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Plano de Negócios e Gestão 2018 - 2022 11 de dezembro de 2017

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Plano de Negócios e

Gestão

2018 - 2022

11 de dezembro de 2017

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Conselho da Administração Dr. Alexandre Vaghi de Arruda Aniz

Presidente em exercício Ricardo de Paula Monteiro Jailor Capelossi Carneiro

Paulo Arthur Pimentel T. da Silva Conselheiros

Conselho Fiscal

Marcelo Saraiva Cavalcanti

Marcos José Lopes Luciana Cortez Roriz Pontes

Membros Efetivos

Pedro Paulo da Cunha Rodrigo Parente Vives

Membros Suplentes

Diretoria Executiva

Leonam dos Santos Guimarães Diretor Presidente Interino

Mônica Regina Reis

Diretora de Administração e Finanças

João Carlos da Cunha Bastos Diretor de Operação e Comercialização

Leonam dos Santos Guimarães

Diretor Técnico

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Plano de Negócios e Gestão da Eletronuclear –

Quinquênio 2018-2022   

1. Contexto Empresarial  O  Plano  de  Negócios  e  Gestão  2018‐2022  da  Eletronuclear  apresenta  as  principais  estratégias  de gestão da companhia voltadas para a recuperação de seu equilíbrio econômico‐financeiro, a melhoria de desempenho empresarial  refletida em seus  indicadores operacionais,  financeiros, de governança, de gestão e socioambientais. Essas estratégias cobrem também a manutenção da operação segura e com  elevado  desempenho  de  Angra  1 e  Angra  2  e  para  a  retomada,  de  acordo  com  definições superiores  e no menor prazo possível, das obras do  empreendimento Angra 3. Neste  contexto,  foi construído o programa de  investimento da  empresa nos próximos 5  anos, onde  se procede  a uma avaliação  econômico‐financeira  com  premissas macroeconômicas  para  um  Cenário  Base,  projeções para o período 2018‐2022 e a respectiva Análise (ver item 5.3.2).   No campo da geração nuclear, de acordo com os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, a participação da geração elétrica por fonte nuclear representou 2,79%  (15.864 GWh) do SIN em 2016. O total da geração foi de 567.665 GWh, sendo que, as hidroelétricas participaram com 73,42% (416.767 GWh) em seguida pelas térmicas convencionais com 17,89% (101.548 GWh). A geração Eólica chegou a 5,89% (33.455 GWh), consolidando seu espaço na matriz.  

1.1. Expansão  

 Angra 3 Angra 3  representa o maior empreendimento corporativo do  sistema Eletrobras,  representando um aumento de 70% na potência instalada da Eletronuclear. Todavia, desde o final de 2015 a construção de Angra 3 encontra‐se  virtualmente paralisada, devido às dificuldades  financeiras por que passa a Eletronuclear  e  também  como  consequência  das  denúncias  de  corrupção  no  âmbito  da  “Operação Lava Jato”, conduzida pelo Ministério Público Federal. 

Em junho de 2016, o avanço físico global realizado atingiu 61,66%, contra o planejado de 60,52% nas condições atuais de preservação do canteiro. 

O foco principal da Eletronuclear, no momento, são as atividades de preservação do canteiro de obras, das estruturas já edificadas e dos equipamentos e materiais já adquiridos e estocados no próprio local da Central Nuclear e em galpões de armazenagem da NUCLEP, em Itaguaí.  O  planejamento  atual  trabalha  com  a  premissa  de  que  as  atividades  de  obras  civis  e montagem eletromecânica sejam retomadas em junho de 2019 após autorização do Conselho nacional de Política Energética – CNPE, em 2017, e que o término da construção se dê em dezembro de 2023, para início de operação em janeiro 2024.    

O Orçamento total previsto é de R$ 21,05 bilhões em custos diretos, base junho de 2016.  

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 Embora,  atualmente,  as  obras  do  empreendimento  Angra  3  estejam  paralisadas,    ocasião  em  que estão  sendo  reavaliadas  suas  estruturas  de  capital,  premissas  de  viabilidade  e  retorno  de  forma conjunta  aos  diversos  parceiros  e  financiadores  do  projeto,  inclusive  no  âmbito  de  ação governamental a que esta obra está vinculada, temos entre os meses de  janeiro a  junho de 2017, os montantes de R$ 81,5 milhões em recursos próprios alocados ao projeto e provenientes da geração própria de caixa das Usinas de Angra 1 e 2, e que têm provocado grande desequilíbrio na capacidade de  investimentos  nas  Usinas  de  Angra  1  e  2,  gerando  postergações  de  alguns  investimentos considerados inclusive prioritários.  

1.2. Operação & Manutenção 

 O  aprimoramento  da  segurança  e  a  preservação  e melhoria  de  desempenho  das  usinas  Angra 1  e Angra 2  são o  foco principal dos  investimentos  realizados para manutenção. Para a preservação do desempenho  das  usinas  são  consideradas  as  necessidades  de  modificação,  modernização  ou substituição  de  sistemas  e  componentes,  incorporação  de  avanços  tecnológicos  com  base  em avaliações de segurança, planos de melhoria, experiência operacional interna e externa e evolução dos requisitos  de  licenciamento.  Os  investimentos  em  projetos  e  estudos  a  serem  realizados  com  o objetivo  de  analisar  e  incorporar medidas  de  prevenção  de  acidentes  semelhantes  ao  ocorrido  na usina nuclear Fukushima Daiichi também são considerados. 

A análise técnica aqui descrita se agregará a avaliação econômico‐financeira de cada projeto e ação, com  respeito  à  sua  conveniência  e  oportunidade  em  fase  a  capacidade  de  investimento  da Eletronuclear. 

Além do foco na preservação e melhoria da segurança e produtividade, em vista do esgotamento da capacidade de armazenamento de combustível usado nas piscinas no interior das unidades Angra 1 e Angra 2, previsto para dezembro e  julho de 2021  respectivamente, há a necessidade de estender a capacidade da Central de armazenagem de combustível usado, o que se fará através da  implantação da Unidade de Armazenamento Complementar a Seco ‐  UAS.  

1.3. Contexto Econômico‐Financeiro 

 No primeiro  semestre de 2017 a Eletronuclear obteve  lucro  líquido  reportado em 30.06.2017 de R$ 190 milhões. Esse  resultado é 177% superior ao planejado no mesmo período do exercício anterior. Cabe destacar alguns pontos a respeito desse resultado. O aumento de 8% na Receita Fixa das Usinas de Angra  1  e  2,  equivalente  a  R$  112 milhões  em  incrementos  quando  comparado  com  o mesmo período  de  2016;  Parcela  Variável  em  excedente  de  energia  gerada  pelas  Usinas  de  Angra  1  e  2, representando  no  período  comparado  ao  ano  de  2016  em  incremento  nominal  de  R$  21 milhões (aumento do preço do PLD médio para o mesmo período, o qual  teve desempenho 311%  superior, variando de R$ 62,47 / MWh entre  janeiro a  junho de 2016 para R$ 257,16 entre  janeiro a  junho de 2017); A  redução das despesas  financeiras em 53%, o que equivale a R$ 142 milhões em  reduções quando  comparado  com  o  mesmo  período  de  2016,  tendo  como  principais  destaques  a  melhor performance  do  Fundo  Financeiro  para  o Descomissionamento  das Usinas  de  Angra  1  e  2,  o  qual apresentou R$ 97 milhões em variação positiva;  Não ocorrência até junho/2017 de novos incrementos 

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em  provisões  para  perdas  por  ocasião  de  registros  de  impairment  /  contratos  onerosos  no empreendimento Angra 3.   Contribuíram  negativamente  na  formação  desse  resultado  dois  fatores.  Aumento  de  gastos  com pessoal  em  R$  130 milhões,  tendo  como  principais  fatores  para  esta  elevação:  1)  o  registro  das estimativas totais com o Plano de Aposentadoria Extraordinária – PAE no valor de R$ 77,2 milhões; 2) acréscimos   de R$ 30 milhões decorrentes da aplicação dos acordos coletivos de trabalho de 2016 e 2017;  e  4)  acréscimo    de  R$  7,2 milhões  proveniente  das  horas  extras  da  parada  para  troca  de combustível  nuclear  e manutenções  da Usina  de  Angra  1  que  embora  tenha  tido  seu  término  em 16.12.2016,  teve  suas apropriações em  folha de pagamento apenas em  janeiro de 2017. E ainda os registros  no  período  de  provisões  para  contingências  trabalhistas  com  impacto  de  R$  60 milhões. Foram  realizados  no  período  reestimativas  de  perdas  em  processos  trabalhistas  de  natureza semelhante,  em  consequência  das  estimativas  de  perdas  prováveis  em  processos  já  em  fase  de execução de sentença.  O  fluxo de  caixa das atividades operacionais,  realizado no primeiro  semestre de 2017,  teve em  seu acumulado  uma  geração  de  caixa  positiva  de  R$  463,5  milhões,  o  que  representa  um  bom desempenho  operacional  para  o  período.  Fator  relevante  é  que  ao  final  do  mês  de  06/2017,  a ELETRONUCLEAR não apresentava registros de inadimplência junto aos seus fornecedores de materiais e insumos para suas Usinas de Angra 1 e 2, com exceção da empresa Indústrias Nucleares do Brasil – INB,  em  que  se  registravam  débitos  vencidos  no montante  de  R$  47,2 milhões,  porém  que  estão devidamente solucionados em negociações junto a este fornecedor, quando foram definidos um fluxo de pagamentos mensais até dezembro de 2017. 

 A  ELETRONUCLEAR  não  possuía  em  30.06.2017  débitos  vencidos  relacionados  a  quaisquer  tributos (impostos  e  contribuições),  sejam  eles  federais,  estaduais  e municipais,  o  que  lhe  têm  conferido  a emissão de Certidões Negativas e/ou Positivas com efeito de Negativas  junto aos diversos órgãos da esfera de controle público de tais tributos. No que tange ao serviço da dívida, ocorrido entre os meses de fevereiro a junho de 2017, a ELETRONUCLEAR foi dispensada do pagamento do principal em 3 (três) contratos  de  financiamento  mantidos  junto  a  sua  holding  ELETROBRAS,  o  qual  por  meio  de negociações  junto a mesma,  foram capazes de gerar  recursos adicionais de R$ 113,5 milhões e que puderam ser revertidos em pagamentos de faturas já vencidas junto a seu fornecedor de Combustível Nuclear (INB).  

 Como comentário ainda relacionado aos dispêndios de capitais, e agora com ênfase aos investimentos, destaca‐se  que  entre  os meses  de  janeiro  a  junho  de  2017  foram  honrados  compromissos  totais relacionados ao empreendimento Angra 3 no montante  total de R$ 241,5 milhões, para os quais a ELETRONUCLEAR teve somente como fonte de financiamento, o valor de R$ 160 milhões, obtidos por meio de contrato de financiamento junto a sua holding (ELETROBRAS) e  liberados no final do mês de abril 2017. 

 Investimentos para os próximos 5 anos  A empresa tem seu plano de investimentos com horizonte de 5 anos, levando‐se em conta suas atuais condições do ponto de vista econômico‐financeiro, bem como suas necessidades técnico‐operacionais.  A  tabela  a  seguir  apresenta  os  investimentos  diretos  a  serem  realizados  pela  Eletronuclear  nos próximos 5 anos:   

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1.4. Gestão 

  A Gestão no atual contexto empresarial da ELETRONUCLEAR dois temas se destacam: O Contrato de Metas de Desempenho Empresarial – CMDE e o Desempenho da Carteira de Projetos.   

1.4.1.  O CMDE – Contrato de Metas de Desempenho Empresarial  O  CMDE  é  um  compromisso  firmado  entre  as  Empresas  do  Sistema  Eletrobras  e  a  Holding,  para acompanhamento de indicadores e metas. Logo a seguir são apresentados os resultados e respectivos comentários até junho 2017.  

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1.4.2.  O Desempenho da Carteira de Projetos da Eletronuclear  Com  relação  ao  progresso  físico  dos  Projetos  declarados  no  PNG  2017‐2021  da  Eletrobras Eletronuclear, encontramos a seguinte situação em 30 de junho:  

  Ao  todo  são  66  projetos  no  Portfólio  de  Projetos  da  Eletronuclear.  45  Projetos  encontram‐se  em situação “Ok”, onde 4  já foram concluídos. O número de Projetos que se encontram em situação de “Atenção” são 2; e 19 encontram‐se na situação de “Críticos”. Dentro desse quantitativo de projetos com status “Críticos”, verifica‐se como principais causas para baixa realização: postergação para 2018 devido  a  restrições  financeiras;  atrasos  em  processos  licitatórios;  interposição  de  recursos  técnicos e/ou comerciais no processo licitatório, inclusive com a paralisação do processo; atrasos e adiamentos na entrega de materiais, equipamentos e componentes; e mudanças no planejamento dos Projetos em prazo e/ou escopo. Contexto empresarial na dimensão Governança e Conformidade   

1.5. Governança e Conformidade  A  Eletrobras  Eletronuclear  tem  o  compromisso  de  agir  sempre  em  conformidade  com  as  políticas corporativas, de forma transparente. Em função disso exige dos seus colaboradores que observem princípios, normas e condutas fixadas no seu Código de Ética das Empresas do Sistema Eletrobras, aplicado a todos com os quais a Companhia se relaciona. No  segundo  semestre  de  2016,  constituiu  a  Superintendência  de  Governança,  Gestão  de  Riscos  e Conformidade, subordinada diretamente ao Diretor‐Presidente e composta pelos Departamentos de Conformidade e de Gestão de Riscos e Controles internos. A nova estrutura organizacional harmonizou as atividades em questão às disposições da Lei 13.303 e ao Decreto federal 8.945. Não obstante, tanto a Superintendência como os referidos Departamentos passaram por ajustes em 2017, devendo adentrarem no exercício de 2018 plenamente operacionais, conforme os padrões determinados para as empresas do Sistema Eletrobras. 

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1.6. Desafios e Dificuldades a serem superados  A Eletronuclear tem desafios e dificuldades consideráveis com seu atual Programa de  Investimentos. São  diversos  projetos  e  desafios  empresariais  tais  como:  Manutenção  de  seu  parque  gerador; Construção da Unidade de Armazenamento a Seco de Combustíveis Irradiados – UAS; Revisão da tarifa de Angra 3; Retomada construção da Usina Angra 3; Melhorias das condições de comercialização da energia das Usinas Angra  1  e  2;  Estruturação dos  recursos  relacionados  à  extensão da  vida útil de Angra 1; Viabilização dos recursos para fazer frente ao fluxo de caixa dos contratos de fornecimento de combustível  para  Angra  1  e  2;  Remodelagem  e  negociação  dos  contratos  de  fornecimento  de combustível para Angra 1 e 2 para adequá‐los à legislação vigente.  A  rápida  deterioração  da  capacidade  financeira  da  companhia  por  conta  de  fluxos  de  pagamentos associados à manutenção do canteiro de obras de Angra 3 é algo que preocupa muito, principalmente pelas dificuldades de renegociação de waivers de financiamentos  junto ao BNDES e Caixa Econômica Federal.  Os  impactos  dessas  dificuldades  financeiras  já  podem  ser  observados  no  aumento  da inadimplência da empresa para com seus Fornecedores.   A indefinição quanto as condições de retomadas das obras de Angra 3 deteriora a situação financeira da ELETRONUCLEAR uma vez que os custos financeiros da paralização das obras desse empreendimento fazem oneram o fluxo de caixa operacional.                           

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2. Vinculação e desdobramento em relação ao PDNG 2018‐22  

O  Plano  de  Negócios  e  Gestão  da  Eletronuclear  2018‐2022  segue  as  diretrizes  oriundas  do  Plano Diretor de Negócios e Gestão – PDNG 2018‐2022 do Sistema Eletrobras, sendo as metas do quinquênio monitoradas através dos principais indicadores de desempenho operacional e de gestão, governança e socioambientais. 

Diretrizes Estratégicas e Projetos do PDNG 2018‐2022:  

Governança e Conformidade: 4 iniciativas associadas 

1ª Iniciativa: Implantação do Programa Eletrobras 5 Dimensões; 

2ª Iniciativa: Eliminar Fraquezas Materiais; 

3ª Iniciativa: Implementar Ações para Listagem em Índices e Obtenção de Selos de GC; 

4ª Iniciativa: Preparação para Democratização do Capital 

 

Disciplina Financeira: 10 iniciativas associadas 

1ª Iniciativa: Privatização das Distribuidoras; 

2ª Iniciativa: Venda de Imóveis Administrativos; 

3ª Iniciativa: Venda de Participações em SPEs; 

4ª Iniciativa: Otimização Tributária; 

5ª Iniciativa: Reestruturação Societária; 

6ª Iniciativa: Empréstimo Compulsório; 

7ª Iniciativa: Fundos de Previdência; 

8ª Iniciativa: Orçamento Base Zero; 

9ª Iniciativa: Estratégia para Carteira de Ações Coligadas; 

10ª Iniciativa: Estratégia para Eletronet 

 

Excelência Operacional: 10 iniciativas associadas 

1ª Iniciativa: Reestruturação Organizacional; 

2ª Iniciativa: Implantação do PRO‐ERP; 

3ª Iniciativa: Centro de Serviços Compartilhados (CSC); 

4ª Iniciativa: Redução de Custos Administrativos; 

5ª Iniciativa: Redução de Custos de Pessoal; 

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6ª Iniciativa: Estratégia Regulatória para Geração e Transmissão; 

7ª Iniciativa: Comercialização Integrada de Energia; 

8ª Iniciativa: Plano de Retomada de Angra 3; 

9ª Iniciativa: Automação de Instalações de Transmissão 

10ª Iniciativa: Compra Conjunta 

 

  Atuação Sustentável: 4 iniciativas associadas 

1ª Iniciativa: Compromisso com a Agenda 2030; 

2ª Iniciativa: Prospectar Oportunidades via Green Bond; 

3ª Iniciativa: Metodologia para Medir Resultados de Projetos de P&D; 

4ª Iniciativa: Implementação do Relato Integrado; 

 

  Valorização das Pessoas: 3 iniciativas associadas 

1ª Iniciativa: Dimensionamento Quali‐quantitativo de Pessoal 

2ª Iniciativa: Aperfeiçoamento do Sistema de Gestão de Desempenho; 

3ª Iniciativa: Banco de Candidatos e Oportunidades; 

 

2.1. Estágio atual na Eletronuclear em cada uma das diretrizes estratégicas  A respeito da diretriz estratégica Excelência Operacional, a Eletronuclear encontra‐se alinhada com as demais  empresas  Eletrobras  no  desenvolvimento  dos  projetos  e  ações  de  caráter  corporativo, destacando‐se  a  eminente  conclusão da  1ª  fase de Reestruturação Organizacional,  com  a  fusão de gerências;  eliminação  das  divisões;  criação  de  superintendência  de  governança,  gestão  de  riscos  e controles  internos  e  conformidade  e  da  Coordenação  de  Segurança  e  Relacionamento  com  a organismos  Internacionais.  A  redução  de  custeio  é  objetivo  de  plano  integrado  específico,  com otimização do  escopo de  contratos de  infraestrutura  e  apoio  administrativo. No que diz  respeito  à estratégia regulatória e de comercialização registrou–se avanço significativo na recente negociação do reajuste tarifário de Angra 1 e 2 com a Agência Nacional de Energia Elétrica ‐ ANEEL, sobretudo com a aceitação de pleitos apresentados quando da anterior revisão tarifária e com a abertura de canal para a continuidade da análise de outros recursos.   Na análise da segunda diretriz estratégica Disciplina Financeira, cabe destacar que, no caso específico da  Eletronuclear,  a  recomendação  sobre  redução  de  investimentos  espelha  a  realidade  atual  da companhia, mas não pode, de modo  algum,  constituir‐se  em diretriz para o quinquênio, diante da evidente necessidade de, em paralelo ao seu saneamento econômico‐financeiro, serem concretizados no  período  projetos  cruciais  para  sua  sustentabilidade  como  a  construção  do UAS,  a  retomada  de 

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Angra 3 e a extensão de vida útil das usinas em operação. Tal esforço se  redundará na evolução da situação atual de  investimento mínimo,  com absoluta  clareza de objetivos e  seriedade empresarial, evitando‐se cometer os erros de planejamento do passado recente.  Para a diretriz estratégica Governança Corporativa são considerados os seguintes aspectos: 

a. Alinhamento de estatutos e alçadas de aprovação  

O  alinhamento  dos  estatutos  e  as  alçadas  de  aprovação  objetivam  harmonizar  a  estrutura organizacional das Empresas Eletrobras, sob o comando da Holding, dando agilidade e segurança nas decisões  empresariais,  permitindo,  ainda,  maior  controle  e  eficiência,  evitando  principalmente decisões  conflitantes  que  possam  impactar  no  resultado  das  Companhias,  com  prejuízo  a  seus Acionistas.  

b. Implantação do modelo das 5 dimensões de compliance  

 O  Programa  visa  estabelecer  uma  nova  cultura  empresarial  unificada  às  Empesas  do  Sistema Eletrobras, com ênfase na avaliação de risco, na análise de perfil dos  fornecedores, na melhoria dos canais de denúncias para apuração de atos de  fraude e  corrupção, no  treinamento permanente do Programa  de  Compliance  a  dirigentes,  empregados  e  colaboradores  e  da  aplicação  de  ações  de remediação dos atos em não conformidade identificados. 

c. Eliminação de fraquezas materiais  

É  prioridade  da  Eletronuclear  a  eliminação  integral  das  fraquezas  materiais,  para  obtenção  da Certificação  SOX,  sinalizando  fortemente  aos  investidores  e  órgãos  de  controle  nacionais  e internacionais,  que,  após  graves  denúncias  envolvendo  a  Empresa  e  seus  dirigentes,  estão  sendo tomadas medidas eficazes para implantação do Programa de Integridade. 

