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Filiado em 12/12/99 Número 27 agosto/setembro de 2011 Plano de Saúde PES tem que ser para todos Proposta rejeitada pelos conselheiros da Fundação CESP apoiados pelo Sinergia CUT, se implantada, inviabiliza o retorno de aposentados com menor poder aquisitivo Outros destaques desta edição Página 03 4819: complementos terão que ser quitados pela Fazenda Página 04 Um pouco de História com Paulo Reis, aposentado da CPFL Os Conselheiros representantes dos trabalhadores ativos, assistidos e pensionistas - apoiados pelo Sinergia CUT - votaram contra os dois pontos de pauta da reunião ex- traordinária do Conselho Deliberativo da Fundação CESP, re- alizada no dia 21 de junho passado. Em discussão estiveram a criação de novos planos de saúde e o reajuste das tabelas de mensalida- des do PES (Plano Especial de Saú- de). O entendimento dos Conselheiros apoiados pelo Sindicato é que as propostas e pre- missas elaboradas pelo Grupo de Estudos do PES (GE-PES), e aco- lhidas por todos, não foram plena- mente desenvolvidas e contempla- das, apesar de meses de trabalho. Declaração de voto A declaração de voto contrário foi formalmente entregue aos de- mais conselheiros e destaca o se- guinte: “Nossa manifestação con- trária decorre da constatação de que o PES, que deveria acolher to- dos os trabalhadores ativos, apo- sentados pensionistas e seus designados, oriundos do setor elé- trico paulista, conforme acordo es- tabelecido em tempos passados com as patrocinadoras, dos quais esses trabalhadores e seus familiares são originários, caminha, como se infere na atual proposta, para sua inviabilidade do ponto de vista da permanência e do acesso de novos participantes, não resol- vendo o problema estrutural do fi- nanciamento e gestão do Plano”. Os motivos 1 - A realocação das verbas da par- ceria bancária, dos convênios de re- ciprocidade, da Vila Velha Seguros, entre outros, de modo a permitir me- lhores condições de sustentabilidade dos planos e, ao mesmo tempo, criar condições para reajustes que fossem suportáveis aos participantes e con- dizentes com a boa qualidade dos serviços. 2 - Há estudos para um reajuste em torno de 10%, ao invés dos 19,27% aprovados, além da criação de um plano básico estadual, alternativo aos que foram aprovados, na faixa dos R$ 380 para quem tem mais idade e menos renda, possibilitando o retor- no das 15 mil vidas que saíram por conta do aumento de quase 40% nas mensalidades no ano passado. 3 - Também não foi considerada a gestão compartilhada e participativa do PES, com caráter condominial, que poderia trazer ganhos administrativos e financeiros para todos e resultaria em uma mensali- dade menor. Os beneficiários da Previdência Social que começaram a receber aposentadorias e pensões entre 5 de abril de 1991 e 1º de janeiro de 2004 podem saber se terão corrigidos os valores mensais que recebem do Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Para isso, deverão informar o número do benefício e outros dados de ordem pessoal, como CPF. São 131.161 os beneficiários que terão direito à revisão dos valores, cuja soma chega a quase R$ 1,7 bilhão, a serem pagos com correção para quem teve o cálculo da mensalidade feito abaixo do teto da Previ- dência Social vigente na época da concessão. Além da correção do valor do benefício mensal, será pago também montante retroativo, conforme determinou o Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro do ano passado. Nem todos os beneficiários que tiveram aposentadorias ou pensões concedidas na época em questão têm direito à revisão pelo teto. Foram identificados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) 601.553 benefícios limitados ao teto da época. Destes, 193.276 estão cessados há mais de cinco anos e, portanto, não vão produzir impacto financeiro; 277.116 não terão diferenças a receber. O reajuste será incluído na folha de agosto, que será paga nos primeiros cinco dias de setembro. O valor médio dos atrasados, que serão pagos retroativamente, é R$ 11.586. Haverá quatro datas diferentes de pagamento: 31 de outu- bro deste ano, para quem tem direito a até R$ 6 mil; 31 de maio de 2012, para quem receberá de R$ 6.000,01 a R$ 15 mil; 30 de novem- bro, para valores entre R$ 15.000,01 e R$ 19 mil; e 31 de janeiro de 2013 para créditos superiores a R$ 19 mil. A correção e o pagamento de retroativos serão feitos automatica- mente só para quem não recorreu. Quem pediu a revisão por via admi- nistrativa receberá os valores devidos até cinco anos antes de protocolado seu pedido. Quem não fez pedido administrativo e ingres- sou na Justiça tem direito aos valores devidos até cinco anos antes do ajuizamento da ação. Quem tem direito Em dezembro de 1998 e em janeiro de 2004, duas emendas consti- tucionais elevaram o teto previdenciário, e o benefício não foi recalculado. Na época, os segurados não receberam reajustes corretos. Até novembro de 1998, o teto era de R$ 1.081,50. Depois, em de- zembro, por uma emenda constitucional, o teto foi elevado para R$ 1.200,00. Quem já recebia o valor anterior não passou a receber o novo teto. Em janeiro de 2004, outra emenda fixou o teto em R$ 2.400,00. A Previdência calcula o valor da aposentadoria na aposentadoria por tempo de contribuição aplicando o fator previdenciário á média dos salários de contribuição do trabalhador. Esse valor é limitado pelo teto, e o que ultrapassar esse limite é descartado no cálculo. Quando o valor do teto foi elevado, quem já tinha benefício limitado não teve o valor revisado. Por que o pagamento será feito? O Ministério da Previdência vai cumprir uma decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro do ano passado. A decisão do STF entendeu que, quando houver elevações do teto além da inflação, como as ocorridas em 1998 e 2004, essa diferença que o aposentado ou pensionista deixou de receber deve ser usada para rever o benefício. Muitos aposentados estão reclamando que têm direito à correção, mas não estão incluídos na lista de pagamento do Ministério da Previ- dência Social. Se o aposentado preencher os requisitos para recebi- mento e tiver fora da lista, deverá inicialmente entrar com pedido de Revisão Administrativa sobre o Teto de Contribuição, junto ao INSS. Se for indeferida a revisão, deverá, então,procurar o Juizado Especial Fe- deral (não é necessário advogado) onde obterá todas as informações necessárias para entrar com a ação judicial. Revisão do INSS: quem tem direito Saiba mais sobre a luta do Sinergia CUT para garantir a sustentabilidade do PES na página 02

