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República de Moçambique Província de Sofala Distrito de Gorongosa Plano Estratégico Distrital de Desenvolvimento de Gorongosa Elaborado pela Administração Distrital de Gorongosa Fevereiro de 2006

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Page 1: Plano Estratégico Distrital de Desenvolvimento de Gorongosa · Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito ÍNDICE PREFÁCIO 4 GLOSSÁRIO 5 INTRODUÇÃO 6 Antecedentes 6 Razões

República de Moçambique

Província de Sofala

Distrito de Gorongosa

Plano Estratégico Distrital de Desenvolvimento de Gorongosa

Elaborado pela

Administração Distrital de Gorongosa

Fevereiro de 2006

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

ÍNDICE

PREFÁCIO 4

GLOSSÁRIO 5

INTRODUÇÃO 6

Antecedentes 6

Razões para planificação estratégica Distrital 6

Vantagens do Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital 6

O PROCESSO DE PLANIFIÇÃO 7

METODOLOGIA ADOPTADA 9

Processo de auscultação 9

Aprovação de diferentes fases 9

Quadro resumo dos encontros do CCD 9

1.0 CARACTERÍSTICAS DO DISTRITO 10

1.1 Situação Geográfica 10

1.2 Enquadramento Regional 10

1.3 Divisão Administrativa 12

1.4 Condições fisico - naturais 15

1.5 Características Sócio - Culturais 26

2. POPULAÇÃO 31

2.1 Características da População 31

2.2 Distribuição da População 31

2.3 Crescimento da População 32

2.4 Estrutura da População 33

2.4 Estrutura da População 34

2.5 Comunidades locais 34

Administração do Distrito de Gorongosa 1

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

3 DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO 36

3.1 Agricultura 36

3.2 Pecuária 41

3.3 Floresta e fauna bravia 43

3.4 Indústria 49

3.5 Comércio 53

3.6 Turismo 56

3.7 Recursos Minerais e Energia 58

3.8 Associativismo 60

4 INFRA-ESTRUTURAS 61

4.1 Rede viária 61

4.2 Rede de comunicação 65

4.3 Rede de abastecimento de água 67

4.4 Saneamento e drenagem 72

5 SERVIÇOS SOCIAIS 73

5.1 EDUCAÇÃO 73

5.2 Area da Cultura 79

5.3 Área de Juventude e Desporto 80

5.4 Serviços de Saúde. 81

5.5 Serviços de Acção Social 89

5.6 Registos e Notariado 91

5.7 Ordem e Segurança Pública 93

6 MEIO AMBIENTE 95

6.1 Ao nível da exploração dos recursos florestais 95

6.2 Ao Nível da Zona Tampão do Parque Nacional de Gorongosa 95

6.3 Ao nível da Serra de Gorongosa 95

6.4 Principais Problemas Ambientais 95

Administração do Distrito de Gorongosa 2

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

7 ÁREAS PROTEGIDAS. 96

7.1 Parque Nacional de Gorongosa 96

8 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 105

8.1 ADMINISTRAÇÃO DO DISTRITO 105

9. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS E POTENCIALIDADES 109

9.1 Principais problemas 109

9.2 Principais potencialidades 111

10 ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO 112

Introdução 112

10.1 Âmbito do PARPA 112

10.2 Principais problemas do Distrito 112

10.3 Principais potencialidades do Distrito 112

10.4 Principais áreas criticas do Distrito 113

10.5 Oportunidade para o desenvolvimento do Distrito 113

10.6 Regiões de desenvolvimento 114

10.7 Visão de desenvolvimento do Distrito 116

10.8 Principais actores de desenvolvimento 116

10.9 Principais alternativas de desenvolvimento por região 117

10.10 Principais áreas de intervenção por região 117

10.11 Matriz de desenvolvimento do Distrito 117

10.12 Matriz sintetizada do Distrito 137

Administração do Distrito de Gorongosa 3

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

PREFÁCIO O presente documento, é o plano estratégico de desenvolvimento do Distrito de Gorongosa, que constitui um instrumento orintador das principais acções a serem executadas, no Distrito por todos actores de desenvolvimento, nos proximos cinco anos. Foi elaborado com base nas principais orintações emanadas pelo Ministério do Plano e Finanças e pelo Ministério de Administração Estatal, com o apoio da equipa técnica provincial e assisténcia técnica do PRODER, de acordo com o programa do Governono âmbito do progrma de redução da pobreza absuluta (PARPA). É um instrumento público, do e para o Distrito, que apresenta uma visão, para o desenvolvimento integral do Distrito com a finalidade de dar solução aos problemas locais a curto e médio prazo. O documento apresenta ensencialmentre quatro capítulos a destacar:

- O processo de planificação - Diagnóstico; - Estratégia de desenvolvimento; - Plano de acção;

Processo de planificação Descreve resumidamente os principais passos que foram dados para a elaboração do presente documento. Diagnóstico Contém características gerais, situação sócio económica, principais problemas e potencialidades do Distrito. Estratégia de Desenvolvimento do Distrito Indica os caminhos ou os principais passos a serem seguidos para o alcance dos objectivos pretendidos para o desenvolvimento do Distrito, no período de vigência do plano. Plano de Acção É a síntese das principais actividades a serem desenvolvidas para o alcance dos resultados pretendidos, para o desenvolvimento do Distrito. Este documento, é resultado de contribuições de diversos actores que comungam os mesmos objectivos que são a melhoria das condições sócio económicas das populações do Distrito. Os nossos agradecimentos são extensivos a todos os membros das instituições de participação e consulta comunitária do Distrito, pela dedicação, contribuições, criticas e todo o apoio prestado a equipa técnica de planificação Distritaln nos diversos encontros havidos, também, vai para a EPAP e a GTZ/PRODER-Sofala, que contribuiram imenso para a materialização deste documento. As nossas cordiais saudações.

Gorongosa, Março de 2006

O Administrador

_____________________________________ João Oliveira

(Técnico Prof. Adm. Pública)

Administração do Distrito de Gorongosa 4

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

GLOSSÁRIO

CCD Conselho consultivo do Distrito

CCPA Conselho consultivo do Posto Administrativo

FL Fórum local

DDA Direcção distrital de agricultura

DDEC Direcção distrital de educação e cultura

DDS Direcção distrital de saúde

DTS Doença de transmissão sexual

EN Estrada nacional

EP1 Escola primária do primeiro grau

EP2 Escola primária do segundo grau

EPAP Equipa provincial de apoio a planificação

EPC Escola primária completa

ESG1 Ensino secundário geral do primeiro ciclo

ESG2 Ensino secundário geral do segundo ciclo

FARE Fundo de apoio a reabiltação económica

GATV Gabinete de aconselhamento e testagem voluntária

GTZ Agência de cooperação Alemã

HIV Víruas de imunodificiência adquirida

INAS Instituto nacional de acção social

IPCC Instituições de participação e consulta comunitária

IRN Imposto de reconstrução nacional

ONG Organização não governamental

PEDD Plano estratégico de desenvolvimento do distrito

PRM Polícia da República de Moçambique

PRODER Programa de desenvolvimento rural

PAV Programa alargado de vacinação

SIDA Sidroma de imunodificiência adquirida

SMI Saúde materno infantil

TDM Telecomunicações de Moçambique

TVM Televisão de Moçambique

Administração do Distrito de Gorongosa 5

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

INTRODUÇÃO O presente Plano Distrital de Desenvolvimento é um instrumento que visa orientar o Distrito nas várias componentes sócio-económicas. O mesma assegura o uso racional dos recursos naturais localmente disponíveis e promove o desenvolvimento equilibrado em prol da redução dos índices da pobreza absoluta no Distrito. Ele resulta de um processo participativo que assenta na análise das potencialidades e constrangimentos, na identificação dos objectivos preconizados a serem atingidos numa determinada área geográfica e sectores de actividades sócio-económica com base na realidade do terreno e nas capacidades de implementação existente ao nível do Distrito. Antecedentes Outrora, os Planos de Desenvolvimento do Distrito eram elaborados sem ter em conta a consulta as comunidades, o que significa que eram elaborados Centralmente. De referir que estes Planos não correspondiam muitas vezes com as principais necessidades das comunidades. Razões para planificação estratégica Distrital As razões que levaram a elaboração do plano estratégico deve-se ao interesse do envolvimento das comunidades na definição dos seus reais problemas, preocupações, necessidades e potencialidades para que possam ser realizadas actividades de impacto para o desenvolvimento sustentável das suas regiões. Para tal o Governo Distrital teve iniciativa de elaborar o presente plano através de consulta participativa nas comunidades. Vantagens do Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital As vantagens do Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital são as seguintes:

- Possibilita envolvimento e participação de todos actores na identificação dos principais problemas do Distrito e possíveis soluções;

- Promove um desenvolvimento equilibrado das comunidades; - Possibilita a criação de um instrumento de monitoria e avaliação; - Assegura o uso racional dos recursos materiais, financeiros e humanos localmente disponíveis.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

O PROCESSO DE PLANIFIÇÃO O Distrito de Gorongosa, iniciou o processo de planificação no ano de 1999, nessa altura a equipa técnica de planificação era composta basicamente por membros do governo e o nível de participação era limitado, o que dificultava a recolha de informação ensencial para a elaboração e o erequecimento do plano, perante estas dificuldades, foi elaborado o plano com uma limitada abrangência de informação. Em 2003, com a entrada de novas oriêntações e procedimento de planificação distrital, foi constituida a actual equipa de planificação, composta por oito técnicos, representado diversas instutuições, dirigida pelo Administrador do Distrito. O resultado obtido com o processo, é fruto de um trabalho profundo de levantamento das principais procupações das comunidades, suas potencialidades, definição de estratégias e acções para a melhoria do seu nível de vida. Este processo, foi possível com o uso do Guião introduzido em 2003, que estabelece a constituição e funcionamento das IPPCC’s. O Distrito de Gorongosa têm constituido, 12 fóruns locais, 3 CCPA’s e um CCD constituido por 50 membros representando diversas sensibilidades da população do Distrito, assim como ilustrado no mapa a baixo. Descrição dos principais passos dados na elaboração do PEDD

1. Criação da Equipa Técnica de Planificação do Distrito- 2003. 2. Realização do primeiro treinamento sobre a introdução a Planificação Estratégica- 2003. 3. Criação das IPCCs e recolha de dados- 2004. 4. Realização do segundo treinamento sobre Métodos e Processamento de Dados- 2004. 5. Elaboração do Diagnóstico- 2004. 6. Realização do primeiro CCD para aprovação do Diagnóstico- Fevereiro 2005. 7. Realização do terceiro treinamento sobre Estratégias de Desenvolvimento- Março 2005. 8. Elaboração das Estratégias de Desenvolvimento do Distrito- Abril- Setembro 2005. 9. Realização do segundo CCD para aprovação das Estratégias de Desenvolvimento- Setembro 2005. 10. Realização do quarto treinamento sobre o Plano de Acção- Outubro 2005. 11. Realização do treinamento em matérias de noções básicas de informática- Outubro 2005. 12. Elaboração do Plano de Acção- Outubro 2005 a Fevereiro 2006.

Administração do Distrito de Gorongosa 7

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

A

FL Mangú

36pessoas

FL Dom

ba 39

pessoas

FL Cudzo

30pessoas

FL Canda

47pessoas

11 p. 8 p. 14 p. 7 p.

C.C.P.A Nhamadzi 40 pessoas

C.C.Distrital 50 pessoas

FL Tsiquir 52

pessoas

FL Pungue 40

pessoas

FL Mucodza

52pessoas

C.C.P.A Gor.Sede 38 pessoas

FL Tambarara

25pessoas

7 p. 7 p. 8 p. 8 p.

FL Cavalo

41pessoas

FL Juchengue41

pessoas

FL Piro 22

pessoas

FL C. B

anana41

pessoas

C.C.P.A Vunduzi 40 pessoas

14 p. 5 p. 6 p. 1 p.

10 p.

19 p.

Convidados Permanentes19 pessoas

11 p. 10 p.

dministração do Distrito de Gorongosa

Conselho Consultivo Distrital (1)

C.C. de Posto Administrativo (2)

Fórum Local (7)

Conselho Consultivo Distrital (1)

C.C. de Posto Administrativo (2)

Fórum Local (7)

FL de Mucodza

FL de Canda

FL de Domba

FL de Pungue

FL de Mangu

FL de TambararaFL de Cudzo

FL de Cavalo FL de Casa Banana

FL de Piro

FL de Juchengue

FL de Tsiquir

PNGorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

METODOLOGIA ADOPTADA A planificação participativa foi o princípio adoptado para este processo, que considera de extrema importancia o envolvimento e as contribuições de todos actores de desenvolvimento do Distrito. Este processo de planificação participativa, preconiza a realização de consultas e retorno das informações as comunidades e outras instituições existentes no Distrito, com vista a recolha dos dados para o enriquecimento do processo sobretudo nos problemas e potencialidades, que submete-se ao debate, avaliação e deliberação, resultando na definição das estratégias e acções a realizar. As observações e constatações estão harmonizadas de modo a estarem de acordo com politica Nacional de combate a pobreza e o programa do Governo. Processo de auscultação O processo de consulta pública as comunidades, foi realizado em todas as Localidades e Povoados o que possibilitou uma maior participação dos cidadãos na elaboração deste plano. As comunidades estavam organizadas em Forúns Locais e Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos que analizaram as suas principais preocupações, em cumprimento da lei 8/2003, que estabelece os princípios e normas de organização, competencias e funcionamento dos orgãos locais do Estado reforçando assim o papel do Distrito na Planificação do desenvolvimento económico social e cultural. Aprovação de diferentes fases Está previsto no processo da elaboraçãao do plano Distrital que para cada etapa realizada esta passe por um debate, avaliação e deliberação, pelo Conselho Consultivo e pelo Governo Distrital, visando legitimar e concordar com a abragência do processo. Deste modo, foram realizadas quatro sessões com o objectivo de apreciar, debater e deliberar sobre os conteúdos dos documentos submetidos. Quadro resumo dos encontros do CCD

Aprovação Numero de participantes Nr Objectivo

Sim Não Homens Mulheres H/M 01 Constituição do Conselho Consultivo do

Distrito. X - 51 19 70

02 Debate e deliberaçãao do Diagnóstico. X - 40 13 53 03 Debate e deliberaçãao de Estratégias de

desenvolvimento. X - 31 8 39

04 Debate e deliberação dos projectos SIL-2006.

X - 34 7 41

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

1.0 Características do Distrito

1.1 Situação Geográfica O distrito de Gorongosa, localiza-se no extremo Oeste da província de Sofala, entre os paralelos 18° 45’ e 19° 15’ Sul e entre os meridianos 33° 30’ e 34° 45’ Este. A sede deste distrito fica a cerca de 200 Kilómetros da cidade da Beira. O distrito faz limites, ao Norte com o distrito de Maríngue, ao Sul com o de Nhamatanda, ao Este com os de Cheringoma e Muanza e ao Oeste com a província de Manica, através dos distritos de Macossa e Gondola (ver Mapa 1). A superfície do distrito é de 7.659 Km². Tendo em conta o número da população do distrito segundo as projecções do Censo de 1997 (92.555 habitantes), pode-se concluir que Gorongosa possui uma densidade Populacional de 12 habitantes por Km².

1.2 Enquadramento Regional A cidade da Beira, como o principal centro político e administrativo da Província, desempenha uma importante influência no desenvolvimento do distrito, pois é onde são tomadas as decisões jurídico-administrativas da província e é também por onde se canalizam os investimentos nacionais para o distrito. O distrito de Nhamatanda, é o distrito que fica mais próximo do de Gorongosa, e por sinal, com algumas infra-estruturas de nível relativamente mais avançado, como é o caso do Hospital Rural e a linha féria. O distrito de Maringuè, para além de fazer o limite geográfico com o de Gorongosa, tem fortes relações de trocas comerciais mútuas, e, nesse sentido, Gorongosa tem servido de paragem obrigatória, para os comerciantes ambulantes de Maringuè, quando se deslocam à cidade da Beira, uma vez que, o eixo rodoviário (EN 215), imperiosamente usado para o efeito, atravessa o distrito de Gorongosa. A província de Manica, faz limite geográfico com a de Sofala, através do distrito de Gorongosa, entre outros. A sua vizinhança, mas sobretudo, a sua elevada capacidade de produção agrícola, mantém laços de estreita ligação, não só com Gorongosa, mas com a maior parte da província de Sofala, no que concerne ao abastecimento de cereais , fruta e animais de pequena espécie.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

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Distrito de Gorongosa

Mapa 1: Enquadramento regional

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

1.3 Divisão Administrativa

O distrito de Gorongosa é constituído por 3 Postos Administrativos, nomeadamente, o Posto Administrativo Sede, o Posto Administrativo de Nhamadzi e o Posto Administrativo de Vunduzi, como se pode ver no mapa abaixo .

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

O Posto Administrativo Sede localiza-se ao Sul do distrito e é constituído pelas localidades Sede e Púnguè, fazendo limites geográficos com os distritos de Cheringoma, Muanza e Nhamatanda. Tem uma superfície de 3.247,4 Km² o que representa 42.4 % do território do distrito. O Posto Administrativo de Nhamadzi localiza-se ao Noroeste do distrito, tem uma superfície de 2.447,8 Km², portanto 31.96 % do território do distrito e é constituído pelas localidades Canda e Cudzo. O Posto Administrativo de Vunduzi localiza-se a Nordeste do distrito, é constituído por duas localidade: localidade sede de Vunduzi ( Cavalo) e Casa Banana e tem uma superfície de 1.963,8 Km² ou seja 25.64 % do território do distrito. Ao todo, o distrito possui Sete regulados, sendo eles: Tambarare Canda Nhanguo Sadjungira Sacudzi Chicale Jutchenge

Os regulados estão subdivididos em povoações e estes por sua vez em pequenos territórios velados pelos Fumos os quais formam um sistema de liderança tradicional da população. Quadro 1: Divisão Administrativa

Posto Administrativo Localidade Regulado Tambarara Tambarara Nhanguo

Sede

Pungue Chicale Canda Canda Nhamadze Cudzo Sacudze Cavalo Sadjungira Vunduzi Casa Banana Jutchenge

Fonte: Administração, 2005

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Tabela 1- Superfície do Distrito

Postos Administrativos Extensão (Km²) Percentagem da Superfície Nº de Localidades

Posto Administrativo Sede 3.247,4 42.43 2

Posto Administrativo de Nhamadzi 2.447,8 31.96 2

Posto Administrativo de Vunduzi 1.963,80 25.64 2

Total 7.659 100 6

Fonte: Administração, 2005

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

1.4 Condições fisico - naturais

1.4.1 Clima O clima que predomina no distrito, é o clima tropical seco, modificado pela altitude na parte Oeste do distrito e tropical húmido em toda a região oriental. A pluviosidade é caracterizada por intensas chuvas no período de Novembro a Abril de cada ano. A precipitação media anual varia entre 900 a 2.000 mm anuais. Os ventos mais frequentes são os de sul-noroeste e leste-oeste. 1.4.2 Topografia e Geologia O relevo do Distrito de Gorongosa caracteriza-se por quatro principais acidentes geográficos, como a seguir se descrevem: Serra de Gorongosa; Planalto de Gorongosa-Báruè; A Grande Fenda (Rift Valley); Planalto de Cheringoma.

a) Serra de Gorongosa A Serra de Gorongosa estende-se pela região central da província, á 21 km ao Oeste do Lago Urema. Tem a forma oval, com um comprimento de 30 km desde o Norte até ao Sul e a largura de 20 km. O ponto mais alto da Serra tem a altitude de 1.863 m. A referida montanha fica também nas terras do interior, a 160 km do litoral e a fenda do Rift Valley no mesmo extremo, fica a 120 km da costa. Inclui afloramentos graníticos, floresta tropical e clareiras no alto. A serra de Gorongosa é composta de rochas eruptivas da família de garbos cujo feldspato dominante é plagióclase básica, sienitos e granitos e também rochas metamórficas da série metasedimentar. b) Planalto de Gorongosa - Bárue A área a volta da Serra da Gorongosa é predominada por rochas vulcânicas inselburgs de várias proporções, que constituem o suporte de florestas nas suas bases. O Planalto de Gorongosa é constituído predominantemente pelas rochas sedimentares de grés e conglomerados c) Grande Fenda (O Rift Valley) O fundo do grande vale rift é formado por florestas nas suas zonas arenosas, savanas e pastagens nas zonas argilosas e Lago Urema que é habitat de muitas espécies de animas selvagens. Na região formada pela Grande Fenda, notam-se rochas sedimentares de carácter superior constituído pelas dunas, calcário lacustre, aluvião, coluvião, eluvião arenoso e argilo-arenoso. No lado Norte dessa região, há rochas eruptivas representadas por chaminés vulcânicas de traquito e fonolito

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

d) Planalto de Cheringoma O Planalto de Cheringoma forma o extremo leste da fenda, contendo muitos fósseis nas suas ravinas fundas e extensas com margens penhascosas. Constitui o suporte de bosques de savana e húmidas florestas. A formação geológica mais notável no distrito de Gorongosa é sedimentar de Karoo e formações sedimentares secundário, terciário e quaterinário. A diferença existente é apenas na Serra de Gorongosa onde há rochas intrusivas (rochas básicas e ultrabásicas), havendo também rochas metamórficas (gnisses, migmáticas e charnoguitos). 1.4.3 Solos Do ponto de vista de aptidão agrícola, os solos que cobrem o território de Gorongosa, foram subdivididos em três classes:

1. Solos aptos para a agricultura de sequeiro: São cerca de 626.521,99 hectares de terra, dos quais 13.377,17 hectares com aptidão moderada e 613.144,83 hectares com aptidão marginal.

2. Solos aptos para a agricultura de regadio:

São cerca de 626.521,98 hectares de terra, dos quais:

a) Aptidão excelente

São cerca de 88.173,17 ha de terras que se localizam principalmente no extremo Este, portanto no Posto Administrativo Sede, mais concretamente no limite do distrito com com os distritos de Cheringoma e Muanza. A maior parte desse tipo de solos está no interior do Parque Nacional de Gorongosa.

b) Aptidão boa São cerca de 264.182,39 ha de terra que na sua maioria se localizam no Posto Administrativo Sede mais concretamente na região do PNG e uma pequena porção que se pode encontrar no Posto Administrativo de Vunduzi, na região de Casa Banana, Madibe, Nhamissongora, Tsiquir e a região ao redor da Serra de Gorongosa atingindo assim um pouco pelos três Postos Administrativos. A região de Nhambira até ao limite do distrito com o de Macossa, também possui solos de boa aptidão.

c) Aptidão moderada São cerca de 131.355,05 ha de terra . Podem ser localizados nas regiões de Botho, Bela Vista, Nhandemba, Mucodza e Nhampassa, todos no Posto Administrtivo sede. No Posto Administrativo de Vunduzi, solos com aptidão moderada podem ser localizados nas regiões de Nhanchururu, Nhangeia, Tazaronda, Chionde e a região norte do distrito que faz limite com o distrito de Maríngue. No extremo Nordeste do distrito, portanto dentro do Posto Administrativo de Nhamadzi, podem ser encontrados mas em pequenas porções, solos com aptidão moderada.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

d) Aptidão marginal São cerca de 142.811,38 ha de terra. Localizam-se tanto no Posto Administrativo Sede como no de Nhamadzi, mais concretamente no extremo Sul e Sudoeste do distrito que faz limite com o distrito de Nhamatanda em Sofala e Gondola em Manica.

a) Solos não apropriados para a produção agrícola: São cerca de 52.178,02 ha de terra não apropriadas para a produção agrícoca. Essa extensão de terra representa 7,7% do território do distrito. Localizam-se sobretudo na Serra de Gorongosa e ainda em Bunga e Piro, no Posto Administrativo de Vunduzi. Na região da grande fenda destacam-se os seguintes tipos de solos:

Solos franco-argilosos e arenoso-acastanhados Solos muito pesados de côr cinzenta e negra, malgrenados e de difícil lavoura Solos delgados e pouco profundos, rochosos e que não são aptos para a agricultura

A Serra de Gorongosa é formada pelos solos franco-argilosos e arenoso-avermelhados. A camada superficial de tais solos é bastante leve e susceptível à erosão.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Administração do Distrito de Gorongosa 18

1.4.4

Mapa 3: Solos

Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Hidrografia

Todos os rios que nascem ou atravessam o território de Gorongosa, são cursos de água doce que correm no sentido oeste - Eeste, no Distrito destacam-se os seguintes rios: Rio Púngue

No extremo Sul do distrito, esse rio estabelece o limite natural entre Gorongosa e Gondola em Manica e ainda entre Gorongosa e Nhamatanda, ambos em Sofala, acabando por desagoar na Baía de Sofala. Constitui ao mesmo tempo, um dos limites naturais do Parque Nacional de Gorongosa. O seu caudal está dependente da época do ano(seca ou chuvosa), e e de regime permanente Rio Vunduzi

Nasce na Serra de Gorongosa e desagua no rio Urema, no extremo Este do território de Gorongosa, e de regime periódico. Rio Vanduzi

Parte da Província de Manica, faz o limite natural entre Gorongosa (no Posto Administrativo de Nhamadzi) e Macossa em Manica e desagua no Rio Púngue, no Sul de Gorongosa, o rio e de regime permanente. Rio Nhandue

Serve de uma parte do limite natural entre Gorongosa e Macossa em Manica e depois atravessa os Postos Administrativos Nhamadzi e de Vunduzi até desaguar no Rio Urema, dentro do Parque Nacional de Gorongosa, e de regime permanente. Rio Urema

Faz o limite natural do extremo este do distrito com os distritos de Muanza e Cheringoma e serve em simultâneo de limite leste do Parque Nacional de Gorongosa, e de regime permanente. Lago Urema

É o maior e o principal lago que existe no distrito. Localiza-se na região de Chitengo, próximo do Rio Urema, ainda dentro do Parque Nacional de Gorongosa. É alimentado pelos rios Vunduzi, Urema, Mucodza, Mepuaze, Sungue, entre outros. A importância deste lago para o Parque é grande. Importa aqui recordar que parte da vida animal e vegetal do Parque está intimamente dependente da água disponível nesse lago.

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1.4.5

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Hidro - Geologia

A geologia da Província de Sofala está caracterizada pelos Complexos de base na sua parte ocidental e a bacia sedimentar de Moçambique a Norte do Save para a parte oriental, aquela inclui várias formações. O Distrito de Gorongosa repousa sobre as duas formações seguintes:

Complexo de base Graben de Chire-Urema

a) Complexo de Base

A parte ocidental do Distrito de Gorongosa é caracterizada pelo complexo de base e compreende áreas montanhosas, alti-planaltos e planaltos médios. Nos planaltos as rochas podem estar profundamente meteorizadas, desenvolvendo-se então espessos mantas de alteração se o material solto não foi removido, por processo de erosão. O complexo é formado predominantemente, por rochas granito-graino-migmaticas, alternando-se com metassedimentos e charnoquistos. A precipitação é alta nas áreas montanhosas e média nos planaltos. A recarga dos aquíferos é por isso razoável apesar das condições do solo e do terreno não serem muito favoráveis. Em geral as formações aquíferas do complexo de base são pouco produtivas, descontinuas e de extensão limitada. As suas produtividade dependem, principalmente da espessura e da textura do material que constitui o manto de alteração meteórica. Os aquíferos resultantes são predominantemente lineares e mais ou menos limitados. As dimensões medias das aquíferos são as seguintes: 1 a 2 km de comprimento, 40 a 100 metros de largura e 20 a 40 metros de espessura.

b) Graben do Chire - Urema A parte oriental do Distrito está atravessada pelo afundamento do Chire-Urema (orientado segundo N-S). A precipitação é de mais ou menos 900 mm/ano e as condições de recarga são boas. O afundamento dos vales do Chire-Urema tem uma enchimento aluvionar de mais de 40 m de espessura, próximo de Inhaminga e de mais de 80m, próximo da embocada do rio Pungué. O ocidente, os aluviões essencialmente argilosos e impermeáveis contêm água salubre e repousam directamente sobre os grés da formação de Sena, caracterizados pela sua baixa produtividade. Apenas da margem acidental do afundamento se poderão encontrar aquíferos aluvionares bastante produtivas. Os extensos cones aluvionares que se formaram nos locais em que os rios principais entram na zona do afundamento podem corresponder a zona onde existem boas perspectivas quanto aos caudais e quantidades de água. Os aluviões, nestes locais podem ter textura grosseira e a serem abastecidos por intermédio de águas superficiais

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1.4.6 Flora e Fauna O Distrito de Gorongosa é um dos distritos da província com maior potencial em espécies vegetais e condições para o “habitat” animal. Este é até, um dos motivos mais fortes que ditou a localização do maior parque do país e continua a fazer do território do distrito, um lugar de acentuada exploração madereira. As principais espécies de flora que abundam no território são as que a seguir se mencionam com as respectivas localizações :

- Em cima da Serra de Gorongosa abundam ervas tropicais e nas encostas, a floresta de moimbo com altura não superior a 30 metros e com característica verde durante todo o ano.

- No Parque Nacional de Gorongosa abunda a floresta aberta com árvores altas e despersas e capim

com altura média. Esta é a espécie de flora que ocupa a maior parte do distrito. A fauna bravia compreende os animais de pequeno e grande porte que embora em pequena quantidade, ainda povoam o Parque Nacional e outras regiões do distrito. São eles, os elefantes, hipopótamos, impalas, macacos, rinocerontes-preto, crocodilos, leões, cobras, pivas entre outras aves de rapina. A população animal actual no Parque e no distrito, não é conhecida com precisão, apesar de um inventário faunístico e florestal realizado baseado na contagem de animais e espécies florestais ter acontecido e estar na fase de sistematização dos resultados para a sua publicação oficial.

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1.4.7 Gestão de Terra 1.4.7.1 Uso e Aproveitamento do Solo O território do distrito de Gorongosa tem uma área de aproximadamente 7.659 km2. Uma parte desse território, com incidência para as regiões do sul, sudeste e ainda o extremo nordeste é morfologicamente plano, com níveis freáticos mais altos que noutras regiões, e ainda com ocorrência de mais cursos de água tais como braços dos rios que desaguam a jusante e lagos. A parte Norte do distrito, a zona noroeste e ainda o extremo sudoeste é morfologicamente acidentado tendo o seu pico na Serra de Gorongosa, com mais de 1.863m de altitude. O uso do solo foi nesse sentido condicionado à morfologia do terreno. O território está ocupado tanto com machambas, na sua maioria do sector familiar, florestas, assentamentos humanos e outras formas de uso e aproveitamento do solo que para o presente diagnóstico, são de menor relevância.

a) Zonas cultivadas São áreas de terra cultivadas em sequeiro, na sua maioria pelo sector familiar. São ao todo, 18.434 hectares aproveitadas com diferentes intensidade de cultivo tais como: i) Baixa intensidade de cultivo ( até 5% de utilização real da terra ) São 678 hectares cultivadas com baixa intensidade de cultivo e em sequeiro. Localizam-se principalmente na parte Sul do distrito e ainda um pouco na parte Este diante da Serra de Gorongosa e próximo das localidades de Murombozi, Tazaronda e ainda na Sede do Posto Administrativo de Vunduzi. Uma outra porção de terra cultivada com a mesma intensidade, encontra-se próxima da localidade de Nhamissongora, em ambas as margens da EN 1. II) Regular intensidade de cultivo (até 20% de utilização real da terra) Ocupa uma extensão de 11.748 hectares. Localiza-se principalmente na região próxima da Sede do Posto Administrativo de Canda/Nhamadzi, mais concretamente nas localidades de Canda e e Murobodzi. Também podem ser localizadas em Nhamissongora, Tsiquir, Tazaronda, Nhangeia, Nhanchururu e Piro. III) Média intensidade de cultivo (até 50% de utilização real da terra) São pequenas extensões de terra cuja localização incide sobretudo para as regiões de Nhampassa e Mucodza( nas duas margens da Estrada n° 215 ). Fazem ao todo, 1.178 hectares de área. IV) Alta intensidade de cultivo (até 70% de utilização real da terra) São 4.830 hectares de terra que incidem com maior evidência para a região da Sede do Posto Administrativo Sede, mais concretamente em Madibe, Tsiquir e ainda com menos extensão em Nhamadzi.

