plano municipal decenal de atendimento socioeducativo em ... · mesmo após seus direitos estarem...

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VERSÃO PRELIMINAR 2014 PLANO MUNICIPAL DECENAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO PREFEITURA DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA

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VERSÃO PRELIMINAR

2014

PLANO MUNICIPAL DECENAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

EM MEIO ABERTO

PREFEITURA DE CARMÓPOLIS

SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL

CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA

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IDENTIFICAÇÃO

Esmeralda Mara Cruz

Prefeita municipal

Tereza Cristina Santos

Secretária Municipal de Inclusão, Desenvolvimento e Assistência

Social

Haydir Silva Santos

Secretária Municipal de Inclusão, Desenvolvimento e Assistência

Social

Fanucche Gomes Carvalho

Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança

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EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO

ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS

Ivelyse Gomes dos Santos

Assistente Social

Secretaria Municipal de Inclusão, Desenvolvimento e Assistência Social

COMISSÃO INTERSETORIAL

Conselho Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente

Sane Antônia Souza Silva

Flavia de Oliveira da Silva

Conselho Tutelar

Ana Cristina dos Santos Pereira

Claudiana Ribeiro Feitosa

Conselho Municipal de Assistência Social:

Joseany Alves dos Santos

Rose Mary dos Santos Barreto

Conselho Municipal de Educação

Elaine Santos da Cruz

Julia Maria Santos de Santana

Conselho Municipal de Saúde

Rita de Cassia Ferreira Almeida de Jesus

Cristiane da Cruz Santos

Secretaria Municipal de Inclusão,

Desenvolvimento e Assistência Social

Ivelyse Gomes dos Santos

Murilo Oliveira Brito

Secretaria Municipal de Educação

Soraia Santiago Macedo

Maria de Lourdes Silva Batista

Secretaria Municipal de Saúde

Thauana de Oliveira Rocha

Tainan Menezes

Secretaria Municipal de Esporte e Lazer

Danilo Augusto Santos Rodrigues

Thamyres Santos de Andrade

Secretaria Municipal de Defesa Social

Ana Katia dos Santos

Tâmara Santos de Oliveira

Secretaria Municipal do Trabalho

Maria Almira Magalhães Leite

Amanda da Silva Santos

Secretaria Municipal de Cultura

Comunicação e Turismo

Sara Diana da Cruz Lima Costa

Vinicius José Amâncio Feitosa

Secretaria Municipal de Políticas para

Mulheres

Rosangela Mesquita Matos Alves

Danielle Melo Correia Santos

Secretaria Municipal de Finanças

Ana Paula Souza Motta

Denisson Teles Menezes

Adolescentes

Crislainy Gomes Ferreira de Jesus

Airline Rauane Santos Silva

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COLABORADORES

Secretaria Municipal de Assistência Social

Jeane Neto Silva

Juliana de Araujo dos Santos

Max Erb de Santana Gomes

Valdemir Ferreira da Silva

Secretaria Municipal de Educação

Alessandro Santos Oliveira

Edvania Fontes Costa

Fabricia Oliveira Costa

Selma Rodrigues da Silva Macedo

Secretaria Municipal de Saúde

Alexandrina Guilherme de Jesus

Marcel Soares

Marlucia A. de Jesus

Yasmin Fonseca de Menezes

Valeria Feitosa Andrade

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 05

2. PROCESSO HISTÓRICO.......................................................................................... 08

3. DIAGNOSTICO MUNICIPAL.................................................................................. 15

4. PLANO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO....................... 24

4.1. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES................................................................................. 24

4.1.1 PRINCÍPIOS.......................................................................................................... 24

4.1.2 DIRETRIZES........................................................................................................ 24

4.2. EIXOS OPERATIVOS............................................................................................ 26

4.3. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO.................................................................. 42

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 43

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1. INTRODUÇÃO

Buscando assegurar os direitos sociais da pessoa humana e a proteção social

integral e prioritária a criança e ao adolescente, como garantido no art. 6º da Constituição

Federal de 1988 e no art. 4º da Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do

Adolescente, é que o Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA

aprova o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo que prevê ações articuladas nas áreas

e educação, assistência social, saúde, cultura, trabalho, esporte e lazer para adolescentes em

cumprimento de medida socioeducativa. Por isso através da Resolução nº 161 de 04 de

dezembro de 2013, estabelece parâmetros para discussão e elaboração dos planos

socioeducativos nas esferas estaduais, distrital e municipal.

Diante disso o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do

município de Carmópolis assume sua atribuição de mobilizar a sociedade e o governo municipal

para discutir e elaborar o plano, com o objetivo de garantir com a criação do mesmo, os direitos

fundamentais de adolescentes que cometeram algum ato infracional. Fazendo com que a

sociedade e os diversos órgãos municipais direcionem o olhar para a atual situação das crianças

e adolescentes do município e possam juntos pensar na formulação de estratégias para

implementar os serviços, programas e projetos existentes, bem como, que novos possam ser

criados.

Além disto é obrigação do referido conselho coordenar a comissão intersetorial,

estar presente e participar ativamente de fóruns, reuniões e demais momentos que tenha como

pauta criança e adolescente; comunicar à sociedade sobre a situação social, econômica e cultural

das crianças e adolescentes; promover a cada dois anos a Conferência Municipal dos Direitos

da Criança e do Adolescente; realizar o registro das entidades de atendimento a crianças e

adolescentes no município, bem como, monitorar e avaliá-las, buscando identificar se a mesma

está cumprindo seu objetivo; administrar o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente – FMDCA; dentre outras funções.

Todas essas atribuições do Conselho, que é formado paritariamente pela sociedade

civil e pelo poder público, tem intuito de diagnosticar vulnerabilidades e buscar soluções,

implementando nas políticas públicas ações verdadeiramente eficazes voltadas para a realidade

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das crianças e adolescentes, fazendo com que poder público tenha maior atenção e invista na

garantia desses direitos.

Somente em 1927 o Brasil dá os primeiros passos para a efetivação da garantia de

direitos de crianças e adolescentes com o Código dos Menores, Decreto nº 17.943 de 1927, que

institucionalizava e dava orientação para o trabalho a crianças e adolescentes órfãs e que haviam

sido abandonadas. Neste período criança e adolescente nesta situação, chamados na época de

menores, eram vistos como problema de segurança nacional. Em 1959 é criada a Declaração

Universal dos Direitos da Criança, que dá início ao processo de garantia do direito da liberdade

e convívio social. Em 1979 é criado um novo Código de Menores através da Lei nº 6.697 que

não rompeu com os princípios do código anterior e passa a chamar criança e adolescente como

menor em situação irregular, ainda visto como problema de segurança nacional. E somente a

partir da Constituição de 1988 a criança e o adolescente passa a ser visto como prioridade e

passa a ter direitos garantidos. E é a partir da Constituição de 1988 que surgem as bases para a

criação do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Visualizado esse longo processo até chegar nos dias atuais, as crianças e

adolescentes foram penalizados de diversas formas pela omissão do Estado e da sociedade e

mesmo após seus direitos estarem garantidos em lei, na pratica ainda não estão sendo

garantidos. Em virtude desta realidade é que foi criada a Política Nacional de Direitos Humanos

de Crianças e Adolescentes que busca colocar em pratica essas garantias através das políticas

setoriais. E diante disto surge a necessidade de Criar o Plano de Atendimento Socioeducativo.

O Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo é um instrumento que cria

mecanismos para garantir a defesa de direitos de adolescentes em cumprimento de medida

socioeducativa, ou seja, do adolescente que cometeu algum ato infracional.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069 de 1990, são

medidas socioeducativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à

comunidade, liberdade assistida, inserção em regime de semi-liberdade e internação em

estabelecimento educacional, que segundo o §1º do art. 112, será aplicada de acordo com a

capacidade de cumprir, as circunstâncias e a gravidade da infração.

Pensado nisso o Plano Municipal foi elaborado de acordo com os princípios e

diretrizes do Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo e com a Lei nº 12.594 que institui

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o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. E é ele que orientará e será a referência

para o desenvolvimento das medidas socioeducativas no município de Carmópolis.

O Plano é composto por: princípios norteadores, fluxo de atendimento e

acompanhamento, ações intersetoriais, monitoramento e avaliação. E trás de forma

sistematizada os objetivos, ações, resultados esperados, prazos, responsáveis e parceiros, fruto

das discussões dos atores envolvidos no processo de construção. E tem por objetivo mobilizar

e articular a sociedade e o poder público para um novo olhar sob o cumprimento das medidas

socioeducativas no município; garantir a esses adolescentes e suas famílias atendimento

humanizado e especializado; acesso as informações sobre sua situação e seus direitos; acesso a

bens e serviços que o auxilie na construção de um novo projeto de vida, prevenir que outros

adolescentes cometam atos infracionais, bem como, reincidências.

Para alcançar resultados mais eficazes de transformação social, é necessário o

comprometimento de todo o sistema de garantia de direitos e da sociedade em geral.

2. PROCESSO HISTÓRICO

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Historicamente, criança e adolescente não era considerado como sujeito de direitos,

as ações desenvolvidas voltadas a este público existiam somente se estivessem em situação de

risco ou causando risco a sociedade.

No Brasil os primeiros passos para a consolidação dos direitos da criança e do

adolescente se deram com no início do século XX, anteriormente era função da igreja cuidar de

pessoas carentes, incluindo as crianças, neste período somente era possível contar com a boa

vontade das pessoas e das Santas Casas de Misericórdia, onde crianças eram deixadas em rodas.

Não havia para pessoas carentes acesso a saúde, educação, habitação e de outras necessidades.

Em 1927 foi criado o Código de Menores, que não era voltado a todas as crianças

e adolescentes, na época chamados de menores, mas aqueles que estivessem em situação

abandono. O artigo 1º definia a quem era aplicado:

O menor, de um ou outro sexo, abandonado e delinquente, que tiver menos de

18 anos de idade, será submetido a autoridade competente às medidas de

assistência e proteção contidas neste código. (Decreto nº 17.943 de 12 de

outubro de 1927, Revogado pela Lei nº 6.697, de 1979)

O mesmo regulamentava somente as situações de trabalho infantil, tutela e pátrio

poder, delinquência e liberdade vigiada. O trabalho infantil era permitido a partir dos doze anos

de idade; a tutela e o pátrio poder eram destituídos se a criança ou adolescente estivesse

sofrendo algum tipo de negligencia por parte dos pais ou tutor; Em caso de delinquência eram

encaminhados a escolas de reforma ou colocados em liberdade vigiada por período determinado

de acordo com as situações previstas no código e entendimento do juiz. Ainda de acordo com

o Código, foram criados institutos disciplinares, divididos em pavilhões, onde crianças e

adolescentes eram distribuídos por sexo, idade, abandono ou delinquência e grau de perversão,

lá aprendiam a costurar, lavar, engomar, cozinhar, jardinar, dentre outras atividades

semelhantes.

Segundo Lorenzi 2008, Posteriormente no ano de 1942 foi criado o Serviço de

Atendimento ao Menor – SAM e outras entidades federais ligadas a figura da primeira dama.

Os adolescentes autores de ato infracional eram encaminhados para internatos, reformatórios e

casas de correção; e os menores carentes e abandonados para patronatos agrícolas e escolas de

aprendizagem de ofícios urbanos. Dentre estas instituições estavam a Legião Brasileira de

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Assistência – LBA, Casa do Pequeno Jornaleiro, Casa do Pequeno Lavrador e Casa do Pequeno

Trabalhador.

Ainda segundo Lorenzi 2008, Em 1950 foi instalado o primeiro escritório da

UNICEF no Brasil, em João Pessoa, na Paraíba. Este projeto atuava em alguns estados

nordestinos e tinha iniciativas de proteção a saúde da criança e da gestante. Em 1964 A Lei nº

4.513 cria a Fundação Nacional do Bem Estar do Menor – FUNABEM e tinha o objetivo de

formular e implantar a Política do Bem Estar do Menor e substituir o Serviço de Atendimento

ao Menor, que passou a ser visto como repressivo e desumano, mas como as ações foram

desenvolvidas nos prédios e com os mesmos profissionais que trabalhavam no SAM, deu

continuidade as mesmas práticas.

O Código de 1927 foi substituído pelo de 1979, mas trouxe em sua essências as

mesmas características assistencialistas e repressivas do código anterior, modificando algumas

nomenclaturas, chamando o antigo menor abandonado ou delinquente de menor em situação

irregular, como descrito no art. 2º:

Art. 2º Para os efeitos deste Código, considera-se em situação irregular o

menor:

I - privado de condições essenciais à sua subsistência, saúde e instrução

obrigatória, ainda que eventualmente, em razão de: a) falta, ação ou omissão

dos pais ou responsável; b) manifesta impossibilidade dos pais ou responsável

para provê-las;

Il - vítima de maus tratos ou castigos imoderados impostos pelos pais ou

responsável; III - em perigo moral, devido a: a) encontrar-se, de modo habitual,

em ambiente contrário aos bons costumes; b) exploração em atividade

contrária aos bons costumes; IV - privado de representação ou assistência legal, pela falta eventual dos pais

ou responsável; V - Com desvio de conduta, em virtude de grave inadaptação familiar ou

comunitária; VI - autor de infração penal. (Lei nº 6.697 de 10 de outubro de 1979, revogada

pela Lei nº 8.069 de 1990)

A promulgação da Constituição Federal de 1988 torna-se o marco da garantia dos

direitos, não só para a criança e adolescente, mas para todo e qualquer cidadão. Respeitando no

art. 6º os direitos sociais, no art. 226 estabelece que a família é base da sociedade e tem proteção

especial do Estado e no art. 227, descrito abaixo, dispõe sobre a proteção à criança e ao

adolescente:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao

adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à

alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,

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ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-

los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,

crueldade e opressão. (Constituição Federal de 1988)

A Constituição Federal de 1988 garante a proteção social a criança e ao adolescente

e abre espaço para a construção do Estatuto da Criança e do Adolescente que garante a proteção

integral e prioritária a criança e ao adolescente, bem como, os reconhece como pessoa em

situação de desenvolvimento.

