http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/PUBLICACOES/CLASSIFICACAO/CONVENIOS/CONVENIOS_E_OUTROS_REPASSES.PDF)Gestão de Recursos Federais (http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/ManualGestaoRecursosFederais/Arquivos/cartilha_GestaoRecursosFederais.pdf)DAP (http://www.mda.gov.br/saf/index.php?sccid=698)PRONAF (http://www.pronaf.gov.br/)Guia Alimentar para a População Brasileira (http://dtr2004.saude.gov.br/nutricao/guia_conheca.php)ANVISA

23. Anexos

ANEXO ICoordenação Geral de Apoio à Vigilância Alimentar e Nutricional

Orientações para o preenchimento do Plano de TrabalhoPrograma de Aquisição de Alimentos

Compra Direta Local da Agricultura Familiar Convênios Estaduais

1. Introdução

A proposta do governo estadual interessado deverá ser encaminhada ao titular do Ministério por meio de Plano de Trabalho e Projeto contendo, obrigatoriamente, os itens previstos nos modelos de formulários e as instruções de preenchimento respectivas, contidas na IN/STN-MF Nº. 01/97.

As orientações descritas neste Manual de Preenchimento não substituem o disposto na IN/STN-MF Nº. 01/97, pois objetivam apenas tratar do preenchimento de questões específicas do Plano de Trabalho adotado a partir de 2007 pela Coordenação Geral de Apoio à Vigilância Alimentar e Nutricional na modalidade Compra Direta Local da Agricultura Familiar no âmbito dos convênios firmados com os Estados.

Considerando o inciso III do Art. 49 da Lei nº 11.439, de 29 de dezembro de 2006, as orientações de preenchi-mento do modelo de Plano de Trabalho adotado visam o cumprimento da obrigação dos órgãos concedentes de adotar procedimentos claros, objetivos, simplificados e padronizados que orientem os interessados.

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2. Dados Cadastrais

Esse campo deve ser preenchido com informações atuais.

2.1. Entidade executora ou interveniente

O Plano de Trabalho deverá apontar a entidade executora ou interveniente nos casos em que o Proponente não executar diretamente o Programa, ou seja, quando delegar a execução para outra instituição estadual. Nesse senti-do, recomenda-se a inclusão de entidades ou órgãos estaduais de assistência técnica como entidades executoras ou intervenientes afins ao objeto e ao público-alvo do Programa.

3. Título do Projeto

Este campo deverá conter o seguinte título:

“Programa de Aquisição de Alimentos – Compra Direta Local da Agricultura Familiar.”

3.1. Título do Projeto

Este campo deverá conter a seguinte descrição do objeto:“Aquisição de alimentos da agricultura familiar e sua destinação para o atendimento das demandas de suplemen-tação alimentar e nutricional de programas sociais locais com vistas à superação da vulnerabilidade alimentar de parcela da população.”

As metas não deverão ser mencionadas na descrição do objeto tendo em vista que possuem um campo próprio para tal. A I.N./STN Nº 01/97 veda a alteração do objeto enquanto que as metas podem ser ajustadas ao longo da vigência do convênio por meio de aditamentos.

4. Período de Execução

Neste campo, indicar o mês e o ano de início e de término da execução do objeto.

O Concedente conjuntamente com o Proponente estabelecerão no Termo de Convênio o período de vigência, que será fixado de acordo com o prazo previsto para a consecução do objeto e em função das metas estabelecidas no Plano de Trabalho.

5. Justificativa

O texto deverá justificar a necessidade do Programa no Estado e a capacidade do Proponente de cumprimento do objeto por meio da descrição suscinta dos seguintes itens:

- indicadores de insegurança alimentar e nutricional;- ndice de desenvolvimento humano do Estado;- número e percentual da população em situação de vulnerabilidade social;- número e percentual de agricultores familiares por grupo do PRONAF;- principais alimentos produzidos pela agricultura familiar e/ou potencial produtivo;- critério de seleção dos produtos a serem adquiridos e doados (descrever se a necessidade alimentar e nutricional

da entidade é considerada no momento de planejamento das aquisições);- critério de seleção dos municípios, além da prioridade estabelecida para municípios pertencentes à região de

Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local - CONSAD;- relação dos municípios a serem atendidos;

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- capacidade operacional do Proponente e da entidade executora e/ou interveniente, citando a estrutura física e recursos humanos disponíveis para a operacionalização do Programa bem como seu papel na execução do PAA e a capilaridade da entidade executora nos municípios;

- parcerias e seus papéis;- formas e instrumentos de parceria com os municípios (adesão, cooperação, Convênio, etc).- número de entidades sócio-assistenciais existentes no Estado;- perfil das entidades sócio-assistenciais prioritárias (escolas, asilos, etc) a serem atendidas pelo Programa e capa-

cidade de promoção da segurança alimentar às pessoas atendidas;- fatores e condicionantes favoráveis e desfavoráveis à implantação e desenvolvimento do Programa.