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V) Zonas sem cultivos relevantes e sem florestas predominantes Ocupam 388.374 hectares de terreno ou seja 57,22% do território do distrito. Localizam-se em quase todo o distrito, mas sobretudo no limite do distrito de Gorongosa com o de Macossa na província de Manica e ainda próximo da Serra de Gorongosa. b) Zonas Florestais Referem-se a áreas de terreno com solos cobertos pela copa da árvores e outras formas de vegetação. Nesse caso, existem no distrito, 3 tipos de florestas que ao todo cobrem uma área de 154.866 ha, a saber: I) Floresta aberta É a floresta dominada com cobertura vegetal rasteira e árvores altas e dispersas. Ocupa uma extensão de cerca de 136.955 hectares e abunda no Sul do distrito, mais concretamente nas margens do rio Púngùe e Vunduzi. II) Floresta fechada É a formação florestal com cobertura vegetal densa. Ocupa 5.421 hectares e pode ser encontrada em pequenas porções no limite entre o Posto Administrativo de Vunduzi e o distrito de Maríngue, em Nhamadzi, próximo do Nhambana e ainda em Chitengo, dentro do Parque Nacional de Gorongosa. III) Floresta sempre verde Formação Florestal de cobertura vegetal verde durante todo o ano. Ocupa uma extensão de superfície de 12.492 hectares e encontra-se exclusivamente na Serra de Gorongosa.

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1.4.7.2 Sistema de Atribuição de Terras Generalidades Durante o tempo que antecedeu a entrada em vigor da actual Lei de Terras, o uso e aproveitamento de terras nas comunidades locais do interior da Província de Sofala, era gerido por normas costumeiras. As terras do interior (meio rural) pertenciam a um Clã ou Família alargada, a qual era chefiada por um Ancião ou legitimo herdeiro, que ao mesmo tempo, tinha responsabilidades na distribuição, gestão e resolução de conflitos de terras entre os membros do Clã. Dentro de cada Clã, tinha direito de posse de uso e aproveitamento de terras, apenas os Homens. Todos aqueles que eram estranhos ao Clã, podiam obter terras dentro dos latifúndios do Clã mediante uma autorização favorável que recaísse sobre o pedido oficial feito ao Ancião ou Chefe do Clã. Ultimamente, muitas alterações impostas principalmente pelo efeito da guerra modificaram substancialmente essa prática costumeira. Os deslocados de guerra por exemplo, foram afixados em lugares que oferecessem segurança militar, desfazendo muitas vezes os contornos das terras dos Clãs bem como o poder administrativo dos seus Chefes. Os Régulos, que apesar de carecerem enquadramento jurídico na Administração Pública Territorial, desempenham hoje quase que a substituir os Chefes de Clãs, um relevante papel na distribuição de terras e resolução de conflitos dentro das comunidades rurais. A actual Lei de Terras, a Lei 19/97 foi aprovada pela Assembleia da República em 1 de Outubro de 1997. Uma das novidades introduzidas na actual Lei de Terras é o capitulo das comunidades locais, o qual assegura a existência de terras para as comunidades. As famílias camponesas dentro das comunidades que ocupam e exploram terras por 10 ou mais anos, possuem automaticamente o titulo de uso e aproveitamento de terra. Actualmente, as comunidades são envolvidas na gestão dos recursos naturais, através de consultas e participação na definição do modo de maneio. No processo de titulação de terras para as famílias camponesas, as comunidades são consultadas. É no quadro da actual Lei de Terras que as mulheres em pé de igualdade com os homens, estão autorizadas a obterem o título de uso e aproveitamento de terras, assim que necessitem, salientando-se por conseguinte, a questão de género sem qualquer distinção. A Lei das comunidades locais, a ser aprovada futuramente, irá claramente abordar questões exclusivas das comunidades locais. Por enquanto, o Estado protege as terras das comunidades, sem no entanto prejudicar a alocação de investimentos, quer públicos, quer privados que muitas vezes beneficiam as próprias comunidades. Nesse sentido, quando por força maior, as terras das comunidades, devem ser cedidas a um investidor, por razões óbvias, ocorre a justa indemnização à população que naturalmente é imputada ao operador.

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1.5 Características Sócio - Culturais Resumo Histórico Por volta de 1820, aquando das guerras de resistência contra a ocupação Portuguesa em Moçambique, Gorongosa já era considerado como um dos estados poderosos que se tinha fundado no vale do Zambeze, por famílias Luso-afro-indianizadas. Na margem direita do rio Zambeze, importa referir que o Estado de Gorongosa incidia particularmente sobre a região do Báruè. O Estado foi fundado pela família Manuel António de Sousa, provavelmente vinda de Goa, tendo colaborado com Joaquim Carlos Paiva de Andrade, um dos fundadores da Companhia de Moçambique, a principal companhia do referido Estado que se dedicava ao recrutamento de pessoas para a escravatura, para fora de Moçambique. Esta prática terá provavelmente contribuído para o surgimento das constantes guerras de revolta dos nativos contra os escravizadores na região de Gorongosa. Ao longo da guerra de resistência, assistiu-se a incorporação de homens de diversas etnias nos guerreiros de Macombe, os quais, no fim da guerra, se fixaram definitivamente em Gorongosa dando origem a mistura de grupos tribais com consequências directas no surgimento de línguas locais como o caso de Chiduma ou Chigorongoze, que provém da mistura do Sena, Báruè (Shona) e N’dau. Desde os tempos da Companhia de Moçambique (1888), Gorongosa era parte da região do Báruè. Em 1917, a última revolta da população nativa contra o trabalho forçado imposto pela Companhia, mais concretamente na abertura da estrada Macequece-Tete, na cobrança de impostos, entre outros foi prontamente respondida pelos colonizadores estrangeiros. Em 1926, durante a introdução da cultura do algodão em Moçambique, e mais tarde, portanto em 1940, tida como cultura obrigatória, a região de Gorongosa foi submetida ao regime de opressão e do nacionalismo económico, na altura, vigente em Portugal. Os Portugueses quando venceram a referida batalha, optaram estrategicamente em substituir as autoridades tradicionais locais por outras não naturais, para evitar as emergentes ondas de resistência à dominação colonial. A partir da década 70, as vantagens geográficas de Gorongosa, permitiram a FRELIMO, na sua luta de libertação nacional, considerar este distrito, como ponto estratégico de operações militares no eixo Beira-Inhaminga e Beira-Vila Pery (hoje Chimoio). E durante o conflito armado em Moçambique, a RENAMO fixou a sua base militar principal na Casa Banana, em Gorongosa. Hoje, Gorongosa é um distrito rural da Província de Sofala, da categoria de 2ª Classe no quadro da classificação dos distritos do país. A administração do distrito é hoje exercida pela Administração Pública. O poder tradicional representado por Régulos, Chefes de Povoações, Fumos e pessoas influentes no interior do distrito, continuam a colaborar com as autoridades Governamentais na implementação dos programas do Governo. Por outro os Secretários dos Bairros continuam a dar seu maior contributo para a implementação dos programas do Governo. O turismo foi uma das actividades que promoveu o desenvolvimento do distrito com a atracção de turistas ao Parque Nacional. Com a destruição da sua infra-estrutura, o movimento turístico reduziu vertiginosamente. O potencial eco-turístico natural está espalhado pelo distrito inteiro. O Posto

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Administrativo de Nhamadzi possui a Serra de Gorongosa e as cascatas que podem reanimar o turismo no distrito. Dentro do território do Parque, haviam tantas zonas para coutadas de caça e como zona somente para fotografar animais. Na altura, cada cliente obtinha uma licença a qual discriminava o tipo de animal a abater e a pele do mesmo era posteriormente curtida e exportada. 1.5.1 Poder Tradicional O poder tradicional é o sistema e a estrutura administrativa reconhecida pelas comunidades, ao nível local. Essa espécie de poder administrativo data desde a pré-história das sociedades Bantu em Moçambique. O supremo ascende ao poder pelo sistema de sucessão dentro da família real. A hierarquia deste poder compreende no topo, os régulos, depois os Sapandas, e finalmente, os M’fumos. O relacionamento na tomada de decisões entre as estruturas administrativas do distrito e o poder tradicional nota-se sobretudo ao nível das localidades e em seguida, dos postos administrativos porque é a esse nível que a distância entre as estruturas é relativamente menor. O referido relacionamento ocorre por meio de consultas que a Administração local privilegia quando pretende tomar uma determinada decisão num regulado ou ainda ao nível mais desagregado, num território administrado tradicionalmente por Fumos. O relacionamento administrativo com o poder tradicional tem a vantagem de assegurar a participação comunitária nos programas do governo, nos territórios onde o poder tradicional é respeitado. É através dos Regulos e Fumos que se pode realizar um registo populacional bem sucedido e ainda mobilizar a população a participar de forma voluntária e organizada na implementação de um programa governamental que exija a gestão comunitária. Por seu turno, os Régulos, Fumos e Sapandas quando convocados pela Administração local aos vários níveis, participavam na definição de estratégias locais de implementação de determinados programas bem como prestam contas ao Órgão Legislativo Público, os níveis de implementação das orientações e as dificuldades encaradas no processo de execução. Ao nível dos Postos Administrativos do distrito, pode constatar-se que a localização de muitas escolas, postos de saúde e outros equipamentos e infra-estruturas sociais construídos quer pelo governo, quer por parceiros nacionais e estrangeiros é feita após uma prévia consulta aos líderes tradicionais. Na prática, o que está a acontecer é uma coordenação na implementação do programa do governo entre as autoridades administrativas públicas e o poder tradicional local. E essa coordenação tem sido imprescindível na medida em que os níveis de execução do programa governamental são os desejados, isso a partir da avaliação feita tanto pelo governo como pelos líderes tradicionais e a população visada. Ignorar esse tipo de relacionamento para uma região e população longamente administrada pelo poder tradicional, seria pôr de lados os valores culturais, sociais e morais dessa população em tanto que actor do desenvolvimento da região. É bem sabido que durante todo o período colonial e ainda durante o conflito armado em Moçambique, as populações do interior do distrito foram administradas pelo poder tradicional. O poder tradicional, no sentido etnológico da expressão não contradiz com os princípios do

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desenvolvimento económico, social e cultural das populações. Quando correctamente instituído e relacionado com a administração pública, contribui em suma, para a boa governação. O relacionamento que se assiste entre a Administração Local e o poder tradicional no interior do distrito é exemplar e deve ser reforçado para salvaguardar o desenvolvimento do distrito. 1.5.2 Relações Matrimoniais Os casamentos tradicionais até hoje praticados no distrito são do consentimento dos pais dos noivos e ainda dos anciãos dessa localidade. Isso significa que para a rapariga, o bom comportamento no local de residência é indispensável para ser escolhida como futura nora de uma família. É considerado bom comportamento cívico e moral, a participação da moça nos trabalhos agrícolas da sua casa, no trabalhos domésticos e ainda na comunidade. A poligamia é um hábito cultural que ainda é praticado intensamente no interior do distrito. Alguns homens chegam ao ponto de ter mais de 2 esposas. Pratica-se a poligamia com o objectivo principal de uma família gerar mais filhos em pouco tempo, os quais, mais tarde servirão de mão-de-obra dessa família na produção de comida em diferentes machambas, já que na agricultura de tipo itnerante, altos índices de produção são alcançados em extensas áreas de cultivo confundindo-se assim com a grandeza “produtividade”. 1.5.3 A Religião As confissões religiosas registadas oficialmente no distrito são 32.Sendo uma Cátolica Romana, uma Muçulmanae outras 30 são Protestantes. A semelhança da realidade Moçambicana, a religião Católica por ser a mais antiga a ser introduzida no país, é a que mais crentes possui. Por outro lado, o interior do planalto de Moçambique é menos concorrido pelos muçulmanos do que o litoral onde essa religião encontra mais espaço de disseminação. 1.5.4 Expressão Cultural A expressão cultural no distrito é feita de diferentes maneiras desde as danças tradicionais, as canções locais, o artesanato em barro e de palha ou madeira até aos usos e costumes transmitidos de geração em geração, embora nos últimos anos, pouco praticados. Ao nível de todo o distrito, estão inscritos 18 Grupos Culturais Escolares e 3 Grupos Culturais de Bairros Residenciais. Tanto ao nível das escolas como ao nível dos locais de residência, os grupos culturais já mencionados são simultaneamente de música tradicional local de dança e ainda de teatro.

a) Principais Danças As principais danças tradicionais que se exibem durante as ocasiões de festa de realização de uma cerimónia local são as seguintes:

N’ketekete N’jole

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Mapaza Mafúe.

A dança N’ketekete é uma dança que se ensaia para o mero divertimento e muitas vezes se não sempre é praticada para manifestar a satisfação popular por uma campanha agrícola bem sucedida ou para uma cerimónia de lobolo de um/uma Jovem de admirada moral no seio da sua comunidade. A dança N’jole é praticada exclusivamente por senhoras e é apresentada principalmente nas cerimónias entusiásticas tais como, o lobolo, o nascimento de um bebê, etc. A dança Mapaza é Praticada nas festas das comunidades tanto pelos homens como pelas mulheres, simbolizando assim um acontecimento agradável como é o caso de uma boa colheita, uma festa na aldeia, um lobolo etc. A dança Mafúe é esclusivamente praticada para as cerimónias de tristeza ou de adoração como é o caso de falecimentos ou pedido de sorte aos espíritos para acabar com uma epidemia, praga ou seca prolongada.

b) Grupos Culturais São ao todo 21 grupos culturais sendo 18 escolares e 3 de locais de residência. A sede do distrito continua em termos estatísticos a apresentar o maior número de grupos mercê das múltiplas vantagens aí existentes. As escolas apresentam mais grupos culturais do que os locais de residência provavelmente devido a facilidade que se pode encontrar num estabelecimento de ensino em relação a um local de residência. Quase todos os grupos são simultaneamente de Canto e dança com a excepção de alguns que fazem o teatro. O teatro é unicamente feito pelos estabelecimentos de ensino.

Grupo Teatral e de Dança da Escola Secundária Geral Grupo Cultural e Teatral do Colégio Nova Jeruzalém Grupo de Dança da Escola Primária 3 de Fevreiro Grupo Teatral da Escola Primária 1º de Maio Grupo de Teatro e Dança da Escola Primária de Nhamissogore-Rio Grupo de Dança da Escola primária de Nhamissongora-Aldeia Grupo de Canto, Dança e Teatro da Escola Primária de Nhataca Grupo de Dança da Escola Primária de Tsiquir Grupo de Teatro e Dança da Escola Primária de Mucodza Grupo de Teatro e Dança da Escola Primária de Mapombue Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Machisso Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Nhambondo Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Tambarara Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Tazaronda Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Púngue Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Vunduzi Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Nhamadzi Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Muera Grupo de Canto e Dança do Bairro de Madibe

Os instrumentos musicais usados nas danças e canções anteriormente mencionados são todos tradicionais e localmente produzidos. Uns são manualmente tocados e outros são de sopro. Os registos oficiais dão

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conta que o Nhacatangali é um instrumento musical que para produzir o som, é necessário soprá-lo, portanto é uma espécie de flauta tradicional. Os outros instrumentos produzem som a partir de toques manuais. São eles, o batuque, a marimba, a valimba, o bangue e a nhacaembe. 1.5.5 Locais Histórico - Culturais Em Nhamangona, no Posto Administrativo de Vunduzi, existe uma Lagoa chamada Bunga que para além de ter águas quentes, de lá se pode extrair sal (cloreto de sódio). No Púngue, mais concretamente, na região de Bué-Maria existe um poço com água quente. No Posto Administrativo de Nhamadzi existe uma Logoa conhecida pelo nome de Lagoa Madjoca. É uma lagoa cheia de mistérios que vão desde o desaparecimento de todos aqueles que consumirem a sua água até ao surgimento a partir da mesma água, de sinais fenomenais. A Base Nhandonde foi a primeira Base militar da FRELIMO durante a Luta de Libertação Nacional no distrito de Gorongosa. A Serra de Gorongosa foi o local escolhido como sendo seguro para fixar a população local, decisão tomada pelo Macombe ido de Báruè para lutar contra a ocupação colonial em Gorongosa. Nessa altura, Nhamatchete, foi o único indígena que se aliou aos Portugueses por se recusar subordinar-se ao Macombe. A população ficou na Serra durante mais de 3 anos alimentando-se sobretudo de tubérculos e frutos silvestres, localmente conhecidos por:

Matitubundzi Dali Munhanha Nhamufu M’pama Madari.

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2. POPULAÇÃO 2.1 Características da População No processo de planificação para o desenvolvimento de uma determinada região é fundamental conhecer a população que nela vive em termos de quantidade, estrutura e dinâmica. Estes e outros indicadores permitem fazer uma análise do seu crescimento e das suas necessidades em função do espaço e dos recursos disponíveis à sua volta numa determinada época. O grupo étnico local chama-se por magorongoze que provém da fusão do Báruè, Sena, Shona e Ndau, A língua local falada por aquela população é de igual modo chamada por Chigorongozi ou Xiduma. A maioria da população pratica a agricultura tradicional, excepto uma minoria que vive na sede do distrito e ocupa-se nas actividades terceárias sem no entanto deixar de trabalhar a terra. De acordo com as projecções do Recenseamento Geral da População e Habitação de 1997, a população do distrito e estimada em cerca tem 92.555 habitantes. Assim, ele é o 5° distrito mais populoso da Província de Sofala. À semelhança da realidade nacional, a população feminina (51,3%), é a mais numerosa do que a masculina (48,7%) (ver Tabela 2.1). Existem em Gorongosa, 18.511 agregados familiares com um tamanho médio de 5 pessoas. Tabela 2 - População do distrito por sexo e tamanho

População Enumerada

Total % Hom. % Mul. %

Nº de Agregado Familiar

Tomanho Médio

Familiar 92.555 100 45.050 48,8 47.505 51,3 18.511 5

Fonte: II Recenseamento Geral de População e Habitação, 1997. 2.2 Distribuição da População Durante o período de emergência em Moçambique portanto, logo depois da assinatura do Acordo Geral da Paz, alguns inquéritos demográficos foram realizados, com vista a determinar o número aproximadamente exacto da população do distrito, uma vez que o recenseamento anterior da população tinha sido realizado há mais de 10 anos, quer dizer, fornecia informações ultrapassadas e o efeito do conflito armado havia já provocado profundas alterações na dinâmica da população. De acordo com os resultados do censo de 1997, os maiores aglomerados populacionais do Posto Administrativo Sede, são no sentido decrescente, o da Vila Sede, o da localidade de Tambarara e o da localidade de Púngue. O Posto Administrativo de Nhamadzi tem apenas o aglomerado da localidade sede como o principal aglomerado populacional e o Posto Administrativo de Vunduzi também tem apenas o aglomerado da localidade sede como o maior aglomerado populacional do Posto. Em função da divisão administrativa, a sede do distrito é a localidade mais povoada, seguindo o Posto Administrativo do Nhamadzi e finalmente o de Vunduzi. Esta realidade continua a ser favorecida pela oferta de melhores condições de vida, existência de uma importante via de acesso que é a EN 1, e ainda a disponibilidade de equipamentos sociais.

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Tabela 3: Distribuição da população

Posto Administrativo Localidade População População Total Tanbarara 44.537 Sede Pungue 3.208

47.745

Canda 15.505 Nhamadze Cudzo 8.349

23.854

Cavalo 13.621 Vunduzi Casa Banana 7.335

20.956

Total 92.555 Fonte: Administração, 2004 2.3 Crescimento da População A projecção da população ilustrada na tabela abaixo, foi feita para os próximos 5 anos, com efeitos a partir do ano 2005. O objectivo é de estimar o número de habitantes que o distrito terá ao fim dos 5 anos, período de validade deste documento de planificação (2005-2009). O cálculo da projecção da população foi feito a partir do número de habitantes do distrito apurado pelos resultados IIRGPH de 1997 (77.877 habitantes). Assim, no ano 2006, a população será de 94.111 habitantes; no ano 2009 será de 98.848 habitantes e finalmente no ano 2010 será aumentada para 100.455 habitantes (ver Tabela 2.4). Tabela 4: Crescimento da população Projecção da População (Taxa de %) Ano 2005 2006 2007 2008 2009

População 92.555 94.111 97.677 97.255 98.848

Crescimento + 1.556 + 3.122 + 4.700 +6.293

Fonte: Administração, 2005 Na prática, isso significa que ao fim dos primeiros 5 anos de validade deste instrumento de planificação, haverão mais 6.293 pessoas. Em conformidade com o actual tamanho médio de uma família (5 pessoas/família), isso irá significar o surgimento de mais 1.259 agregados familiares que irão precisar de uma reserva espacial de 132 ha para habitação. supondo que cada família irá ocupar um talhão rural de 30m x 35m ( 0,105 ha).

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2.4 Mapa 5: População por Postos

Administrativos

Distrito de Gorongosa

20.072 hab

17.628 hab

40.177 hab

33

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Estrutura da População

A população do distrito de Gorongosa é constituída na sua maioria por crianças e adolescentes que preenchem a faixa etária dos 0 -15 anos de idade com uma população de cerca de 45.677 pessoas, o que representa 49,3% da população do distrito. As outras faixas etárias composts por adultos e idosos correspondem os 50,7%.adultos totalizam 44.497 e total dos idosos é de 2394 que correspondem as seguintes percentagens ; 48,1% e 2,6% respectivamente.(ver tabela 2.6). Tabela 5: Distribuição da população por idade

População Idade Número % Crianças 0-15 45.667 49,3 Adultos 16-64 44.497 48,1 Idosos 65- e mais 2.394 2,6 Total 92.555 100

Fonte: CENSO, 1997 2.5 Comunidades locais Entende-se por uma comunidade, o grupo de individuos que coabitam um determinado espaço de terra e que compartilham os mesmos beneficios e dificuldades. Para simplificar os limites de uma comunidade, em Gorongosa foi considarada por uma comunidade, um regulado. Assim, em Gorngosa existem 8 comunidades. A abordagem de desenvolvimento das comunidades visa permitir a participação das comuidades no seu próprio desenvolvimento em pareceria com o governo distrital e o sector privado. Numa primeira fase, foram já foram realizadas acções do processo de desenvolvimento, desde Julho de 2001, em três comunidades nomeadamente: comunidade de Tambarara, a de Canda e a de Nhambita. O desenvolvimento comunitário prevé a criação de comités de gestão dos recursos naturais, para melhorar o uso e exploração sustentável dos recursos naturais. O comité de gestão e liderado por um representante leito pela comunidade e que e integrado no conselho consultivo do distrito. Característica da Habitação e Modo de Vida da População A maior parte da população do distrito vive com base na agricultura, empregando a mão-de-obra da família. Os rendimentos desse tipo de agricultura servem apenas para a subsistência da família, desde a alimentação, vestuário, assistência medica entre outras necessidades. Para fazer face as demais necessidades, os camponeses trocam uma parte da sua produção em dinheiro ou directamente em produtos industriais. A maior parte da população residente na sede do distrito e proveniente da cidade da Beira ou de outros locais e trabalha na função publica ou noutros sectores da economia. No que concerne a habitação, o que predomina é a construção de casas em forma redonda ou quadrada, com uma superfície mínima de 6 m2 e máxima, a 18 m2 e em ambos os casos, as casas podem ou não possuir varanda.

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O material de construção empregue é o material local. As paredes são construídas normalmente de (paus e bambus), caniço ou bambu, e maticadas de argila previamente identificada para o efeito. O tecto é muitas vezes cónico e coberto de capim, portanto as condições de vida da população são tipicamente rurais, alguns edifícios localizados na sede do distrito, são construídos de material convencional, com áreas de superfície maiores do que as casas anteriormente caracterizadas e muitas vezes destinadas aos serviços sociais, económicos e algumas residências. Estas construções são maioritariamente precárias devido ao material empregue. Em conformidade ainda com o Recenseamento de 1997, cerca de 99,5% da população do distrito vive em habitação particular, 0.45% vive em habitação colectiva e uma minoria muito insignificante não tem habitação. Principais Actividades e fontes de rendimento da população A grande maioria da população pratica a agricultura de subsistência existindo no entanto, um número insignificante da mesma a dedicar-se de outras ocupações, quer dizer, tem emprego formal nas instituições do governo, ONGs, privados ou comércio de pequena escala mas também sem deixar de praticar a actividade agrícola e pecuária. Em geral, estes produtos e animais se destinam ao consumo das famílias e em casos de haver excedentes como nos últimos anos tem acontecido, estes são canalizados à comercialização que em certa medida, constitui desde já, fontes de rendimento da população. Há casos notáveis na Gorongosa de artesãos dedicando-se da feitura de esteiras, peneiras diversas, carpintarias, latoarias que no conjunto, essas actividades são fontes de rendimento da população. Ao longo do inquérito populacional, também foram encontrados outros aspectos particulares de fontes de rendimento vulgarmente conhecido por ganho-ganho. Este princípio assenta-se na base de venda de força de trabalho para a realização duma determinada tarefa concreta e como recompensa ou salário recebe o dinheiro ou produtos previamente concordados entre ambos. Síntese dos Principais Problemas da população Distribuição dispersa da população. Alto índice de crescimento da população(casamentos prematuros e elevada natalidade). Existência de muitas habitações precárias. Existência de muitos desmobilizados e desempregados na idade activa. Alto índice de analfabetismo. População a viver dentro do Parque Nacional Inobservância do ordenamento territorial na vila sede.

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3 DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO 3.1 Agricultura A agricultura constitui a principal actividade económica do distrito de Gorongosa apesar deste ser largamente reconhecido pela existência do Parque Nacional de Gorongosa. O distrito é em geral considerado o celeiro da província de Sofala devido a sua localização geográfica, potencial agro-ecológico, sua importância económica e social em particular. Contudo, o estado actual do desenvolvimento do sector agrícola do distrito está abaixo do seu potencial. 3.1.1 Papel do Sector Familiar O sector familiar joga um papel de relevo na produção agrícola do distrito, na qual a quinta familiar é considerada a unidade base de produção do sector. A quinta familiar é definida, neste caso, como sendo a área total ocupada por um agregado familiar na qual se combinam diferentes sistemas de produção e outras características funcionais (físicas, sociais e económicas). É na quinta familiar onde a família produz os seus produtos básicos alimentares e outros que lhe trazem rendimentos ao longo de cada ano. No distrito de Gorongosa, é constituído por cerca de 15.000 famílias, para uma média estimada de 4.9 pessoas por família, tendo aproximadamente 55% dos seus membros idade superior a 15 anos (Recenseamento geral da População e habitação, 1997). Os camponeses do sector familiar utilizam instrumentos de trabalho de baixo custo como é o caso de enxadas, machados e catanas. A força de trabalho provém da própria família. A produção obtida é na maioria dos casos para o auto consumo, vendendo por vezes os excedentes de produção. As áreas agrícolas são preparadas manualmente e a vegetação é queimada. Em geral não utilizam fertilizantes, nem pesticidas de qualquer espécie a não ser que projectos de desenvolvimento ou empresas privadas fomentem este tipo de práticas . Este sector cultiva em forma de consociações, nas quais os espaçamentos entre culturas e entre linhas nem sempre obedecem as exigências da cultura ou da variedade praticada.

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Quadro 2: Número de famílias assistidas pela rede de extensão

Instituição Localização Numero de famílias assistidas

DDA C.Banana, Vunduzi Sede, Muzuangunguni, Nhauranga, Tazaronda, Nhambua, Nhampassa, Canda, Nhambondo, Nhataca, Madibe, Magoe,

4294

DTM -Tabaco Todo o distrito 1800 C.N.A.-Algodão Todo o distrito 6981 FHI Chionde, Tazaronda, Nhandemba, Tsaca, Tsiqwuir,

Tambarara, Domba, Nhatraca, Machiço, Mataca-Machaua, Mbulaua/Pavoa,Púngue,Ass. De compra e venda de mel, Piro Nfumo Bito, Piro Chibue/Nfumo Tanganda, Piro Nhanemba/Nfumo Langtone,Piro Nhantsange,Murrombozi,Cudzo/Nfumo Sete,Cudzo Barra Botão, Cudzo/Queche,Cudzo/Madeira,Cudzo/Nfumo Doniasse

3716

Fonte: DDA, 2005 3.1.2 Papel do Sector Privado O sector privado joga um papel crucial tanto no processo de produção como no processo de comercialização agrícola. No processo de produção, o sector privado, participa com a pratica de culturas alimentares de rendimento e na área de comercialização, a compra e venda dos excedentes agrícolas. Uma das grandes funções do sector privado é de estabelecer parcerias com os sectores produtivos, principalmente com o sector familiar para garantir o fornecimento de insumos dentro das suas zonas de actuação. Este sector também tem um largo papel no aumento das exportações e no fornecimento de matérias primas à industria. Em Gorongosa, apesar de pouco desenvolvido, o sector privado tem desenvolvido as suas actividades juntamente com o sector familiar, no cultivo e comercialização do algodão, oleaginosas e cereais. Este sector desenvolve também actividades de corte de madeira, produção de mel e carvão, apesar de por vezes não obedecer os princípios de sustentabilidade.

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Quadro 3: Privados que actuam na `area de agricultura

Empresa Área (ha) Produtos Domingos Flávio 100 Horticolas diversaas e milho Barca 350 Horticolas diversaas ,Milho e

Tabaco

Francisco Tomo 35 Milho e Feijão vulgar Tomás Magura 35 Hortícolas,diversas milho

B.Reno e feijão vulgar Faruk 150 Milho e feijão Ramiro 60 Milho e fruteiras diversas Barbito 50 Videiras e batata-reno Total 780 Fonte: DDA, 2005 3.1.3 Uso e aproveitamento da terra A situação agrária do distrito de Gorongosa é caracterizada por três tipos principais de uso e aproveitamento dos recursos de terra, nomeadamente a agricultura, a pecuária e a exploração florestal e faunística. O padrão do uso actual de terra está fortemente relacionado e condicionado a diversidade e distribuição dos recursos de terra em particular do clima, solos, formas de terreno e de outros factores sócio-económicos igualmente importantes, como por exemplo mercados, rede de estradas, acesso, segurança e posse de terra. O distrito possui duas comunidades delimitadas e legalizadas (Canda e Nhambita ) e uma em processo de legalizaçao (Tambarara). O Distrito, possui 675.700 ha, contudo apenas 315.000 ha são aptos para a actividade agro-pecuária (Tabela 4.1), Aproximadamente 125.000 hectares , são aptos para a prática de agricultura de sequeiro com tracção animal, 60 000 ha são aptos para agricultura irrigada. 130.000 ha para Pecuária, fruticultura e exploração florestal. Tabela 6 - Superfícies para os diferentes tipos generalizados de utilização de terra

Superfícies para as diferentes classes de aptidão (ha) Muito apta a apta Moderadamente apta Marginal. apta a não apta

Tipo de Utilização da Terra

Área % área % Área % Agricultura de Sequeiro 8832.7 1.3 118307.1 17.5 218601.6 32.3 Agricultura Irrigada 9053.2 1.4 49691.5 7.3 286996.8 42.4 Agricult. C/ Tracção Animal 9053.2 1.4 118086.7 17.4 218601.6 32.3 Fruticultura 94746.4 14.0 34597.7 5.1 216397.4 31.9 Florestas 94746.4 14.0 32393.4 32.3 218601.6 32.3 Pecuária 94746.4 14.0 34591.4 5.1 216403.6 31.9

Fonte: Mafalacusser e Marques (1999)

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Estes dados mostram que somente 1/3 do distrito é potencial para cada um dos tipos de uso e aproveitamento de terra. De acordo com Mafalacusser e Marques (1999), as principais limitações estão associadas a existência de solos delgados, esqueléticos, cascalhentos e pedregosos, muito pouco profundos (profundidade limitada apenas a 30-40 cm), derivados das rochas acidas. São ainda factores limitantes, a baixa capacidade de retenção de água e a topografia acidentada na maior parte do distrito. Como se pode notar, grande parte da área potencialmente rica para a agricultura ainda não está a sendo explorada. Apesar de somente 30% da área do distrito estar a ser usada actualmente para a prática da agricultura, a pressão sobre os recursos naturais em particular sobre as terras aptas é elevada, principalmente nas áreas localizadas a volta dos principais aglomerados populacionais. Áreas de Cultivo A área média ocupada por cada agregado familiar é de 2.90 ha, mas esta varia com o tamanho da família. Em geral, famílias com menos de 3 pessoas e chefiadas mulheres ocupam em média 1.5 ha, enquanto que famílias com mais de 6 membros e chefiadas por homens ocupam em média 4 ha. 3.1.4 Actividades Agrícolas A actividade agrícola é caracterizada essencialmente pela produção de culturas alimentares, cereais (milho mapira mexoeira e arroz), leguminosas (feijão nhemba, manteiga, boer e feijão vulgar), Raizes e tuberculos (mandioca, batata e inhame) Oleoginosas (gergelim, amendoim e girassol) e de rendimento (Tabaco e algodão). O milho e a mapira ocupam maior percentagem da área cultivada no Distrito.algumas culturas como hortícolas e oleoginosas, sao produzidas em areas muito reduzidas (cerca de 100 m2 em média por família. Em geral, nas zonas altas e intermédias predomina o cultivo em consociações enquanto que na zona baixa, o tipo de cultivo é múltiplo. As consociações dominantes são as seguintes: Condições para o Aumento dos Rendimentos Agrícolas A adopção pelos camponeses do sector familiar de tecnologias melhoradas poderão dar um impulso significativo no aumento produção por hectare. Estas novas tecnologias não irão influenciar em grande medida o aumento das áreas de cultivo, mas estima-se que nos próximos 5 anos haverá um aumento médio de 0.5 ha na área de cultivo. A adopção deste tipo de tecnologia apresenta vantagens para os camponeses por ser de baixo custo e de fácil adopção, apesar de aumentar ligeiramente a carga de trabalho ao agregado familiar, principalmente durante os meses de preparação do terreno (Outubro a Novembro). As tecnologias a adoptar por tipo de cultura são apresentadas á baixo. De notar que algumas variações especificas para cada cultura poderão ser introduzidas.

