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PLANO DIRETOR DE ARBORIZAÇÃO URBANA

Lucélio Nativo da Assunção

“É um conjunto de métodos e técnicas empregado poruma equipe multidisciplinar, com o intuito de definirmedidas para a preservação das árvores urbanas, para omanejo e para a expansão das mesmas nas cidades,considerando as demandas técnicas e também asmanifestações de interesse das comunidades locais.”(SILVA, GONÇALVES e PAIVA, 2007)


“É o conjunto de métodos e ações que devem ser adotadosno manejo da arborização urbana visando o equilíbrioambiental, a manutenção e a expansão do plantio deárvores para oferecer cada vez mais, qualidade de vida ápopulação” (MILANO e DALCIN, 2000apud SANTOS, 2006)


“PLANO DIRETOR DE ARBORIZAÇÃO E ÁREAS VERDES é oconjunto de métodos e medidas adotadas para apreservação, expansão, planejamento, manejo egerenciamento de áreas verdes e arborização urbana deacordo com as características físicas, ambientais, sociais,econômicas, históricas e culturais das diferentes regiõesem que as mesmas ocorram e com a distribuição dapopulação na cidade (SANCHOTENE, 2004).


Segundo ARAÚJO & ARAÚJO, 2011, o Plano Diretor deArborização Urbana deve ser baseado em: um sistema de inventário dinâmico; refletir os valores da comunidade; estabelecer metas a curto, médio e longo prazo; prioridades para as atividades de plantio e manutenção; estabelecimento de uma política de remoção e reposição

de árvores.



De maneira espontânea e pelo o histórico e cultura dacidade, PORTO ALEGRE, foi o primeiro município aanunciar a elaboração do PDAU, através daRESOLUÇÃO COMAM nº 05, de 28 de Setembro de2006

Histórico


Em Nível Federal, o Projeto de Lei nº 2897 de 2008(Deputado Federal Miguel Martini) Altera a Lei nº 10.257, de10 de julho de 2001, que “regulamenta os arts. 182 e 183 daConstituição Federal, estabelece diretrizes gerais da políticaurbana e dá outras providências” (Estatuto da Cidade), noque diz respeito à arborização urbana.Art. 42-A. O Plano de Arborização Urbana deve estabelecernormas sobre o plantio e a conservação de árvores noslogradouros públicos da cidade e deve abranger, pelo menos:


I – as áreas públicas a serem objeto de plantio e conservaçãode árvores;II – as espécies a serem utilizadas, respeitando-se o limitemínimo de 20% do total de árvores plantadas oriundas dosecossistemas nativos da região;III – as normas relativas a espaçamento e porte das árvores,considerando-se as condições ambientais, de acesso,circulação e segurança dos logradouros a serem arborizados,eIV – as normas relativas à poda das árvores.(ainda em trâmite na Câmara dos Deputados)

As vantagens que um PDAU corretamente desenvolvidopode, potencialmente, apresentar são:menos interferência das árvores com prédios e

construções;menores problemas com doenças;menor manutenção e menores custos em termos de

podas de limpeza e remoção de árvores;menores -- danos nas calçadas; uma arborização esteticamente mais agradável;maior segurança para o público;menores custos de poda para resolver conflitos com a

fiação aérea;menores interrupções nas linhas de transmissão de

eletricidade, telefonia, TV a cabo etc.(ARAÚJO & ARAÚJO, 2011)


Ainda segundo ARAÚJO & ARAÚJO, 2011, os quatro itensfundamentais para o desenvolvimento de um Plano Diretorde Arborização Urbana são:a) um inventário das árvores de rua e das atitudes dacomunidade;b) desenvolver objetivos e metas de manejo, usando ainformação do inventário e as expectativas da comunidade;c) desenvolver um plano de manejo para alcançar essesobjetivos;d) realimentação com novas informações para monitorartodo o processo do Plano Diretor


Grey (1986) A Floresta Urbana: administração abrangente,define que o planejamento tem dois critérios básicos1 – Planos devem incluir:a) Uma avaliação do que você tem;b) Uma visão do que você quer que isso seja;c) Como você chegará lá;d) O que custará para você chegar lá;e) Avaliações de como vão as coisas.


