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COMEN Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas PLANO MUNICIPAL INTERSETORIAL DE POLÍTICA SOBRE DROGAS Plano Municipal Intersetorial de Política sobre Drogas PLAMIPED Produto 1: Proposta Metodológica

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COMENConselho Municipal de

Políticas Públicas sobre Drogas

PLANO MUNICIPAL INTERSETORIALDE POLÍTICASOBRE DROGAS

Plano Municipal Intersetorial de Política sobre Drogas

PLAMIPED

Produto 1: Proposta Metodológica

Projeto: Elaboração do Plano Municipal Intersetorial de Política sobre DrogasBlumenau/SC

Secretaria Responsável: Secretaria Municipal de Defesa do Cidadão – SEDECI Secretário: Rodrigo Agostinho de QuadrosTelefone: (47) 3381- 6753e-mail: [email protected]

Agente executor: Prefeitura Municipal de BlumenauEndereço: Praça Victor Konder 02. Centro – Blumenau/SC – CEP 89010 – 904Responsável: Prefeito Municipal – Napoleão Bernardes Neto

Comitê Gestor e Comissão Permanente de Políticas Intersetoriais Integradas sobre Drogas

Coordenação Geral – SEDECIElizangela Cristiane do Santos Fabiano Eduardo Pamplona Representantes do Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas – COMENTitular: Caroline Maria Marine Suplente: Egon SchlüterRepresentantes Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – SEMUDESTitular: Marciano Tribess Suplente: Tiago Virgilio KruegerRepresentantes Secretaria Municipal de Educação – SEMEDTitular: Anelize Termann Schlosser Suplente: Roseli de Andrade Representantes Secretaria Municipal de Saúde – SEMUSTitular: Jorge Fernando Borges de MoraesSuplente: Andréa da SilvaRepresentantes da Fundação Municipal Cultural – FMCTitular: Matheus Ramos de AguiarSuplente: Fabiano André Raulino

IDENTIFICAÇÃO INSTITUCIONALRepresentantes Fundação Municipal de Desportos – FMD

Titular: Rafael Torres Pereira

Suplente: Ismael Alves de OliveiraRepresentantes Fundação Pró - Família Titular: Maria Aparecida da Moraes Suplente: Vanderlei MateusRepresentantes da Procuradoria Geral do Município – PROGEMTitular: Julio Augusto Souza FilhoSuplente: Deisi Emanuele Kraemer TroianRepresentantes Gabinete do Prefeito – GAPREFTitular: Alexandre Pereira

Suplente: Fabio Massaneiro

Equipe Projeto Redes Senad/FiocruzInterlocutora – Tania Maris Grigolo – Psicóloga

Articuladora – Sandra Lucia Vitorino – Psicóloga

Equipe de Trabalho – SEDECI Maria Stanchack – Assistente SocialRosemary Jensen Rabitzsch – Assistente SocialRodrigo Bernz – Educador SocialEduardo Petersen Mette – Gerente de Projetos GeotérmicosComissão Gestora AmpliadaRepresentantes do Conselho Municipal de Assistência Social - CMASTitular: Juliana Gertrudes Moraes OliveiraSuplente: Nivea Maria Klein Keunecke Representantes do Conselho Municipal de EducaçãoTitular: Maria Luíza OliveiraSuplente: Sandra Marisa da Silva LimaRepresentantes do Conselho Municipal de Saúde Titular: sem indicação

Suplente: sem indicaçãoRepresentantes do Conselho Municipal da Criança e Adolescente Titular: sem indicaçãoSuplente: sem indicaçãoRepresentantes do Conselho Municipal de Direitos Humanos Titular: sem indicaçãoSuplente: sem indicaçãoRepresentantes do Conselho TutelarTitular: sem indicaçãoSuplente: sem indicaçãoRepresentantes da Central de Penas e Medidas Alternativas de Blumenau Titular: Juciane Andreia Boldt NunesSuplente: sem indicaçãoRepresentantes da 8ª Promotoria de Justiça de BlumenauTitular: sem indicaçãoSuplente: sem indicaçãoRepresentantes da Delegacia de Proteção à Mulher, à Criança o ao AdolescenteTitular: sem indicaçãoSuplente: sem indicaçãoRepresentantes da Delegacia Regional de Polícia de BlumenauTitular: sem indicaçãoSuplente: sem indicaçãoRepresentantes do 3º Batalhão de Bombeiros Militar de Santa CatarinaTitular: 1º Sargento BM Dorval ZeferinoSuplente: Sub Tenente BM DirceuRepresentantes do 10º Batalhão de Polícia Militar de Santa CatarinaTitular: 1º Tenente PM Felipe Aragão Andrade de AraújoSuplente: Subtenente PM Paulo Henrique de AlmeidaRepresentantes do 23º Batalhão de Infantaria Titular: Major Ektor Simon Monteiro Indá

Suplente: Aspirante Oficial - Médico Felipe Fernandes JustusRepresentantes do CASEP - Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório de BlumenauTitular: Wagner Adjarnes de BarrosSuplente: Gian Alessandro AnastácioRepresentantes da Ordem dos Advogados do BrasilTitular: Ubyrajara Philipps HerediaSuplente: Bárbara Abreu OlivieriRepresentantes do Presídio Regional de BlumenauTitular: Daniel de SenaSuplente: Dilmar OrlandoRepresentantes da Penitenciária Industrial de BlumenauTitular: sem indicaçãoSuplente: sem indicaçãoRepresentantes da Secretaria Municipal de Regularização Fundiária e HabitaçãoTitular: Roxana VehrmeisterSuplente: Lais Silva SantosRepresentantes da Secretaria de Estado da Educação - Santa CatarinaTitular: Ivanildo TilmannSuplente: Telmo Fernando da Silva

Elaboração do documento do Plano: Maria Stanchack - Assistente Social (CRESS 3912)

Colaboradores: Amanda Maciel - Estagiária de Ensino Médio, Eduardo Petersen Mette, Gerente de Projetos, Rosemary Jensen Rabitz sch – Assistente Social, Rodrigo Bernz – Educador Social.

Revisão e aprovação: Comitê Gestor e Comissão Permanente de Políticas Intersetoriais Integradas sobre Drogas e Projeto Redes e Articuladora Projeto Redes/SENAD – Sandra Lucia Vitorino – Psicóloga

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APRESENTAÇÃO

O Objetivo deste documento é orientar, informar e estabelecer uma metodologia de trabalho que norteará a construção do Plano Municipal Intersetorial de Política sobre Drogas de Blumenau.

Visa a organização do trabalho, a estruturação e a sistematização do processo em 3 (três) etapas. A primeira etapa consiste na Proposta Metodológica, a segunda no Diagnóstico sobre Drogas e a terceira na construção das Estratégias de Ação.

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SUMÁRIO

1. ASPECTOS GERAIS ........................................... 6

2. PLANO MUNICIPAL INTERSETORIAL DE POLÍTICASSOBRE DROGAS (PLAMIPED) ........................................... 7

3. OBJETIVOS ........................................... 8

3.1. Objetivo Geral ........................................... 8

3.2. Objetivos Específicos ........................................... 8

3.3. Princípios e Diretrizes da Política sobre Drogas ........................................... 8

4. ETAPA 01 - PROPOSTA METODOLÓGICA ........................................ 11

4.1. Estrutura de coordenação, organizaçãoe supervisão dos trabalhos ........................................ 11

4.1.2. Comitê Executivo ........................................ 11

4.1.3. Comissões Específicas ........................................ 12

4.1.3.1. Atribuições e responsabilidades gerais através das comissões específicas ........................................ 12

4.1.3.1.2. Coordenação Geral SEDECI ........................................ 12

4.1.3.1.3. Comissão de Secretaria SEDECI / Segurança Pública ........................................ 13

4.1.3.1.4. Comissão de Capacitação Projeto Redes / SENAD / Fiocruz ........................................ 13

4.1.3.1.5. Comissão de Mobilização SEMUDES, COMEM e Fundação Cultural ........................................ 13

4.1.3.1.6. Comissão de Mídia SEDECI, SECOM e GAPREF ........................................ 13

4.1.3.1.7. Comissão de relatoria/elaboração do documento Plano, SEMED, SEMUDES, SEMUS e SEDECI ........................................ 13

4.2. Projeto redes intersetorial para articulaçãodas políticas sobre drogas ........................................ 14

4.3. Estratégias para Participação e Divulgação ........................................ 14

5. LANÇAMENTO DO PLAMIPED ........................................ 15

6. CAPACITAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO DOSGESTORES MUNICIPAIS E CONSELHEIROS SETORIAIS ........................................ 15

7. ETAPA 02 – DIAGNÓSTICO SOBRE DROGAS ........................................ 16

7.1. Diagnóstico Comunitário ........................................ 16

7.2. Diagnóstico Técnico ........................................ 17

7.3. Condições institucionais e administrativas ........................................ 18

7.4. Marco legal e marco regulatório ........................................ 19

7.5. Programas, projetos e ações ........................................ 19

7.6 Recursos - Financiamento ........................................ 19

8. ETAPA 03 – ESTRATÉGIAS DE AÇÃO ........................................ 19

8.1 Eixos Estratégicos ........................................ 20

8.1.1. Prevenção do uso de drogas ........................................ 20

8.1.2. Cuidado de pessoas ........................................ 19

8.1.3. Autoridade ........................................ 32

8.2. Gestão Integrada e Controle Social ........................................ 33

8.2.1 Controle Social ........................................ 33

8.2.1.1. Conselho Municipal de PolíticasPúblicas sobre Drogas ........................................ 34

8.2.1.2. Conselho Municipal de Saúde ........................................ 35

8.2.1.3. Conselho Municipal de Educação ........................................ 35

8.2.1.4. Conselho Municipal de Assistência Social ........................................ 36

8.2.1.5. Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente ........................................ 36

8.2.1.6. Conselho Municipal do Idoso ........................................ 37

8.2.1.7. Conselho Municipal dos Direitos daPessoa com Deficiência ........................................ 37

8.2.1.8. Conselho Municipal de Habitação ........................................ 38

8.3. Educação Permanente ........................................ 38

8.4. Recursos para Financiamento ........................................ 39

9. OFICINA GERAL ........................................ 40

10. AUDIÊNCIA PÚBLICA ........................................ 41

11. BIBLIOGRAFIA ........................................ 42

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1. ASPECTOS GERAIS

O Governo do Estado de Santa Catarina assinou Termo de Adesão ao Programa Crack é Possível Vencer no ano de 2012. Blumenau aderiu ao Programa no ano de 2013 e conforme principal exigência do governo federal as três instâncias teriam a obrigatoriedade de instituir o Comitê Gestor, intersetorial. Blumenau instituiu o comitê gestor local através da Portaria Municipal 16.658 de 13 de fevereiro de 2013, com o intuito de elaborar o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras drogas, o objetivo do Plano foi de “estabelecer parcerias de forma a incrementar os serviços já existentes, bem como estruturar os programas faltantes, agindo de maneira plena e efetiva nos três eixos – PREVENÇÃO, CUIDADO e AUTORIDADE – apresentados pelo Programa Federal Crack, é Possível Vencer, primando pela intersetorialidade das ações entre a rede municipal e órgãos afins na estruturação de unidades de acolhimento, tratamento, monitoramento e reinserção social de usuários de drogas e apoio às suas famílias.”

O Projeto Redes foi criado em sistema de parceria pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública - MJSP, via Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Ministério da Saúde, Ministério do Desenvolvimento Social e Fundação Oswaldo Cruz. O Redes se denomina como projeto de “Articulação de Rede Intersetorial de Base Territorial para Atenção às Pessoas em Sofrimento Decorrente do Uso de Crack, Álcool e Outras Drogas em Municípios que aderiram ao Programa Crack é Possível Vencer” O governo federal estabeleceu “parceria com a FIOCRUZ para atender os municípios que aderiram ao Programa para a construção de redes intersetoriais, de base territorial e de cuidado aos que fazem uso abusivo de crack e outras drogas”. (SENAD, 2016)

A Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ selecionou candidatos para atuar no Projeto Redes e a Articuladora selecionada para atender Blumenau foi a psicóloga Sandra Lucia Vitorino. O trabalho consiste na identificação, mapeamento, e articulação com a proposição central de fazer o levantamento das demandas de atenção e planejamento de intervenções intersetoriais junto aos usuários de drogas do município. Visando fortalecer a atuação intersetorial na atenção aos usuários em âmbito municipal, diminuindo a fragmentação das ações em rede e considerando a singularidade do contexto local.

A articuladora fez um diagnóstico técnico dos serviços/ações do município, com os seguintes produtos, “Construção do mapa da rede - Diagnóstico Situacional de Blumenau, dentro desta construção a articuladora produziu os seguintes produtos: Identificação e mapeamento nos municípios dos pontos de atenção e atores

potencialmente capazes de compor Redes; Análise da capacidade de gestão e fortalecimento de governança nos municípios; Qualificação, formação/educação permanente de instâncias intersetoriais; Cartografia sobre percursos construídos na realização de atividades com usuários; Avaliação do Projeto Redes.

No ano de 2017 o município de Blumenau através da Secretaria de Defesa do Cidadão - SEDECI e do Comitê Gestor com a anuência da Secretaria Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, através da articulação do Projeto Redes, resolve pela construção de um Plano Municipal Intersetorial de Política sobre Drogas. A intenção é viabilizar a articulação e integração das ações das políticas setoriais com a política nacional sobre drogas e a construção de uma agenda de ações integradas na perspectiva de construção de uma rede de proteção social ás famílias e indivíduos no território.

Houve um avanço bastante considerável desde a adesão de Blumenau ao Programa, conforme ATA de reunião do Comitê Gestor, datada de 31.03.2017, “Blumenau pactuou junto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública no âmbito federal em torno de cinco milhões, destinados à Política de Assistência Social (CREAS II, Serviço Abordagem Social II, Curso de Capacitação e Centro POP), Educação (Projeto Saúde na Escola), Saúde (Consultório na Rua, CAPS AD III 24H, custeamento para internação em leito hospitalar especializado) Polícia Militar, (eixo autoridade compra de equipamentos como: uma base móvel - microônibus, duas viaturas, duas motocicletas, cento e cinqüenta espargidores de pimenta, cinqüenta armas de condutividade elétrica, curso de capacitação em abordagem para dezenove policiais e curso prático para trabalho na base móvel, falta, por parte de governo federal o repasse de dezenove câmeras de vídeo-monitoramento). Através do Governo Federal, foram realizados cinco cursos com objetivo de capacitar profissionais das diversas áreas para atuar na prevenção e cuidado, reuniu professores, agentes de saúde, conselheiros e lideranças comunitárias, religiosas e comunidades terapêuticas.

A SEDECI através da equipe da Diretoria de Projetos, juntamente com a articuladora do REDES, promoveu 2 (dois) seminários realizados no ano de 2016, um sobre a “Política Municipal sobre Álcool e outras drogas de Blumenau” e outro sobre “Direitos Humanos, Vulnerabilidade Social e uso de Drogas”, este com a participação de 200 pessoas, conforme lista de presença assinada no evento.

O Projeto Redes propiciou 24 horas de supervisão clínica institucional, destinada à rede intersetorial, de serviços e ações de saúde e assistência social, implicados no

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cuidado das pessoas que usam álcool e/ou outras drogas. Desta forma, participaram dos encontros de supervisão a equipe dos seguintes equipamentos: CAPS, CRAS, Associação de usuários e familiares, denominado Enloucrescer e Grupo de Saúde Mental e Economia Solidária da Fundação Universidade Regional de Blumenau - FURB.

Observa - se que todas as informações abaixo foram compiladas exatamente como apresentadas no documento Orientações Técnicas SUAS, Atendimento no SUAS às famílias e aos indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social por violação de direitos associada ao consumo de álcool e outras drogas, 2016. Conforme o Ministério da Justiça e Segurança Pública e estabelecido através na Política Nacional: Redução do impacto social do álcool e outras drogas - Prevenção, Cuidado e Reinserção Social é executada intersetorialmente por diversos Ministérios do Governo Federal, tem como foco a redução do impacto social do álcool e outras drogas por meio de ações integradas de prevenção, cuidado e reinserção social. Nesse sentido, o Ministério da Justiça e Segurança Publica em conjunto com Ministério da Saúde, Ministério do Desenvolvimento Social, Ministério da Educação e Secretaria Nacional de Direitos Humanos, definiram 04 objetivos estratégicos para o período de 2016/2019, conforme previsto no Plano Plurianual apresentados a seguir:

1. Fortalecer a prevenção do uso do álcool e outras drogas, com ênfase para crianças e adolescentes;2. Articular, expandir e qualificar a rede de cuidado e de reinserção social das pessoas e famílias que têm problemas com álcool e outras drogas;3. Promover a gestão transversal das políticas públicas relativas a álcool e outras drogas.4. Fomentar a rede de proteção de crianças e adolescentes e suas famílias com problemas decorrentes do uso e/ou do comércio ilegal de álcool e outras drogas.

2. PLANO MUNICIPAL INTERSETORIAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS (PLAMIPED)

Este será o primeiro plano do município de Blumenau sobre drogas composto por um conjunto de objetivos e metas, diretrizes, instrumentos de ação e intervenção com a finalidade de ampliar os direitos das pessoas com necessidades decorrentes do uso de drogas, buscando estratégias integradas para responder às necessidades dos cidadãos e a redução da demanda de drogas em parceria com outras redes intra e intersetoriais.

Deverá ser desenvolvido num processo democrático e participativo, como parte da construção coletiva de conhecimentos e saberes aliado a análise técnica das informações, sob os mais diversos aspectos (histórico, cultural, político, social, econômico, de segurança, entre outros).

A Portaria 16.658/2013 estabelece em seu “Art. 2º. As ações do Comitê Gestor Anti Drogas deverão ser executadas de forma integrada e descentralizada, por meio da conjugação de esforços entre as secretarias municipais, observadas a intersetorialidade, a interdisciplinaridade, a integralidade, a participação da sociedade civil e o controle social.”

O município instituiu através do Decreto Nº 11.308, de 22 de maio de 2017, a “Comissão Permanente de Políticas Intersetoriais Integradas Sobre Drogas, responsável pela elaboração do Plano Municipal Intersetorial de Política sobre Drogas - PLAMIPED, do município de Blumenau.

Para cumprir com tais prerrogativas o plano será estruturado em três etapas sendo elas: Proposta Metodológica, Diagnóstico sobre Drogas e Estratégias de Ação.