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Cereais o Uso de sementes apuradas de variedades localmente reprodu o Compasso e densidade adequada o Estabelecer consociação entre um cereal e Leguminosas o Amanhos culturais: sachas, amontoas, desbastes, mondas Leguminosas o Cultivo de leguminosas em particular o feijão nhemba em consociação com o milho o São Sementes de boa qualidade o Consociada com cereais (milho e mapira) com compassos adequado nestas cultura Raízes e Tubérculos o Consolidar a utilização de camalhões o Aperfeiçoar dos campos de multiplicação de transplantes o Utilizar compassos adequados o Introdução de variedades precoces de alto rendimento o Misturar o solo com os restolhos das plantas e de dejectos dos cabritos o Uso esterco animal o Colheita na época própria o Cuidados culturais adequados Oleaginosas o Introduzir rotação de culturas usando leguminosas o Introduzir o compasso apropriado o Período de rotação de 3-4 anos o Identificar o poder germinativo das sementes antes da sementeira o Introduzir sementes de boa qualidade e de variedades produtivas o Colocar 2-3 sementes por covacho segundo o compasso o Incorporar o restolho através cavas o Cumprimento do calendário agrícola o Introdução de técnicas de conservação do solo o Introduzir um sistema de crédito de prensas de óleo nas zonas produtivas o Identificar mercados Conservação e melhoria da fertilidade do solo

o Introduzir camalhão o Cultivar segundo as curvas de nível o Uso de sistema de agricultura de conservação

Tecnologia Pós-Colheita

o Monitorar e avaliar a qualidade dos cereais e produtos químicos aplicados o Definição de Estratégias para a introdução e proliferação a curto prazo dos diferentes celeiros melhorados o Sensibilização dos camponeses através do sistema de comunicação da extensão rural sobre o potencial dos celeiros

melhorados e uso de produtos químicos e de repelentes biológicos (lautana camara, etc.) o Fomentar a utilização de sementes resistentes ao ataque de pragas de armazém o Disponibilizar um meio de transporte para usar na construção de celeiros. o Introduzir um sistema de avaliação periódica dos celeiros construídos localmente usando como avaliadores outros

utilizadores de celeiros com a finalidade de aperfeicoá-los.

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3.1.5 Desenvolvimento Agrário no período 2005-2009 Com a introdução de tecnologias melhoradas na agricultura do sector familiar, a produtividade agrícola por hectar vai aumentar e a carga de trabalho do agregado familiar vai reduzir-se na ordem de cerca de 50%. Durante os meses de lavoura (Outubro e Novembro), a carga de trabalho é 41 a 49 jornadas, enquanto que a carga de trabalho (com tracção animal), no período em que as actividades agrícolas são mínimas (Maio e Junho) é de 3 a 15 jornadas respectivamente. É sabido que 75% do tempo de cultivo dos camponeses no distrito é dedicado a produção de cereais. O desenvolvimento agrário resulta de uso de técnicas e tecnologia melhoradas sustentáveis e de facil adopção e implementação acompanhado de iniciativas /actividades extra agrá rias que cvonstituem alternativas aos camponeses. Assim sendo há a destacar :

Aproveitamento integrado das águas Uso de semente e /ou material vegetativo sã Minimização dos efeitos de erosão Uso de técnicas tendentes a melhorar /manter a fertilidade dos solos Melhorias das vias de acesso Diminuição das perdas pós colheita Uso de tecnologia que exige esforço humano

3.2 Pecuária O efectivo pecuário no distrito é caracterizado por espécies como: galinhas, patos, gado caprino e suíno, pombos, bovinos, e periquitos (porco da Índia). O número de cabeças de cabritos está a aumentar mercê ao programa de repovoamento pecuário. Um arrolamento realizado em 2003 no distrito mostrava que o efectivo de gado caprino é de aproximadamente 14855 cabeças. Este mesmo arrolamento mostrava também que o efectivo de porcos reduziu drasticamente de aproximadamente 18943 efectivos em 2001 para aproximadamente 16915 efectivos em 2003 devido a ocorrência da peste suína africana que dizimou a maior parte dos suínos. O efectivo do gado bovino aumentou nos últimos 4 anos em 96 cabeças em 2005 para cerca de 345 em 2003. Em 1997 foram introduzidas cerca de 40 cabeças de gado bovino pelo PRODER. Doze machos foram atribuídos a algumas famílias para serem usados como experiência piloto em tracção animal. Os restantes animais serviram para o fomento pecuário. Nesta área, a relação touro-vaca é de aproximadamente 1 para 7. Tabela 7: Estimativa de efectivos pecuários em 2003

Pecuária Efectivos No. Famílias Gado Bovino 345 21 Gado Suíno 16915 10990

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Gado Caprino 14855 3282 Galináceos 38257 13049 Patos 9382 2400 Perús 460 75

Fonte: DDA, 2004 Grande parte destes animais, principalmente cabritos, suínos e galinhas são usados como fonte de obtenção de rendimentos. Em geral, as famílias destas áreas consomem estes durante as cerimonias e outras celebrações. Uma família possui em media 1 cabrito e 2 porcos. 3.2.1 Potencial Pecuário A área potencial para a produção pecuária no distrito é de aproximadamente 129.337.8 ha. Este potencial só tem significado se for conhecida a capacidade de carga animal. A capacidade de carga é definida como sendo o número de animais que uma área de pastagem pode suportar. Esta depende essencialmente da existência de água, árvores, arbustos e gramíneas, da percentagem anual de utilização da matéria seca e da capacidade de consumo alimentar de um animal. A capacidade de carga animal para o gado bovino foi calculada por Timberlake e Reddy (1986) para algumas regiões do país, incluindo a área norte da Província de Sofala, desde Gorongosa até Caia tendo em conta a produtividade primária das áreas de pastagem, densidade de cobertura de árvores e arbustos, percentagem de uso e quantidade de matéria seca consumida por cabeça de gado.

Tabela 8: Capacidade de carga animal para o distrito de Gorongosa

Tipo de Arrolamento Capacidade de carga estimada ha Bovino 4.8

Caprino/ovino 0.9

Suíno 1.6

Fonte : DDA, 2004

Tomado em conta a capacidade de carga estimada e o potencial pecuário do distrito, nota-se que este pode suportar aproximadamente 27.000 cabeças de gado bovino, 143.700 cabritos/ovinos e 80.830 cabeças de gado suíno em pastagens naturais. 3.2.2 Desenvolvimento Pecuário no período 2005-2009 Desde 2005, nota-se no Distrito um significativo aumento de efectivos animais, tanto pelo crescimento natural, assim como através do fomento pecuário, que permitiu a introdução de cerca de 117 cabeças de gado bovino, 953 caprinos e 120 perús, programa que vai continuar nos próximos anos. O aumento do número de suínos está condicionada ao combate de doenças como é o caso da peste suína africana e em relação às aves, ao combate da Newcastle, programa de profilaxia em curso com fundo do estado e de OG e ONG’s .

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3.3 Floresta e fauna bravia As unidades fisiográficas, associadas ao relevo influenciam a distribuição dos recursos florestais e faunísticos. Deste modo, a distribuição da vegetação também segue o mesmo padrão. 3.3.1 Floresta De acordo com Tinley (1994), a vegetação da serra de Gorongosa é dominada pelas espécies características de floresta montanhosa (rain forest) como Podocarpus milanjianus, Rapanea melanophloeos, Xymalos monospora, Schefflera abyssinica, Kggelaria africana, Macaranga capensis, Aphloia theiformis, Garcinia milanjiensis, Pittosporum viridiflorum, Syzygium musukuense e Ocotea kenyensis. As espécies que ocorrem no cume do maciço são típicas de uma savana arbustiva dominadas Danthonia davyi, Festuca costata, Ischaemum arcuatum, Koeleria capensis, Eragrotis volkensii, Andropogon flabellifer, Panicum ecklonii, P. lukwangulense, P. inequilatrum. De acordo com Tinley (1994), nas zonas em que se encontram simultaneamente ervas e arbustos, existem 34 famílias representadas por mais de 100 espécies maioritariamente dominadas pelas grupos de Helichrysum e Senecio e em menor escala, os grupos de Eriosema e Indigofera. Na plataforma planáltica, a vegetação dominante é do tipo “Miombo” (bosque fechado) com árvores atingindo a altura de 20 ou mesmo 25 m. A Tabela 9.1, 9.2 e 9.3, apresentam as espécies dominantes nesta unidade fisiográfica incluindo a sua principal utilização na zona. TABELA 9.1: ESPÉCIES FLORESTAIS DOMINANTES NO PLANALTO EM GORONGOSA

Nome Local Nome Cientifico Utilização Mussassa Brachystegia spiciformi Madeira e Lenha Mufuti Brachystegia boehmii Carvão Mussussu Terminalia sp. Lenha, Planta medicinal Chiwanga Pterocarpus brennani Carvão Missanda Euythrophleum africanu Lenha e Carvão Msimbe Burkea africana Shimanga Pericopsis angolensis Planta medicinal Munjonjoto Amblygonocarpus andogensi Planta medicinal Ntoto Pseudolanchnostylis maprouneifolia Lenha Missingeri Oxytenanthera abyssinica Umbila Pterocarpus angolenses Madeira Mulembe Julbernardia globiflora Lenha

Fonte: Tello (1994); Howell and Convery (1997) TABELA 9.2: ESPÉCIES FLORESTAIS DOMINANTES NOS SOLOS DE TEXTURA GROSSEIRA AO LONGO DO LEITO DOS RIOS EM GORONGOSA

Nome Local Nome Cientifico Utilização Mutamote Newtonia hildebrandtii Xylia torreana, Umbila Pterocarpus angolensis Madeira Munguege Guibourtia conjugata Mengolosi/mongolosi/mungoreza Pteleopsis myrtifolia

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M’paupera Rutanda Balanites maughamii Panga-Panga Millettia stuhlmannii Madeira Muconde Euphorbia halipedicola Nakapakapa (Macua) Euphorbia lividflora Ngololo Acacia welwitschii Mucuio Ficus sp Titiracuchene/titirambango Erythrina lisistemon Aloe bainesii Gyrocarpus americana Mupgápua Exoecaria bussei Mutunguro Inhambanella henriquesii Paropsia scheliebeniana

TABELA 9.3: ESPÉCIES FLORESTAIS DOMINANTES NOS SOLOS DE TEXTURA MÉDIA AO LONGO DO LEITO EM GORONGOSA.

Nome Local Nome Cientifico Utilização Acacia albida Konconga Acacia xanthophloea, Cananga Acacia nigrescens Mupereca Acacia robusta Muçaqueça Piliostigma, thonningi Lenha Kigelia pinnata Mefula Sclerocarya caffra Madeira Adansonia digitata Coma Hyphaene benguellensis Borassus aethiopicum Mepacassa/mupanda Lonchocarpus capassa Nhangare Combretum imberbe Fiti Combretum fragrans Carvão, lenha Munanga Acacia sieberiana Tsene Acacia galpinii Mutundurulo Albizia versicolor Mushikiri/m’equire Trichilia emetica Mukuo/Mushamvu Ficus spp. Grudja/mobola/mussorola Albizinia harveyei

3.3.1.1 Exploração dos Recursos Florestais No distrito existe apenas uma consecção florestal na localidade de Púngue. As espécies madeireiras mais extraídas por ordem decrescente são Umbila (Pterocarpus angolensis), Chanfuta (Afzelia quansensis), Panga-panga (Milletia stulmani), Mefula (Schrocaya caffra), Umbua (Khaya nyasica), Mussassa (Brachystegia spiciformis), Muimba. A Tabela 12 mostra os volumes extraídos nos últimos 4 anos. Tabela 10: Espécies madeireiras exploradas

Espécies 2000 2001 2002 2003 Total/m3 Umbila 50 104.794 175.000 7.568.286 Panga Panga 167 133.276 174.004 418.747 Chanfuta 546 57.250 116.165 508.913 Mefula - - - 344.281 Mussassa - 149.350 274.972 250 138.680

Minangar 150 108.397 - 11.751 Umbaua 97 - - 50 327.201 Total 1010 553.067 740.141 300 9.567.859

Fonte: DDA, 2004

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Cerca 9.567.859de de madeira foram extraídos no distrito nos últimos 4 anos, dos quais cerca de 12,6 % são de Umbila. Com a introdução da nova Lei de Floresta e Fauna Bravia, foram introduzidas formas de maneio sustentável com envolvimento da comunidade. Tendo sido formados 3 comités de gestão dos recursos naturais: Canda, Tambarara e Nhambita. A produção de carvão tende a aumentar nos últimos anos devido ao aumento de procura deste produto no distrito como nas zonas urbanas particularmente na cidade da Beira. As zonas urbanas depende largamente desta fonte de energia devido ao aumento dos preços de gás e electricidade. A produção de lenha também aumentou visto que o consumo desta é muito elevado nas zonas rurais da Província de Sofala onde 98% da população rural usa-a como a sua fonte primária de energia. Em geral esta actividade é desenvolvida pelas mulheres. lenha é apanhada no solo como por vezes cortadas nas arvores, enquanto que o carvão é produzido a partir de resíduos das árvores ou mesmo a partir do corte de arvores com alto valor calorífico. Considerando os volumes actuais de corte de árvores para a produção de carvão, torna-se necessário controlar esta actividade e nalguns casos interromper temporariamente. As espécies usadas tanto para a produção de carvão como para lenha são a Chiwanga (Periscopsis angolensis), Fiti (Cobretum fragrans), M’futi (Brachystegia boehmii) e a Missanda (Erythrophleum lasanthum). Enquanto a Muçaqueça (Piliostigma thonningii), Panga-panga (Millettia stuhlmannii), M’goa (Acácia goetzei), Psototo (Lannea stuhlmanni), Mussassue (Prodenea brycei) e Missanda (Erythrophleum lasianthum) são somente usadas para lenha. 3.3.2 Fauna O Distrito de Gorongosa é maioritariamente conhecido pela existência do Parque nacional de Gorongosa (PNG). O PNG é a maior área de conservação faunística de Moçambique ocupando uma área de 227 252 ha, que representa percentagem da área do distrito. Apesar de ter ocorrido uma drástica redução no efectivo de animais selvagens em consequência da guerra civil (1976-1992), Tinley (1994), identificou aproximadamente cerca de 500 espécies de pássaros diferentes, 25 ungulatos selvagens e um grande número de répteis, sapos, antílopes, leões e outros animais. Para além do Parque Nacional, existem ainda outras áreas de conservação da fauna bravia, nomeadamente: 3.3.3 O papel do sector no combate ao HIV/SIDA A agricultura e a principal base de sustento da maior parte da população do distrito. Assim, o sector na suas actividades de difusão de mensagens sobre as tecnologias agrícolas, através da extensão rural, tem privilegiado, a sensibilização dos camponeses para a prevenção do HIV/SIDA, e a pratica de culturas que contribuem para o reforço da capacidade imunologica do organismo. A mulher é privilegiada nestas acções, pois ela e a principal mão de obra para os campos da família no processo de producao para garantia da segurança alimentar.

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3.3.4 Principais problemas e oportunidades do sector Limitações As principais limitações que dificultam o desenvolvimento agrário no distrito de Gorongosa são os seguintes: a) Agricultura Utilização por parte dos camponeses, de tecnologias não recomendáveis tecnicamente (elevado

número de sementes por covacho, espaçamento entre culturas inapropriado, etc.) no processo produtivo; Fraca diversidade de culturas alimentares. A maioria dos camponeses cultiva cereais em mais de 85%

das suas terras; Défice em sementes, principalmente sementes melhoradas e resistentes a pragas e doenças Ausência de um sistema eficaz de insumos agrícolas; Elevado índice de erosão;

b) Pecuária insuficiência de infra-estruturas como mangas de tratamento e de tanques carracicídas e matadouro. Deficiente cobertura sanitária para a prevenção e o controle de doenças; Fraco conhecimento de técnicas de maneio reprodutivo e sanitário por parte dos criadores; Exiguidade de recursos humanos e materiais e drogas ; Fraca capacidade de abrangência dos Serviços Públicos de Pecuária;

c) Floresta e Fauna Bravia

Escassez de meios humanos e materiais para o a fiscalização das actividades dos madeireiros; Não reflorestamento das áreas de maior intensidade de corte; Fraco aproveitamento dos recursos existentes na sua área, porque toda a madeira extraída é

levada para fora do distrito; Não existe uma Serração madereira; Elevado índice de caça furtiva Elevado índice de queimadas descontroladas.

Oportunidades Os factores que podem favorecer a produção agrícola no distrito são os seguintes:

a) Agricultura

Existência de 127.039 ha de terras aptas para a prática de agricultura de sequeiro ou para a pratica de agricultura de sequeiro com tracção animal; Potencial de 58.774 ha de terras aptas para agricultura irrigada; Potencial de 129.341 ha para a prática de fruticultura;

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Existência de Parceiros como o PRODER-GTZ, FHI, GPZ e Programa de Acção Nacional (PAN)

que apoam a DDA á melhorar a sua capacidade de intervenção e junto dos camponeses; Existência do PROAGRI que disponibiliza meios humanos, materiais e financeiros; Existência de experiências positivas de trabalho por parte da extensão agrária da DDADR, e FHI

com grupos de camponeses, as quais podem ser multiplicadas; Interesse do sector privado em investir na produção agrícola;

b) Pecuária

Existência de 129.337 ha de terras aptas para a pecuária; Existência de um pontencial pecuário ( capacidade para suportar 27.000 cabeças de gado bovino,

ou 143.700 cabritos/ovinos, ou ainda 80.830 suínos); Elevado interesse das populações em possuírem gado bovino, caprino e suíno e galináceos; Existência de um mercado com grandes necessidades de carne, leite e ovos; Existência de grupos comunitários, o que facilita as acções de vacinação e de tratamento de

doenças; Existência de programas de fomento e repovoamento pecuário

c) Florestas e Fauna Bravia

Existência de 485.000 ha de áreas de conservação florestal; Existência de um potencial de 127.139 ha de terras aptas para florestas; Existência da componente de Floresta e Fauna Bravia do PROAGRI que vai permitir uma maior

descentralização na gestão dos recursos florestais e faunísticos; Existência de uma unidade de Maneio da Zona Tampão; Existência de um plano operacional do Parque Nacional de Gorongosa, o maior parque nacional

do pais; A aprovação da Nova Lei Florestas e Fauna Bravia constitui um importante marco na

administração florestal e faunística do país; Existência de iniciativas para o envolvimento da comunidade na gestão dos recursos naturais da

áreas; Existência de experiências sobre o maneio comunitárioe Comités de gestão de recursos Naturais

no Distrito a semelhança do que acontece noutras zonas do país .Crescente interesse das instituições privadas em investir nas actividades florestais e faunísticas no distrito;

3.3.5 Experiência Desenvolvida na Apicultura no Combate ao Desflorestamento Intensivo Para reduzir o abate de árvores afim de aproveitar o curtiço para a produção tradicional do mel foi introduzido em 1999 um programa de produção de mel com colmeias modernas. Por outro lado, este programa visa combater as queimadas descontroladas. Até Dezembro de 2004, 1300 apicultores foram treinados dos quais 150 equipados tendo produzido 1100 Kg de mel de qualidade o qual foi totalmente comercializado Este programa tem duas componentes:

Treinamento de apicultores em técnicas modernas

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Fornecimento de colmeias melhoradas, equipamento de trabalho São resultados do programa: Diminuir o abate maciço de árvores para o aproveitamento do curtiço Desenvolver a apicultura moderna Aumentar a renda familiar

3.3.6 Tipos de calamidades No distrito ocorrem três tipos de calamidades:

Seca Erosão Cheias

As zonas propensas a ocorrencia deste tipo de calamidades são : Seca ocorre nas localidades de Cudzo,Muera no Posto Administrativo de Nhamadzi e Casa-

Banana , Piro e Zualamambo no posto Administrativo de Vunduzi. Erosão ocorre na Vila Sede , Tsiquir vunduzi , Muera e Cudzo

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3.4 Indústria 3.4.1 Política do Sector da Indústria

A Política Nacional do Sector atribui à indústria, o papel de impulsionador da economia, tendo em conta as ligações que ela mantém com os outros sectores de produção, particularmente com a agricultura da qual recebe e transforma materia prima, produtos basicos e intermediarios, recursos energeticos, etc por seu turno fornece a esses sectores, factores de produção que asseguram o aumento da produção e produtividade. A política industrial orienta-se pelos seguintes princípios gerais: a) Em conformidade com as grandes opções de política económica do País b) A definição da indústria como uma actividade essencialmente privada c) A necessidade de reabilitação do parque industrial com vista a sua modernização d) O desenvolvimento equilibrado do território nacional e) O respeito pela preservação do meio ambiente e conservação dos recursos naturais f) O desenvolvimento do capital human 3.4.2 Situação Actual da Indústria no Distrito No Distrito existem industria de transformação dos sereais em farinha ( Moageira da 3ª classe) totalizando 79 moagens distribuida da seguinte maneira:

58 na sede, 9 no vunduzi e 13 em Nhamadzi. Destas 73 estão operacionais e 6 avariadas. A maior parte das moageiras estão localizadas na vila sede e funcionam a diesel. Deste modo os custos de produção são elevados, devido ao contínuo crescimento dos preços dos combustíveis, sendo este peso suportado pelos clientes. É de destacar e existencia de grande moageira industrial adjudicada a uma empresa “AGRO COMERCIALIZAÇÃO BARCA & FILHOS” que esta em reabilitação do equipamento, futuramente dedicar–se–a a produção de farinha e racção para os animais. Há também 33 padarias; 32 informais ou caseiras e uma formal. As caseiras normalmente empregam 2 trabalhdores na maioria familiares, e a formal neste momento emprega 3 Trabalhadores neste actividade. Em termos de carpinteria existe 1 a funcionar na missão Cristo Rei e 8 pequenas localizadas nos bairros de Matucudur, Tsuasicana e Nhambondo, assim como nos outros bairros. Exite uma pequena oficina para colagem de pneus de viaturas, Motos e bicicletas, localizada na vila sede empregando 3 trabalhdores.Há uma latoaria que se dedica na produição de panelas, copos,regadores e outros utensilio produzidos com base de chapa de zinco; uma alfataria e duas cabelarias com 3 trabalhadores que se dedica ao trabalho de custura e tratamento de cabelos para senhoras, enfrentando problemas sérios na aquisição de material. A Administração do Distrito tem uma oficina na Vila Sede. Não funciona há longa data por falta de meios de vária ordem. Servia para fazer a manutenção dos meios de transporte e do gerador da instituição.

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Algumas instituições que possuem viaturas tem na melhor das hipótses, um amador de mecânica com alguma ferramenta para fazer possíveis reparações. Na sede do distrito e sobretudo ao longo da EN1 estão a surgir pequenas oficinas de reparação de bicicletas e motorizadas. A Missão Cristo Rei na sede do distrito tem uma pequena serração em funcionamento, virada para os trabalhos da própria instituição. Também existe um pouco por todo o lado, pequenos carpinteiros que com muito sacrifício na procura de madeira, produzem cadeiras, bancos e mesas. É que no distrito inteiro não existe nenhuma serração apesar de haver corte de madeira em touro. Há também alfaiates em número muito reduzido e com pouca procura provavelmente porque os mercados vendem roupa já confeccionada. 3.4.3 O Papel do Estado Compete ao Estado, orientar e regular o crescimento da indústria e criar condições para a dinamização da actividade industrial. A intervenção do Estado é feita através de:

Estabelecimento da política industrial; Criação de um ambiente económico que facilite o investimento e a produção; Implementação de um sistema de incentivos à actividade económica; Investimento complementar (na formação, infra-estruturas e serviços de apoio à indústria).

Por outro lado, o Estado deverá agir como um investidor, sempre que se trate de investimentos complementares, entendidos como aqueles que criam condições para a viabilização das novas oportunidades industriais ou então que constituem um factor de encorajamento para o investimento privado. 3.4.4 O Papel do Sector Privado Compete ao sector privado assumir um papel importante no investimento e na produção industrial. O investimento privado é importante nos seguintes aspectos:

Na implementação da Política industrial Na mobilização dos recursos financeiros Na promoção do desenvolvimento tecnológico e da capacidade de gestão No acesso aos mercados externos No desenvolvimento de oportunidades de criação de unidades industriais

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Tabela 11: Localização das moagens

Postos Administrativos Localidade Nº de Moageiras Estado

Matucudur 5 3 Operaciona e 2 inop. Tsuassicana 4 Operacional Aeródromo 3 2 Operacional e 1 inop.

Machiço 3 Operacional Magoé 2 Operacional Tsiquir 3 Operacional Madibe 3 Operacional 1 inop.

Magalhães 2 1 Operacional Pavoa 2 Operacional

Púngue 3 Operacional Nhataca 4 2 Operacional e 2 inop.

Mapombué 3 Operacional Nhandar/Manguo 2 Operacional MatacaMachava 3 Operacional MadziMachena 3 Operacional Nhamissongora 2 Operacional

Nhataca II 2 Operacional Tambarara 1 Operacional

Egipto 2 Operacional Munhanganha 1 Operacional

Mbulaua 2 Operacional

Posto Administrativo Sede

Mucodza 3 Operacional Sub total 58

Murrombozi 2 Operacional Manguo 1 Operacional

EP1 25 de Sewtembro

1 Operacional

Baramanza 1 Operacional Canda Sede 1 Operacional

Muera 1 Operacional Nharirosa 1 Operacional

Cudzo 2 Operacional Nhabirira 1 Operacional

Posto Administrativo de Nhamadzi

Maruro 1 Operacional Sub total 12

Piro 1 Operacional Casa Banana 1 Operacional

Musiuangunguni 2 Operacional Cavalo 2 Operacional

Zualamambo 1 Chionde 1

Posto Administrativo de Vunduzi

Zuchenge 1 Sub total 09 TOTAL 79 Operacionais

Fonte: DDICT, 2005

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Há 3 prensas manuais de extracção de óleo alimentar. Foram cedidas pelo PRODER no âmbito de criação de grupos de geração de rendimentos. O girassol, matéria prima para o fabrico do óleo é produzido localmente. 1 litro de óleo produzido nesses moldes custa 15.000,00 MT. Na vila sede, existem 33 padarias, sendo 1 formal e 32 informais. O pão produzido é de baixa qualidade. A farinha de trigo utilizada na panificação é comprada na Beira ou no Chimoio, entretanto com a reabilitação da EN 1, alguns comerciantes já começam a fornecer esse produto no mercado local. Os serviços de hotelaria e similares são assegurados por informais na maior parte que exploram cerca de 21 quiosques, que para além de venderem bebidas, confeccionam refeições e possuem quartos para hospedagem, é de salientar que os edifícios onde funcionam são de material não convencional, existido somente um estabelecimento formal que possui 12 quartos com 36 camas, duas salas de refeições e uma sala de conferências. 3.4.5 Principais limitações do Sector Industrial:

Deficiente manutenção das vias terceárias de acesso no Distrito; Fraco poder de compra a nivel do distrito; Descapitalização dos semi-industriais locais; Ineficiente capacidade de gestão ao nível das instituições publica, sector privado; Pratica de preços exorbitantes no mercado local; Desconhecimento da politica de insentivos e de garantias para o ramo industrial, bem assim do

mercado financeiro e suas normas; Desconhecimento do mercado financeiro, bem com as suas regras e normas;

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3.5 Comércio

3.5.1 Política do sector

A Política do Sector do Comércio preconiza uma série de objectivos em cada sub- sector, como a seguir se apresentam:

a) No sub - sector do comércio interno

Contribuir para o crescimento da produção agrícola e industrial. Promover o estabelecimento de uma rede comercial e de armazenamento. Organizar e disciplinar o sector informal do comércio.

b) No sub - sector do comércio externo

Promover o aumento e diversificação das exportações. Garantir o aprovisionamento em matérias e equipamento para impulsionar a produção. Melhorar a gestão aumentando a oferta em quantidade e qualidade, diversidade, condições de

entrega e preços competitivos. Contribuir para a integração económica da região e aproveitar sinergias para potenciar os

benefícios do comércio internacional para a região. 3.5.2 Situação Actual do Comércio no distrito

Existe no distrito, o comercio formal e informal, havendo mais bancas fixas em relação ao formal que tem apenas 6 estabelecimentos comerciais que funcionam na sede do distrito. O sector formal na área de comercio. Em termos de comercio informal caracterizado por barracas e bancas que se dedica a venda de vários produitos básicos para o consumo, no presente momento á luz do novo regulamento de actividade comercial e de acordo com o decreto /nº 49/2004 de 17 de Novembro do mesmo ano, já se iniciou o processo de licenciamento comercial de todo tipo destes estabelecimentos para a sua formalização, a limitada capacidade de gestão por parte dos operadores economicos é um dos principais entraves ao desenvolvimento da actividade. Existem duas cantinas, um no posto administrativo de Nhamadzi e outra no posto administrativo Vunduzi, reabilitadas com os fundos do FARE, dos sete beneficiários que o Distrito possui. O processo de concessão do crédito iniciou no ano de 1999, estas cantinas vão beneficiar muitas familias circunvizinhas na comercialização agricola, que é assegurada ultimamente praticada por operadores informais.

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3.5.3 Comercialização Agrícola No passado, o milho e a mapira eram vendidos em grandes quantidades a moageira local e ao armazém do Instituto de Cereais. Actualmente como nem uma nem outra instituição funcionam, a comercialização é feita entre o camponês e o interessado, nos postos de comercialização estabelecidos para o efeito. O grande constrangimento que tem surgido nestes locais, é a disparidade no estabelecimento de um preço justo, pois na maior parte dos casos é considerado como sendo baixo alegadamente porque o mesmo é fixado pelos compradores. A solução para este facto passa pelo aumento da renda familiar com a prática de actividades de geração de rendimentos para assegurar que os cereais sejam vendidos numa altura apropriada onde o preço possa ser justo. a) Médias e Grandes Empresas A pedreira de Canda, no Posto Administrativo de Nhamadzi, Foi explorada em 1976 á 1979 pela JOTA QUEDES e a GRINEKER para a construção da estrada nº 1 do troço Save ao rio Zambeze. A MBL, é uma empresa de corte de madeira a operar no Posto sede onde ocupa uma área de cerca de 36.565.625 ha que vai da entrada do Pavoa até ao rio Púngue e da EN 1 até a Mbulaua. Toda a madeira cortada é processada na Beira, pois esta empresa não possui uma serração no local. Dos 55 estabelecimentos que a rede comercial tinha antes da guerra civil, actualmente apenas 13 escaparam da destruição e destas 6 lojas funcionam e 7 estão paralisadas. Há um armazém do ICM em boas condições mas que não está a ser explorado. 3.5.4 Principais Problemas do Sector:

Descapitalização dos comerciantes locais Dificuldade de acesso ao crédito Fraca frota de transportes para o interior do distrito Más condições das estradas secundárias e terceárias Paralização do armazém do Instituto de Cereais Mau estado de conservação das lojas em funcionamento. Fraco conhecimento da legislação comercial por parte dos agentes económicos.

3.5.5 Perspectivas do sector Para além das unidades industriais existentes, bem como estabelecimentos comerciais e da industria hoteleira e similares que já existem , o Distrito perspectiva expandir estes serviços aos lugares ainda não cobertos.

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Assim, os operadoeres que quiserem se instalar no Distrito e que mostrem capacidade, poderam ser encaminhados para o Posto Administrativo Sede, Vunduzi 6 unidades, abarcando os Bairros mais reconditos e para o Posto Administrativo de Nhamadzi. Pensa-se de acordo com as capacidades de exploração e necessidades em madeira, que se instale uma ou duas serrações para fazer face á procura deste produto no distrito. Quadro 4: Localização das carpintarias Posto administrativo Localidade povoação Carpintarias Obs.