 

d. Implementação  de  ações  para  listagem  em  índices  e  obtenção  de  selos  de  governança corporativa  

É meta da Empresa buscar junto às entidades idôneas a certificação de Governança Corporativa, com vistas  a  demonstrar  o  esforço  concentrado  para  implantação  de  medidas  de  integridade, reconquistando a confiança do mercado e da sociedade, com a adoção das melhores práticas utilizadas pelas corporações modelo.  A  respeito  da  diretriz  estratégica  Valorização  das  Pessoas,  cabe  ressaltar  que  o  bom  clima organizacional  na  empresa  é  a  base  para  empreender  um  caminho  de  crescimento  para enfrentamento dos desafios no panorama empresarial atual e futuro. Na última Pesquisa de Clima a Eletronuclear ultrapassou o  índice de favorabilidade acordado pelo CMDE, ainda assim   é  importante trabalhar para a melhoria do referido indicador, pois ele retrata a percepção dos colaboradores no que diz respeito à motivação, gestão de pessoas, filosofia de gestão e ambiente de trabalho. A valorização das pessoas é o caminho para o sucesso e o desenvolvimento da Empresa.  Uma das ações mais importantes foi a implantação do Comitê de Gestão de Pessoas com o sentido de garantir  a  celeridade  a  alguns  processos.  O  Comitê  tem  também  como  objetivo mudar  a  cultura organizacional  gradativamente,  construindo  uma  gestão  de  pessoas  que  possa,  de  fato,  ser estratégica.     A  atualização  da  Matriz  de  Criticidade  tem  por  objetivo  identificar  as  pessoas  que  detêm conhecimentos  críticos  para  o  funcionamento  do  negócio  e  o  impacto  da  saída  delas  para  a organização. Auxilia na priorização da preparação de sucessores, determinando,  inclusive, o nível de complexidade e tempo exigido para a gestão do conhecimento.  

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  Em 11/02/2015, ocorreu a apresentação do novo grupo para a Gestão Corporativa da NR 10 para a retomada  da  implantação  da  referida NR  na  Eletronuclear,  com  representantes  de  todas  as  áreas envolvidas.  Em 2016 houve continuidade dos trabalhos propostos no Plano de Ação com algumas ações finalizadas pelo Grupo de Trabalho de NR 10 ou pelas usinas. Em 2017 foi realizada a Revisão do escopo do plano de  Ação,  contemplando  as  ações  realizadas  e  as  prioridades  para  a  implantação  da  NR  10  na Eletronuclear, de modo a permitir a correção das principais deficiências e divergências  identificadas em  Inspeções das  Instalações. Diante do exposto,  ficou proposta a Contratação de uma Consultoria Especializada  com  comprovada  capacitação e experiência em  implementação da NR 10 em grandes empresas, preferencialmente do Setor Elétrico, para a retomada do processo.  Por  último,  a  diretriz  estratégica Atuação  Sustentável  conta  com  diversos  compromissos  firmados pela Eletronuclear ao  longo dos últimos anos.  Desde 2006, a empresa é signatária do Pacto Global e seus  desdobramentos  como  as  Metas  do  Milênio  e  mais  recentemente  os  objetivos  de desenvolvimento  Sustentável  (ODS).  Esses  compromissos  são  capitaneados  pela  ONU  e  abrangem temas como direitos humanos, trabalho, meio ambiente e medidas anticorrupção. Dos compromissos citados, o destaque do momento são as ODS, por ser uma agenda mundial adotada em  setembro de 2015 composta por 17 objetivos e 169 metas a  serem atingidos até 2030. No que tange este tema, a Eletronuclear em conjunto com a Eletrobras e as empresas do grupo iniciaram um trabalho de avaliação dos objetivos e metas de forma a priorizar as ODS de acordo com o Alinhamento estratégico da Companhia. Além disso, é  importante destacar o Relatório de Sustentabilidade desenvolvido pela Eletronuclear e publicado  no  site  da  ONU  desde  2008.  Este  relatório  segue  o  padrão  G4  GRI  –  Global  Reporting Initiative  e  não  possui  uma  verificação  externa  completa.  Somente  as  informações  econômico‐financeiras e de GEE são auditadas externamente. Cabe acrescentar ainda o  índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que é ferramenta para análise comparativa do desempenho das empresas  listadas na Bovespa sob o aspecto de Sustentabilidade. A Eletronuclear  em  conjunto  com  a  Eletrobras  e  as  demais  subsidiárias,  participam  anualmente  do questionário ISE. No último ano a Eletronuclear aumentou sensivelmente sua pontuação em todas as dimensões do questionário: Geral  (22%), Econômica  (20%), Ambiental  (3%), Social  (7%) e Mudanças Climáticas  (7%).   Apesar  do  bom  desempenho  da  Eletronuclear,  a  Eletrobras  não  foi  incluída  na carteira ISE de 2017”.               

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3. Análise Retrospectiva  

3.1. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 

   

Ao  analisarmos  as  Demonstrações  de  Resultados  apresentados  nos  últimos  5  (cinco)  exercícios,  e desta,  expurgando‐se  os  efeitos  econômicos  negativos  que  o  Projeto  Angra  3  vem  imputando  aos nossos resultados finais (Resultado Líquido do Exercício), quer sejam por contabilizações de resultados de  teste de  impairment ou por  contratos onerosos,  se observarmos os  resultados  apresentados na linha  “Resultado  do  Serviço  de  energia  elétrica”  será  de  fácil  percepção  a  significativa melhora  e evolução dos resultados apresentados.  No que tange a significativa melhora das Receitas Operacionais Líquidas, desde 2013, ano em que se teve início da nova metodologia de comercialização da energia elétrica gerada pelas Usinas de Angra 1 e 2, a ELETRONUCLEAR vem conseguindo, em processos de revisões e reajustes tarifários, promovidos pela  ANEEL  e  conforme  regras  estabelecidas  no  Submódulo  6.7  do  Procedimento  de  Regulação Tarifária  –  PRORET,  algumas  conquistas  significativas,  por  meio  de  recursos  interpostos,  e  que representaram  incrementos na Receita gerada por nossas plantas operacionais. A exemplo podemos citar:  1)  aumento  no  componente  de  O&M;  2)  aumento  da  base  de  remuneração  de  ativos;  3) aumento na parcela de reconhecimento de depreciação; 4) migração e reconhecimento do custo de aquisição de combustível nuclear de parcela B para a parcela A, que é a parcela onde são reconhecidos os  custos  não  gerenciáveis  pela  ELETRONUCLEAR;  e  5)  reconhecimento  de  novas  estimativas  em estudos  realizados  de  descomissionamento  das  usinas  e  que  ensejaram  em  acréscimos  a  parcela correspondente  a  formação  do  fundo  de  descomissionamento.    Em  termos  reais,  os  aumentos 

Valores R$ Milhões

Demonstração do Resultado 2013 2014 2015 2016 2017

Receita Operacional    1.942 2.192 2.161 2.895 3.257

Geração 1.942 2.192 2.161 2.895 3.257

Demais Receitas 1 0 0 0 0

(‐)Deduções à Receita Operacional (224) (266) (259) (347) (390)

Receita Operacional Líquida 1.718 1.927 1.902 2.548 2.867

Despesa Operacional (1.776) (2.263) (1.919) (2.110) (2.150)

(‐)Custo de Construção 

(‐)PMSO (959) (1.184) (1.116) (1.238) (1.186)

Pessoal  (531) (732) (566) (518) (711)

Material  (48) (54) (48) (69) (52)

Serviço de Terceiros (291) (328) (406) (387) (310)

Outras despesas operacionais (89) (70) (96) (264) (112)

(‐)Custo com energia comprada 0 0 0 0 0

(‐)Encargos de Uso do Sistema de Transmissão (54) (66) (84) (94) (108)

(‐)Combustível + Subvenção (299) (309) (287) (372) (377)

(‐)Demais Despesas

(‐)Depreciação e Amortização  (345) (360) (368) (398) (395)

(‐)Provisões  (120) (344) (64) (8) (83)

Resultado do Serviço de energia elétrica (58) (336) (16) 438 718

Resultado das Participações e Coligadas

Resultado Financeiro (73) (84) (129) (277) (95)

Outras Receitas/Despesas ( + Impairment/Contrato Oneroso) (533) (558) (4.973) (4.236) (181)

Lucros / Prejuízos antes dos impostos e Participações (663) (978) (5.118) (4.075) 441

Impostos s/ Resultado  (25) (23) 0 0 (95)

PLR 0 0 0 0 0

Resultado Líquido do Exercício (689) (1.001) (5.118) (4.075) 346

ELETRONUCLEAR

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conquistados nas Receitas Fixas das Usinas de angra 1 e 2 ao longo dos exercícios comparados de 2013 e 2017, representam ganhos de 23,8%, conforme quadro demonstrado a seguir:  

  Seguindo adiante com a análise das Demonstrações dos Resultados apresentados, podemos ressaltar que, desde de 2013, a ELETRONUCLEAR vem apresentando melhorias em seus resultados econômico‐financeiros bastante  consideráveis,  fruto especialmente de  iniciativas de  redução de  seu quadro de pessoal próprio, com  implementações de programas de desligamentos, estes sempre amparados por um Programa de Preparação de Substitutos  ‐ PPS de seu quadro  funcional, o que vem garantindo a continuidade das excelentes performances operacionais e de seguranças de suas plantas operacionais, as Usinas de Angra 1 e Angra 2.  Quando da  implementação do  PPS  foram  executados mapeamentos do quadro  existente na  época (processo este hoje em atualização), com o objetivo de atender as necessidades da ELETRONUCLEAR no que se refere à renovação do quadro de pessoal com a formação de substitutos, o que possibilitou a  retenção  de  empregados  por  determinados  prazos,  visando  à  disseminação  dos  conhecimentos inerentes aos objetivos sociais estatutários da Empresa.   Ressaltamos que, à época, a Diretoria Executiva da ELETRONUCLEAR orientou a elaboração do aludido Programa frente ao case da usina europeia de Vandellós, que após a implementação de um Programa de Demissão  incentivada  ‐ PID  teve queda  significativa na performance da Empresa,  risco este que, certamente,  poderia  ocorrer  na  ELETRONUCLEAR  se  não  adotássemos  um  Plano  de  Sucessão Programada – PSPE, que conforme concebido, visou,   através de um conjunto de regras e políticas, a sucessão dos empregados que se desligariam do quadro da empresa a partir de 2013.  No  contexto  apresentado,  considerando  as  responsabilidades  empresariais  e  institucionais  da Eletronuclear,  por  ser  a  única  empresa  no  Brasil  detentora  da  tecnologia  nuclear  para  geração  de energia  elétrica,  que  presta  essencialmente  serviço  público  de  caráter  ininterrupto  e  que  exige qualidade,  confiabilidade  e,  sobretudo,  segurança  em  níveis  de  excelência,  entendeu‐se  que  a organização tem a obrigação de desenvolver os esforços necessários para garantir a performance do fator  humano,  através  da  sucessão  programada  dos  empregados  que  se  desligaram  do  quadro  de pessoal,  mantendo  e  disseminando  internamente  os  conhecimentos  imprescindíveis  ao  pleno cumprimento da missão da empresa.   Ressaltasse que, para os últimos programas de desligamento, foram considerados elegíveis apenas os empregados aposentados pelo INSS ou em vias de se aposentar durante o prazo de 02 anos fixado no PSPE e, simultaneamente, em condições plenas com as Fundações Real Grandeza e Nucleos.  

Índice (Base 2017)

Receita Fixa IPCA Receita Fixa

Exercícios Angra 1 e 2 (R$) 2013‐2016 Angra 1 e 2 (R$)

2013 1.882.640.323* 1,32544 2.495.326.668

2017 3.087.988.768** ‐ 3.087.988.768

Ganho real em Valores (R$) 592.662.100

Ganho real em % 23,8%

* Receita  Fixa  definida  por meio da  Resolução Homologatória  ANEEL nº 1.405 de  21.12.2012

** Receita  Fixa  definida  por meio da  Resolução Homologatória  ANEEL nº 2.193 de  16.12.2016

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No quadro abaixo apresentamos a evolução do quadro quantitativo de pessoal da Eletronuclear nos últimos 5 anos:   

ELETRONUCLEAR  dez/12  dez/13  dez/14  dez/15  dez/16  dez/17 

Rio de Janeiro  787  791  663  529  529  443 

Angra dos Reis  1802  1791  1622  1442  1454  1345 

Brasília  5  5  2  0  0  0 

Total  2594  2587  2287  1971  1983  1788 

Percentual  de  redução em relação a dez/2011 

‐  ‐0,27%  ‐11,84%  ‐24,02%  ‐23,55%  ‐31,07%  

  

 

 

         

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

dez/12 dez/13 dez/14 dez/15 dez/16 dez/17

Evolução do Quadro de Pessoal

Total

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3.2. Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC); 

  

Embora, com uma melhora expressiva ao  longo dos exercícios comparados, a capacidade de geração de caixa da ELETRONUCLEAR não tem sido suficiente para honrar seus compromissos pactuados, em especial as contrapartidas de  investimento que foram exigidas no empreendimento Angra 3 e ao seu serviço da dívida associado, sendo este último,  fortemente  impactado pelo  início de pagamentos no contrato de financiamento efetuado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –  BNDES,  e  que    vem  imputando  a  ELETRONUCLEAR  em  desembolsos mensais  em mais  de  R$  30 milhões desde 10/2017.  No  que  tange  ao  serviço  da  dívida, merece  destaque  o  fato  relevante  ocorrido  entre  os meses  de fevereiro a  junho e de setembro a dezembro de 2017, quando a ELETRONUCLEAR  foi dispensada do pagamento  do  principal  em  3  (três)  contratos  de  financiamento  mantidos  junto  a  sua  holding ELETROBRAS,  o  qual  por meio  de  negociações  junto  a  mesma,  foram  capazes  de  gerar  recursos adicionais  de  R$  241,5 milhões  e  que  puderam  ser  revertidos  em  pagamentos  de  faturas  que  se encontravam vencidas junto a seu fornecedor de Combustível Nuclear (INB), bem como em honrar os novos compromissos de serviço da dívida iniciados junto ao BNDES.  Como comentário ainda relacionado aos dispêndios de capitais, e agora com ênfase aos investimentos, destaca‐se  que  entre  os meses  de  janeiro  a  junho  de  2017  foram  honrados  compromissos  totais relacionados ao empreendimento Angra 3 no montante  total de R$ 241,5 milhões, para os quais a ELETRONUCLEAR teve somente como fonte de financiamento, o valor de R$ 160 milhões, obtidos por meio de contrato de financiamento junto a sua holding (ELETROBRAS) e  liberados no final do mês de abril 2017.  Desta  forma,  e  embora  atualmente  o  empreendimento  Angra  3  esteja  na  condição  de  obras paralisadas,    ocasião  em  que  estão  sendo  reavaliadas    suas  estruturas  de  capital,  premissas  de 

Valores R$ Milhões

Fluxo de Caixa 2013 2014 2015 2016 2017

(+) Receita Operacional 1.993 2.048 2.321 2.734 3.112

(‐) Tributos e Encargos Parafiscais (153) (246) (287) (312) (248)

(=) Receita Operacional Líquida 1.840 1.802 2.034 2.422 2.864

(+) Receita de Aplicação Financeira 7 8 33 10 8

(+) Outros Recursos 40 58 22 29 9

(‐) Despesas não Gerenciáveis (389) (359) (445) (627) (698)

(‐) PMSO (1.055) (1.317) (1.368) (1.010) (1.361)

(=) Fluxo de Caixa Operacional 443 192 275 824 822

(‐) Impostos sobre o Resultado (7) (1) (2) (81) (33)

(+) Serviço da Dívida (Líquido) (148) (153) (1.280) (378) (445)

(+)Renda/Retorno

(‐)Serviço da Dívida (Principal + Encargos) (148) (153) (1.280) (378) (445)

(‐) Pagamento de Dividendos  0 0 0 0 0

(=) Geração de Caixa 288 38 (1.007) 365 344

Saldo Inicial 644 39 98 158 30

(‐) Investimentos (1.633) (1.764) (1.424) (1.104) (818)

Corporativos (1.633) (1.764) (1.424) (1.104) (818)

Parcerias

(=) Superávit ou Déficit de Recursos (701) (1.687) (2.332) (581) (444)

(+) Indenização ‐ Prorrogação das Concessões

(+) Recursos p/Investimentos e/ou Déficit Operacional 740 1.785 2.490 611 571

Eletrobras  0 445 162 133 213

Outras Fontes 740 1.340 2.329 478 358

(=) Saldo Final 39 98 158 30 127

ELETRONUCLEAR

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viabilidade e retorno de forma conjunta aos diversos parceiros e financiadores do projeto, inclusive no âmbito de ação governamental a que esta obra está vinculada, recursos próprios tem sido alocados ao projeto, sendo estes provenientes da geração própria de caixa das Usinas de Angra 1 e 2, fato este que têm  provocado  grande  desequilíbrio  na  capacidade  de  investimentos  nas  Usinas  de  Angra  1  e  2, gerando inclusive postergações de alguns investimentos.                                            

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3.3. Balanço Patrimonial – 2013‐2017 

 

Valores em R$ milhões

Balanço Patrimonial 2013 2014 2015 2016 2017

ATIVO 

CIRCULANTE

Caixas  e equivalentes  de caixa 40                    100                 158                 30                    127                

Clientes 108                 254                 108                 267                 353                

Tributos  e contribuições  sociais 70                    74                    63                    133                 27                   

Estoque de combustível  nuclear 344                 340                 402                 456                 456                

Almoxarifado 129                 58                    93                    79                    85                   

Outros 39                    33                    82                    70                    88                   

Total do Ativo Circulante 730                 859                 907                 1.035              1.136             

NÃO CIRCULANTE 857                 1.087              1.154              1.260              1.459             

Títulos  e valores  mobiliários 281                 342                 493                 495                 580                

Clientes ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Estoque de combustível  nuclear 507                 661                 578                 675                 781                

Depósitos  vinculados 46                    60                    59                    89                    98                   

Outros 23                    23                    23                    1                      ‐                 

Total do Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo 9.312              10.570            7.002              5.280              5.080             

Imobilizado 9.263              10.511            6.942              5.215              5.018             

Intangível 48                    58                    60                    65                    62                   

Total do Ativo Não Circulante 10.169            11.656            8.156              6.540              6.539             

TOTAL DO ATIVO 10.899            12.515            9.063              7.575              7.675             

Realizado

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  Embora avanços  significativos  tenham  sido  conquistados nas operações das Usinas de Angra 1 e 2, sejam  eles  de  ordem  operacional  ou  econômico‐financeira,  o  empreendimento    de  Angra  3  tem provocado  destruição  de  valor  da  empresa  nos  últimos  anos.  Hoje  a  ELETRONUCLEAR  possui Patrimônio Líquido Negativo em mais de R$ 4,4 bilhões e perdas provisionadas em mais de R$ 10,5 bilhões entre impairment e contrato oneroso relacionado ao empreendimento Angra 3.  Com uma dívida  líquida de R$ 8,3 bilhões, destaca‐se que 92,4% deste endividamento  se  refere ao empreendimento Angra 3.  Sem  os  recursos  necessários  a  conclusão  do  projeto,  iniciativas  conjuntas  entre  ELETRONUCLEAR, ELETROBRAS,  Financiadores  do  Projeto,  Ministérios  e  outros  órgão  governamentais,  assim  como possíveis novos parceiros ao projeto,  têm sido estudadas de  forma a se viabilizar a continuidade do projeto.  