Aprovação dos produtos: Cada produto será aprovado previamente pelo Conselho Municipal sobre Drogas - COMEN seguindo o esquema abaixo apresentado:

Produto 01 - Proposta Metodológica, aprovação do COMEN, Lançamento Oficial do PLAMIPED, Capacitação dos Gestores e Conselhos Setoriais, aprovação do COMEN e logo após aprovação da Comissão Permanente. Produto 02 - Diagnóstico sobre Drogas - Diagnóstico Comunitário e Diagnóstico Técnico, juntamente com os dados da Consulta Pública, elaboração do Relatório Preliminar, aprovação do COMEN. Volume 2.1 - Diagnóstico Comunitário - Conterá o Relatório de Participação das oficinas comunitárias.Volume 2.2 - O Diagnóstico Técnico apresenta o relatório configurando as informações reunidas a respeito dos equipamentos, programas, projetos, serviços e ações (quantitativo e qualitativo) e ações previstas nas Conferências Municipais das políticas integradas, que envolvem as políticas setoriais integradas. A identificação das prioridades e quantificação das demandas, recursos existentes e das condições institucionais e administrativas de cada setor.Produto 03 - Estratégias de Ação - construção das estratégias de ação em conjunto com representantes das regiões (escolhidos nas oficinas regionais comunitárias), profissionais que atuam nas políticas integradas, conselheiros das políticas

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intersetoriais e do COMEN e gestores das políticas setoriais. Oficina Geral- Audiência Pública - Aprovação do COMEN - Revisão e Complementação de Propostas - Plano Completo.

No decorrer do Processo de construção do Plano estão previstas 10 reuniões ordinárias da Comissão Permanente de Políticas Intersetoriais Integradas Sobre drogas. Estas reuniões têm como objetivo discutir, refletir, avaliar e aprimorar o processo para qualificar e viabilizar a construção do Plano. Cada etapa corresponderá a um produto específico e o documento final que consolidará o PLAMIPED deve ser o resultado do conjunto destes produtos:

• Proposta Metodológica: trata-se de uma fase inicial, estruturadora das duas etapas posteriores. Apresenta a sistemática de trabalho a ser adotada durante o processo, tanto nos aspectos técnicos quanto na participação popular;• Diagnóstico sobre Drogas: a segunda etapa é de elaboração do diagnóstico sobre drogas. Esta irá reunir informações a respeito dos equipamentos, programas, projetos, serviços e ações (quantitativo e qualitativo) e ações previstas nas Conferências Municipais das políticas integradas, que envolvem as políticas setoriais integradas. Sistematizados em forma de gráficos e textos explicativos, bem como, a identificação das prioridades e quantificação das demandas, recursos existentes e das condições institucionais e administrativas de cada setor;• Estratégias de Ação: a terceira e última etapa definirá as estratégias de ação, com a elaboração do cenário atual, futuro e o desejado, considerando as estimativas econômicas e fontes de financiamento conforme as previsões de crescimento da demanda. Para tanto, serão definidas as diretrizes, objetivos, metas, instrumentos de ação, recursos necessários e possíveis fontes de financiamentos, visando o estabelecimento de uma política pública intersetorial integrada para o setor, expressando as aspirações da população e do poder público. Serão apontados instrumentos e indicadores que permitam avaliar e monitorar a eficácia do Plano.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Estabelecer os parâmetros que irão subsidiar a confecção da redação legal da Política Intersetorial Sobre Drogas do Município, de forma integrada, entre saúde, educação, assistência social, segurança pública e políticas afins, tanto no que diz respeito aos

princípios, às diretrizes e aos objetivos que a orientam, tanto quanto, aos recursos e instrumentos necessários ao atendimento das situações pertinentes as políticas integradas.

3.2 Objetivos Específicos

• Promover aos cidadãos e aos usuários e familiares o acesso igualitário as políticas integradas em igualdade de oportunidades, ao meio físico, ao transporte, à informação e a comunicação;• Organizar as demandas e fluxos de atendimento efetivado pelas políticas integradas ofertando respostas às necessidades dos usuários; • Dar visibilidade e reconhecer às demandas sobre drogas;• Estabelecer arranjos institucionais entre a rede para atendimento qualificado em casos complexos;• Legitimar os espaços de controle social integrados para discussão, avaliação e ampliação das políticas sobre drogas;• Estabelecer ações para a articulação entre as políticas públicas setoriais de estado e de governo a fim de fomentar a intersetorialidade das ações com vistas ao planejamento da atuação conjunta entre as políticas sociais;• Articular e promover a integração da política sobre drogas com as demais políticas públicas que atuam sobre o território municipal;• Adotar estratégias de educação permanente e continuada para os profissionais da rede;• Prever mecanismos para a educação permanente;• Promover a participação popular no processo de construção e acompanhamento do Plano, a fim de adequar às necessidades e à realidade dos territórios; • Promover o acompanhamento de alocação de recursos orçamentários e financeiros; • Apontar indicadores de monitoramento e avaliação;• Contribuir para a melhoria da qualidade da gestão da política sobre drogas do município.

3.3 Princípios e Diretrizes da Política sobre Drogas

A construção do PLAMIPED será norteada pelos princípios e diretrizes que regem a Política Nacional sobre Drogas (PNAD) e Política Nacional sobre o Álcool (PNA), os quais serão debatidos com os atores sociais para estabelecer outras especificidades relacionadas ao contexto e realidade local. Respeitando os pressupostos que nortearam a construção da Política Nacional sobre Drogas, os quais seguem:

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1. Buscar, incessantemente, atingir o ideal de construção de uma sociedade protegida do uso de drogas ilícitas e do uso indevido de drogas lícitas.2. Reconhecer as diferenças entre o usuário, a pessoa em uso indevido, o dependente e o traficante de drogas, tratando-os de forma diferenciada.3. Tratar de forma igualitária, sem discriminação, as pessoas usuárias ou dependentes de drogas lícitas ou ilícitas.4. Buscar a conscientização do usuário e da sociedade em geral de que o uso de drogas ilícitas alimenta as atividades e organizações criminosas que têm, no narcotráfico, sua principal fonte de recursos financei¬ros.5. Garantir o direito de receber tratamento adequado a toda pessoa com problemas decorrentes do uso indevido de drogas.6. Priorizar a prevenção do uso indevido de drogas, por ser a intervenção mais eficaz e de menor custo para a sociedade.7. Não confundir as estratégias de redução de danos como incentivo ao uso indevido de drogas, pois se trata de uma estratégia de prevenção.8. Intensificar, de forma ampla, a cooperação nacional e internacional, participando de fóruns sobre dro¬gas, bem como estreitando as relações de colaboração multilateral, respeitando a soberania nacional.9. Reconhecer a corrupção e a lavagem de dinheiro como as principais vulnerabilidades a serem alvo das ações repressivas, visando ao desmantelamento do crime organizado, em particular do relacionado com as drogas. 10. Elaborar planejamento que permita a realização de ações coordenadas dos diversos órgãos envolvidos no problema, a fim de impedir a utilização do território nacional para o cultivo, a produção, a armaze¬nagem, o trânsito e o tráfico de drogas ilícitas.11. Garantir, incentivar e articular, por intermédio do Conselho Nacional Antidrogas - CONAD, o desen¬volvimento de estratégias de planejamento e avaliação nas políticas de educação, assistência social, saúde e segurança pública, em todos os campos relacionados às drogas.12. Garantir ações para reduzir a oferta de drogas, por intermédio de atuação coordenada e integrada dos órgãos responsáveis pela persecução criminal, em níveis, federal e estadual, visando realizar ações repres¬sivas e processos\criminais contra os responsáveis pela produção e tráfico de substâncias proscritas, de acordo com o previsto na legislação.13. Fundamentar, no princípio da responsabilidade compartilhada, a coordenação de esforços entre os diversos segmentos do governo e da sociedade, em todos os níveis, buscando efetividade e sinergia no resultado das ações, no sentido de obter redução da oferta e do consumo de drogas, do custo social a elas relacionado e das consequências adversas do uso e do tráfico de drogas ilícitas e do uso indevido de drogas lícitas.

14. Garantir a implantação, efetivação e melhoria dos programas, ações e atividades de redução da demanda (prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social) e redução de danos, levando em consideração os indicadores de qualidade de vida, respeitando potencialidades e princípios éticos.15. Incentivar, orientar e propor o aperfeiçoamento da legislação para garantir a implementação e a fiscali¬zação das ações decorrentes desta política.16. Pesquisar, experimentar e implementar novos programas, projetos e ações, de forma pragmática e sem preconceitos, visando à prevenção, tratamento, reinserção psicossocial, redução da demanda, oferta e danos com fundamento em resultados científicos comprovados.17. Garantir que o Sistema Nacional Antidrogas - SISNAD seja implementado por meio dos Conselhos em todos os níveis de governo e que esses possuam caráter deliberativo, articulador, normativo e consultivo, assegurando a composição paritária entre sociedade civil e governo.18. Reconhecer o uso irracional das drogas lícitas como fator importante na indução de dependência, de¬vendo, por esse motivo, ser objeto de um adequado controle social, especialmente nos aspectos relacio¬nados à propaganda, comercialização e acessibilidade de populações vulneráveis, tais como crianças e adolescentes. 19. Garantir dotações orçamentárias permanentes para o Fundo Nacional Antidrogas - FUNAD, a fim de implementar ações propostas pela Política Nacional sobre Drogas, com ênfase para aquelas relacionadas aos capítulos da PNAD: prevenção, tratamento e reinserção social, redução de danos, redução da oferta, estudos e pesquisas e avaliações.

Considerados os seguintes princípios:

1. Conscientizar a sociedade brasileira sobre os prejuízos sociais e as implicações negativas representadas pelo uso indevido de drogas e suas conseqüências. 2. Educar, informar, capacitar e formar pessoas em todos os segmentos sociais para a ação efetiva e eficaz de redução da demanda, da oferta e de danos, fundamentada em conhecimentos científicos validados e experiências bem-sucedidas, adequadas à nossa realidade.3. Conhecer, sistematizar e divulgar as iniciativas, ações e campanhas de prevenção do uso indevido de drogas em uma rede operativa, com a finalidade de ampliar sua abrangência e eficácia.4. Implantar e implementar a rede de assistência integrada, pública e privada, intersetorial, para pessoas com transtornos decorrentes do consumo de substâncias psicoativas, fundamentada em conhecimento validado, de acordo com a normatização funcional mínima, integrando os esforços desenvolvidos no tratamento.

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5. Avaliar e acompanhar sistematicamente os diferentes tratamentos e iniciativas terapêuticas, fundamenta¬dos em diversos modelos, com a finalidade de promover aqueles que obtiverem resultados favoráveis. 6. Reduzir as conseqüências sociais e de saúde decorrentes do uso indevido de drogas para a pessoa, a comunidade e a sociedade.7. Difundir o conhecimento sobre os crimes, delitos e infrações relacionados às drogas ilícitas e lícitas, prevenindo-os e coibindo-os por meio da implementação e efetivação de políticas públicas para a me¬lhoria da qualidade de vida do cidadão. 8. Combater o tráfico de drogas e os crimes conexos, em todo território nacional, dando ênfase às áreas de fronteiras terrestres, aéreas e marítimas, por meio do desenvolvimento e implementação de programas socioeducativos específicos, multilaterais, que busquem a promoção da saúde e a reparação dos danos causados à sociedade.9. Assegurar, de forma contínua e permanente, o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, como for¬ma de estrangular o fluxo lucrativo desse tipo de atividade ilegal, que diz respeito ao tráfico de drogas.10. Manter e atualizar, de forma contínua, o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas - OBID, para fundamentar, dentro de outras finalidades, o desenvolvimento de programas e intervenções diri¬gidas à redução de demanda (prevenção, tratamento e reinserção psicossocial), redução de danos e de oferta de drogas, resguardados o sigilo, a confidencialidade e seguidos os procedimentos éticos de pes¬quisa e armazenamento de dados. 11. Garantir rigor metodológico às atividades de redução da demanda, oferta e danos, por meio da pro¬moção de levantamentos e pesquisas sistemáticas, avaliados por órgão de referência da comunidade científica.12. Garantir a realização de estudos e pesquisas visando à inovação dos métodos e programas de redução da demanda, da oferta e dos danos sociais e à saúde. 13. Instituir, em todos os níveis de governo, com rigor metodológico, sistema de planejamento, acompanha¬mento e avaliação das ações de redução da demanda, da oferta e dos danos sociais e à saúde.14. Assegurar, em todos os níveis de governo, dotação orçamentária e efetivo controle social sobre os gastos e ações preconizadas nesta política, em todas as etapas de sua implementação, contemplando os precei¬tos estabelecidos pelo CONAD, incentivando a participação de toda a sociedade.O Município possui um Sistema Municipal de Políticas sobre Drogas - SISMAD, disposto através da Lei Complementar nº 856 de 26 de abril de 2012, que conforme segue: compreende o conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais do Município, integradas às ações governamentais do Estado e da União, bem como aos seus programas específicos, objetivando a redução da demanda de drogas.

8º Constituem diretrizes do SISMAD:

I - articular a rede de assistência pública e privada e intersetorial, visando à integração de esforços e a promoção dos resultados favoráveis, para reduzir as conseqüências sociais e de saúde decorrentes do uso indevido ou abusivo de drogas à pessoa, à comunidade e para a sociedade;II - buscar assegurar o combate ao tráfico de drogas e aos crimes conexos por meio do desenvolvimento e implementação de programas socioeducativos que busquem a promoção da saúde e a reparação dos danos causados à sociedade;III - promover a aplicação de metodologia específica e rigorosa às atividades de redução da demanda e da oferta, através de promoção de levantamentos e pesquisas sistemáticas, mediante parceria com a comunidade científica;IV - buscar e promover a realização de estudos e pesquisas, fundamentando o desenvolvimento de programas e intervenções dirigidas à redução de demanda, resguardando-se o sigilo e a confidencialidade, obedecidos os procedimentos éticos de pesquisa e armazenamento de dados;V - propor a celebração de convênios com comunidades terapêuticas, instituições e entidades atuantes na prevenção, capacitação, apoio e reinserção social de dependentes de substâncias psicoativas, priorizando as estabelecidas no Município, e/ou acionar o Poder Público Municipal para realizá-los, visando o tratamento e reinserção social de dependentes de substâncias psicoativas.

O SISMAD tem como objetivos:

I - educar, informar, capacitar e divulgar as ações e campanhas de prevenção do uso indevido de drogas com a finalidade de ampliar a abrangência e eficácia da redução de demanda e dos condicionantes de riscos;II - conscientizar a sociedade sobre as implicações e prejuízos resultantes do uso indevido de drogas;III - sistematizar e divulgar as iniciativas, ações e campanhas de prevenção do uso indevido de drogas;IV - implementar a integração de uma rede operativa com a finalidade de sistematizar as iniciativas que busquem a promoção da saúde e a reparação dos danos causados à sociedade;V - fomentar o combate ao tráfico de drogas e difundir o conhecimento sobre crimes, delitos e infrações relacionados às drogas ilícitas e lícitas, prevenindo e coibindo por meio de programas socioeducativos específicos, multilaterais, que promovam a saúde e a reparação dos danos causados à sociedade;VI - manter e atualizar os dados de programas e intervenções dirigidos à redução

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de demanda, mediante ações de prevenção, tratamento e reinserção psicossocial, resguardados os procedimentos éticos, o sigilo e a confidencialidade da pesquisa e do armazenamento dos dados;VII - propor a instituição, em âmbito intersetorial municipal, do sistema de planejamento, acompanhamento e avaliação das ações de redução da demanda, da oferta e dos danos sociais e à saúde;VIII - buscar o efetivo controle social sobre os gastos e as ações preconizados nesta política, em todas as fases de sua implementação, incentivando a participação de toda a sociedade.

A proposta aqui apresentada busca estruturar uma metodologia em que o processo de participação social seja efetivo nas diversas etapas do plano, legitimando a participação popular no processo decisivo do rumo das ações sobre drogas do Município.

4. ETAPA 01 - PROPOSTA METODOLÓGICA

Nesta proposta metodológica serão definidos os conteúdos, estabelecidos os procedimentos para elaboração do plano e os mecanismos de efetivação da participação da sociedade no processo de construção do plano. Esta versão da Proposta Metodológica é complementada com os resultados do Evento de Lançamento e Divulgação do PLAMIPED, bem como da Capacitação dos Gestores Municipais, Lideranças Comunitárias e Conselheiros e será apresentada em relatório complementar.

Conteúdo básico da Proposta Metodológica: 1. Estrutura de coordenação e organização e supervisão dos trabalhos; 2. Apresentação das atribuições e responsabilidade da equipe SEDECI;3. Apresentação das atribuições e responsabilidade da Comissão Permanente de Políticas Intersetoriais Sobre Drogas e relacionadas;4. Estratégia de mobilização e comunicação, para a participação da população, com identificação dos diferentes atores sociais e institucionais; 5. Apresentação das atribuições e responsabilidades da equipe do Projeto Redes; 6. Mecanismos de participação popular e de acesso às informações; 7. Cronograma de atividades e procedimentos para a execução das etapas subseqüentes.

4.1. Estrutura de coordenação, organização e supervisão dos trabalhos

4.1.2. Comitê Executivo

O Decreto Nº 11.308, Art. 7º institui o Comitê Executivo, com a finalidade de elaborar, catalogar a documentação e dados, coordenar serviços e esforços de toda Comissão Permanente, em todas as etapas de construção do PLAMIPED, nomeados pelo Prefeito Municipal, através da Portaria Nº 21.134, de 10 de agosto de 2017, na forma que segue:

I - Secretaria Municipal de Defesa do Cidadão (SEDECI) - Elizangela Cristiane dos Santos (titular) e Fabiano Eduardo Pamplona (suplente) membros coordenadores; II - Secretaria Municipal de Educação (SEMED) - Anelise Termann Schlosser - (titular) e Roseli de Andrade (suplente);III - Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) - Jorge Fernando Borges de Moraes (titular) e Andrea da Silva (suplente);IV - Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEMUDES - Marciano Tribess (titular) e Rômulo Rene Stupp (suplente));V - Conselho Municipal de Entorpecentes (COMEN) - Caroline Maria Merini (titular) e Egon Schlüter (suplente).

Conforme o Decreto Nº 11.308/2017, “Art. 2º, § 1º Compete à Secretaria de Defesa do Cidadão - SEDECI a coordenação da Comissão Permanente de Políticas Intersetoriais Integradas Sobre Drogas”. Devidamente nomeada pela Portaria Nº 21.133, de 10 de agosto de 2017, sendo Elizangela Cristiane dos Santos (titular) e Fabiano Eduardo Pamplona (suplente).