Matucudur 1

Sede Tambarara Nhauranga

1

Canda Canda 1 Nhamadzi

Cudzo Sacudzo 1

Casa Banana

1 1

Vunduzi Casa Banana

Piro 1 Total 7

Fonte: DDICT, 2005 Estabelecimentos Comerciais ou Cantinas Rurais Pensa–se em estender para todas as zonas do distrito a construção de cantinas rurais para facilitar as populações no abastecimento de produtos da 1ª necessidade bem como, em todos outros bens de uso corrente. Posto Administrativo Sede Bairros Tsiquir Nhanchururu Púngue-localidade Sede Posto Administrativo de Nhamadzi Canda sede Nhanguco Sacudze na localidade de Cudzo

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Posto Administrativo de Vunduzi Cavalo Casa-Banana Sede Muzi-Uangungune 3.6 Turismo 3.6.1 A Política Nacional de Turismo A politica sectorial salienta, entre outros aspectos que o turismo deve: a) Projectar no mundo, uma imagem prestigiosa de Moçambique; b) Desenvolver o turismo regional e internacional de alta qualidade, ex: Parque Nacional de Gorongosa; c) Definir áreas estratégicas e o estatuto de áreas da sua protecção especial; d) Criar mais postos de emprego; e) Obter receitas principalmente em divisas; f) Assegurar o envolvimento das comunidades locais de modo a garantir o desenvolvimento

sustentável; g) Disponibilizar fundos que visem promover e incentivar o desenvolvimento do turismo interno e

regional; h) Previlegiar a acção do sector privado no desenvolvimento do turismo; i) Previlegiar a acção do sector privado; j) Valorizar e incentivar o empresariado nacional do sector; k) Reabilitar e modernizar as infra-estruturas turísticas, hoteleiras e similares; 3.6.2 Situação Actual do Turismo no distrito O distrito conta com o Parque Nacional da Gorongosa que ocupa 1.885 km2 (50% da área do Parque ), e que é um potencial centro turístico a nível nacional e internacional. Encontra-se actualmente em reabilitação, com apoio do MITUR e CARR-FOUNDATION. Visando a reposição da fauna bravia e da espécie florestal destruída. Para recepção de turistas conta, provisoriamente, com uma zona de acampamento com balneários. O número de turistas que o tem visitado é insignificante. A Administração do parque está a preparar um plano de maneio de modo a acomodar os interesses de desenvolvimento das comunidades desta zona enquanto ao mesmo tempo salvaguarda os recursos naturais. A Serra de Gorongosa pode vir a ser um centro turístico, especialmente se visto em conjunto com o parque, para diversificar as actividades dos visitantes; possui florestas densas e sempre verdes, com espécies faunísticas próprias desta região (como o Green Headed Orion), constituindo lindas paisagens (incluindo uma cascata), lugares grande interesse para turismo contemplativo, escalada e estadia em acampamento. Já foi apresentada às estruturas nacionais uma proposta para considerar a serra como área protegida, o que cria perspectivas positivas para o desenvolvimento do turismo. Há ainda lagos que constituem potenciais instâncias turísticas.

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3.6.3 Principais unidades da Industria, Comercio e turismo Tabela 12: Estabelecimentos Industriais, Comerciais e de Turismo no Distrito

Tipo de Estabelecimento

TOTAL Operacional Inoperacional Localização Observação

Lojas 13 6 7 Sede do distrito Moagens 82 76 6 Sede do distrito

P.A.Vunduzi P.A. Nhamadzi-Canda

Padarias 33 25 8 Sede do Distrito Quiosques 21 21 0 Sede do Distrito Pensões 1 0 0 Sede do Distrito Bares

5 5 Sede do Distrito

Fonte: DDICT, 2005

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3.7 Recursos Minerais e Energia 3.7.1 Situação Actual A carta do distrito indica a ocorrência de formações sedimentares (karroo e Jurássico) e ainda formações extrusivas (o caso do cretáceo que existe na Serra de Gorongosa). Mas tal como no resto da provincia, não há estudo geologico profundo. verificam-se ocorrências de certos minerais, destes a ser pesquisados para se avaliar a sua reais potencialidades economicas, no Distrito destacam-se as seguintes ocorências: Minerais para construção (areias, saibros, argilas, granitos, basaltos) - na serra, em canda e no

vunduzi; Ouro - ao longo do rio Vunduzi e zona de tsiquiri, Mucucua, Nhampalapala, Nhamaue, Daça e

Pungue; Grafite - no Posto Administrativo de Nhamandzi – Canda; Mármore - no Posto Administrativo de Nhamadzi - Canda, perto da fronteira com Macossa; Ágatas - perto de Bué Maria; Granito negro para ornamentação - em toda serra de gorongosa.

3.7.2 Rede de energia eléctrica e Combustíveis No distrito há 10 Geradores a diesel alguns pertencentes a instituições privadas. Dois (2) pertencentes á Administração do Distrito. O abastecimento de combustíveis ao distrito é feito em pequenas quantidades pelos interessados com meios próprios. No distrito faz-se sentir a falta de combustíveis e óleos para a venda ao público. A disponibilidade de energia eléctrica é uma das componentes chaves no desenvolvimento económico do distrito. Antes da Independência Nacional, a sede do distrito de Gorongosa era abastecida com a energia eléctrica vinda da barragem hidro-eléctrica de Revué. A linha de transporte de energia eléctrica passava por Metuchira, no distrito de Nhamatanda, e depois dividido em dois ramais que iam tanto para Chitengo, no Parque Nacional de Gorongosa como para a sede do distrito. A referida linha de transporte de energia eléctrica foi destruída durante o conflito armado actualmente, a vila é abastecida pela energia eléctrica de Cahora Bassa partindo do Posto Administrativo de Inchope, a rede possui uma capacidade de cerca de 23 KVA, neste momento beneficiam-se de energia electrica cerca 173 consumidores, todavia não abrange os dois Postos Administrativos (Nhamadzi e Vunduzi).

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Quadro 5: Lista de Geradores a Funcionar no Distrito de Gorongosa, Janeiro-2004

Localização do Gerador Marca Proprietário Potência

(KVA) Combustível p/hora (ltrs) Estado Actual

PRODER Gorongosa Perkins PRRS-GTZ 85 6 – 7 + 12 hrs/dia

Pousada Azul (Hotel, Bar, Restourante)

Perkins Irmãos Pinto 60 3 – 4 + 7 hrs/dia

Hospital Distrital Gorongosa Lombardini DDS 05 1 + 3 hrs/dia

FHI (Food for the Hungry International.)

Yamaha FHI 05 1 + 8 hrs/dia

GPZ Lister GPZ 4.5 1 + 7 hrs/dia

Mapombue Yamaha Sr. Caetano 05 1 + 3 hrs/dia

Administração Distrital Lombardin Administração 34 6-7 + 8 hrs/dia

Centro Educacional Lister Centro Formação 05 1 + 6 hrs/dia

Centro Educacional / Estação de Bombagem

Dorman Águas Rurais / Administr. Distrital

70 7 Nao trabalha, Electro-bombas (2) roubadas

Parque Nacional Dalo Parque Nacional 50 5 Avariado

Administração do Distrito de Gorongosa

Super Power

Administração do Distrito de Gorongosa

4.5 1 9 hrs/dia

Moageira

Fábrica de Ração

N/A

N/A

Sr. Xavier da Barca 180

230

N/A

N/A

Ambos operacional, embora não estejam em funcionamento

TOTAL KVA instalado no Distrito de Gorongosa 738

Fonte: Administração, 2005 3.7.3 Principais problemas do sector: Varias ocorências como granito negro para ornamentação e o ouro situam-se na serra, são alvo de

uma exploração desordenada devido a proliferação de garimpeiros o que pode afectar o sistema ecológico do parque nacional de gorongosa.

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3.8 Associativismo No distrito existem as seguintes associações: União Distrital das Associações de Camponeses- (UDAC) - inclui 17 associações legalizadas. Esta

União construiu uma casa agrária com fundos da União Europeia. Durante 3 anos, o PRODER assessorou a UDAC na organização e gestão da instituição.

Associação de Camponeses do Botho que não está filiada na UDAC.

Associação de Camponeses de Canda, que também não está filiada na UDAC. Foi formada para

procurar parceiros que ajudem a criar uma casa agrária local. Inicialmente tinha 12 associados e foi crida com o apoio da ORAM. Já não funciona por falta de fundos.

Associação de Comerciantes de Gorongosa – Era constituida por 5 comerciantes com o objectivo

principal de estender a rede comercial e fazer comercialização em conjunto. Chegaram a contribuir com uma quota mensal de 100.000,00 Mt. A associação já não está a funcionar.

Comissão de Vendedores Informais do Mercado – Foi formada para facilitar o aluguer de viaturas

para o transporte da sua mercadoria da Beira ou Chimoio para o distrito. Tem estatutos e normas a funcionar. Com a reabilitação da EN 1, este tipo de organização é cada vez, menos importante.

Principais limitações de funcionamento

Limitado desenvolvimento económico do distrito. Limitada capacidade técnica, profissional e de gestão. Limitada capacidade de liderança.

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4 INFRA-ESTRUTURAS

4.1 Rede viária 4.1.1 Cobertura da Rede Rodoviária O acesso rodoviário é uma componente chave no desenvolvimento económico dos distritos e no melhoramento das condições de vida nas zonas rurais. A Política Nacional das Estradas identifica a manutenção das estradas como uma actividade prioritária, pois garante a rentabilização dos investimentos e a redução dos custos de operação dos veículos. Assim, todas estradas reabilitadas ou reconstruídas através da DNEP (financiadas por várias instituições, incluindo o Governo), têm a sua manutenção garantida para os próximos anos através da Empresa de Construção e Manutenção de Estradas e Pontes-ECMEP e outras. Nem todas as estradas estão classificadas, quer dizer, nem sempre pertencem a rede nacional das estradas. Existem várias estradas que não estão classificadas pela DNEP mas que são de grande importância económica e social para o distrito. São por exemplo, as estradas que ligam os distritos entre si. Segundo a Política Nacional das Estradas, a gestão das estradas não classificadas é da responsabilidade das Administrações Distritais que deverão priorizar a manutenção daquelas que têm maior impacto na comercialização. No distrito de Gorongosa, a rede viária é composta pelas seguintes estradas classificadas: EN1, EN215, EN 442, e EN433. A Estrada Nacional 1, passa pelo cruzamento de Inchope ido do sul do país para o norte, atravessando sucessivamente a ponte sobre o Rio Púngue, a localidade de Púngue, a vila de Gorongosa e finalmente a localidade de Canda. A Norte de Canda, a EN1 é conhecida pela estrada Centro-Nordeste (ECNE). Ao longo do troço Inchope - Vila de Gorongosa, existem 12 pontes incluindo a ponte sobre o rio Púngue ,Todas são de betão de betão armado. De Inchope a ponte sobre o rio Púngue, o troço está asfaltado. A Estrada Nacional 215, parte da sede do distrito e vai para o distrito de Maríngue, via Tazaronde e Vúnduzi, num percurso de cerca de 86 km; é de terra batida que se encontra em reabilitação. Atravessa 6 rios e muitos riachos. Os rios mais importantes por ela atravessados são os rios Mucodza, Mucurumadzi, Vúnduzi e Nhandue Muche e Mussicadze. Durante a época das chuvas, a subida dos caudais dos rios deteriora o estado desta e de outras estradas muitas vezes chegando a isolar completamente aquela localidade do resto do distrito. A Estrada Nacional 442, parte da EN215 na região de Nhadue e segue para o distrito de Cheringoma (Inhaminga) por via da localidade de Casa Banana. É de terra em reabilitação. A Estrada Nacional 433, parte da localidade de Bué Maria e vai em direcção ao distrito de Muanza por via da localidade de Chitengo, no Parque Nacional de Gorongosa. É de terra batida e durante o período das chuvas, o transito é interrompido na região pantanosa por ela atravessada. As pontes (mesmo as de betão armado) estão em mau estado de conservação. Para além das estradas classificadas, o distrito de Gorongosa é atravessado por muitas outras estradas não classificadas das quais a maior parte tem o seu inicio nas Estradas Nacionais 1 e 215. A actual rede viária

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permite a comunicação entre as localidades do interior somente na época seca. Durante a época das chuvas, o acesso é extremamente difícil e por vezes até interrompido. As minas mortíferas colocadas durante a guerra civil estão a ser identificadas e removidas mas ainda representam outro problema na segurança rodoviária,no interior do distrito. 4.1.2 Estado da Rede Rodoviária o distrito possui uma rede viária de cerca de 800 km de estradas principais, 140km de estradas secundarias, 159 km de estradas terceárias e 501 km de estradas não classificadas, das quais não são transitáveis devido as deficientes condições de manutenção 300 km, conforme está ilustrado na tabela abaixo. 4.1.3 Síntese dos principais problemas do sector: • Degradação das pontes (Nhandue, Vúnduzi 1, Vúnduzi 2, Vanduzi, Mucodza, Muche); • Deficiente manutenção das vias de acesso no distrito de Gorongosa; • Deficiente construção das estradas de terra batida, o que as torna intransitáveis durante a época das

chuvas; • Existência de minas nalgumas vias de acesso; • Exiguidade de recursos para a reabilitação das estradas; • Limitados recursos financeiros, humanos e materiais; • limitado envolvimento da população para a manutenção das estradas;

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Tabela 13: Rede de estradas no Distrito

Localização Classificação Extensão (Km)

Transitável (S/N)

Reabilitada (S/N)

Sede do distrito – Inchope EN 1 75 Sim Sim Sede do distrito - Vúnduzi – Nhadue EN 215 86 sim sim Sede do distrito – Canda – Muera EN 1-ECNE 72 Sim Sim Nhadue - Piro – Nhamacala EN 215 N/c sim reabilitação Nhadue - Casa Banana – Inhaminga EN 442 N/c sim reabilitação

Bué Maria – Chitengo – Muanza EN 433 30 sim Em parte EN1 – Cudzo ER N/c sim Não Nhampassa – Nhangeia – Nhantchururu ER 25 sim Não

Tsiquir – Nhandemba – Nhantchururu ER 45 Não Não Cudzo – Rio Tumba (Limite c/ Província de Manica) ER N/c Não Não Sede do distrito – Tsiquir - Bela Vista ER 20 Não Não EN1 – M’bulawa (Pavoa) ER 22 Sim não EN1 – Nhandar – Murombodzi – Caravina Serra ER 20 sim Não

Vúnduzi – Nhassoco ER 16 Não Não EN1- (Nhandale)- Nhataca-Tambarara (EN215) ER 8 Sim Não EN215-(Tambarara)-Tsaca-Tsiquir ER 15 sim Não

EN1-(Chitunga)—Morombozi ER 15 Sim não EN1-(Nhamissongora)-Magoe-Junta ER 8 Sim Não EN1-(Canda)-Nhabirira - Domba ER 15 Não Não

EN1- Domba ER 8 Sim Não Fonte:DDOPH, 2005

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4.2 Rede de comunicação 4.2.1 Situação actual no distrito O Distrito está coberto pela rede de telefonia móvel (Mcel) e rede fixa de telefone, com cerca de 18 clientes, pelo sinal da TVM, possui ainda sete rádios de comunicação, pertecentes a instituições do Governo e privadas, assim distribuidas: • A Administração Distrital, o Comando da Polícia e os Serviços de Informação e Segurança do Estado

(SISE), contam com os respectivos rádios de comunicação; • O Partido Frelimo possui desde Outubro de 1994, um rádio de comunicações; • A Direcção Distrital de Agricultura e Pescas, tem um rádio de comunicações, que se encontra neste

momento avariada. • O PRODER possui um rádio de comunicações; • A Fundação Contra a Fome (FHI), conta com um rádio de comunicações; Para além destes meios de comunicação, o Distrito de Gorongosa conta ainda com 2 pistas de aterragem de aeronaves, estando uma localizada na sede do distrito e outra em Chitengo (todas em bom estado). 4.2.2 Síntese dos principais problemas do sector • Deficiente comunicação entre a sede do distrito e os postos administrativos • Inexistência de serviços de correio.

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4.3 Rede de abastecimento de água 4.3.1 Distribuição das fontes de água A água é um líquido indispensável na vida das pessoas. Nas zonas rurais, para as mulheres (aquelas que mais lidam com os recursos naturais), a disponibilidade deste líquido, tanto em quantidade como em qualidade iria contribuir de maneira significativa na melhoria do seu nível de vida. Em geral, nas comunidades do distrito de Gorongosa, o abastecimento de água é feito pelas fontes naturais, quer dizer, a partir dos rios, furos e poços tradicionais. No âmbito da politica nacional de água foram criados comités de manutenção e de gestão de água. Quadro 7: Comités de gestão de agua Posto administrativo Localidade Numero de comités

Tambara 40 Sede Povoa 1 Canda 3 Nhamadzi Cudzo 2 Cavalo 3 Vunduzi

Casa Banana 6 Total 55 Fonte:DDOPH, 2005 Durante o período pós-guerra, o Governo moçambicano e a Comunidade Internacional através de algumas organizações não-governamentais tem vindo a disponibilizar recursos financeiros para a abertura de furos e poços no sentido de reduzir a falta de água de boa qualidade no distrito. Nesse sentido, foram abertos 54 furos e 450 poços e 8 Nascentes. 4.3.2 Acesso as fontes de água O objectivo da Política Nacional de Água, preconizado para os próximos anos, é de atingir 60% da população (cerca de 40.400 habitantes para Gorongosa), com fontes de água protegida, o que significa 500 pessoas por cada fonte, num raio não superior 500 metros. No distrito de Gorongosa, o número total de famílias que utilizam fontes de água protegidas é de 5.000 agregados familiares o que corresponde a 25.000 pessoas, de um universo de 92.555 Habitantes. Na sua Política Nacional de Água, o Governo reconhece que a participação dos beneficiários nas fases de construção e manutenção, garante uma boa utilização das infra-estruturas. Na prática, pretende-se providenciar serviços de acordo com os desejos e capacidade económica dos próprios beneficiários de modo a melhorar a sustentabilidade dos sistemas. A água é considerada como um bem com valor económico e social. A tabela a seguir, mostra a distribuição das fontes de água e o número de famílias que utiliza cada uma delas. Note que a tabela indica apenas as fontes que estão em estado de funcionamento.

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Tabela 14: Distribuição das fontes de água

Localização Nº de furos Nº de poços Nº de nascentes

POSTO ADMINISTRATIVO SEDE Matucudur 10

Madibe 2 2

Tsuassicana 7

Aeródromo 2 4

Mapombue 2

Nhamissongora 2 12

Tsiquir + Botho 5 35

Nhandar -

Magoe 2 6

Machisso 1 6

Mucodza 1

Nhampassa 7

Nhangeia 4

Tazaronde 19 1 (8)

Nhanchururu 9

Nhandemba 7

Pavoa 1 8 1 (5)

Moniquera 5

Nhambondo 17

Nhauranga 6

Tambarara 10

Tsaca 6

Egipto 4

Nhaenge 13

Nhadua 4

Nhataca 16

Pungue 10

Matacamachaua 8

Madzimachena 10

Nhambita 2

Sub total 35 230 2

POSTO ADMINISTRATIVO DE VÚNDUZI

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Cavalo 3 13

Piro: 2

Nhanchengue 1

Casa-Banana 1

Mudziwangunguni 1

Nhanguco 6

Nhamusserusseru 4

Nhaussembe 12

Sub total 8 35

POSTO ADMINISTRATIVO DE NHAMADZI Canda: 3 44

Cudzo 2 8

Nhamize 2

Mangu 3

Chitunga 3

Domba 3

Muromboze 29

Nhambirira 8

Nhambua 21

Maruru 13

Bagolangoma 13

Sub total 5 147

TOTAL: 48 412 2

Fonte: DDOPH, 2005

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O abastecimento de água ainda é insuficiente para a maioria dos aglomerados populacionais que se localizam longe dos cursos permanentes de água. 4.3.3 Estado Actual do Equipamento A tabela a baixo, mostra o estado actual das fontes da água protegidas, dos 37 furos de água abertos, 4 possuem bombas avariados, 4 estão destruídos, enquanto que os restantes funcionam com bombas manuais. Não existe sistema de abastecimento de água domiciliária à Vila. De referir que os acampamentos do PRODER, Centro de Recursos para Professores e o Centro de Saúde de Gorongosa possuem ligação domiciliária de água a partir dos furos próprios . 4.3.4 Experiência na Construção e Manutenção de Poços Melhorados Em 1997 iniciou no distrito, o programa de construção de poços familiares. Os objectivos principais continuam a ser: ♦ Aumentar o número de fontes de água protegidas nas comunidades ♦ Economizar o tempo da mulher na procura de água para a família num “habitat” disperso ♦ Introduzir uma tecnologia de fontes de abastecimento de água simples e de baixo custo

(sustentabilidade). ♦ Combater as doenças diarreicas nas comunidades. Existem iniciativas comunitárias que são apoiada pelo Governo e pelo PRODER, visando a melhorar o acesso a agua potável, que consistem no seguinte. Tem três (3) Componentes: ♦ Construção de poços melhorados ♦ Treinamento de pedreiros locais ♦ Realização de educação sanitária, manutenção e conservação de poços. A contribuição da comunidade é essencialmente feita atravez da mão-de-obra, que consiste na recolha da pedra, escavação do poço e transporte dos materiais localmente disponíveis. O Governo é responsável pelos procedimentos administrativos e o PRODER pelo apoio técnico, fornecimento do material e ferramenta de trabalho e meio de transporte.

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Tabela 15: Estado actual das fontes de abastecimento de água

Localização Design. Quant. Característica Estado de Conservação Bom Avariado Destruído

Vila Sede Furo 25 Com bomba 16 5 4 Poço 11 Com anilhas 1 1 9 Casa Banana Furo 1 Com bomba - - 1 Poço 1 Com anilhas - - 1 Piro Furo 1 Com bomba 1 - - Poço - - - - - Machisso e Magoe Furo 2 Com bomba 2 - - Poço 10 Melhorado 10 - - Mapombue Furo 2 Com bomba 2 - - Poço - - - - - Mucodza Furo 2 Com bomba 1 - 1 Poço - - - -

Furo 3 Com bomba 3 - - Vúnduzi Poço 5 - 5 - -

Furo 3 Com bomba 3 - - Canda Poço 42 - 42 - - Nhamissongora Furo 2 Com bomba 2 - - Poço 11 - 11 - - Tsiquir e Botho Furo 5 Com bomba 2 3 - Poço 35 Melhorado 35 - -

Furo - - - - - Pavoa/M’bulaua Poço 6 Melhorado 6 - -

Furo - - - - - Nhampassa Poço 8 Melhorado 8 - -

Furo - - - - - Nhangea Poço 4 Melhorado 4 - -

Furo - - - - - Nhandemba Poço 16 Melhorado 16

Furo - - - - - Nhataca Poço 1 Com anilhas - - 1

Furo - - - - - Tazaronda Poço 18 Melhorado 18 - -

Furo - - - - - Nhanchururu Poço 9 Melhorado 9 - - Total

Fonte: DDOPH, 2005 4.3.5 Principais problemas no sector • A maioria da população do distrito não tem acesso às fontes de água protegidas (isto é; furos e poços

melhorados); • Avarias frequentes das bombas água, particularmente as que possuem maior profundidade; • Deficiente utilização das bombas de agua; • Limitados conhecimentos das comunidades sobre a manutenção das bombas; • Inexistência de pecas sobressalentes no mercado local; • Inexistência de um sistema com capacidade suficiente para o abastecimento de água a vila.

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4.4 Saneamento e drenagem 4.4.1 Saneamento O saneamento básico do meio, ao nível do distrito é insuficiente e deficiente. No inquérito realizado em Novembro de 1995, abrangendo um total de 330 famílias, constatou-se que cerca de 44% das famílias inquiridas faziam as suas necessidades fisiológicas ao ar livre, 22% possuíam casas de banho no interior da residência, 17% utilizavam latrinas privadas e 14% beneficiava-se de latrinas públicas. Esta realidade sanitária é provavelmente responsável pela prevalência de doenças diarreicas. Desde 1998, as condições sanitárias nos principais aglomerados populacionais vai melhorando significativamente em relação ao interior do distrito que é dominado pelos procedimentos muito mais rurais (fecalismo ao ar livre, por exemplo). Tabela 16: A situação actual do saneamento básico no distrito

Designação

Fora da Vila Na Vila Total do Distrito %

Casa de banho 16 45 61 22,43 Latrina privada 4 43 47 17,28 Latrina pública 0 40 40 14,70 A céu aberto 62 57 119 43,75 Não sabe - 5 5 1,84

Total 82 190 272 100

Fonte: DDOPH, 2005 4.4.2 Drenagem A Vila de Gorongosa está situada num terreno que se caracteriza por acidentes topográficos de acentuada irregularidade. Esta disposição espacial constitui por um lado, drenagem natural das águas residuais, e por outro lado, provoca erosão dos solos. Para combater o fenómeno de erosão, todo o uso e aproveitamento do solo, deveria ser acompanhado com medidas ambientais de protecção desse recurso natural e da reposição da cobertura vegetal perdida. O sistema de drenagem das águas residuais por meio de valas de drenagem a céu aberto que existiu na sede do distrito, deixou de funcionar, por falta de manutenção. 4.4.3 Principais problemas no sector • Inexistência de um esquema de saneamento e drenagem na sede do distrito, • Saneamento básico (construção e utilização de latrinas melhoradas) nas populações pouco conhecido

e difundido.

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5 Serviços Sociais 5.1 EDUCAÇÃO 5.1.1 Política do Sector A educação, constitui um direito fundamental de cada cidadão e é um instrumento principal para a melhoria das condições de vida e da elevação do nível técnico e científico dos trabalhadores na redução da pobreza absoluta. Os objectivos do Sistema Nacional de Educação são:

1. Aumentar o acesso e melhorar a retenção, com particular atenção para a redução das disparidade de idades , regionais e do gênero.

2. Continuar a implementar as medidas para melhoria da qualidade da educação , através acções selectivas abrangendo as variáveis de maior impacto.

3. Reforçar a capacidade institucional especialmente nas áreas de analise de politicas, planificação , gestão e administração do sistema .

5.1.2 Rede Escolar do Distrito O sector de educação de Gorongosa, funciona com 9 Zonas de Influência Pedágogica. No EP1 tem 55 escolas, EP2 com uma, EPC tem 6 e uma Escola Secundária geral do 1º ciclo. Totalizando 63 escolas, com cerca de 177 salas de aulas e 1.541 carteiras, para um efectivo de 24.062 alunos, também funcionam no Distrito 49 centros de A.E.A com 5.072 Alfabetizandos e educandos.

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Tabela 17: Distribuição da rede escolar no Distrito

a) Posto Administrativo Sede

NOME DA ESCOLA No DE SALAS TIPO DE CONSTRUÇÃO ESTADO

FÍSICO EQUIPAMENTO

EPI 1o de Maio 06 2 Conv. 4 Prec. Normal 98 cart. 2 Secret. EPI de Machiço 06 4 conv. 2 préc. Bom, Normal 100 Carteiras EPI de Nhaenge 02 Precário Normal Nenhum EPC Colégio Nova Jeruzalém 08 5 Cov. 3 Precário Normal 125 Carteiras EPI 3 de Fevereiro 04 2 Convencional, 2 melhoradas Bom 50 carteiras EPI de Botho 02 Melhorado Bom Bancos fixos EPI de Nhamissongora-Rio 02 Convencional Normal Bancos fixos EPI de Nhamissongora-Aldeia 03 Precário Suficiente Bancos fixos EPC de Tsiquir 03 Convencional Bom 75 carteiras EPI de Bangorangoma 02 Precário Normal Bancos fixos EPc de Mapombue 06 Convencional Bom 75 Carteiras EPI de Mbulaua 04 Trad. Melhorado Normal Bancos fixos EPI de Púngue 02 Melhorado Normal Nenhum EPI de Mussinhã 02 Precário Normal Nenhum EPI de Nhambita 02 Trad. Melhorado Bom Nenhum EPI de Muconha 02 Precário Normal Bancos fixos EPI de Madzimachena 02 Precário Suficiente Bancos fixos EPI de Tsaca 02 Melhorado Bom Bancos fixos EPI de Nhandemba 02 Melhorado Bom Bancos fixos EPI de Nhanchururo 02 Melhorado Bom Nenhum EPI de Mucodza 03 1 Convencional 2 melhorado Suficiente 53 Carteiras EPI de Nhambondo 04 Tradic. Melhorado Normal Nenhum EPc de Nhataca 04 1 Conv. 4 Tradic Bom, Norma Bancos fixos EPI de Nhangeia 02 Precário Bom Nenhum EPI de Mutiambamba 01 Convencional Normal 25 carteiras EPI de Tazaronda 04 Convencional Bom 50 Carteira EPI de Dassa 02 Precário Suficiente Bancos fixos EPI de Tambarara 02 Melhorada Bom Bancos fixos EPI de Mataca- Machaua 02 Precário Péssimo Nenhum EPI de Nhaussembe 02 Precário Normal Nenhum EPI2 Eduardo Mondlane 07 Convencional Bom 125 Carteiras Escola Secund. de Gorongosa 10 Convencional Bom 250 Carteiras Ep1 de Nhambira 01 Precário Suficiente Nenhuma EP1 Nhauranga 2 Precário Normal Nenhuma TOTAL 34 Escolas 110 Salas 1026 Fonte: DDE, 2005 Observação: A escola Secundárias e a Epc Nova Jerusalêm são Comunitárias

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a) Posto Administrativo de Nhamadze

NOME DA ESCOLA No DE SALAS TIPO DE CONSTRUÇÃO ESTADO FÍSICO EQUIPAMENTO

EPI de Nhabirira 03 Melhorada Bom 25 Carteiras EPI de Muera 02 Convencional Bom 50 Carteiras EPI de Canda Central 02 Melhorada Bom 50 Carteiras EPI de Cudzo 02 Precário Mau Nenhum EPC de 25 de Setembro 04 Convencional Bom 100 Carteiras EPI de Murombodzi 03 1 Convencional 2 Precário Bom, Normal Bancoc fixos EPI de Nhandar 03 1 Convencional e 2 Precário Bom, Normal Nenhum EPI Mateus S. Mutemba 02 Precario Normal Nenhum EPI de Domba 02 1 Convencioal 1Precário Precário Nenhum EPI de Nhamadzi-Cudzo 01 Precário Precário Nenhum EPI de Lumpuepua 02 Precário Precário Nenhum EPI de Maruro 02 Precário Precário Bancos fixos EP 1 Baramanza 01 Precário Normal Bancos fixos EPI de Chitunga 03 2 Melhorado 1 Precário Precário 15 Carteiras TOTAL 14 Escolas 32 Salas 240 Fonte: DDE, 2005 b) Posto Administrativo de Vunduzi

NOME DA ESCOLA No DE SALAS

TIPO DE CONSTRUÇÃO ESTADO FÍSICO EQUIPAMENTO

EPC de Vunduzi 06 Convencional Normal 175 carteiras EPI de Nhassopa 01 Precário Péssimo Nenhum EPI de Nhantsoco 04 Precário Péssimo Nenhum EPI de Massala 01 Precário Normal Nenhum EP1 Mussicadzi II 2 Precário Péssimo Nenhum EPI de Mapangapanga 01 Precário Péssimo Nenhum EPI de Nhanjengue 02 Precário Normal Nenhum EPI de Casa Banana 04 Convencional Bom 100 carteiras EPI de Chionde 03 Precário Péssimo Nenhum EPI de Zualamando 02 Precário Péssimo Nenhum EPI de Mussicadzi 02 Precário Péssimo Nenhum EPI de Piro 02 Precário Péssimo Nenhum EPI Mudziwangugune 02 Precário Péssimo Nenhum EPI de Juchenge 02 Precário Péssimo Nenhum EPI de Nhamuanha 01 Precário Péssimo Nenhum TOTAL 15 Escolas 35 Salas 275 Fonte: DDE, 2005

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5.1.3 Acesso a Educação no Distrito O levantamento feito para o presente estudo teve como base o número de alunos matriculados nos anos lectivo de 2003, 2004 e 2005. No ano lectivo de 2003 foram matriculados no curso diurno, 15.950 alunos no EP1, 1426 do EP2 e 734 no ensino secundário geral. E no ano escolar de 2004, foram matriculados 19.462 alunos no EP1, 1739 do EP2 e 786 no ensino secundário geral do 1º Ciclo.E no ano 2005, foram matriculados 21032 no EP1,2006 no EP2 e 1024 no ESG1. Tabela 18: Zonas de influência pedagógica No de Z.I.P.