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Filiado em

12/12/99

Número 27

agosto/setembro de 201 1

Plano de Saúde

PES tem que ser para todosProposta rejeitada pelos conselheiros da Fundação CESP apoiados pelo Sinergia CUT , se implantada,

inviabiliza o retorno de aposentados com menor poder aquisitivo

Outros destaques desta edição

Página 03

4819: complementos

terão que ser quitados

pela FazendaPágina 04

Um pouco de História

com Paulo Reis,

aposentado da CPFL

Os Conselheiros representantesdos trabalhadores ativos, assistidose pensionistas - apoiados peloSinergia CUT - votaram contra osdois pontos de pauta da reunião ex-traordinária do ConselhoDeliberativo da Fundação CESP, re-alizada no dia 21 de junho passado.Em discussão estiveram a criaçãode novos planos de saúde e oreajuste das tabelas de mensalida-des do PES (Plano Especial de Saú-de).

O entendimento dosConselheiros apoiados peloSindicato é que as propostas e pre-missas elaboradas pelo Grupo deEstudos do PES (GE-PES), e aco-lhidas por todos, não foram plena-mente desenvolvidas e contempla-das, apesar de meses de trabalho.

Declaração de votoA declaração de voto contrário

foi formalmente entregue aos de-mais conselheiros e destaca o se-guinte: “Nossa manifestação con-trária decorre da constatação deque o PES, que deveria acolher to-dos os trabalhadores ativos, apo-sentados pensionistas e seusdesignados, oriundos do setor elé-trico paulista, conforme acordo es-tabelecido em tempos passadoscom as patrocinadoras, dos quaisesses trabalhadores e seusfamiliares são originários, caminha,como se infere na atual proposta,

para sua inviabilidade do ponto devista da permanência e do acessode novos participantes, não resol-vendo o problema estrutural do fi-nanciamento e gestão do Plano”.

Os motivos1 - A realocação das verbas da par-

ceria bancária, dos convênios de re-ciprocidade, da Vila Velha Seguros,entre outros, de modo a permitir me-lhores condições de sustentabilidadedos planos e, ao mesmo tempo, criarcondições para reajustes que fossemsuportáveis aos participantes e con-dizentes com a boa qualidade dosserviços.