Com as seguintes atribuições e responsabilidades:a) Coordenar os trabalhos;b) Fornecer recursos humanos e materiais (gráfico, serigráfico, impressão, transporte, entre outros);c) Elaborar todos os documentos oficiais do plano, atas, declarações, planilhas, certificados, lista de presença e de representantes por oficina, criação de email de contato, grupo de whatsApp, entre outros;d) Buscar recursos de doação para execução das oficinas;e) Oficiar as instituições e acompanhar a indicação e a integração dos representantes no Comitê e Comissões;f) Convocar os representantes do Comitê e Comissões para reuniões ordinárias e extraordinárias;g) Contatar as instituições envolvidas, prestar as informações sobre o Plano, e demonstrar como serão aplicados os instrumentos para a construção do Plano;h) Monitorar, avaliar e auxiliar na divulgação das reuniões comunitárias e das audiências

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públicas, com registro do material publicitário produzido e divulgado;i) Fazer o registro fotográfico das oficinas, audiência pública e de todos os eventos do Plano;j) Enviar instrumental de coleta de dados (diagnóstico técnico) para as secretarias das políticas integradas;k) Redigir atas e coletar assinatura dos participantes das reuniões do Comitê;l) Fazer a articulação institucional de governo, entre as diversas secretarias e demais órgãos envolvidos visando facilitar o acesso às informações e dados necessários ao trabalho em desenvolvimento;m) Providenciar a infra-estrutura dos eventos (espaço físico e organização logística do local);n) Providenciar e acompanhar a produção gráfica e a impressão de material de publicidade do plano, tais como: convites, folders, cartazes, e chamadas nos meios de comunicação (SEDECI, Comissão de mídia);o) Elaborar material de suporte técnico para Oficina Geral;p) Enviar e/ou entregar material de suporte técnico para os representantes eleitos nas oficinas comunitárias; q) Acompanhar as reuniões comunitárias e audiências públicas, com um representante, para eventuais esclarecimentos, recepção dos convidados e coleta de assinaturas nas listas de presença;r) Subsidiar o Comitê e as comissões com informações e apoio;s) Fornecer apoio administrativo, financeiro e de recursos humano para subsidiar a construção do Plano.

4.1.3. Comissões Específicas

4.1.3.1. Atribuições e responsabilidades gerais e através das comissões específicas

c) Definição do cronograma de atividades: O Comitê Gestor Anti - Drogas e a Comissão Permanente de Políticas Intersetoriais Integradas Sobre Drogas, órgão de tomada de decisão, decidiu pelas formas, meios e etapas de elaboração do Plano, tais como: contratação do Projeto Redes; formação de comissões (executiva, secretaria, mobilização, capacitação, metodologia, mídia e relatoria); composição do diagnóstico sobre drogas, lançamento oficial do Plano, quantidade de reuniões comunitárias a serem realizadas, agregando regiões (bairros) com as datas e locais das reuniões dos CONSEG’s, de acordo com os conselhos; capacitação dos gestores e conselheiros dos conselhos intersetoriais das políticas integradas e o plano de ação.Nas reuniões do Comitê acordou-se ainda a regularidade/periodicidade de reuniões do

Comitê e para acompanhamento do processo, que ocorrerá quinzenalmente, conforme cronograma abaixo.

REUNIÕES DO COMITÊ GESTOR

DATA LOCAL HORÁRIO

12/07/2017 Sala de reuniões SEDECI 9 h

26/07/2017 Sala de reuniões SEDECI 9 h

09/08/2017 Sala de reuniões SEDECI 9 h

23/08/2017 Sala de reuniões SEDECI 9 h

06/09/2017 Sala de reuniões SEDECI 9 h

20/09/2017 Sala de reuniões SEDECI 9 h

04/10/2017 Sala de reuniões SEDECI 9 h

18/10/2017 Sala de reuniões SEDECI 9 h

08/11/2017 Sala de reuniões SEDECI 9 h

29/11/2017 Sala de reuniões SEDECI 9 h

13/12/2017 Sala de reuniões SEDECI 9 h

Na organização do Comitê ficaram estabelecidas Comissões (ATA, datada de 31 de março de 2017), seguem as descrições e responsabilidades:

4.1.3.1.2. Coordenação Geral SEDECI a) Coordenar a execução dos trabalhos e as comissões de forma a manter o diálogo e a participação dos componentes do Comitê e Comissão Ampliada;b) Articular a capacitação dos gestores e conselhos setoriais;c) Acompanhar o desenvolvimento do Projeto Redes;d) Promover e participar de reuniões setoriais e intersetorial;e) Viabilizar as condições de logística, humana e materiais;f) Acompanhar a execução das ações e da elaboração do Plano; g) Articular junto aos setores de comunicação, jurídico e gestão governamental sobre os procedimentos, processos e decisões;

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h) Avaliar e monitorar processualmente as ações pactuadas no Comitê; i) Buscar adequação e resolução das situações problema apresentadas buscando o aprimoramento das ações para o alcance de resultados positivos;

4.1.3.1.3. Comissão da Secretaria SEDECI/Segurança Pública

a) Apoiar nas questões administrativas nas oficinas (inscrições e certificações).

4.1.3.1.4. Comissão de Capacitação Projeto Redes/SENAD/Fiocruz

a) Elaborar texto base dos conceitos sobre drogas para as oficinas;b) Prestar apoio técnico a qualquer tempo na elaboração do Plano;c) Fazer a revisão técnica;d) Mediar às oficinas comunitárias;e) Acompanhar a construção do Plano em todas as etapas;f) Articular a rede de serviços para participação qualificada;g) Capacitar os gestores e conselheiros setoriais sobre a política sobre drogas;

4.1.3.1.5. Comissão de Mobilização SEMUDES, COMEN e Fundação Cultural

a) Planejar as ações de mobilização;b) Fazer o levantamento das unidades de ensino, de saúde e outros equipamentos públicos, associações de moradores e igrejas;c) Criar lista de recebimento do material de divulgação;d) Articular parcerias para a distribuição/mobilização; e) Distribuir o material (convites/folders) nos equipamentos levantados e coletar assinatura;f) Fazer abordagem pessoal e sensibilizar para a participação comunitária;g) Afixar cartazes nos equipamentos e nos terminais urbanos;

4.1.3.1.6. Comissão de Mídia SEDECI, SECOM e GAPREF

a) Criar acesso e organizar a Plataforma Digital no portal eletrônico do município;b) Criar a identidade visual do Plano;c) Elaborar os cartazes, folders, informativos, certificados e apresentação visual do Plano em multimídia;b) Divulgar na Plataforma Digital os produtos aprovados;c) Fazer comunicação através da imprensa falada, escrita, televisionada e virtual;

4.1.3.1.7. Comissão de relatoria/elaboração do documento Plano, SEMED, SEMUDES, SEMUS, SEDECI

a) Fazer a elaboração da proposta metodológica, do relatório preliminar, da revisão e complementação das propostas, de forma conjunta com Responsabilidade Técnica Compartilhada; b) Avaliar os dados técnicos e calcular a demanda futura, metas físicas e metas globais de investimento;

O Decreto Nº 11.308/2017 estabelece em seu “Art. 2º. § 3º Poderão ser convidados, para participar das reuniões, representantes de órgãos e entidades da administração pública federal, estadual, e municipal, dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e de entidades privadas sem fins lucrativos, bem como especialistas.”

A comissão será ampliada para a participação de outras instituições, ou representantes de políticas públicas não integradas, que rotineiramente convivem com demandas expressivas advindas das questões relacionadas ao álcool e outras drogas.

A finalidade é de promover a articulação entre as políticas setoriais de governo e de estado e envolver o maior número possível de entidades. Entende-se que são de suma importância neste processo de construção coletiva e foram convidados através de ofício ou memorando, as quais seguem: 8ª Promotoria de Justiça de Blumenau, Delegacia de Proteção à Mulher, à Criança o ao Adolescente, Delegacia Regional de Polícia de Blumenau, 10º Batalhão de Polícia Militar, 23º Batalhão de Infantaria, Central de Penas e Medidas Alternativas de Blumenau, CASEP - Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório de Blumenau, 3º Batalhão de Bombeiros Militar, Conselho Tutelar, Ordem dos Advogados do Brasil, Presídio Regional de Blumenau, Penitenciária Industrial de Blumenau, Secretaria Municipal de Regularização Fundiária e Habitação, com o intuito de garantir a maior quantidade possível de informações e contribuições. Representantes da política de Habitação de Interesse Social, como política complementar, com intuito de promover o acesso ao direito habitacional. Tem como atribuição subsidiar com informações sobre programas, projetos e ações desenvolvidas nas políticas setoriais, sendo a responsabilidade geral a tomada de decisão de gestão governamental em todo o processo de construção do Plano. Além de fazer a articulação institucional e interinstiticional, a pactuação das propostas e possibilitar a integração das ações de forma intersetorial e articulada entre as políticas municipais afins. A principal incumbência é promover a viabilização da construção do Plano de forma intersetorial, submetendo-o á apreciação e deliberação do Conselho Municipal de

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Políticas Públicas Sobre Drogas - COMEN e posterior aprovação do Senhor Prefeito Municipal.

4.2 Projeto redes intersetorial para articulação das políticas sobre drogas

O Projeto Redes visa promover a aproximação entre as políticas de saúde, educação, assistência social e segurança pública, na perspectiva da promoção da prevenção, segurança, proteção e inclusão social, da ampliação para outras políticas com objetivo de articular uma rede de atenção que envolva todas as áreas na qual os municípios atuam.Promovendo a participação de usuários e buscando as potencialidades que cada município dispõe. Através de uma metodologia problematizadora das realidades locais e de apoio técnico de um articulador de rede intersetorial no Município.O objetivo é desenvolver metodologias de integração entre as políticas públicas, através da constituição de fóruns de gestão compartilhada, de canais de diálogo, de lugares de encontro, entre os profissionais das diversas redes, para que debatam e avaliem permanentemente as formas de prevenção, promoção e cuidado à saúde, de inclusão e de exercício da cidadania das pessoas em situações relacionadas às drogas.

4.3 Estratégias para Participação e Divulgação

A gestão democrática e participativa ocorrerá através da realização de encontros organizados e agendados, debates, audiências, consultas e conferências públicas. O objetivo principal da participação é de realizar o trabalho em conjunto e unir esforços para atingir a finalidade da política sobre drogas.

Em decorrência desta troca de conhecimentos será possível a construção do Plano de forma participativa de acordo com a realidade local e os interesses dos cidadãos.

Nesta perspectiva foram definidas para todas as etapas a mobilização e participação social. No sentido de dar publicidade será feita ampla divulgação, em linguagem acessível, através dos meios de comunicação disponíveis, dando ciência dos locais dos diversos encontros, das informações coletadas, contribuições, documentos elaborados e propostas sobre o Plano.

Além destes meios, para auxiliar na mobilização através de abordagem, na divulgação das Oficinas Regionais Comunitárias, serão utilizados em torno de 400 (quatrocentos)

cartazes e até 5.000 (cinco mil) folders fornecidos através do Fundo Municipal para Ações de Políticas Públicas sobre Drogas (FREMAD) aprovado através da Resolução Nº 02/2017.

Para ampliar a participação serão publicados e divulgados os resultados dos debates e das propostas adotadas nas diversas etapas do processo. Neste sentido foram previstos os seguintes instrumentos de divulgação e interação: Plataforma Digital e Comunicação Colaborativa.Plataforma Digital: utilizada para Consulta Pública, disponível em todo o processo de construção do Plano. A população poderá contribuir com idéias, críticas, dúvidas e sugestões, á partir do dia 26 de maio de 2017 até um (1) dia antes da Audiência Pública, data a definir, a plataforma pode ser acessada por meio do portal eletrônico do município e vai contar com informações sobre o Plano, legislação vigente e normativos, cronograma das reuniões, eventos, produtos aprovados e demais informações.

As contribuições podem ser efetuadas através de protocolo na Praça do Cidadão, localizada no paço Municipal, ou de forma presencial na Audiência Pública e demais eventos previstos. As contribuições serão analisadas por técnicos da Prefeitura ou equipe de apoio, observada à relevância e proximidade com o tema e podem ser incluídas nas propostas do Plano ou encaminha para órgãos e/ou secretarias responsáveis.

Todas as atividades realizadas serão registradas em imagens fotográficas, gravações, lista de presença e atas, listas de recebimento de material ou de presença devidamente assinadas e com registro do número do Cadastro de Pessoa Física - CPF e divulgadas na Plataforma Digital. A comunicação colaborativa possui como princípio a reciprocidade, que também é um princípio do diálogo, porém ultrapassa a compreensão de um contexto ou diferenças, pois este tipo de comunicação tem como caráter central a geração de conhecimentos coletivos a partir de resoluções compartilhadas.

Essa é a perspectiva de comunicação utilizada para divulgar as atividades previstas por meio de abordagem de mobilização, de instituições e entidades públicas e privadas, conselhos, redes sociais, entre outros.Serão identificados e mapeados os equipamentos públicos, as entidades governamentais e da sociedade civil organizada, igrejas e associações de bairros, e grupos por segmento. Esses são os parceiros na divulgação das atividades e na distribuição e afixação de materiais em locais de grande circulação. Visando desenvolver a estratégia mais adequada para atingir o objetivo de ampla divulgação

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do processo. Os materiais de divulgação serão elaborados pela comissão de mídia, e Secretaria Municipal de Comunicação e Relações Institucionais - SECOM. A comunicação se dará através de televisão, rádio e jornais e será efetuada pela assessoria de imprensa da Prefeitura.

A participação nesta etapa tem como objetivos:a) sensibilizar e envolver a população na elaboração do Plano Local;b) construir conhecimentos e saberes de forma dialógica;c) prestar informações sobre o PLAMIPED o Sistema Nacional sobre Drogas - SNSD - Política Nacional sobre Drogas PNSD - Plano Nacional sobre Drogas - PNSD;d) apresentar o planejamento e o cronograma de execução do PLAMIPED;e) divulgar e aprovar os mecanismos de participação e de acesso à informação.

A seguir são apresentadas as formas de participação social na especificidade de cada evento, nas diferentes etapas e as estratégias de divulgação a serem adotadas.

5. LANÇAMENTO DO PLAMIPED

Esta será a primeira reunião entre as pessoas envolvidas na construção do PLAMIPED e os cidadãos do município que manifestem interesse na questão sobre drogas, imprensa, assim como, as/os trabalhadoras/os envolvidos com a operacionalização das políticas integradas, tem como objetivo o Lançamento e a Divulgação dos trabalhos para a elaboração do Plano

Planejamento da Ação:a) Instância e caráter do evento: divulgação dos trabalhos, participativo, não deliberativo, preparatório para a construção de uma política municipal intersetorial sobre drogas; b) Conteúdo a ser apresentado: apresentação da estratégia de construção do Plano, proposta metodológica, objetivos da formulação e importância das políticas públicas integradas e articuladas. c) Participantes dessa instância: os cidadãos do município que manifestem interesse na questão sobre drogas, imprensa, assim como, as/os trabalhadoras/os envolvidos com a operacionalização desta política; d) Estratégia de comunicação: contato telefônico institucional, envio de convites para lideranças comunitárias, movimentos sociais, entidades que tenham alguma relação com o tema proposto, gestores púbicos, além de divulgação geral em jornais e rádios locais, de email institucional e plataforma digital.

6. CAPACITAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO DOS GESTORES MUNICIPAIS E CONSELHEIROS SETORIAIS

A capacitação e a sensibilização dos Gestores Municipais, dos Conselheiros participantes do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas, Saúde, Educação, Assistência Social, envolvendo os secretários, diretores, gerentes e coordenadores dos setores que operacionalizam a política, objetivando pactuar responsabilidades com a finalidade de criar propostas de atuação nas políticas integradas. A proposta de elaboração do Plano (desenho) será apresentada como forma de construção do documento Plano aos gestores e conselheiros setoriais. A perspectiva é de construir o envolvimento e comprometimento dos gestores setoriais na construção da política municipal sobre drogas como uma política de governo.A capacitação iniciar-se-á com uma breve apresentação da Política Nacional e da proposta metodológica para elaboração do PLAMIPED, sua abrangência e a importância da participação dos diversos setores da política integrada em todas as etapas do processo.

Para tal exigência propõe-se um encontro com carga horária de 04 horas. Ao final, ficará estabelecida a pactuação do processo de desenvolvimento e as principais questões levantadas serão levadas em consideração na construção do Plano.

Planejamento da Ação:

a) Instância e caráter do evento: debate aberto, participativo, deliberativo e preparatório para a construção de uma política municipal intersetorial sobre drogas;b) Conteúdo a ser apresentado: informações relativas ao Sistema Nacional sobre Drogas - SNSD - Política Nacional sobre Drogas PNSD - Plano Nacional sobre Drogas – PNSD, sobre a importância das políticas públicas integradas e articuladas, objetivos de formulação do Plano e os eixos de trabalho. c) Participantes dessa instância: Gestores Municipais, Conselheiros participantes do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas, Saúde, Educação, Assistência Social envolvidos com a operacionalização desta política;d) Estratégia de comunicação: envio de convites para gestores públicos e conselheiros, contato institucional; e) Responsáveis pela organização: Equipe SEDECI/SEGGET;f) Responsável pela mediação: Secretário da Secretaria de Gestão Governamental e Transparência;g) Responsável pela logística: Equipe SEDECI;h) Responsável pela Relatoria: Comissão de relatoria.

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7. ETAPA 02 – DIAGNÓSTICO SOBRE DROGAS

A segunda etapa do plano visa fazer um diagnóstico sobre drogas que possa revelar as situações existentes na realidade de cada território e da rede integrada de atendimento. A exposição das perspectivas e análises possibilita que as situações se apresentem e propostas de soluções se revelem, bem como, as qualidades e potencialidades do território.O diagnóstico sobre drogas será estruturado a partir da análise de dados técnicos e comunitários, considerando a leitura feita pela comunidade, visando agregar o valor da experiência e a vivência dos cidadãos para identificar os problemas, as demandas, as expectativas e as propostas de solução.

A divisão territorial será por meio das regiões dos Conselhos Comunitários de Segurança CONSEG’s de Blumenau, estabelecida uma parceria com a ACONSEG – Blu, entidade que reúne os sete CONSEG’s do município. A coordenação da Comissão juntamente com a SEMUDES e o COMEN realizou reunião, na data de 04 de maio de 2017, com os presidentes dos CONSEGs, na qual se firmou compromisso de articulação do local de referência para realização das oficinas e divulgação.

Considera-se ponto estratégico no processo da mobilização e divulgação, a parceria com os CONSEG’s pelo histórico de experiências bem sucedidas de processos participativos e vínculo com a população. Outro ponto importante considerado é que as questões que permeiam as discussões sobre drogas são constante assunto de pauta, existe conhecimento de causa, discussão e encaminhamentos junto à segurança pública.Na cidade de Blumenau existem 07 (sete) CONSEG’s que atuam ativamente nas questões relacionadas com a segurança pública e outras demandas. Os participantes dos conselhos são voluntários e pessoas que apresentam um conhecimento amplo da comunidade, sendo de suma importância a presença ativa dos mesmos na elaboração do Plano. Da mesma forma há líderes comunitários, religiosos, associações, ONG’s, e representantes de outras instâncias governamentais que tem demonstrado interesse e tem participação presencial nas decisões coletivas do Município que devem ser convidados a participar da elaboração do PLAMIPED.

As questões referentes ao uso abusivo de álcool e outras drogas e ao tráfico de drogas e o crime organizado é uma preocupação constante e atinge locais diversos da cidade de Blumenau por isso é fundamental que a construção do Diagnóstico sobre Drogas envolva a municipalidade para que se possam construir estratégias de ação que apontem as melhores soluções possíveis, para tanto é importante

consultar a população em seu próprio território.