6. Cronograma de Execução

No Cronograma de Execução, as metas físicas devem ser indicadas para o período completo de vigência.

A partir de 2007, além das metas físicas referentes ao número de agricultores familiares, de entidades, de pessoas e de municípios atendidos, esse campo incorpora a meta física relativa à quantidade de alimentos adquiridos e doados, mensurados em toneladas, a fim de atender às exigências do Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

O SIGPlan é o instrumento que organiza e integra a rede de gerenciamento do Plano Plurianual (PPA), sendo utilizado pelos Órgãos Setoriais, Presidência da República, Casa Civil, Ministérios e outras Entidades, propi-ciando uma visão global da execução do PPA por meio de informações atualizadas sobre a evolução física e financeira dos programas.

7. Cronograma de Execução Físico-Financeira

O Cronograma de Execução Físico-Financeira também segue o modelo existente no SIGPLAN com a discrimina-ção das metas físicas e financeiras previstas por mês.

O planejamento das metas físicas a serem apontadas no Plano de Trabalho deverá considerar que é termi-nantemente proibida a acumulação do número de beneficiários produtores, entidades e pessoas, ou seja, o beneficiário não poderá ser recontado no mesmo ano civil, pois não representará a realidade das metas alcançadas.

A meta relativa ao número de agricultores familiares beneficiados deve considerar uma única contagem do agri-cultor por ano civil, independentemente do número de operações de compra, posto que o limite de R$ 3.500,00 é dado por ano, conforme o Decreto nº. 5.873/2006.

A meta relativa ao número de entidades beneficiadas deve considerar uma única contagem da entidade por ano civil, independentemente do número de doações de alimentos recebidas pela mesma entidade social.

A meta relativa ao número de pessoas beneficiadas deve considerar a capacidade mensal de atendimento das enti-dades conforme o número de vagas disponíveis ou os relatórios acerca do número de atendimentos, informados pelas próprias entidades, Secretarias Estaduais e Municipais responsáveis.

A meta relativa ao número de Municípios atendidos deverá considerar as localidades onde são produzidos e adqui-ridos os alimentos.

A meta relativa à quantidade de alimentos adquiridos deverá ser apresentada em toneladas.

Em suma, recomenda-se que o planejamento das metas físicas a serem atingidas considere a capacidade real de cumprimento do objeto por parte do Proponente.

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Passa a fazer parte integrante do Plano de Trabalho a planilha abaixo de planejamento da execução físico-finan-ceira do Programa no Estado tendo em vista as necessidades de preenchimento das colunas de previsão inicial e o realizado constantes do SIGPLAN.

Obs: Essa planilha deverá ser preenchida com os valores destinados à aquisição de alimentos, que serão disponi-bilizados pelo MDS

8. Plano de Aplicação - Contrapartida

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por intermédio da SESAN, participará financeira-mente na execução do Programa com recursos financeiros e o Proponente com seus recursos financeiros, bens ou serviços economicamente mensuráveis, disponibilizados para os gastos com a contrapartida, de acordo com as normas estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias vigente na época do Convênio.

Recomenda-se ao Convenente a inclusão dos seguintes itens nas despesas com contrapartida para o bom êxito do Programa:

– realização de seminários, cursos e reuniões de orientação operacional e capacitação técnica periódica dos bene-ficiários produtores;

– realização de ações de capacitação periódica das entidades beneficiárias consumidoras acerca da manipulação correta dos alimentos com noções de higiene, nutrição e aproveitamento integral, bem como da alimentação de pessoas com necessidades especiais (crianças, idosos, diabéticos, celíacos, etc.);

– realização de seminários de avaliação do Programa com a participação efetiva de beneficiários produtores e consumidores;

– divulgação do Programa, informando os canais de encaminhamento de denúncias e dúvidas;– custos das Notas Fiscais;– demais despesas permitidas pela legislação pertinente que o Convenente considerar necessárias para o cumpri-

mento do objeto.