2 - Há estudos para um reajuste emtorno de 10%, ao invés dos 19,27%aprovados, além da criação de umplano básico estadual, alternativo aosque foram aprovados, na faixa dos R$380 para quem tem mais idade emenos renda, possibilitando o retor-no das 15 mil vidas que saíram porconta do aumento de quase 40% nasmensalidades no ano passado.

3 - Também não foi considerada agestão compartilhada e participativado PES, com caráter condominial,que poderia trazer ganhosadministrativos e financeiros paratodos e resultaria em uma mensali-dade menor.

Os beneficiários da Previdência Social que começaram a receberaposentadorias e pensões entre 5 de abril de 1991 e 1º de janeiro de2004 podem saber se terão corrigidos os valores mensais que recebemdo Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Para isso, deverãoinformar o número do benefício e outros dados de ordem pessoal, comoCPF.

São 131.161 os beneficiários que terão direito à revisão dos valores,cuja soma chega a quase R$ 1,7 bilhão, a serem pagos com correçãopara quem teve o cálculo da mensalidade feito abaixo do teto da Previ-dência Social vigente na época da concessão.

Além da correção do valor do benefício mensal, será pago tambémmontante retroativo, conforme determinou o Supremo Tribunal Federal(STF), em setembro do ano passado. Nem todos os beneficiários quetiveram aposentadorias ou pensões concedidas na época em questãotêm direito à revisão pelo teto.

Foram identificados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)601.553 benefícios limitados ao teto da época.

Destes, 193.276 estão cessados há mais de cinco anos e, portanto,não vão produzir impacto financeiro; 277.116 não terão diferenças areceber. O reajuste será incluído na folha de agosto, que será paganos primeiros cinco dias de setembro.

O valor médio dos atrasados, que serão pagos retroativamente, éR$ 11.586. Haverá quatro datas diferentes de pagamento: 31 de outu-bro deste ano, para quem tem direito a até R$ 6 mil; 31 de maio de2012, para quem receberá de R$ 6.000,01 a R$ 15 mil; 30 de novem-bro, para valores entre R$ 15.000,01 e R$ 19 mil; e 31 de janeiro de2013 para créditos superiores a R$ 19 mil.

A correção e o pagamento de retroativos serão feitos automatica-mente só para quem não recorreu. Quem pediu a revisão por via admi-nistrativa receberá os valores devidos até cinco anos antes deprotocolado seu pedido. Quem não fez pedido administrativo e ingres-sou na Justiça tem direito aos valores devidos até cinco anos antes doajuizamento da ação.

Quem tem direitoEm dezembro de 1998 e em janeiro de 2004, duas emendas consti-

tucionais elevaram o teto previdenciário, e o benefício não foi recalculado.Na época, os segurados não receberam reajustes corretos.

Até novembro de 1998, o teto era de R$ 1.081,50. Depois, em de-zembro, por uma emenda constitucional, o teto foi elevado para R$1.200,00. Quem já recebia o valor anterior não passou a receber onovo teto. Em janeiro de 2004, outra emenda fixou o teto em R$ 2.400,00.

A Previdência calcula o valor da aposentadoria na aposentadoriapor tempo de contribuição aplicando o fator previdenciário á média dossalários de contribuição do trabalhador. Esse valor é limitado pelo teto,e o que ultrapassar esse limite é descartado no cálculo. Quando o valordo teto foi elevado, quem já tinha benefício limitado não teve o valorrevisado.

Por que o pagamento será feito? O Ministério da Previdência vaicumprir uma decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) emsetembro do ano passado. A decisão do STF entendeu que, quandohouver elevações do teto além da inflação, como as ocorridas em 1998e 2004, essa diferença que o aposentado ou pensionista deixou dereceber deve ser usada para rever o benefício.

Muitos aposentados estão reclamando que têm direito à correção,mas não estão incluídos na lista de pagamento do Ministério da Previ-dência Social. Se o aposentado preencher os requisitos para recebi-mento e tiver fora da lista, deverá inicialmente entrar com pedido deRevisão Administrativa sobre o Teto de Contribuição, junto ao INSS. Sefor indeferida a revisão, deverá, então,procurar o Juizado Especial Fe-deral (não é necessário advogado) onde obterá todas as informaçõesnecessárias para entrar com a ação judicial.