Valores em R$ milhões

Balanço Patrimonial 2013 2014 2015 2016 2017

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

PASSIVO

CIRCULANTE

Fornecedores  e prestadores de serviço 207                 456                 765                 949                 450                

Financiamentos  e empréstimos 263                 1.101              217                 327                 428                

Impostos  e contribuições  sociais 67                    51                    76                    80                    76                   

Dividendos  a pagar ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Obrigações  estimadas 77                    93                    67                    76                    102                

Encargos  setoriais 50                    32                    0                      12                    21                   

Benefícios  pós‐emprego 8                      12                    3                      3                      3                     

Incentivo ao desligamento de pessoal ‐                  178                 12                    11                    68                   

Participação nos  lucros  ou resultados ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Outros 61                    62                    71                    69                    15                   

Total do Passivo Circulante 732                 1.986              1.211              1.527              1.163             

NÃO CIRCULANTE

Fornecedores    92                    103                 120                 137                 145                

Financiamentos  e empréstimos 2.965              4.045              6.611              7.392              8.048             

Provisões para contingências 95                    155                 180                 166                 236                

Benefícios  pós‐emprego 44                    67                    55                    70                    86                   

Obrigação para desmobilização de ativos 1.136              1.314              1.201              1.402              1.465             

Contrato Oneroso ‐                  ‐                  ‐                  1.350              826                

Incentivo ao desligamento de pessoal ‐                  41                    36                    25                    58                   

Tributos  e contribuições  sociais ‐                  ‐                  ‐                  18                    14                   

Outros ‐                  7                      ‐                  ‐                  ‐                 

Total do Passivo Não‐Circulante 4.332              5.732              8.204              10.560            10.878           

Total do Passivo 5.064              7.719              9.415              12.087            12.041           

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital  social 6.607              6.607              6.607              6.607              6.607             

Reserva legal ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Outros  resultados  abrangentes (14)                  (52)                  (82)                  (166)                (160)               

Lucros(Prejuízos) acumulados (759)                (1.759)             (6.877)             (10.953)          (10.813)         

Total do Patrimônio Líquido 5.834              4.796              (352)                (4.512)             (4.366)            

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 10.899            12.515            9.063              7.575              7.675             

Realizado

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Em paralelo, ao maior problema hoje enfrentado pela ELETRONUCLEAR que seria o empreendimento Angra  3,  iniciativas  de  reduções  no  custeio  implementadas  recentemente  na  companhia  serão observadas em médio prazo, como a exemplo: 1) reduções de pessoal com plano de desligamento; 2) reestruturação organizacional com redução de unidades organizacionais; 3) reduções nos contratos de aluguéis da Sede; 4) reduções nos principais contratos de prestações de serviços contínuos (limpeza e conservação  / manutenção predial  /  transporte  /  locação de  veículos  /  serviço postal  e outros),  as quais permitirão a companhia um  incremento nas suas disponibilidades por meio da geração de seu fluxo de caixa operacional.                                         

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3.4. Indicadores Financeiros (2017)  

  Com dados preliminares do exercício de 2017, onde são demonstrados acima, os resultados apurados até  setembro  de  2017,  temos  a  ressaltar,  em  justificativa,  que  os  resultados  do  indicador 

SetembroPMSO Clássico 856.997 1.254.290ROL Ajustada 2.109.271 2.731.690

(-) Receita de Construção -

(-) Efeito das Idenizações -

PMSO Clássico/ROL Ajustada 40,6% 45,92%

PMSO Clássico 856.997 1.254.290PMSO Regulatório 817.793 817.793

PMSO Clássico/PMSO Regulatório 1,05 1,46

EBITDA Ajustado 868.621 966.240ROL Ajustada 2.109.271 2.731.690

Margem EBITDA 41,2% 35,4%

Dívida Líquida 8.463.872 10.387.140(+) Estoque da Dívida 8.475.454

(-) Recebíveis

(-) Caixa 11.582

Dívida Líquida/EBITDA Ajustado 9,7 10,75

Lucro Líquido 139.883 58.390Patrimônio Líquido CMDE (4.365.684) -4.474.140

Patrimônio Líquido (4.365.684)

(-) Dividendo Adicional Proposto

(+) AFACs

LL/PL -3,2% **

Investimento Realizado 333.334 1.878.480Investimento Aprovado 1.264.832 2.087.200

Investimento Realizado / Aprovado 26,4% 90,0%

Energia Comprada + Combustível 297.242 406.210ROL Ajustada 2.109.271 2.731.691

Energia Comprada+Combustível/ROL Ajustada 14,1% 14,9%

E. ELETRONUCLEAR

Indicadores CMDE 2017

Acumulado 2017 Meta

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“Investimento Realizado sobre “Investimento Aprovado” certamente não serão alcançados, tendo em vista todas as frustações que o empreendimento Angra 3 tem sido imputado, quer seja pela condição de obras paralisadas, quer seja pela falta de fontes de financiamentos.  Excetuando  o  indicador  “Lucro  Líquido”,  que  pode  ser  fortemente  impactado  por  novas contabilizações  de  impairment  e  contrato  onerosos,  ainda  no  exercício  de  2017  e  relacionadas  ao empreendimento Angra 3, os demais indicadores tendem a ser satisfatoriamente alcançados em face as metas estabelecidas.                                         

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3.5. Premissas (consideradas para as projeções no horizonte do PNG 2017‐2021). Algumas  das  premissas  que  sustentavam  a  viabilidade  do  PNG  2017‐2021,  não  puderam  ser implementadas,  e  as  suas  adversidades  impactaram  fortemente  nas  realizações  nos  investimentos previstos, sendo mais fortemente afetados os relacionados ao empreendimento Angra 3.  A  seguir,  são  demonstradas  as  premissas  da  elaboração  do  PNG  2017‐2021  com  seus  respectivos comentários. 

 

3.5.1. Premissas Gerais  

Ferramenta: MOFISEL  

Dados Iniciais: Balanço, DRE, FCX e Créditos Tributários: dezembro de 2015;   Período: 2016 a 2021;   Caixa Mínimo: Valor estabelecido entre R$50 milhões e R$400 milhões;   Receitas de Geração: Nas condições contratadas e preços corrigidos conforme contratos e com 

a agregação de novas receitas dos investimentos futuros;   PMSO: Limitado aos valores aprovados no respectivo Programa de Dispêndios Globais – PDG 

(Base 2017);   Pessoal e Encargos: Redução do quadro de colaboradores com a  implantação de Programas: 

de Incentivo à Aposentadoria e ao Desligamento Voluntário;   Empréstimos: Consideradas operações  contratadas e em processo  final de  contratação  com 

instituições  financeiras.  Não  considerar  novos  financiamentos  a  serem  concedidos  pela ELETROBRAS. Novos financiamentos a uma taxa de 141% do CDI, prazo de 6 anos e carência de principal de 3 anos; 

  Serviço da dívida: Adimplência de 100% com a ELETROBRAS e terceiros;   Dividendos a pagar: Payout de 100%;   PLR: Conforme acordado na negociação com os sindicatos;   Demais Despesas Operacionais: Melhor estimativas de  cada empresa e não  relacionadas ao 

custo tradicional “Outros (O)” já computado nas estimativas de PMSO.         

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3.5.2. Premissas Específicas   Caixa Mínimo: Piso estabelecido entre R$50 milhões e R$60 milhões;   Não  foram  considerados  quaisquer  êxitos  no  pedido  de  reconsideração  (recurso)  junto  à 

ANEEL para  as  estimativas de Receita  Fixa das Usinas de Angra 1  e 2 nos  componentes de O&M, Combustível Nuclear e Fundo de Descomissionamento; 

  Renegociação  do  contrato  atual  de  R$  6,1  bilhões  de  financiamento  junto  ao  BNDES, 

relacionados ao empreendimento Angra 3, com novos parâmetros de custo de financiamento (TJLP  +  4,2%  a.a.)  e  com  novo  prazo  de  carência  prolongado  até  06/2023;  <<Sem  êxito  – Serviço integral da dívida iniciado em 10/2017>> 

  Suplementação  de  R$  4,0  bilhões  na  linha  de  financiamento  junto  ao  BNDES  em  iguais 

condições  a  renegociação  do  contrato  atual  (Angra  3)  ou,  alternativamente,  por meio  de bancos  internacionais associados ao  futuro parceiro EPCISTA; <<Sem êxito – Serviço  integral da dívida iniciado em 10/2017>> 

  Renegociação  do  contrato  atual  de  R$  3,8  bilhões  de  financiamento  junto  à  CAIXA, 

relacionados  ao  empreendimento  Angra  3,  com  novo  prazo  de  carência  prolongado  até 06/2023;  <<O  início  do  serviço  da  dívida  está  previsto  para  se  iniciar  em  07/2018,  com renegociações em andamento>> 

  Suplementação de R$ 3,1 bilhões na linha de financiamento junto à CAIXA, a serem aplicados 

no  empreendimento  Angra  3,  em  novas  condições  financeiras  (10%  a.a.  e  carência  até 06/2023)  ou,  alternativamente,  por  meio  de  bancos  internacionais  associados  ao  futuro parceiro EPCISTA; <<Novo modelo para o empreendimento Angra 3 sendo reavaliado>> 

  Linha  adicional  de  R$  2,6  bilhões  em  financiamentos  para Angra  3  conforme  premissas  da 

ELETROBRAS  para  novas  contratações;  <<Novo modelo  para  o  empreendimento  Angra  3 sendo reavaliado>>  

Solicitação das demais tranches do empréstimo junto à CAIXA para bens e serviços importados do  empreendimento  Angra  3;  <<Novo  modelo  para  o  empreendimento  Angra  3  sendo reavaliado>> 

  Não  foram  consideradas  reversões de  impairment ou  contrato oneroso para Angra 3, e em 

consequência, não se postula o pagamento de dividendos até 2021;   Concessão de  linha de financiamento de R$ 225,6 milhões para  implantação do Programa de 

Aposentadoria  Incentivada – PAI (segundo a hipótese de 80% de adesões) e do Programa de Incentivo  à  Aposentadoria  –  PID‐A  (segundo  a  hipótese  de  50%  de  adesões)  conforme premissas da ELETROBRAS para novas contratações de financiamento; <<Financiamento para as indenizações do PAE obtido junto à ELETROBRAS no valor de R$ 59 milhões, PID ainda não iniciado>> 

  Investimentos em Angra 1 e 2 realizados somente com recursos próprios e com priorização da 

implantação da Unidade de Armazenamento a Seco – UAS;  

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Redução  do  quadro  de  pessoal  próprio  com  a  implantação  do  Plano  de  Aposentadoria Incentivada  –  PAI;  <<Implementado  no  ano  de  2017  e  com  saídas  programadas  até 15.12.2017  

                               

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 3.6.  Projetos 

 Uma análise global do andamento da carteira de projetos do PNG 2017‐2021, no primeiro semestre de 2017, pode ser vista no  item 1.4.2.   A seguir é apresentada a análise dos resultados dos projetos até junho/2017.         

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Programa de Manutenção e Operação da Usina de Angra 1  

NOME DO PROJETO

% PLANEJADO

% REALIZADO

ÍNDICE DE DESEMPENHO DO PROJETO

COMENTÁRIOS AVALIAÇÃO DO

IMPACTO DO ATRASO (CASO EXISTA) (*)

CONSEQUÊNCIA DO ATRASO STATUS EM 30 DE JUNHO (%REALIZADO /

%PLANEJADO) * 100

Motor da BRR 100 80 80 Entrega 2018, devido às restrições financeiras. Médio N/A

Substituição dos transformadores principais (com projeto e transporte) 70 70 100 Projeto no Prazo. Baixo Extensão da Parada 1P23.

Trocador de Calor do SARET 70 70 100 Projeto no Prazo. Baixo Extensão da Parada 1P23.

Programa de Gerenciamento do Envelhecimento (IPA) 60 60 100 Projeto no Prazo. N/A N/A

Serviços de Suporte Westinghouse (Umbrella) 50 45 90

Serviço sob demanda, devido às restrições financeiras, algumas solicitações de serviço não

foram emitidas. Baixo

Estudos e Avaliações n/ realizados.

Gerenciamento de Obsolescência (PKMJ) 50 44 88 Serviço realizados de obsolescência pela PKMJ

sob demanda, com redução. Baixo Avaliações postergados.

Disjuntores para os barramentos de 4.160V (seg + Convencional) 60 60 100 Postergado para 2018. Baixo Obsolescência.

Códigos BEACON, METECON, CODIGO ANALISE SEGURANÇA e TRACKWORS 75 75 100 Projeto no Prazo. N/A N/A

Sistema de Monitoração de Vibração das BRRs 75 70 93 Instalação programada 1P24. Médio Postergação da modernização.

Válvulas borboleta para o Sistema SAS 25 25 100 Material tubulação postergado para 2018. Projeto no prazo.

Médio Manutenção da SMT.

Análise Probabilística de Segurança 10 10 100 Projeto no Prazo. N/A N/A

Transmissores de Nível dos Acumuladores 15 15 100 Projeto no Prazo. N/A N/A

Serviços de Engenharia para Modificação de Projetos (Nacional) 25 20 80 Previsão de assinatura do Contrato de Serviços

era abril/2017. Ainda não foi assinado. Médio Atraso na entrega do Projeto.

Modificações de Projeto em Geral (pequenas aquisições) 50 3 6

Em função do atraso no Projeto Serviços de Engenharia para Modificação de Projetos

(Nacional) e restrições orçamentárias, ainda não foram adquiridos os materiais necessários.

Médio Atraso na entrega do Projeto.

Equipamento Geral e Softwares para Angra 1 50 10 20 Aquisições em andamento. N/A N/A

Legenda do Índice de Desempenho do Projeto: Maior ou igual a 80% Verde; Entre 51% e 79%, Amarelo; Menor ou igual a 50%, Vermelho. 

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Página 27 / 97  

Programa de Manutenção e Operação da Usina de Angra 2 

NOME DO PROJETO

% PLANEJADO

% REALIZADO

ÍNDICE DE DESEMPENHO DO PROJETO

COMENTÁRIOS AVALIAÇÃO DO

IMPACTO DO ATRASO (CASO EXISTA) (*)

CONSEQUÊNCIA DO ATRASO STATUS EM 30 DE JUNHO (%REALIZADO /

%PLANEJADO) * 100

Sistema de Filtragem do ar da Oficina Quente 25 25 100 Projeto no prazo. N/A N/A

Sistema de Filtragem do ar da Lavanderia 50 50 100 Projeto no prazo. N/A N/A

Atualização do Sistema KLK 25 25 100 Projeto no prazo. N/A N/A

Gerenciamento de Obsolescência (PKMJ) 25 0 0

Serviços realizados para obsolescência pela PKMJ sob demanda, com redução. Atividades

do contrato IBQN previstas para Angra 2 acontecerão no segundo semestre/17.

Baixo Avaliações de obsolescência

postergadas.

Serviços de Suporte Areva (Umbrella) 50 35 70

Serviços sob demanda, devido às restrições financeiras, algumas solicitações de serviço não

foram emitidas. Médio

Estudos e Avaliações para Angra 2 não realizados.

Software RSP - RISCSPECTRUM 0 0 100 A ser realizado no 2º Semestre. N/A N/A Serviços de Engenharia para Modificação

de Projetos (Nacional) 25 20 80 Previsão de assinatura do contrato era abr/17. Ainda não assinado.

Médio Entrega de projetos à usina em

atraso.

Atualização da Máquina de Recarga 5 0 0 Escopo do projeto ainda em definição. Baixo Modernização do sistema

postergada para 2019.

Válvulas Borboleta - Upgrade GC 75 10 13 Projeto paralisado em função de novas priorizações.

Baixo Postergação da otimização de

desempenho do sistema.

Sobressalentes para o Bleed and Feed do Primário 100 80 80 Atraso na entrega do material (AREVA). Baixo

Falta de sobressalentes do projeto do Bleed and Feed.

Material para Bombas LCT 50 10 20 Processo de aquisição em preparação. Baixo N/A

Motores KBA 50 50 100 Aguarda Entrega. N/A N/A

Modificações de Projeto em Geral (pequenas aquisições) 50 22 44

Em função do atraso no Projeto Serviços de Engenharia para Modificação de Projetos

(Nacional) e restrições orçamentárias, ainda não foram adquiridos os materiais necessários.

Médio Entrega de projetos à usina em

atraso.

Válvulas PEB 60 60 100 Aguarda Entrega. N/A N/A

Motores da QKA, PEC50, PJC10, JDH10 (Novo Projeto) 50 50 100 Aquisição em andamento. N/A N/A

Equipamento Geral e Softwares para Angra 2 50 10 20 Aquisições em andamento. N/A N/A

Legenda do Índice de Desempenho do Projeto: Maior ou igual a 80% Verde; Entre 51% e 79%, Amarelo; Menor ou igual a 50%, Vermelho. 

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Infraestrutura da Central 

NOME DO PROJETO

% PLANEJADO

% REALIZADO

ÍNDICE DE DESEMPENHO DO PROJETO

COMENTÁRIOS AVALIAÇÃO DO

IMPACTO DO ATRASO (CASO EXISTA) (*)

CONSEQUÊNCIA DO ATRASO STATUS EM 30 DE JUNHO (%REALIZADO /

%PLANEJADO) * 100

Prédio de Monitoração do Centro de Gerenciamento de Rejeitos 72 66 92

Projeto em andamento, cronograma em avaliação.

Em definição escopo da caracterização isotópica.

Perda de garantia técnica de

equipamento Custos adicionais de

preservação

Não atendimento do compromisso com a CNEN.

Repositório de Rejeitos Radioativos 94 94 100 Projeto em andamento. N/A N/A

Depósito Inicial de Combustível Irradiado - UAS 7 6 94 Projeto em andamento no prazo. N/A N/A

Ambiente de Gestão 100 100 100 Projeto Concluído. N/A N/A

Barreira anti-inundação DZ36 e DZ12 100 100 100 Instalação Concluída. N/A N/A

Revisão do Plano Diretor 100 100 100 Atividades do Plano Diretor redefinidas. N/A N/A

Conclusão do restaurante de Itaorna. 0 0 100 Rescisão Contratual em andamento. Previsão conclusão set/2017.

N/A N/A

Reforma do Galpão 6 (almoxarifado) 0 0 100 Postergado por falta de recursos. N/A N/A

Vilas Residenciais 0 0 100 A ser realizado no 2º Semestre. N/A N/A

Equipamento Geral e Softwares - Infraestrutura 50 10 20 Aquisições em andamento. N/A N/A

Contenção e Tratamento de Encostas - Angra 1 - Encosta Sudeste 50 10 20 Processo aquisitivo em andamento. Baixo N/A

Contenção e Tratamento de Encostas - SAAD 100 0 0 Transferido para 2018, devido às restrições

financeiras e necessidade de licença ambiental.Baixo Risco de deslizamento.