7.1 Diagnóstico Comunitário

O diagnóstico comunitário proporcionará conhecimento das diversas situações e problemáticas sobre drogas ocorridas no território. Possibilitará que a política pública possa atuar na problemática local com ações de promoção da saúde, prevenção e controle do uso do álcool. Esse conhecimento tornará possível atuar na promoção da saúde e prevenção no contexto da vivência observando as características sócio-culturais individualizadas.

O conceito de comunidade engloba não somente o conjunto de pessoas que a formam, mas também as complexas relações sociais que existem entre seus membros, o sistema de crenças que professam e as normas sociais que as regem. Por isso, a apreciação da singular complexidade da cada comunidade é essencial para compreender os sujeitos que nela se inscrevem, e a forma como tomam as decisões que afetam sua saúde e o bem estar de todos os integrantes (SENAD-MJ/NUTE-UFSC, 2014, p.200).

a) Oficinas Regionais (Oficinas de diálogo, texto construído pela Articuladora do Projeto Redes Sandra Lucia Vitorino)

O objetivo principal das oficinas é construir um diagnóstico comunitário, através do diálogo com a população, para buscar os saberes, opiniões e informações e debater sobre o tema. A contribuição dos cidadãos é fundamental para a construção de um plano que demonstre o que as pessoas pensam e conhecem sobre o assunto e não uma mera formalidade a ser cumprida.As 07 oficinas de diálogo objetivam:a) Incentivar o reconhecimento pela população para as necessidades do Município em relação ao desenvolvimento de ações integradas e articuladas entre as políticas intersetoriais afins;b) Melhorar/ampliar o diagnóstico técnico a partir do debate com a população;c) Identificar em cada comunidade as principais situações relacionadas com drogas (necessidade de prevenção, uso abusivo, cuidado, tráfico, entre outros);d) Apontar as potencialidades e/ou propostas de solução dos problemas;e) Incentivar a divulgação da consulta pública e a participação através da Plataforma Digital, Praça do Cidadão, Oficina Geral e Audiência Pública (blumenau.sc.gov.br/plano-municipal-intersetorial-politicas-sobre-drogas); f) Eleger até 06 representantes de cada região para participar da etapa 03 - Oficina

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Geral de Construção de Estratégias e Ações e da Audiência Pública;g) Divulgar as informações produzidas nesta etapa através do relatório preliminar.

Planejamento da Ação:

a) Instância e caráter do evento: visa partir do diagnóstico das necessidades e da realidade dos territórios, através do levantamento das demandas da comunidade local, compreensão dos problemas e construção de propostas. As oficinas regionais têm caráter participativo, deliberativo e preparatório para a construção de uma política municipal intersetorial sobre drogas;b) Conteúdo a ser apresentado: o conteúdo virá do saber da comunidade local sobre sua realidade e necessidades e será subsidiado pelo conteúdo já construído e instituído nas políticas públicas dos setores de álcool e outras drogas através do Sistema Nacional sobre Drogas – SNSD, da Política Nacional sobre Drogas PNSD e o Plano Nacional sobre Drogas - PNSD, de saúde, da atenção psicossocial, da educação, da assistência social, da segurança, dos direitos e cidadania, com base nas leis e normativos que regulamentam essas áreas. Outros conteúdos a serem tratados: A importância das políticas públicas integradas e articuladas; Objetivos para formulação do Plano Municipal Intersetorial de Políticas sobre Drogas; Eixos de trabalho: prevenção, cuidado e autoridade.c) Técnica da ação: através de explanação para situar sobre a etapa de construção do Plano Municipal e sobre a política nacional (PNAD), os eixos: prevenção, cuidado e autoridade. Dividir o grupo pela área de interesse, procurando estabelecer um número mínimo de 10 pessoas por eixo, para se conclamar uma discussão. Cada grupo terá um relator designado anteriormente (acadêmicos da FURB) e um facilitador (Projeto Redes). No primeiro momento, o grupo tem 30 minutos para levantar os problemas relacionados ao tema. Depois mais 30 minutos para escolher dentre eles de 3 a 5 problemas cruciais e elencar possíveis soluções para cada um deles destacando em tarjetas coloridas. O grupo elegerá um coordenador, da comunidade, de cada eixo, o qual vai apresentar os problemas e as propostas de solução levantadas e em seguida usará o quadro de cores anexando as tarjetas no papel craft, conforme cada eixo. Terá mais 30 minutos para apresentação de cada eixo no grande grupo. O debate será aberto para os presentes discutirem as propostas apresentadas e fazer contribuições e propostas em cada eixo, passa apresentação para o eixo seguinte. A condução deste momento será feita pelo facilitador convidado. Um mediador geral, do Projeto Redes, passará de grupo em grupo para observação da participação, da condução do trabalho e controle do tempo.d) Participantes dessa instância: a comunidade local, os cidadãos do município que manifestem interesse na questão, especialmente os residentes em cada região

e os trabalhadores envolvidos com a operacionalização dos serviços das políticas integradas;e) Indicação de Representantes: em cada oficina regional será indicado pelo grupo participante, até 06 representantes titulares e suplentes, para participarem da Oficina Geral e da Audiência Pública.f) Estratégia de comunicação: distribuição de convites/folders à comunidade, nas unidades de ensino, de saúde e outros equipamentos públicos, associações de moradores e igrejas, nas diferentes regiões de realização dos eventos, na forma de mobilização comunitária através da sensibilização por meio da comissão de mobilização. Será realizado contato telefônico e por e-mail com as instituições do local, abordagem pessoal e afixados cartazes nos mesmos locais de distribuição dos convites e terminais urbanos, bem como, divulgação através de rádios e jornais locais e no sítio oficial da Prefeitura.g) Responsáveis pela divulgação: Comissão de mídia, Comissão de mobilização e Secretaria da Comunicação - SECOM;h) Responsáveis pela mediação: Projeto Redes;i) Responsáveis pela logística: Comissão de secretaria e comitê executivo;j) Responsáveis pelo apoio: Equipe da Diretoria de Projetos.

7.2 Diagnóstico técnico

Constitui-se da coleta de dados e informações a respeito de diversos aspectos relacionados direta ou indiretamente as questões relacionadas às drogas (através de análise documental, observação e trabalho de campo), e da análise destes de forma individualizada e inter-relacionada, identificando as condicionantes, os conflitos e as potencialidades.O ponto de partida para o desenvolvimento do diagnóstico técnico serão os relatórios com o mapeamento da rede de atendimento (Projeto Redes), juntando com os dados das Conferências Municipais e dados coletados e fornecidos pelas secretarias da política intersetorial integrada sobre drogas e políticas afins (Saúde, Educação, Assistência Social, Cultura, Esporte, Segurança Pública e Direitos Humanos), e Conselhos Setoriais das Políticas Integradas.

Será constituído de forma articulada e com responsabilidade técnica compartilhada com as secretarias que fazem parte da política integrada de atendimento sobre drogas (saúde, educação, assistência social e segurança pública). Além dos relatórios Redes cada secretaria receberá um instrumental para que os gestores, juntamente com os técnicos, possam apontar os programas, projetos e ações que estão sendo desenvolvidos e quais as necessidades de adequação e/ou ampliação dos serviços

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ou ações para atendimento de demandas reprimidas e/ou novas.

Modelo de Instrumental para o Diagnóstico Técnico das Políticas Setoriais Integradas

Progra-mas

/Proje-tos

EIXO 1 - PREVENÇÃO

Obje-tivo

Nº deAtendimentos

AçõesExistentes

Amplia-ções

NovasAções

AtoresEnvolvidos

Respon-sáveis

Pra-zo

DemandaReprimida

Progra-mas

/Proje-tos

EIXO 2 - CUIDADO

Obje-tivo

Nº deAtendimentos

AçõesExistentes

Amplia-ções

NovasAções

AtoresEnvolvidos

Respon-sáveis

Pra-zo

DemandaReprimida

Progra-mas

/Proje-tos

EIXO 3 - AUTORIDADE

Obje-tivo

Nº deAtendimentos

AçõesExistentes

Amplia-ções

NovasAções

AtoresEnvolvidos

Respon-sáveis

Pra-zo

DemandaReprimida

As Comunidades Terapêuticas, ONG’s, autarquias e fundações, entre outros, serão comunicados sobre a elaboração do Plano e solicitada reunião para apresentação da solicitação de informações relativas ao trabalho realizado e financiado com recursos públicos, através do mesmo modelo de instrumental. Os dados referentes ao atendimento do Poder Judiciário serão solicitados nas reuniões da comissão ampliada.

A comparação de dados e informações vai possibilitar a construção de uma política de acordo com a realidade, aproximada aos pressupostos e princípios da Política Nacional sobre Drogas. Para cada programa, subprograma ou projeto serão estabelecidas demandas/metas quantitativas e qualitativas, demandas prioritárias, metas físicas e

globais de investimentos e prazos.

Os objetivos específicos serão construídos para definir ações, adequar e/ou ampliar os serviços conforme as necessidades apontadas na conjunção do diagnóstico técnico e do diagnóstico comunitário.

Para melhor compreensão das análises realizadas serão elaborados relatórios, gráficos e tabelas em forma de produtos. As informações serão baseadas na legislação existente, fotografias, pesquisas, levantamentos, e relação das aplicações de recursos nas áreas afins. As leituras técnica e comunitária serão sintetizadas em relatório preliminar, sendo este o segundo produto dentro do organograma do Plano. A abordagem nesta etapa seguirá os seguintes itens:

7.3 Condições institucionais e administrativas

As informações institucionais e administrativas possibilitam a identificação de ações necessárias para que o governo municipal tenha capacidade de planejamento, gestão e investimento. A Secretaria Nacional sobre Drogas, abrigada no Ministério da Justiça e Segurança Pública, conforme o Guia de adesão ao Sistema Nacional sobre Drogas (2012) recomenda que sejam identificadas as seguintes questões:

a) A capacidade de aplicação de recursos próprios para melhoria do acesso aos direitos no que concerne ao atendimento sobre drogas; b) A existência de recursos humanos tecnicamente qualificados e de órgão responsável pela gestão integrada das ações da política sobre drogas entre a saúde, educação, segurança pública e assistência social; c) As alternativas para realização de serviços, equipamentos, mecanismos de ordenação da rede, coordenação do cuidado, a promoção do acesso; d) As fontes e o sistema de informações municipais; e) A existência de instâncias de participação e controle social; Para dar conta deste item, será feita análise dos investimentos em andamento e previstos, e das leis orçamentárias visando observar a relevância desta política para a administração municipal.

7.4 Marco legal e marco regulatório

Será analisada a legislação vigente visando rever os aspectos ao acesso de todos os cidadãos às ações e aos serviços necessários para garantir os direitos.

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Realizar-se-á o levantamento do marco regulatório e legal existente de competência dos três entes federativos. Dever-se-á tratar, em especial, da legislação municipal no que precisa ser revista ou elaborada, tanto na perspectiva de promover o acesso, quanto na perspectiva de ampliar ou adequar os serviços, etc.

Vale ressaltar que a política sobre drogas tem como princípio integrar as políticas intersetoriais de saúde, educação, segurança pública e assistência social, portanto, é imprescindível considerar os preceitos indicativos dessas políticas, a exemplo da saúde, na qual a universalização, equidade e integralidade são princípios doutrinários do SUS. A partir destes, tem os princípios organizativos e de cuidado, tais como: regionalização e hierarquização; descentralização e comando único e participação popular.

Trata-se de conhecer os principais instrumentos legais que regulam o tema sobre drogas no Brasil, as normas internacionais que orientam a política tais como: Normas Internacionais Prevenção, a Política Nacional de Redução do impacto social do álcool e outras drogas - Prevenção, Cuidado e Reinserção Social.

Também é necessário levantar os mecanismos de participação e controle social da política sobre drogas, a composição dos Conselhos das Políticas Integradas e Fundos Local sobre Drogas.

Serão identificados e analisados os marcos legais e normativos e considerados os existentes tais como:

• Constituição Federal;• Convenções da Organização das Nações Unidas;• Diretrizes do Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crimes (UNODC);• Política Nacional sobre Drogas e instrumentos normativos - Lei Nº 11.343, de 23 de agosto de 2006;• Política Nacional sobre Álcool - Lei 11.705, de 19 de junho de 2008 - Decreto Nº 6.117/2007;• Lei Federal 10.216 de 06 de abril de 2001- Reforma Psiquiátrica;• Lei Federal Nº 12.435, de 06 de abril de 2011;• Lei Federal Nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e Adolescente;• Lei nº 11.258/2005 altera a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a organização da Assistência Social;• Lei Federal 12.594/2012 em 18 de Janeiro de 2012, SINASE.• Portarias Ministeriais que norteiam a atenção ao usuário de saúde mental, álcool e

outras drogas;• Legislação municipal sobre drogas: diretrizes previstas, medidas adotadas para prevenção, cuidado (tratamento, atenção e reinserção social de usuários de drogas), o regramento para desenvolvimento das atividades e agenda integrada entre saúde, educação, segurança pública e assistência social; • Legislação de outros entes federativos aplicável ao município: legislação de competência de outro ente federativo ou de competência conjunta dos três entes federativos. • Participação e controle social: existência, composição e atribuições dos seguintes conselhos municipais e respectivos fundos das políticas: sobre Drogas, Saúde, Educação, Assistência Social, Criança e Adolescente, Habitação de Interesse Social, Idoso, entre outros.

7.5 Programas, projetos e ações

Será identificada a evolução histórica de ações, projetos e programas financiados ou executados pela administração municipal e pelos demais entes federativos ou por ONG’s, os benefícios já realizados e a previsão de ampliação e/ou novos atendimentos.

Para tanto, serão consultados os gestores responsáveis por cada Política integrada, os presidentes das Fundações e os responsáveis pelas ONG’s que executam serviços/trabalhos de prevenção e/ou cuidado sobre drogas, financiados com recursos públicos.

7.6 Recursos - Financiamento

Será identificada a evolução histórica de ações, projetos e programas financiados ou executados pela administração municipal e pelos demais entes federativos ou por ONG’s, os benefícios já realizados e a previsão de ampliação e/ou novos atendimentos.

Para tanto, serão consultados os gestores responsáveis por cada Política integrada, os presidentes das Fundações e os responsáveis pelas ONG’s que executam trabalhos de prevenção e de cuidado com pessoas e famílias que usam álcool e/ou outras drogas financiados com recursos públicos.

8. ETAPA 03 – ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Esta etapa definirá uma estratégia geral de ação estabelecendo elementos norteadores

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para tomada de decisão governamental e orientará o desenvolvimento de projetos sobre drogas, previsão de destinação de recursos, assim como sua aplicação, definição ou revisão dos marcos regulatórios e legais.

O Comitê Gestor definiu e estabeleceu 07 (sete) eixos estratégicos os quais darão forma ao trabalho, fazem parte das estratégias e prioridades que associados e interligados podem determinar as principais diretrizes na busca da redução do impacto social do álcool e outras drogas, por meio de ações integradas de prevenção, cuidado e reinserção social e conseqüentemente proporcionar a ampliação da qualidade de vida, da saúde, dos vínculos afetivos e da integração na sociedade. Apresenta-se a seguir uma síntese de cada eixo:

8.1 EIXOS ESTRATÉGICOS

Os eixos estratégicos foram construídos, ao longo do ano de 2016, com base nos dados apresentados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, na análise de documentos, planos e experiência de outros municípios, apresentados ao Comitê Gestor e aprovado, conforme consta em ata, datada de 31 de março de 2017. Desta forma, indica-se inicialmente, a proposta de trabalho nos seguintes eixos: Prevenção, Cuidado, Autoridade, Gestão Integrada e Controle Social, Educação Permanente, Financiamento, Monitoramento e Avaliação.

8.1.1 Prevenção do uso de drogas

O primeiro eixo estratégico é da Prevenção do uso de drogas que será baseado em promoção de saúde, educação em saúde e redução de danos e riscos. Conceitualmente a prevenção pode ser considerada uma ação antecipada que tem por finalidade evitar o progresso de riscos e agravos ao bem estar humano. Considerando que o conceito de saúde é mais amplo que o entendimento de uma ausência de doenças.

As Diretrizes Internacionais sobre a Prevenção do Uso de Drogas – UNODC aponta que constitui - se de estratégias voltadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a promoção e o fortalecimento dos fatores de proteção.

Busca o desenvolvimento saudável e seguro de crianças e adolescentes e formação de habilidades pessoais e sociais, objetiva evitar ou retardar o início do uso de drogas.No âmbito municipal a Lei Complementar nº 856, de 26 de abril de 2012 estabelece que as ações de prevenção tenham por finalidade:

I - estimular o comprometimento, cooperação e parceria entre os diversos segmentos da sociedade e órgãos governamentais, fortalecendo a construção de redes sociais que visem ações preventivas para a melhoria da qualidade de vida e a promoção geral da saúde;II - promover a execução da política pública municipal sobre drogas buscando o apoio do Conselho Federal, dos Conselhos Estaduais e da Sociedade Civil Organizada, adequando-se às peculiaridades locais;III - fortalecer e divulgar o COMEN, priorizando atividades voltadas para as comunidades mais vulneráveis;IV - buscar o implemento de campanhas e programas educacionais preventivos, priorizando mensagens claras, atualizadas e especificamente voltadas ao público-alvo, às diversidades culturais locais, à vulnerabilidade e às diferenças de raça, etnia e gênero;V - incentivar ações direcionadas ao desenvolvimento humano, ao incentivo à educação para a vida saudável, ao acesso cultural, à prática de esportes, à cultura e ao lazer, ao fomento do protagonismo juvenil e da participação da família, da escola e da sociedade na multiplicação dessas ações;VI - promover a implantação e implementação de ações preventivas pautadas na ética, na pluralidade cultural, mediante orientação permanente para a promoção de valores voltados à saúde física e mental, individual e coletiva, ao bem estar, à integração socioeconômica, à valorização e o fortalecimento das relações familiares respeitando-se seus diferentes modelos;VII - incentivar a instalação e o desenvolvimento de ações interdisciplinares, de caráter preventivo e educativo nos programas de saúde para o trabalhador e seus familiares, objetivando a prevenção do uso indevido de drogas no ambiente de trabalho em todos os turnos, mediante processo de responsabilidade compartilhada do empregado e empregador;VIII - assegurar a observância dos preceitos estabelecidos pela Política Nacional sobre Drogas, buscando incentivar a participação de toda sociedade, com ações de articulação e fortalecimento das redes sociais, para a integração de programas de prevenção e saúde em geral.

Perpassa as redes de Educação, do Sistema Único de Saúde - SUS e o Sistema Único de Assistência Social - SUAS, através dos programas de prevenção, envolvendo as políticas de educação, saúde e assistência social, com articulação entre as 3 três esferas de gestão. Serão discutidas questões importantes como as ações de prevenção mais estruturadas que devem priorizar grupos em situação de maior risco pela sua desvantagem social, utilizando-se para isso dos mecanismos de priorização de segmentos em situação de

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maior vulnerabilidade social.