LOCALIZAÇÃO

No DE ESCOLAS

POSTO ADMINISTRATIVO Nome da ZIP/Localidade Z.I.P 1 P.A. Sede 1º de Maio /Sede do distrito 07 Z.I.P 2 P.A. de Vunduzi Vunduzi/Cavalo 05 Z.I.P 3 P.A. de Nhamadzi 25 de Setembro - Canda 08 Z.I.P 4 P.A. Sede Mucodza/Sede do Distrito 07 Z.I.P 5 P.A. Sede Púngue/ Sede do Distrito 05 Z.I.P 6 P.A. Vunduzi Casa- Banana/ Casa-Banana 09 Z.I.P 7 P.A. de Nhamadzi Chitunga/Canda 08 Z.I.P 8 P.A. Sede Tsiquir/Sede do Distrito 07 Z.I.P 9 P.A. Sede Colégio N. Jerusalêm //Sede do distrito 06 Ep1 Eduardo Mondlane P.A.Sede EduardoMondlane 01 ESG P.A.Sede Escola Secundária Gorongosa 01 TOTAL 63 Fonte:DDE,2005 Tabela 19: Distribuição dos alunos por nivel académico

NIVEL ANO ESCOLAR DE 2003 ANO ESCOLAR DE 2004 ANO ESCOLAR 2005

EP1 15.950 19462 21032 EP2 1.426 1739 2006 ESG -1º CICLO 734 782 1024 TOTAL 18.1 10 21987 24062 Fonte: DDE, 2005 Tabela 20: Distribuição de alfabetizandos por níveis Curso Diurno A.E.A LECTIVO 2003 LECTIVO 2004 LECTIVO 2005

1o ANO 1297 1391 1427

2o ANO 1195 1521 1725

3o ANO 639 1186 1920

TOTAL 3.131 4098 5072

Fonte: DDE, 2005

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5.1.4 Corpo docente e Pessoal de Apoio Geral A educação no distrito contou com 427 Funciorios, sendo 344 docentes (17 Técnicos e 66 de apoio Geral), destes 216 são do aparelho do Estado e 128 fora do quadro. Por nível do ensino a situação seguinte:EP1 =223 dos quais 50 são mulheres , EP2 =53 dos quais 50 são mulheres e ESG.=26 dos quais uma (1) é mulher. 5.1.5 Alargamento da rede escolar Para providenciar maior acesso ao Ensino Básico completo, o sector Distrital de Educação vai prosseguir com a expansão do 2º grau do ensino primário , onde for necessário e possível , através da introdução paulatina deste nível nas escolas primárias do 1º grau , constituindo, deste modo, escolas primárias completas. Assim, ao longo do Quinquénio, 2005/9 , será introduzido o 2º grau do ensino primário nas actuais escolas do EP1 seguintes: -2005: Escola do EP1 de Mapombué -2006: Escola do EP1 de Nhabirira -2007: Escola do EP1 1º de Maio -2008: Escola do EP1 de Mbulaua -2008: Escola Secundária Eduardo Mondlane -2009 Escola do EP1 de Mucodza Experiência Desenvolvida na Construção de Escolas Comunitárias A necessidade de aumentar a rede escolar no ensino primário do distrito obrigou a identificação de uma experiência útil: O projecto de construção de escolas comunitárias. É uma experiência levada a cabo com a participação de três actores, nomeadamente o Governo do distrito através do sector de educação, o Sector privado e a comunidade. A experiência preconiza essencialmente três fases: Organização dos actores Participação dos actores na construção Gestão da escola pela comunidade

5.1.6 O papel da Educação na valorização da rapariga O sector de educação possui uma área especifica, que trata dos assuntos relacionados com a rapariga na educação. Para melhor desempenho e abrangência, o trabalho e realizado em coordenação com as ZIP ao nível de todo o distrito. As actividades principais tem enfoque na realização de palestras, com o intuito de melhorar a sensibilidade da sociedade sobre a permanência da rapariga na escola, para tal foram criados núcleos em todas as escolas e levado a cabo um programa de alfabetização massiva da mulher.

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5.1.7 Prevenção do HIV/SIDA na Educação Por se situar ao longo do corredor centro nordeste, o distrito e atravessado por pessoas vindas de vários cantos do pais, o que o torna susceptível a proliferação da epidemias do HIV/SIDA. Assim, o sector de educação esta a levar a cabo um programa de prevenção desta epidemia através de acções que envolvem alunos e professores, na implementação do programa nacional meu futuro é minha escolha. 5.1.8 Principais problemas no Sector Educação exiguidade de mobiliário escolar em muitas escolas. Insuficiencias de casas para professores. Exiguidade de transporte no Sector. Insuficiência de quadros pretos e manuais para EP1 e EP2. Deficiente participação da rapariga no Ensino. Existência de algumas escolas de material precário. Deficiente distribuição dos níveis de ensino Limitado acesso a educação devido a dispersão da população

5.2 Area da Cultura 1. Política do sector perservação, valorização e divulgação do património cultural ,artístitico e o incetivo ás associações culturais, Juveníns e a comunidade para protecção e afirmação das identidades culturais locais , como um dos factores da expressão de unidade na Diversidade . 2. Situação actual o sector funciona no distrito com um único funcionário , existem vários grupos culturais , teatrais das escolas dos Bairros e locais históricos . 3. Sintese dos principais problemas do sector o sector enfrenta um grande problema; não tem instalação e funciona na Biblioteca do centro de Recursos para professores , não tem orçamento do Estado, não tem meios de transporte nem material de expediente , nem ajudas de custo.

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5.3 Área de Juventude e Desporto 1. Politica do sector Massificação da actividade física e desportiva para que todos os Cidadãos usufruam dos seus benefícios. Será preocupação do Governo promover e faciltal mecanismo que permite. 2. Situação actual O sector formou educadores de pares Existem equipas desportivas e campos de futebol 11 3. Sintese dos principais problemas do sector O sector enfrenta problemas da não vedação do campo do conselho executivo 4. O papel do sector na prevenção do HIV/SIDA e valorização da mulher O sector promove acções de combate do HIV/SIDA, através de grupos culturais, que transmitem mensagens de sensibilização nesta luta, como forma de levar a cabo o programa meu futuro e minha escolha. E Valorizando particularmente o papel da mulher através da manifestação cultural e pratica desportiva.

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5.4 Serviços de Saúde. 5.4.1 Política Nacional da Saúde A saúde é a condição essencial para um desenvolvimento sustentável.Portanto, a prevenção e o combate de doenças bem como a promoção da saúde, é o conjunto de acções que foram responsabilizadas ao governo através do sector da saúde. Se bem que a saúde da comunidade resulta de um esforço multi-sectorial, então é necessário garantir as condições basicas as populações. No programa alargado de vacinação, a Política Nacional de Saúde prevê:

Vacinar todas as crianças, mulheres em idade pérfil, grávidas, crianças com idade escolar e trabalhadores, contra várias doenças de notifição obrigatória.

Na saúde materno-infantil, a Política Nacional de Saúde prevê: • Realizar consultas pré-natais, consultas pós-parto, consultas preventivas de crianças de 0-4 anos,

assistir partos e planeamento familiar. • Reciclar anualmente as parteiras tradicionais formadas. 5.4.2 Situação Actual do Sector no distrito O sector de Saúde é constituído por 18 unidades sanitárias, sendo, 1 Centro de Saúde localizado na sede do distrito, 10 Centros de Saúde de tipo III(com maternidade) em Mucodza, Vunduzi,Nhamadzi-Canda, Piro ,Nhamissongora, Tsiquir, Púngue, Cudzo e Muera e 7 Postos de Saúde localizados em, Chitengo, Domba, Nhataca, Chionde, Nhabirira, Centro Educacional e Tazaronda. Todos os Centros e Postos de Saúde atrás mencionados, encontram-se a funcionar.

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Quadro 8: – Unidades Sanitarias no Distrito

POSTO ADMINISTRATIVO SEDE

POSTO ADMINISTRATIVO DE NHAMADZI

POSTO ADMINISTRATIVO DE VUNDUZI

CENTROS DE SAÚDE

POSTOS DE SAÚDE CENTROS DE SAÚDE

POSTOS DE SAÚDE CENTROS DE SAÚDE

POSTOS DE SAÚDE

C.S. Gorongosa Centro Educacional C.S. Muera P.S. Domba C.S. Piro C.S. Nhamissongora P.S. Nhataca C.S. Canda C.S. Vunduzi P.S.Chionde Casa Banana C.S. Tsiquir P.S. Tazaronda C.S. Cudzo C.S. Mucodza P. Socorro de Chitengo C.S. Púngue Fonte: DDS, 2005 5.4.3 Pessoal de saúde Ao nível do distrito, as estatísticas do sector indicam que existe um quadro de pessoal com apenas 55 Funcionários, sendo uma médica, 8 técnicos de saúde, 22 enfermeiros básicos, 2 Enfermeiros elementares, 2 parteiras, 20 agentes de serviço e 22 matronas. Tabela 21: Distribuição do pessoal de saúde

P.A SEDE P.A. NHAMADZI P.A. VUNDUZI TOTAL MÉDICOS 1 0 0 1 TÉC. DE SAÚDE 8 0 0 8 ENFERMEIROS 19 1 2 22 AGENTES DE MEDICINA 1 0 0 1 MICROSCOPISTAS 1 0 0 1 PARTEIRAS 2 0 0 2 SERVENTES 15 2 3 20 TOTAL 47 3 5 55 Fonte: DD Saúde, 2005 Muitas localidades do interior do distrito, deparam-se com falta de infra-estruturas sanitárias. Por exemplo, as populações de Muzuangungune, Murrombozi. A Direcção Distrital de Saúde, considera existir um défice no pessoal médico e para-médico disponível. De uma maneira geral, o numero de pessoal tecnico-profissional deveria aumentar tanto em quantidade como em qualiadade. sendo 5 agentes de medicina curativa , 6 enfermeiras de SMI como necessidades para as unidades periféricas que actualmente funciona com pessoal não qualificado. No distrito funcionam 6 postos fixos de vacinação, que se localizam nos centros de saúde da Sede, Mucoza, Vunduzi, Piro, Canda e Muera. As campanhas de vacinação de crianças e mães grávidas cobrem quase todo o distrito. Nas localidades sem unidades sanitárias elas são feitas através de brigadas móveis. 5.4.4 As principais doenças e camas disponíveis: As principais doenças no Distrito são: A Malária, Mal Nutrição, HIV/SIDA, diarreias, tuberculose, infecções respiratórias e anemia.

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A tabela abaixo retrata a disponibilidade de camas no Distrito, sendo o total de 91 camas, distribuidas em 88 para os centros de saúde e 3 para os postos de saúde. Tabela 22 - Numero de camas por unidade sanitária

CENTROS DE SAÚDE No DE CAMAS OBSERVAÇÕES

Centro de Saúde de Gorongosa

Tipo I

60 camas Maternidade=10 camas

Pediatria=12 camas

Outras enferm.=38 camas

Centro de Saúde de Nhamissongora 4 camas

Centro de Saúde de Tsiquir 3 camas

Centro de Saúde de Mucodza 3 camas

Centro de Saúde de Muera 3 camas

Centro de Saúde de Canda 3 camas

Centro de Saúde de Cudzo 3 camas

Centro de Saúde de Piro 3 camas

Centro de saude de Casa Banana 3

Centro de Saúde de Vunduzi 3 camas

Sub total 88

Posto de Saúde de Púngue 3 camas

Posto de Saúde de Nhataca -

Posto de Saúde de Tazaronda -

Posto de Saúde de Domba -

Sub total 3

TOTAL 91 camas

Fonte: DDS, 2005

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5.4.5 Estado Actual do Equipamento e das Infra-estruturas Quadro 9: Estado actual das infra-estruturas do sector da saúde

NOME DA UNID. SANITÁRIA

TIPO DE CONSTRUÇÃO

ESTADO FÍSICO EQUIPAMENTO HOSPITALAR

C .S.Sede Convencional Bloco externo bom Bloco Interno Normal

Razoável

C.S.Púngue Convencional Bom Bom C.S.Tsiquir Convencional Bom Bom C.S. CASA BANANA Convencional MBom MBom C.S. Nhamissongora Convencional Normal Bom C.s. Mucodza Convencional Suficiente Bom C.s.vunduzi Convencional Bom Bom C.S. Canda Convencional Mau Bom C.S Cudzo Convencional Bom Bom C.S. Muera Convencional Suficiente Bom C.S.Piro Convencional Bom Bom P.S. Chitengo Convencional Normal Razoável P.S.Centro Educacional Convencional Bom Bom P.S. Tazaronda Material Local Precário Bom P.S. Nhataca convencional Normal Bom P.S. Nhataca convencional Normal Bom P.S. Chionde Material Local Precário Razoável P.S. Domba convencional Bom Bom Fonte: DDS, 2005

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5.4.6 HIV/SIDA Política Nacional O Plano Estratégico Nacional de combate as DTS /HIV/SIDA, traça a situação em Moçambique, com metas e estratégias para o periodo de 2005 á 2009 elaborado por todos Ministérios. Para o plano do Distrito torna se importante referênciar os grupos mais vulneráveis:

Crianças orfãs Portador das ITS( Infecções de Transmissão Sexual) Camionista de longo percurso Poligamos e Presidiários

5.4.7 Situação actual A situação actual do HIV/SIDA no Distrito é alarmante, visto que o distrito é atravessado pela estrada Nacional nº 1 que liga o Sul ,Centro e Norte do Pais , contribuindo deste modo para alastramento da doença , através do movimento dos negociantes. Para se ultrapassar esta situação existem várias organizações , associações e grupos que lutam para a redução dos indices de prevalência. Quadro 10: Tendência da pândemia no Distrito

Ano Casos Evolução (%) 2000 54 - 2001 59 9 2002 40 32 2003 60 50 2004 32 46

Fonte: DDS, 2005 5.4.8 Instituições que actuam no âmbito da mitigação do HIV/SIDA Na persecução de acções que visam reduzir o índice de proliferação da epidemia do HIV/SIDA no distrito, varias instituições, ONG´s, e grupos comunitários que estão a desenvolver acções neste sentido, como ilustrado no quadro abaixo. Quadro 11: Instituições do Governo

Instituição Local de actuação Saúde Educação Cultura Juventude e Desporto Mulher e Acção Social Agricultura Comercio e Turismo Registo e Notariado

Todo o distrito

Fonte: DDS, 2005

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Quadro 12: ONG’s e Agências de cooperação

Posto Administrativo Sede Posto Administrativo Vunduzi Posto Administrativo Nhamadzi

RITA GTZ/PRODER TCE ASVIMO FHI C.V.M PSI/Jeito ASEM

FHI TCE RITA GTZ/PRODER C.V.M PSI/Jeito

FHI TCE RITA GTZ/PRODER C.V.M PSI/Jeito

Fonte:DDS, 2005 Quadro 13: Organizações comunitárias

Posto Administrativo Sede Posto Administrativo Vunduzi Posto Administrativo Nhamadzi

Grupo Teatral Nharu-Nharu Ametramo Luz na Comunidade ABC Strong Chiverano

Comités Comunitários USIP Ametramo

Comités Comunitários Ametramo Ass.Tawoniambo Walombo

Fonte: DDS, 2005 5.4.9 Actividades que realizam Sensibilização

Sensibilização das Comunidades na formação CCC( Coligações de Cuidados Comunitários) Visitas Domiciliárias Apoio Psico Social Teatros Distribuição de material I.E.C.( Informação , Educação e Comunicação)

Prevenção

Educação sanitária Apoio Social Directo

Projecto de geração de rendimento Alimentação Material escolar e de higiene Vestuários e cobertores Insumos agrícolas

Formas de financiamento A maior parte das associações dependem de doações.

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5.4.10 Principais Problemas do Sector

Insuficiência de pessoal Técnico Insuficiência de material médico Cirurgico Exiguidade de transporte. Insuficiência de casas para o pessoal inexistência de instalações para o funcionamento da AMETRAMO (atendimento público) deficiente ligação entre o sector de saúde e a medicina tradicional. Prostituição infantil, crianças chefes de familia Existência de maior número de crianças orfãs Elevado indice de prevalência de pessoas afectadas e infectadas de HIV/Sida. A redução da força de trabalho

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5.5 Serviços de Acção Social 5.5.1 Política Sectorial A edificação de um Estado de direito em Moçambique implica a observância de mecanismos de governação que protejam de um modo geral, as diferentes camadas sociais.

- Prestar assistência dos grupos alvos populacionais com carencia de apoio social, material ou moral nomeadamente criança idoso pessoa portadora de dificiência mulher vulneravel e outros.Promovendo o seu bem estar atraves da elevação do seu nivel de vida e extenção de oportunidades para o maximo desenvolvimento das suas capacidades.

- Desenvolver acções para atenuar o impacto das medidas de ajustamento estrutural sobre as camadas vulnerável da população.

O Papel do Governo O Governo responsabiliza-se pela elaboração e divulgação da Política Nacional da Acção Social através actividades sociais. O Papel da Sociedade Civil A sociedade civil, sobretudo o sector privado sem fins lucrativos, deverá desenvolver actividades sociais para grupos sociais mais vulneráveis. Essas acções serão desenvolvidas junto das comunidades, tanto nos locais de residência como nos locais de actividades económicas, sociais e culturais. O papel do Governo vai resumir-se no enquadramento das diferentes iniciativas junto das comunidades.No encaminhamento dos procedimentos Administrativos e Jurídicos e ainda na avaliação e monitorização dos efeitos dessas iniciativas . 5.5.2 Situação actual O sector de acção social, no distrito foi criado no ano de 1994. A sua presença neste, que foi um dos distritos intensivamente atingidos pelos efeitos da guerra, continua a ser necessária principalmente na identificação, enquadramento e facilitação dos grupos vulneráveis da sociedade no acesso a providência social do Estado e sector privado. A Acção social no distrito e feita nas areas da pessoa portadora de deficiencia, pessoa da 3ª idade, da mulher (viuvas e maes solteiras) e ainda na area da criança em situaçao dificil, por meio do registo do numero de desfavorecidos, apoio em material escolar, vestuario e passagens de certificados dfe vulnerabilidade na sareas ja descritas.

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Grupos assistidos:

160 idosos em idosos de alimentos 40 mulheres por programa beneficio social pelo trabalho 93 pesssoas nos projecto de geraçao de rendimento 700 crianças emmaterial escolar 300 crianças em vestuario

Tabela 23: Pessoas identificadas e assistidas.

CLASSES DOS DESFAVORECIDOS P.A. SEDE P.A. NHAMADZI

P.A. VUNDUZI TOTAL

PORTADORES DE DEFICIÊNCIA 375 230 295 900 IDOSOS 330 248 252 830 MULHERES1 248 110 142 500 CRIANÇAS2 560 190 250 1000 TOTAL 1513 778 939 3230 1Mães solteiras e viuvas 2Orfãos e crianças da rua Fonte: DDMAS, 2005 Hiv/Sida e Gênero O sector promove acções de prevenção e combate do HIV/Sida atraves de sensibilização e conscielização das comunidades, formação de activistas comunitarios e criação de comités comunitarios, que transmitem mensagens de sensibilização nesta luta, apoio directo as crianças orfãs e pessoas vivendo com HIV/SIDA. 5.5.3 Principais Problemas do Sector De uma maneira geral, os problemas sociais que afectam o distrito prendem-se com o nível de desenvolvimento económico e social, com a degradação física e moral da população devido a guerra e ainda com o fraco acesso ao esquema de reabilitação do tecido social e da sua infra-estrutura. Deste modo, preferiu-se agrupar os principais problemas em blocos homogéneos como a seguir se apresentam: • O casamentos prematuros com incidência em Canda e Vunduzi. • Precárias condições de habitação para mães chefe de família, crianças chefes de familia idosos

desamparados e outros. • Não existe escritório e residencias dos funcionários

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5.6 Registos e Notariado 5.6.1 Política do Sector A edificação de um Estado de Direito e justiça social em Moçambique, implica a observância de mecanismo de Governação baseada no cumprimento rigorosa, das leis vigentes que proteja de um modo geral as diferentes camadas sociais. Princiapais pontos da politíca Sectorial

Assegurar os registos dos actos impostos por lei. O registo da esfera pessoal assim como actividade das pessoas colectivas e singulares. Registos de contractos juridicos e extrajudicias . Estender ( expandir ) o sector até ao nivel do posto administrativa e outras zonas asseguradas

atraves das brigadas moveis .

5.6.2 Situação actual

O sector funciona a nivel do posto administrativo sede do distrito com uma cobertura ao nivel do distrito atraves das brigadas moveis de registo de nascimento. Para permitir a aproximação dos serviços ao publico, a luz do diploma ministerial nº 114/04 de 30

de Junho, cria os postos de registo civil nos postos administrativo deste distrito faltando a sua implementação devido a falta de meios humanos e materiais.

Articulação entre os Diferentes Niveis Articulação é feita através de encontros regulares com os lideres comnutária estes transmitem as conclusões dos encontros as suas cominidades, na educação dos cidadãos á promoção do registo dos seus casamentos tradicionais, nascimentos e óbitos a luz do diploma ministerial 80/04 de 14 de Maio. Distribuição da instituição do Registo no Distrito No posto administrativo sede funciona a Conservatória do registo e notariado e nos posto administrativo de Nhamandzi e vunduzi foram criados os postos de registo civil a luz do diploma ministerial 114/04 de 30 de Junho faltando a sua implementação devido a recurso humanos e materiaias. Actualmente os serviços estão sendo assegurados pelas brigadas moveis nos postos administrativos e localidade. Atribuição e competência

Assegurar os registos dos actos impostos por designadamente respeitante a esfera pessoal e prática os actos juridicos e extrajudicias, com a excepção do registo predial, comercial, automóvel e Celebração de escritura publica que é da competência da cidade da Beira e Dondo. Compete ainda a liquidação e pagamento de imposto de selos relativamente aos actos, contrato e

outros factos que sejam interviniente a luz do decreto lei nº 5/04 de 1 de Abril.

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5.6.3 Assunto Religioso Atraves do sector dos assuntos religioso no distrito o estado articula com diversas confissões religiosas. No Distrito existem 42 Seitas religiosas distribuidas em todos postos administrativios com a excepção da Muçulumana, Adventista do 7º dia, Testimunha de Jeová e Reino de Deus que funcionam no posto administrativo sede. Papel das confissões Religiosas

As confissões religiosas difundem as mensagem de consolidação de paz . Educação dos cidadãos a aderire nos programa de desenvolvimentos economicos e sociais ao

nível do distrito. 5.6.4 Principais Problema do sector

- Não há competências notariais para a celebração da escritura publica, registo comercial e

predial. - A conservatória não possui meio de transporte. - Não existem edifícios de funcionamento da instituição nos postos administrativos. - Existência de associações não legalizada. - Não se observa a cultura Jurídica nas populações. - Não existe recursos humanos suficiente. - Não há casas para residir o pessoal técnico.

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5.7 Ordem e Segurança Pública As instalaçoes do comando Distrital da P.R.M , encontram se no estado avançado de degradação que carece uma construção de raiz . Da mesma forma nos Postos Administrativos não existem instalaçoes para o funcionamento dos serviços policiais e as respectivas residencias. 5.7.1 Áreas minadas Generalidades Por se tratar de um distrito que foi seriamente afectado pelo conflito armado, obviamente, muitas minas ainda se encontram espalhadas, havendo assim a imperiosa necessidade de removê-las. Locais suspeitos de minas O reconhecimento dos locais minados é sempre feita com o apoio da população local. Os locais já identificados incluem: a) Nas localidades Quadro 14: Zonas suspeitas minas

Posto administrativo Localidade Povoação Numero de áreas minadas

Obs.

Tambarara Mucodza* Egipto Nhataca Nhambondo Nhampalapala*

Tambara

Tsiquir Pugue

Sede

Pugue Pavoa Canda Canda Nhaduhe

Nhamadzi

Cudzo Cudzo Cavalo Cravina

Cavalo

Massala*

Vunduzi

Casa Banana Casa Banana (*) • Antigo cruzamento-Hospital Massala à Casa Banana • E N 215 na curva perto do rio Mucodza • Elevação de Nhampalapala

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b) Nas vias de comunicações • Ponte sobre o Rio Mucodza • Margens da ponte de Púngue • Estrada que passa na ponte Massinhane • Ponte sobre Massinhane • Troço que liga a estrada à ponte Macaco (há 5 km) • Troço entre Baramba e Chitengo • Troço que liga Lojas à EN1 (Centro Nordeste-Canda) • Troço que liga Mago à Cravina Serra • Parte da Mancheta de Vunduzi (Chefe Cavalo) Os locais desminados são indicados pelo governo do distrito como sendo prioritários para o desenvolvimento económico e social do distrito. 5.7.2 Cadeia Disrital Neste sector as instalaçoes estao em pessimas condiçoes para o funcionamento que carece uma construçao de raiz incluindos as residencias para o pessoal tecnico.

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6 Meio Ambiente A Constituição da República confere a todos os cidadãos, o direito de viver num ambiente equilibrado, assim como o dever de o defender. A gestão ambiental baseia-se em princípios fundamentais decorrentes do direito de todos os cidadãos a um ambiente ecologicamente equilibrado, propício à sua saúde e ao seu bem-estar físico e mental. 6.1 Ao nível da exploração dos recursos florestais A exploração madereira é uma das actividades económicas que contribui de grosso modo para a maior parte dos problemas ambientais ligados a erosão dos solos, o aquecimento da superfície terrestre entre outros. Como consequência imediata, algumas localidades administrativas já sofrem o efeito da erosão dos solos enquanto que outras há, que já começaram a contar com solos agrícolas empobrecidos ou mesmo com rios e lagos sem água durante a época das secas. 6.2 Ao Nível da Zona Tampão do Parque Nacional de Gorongosa Na zona Tampão do Parque Nacional de Gorongosa o conflito armado ora terminado pois em causa a vida de algumas espécie de animais; tais como Zebra, Rinoceronte. Esse comportamento de exploração dos recursos do Parque Nacional obrigou a Administração do mesmo e outras hierarquias com ele relacionados a tomar medidas correctivas visando salvaguardar a fauna e a flora daquela instância turística nacional. 6.3 Ao nível da Serra de Gorongosa A Serra de Gorongosa é um ecossistema que desempenha importante função tanto para a micro-região em que se encontra localizada como para o Parque Nacional de Gorongosa. A água que abastece o Lago Urema, no Parque de Gorongosa, provém da serra de Gorongosa. A bio-diversidade animal e vegetal que ela possui, contribui de maneira directa na vida animal e vegetal do Parque. A Serra de Gorongosa, do ponto de vista económico e social, é um lugar que pode contribuir para o desenvolvimento do distrito na medida em que nela se pode desenvolver o eco-turismo, a pesca de pequena escala e ainda, a exploração sustentável de vários recursos pelas comunidades. 6.4 Principais Problemas Ambientais Os problemas ambientais que já se fazem sentir com relativa intensidade são por um lado provocados pela acção humana e por outro lado provocados pela morfologia do próprio terreno.

Prática de caça furtiva e abate indiscriminado de árvores de valor económico; Alta exploração madeireira e sem nenhum programa de gestão; Construção de habitações nas colinas e nos declives acentuados das montanhas; Erosão dos solos nas terras altas do interior; Queimadas descontroladas praticadas pelas populações durante a abertura de machambas e caça

de animais; Pressão humana sobre os recursos naturais nalgumas localidades provocada pela guerra.

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7 Áreas protegidas. 7.1 Parque Nacional de Gorongosa Generalidades Em 1920, parte do território do actual distrito de Gorongosa foi indicada para ser área de caça controlada, e servir de principal fonte de proteína animal, para abastecer aos homens que iriam trabalhar na maior plantação de açúcar e copra que seria estabelecida nessa altura, na região. Por volta de 1935, os 1.000 km2 de área de caça foram elevados à categoria de reserva, com o aumento da sua superfície para 3.000 km2. A primeira sede da referida reserva foi estabelecida no início dos anos 1940, mas um ano depois, devido à constantes inundações, foi transferida para a chamada “Casa dos Leões”. Em finais dos anos 1950, a área de Chitengo foi identificada como a sede da reserva, e aí foram erguidas as infra-estruturas para o funcionamento da unidade administrativa e de gestão da reserva. Em 1960, a reserva foi elevada a categoria de Parque Nacional, com a actual área de 3.770 km2. Um Parque Nacional é uma zona delimitada e legalmente protegida, destinada ao fomento, protecção, conservação da vegetação e dos animais bravios nele existentes bem como as paisagens ou formações geológicas de particular valor científico, cultural ou estético no interesse público. Salvo razões científicas ou de necessidade de maneio sustentável dos recursos, nos Parques Nacionais são estritamente interditas as seguintes actividades: a) Caçar dentro dos limites do Parque; b) Exploração florestal, agrícola, mineira ou pastorícia; c) Todos os trabalhos tendentes a modificar o aspecto do terreno ou das características da vegetação bem

como provocar a poluição das águas e, de um modo geral, todo o acto que pela sua natureza possa causar perturbações a flora e a fauna;

d) A introdução de espécies zoológicas ou botânicas, quer indígenas, quer importadas, selvagens ou domésticas.