UFMetas Metas Metas FMetas Físicassicassicas

Prev. Inicial Prev. ProdutorProdutor Prev. Prev.

EntidadesEntidadesPrev.

PessoasPessoasPrev.

ToneladasToneladasJaneiro/2007Janeiro/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Fevereiro/2007Fevereiro/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00MarMarçço/2007o/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Abril/2007Abril/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Maio/2007Maio/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Junho/2007Junho/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Julho/2007Julho/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Agosto/2007Agosto/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Setembro/2007Setembro/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Outubro/2007Outubro/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Novembro/2007Novembro/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Dezembro/2007Dezembro/2007 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Janeiro/2008Janeiro/2008 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Fevereiro/2008Fevereiro/2008 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00MarMarçço/2008o/2008 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00Abril/2008Abril/2008 R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00TotalTotal R$ 0,00R$ 0,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00 0,000,00

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

27

Os códigos de elemento de despesa para a contrapartida do Proponente podem ser os seguintes:

O Proponente poderá destinar recursos da Contrapartida para a aquisição de alimentos com vistas à potencializa-ção das ações do Programa.

Todas as despesas com contrapartida deverão ser discriminadas detalhadamente na memória de cálculo que deverá ser encaminhada como anexo do Plano de Trabalho.

Ademais, cabe ressaltar que é vedado o pagamento com recursos do convênio a servidores estaduais e municipais por serviços de consultoria e assistência técnica, nos termos do Art. 8º, II da IN/STN nº 01/1997, conforme segue abaixo:

“Art. 8º É vedada a inclusão, tolerância ou admissão, nos convênios, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade do agente, de cláusulas ou condições que prevejam ou permitam:

I - ...

II – pagamento, a qualquer título, a servidor ou empregado público, integrante de quadro de pessoal de órgão ou entidade pública da administração direta ou indireta, por serviços de consultoria ou assistência técnica;”

Nesse sentido, dispõe a I.N./STN nº 01/97 e a Lei de Diretrizes Orçamentárias que o intuito da referida vedação é evitar que o servidor perceba dupla remuneração (uma do ente federado e outra do Convênio) ou somente uma remuneração oriunda do recurso federal transferido para o Convenente. Dessa forma, está afastada a vedação quando o ente federado remunerar seu servidor de forma totalmente independente do Convênio e decidir destinar os serviços deste ao Convênio.

É fundamental que as regras de apuração do esforço a ser disponibilizado pelo Convenente sejam indicadas cla-ramente conjuntamente com os parâmetros de mensuração da participação dos servidores na execução do objeto que serão utilizados.

A remuneração dos servidores, bem como o pagamento de diárias e passagens, deverão estar previstos no Plano de Trabalho e estarão condicionados à comprovação de sua necessidade e efetiva aplicação na consecução do ob-jeto do convênio, além de serem devidamente motivadas, planejadas e comprováveis no momento da prestação de contas ou quando solicitada pelo Concedente.

De acordo com o Despacho nº. 642 AECI/GM/MDS-2006, a correta utilização dos recursos de contrapartida requer o atendimento das seguintes orientações:

– o pagamento de diárias, passagens e despesas de locomoção deverá se ater a pessoal especificamente vinculado ao Programa e para deslocamentos a ele relacionados;

– as despesas com combustível somente poderão ser aceitas na medida em que possam ser economicamente mensuráveis e que existam controles, os quais permitam verificar se o uso é exclusivo para fins relativos ao objeto;

Contrapartida CódigoDiárias 14Material de Consumo 30Material de Distribuição Gratuita 32Passagens e Despesas de Locomoção 33Contratação de Serviços de Terceiros - PF 36Contratação de Serviços de Terceiros - PJ 39Obrigações Tributárias e Contributivas 47

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

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– a locação de veículos deverá ser restrita apenas às necessidades do Programa, devendo se dar por meio de pro-cesso licitatório público;

– os gastos com divulgação deverão ser previamente discriminados, submetidos à área técnica para aprovação;– os serviços de terceiros – pessoa física não poderão envolver o pagamento, a qualquer título, de valores do

Convênio a servidores públicos da administração direta e indireta.