Revisão do INSS:quem tem direito

Saiba mais sobre a luta doSinergia CUT para garantir a

sustentabilidade do PES napágina 02

Publicação de responsabilidade do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de Campinas e do Sindicato dos Energéticos do Estado de SãoPaulo. Sede: Rua Doutor Quirino, 1511 - Centro - Campinas,SP - CEP: 13015-082. Fones: Campinas (19) 3739-4600 / 0800-171611; São Paulo (11) 5571-6175;

Sind Gasist a (11) 3313-5299; Bauru (14) 3234-8445; Ilha Solteira (18) 3742-2828; Presidente Prudente (18) 3903-5035; Ribeirão Preto (16)3626-8676;Rio Claro (19) 3524-3712; São José do R.Preto (17) 3215 1188; Baixada Santist a (13) 3222-6466;

Vale do Paraíba: (12) 3622-4245; SindLitoral : (13) 3422-1940; SindPrudente : (18) 3222-1986Dirigente dos Aposent ados Responsável por est a edição: Adão Luiz Carlos

Diretor de Comunicação: Claudinei CeccatoRedação e diagramação: Débora Piloni (MTb 25172), Cecília Gomes (42799) e Lílian Parise (MTb 13522)

Ilustração : Ubiratan DantasE-mail: [email protected] Tiragem: 6 mil exemplares

Sinergia CUT- Jornal dos Aposentados - Página 2

EXPEDIENTE

Plano de Saúde: éPlano de Saúde: éPlano de Saúde: éPlano de Saúde: éPlano de Saúde: épreciso viabilizar opreciso viabilizar opreciso viabilizar opreciso viabilizar opreciso viabilizar o

que já foi bomque já foi bomque já foi bomque já foi bomque já foi bom

Fundação CESP

Ninguém é louco de negar queobter atendimento decente emplano de saúde no Brasil é um atode exceção. Todos os dias, osProcons são invadidos porreclamações em relação ao abusocometido por planos privados,especialmente quando o clientepossui acima de 65 anos.

São mensalidades cobradasacima de R$ 500 ou R$ 600. E pior:existe uma série de obstáculos paraconseguir exames ouprocedimentos que são liberadosimediatamente quando a pessoaestá na faixa etária dos 35 anos. Umdescalabro ignorado pela AgênciaNacional de Saúde Suplementar.

Nesse contexto em que o ServiçoÙnico de Saúde mostra debilidadesclaras e que os rendimentos dosaposentados, na maioria dasvezes, são insuficientes paracustear tamanha demanda, ocorreto sería apostar em planos deSaúde oriundos de Fundações oude Associações de Classe. Afinal,o trabalhador colaborou anos e anospara que, após a sua retirada domercado de trabalho, ocorresse atão almejada tranquilidade.

Uma pena, mas a FundaçãoCESP parece não pensar assim.Mesmo com os esforços dosConselheiros do Sinergia CUT, oque assistimos nos últimos mesesé a tentativa de implantar naFundação o mesmo conceitoreinante no mundo privado. Ou seja,o idoso vira acessório e só é aceitose gerar lucro.

Não pode ser assim! Um grupo deEstudos já comprovou a viabilidadeda Fundação CESP instituir umplano de modalidade básica, o quefaria com que boa parte das 15 milpessoas que saíram dos planos daFundação pudessem retornar.

Se a proposta é tão boa, por quenão é implantada? Simples: asempresas do setor energéticoinfelizmente não se dão conta danecessidade de aportar maiorvolume de recursos na FundaçãoCESP e da necessidade de ouvir orepresentante dos trabalhadores eaposentados.

O Coletivo de Aposentados doSinergia CUT não perdeuesperança. Considera que anegociação e a mobilização aindase constituem no caminho paraobter o essencial: um plano desaúde digno e correto para quemajudou a construir um setor tãoimportante para a nação.

Sinergia CUT defende Plano Básico

Em meados de agosto do anopassado, o Sinergia CUT e a As-sociação dos Aposentados daFundação CESP (AAFC) integra-ram um Grupo de Estudos (GE),formado por 14 membros.

No dia 06 de julho de 2010, oSindicato enviou carta à FundaçãoCESP solicitando a suspensão deuma reestruturação anunciadapela Fundação e pedido pararealização de novo estudo comoalternativa aos reajustes linearesde 39,2% aplicados a todos os pla-nos.

Duas semanas depois, no dia19 de julho de 2010, a FundaçãoCESP anunciou a suspensão daadesão aos novos planosresultantes dessa reestruturação.