Em 1982, antes da eclosão da guerra civil, o Parque Nacional de Gorongosa tinha dois acampamentos turísticos principais (Chitengo e Boa Vista). O número recorde de visitantes (11.000 turistas) foi atingido em 1973, confirmando assim o estatuto de um dos melhores Parques africanos de fauna bravia. Devido a instabilidade militar prevalecente na região, o Parque ficou encerrado por mais de 10 anos tendo ficado ao fim desse período com a fauna, a flora e mesmo as infra-estruturas turísticas completamente reduzidas a quase nada. Em 1995, um programa de emergência financiado pela Comunidade Europeia e implementado pelo IUCN-ROSA estabeleceu uma equipa anti-caça furtiva e ao mesmo tempo começou a reabilitação faunística do Parque. Em 1996, a GERFFA- Projecto de Gestão dos Recursos Florestais e Faunísticos da Direcção Nacional de Florestas e Fauna Bravia, com um financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento, assumiu a

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responsabilidade de reabilitar as infra-estruturas do Parque, estabelecer práticas de gestão sustentável dos recursos, promover pesquisas aplicadas e criar bases para o desenvolvimento do turísmo. O Parque Nacional de Gorongosa, para além de ser um grandioso centro turístico, é uma reserva florestal e animal de dimensão nacional. Localiza-se entre os distritos de Cheringoma, Muanza e Gorongosa e ocupa uma área de terra de 3.770 km2 dos quais 1.876,5 encontram-se localizados no distrito de Gorongosa, que corresponde a 50% da área do parque. Essa área representa cerca de 24,5% da área total do distrito . 7.1.1 A Política Nacional de Turismo A Política Nacional de Turismo prevê: • Projectar uma imagem prestigiosa de Moçambique para o mundo • Criar mais oportunidades de emprego • Assegurar a participação das comunidades locais no desenvolvimento sustentável do distrito • Desenvolver o turismo regional e internacional de alta qualidade • Dar prioridades a empresas nacionais no desenvolvimento do turismo. 7.1.2 Actividades em Curso no Parque Está em elaboração o Plano de desenvolvimento do Parque, o qual irá indicar as linhas gerais da política de desenvolvimento do Parque nos seus diferentes sectores de actividades. Por outro lado, o Governo está a estudar a possibilidade de privatizar a gestão de algumas actividades do Parque. O Plano Distrital de Desenvolvimento de Gorongosa aborda o Parque como um sector económico, social com valiosa contribuição para o desenvolvimento do distrito. Para além de pequenas obras de reabilitação das infra-estruturas da sede do Parque, a fiscalização florestal e faunística bem como a gestão comunitária dos recursos são outras actividades em curso no Parque. Actualmente, o Parque possui 96 Fiscais distribuídos em 17 Postos Fiscais. Assim, Gorongosa tem 7 Postos Fiscais; Muanza, 7 Postos Fiscais; Cheringoma, 2 Postos Fiscais e Chitengo tem 1 Posto móvel que serve de Posto Socorro aos postos anteriormente citados. Outras actividades em curso: • Levantamento ecológico • Controlo dos níveis de assoreamento do Lago Urema • Contagens aéreas e terrestres de animais • Reabertura de cerca de 100 km de picadas dentro do Parque

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7.1.3 Desenvolvimento eco-turístico do Parque O turismo é o conjunto de actividades profissionais relacionadas com o transporte, alojamento, alimentação e actividades de lazer destinado aos turistas por um período limitado. A Política Nacional de turismo é de atrair de forma dinâmica: • Turistas nacionais e estrangeiros para explorarem os recursos nacionais • Investidores nacionais e estrangeiros para investirem de forma sustentável • Orientar os utentes para adoptarem as melhores formas de praticar o turismo oferecendo-lhes em

troca, as infra-estruturas necessárias. As áreas seleccionadas para o desenvolvimento do eco-turismo no Parque e os elementos geo-naturais que ditaram a favor da referida escolha, são: a) Área de desenvolvimento eco-turístico do Púngue: Engloba duas áreas eco-turísticas nomeadamente a do Bué-Maria e a do Nhascuvo como a seguir são descritas: ♦ Área de desenvolvimento Bué-Maria: • Localiza-se no planalto de Gorongosa, no extremo Sudoeste do Parque • Tem 5 ha. de superfície. • Fica próximo de um monte com cerca de 322 m de altitude • A floresta dominante é a de miombo com zonas baixas cobertas de floresta ribeirinha • As principais actividades económicas ali praticadas são a agricultura e a pesca de subsistência. ♦ Área de Desenvolvimento de Nhascuvo: • Localiza-se no extremo Sudoeste do Parque, na região adjacente ao rio Púngue, há 7km da EN 1 • Tem 10 ha de superfície • A região tem algumas palmeiras e pau-preto • Foi um dos antigos acampamentos turísticos b) Área de desenvolvimento eco-turístico de Chitengo: • Localiza-se no limite sul do Parque, na região adjacente do Rio Púngue (base do Rift Valley) • Tem 4 ha de superfície • Está inserida na base do Rift Valley • Foi o principal acampamento turístico do Parque antes do conflito armado c) Área de Desenvolvimento Ecoturístico de Boa-Vista/Xivulo Engloba duas áreas eco-turísticas nomeadamente a de Boa-Vista e Xivulo como a seguir são descritas: ♦ Área de Desenvolvimento de Boa-Vista

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• Localiza-se na parte oeste do Parque • Tem 5ha de superfície • Encontra-se inserida dentro da zona faunística do Parque • A vegetação dominante é a floresta de miombo, a ribeirinha rodeada de savana • Fica há 8km da estrada nacional EN1 Inchope-Gorongosa

• Compreende os dois antigos acampamentos turísticos do Parque ♦ Área de Desenvolvimento de Xivulo: • Localiza-se no extremo sul do Parque • Tem 300 ha de superfície • Está inserida no extremo sul do Planalto de Gorongosa • A vegetação é de miombo, ribeirinha rodeada por extensas áreas de savana • Fica há 6km da estrada nacional EN1 Inchope-Gorongosa d) Área de desenvolvimento eco-turístico de Mazamba • Localiza-se na parte nordeste do Parque, na Zona Tampão • Tem 500 ha de superfície • Está inserida na ponta leste da muralha do Rift Valley e adjacente ao rio Mazamba, no distrito de

Cheringoma • A vegetação dominante é a floresta de miombo, capim e floresta ribeirinha • Possui uma pista de aterragem de aeronaves • Fica há 20km da Vila de Inhaminga 7.1.4 Zona Tampão do Parque Nacional A criação de áreas de conservação é reconhecida como a única forma de proteger os ecossistemas significativos do país. Entretanto, o estabelecimento dessas áreas tem quase sempre um problema que é o de impor restrições de uso dos recursos às comunidades locais. Por esta razão, surgirem frequentemente conflitos entre os gestores das áreas de conservação e os que praticam actividades ilegais, com o aumento dos habitantes do Parque e de uma maneira geral, devido ao aumento das necessidades de uso e aproveitamento dos recursos naturais e ainda a determinadas práticas de uso de terra não sustentáveis. As medidas sectoriais que tem vindo a ser adoptadas para corrigir essa realidade, resumem-se na fiscalização do Parque e na imposição de medidas administrativas aos furtivos e no envolvimento das comunidades na gestão dos recursos. A actual Política Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Florestais e Faunísticos assegura o envolvimento comunitário na planificação e gestão dos recursos florestais e faunísticos reconhecendo deste modo que a participação da comunidade na utilização, na conservação e no maneio integrado dos recursos é condição indispensável para o aproveitamento sustentável desses recursos.

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O Parque Nacional de Gorongosa é uma área protegida e portanto possui um conjunto de Princípios de Maneio e Desenvolvimento da Zona Tampão com os seguintes objectivos: • Promover a implantação de uma rede de projectos integrados de conservação e desenvolvimento

(PICD) piloto com participação comunitária na utilização e conservação dos recursos florestais e faunísticos na periferia do Parque.

• Reforçar a capacidade nacional para o desenvolvimento participativo de projectos comunitários de maneio de florestas e fauna bravia.

• Promover a legalização imediata dos limites da zona tampão do Parque bem como a aprovação dos princípios definidos.

7.1.4.1 Limites da Zona Tampão Uma das dificuldades no estabelecimento das zonas tampão é a definição dos limites, especialmente onde não existe limites naturais. Para o caso do Parque Nacional de Gorongosa, os limites da zona tampão são: • Limite Norte: Compreende as áreas de vigilância das extintas coutadas 1 e 3 e uma faixa de cerca de

5 km ao longo do Rio Nhandinde, ao Norte do Parque Nacional até a Vila de Inhaminga. • Limite Sul: É a faixa de mais ou menos 5 km de largura ao longo da margem Sul do Rio Púngue,

entre a EN 213 Dondo-Inhaminga e a EN1 Inchope-Vila de Gorongosa. • Limite Este: É a área confinada entre o limite Leste do Parque e a EN 213 Dondo-Inhaminga, desde

o Rio Mazamba à Samacueza. • Limite Oeste: Esta área é delimitada pelos Rios Vunduzi e Púngue ao Norte e Sul respectivamente e

pela EN 323 e o limite Oeste do Parque. 7.1.4.2 Objectivos da Zona Tampão • Estender a protecção dos ecossistemas únicos, áreas especiais, culturais e sagradas e bancos genéticos

de biomas que transcendem os limites legais do Parque e Co-Gestão. • Providenciar a primeira fase na dispersão racional do material genético protegido dentro do Parque. • Garantir a segurança e estabilidade ecológica dos factores bióticos e abióticos contra actividades

incompatíveis com os objectivos do Parque. • Radiar os princípios e estratégias de maneio e conservação no uso do Parque para as áreas

circunvizinhas, de forma a garantir a perpetuidade dos processos ecológicos. • Providenciar uma cintura protectiva contra os impactos externos, absorvendo-os e neutralizando-os

antes de atingirem o âmago do Parque. • Servir de cintura primária para a restauração ecológica e ambiental da região.

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• Providenciar modelos de utilização sustentável dos recursos naturais renováveis que podem ser

extrapolados para outras áreas. • Providenciar incentivos económicos práticos e perceptíveis para a protecção dos recursos para o

Parque. • Minimizar os impactos negativos decorrentes da agricultura itinerante e das queimadas descontroladas

através da promoção/introdução de sistemas alternativos de agricultura e uso de terra. 7.1.4.3 Princípios de funcionamento e desenvolvimento da Zona Tampão O sucesso na gestão do Parque Nacional de Gorongosa está directamente ligado ao sistema de maneio (conservação, utilização dos recursos naturais) estabelecido para a Zona Tampão. Os habitantes do Parque bem como os seus vizinhos estão fortemente dependentes dos recursos da Zona Tampão de onde provém a sua subsistência. Para estabelecer um ambiente equilibrado foram definidas as actividades permitidas e as proibidas de serem desenvolvidas na Zona Tampão. As actividades permitidas são aquelas que salvaguardam os programas de gestão do Parque e por outro lado, promovem a utilização sustentável dos recursos enquanto apoiam o desenvolvimento integrado das comunidades locais.

a) Actividades permitidas • Agricultura sedentária • Apicultura • Caça tradicional (uso de armas tradicionais) • Colheita de frutos e plantas medicinais • Colheita de materiais de construção (estacas, bamboo, capim e corda) • Eco-turismo • Exploração florestal • Fabrico de carvão aproveitando as ramadas dos madeireiros • Pastorícia • Pesca (artesanal)

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b) Actividades não permitidas

São todas aquelas actividades que contribuem para a degradação ecológica e impedem o desenvolvimento económico e social das comunidades locais. • Agricultura itinerante e nas encostas das margens dos rios • Caça comercial • Queimadas descontroladas • Exploração mineira 7.1.5 Serra de Gorongosa É um eco-sistema que deve ser protegido devido a sua rica bio-diversidade vegetal e animal. Ocupa uma extensão de 36.751,14 hectares com uma altitude máxima de mais de 1.800 metros. Localiza-se entre os Postos Administrativos de Nhamadzi e Vunduzi. Não faz parte do Parque Nacional mas a água dos rios que ali nascem, abastece os lagos do Parque, como é o caso do Lago Urema. Assim, são protegidas todas as terras acima da curva de nível dos 700 metros e todos os cursos de água no extremo oriental da Serra, incluindo uma faixa de terra de 50 m de largura para cada lado. O uso comunitário dos recursos incluindo a caça é praticado na área entre os cursos de água abaixo da curva de nível de 700 m para Este, até a fronteira ocidental do Parque. 7.1.6 Coutadas Coutadas são áreas delimitadas, de domínio público ou particular, nas quais o direito de caçar está reservado aos indivíduos que para tal obtiverem autorização das entidades competentes. Ao nível do Governo, o licenciamento da caça dentro das coutadas, bem como o respectivo controlo é da responsabilidade do sector de Turismo. Enquanto que fazendas bravias e florestais são da responsabilidade Agricultura. Nas coutadas oficiais, são permitidas as seguintes actividades: • Turismo de caça desportiva • Turismo cinegértico • Actividades de exploração florestal em regime de concessão • Reflorestamento das áreas devastadas Às comunidades locais, são permitidas as actividades a seguir mencionadas: • Prática de agricultura de subsistência • Pesca artesanal • Exploração de materiais de construção e combustível lenhoso • Actividades artesanais Entretanto, não é permitido nas coutadas, o exercício das actividades a mencionar a seguir: • Queimadas descontroladas • Exploração florestal em regime de licença simples • Agricultura de rendimento

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• Actividades pecuárias em grande escala. 7.1.7 Principais Problemas • Invasão humana nas áreas protegidas • Fraco envolvimento das comunidades locais no maneio e gestão dos recursos naturais • Prática de caça furtiva • Violação das normas de exploração dos recursos naturais na Zona Tampão • Conflito entre o homem e o animal selvagem • Queimadas descontroladas • Reduzido número de animais bravos, e espécies faunisticas e florestais em perigo de extinção • Poucos projectos/empreendimentos com objectivos de regeneração da floresta e aumento ou

multiplicação da fauna bravia • Redução da bio-diversidade; • Destruição da bio-massa • Infra-estruturas turísticas degradadas.

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Mapa 7.1: Parques, Zonas devigilância e Serra de Gorongosa

Distrito de Gorongosa

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8 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 8.1 ADMINISTRAÇÃO DO DISTRITO 8.1.1 Situação Geral A Administração do Distrito, é o órgão máximo do poder do Estado no Distrito, funciona na sede do Distrito e é dirigida por um Administrador. Fazem parte deste órgão administrativo, os Chefes dos Postos Administrativos, os Chefes das Localidades, os directores Distritais. No distrito funcionam as seguintes instituições do Estado:

Administração do distrito Direcção distrital do SISE Direcção distrital de Agricultura Direcção distrital de Educação e Cultura Direcção distrital de Saúde Direcção distrital de Indústria, Comércio e Turismo Direcção distrital da Juventude e Desportos Direcção da mulher e Acção Social Conservatoria dos Registos e Notariado Comando distrital da Polícia da República Tribunal Judicial Cadeia Civil

A sessão do governo é o órgão máximo do poder administrativo do Distrito e reune-se regularmente, uma vez por mês. 8.1.2 Recursos Humanos A Administração do distrito tem 66 funcionários, sendo 52 no Posto Administrativo Sede, 7 no de Nhamadzi e 7 no de Vunduzi, destes 4 são mulheres Em termos de formação académica a administração do distrito conta com seguinte quadros, como ilustra a tabela seguinte. Tabela 24 -Distribuição dos recursos humanos e sua formação escolar

12a

Classe

10a

Classe

9a

Classe

8a

Classe

7a

Classe

6a

Classe

5a

Classe

4a

Classe

3a

Classe

2a

Classe

1a

Classe

03 05 04 05 08 10 01 04 06 01 01

Fonte: Administração, 2005

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Tabela 25 –Funcionários públicos no Distrito por nivel

INSTITUIÇÃO NIVEL SUPERIOR NIVEL MEDIO NIVEL BÁSICO

NIVEL ELEMENTAL OU AUXILIAR

Administração do distrito 0 3 4 59 Direcção Distrital de Agricultura 2 8 2 10 Direcção Distrital de Educação e Cultura 0 68 220 60 Direcção Distrital da Saúde 1 6 22 31 Direcção Distrital da Mulher e Acção Social 0 2 1 0 Direcção Distrital da Indústria, Comercio e Turismo 0 0 1 0 Direcção Distrital das Obras Públicas e Habitação 0 0 0 1 Direcção Distrital da Juventude e Desportos 0 0 1 0 Direcção Distrital do SISE 0 1 1 0 Direcção Distrital dos Registos e Notariado 0 1 1 1 Tribunal Judicial 0 1 2 2 Cadeia Civil 0 1 1 - Total 3 91 256 144 Fonte: Administração, 2005 8.1.3 Recursos materiais e equipamento Em termo de meios circulantes,a administração do distrito tem apenas 21 unidades, sendo 4 viaturas, 2 tractores , 2 motos, 2 motas 50 e 11 bicicletas. Administração possui 19 edificios entre residências e serviços. Quadro 15: Recursos materiais e equipamento

Meios Quantidade Estado de utilização Imóvel (casas do Estado) 19 Carros Tractores Motorizadas Bicicletas

4 2 4 11

Máquinas de escrever 10 Secretárias Cadeiras Armários

Fonte: Administração, 2005

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8.1.4 Receitas e Despesas De uma maneira geral, as despesas anuais são superiores do que as receitas. No fim do ano económico de 2000 o saldo foi positivo em cerca de 13 mil contos. Mas no ano seguinte, a despesa pública foi 33 mil contos mais elevada do que a receita. A receita da Administração provém de impostos e da contribuição do Orçamento do Estado de nível provincial e as principais despesas são salários dos funcionários e o fornecimento de bens e serviços. RECEITAS E DESPESAS DOS ÚLTIMOS DOIS ANOS 2002 A 2003 Tabela 26: Receitas e despesas

ANO RECEITAS DESPESAS I.R.N. 2002 555.884.174,00 1,116.124.729,00 21.080.000,00 2003 729.489.660,00 1.315.781.442,00 30.000.000,00

Os principais fontes de receitas Imposto de Reconstrução Nacional Receitas de Moageiras Licenças de Letreiros, exposições e outros Receitas dos Mercados Taxas de exames de velocípedes Licenças para a construção e reconstrução de edifícios Rendimento do património do Estado Emolumentos Multas diversas Foros e rendas de terras Licenças não especificadas

Tabela 27: Receitas e despesas dos anos económicos de 2003 e 2004

RECEITAS & DESPESAS ANO ECONÓMICO DE 2003

ANO ECONÓMICO DE 2004

Receitas Locais 729.489.660,00 837.673.000Subsídio do OGE 1.160.000.000 1.707.877.000

RECEITAS

Sub-Total 1.889.489.660 2.545.650.000Sálários 603.009.534,00 767.6 88.588,00Bens e Serviços 268.530.064,00 334.156.549,00Outras Despesas 132.618.175,00 185.067.125,00

DESPESAS

Sub-Total 1.004.157.773,00 1.286.912.262,00SALDO + 13.030.637,00 - 32.987.028,00

Fonte: Administração, 2005

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8.1.5 Principais Problemas

• deficiente capacidade de cobrança de impostos locais • Limitada cobertura fiscal incompleta • Dependência de fundos externos (OGE, Governo Provincial, doadores etc.) • Limitados meios de transporte e de comunicação • Material e equipamento básico de funcionamento limitado • Degradação do estado de conservação dos edifícios da Administração • Limitada capacidade técnica dos funcionários públicos

Tabela 28: Receitas e despesas das instituições

Ano de 2002 Ano de 2003 Ano de 2004 Sector Receita (Mt) Receita (Mt) Receita (Mt)

Administração do Distrito

803.837.174,00 2.503.637.520,00 1.054.628.500,00

Agricultura 57.642.630,00 194.737.000,00 176.912.450,00Obras Pública 35.850.000,00 40.650.150,00 43.572.120,00Juventude e Desporto 750.000,00 1.870.000,00 1.870.000,00Total Fonte:Direcções distritais, 2005

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

9. Síntese dos principais problemas e potencialidades 9.1 Principais problemas O distrito, possui um considerável número de limitações de entre elas destaca-se as seguintes:

- A insuficiencia da rede de abastecimento de água; - Deficiênte estado de conservação das estradas terceárias - Persistencia de utilização pelos camponeses de tecnologias inadequadas

Deste leque de limitações resulta quase toda uma serie de deficiência no fornecimento de serviços ao publico o prejudica de certa forma economia, particularmente na comercialização de excedentes agrícolas do distrito Quadro 16: Resumo das principais limitações

Âmbito PROBLEMAS / LIMITAÇÕES

Localização

Insuficiencia de fontes de abastecimento de agua

Todo o Distrito Agua e saneamento

Inexistencia do sistema de abastecimento de agua domiciliaria na sede do distrito

Todo o Distrito

Utilização por parte dos camponeses de tecnologias inadequadas

Todo o Distrito

Elevado índice de erosão Nhamadzi, Vunduzi

Agricultura

Elevadas perdas de produção agrícola durante a conservação pós -colheita

Todo o Distrito

Defeciente cobertura sanitária para a prevenção e control de doenças

Todo o Distrito Pecuária

Inexistencia de um matadouro Sede Elevado indice de queimadas descontroladas

Todo o Distrito (Zona Tampão)Florestas e Fauna Bravia

Abate indescriminado de árvores

Todo o Distrito

Estradas e Pontes Mau estado de conservação de algumas das estradas tercearias e pontes

Todo o Distrito

Indústria Limitada capacidade de processamento dos produtos

Todo o Distrito

Comercio Descapitalização dos Todo o Distrito

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Âmbito PROBLEMAS / LIMITAÇÕES

Localização

comerciantes Turismo Reduzidas infra-estruturas Parque Nacional Recursos minerais Extração ilegal de ouro Tsiquir Comunicações Insuficiencia de meios de

comunicação dentro do distrito Vunduzi e Nhamadzi

Escolas construidas de material precário

Todo o Distrito

Apetrechamento limitado de mobiliário escolar

Todo o Distrito

Educação

Insuficiencia de professores formados

Todo o Distrito

Insuficiencia do pessoal técnico qualificado

Todo o Distrito Saúde

Longas distancias entre unidades sanitarias

Todo o Distrito

Prática de caça furtiva Todo o Distrito (Parque Nacional)

Abate indiscriminado de arvores de valor económico

Todo o Distrito (Parque Nacional)

Aspectos ambientais

Construção e cultivo nas zonas de montanha com declive acentuado

Serra de Gorongosa Cudzo e Vunduzi

Insuficiencia de residencias para funcionários

Postos Administrativos Administração Pública

Insuficiencia de instalações para funcionamento

Pungue, Cudzo e Casa Banana

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

9.2 Principais potencialidades

Para o desenvolvimento economico e social o Distrito possui potencialidades em duas areas de agricultura e Turismo. As condições agro-climáticas do Distrito permitem a pratica de uma agricultura divesificada, recorrendo a diferentes tecnologias, pois os solos possuem uma aptidão agricola boa a moderado, destacado-se as regiões da casa Casa – Banana ( Zona tampão de PNG), Madibe, Nhamissongora, Tsiquir, a volta da serra ( a baixo de 700 metros de altitude), Nhabirira( até ao limite com Macossa), Boto e Mucodza. O sector familiar e comercial, pratica frequentemente as seguintes culturas de rendimento: Piri-piri (para exportação), apicultura, fruticultura, algodão , girassol, soja, batata, feijões algodão e hortaliças. Existem ainda boas condições para pastagem, no Posto Administratitvo de Nhamdzi, o que constitui um potencial para a criação de gado, que podereria contribuir sobremaneira para a tracção animal. No Distrito, está estabelecido o Parque Nacional de Gorongosa, com uma rica diversividade de espécies animais e florestais. Quadro 17: Resumo das principais potencialidades

Potencialidades / Oportunidades Localização Existência de recursos hidricos abundantes Todo o Distrito Existencia de uma rede de extensão abrangente Todo o Distrito Existencia de saibro e pedra Todo o Distrito Existencia de uma rede de energia electrica permanente

Sede

Existencia de experiencia sobre o maneio comunitário em algumas zonas do distrito

Todo o Distrito

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10 Estratégia de Desenvolvimento Introdução A estratégia de desenvolvimento do Distrito de Gorongosa, tem em vista a racionalização e o direccionamento correctos de todas as possíveis intervenções de desenvolvimento no Distrito. É através desta que o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito, ganha corpo para a solução dos principais problemas da comunidade. Assim, é importante definir a estratégia de desenvolvimento do Distrito, de modo a alcançar os objectivos e resultados desejados pelo Distrito. 10.1 Âmbito do PARPA No cumprimento do plano quinquenal do Governo, o Distrito traçou algunhas linhas de acções, com vista a redução da pobreza absoluta no seio da população. Para tal na área da agricultura preve-se o fomento de culturas de rendimento, (algodão, Gergelim, Girassol), Fomento de animais de pequena especie (caprinos, perus e galinhas do mato) e fomento de fruteiras ( Ananazeiros, litcheiras). Na educação preve-se a ampliação da rede escolar, construção de escolas com material convecional, criar pomares escolares, aumento da produção escolar, criar nas comunidades escolares familias sem analfabetismo. Nas Obras Públicas esta previsto a abertura de estradas garantir a sua manutençãao, reabilitaçao de pontes e abertura de mais fontes de abastecimento de agua potavel. 10.2 Principais problemas do Distrito O distrito debate-se principalmente com os seguintes problema:

- Queimadas descontroladas; - Caça furtiva; - Insuficiência de fontes de abastecimento de água potável.

10.3 Principais potencialidades do Distrito As principais potencialidades do distrito são o parque nacional de Gorongosa com a sua fauna bravia diversificada, a serra de Gorongosa e uma extensão de floresta nativa com uma grande variedade de espécies florestais de grade valor económico, e possui terras férteis para prática de agricultura.

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10.4 Principais áreas criticas do Distrito Em termos de desenvolvimento, as áreas criticas no Distrito são as regiões de Casa Banana e Muera , que é assolada por um défice de produtividade constante, a região de Cudzo tem grandes limitações em termos de transitabilidade rodoviária, devido a grande degradação das vias de acesso, o problema de queimadas descontroladas afecta maioritariamente a zona tampão do parque, pondo em perigo o habitat do parque nacional de Gorongosa. 10.5 Oportunidade para o desenvolvimento do Distrito O Turismo, poderia ser uma das alavancas de desenvolvimento do distrito, a outra área a ser explorada poderia ser a agricultura, visto que o distrito comporta uma grande reserva hídrica e uma grande extensão de terras férteis.

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10.6 Regiões de desenvolvimento 10.6.1 Caracterização das regiões de desenvolvimento do Distrito De uma análise minuciosa da situação actual do Distrito, resultou numa subdivisão em micro regiões que apresentam características similares em termos de condições agro-ecologicas, densidade populacional, distribuição de infra-estruturas sociais e económicas. A definição das regiões de desenvolvimento, permite uma melhor visualização da situação actual do distrito, pois este não tem o mesmo nível desenvolvimento em todo o território, e no momento de implementar qualquer acção que seja para a melhoria na prestação de serviços a população, procura-se fazer de forma a reduzir as assimetrias o máximo possível, concorrendo assim para a redução da pobreza no distrito. Assim, o distrito de Gorongosa ficou dividido em quatro regiões de desenvolvimento, de acordo com as suas características, problemas e potencialidades. Região A: Abrange os Regulados de Tambarara, Canda e Sdzungira. Caracterizada por uma grande densidade populacional, um micro clima que favorece uma grande diversidade de flora e fauna, devido as suas condições físico naturais predominantemente de rios permanente e relevo de montanha, possui terras aráveis a pratica de agricultura e pecuária, ha indícios de ocorrência de minerais como o ouro.

Região B: Cobre a zona do Parque Nacional de Gorongosa, é uma região de planícies, que comporta um ecossistema diversificado e uma grande variedade de espécies florestais e faunísticas. Região C: Esta região abrange a localidade de Casa Banana, as povoações de Piro, Jutchenge, Muziuangungune, Boto, Tsiquir, Mucodza, Bunga e Nhandemba e Nhambita , que constituem a zona tampão do parque nacional de Gorongosa. Possui uma vasta planície, que comporta um ecossistema diversificado e uma grande variedade de espécies florestais e faunísticas. Mas é de destacar que algumas regiões, tais como a de Casa Banana, são assoladas por uma queda irregular de precipitação, o que faz com que a disponibilidade de agua seja limitada. Região D: É basicamente a região da serra de Gorongosa, é predominantemente montanhosa, com terras aráveis, predominância de uma grande biodiversidade o que faz com que a sua flora e fauna seja muito diversificada e possui condições agro-ecologicas propicias à produção agro-pecuária.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Mapa das regiões de desenvolvimento do Distrito.

D

BA C

Zona caracterizada por alta densidade de população e

alto potencial agrícola

Área de conservação –Parque Nacional de Gorongosa

Área de transição –Zona tampão

Zona de conservação –Serra de Gorongosa

Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.6.2 Principais problemas por região Região A:

Debate-se com o problema de insufiência de fontes de abastecimento de água potável. Este facto deve-se ao maior número de fontes de abastecimento de agua avariadas no Distrito. Região B:

É assolada por queimadas descontroladas. Este facto deve-se ao crescimento numero de caçadores furtivos e queimadas descontroladas. Região C:

Debate-se com o problema da caça furtiva. Região D:

Ocorrência de erosão Devido ao cultivo nas zonas de grande inclinação. 10.7 Visão de desenvolvimento do Distrito Até 2009, o Distrito possui infra-estruturas de comunicação abrangentes, abastecimento de agua potável, em boas condições, os níveis de produção agro-pecuários tornam o distrito num celeiro da região, melhora o agro-processamento rural e tem serviços de assistência sanitária, educação excelentes e de melhor qualidade, disponíveis a maior parte da população. A protecção do meio ambiente favorece o desenvolvimento da actividade turística, a volta do maior e históricos habitat natural de fauna e flora, o Parque e a serra de Gorongosa. 10.8 Principais actores de desenvolvimento A nível da Comunidade: Fóruns locais, lideres religiosos e comunitários, médicos tradicionais, professores, enfermeiros, extensionistas, organizações baseadas na comunidade (comités de agua, de gestão de recursos naturais, associação de camponeses) A nível do Distrito: Governo distrital, ONG’s (FHI, TCE, RITA, CVM), operadores privados, IPCC’s, ETP, agencias de cooperação (GTZ/PRODER). A nível Provincial: Governo provincial, EPAP, DPPF, ONG’s, Agencias de cooperação, operadores privados.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.9 Principais alternativas de desenvolvimento por região Após análise dos principais problemas e suas causas, foram definidos os objectivos de desenvolvimento, de onde são extraídas as principais alternativas para melhorar a situação actual de cada uma das regiões. Para a região A, é proposto que se aumente o nº de fontes de abastecimento de água potável e capacitação das comunidades no seu uso e manutenção. Na região B, de modo a se poder usufruir da biodiversidade da região, ha uma grande necessidade de se melhorar os níveis de gestão e maneio dos recursos naturais. A região C, porque constitui a zona tampão, os níveis de gestão e maneio dos recursos naturais, devem ser redobrados, de modo a reduzir a ocorrência da caça furtiva e das queimadas descontroladas. Na região D, é onde esta estabelecido o coração que alimenta toda a biodiversidade da região do distrito de Gorongosa, a redução dos níveis de cobertura vegetal devido a pratica da agricultura na encosta da serra, leva a ocorrência da erosão facto que pode perturbar toda condição natural do lugar, sendo portanto necessário reduzir todos factores negativos que concorrem a perturbação do ambiente da região. 10.10 Principais áreas de intervenção por região Da analise efectuada aos principais problemas, por cada região, foram definidas as áreas de intervenção abaixo, como principais focos de acção de modo a mudar a situação em que se encontra o distrito actualmente. Para a região A: As áreas de formação, para melhorar o nível de percepção dos diferentes aspectos de desenvolvimento é tomada como sendo de grande necessidade, na área de abastecimento de água é necessário que se aumente mais fontes de abastecimento de água potável de modo a reduzir a distância e tempo de procura desse precioso líquido. Para a região B: Tendo em conta o potencial para o desenvolvimento do turismo, que o parque de Gorongosa comporta, ha uma grande necessidade de desenvolver medidas que visam a protecção do meio ambiente. Para a região C: O nível de uso de recursos naturais nesta região deve ser feito de uma forma muito cuidada, sendo portanto necessário incrementar acções que visam a melhorar a capacidade de gestão dos mesmos e a melhoria das tecnologias de produção agro-pecuária. Para a região D: A protecção do meio ambiente nesta região é vista como sendo de grande importância, para a manutenção do ecossistema. 10.11 Matriz de desenvolvimento do Distrito As matrizes que se seguem foram são resultado da analise dos diferentes problemas identificados nas diferentes regiões do distrito, trazendo a luz as principais preocupações da Comunidades.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Foram analisados os problemas e identificadas as causas e efeitos que posteriormente transformados em meios e fins, tendo culminado na definição das matrizes por área de intervenção por região. 10.11.1Abordagem de produção agro-pecuária

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorada a produtividade agricola Até 2009, melhorado o nível de produtividade agro-pecuária em pelo menos 40%

Relatótrios e levantamentos

Os camponeses aplicam tecnologia adequada de producão agricola

OBJECTIVO IMEDIATO Melhorar o conhecimento de tecnicas adequadas para a produção agricola

Até 2009, pelo menos 40% de camponeses aplicam tecnologias adequadas

Relatorios Camponeses adoptam as tecnologias adequadas

RESULTADOS R1 – Melhorado o uso de terras desponiveis R2 – Preservada a vegetação R3 – Assegurada a disponibilidade da capacidade tecnica R4 – Melhorada a difusao das tecnologias R5 – Introduzidas tecnologias apropriadas.

Mais de 40% das familias camponesas aplicam tecnologias adequadas na preparação dos solos Até 2009, pelo menos 40% da população adoptam medidas de combate a errosão com o uso de muralhas,vetigrass e reflorestamento Ate 2009, pelo menos 20 técnicos capacitados em tecnicas de preservação agricola Ate 2009, elaborado o programa e difudido para o grupo alvo Ate 2009, mais de 60% das famílias assistidas adoptam tecnologias apropriadas em todo o distrito

Relatórios e verificação Física Estatisticas e visitas Relatórios Relatórios e Brochuras Relatórios e verificação física

Os camponeses participam na capacitação sobre a preparação dos solos As populações reduzem as areas de errosao Os técnicos defundem eficientemente as técnicas agrícolas As tecnologias difundidas sao facilmente perceptiveis e cativantes As comunidades adoptam as tecnologias

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

ACTIVIDADES A1.1 – Minimizar a ocorrência da erosão A.1.2 - Reduzir o cultivo em zona de declive acentuado A1.3 - Reduzir a incidência de queimadas descontroladas A2.1 - Sensibilizar as comunidades sobre as melhores praticas do cultivo A2.2 - Melhorar o sistema do fabrico e produçao de carvão A3.1 – Capacitar as comunidades sobre o uso de melhores tecnologias A3.2 - Afectar pessoal técnico qualificado A4.1 – Garantir a disponibilidade de meios de difusão A4.2 - Instalar rádios comunitários A4.3 – produzir e difundir informação sobre melhores praticas de produção agro-pecuária A51 – Sensibilização das comunidades a prática de culturas resistentes a seca. A5.2- Construção de sistemas de irrigação

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.2 Abordagem de formação

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorado o acesso a educação a maior parte da população do Distrito

Até 2009, melhorada escolarização da população em pelo menos 70%.