9. Cronograma de Desembolso

Deve-se considerar o cronograma de execução e o objeto do convênio como parâmetros para definir o número de parcelas para liberação dos recursos, privilegiando-se, sempre que possível, o repasse de recursos de forma parce-lada, conforme orientação do Tribunal de Contas da União (a título de exemplo, Acórdão 1745/2003 – Plenário).

A contrapartida deverá ser disponibilizada, preferencialmente, nos meses previstos para repasse dos recursos pelo Concedente.

10. Declaração

Esse campo deverá ser assinado pelo Governador do Estado nos casos em que não houver delegação de compe-tência para tal fim.

11. Projeto

O projeto deverá apresentar, detalhadamente, a proposta de implantação do Programa com a situação da agricul-tura familiar, das entidades sociais e das pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional no Estado, a importância do Programa para os problemas locais, o papel de cada partícipe na execução do Programa, a forma de operacionalização em suas diversas etapas/fases, a justificativa para adoção de tal forma, citando as peculiari-dades locais e seu impacto na execução, bem como todos os itens solicitados para o campo Justificativa do Plano de Trabalho de forma mais aprofundada juntamente com o cronograma de atividades, de acordo com o modelo estipulado pelo Ministério7.

7 - Anexo III.

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

29

ANEXO II

1. ENTIDADE PROPONENTE1. ENTIDADE PROPONENTE

Órgão/Entidade CNPJ E.A

Endereço

Município UF CEP

E-mail DDD/Telefone DDD/Fax

Conta Corrente Banco Agência Praça do Pagamento

Nome do Responsável Cargo CPF

CI/Órgão Expedidor Função Matrícula

Endereço Residencial

Município UF CEP

E-mail DDD/Telefone DDD/Celular

2. ENTIDADE EXECUTORA OU INTERVENIENTE (SE HOUVER)2. ENTIDADE EXECUTORA OU INTERVENIENTE (SE HOUVER)2. ENTIDADE EXECUTORA OU INTERVENIENTE (SE HOUVER)2. ENTIDADE EXECUTORA OU INTERVENIENTE (SE HOUVER)2. ENTIDADE EXECUTORA OU INTERVENIENTE (SE HOUVER)2. ENTIDADE EXECUTORA OU INTERVENIENTE (SE HOUVER)

Órgão/Entidade CNPJ E.A

Endereço

Município UF CEP

E-mail DDD/Telefone DDD/Fax

Conta Corrente Banco Agência Praça do Pagamento

Nome do Responsável Cargo CPF

CI/Órgão Expedidor Função Matrícula

Endereço Residencial

Município UF CEP

E-mail DDD/Telefone DDD/Celular

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

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3 – DESCRIÇÃO DO PROJETOTítulo do Projeto: Período de Execução

Programa de Aquisição de Alimentos – Compra Direta Local da Agricultura Familiar

Início Término

Identificação do Objeto:

Aquisição de alimentos da agricultura familiar e sua destinação para o atendimento das demandas de suplementação alimentar e nutricional de programas sociais locais com vistas à superação da vulnerabilidade alimentar de parcela da população.

Justificativa da Proposição:

4. CRONOGRAMA DE EXECU4. CRONOGRAMA DE EXECU4. CRONOGRAMA DE EXECU4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃÇÃÇÃÇÃO (META, ETAPA OU FASE)O (META, ETAPA OU FASE)O (META, ETAPA OU FASE)O (META, ETAPA OU FASE)O (META, ETAPA OU FASE)O (META, ETAPA OU FASE)O (META, ETAPA OU FASE)O (META, ETAPA OU FASE)O (META, ETAPA OU FASE)O (META, ETAPA OU FASE)

Meta Etapa/Etapa/Etapa/Etapa/FaseFase Especificação Indicador Físico Duraçãção

Unidade Qtde.Qtde.Qtde.Qtde. Início Término

1 1Compra de produtos dos agricultores familiares

Produtor

2 1 Municípios atendidos Municípios

3 1 Distribuição dos produtos adquiridos

Entidades atendidas Entidades

Pessoas atendidas Pessoas4 1 Alimentos adquiridos Toneladas

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

31

5. CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO / ESTIMATIVA DE CUSTOS/RECURSOS

UF

Metas Financeiras Metas Físicas

Prev. Inicial Prev. Produtor

Prev. Municípios

Prev. Entidades

Prev. Pessoas

Prev. Toneladas

Janeiro/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fevereiro/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Março/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Abril/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Maio/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Junho/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Julho/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Agosto/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Setembro/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outubro/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Novembro/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Dezembro/2007 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Janeiro/2008 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fevereiro/2008 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Março/2008 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Abril/2008 R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total R$ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