Execução de drenos horizontais profundos e piezometros (Fukushima) 0 0 100 Transferido para 2018, devido às restrições

financeiras. N/A N/A

Atualização do Sistema de Supervisão da Área Vigiada 0 0 100 Realização transferida para 2018. N/A N/A

Aquisição de medidores de vazão para a CNAAA 0 0 100 Realização transferida para 2018. N/A N/A

Legenda do Índice de Desempenho do Projeto: Maior ou igual a 80% Verde; Entre 51% e 79%, Amarelo; Menor ou igual a 50%, Vermelho. 

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Recursos Humanos 

NOME DO PROJETO

% PLANEJADO

% REALIZADO

ÍNDICE DE DESEMPENHO DO PROJETO

COMENTÁRIOS

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO ATRASO

(CASO EXISTA) (*)

CONSEQUÊNCIA DO ATRASO STATUS EM 30 DE JUNHO (%REALIZADO /

%PLANEJADO) * 100

Implementação da 2ª etapa da Política de Prevenção e Atenção ao

Uso e Abuso de Álcool e outras Drogas

49 9 18 O contrato está sendo discutido com a contratada. Baixo N/A

E-SOCIAL - Implantação 0 0 100

O cronograma foi reprogramado. A consultoria está na fase de aplicação dos pacotes de instalação dos

programas do e-Social no SAP, bem como no levantamento das informações para configuração do

"de para" (dados cadastrais e de folha de pagamento).

N/A N/A

Atualização do Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho -

LTCAT 43 60 140 Atualização dentro do prazo. N/A N/A

NR10 - Contratação de Consultoria para Suporte das Atividades 38 0

0

Devido contenção orçamentaria, esta contratação está sendo postergada e a implantação está sendo

realizada com recursos próprios. Médio

Atraso na implantação total dos requisitos legais da NR 10 na

empresa, com risco de a empresa estar sujeita a notificações por parte

dos órgãos fiscalizadores. Consolidação do Modelo de TD&E da

Eletrobras Eletronuclear 16 22 138 As ações foram implementadas de acordo com a disponibilidade do núcleo responsável.

N/A N/A

Adequação ao Modelo de Gestão por Competências / Implementação do

Plano de Desenvolvimento Individual 65 24 37 Cancelado pois será implantada uma versão unificada

pelo PROERP. N/A N/A

Revisão da Matriz de Criticidade, instrumento voltado para mitigação

de riscos de perda de conhecimento 65 5 8

Modelo deverá ser aplicado após a consolidação da alteração da Estrutura Organizacional; da implantação CSC e PROERP. Está sendo solicitado o adiamento do

projeto para o exercício de 2018.

N/A N/A

Implementação do Programa de Socialização Organizacional para

novos empregados 99 100 100 Projeto concluído. N/A N/A

PAE 2017 Eletronuclear 25 19 76 Atividade em andamento. N/A N/A

PID-A 2017/18 - Eletronuclear 0 0 100 Aguardando diretrizes da Holding. N/A N/A

Legenda do Índice de Desempenho do Projeto: Maior ou igual a 80% Verde; Entre 51% e 79%, Amarelo; Menor ou igual a 50%, Vermelho. 

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Gestão da Tecnologia da Informação e Riscos corporativos 

NOME DO PROJETO

% PLANEJADO

% REALIZADO

ÍNDICE DE DESEMPENHO DO

PROJETO COMENTÁRIOS

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO

ATRASO (CASO EXISTA) (*)

CONSEQUÊNCIA DO ATRASO

STATUS EM 30 DE JUNHO (%REALIZADO / %PLANEJADO) * 100

Implantação de Rede Wi-Fi em Angra 100 20 20 Aguardando elaboração do Edital pelo DAN.A. Baixo Demora na implantação da

solução wireless.

Implantação da Rede Estruturada de telecomunicações em Angra

89 80 90 Atividades em andamento. Baixo N/A

Atualização das Estações de Trabalho

100 30 30 Aguardando elaboração do Edital pelo DAN.A. Médio

Impossibilidade de atualização do parque, quando os

equipamentos atuais não atendem a demanda das unidades organizacionais.

Adequação dos Sistemas Legados ao novo Sistema SAP ERP UI

8 3 38

O pacote de trabalho da licitação por pregão eletrônico da contratação de consultoria para saneamento e carga de

dados alcançou um progresso físico em junho/2017 de 65% contra 100% de progresso esperado para este mês/ano, devido ao atraso de 18,5 dias na atividade de Publicação

do Edital.

Alto O atraso da contratação afetará

o prazo da conclusão do Projeto.

Implantação do E-SOCIAL 83 37 45 A empresa contratada irá reajustar o cronograma de implantação devido aos novos prazos de exigências

definidos pelo governo. Baixo

As atividades encontram-se em andamento dentro das

expectativas. Atualização de Servidores da Rede

Corporativa 40 36 90 Atividades em andamento. Alto N/A

Atualização da Infraestrutura de TELECOM

100 100 100 Contrato concluído. N/A N/A

Ampliação da Segurança da Rede Corporativa

48 46 96 Contrato de prestação de serviço em trâmites de

assinaturas pela Presidência. N/A N/A

Gestão de Empreendimentos 100 100 100 Contrato concluído. N/A N/A

Gestão Empresarial (ERP) 40 40 100 Remediação das deficiências da certificação SOX em fase

final. Etapa de Gestão de Riscos será iniciada em julho de 2017.

N/A N/A

Legenda do Índice de Desempenho do Projeto: Maior ou igual a 80% Verde; Entre 51% e 79%, Amarelo; Menor ou igual a 50%, Vermelho. 

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4. Desempenho nos Negócios  

4.1. Geração  

A  Eletronuclear  é  uma  empresa  que  atua  no  negócio  de  geração  de  energia  elétrica  com  fonte termonuclear. Conta com duas usinas, Angra 1, com capacidade  instalada de 640 MW e Angra 2, de 1.350 MW. Angra 3, em construção, é semelhante à Angra 2, porém terá maior capacidade  instalada (1.405 MW). Toda a energia gerada pela empresa é entregue ao Sistema Interligado Nacional ‐ SIN na subestação de  Itaorna, e é transmitida através das  linhas de transmissão do Sistema de Transmissão Furnas, sendo depois repassada às distribuidoras de energia elétrica. 

  

4.1.1. Contexto do Negócio 

A energia nuclear tem características particulares que sempre mereceram tratamento adequado para que possa cumprir o seu papel na matriz energética do  pais.  

Atualmente essa atividade é um monopólio estatal, necessitando cumprir seu papel de geradora de energia elétrica, vinculada a Agência Nacional de Energia Elétrica ‐ ANEEL, área do Ministério de Minas e Energia ‐ MME. Em outro ambiente, é fiscalizada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear ‐ CNEN, subordinada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e  Comunicações ‐ MCTI. 

Sua  matéria  prima  o  combustível  nuclear  por  sua  vez,  também  está  sob  a  tutela  de  um  outro monopólio estatal, outorgado a Indústrias Nucleares do Brasil ‐ INB, igualmente vinculada a CNEN e ao MCTI.   

As Usinas  em  operação  Angra  1  e  2  têm  fator  de  inflexibilidade  bastante  elevado,  em  função  das características do seu combustível. Toda a energia produzida líquida, requer uma garantia física na sua totalidade,  não  podendo  essas  unidades  participarem  de  metodologias  de  geração  e  suprimento conjuntamente com usinas de características diversas. 

As unidades geradoras nucleares não são passíveis de concessão, devido a atividade  monopolizada. As Usinas em operação Angra 1 e 2  formam uma única unidade geradora de caixa, cuja  receita atual é tratada  de  forma  conjunta,  conforme  previsto  no  Procedimentos  de  Regulação  Tarifária  ‐  PRORET Submódulo 6.7 CENTRAIS DE GERAÇÃO ANGRA 1 E 2. 

As paradas programadas para troca do combustível nuclear, obrigam que a produção de energia seja tratada  com  uma  sazonalização  que  permita  a  Empresa  cumprir  seu  compromisso  de  fornecer  a energia assegurada anualizada.  

Por  outro  lado  a  receita  fixa  dessas  usinas,  necessita  ter  sua  entrada  de  recursos  na  Empresa,  em duodécimos, compatível com os compromissos do seu fluxo de caixa, sem o que torna‐se inviável a sua operacionalização. 

No tocante ao Empreendimento Angra 3, em fase de construção, há motivos bastante específicos que necessitam  ser  preservados.  Para  essa  usina  existe  Contrato  de  Energia  de  Reserva  CER  126/2011 

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assinado entre a Eletronuclear e a CCEE, com prazo, quantidade de energia e preço, e, cujo  início do fornecimento de energia e seu preço encontram‐se em fase de revisão. 

O modelo econômico financeiro desse empreendimento vem passando por estudos a nível ministerial, para  que  se  encontre  uma  forma  adequada  de  inversão  de  recursos  e  viabilidade  econômica adequados e compatíveis com o cenário nacional atual.   

Está em curso estudos para revisão do atual modelo do setor elétrico. É preciso que se reconheças as especificidades da atividade de geração  termonuclear para que possa cumprir o seu papel  inicial de diversificação da matriz energética.  

Dois  pontos  são muito  importantes  para  o  setor  nuclear:    a manutenção  das  particularidades  da energia nuclear e a isenção da RGR para as unidades de geração nuclear, cujos ativos não são passíveis de reversão. Esse último é um pleito antigo que carece de alteração legal e atingirá um dos principais objetivos  do  projeto  Marco  Legal,  que  é  a    RACIONALIZAÇÃO  DE  CUSTOS  DOS  CONTRATOS REGULADOS. 

A  companhia  passa  por  um  período  de  desafios  em  sua  conjuntura  econômico‐financeira.  Grande parte desse  contexto de dificuldades  se deve  a paralisação das obras de  construção de Angra 3. A cobertura  do  serviço  da  dívida  dos  contratos  de  financiamento  desse  empreendimento  sacrificam sobremaneira o fluxo de caixa operacional.  

Esperam‐se  por  novas  definições  a  respeito  de Angra  3  que  possibilitem  a  retomada  das  obras  de Angra 3 por meio de parceria com a  iniciativa privada. Esse assunto está  sendo estudado e  tratado diretamente pelo Ministério de Minas e Energia. São grandes os esforços pela busca de parceria com agentes do exterior. 

A Eletronuclear já conta com demandas orçamentárias de investimento relacionadas a Angra 1, Angra 2 e  investimentos de  Infraestrutura que esgotam  sua capacidade  financeira. Para  fazer  frente a  isso será necessário obter reposicionamentos tarifários que atendam essas demandas de investimento.     

    

4.1.2. Expansão  Angra 3  Se trata do maior empreendimento corporativo do sistema Eletrobras, representando um aumento de 70% na potência  instalada da Eletronuclear. Todavia, desde o final de 2015 a construção de Angra 3 encontra‐se virtualmente paralisada, devido às dificuldades financeiras por que passa a Eletronuclear e também  como  consequência  das  denúncias  de  corrupção  no  âmbito  da  “Operação  Lava  Jato”, conduzida pelo Ministério Público Federal. 

Em razão da falta de perspectiva de retomada do empreendimento e das enormes dificuldades para acesso  aos  recursos  financeiros  das  diversas  fontes  de  financiamento  para  esse  empreendimento (Recursos  Próprios,  ELB,  BNDES  e  CAIXA),  a  Eletronuclear  está  apresentando,  inicialmente  e exclusivamente  para  o  grupo  Eletrobras,  um  cenário  de  atividades  mínimas  que  mantenham  a retomada de Angra 3 viável. Esse cenário não contempla uma efetiva retomada do empreendimento nos  anos  próximos  5  anos  (2018‐2022).  Entretanto,  caso  haja  a decisão  do  Estado Brasileiro  nesse 

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meio tempo, primeiramente pelo CNPE, em retomar Angra 3, as premissas de Cronograma, Orçamento e Modelo de Financeiro devem ser rediscutidas.  No cenário que está sendo apresentado, de atividades mínimas, o foco principal da Eletronuclear é a preservação  do  canteiro  de  obras,  das  estruturas  já  edificadas  e  dos  equipamentos  e materiais  já adquiridos e estocados no próprio local da Central Nuclear e em galpões de armazenagem da NUCLEP, em Itaguaí.  A  Eletronuclear,  sob  a  liderança  de  sua  holding,  vem  empreendendo  esforços  no  sentido  de desenvolver  ações  que  abrangem:  o  saneamento  das  irregularidades  apontadas  nos  contratos principais  do  empreendimento;  o  desenvolvimento  de  estudos  visando  à  definição  de  um  novo modelo  de  contratos,  de  estruturação  financeira  e  de  comercialização;  a  preservação  dos investimentos já realizados; e as atividades preparatórias para a retomada do empreendimento.   Caso  o  CNPE  indique  a  retomada  imediata  do  empreendimento,  será  necessário  ainda  discutir  o modelo que apontará o caminho para a obtenção dos altos valores a serem ainda investidos que não têm origem ou funding definido ou assegurado (parcelas não financiadas + capital próprio). Por conta disso, em meados de 2016, a Eletronuclear deu  início a um processo de aproximação  com grandes empresas  estrangeiras  do  setor  nuclear,  com  capacidade  gerencial  e  técnica   de  aportar  recursos financeiros que viabilizassem a conclusão da obra.  Os principais vendedores de tecnologia que foram contatados e manifestaram interesse, foram: CNNC (chinesa), EDF (francesa) e ROSATOM (russa). Foram realizados também contatos iniciais com a SNPTC, também  chinesa,  e  a  coreana  KEPCO.  Atualmente,  as  maiores  interessadas  na  participação  do empreendimento são a CNNC e a Rosatom, seguidas pela EDF.  Em outubro de 2017, o avanço físico global realizado é de 61,85%, nas condições atuais de preservação do  canteiro.  Já  em  relação  ao  orçamento,  o  total  previsto  para  o  empreendimento  é  de  R$  20,37 bilhões em custos diretos (base junho de 2017), dos quais já foram realizados mais de R$ 6,5 bilhões.  Apesar  da  situação  de  paralisação  do  empreendimento,  os  custos  ainda  são  elevados.  Até  31  de outubro de 2017, a  realização econômica para os  custos diretos  chegou à R$ 182,9 milhões, maior parte financiada por recursos próprios alocados ao projeto e provenientes da geração própria de caixa das Usinas de Angra 1 e 2, e que têm provocado grande desequilíbrio na capacidade de investimentos nessas Usinas, gerando postergações de alguns investimentos considerados inclusive prioritários. 

 

4.1.3. O & M  

Logo abaixo foram relacionados empreendimentos de geração que a empresa possui em operação:   

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A seguir é apresentada tabela contendo principais Programas e Projetos e seus respectivos valores (2018) a título de O & M das Usinas Angra 1 e Angra 2 e de Infraestrutura: 

    Dois Projetos que se destacam entre os desafios de O & M para 2018: Prédio de Monitoração – PMR e a Unidade de Armazenamento a Seco – UAS.   4.1.3.1. Prédio de Monitoração – PMR  

Quando estiver finalizado, o Prédio de Monitoração ‐ PMR poderá efetuar a contabilização isotópicas dos embalados de rejeitos radioativos de baixa e média atividades, gerados pelas usinas Angra 1 e 2 e, 

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futuramente,  Angra  3.  Assim  sendo,  será  possível,  através  da  segregação  dos materiais,  reduzir  a quantidade  de  embalados  nos  depósitos  pelo  descarte  não  contaminado,  contido  nos  embalados compatíveis de baixo nível de radiação, como rejeito industrial.   O cronograma do empreendimento aponta a data de entrada em operação do PMR no fim do primeiro semestre de 2023, visto que a Licença de Instalação do IBAMA estará vigente até agosto desse mesmo ano. O  ponto  crítico  do  empreendimento  consiste  no  processo  de  aquisição  dos  equipamentos  do Sistema de Medição de Ativos  Isotópicos, que  será  iniciado em março de 2020. Pressupondo que o processo de revisão da documentação técnica e solicitação das propostas leve em torno de 180 dias e que  a  contratação dure em média o mesmo  tempo,  a  assinatura do  contrato de  fornecimento dos equipamentos  deverá  ocorrer  até  o  fim  de  fevereiro  de  2021.  Todo  o  processo  de  fornecimento, testes, comissionamento e treinamento deverá estar concluído em 24 meses. O PMR apresenta orçamento estimado de aproximadamente MR$ 66,0 (sessenta e seis milhões), distribuído conforme tabela abaixo: 

Reais * 106 

RUBRICA  

2003 ‐ 2016 

2017  2018  2019  2020  2023 TOTAL POR RUBRICA 

Real.  Orç.  Real.  Orç.  Orç.  Orç.  Orç.  Orç.  Real. 

Construção Civil  35,7  0,2  0,0  0,0  0,3  0,0  0,0  36,2  35,7 

Equipamentos e Materiais 

7,8  0,9  0,7  7,3  0,1  13,0  0,0  29,1  8,5 

Engenharia  0,3  0,0  0,0  0,0  0,0  0,0  0,0  0,3  0,3 

Licenciamento  0,3  0,0  0,0  0,0  0,0  0,0  0,1  0,4  0,3 

Reserva de Contingência 

0,0  0,0  0,0  0,0  0,0  0,0  0,0  0,0  0,0 

TOTAL POR ANO  44,1  1,1  0,7  7,3  0,4  13,0  0,1  66,0  44,8 

  4.1.3.2. Unidade de Armazenamento a Seco ‐ UAS 

 A  capacidade  de  armazenamento  de  elementos  combustíveis  irradiados  (ECIs)  nas  piscinas  de combustível  usado  (PCUs)  das  usinas  é  limitada  e,  de  acordo  com  a  concepção  de  projeto  dessas plantas,  os  elementos  armazenados  há  mais  tempo  devem  ser  removidos  para  unidades  de armazenamento complementares, permitindo o armazenamento, nas PCUs, dos ECIs recém‐retirados dos núcleos dos reatores.   O empreendimento denominado Unidade de Armazenamento a Seco  (UAS)  trata da  implantação de uma  instalação  específica,  externa  às  usinas,  para  a  estocagem  complementar  dos  elementos combustíveis utilizados nos núcleos dos reatores de Angra 1 e Angra 2.  Considerando o esgotamento da capacidade de armazenamento de ECIs nas PCUs (julho de 2021 para Angra 2 e dezembro de 2021 para  Angra  1)  e  a  falta  de  perspectiva,  no  curto  prazo,  da  disponibilização  de  uma  instalação  de estocagem de longo prazo para o combustível usado,  o empreendimento visa viabilizar a continuidade da produção de energia elétrica de origem nuclear. O cronograma do empreendimento prevê a UAS  liberada para  início da execução das  transferências em maio de 2020 e a conclusão da operação de transferência dos ECIs de Angra 2 e Angra 1 em agosto de 2020 e janeiro de 2021, respectivamente. O cronograma atual apresenta folga de 11 (onze) meses para a conclusão das transferências. 

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O empreendimento UAS apresenta orçamento estimado de aproximadamente M$239,26 (duzentos e trinta e nove milhões e duzentos e sessenta mil reais), distribuído conforme tabela abaixo: 

Status: 31/10/17 

 

  

Nota: Orçamento ‐ Rev.1 (considera o valor efetivo da contratação da Solução de Armazenamento a Seco) 

 Em julho de 2017, a ELETRONUCLEAR deu início, junto ao Ministério de Minas e Energia, ao processo que  solicita  a  aprovação  do  enquadramento  do  empreendimento  UAS  no  Regime  Especial  de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares  (Renuclear). Se aprovado, a estimativa é de que o benefício fiscal total seja de aproximadamente MR$ 35,90 (trinta e cinco milhões e novecentos mil reais).                          

