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PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 PARÁ 2013 RELATO DA 8ª OFICINA ROYALTIES MINERAIS E O DESENVOLVIMENTO REGIONALMARÇO/2013

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PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030

PARÁ 2013

RELATO DA 8ª OFICINA

“ROYALTIES MINERAIS E O DESENVOLVIMENTO REGIONAL”

MARÇO/2013

2

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................... 03

1. COMENTÁRIOS INICIAIS............................................................................ 04

2. OBJETIVO PRINCIPAL................................................................................ 06

3. METODOLODIA............................................................................................ 06

4. PALESTRAS DE CONTEXTUALIZAÇÃO.................................................... 07

4.1. “A NOVA LEGISLAÇÃO DOS ROYALTIES MINERAIS E SUAS

IMPLICAÇÕES” (SEICOM)................................................................................

07

4.2. “POLÍTICA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA CFEM (DNPM/PA).... 08

4.3. “A FUNÇÃO SOCIAL DOS ROYALTIES MINERAIS” (PREFEITURA DE

PARAUAPEBAS)...............................................................................................

09

4.4.“OS ROYALTIES NA PERSPECTIVA DAS EMPRESAS” (IBRAM)............ 11

4.5. “ESTRATÉGIAS DE GONVERNANÇA DE MUNICÍPIOS

MINERADORES” (IDTM/AMIB).........................................................................

12

5. LIVRE MANIFESTAÇÃO DOS PARTICIPANTES........................................ 14

6. RELATORIA DAS DISCUSSÕES DOS GRUPOS DE TRABALHOS......... 18

6.1. GRUPO DE TRABALHO – TEMA 1............................................................ 18

A) Relato dos Debates....................................................................................... 18

B) Quadro - Plano de Ação................................................................................ 21

C) Lista de participantes Tema 1....................................................................... 21

D) Imagens do Grupo de Trabalho.................................................................... 22

6.2. GRUPO DE TRABALHO – TEMA 2............................................................ 22

A) Relato dos Debates....................................................................................... 22

B) Quadro – Plano de Ação............................................................................... 26

C) Lista de Participantes Tema 2....................................................................... 28

D) Imagens do Grupo de Trabalho.................................................................... 29

7. RODADA FINAL DE CONTRIBUIÇÕES …………………………………….. 29

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 31

9. ENCAMINHAMENTOS.................................................................................. 31

ANEXOS............................................................................................................ 32

3

INTRODUÇÃO

O Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de

Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM), iniciou a elaboração do Plano de

Mineração do Estado do Pará – 2013/2030 em fevereiro do ano de 2012, desafio

pioneiro a ser desenvolvido seguindo as linhas de ação do Plano Nacional de

Mineração – 2030, do Ministério de Minas e Energia (MME). Nesse sentido, a

elaboração do Plano é um passo estratégico para o fortalecimento da governança

pública sobre os recursos minerais e para a consolidação de políticas que visem o

desenvolvimento do setor mineral em todo o Estado do Pará.

Assim, este documento relata a 8ª oficina do Plano com a temática

“Royalties Minerais e o Desenvolvimento Regional”, realizada pela SEICOM

em parceria com a Prefeitura de Parauapebas e o Ministério de Minas e Energias

(MME), em 20 de março de 2013, no Auditório da Prefeitura Municipal de

Parauapebas, com a participação de 157 representantes de 50 entidades

públicas e privadas relacionadas ao tema. Dentre elas, 24 órgãos públicos

(municipal, estadual e federal), 16 instituições da iniciativa privada, 03 instituições

representando as academias de ensino e 07 instituições da sociedade civil.

A equipe coordenadora do Plano de Mineração do Pará agradece a

participação das instituições que contribuíram com a construção coletiva das ações

de curto e longo prazo, bem como para as valorosas contribuições nos debates que

serão utilizados na formulação do Plano.