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais

inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta

Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades

e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,

espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (Estatuto da

Criança e do Adolescente, Lei Nº 8.069 de 13 de julho de 1990)

Em relação as medidas socioeducativas, o ECA rompe com as práticas abusivas, de

repressão e internação, utilizando a internação em último caso, após esgotadas todas as

possibilidades. E garante o direito à informação e outros direitos processuais citados abaixo:

Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido

processo legal. Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias: I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante

citação ou meio equivalente; II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e

testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa; III - defesa técnica por advogado; IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei; V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente; VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer

fase do procedimento. (Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Nº 8.069 de

13 de julho de 1990)

São Medidas Socioeducativas, advertência, obrigação de reparar o dano, prestação

de serviços à comunidade, liberdade assistida, inserção em regime de semi-liberdade,

internação em estabelecimento educacional e qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI do

ECA. Possuem o objetivo de responsabilizar o adolescente pela consequência dos seus atos,

integra-lo na sociedade e através do plano individual de atendimento criar possibilidades para

novas escolhas. Dentre as medidas, a municipalização do atendimento se dará somente para as

medidas de prestação de serviço a comunidade e a liberdade assistida.

A Advertência consiste em:

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Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a

termo e assinada. (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e

do Adolescente)

A Obrigação de Reparar o Dano, consiste em:

Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a

autoridade poderá determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa,

promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo

da vítima. Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser

substituída por outra adequada. (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 - Estatuto

da Criança e do Adolescente)

A Prestação de Serviços à Comunidade, consiste em:

Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas

gratuitas de interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a

entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos

congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais. Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do

adolescente, devendo ser cumpridas durante jornada máxima de oito horas

semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não

prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal de trabalho. (Lei nº 8.069

de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente)

A Liberdade Assistida, consiste em:

Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida

mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente. § 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual

poderá ser recomendada por entidade ou programa de atendimento. § 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses,

podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra

medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor. Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade

competente, a realização dos seguintes encargos, entre outros: I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes

orientação e inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comunitário

de auxílio e assistência social; II - supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar do adolescente,

promovendo, inclusive, sua matrícula; III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua

inserção no mercado de trabalho; IV - apresentar relatório do caso. (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 - Estatuto

da Criança e do Adolescente)

O Regime de Semi-liberdade, consiste em:

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Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde o início, ou

como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de

atividades externas, independentemente de autorização judicial. § 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre

que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade. § 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber,

as disposições relativas à internação. (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 -

Estatuto da Criança e do Adolescente)

A Internação, consiste em:

Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos

princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de

pessoa em desenvolvimento. Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando: I – tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a

pessoa; II – por reiteração no cometimento de outras infrações graves; III – por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente

imposta. Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para

adolescentes, em local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa

separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da infração. Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive provisória, serão

obrigatórias atividades pedagógicas. (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 –

Estatuto da Criança e do Adolescente)

Para regulamentar o cumprimento das medidas socioeducativas como disposto no

ECA, no ano de 2012 foi sancionada a Lei nº 12.594 que cria o Sistema de Atendimento

Socioeducativo – SINASE. Este sistema é formado por princípios, regras e critérios que

integram todas as políticas setoriais desde o início ao final do cumprimento da medida de cada

adolescente. Dispõe sobre as competências da União, do Estado e dos Municípios; sobre a

elaboração dos planos decenais; sobre os programas, entidades de atendimento e a execução da

medida; o Plano individual de atendimento, o acompanhamento e os direitos dos adolescentes;

dentre outros pontos pertinentes.

Os Art. 40 e 41 da Lei do SINASE, explicita como deve ser iniciado o processo do

cumprimento da medida.

Art. 40. Autuadas as peças, a autoridade judiciária encaminhará,

imediatamente, cópia integral do expediente ao órgão gestor do atendimento

socioeducativo, solicitando designação do programa ou da unidade de

cumprimento da medida.

Art. 41. A autoridade judiciária dará vistas da proposta de plano individual de

que trata o art. 53 desta Lei ao defensor e ao Ministério Público pelo prazo

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sucessivo de 3 (três) dias, contados do recebimento da proposta encaminhada

pela direção do programa de atendimento.

§ 1o O defensor e o Ministério Público poderão requerer, e o Juiz da Execução

poderá determinar, de ofício, a realização de qualquer avaliação ou perícia que

entenderem necessárias para complementação do plano individual.

§ 2o A impugnação ou complementação do plano individual, requerida pelo

defensor ou pelo Ministério Público, deverá ser fundamentada, podendo a

autoridade judiciária indeferi-la, se entender insuficiente a motivação.

§ 3o Admitida a impugnação, ou se entender que o plano é inadequado, a

autoridade judiciária designará, se necessário, audiência da qual cientificará o

defensor, o Ministério Público, a direção do programa de atendimento, o

adolescente e seus pais ou responsável.

§ 4o A impugnação não suspenderá a execução do plano individual, salvo

determinação judicial em contrário.

§ 5o Findo o prazo sem impugnação, considerar-se-á o plano individual

homologado. (Lei Nº 12.594, de 18 de Janeiro de 2012 - SINASE)

E este processo deverá seguir os seguintes princípios dispostos na referida Lei:

Art. 35. A execução das medidas socioeducativas reger-se-á pelos seguintes

princípios:

I - legalidade, não podendo o adolescente receber tratamento mais gravoso do

que o conferido ao adulto;

II - excepcionalidade da intervenção judicial e da imposição de medidas,

favorecendo-se meios de autocomposição de conflitos;

III - prioridade a práticas ou medidas que sejam restaurativas e, sempre que

possível, atendam às necessidades das vítimas;

IV - proporcionalidade em relação à ofensa cometida;

V - brevidade da medida em resposta ao ato cometido, em especial o respeito

ao que dispõe o art. 122 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da

Criança e do Adolescente);

VI - individualização, considerando-se a idade, capacidades e circunstâncias

pessoais do adolescente;

VII - mínima intervenção, restrita ao necessário para a realização dos objetivos

da medida;

VIII - não discriminação do adolescente, notadamente em razão de etnia,

gênero, nacionalidade, classe social, orientação religiosa, política ou sexual,

ou associação ou pertencimento a qualquer minoria ou status; e

IX - fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários no processo

socioeducativo. (Lei Nº 12.594, de 18 de Janeiro de 2012 - SINASE)

Seguindo estes princípios, compete aos Programas de Atendimento de Medidas

Educativas em Meio Aberto:

Art. 13. Compete à direção do programa de prestação de serviços à

comunidade ou de liberdade assistida:

I - selecionar e credenciar orientadores, designando-os, caso a caso, para

acompanhar e avaliar o cumprimento da medida;

II - receber o adolescente e seus pais ou responsável e orientá-los sobre a

finalidade da medida e a organização e funcionamento do programa;

III - encaminhar o adolescente para o orientador credenciado;

IV - supervisionar o desenvolvimento da medida; e

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V - avaliar, com o orientador, a evolução do cumprimento da medida e, se

necessário, propor à autoridade judiciária sua substituição, suspensão ou

extinção.