Uma abordagem significativa se refere à educação e a saúde que devem apontar as formas de integração e articulação permanente, como prevê o Ministério da Saúde. A proposta visa contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede de ensino.A responsabilidade do município é identificar as prioridades e aspectos que precisam ser redimensionados e/ou qualificados no âmbito das ações de educação e saúde no território municipal, delimitar os territórios de responsabilidade, definidos segundo a área de abrangência das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e definir o conjunto de escolas integrantes de cada território.

São cinco os componentes para alcançar esses propósitos:

a) Avaliação das Condições de Saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na escola pública;b) Promoção da Saúde e de atividades de Prevenção;c) Educação Permanente e Capacitação dos Profissionais da Educação e da Saúde e de Jovens;d) Monitoramento e Avaliação da Saúde dos Estudantes;e) Monitoramento e Avaliação do Programa.

Por isso, reúnem-se, obrigatoriamente, nessas instâncias representantes das Secretarias de Saúde e de Educação e, facultativamente, outros parceiros locais que estejam à frente de políticas e movimentos sociais (cultura, lazer, esporte, transporte, planejamento urbano, sociedade civil, setor não governamental e setor privado, entre outros).

As orientações desses serviços são estabelecidas pelo do Ministério da Saúde para a realização de ações de prevenção ao consumo de drogas em comunidades e escolas, constante no Guia estratégico para o cuidado de pessoas com necessidades relacionadas ao consumo de álcool e outras drogas: Guia AD, que pode ser acessado, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.As intervenções são diferenciadas de acordo com a necessidade, com as seguintes orientações:

• Prevalência de consumo de drogas e suas faixas etárias;

• Necessidades de adequação aos diferentes contextos individuais, sociais, políticos e culturais;• Articulação em rede entre os setores e o controle social;• Organização de ações baseadas em boas práticas no campo da prevenção;• Necessidade e avaliação contínua dos efeitos das ações de prevenção.

Outra abordagem fundamental é através da Assistência Social política voltada à garantia de direitos sociais. Opera serviços, programas, projetos e benefícios, devendo realizar-se de forma integrada às demais políticas públicas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e acesso aos direitos sociais.

Sancionada pela Lei nº 11.258/2005 que alterou a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, dispõe sobre a organização da Assistência Social, para acrescentar o serviço de atendimento a pessoas que vivem em situação de rua.

A Política Nacional de Assistência Social - PNAS tem como princípio o direito a cidadania e a integralidade do sujeito, primazia da responsabilidade do Estado e centralidade na família o que permite o deslocamento do olhar focado nas drogas e seus usos para os sujeitos.

Preconiza que a assistência social é um direito do cidadão e dever do Estado, política de seguridade social não contributiva, realizada por meio de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. Realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender às contingências sociais e à universalização dos direitos sociais.

As ações da política de assistência social são organizadas por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que materializa o conteúdo da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS – Lei 8.742, de 1993). O Sistema Único de Assistência Social – SUAS que tem como características:

• a noção de território; • a centralidade no atendimento à família; • a garantia de atenção diferenciada por níveis de proteção social (básica e especial); • a gestão compartilhada das ações entre Estado e sociedade civil, sob coordenação e primazia do primeiro na atribuição de competências técnicas e políticas diferenciadas

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para as diferentes esferas federativas; • a co-responsabilidade entre os entes federados; • o planejamento, monitoramento e a avaliação por meio de sistemas de informações; • o controle social exercido pelos Conselhos de Assistência Social.

Dentre as diversas vulnerabilidades e riscos sociais às quais as famílias podem estar expostas no território, uma delas diz respeito à convivência com álcool e outras drogas, um fenômeno multicausal e multidimensional, que requer dos serviços de Proteção Social Básica (PSB) a atuação em estreita articulação com as áreas da saúde, educação, trabalho, habitação e segurança pública uma vez que existem questões de violência, associação ao tráfico, ameaça de morte, dentre outros.

Indivíduos com histórico de consumo de álcool e outras drogas e suas famílias podem ter agravadas as situações de vulnerabilidade, uma vez que esta situação pode interferir negativamente na qualidade de vida, reduzir a capacidade para o trabalho e estudos, dificultar as relações intrafamiliares, potencializar a ocorrência de violência intrafamiliar, com vizinhos e no território, entre outros.

São Diretrizes para realização de ações de prevenção ao consumo de álcool e outras drogas com crianças e adolescentes no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos as ações de prevenção a situações de risco e vulnerabilidade tem espaço privilegiado, sendo orientada a sua organização e execução a partir dos ciclos de vida, ganhando destaque as ações direcionadas para crianças, adolescentes e jovens.

Destaca-se que, no âmbito da prevenção ao uso de drogas, além de se buscar evitar o início do uso, tem-se também como objetivos:

a) Retardar a idade de início do uso quando este não puder ser evitado. b) Reduzir os riscos e os danos relacionados ao uso de drogas. c) Evitar a transição para um uso problemático.

A Proteção Social Básica (PSB), através do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), parte integrante do SUAS, tem como objetivo a prevenção de ocorrências de situações de vulnerabilidade, risco social e violações de direitos nos territórios, com investimento na diminuição das vulnerabilidades sociais e na ampliação das potencialidades e aquisições, que fortalece fatores de proteção ás famílias por meio da oferta territorializada de serviços socioassistenciais, compreendidos como atividades continuadas que objetivam a melhoria da qualidade de vida da população (BRASIL, 2012).

Os serviços socioassitenciais da PSB ofertados nos territórios - Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), ofertado exclusivamente no CRAS tem por objetivo contribuir para o fortalecimento da função protetiva da família e a melhoria da sua qualidade de vida e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, tem estreita interação com os serviços da Proteção Social Especial (PSE), particularmente, o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), como perspectiva de construção da rede de proteção no território.

O trabalho social do PAIF poderá identificar estigmas ligados à raça, etnia, gênero, idade ou associados ao consumo de álcool e outras drogas, e desenvolver estratégias para a garantia dos direitos sociais e superação das invisibilidades, por meio de ações que valorizem as práticas comunitárias e as identidades raciais, étnicas e de gênero ou grupos que valorizem o protagonismo e qualidade de vida das pessoas idosas, grupos de apoio e ajuda às pessoas que usam álcool e outras drogas e outras questões da população residente naquele território.

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, complementar ao PAIF as ações de prevenção a situações de risco e vulnerabilidade têm espaço privilegiado, sendo orientada a sua organização e execução a partir dos ciclos de vida, ganhando destaque as ações direcionadas para crianças, adolescentes e jovens (Vide - Quadro Completo do Sistema Único de Assistência Social - SUAS).

A prevenção perpassa este eixo com a integração das ações de segurança pública, o aprofundamento do diálogo com os órgãos do sistema de justiça criminal: polícia, ministério público, judiciário e administração prisional é fator primordial na construção desta política. Prevenção á violência é o grande desafio dessa integração para atuar na perspectiva da garantia de direitos e, dessa maneira, enfrentar a lógica que trata a ques¬tão das drogas pelo viés exclusivo da doença e do crime. Esta lógica reducio¬nista criminaliza e patologiza os usuários, que passam a ser objeto de dis¬criminação, preconceito, exclusão, recolhimento e internação compulsória.

Será considerada a classificação de níveis de prevenção, primária, secundária e terciária, bem como, de forma complementar nos níveis universal, seletivo ou indicado.

8.1.2 Cuidado de pessoas

O segundo eixo estratégico se refere ao Cuidado de pessoas com necessidades relacionadas ao consumo de álcool e outras drogas, conforme Pinheiro (2005), não

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se refere apenas a um nível de atenção do sistema de saúde ou um procedimento técnico simplificado, mas uma ação integral que tem significados e sentidos voltados para a compreensão de saúde como o direito de ser. Pensar o direito de ser na saúde é ter cuidado com as diferenças dos sujeitos – respeitando as relações de etnia, gênero e raça – que são portadores não somente de deficiências ou patologias, mas de necessidades específicas.

(http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/cuisau.html).

Reafirma-se que é composta por serviços de acompanhamento, acolhimento e reinserção social de pessoas que fazem uso, abuso e/ou dependência de drogas, nos diversos níveis de complexidade, tanto na política municipal de saúde quanto na de assistência social.

O município tem responsabilidade em identificar as necessidades de suportes e apoios a estas pessoas, na perspectiva de oferecer-lhes ações integradas e articuladas de saúde, cuidados, acesso à educação, trabalho, redução dos danos, fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais, melhora das condições de vida, construção de oportunidades e fortalecimento das famílias na sua função protetiva.

A Política para Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas, além de reafirmar o uso de drogas como um fenômeno complexo que deve envolver a atuação de várias políticas setoriais e da sociedade civil organizada, prevê a oferta de diferentes serviços, cada modalidade de serviço tem características próprias no que tange a objetivos, instalações, recursos terapêuticos, perfil de equipe profissional mínima, intensividade e duração do atendimento.

O SUS através das Redes de Atenção à Saúde (RAS), estabelecidas como arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado.

Dentre as Redes prioritárias, foi instituída a Rede de Atenção Psicossocial – RAPS (Portaria nº 3.088/2011), que concretiza os princípios da Reforma Psiquiátrica e as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, com a finalidade de ampliar e articular os serviços/pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental, e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Possui componentes de diferentes complexidades da rede de saúde, os quais

compreendem um conjunto de serviços para atender às diferentes necessidades de pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Por essa característica, esses serviços são, também, chamados de pontos de atenção.

São 07 os componentes da RAPS: 1) atenção básica em saúde; 2) atenção psicossocial especializada; 3) atenção de urgência e emergência; 4) atenção residencial de caráter transitório; 5) atenção hospitalar; 6) estratégias de desinstitucionalização e 7) estratégias de reabilitação psicossocial.

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COMPONENTE SERVIÇO/PONTO DE ATENÇÃO DESCRIÇÃO

AtençãoBásica

UnidadesBásicas de Saúde

Local prioritário de atuação das equipes de Atenção Básica, (equipes de saúde da família e outras modalidades de equipes de atenção básica), pelos Núcleos de Apoio as equipes de Saúde da Família (NASF), pelas equipes dos Consultórios na Rua e as de Atenção Domiciliar (Melhor em Casa). São responsáveis por acompanhar a saúde da população de seu território, devem, também, realizar ações coletivas de promoção da saúde, que podem ser por intermédio de grupos de caminhada no bairro, grupos de gestantes na unidade de saúde ou sessões de exercício físico. Podem, ainda, realizar ações de prevenção de agravos à saúde, como oficinas de pais para fortalecimento dos vínculos familiares em parceria com escolas da comunidade, grupos de jovens envolvidos com drogas e/ou em conflito familiar ou estratégias de inserção social, por exemplo, de pessoas com transtornos mentais na comunidade.

Núcleo deApoio à Saúde da Família

Equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada com as equipes de Saúde da Família (ESF), as equipes de atenção básica para populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais) e com o Programa Academia da Saúde.

Consultóriona Rua

Os Consultórios na Rua realizam um importante trabalho com usuários de drogas em situação de rua para a redução de riscos e danos. Seus profissionais têm papel crucial para integrar a rede de cuidados no atendimento a essa população, garantindo seu acesso a outros componentes da RAPS e da atenção especializada em saúde.

Centros de Convivênciae Cultura

Foco na promoção de saúde, realizando, sob a supervisão de profissionais de saúde, cultura e esportes, atividades esportivas e culturais que contribuam para o bem estar e a cidadania de quem vive na comunidade. São dispositivos que buscam integrar a comunidade, especialmente seus grupos mais vulneráveis.

Atenção Psicossocial Estratégica

Centros de AtençãoPsicossocial

CAPS Constituídos por equipes multiprofissionais que acompanham pessoas com sofrimento ou transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e de outras drogas. Responsáveis pela articulação com outros serviços de saúde; conversar com as equipes da atenção básica; visitar pacientes internados em hospitais gerais para planejar sua alta; acompanhar quem está acolhido em uma Unidade de Acolhimento, Comunidade Terapêutica e Unidades de Acolhimento do SUAS.

Atenção de Urgência e Emergência

Samu 192

A atenção hospitalar à saúde mental deve estar inserida nos hospitais gerais, e não mais nos antigos hospitais psiquiátricos, aliada a outras especialidades médicas. Nesse modelo, leitos ou pequenas enfermarias de saúde mental realizam internações breves (a maioria de uma a três semanas) para casos agudos que necessitem de cuidado médico intensivo, ou que tragam complicações clínicas associadas aos transtornos mentais e ao uso prejudicial de drogas.

Sala deEstabilização

UPA 24 h eportas hospitalares

de atenção à urgência /pronto socorro

AtençãoHospitalar

Leitos de Saúde Mental na clínica médica ou pediatria em Hospital

Geral

O atendimento de urgência a quadros de saúde mental pode ser realizado, preferencialmente, nos CAPS e também nos prontos-socorros gerais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A estabilização do quadro depende, nesses casos, tanto de Sala de estabilização 39 medicação quanto de um ambiente adequado para escutar o paciente, seus familiares e mediar conflitos. Por fim, casos de urgência podem requerer um atendimento pré-hospitalar, que é realizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Quadro da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS (Guia Estratégico para o Cuidado de Pessoas com Necessidades Relacionadas ao Consumo de Álcool e Outras Drogas, BRASIL, 2015).

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COMPONENTE SERVIÇO/PONTO DE ATENÇÃO DESCRIÇÃO

Atenção Residencialde Caráter Transitório

Unidade de Acolhimento Oferta cuidado a pessoas com dependência de drogas, particularmente daquelas sem rede social de apoio, por meio de um acolhimento residencial supervisionado.

Serviço de Atenção emRegime Residencial

Entidades que realizam o acolhimento de pessoas, em caráter voluntário, com problemas associados ao uso nocivo ou dependência de substância psicoativa, caracterizadas como comunidades terapêuticas.

Estratégias deDesinstitucionalização

Serviços Residenciais Terapêuticos Para possibilitar a saída dos manicômios de pessoas que não têm mais onde nem com quem morar, foram criados os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs), os quais funcionam como casas onde podem viver cerca de dez pessoas, com graus variados de supervisão de cuidadores/profissionais, a depender das condições de seus moradores. As casas – quase mil em todo o Brasil atualmente – são vinculadas aos CAPS, aos quais seus moradores mantêm vínculo de cuidado em saúde mental. As estratégias de desinstitucionalização visam promover não só a inserção social dos moradores de hospitais psiquiátricos, mas também objetivam evitar que novos pacientes entrem neste circuito de abandono e institucionalização, promovendo mudanças no modelo assistencial e na cultura da sociedade.Como complemento à iniciativa das SRTs, foi instituído pela Lei n.º 10.708, de 31 de julho de 2003, o auxílio-reabilitação psicossocial para pacientes acometidos de transtornos mentais egressos de longas internações psiquiátricas, que faz parte do programa De Volta pra Casa.

Programa deVolta para Casa

Programa deDesinstitucionalização

Fortalecimento do protagonismo deusuários e familiares

Estratégias deReabilitaçãoPsicossocial

Iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos

solidários/cooperativas sociais

As ações de caráter intersetorial destinadas à reabilitação psicossocial, por meio da inclusão produtiva, formação e qualificação para o trabalho de pessoas com transtorno mental ou com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/ cooperativas sociais. As iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/cooperativas sociais devem articular sistematicamente as redes de saúde e de economia solidária com os recursos disponíveis no território para garantir a melhoria das condições concretas de vida, ampliação da autonomia, contratualidade e inclusão social de usuários da rede e seus familiares.As ações de caráter intersetorial destinadas à reabilitação psicossocial, por meio da inclusão produtiva, formação e qualificação para o trabalho de pessoas com transtorno mental ou com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/ cooperativas sociais. As iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/cooperativas sociais devem articular sistematicamente as redes de saúde e de economia solidária com os recursos disponíveis no território para garantir a melhoria das condições concretas de vida, ampliação da autonomia, contratualidade e inclusão social de usuários da rede e seus familiares.

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Conforme o guia de cuidado o CAPS AD (Centros de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas) assume a referência no cuidado em álcool e outras drogas, atuando como instâncias não só de cuidado aos usuários, mas também de organização e articulação de toda a rede de atenção aos usuários de álcool e outras drogas. As principais atividades e funções desenvolvidas pelas CAPS AD são:

a) Prestar atendimento diário aos usuários dos serviços, dentro da lógica de redução de danos; b) Gerenciar os casos, oferecendo cuidados personalizados; c) Oferecer atendimento de acordo com a necessidade do usuário garantindo que eles recebam atenção e acolhimento; d) Oferecer condições para o repouso e desintoxicação ambulatorial de usuários que necessitem de tais cuidados; e) Oferecer cuidados aos familiares dos usuários dos serviços;f) Promover, mediante diversas ações, esclarecimento e educação da população, a reinserção social dos usuários, utilizando recursos intersetoriais; g) Trabalhar, junto a usuários e familiares, os fatores de proteção para o uso e dependência de substâncias psicoativas, buscando ao mesmo tempo minimizar a influência dos fatores de risco para tal consumo; h) Trabalhar a diminuição do estigma e preconceito relativos ao uso de substâncias psicoativas, mediante atividades de cunho preventivo/educativo.

Conhecer a organização e o funcionamento da RAPS e de seus serviços é fundamental para a construção de estratégias conjuntas de atendimento (cuidado compartilhado) entre as unidades de assistência social e saúde. A partir da definição de fluxos de atendimento, da realização de estudos de casos conjuntos e do compartilhamento dos Planos Individuais de Atendimento – PIA e Projetos Terapêuticos Singulares – PTS, instrumentos de acompanhamentos da assistência social e saúde respectivamente, se consolida a articulação entre SUS e SUAS no território.

Proteção Social Especial (PSE)

Integra o SUAS a Proteção Social Especial (PSE), de média e de alta complexidade, que oferece atendimento especializado a famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco por violação de direitos, inclusive, associada ao consumo de álcool e outras drogas.

O objetivo é de contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, o

fortalecimento de potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de risco pessoal e social, por violação de direitos.

Exige maior profissionalização nas intervenções e caracterizam-se por um acompanhamento mais singularizado e por uma exigência maior de flexibilidade e diálogo com redes intersetoriais, tendo em vista a complexidade das demandas apresentadas pelos seus usuários, incluídos aqueles cujas situações de risco estão associadas ao consumo de álcool e outras drogas.

De acordo com a Tipificação Nacional (2009), a PSE está divida em Média e Alta Complexidade.

O serviço especializado é ofertado no Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), unidade pública estatal de abrangência municipal ou regional que tem como papel constituir-se em lócus de referência, nos territórios, da oferta de trabalho social especializado no SUAS as famílias e indivíduos em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos” (BRASIL, 2011a, p. 23).