Balanço quinquenal 2005 - 2009

Reduzida a desistência da rapariga

OBJECTIVO IMEDIATO Assegurado o acesso a educação nos diferentes níveis

Ate 2009, assegurado e integração nos diferentes níveis de ensino para pelo menos 70%, da população

Relatórios Garantida a inscriçao gratuita

RESULTADOS R1 – Reduzida o índice de analfabetismo

Até 2009, reduzido o índice de contaminação de HIV/Sida na estudantil

R2 – Reduzidas as longas distancias a procura de escolas R3 – Apetrechadas as salas de aulas R4 – Melhoradas as condições de transporte para assistência as escolas R5 – Reduzido o índice de contaminação do HIV/Sida

Ate 2009, reduzido o índice de analfabetismo em pelo menos 70%. Ate 2009, construídos pelo menos 6 escolas em todo o distrito Até 2009, apetrechadas pelo menos 49 salas de aulas em todo o distrito Até 2009, melhoradas as condições de transportes

Relatórios Relatórios Relatórios Relatórios Relatórios

Construídas Infra-estruturas escolares Construídas Infra-estruturas escolares Criadas as condições financeiras Criadas as condições financeiras Comunidades sensibilizadas

ACTIVIDADES A1.1 – Sensibilização da comunidade a afluir ao ensino A1.2 - Criação de Conselhos comunitarios A2.1 – Construção de infra-estruturas escolares A3.1 – Apetrechamento de salas de aulas A4.1 – Aquisição de meios circoulantes A5.1 – Realizar palestras sobre HIV/Sida

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.3 Abordagem de assistência sanitária

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorada a cobertura dos Serviços de Saude

Ate 2009, melhorada a cobertura dos serviços de saude em pelo menos 60%

Relatórios Reduzido o numero da população a procura da medicina tradicional

OBJECTIVO IMEDIATO Aumentada abrangência da utilização dos serviços de saude

Ate 2009, aumentada abrangência da utilização dos serviços de saude em pelo menos 60%

Relatótrios A comunidade usa os serviços de saúde

RESULTADOS R1 – Reduzido o indice de Contaminação do HIV/Sida R2- Melhorada a capacidade Tecnica R3 – Melhorada as condições de transporte R4 – Melhorada as condições técnicas e de comunicações no sector R5 – Construídas infra-estruturas de saúde

Ate 2009, pelo menos 60% da população activa passa por GATV Até 2009, afecto um medico, 10 enfermeiros básicos, 5 de SMI, em todo o distrito Até 2009, melhorada as condições de transportes para a maior parte das unidades sanitárias Até 2009, melhoarada as condições técnicas e de comunicações em pelo menos 60% Até 2009, construidas 20 Infra-estruturas em todo o distrito

Relatótrios Construidas e reabilitadas as infra-estruturas da Saúde Incentivadas e dessiminadas as regras básicas de hiegene

ACTIVIDADES A1.1 – Sensibilização das comunidades sobre a prevenção e combate do HIV/Sida A2.1 – Contratação do pessoal técnico qualificado as exigências do sector A3.1 – Aquisição de meios circulantes

A4.1 – Aquisição de meios informaticos A5.1 – Sensibilizadas da comunidade sobre o regras basicas de higiene. A5.2 - Construção e reabilitação das infra-estruturas de Saúde

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.4 Abordagem de desenvolvimento de infra-estruturas publicas

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorada a transitividade das vias de acesso

Até 2009, melhorada a transibilidade de vias de acesso em 40%

Relatórios Verificação

Criados condiçoes da manutenção das vias de acesso

OBJECTIVO IMEDIATO Construídas e reabilitadas vias de acesso

Até 2009, construidas e reabilitadas vias de acesso em pelo menos 40%

Relatórios Verificação

Sector das OPH junto a comunidade participando na construção e reabilitação as vias de acesso

RESULTADOS R1. Melhorada a capacidade técnica R2. Estabelecido um parque de maquinas para a Melhoria da disponibilidade de equipamento R3. Capacitada a comunidade para a manutenção das vias de acesso

Até 2009, reabilitados 500 Km de estrada em todo o distrito

Criadas condições de manutenção das vias de acesso.

R4 – Melhorado o estado das vias de acesso durante todo o ano

Até 2009, afecto 3 tecnicos qualificados as exigencias do sector Até 2009, adquirido uma pá mecânica, e um tractor

Até 2009, as comunidades estarão capacitadas para manutenção das vias de acesso Até 2009, são mantidos 15 estradas terciarias pela comunidade

Relatórios Verificação Relatórios Verificação

Relatórios Verificação Relatórios Verificação

Sector O.P.H junto as comun idades participando na construção e Reabilitação das vias de acesso. Técnicos capacitados em materias de construção e Reabilitação das v ias de acesso Construídas Infra-estruturas Rodoviárias

ACTIVIDADES R1. Afectação de um Técnico suerior R2 - Formar o pessoal do Sector R3. Disponibilizar o equipamento adequado(Matrerial do Escritorio) R4. Sensibilizar a cumunidade para a manutenção das vias de acesso. R5 – Construção de infra-estruturas rodoviarias (500 km ) R6 – Aquisição de meios circulantes e informáticos (uma Viatura e um Computador Completo)

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10.11.5 Abastecimento de agua

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorado o acesso ao abastecimento de água potável

Até 2009 melhorado o abastecimento de água potável para maior parte da população

Relatório Maior parte da população consome água potável para garantir um bom nível de saúde

OBJECTIVO IMEDIATO Garantido a disponibilidade de fontes de abastecimento de água potável

Até 2009, pelo menos cerca de 5000 pessoas terão acesso a água potável

Inquérito levantamento Sensibilizadas as comunidades para uso de água potável

RESULTADOS R1. Melhorada a disponibilidade de fontes de abastecimento de água potável R2. Capacitadas a comunidade para um melhor uso das fontes

Os técnicos formado trabalham em locais indicado e realizam ou disponibilizados os fundos para construçao do sistema de abastecimento de agua

R.3. Melhorada a capacidade técnica para reparação das fontes de agua

Ate 2009, 28 comités de água formados e capacitados. Até 2009, capacitadas as comunidades no uso das fontes em 1000 Até 2009, treinado pelo menos um técnico em cada Posto Administrativo em matéria relevantes a reparação de fontes de agua no Distrito.

Relatórios e levantamento Relatórios e levantamento Relatórios e levantamento

As comunidades adoptam e aplicam o uso correcto das fontes de água,

ACTIVIDADES A1.1. Construir 20 fontes de abstecimento de agua A1.2 - Reabilitar as 8 fontes existentes A2.1 - Capacitar os Comités de Gestão de água A2.2 - Adquirir acessórios 28 kits A3.1. Sensibilizar as comunidades para o correcto uso das fontes A3.2 – Criar 28 Comités de gestão de água A4.1- Formar o pessoal do sector. A4.2-Projectar o sistema de abastecimento de água. A5.3-Disponibilizar recursos necessários a instalação do sistema. A5.4-Construir o sistema de abastecimento de água na Sede do Distrito. A6.1–Melhorar o sistema de saneamento A6.2 Sensibilizar os agentes economicos para venda dos acessorios das bombas de agua. A6.3 Construção para residencia para Técnico Superior

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10.11.6 Agro-processamento e Comercialização

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorada a rede Industrial de agro-processamento

Até ao ano 2009, melhorada a rede indústrial de agro-processamento em 20%

Infra-estruturas construidas, equipamento e relatórios.

Criadas condições de utilização de equipamentos industrial

OBJECTIVO IMEDIATO Aumentada abrangência de utilização de Tecnologias para o agro- processamento

Até ao ano 2009, aumentada abrangência de utilização de tecnologias de agro-processamento em 20%

Relatórios As comunidades utilizam indústria agro--processamento.

RESULTADOS R1. Mobilizadas as empresas para venda de equipamento de agro-processamento. R2. Melhorado o uso de equipamento de agro-processamento

Até 2009, existem pelo menos dois estabelecimento de venda de equipamento agro-processamento no distrito. Até 2009, capacitadas 4 comunidades em técnicas de uso do equipamento agro-processamento no distrito.

Relatórios anuais

As comunidades compram os equipamentos agro-processsamento. As comunidades tem o conhecimento sólido sobre o funcionamento dos equipamentos agro-processamento.

ACTIVIDADES A1.1 Sensibilizar as empresas vocacionadas a venda do equipamento agro-processamento de produtos A2.1 Capacitar as comunidades na utilização dos equipamentos de agro-processamento.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorada a rede comercial no Distrito

Até 2009, promovidas pelo menos 3 feiras comerciais por ano em todo o distrito

Relatórios Criadas condições de apoio financeiro dos comerciantes rurais

OBJECTIVO IMEDIATO Aumentada a organização dos comerciantes informais

Até 2009, licenciados pelo menos 50%, dos comerciantes informais identificados

Relatórios Os Comerciantes possuem licençsa de licenciamento

RESULTADOS R2. Melhorada as infra-estruturas

Relatórios R3 – Legalizado o comercio Rural

Até 2009, construídos pelo menos um mercado em cada posto administrativo Até 2009, pelo menos 50%, dos comerciantes rurais são legalizados, e exercem sua actividade em melhores condições

Relatório anuais

Disponibilidade de Instituições de crédito Construidas as Infrastruturas a dequadas Adesão dos agentes económicos ao processo de licenciamento oficial

ACTIVIDADES A1.1 – Construição e reabilitação das cantinas A2.1 – Licenciar e inspeccionar actividades económicas A.2.1.1 Promover a extensão de industria de micro dimensão nas zonas rurais mais reconditas no Distrito.

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10.11.7 Prestação de serviços públicos a) Administração

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorada a prestação dos Serviços públicos a maior parte da população do distrito

Ate 2009, pelo menos 60%, da população do distrito tem acesso Serviços públicos de melhor qualidade

Balanço 2005-2009 Criadas as condiçoes de colectas das receitas

OBJECTIVO IMEDIATO Aumentada a capacidade Tecnica e Administrativa de prestação de serviços públicos

Ate 2009, pelo menos 60%, dos funcionários públicos, de todo o distrito capacitados a fornecer serviços de acordo com a exigência do sector.

Relatório Criadas as condiçoes de capacitacao

RESULTADOS R1 – Melhorada a colecta das receitas e prestação de serviços

R2 – Construidas e apetrechadas as infra-estruturas de nos Postos Administrativos e localidades

R3 – Melhorada as condições de transporte

Ate 2009, melhorada a colecta das receitas pelo menos em 60%. Ate 2009, construídas infra-estruturas funcionamento e residência em todos Postos Administrativos e Localidades Até 2009, adquiridos meios circulantes para os Postos administrativos e localidades

Relatório Balanço quinquenal

Relatório e Balanço quinquenal

Aumentada a colecta de receita e melhorada a prestação de serviços aos utentes Melhoradas as condições de habita,cão e de trabalho dos funcion’arios da administração Melhorada a dinâmica dos Serviços da Administração na colheita de receitas e dignificação do papel da Administração

ACTIVIDADES A1.1 – Formação do pessoal para a colecta de receitas e adequação a prestaçao de Serviços; A2.1 – Construção e apetrechamento das infra-estruturas funcionamento e residência A3.1 – Aquisição de meios circulantes

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b) Registos e Notariado

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorada a cobertura dos Serviços dos Registos e Notariados

Ate 2009, melhorados a cobertura dos Serviços dos Registos e Notariados, através de brigadas moveis em todo o distrito

Relatórios e balanços Sinteticos

Admitido o pessoal

OBJECTIVO IMEDIATO Melhorado o nível de atendimento ao Publico

Ate 2009, pelo menos 65%, da população do distrito tem acesso aos serviços

Relatórios Alocados equipamentos

RESULTADOS R1 – Aumentada a capacidade Tecnica R2 – Construidas as infra-estruturas

R6 – Cidadãos sensibilizados sobre a necessidade de registo

Relatorios Anuais e Balanço Quinquenal

Cidadãos aderem ao processo de registo

R3 – Melhoradas as condições de funcionamento dos serviços R5 – Apetrechadas as infra-estruturas dos serviços

Ate 2009, afectos ao sector, 2 ajudantes, 1 administrativo, 4 auxiliares Ate 2009, construídos e estabelecer postos de registos em todos os postos administrativos Até 2009, apetrechados os serviços com meios circulantes (4 motorizadas e 1 viatura ), materiais Até 2009, apetrechadas infra-estruturas em mobiliários do escritórios

Até 2009, cidadãos sensibilizados e registados em pelo menos 65% do universo da população do Distrito

Relatorios Anuais e Balanço Quinquenais

Relatorios Anuais e Balanço Quinquenais

Relatórios e Verificação

Relatórios e Verificação

Construidos Postos dos Registos e Notariados Construidos Postos dos Registos e Notariados

Alocados os meios de transportes

Criadas as condições de apetrechamento

ACTIVIDADES A1.1-Admitir o pessoal Técnico A1.1- Capacitar o pessoal existente; A1.1- Sensibilizar as comunidade a aderir os serviços A2.1-Construir os Postos de Registos Civil nos Postos Administrativos de Nhamadzi e Vundudzi; A2.2 - Construir uma residencia do Tipo III para o Conservador na Vila Sede

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

A.2.3 – Construir 4 residencias do Tipo III sendo duas para os Chefes dos Postos de Registo em Nhamadzi e Vunduzi,e duas para os ajudantes dos registos dos Postos Administrativos acima citados. A3.1 – Afectar 2 motos e uma viatura para os Aostos Administrativos e Vila Sede A4.1 – Adquirir dois computadores Completos, um Fax e 10 secretarias e 20 cadeiras A5.1 – Apetrechamento em mobiliario do escritotrio e equipamentos. A6.1 – Realizar campanhas de registo de nascimento através de brigadas móveis, A6.2 - sensibilização e divulgação das normas vigentes, A6.3 Fazer o levantamento exaustivo dos tribunais comunitários e Seitas religiosas

Administração do Distrito de Gorongosa 128

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

C) Administração da Justiça

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorada a Administração da Justiça

Até 2009 melhorada a tramitação e resolução de diverso expediente na Administração da Justiça em 30%

Relatórios e Inquéritos Combatido a atropelo das normas jurídica pelos cidadãos

OBJECTIVO IMEDIATO Aumentada a abrangência da Administração da Justiça a todos níveis

Até 2009 aumentada abrangência da Administração da Justiça aos níveis de posto administrativo

Relatórios e Inquéritos A Comunidade usa os Serviços da Administração da Justiça

RESULTADO R1 Melhorada a divulgação das normas jurídicas;

R2. Melhorada a capacidade técnica

R3 – Construídas e apetrechadas infra-estruturas

Até 2009, melhorada a divulgação jurídica através de meios de informação publica a maior parte da população Até 2009, melhorara a capacidade técnica de acordo com as exigências do sector Até 2009, Construídas e apetrechadas infra-estruturas em mobiliarios diversos

Incentivado e disseminado as normas jurídica;

Criadas as condições financeiras Construídas infra-estruturas judiciárias.

ACTIVIDADES A1.1. Realizar, palestras seminários de divulgação jurídica A2.1. Contratação de técnicos qualificados; A3.1 Construir um edificio da Procuradoria na Vila Sede. A3.2 – Construir uma Tipo III para Procurador na Vila Sede. A.3.3 Construir um residencia para o Escrivão do Tribunal na Vila Sede. A.3.4 - Construir um residencia para o Director da Cadeia na Vila Sede. A.3.5 - Construir um residencia para o Guardas Prisionais na Vila Sede. A.3.6 – Reabilitar a Cadeia Central na Vila Sede. A.3.7 - Construir um Centro Prisional na Vila Sede. A.4.1 - Aquisição de um Computador A.4.2 - Aquisição de equipamento de Segurança A.4.3 - Aquisição de um Viatura

Administração do Distrito de Gorongosa 129

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

d) Ordem e segurança publica

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorado o nível de qualidade da ordem e segurança publica

Até 2009, melhorada a cobertura dos serviços policiais a maior parte do distrito

Balanço quinquenal (2005 à 2009)

Alocação de meios de serviço

OBJECTIVO IMEDIATO Aumentado dos efectivos para prestação de melhores serviços

Até 2009, estabelecidas unidades policiais com efectivos de boa capacidade técnica, para a melhoria da segurança e ordem publica em todos postos administrativos

Relatórios anuais de monitoria e avaliação

Formação contínua do pessoal

RESULTADOS R1. Reduzido o índice de criminalidade R2. Garantida a tranquilidade pública; R3. construidas as infra-estruturas

Construídos Postos policiais nos Posto Administrativos.

R4 – Apetrechadas as infra-estruturas R5 – Melhoradas as condições de transportes e comunicação R6 – Reduzido o indice de contaminação do HIV/Sida no seio da corporação

Até 2009 reduzido o indice da criminalidade em 75% Até 2009 garantida a tranquilidade pública em 75% Até 2009, construidas Infra-estruturas em todos postos administrativos

Até 2009, apetrechadas todas Infra-estruturas com equipamento adequado Até 2009, aloucados meios circulante e de comunicação a todas unidades policiais Até 2009, reduzido o indice de contaminação do H.IV/SIDA no seio da corporação

Relatórios

Relatório

Relatório

Relatório Relatório

Relatório

Criadas as condições de apedrachamento

ACTIVIDADES R1. Sensibilização da comunidade para Criação de conselhos comunitários R2. - Construção do Comando da Policia com celas R3 – Construir Postos policiais em Nhamadzi e Vundudzi. R4 - Construir um residencia para o Chefe da P.I.C na Vila Sede.

Administração do Distrito de Gorongosa 130

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

R7 – Aquisição de uma Viatura e equipamentos de comunicação.

R10 – Montar duas rádios de Comunicação em Vundudzi e Nhamadzi.

R5 - Construir um residencia para o Chefe das Operações na Vila Sede. R6 - Construir duas residencias para os Chefes dos postos Policiais dos em Nhamadzi e Vunduzi.

R.8 – Aquisição de duas motos para os Chefes dos Postos Policiais

R11 – Apetrechamento em mobiliario de Escritorio R12 – Sensibilização dos agentes da PRM no Combate ao HIV/Sida

e) Serviços de identificação civil

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorados os serviços da Identificação Civil

Até 2009, reduzido o período de tramitação da Identificação Civil em pelo menos 25%

Relatórios Criada as condições da redução do tempo de espera Bis.

OBJECTIVO IMEDIATO Aumentada a eficiência da emissão dos bilhete de identidade no distrito

Até 2009 aumentada da eficiência da emissao dos B.Is a nível local

Relatórios A Provincia emite os B.Is.

RESULTADOS R1. Melhorada a capacidade tecnica Ate 2009, afecto pessoal

técnico qualificado de acordo com as exigências do sector

Relatórios Construídas as infra-estruturas da SIC A Comunidade usam SIC

ACTIVIDADES A1.1. - Sensibilização da população. A1.1 - Realização de campanhas de emissão de Bis. A1.2 - Construir um edificio para serviços de identificação Cívil. A.1.3 - Construir uma Residencias para os Chefes dos Serviços.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

e) Acção social

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorada a assistência a população vulnerável

Até 2009 cerca de 30% da população vulnerável identificada no distrito é assistida

Relatório balanço quinquenal do Governo

Garantida a alocação de meios de compensão e assistência alimentar

OBJECTIVO IMEDIATO Aumentada o acesso aos meios de compensação e assistência alimentar

Até 2009 pelo menos 30% dos identificados beneficiam de meios de compensação e assistência alimentar em

Inquérito, balanço das actividades

As comunidades sem portecção social

RESULTADOS R1 – População assistida organizados em grupos para melhor assistência; R2 – Melhorada a prestação dos serviços ao grupo alvo R4 – Aumentados meios de compensação R5 – Melhorado o atendimento aos idosos e crianças órfãs

Até 2009, criado pelo menos um grupo por localidade congregando os assistidos Até 2009, pelo menos 30% do grupo alvo é assistido em todo o distrito Até 2009, Aumentado em pelo menos 30% o numero de beneficiários de meios de compensação

Até 2009, Construído um centro dia de acolhimento aos idosos e um orfanato para crianças sem famílias substitutas

Relatório, inquéritos anuais, avaliação e monitoria

Formados de activistas comunitárias e Comités comunitários Formados técnicos do Sector Adquiridos meios de compensação Construídas as Infra-estruturas

ACTIVIDADES A1.1 – Realização de seminários de sensibilização de activistas e Comités comunitários A1.2 Realizar o levantamento número real da população vulnerável A2.1 – Adquirir meios de Compensação A3.1 – Construir um edificio para funcionamento na Sede do Distrito. A4.1 – Construir uma residencia para o Director na Sede do Distrito A.4.2 - Construir um alpendre para idosos. A.5.1 – Apoio as camadas vulneraveis na geração de rendimentos

Administração do Distrito de Gorongosa 132

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

f) Juventude e desporto

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorado o enquadramento da juventude

Até 2009, pelo menos 40%, da juventude do distrito esta organizada em associações

Relatórios Criadas as condições de incrição social dos jovens

OBJECTIVO IMEDIATO Aumentada a sensibilização dos jovens para ocupação dos tempos lívres

Até 2009, promovidos pelo menos dois festivais por ano para ocupação dos tempos livres dos jovens no distrito

Relatórios Jovens organizados em associações

RESULTADO R1 – Melhorado a qualidade das infra-estrururas desportivas e recreativas R2 – Aumentada a formação vocacional dos jovens.

R3 – Aumentadas as Associações jovenis

R4 – Reduzido o indice de contaminação de HIV/Sida nos jovens R5 – Promovidas actividades desportivas no distrito

Até 2009, melhorado a qualidade das Infrastruturas do campo desportivo Até 2009, pelo menos 40% de jovens do distrito recebem uma formação vocacional por ano Até 2009,aumentadas as Associações jovenis em pelomenos 40% Até 2009, realizados encontros e difundida informação sobre HIV/SIDA a pelo menos 40% jovens identificados Até 2009, promovido por ano pelo menos um campeonato distrital

Relatórios Relatórios Relatório Relatório Relatório

Construídas Infra-estruturas Jovens aderem as formação

Criadas as Associações jovenis

Jovens sensibilizados Jovens praticam Desporto

ACTIVIDADES A1.1 – Construir um idificio para o funcionamento da Direção joventude e desporto na sede o Distrito A2.1 – Construir uma residencia para o Director na Sede do Distrito A.2.2 - Reabilitar o Clube e vedar o Campo de Futebol na Sede do Distrito.

A4.1 – Realizar encontros e palestras sobre o HIV/Sida

A5.2 – Promoção de campos de Férias

A.2.3 - Promoção de cursos para os Jovens. A3.1 – Promoção e criação de associações jovenis

A5.1 – Promover competições desportivas

Administração do Distrito de Gorongosa 133

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

h) Cultura

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorada a promoção Cultural Até 2009, identificado e protegido a maior parte do acervo cultural do distrito

Relatórios Criada as condições da valorização da cultura local

OBJECTIVO IMEDIATO Aumentada a disseminação das práticas, costumes e lugares de interesse histórico no distrito

Até 2009, melhorada a dissiminação das prática costumes e locais históricos locais através de eventos culturais.

Relatórios da valiação e monitoria

As comunidades praticam cultura local.

RESULTADOS R1 – Melhorada a disponibilidade de material sobre a cultura local R2 – Melhorada a sensibilização nas comunidades R3. Valorizado e promovido os locais históricos e a cultura local.

Até 2009, melhorada a disponibilidade de material sobre a cultura local através de uma publicação

Até 2009, Melhorada a sensibilização nas comunidades, pelo menos 45% Até 2009, Valorizado e promovido os locais históricos

Relatórios Relatórios Relatórios

ACTIVIDADES A1 – Produção de material; A2 – Realização de palestras de sensibilização com a comunidade; A3 – Divulgação em seminários com os líderes comunitários; A4 – Construir um Museu e uma Bibioteca na Sede do Distrito. A5 – Promover intercâmbios culturais. A6 – Levantamento e divulgação dos locais históricos

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.8 Parque Nacional da Gorongosa

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVOS DESENVOLVIMENTO

Melhorada a gestão florestal e faunistica do Parque

Até 2009, melhorada a gestão florestal e faunística na maior parte do parque

Balanço quinquenal

OBJECTIVO IMEDIATO Melhorada a protecção das diferentes espécies de animais e floresta

Até 2009, mais de 60% das espécies animais e flora reposto e regenera no parque

Balanço quinquenal

RESULTADOS R1 – Protegida a fauna e flora do Parque;

Relatórios e Balanço

Relatórios e Balanço

R2 – Melhoradas as infra-estruturas de funcionamento e acomodação de turísticas R3 – Elaborado o plano de maneio do Parque e da Zona Tampão

Até 2009, reduz em mais de 60%, o abate idiscrinado de animais e plantas dentro do parque Até 2009, reabilitadas e construidas novas infra-estruturas turisticas Até 2009, elaborado o plano de maneio do Parque da Zona Tampão

Relatórios e Balanço

ACTIVIDADES A11 – Repor a população animal e especies florestais Perdidas A1.2- Proteger as espécies animais e florestais raras em via de extinção A1.3- Combater a caça e o abate descriminado de árvores na Zona Tampão A2.1 – Reabilitar e Construir infra-estruturas turisticas no interior do Parque; A31 – Assegurar o envolvimento comunitário no maneio dos recursos da zona Tampão A3.2- Envolver as comunidades locais na demarcação dos limites do Parque; A3.3- Promover o estudo pormenorizado nos aspectos ecólogicos dentro do Parque; A3.4- Criar condições básicas para a investigação e estabelecer contactos com Instituições Internacionais; A3.5- Identificar necessidades prioritárias de investigação e fortalecer capacidade cientifica do P.N.G. A3.6- Desenvolver Instituições de congestão das comunidades de Chionde e Casa Banana.

Administração do Distrito de Gorongosa 135

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.9 Protecção do meio ambiente

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVOS DESENVOLVIMENTO

Melhorada a protecção dos recursos naturais

Até 2009, mais de 60%, dos recursos naturais são explorados eficientemente (terra, agua e floresta)

Relatórios e verificação As comunidades tomam medidas de gestão

OBJECTIVO IMEDIATO A exploração de recursos naturais(terra, agua e floresta) em lugares sensíveis é limitada para melhor protecção

Ate 2009, aumenta em cerca de 35% as áreas com vegetação preservada em todo o distrito especialmente na serra de Gorongosa

Populações adoptam medidas de conservação.

Relatorios.

RESULTADOS R1 – melhoradas as tecnicas de combate a erosão.

R2 - Reduzida a incidência da caça furtiva.

Relatórios

R3 - Reduzida a incidência de queimadas descontroladas

Ate 2009 melhoradas as técnicas de combate a erosão. Ate 2009, reduzida a incidência de caça furtiva em pelo menos 20% Ate 2009 reduzida a incidência de queimadas descontroladas em pelo menos 40%

Relatórios

Relatórios

As comunidades adoptam medidas adequadas

ACTIVIDADES A1.1- Sensibilização das comunidades. A1.2- Implementar programas de combate a errosão (agricultura de conservação, vety-vegrace e muralhas de pedra) A2.1- Assegurar a abrangência da fiscalização nas áreas reservadas A2.2- Sensibilização das comunidades da zona tampão

A3.1 - Sensibilização das comunidades sobre queimadas descontroladas A3.2- Promover programas de reflorestamento

Administração do Distrito de Gorongosa 136

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.12 Matriz sintetizada do Distrito

INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSIÇÕES

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO

Melhorado o desenvolvimento sócio-económico e cultural do Distrito

Até 2009, maior parte da população do distrito tem acesso aos serviços públicos de melhor qualidade no Distrito

Aloucados Recursos Humanos, materiais e financeiros

Balanço quinquenal

OBJECTIVOS IMEDIATOS Melhorada a produtividade agrícola

Até 2009, melhorado o nível de produtividade agro-pecuária em pelo menos 40%

Relatórios e levantamentos

Os camponeses aplicam tecnologia adequada de produção agrícola

Melhorado o acesso a educação a maior parte da população do Distrito

Balanço quinquenal Até 2009, melhorada escolarização da população em pelo menos 70%.

2005 - 2009

Reduzida a desistência da rapariga

Melhorada a cobertura dos Serviços de Saúde

Ate 2009, melhorada a cobertura dos serviços de saúde em pelo menos 60%.

Relatórios Reduzido o numero da população a procura da medicina tradicional

Melhorada a transitividade das vias de acesso

Até 2009, melhorada a transitividade de vias de acesso em 40%

Relatórios Verificação

Criados condições da manutenção das vias de acesso

Melhorado o acesso ao abastecimento de água potável

Até 2009 melhorado o abastecimento de água potável para maior parte da população

Relatório Maior parte da população consome água potável para garantir um bom nível de saúde

Melhorada a rede Industrial de agro-processamento

Até ao ano 2009, melhorada a rede industrial de agro-processamento em 20%

Infra-estruturas construídas, equipamento e relatórios.

Criadas condições de utilização de equipamentos industrial

Melhorada a rede comercial no Distrito

Até 2009, promovidas pelo menos 3 feiras comerciais por ano em todo o distrito

Relatórios Criadas condições de apoio financeiro dos comerciantes rurais

Melhorada a prestação dos Serviços públicos a maior parte da população do distrito

Ate 2009, pelo menos 60%, da população do distrito tem acesso Serviços públicos de melhor qualidade

Balanço 2005-2009 Criadas as condições de colectas das receitas

Melhorada a cobertura dos Serviços dos Registos e Notariados

Ate 2009, melhorados a cobertura dos Serviços dos Registos e Notariados, através de brigadas moveis em todo o distrito

Relatórios e balanços Sintéticos

Admitido o pessoal

Melhorada a Administração da Justiça

Até 2009 melhorada a tramitação e resolução de diverso expediente na Administração da Justiça em 30%

Relatórios e Inquéritos Combatido a atropelo das normas jurídica pelos cidadãos

Melhorado o nível de qualidade da ordem e segurança publica

Até 2009, melhorada a cobertura dos serviços policiais a maior parte do distrito

Balanço quinquenal(2005 à 2009)

Alocação de meios de serviço

Administração do Distrito de Gorongosa 137

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Melhorados os serviços da Identificação Civil

Até 2009, reduzido o período de tramitação da Identificação Civil em pelo menos 25%

Relatórios Criada as condições da redução do tempo de espera Bis.