Parágrafo único. O rol de orientadores credenciados deverá ser comunicado,

semestralmente, à autoridade judiciária e ao Ministério Público.

Art. 14. Incumbe ainda à direção do programa de medida de prestação de

serviços à comunidade selecionar e credenciar entidades assistenciais,

hospitais, escolas ou outros estabelecimentos congêneres, bem como os

programas comunitários ou governamentais, de acordo com o perfil do

socioeducando e o ambiente no qual a medida será cumprida. (Lei Nº 12.594,

de 18 de Janeiro de 2012 - SINASE)

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3. DIAGNÓSTICO

No Brasil, segundo dados do Levantamento Nacional de Atendimento

Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei, realizado em 2010, o número de

adolescentes em cumprimento de medida de restrição e privação de liberdade cresceu. O Estado

de Sergipe acompanhou este crescimento, mas com a menor taxa em relação as demais regiões

do país. Uma parcela deste crescimento se deve a ausência de atendimento socioeducativo em

meio aberto nos municípios brasileiros. As tabelas abaixo permitem visualizar as taxas de

crescimento por Estado.

Fonte: Levantamento Nacional do Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei - 2010

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Destes adolescentes, de acordo com o levantamento Nacional de Atendimento

Socioeducativo realizado em 2010, a maior parte é do sexo masculino, como podemos perceber

no gráfico abaixo:

COMPARATIVO ENTRE ADOLESCENTES DO SEXO MASCULINO E FEMININO

NAS MEDIDAS EM MEIO FECHADO

No Estado de Sergipe, de acordo com os dados da Fundação Renascer, que

correspondem aos dados de 17,3% dos municípios sergipanos, no ano de 2013 haviam 2.420

adolescentes cumprindo medida socioeducativas em meio aberto e fechado, como mostra a

tabela abaixo:

MSE Quantitativo de Adolescentes Percentual de Municípios

MSEMA 273 17,3%

MSEMF 2.147 100%

Tabela 1: Distribuição dos adolescentes no SUASE/SE - 2013

O gráfico abaixo apresenta o quantitativo desses adolescentes de acordo com a cor

da pele:

Fonte: Levantamento Nacional do Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei - 2010

5 ,06%

94 ,94%

Fonte: Levantamento Nacional do Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei - 2010

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17

Gráfico 1: Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo: Adolescentes em cumprimento de MSE quanto a cor da pele

Já em relação ao sexo, tanto na esfera nacional, quanto na estadual, há predomínio

de adolescentes do sexo masculino.

Gráfico 2: Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo: Adolescentes em cumprimento de MSE quanto ao sexo

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18

E em relação ao ato infracional cometido, segundo dados do Plano Estadual de

Atendimento Socioeducativo, a maioria foi em virtude de roubo.

Gráfico 3: Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo: Quantitativo de adolescentes em cumprimento de MSEMA em

relação ao tipo

Segundo o IBGE, Carmópolis tem área territorial de 45.905km² e atualmente possui

15.283 habitantes. No ano de 2010 40,05% da população era formada por crianças e

adolescentes, um total de 5.313 pessoas, sendo aproximadamente 52% do sexo masculino de

48% do sexo feminino.

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19

Neste mesmo período, segundo o Diagnóstico Socioterritorial do MDS, o município

tinha taxa de população em situação de extrema pobreza de 41,18%, ou seja, quase metade da

população está em situação de vulnerabilidade social. Das pessoas ocupadas 57,5% tinham

carteira assinada, 15,5% não tinham carteira assinada, 16,2% atuam por conta própria e 0,1%

eram empregadores. Destes, 1,9% possuem de 10 a 13 anos de idade, ou seja, estão em situação

de trabalho infantil.

Ainda levando em consideração o ano de 2010, em relação a situação

educacional, Carmópolis tinha taxa de analfabetismo de 13,6%, sendo que para a

população de 10 a 14 anos essa taxa era de 8,4%. De acordo com dados do INEP,

divulgados no diagnóstico do MDS, em 2012, a taxa de distorção idade-série, ou seja,

a taxa de alunos atrasados na escola, no ensino fundamental foi de 22,8% do 1º ao 5º

ano e de 43,9% do 6º ao 9º ano, como mostra o gráfico a seguir:

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20

Segundo dados disponibilizados pelo Conselho Tutelar do Município, crianças e

adolescente de Carmópolis vem sofrendo diversos tipos de violação de direitos, e a ausência de

um fluxo de atendimento e falta de articulação da rede vem dificultando a proteção integral

destes, causando a revitimização. De acordo com a tabela abaixo, nos anos de 2006, 2008, 2009,

2010, 2011, 2012 e 2013 a maioria dos atendimentos foi em virtude de negligencia familiar, um

percentual de 34% do total de atendimento de todos os anos; em 2007 a maioria foi de crianças

e adolescentes que sofreram algum tipo de violência; e em 2014 dos que praticaram algum tipo

de violência. E nos últimos anos vem crescendo o número de crianças e adolescentes que

sofreram e praticaram algum tipo de violência, no ano de 2014, certa de 30% sofreram e 28%

praticaram algum tipo de violência.

DADOS DE ATENDIMENTO DO CONSELHO TUTELAR DE 2006 A 2014

MOTIVO 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Negligencia Familiar 40 25 30 51 64 50 41 53 41

Sofreu Violência

física/psíquica/moral 35 30 25 24 30 45 25 35 52

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21

Praticou Violência

física/psíquica/moral 20 19 22 20 16 33 20 30 56

Acolhimento

Institucional 4 1 3 4 5 2 4 0 1

Uso de Substancias

Psicoativas 3 5 6 5 11 15 20 22 27

MSE - PSC 0 1 2 0 20 9 16 0 10

MSE – LA 1 1 4 0 5 0 0 0 0

MSE - Semiliberdade 1 1 1 2 1 1 0 0 0

MSE - Internação 0 4 2 0 0 0 2 2 1

TOTAL POR ANO 104 87 95 106 152 155 128 142 188

TOTAL GERAL 1157

De acordo com os dados disponibilizados pelo Conselho Tutelar sobre medidas

socioeducativas, apesar de esclarecerem que não possuem informação real do quantitativo de

adolescentes que cumpriram, a maior parte das medidas executadas foi de Prestação de Serviço

a Comunidade, com percentual de aproximadamente 67% e a menor parte de semiliberdade,

com percentual de 8,2%. A maioria das medidas, 80%, foram executadas em meio aberto e

20% em meio fechado.