32

6. PLANO DE APLICAÇÃO (R$ 1,00)

Natureza da DespesaNatureza da DespesaNatureza da Despesa Total Condedente ProponenteCódigodigo EspecificaEspecificação

Total Geral

7. CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO

CONCEDENTE

Metas MêsValor

Total

PROPONENTE (CONTRAPARTIDA)

Metas MêsValor

Total

8. DECLARAÇÃONa qualidade de representante legal do proponente, declaro, para fins de prova junto ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, para os efeitos e sob as penas da lei, que inexiste qualquer débito em mora ou situação de inadimplência com o Tesouro Nacional ou qualquer órgão ou entidade da administração Pública Federal, que impeça a transferência de recursos oriundos de dotações consignadas nos orçamentos da União, na forma deste plano de trabalho e sob as penas do art. 299 do Código Penal.

Neste Termos Pede Deferimento

Local e Data ProponenteCargo

9. APROVAÇÃO PELO CONCEDENTE APROVADO

Local e Data Concedente

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

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ANEXO IIIClassificação dos produtores rurais ao Pronaf participantes do PAA

Grupo A

Agricultores familiares assentados pelo Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) ou beneficiários do Programa de Crédito Fundiário do Governo Federal que ainda não foram contemplados com operação de investimento sob a égide do Programa de Crédito Especial para Reforma Agrária (Procera) ou que não foram contemplados com o limite do crédito de investimento para estruturação no âmbito do Pronaf; (Res 3206)

Estão incluídos no Grupo A de que trata a alínea anterior os agricultores familiares reas-sentados em função da construção de barragens para aproveitamento hidroelétrico e abas-tecimento de água em projetos de reassentamento, desde que observado o disposto na Lei 4.504, de 30/11/1964, especialmente em seus artigos 60 e 61, bem como no art 5º, caput e incisos II, III e IV, do Decreto 3.991, de 30/10/2001, e ainda as seguintes condições: (Res 3383 art 1º I/III, § 1º).

I – não detenham, sob qualquer forma de domínio, área de terra superior a um módulo fiscal, compreendida a que detiver o cônjuge e/ou companheiro (a); Res 3383 art 1º I)

II – tenham recebido, nos doze meses que antecederem à solicitação de financiamento, renda bruta anual familiar de, no máximo, R$14.000,00 (quatorze mil reais); (Res 3383 art 1º II)

III – tenham sido reassentados em função da construção de barragens cujo empreendi-mento tenha recebido licença de instalação emitida pelo órgão ambiental responsável antes de 31/12/2002; (Res 3383 art 1º III)

IV – a DAP seja emitida com a observância da regulamentação da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento

Agrário e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e confirme a situação de agricultor familiar reassentado em função da construção de barragens e a observância das condições referidas nesta alínea; (Res 3383 art 1º § 2º)

Grupo B

Agricultores familiares que: (Res 3206; Res 3375 art 1º IX)

I – explorem parcela de terra na condição de proprietário, posseiro, arrendatário ou par-ceiro; (Res 3206)

II – residam na propriedade ou em local próximo; (Res 3206)

III – não disponham, a qualquer título, de área superior a 4 (quatro) módulos fiscais, quan-tificados segundo a legislação em vigor; (Res 3206)

IV – obtenham, no mínimo, 30% (trinta por cento) da renda familiar da exploração agro-pecuária e não agropecuária do estabelecimento; (Res 3206)

V – tenham o trabalho familiar como base na exploração do estabelecimento; (Res 3206)

VI – obtenham renda bruta anual familiar de até R$ 3.000,00 (três mil reais), excluídos os benefícios rurais e os proventos previdenciários decorrentes de atividades rurais; (Res 3206; Res 3375 art 1º IX)

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

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Grupo C

Agricultores familiares que: (Res 3206; Res 3375 art 1º X)

I – explorem parcela de terra na condição de proprietário, posseiro, arrendatário, parceiro ou concessionário do PNRA; (Res 3206)

II – residam na propriedade ou em local próximo; (Res 3206)

III – não disponham, a qualquer título, de área superior a 4 (quatro) módulos fiscais, quan-tificados segundo a legislação em vigor; (Res 3206)