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1. COMENTÁRIOS INICIAIS

O secretário Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à

Produção (SEDIP), Sidney Rosa, abriu os trabalhos da 8ª Oficina do Plano de

Mineração, falando sobre o quanto é importante que a população paraense tenha

conhecimento da atividade mineradora, visto a sua importância para a economia do

Estado. “Não importa o quão grande essa atividade é, nós devemos conhecê-la em

seus detalhes”, afirmou. Em seguida, a secretária-adjunta da SEICOM, Maria

Amélia Enriquez, doutora em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de

Brasília (UnB), explanou sobre as modificações da nova legislação mineraria que

tem sido discutida entre os Estados e o Governo Federal.

Para Enriquez, a correção de algumas distorções na legislação, como a

cobrança de royalties em cima do faturamento bruto, pode aumentar em muito os

ganhos dos municípios mineradores e diminuir os prejuízos decorrentes da Lei

Kandir, que desonera as exportações de produtos não industrializados (semi-

elaborados), ajudando assim a impulsionar o desenvolvimento regional. Mostrou

como exemplo ilustrativo, o caso de Parauapebas que arrecadou em cota-parte de

ICMS mais que Belém, tendo 10 vezes menos população. "A grande questão é:

como esses recursos podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida da

população e diversificar a economia?", indagou.

O prefeito Valmir Mariano agradeceu a escolha do município de

Parauapebas para sediar a 8ª oficina do Plano de Mineração, assumindo

compromisso de trabalhar em parceria com o governo estadual e os municípios

vizinhos na resolução dos graves problemas sociais e econômicos trazidos pela

mineração, ressaltando a convocação e a participação de todos os secretários de

Parauapebas no encontro.

O secretário de Desenvolvimento Heleno Costa ressaltou que a nova gestão

municipal tem um grande desafio para o desenvolvimento regional e esta oficina

agregará valor aos projetos da Prefeitura Municipal. A secretária Municipal de

Energia, Mineração e Ciência Tecnológica, Cláudia Maria Ferreira de Araújo,

saudou a todos os presentes com desejo de que os trabalhos planejados para a

construção do Plano de Mineração do Estado alcancem os objetivos.

O gerente da Vale, Sr. Gustavo Rios agradeceu o convite para participar da

8ª oficina do Plano de Mineração do Estado do Pará e considerou o tema da oficina

5

como importante para nivelamento sobre os royalties minerais para o

desenvolvimento regional. Para falar sobre o assunto, o Governo do Estado levou a

Parauapebas o ex-prefeito do município de Congonhas (MG), Anderson Cabido,

referência no Brasil sobre como a gestão municipal pode contribuir para um melhor

aproveitamento dos recursos minerais, incluindo os consórcios municipais. Hoje ele

é presidente do Instituto de Desenvolvimento de Territórios Mineradores (IDTM),

braço social da Associação dos Municípios Mineradores do Brasil (AMIB).

Foto 01: Abertura da 8ª oficina do Plano de Mineração do Pará

Fonte: ASCOM/SEDIP

Foto 02: Abertura da 8ª oficina do Plano de Mineração do Pará

Fonte: ASCOM/SEDIP

6

2. OBJETIVO PRINCIPAL

O objetivo principal da oitava oficina do Plano de Mineração do Estado do

Pará foi identificar elementos necessários para a resolução dos problemas

inerentes à forma de arrecadação dos royalties da mineração e como isto pode

ajudar no desenvolvimento regional.

3. METODOLODIA

Para abertura oficial do evento, a secretária-adjunta da SEICOM, Maria

Amélia Enríquez, fez algumas considerações iniciais na certeza de que as

discussões possam servir como um instrumento de aprendizagem coletiva e de

lançamento de luz sobre os direcionamentos de políticas que contemplem a melhor

aplicação dos recursos oriundos dos royalties da mineração. Após a composição

da mesa de abertura, iniciou-se as palestras de contextualização, com vistas a

apresentar um panorama amplo sobre a realidade do tema, nos âmbitos municipal,

estadual e federal. As palestras foram sequenciadas, reservando-se um tempo aos

debates em forma de mesa-redonda no final da manhã.