Melhorada a assistência a população vulnerável

Até 2009 cerca de 30% da população vulnerável identificada no distrito é assistida

Relatório balanço quinquenal do Governo

Garantida a alocação de meios de compensação e assistência alimentar

Melhorado o enquadramento da juventude

Até 2009, pelo menos 40%, da juventude do distrito esta organizada em associações

Relatórios Criadas as condições de inscrição social dos jovens

Melhorada a promoção Cultural Até 2009, identificado e protegido a maior parte do acervo cultural do distrito

Relatórios Criada as condições da valorização da cultura local

Melhorada a gestão florestal e faunistica do Parque

Até 2009, melhorada a gestão florestal e faunística na maior parte do parque

Balanço quinquenal

Melhorada a protecção dos recursos naturais

Até 2009, mais de 60%, dos recursos naturais são explorados eficientemente (terra, agua e floresta)

Relatórios e verificação As comunidades tomam medidas de gestão

Administração do Distrito de Gorongosa 138

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

PLANO DE ACÇÃO

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução Ano

Objectivo estratégico Objectivo Operacional

(Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Instalar uma rádio comunitaria

Sede do Distrito Até 2009, melhorado o conhecimento de técnicas adequadas de produção agro-pecuária para pelo menos 40% dos camponese

Afectar pessoal tecnico qualificado as exigencias do sector

Todas Localidades

Promover 64 pequenas unidades de agro-processamento

Todo o Distrito 500.000 Proagri x x x x x x x Até 2009, melhorada a rede de agro-processamento em pelo menos 20% no Distrito Promover a expansão

da rede comercial e industrial

Postos Administrativos

Realizar pelo menos 9 feiras comerciais por ano

Postos Administrativos

Licenciar e inspecionar as actividades económicas

Todo o Distrito

Estabelecer 3 maquinetas para a secagem da fruta

Nhauranga , Murrombozi, Nhaucembe

Melhorado o nível de desenvolvimento económico da população do Distrito

Até 2009, assegurado melhores transações comerciais no Distrito

Promover a expansão da rede comercial e industrial

Postos Administrativos

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional (Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Criar e fortalecer os comités de gestão da zona tampão

Zona tampão

Demarcar os limites do parque

PNG

Realizar um estudo permenorizado dos aspectos ecológico

PNG

Reabilitar o edificio da Administração do parque

PNG X

Reabilitar a residência do Administrador do Parque

PNG X

Limpeza e manutenção de 100km de picada internas

PNG X

Sinalizar as picadas e outros locais de interesses turisticos

PNG X

Cobertura de 10 casas de tecto de colmo

PNG X

Reabilitar o armazém

PNG X

Elaborar brochuras de informações

PNG X

Estabelecer directrizes e normas para orientação dentro do parque

PNG X

Canalizar as opurtunidades de co-gestão

Zona Tampão X

Melhorada a exploração racional dos recursos naturais no distrito

Até 2009, melhorada a gestão florestal e faunistica na zona Tampão e no interior do PNG

Desenvolver e inplementar instutuições de congestão

Casa banana, Chionde, Nhamchururu e Botho

X

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional (Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

DesenvolverProjectos comunitários

Zona Tampão X

Identificar as principais especies de grandes mamiferos que estão em falta

PNG X

Reintroduzir populações viavéis das especies criticas ou chaves

PNG X

Identificar os inpactos provavéis do uso da terra e desenvolvimento industrial sobre a qualidade da água

Em redor e dentro do PNG

X

Estudar a ecologia das queimadas

PNG X

Identificar as necessidades prioritarias de investigação e fortalecer a capacidade cientifica

PNG X

Criar parceria com outras instutuições nacionais, internacionais incluindo a troca de experiência e formação de pessoal

X

Publicar os resultados da investigação

X

Identificar os nivéis de uso sustentavél para os recursos chaves

X

Realizar inventário dos recursos

PNG X

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Definir crutérios para identificação de recursos chaves

X

Definir e introduzir regras e procedimentos para uso sustentavel (extração máxima permitida, taxa máxima de visitantes, número máximo de infraestruturas etc)

PNG X

Construção do santuário

PNG X

Introdução no sántuario das seguintes especies:boi – cavalo, zebra, pala-pala, godongas, elandes, rinocerontes e outras espécies

PNG X

Construção da sede do parque

PNG X

Construção da residência dos funcionários

PNG X

Construção do LODGE para turismo de alto volume e baixo rendimento

PNG X

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional (Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Implementar programas de combate a erosão envolvendo 100 camponeses

Todo o distrito 100.000 OGE x x x x x x

Realizar 85 palestras de sensibilização para minizar o cultivo nas zonas de declive acentuado

Todo o Distrito 250.00 OGE x x x x x x

Realizar 85 acções de sensibilização para minizar a ocorrência de queimadas descontroladas

-Zona tampão -Serra de Gorongosa

250.000 OGE x x x xx

Fomentar tecnologias de conservação de solos e a prática de consorciação de cereais e leguminosas em 200 CDRs

Todo Distrito 100.000 OGE x x x x x x

Treinar camponeses em Micro-finanças conservação pós-colheita agro-processamento e agricultura virada para a comercialização

Todo o distrito 80.000 OGE x x x x x x

Instalar postos de fiscalização em lugares sensíveis ( 6 Postos)

Todas Localidades 250.000 OGE x x x

Melhorada a exploração racional dos recursos naturais no Distrito

Até 2009, melhorada a protecção dos recursos naturais em pelo menos 60% no Distrito

Promover o reflorestamento com espécies exóticas espécies nativas

Todo o Distrito 70.000 OGE X x x x x

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional (Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Montar 5000 CDRs de Milho e mapira

Todo o distrito 210.000 PROAGRI X x x x x x

Realizar 600 visitas de Supervisão das actividades de Extensão Rural

Todo o distrito 81.000 PROAGRI x x x x x

Realizar 100 visitas de trocas de experiência de entre camponeses ( SAC; Uso de Pesticidas botânicos e químicos ; Piscicultura ; Apicultura e Farmer Field School

Todo o Distrito 400.000 PROAGRI x x x x x x x

Promover o uso de herbicidas e fertilizantes em 500 CDRs de 1000 m2

600.000 PROAGRI x xx xx x

Promover a produção e multiplicação local de sementes melhoradas de milho e mapira envolvendo produtores

100.000 PROAGRI x xx xx x

Promover a multiplicação a rama de batata-doce de polpa alaranjada , envolvendo 3 associações

100.000 PROAGRI x x x x x

Até 2009, melhorada a produtividade agro-pecúaria em pelo menos 40%

Promover o uso 500 bombas á pedal e respectiva tubagem. E reabilitação de 150 ha do regadio de Nhabirira

Todo Distrito 2.000.000 PROAGRI x x x

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Fomentar o cultivo de hortícolas no seio da s comunidades em 12 .000 famílias

Todo Distrito 75.000 PROAGRI x x x x x x x

Fomentar o oleo alimentar e ração para aves através do cultivo de oleaginosas . E uso de 200 prensas de oleo.

Todo o distrito 1.000.000 PROAGRI x x x x x x x

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Incentivar a construção de 500 celeiros melhorados no seio dos camponeses

Todo Distrito 750.000 PROAGRI x x x x x x x

Garantir a assistência a 20 associações camponesas

Todo Distrito 400.000 PROAGRI x x x x x x x

Difundir tecnologia de hortas caseiras no âmbito de HIV-SIDA envolvendo 180 grupos de camponeses

Todo Distrito 80.000 OGE x x x x x x

Equipar a rede de extensão rural com material diverso : 10 motos, 30 bicicletas , 1 viatura, 2 Bússolas, 17 kits para extensionista , 1000 metros de corda, 20 balanças , 20 termómetros , 50 pluviométros , 50 fitas metricas

DDA 2.970.000 PROAGRI x x x x x x

Preparação de papas para crianças Sub-Nutridas em 14 000 familias abrangidas

Todo distrito 500.000 PROAGRI x x x x x x

Realizar 4 treinamentos Em: Pesticidas Botânicos e Quimicos-42 pessoas Micro-finanças-42 pessoas Hortas Caseiras-HIV-Sida-42 pessoas Crianças Sub-Nutridas-42 pessoas

DDA 160.000 PROAGRI x x x

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Fomentar a produção de culturas de rendimento em 13.000 familias (Alho , Batata Reno, Girassol, Gergelim, Feijão Manteiga , Algodão, Tabaco, Soja e Piri-Piri)

100.000 x x x xx x

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Fomentar o cultivo de 30.000 mudas de fruteiras

Todo Distrito 450.000 PROAGRI x x x x xx

Realizar a inspecção de gafanhoto vermelho e do Prostephanus Trucantos

Todo Distrito 50.000 PROAGRI x x x x x

Promover entre privados ( vendedores de insumos / sementes ) produtores locais de sementes ( milho e mapira )

Todo Distrito 50.000 PROAGRI x x x

Formação de 42 pessoas em matéria de monitoria e avaliação das campanhas agrícolas ( Medição de Rendimento e da precipitação )

60.000 PROAGRI x x

Incrementar o programa de fomento pecuário em : 5000 caprinos, 249 bovinos,2500 galinhas do mato e 1000 perús

Todo Distrito 3.425.000 PROAGRI x x x x

Realizar campanhas de vacinação contra a New castle em 10000 familias

Todo Distrito 150.000 PROAGRI x x x x x

Incrementar a construção de instalações melhoradas : Para 83 currais para bovinos, 500 capoeiras , 500 currais para suinos e 83 corredores para tratamento

10.000 PROAGRI xx x

Realizar 5 dias de campo

Todo Distrito 500.000 PROAGRI x x x x x x

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução Ano

Objectivo estratégico Objectivo Operacional

( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Realizar campanhas de vacinações obrigatórias em 600 bovinos , contra C. Hematico e Sintomático , 5000 caninos c. Raiva e 100.000 galinhas contar new-castle

Todo Distrito 2.010.000 PROAGRI x x x x x x

Fomentar 400 tanques Piscícolas

Todo Distrito 300.000 PROAGRI x x x x

Realizar 60 Palestras para a divulgação do regulamento da sanidade animal

Todo distrito 120.000

Realizar 5 arrolamentos do efectivo pecuário

Todo distrito 50.000 PROAGRI X x x x x x

Realizar 10 prospecções de doenças nos efectivos pecuários

Todo distrito 40.000 PROAGRI x x x x x x

Apoiar os camponeses locais em transporte na compra de efectivos pecuários fora e dentro do distrito (15 oprações)

Todo Distrito 250.000 PROAGRI x x x x

Formção em tracção animal/50 camponeses

Todo Distrito

Realizar a reciclagem de 10 promotores pecuários comunitários

DDA 100.000 PROAGRI X X X X X

Realizar palestras de divulgação da lei de floresta e fauna bravia e seu regulamento

DDA 50.000 PROAGRI X X XX X

Incrementar a actividade apícola em 2000 apicultores com 100 colmeias melhoradas

TODO DISTRITO

1.000.000. PROAGRI X X XX

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Sinalização de locais de ocorrência de conflito Homem -animal

Todo Distrito 40.000 PROGRI X

Envolver 2 privados no fomento daactividade apícola ( entrega de insumos e garantia de compra de mel e cêra)

Distrito 10.000 PROAGRI X X X

Apoiar a construção da casa do apicultor de Gorongosa

Sede do distrito 500.000 PROAGRI X

Realizar o Treinamento em matéria de apicultura ( 2000 apicultores)

Sede do distrito 1000.000 PROAGRI X

Fiscalizar terras autorizadas para fins

agro-pecuários

Todo Distrito 1000 PROAGRI X X X X X

Disseminar a lei de terras no seio das comunidades

Todo Distrito 100.000 PROAGRI X X X X

Realizar encontros anuais de avaliação de níveis de DUAT

DDA 25.000 PROAGRI X X X X

Participar na formação de

inquiridores de SIMAP, 2 técnicos

DDA 60.000 X X XX

Participar na formação de

inquiridores de SIMAP, 2 técnicos

DDA 25.000 X X XX X

Recolher e divulgar preços do mercado agrícolas a nível do Distrito e provincia

Todo Distrito

500.000

X X X X

Capacitação em matéria de

Computador ( SIG, PTAO, PROAGRI

FINANCIAL

DDA 70.000 X X

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Realizar 600 supervisões as actividades das componentes

DDA 81.000 X X X

zer 600 visitas de acompanhamento as

actividades realizadas pela DDA

pelos Técnicos Superiores

Todo Distrito

Garantir a construção de um escritório para

a DDA

Todo Distrito 1.000.000 X X XX

Garantir a electrificação de 12

casas dos extensionistas

DDA 480.000 X X

Garantir a electrificação de 12

casas dos extensionistas

DDA 480.000 X X

Garantir a electrificação de 12

casas dos extensionistas

DDA 480.000 X X

Garantir a electrificação de 12

casas dos extensionistas

DDA 480.000 X X

Mobilar 20 casas de extensionistas

Mobilar o escritório da DDA

DDA 1.000.000 X X XX

Garantir a compra de máquina de filmar

DDA 50.000 X

Garantir a compra de uma fotocopiadora

DDA 45.000 X

Garantir a compra de 10 calculadoras científicas

DDDA 10.000 X X

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Garantir a compra de projector ( para apresentações em Power Point)

DDA 80.000 X X X

Acompanhar os camponeses na identificação para a compra de moageioras e viaturas

DDA 20.000 X

Apoiar os camponeses na abertura de 450 poços

DDA 50.000 XX X

Construir 6 casas para extencionistas

DDA 2.000.000 x xx x

Sensibilizar os camponeses na Compra de material de escritório diverso ( M.Calculadora, separadores,caixas de disquetes e agrafadores

DDA 80.580 xx x x

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos

Disponíveis Prazo de execução

Ano Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado

Objectivo estratégico Objectivo Operacional

(Metas) O.N.G Com 1 2 3 4 5

Construir 10 Ep1 (37 salas de aulas )

1º de Maio , Tsiquir , Mbulaua, Mucodza, Chitunga, Piro, Nhambita , Nhataca , Nhambondo e Cudzo Nhamissongora Aldeia

500.000 17.000.000 OGE X X x x x x

Construir 22 residências para professores

1º de Maio , Tsiquir , Mbulaua, Mucodza, Chitunga, Piro, Nhambita , Nhataca , Nhambondo e Cudzo Nhamissongra-Aldeia

1.206.500 24.130.000 OGE x X

Até 2009, melhorado o acesso a escolarização para a maior parte da população do Distrito em pelo menos 70%

x x x x x

Construir 1ESG1 (10 salas de aulas e 6 residencias para professores )

Sede , 3 Fevereiro 500.000 + 1.206.500

3.000.000+ 7.239.000

OGE x X x x

Reabilitar 4 salas de aulas e um bloco administrativodo Ep1

Nhamissongora aldeia

300.000 1.200.000 OGE x x

Construir 1 ESG2 (8 salas de aulas

Sede 500.000 4.000.000 OGE x x x x

Criar e reavitalizar 62 conselhos das escolas

Todo distrito ------ ------- x x x x x

Assegurado o acesso aos serviços sociais básicos a maior parte de população do Distrito

Combater asdesistências dos alunos em particular a rapariga

Todo o distrito OGE x x x x

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Apoiar os conselhos das escolas na elaboração e implementação de estratégias visando maior participação dos alunos

Todo O Distrito OGE x x x x x x

Equipar a DDEC com meios materiais de funcionamento

DDEC 70.000 OGE x x

Apetrechar 34 salas de aulas com 850 carteiras , 34 cadeiras e 34 mesas para professores

DDEC 2.600.000 91.120.000 OGE x x x x x

Adquirir meios de transporte , 1 carro e 7 motos

DDEC 1.127.000 OGE x x x

inscrever candidatos ao curso de formação em exercício de nível básico e médio -IAP

DPEC/DDEC OGE x x x x x x

Conceder bolsas de estudos aos funcionários de diferentes níveis

DDEC 25.000 200.000 OGE x x x x x x

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Realizar 50 palestras de ssensibilização sobre regras basicas de higiene

P.A-sede Vunduzi Nhamadze

1.500 45.000 OGE x x x x x x

Adquirir meios de transporte 5-motos e 1 (uma)Viatura

P.Ad-Sede Nhamadzi Vunduzi

700.000 125.000

1.325.000 OGE x x

Adquirir meios materiais 1-computador

DDS 50.000 OGE x x

Afectar 10 tecnicos qualificados as exigencias do sector

P.Ad-Sede Nhamadzi Vunduzi

xx xx

Reabilitar o pequeno sistema de abastecimento de agua do HR

Sede do Distrito 200.000 OGE x x

Construir um centro de saude

Canda 1.500.000 OGE x x

Ampliar 2 centros de saude

CS-Sede CS-Domba

900.000 1.800.000 OGE x x x

Reabilitar de 3 centros de Saude

CS-Cudzo CS-Vunduzi CS-Pungue

700.000 2.100.000 OGE x x x x

Construir 5 residência para enfermeiros

2- Sede da vila 1-Púngue 1-Canda 1-Domba

1.200 6.000.000 OGE x x x x

Instalar 10 paineis solar

Todos centros de saúde

Construir 10 bombas de agua

Todos centros de saude

250.000 2.500.000 OGE x x x x x

Assegurado o acesso aos serviços sociais básicos a maior parte de população do Distrito

Até 2009, melhorada a cobertura dos serviços de saúde no Distrito em pelo menos 60%

Realizar 50 palestras de ssensibilização sobre HIV/SIDA

Todo o Distrito 1.500 45.000 OGE x x x x x x

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Formar 15 fiscais de cobrança de inpostos

Sede do Distrito 300.000 OGE x x x

Costruir 2 edifícios de funcionamento das sedes de Localidade

Púngue Cudzo

1.000.000 2.000.000 OGE x x x x

Construir 3 residências de Chefes de Localidade

Púngue Casa Banana Cudzo

1.200.000 3.600.000 OGE x x x x

Adquirir meios de transporte 2-viaturas 5-motos 50-bicicletas

Sede da vila Cudzo, Casa-Banana

2.500.000 OGE x xx xx

Reabilitar da residência oficial do Administrador

Sede do Distrito 600.000 600.000 OGE x x

Construir edificio da Localidade

Casa Banana 1.000.000 1.000.000 OGE x x

Adquirir um tractor Sede do Distrito 1.000.000 1.000.000 OGE x x Adquirir meios materiais de apoio a trabalho dos lideres comunitários

Todo o Distrito 341.000 OGE x x

Vedar cemitério Sede do Distrito 150.000 PPFD x xConstruir do mercado

Nhamadze 250.000 250.000

Construir mercado Vunduzi 250.000 250.000 PPFD x xConstruir um alpendre na terminal de transporte público

Sede do Distrito 50.000 50.000 PPFD x x

Construir um sanitario publico na terminal de transporte

Sede do Distrito 75.000 75.000 PPFD x x

Ampliar o edifício da Administração do Distrito

Sede do Distrito

Assegurado o acesso aos serviços sociais básicos a maior parte de população do Distrito

Até 2009, melhorada a prestação de serviços públicos básicos de qualidade para a maior parte da população

Construir 3 residencias

Sede do Distrito (Secretario permanente, Tecnico de construção e Representante dos Recursos minerais)

1.800.00 5.400.000 OGE x x

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Apetrechar a administração e as residência (Secretario permanente, Tecnico de construção e Representante dos Recursos minerais)

Operacionalizar o plano de urbanização já elaborado

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Afectar pessoal tecnico qualificado as exigencias do sector 2-ajudantes 1-administrativo 4-auxiliares

Sede do Distrito Vundudzi Nhamadzi

- - - - - - - - x

Realizar 2 capacitações do pessoal em serviço

Sede do Distrito 20.000 40.000 OGE x x x

Realizar 20 palestras nas comunidades sobre a importancias dos serviços de Registo e Notariados

Todo o Distrito 1.000 20.000 OGE x x x x x x

Construir 2 postos de registo civil

Nhamadzi Vundudzi

1.800.000 3.600.000 OGE x x x

Construir 5 residencias para os tecnicos do sector

1-Vundudzi 1-Nhamadzi 3-Sede do Distrito

1.200.000 6.000.000 OGE x x x

Adquirir meios de transporte 2-motos 1-viatura

Sede do Distrito Vundudzi Nhamadzi

250.000 700.000

900.000 OGE x x x

Adquirir meios materias e equipamento 2-computadores 1-fax 10-secretárias

Sede do Distrito Vundudzi Nhamadzi

900.000 OGE x X

Realizar 5 campanhas em brigadas móveis de registo de nascimento

Todo o Distrito 50.000 250.000 OGE x x x x x x

Implantar 15 tribunais comunitários

Sede do Distrito Vundudzi Nhamadzi

500.000 7.500.000 OGE x x

Fazer um levantamento exaustivo das seitas religiosas

Sede do Distrito Vundudzi Nhamadzi

10.000 OGE x x

Até 2009, melhorada a cobertura dos serviços de Registo e Notariados para a maior parte do Distrito

Concluir a construção do edificio da Conservatöria

Sede do Distrito 800.000 800.000 OGE x x

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Realizar 20 palestras de divulgação das normas jurídicas

Todo Distrito 1.500 30.000 OGE x x x x X

Contratar 6 tecnicos qualificados as exigencias do sector

Sede do Distrito X

Construir 1 edificio de funcionamento da procuradoria

Sede do Distrito 1500.000 OGE x x x

Construir 5 residencia para (Director da Cadeis, Procurador, Escrivão e guardas prisionais)

Sede do Distrito 1.200.000 6.000.000 OGE x x x x

Reabilitar a cadeia do distrito

Sede do Distrito 2.000.000 OGE x x x

Construir um centro prisional

Cudzo 3.500.000 OGE x x x

Adquirir meios materiais e equipamento 3-computador

Sede do Distrito 150.000 OGE x x x

Assegurado o acesso aos serviços sociais básicos a maior parte de população do Distrito

Até 2009, melhorada a atramitação e resolução de diversos expedientes na administração da Justiça no Distrito

Adquirir meios de transporte 1-viatura

Sede do Distrito 700.000 OGE x x

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Criar 8 conselhos de policiamento comunitários

Tsiquir Boto Nhandemba Casa Banana Muera Donba Púngue Juchedje

- - xx x

Construir 1 edificio de funcionamento do comando distrital com selas

Sede do distrito 2.000.000 OGE x x

Construir 4 residencias para os funcionarios do sector

2-Sede Distrito 1-Nhamadzi 1-Vundudzi

1.200.000 4.800.000 OGE x x x x x

Construir 2 postos policiais

1-Nhamadzi 1-Vundudzi

1.200.000 2.400.000 OGE x x x

Instalar 2 rádios de comunicação

1-Nhamadzi 1-Vundudzi

Assegurado o acesso aos serviços sociais básicos a maior parte de população do Distrito

Até 2009, melhorada a cobertura dos serviços de segurança publica a maior parte do distrito

Adquirir meios de transporte 2-motos 1-viatura

1-Nhamadzi 1-Vundudzi Sede Distrito

125.000 700.000

950.000 OGE x x x x

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Realizar 20 palestras sobre a importancia do bilhete de identidade

Todo Distrito 10.000 200.000 OGE x x x x x

Realizar 5 campanhas de emissão de BI

Todo Distrito 150.000 750.000 OGE x x x x x x

Apetrechar dos dois edificios da Dic

x x

Construir edificio de funcionamento dos serviços de identificação civil

Sede do Distrito 1.200.000 OGE x x x

Assegurado o acesso aos serviços sociais básicos a maior parte de população do Distrito

Até 2009, reduzido o período de tramitação de expediente de identificação civil em pelo menos 25%

Construir 1 residencia para funcinario

Sede do Distrito 1.200.000 OGE x x x

Administração do Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Capacitar 15 activistas

Todo o Distrito 6.000 6.000 OGE x x

Realizar uma campanha de levantamento da população vulnerável

Todo o Distrito - 50.000 OGE- - - - - - x x x x x

Adquirir e distribuir meios de compessação 30-cadeiras de rodas 60- muletas

Todo o Distrito 6.000 180.000 OGE x x x x x

Construir 1 edificio de funcionamento do sector

Sede do Distrito 1.800.000 1.800.000 OGE x x

Construir 1 edificio de residencia do funcionario

Sede do Distrito 1.200.000 1.200.000 OGE x x

Construir 2 centro dia de acolhimento de idosos

Sede do Distrito C.Banana

250.000 500.000 OGE x x

Criar 2 Circlos de interesse

Sede do Distrito C.Banana

1.200.000 2.400.000 OGE x x x

Identificar acções de geração de rendimento para pelo menos 85 pessoas vulneraveis

Vila sede Vunduzi Nhamadzi

25.500 OGE x xx xx

Construir um centro de acolhimento para crianças orfãs

Sede do Distrito 1.793.750 1.793750 OGE x x

Realizar cinco encontros de promoção da participação da mulher no desenvolvimento económico e social

Sede do Distrito Nhamadze Vunduzi

20.000 100.000 x x

x x x

Assegurado o acesso aos serviços sociais básicos a maior parte de população do Distrito

Até 2009, cresce para cerca de 30% o numero de pessoas assistidas dentre a população vulneravel identificada

Equipar o sector com material para o funcionamento

Sede do Distrito 450.000 x x x x x

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Page 166: Plano Estratégico Distrital de Desenvolvimento de Gorongosa · Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito ÍNDICE PREFÁCIO 4 GLOSSÁRIO 5 INTRODUÇÃO 6 Antecedentes 6 Razões

Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Construir 1 edificio de funcionamento do sector

Sede do Distrito 1.800.000 1.800.000 OGE x x

Construir residencia para o Director

Sede do Distrito 1.200.000 1.200.000 OGE x x

Construir um clube de desportos

Sede do Distrito 5.000.000 OGE x x

Vedar o campo de futebol

Sede do Distrito 500.000 500.000 OGE x x

Facilitar a criação de 6 associações juvenis

Todo o Distrito _ _ _ _ x

Realizar 20 acções de sensibilização sobre HIV/SIDA

Sede do Distrito 500.000 10.000 OGE x x x x x

Adquirr uma moto 125.000 OGE X Realizar 4 tornerneiros de futebol infantil

Promover 15 cursos de formação dos graduados

Todo o Distrito 183.675 2.938.000 OGE x x x x x

Adquirir de 6 redes para balizas

P.Ad. Sede Nhamadzi Vunduzi

2.600 15.600 OGE x x x

Assegurado o acesso aos serviços sociais básicos a maior parte de população do Distrito

Até 2009, melhorado em pelo nenos 40% o enquadramento juvenil no distrito

Promover 4 campos de ferias

Sede do Distrito 50.000 200.000 OGE x x x x x

Administração do Distrito de Gorongosa

Page 167: Plano Estratégico Distrital de Desenvolvimento de Gorongosa · Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito ÍNDICE PREFÁCIO 4 GLOSSÁRIO 5 INTRODUÇÃO 6 Antecedentes 6 Razões

Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Afectar um técnico qualificado as exigências do sector

Administração X

Adquirir uma pá mecânica

Administração 1.500.000 OGE x x

Reabilitar de duas pontes roviárias

Sede do Distrito Nhamadzi

500.000 PPFD x x

Adquirir um tractor com os respectivos implemento

Administração 1.800.000 OGE x xx xx

Realizar acções de manutenção de 500 km de estrada

Todo Distrito xx xx

Até 2009, melhorada a transitabilidade das vias de acesso no Distrito em pelo menos 40%

Reabilitar 500km de estradas terceárias

Todo Distrito 12.000 5.158.000 OGE x x x x x

Construir 40 furos de agua

Sede Vunduzi Nhamadzi

180.000 7.200.000 OGE x x x x x

Reabilitar 8 furos de agua

Sede Vunduzi Nhamadzi

90.000 720.000 OGE x x x x x

Capacitar 20 comités de gestão de fontes de abastecimento de agua

Sede Vunduzi Nhamadzi

- - xx xx

Adquirir 28 Kits de manutenção de fontes de agua

Sede Vunduzi Nhamadzi

1.500 42.000 x x x x x

Realizar 20 acções de sensibilização sobre o corecto uso das fontes de agua

Sede Vunduzi Nhamadzi

- - - - x x

criar 28 comités de gestão de fontes de agua

Sede Vunduzi Nhamadzi

- - - - x x

Abertura de 9 furos de agua

Sede do Distrito Vunduzi Nhamadzi

1.620.000 PPFD x x

Construir uma latrina dupla

Nhamadzi 75.000 PPFD x x

Construir um pequeno sistema de abastecimento de agua

Sede da Vila 3.000.0000 OGE x x x

Melhorado o acesso `as infra-estruturas públicas básicas para a maior parte da população do Distrito

Até 2009, melhorado o abastecimento de agua para a maior parte da população do Distrito

Construir um sistema de drenagem

Sede da Vila 1.000.000 OGE x x x x

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Orçamento total (x1000) Responsabilidade Prazo de execução

Ano Objectivo estratégico Objectivo

Operacional ( Metas)

Actividades

Localização

Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com

Recursos Disponíveis

1 2 3 4 5

Massificar a distribuição gratuita do preservativo em locais públicos

Todo o Distrito USID ASA

TCE X X X X X

Sensibilizar as mulheres gravidas na prevenção da transmissão vertical

Centros de saude USID ASA

TCE X X X X X

Realizar acções de sensibilização da população

Todo Distrito USID ASA

TCERITA

X X X X X

Sensibilização de camionistas

Sede -vila USID ASA

TCERITA

X X X X X

Formar clubes de difusão de mensagens positivas sobre o Hiv/sida nas escolas

Todo o Distrito USID ASA

TCE X X X X X

Criar comités difusão de mensagens positivas sobre o Hiv/sida nos bairros

Todo o Distrito USID ASA

TCE X X X X X

Identificar e registar crianças orfãs, vulneraveis e doentes

Todo o Distrito RITA X X X X X

Sensibilizar a população para realizar a testagem voluntária

Todo o Distrito USID ASA

RITA TCE

X X X X X

Identificar e registar raparigas orfans que estudam na 1ª a 7ª classe

Todo o Distrito RITA X X X X X

Melhorado o nível de conhecimento dos efeitos da pandemia do HIV/SIDA

Até 2009, reduzido o impacto do nível de sero prevalência do Hiv/sida no distrito

Apoiar em material escolar e alimentos

Todo o Distrito

RITA X X X X X

Criar centros nutricionais

Todo o Distrito USID ASA

TCE X X X X XMelhorada a qualidade de vida e de saude das pessoas infectadas pelo Hiv/sida

Até 2009, melhorada a condição nutricional dos seropositivos e mulheres gravidas

Capacitar sero positivos na Implementação de acções de geração de redimento

Todo o Distrito USID ASA

TCE X X X X X

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Page 169: Plano Estratégico Distrital de Desenvolvimento de Gorongosa · Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito ÍNDICE PREFÁCIO 4 GLOSSÁRIO 5 INTRODUÇÃO 6 Antecedentes 6 Razões

Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Carteira de projectos priorizados

N. Descrição do projecto Custo estimado (contos)

Possivel fonte de financiamento

Localização Observações/potenciaisbeneficiarios

01 Construir 66 casas para funcionários 80.000.000 OGE Postos Administrativos de Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Funcionáarios

02 Construir 15 edifícios para funcionamento das instituições

30.000.000 OGE Postos Administrativosde Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Instituições do Estado

03 Instalar 64 unidades de agro-processamento 500.000 OGE Postos Administrativos de Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Associaçoes

04 Adquirir 500 bombas pedestrais 2.000.000 PROAGRI Postos Administrativos de Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Produtores agricola

05 Reabilitar sistema de irrigação de Nhabirira Nhabirira Associação de camponeses 06 Instalar 6 postos de fiscalizaçãao 3.000.000 Postos Administrativos

de Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Fiscais

07 Comprar 200 prenças de oleo 1.000.000 Postos Administrativos de Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Produtores de oleo

08 Construir 500 celeiros 750.000 PROAGRI Postos Administrativos de Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Camponeses

09 Fazer o fomento de 5.000 caprinos, 249 bovinos, 2.500 galinhas do mato e 100 perus

3.425.000 PROAGRI Postos Administrativosde Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Associações camponesas

10 Construir 83 curais p/bovinos 500 p/caprinos 500 p/suinos ; 83 corredores p/tractamento, 400 tanques piscicolas e 100 colmeias

100.000 PROAGRI Postos Administrativosde Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Associações camponesas

11 Construir 10 EP1 17.000.000 OGE Postos Administrativos de Sede, Nhamadzi e Vunduzi

População escolar

12 Construir 1 ESG1 ciclo 3.000.000 OGE Sede do Distrito População escolar

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Page 170: Plano Estratégico Distrital de Desenvolvimento de Gorongosa · Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito ÍNDICE PREFÁCIO 4 GLOSSÁRIO 5 INTRODUÇÃO 6 Antecedentes 6 Razões

Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

N. Descrição do projecto Custo estimado (contos)

Possivel fonte de financiamento

Localização Observações/potenciais beneficiarios

13 Construir 1 ESG2 ciclo 3.000.000 OGE Sede do Distrito População escolar 14 Reabilitar 4 salas de aulas 1.200.000 Sede do Distrito População escolar 15 Criar e revitalizar 62 conselhos de escolas Todo Distrito Comunidades 16 Apetrechar 34 salas de aulas com 850

carteiras, 34 cadeiras e 34 mesas 91.120.000 OGE Todo Distrito População escolar

17 Reabilitar o sistema de abastecimento de agua

Sede do Distrito Residentes da vila

18 Construir 1 centro de saude 1.500.000 OGE Canda Comunidade local 19 Reabilitar 3 centros de saude 2.100.000 OGE Cudzo, Vunduzi e

Pungue Comunidade local

20 Ampliar 2 centros de saude 1.800.000 OGE Sede e Domba Comunidade local 21 Instalar 10 paines solares nos centros saude Todos centros de saude Serviços de saude 22 Comprar um tractor com respectivos

incrimetos 1.800.000 OGE Comunidade do Distrito

23 Fazer manutenção de 500 km de estradas Postos Administrativosde Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Comunidades locais

24 Comprar uma pá mecanica 1.500.000 OGE Comunidade do Distrito 25 Reabilitar 500 km de estradas 5.158.000 OGE Postos Administrativos

de Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Comunidade do Distrito

26 Construir 34 furos de agua OGE e PPFD Postos Administrativos de Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Comunidades rurais

27 Reabilitar 8 furos de agua OGE e PPFD Postos Administrativos de Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Comunidades rurais

28 Reabilitar 6 poços de agua OGE e PPFD Postos Administrativos de Sede, Nhamadzi e Vunduzi

Comunidades rurais

29 Reabilitar 2 pontes 500.000 PPFD Matucudur e Nhabirira Automobilistas 30 Construir 2 mercados 500.000 OGE e PPFD Cavalo e Canda Vendedores 31 Construir 1 pavilhão desportivo 5.000.000 OGE Sede Jovens 32 Construir 1 centro de acolhimento de 1.793750 OGE Sede Orfans desamparados

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

N. Descrição do projecto Custo estimado (contos)

Possivel fonte de financiamento

Localização Observações/potenciais beneficiarios

crianças orfãs 33 Construir 2 centros de acolhimentos de

idosos 500.000 OGE Casa Banana e Sede Idosos

34 Adquirir 30 cadeiras de rodas e 60 muletas OGE Deficientes 35 Criar dois circulo de interesse OGE Casa Banana e Sede Mulheres

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