A decisão foi tomada após reu-nião realizada naquela data entrerepresentantes da FundaçãoCESP, Sinergia CUT, AAFC eoutros sindicatos. Também foi en-caminhada a necessidade de for-mação de uma comissão com re-presentantes de cada uma das en-tidades envolvidas no debate.

O Grupo de Estudo realizou umamplo estudo, durante oito meses,sobre os planos e também sobre

a estrutura da Fundação CESP.Com a ajuda de especialistas econsultorias, chegou à conclusãode que a melhor forma de garan-tir a sustentabilidade do PES se-ria ter como premissa a criaçãode um plano básico, para resga-tar as 15 mil vidas que saíram doPES após o reajuste de julho doano passado. A maioria dessaspessoas têm mais de 59 anos,com renda inferior a R$ 6.000.

Plano básicoOs esforços do GE foram para

que, já em março de 2011, umplano básico passasse a vigorarpara resgatar esse público e evi-tar a saída de mais usuários. Alémdisso, a partir de julho de 2011,uma nova modalidade de planosentraria em vigor para atender osdemais participantes do PES.

A proposta do GE foi apresen-tada à direção da FundaçãoCESP e aos representantes dostrabalhadores no ConselhoDeliberativo em dezembro do anopassado. O ConselhoDeliberativo aprovou a proposta ea Fundação CESP ficou deestruturar um plano a partir daspremissas apontadas pelo GE.

No último dia 15 de março, emreunião com o GE do PES, a Fun-dação CESP informou que, paraa implantação de um plano básicono valor de R$ 380, serianecessário um aporte de R$ 14milhões.

Novos planosApesar dos esforços do

Sindicato e do Grupo de Estudospara viabilizar este plano básico,infelizmente, as patrocinadoras eo presidente da Fundação CESPnão se preocuparam em resolveresta questão do aporte financeiro.

Resultado: recentemente, aAgência Nacional de SaúdeSuplementar aprovou o planoencaminhado pela FundaçãoCESP. Diante disso, a Fundaçãoencaminhará o Kit nos próximosdias às residências dostrabalhadores da ativa eaposentados para que todospossam avaliar a validade ou nãode se aderir ao plano.

Por outro lado, algumasentidades sindicais protocolaramjunto à ANS um documento quequestiona os novos planosoferecidos e o aumento de 20%nas mensalidades.

Sindicato considera que a sustentabilidade do PES passa pela implantação de umplano básico e o resgate das 15 mil pessoas que saíram desde o ano passado

Adão Luiz Carlos Campinas (19) 3739.4600 [email protected]

Amilton de Souza Baixada Santista (13) 3222.6466 [email protected]

Ap. Donizetti de Paula Bauru (14) 3234-8445 [email protected]

David Paiva Santos S.J.do Rio Preto (17) 3223-6155 [email protected]

Dorival de Freit as Alves São Paulo (gasista) (11) 3313- 5299 [email protected]

Fernando J. T . Acost a São Paulo (11) 5571- 6175 [email protected]

Geraldo P. Borges Ribeirão Preto (16) 3626 - 8676 [email protected]

Gilberto Bertanha Rio Claro (19) 3524- 3712 [email protected]

José André Santos P. Prudente (18) 3903-5035 [email protected]

José Aparecido Aquino Vale do Paraíba (12) 3622-4245 [email protected]

José Pirozi P. Prudente (18) 8112- 0937 [email protected]

Sebastião Santos Ilha Solteira (18) 3742-2828 [email protected]

Nome Macro Telefone E-mail

Coletivo dos Aposentados Sinergia CUTGestão 2011-2014

Fazenda não pode deixar de pagar Função Acessória, Adicional de Periculosidade, Adicional de Insalubridadee Horas Extras Incorporadas e deve restituir os valores suprimidos

Secretaria da Fazenda é obrigada apagar todos os complementos

Em defesa dos direitos dosaposentados pela lei 4819, oSinergia CUT entrou com uma açãoem janeiro de 2010 na 5ª Vara doTrabalho de Campinas (processo74/2010), requerendo a

manutenção do pagamento da Gratificação deFunção, Função Acessória, Adicional dePericulosidade, Adicional de Insalubridade eHoras Extras Incorporadas que foramsuprimidas dos aposentados beneficiários daLei 4819/58 que recebem complementação deaposentadoria da Fazenda Estadual.