O município de Carmópolis, em relação atendimento socioeducativo em meio

aberto, ainda está dando os primeiros passos, em virtude de ser um município de pequeno porte

I, atuar somente na proteção básica, ou seja, prioritariamente com a prevenção e um outro fator

é a não ter a rede de garantia de direitos fortalecida.

Buscando melhorar o atendimento a toda a população, prioritariamente as famílias,

mulheres, idosos, crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados, através da

iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social, algumas iniciativas foram tomadas,

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22

como o agendamento de reunião mensal de toda a rede e a pactuação com o Estado para a

implantação da Proteção Social Especial de Média Complexidade, que já está em andamento,

garantindo que no máximo, até o final do primeiro semestre de 2015 o Centro de Referência

Especializado de Assistência Social – CREAS estará instalado. E a existência do CREAS no

município garantirá o melhor desenvolvimento do atendimento socioeducativo.

Buscando realizar o levantamento dos dados no município sobre adolescentes que

cumpriram medidas socioeducativas no período de 2006 a 2014, percebeu-se uma enorme

dificuldade dos órgãos municipais para disponibilizar esses dados. A maioria dos setores onde

as medidas foram cumpridas não registraram estes dados, e alguns setores registraram somente

o nome e o período, não sabendo informar exatamente quais atividades foram desenvolvidas,

se foram inseridos em programas ou projetos sociais e de profissionalização, se estavam

matriculados e frequentando regularmente a escola, bem como, se foram acompanhados pelas

equipes de Saúde e pelo CRAS. Ainda em relação aos registros, o Conselho Tutelar informou

que não possui dados de todos os adolescentes porque poucas vezes foram acionados para tal

fim e quando acionados na maioria das vezes os adolescentes já haviam finalizado a medida.

Esta situação dificultou a construção de um diagnóstico que reflita a realidade do

atendimento socioeducativo no município, o perfil desses adolescentes e os motivos que os

levaram a cumprir a medida, mas nos alerta sobre a necessidade de criar um fluxograma de

atendimento.

De acordo com o levantamento realizado no município, foram encontrados os

seguintes dados:

QUANTITATIVO DE ADOLESCENTES QUE CUMPRIRAM MEDIDAS

SOCIOEDUCATIVAS - PSC DE 2006 A 2014

Setor 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

F M F M F M F M F M F M F M F M F M

SECRETARIA DE

ASSISTÊNCIA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 2 0 0 0 0 0 0

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23

De acordo com as informações da tabela, 38 adolescentes cumpriram medida

socioeducativa de Prestação de Serviço a Comunidade do ano de 2006 a 2014, sendo a maioria

do sexo masculino, totalizando 79%. Podemos verificar ainda que houve um aumento

significativo entre os anos de 2010 e 2011, sendo este ultimo o ano onde houve mais

adolescentes cumprindo medida socioeducativa. Os órgãos que registraram, informaram que as

atividades foram realizadas de acordo com a necessidade do setor onde a medida foi cumprida,

mas que seguindo as orientações do Estatuto da Criança e do adolescente, não foram realizadas

atividades insalubres, perigosos e constrangedores.

Analisando os dados das Secretarias Municipais em relação aos disponibilizados

pelo Conselho, foi possível identificar que dos 58 adolescentes que cumpriram medida de

Prestação de Serviço a Comunidade, somente foi identificado onde 66% cumpriram, os demais

não foram localizados. E do total de medidas de PSC cumpridas durante o período de 2006 a

2014, o ano de 2010 obteve o maior número, totalizando 35%.

SECR. DE

CULTURA E

JUVENTUDE

0 0 0 0 0 1 1 4 0 1 1 3 2 0 0 0 0 1

SECRETARIA DE

EDUCAÇÃO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 4 1 6 1 3 0 4

TOTAL POR ANO 0 0 1 5 2 12 9 4 5

TOTAL POR

SEXO

Feminino Masculino

8 30

TOTAL GERAL 38

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24

4. PLANO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

4.1. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

O Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo do Município de Carmópolis,

segue os mesmos princípios e diretrizes do Plano Nacional, previstos no Estatuto da Criança e

Adolescente, na Resolução nº 119/2006 do CONANDA e na Lei Federal nº 119/2006 -

SINASE. São eles:

4.1.1 PRINCÍPIOS

1. Os adolescentes são sujeitos de direitos, entre os quais a presunção da inocência.

2. Ao adolescente que cumpre medida socioeducativa deve ser dada proteção integral de seus

direitos.

3. Em consonância com os marcos legais para o setor, o atendimento socioeducativo deve ser

territorializado, regionalizado, com participação social e gestão democrática, intersetorialidade

e responsabilização, por meio da integração operacional dos órgãos que compõem esse sistema.

4.1.2 DIRETRIZES

a) Garantia da qualidade do atendimento socioeducativo de acordo com os parâmetros do

SINASE.

b) Focar a socioeducação por meio da construção de novos projetos pactuados com os

adolescentes e famílias, consubstanciados em Planos Individuais de Atendimento.

c) Incentivar o protagonismo, participação e autonomia de adolescentes em cumprimento de

medida socioeducativa e de suas famílias.

d) Primazia das medidas socioeducativas em meio aberto.

e) Humanizar as Unidades de Internação, garantindo a incolumidade, integridade física e mental

e segurança do/a adolescente e dos profissionais que trabalham no interior das unidades

socioeducativas.

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f) Criar mecanismos que previnam e medeiem situações de conflitos e estabelecer práticas

restaurativas.

g) Garantir o acesso do adolescente à Justiça (Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria

Pública) e o direito de ser ouvido sempre que requerer.

h) Garantir as visitas familiares e íntimas, com ênfase na convivência com os parceiros/as,

filhos/as e genitores, além da participação da família na condução da política socioeducativa.

i) Garantir o direito à sexualidade e saúde reprodutiva, respeitando a identidade de gênero e a

orientação sexual.

j) Garantir a oferta e acesso à educação de qualidade, à profissionalização, às atividades

esportivas, de lazer e de cultura no centro de internação e na articulação da rede, em meio aberto

e semiliberdade.

k) Garantir o direito à educação para os adolescentes em cumprimento de medidas

socioeducativas e egressos, considerando sua condição singular como estudantes e

reconhecendo a escolarização como elemento estruturante do sistema socioeducativo.

l) Garantir o acesso à programas de saúde integral.

m) Garantir ao adolescente o direito de reavaliação e progressão da medida socioeducativa.

n) Garantia da unidade na gestão do SINASE, por meio da gestão compartilhada entre as três

esferas de governo, através do mecanismo de cofinanciamento.

o) Integração operacional dos órgãos que compõem o sistema (art. 8º, da LF nº 12.594/2012).

p) Valorizar os profissionais da socioeducação e promover formação continuada.

q) Garantir a autonomia dos Conselhos dos Direitos nas deliberações, controle social e

fiscalização do Plano e do SINASE.

r) Ter regras claras de convivência institucional definidas em regimentos internos apropriados

por toda a comunidade socioeducativa.

s) Garantir ao adolescente de reavaliação e progressão da medida socioeducativa.