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5. Gestão  

5.1.1. Contextualização  A gestão empresarial aplicada na Eletronuclear tem por base a operação e manutenção de seus ativos de  geração,  com  destaque  para  o  enorme  desafio  de  construir  Angra  3.  A  empresa  possui  como característica expressiva demanda de  investimentos para operar e manter  suas usinas. São diversos projetos envolvendo engenharia,  construção,  substituição de  componentes, atualização  tecnológica, dentre outros. Por  isso,  o modelo  de  gestão  empresarial  é  caracterizado  pela  importância  de  gerenciamento  de projetos. Cada agrupamento de projetos está  alocado num determinado programa de investimentos e o  conjunto  de  programas  se  organiza  em  um  determinado  portfólio.  Atualmente  existem  seis portfólios: Angra 1, Angra 2, Angra 3, Infraestrutura da Central, Gestão e Governança e Integridade. O orçamento  de  investimentos  diretos  para  2018  é  de  pouco  mais  de  R$  450  milhões,  para  2019 ultrapassa R$ 900 milhões. São centenas de milhões de reais.  No que  tange aos dispêndios com Pessoal Permanente  (folha + Encargos + Benefícios) a  redução da ELETRONUCELAR  tem  sido bem expressiva, desde 2013, com  implantação  inicialmente do PSPE/PID, em 2013, onde a redução quantitativa observada até fins de 2015, foi cerca de 24%, saindo de 2.583 para 1.971 empregados. Com o segundo plano, chamado de Plano de Aposentadoria Extraordinária – PAE, com saída a partir de julho de 2017, mais uma grande leva de empregados foram desligados por incentivo, representando uma redução de mais 9% do quadro existente, findo em 2017. As reduções observadas, acumulam uma redução quantitativa de empregados em cerca de 31%, o que confere à ELETRONUCLEAR, ao atendimento integral das metas estimadas para efeito do PNDG 2017‐2021. Não obstante  aos  indicadores  apresentados  acima,  com  a divulgação pela  ELETROBRAS no  final de 2017 de mais um Plano de Incentivo ao Desligamento (PID), que por estimativa ainda superficial pela ELETRONUCLEAR,  nos  remete  a  uma  redução  de mais  5%  dos  empregados  (143)  aptos  à  adesão.  Nesse  contexto,  em  havendo  a  realização  integral  desse  último  PID,  a  ELETRONUCLEAR  estará reduzindo seu quadro de Pessoal Permanente em 34%, ou seja, de 2.583 empregados em 2013, para 1.698 empregados em final de 2018.  Outro  vetor  importante  da  gestão  empresarial  se  baseia  no  alcance  de metas  nos  indicadores  do  Contrato de Metas de Desempenho Empresarial – CMDE. Mensalmente  são apurados os  resultados para diversos  indicadores. Outros  indicadores têm apuração anual de resultados. Os administradores fazem  a  gestão  empresarial  com  aplicação,  cuidando  da  disciplina  financeira  e  seus  limites,  de aspectos  importantes da governança e da  integridade, não abrindo mão da excelência operacional e nem  tampouco da diretriz de valorização das pessoas. Harmonizar  todos esses  fatores em busca de resultados empresariais é o desafio da gestão empresarial da Eletronuclear.      

5.1.2. Programas e seus Entregáveis 

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A  seguir  são  apresentados  os  Programas  e  seus  Entregáveis  organizados  em  6  Portfólios  (Angra  1, Angra  2,  Angra  3,  Infraestrutura  da  Central,  Gestão  e  Integridade),  bem  como  a  demanda  de investimentos no período 2017‐2022.  

Portfólio Angra 1 

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Angra 1

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)42.828,00R$ 44.799,00R$ 63.452,00R$ 46.853,00R$ 81.192,00R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Substituição da Load Break Switch;Melhorias na ventilação do CST / CCT; 

Modificações de Projeto – Implementação; Sistema de iluminação da cavidade, canal de transferência ERE E ECB E PCU.

Códigos BEACON, APA/METCOM, CODIGO ANÁLISE SEGURANÇA, PAD/SIST CALVARETAS,TRACWORKS; Transmissores de Nível dos Acumuladores;

Serviços de Engenharia para Modificação de Projetos;Modificações de Projeto em Geral;

Motor da BRR;

Atualização da I&C do sistema de tratamento rejeito gasoso;Sistema de Monitoração de Vibração das BRRs;

Substituição do Sistema de Manutenção Isotópica da Chaminé ‐ Vent Stack;Serviços de Suporte Westinghouse;

Gerenciamento de Obsolescência (IBQN e PKMJ);

Aquisição da Bomba de Alimentação Auxiliar de emergência;

Equipamento Geral e Software;

Aquisição da  Excitatriz;

Válvulas Borboleta para o Sistema SAS; Disjuntores para os barramentos de 4.160V;

Aquisição de novo Banco de Bateria;

Melhoria dos Indicadores de desempenho da Usina de Angra 1.

Durante a operação de 2018 a 2022 estão programados os fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Aprimoramento da segurança e a preservação e melhoria de desempenho de Angra 1.

Melhorar a Manutenção e Desempenho

Atender as necessidades de modificação, modernização ou substituição de sistemas e componentes, incorporação de avanços tecnológicos com base em avaliações de segurança, planos de melhoria, experiência operacional interna e externa e evolução dos requisitos de

licenciamento.

Início Término

01/01/18 31/12/22

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Angra 1

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)13.681,00R$ 27.335,00R$ 34.796,00R$ 57.265,00R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Durante a operação de 2018 a 2022 estão programados os fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Obter da CNEN a autorização para a extensão da vida útil de operação de Angra 1 por mais 20 anos, possibilitando um aumento da receita com a continuidade de geração de Angra 1 após 31/12/2024.

Estender a Vida Útil

Início Término

01/01/18 31/12/21

Upgrade do INI;

Substituição dos transformadores principais.

Programa de Gerenciamento do Envelhecimento; Atualização do sistema ATWS / SMIR / SMMRN;

Atualização do sistema de monitoração de radiação;

Atualizar Angra 1 para requerer sua autorização de operação estendida por mais 20 anos.

Obter da CNEN a autorização para a extensão da vida útil de operação de Angra 1 por mais 20 anos.

Atualização do Ar condicionado da Sala de Controle;

Upflow Conversion (avaliação/UT/upflow); Modernização da Máquina de Recarga de Angra 1;

Atualização do DRPI - Sist. Indicação da Posição das Barras de Controle;

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Angra 1

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)2.379,00R$ 3.796,00R$ 4.093,00R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Durante a operação de 2018 a 2022 estão programados os fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Mitigar os Riscos de eventos ocorridos em Fukushima

Análise Probalistica de Segurança;MPs em andamento.

Atualizar Angra 1 com as lições aprendidas com o acidente de Fukushima.

Plano de Resposta à Fukushima

Início Término

01/01/18 31/12/20

Atualizar Angra 1 para responder ao plano Fukushima.

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Angra 1

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)594,00R$ -R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Conclusão do estudo de viabilidade de aumento do ciclo de troca do combustível de Angra 1

Aumentar o ciclo de troca de combustível de 12 para até 18 meses, possibilitando um aumento na receita com a geração de Angra 1 nos anos em que não houver parada para troca de combustível.

Estudo da viabilidade.

Aumentar o ciclo de troca de combustível de 12 para até 18 meses.

Aumentar o Ciclo de Operação para até 18 meses

Início Término

01/01/18 31/12/19

Estudo da viabilidade para extensão do ciclo de Angra 1 em até 18 meses.

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Portfólio Angra 2 

  

Angra 2

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)47.887,00R$ 83.427,00R$ 38.871,00R$ 18.651,00R$ 74.232,00R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Códigos CÓDIGO TERMOHIDRÁULICO/SIST CÁLCULO VARETAS / CASCADE ‐ 3D SAV95 ;

Molas de Apoio dos Internos Superiores do Vaso do Reator; 

Serviços de Suporte Areva;

 Substituição dos disjuntores do gerador principal;Implementação diversas para modernização de sistemas da usina de Angra 2 (CHA);

     Rotor da JEB (Eixo). Lapping Machine / Polishing Machine  (Maquina de Lapidação dos Selos Hidrodinâmicos Angra 2);

  Gerenciamento de Obsolescência (IBQN e PKMJ);Modernização do Sistema de Monitoração dos Gases de Exaustão da Chaminé ( Atualização Sistema KLK );

Sistema de Filtragem do ar da Lavanderia;Sistema de Filtragem do ar da Oficina Quente; 

Atualização da Máquina de Recarga;

Durante a operação de 2018 a 2022 estão programados os fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Melhoria dos Indicadores de desempenho da Usina de Angra 2.

Equipamentos para o Sistema de Água de Serviço de Segurança;

Equip. Bombas Drenagem/Separador Umidade/Pré Aquecedores e Bleed and Feed do Primário;Modificações de Projeto em Geral ‐ I&C/Transmissores Vazão/Pressão/Tensão/Frequência (pequenas aquisições); 

Motores da QKA, PEC50, PJC10,JDH10 ; 

Equipamento Geral e Software Específicos (RSP‐RISCSPECTRUM); Modificações de Projeto – Implementação;  

Serviços de Engenharia para Modificação de Projetos (Nacional); 

Aprimoramento da segurança e a preservação e melhoria de desempenho de Angra 2.

Melhorar a Manutenção e Desempenho de Angra 2

Início Término

01/01/18 31/12/22

Atender as necessidades de modificação, modernização ou substituição de sistemas e componentes, incorporação de avanços tecnológicos com base em avaliações de segurança, planos de melhoria, experiência operacional interna e externa e evolução dos requisitos de

licenciamento.

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Angra 2

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)1.481,00R$ -R$ -R$ 21.032,00R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Durante a operação de 2018 a 2022 estão programados os fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Mitigar os Riscos de eventos ocorridos em Fukushima

Venting não filtrado da Contenção;Instalação de ventagem filtrada na Contenção;

MPs em andamento.

Atualizar Angra 2 com as lições aprendidas com o acidente de Fukushima.

Plano de Resposta à Fukushima

Início Término

01/01/18 31/12/21

Atualizar Angra 2 para responder ao plano Fukushima.

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Portfólio Angra 3 

 

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Portfólio Infraestrutura da Central 

  

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Infraestrutura

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)2.717,00R$ 4.127,00R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Durante a operação de 2018 a 2022 estão programados os fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Mitigar os Riscos de eventos ocorridos em Fukushima

Contenção e Tratamento de Encostas - Angra 1 - Encosta Sudeste;Execução de drenos horizontais profundos e piezometros;

Reavaliação da estabilidade do Molhe de Proteção da CNAAA e Modelo Reduzido; Aquisição de Abrigo para Equipamentos do Plano de Resposta a Fukushima / Pavimentação de Acesso;

Projeto Executivo e Plano de Sondagem p/Encostas no entorno da CNAAA ; Construção de Tanque reserva de água doce e tubulações no Morro do Urubu.

Atualizar o entorno de Angra 1 e Angra 2 com as lições aprendidas com o acidente de Fukushima.

Plano de Resposta à Fukushima

Início Término

01/01/18 31/12/19

Atualizar o entorno de Angra 1 e Angra 2 para responder ao plano Fukushima.

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Infraestrutura

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)32.764,00R$ 48.353,00R$ 28.708,00R$ 20.441,00R$ 74.255,00R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Píer de acesso seguro à torre de meteorologia B;

Registrador Digital para turbina -A2;

Recuperação do Talude do CGR; Aquisição de Softwares Diversos - SC.O + Riscwatcher (2 licenças);

Unidade de Conservação - Condicionantes ;

Rede Elétrica protegida do SAAD ;

Obras de Infraestrutura - Revisão do Projeto Básico do Prédio de Dosimetria;

Substituição Servidor SICA - Angra 2;

Sistema Unificado de Esgotamento Sanitário da CNAAA;

Substituição da Interface do Simulador de Angra 2;

Modernização do SAAD - Fase 2 (NOVO);

Implantação da Rede WiFi na CNAAA; Reforma do Galpão 6 ( almoxarifado);Vilas Residenciais (Passarela BR101);

Ao longo dos anos de 2018 a 2022 está programado o fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Melhorar as instalações do entorno da CNAAA.

Instalação de Pontos de Rede;

Equipamento Geral e Software para O&M - Infraestrutura - SC.O;Equipamento Geral e Software para O&M - Manutenção - SM.O;

Contenção e Tratamento de Encostas - SAAD;

Aquisição de medidores de vazão para a CNAAA;Instalação do Ovation no Simulador de Angra 1;

Desenvolvimento Sala de Controle de Emergência (simulador de A2); Upgrade RADOS ( controle de acesso área controlada);

Ter as instalações operacionais no entorno de Angra 1 e Angra 2 atualizadas para suportar às necessidades da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto.

Instalações Operacionais

Início Término

01/01/18 31/12/22

Atualizar as instalações operacionais no entorno de Angra 1 e Angra 2.

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Infraestrutura

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)3.170,00R$ 5.307,00R$ 5.352,00R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Durante a operação de 2018 a 2020 está programado o fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Esse planejamento tem por finalidade proteger a saúde e garantir a segurança dos trabalhadores das Usinas e do público em geral em casos de acidente, através da execução das ações descritas no Plano.

Aquisição Sistema Monitoração On-line na CNAAA (PEL); Reforma galpão abrigo PEL (Mambucaba);

Construção de Centro de Emergência (Mambucaba).

Atualizar o planejamento para situações de emergência nuclear resultantes de acidentes na Unidade 1 ou Unidade 2 da CNAAA.

Melhorias no Plano de Emergência Local

Início Término

01/01/18 31/12/20

Propor ações de avaliação, de correção, de proteção e de recuperação por ocasião de Emergência Radiológica na Unidade 1 ou na Unidade 2 da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto - CNAAA, de modo a proteger os trabalhadores, residentes e visitantes, para que não sofram uma

exposição indevida às radiações.

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Portfólio Gestão 

   

Gestão

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)7.637,00R$ 2.283,00R$ 2.283,00R$ 2.283,00R$ 2.283,00R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)4.267,00R$ 17.070,00R$ 17.070,00R$ 17.070,00R$ 17.070,00R$

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Revisão da Matriz de Criticidade, instrumento voltado para mitigação de riscos de perda de conhecimento; NR10 - Contratação de Consultoria para Suporte das atividades; Consolidação do Modelo de TD&E da Eletrobras Eletronuclear;

Implantação do esocial;

PID 2018/2019 - Eletronuclear.

Otimizar os processos na gestão de pessoas da Eletronuclear e estimular as boas práticas.

Recursos Humanos

Início Término

01/01/18 31/12/22

O Programa visa implementar a uniformidade nas práticas de gestão de pessoas e otimizar seus processos, através de uma comunicação ética e transparente.

Redução de Custos de Pessoal

Ao longo dos anos de 2018 a 2022 está programado o fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Otimização dos processos na gestão de pessoas, garantindo a eficiência e a uniformidade das boas práticas.

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Dentro do Programa de Recursos Humanos destacamos o Projeto PID 2018/2019:  

 

Gestão

Nome do Programa

Nome do Projeto

Projeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)7.637,00R$ 2.283,00R$ 2.283,00R$ 2.283,00R$ 2.283,00R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)4.267,00R$ 17.070,00R$ 17.070,00R$ 17.070,00R$ 17.070,00R$

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Recursos Humanos

PID 2018/2019 ‐ Eletronuclear

Redução de Custos de Pessoal

Plano concluído.

Redução de 4,8% do efetivo de pessoal.

Reduzir as despesas com pessoal próprio.

Desligamentos efetivados ate Out/2018.

Plano de Incentivo ao Desligamento da Eletronuclear.

Início Término

01/01/18 31/12/23

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Gestão

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Atualização do Licenciamento Microsoft;

Atualizar o parque tecnológico da Eletronuclear, garantindo a segurança e integridade das informações armazenadas na Rede Corporativa.Ampliar a capacidade de armazenamento do Data Center para atender a Política de Retenção de Informações.

Melhorar o desempenho dos aplicativos de Gestão Empresarial e Informações Analíticas.

Tecnologia da informação

Início Término

01/01/18 31/12/22

Atualização das ferramentas de Tecnologia da Informação da Eletronuclear.

Implantação do PRO‐ERP

Atualização dos dispositivo Switch Core da Rede Corporativa;Atualização das Estações de Trabalho;

Atualização de licenças solução de backup; Atualização da Segurança da Rede Corporativa;

Implantação de Software Gerenciador de Arquivos e Acessos.

Atualização do SAP ETN para o ProERP; Central de Monitoramento da Rede;

Implantação de Software de Gestão Corporativa;

Soluções de hardware e software adquiridas, entregues e instaladas na Rede Corporativa.

Manter o parque tecnológico da Eletronuclear atualizado e seguro.Maior capacidade de armazenamento e processamento de informações corporativas.

Garantia de integridade e segurança das informações armazenadas na Rede Corporativa.Geração de informações analíticas para apoiar as decisões da Alta Direção.

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Gestão

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Ter o planejamento da Eletronuclear detalhado, bem como dotar a empresa de uma ferramenta de monitoramento do seu planejamento.

Planejamento

Início Término

01/01/18 31/12/18

Elaborar e divulgar o Planejamento da empresa e seus processos de monitoramento.

Gerenciar o Ciclo de Planejamento Operacional e Estratégico; Atualização do Acompanhamento Operacional;

Painel de Indicadores ; Acompanhamento Financeiro dos Programas / Projetos;

Desenvolvimento da Nova Central de Projetos.

Ao longo dos anos de 2018 está programado o fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Ter o planejamento da empresa elaborado, devidamente difundido pelos colaboradores da Eletronuclear e monitorado periodicamente, reportando seus resultados à Diretoria Executiva e Conselho de Administração.

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Gestão

Nome do ProjetoProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado Orçamento Base Zero

Data

Descrição do Projeto

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Ao longo dos anos de 2018 a 2022 estão programados os fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Dotar a Eletronuclear de processos de gestão financeira eficientes.

Aprimoramento do Registro das Faturas do Custo Transmissão; Implementação do Módulo TRM no SAP; Revisão IN36.06 (Programa de Dispêndios Globais - PDG); Aprimoramento dos Meios de Pagamento Visando a Mínima Emissão de Cheques. Impantação da Metodologia OBZ -

Orçamento Base Zero.

Atender às necessidades da área financeira da Eletronuclear na questão de aprimoramento de sua gestão com a implementação de ferramentas e aprimoramento dos seus processos.

Financeiro

Início Término

01/01/18 31/12/22

Implementar e aprimorar as ferramentas de gestão financeira da Eletronuclear.

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Dentro do Programa Financeiro um projeto se destaca: Implantação da Metodologia OBZ ‐ Orçamento Base Zero. Este projeto é apresentado a seguir:  

  

Gestão

Nome do Projeto

Nome do Projeto Implantação da Metodologia OBZ ‐ Orçamento Base ZeroProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado Orçamento Base Zero

Data

Descrição do Projeto

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Criação de um orçamento participativo; Eliminação de custos e processos que não agregam valor; Alocação mais adequada de recursos; Alinhamento do orçamento à estratégia da Eletronuclear; Favorecimento na tomada de decisão por parte dos gestores e da Alta

Administração; Favorecimento das boas práticas de Governança.

Treinamento em OBZ para a área de Controladoria; Contratação de empresa de consultoria para a implantação da metodologia; Planejamento da implantação do OBZ na Eletronuclear.

Metodologia OBZ Implantada na Eletronuclear.

O projeto visa a implantação da metodologia do orçamento Base Zero na Eletronuclear.

Reduzir os custos e melhorar a tomada de decisões, permitindo uma adequação de recursos e eliminando custos e processos que não agregam à Empresa.

Financeiro

Início Término

01/01/18 31/12/20??

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Gestão

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Modernização dos guardas roupas dos apartamentos da Hospedagem I;Modernização banheiro social Hospedagem I;

Reforma das suítes Hospedagem I; Implantação de Sistema de Reservas de Hotel na Hospedagem I;

Substituiçãos das janelas dos blocos da Hospedagem III.