2) Planos devem se basear em avaliações precisas deinformações precisas.Miller (1997), no livro Ciência Florestal Urbana: planejandoe administrando áreas verdes urbanas define que o modelobásico de planejamento envolve três questões:a) O que nós temos;b) O que nós queremos;c) Como nós obteremos o que nós queremos, e umaconstante avaliação (feedback).


Segundo Associação Internacional de Arboricultura - ISA,uma das principais metas da ciência florestal urbana é omanejo dos recursos arbóreos para maximizar seusbenefícios econômicos, sociais e ambientais, ao mesmotempo que administrando os riscos e custos associados.

Um plano de manejo das florestas urbanas formula edocumenta as estratégias e procedimentos paraadministrar as árvores de uma determinada área oujurisdição.

Este plano comtempla o plantio, preservação,manutenção, remoção e substituição de árvores, gestãode riscos, de operações, resposta a tempestades ouemergências e de educação ambiental.

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DEARBORIZAÇÃO URBANA – Paraná - Maio/2012


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Comissão organizadora do Manual

Não teve participação de representante de municípios, de secretarias de meio ambiente, de universidades e da sociedade civil.

Nesta etapa apenas dados referente a elaboração do

Manual

Pré-textuais

Dados do município

Dados do diagnóstico

Etapa do planejamento

Etapa do planejamento

Etapa da implantação

Etapa da manutenção

Etapa da melhoria contínua

Complementos:• Critérios para composição de uma equipe

mínimo para o manejo da arborização• Responsável técnico• Kit de ferramentas• Critérios para capacitação técnica• Para municípios com necessidade de grandes

remoções, recomenda-se audiências publicas;• Critérios para rebaixamento ou remoção dos

tocos.• Critérios para controle de pragas

Análise de 27 PDAU de alguns municípios brasileiros

Município UF Município UF

SÃO PAULO SP ITAQUI RS

HORTOLÂNDIA SP GUAPORÉ RS

SOROCABA SP PELOTAS RS

LINS SP SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO MG

TEODORO SAMPAIO SP SÃO SEBASTIÃO DO OESTE MG

LORENA SP POMPÉU MG

ROSANA SP TERRA BOA PR

RIBEIRÃO PRETO SP LONDRINA PR

BARUERI SP CAMPO GRANDE MS

AGUAÍ SP VITÓRIA ES

PORTO ALEGRE RS GOIÂNIA GO

LAJEADO RS BELÉM PA

IJUÍ RS

ERECHIM RS

SÃO LUÍZ GONZAGA RS

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MODELO 1

MODELO 2

Simplificado com artigos genéricos, abrangentes

VANTAGENS

DESVANTAGENS

Completo com artigos detalhados, bem claros

VANTAGENS

DESVANTAGENS

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DO BERÇO AO TÚMULO

DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?

POR QUÊ PLANTAR?

ONDE PLANTAR?

O QUE PLANTAR?

COMO PLANTAR?

QUANDO PLANTAR?

QUEM PLANTARÁ?

COMO CUIDAR?

QUANDO SUPRIMIR?

COMO COMPENSAR?

ORÇAMENTO?

O PLANO DIRETOR DEVE CONTER AS RESPOSTAS PARA AS PERGUNTAS:

COMO ELABORAR UM PLANO DE ARBORIZAÇÃO URBANA?

COMISSÃO TÉCNICA COMISSÃO POPULAR

AUDIÊNCIA PÚBLICA

APROVAÇÃO DO PLANO DIRETOR

DE ARBORIZAÇÃO URBANA

PLANEJAMENTO GLOBAL DA ARBORIZAÇÃO URBANA

Comissão Técnica Gestora do Planejamento Global daArborização Urbana – Formada por engenheiros ambientais,agrônomos, florestais, biólogos, arquitetos, paisagistas,técnicos agrícolas e florestais.

1- Comissão Popular - Formada por: Prefeito, representantesde todas Secretarias Municipais, da Câmara de Vereadores,Ministério Público, Empresas de Utilidades Públicas,Sindicatos, Associações de bairros, Emater, IEF, Codema,viveiristas, floriculturas, faculdades, escolas, Polícia do MeioAmbiente, estudantes e profissionais liberais inerente.