Atende demandas, tais como: violência física, psicológica, negligência, maus tratos e/ou abandono; violência sexual, abuso ou exploração sexual; afastamento do convívio familiar, devido à aplicação de medida de proteção; situação de rua; trabalho infantil; discriminações em decorrência a orientação sexual, etnia, raça, deficiência, idade, convivência com consumo de álcool e outras drogas, entre outras.

Seguindo as prerrogativas da PNAS apresenta-se a seguir o quadro contendo todo o serviço de atendimento na Rede SUAS, tanto no que tange as ações de prevenção, quanto de cuidado e de proteção.

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Quadro do Sistema Único de Assistência Social - SUAS (Orientações Técnicas - Atendimento no SUAS às famílias e aos indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social por violação de direitos associada ao consumo de álcool e outras drogas (BRASIL, 2016).

Níveis deProteção Objetivo Ponto de

AtençãoServiço/Benefício Descrição

ProteçãoSocial Básica(PSB)

Fazer a prevenção de ocorrências de situações de vulnerabilidade, risco social e violações de direitos nos

territórios. Em suas ações, efetivam--se investimentos na diminuição das vulnerabilidades sociais e na amplia-ção das potencialidades e aquisições, fortalecendo fatores de proteção às

famílias, por meio da oferta territoria-lizada de serviços socioassistenciais, compreendidos como atividades con-tinuadas que objetivam a melhoria da

qualidade de vida da população.

Centros deReferência deAssistência

Social (CRAS)

Benefíciode PrestaçãoContinuada

(BPC)

Previsto na LOAS e destina-se a idosos e pessoas com deficiência cuja renda per capita seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo que não tenham como prover sua própria existência em função da deficiência ou do processo de envelhecimento.

Voltado à população que vive em situação de

fragilidade decorrente da pobreza, ausência de renda, acesso precário ou nulo aos serviços

essenciais públicos ou fragilização de vínculos afetivos (discriminações etárias, étnicas, de gêne-ro, por deficiências, usos de crack, álcool e outras drogas, dentre outras)

(BRASIL, 2012).

BenefíciosEventuais

Provisões suplementares e provisórias concedidas às famílias em virtu-de de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporárias e de calamidade pública. A concessão e o valor dos benefícios são definidos e efetivados pelos estados, municípios e Distrito Federal.

Serviço de Proteção e

Atendimento Integral àFamília (PAIF)

Consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado, tem como objetivo contribuir para o fortalecimento da função protetiva da fa-mília e a melhoria da sua qualidade de vida, conforme preconiza a PNAS (2004), reconhecê-la como espaço privilegiado e insubstituível de prote-ção e socialização primárias, provedora de cuidados aos seus membros, mas que precisa também ser cuidada e protegida. Responsabilidade constitucional do Estado.

Serviço deConvivência e

Fortalecimento de Vínculos

(SCFV) (Podeser ofertado

por entidadesde Assistência Social)

Caracterizado pela oferta de um conjunto de atividades em grupos, or-ganizadas a partir de percursos e de acordo com os ciclos de vida, de modo a ampliar as aquisições dos usuários, em complemento ao traba-lho social com famílias, com o objetivo de contribuir para a prevenção de ocorrências de situações de risco social (atende: crianças de até 6 anos; crianças e adolescentes de 06 a 15 anos; adolescentes de 15 a 17 anos, jovens de 18 a 29 anos; adultos de 30 a 59 anos e aos Idosos).

ProteçãoSocial

Especial(PSE)

Promover atenções socioassistenciais às famílias e indivíduos que se encon-tram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, consumo abusivo de ál-cool e outras drogas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras.

 Centro de Referência

Especializado daAssistência Social

(CREAS)

Serviço e Proteção e Atendimento Especializado

a Famílias e Indivíduos (PAEFI)

Serviço socioassistencial estruturante da unidade CREAS, responsável pelo trabalho social a famílias que estão em situação de risco pessoal e social por violação de direitos. Busca contribuir para o fortalecimento da família na sua função protetiva, contribuir para romper com padrões violadores de direitos, para a reparação de danos, prevenir a reincidência de violação de direitos dentre outros objetivos. Dada às múltiplas dimen-sões que delineiam as situações de risco por violação de direitos que podem ser apresentadas pelos indivíduos com histórico de consumo de álcool e outras drogas e suas famílias, é imprescindível que a coordena-ção do CREAS e a equipe técnica do PAEFI desenvolvam posturas aco-lhedoras e de escuta qualificada ao longo de todo o período do acom-panhamento e construa o Plano de Atendimento Individual ou Familiar.

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PLANO MUNICIPAL INTERSETORIALDE POLÍTICASOBRE DROGAS

Níveis deProteção Objetivo Ponto de

AtençãoServiço/Benefício Descrição

ProteçãoSocial

Especial(PSE)

Promover atenções so-

cioassistenciais às famílias e

indivíduos que se encontram em

situação de risco pessoal e social,

por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/

ou psíquicos, abuso sexual,

consumo abusivo de álcool e outras drogas, cumpri-mento de medi-das socioeduca-tivas, situação de rua, situação de trabalho infantil,

entre outras.

Oferta serviços e atendimento especilaizado a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, por violação de

direitos, em conformidade com as demandas

identificadas no território, a exemplo de: violência física,

psicológica, negligência, maus tratos e/ou

abandono; violência sexual, abuso ou exploração sexual;

afastamento do convívio familiar, devido à aplicação

de medida de proteção; situação de rua; trabalho infantil; discriminações

em decorrência a orientação sexual, etnia, raça, deficiência, idade,

convivência com consumo de álcool e outras drogas,

entre outras.

Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de

Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA)

e Prestação de Serviços à Comunidade (PSC)

Tem como objetivo o acompanhamento de adolescentes (12 a 18 anos incompletos) autores de ato infracional e, excepcionalmente, jovens (18 a 21 anos) em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) ou de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC), “aplicadas pela Justiça da Infância e da Juventude ou, na ausência desta, pela Vara Civil correspondente” (BRASIL, 2009, p. 24). Conforme o (SINASE, 2011), o Plano de Atendimento Individual ou Familiar é ferramenta obrigatória para atendimento. Nas questões relativas a usos de crack, álcool e outras drogas o Serviço deve buscar uma atuação conjunta com os serviços de saúde responsáveis no território (CAPSad e CAPSi).

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI)

Prevê a intersetorialidade e a gestão integrada de benefícios e serviços destinados às famílias cujas crianças e adolescentes estejam em situação de trabalho infantil, iminência ou retirados da situação de trabalho. Atua através de: campanhas e audiências públicas; identificação, busca ativa e registro no Cadastro Único; Proteção social, inclusive com transferências de renda, acompanhamento familiar e comunitário e inserção das crianças, adolescentes e suas famílias em serviços de fortalecimento de vínculos, encaminhamento para serviços de saúde, educação, cultura, esporte, lazer ou trabalho; ações de fiscalização, acompanhamento das famílias com aplicação de medidas protetivas, articuladas com Poder Judiciário, Ministério Público e Conselhos Tutelares.

Serviço Especializado em Abordagem Social

Serviço vinculado ao CREAS, ao Centro POP ou à unidade referenciada ao CREAS, de média complexidade, que tem por objetivo assegurar o trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique, nos territórios, a incidência de situações de risco pessoal e social como, por exemplo, trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, entre outras, considerando as praças, entroncamento de estradas, fronteiras, espaços públicos, comercio, terminais de ônibus, três, metrô e outros (BRASIL, 2009, p. 22). Não é exclusivo ou específico de segmentos, mas tem a função de atuar sobre todas as situações e públicos elencados e construir estratégias metodológicas de abordagem e articulações intersetoriais.

CREAS, em Unidades Referenciadas, no domicílio

ou em Centros-dia de referência.

Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas

com Deficiência, Idosas e suas famílias

Responsável pela oferta de atendimento especializado a pessoas com deficiência ou pessoas idosas, com algum grau de dependência e suas famílias, que tiveram suas limitações agravadas por violações de direitos, como isolamento, confinamento, atitudes discriminatórias e preconceituosas, falta de cuidados adequados por parte do cuidador, entre outras situações que aumentam a dependência e comprometem o desenvolvimento e a autonomia. Esse serviço promove atividades que garantem a autonomia, a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Nesse sentido, visa à diminuição da exclusão social tanto da pessoa cuidada quanto do cuidador, da sobrecarga decorrente da situação de dependência/prestação de cuidados prolongados, bem como a superação das violações de direitos que fragilizam o indivíduo e intensificam o grau de dependência da pessoa com deficiência ou idosa.

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Níveis deProteção Objetivo Ponto de

AtençãoServiço/Benefício Descrição

ProteçãoSocial

Especial(PSE)

Promover atenções so-cioassistenciais às famí-lias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de aban-dono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, consumo abusivo de álcool e outras drogas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de traba-lho infantil, entre outras.

Centro-dia

Serviço de Proteção Social Especial

para Pessoas com Deficiência, Idosas e

suas famílias

O Centro-dia é composto por uma equipe multidisciplinar, visando o fortalecimento de vínculos, autonomia e inclusão social, por meio de ações de acolhida; escuta, informação e orientação; elaboração de Plano Individual e/ou Familiar de Atendimento; orientação e apoio nos autocuidados; apoio ao desenvolvimento do convívio familiar, grupal e social; identificação e fortalecimento de redes comunitárias de apoio; identificação e acesso a tecnologias assistivas e/ou ajudas técnicas de autonomia no serviço, no domicílio, e na comunidade; apoio e orientação aos cuidadores familiares com vistas a favorecer a autonomia da dupla pessoa cuidada e cuidador familiar, inclusive agravadas pelas situações associadas a usos de álcool e outras drogas.

Preservação, fortalecimento ou

resgate dos vínculos familiares e comunitários,

sempre que possível, e construção de novas

referências, quando for o caso; Promoção do acesso a direitos socioassistenciais,

bem como a serviços, programas e benefícios;

Garantia de espaços adequados com

infraestrutura para acolher indivíduos e

famílias, em condições de dignidade e segurança,

seguindo os parâmetros de cada oferta

Centro Pop Acolhimento de pessoas com histórico de usos de crack, álcool

e outras drogas, as ações são articuladas com os serviços de saúde

existentes no território. As equipes de saúde avaliam

se há necessidade de atendimento ambulatorial, hospitalar especializado

ou em unidade de acolhimento da saúde.

Essa decisão é exclusiva da área da Saúde.

Serviço Especializado

para Pessoas em situação de Rua

(Centro Pop)

Destinado a indivíduos e famílias que utilizam as ruas como espaço de moradia e/ou sobrevivência. Decreto nº 7.053/2009, que institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua e seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento. Contribui para a garantia das seguintes seguranças socioassistenciais: segurança de acolhida: acolhimento no Serviço em condições de dignidade, resgate ou minimização de danos decorrentes de vivências de isolamento, violências, abusos, abandono, preservação de identidade, integridade e história de vida; segurança de convívio ou vivência familiar, comunitária e social: fortalecimento, resgate e construção ou reconstrução de vínculos familiares sociais e comunitários, acesso a serviços essenciais nas políticas públicas setoriais, garantia de vivências pautadas pelo respeito, fundamentadas em princípios éticos de justiça e cidadania, apoio à construção de projetos pessoais e sociais e fortalecimento da autoestima, acesso à documentação civil, apoio à construção de autonomia e bem-estar, dentre outros suportes e apoios.

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Níveis deProteção Objetivo Ponto de

AtençãoServiço/Benefício Descrição

Proteção Social Especial de Alta Complexidade:

Proteção Integral e Acolhimento

Preservação, fortalecimento ou resgate dos

vínculos familiares e comunitários,

sempre que possível, e construção de novas

referências, quando for o caso; Promoção do acesso a direitos socioassistenciais,

bem como a serviços, programas e benefícios;

Garantia de espaços adequados com

infraestrutura para acolher indivíduos e

famílias, em condições de dignidade e

segurança, seguindo os parâmetros de cada

oferta

Abrigo institucionalServiços de Acolhimento Institucional Crianças e

adolescentes

Unidade com características residenciais, inserida na comunidade, que deve proporcionar ambiente acolhedor e condições de atendimento com dignidade. No abrigo institucional, há equipe técnica e cuidadores que são responsáveis pelo atendimento das crianças e adolescentes, observadas as competências de cada um. (Até 20 crianças e adolescentes por unidade)

Casa-larServiços de Acolhimento

Institucional Crianças e adolescentes

Unidade residencial em que pelo menos uma pessoa ou casal trabalha como educador/cuidador residente - em uma casa que não é a sua, contando com o suporte de uma equipe de referência. Na casa-lar, existe a possibilidade do desenvolvimento de relações mais próximas de um ambiente familiar. (Casa até 10 crianças e adolescentes por unidade).

Família AcolhedoraServiços de Acolhimento

Institucional Crianças e adolescentes

Acolhimento da criança/adolescente se dá nas residências de famílias acolhedoras cadastradas, selecionadas, capacitadas e acompanhadas pela equipe técnica do serviço. Conforme diretrizes internacionais adotadas pelo Brasil, esta opção é particularmente recomendada para crianças muito pequenas e dependentes (de 0 a 3 anos) e para aquelas que tenham possibilidades de retornar às famílias de origem. Até 1 criança ou adolescente por família (exceto grupo de irmãos, que devem ficar juntos na mesma família acolhedora).

República

Serviço de Acolhimento em República

(Jovens de18 a 21 anos)

Oferece moradia e acompanhamento técnico aos jovens, preferencialmente após desligamento de Serviços de Acolhimento para crianças e adolescentes, por estarem em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social, com vínculos familiares rompidos ou extremamente fragilizados e/ou sem condições de moradia e autossustentação. As Repúblicas, organizadas em unidades femininas e masculinas, devem favorecer o acesso a serviços essenciais e benefícios no território, em especial a saúde, a educação, a moradia, a qualificação profissional e o acesso e inserção no mundo do trabalho, contribuindo para a construção dos projetos de vida dos jovens.

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Níveis deProteção Objetivo Ponto de

AtençãoServiço/Benefício Descrição

Proteção Social Especial de Alta Complexidade:

Proteção Integral e

Acolhimento

Preservação, fortalecimento ou resgate dos

vínculos familiares e comunitários,

sempre que possível, e

construção de novas referências, quando for o caso;

Promoção do acesso a direitos

socioassistenciais, bem como a serviços, programas

e benefícios; Garantia

de espaços adequados com

infraestrutura para acolher indivíduos

e famílias, em condições de dignidade e segurança,

seguindo os parâmetros de

cada oferta

Abrigo Institucional Serviços de Acolhimento Adultos e Famílias

Unidade que funciona ininterruptamente e conta com equipe de referência. Deve atender, no máximo, 50 (cinqüenta) pessoas por unidade, garantindo atendimento individualizado. Pressupõe atendimento continuado, considerando a possibilidade de resgate de vínculos familiares e comunitários, inserção em Serviço de Acolhimento em República e/ou construção de novos vínculos e estratégias de construção do processo de saída das ruas com dignidade e respeito à vontade e nível de autonomia do usuário.

Casa de PassagemServiços de Acolhimento

Adultos eFamílias

Unidade de acolhimento imediato e emergencial, que, assim como o abrigo institucional, funciona ininterruptamente, e atende ao limite máximo de 50 (cinqüenta) pessoas por unidade. Presta atendimento imediato, emergencial, estudo e diagnóstico para a realização dos encaminhamentos mais adequados diante de cada caso.

República Serviço de Acolhimento em República Adultos e Famílias

Desenvolvido em sistema de autogestão ou co-gestão, em unidades distintas para homens e mulheres com até 10 (dez) usuários, possibilita o desenvolvimento gradual da autonomia e independência de seus residentes. Para os adultos em processo de saída das ruas, a República pode ser a moradia intermediária de reaproximação e restabelecimento de vínculos familiares, sociais e comunitários, com vistas à construção da autonomia.

Abrigo Institucional Serviço de Acolhimento para mulheres em situação de violência

Unidade de acolhimento provisório para mulheres, acompanhadas ou não de seus filhos, em situação de risco ou ameaças em razão de violência doméstica e familiar. Trata-se de uma medida emergencial, que visa à proteção integral das mulheres e seus dependentes.

Abrigo Institucional

Serviço de Acolhimento para pessoas idosas (60 anos ou mais

de ambos os sexos)

Unidade de atendimento para idosos independentes e/ou com diversos graus de dependência, que não dispõem de condições para permanecer com a família, com vivência de situações de violência e/ou negligência, em situação de rua e abandono, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos.

Casa Lar Unidade de atendimento para pessoas idosas, grupos de até 10 pessoas, com maior autonomia.

República Unidade de atendimento para pessoas idosas com condições de desenvolver, de forma independente, as atividades da vida diária.

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8.1.3 Autoridade

O terceiro eixo estratégico diz respeito à Autoridade traduzido em segurança pública que através de ações integradas entre os órgãos de segurança pública e do sistema de justiça tem a atribuição de fazer o enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado.

A integração das ações da segurança pública às ações de prevenção envolvendo a saúde, educação, e assistência social na atenção ao usuário é primordial para a eficácia das intervenções no território. O aprofundamento do diálogo com a polícia civil e militar na construção de uma política centrada no cuidado implica na compreensão de que, medidas punitivas restringem a capacidade de escolha das pessoas que a política quer ajudar.

Conforme Grigolo (2017) “A restrição de liberdade está reservada em nossa sociedade, como exceção, àqueles que colocam outras pessoas em forte risco ou, nos casos de tratamento médico, para aqueles que estão em risco iminente de morte e precisam de apoio emergencial, de horas ou poucos dias”.

A produção de uma cultura de paz e convivência social segura, com atenção aos lugares públicos para que seja garantido o direito de ir e vir de todos e a proteção pública, são resultado do enfrentamento ao tráfico de drogas e do policiamento comunitário e de proximidade, para que a população possa sentir segurança e ao mesmo tempo ter a garantia de que todas as pessoas possam usufruir dos espaços públicos, sejam pessoas em situação de rua ou moradores do território.

A promoção de espaços urbanos seguros pode ser através do controle do número de cenas de uso, por meio da redução de pontos ilegais de venda de bebida alcoólica, do ordenamento de grandes eventos, requalificação da iluminação pública, da promoção e requalificação de espaços públicos degradados ou subutilizados permite sua apropriação por parte da comunidade / parques e praças públicas.

Conforme pressuposto da Política Nacional sobre Drogas a corrupção e a lavagem de dinheiro devem ser alvo das ações repressivas. O Plano Nacional de Segurança Pública (2017) tem como objetivos a redução de homicídios dolosos, feminicídios e violência contra a mulher, a racionalização e modernização do sistema penitenciário e o combate integrado à criminalidade organizada transnacional.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os três principais

objetivos são a redução de homicídios dolosos e de feminicídios; o combate integrado à criminalidade organizada internacional (em especial tráfico de drogas e armas) e crime organizado dentro e fora dos presídios; e a racionalização e modernização do sistema penitenciário.