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4.2. EIXOS OPERATIVOS

Os quatro eixos operativos, gestão, qualificação do atendimento, participação e autonomia dos adolescentes e sistemas de justiça e

segurança, estão dispostos nas tabelas abaixo que através das ações intersetoriais buscam garantir um atendimento socioeducativo que acompanhe o

adolescente e sua família; contribua para sua reintegração social e o fortalecimento de vínculos com a família e a comunidade; que garanta acesso a

serviços de saúde sempre que necessitar; que garanta sua inserção e permanecia na escola, bem como, a profissionalização; e que crie oportunidade de

realizar atividades físicas, de cultura e lazer.

EIXO 1

A EXECUÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA

OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS

ESPERADOS

PRAZOS

RESPONSÁVEIS PARCEIROS

2015

2016

a

2019

2020

a

2023

2024

Garantir o pleno

desenvolvimento e

acompanhamento das medidas

socioeducativas.

Implantar Centro de Referência

Especializado de Assistência

Social.

Garantia do pleno

desenvolvimento da

medida socioeducativa;

X SMAS. ------------

Formar equipe que atenda a

demanda dos serviços

referenciados no CREAS;

Contribuir para a

construção do novo

projeto de vida dos

adolescentes e suas

famílias;

X SMAS. ------------

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27

Capacitar continuamente a

equipe de profissionais do

CREAS e os demais que irão

trabalhar com adolescentes em

cumprimento de medidas

socioeducativas.

Garantia do

atendimento

qualificado;

X X X X SMAS;

SME; SEIDES

Construir fluxograma de

atendimento e

acompanhamento de

adolescentes em cumprimento

de medidas socioeducativas a

ser seguido desde a

identificação do ato infracional.

Melhor definição do

papel de cada

componente da rede de

garantia de direitos e

qualidade do

atendimento e

acompanhamento.

X Rede de Garantia

de Direitos ------------

Garantir ao adolescente e sua

família informações sobre o

processo da MSE.

Prestar informações no

momento do acolhimento sobre

o que é medida socioeducativa,

quais as etapas e atividades a

serem desenvolvidas e qual o

papel de cada um neste

processo.

Melhor entendimento,

participação mais eficaz

do adolescente e sua

família no

desenvolvimento da

medida.

X X X X

CREAS;

Instituições onde a

medida será

executada.

------------

Garantir a participação da família

e do adolescente na construção

do Plano Individual de

Atendimento – PIA e avaliação

do mesmo.

Realizar entrevistas, palestras,

dinâmicas de grupo, visitas

domiciliares e reuniões

periódicas.

Maior interesse do

adolescente e apoio da

família no cumprimento

da medida.

X X X X Equipe Técnica do

CREAS. ------------

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28

Fortalecer a Rede de Garantia de

Direitos.

Marcar reuniões periódicas com

todos os órgãos que compões o

sistema de garantia de Direitos.

Garantia do pleno

desenvolvimento da

medida socioeducativa,

bem como, das demais

ações municipais.

X X X X

Secretarias

Municipais;

Ministério Público;

Poder Judiciário;

ONGs.

------------

Garantir a participação do

adolescente no processo de

construção do plano pedagógico,

seguindo as orientações do

SINASE.

Formar grupos de debates que

incluam os adolescentes

envolvidos no processo.

Compreensão e

participação por parte

dos envolvidos sobre os

objetivos e benefícios da

medida.

X X X X CREAS; ------------

Garantir o respeito a diversidade

sexual, religiosa, étnica na

construção do Plano Individual

de Atendimento – PIA e todo

processo da medida.

Observar e levar em

consideração as

particularidades do adolescente

em cumprimento de medida

socioeducativa.

Maior satisfação e

participação do

adolescente.

X X X X

CREAS;

Instituições onde a

medida será

executada;

Escolas.

Rede de Garantia de

Direitos.

Garantir que adolescentes com

deficiência tenham seus direitos

garantidos

Promover atividades

compatíveis com as

capacidades dos adolescentes;

Assegurar que não

ocorram situações de

discriminação e

exclusão social

X X X X

CREAS; Escolas,

Órgãos onde as

medidas serão

cumpridas;

Rede de Garantia de

Direitos.

Capacitação continuada dos

profissionais envolvidos.

Maior facilidade em

lidar com as limitações e

diversidades.

X X X X SMAS Rede de

Garantia de Direitos.

Sensibilizar e capacitar as

instituições onde as medidas

serão executadas para inserir os

adolescentes em atividades

compatíveis com as habilidades

Confeccionar material

informativo sobre o plano

municipal de atendimento

socioeducativo.

Profissionais

envolvidos informados

sobre o objetivo do

atendimento

socioeducativo.

X SMAS Rede de

Garantia de Direitos.

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29

do adolescente e que tenham

funções educativas. Realizar reuniões periódicas

com todas as instituições onde

as medidas serão executadas.

Maior

comprometimento das

instituições.

X X X X CREAS Rede de

Garantia de Direitos.

Realizar diagnostico,

monitoramento e avaliação da

execução das medidas

socioeducativas em meio aberto.

Criação de comissão e

instrumental de avaliação. Execução das medidas

socioeducativas de

acordo com as diretrizes

estabelecidas no plano,

com resultados efetivos.

X Rede de Garantia de

Direitos. ------------

Entrevista e/ou reuniões com os

adolescentes, familiares e

profissionais envolvidos;

Visitas Institucionais;

X X X Comissão de

avaliação. ------------

Divulgar as diretrizes do plano

municipal para as instituições,

profissionais e comunidade em

geral.

Elaboração e distribuição de

material informativo com

linguagem simples;

Ampliação do

conhecimento sobre

medidas

socioeducativas na

comunidade;

X

Rede de Garantia de

Direitos.

------------

Aproveitar espaços de

discussão pré-estabelecidos em

calendários de toda a rede, bem

como criar novos espaços.

Redução de preconceito

em relação aos

adolescentes que

cumprem medidas

socioeducativas e maior

contribuição da

sociedade.

X X X X ------------

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EIXO 2

EDUCAÇÃO

OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS

ESPERADOS

PRAZOS

RESPONSÁVEIS PARCEIROS 2015

2016

a

2019

2020

a

2023

2024

Sensibilizar, mobilizar e

garantir o acesso e

permanência dos adolescentes

em cumprimento de Medida

Socioeducativa na escola em

qualquer tempo, bem como,

para seus filhos.

Realizar palestras, reuniões,

voltadas os familiares de todos

os alunos a respeito do plano

municipal de atendimento

socioeducativo;

Maior participação da

família na vida escolar e

redução de todas as

formas de preconceito

em relação aos

adolescentes que

cumprem medida

socioeducativa.

X X X X SEMED Rede de Garantia

de Direitos.