A metodologia de desenvolvimento da oficina, no período da tarde, baseou-

se na formação de dois grupos distintos de trabalho, com mediador e relator em

cada grupo para abordagem dos seguintes subtemas: Tema 1: “O Papel dos

royalties minerais como instrumento de desenvolvimento local” e Tema 2:

“Estratégias e ações para administração pública dos royalties da mineração”.

Período Atividade

Manhã a) Abertura do evento;

b) Palestras de contextualização;

c) Livre manifestação dos participantes;

Tarde d) Grupos de trabalho para elaboração de planos de ação;

e) Aprovação de consolidação das propostas.

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4. PALESTRAS DE CONTEXTUALIZAÇÃO

A secretária-adjunta de Estado de Indústria, Comércio e Mineração, Maria

Amélia Enriquez, iniciou sua palestra comparando o modelo de distribuição de

royalties do Brasil com modelos de outros países com tradição mineradora.

Apresentou números que corroboram sua tese de que o Brasil é o país que menos

arrecada com a mineração. Para ela, a legislação atual sobre os royalties é frágil e

dificulta a fiscalização, consequentemente, impedindo uma melhor arrecadação

financeira e um maior investimento para a melhoria dos municípios.

“Esse modelo, além de não distribuir equitativamente à renda mineral, traz

dificuldades à fiscalização do mesmo”, opinou Maria Amélia. A secretária-adjunta

desmembrou as leis que tratam do assunto e explicou de forma concisa os

gargalos que existem impedindo um melhor desenvolvimento. Fez uma listagem

dos principais indicadores da CFEM, tais como: série de valores arrecadados;

distribuição das cotas; distribuição por Estados, distribuição por municípios;

distribuição por substâncias.

Além de mostrar números dessas distribuições, Maria Amélia destacou a

pressão social que, agora, se faz para que haja novos norteadores que estruturem

um novo modelo de arrecadação e redistribuição dos royalties da mineração. A

mudança da base de cálculo também é necessária, assegurando que um produto

com maior valor agregado tenha uma alíquota incidente menor que um produto

com baixo valor agregado.

Foto 03: Palestra “A nova legislação dos royalties minerais e suas implicações”

Fonte: ASCOM/SEDIP

4.1. “A NOVA LEGISLAÇÃO DOS ROYALTIES MINERAIS E SUAS IMPLICAÇÕES” –

Maria Amélia Enriquez, secretária adjunta da Secretaria de Estado de Indústria,

Comércio e Mineração (SEICOM).

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O engenheiro de minas do DNPM iniciou sua explanação citando a

Constituição Federal no que tange aos recursos minerais, explicando que tais

recursos pertencem a União e só esta pode fornecer concessões para que outros

agentes possam explorar os recursos. Discorreu sobre a criação e história do

DNPM e listou suas competências dando destaque para o fato do órgão, dentre

outros atributos, fiscalizar e controlar a arrecadação de taxas, emolumentos e

compensação financeira pela exploração de recursos minerais – CFEM.

Sobre a CFEM, Marco Antônio citou a Lei nº 7.990, de 28/12/1989 no seu

artigo sexto, que trata do percentual de até 3% que deverá ser recolhido pela

exploração de recursos minerais, para fins de aproveitamento econômico. Esse

percentual dar-se-á sobre o valor do faturamento líquido resultante da venda do

produto mineral, obtido após a última etapa do processo de beneficiamento

adotado e antes de sua transformação industrial. Disse também que os recursos

arrecadados são distribuídos nas três esferas da federação; a compensação é

depositada diretamente na conta dos beneficiários, sendo a maior parte (65%) do

recurso destinado aos municípios, e que estes não podem usá-los para o

pagamento de dívidas e pessoal.