No capítulo Combate Integrado ao Crime Organizado, sub item, inteligência e informações são as seguintes ações previstas no que se refere às drogas: • Cooperação tecnológica, técnica e de inteligência entre as polícias para enfrentamento de organizações criminosas que atuam nos tráficos de drogas e armas e contrabando;• Utilização da rede LAB-LD (Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de dinheiro) da PF e SNJ/DRCI para o rastreamento do financiamento de atividades ilícitas e lavagem de dinheiro da criminalidade organizada;• Intercâmbio de policiais e uso compartilhado de informações e equipamentos de inteligência;• Elaboração de planos de Cooperação Policial de assistência mútua e apoio logístico, com ações conjuntas de combate ao tráfico de drogas e de armas, com identificação de pistas clandestinas, de rotas de tráfico, de depósito de armas, de laboratórios de cocaína e plantações de maconha.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública como ação estratégica para a segurança pública determinou aos municípios a instituição do Gabinete de Gestão Integrada Municipal - GGIM, através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania - PRONASCI, instituído pela Lei Federal nº 11.530, de 24 de outubro de 2007.

O GGIM é uma ferramenta de gestão que reúne o conjunto de instituições que incide sobre a política de segurança no município, promovendo ações conjuntas e sistêmicas de prevenção e enfrentamento da violência e criminalidade e aumentando a percepção da segurança por parte da população.

Pautado sobre três grandes eixos: a)Gestão integrada – já que deve pautar-se na descentralização da macro-política e atuar de forma colegiada nas deliberações e execuções de medidas e ações conjuntas a serem adotadas para combater a criminalidade e prevenir a violência, no âmbito local, reunindo os vários segmentos que compõem a segurança publica. Opera pelo consenso, sem hierarquia, isto é, as decisões são tomadas de comum acordo entre os integrantes, respeitando as autonomias institucionais dos órgãos que compõem o GGI-M. b) Atuação em rede – o GGI-M pressupõe uma rede de informações, experiências e práticas estabelecidas, que extrapolam os sistemas de informações policiais e

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agregam outros canais de informações. Além de apresentar um corpo gerencial plural e multidisciplinar, o GGI-M mobiliza toda a população, atuando enquanto espaço de interlocução com os (as) cidadãos (ãs) sobre violência e criminalidade. Neste caso, a ampliação dessa participação popular envolve a interação intensa do GGI-M com os fóruns municipais e comunitários de segurança e os Conselhos de Segurança, alem da criação de espaços no próprio Gabinete que sistematicamente façam isso, como veremos mais abaixo. c) Perspectiva sistêmica - o GGI-M concebe em sua estrutura espaços inovadores que aliam informação, planejamento e gestão na promoção de políticas de segurança. O pleno funcionamento dessa estrutura prevê a sinergia entre as partes, garantida pelo fluxo informação – reflexão – ação.

Blumenau através do decreto nº 10.043, de 23 de julho de 2013, instituiu o gabinete de gestão integrada municipal - GGIM, envolvendo no âmbito municipal a segurança pública, departamento de trânsito, saúde, educação e assistência social e no âmbito estadual a polícia militar, civil e bombeiros, instituto de perícias e presídio, no âmbito federal ministério público e polícia rodoviária federal. O GGIM é vinculado ao gabinete do prefeito, instância colegiada de deliberação e coordenação, com as seguintes competências:

I - promover a articulação conjunta das diversas estratégias de prevenção da violência, reforçando as potencialidades na obtenção dos melhores resultados;II - analisar as informações coletadas e armazenadas pelas instituições de Segurança Pública, assim como, receber e analisar as demandas provenientes do Fórum Municipal de Segurança Pública;III - discutir conjuntamente os problemas, o intercâmbio de informações, a definição de prioridades de ação e a articulação dos programas de prevenção da violência no âmbito municipal;IV - promover a integração sinérgica na efetiva prática dinâmica e regular de cooperação das relações e ações dos múltiplos órgãos das diferentes esferas governamentais (federal, estadual e municipal).

O Ministério da Justiça e Segurança Pública criou, no ano de 2002, o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (OBID), ligado ao SENAD, segundo o MJ é o portal responsável por gerir e disseminar informações confiáveis e científicas sobre drogas, também é um canal de armazenamento de dados sobre drogas, incluindo pesquisas, artigos acadêmicos, dados estatísticos e indicadores.O Município através do decreto nº 10.043/2013 regulamenta o OBID no âmbito municipal, conforme inciso IV - Observatório de Segurança Pública, ao qual caberá

organizar e analisar os dados sobre a violência e a criminalidade local, a partir das fontes públicas de informações, bem como monitorar a efetividade das ações de segurança pública no Município.

8.2 Gestão Integrada e Controle Social

A gestão integrada das ações sobre drogas das políticas intersetoriais de saúde, educação, assistência social e segurança pública será garantido pelo controle e a execução das metas instituídas pelo Plano através de um modelo de gestão apontado na construção do mesmo.

O Comitê Gestor Municipal consolida-se como a instância de gerenciamento contínuo e racionalizado dos indicadores das ações construídas na elaboração do plano em conjunto com a comunidade blumenauense e cada secretaria e/ou órgão, no intuito de garantir a operacionalização de atividades conjuntas para definição e avaliação de suas prioridades.

O acompanhamento sistemático e o diálogo entre os gestores diretos dos serviços possibilitarão a melhoria na tomada de decisão frente à problemática no que se refere às questões relacionadas ao álcool e outras drogas, sendo acompanhados pelas equipes técnicas dos serviços no monitoramento das ações previstas no Plano. A instância de monitoramento das metas que objetivam proporcionar a integralidade no acompanhamento dos casos, será definida no decorrer do processo de elaboração do Plano, sendo a esfera de gerenciamento e articulação para agilizar a resolutividade das demandas de cada usuário na perspectiva da melhoria da qualidade de vida da população atendida.

A efetiva interlocução entre as secretarias de saúde, educação, assistência social e diretoria de segurança pública, possibilitará o fortalecimento da articulação em rede e a construção de fluxogramas de trabalho que integrem os saberes profissionais sobre os casos acompanhados na rede de cuidados.

8.2.1 Controle Social

O controle social é um dos fundamentos da Constituição de 1988 e é uma forma de aumentar a participação popular na gestão da coisa pública. Prevê a participação popular direta ou por meio de organizações representativas na formulação das políticas públicas e no controle das ações em todos os níveis. Foram incluídas, no texto

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constitucional, diversas formas participativas de gestão e controle em áreas como saúde, educação, assistência social, políticas urbanas, meio ambiente, entre outras. Pode ser entendido como a participação do cidadão na gestão pública através da fiscalização, monitoramento e controle das ações da Administração Pública. Importante mecanismo de fortalecimento da cidadania que contribui para aproximar a sociedade do Estado, abrindo a oportunidade de os cidadãos acompanharem as ações dos governos e cobrarem uma boa gestão pública.

Fazer com que os cidadãos possam participar diretamente desse processo de construção de uma sociedade mais democrática é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, esse controle pode ser feito por qualquer cidadão. A Constituição Federal de 1988 prevê a participação da população, por meio de organizações representativas, no controle das ações de Estado. O objeto do controle social abrange a elaboração e execução orçamentária dos recursos arrecadados, a fiscalização e a prestação de contas de sua utilização, sob a ótica não apenas da legalidade ou regularidade formal dos atos, mas, também, da legitimidade, economicidade, oportunidade e adequação ao propósito de assegurar o alcance do bem comum e do interesse público (TCU, 2007, p.15). As conferências são um espaço de controle social, mecanismo institucionalizado que garantem a participação com representatividade dos distintos atores sociais. Ocorrem no âmbito Municipal, Estadual e Nacional, podem participar delegados, eleitos nas conferências municipais, observadores e convidados credenciados. Podem ocorrer a cada quatro anos, depende da prerrogativa de cada política, o objetivo é de avaliar o cumprimento das diretrizes contidas no Plano e produzir diretrizes, através das resoluções aprovadas nestas conferências, que orientem novos projetos e programas.Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais das diversas políticas públicas são espaços participativos e obrigatórios na legitimação da coisa pública, são representados não apenas pelos gestores, mas por prestadores de serviços, profissionais e pelos próprios usuários de um determinado serviço.

Os Conselhos de Políticas Setoriais, se constituem como instâncias que por meio da elaboração, implantação e controle das políticas públicas, servem para concretizarem direitos de caráter universal, como saúde, educação, assistência social, entre outras e são definidos e regidos por leis federais.

Tem várias funções:

a) fiscalizadora dos atos praticados pelos governantes; b) mobilizadora para o estímulo à participação popular na gestão pública; c) deliberativa para decidir sobre as estratégias utilizadas nas políticas públicas de sua competência (quando o Conselho realiza conferências para efetuar avaliações e formulações da política setorial, quando define e aprova propostas orçamentárias, diretrizes, transferências de recursos financeiros, ele está deliberando sobre um determinado assunto/política); d) consultiva relaciona-se à emissão de opiniões e sugestões sobre assuntos que lhes são correlatos, através de recomendações e moções, os conselhos exercem sua atribuição de caráter consultivo (recomendações ou moções são manifestações de advertência ou o resultado de um assunto discutido em plenário que requer posicionamento do Conselho, mas que não é possível deliberar, pois ultrapassa o poder do Conselho). http://www.portalconscienciapolitica.com.br/products /controle-social/.

8.2.1.1 Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas

A participação dos conselheiros que compõe o Conselho Municipal de Políticas Pública sobre Drogas - COMEN, criado pela Lei Municipal nº 3.739/1990, tem importância fundamental na elaboração do plano. Consiste em importante instrumento para articulação e participação democrática na decisão e prioridades da política pública, pois abrange em sua composição, representantes de áreas estratégicas. O COMEN é órgão colegiado, deliberativo, normatizador e controlador da Política Pública sobre Drogas e das ações em todos os níveis, assegurada, à participação de representantes de organizações da Sociedade Civil, do Poder Público Municipal e outros órgãos vinculados à esfera Estadual, faz parte do Sistema Municipal sobre Drogas (Sismad), que foi criado através da Lei Municipal Complementar n° 856, de 26 de abril de 2012. Também fazem parte do Sistema o Fórum Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas, o Fundo Municipal para Ações de Políticas Públicas sobre Drogas (Fremad) e o Programa Municipal para Ações Públicas sobre Drogas (Promad). Composto por vinte e dois membros, sendo nove representantes titulares e seus respectivos suplentes, indicados pelo Poder Executivo; nove representantes titulares e seus respectivos suplentes das entidades não-governamentais, e quatro representantes de órgãos governamentais vinculados à esfera estadual. Estrutura organizacional

I - PlenáriaII - Mesa Diretora

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III - Câmaras Técnicas EspecializadasIV - Assessoria Técnica e AdministrativaAs plenárias são abertas ao público, acontecem ordinariamente mensalmente e extraordinariamente quando necessário, para deliberação dos assuntos pautados em convocação.Composição da Mesa Diretora:I - Um presidenteII - Um vice-presidenteIII - 1º e 2º secretáriosIV - 1º e 2º tesoureiros

Os assuntos a serem abordados pelo COMEN são distribuídos às câmaras técnicas especializadas, conforme a sua competência, onde são discutidos e relatados para posterior deliberação da plenária.1) Câmara Técnica Especializada de Prevenção, Estudos, Pesquisas e Avaliações.2) Câmara Técnica Especializada de Tratamento, Recuperação e Reinserção Social.3) Câmara Técnica Especializada de Registro e Inscrição. (http://www.blumenau.sc.gov.br/governo/secretaria-de-desenvolvimento- social/pagina/ comen-semudes. Acessado em 25 de agosto de 2017.)São objetivos do COMEN:

Art. 3º - São objetivos do Conselho Municipal de Entorpecentes - COMEN: I - Formular a política municipal de entorpecentes compatibilizando-a às diretrizes do Conselho Estadual de Entorpecentes de Santa Catarina - COMEN/SC, e com o Sistema Nacional de Prevenção de Entorpecentes, bem como acompanhar a respectiva execução. II - Estimular estudos e pesquisas visando o aperfeiçoamento dos conhecimentos técnicos e científicos referentes ao uso e tráfico de entorpecentes e substâncias que determinem dependência física e/ou psíquica. III - Estimular programas de prevenção contra a disseminação do tráfico e uso indevido de substâncias entorpecentes que determinem dependência física e/ou psíquica de acordo com o COMEN/SC. IV - Estabelecer prioridades nas atividades do Sistema, através de critérios técnicos, financeiros e administrativos, fixados pelo Conselho Municipal de Entorpecentes - COMEN/BL, e que se coadunem com as peculiaridades e necessidades locais V - Manter a estrutura administrativa de apoio à política de prevenção, repressão e fiscalização de entorpecentes, buscando seu constante aperfeiçoamento e eficiência. VI - Estabelecer fluxos contínuos e permanentes de informações com outros órgãos

do Sistema Estadual e Federal de Entorpecentes, a fim de facilitar os processos de planejamento e execução de uma política nacional de prevenção e fiscalização de entorpecentes e recuperação dos dependentes. VII - Estimular pesquisas visando o aperfeiçoamento de controle e fiscalização de tráfico e uso de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física e/ou psíquica. VIII - Propor ao Conselho Estadual de Entorpecentes, ao Conselho Federal de Entorpecentes e outros órgãos a celebração de convênios ou protocolos de intenções e serviços para fins previstos nos incisos anteriores. 8.2.1.2. Conselho Municipal de Saúde

O Conselho Municipal de Saúde - CMS, órgão colegiado de caráter deliberativo e permanente criado pela Lei Complementar nº 25, de 19 de dezembro de 1991, tem por finalidade precípua atuar na formulação das estratégias e no controle da execução da Política Municipal de Saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, em conformidade com as diretrizes e normas do Sistema Único de Saúde - SUS a Lei Complementar 883/2013 regula o conselho nas questões de sua pertinência. Conforme o Tribunal de Contas da União - TCU tem a seguinte incumbência:

• Controla o dinheiro destinado à saúde.• Acompanha as verbas que chegam pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os repasses de programas federais.• Participa da elaboração das metas para a saúde.• Controla a execução das ações na saúde.

Composto por: • Representante(s) das pessoas que usam o Sistema Único de Saúde.• Profissionais da área de saúde (médicos, enfermeiras).• Representante(s) de prestadores de serviços de saúde (hospitais particulares).• Representantes da prefeitura.

8.2.1.3 Conselho Municipal de Educação O Conselho Municipal de Educação - CME, do Município de Blumenau, instituído pela Lei Complementar nº 44, de 23 de dezembro de 1992, e alterado pela Lei N° 865 de 28 de setembro de 2012. Órgão colegiado, integrado ao Sistema Municipal de Ensino,

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de natureza participativa, representantiva da comunidade na gestão da educação e passa a reger-se pelo disposto nesta Lei Complementar.O CME é órgão consultivo, normativo fiscalizador e deliberativo do Sistema Municipal de Ensino; vinculado à Secretaria Municipal de Educação - SEMED, com dotação orçamentária própria, tem suas condições de funcionamento determinadas por esta Lei Complementar, pelo Regimento Interno e pelas demais legislações do Ensino, no que couber.

8.2.1.4 Conselho Municipal de Assistência Social

Os conselhos municipais de assistência social estão previstos na Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (LOAS) e são definidos como instâncias deliberativas do sistema descentralizado e participativo de assistência social, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil (TCU, 2007, p 19).

O Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS, criado por meio da Lei complementar nº 105, de 20 de dezembro de 1995 alterada pelas Leis Complementares nº 149, de 7 de julho de 1997, nº 203, de 17 de dezembro de 1998, nº 214, de 18 de junho de 1999, nº 261, de 31 de março de 2000, nº 425, de 21 de novembro de 2003, nº 493, de 13 de dezembro de 2004, como órgão colegiado normativo, consultivo, controlador e deliberativo, de caráter permanente e de composição paritária entre o Governo e sociedade civil, responsável pela deliberação da Política Municipal de Assistência Social e controlador das ações na área de Assistência social.

O Conselho Municipal de Assistência Social é composto de doze membros, sendo seis conselheiros titulares e respectivos suplentes, indicados pelo Poder Executivo; e seis conselheiros titulares e respectivos suplentes representantes de organizações não governamentais (ONG’s) que são escolhidos bienalmente. As plenárias são abertas ao público, acontecem ordinariamente quinzenalmente e extraordinariamente quando necessário, para deliberação dos assuntos pautados em convocação. Os assuntos a serem abordados pelo CMAS são distribuídos às comissões, conforme a sua competência, onde são discutidos e relatados para posterior deliberação da plenária.

O CMAS tem a seguinte estrutura organizacionalI - Plenária;II - Mesa Diretora;III - Comissões;

IV - Assessoria Técnica e Administrativa.

O CMAS se organiza em comissões permanentes e especiais, cada uma delas com sua competência, são comissões permanentes:1) Comissão Permanente de Financiamento de Assistência Social - CPFAS2) Comissão Permanente de Política de Assistência Social - CPPAS3) Comissão Permanente de Normas e Regulamentação - CPNR (http://www.blumenau.sc.gov.br/governo/secretaria-de-desenvolvimento-social/pagina/ cmas-semudes. Acessado em 25 de agosto de 2017).

8.2.1.5 Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

A Lei n° 8.069 de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, em seu art. 88, instituiu o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente: na esfera Federal o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, no Estado o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e nos Municípios o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Foi o grande marco regulatório, que substituiu a antiga Doutrina da Situação Irregular, pela Doutrina da Proteção Integral, já porque, além dos Conselhos deliberativos criou nos municípios o Conselho Tutelar.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Blumenau foi instituído pela Lei Complementar nº 18, de 11 de outubro de 1991 sendo que, a primeira assembleia de organizações não governamentais para a escolha dos representantes para compor o CMDCA do Município de Blumenau foi realizada em novembro do mesmo ano, sendo nomeados Conselheiros para a primeira gestão - 1991/1993. Atualmente, regulamentado pela Lei Complementar nº 411/2003 e suas alterações, é o principal espaço e tempo para discussão e formulação das políticas de atenção a criança e adolescência no Município. O CMDCA é órgão deliberativo de controle ao atendimento às crianças e aos adolescentes, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Compete ao CMDCA, deliberar, controlar e articular a Política Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente para a efetiva garantia da sua promoção, defesa e orientação, visando à proteção integral das crianças e dos adolescentes, em seu superior interesse.

O CMDCA tem a seguinte estrutura organizacional:

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I – Assembléia ou Plenária;II – Coordenação-Geral;III – Comissões;IV – Gestor do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - FIA;V – Assessoria Administrativa e Técnica.As plenárias são abertas ao público, acontecem ordinariamente mensalmente e extraordinariamente quando necessário, para deliberação dos assuntos pautados em convocação.