Em julho passado, Juiz do Trabalho RobsonAdilson de Moraes julgou a ação parcialmenteprocedente, condenando a Fazenda Estaduala abster-se de suprimir essas parcelas dopagamento da complementação deaposentadorias e pensões dos substituídos, sobpena de aplicação de multa de R$ 500 por mêse por beneficiário, até limite individual de R$15.000 que deverá ser comprovado nos autosno prazo de 90 dias, após o trânsito em julgado.Além disso, a Fazenda fica obrigada a restituiraos substituídos os valores já suprimidos e apagar honorários advocatícios no valorcorrespondente a 10% sobre o valor dacondenação.

A área jurídica do Sinergia CUT contesta aparcialidade da condenação. “Há contradiçãona sentença, uma vez que a Justiça julgouimprocedente a manutenção da parceladenominada Gratificação de Função (pois aFazenda alegou que essa parcela não foisuprimida) e, contraditoriamente, fez constar nodispositivo da sentença o pagamento da referidaverba. Além disso, no dispositivo da sentençanão constou a manutenção da verbadenominada Função Acessória, embora tenhaconstado na fundamentação. Por essa razão,já ingressamos com Embargos de Declaraçãopara que sejam esclarecidas essascontradições”, afirma o advogado do Sinergia

Sinergia CUT-Jornal dos Aposentados - Página 3

CUT, Nilson Lucilio.Como esta é uma decisão de primeira

instância, ainda cabe recurso por parte daFazenda Estadual ao TRT da 15ª Região.

Histórico No ano de 2006, a Fazenda Estadual

decidiu suprimir os pagamentos referentes àIncorporação Ação Judicial e AdicionalIncorporação Ação Judicial nascomplementações de aposentadorias dosbeneficiários da Lei 4819/58. O Sinergia CUTingressou com ação judicial na 1ª Vara doTrabalho de Campinas (processo 491/2006),para que a Fazenda efetuasse o pagamentodesses valores.

A ação foi julgada procedente em todas asinstâncias e a Fazenda Estadual foicondenada a manter os pagamentos.Posteriormente, ela decidiu suprimir tambémo pagamento da Gratificação de Função,

Deu na Imprensa

Aposentados em 1990ganham revisão

O Juizado Especial Federal deSão Paulo reconheceu, em maiodeste ano, que um aposentado demaio de 1990 tem direito à revi-são pelo teto, apesar de o segu-rado ter ficado de fora da lista depagamentos do INSS que serãofeitos em setembro no posto.

A decisão beneficia os apo-sentados entre 1988 e 1991 quepor conta da elevada inflação ti-veram a limitação ao teto. Essegrupo não receberá a revisão nospostos do INSS, pois o órgão con-

sidera que o STF (Supremo Tri-bunal Federal) só garantiu a revi-são para benefícios entre 5 deabril de 1991 e 31 de dezembrode 2003.

O autor da ação conseguiuliminar (ordem de aplicação ime-diata da sentença) para que o re-ajuste do benefício fosse feito peloINSS em 45 dias. Ele ganhou em1992 a revisão do período comum pedido administrativo e agorarecebeu a diferença do que ficoulimitado ao teto.

Central 135 mostra falhasno atendimento

O ministério da PrevidênciaSocial admitiu que podem estarocorrendo "alguns erros no aten-dimento da central 135", que pres-ta informações sobre quem temdireito à revisão pelo teto. Segun-do o ministério, a central tem cer-ca de 3.000 atendentes que ape-sar de terem sido previamente ori-entados pela Previdência, podemimprovisar e prestar informaçõesequivocadas. Segurados relata-ram à reportagem que receberaminformações incorretas pelo tele-

fone. Um dos atendentes disse,equivocadamente, que só tem di-reito à revisão quem recebe hojeo teto previdenciário, que é de R$3.691,74. Outro segurado escu-tou do atendente do 135 que épreciso ganhar R$ 3.000 para tero aumento e esta informaçãotambém não é correta.

Outro segurado foi informadode que não tinha direito à revisão.No mesmo dia, foi ao posto doINSS e confirmou que terá direitoao aumento.

Matérias publicadas originariamente no Jornal Agora São Paulo no mês de julho

Aposentados da 4819

Função Acessória, Adicional dePericulosidade, Adicional de Insalubridade eHoras Extras Incorporadas.

Nesta ocasião, o Sinergia CUT ingressoucom pedido ao Juiz da 1ª Vara do Trabalho deCampinas, no processo 491/2006, requerendoa manutenção do pagamento das referidasparcelas. No entanto, o Juiz entendeu que opedido não poderia ser feito naquele processo,que já estava encerrado.