Implementar melhorias nos serviços que suportam o negócio da empresa.

Serviços Gerais

Início Término

01/01/18 31/12/22

Implementar melhorias nos serviços que suportam o negócio da empresa.

Transferência do Depósito de Itaorna; Implantação de Estatuto para as vilas residencias da Empresa;

Implantar a utilização do software MAXIMO nas administrações de Vilas e Hospedagens;Alteração do layout do espaço do SESG no prédio;

Aquisição de telemetria para a frota própria;Renovação da Frota de caminhões;

Renovação da Frota de ônibus;Reforma e transformação dos quartos da Hospedagem II em suítes;

Ao longo dos anos de 2018 a 2020 está programado o fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Disponibilizar serviços necessários ao negócio da empresa.

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Dentro do Programa de Serviços Gerais destacamos o Projeto Desoneração de Ativos Imobiliários: 

  

Serviços Gerais

Nome do Projeto Desoneração de Ativos ImobiliáriosProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado Venda de Imóveis Administrativos

Data

Descrição do Projeto

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Venda dos Ativos descritos acima.

Desoneração dos Ativos Imobiliários que não fazem parte do Negócio da Eletronuclear

A estimativa de ganhos do Projeto não é possivel até o momento , dependendo de avaliações dos Ativos.

Regularizar o prédio da Rua Júlio Maria, no centro de Angra dos Reis e áeras vazias, não urbanizadas, localizadas à jusante da área de comodato com o ESEC Tamoios e Praia da Batanguera, em Mambucaba, Paraty.

Promover a venda de ativos que não fazem parte do Negócio da Eletronuclear.

Produzir a regularidade imobiliária; Avaliar demais fatores que impactam o Projeto; Elaborar Plano de viabilidade dos diversos cenários para desoneração de ativos imobiliários.

Início Término

27/12/17 30/06/18

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Portfólio Integridade 

  

Integridade

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Avaliar a Eletronuclear em relação a um modelo definido por intermédio de comparação internacional e nacional com utilities nucleares e de energia.

Organismos Nacionais e Internacionais

Início Término

01/01/18 31/12/22

Determinar uma empresa de referência (Empresa Espelho), com indicadores operacionais e metas de custeio a serem alcançadas.

Elaborar o procedimento de benchmarking internacional;Sincronia - Docnor;

Atualizar a Base de Dados EUCG (Eletric Utility Cost Group).

Ao longo dos anos de 2018 a 2020 está programado o fornecimento de bens e serviços para o atendimento aos principais marcos acima descritos.

Ter uma forma eficiente de comparação das Usinas de Angra 1 e Angra 2 com as demais Usinas nucleares e custos operacionais.

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Integridade

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Certificação SOX 2018; Certificação SOX 2019; Certificação SOX 2020;

Arquivamento do Formulário 20-F na SEC anualmente, pela Eletrobras Holding.

Certificação SOX 2021; Certificação SOX 2022;

Certificação SOX

Início Término

01/01/18 31/12/22

Eliminar Fraquezas Materiais

Garantir a confiabilidade das Demonstrações Financeiras através do teste e aprimoramento do ambiente de controles internos, principalmente nos processos que tem impacto direto nas Demonstrações Financeiras

Eliminar as fraquezas materiais apontadas pelo auditor externo na certificação SOX e reduzir significativamente o número total de deficiências apontadas.

Ambiente de controles internos fortalecido, com um quantitativo de deficiências reduzido e de baixa severidade, compatível com a maturidade e a conformidade dos processos da Eletronuclear.

Ambiente de controles internos fortalecido, com um quantitativo de deficiências reduzido e de baixa severidade, compatível com a maturidade e a conformidade dos processos da Eletronuclear.

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Integridade

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)R$ 487.500,00 -

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Agregar valor à organização através da melhoria dos processos de tomada de decisão por meio da avaliação e tratamento adequado dos principais riscos corporativos;

Aumentar a probabilidade de alcance dos objetivos estratégicos da organização, reduzindo os riscos a níveis aceitáveis.

Mapeamento de Riscos Corporativos

Início Término

01/01/18 31/12/22

Estudo completo dos dez (10) Riscos priorizados, contemplando as atividades de modelagem, catalogação, análise, avaliação e tratamento.

Modelagem;Catalogação;

Análise;Avaliação e Tratamento.

Principais riscos corporativos identificados, mapeados e tratados.

Principais riscos corporativos identificados, mapeados e tratados.

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Integridade

Nome do Programa

Projeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Programa de Integridade implantado que compreende as seguintes ações: Mapeamento dos Riscos para Prevenção de Fraude e Corrupção, Relatório de Conformidade, Classificação de Risco de Fornecedores, Medidas de Integridade aos Fornecedores de Alto Risco, Treinamento

para Disseminação do Programa de Integridade aos Dirigentes, Gestores e Empregados, Aplicação do Formulário de Due Diligence, inclusive nos Contratos de Patrocínios, Convênios e Doações.

Alcançar a Totalidade de Funcionários e Dirigentes com Treinamento no Programa de Integridade, Identificação dos Fornecedores de Risco, Acompanhamento dos Controles para prevenção de Fraude e Corrupção. Contribuir também para o alcance dos objetivos do ODS 16.

A elaboração de um Programa de Integridade para toda a Eletronuclear.Obter as aprovações do Programa de Integridade nas instâncias decisórias da Companhia.

A implantação desse Programa de Integridade.A disseminação do Programa de Integridade para todos colaboradores .

Compliance

Garantir que a Eletronuclear esteja cumprindo os normativos de conformidade nacionais e internacionais, referentes aos termas e às práticas anticorrupção e antisuborno emitidos pelos órgãos reguladores, fiscalizadores e governamentais de controle.

Início Término

01/01/18 31/12/18

Implantar Programa de Compliance na Eletronuclear e Mecanismos de Monitoramento para Prevenção de Fraude e Corrupção.

Implantação do Programa Eletrobras 5 Dimensões e Compromisso com a Agenda 2030

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Integridade

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Estudo de uso de água pluvial para edificações da CNAAA.Elaborar caderno de encargos para contratação de projeto básico ETE unificada;

Emitir o Relatório de Sustentabilidade e definição dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS);Estudo para troca de lâmpadas comuns por lâmpadas LED na Sede;

Horto Florestal Eletrobrás Eletronuclear - HFE; Compensação Ambiental - U (Inclui o TAC - Angra 2 - Item 6);

Sistema de Gestão Ambiental;

Sustentabilidade

Início Término

01/01/18 31/12/22

Compromisso com a Agenda 2030

Aderir as melhores práticas de Sustentabilidade e firmar compromisso com os objetivos e metas da Agenda 2030.

Difundir na empresa e nos seus Stakeholders a importância da Sustentabilidade e da Agenda 2030 para o sucesso e continuidade do negócio da Eletronuclear.

Relatório de Sustentabilidade e melhoria dos indicadores dos ODS priorizados.

Dotar a Eletronuclear de processos e gestão sustentáveis.

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Dentro do Programa de Sustentabilidade dois projetos se destacam: Estudo para  troca de  lâmpadas comuns por lâmpadas LED na Sede; e Estudo de uso de água pluvial para edificações da CNAAA. Esses dois projetos são apresentados, a seguir: 

 

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Integridade

Nome do ProgramaProjeto do PDNG 2018-2022 a que está vinculado

Data

Descrição do Programa

Objetivos e Metas

Principais Marcos

Entregas

Resultados Obtidos/Esperados

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Recursos (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

2017 2018 2019 2020 2021 2022Estimativa de Ganhos * (em milhares de

reais)-R$ -R$ -R$ -R$ -R$

* Os ganhos podem ser por aumento da receita ou por redução da despesa

Esse Programa tem como principal objetivo atender aos diversos órgãos externos quanto a elaboração e a entrega de uma série de documentos e informações, tais como relatórios diversos, elaboração de planos, realização de seguros determinados pelos órgãos externos,

outras obrigações legais, dentre outros.

Obrigações Institucionais

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Elaborar os relatórios, planos de ação e seguros determinados pelos órgãos externos.

A conclusão e a entrega dos seguintes documentos; Plano de Negócios e Gestão (PNG);

Relatório da Administração; Relatório de Gestão (TCU); Remuneração Variável para os Administradores (RVA);

Seguro de Risco de Engenharia de Angra 3; Seguro de Risco Nuclear de Angra 1 e 2.

Relatórios, monitoramentos e obrigações descritas nos Principais Marcos acima.

Ter a empresa em conformidade com as obrigações institucionais.

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5.1.3. Redução dos Custos Administrativos (redução de MSO  ‐ Materiais, Serviços de Terceiros e Outros Dispêndios) 

 A Eletronuclear promoverá  reduções de quadro  funcional na  Fundação Eletronuclear de Assistência Médica  (FEAM)  em  2018,  sendo  que  as  dotações  de  2017,  já  representaram  comparativamente  a 2016,  uma  economia  estimada  de  aproximadamente  R$6,9  milhões/ano,  em  2018,  reduções  já promovidas  em  custeio  já  adicionaram  novas  reduções  em  aproximadamente  R$4,4  milhões, totalizando  a  custo  histórico,  reduções  já  promovidas  de  aproximadamente  R$  11,3 milhões/ano, comparando‐se o ano de 2018 com o ano de 2016.. As alterações tecnológicas e/ou em seus processos permitirão o  encerramento  e/ou diminuição de  contratos  relacionados  a  serviços de  Tecnologia da Informação,  estimando  uma  economia  anual  em  contratos  de  TI  de  aproximadamente  R$  14,6 milhões, a exemplos: 

Encerramento de contrato de manutenção do computador IBM em agosto de 2018; 

Encerramento de manutenção de diversos pacotes de manutenções de  licenças do  servidor IBM (parte em dezembro de 2018 e parte em abril de 2019; 

Encerramento de contratos de manutenção de licenças Microsoft em março de 2018; 

Substituições de contratos de pacotes de licenças antigas SAP por licenças novas cedidas pela Eletrobras.  

Foram adotadas diversas iniciativas que resultaram em reduções de faturamentos em alguns contratos da  área  de  infraestrutura,  das  quais  destacamos  otimização  da  frota  de  veículos  leves  e  pesados, redução  dos  veículos  leves  locados, mitigação  das  horas  extras,  redução  do  efetivo  terceirizado  e contenção dos gastos com fornecimento de refeições, principalmente durante as Paradas das Usinas, resultando em uma redução acumulada no final de 2017 de aproximadamente R$ 4,97 milhões. Com a diminuição do quadro funcional promovida pelos programas de desligamento, alguns espações físicos se  têm  demonstrados  ociosos,  com  isso  está  em  andamento  um  plano  de  devolução  de  2  (dois) andares, atualmente ocupados no Edifício Candelária Corporate (Edifício da Sede da Eletronuclear), já a partir de abril de 2018, estimando economias anuais de aproximadamente R$ 2,9 milhões com esta devolução.   

5.1.4. Redução dos Custos de Pessoal  A  Eletronuclear  alcançou  com  o  Plano  de  Aposentadoria  Extraordinária  o  desligamento  de  185 colaboradores,  viabilizando  uma  economia  estimada  de  R$  70  milhões/ano  (com  encargos).  Em paralelo,  com  intervenções nas políticas de  concessões e  revisões de procedimentos  são estimadas economias de R$ 13,7 milhões/ano (com encargos) nos custos com Horas Extras, Adicionais de sobre Aviso e Periculosidade.   

5.1.5. Desoneração de Ativos Imobiliários  A Eletronuclear constituiu em 15/09/2017 um Grupo de Trabalho para elaboração de Plano de Ação ao Projeto  de  Desoneração  de  Ativos  Imobiliários  Não  Compatíveis  ao  Negócio  da  Eletronuclear,  em especial pela venda de imóveis administrativos, consubstanciado pela Diretriz de Disciplina Financeira do Plano Diretor de Negócios e Gestão – PDNG 2017‐2021. No dia 16/10/2017 foi entregue o relatório final do trabalho desse GT.    

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5.1.6. Avaliação de Riscos dos Programas e seus Entregáveis  Com o objetivo de dar  subsídios ao PNG 2018‐2022 da Eletronuclear, a Assessoria de Planejamento (APL.P)  patrocinou  um  evento  de  Planejamento  em  Angra  dos  Reis  ocorrido  em  22  de  novembro último,  com  a  presença  de  representantes  de  todas  as Diretorias  e  de  seus  respectivos Diretores. Nesse  evento,    os  Projetos  de  cada  um  dos  Portfólios  da  Eletronuclear  a  serem  executados  do quinquênio 2018‐2022 foram verificados e analisados quanto ao risco de não realização, seu grau de  vulnerabilidade e de impacto:   

   

  

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  Além disso, os Projetos foram priorizados por Portfólio. O resultado deste trabalho serviu de base para definição dos projetos a serem executados ao longo do quinquênio, balanceando cada Portfólio com o orçamento previsto. Segue o resultado deste trabalho:          

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Portfólio Angra 1 

 

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Portfólio Angra 2 

 

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Portfólio Angra 3 

 

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Portfólio Infraestrutura da Central 

 

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Portfólio Gestão 

 

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Portfólio Integridade 

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5.2. Premissas para Prospecção de Cenário  

5.2.1. Macroeconômicas  As premissas econômicas consideradas foram aplicadas levando em conta  um Cenário Base, conforme descrito a seguir:  

   

5.2.2. Comercialização (ACR/ACL/SPOT/PLD)  Com  a promulgação do  art. 11 da  Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de 2009  (destaque  a  seguir) e regulamentações posteriores efetuadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL por meio das edições das Resoluções Normativas nº 529 e 530, ambas de 21 de dezembro de 2012, as Receitas provenientes da  geração de  energia das Usinas de Angra  1  e  2 passaram  a  ser  rateada  a  todas  as concessionárias,  permissionárias  ou  autorizadas  de  serviço  público  de  distribuição  no  Sistema Interligado Nacional – SIN, alterando‐se inclusive a metodologia de cálculo quando de sua definição.  Art.  11.  A  partir  de  1º  de  janeiro  de  2013,  o  pagamento  à  Eletronuclear  da  receita  decorrente  da geração da energia de Angra 1 e 2  será  rateado entre  todas as  concessionárias, permissionárias ou autorizadas  de  serviço  público  de  distribuição  no  Sistema  Interligado  Nacional  ‐  SIN,  conforme regulamentação. Parágrafo  único. A  receita  de  que  trata  o  caput  será  decorrente  de  tarifa  calculada  e  homologada anualmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica ‐ ANEEL  Neste sentido e a partir de 2013, a nova metodologia de cálculo para a atribuição da Receita Fixa das Usinas de Angra 1 e 2 trouxe conceitos e critérios originais quando de sua definição, sendo o principal deles a segregação dos custos não gerenciáveis, definidos como Parcela A e estando neste as rubricas de encargos setoriais (Taxa de Fiscalização do Serviço de Energia Elétrica – TFSEE e Reserva Global de Reversão – RGR) e custos com o transporte de energia (Taxas do Operador Nacional do Sistema ‐ ONS e  Transmissoras),  e,  ainda,  os  custos  gerenciáveis,  definidos  como  Parcela  B  e  estando  neste  as rubricas de Fundo de Descomissionamento, Custo de Combustível, Operação e Manutenção – O&M, Remuneração dos Investimentos e Depreciação. 

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 Sob  este  aspecto  há  de  se  considerar  ainda  dois marcos  regulatórios  posteriores  e  que  vieram  a adaptar, de forma positiva para a ELETRONUCLEAR, a metodologia inicialmente concebida e que serão mencionados mais a seguir.  A metodologia atualmente aplicada aos procedimentos para cálculo da  receita de venda da energia elétrica das Centrais de Geração Nucleoelétricas Angra 1 e 2 foram concebidas por meio da Resolução Normativa ANEEL Nº 529, de 21 de dezembro de 2012, e, alterações dadas pelas Resolução Normativa ANEEL Nº 632 de 25 de novembro de 2014 e Resolução Normativa ANEEL Nº 695 de 15 de dezembro de 2015.  Nesta metodologia ficou estabelecido que o Componente Combustível Nuclear – CC, que se refere ao custo com aquisição dos elementos combustíveis necessários e correspondentes à geração associada para  a  garantia  física  das  usinas  de  Angra  1  e  2,  seria  estimado  com  base  na média  dos  valores correspondentes aos faturamentos dos últimos 2 anos, líquido dos tributos de PIS/COFINS.  Retornando  ao  ponto  sobre  os marcos  regulatórios  seguintes,  dá‐se  destaque  a  última  alteração proferida no PRORET por meio da Resolução Normativa ANEEL Nº 695/2015, quando  e  a partir de janeiro de 2016, os custos com Fundo de Descomissionamento e os custos com o Combustível Nuclear passaram  a  integrar  a  Parcela  A  da  Receita  Fixa,  transferindo‐se  assim  os  riscos  associados  a  sua volatilidade para o consumidor final da energia. Lembrando que as rubricas pertencentes à Parcela A na Receita Fixa das Usinas de Angra 1 e 2 são objeto de verificações anuais pela ANEEL, ocasião em que são comparados os pagamentos realizados durante um exercício com aqueles definidos na Receita Fixa do mesmo exercício, sendo a diferença convertida em parcela de ajuste e considerada na Receita Fixa do exercício seguinte. O pagamento da parcela de ajuste, assim como os demais componentes da Receita Fixa, é  recebido em duodécimos mensais entre os meses de  fevereiro do exercício a que se refere a janeiro do exercício seguinte.  Outra e  recente alteração  regulatória  foi advinda do  resultado parcial do pedido de  reconsideração interposto pela ELETRONUCLEAR, em face da Resolução Homologatória nº 2.006, de 15 de dezembro de  2015,  que  estabeleceu  a  receita  de  venda  da  energia  elétrica  das  Centrais  de  Geração Nucleoelétricas Angra 1 e Angra 2 para o exercício de 2016.  O provimento parcial deste  recurso permitiu que,  em  caráter de  excepcionalidade, na definição da Receita  Fixa  de  2016,  à  atualização monetária  dos  valores  faturados  de  Combustível  Nuclear  nos exercícios de 2014 e 2015  fossem admitidas as aplicações dos  índices de  reajustes aplicáveis a cada contrato,  visto que  as  regras de  reajustes  contratuais, bem  como  a descrição das  faturas  emitidas, eram muito claras e permitiam facilmente identificar os índices a serem aplicados.  Em  sua  Nota  Técnica  nº  91/2016‐SGT/ANEEL,  o  regulador  informou  ainda  que  essas  regras  de atualização  por  evento  deveriam,  inclusive,  ser  utilizadas  pela  ANEEL  na  fiscalização  das  eventuais diferenças obtidas entre a cobertura tarifária e o valor pago no mesmo período. Acrescenta‐se  ainda  que  nestas  eventuais  diferenças,  a  serem  consideradas  no  processo  tarifário subsequente,  serão  aplicadas  a  correção  pela  taxa  SELIC  até  a  efetiva majoração  ou  desconto  na cobertura tarifária do ano seguinte.  Em 16.12.2016, a ANEEL aprovou por meio da Resolução Homologatória nº 2.193 a Receita Fixa das Usinas de Angra 1 e 2 para o exercício de 2017, definindo  seu  valor em R$ 3.087.988.768,76  (Três 

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bilhões, oitenta e sete milhões, novecentos e noventa e oito mil, setecentos e sessenta e oito reais e setenta e seis centavos), conforme detalhes no quadro a seguir, que é superior em R$ 55.713.068,76 (1,84%) quando comparada a receita estimada para o ano de 2017 no PNG 2017‐2021.  Embora  a  ELETRONUCLEAR  possuísse  pedidos  de  reconsiderações  interpostos,  quando  de  sua definição da tarifa do exercício de 2016 para as Usinas de Angra 1 e 2, pendentes de julgamento pela ANEEL, não  foram  considerados quaisquer êxitos nas projeções econômico‐financeiras no horizonte deste  Plano  de  Negócios  e  Gestão.  Posteriormente,  a  ANEEL  negou  provimento  aos  pleitos  da ELETRONUCLEAR, por meio do Despacho nº 2.399 de 08 de agosto de 2017.  Para o exercício de 2018, o estabelecimento da receita de venda da energia elétrica das usinas Angra 1 e Angra 2 a vigorar a partir de 1º de janeiro próximo, encontra‐se ainda em fase processual na ANEEL, (ver processo 48500.005661/2017‐73)                             