Marco Cordeiro também falou sobre as implicações do não recolhimento da CFEM

que podem chegar até a caducidade das concessões e licenciamentos e terminou

expondo os números, em Reais, de quanto foi arrecadado por alguns dos

municípios paraense nos últimos quatro anos e nos três primeiros meses deste

ano.

O diretor de Geologia, Mineração e Transformação Mineral da SEICOM, Sr.

Ambrózio Hajime Ichihara, que também já fez parte da Coordenação de

Fiscalização da CFEM do DNPM, complementou a palestra sobre a fiscalização da

CFEM ressaltando a importância da parceria da SEICOM com os municípios

mineradores, uma vez que a SEICOM está em vias de deflagar um Plano de

Mineração do Estado do Pará e um Programa de Ação Conjunta para Fiscalização

da Mineração. Falou sobre os elementos-chave para uma política mineral bem

sucedida, tais como o reforço institucional e de fiscalização (DNPM, SEFA, SEMA,

SEICOM e SRF), criação ou ampliação do programa de fornecedores locais

4.2. “POLÍTICA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA CFEM” – Marcos Antônio

Cordeiro, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM/PA) e Ambrózio Ichihara – Diretor de Mineração da SEICOM

9

(Capacitação e Treinamento – FIEPA, SEBRAE e SEICOM) e celebração de

contratos e acordos: transferência e responsabilidade social em substituição aos

pedidos irrealizáveis (SEICOM, IDESP, IPEA e Banco Mundial).

Ichihara recomendou ao município a criação de uma agenda comum de

gestão das receitas tributárias, observando o aumento da arrecadação de CFEM,

ISSQN, Cota-parte do ICMS, FPM, etc; elaboração de uma política mineral

municipal com implementação de diretrizes recomendadas pelo Banco Mundial,

além de acompanhar as mudanças no marco regulatório com vistas a ajudar na

transição e implantação da gestão município-Estado dos minerais sociais

referentes ex-classe II, inseridas na Lei 6.567/78.

Fotos 04 e 05: Palestra sobre “Política de controle e fiscalização da CFEM”

Fonte: ASCOM/SEICOM

O Secretário de Desenvolvimento destacou a importância da Província

Mineral de Carajás no cenário mundial, por esta ser a maior reserva de minérios do

planeta com destaque para o Ferro, Cobre, Manganês, Níquel e Ouro. Fez ainda

um breve histórico do surgimento dos projetos na região e do surgimento da cidade

de Parauapebas. Exibiu ainda gráficos que demonstram o crescimento da

população e enfatizou o fato da população local ter dobrado entre 2000 e 2010.

Costa também falou sobre a evolução da produção/exportação do minério de ferro

de Carajás, ressaltando que nos primeiros 15 anos de produção foram extraídos

500 milhões de toneladas (1984-1999), número este que se repetiu em apenas

4.3. “A FUNÇÃO SOCIAL DOS ROYALTIES MINERAIS” – Heleno Costa, Secretário de

Desenvovimento de Parauapebas.

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sete anos depois (2006) e será encurtado para somente 2 anos com a plena

produção do S11D (2018).

Heleno expôs também sobre a evolução da arrecadação da CFEM que saiu

dos 100 milhões em 2009 e quase chegou aos 300 milhões em 2012. Disse ainda

que a função social dos royalties deve se subordinar a algumas premissas:

transparência na aplicação dos recursos; planejamento estratégico indispensável;

necessidade de nova matriz de desenvolvimento econômico em face do caráter

finito do bem mineral. Com base nestas premissas, o secretário mostrou o plano do

governo municipal elaborado para atender as demandas quando a população local

chegar aos 500 mil habitantes.