PLANEJAMENTO GLOBAL DA ARBORIZAÇÃO URBANA

Missão dessa Comissão: A - Ser um conselho consultivo multidisciplinar para analisar e opinar sobre o Planejamento da Arborização Urbana.

B-Trabalhar os dados do Inventário da Arborização Urbana (pontos positivos e negativos)

C- Apresentar para Comissão Consultivo os resultados do Inventário e as propostas macros.

Audiência Pública: aberta à toda sociedade para exposição do Planejamento Global da Arborização Urbana. Caráter informativo e consultivo.

APROVAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE ARBORIZAÇÃO URBANA

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IMPORTANTE


•Lei Orgânica; •Lei de Uso e Ocupação de Solo; • Lei de ParcelamentoDo Solo;• Plano Diretor;• Código de Obras;• Código de Posturas;• Política Ambiental;• Agenda 21,• Demais LegislaçõesM, E e Federais.

O PLANO DIRETOR DE ARBORIZAÇÃO URBANA DEVE ESTARCOERENTE COM OS OUTRO REQUISITOS LEGAIS DO MUNICÍPIO.E ESTES DEVEM SER TAMBÉM ATUALIZADOS PERIODICAMENTE.

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Plano Diretor de Arborização Urbana

ESTRUTURA

CONSCIENTIZAÇÃO

FISCALIZAÇÃO

PLANEJAMENTO

EQUIPE

TÉCNICAS

VIVEIRO

POPULAÇÃO

EDUCAÇÃO

SUPORTE

FERRAMENTAS

LEGISLAÇÃO

MUNICÍPIONº DE

DOMICÍLIOS% DE

ARBORIZAÇÃO

ABAETÉ 6314 91,59%

AGUANIL 781 22,66%

ALPINÓPOLIS 4561 60,2%

ARAÚJOS 2102 78,49%

ARCOS 10.584 93,88%

BAMBUI 6691 41,99%

BOA ESPERANÇA 9750 55,28%

BOM DESPACHO 13345 33,9%

BONFIM 1225 40,89%

BIQUINHAS 614 79,64%

CAMACHO 478 37,44%

CAMPO BELO 15.773 36,61%

CAMPO DO MEIO 2887 74,71%

CAMPO GERAIS 6029 80,54%

CANDEIAS 3.514 24,67%

CAPETINGA 1921 80,37%

CAPITÓLIO 1680 72,38%

CARMO DA MATA 2.627 41,68%

CARMO DO CAJURU 5545 71,03%

CARMO DO RIO CLARO 4663 59,59%

CARMÓPOLIS 3448 45,59%

CÁSSIA 4667 87,85%

CLARAVAL 770 83,89%

CLÁUDIO 6170 71,50%

CEDRO DO ABAETÉ 380 90,785

CONCEIÇÃO DA APARECIDA 2082 43,60%

CONCEIÇÃO DO PARÁ 615 72,30%

COQUEIRAL 2046 76,24%

CÓRREGO DANTA 751 56,19%

CÓRREGO FUNDO 1365 38,02%

CRISTAIS 2894 39,14%

CRUCILÂNCIA 1014 37,86%

DELFINÓPOLIS 1605 94,68%

DESTERRO DE ENTRE RIOS 1242 71,41%

DIVINÓPOLIS 60046 89,36%

DORES DO INDAIÁ 4526 87,51%

DORESÓPOLIS 387 52,45%

ESTRELA DO INDAIÁ 989 82,20%

FLORESTAL 1697 87,15%

FORMIGA 19325 34,21%

FORTALEZA DE MINAS 1006 59,04%

GUAPÉ 2250 47,42%

IBIRACI 2521 83,89%

IGUATAMA 2250 64,13%

ILICÍNEA 2852 56,24%

IGARATINGA 2274 59,67%

ITAGUARA 2997 50,45%

ITAPECERICA 5379 60,25%

ITAU DE MINAS 4644 86,08%

ITAUNA 25007 65,25%

ITATIAIUÇU 1882 4,94%

JACUÍ 1554 58,55%

JAPARAÍBA 754 69,76%

LAGOA DA PRATA 13.376 85,41%