 

5.3. Análise Econômico‐Financeira   

5.3.1. Projeções dos demonstrativos financeiros   

5.3.1.1. Demonstração dos Resultados – DRE 

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                     5.3.1.2. Fluxo de Caixa 

Valores R$ Milhões

Demonstração do Resultado 2018 2019 2020 2021 2022

Receita Operacional    3.225 3.355 3.492 3.634 3.780

Geração 3.215 3.345 3.482 3.623 3.770

Demais Receitas 11 11 11 11 11

(‐)Deduções à Receita Operacional (383) (398) (415) (432) (449)

Receita Operacional Líquida 2.842 2.957 3.077 3.202 3.331

Despesa Operacional (2.276) (2.398) (2.476) (2.564) (2.645)

(‐)Custo de Construção 

(‐)PMSO (1.211) (1.219) (1.266) (1.315) (1.363)

Pessoal  (568) (549) (569) (590) (610)

Material  (71) (74) (77) (80) (83)

Serviço de Terceiros (396) (412) (429) (446) (463)

Outras despesas operacionais (177) (184) (191) (199) (207)

(‐)Custo com energia comprada

(‐)Encargos de Uso do Sistema de Transmissão (125) (130) (135) (141) (146)

(‐)Combustível + Subvenção (496) (517) (538) (559) (581)

(‐)Demais Despesas

(‐)Depreciação e Amortização  (444) (532) (537) (550) (555)

(‐)Provisões  0 0 0 0 0

Resultado do Serviço de energia elétrica 567 559 601 638 686

Resultado das Participações e Coligadas

Resultado Financeiro (94) (82) (74) (66) (58)

Outras Receitas/Despesas ( + Impairment) 0 0 0 0 0

Lucros / Prejuízos antes dos impostos e Participações 473 477 527 572 628

Impostos s/ Resultado  0 0 (5) (15) (27)

Resultado Líquido do Exercício 473 477 522 556 601

ELETRONUCLEAR

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   5.3.1.3. Balanço Patrimonial 

  

Valores R$ Milhões

Fluxo de Caixa 2018 2019 2020 2021 2022

(+) Receita Operacional 3.339 3.356 3.482 3.623 3.770

(‐) Tributos e Encargos Parafiscais (314) (325) (338) (352) (367)

(=) Receita Operacional Líquida 3.025 3.031 3.143 3.271 3.403

(+) Receita de Aplicação Financeira 5 5 5 5 5

(+) Outros Recursos 11 11 11 11 11

(‐) Despesas não Gerenciáveis (691) (809) (748) (778) (808)

(‐) PMSO (1.367) (1.378) (1.432) (1.487) (1.543)

(=) Fluxo de Caixa Operacional 983 859 979 1.021 1.068

(‐) Impostos sobre o Resultado (9) (9) (9) (10) (10)

(+) Serviço da Dívida (Líquido) (526) (337) (490) (641) (618)

(+)Renda/Retorno

(‐)Serviço da Dívida (Principal + Encargos) (526) (337) (490) (641) (618)

(‐) Pagamento de Dividendos  0 0 0 0 0

(=) Geração de Caixa 448 513 479 370 440

Saldo Inicial 127 30 65 65 65

(‐) Investimentos (551) (478) (479) (370) (440)

Corporativos (551) (478) (479) (370) (440)

Parcerias

(=) Superávit ou Déficit de Recursos 24 65 65 65 65

(+) Indenização ‐ Prorrogação das Concessões

(+) Recursos p/Investimentos e/ou Déficit Operacional 6 0 0 0 0

Eletrobras  6 0 0 0 0

Outras Fontes 0 0 0 0 0

(=) Saldo Final 30 65 65 65 65

ELETRONUCLEAR

Valores em R$ milhões

Balanço Patrimonial 2018 2019 2020 2021 2022

ATIVO 

CIRCULANTE

Caixas  e equivalentes  de caixa 30                    65                    65                    65                    65                   

Clientes 229                 218                 218                 218                 218                

Tributos  e contribuições  sociais 36                    45                    55                    64                    74                   

Estoque de combustível  nuclear 525                 687                 763                 841                 922                

Almoxarifado 110                 136                 163                 191                 220                

Outros 88                    88                    88                    88                    88                   

Total do Ativo Circulante 1.018              1.240              1.351              1.467              1.588             

NÃO CIRCULANTE 1.530              1.600              1.670              1.740              1.810             

Títulos  e valores  mobiliários 649                 719                 789                 859                 929                

Clientes ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Estoque de combustível  nuclear 781                 781                 781                 781                 781                

Depósitos  vinculados 98                    98                    98                    98                    98                   

Outros 1                      1                      1                      1                      1                     

Total do Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo 5.708              6.240              6.794              7.239              7.758             

Imobilizado 5.646              6.178              6.732              7.177              7.695             

Intangível 62                    62                    62                    62                    62                   

Total do Ativo Não Circulante 7.239              7.840              8.464              8.979              9.568             

TOTAL DO ATIVO 8.257              9.080              9.816              10.446            11.156           

Projetado

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5.3.2. Análise comparativa: situação atual x situação proposta  Atualmente  passando  por  uma  grave  situação  econômico‐financeira,  com  sua  evolução  sendo,  há longo  tempo, monitorada  e  reportada  à  sua  controladora  ELETROBRAS,  recentemente  alguns  fatos vieram a contribuir substancialmente para um severo agravamento da situação da ELETRONUCLEAR, inclusive  com  essa  preocupação  externada  pelo  Conselho  de  Administração  e  Conselho  Fiscal  da ELETRONUCLEAR ao Ministério de Minas e Energia – MME.  Como é de conhecimento público, o modelo financeiro para construção da UTN Angra 3, fortemente alavancado,  foi  estruturado  com  base  principalmente  em  duas  linhas  de  financiamento,  cujas contrapartidas de capital próprio seriam suportadas prioritariamente pela controladora ELETROBRAS: a primeira  junto  ao Banco Nacional de Desenvolvimento  Econômico  e  Social  ‐ BNDES, para bens  e serviços nacionais, e a  segunda à Caixa Econômica Federal – CEF, para bens e  serviços  importados, cujas liberações já importam nos montantes, respectivamente, de R$ 2,65 bilhões e R$ 2,92 bilhões. 

Valores em R$ milhões

Balanço Patrimonial 2018 2019 2020 2021 2022

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

PASSIVO

CIRCULANTE

Fornecedores  e prestadores de serviço 628                 494                 354                 208                 57                   

Financiamentos  e empréstimos 433                 449                 458                 459                 462                

Impostos  e contribuições  sociais 145                 219                 300                 395                 504                

Dividendos  a pagar ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Obrigações  estimadas ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Encargos  setoriais 21                    21                    21                    21                    21                   

Benefícios  pós‐emprego 3                      3                      3                      3                      3                     

Incentivo ao desligamento de pessoal ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Participação nos  lucros  ou resultados 21                    22                    23                    24                    25                   

Outros 15                    15                    15                    15                    15                   

Total do Passivo Circulante 1.267              1.222              1.174              1.125              1.087             

NÃO CIRCULANTE

Fornecedores    ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Financiamentos  e empréstimos 8.160              8.455              8.621              8.648              8.699             

Provisões para contingências 236                 236                 236                 236                 236                

Benefícios  pós‐emprego 86                    86                    86                    86                    86                   

Obrigação para desmobilização de ativos 1.561              1.657              1.753              1.849              1.945             

Adiantamento para futuro aumento de capital ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Incentivo ao desligamento de pessoal ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Tributos  e contribuições  sociais 14                    14                    14                    14                    14                   

Outros 826                 826                 826                 826                 826                

Total do Passivo Não‐Circulante 10.883            11.274            11.536            11.659            11.806           

Total do Passivo 12.150            12.496            12.710            12.784            12.892           

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital  social 6.607              6.607              6.607              6.607              6.607             

Reserva legal ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                 

Outros  resultados  abrangentes (160)                (160)                (160)                (160)                (160)               

Lucros(Prejuízos) acumulados (10.340)          (9.863)             (9.341)             (8.785)             (8.184)            

Total do Patrimônio Líquido (3.893)             (3.416)             (2.894)             (2.338)             (1.737)            

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 8.257              9.080              9.816              10.446            11.156           

Projetado

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 Entretanto,  desde  a  retomada  da  construção  de  angra  3,  em  meados  de  2010,  as  dificuldades financeiras  vivenciadas  pela  controladora  ELETROBRAS  impossibilitaram  que  esta  assumisse  as contrapartidas  de  capital  próprio  necessárias  à  complementação  dos  investimentos  do empreendimento.  Neste  contexto,  a  ELETRONUCLEAR  se  viu  obrigada  a  honrar  tais  contrapartidas,  que  no  caso  do financiamento  do BNDES  inicialmente  obedeciam  à  relação  (80/20).  Para  tanto,  a  ELETRONUCLEAR contava unicamente com recursos oriundos da comercialização da energia gerada por suas duas usinas ora em operação  (Angra 1 e Angra 2), o que  se configurou um pesado encargo,  já no  limite de  sua capacidade financeira.  Observa‐se que, ao final de 2009, por força da Lei 12.111, a responsabilidade pelas revisões tarifárias da ELETRONUCLEAR  foi  transferida do MME para a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. A partir de 1º de janeiro de 2013, o pagamento à ELETRONUCLEAR da receita decorrente da geração da energia de Angra 1 e Angra 2 passou a ser rateado entre todas as concessionárias, permissionárias ou autorizadas  de  serviço  público  de  distribuição  no  Sistema  Interligado  Nacional  –  SIN,  conforme regulamentação.  O primeiro cálculo efetuado pela ANEEL, com vigência para o ano de 2013, implicou em uma redução nominal da tarifa de cerca de 9%. Se considerarmos o IPCA de 2012, essa redução foi ainda maior, da ordem  de  14%.  Ao  mesmo  tempo,  reanalisando  o  equilíbrio  econômico‐financeiro  do empreendimento, o BNDES passou a requerer contrapartidas da ELETRONUCLEAR na relação 60/40.  Nessa  situação, a ELETRONUCLEAR passou a não  ter mais condições de honrar as contrapartidas de financiamento do BNDES e, portanto,  foram  interrompidos os  respectivos saques,  restando a última tranche sacada sem a devida prestação de contas, fato que perdura até o presente.  Ressalte‐se  que,  a  despeito  das  repercussões  das Operações  da  Polícia  Federal  e  Justiça  Brasileira “Lava Jato” e, mais especificamente, a “Operação Pripyat”, o fator preponderante para a paralisação da  construção  de  Angra  3  foi  a  incapacidade  de  a  ELETRONUCLEAR  arcar  com  as  aludidas contrapartidas do financiamento contraído junto ao BNDES, fato anterior a essas operações.  Apesar  de  o  empreendimento  Angra  3  estar  neste  momento  paralisado,  diversos  compromissos assumidos  antes  da  paralisação,  adicionadas  a  outros  necessários  à  preservação  das  estruturas  já edificadas  e  dos  equipamentos  e  materiais  já  adquiridos,  continuaram  a  ser  honrados,  a  níveis mínimos, pela ELETRONUCLEAR  junto a seus fornecedores, sempre com os recursos provenientes da comercialização da energia gerada por Angra 1 e angra 2. Este nível mínimo, entretanto, estava aquém das efetivas necessidades,  resultando em acúmulo de pagamentos em aberto  junto a  fornecedores não implicados na Operação “Lava Jato”, cujo valor, até o presente, monta em cerca de R$ 44 milhões.  Essa situação, que já era crítica, veio a ser agravada severamente pelo fato de o BNDES não renovar, a partir de outubro de 2017, o “waiver” até então concedido, cujo mecanismo consistia na suspensão de pagamentos  referentes  à  amortização  do  principal  e  de  70%  dos  juros  da  dívida,  resultando  em desembolsos de R$ 7 milhões mensais, desde julho de 2016, data prevista para início dos pagamentos conforme contrato de financiamento em vigor, baseado na operação comercial de Angra 3 em 1º de janeiro de 2016, previsto no cronograma original do empreendimento.  Nessa nova condição, os compromissos mensais da ELETRONUCLEAR para honrar os pagamentos ao BNDES  se  elevaram  abruptamente  para  cerca  de  R$  30  milhões  por  mês,  o  que  representa aproximadamente  12%  da  receita  bruta mensal  recebida  no  ano  de  2017  pela  geração  elétrica  de Angra 1 e Angra 2.  

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Agravando  ainda  mais  este  cenário,  que  por  si  só  compromete  a  continuidade  operacional  da ELETRONUCLEAR,  o  Projeto  de  Lei  Orçamentária  Anual  (PLOA),  ora  em  tramitação  no  congresso Nacional, reduz drasticamente o orçamento para o exercício 2018 da Indústrias nucleares do Brasil S.A –  INB, empresa estatal vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia,  Inovações e Comunicações – MCTIC,  fazendo  com  que  o  limite  de  dispêndios  dessa  empresa,  dependente  do  Tesouro Nacional, fique muito aquém do mínimo necessário para a execução das etapas de produção do  combustível nuclear de Angra 1 e Angra 2 previstos para o próximo exercício.  Note‐se que o ciclo de produção das recargas anuais de combustível para as usinas nucleares tem uma duração média de 2 (dois) anos. A próxima recarga de Angra 2 ocorrerá em fevereiro de 2018 e já se encontra  prontificada.  Para  a  próxima  recarga  de  angra  1,  que  ocorrerá  em  outubro  de  2018,  o orçamento da INB, segundo a mencionada PLOA, permitiria a execução das etapas a serem realizadas no  ano.  Porém,  este  orçamento  reduzido  da  INB  em  2018  não  permitirá  a  execução  das  etapas previstas para as recargas das usinas de 2019, a ocorrerem em abril (Angra 2) e outubro (Angra 1). Tal situação evidentemente será agravada, caso a ELETRONUCLEAR se veja forçada a atrasar pagamentos à INB, para fazer face aos compromissos junto ao BNDES.  Logo,  se  tal  cenário  não  for  revertido  pela  continuidade  da  concessão  de  “waiver”  pelo  BNDES  e revisão do  limite de dispêndios da  INB para 2018, as usinas nucleares brasileiras  terão  sua geração elétrica interrompida em 2019, com consequências severas para o Sistema Interligado Nacional – SIN.  Um terceiro fator que poderá piorar em muito o gravíssimo quadro atual que já é, por si só, desastroso para a continuidade operacional de Angra 1 e Angra 2 e, por consequência, antecipar seus  impactos sobre  o  SIN,  é  o  risco  de,  mantendo‐se  as  condições  atuais,  a  Caixa  Econômica  Federal  –  CEF, analogamente ao BNDES, também exigir,  já a partir de  julho de 2018, o pagamento mensal de R$ 25 milhões,  referentes  aos  juros  e  amortização  do  principal  relativo  ao  empréstimo  contraído  junto àquele agente financeiro para financiamento da aquisição de bens e serviços estrangeiros relacionados ao  empreendimento Angra  3.  Para  contornar  esse  grave  problema  adicional,  a  ELETRONUCLEAR  já solicitou, em correspondência à CEF, um aditamento ao contrato de financiamento, alterando a data de  início dos pagamentos para 60  (sessenta) meses após o primeiro  saque efetuado nesta  linha de financiamento,  pois  o  contrato  atual  prevê  como  carência  que  os  60  (sessenta) meses  têm  como referência a data da assinatura do contrato, sendo que o saque da primeira tranche somente ocorreu 2 (dois) anos após esta data.  Cabe ressaltar que os problemas enfrentados pela ELETRONUCLEAR se devem única e exclusivamente aos passivos decorrentes de Angra 3, e que as projeções econômico‐financeiras que são demonstradas neste  plano  estratégico  de  5  (cinco)  anos,  demonstram  uma  boa  saúde  financeira  se  limitada  as operações  das  usinas  de  Angra  1  e  Angra  2,  e  que  não  apresentariam  nenhuma  ameaça  a  sua continuidade operacional.  Ainda em  relação à grave  situação  financeira ora vivenciada pela ELETRONUCLEAR,  cabe destacar o Artigo 11 do Decreto Nº 2.648, de 1º de julho de 1998, que promulga o “Protocolo da Convenção de Segurança  Nuclear”  da  Agencia  Internacional  de  Energia  Atômica  –  AIEA  (assinado  em  Viena  pelo Brasil, em 20 de setembro de 1994), o qual consiste em  importante compromisso  internacional, por parte das nações  signatárias,  referente à  segurança operacional de quaisquer  instalações nucleares, conforme se segue:   

“Art. 11‐1 Cada    Parte  Contratante  tomará  as  medidas  apropriadas  para  assegurar  que  recursos financeiros adequados estejam disponíveis para apoiar a segurança de cada  instalação nuclear ao longo de sua vida (grifo nosso).  

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“Art. 11‐2 Cada   Parte Contratantetomará as medidas apropriadas para assegurar que número suficiente de  pessoal  qualificado  com  educação,  treinamento  e  re‐treinamento  apropriados  esteja disponível para  todas as atividades com segurança em, ou para, cada  instalação, ao  longo de sua vida.”  

 Os  processos  de mudanças  estruturais  em  curso  na  controladora  ELETROBRAS  poderão  vir  a  ser afetados por questões específicas da ELETRONUCLEAR e as soluções para o gravíssimo cenário atual da empresa  dependem  de  ações  em  nível  de Governo  Federal,  em  consonância  com  todos  os  órgãos federais envolvidos na questão, no sentido de propor os meios de equacionar os prementes problemas financeiros da ELETRONUCLEAR, bem como  tomar as medidas efetivas para  tal,  isto é,  retomada do “waiver”  do  BNDES,  revisão  do  orçamento  da  INB  na  PLOA  2018  e  aditamento  ao  contrato  de financiamento da CEF.  Importante enfatizar que  tais medidas  são de  fundamental  importância, no  âmbito do processo de apreciação  pelo  Conselho  Nacional  de  Política  Energética  –  CNPE,  no  tocante  à  continuidade  de construção da usina Angra 3.                                 

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5.3.3. Painel de indicadores econômico‐financeiros para o PNG 2018‐2022 ETN     

  

       

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  Três  são  as  premissas  fundamentais  adotadas  pelo  PNG  2018‐2022  para  que  suas  projeções, especialmente de caixa tenham sustentabilidade, as quais são listadas a seguir:   

1. Não  haverá  pagamentos  de  principal  e  serviço  da  dívida  relativos  ao  contrato  de financiamento de bens e serviços  importados para Angra 3,  firmado com a Caixa Econômica Federal (CEF).  

O contrato atual prevê  início dos pagamentos em  julho de 2018, ou seja, cinco anos após sua assinatura. A Eletronuclear encaminhou em novembro de 2016 carta à CEF solicitando  que  o  contrato  fosse  aditivado  de  forma  que  o  início  dos  pagamentos passasse  a  ser  definido  como  após  cinco  anos  do  saque  da  1ª  tranche  do financiamento, o que efetivamente ocorreu somente 2 anos depois de sua assinatura. Em resposta à nossa carta, a CEF solicitou uma carta de anuência da Eletrobrás a essa solicitação como condição para dar andamento ao processo de aditamento. 

 2. As dívidas da ELETRONUCLEAR  junto à ELETROBRAS serão restruturadas a partir de fevereiro 

de 2018, dado que o “waiver” em vigor se encerra em janeiro, de forma a liberar recursos da ordem de R$ 150 milhões para  fazer  frente aos compromissos da ELETRONUCLEAR  junto ao BNDES até abril de 2018.  