Realizar gincanas, campeonatos,

jogos e outros

eventos/atividades culturais e

esportivos que possam tratar de

forma lúdica do plano

socioeducativo;

Adolescentes mais

envolvidos com as

atividades escolares,

visualizando a escola

como um ambiente que o

estimula positivamente.

X X X X SEMED --------------

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31

Formar/capacitar profissionais

da educação, principalmente os

que trabalham nas escolas a

respeito do plano municipal de

atendimento socioeducativo;

Maior acolhimento de

adolescentes que

cumprem medidas

socioeducativas no

ambiente escolar;

X X X X SEMED SMAS

Confeccionar cartilhas, folders,

dentre outros materiais de

divulgação com linguagem clara

e atual.

Redução de todas as

formas de preconceito

em relação ao

adolescente que cumpre

medida socioeducativa,

bem como, a outras

situações.

X SEMED --------------

Articular o diálogo entre a rede

de educação e o programa de

execução de medidas

socioeducativas.

Criar instrumentos como

protocolos ou fichas para

intercâmbio de informações

acerca dos adolescentes em

cumprimento de medidas

socioeducativas; relatórios

periódicos;

Articulação da rede para

otimizar o

acompanhamento dos

adolescentes;

X X X X CREAS;

SEMED. Rede de Garantia

de Direitos.

Realização de Visitas técnicas e

reuniões.

Troca de experiências

entre os profissionais que

contribuam para o

melhor desenvolvimento

da medida

socioeducativa.

X X X X CREAS; Escolas. Rede de Garantia

de Direitos.

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32

Desenvolver ações que

despertem o interesse dos

adolescentes sobre a escola

como lugar de transformação

Criação de grêmio estudantil; Participação efetiva nas

atividades escolares; X

SEMED;

Escolas. -------------

Aumentar a oferta de atividades

esportivas e culturais que atenda

o interesse dos alunos;

Participação efetiva nas

atividades escolares; X SEMED -------------

Buscar formas de valorizar,

premiar ações desenvolvidas

pelos alunos;

Participação efetiva nas

atividades escolares; X SEMED -------------

Realizar ações voltadas para

iniciação profissional;

Profissionalização e

formação para o mercado

de trabalho;

X X X SEMED. SMT.

Facilitar acesso a cursos técnicos

e profissionalizantes aos alunos,

principalmente aos que

cumprem medidas

socioeducativas, os incluindo

em Programas de Bolsas de

estudos.

Profissionalização e

formação para o mercado

de trabalho;

X X X SME SMT;

SMAS.

Implantar e implementar

programa de aceleração do

ensino voltado para os

adolescentes para que haja o

nivelamento de idade série.

Implantar um projeto especifico

de aceleração e nivelamento do

ensino especifico para o público

de 12 a 15 anos.

Diminuir a defasagem

idade serie entres os

adolescentes em

cumprimento de medidas

socioeducativas de modo

a oferecer a

profissionalização

adequada;

X SEMED

Rede de

Garantia de

Direitos.

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33

Implementar o programa de

educação de jovens e adultos

modificando o foco de trabalho

deixando mais atrativo para os

adolescentes a partir de 15 anos

com defasagem do ensino.

Modificar o olhar desses

adolescentes sobre si

mesmo e sobre todo o

processo de educação;

X SEMED

Rede de

Garantia de

Direitos.

Formação continuada com os

professores para o trabalho

específico com este público;

Otimizar o trabalho dos

nossos profissionais de

educação em programas

de aceleração

X X X X

SEMED

Rede de

Garantia de

Direitos.

Trabalhar com estes

adolescentes a autoestima e

motivação para o estudo já

perdidos com as retenções ao

longo dos anos.

Modificar o olhar desses

adolescentes sobre si

mesmo e sobre todo o

processo de educação.

X X X X SEMED

Rede de

Garantia de

Direitos.

EIXO 3

ESPORTE, CULTURA E LAZER

OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS

ESPERADOS

PRAZOS

RESPONSÁVEIS PARCEIROS

2015

2016

a

2019

2020

a

2023 2024

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34

Ampliar e divulgar a oferta de

atividades esportivas e culturais

voltado para o perfil de

adolescentes em cumprimento de

medida socioeducativa.

Criar projetos e ações esportivos

e culturais permanentes e

diversificados, bem como

fortalecer os que já existem.

Maior participação de

crianças e adolescentes

nas atividades esportivas

e culturais;

X X X X SMEL;

SMCC.

Rede de garantia

de Direitos.

Levar o planejamento e a

execução dessas ações e projetos

as comunidades.

Maior integração da

gestão com a

comunidade;

X X X X SMEL;

SMCC.

Rede de garantia

de Direitos.

Estabelecer articulação entre a

Secretaria de Esporte e a

Secretaria de Cultura com a rede

de garantia de direitos.

Melhoria na oferta e

execução dos serviços e

projetos.

X

SMEL;

SMCC.

Rede de Garantia

de Direitos.

---------------

Sensibilizar gestores públicos,

empresas privadas e comunidade

em geral para financiar e contribuir

com a criação e fortalecimento de

espaços culturais e esportivos.

Realização de reunião com

gestores, ONGS e empresas

privadas.

Aumento de

investimento em projetos

e ações culturais e

esportivas;

X SMEL;

SMCC;

Rede de garantia

de Direitos.

Criar campanhas para

conscientizar/divulgar a

importância desses espaços.

Aumento da visibilidade

e participação d

comunidade nas ações

existentes;

X X X X SMEL;

SMCC;

Rede de garantia

de Direitos.

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35

EIXO 4

SAÚDE

OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS

ESPERADOS

PRAZOS

RESPONSÁVEIS PARCEIROS

2015

2016

a

2019

2020

a

2023

2024

Inserir no contexto dos programas

de atendimento à saúde da família

ações e atividades com foco á

orientação e informação voltados

para temática Adolescência e

temas transversais relacionados.

Promover palestras educativas e

de prevenção com temas

relacionados a adolescência e

riscos sociais;

Adolescentes mais

informados e melhor

orientados, assim como,

profissionais da rede de

saúde mais envolvidos

nas ações e atividades

desenvolvidas.

X X X X SMS SEMED

SMAS

Implementar o PSE nas escolas

com campanhas e palestras

educativas focando as temáticas;

sexualidade, violência, higiene

pessoal, gravidez na

adolescência, planejamento

familiar dentre outros;

X X X X SMS SEMED

Implementar material

informativo para distribuição e

divulgação das temáticas

trabalhadas.

X SMS Rede de garantia

de direitos.

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36

Viabilizar acesso dos

adolescentes aos serviços de

atendimento em toda a rede de

assistência a saúde do município e em todos os níveis de atenção à

saúde e abrangência.

Capacitar profissionais para

trabalhar com adolescentes em

cumprimento de medidas

socioeducativas;

Atendimento

especializado e mais

humanizado;

X X X X SMS SMAS

SEMED

Implementar o Programa de

combate ao uso de álcool e

outras drogas.

Maior número de

adolescente atendidos e

encaminhados ao

tratamento necessário.