IV – obtenham, no mínimo, 60% (sessenta por cento) da renda familiar da exploração agropecuária e não agropecuária do estabelecimento; (Res 3206)

V – tenham o trabalho familiar como predominante não exploração do estabelecimento, utilizando apenas eventualmente o trabalho assalariado, de acordo com as exigências sazo-nais da atividade agropecuária; (Res 3206)

VI – obtenham renda bruta anual familiar de até R$ 3.000,00 (três mil reais) e até R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais), excluídos os benefícios rurais e os proventos previdenciá-rios decorrentes de atividades rurais; (Res 3206; Res 3375 art 1º X)

Grupo D

Agricultores familiares que: (Res 3206; Res 3375 art 1º XII)

I – explorem parcela de terra na condição de proprietário, posseiro, arrendatário ou parcei-ro do PNRA; (Res 3206)

II – residam na propriedade ou em local próximo; (Res 3206)

III – não disponham, a qualquer título, de área superior a 4 (quatro) módulos fiscais, quan-tificados segundo a legislação em vigor; (Res 3206)

IV – obtenham, no mínimo, 70% (setenta por cento) da renda familiar da exploração agro-pecuária e não agropecuária do estabelecimento; (Res 3206)

V – tenham o trabalho familiar como predominante não exploração do estabelecimento podendo manter até 2 (dois) empregados permanentes, sendo admitido ainda o recurso eventual à ajuda de terceiros, quando a natureza sazonal da atividade o exigir; (Res 3206)

VI – obtenham renda bruta anual familiar acima de R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais) e até R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), incluída a renda proveniente de atividades de-senvolvidas no estabelecimento e fora dele, por qualquer componente da família, excluídos os benefícios sociais e os proventos previdenciários decorrentes de atividades rurais; (Res 3206; Res 3375 art 1º XII)

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

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Grupo E

Agricultores familiares que: (Res 3206; Res 3375 art 1º XIII)

I – explorem parcela de terra na condição de proprietário, posseiro, arrendatário, parceiro ou concessionário do PNRA; (Res 3206)

II – residam na propriedade ou em local próximo; (Res 3206)

III – não disponham, a qualquer título, de área superior a 4 (quatro) módulos fiscais, quan-tificados segundo a legislação em vigor; (Res 3206)

IV – obtenham, no mínimo, 80% (oitenta por cento) da renda familiar da exploração agro-pecuária e não agropecuária do estabelecimento; (Res 3206)

V – tenham o trabalho familiar como predominante não exploração do estabelecimento podendo manter até 2 (dois) empregados permanentes, admitido ainda o recurso eventual à ajuda de terceiros, quando a natureza sazonal da atividade o exigir (Res 3206)

VI – obtenham renda bruta anual familiar acima de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais) e até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), incluída a renda proveniente de atividades de-senvolvidas no estabelecimento e fora dele, por qualquer componente da família, excluídos os benefícios sociais e os proventos previdenciários decorrentes de atividades rurais; (Res 3206; Res 3375 art 1º XIII)

Grupos“B”, “C”,

“D” ou “E”

São também beneficiários e se enquadram nos grupos a seguir indicados, de acordo com a renda e a caracterização da mão-de-obra utilizada: (Res 3206; Res 3299 art 1º XIV)

Grupos “B”, “C”, “D” ou “E”: (Res 3206; Res 3299 art 1º VII a, b; Res 3375 art 1º XVI)I – pescadores artesanais que se dediquem à pesca artesanal, com fins comerciais, explo-rando a atividade como autônomos, com meios de produção próprios ou em regime de parceria com outros pescadores igualmente artesanais; (Res 3206; Res 3375 art 1º XVI)(*)

II – extrativistas que se dediquem à exploração extrativista ecologicamente sustentável; (Res 3206)

III – silvicultores que cultivem florestas nativas ou exóticas e que promovam o manejo sustentável daqueles ambientes; (Res 3206)

IV - aqüicultores, maricultores e psicultores que se dediquem ao cultivo de organismos que tenham na água seu normal ou mais freqüente meio de vida e que explorem área não superior a 2 (dois) hectares de lâmina d’água ou ocupem até 500 m3 (quinhentos metros cúbicos) de água, quando exploração se efetivar em tanque-rede; (Res 3206; Res 3299 art 1º VII a)

V – comunidades quilombolas que pratiquem atividades produtivas agrícolas e/ou não-agrícolas e de beneficiamento e comercialização de seus produtos; (Res 3299 art 1º VII b)