Esse  processo  depende  da  aprovação  da  Diretoria  Executiva  da  ELETROBRAS  e posterior aprovação pelo Conselho de Administração  ‐ CA da Eletrobrás, aprovações estas que deveriam ocorrer ao  longo do próximo mês de  fevereiro. Se houver algum percalço nesse processo de aprovação, essa premissa não se concretizaria. Preocupa sobremaneira o CA a possibilidade de ocorrer um tal percalço, face ao prazo  limitado disponível. 

 3. A Eletronuclear teria recursos para honrar seus compromissos de pagamento da dívida com o 

BNDES somente até abril de 2018.  

Essa premissa depende da concretização da premissa anterior (restruturação da dívida com  a  ELETROBRAS)  e  também  de  uma  renegociação  da  dívida  junto  ao  BNDES  de forma  a  que  não  houvessem  pagamentos  a  partir  de  maio  de  2018.  A  maior preocupação do CA da Eletronuclear  reside no  fato das negociações  junto ao BNDES não  terem  evoluído  positivamente,  especialmente  devido  a  que  aquelas  condições estabelecidas pelo Banco para tal renegociação, associadas a uma Resolução do CNPE pela retomada do empreendimento, não terem se concretizado até o momento e nem aparentemente  estarem  sendo  efetivamente  encaminhadas  para  concretização. Mesmo  que  o  CNPE  adote  tal  Resolução  em  sua  próxima  reunião,  em  fevereiro,  a renegociação dessa dívida  se  reveste de várias complexidades, o que  torna bastante limitado o tempo disponível para que ela efetivamente ocorra, ou seja, até 15 de maio de 2018. 

    

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6. Análise de Riscos   Relacionamos nessa seção os principais fatores de risco que podem impactar o ambiente de negócios das empresas Eletrobras e o conjunto de diretrizes e premissas delineadas para o PDNG 2018/2022. 

 Quando  o  plano  for  desdobrado  em  iniciativas,  as mesmas  deverão  considerar  o  endereçamento desses fatores de risco na elaboração dos projetos, devendo constar dos mesmos, planos de ação para sua mitigação elencando medidas, responsáveis e prazos.  

6.1. Alterações no marco regulatório: 

A Resolução Normativa nº 530, de 21 de dezembro de 2012 estabelece a metodologia e  condições para a comercialização da energia proveniente das Usinas Angra 1 e 2, em observância ao disposto na Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de 2009. Exposição a mudanças inesperadas e/ou não cumprimento desta resolução, traz risco à Eletronuclear. 

6.2. Revisão tarifária das Centrais de Geração Angra 1 e 2: 

De  acordo  com  as  regras  vigentes  para  a  revisão  tarifária  das  Centrais  de  Geração  Angra  1  e  2, 

poderemos  não  receber  o  valor  total  para  nos  compensar  pelos  custos  incorridos  com  relação  à 

operação e manutenção dessas Centrais de Geração e quaisquer despesas relacionadas a esses ativos. 

O modelo  regulatório adotado para  cálculo da  receita de venda da energia elétrica das Centrais de 

Geração Nucleoelétricas  Angra  1  e  2  é  baseado  no modelo  de  preço/receita. De  acordo  com  este 

modelo,  a ANEEL determina  a  receita  a  ser  recebida pela  Eletronuclear, que deve  cobrir quaisquer 

custos de  capital, operação e manutenção  considerados eficientes. Os mecanismos de alteração da 

receita de venda da energia elétrica das Centrais de Geração Angra 1 e 2 são a revisão tarifária, que 

ocorre a cada três anos, e o reajuste tarifário anual, que é um ajuste monetário da Parcela B (custos 

gerenciáveis), acrescido dos valores estimados dos custos não gerenciáveis para o próximo exercício. 

No momento da  revisão  tarifária, a ANEEL objetiva  recalcular os  custos de operação e manutenção 

eficientes  do  sistema  administrado,  considerando  uma  empresa  espelho  similar.  No  caso  de  a 

Eletronuclear  apresentar  altos  custos  operacionais,  se  comparada  a  empresa  espelho,  só  receberá 

compensação parcial. 

Caso  a  Eletronuclear  não  apresente  desempenho  adequado  em  suas  atividades,  estará  exposta  à 

possibilidade de não ser devidamente compensada pelos custos e despesas dos investimentos em seus 

ativos.  Caso  isso  ocorra,  o  risco  de  não  ter  seus  ativos  devidamente  remunerados  pela  ANEEL 

permanecerá  e  poderá  afetar  adversamente  sua  condição  financeira  e  os  resultados  de  suas 

operações. 

6.3. Previdência Complementar 

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Este  risco,  que  é  basicamente  composto  pelos  riscos  de  mercado,  de  crédito,  de  liquidez  e operacional,  é  inerente  aos  Planos  de  Benefício  Definido  (FRG  e  NUCLEOS)  nos  quais  a ELETRONUCLEAR é Patrocinadora. Caso estes Planos venham a apresentar déficits, as Patrocinadoras dos mesmos terão que aportar recursos juntamente com os Participantes. 

A  gestão  do  risco  de  descasamento  entre  ativos  e  passivos  visa  garantir  o  pagamento  de aposentadorias ao menor custo e maior segurança possíveis. Porém, como os ativos mais seguros são também os que apresentam menores retornos, devem ser assumidos riscos para que se aumentem as possibilidades de maiores retornos. Além disso, persegue‐se estabilidade e confiança, ou seja, nos planos com benefícios definidos (BD) pretende‐se que as contribuições feitas por participantes e/ou empresas sejam estáveis e, analogamente, nos planos com contribuições definidas (CD) os benefícios devem ser estáveis. 

Para  fazer  frente  a  estes  riscos,  a  Eletronuclear  adotou  uma  série  de medidas mitigatórias  que relacionamos  a  seguir,  visando  dar  efetividade  ao  comando  estipulado  nos  artigos  da  Lei Complementar  no  108/2001,  ou  seja,  acompanhar  as  suas  Entidades  de  Previdência  Privada, Fundação Real Grandeza e NUCLEOS: 

A  ELETRONUCLEAR  recebe  anualmente  das  Entidades  por  ela  patrocinadas  (Fundação  Real Grandeza ‐ FRG e Instituto NUCLEOS) os seus respectivos Demonstrativos Atuariais e Relatórios Anuais; 

Faz  parte  do  Plano  de  Auditoria  Interna  da  ELETRONUCLEAR  a  realização  de  auditorias  nas referidas Entidades de 02 em 02 anos;  

Anualmente,  uma  Consultoria  Atuarial  Especializada  (atualmente  a  GAMA‐Consultores Associados), contratada pela ELETROBRÁS HOLDING, elabora, para todas as empresas do Grupo ELETROBRÁS,  Laudos Atuariais de  suas Entidades Patrocinadas,  cujos  resultados  são  refletidos nos Balanços Contábeis das Patrocinadoras; 

A Diretoria Executiva da ELETRONUCLEAR  indica representantes para os Conselhos Deliberativo e Fiscal das referidas Entidades Previdência; 

A Diretoria Executiva da ELETRONUCLEAR criou em 05.05.2006 a Comissão de Apoio/Suporte aos Conselheiros das Entidades Patrocinadas – CASCEP a qual compete: 

 1. Proporcionar  apoio  e  suporte  técnico  aos  representantes  da  empresa  nas  Entidades 

Patrocinadoras  para  que  os  mesmos  possam  atuar  em  harmonia  com  as  diretrizes  da ELETRONUCLEAR; 

2. Analisar  os  assuntos  que  forem  submetidos  pelos  Conselheiros  das  Entidades  Patrocinadas, desde que devidamente instruídos e fundamentados; 

3. Encaminhar ao Diretor‐Presidente parecer sobre os atos de gestão das Entidades Patrocinadas que possam afetar a situação sócio‐econômica‐financeira da ELETRONUCLEAR; 

4. Subsidiar  a Diretoria  Executiva na  tomada de decisão  concernente  a disposições  estatutárias que necessitam a aprovação prévia da ELETRONUCLEAR, bem  como apresentar  sugestões de aprimoramento dos Estatutos Social das Entidades; 

5.  Analisar  e  opinar  sobre  eventuais  dúvidas  a  respeito  da  interpretação  das  normas, procedimentos  e  dispositivos  estatutários  das  Entidades  Patrocinadas,  que  afetem  a ELETRONUCLEAR; 

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A ELETRONUCLEAR, de forma a aprimorar o seu controle sobre as referidas Entidades, solicitou em abril  de  2015,  que  semestralmente  sejam  encaminhadas,  para  consistência,  as  bases  de  dados contendo  os  dados  cadastrais  e  financeiros  dos  participantes  e  assistidos  (aposentados  e pensionistas).  

Em  adição  a  todas  as  outras  formas  regulamentares  de  acompanhamento  hoje  existentes,  a ELETRONUCLEAR  solicitou  em  abril  de  2015,  que  semestralmente  sejam  apresentadas  à  sua Diretoria Executiva e aos seus Conselhos de Administração e Fiscal as situações das Entidades, com ênfase nos Planos Previdenciários por ela patrocinados. 

6.4. Inadimplência 

O faturamento da Eletronuclear, relativo à Receita de Venda da energia das Usinas Angra 1 e 2 será suportado por  todas as Distribuidoras do Sistema  Interligado Nacional  (SIN), na proporção de cotas‐parte,  que  representam  o  percentual  da  energia  proveniente  das  Usinas,  a  ser  alocado  a  cada Distribuidora, calculado pela razão entre o seu mercado faturado dos consumidores cativos e a soma dos mercados faturados dos consumidores cativos de todas as Distribuidoras do SIN. Eventuais inadimplências por parte das Distribuidoras serão suportadas pela Eletronuclear. 

6.5. Empreendimento UTN Angra 3 

Este  risco  está  contemplado  no  portfólio  Angra  3  do  trabalho  de  Avaliação  e  Classificação  dos Programas e seus Entregáveis contidos neste Plano de Negócios e Gestão, (ver item 5.1.3 Avaliação de Riscos dos Programas e seus Entregáveis) e mencionado abaixo no Cenário Macroeconômico. 

6.6. Provisões para litígios e processos administrativos 

Consideramos como valores acima dos limites aceitáveis aqueles que superam um por cento do capital social da Companhia  (R$ 6.607.257.672,55 – Estatuto Social vigente), ou  seja, aproximadamente R$ 67.000.000,00 (sessenta e sete milhões de reais).    Nessa  perspectiva,  considerando  o  cenário  temporal  de  2018  a  2022,  há  demandas  judiciais  que podem gerar o risco de pagamento  (provável/possível), tendo em vista a possibilidade de alterações ou  confirmações  pelos  tribunais  superiores  de  decisões  judiciais  atualmente  em  vigor  quanto  aos seguintes  processos  acompanhados  pela  SJ.P.  Nesse  esteio  há  quatro  demandas  judicias  que  no período acima podem montar o dispêndio de centenas de milhões de reais. Vejamos:     1 ‐ Reclamatória Trabalhista n. 0064500‐25.1989.5.1.0029 Partes: Sindicato do Engenheiros do Estado do RJ – SENGE  Objeto/Risco:  URP/1989  –  Controvérsia:  Pagamento  do  índice  da  URP/1989  referente  ao mês  de fevereiro  de  1989  ou  aplicar  o  índice  mês  a  mês  até  sua  incorporação  na  remuneração  dos substituídos.  Possibilidade  de  garantir  o  valor  de  R$  356.670.661,31  (montante  arbitrado  até  2009 /atualizado até 2014) calculado pelo perito do Juízo, o qual poderá ser majorado em decorrência de juros/correção monetária e da inclusão de outros substituídos não citados na petição inicial, caso seja homologado o cálculo por decisão judicial.    Ressalte‐se que a Advocacia Geral da União – AGU ingressou nos autos. A AGU tem tese jurídica que se alinha  à  defesa  da  Eletrobras  Eletronuclear,  ao  explicitar  que:  [1]  a  decisão  em  fase  de liquidação/execução  que  estabelece  direito  à  incorporação  da  URP/1989  na  remuneração  dos substituídos  ofende  a  decisão  já  transitada  em  julgado;  [2]  o  valor  exigido  com  base  na  decisão 

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transitada em julgado, ou seja, o pagamento da URP relativa apenas ao mês de fevereiro de 1989,  já foi  adimplido,  por  conta  da  existência  de  Acordo  Coletivo  pactuado  em  1989,  entre  as  partes  da presente  ação  judicial,  cujo  conteúdo  trata  especificadamente  da  quitação  da  URP/1989. Recentemente a defesa da Companhia teve alteração de patrono, por conta da renúncia do advogado anterior. De toda forma, a Eletrobras Eletronuclear reiterou pleito para que o perito do Juízo análise a existência  do  pagamento  do  valor  da URP/1989  com  base  no  pactuado  no  Acordo  Coletivo  acima citado, apreciação que está em andamento. O montante contido no  laudo do perito do Juízo não se encontra provisionado, posto que ainda não foi homologado por decisão judicial.   2 ‐ Mandado de Segurança n. 0150594‐62.2016.8.19.0001 Partes:  ABRAGET  (Autora  –  Representante  da  Eletrobras  Eletronuclear)  /  Estado  do  Rio  de  Janeiro (Réu).  Objeto/Risco: Taxa Ambiental ‐  pagamento do tributo estadual desde o terceiro trimestre de 2016 até os dias atuais. A base de cálculo  instituída em 2015 pela Lei Estadual n. 7.184/2015, compreende o montante de R$ 5,50 por MegaWatt‐hora gerado, o que pode tangenciar milhões de reais ao mês em relação  à  produção  de  energia  oriunda  de  Angra  1  e  2.  Há  liminar  e  sentença  de  primeiro  grau favorável  ao  não  pagamento  do  tributo,  essa  passível  de  recurso.  A  questão  também  está  em julgamento  no  STF,  por  conta  do  ajuizamento  da  ADIN  n.  5489,  pela  Confederação  Nacional  da Indústria,  cujo  objeto  é  a  declaração  de  inconstitucionalidade  da  lei  acima  citada.  O  valor  não  se encontra provisionado, já que a demanda está inserida no risco possível.   3 ‐ Execução Fiscal n. 0003767‐29.2009.8.19.0001,  Partes: Eletronuclear (Ré) ‐ Estado do Rio de Janeiro (Autor) Objeto/Risco: Pagar  ICMS no valor aproximado de R$ 100.000.000,00  (cem milhões). O  Juízo  já está garantido  por  um  seguro.   No momento  o  perito  do  Juízo  está  analisando  a  documentação  para confirmar a  tese de defesa da Companhia. O valor não se encontra provisionado,  já que a demanda está inserida na expectativa de risco possível.   4 – Ação n. 0508930‐19.2016.4.02.5101 Partes: Consórcio Angramon (Autor) – Eletronuclear (Ré) Objeto/Risco: Rescisão contratual. Sentença de 1º Grau desfavorável a Companhia. Pagar os valores exigidos e honorários advocatícios arbitrados com base no valor da causa de R$ 3.122.008.078,28 (três bilhões, cento e vinte e dois milhões, oito milhões, setenta e oito reais e vinte e oito centavos), o que pode ocasionar o pagamento de aproximadamente R$ 30.000.000,00  (trinta milhões) de honorários advocatícios,  bem  como  cerca  de  R$  70.000.000,00  (setenta milhões)  decorrentes  dos  efeitos  da declaração  de  rescisão  do  contrato  por  inadimplemento  da  Eletrobras  Eletronuclear.  A  decisão  é passível de recurso”  

6.7. Restrições de liquidez de curto prazo  Não podemos dizer que não existe risco de liquidez de curto prazo, haja visto o índice de liquidez que apresenta as últimas demonstrações  financeiras da Empresa.   Por ouro  lado, o  termo Recursos mal administrados, não cabe na realidade da ETN.  Temos  duas  unidades  operacionais  de  padrão  e  performance  elevadas,  de  reconhecimento internacional,  produção  acima  do  requerido.  A  receita  correspondente  a  essas  usinas  vem  sendo mantida  compatível  com  seus  custos,  com  remuneração  do  capital  investido,  suficiente  para reinvestimentos necessários, tudo isso faz dessas unidades empreendimentos de retorno assegurado e superavitários. 

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Em um  segundo plano a Empresa é  convocada, não  convidada, a  realizar missão estratégica para o cenário nacional, sem que lhes sejam assegurados todos os recursos  políticos e econômico‐financeiros  necessários à execução das responsabilidades vinculadas.  Esse é o caso do Empreendimento Angra 3. Essa  unidade  pré‐operacional  tem  provocado  profundos  transtornos  no  ambiente  financeiro  das demais unidades operacionais da Empresa. Seja nas necessidades de  recursos para situações menos dispendiosas, chegando ao  limite de extrair recursos das unidades operacionais vitoriosas para pagar encargos  financeiros  a  parceiro  direto  do  empreendimento  e,  eliminando  a  coparticipação  no comprometimento com os imprevistos que num projeto dessa envergadura são claros.  Portanto é evidente que toda essa situação, caracteriza uma possibilidade de risco de liquidez. Agora, foi exatamente a grande capacidade de administração financeira implementada pela nova Diretoria de Administração  e  Finanças,  com  a  cooperação  das  demais,  que  não  deixou  que  viessem  a  ocorrer estragos maiores. O risco não está na administração dos recursos, o risco está na necessidade de ações externas a nível superior que possam eliminar os transtornos que vem sendo causados pelo empreendimento Angra 3. 

6.8. Cenário Macroeconômico 

As ações internas para sanear as dificuldades impostas pelo Projeto Angra 3 tem sido implementadas. 

A ELETRONUCLEAR  juntamente com a ELETROBRAS, buscam soluções que possam dar ao projeto as condições  de  viabilidade  técnica  e  econômica  necessárias.  Entre  os  pontos  em  discussão,  estão  a reformulação dos financiamentos originais, a obtenção de adicional de financiamento para os custos não cobertos, a viabilização de capitais adicionais, a reorganização do cronograma e correspondente orçamento. Tudo  isso está  intrinsecamente  ligado à necessidade de uma revisão da tarifa contratual, sem a qual, tornar‐se difícil dar prosseguimento ao empreendimento. 

Está sendo elaborado um diagnóstico do empreendimento, tanto para avaliação econômico‐financeira para  a  sua  continuidade,  assim  como  para  identificar  as  estimativas  de  uma  paralização  definitiva. Estão  envolvidos  com  o  projeto  o  Ministério  de  Minas  e  Energia,  o  Banco  Nacional  do Desenvolvimento Econômico e Social e outros órgãos, no sentido de concluir pelo modelo ideal para a retomada das obras e conclusão da usina. 

Diversas correspondências dirigidas ao Ministério de Minas e Energia MME e a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, explicam a situação técnica e financeira por que passa o Projeto Angra 3.   

A ELETRONUCLEAR contratou recentemente a Empresa Alvarez & Marsal do Brasil LTDA para estudar e definir o modelo ideal de negócio, que possa trazer a participação de investimento de terceiros como integrantes do empreendimento. Essa possibilidade está sendo considerada muito elevada, já tendo a Empresa  realizado conversações e entendimentos com diversos  interessados, como a China, Coreia, Rússia e França. 

Tudo  na melhor  intenção  de  que  as  demais  autoridades  envolvidas  no  processo  possam  se  unir efetivamente à ETN, para que as soluções venham a ser  implementadas. Sem  isso, torna‐se cada vez mais difícil  se  conseguir equilibrar duas unidades operacionais de desempenho elevado  suportando mais uma com dificuldades para prosseguir caminho solo. 

6.9. Não atingimento dos objetivos de diversos projetos do PDNG 2017‐2021: CSC; ProERP, Desinvestimentos, Programas de desligamento voluntário, etc. 

 Esses programas integrantes do PDNG 2017 2021, não foram ali incluídos de forma inadequada, são intenções reais e todo esforço será desenvolvido para que os objetivos sejam atingidos. 

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Evidentemente pressupõe‐se que ações internas e externas programadas surtirão efeitos positivos, que possibilitarão o equacionamento dos problemas da Empresa de modo que não atrapalhem seu planejamento futuro.