X SMS SMAS

Implementar as ações das

equipes de saúde da família,

principalmente as dos agentes

comunitários de saúde nos

encaminhamentos,

acompanhamentos referência e

contra referencias nos

atendimentos aos adolescentes.

Redução de riscos

referentes a saúde da

criança e do adolescente

e maior quantidade de

famílias acompanhadas.

X X X X SMS ----------------

Implementar e ampliar o

atendimento junto às

especialidades de psiquiatria e

psicologia

Maior número de

adolescente atendidos. X X X X SMS ----------------

Facilitar acesso a medicamentos,

órteses, próteses, cadeiras de

rodas.

Garantia de acesso

prioritário aos serviços e

produtos de saúde;

X X X X SMS ----------------

EIXO 5

ACOMPANHAMENTO FAMILIAR E COMUNITÁRIO

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37

OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS

ESPERADOS

PRAZOS

RESPONSÁVEIS PARCEIROS

2015

2016

a

2019

2020

a

2023

2024

Sensibilizar a Comunidade para a

importância da convivência

comunitária para o adolescente em

conflito com a lei

Criar/fortalecer espaços de

discussão com a comunidade em

geral sobre a sua importância no

desenvolvimento da criança e do

adolescente, bem como, sobre o

que são medidas socioeducativas

e seu objetivo.

Mudança da concepção

social e cultural em

relação ao adolescente

em cumprimento de

medida socioeducativa; e

apoio da comunidade aos

adolescentes em

cumprimento de medida

socioeducativa e seus

familiares.

X X X X SMAS Rede de garantia

de direitos.

Fortalecer os vínculos familiares e

comunitários.

Formação/capacitação

continuada para os profissionais

envolvidos no processo de

atendimento/execução de

medida socioeducativa;

Garantir atendimento

especializado, eficaz e

humanizado;

X X X X SMAS SEIDES

Criar campanhas, espaços de

discussão sobre a importância da

família nuclear e ampliada no

processo de desenvolvimento da

criança e do adolescente e no

cumprimento da medida

socioeducativa.

Redução dos de

abandono e negligencia

familiar e evitar a

institucionalização

desses adolescentes.

X X X X SMAS Rede de Garantia

de Direitos.

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38

Garantir acesso a necessidades

básicas.

Identificar através do

acompanhamento familiar a

existência de violação de

direitos, bem como, a

necessidade de bens e serviços.

Criação de diagnóstico

familiar. X X X X

CRAS;

CREAS.

Rede de Garantia

de Direitos.

Inserir as famílias de

adolescentes em cumprimento

de medidas socioeducativas em

programas de transferência de

renda, segurança alimentar e de

habitação, bem como, em

serviços.

Redução de famílias em

situação de extrema

pobreza.

X X X X CRAS;

CREAS. ----------------

EIXO 6

PROFISSIONALIZAÇÃO E TRABALHO

OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS

ESPERADOS

PRAZOS

RESPONSÁVEIS PARCEIROS

2015

2016

a

2019

2020

a

2023

2024

Divulgar a política de

municipalização de medidas

socioeducativas em consonância

com a legislação de aprendizagem

profissional e calendário de

Confeccionar material de

divulgação (folder, cartilha,

informativos em sites, etc.), e

utilizar espaços de discussão

em toda a rede de garantia de

direitos para divulgar.

Adolescentes em

cumprimento de medidas

socioeducativas

informados sobre os seus

direitos;

X X X X SMT Rede de garantia

de direitos.

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39

cursos/orientação profissional no

município. Utilizar espaços de discussão

de toda a rede de garantia de

direitos para divulgar.

Maior procura desses

adolescentes por cursos de

capacitação profissional.

X X X X SMT Rede de Garantia

de Direitos.

Identificar habilidades

vocacionais do adolescente e

jovens para orientá-los quanto ao

processo de formação

profissional.

Realização de pesquisas junto

aos adolescentes e jovens por

intermédio da coordenação de

execução de medidas

socioeducativas;

Habilidades identificadas; X X X X CREAS Rede de Garantia

de Direitos.

Organização de oficinas,

orientação, palestras com os

adolescentes nos diversos

espaços de atendimento.

Capacitação voltada para a

realidade e interesse dos

adolescentes.

X X X X SMT SEMED;

SMAS.

Criar programa de capacitação

continuada.

Criar parceria com diversas

instituições de ensino

profissionalizante, técnico e

superior (Sistema S: Sesi,

Senac, Sesc, Senai,

SEST/SENAT; Universidades,

etc.)

Maior número de

adolescentes e jovens

atendidos e capacitados

para atuar em diversas

áreas no mercado de

trabalho.

X X X X SMT SME;

SMAS.

Buscar junto ao gestor

municipal investimento em

formação.

Maior quantidade de

adolescentes e jovens

atendidos, contribuição

para o desenvolvimento de

novos projetos de vida e

redução da ociosidade.

X X X X SMT Rede de garantia

de direitos.

Possibilitar acesso ao mercado de

trabalho.

Realizar parcerias com

empresas locais;

Mais adolescentes e jovens

inseridos no mercado de

trabalho.

X X X X SMT Rede de garantia

de direitos.

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40

Criação de um certificado que

gere o interesse de participação

das empresas no processo de

contratação desses

adolescentes de acordo com a

legislação.

Adesão das empresas. X X SMT Rede de garantia

de direitos.

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41

4.4. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O monitoramento e avaliação deverá ser realizado por comissão especifica formada

pelo Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, com representantes do

governo municipal, do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, do

Conselho Tutelar, do Conselho de Assistência Social. É facultativa a representação do

Ministério Público e do Poder Judiciário.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Código dos Menores. Decreto nº 17.943-a de 12 de outubro de 1927. Presidência da República.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1910-1929/d17943a.htm. Acesso

em: 07 de novembro de 2014.

Código dos Menores. Lei no 6.697, de 10 de outubro de 1979. Presidência da República.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6697.htm. Acesso em: 07

de novembro de 2014.

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acesso em: 04 de

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Presidência da República. Disponível em:

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com a Lei. Brasília, Junho de 2011. Disponível em:

http://www.andi.org.br/sites/default/files/legislacao/LEVANTAMENTO%20ANUAL%20OFICIAL_

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LORENZI, Gisella Werneck. Uma Breve História dos Direitos da Criança e do Adolescente

no Brasil. Fundação Telefônica, 2008. Disponível em:

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do-adolescente-no-brasil-14251

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Socioeducativohttp://www.agencia.se.gov.br/userfiles/plano-estadual-decena-atendimento-

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Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo: Diretrizes e eixos operativos para o

SINASE. Brasília: 2013. http://www.sdh.gov.br/assuntos/criancas-e-adolescentes/pdf/plano-

nacional-de-atendimento-socioeducativo-diretrizes-e-eixos-operativos-para-o-sinase.

Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. Lei Federal Nº 12.594 de 18 de janeiro de

2012. Presidência da República. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm. Acesso em: 03 de

novembro de 2014.