VI – povos indígenas que pratiquem atividades produtivas agrícolas e/ou não agrícolas e de beneficiamento e comercialização de seus produtos; (Res 3299 art 1º VII b)

VII – agricultores familiares que se dediquem à criação ou ao manejo de animais silvestres para fins comerciais, conforme legislação vigente; (Res 3299 art 1º VII b)

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

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ANEXO IVSugestão de Modelo de Projeto

1. Diagnóstico do Problema no Estado

- citar indicadores de pobreza e de insegurança alimentar e nutricional (número total de pessoas pobres no Esta-do x Total de habitantes do Estado, IDH, índices de desnutrição no Estado, etc)

- número total de agricultores familiares no Estado (independentemente de serem atendidos pelo PAA ou não);- número total de assentados, acampados e populações tradicionais existentes no Estado (quilombolas, indígenas, etc);- número total de entidades sociais no Estado ((independentemente de serem atendidos pelo PAA ou não);- situação da agricultura familiar (exemplo: excluída do mercado, presença de atravessadores, monocultura, êxodo

rural, etc);- situação das entidades sociais (exemplo: carência de alimentos, carência de recursos, pouca diversidade, meren-

da escolar insuficiente, etc);

2. Justificativa

- Citar a importância do PAA para o Estado.

3. Objetivos

– citar os objetivos do programa (exemplo: promover a segurança alimentar e nutricional á população beneficiá-ria, gerar renda e trabalho no campo, etc)

4. Apresentação da entidade proponente, executora e demais parceiros

– Identificar a entidade proponente, executora e interveniente, caso houver;– Justificar a necessidade de inclusão no Convênio da entidade executora e interveniente, caso houver;– Caracterizar a capacidade operacional, citando a estrutura física, os recursos humanos disponíveis para o pro-

grama e a capilaridade nos municípios (número de escritórios municipais, etc);– Apontar o coordenador estadual (nome e instituição);– Identificar os parceiros e a natureza de sua participação (finalidade);– Citar qual é o instrumento de parceria com os municípios (convênio, termo de adesão, etc).

5. Ações estaduais para o aprimoramento do Programa

- Citar todas as ações que foram adotadas pelo Estado para potencialização do Programa (Ex: criação de sistema informatizado de monitoramento, isenção de ICMS, integração com outros Programas, notas fiscais eletrônicas gratuitas para os agricultores etc).

6. Operacionalização

– Descrever o fluxo operacional (mapeamento dos beneficiários, seleção dos beneficiários produtores e consumi-dores, levantamento do potencial produtivo de cada município, compra, processo de distribuição dos alimentos, pagamento, etc);

– Indicar o papel e as responsabilidades da entidade executora e interveniente bem como dos demais parceiros nas principais etapas de operacionalização (EMATER Sede, SETHAS, Escritório Local, Município, Conselhos, etc).

Plano Operacional - Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

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7. Beneficiários

– Citar o perfil dos beneficiários produtores no Estado (qual é maior concentração: A ou B ou C ou D);– Citar o perfil das entidades beneficiárias (escolas, creches, asilos, APAES, etc);– Citar o critério de seleção das entidades beneficiárias (exemplo: carente de recursos ou atendimento de crianças

em idade escolar ou localização em bolsão de pobreza ou a critério de cada Consea municipal, etc).

8. Relação de Municípios que serão atendidos

– Apresentar a relação de municípios que serão atendidos;– Estimativa do número de agricultores familiares, entidades sociais e pessoas a serem atendidas por município;– Critério de seleção dos municípios.

9. Produtos

– Citar os principais produtos, próprios para consumo humano, que são comumente produzidos no Estado e passíveis de aquisição pelo Programa .

10. Monitoramento e Fiscalização

– Descrever qual a periodicidade e como será feita a fiscalização das compras (qualidade do produto, compatibi-lidade entre a quantidade adquirida descrita na Nota e a prevista na Proposta de Participação) e da distribuição dos alimentos (compatibilidade entre a qualidade e a quantidade descrita no Termo de Recebimento e o con-junto de alimentos efetivamente recebidos, criação de equipe, visitas às entidades, etc).

11. Cronograma de Atividades

– Apresentar a previsão dos meses em que ocorrerão o início das compras, as capacitações dos agricultores e das entidades sociais, seminário de avaliação, etc.