LEANDRO FERREIRA 646 65,32%

LUZ 5192 55,56%

MARAVILHAS 1409 93,61%

MARTINHO CAMPOS 3549 74,41%

MEDEIROS 636 91,66%

MOEMA 2081 87,36%

MORADA NOVA DE MINAS 2177 93,98%

NOVA SERRANA 20617 79,47%

ONÇA DO PITANGUI 447 40,71%

OLIVEIRA 10.577 51,61%

PAINEIRAS 1305 95,17%

PAINS 2.104 58,74%

PAPAGAIO 3379 91,865

PARÁ DE MINAS 24041 77,01%

PASSA TEMPO 2100 58,71%

PASSOS 31601 72,51%

PEDRA DO INDAIÁ 700 44,00%

PEQUI 980 65,61%

PERDIGÃO 2154 80,64%

PIEDADE DOS GERAIS 713 94,93%

PIMENTA2.218 44,81%

PIRACEMA 1019 82,53%

PITANGUI 6795 67,04%

PIUMHI9.529 61,93%

POMPÉU 7435 90,14%

PRATÁPOLIS 2731 73,19%

QUARTEL GERAL 920 97,06%

RIO MANSO 894 65,43%

SANTANA DA VARGEM 1649 26,68%

SANTANA DO JACARÉ 1448 40,40%

SANTO ANTÔNIO DO MONTE 6.79520,51%

SÃO FRANCISCO DE PAULA 1400 26,64%

SÃO GONÇALO DO PARÁ 2538 92,32%

SÃO JOÃO BATISTA DO GLÓRIA 1866 67,36%

SÃO JOSÉ DA BARRA 1501 72,75%

SÃO JOSÉ DA VARGINHA 753 82,72%

SÃO ROQUE DE MINAS 1490 62,88%

SÃO SEBASTIÃO DO OESTE 890 90,22%

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO 19230 79,59%

SÃO TOMÁS DE AQUINO 1790 41,89%

SERRA DA SAUDADE 193 84,45%

TAPIRAÍ 397 76,57%

VARGEM BONITA 421 84,56%

ABAETÉ 22.690 6.314 91,59% 11º

MEDEIROS 3.444 636 91,66% 10º

PAPAGAIOS 14.175 3.379 91,86% 9º

SÃO GONÇALO DO PARÁ 10.398 2.538 92,32% 8º

ARCOS 36.597 10.584 93,88% 6º

MORADA NOVA DE MINAS 8.255 2.177 93,98% 5º

DELFINÓPOLIS 6.830 1.605 94,68% 4º

PAINEIRAS 4.631 1.305 95,17% 2º

MARAVILHAS 7.163 1.409 93,61% 7º

QUARTEL GERAL 3.303 920 97,06% 1º

RANKING DOS MUNICÍPIOS COM MAIORES PERCENTUAIS DE ARBORIZAÇÃO URBANA VIÁRIA SEGUNDO IBGE 2010

PIEDADE DOS GERAIS 4.640 713 94,93% 3º

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Plano Diretor de Arborização Urbana A árvore não é o problema – Podemos ter uma

arborização planejada, plantada e cuidada adequadamente para conviver com as infraestruturas urbanas.

Nossa cidade não é quente – Ela tem poucas árvores!

As árvores não atrapalham os pedestres – Os passeios é que são estreitos e não adequados.

A árvore não entope calhas e bueiros – Casas, telhados, bueiros e calhas necessitam de manutenção periódica.

A árvore não suja as ruas – A vassoura já existe há muito tempo!

PRECISAMOS PLANTAR A ÁRVORE CERTA, NO LUGAR CERTO E COM MANEJO CORRETO!

Fonte: adaptação do texto do Prof. Fábio Kallas

Lembre-se sempre:

o impossível

geralmente é o que

ainda não experimentamos.

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Obrigado!!!Lucélio Nativo da Assunção

[email protected]

mailto:[email protected]

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