Por essa razão, em janeiro de 2010, oSindicato ingressou com uma nova ação na5ª Vara do Trabalho de Campinas (processo74/2010), que agora foi julgada parcialmenteprocedente em primeira instância e condenoua Fazenda Estadual a manter o pagamento daGratificação de Função, Função Acessória,Adicional de Periculosidade, Adicional deInsalubridade e Horas Extras Incorporadas,além de restituir os valores suprimidos.

Sinergia CUT- Jornal dos Aposentados - Página 4

Impresso

Departamento dos AposentadosSindicato dos Trabalhadores Energéticos de SP

R. Dr Quirino, 1511, Centro. Campinas - SP

CEP 13015-082

Uma saga de luta e resistênciaO caminho para viabilizar o pagamento da diferença foi trabalhoso e cheio de desafios. Mas no final, o

Sinergia CUT conseguiu que trabalhadores da ativa e aposentados tivessem direito ao pagamento

Periculosidade CTEEP

Quando o Sinergia CUT decidiuem 1994, entrar na Justiça pararequisitar o pagamento dapericulosidade da CTEEP tinhaplena consciência de que ocaminho seria longo e trabalhoso.Afinal de contas, parecia àprimeira vista que a decisão eraequivocada, pois os outrossindicatos decidiram firmaracordos apressadamente, queexcluíram do montante osaposentados e trabalhadores quedecidiram entrar em programasde Demissão Voluntária.

O Sinergia CUT, porém,sempre acreditou que comargumentos e um sólido trabalhopolítico era possível incluir todosos grupos para viabil izar opagamento do saldo dapericulosidade. Neste ano, osprimeiros frutos foram colhidos,com o encaminhamento dadecisão por parte da Justiça doTrabalho para o pagamento dobeneficio.

Uma lista de 1861 nomes foiformulada e que ficou presente nosite do Sinergia CUT, que também

Uma testemunha ocular da nossa História

abriu espaço paraque outrostrabalhadores oua p o s e n t a d o sp u d e s s e mmanifestar o seudesejo de receber.

Após a realizaçãodas assembléias edo período derecadas t ramentopelo site, outras 412p e s s o a se n c a m i n h a r a md o c u m e n t o sc o m p r o b a t ó r i o ssobre apossibil idade depagamento dapericulosidade.

O Sinergia CUTencaminhou osdados coletados paraa CTEEP e agoraaguarda o retorno daempresa paraverificar quantos têmdireito à Peri. Concluído esseprocesso de inclusão de nomes,Sindicato e empresa farão minuta

Ao entrar passar o cartão pela primeiravez na CPFL no dia 27 de novembro de 1950,o aposentado Paulo Oliveira Reis, de 86anos, jamais poderia imaginar que aqueleemprego para atuar primeiramente na redee depois no setor de distribuição da empresaproduzisse o cenário ideal para conhecer oSindicato dos Eletricitários de Campinas.

Neste local, conheceu amigos,estabeleceu vínculos e viveu episódiossaborosos, como a inauguração da pedrafundamental, em 1959, para a construção daatual sede em Campinas. “A diretoria sabiaque eu fazia nas horas vagas o serviço degarçom e me convidou para atuar no coquetelde inauguração. Ainda levei dois amigos”,disse Reis, aposentado desde o dia primeirode maio de 1979.

Após a aposentadoria, ele conseguiutempo para viver o Sindicato intensamente.Comparecia quase todos os dias e, além deestabelecer conversas agradaveis, Reissempre mostrava-se disposto a participardas excursões ao litoral paulista. “Daqueletempo eu tenho muita saudade”, disse o

aposentado.Seu lamento é apenas pelo fato de

vislumbrar que poucos amigos estão vivospara contar os anos de trabalho na CPFL etambém de militância no Sindicato. “Acreditoque da primeira turma que trabalhou na

companhia, só sobrou eu, enquanto que dasegunda turma só sobraram três ou quatropessoas”, lamentou Reis, que ainda estápresente para contar história e preservar olegado de um Sindicato com muitos anosde luta.

de acordo para em seguida fazer ahomologação na Justiça.

A previsão é de que o

pagamento da Peri seja efetuadopela CTEEP após 15 dias dahomologação do acordo.

Em 1959, Reis e xerceu seu hobbye trabalhandocomo garçom no coquetel de lançamento da

Pedra Fundamental do STIEEC