A Mesa Coordenadora é composta por: I - Um Coordenador II - Um vice- CoordenadorIII – Um secretário Geral

O CMDCA se organiza em comissões permanentes e especiais, cada uma delas com sua competência. São comissões permanentes:I – Comissão de Finanças e Captação;II – Comissão de Política, Plano e Diagnóstico;III – Comissão de Normas e Registros.Os assuntos a serem abordados pelo CMDCA são distribuídos às comissões, conforme a sua competência, onde são discutidos e relatados para posterior deliberação da plenária.O Gestor do FIA é indicado pelo Secretário Municipal de Desenvolvimento Social, devendo a escolha recair entre os servidores pertencentes ao Quadro de Pessoal da Administração Direta. (http://www.blumenau.sc.gov.br/governo/secretaria-de-desenvolvimento-social/pagina/ cmas-semudes. Acessado em 25 de agosto de 2017).

8.2.1.6 Conselho Municipal do Idoso

O Conselho Municipal do Idoso - CMI instituído pela Lei Complementar nº 303, de 19 de dezembro de 2000, consolidada pela Lei Complementar nº 604, de 05 de outubro de 2006 e regido por Regimento Interno específico, é um órgão consultivo e deliberativo, de caráter permanente, de composição paritária entre Governo e Sociedade Civil, responsável pela fiscalização, supervisão, acompanhamento e controle da Política Municipal do Idoso. Salientando que essa política tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.Composição:

O Conselho Municipal do Idoso – CMI é composto de onze membros, sendo seis conselheiros titulares e respectivos suplentes, indicados pelo Poder Executivo; e cinco conselheiros titulares e respectivos suplentes representantes de organizações não governamentais (ONG’s) que são escolhidos bienalmente.Plenário – O plenário é órgão soberano do Conselho Municipal do Idoso e a ele compete exercer o controle e deliberar sobre a Política Municipal do Idoso, na forma da legislação vigente.

Diretoria – A diretoria do Conselho é composta por um coordenador, um vice-coordenador, 1º e 2º secretários.

Comissões Permanentes:1) Comissão Permanente de Política do Idoso: compete-lhe fornecer subsídios para o acompanhamento e a execução da Política Municipal do idoso, bem como supervisionar as ações de atendimento desenvolvidas pelas entidades privadas e pelo Poder Público;2) Comissão Permanente de Normas e Regulamentação: compete a elapropor regulamentação acerca do Registro das Entidades não- governamentais no Conselho Municipal do Idoso e das inscrições dos programas e projetos das Entidades governamentais e não-governamentais, com sede no Município;3) Comissão Permanente de Informação e Divulgação: compete a talcomissão estabelecer critérios de divulgação da Política Municipal do idoso e Legislações pertinentes, bem como eventos; (http://www.blumenau.sc.gov.br/governo/secretaria-de-desenvolvimento-social/pagina/ cmas-semudes. Acessado em 25 de agosto de 2017).

8.2.1.7 Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência

O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência - COMPED, instituído através da Lei complementar nº 942, de 03 de novembro de 2014, como órgão colegiado consultivo e deliberativo, de caráter permanente, e de composição paritária entre o governo e sociedade civil, com o objetivo de garantir o controle social e a participação popular no planejamento, discussão, elaboração, implementação e avaliação das políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência no município.

Composição: O COMPED é composto de dezoito membros, sendo nove conselheiros titulares e respectivos suplentes, indicados pelo poder executivo; e nove conselheiros titulares e respectivos suplentes representantes de organizações não governamentais (ONG´s)

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que são escolhidos bienalmente.

Funcionamento:Os assuntos a serem abordados pelo COMPED são distribuídos às comissões, conforme a sua competência, onde são discutidos e relatados para posterior deliberação da plenária.

O COMPED tem a seguinte estrutura organizacional: I - Plenária II - Mesa Diretora III - Comissões IV - Assessoria Técnica e Administrativa

As plenárias são abertas ao público, acontecem ordinariamente mensalmente e extraordinariamente quando necessário, para deliberação dos assuntos pautados em convocação. A Mesa Diretora é composta por:

I - CoordenadorII - Vice coordenador

O COMPED se organiza em comissões permanentes, cada uma delas com sua competência, são comissões permanentes: 1) Comissão Permanente de Articulação e Comunicação Social-CPACS2) Comissão Permanente de Política da Pessoa com Deficiência-CPPD3) Comissão Permanente de Normas e Regulamentação-CPNR (http://www.blumenau.sc.gov.br/governo/secretaria-de-desenvolvimento-social/pagina/ cmas-semudes. Acessado em 25 de agosto de 2017).

8.2.1.8 Conselho Municipal de Habitação

O Conselho Municipal de Habitação - CMH foi criado em 1995, pela Lei Complementar nº 86. Sua função é fixar critérios, definir diretrizes e estratégias para a implementação da Política Municipal de Habitação de Interesse Social e do Plano Habitacional de Interesse Social. Também cabe ao Conselho deliberar, acompanhar e fiscalizar sobre a proposta orçamentária, sobre as metas anuais, plurianuais e sobre os planos de aplicação de recursos do Fundo Municipal de Habitação - FMH, bem como controlar sua aplicação e execução. Além disso, o Conselho Municipal de Habitação deve aprovar os Planos de

Urbanização Especial, acompanhando sua execução e deliberar sobre a divulgação das formas e critérios de acesso ao Plano Habitacional de Interesse Social, bem como as ações a serem realizadas. (http://www.blumenau.sc.gov.br/governo/regularizacao-fundiaria/pagina/conselho-municipal-habitacao. Acessado em 25 de agosto de 2017).

8.3 Educação Permanente

A proposta de educação permanente seguirá as orientações e diretrizes da Política Nacional sobre Drogas (PNAD) e a Política Nacional sobre Álcool (PNA), O Sistema Nacional Capacita SUAS e a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) estabelecida como “uma proposta ético-político-pedagógica que visa transformar e qualificar a atenção à saúde, os processos formativos, as práticas de educação em saúde, além de incentivar a organização das ações e dos serviços numa perspectiva intersetorial”. A finalidade é promover a formação permanente e a qualificação da intervenção de profissionais que atuam nas redes de atenção integral à saúde e de assistência social.

A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde explicita a relação da proposta com os princípios e diretrizes do SUS, da Atenção Integral à Saúde e a construção da Cadeia do Cuidado Progressivo à Saúde na rede do SUS, onde se considere a organização e o funcionamento horizontal dos recursos, das tecnologias e da disponibilidade dos trabalhadores em saúde para garantir a oportunidade, a integralidade e a resolução dos processos de atenção à saúde, da gestão, do controle social e da produção social de conhecimento.

Conforme conceitua a PNEPS a Educação Permanente é aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao quotidiano das organizações e ao trabalho. Propõe-se que os processos de capacitação dos trabalhadores da saúde tomem como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações, da gestão setorial e do controle social em saúde, tenham como objetivos a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho e sejam estruturados a partir da problematização do processo de trabalho.

Estabelece aproximar a educação da vida cotidiana como fruto do reconhecimento do potencial educativo da situação de trabalho. Em outros termos, que no trabalho também se aprende. A situação prevê transformar as situações diárias em aprendizagem, analisando reflexivamente os problemas da prática e valorizando o próprio processo de trabalho no seu contexto intrínseco. Privilegiar o conhecimento

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prático em suas ações educativas e favorecer a reflexão compartilhada e sistemática.

Apresenta ainda como prerrogativa que as ações sejam de ordem intersetoriais (assistência social, educação, saúde) para que a promoção de saúde seja incorporada ao cotidiano das pessoas, tendo o setor sanitário (sistema de saúde público como mediador) público um papel de mediador das ações, exigindo ação coordenada de governos, organizações não governamentais, meios de comunicação e outros setores sociais e econômicos, como empresas, escolas, igrejas e associações das mais diversas. De acordo com o Capacita SUAS a capacitação e a educação permanente que envolvem os trabalhadores do SUAS na atuação, nos serviços e nas políticas envolvidas podem se concretizar por meio de diversas estratégias, observados os contextos locais. Aponta que iniciativas com sistematicidade, planejamento, coordenação, transparência e horizontalidade nas relações são mais efetivas. Nessa perspectiva, recomenda-se a realização de:

• reuniões entre os gestores das diversas áreas; • mapeamentos e planejamentos conjuntos para atuação nos territórios com incidência de usos de drogas; • encontros e reuniões periódicas entre as equipes; • estudos de caso conjuntos (saúde, educação, assistência); • oficinas de alinhamento conceitual ou aprofundamento da temática; • grupos de estudo; • grupos virtuais de troca e socialização de informações; • vídeo conferência sobre a temática; • acompanhamento compartilhado de casos; • disseminação de experiências inovadoras; • outras iniciativas que aproximem gestores e equipes, potencializando a atenção integral aos sujeitos e suas famílias.

Estabelece ainda que a capacitação continuada dos trabalhadores é de fundamental importância para a qualificação dos Serviços de Acolhimento, devendo considerar as características do público atendido e possíveis situações vivenciadas relacionadas a consumo de álcool e outras drogas. Neste contexto, torna-se imprescindível adotar práticas que incluam: 1) acesso a conteúdos relativos ao tema para ampliar o conhecimento, superando estigmas e preconceitos; 2) realização de atividades que favoreçam o diálogo aberto, a integração dos

profissionais e o fortalecimento das equipes; 3) adoção de posturas que possibilitem encaminhamentos coletivos mais criativos, consistentes e resolutivos; 4) promoção de troca de informações e a prática de supervisão das equipes com a presença de profissionais externos, visando dar suporte ao aprimoramento individual e coletivo aos trabalhadores.

A capacitação no que tange a segurança pública deve prever ações articuladas com o município para que além da repressão ao tráfico e ao crime organizado haja uma polícia de proximidade e o policial não represente somente um agente de repressão, mas também um agente de diálogo com a população, fornecendo orientação centrando a atenção na pessoa e não na droga.

8.4 Recursos para financiamento

Serão identificadas as fontes de recursos existentes e potenciais para financiamento das Políticas sobre Drogas. As metas devem ser articuladas com os recursos e fontes de financiamento e devem conter indicadores que permitam seu acompanhamento.

- Monitoramento, Avaliação e Revisão: proposição de forma de monitoramento das fases dos programas e ações, com identificação do resultado obtido, o prazo, o responsável, a situação e as providências a serem tomadas, possibilitando revisões, caso sejam necessárias. Será considerado o tempo para a implementação das ações previstas no PLAMIPED, sendo considerados os seguintes prazos: curto 5 anos, médio 10 anos e longo 15 anos de acordo com a capacidade de investimento no setor.

Inicialmente propõe-se a elaboração de cenários, com variáveis dos segmentos macro-econômico, demográfico, urbano, de disponibilidade de recursos para a área, a ser formulado em conjunto com os técnicos municipais, com a identificação de: - Cenário atual (onde estamos), caracterizando a conjuntura presente, baseada na análise do diagnóstico municipal tomando como referência o cenário nacional de estadual. - Cenário tendencial (onde poderemos estar) estabelecendo uma visão de futuro que considera pouca mudança da situação, com a manutenção das atuais tendências, ou seja, o que tende a acontecer, baseado em projeções e tendências históricas, considerando o cenário atual, e;- Cenário desejado (onde queremos estar) formatando uma visão de futuro de acordo com uma situação ideal, de como o município estará no futuro, em um horizonte de tempo.

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Na sequência serão formuladas as:- Diretrizes: gerais e específicas pautadas no Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, no Plano Estadual de Política sobre drogas (em elaboração).- Objetivos: expressar os resultados a serem alcançados, de forma concisa, definindo metas e prazos.

- Programas, Projetos e Ações: resultantes das necessidades identificadas no Diagnóstico, sintonizadas com as diretrizes e os objetivos, e articulados em um conjunto de ações em consonância com os instrumentos de gestão orçamentária, entre outras, determinando operações que resultem em produtos (bens e serviços), que atendam aos objetivos dos programas formulados. Podem-se identificar ainda ações não-orçamentárias de cunho social ou institucional.Para cada programa será identificado: o órgão coordenador (responsável), objetivo ou meta relacionada, público-alvo, horizonte temporal, estratégia de implementação, estimativa do orçamento global e indicadores.- Metas, Recursos e Fontes de Financiamento: definir a meta, especificando a quantidade de produto a ser ofertado por programa e ação num determinado período, de acordo com recursos necessários para atingir os objetivos dos programas e ações, segundo as fontes de financiamento, considerando o pagamento e endividamento local.

- Indicadores: formular instrumentos de medição do desempenho dos programas, projetos, e de sua execução, coerentes com os objetivos definidos, possibilitando a mensuração da eficácia, eficiência ou efetividade, para atingir o objetivo do programa.Todos os itens anteriores serão debatidos com o Comitê Executivo e Consultivo, para conhecimento prévio e encaminhamento das prioridades de ação, conforme segue.- Programas e Ações Prioritários: A definição dos programas e ações prioritários será discutida na Oficina Geral de Construção de Estratégias e Ações. Tal definição deverá levar em consideração o porte e a complexidade das questões locais, enfocando ações estruturantes para a solução das questões de maior gravidade social, considerando o tempo para implementação das ações previstas no PLAMIPED (15 anos), em conformidade com a capacidade de investimento no setor. A realização da Audiência Pública permitirá a discussão das Estratégias de Ação consolidando e avalizando as propostas do Plano, que fundamentará a elaboração do Relatório Final do PLAMIPED.

- Indicadores: formular instrumentos de medição do desempenho dos programas, projetos, e de sua execução, coerentes com os objetivos definidos, possibilitando a mensuração da eficácia, eficiência ou efetividade, para atingir o objetivo do programa.

9. OFICINA GERAL

O evento será realizado em um local centralizado, utilizando uma noite, tempo de 03 horas, sendo que será feita uma apresentação do diagnóstico sobre drogas de Blumenau, com a devida discussão do mesmo. A metodologia será a mesma utilizada nas oficinas comunitárias com deliberação final no grande grupo.

Conforme apontado nos eixos, a proposta de conteúdo para esta etapa deverá conter os seguintes aspectos: diretrizes, objetivos e possíveis adequações: linhas programáticas, programas e ações. As ações estratégicas representam o que é necessário fazer para cumprir os objetivos correspondentes a cada compromisso, em cada “diretriz”.

A proposta de conteúdo para esta etapa deverá conter os seguintes aspectos: - Diretrizes e objetivos; - Adequação e serviços: programas projetos e ações; - Prioridades de atendimento; - Metas, recursos e fontes de financiamento; - Monitoramento, avaliação e revisão.

A proposta é de que para cada problema e propostas identificadas na Etapa 02 (Diagnóstico sobre Drogas), sejam deliberadas e pactuadas com a sociedade, estabelecendo a priorização dos problemas identificados no diagnóstico comunitário e técnico. Esta etapa terá a participação estabelecida através da Oficina Geral de Construção de Estratégias de Ações a ser realizada com os representantes da sociedade civil organizada, eleitos em cada uma das regiões durante a realização das oficinas comunitárias, bem como, com representantes institucionais.

Conforme Guia para Elaboração do Plano Municipal de Saúde - a priorizarão não significa descartar problemas, mas sim decidir acerca daqueles que serão enfrentados primeiro, processo que implica na ordenação dos problemas listados segundo certa hierarquia que se alcança mediante a aplicação de alguns critérios metodológicos.

A partir da relação de problemas identificados, explicados e validados pelos conselheiros, será necessário determinar as prioridades, o que consiste na escolha dos problemas e ações aos quais se concederá um investimento maior em termos de intensidade das intervenções.

Selecionar problemas prioritários é um processo de escolha que não implica

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necessariamente em ignorar a existência de outros problemas. É um procedimento necessário dado o caráter praticamente ilimitado dos problemas e as limitações em termos de recursos para enfrentá-los ao mesmo tempo.

A determinação de prioridades deve resultar de um debate e uma negociação em que interagem as visões dos diversos atores sociais acerca dos problemas e das oportunidades de ação. Como exemplo para a priorização dos problemas qual o tamanho do problema e sua importância política, cultural e técnica que é dada ao problema considerado. A existência de conhecimento e recursos materiais para enfrentar o problema. Custos: quanto custa em termos de recursos financeiros para enfrentar o problema. Ou seja, quanto maior o problema mais evidência de que deve ser priorizado. Já o custo opera em proporção inversa, ou seja, quanto menor o custo de intervenção maior a possibilidade de ser priorizado.

É importante ressaltar que a pontuação atribuída a cada critério depende do tipo de conhecimento e da capacidade de intervenção de cada participante do processo de planejamento. Assim, a priorização dos problemas será o resultado do acordo possível entre os interessados em uma dada situação e o somatório dos pontos obtidos em cada critério definirá uma nova ordenação de problemas prioritários. As Conferências Municipais de Saúde, Educação, Assistência Social configuram a participação social na definição de objetivos de médio e longo prazo para o desenvolvimento das políticas públicas municipais, devendo, portanto, ter suas propostas incorporadas ao Plano Municipal.

Planejamento da ação:

a) Instância e caráter do debate: participativa, oficina de debates e deliberações com os representantes.b) Conteúdo a ser debatido: diagnóstico da situação sobre drogas e formulação de propostas para o plano dentro da perspectiva da intersetorialidade.c) Participantes dessa instância: os representantes de cada região (oficinas comunitárias), Gestores Municipais das políticas integradas e complementares, 02 (dois) representantes de cada conselho setorial, (COMEN, CONSEG’s, Saúde, Educação e Assistência Social, vagas garantidas) Comissão Ampliada 1 vaga por órgão e/ou setor, e as/os trabalhadoras/os envolvidos com a operacionalização das políticas integradas (10 vagas para cada política);

d) Estratégia de comunicação: envio de convite aos representantes eleitos nas oficinas, conselheiros setoriais e dos CONSEG’s, representantes dos órgãos e/o setor, e profissionais que atuam nas políticas integradas. Além dos convites será feito contato telefônico e eletrônico e divulgação através de rádio e televisão, âmbito local, e no sítio oficial da Prefeitura. No caso dos trabalhadoras/os envolvidos com a operacionalização das políticas integradas será feito inscrição através de cada secretaria, com vagas definidas conforme a disponibilidade.

10. AUDIÊNCIA PÚBLICA

Além das reuniões e da consulta pública será realizada audiência pública, convocada com antecedência 15 dias, seguindo as normas de divulgação estabelecidas pelo Decreto Municipal Nº 8.923/2009. A Audiência Pública é o último espaço para pactuação das proposições correspondentes, definidas a partir de análise técnica e da participação popular.

A minuta do Plano será encaminhada para debate e validação do COMEN e posterior assinatura do Srº Prefeito finalizando com encaminhamento para Câmara de Vereadores para aprovação final.

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COMENConselho Municipal de

Políticas Públicas sobre Drogas

PLANO MUNICIPAL INTERSETORIALDE POLÍTICASOBRE DROGAS

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Blumenau, 29 de Janeiro de 2018

MARIA STANCHACKAssistente Social

CRESS 3912

ELIZANGELA C. DOS SANTOSDiretora de

Projetos

RODRIGO A. DE QUADROSSecretário Municipal de Defesa do Cidadão

SEDECI