Ainda dentro deste plano, Heleno Costa disse que a educação e a

qualificação de mão-de-obra devem ser as ações prioritárias da atual gestão,

deixando bem claro que essas áreas são fundamentais para o crescimento de

outros setores da economia do município. Heleno declarou ainda que a

transparência dos gastos públicos do dinheiro proveniente da CFEM é um dos

compromissos da Prefeitura de Parauapebas e que as alternativas para melhorar e

manter a qualidade de vida da população local após o ciclo da mineração já estão

contemplados no plano de governo.

Fotos 06 e 07: Palestra sobre “A função social dos royalties minerais”

Fonte: ASCOM/SEICOM

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4.4. OS ROYALTIES NA PERSPECTIVA DAS EMPRESAS - Ronaldo Lima,

Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM)

Ronaldo Lima, coordenador do IBRAM no Pará, abriu sua exposição falando

um pouco sobre o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), sua fundação, função,

representação e localização. Frisou que o Instituto representa mais de 85% da

Produção Mineral Brasileira, cerca de US$ 50 bilhões, com base em dados de

2011. Na sua atuação, o IBRAM defende os interesses do setor mineral nos níveis

Federal e Estadual, realizando congressos, promovendo feiras e eventos de

mineração para que assim possa difundir as atividades da mineração no seio da

sociedade.

Sobre mineração e economia brasileira, Lima destacou que em quase todos

os estados há sempre algum tipo de minério e que por isso o Brasil tem

importância relevante no cenário mundial com a produção e exportação desses

bens. Lembrou ainda que somente o Pará representa 30% da produção mineral do

Brasil. Mostrou gráficos com os investimentos previstos no setor até 2016 que

somam U$$ 75 bilhões e que gerará um aumento de 26% na produção do setor.

Em termos de saldo da balança comercial do país, a indústria da mineração

proporcionou, em 2011, um saldo de 28,9% superior ao saldo brasileiro, o que

denota a importância deste setor para a economia nacional.

A grande relevância do Pará no que tange a produção mineral também se

reflete na arrecadação da CFEM que representa cerca de 30% da arrecadação

nacional. Em termos numéricos, o Pará arrecadou R$ 462,7 milhões da CFEM em

2011 e R$ 524 milhões em 2012. Demonstrou ainda, através de gráficos, que a

produção mineral no Estado segue uma trajetória ascendente desde 2007 e que,

segundo projeções, irá alcançar o valor de R$ 63,2 bilhões em 2015. Das

exportações do Pará, a indústria de mineração responde por 71% desse total, e o

minério de ferro é o carro-chefe destas exportações.

Em 2012, representou 67% de todos os bens exportados pela cadeia

produtiva mineral. Contudo, o Pará também se destacou na produção outros bens,

como o caulim, o cobre, o manganês, a bauxita, o silício e o ouro. Ronaldo

informou que até 2016 serão investidos cerca de U$$ 41, 846 bilhões no setor

mineral do estado do Pará, divididos entre a indústria mineral (54%), a infra-

estrutura e logística de transporte (26%), a indústria de transformação mineral

12

(16%) e outros negócios (4%). Lima destacou, por fim, que em 2012 a cadeia

produtiva mineral respondeu por 255 mil empregos diretos e indiretos no Pará.

Para cada emprego direto criado na Indústria da Mineração, outros treze postos de

trabalho são gerados ao longo da cadeira produtiva.

Fotos 08 e 09: Palestra sobre “Os royalties na perspectiva das empresas”

Fonte: ASCOM/SEICOM

Anderson Cabido começou sua apresentação falando um pouco sobre seu

currículo, pontuando por onde já havia trabalhado e complementando pela sua

formação acadêmica. Disse qual era o objetivo do IDTM, sua missão, atividades e

serviços. Destacou que ao trabalhar com governo de Minas, sua principal atividade

no instituto foi traçar políticas de desenvolvimento econômico, atração de

empresas, diversificação econômica e fortalecimento da economia local. Ressaltou

a importância da cooperação entre territórios, inclusive com convênios para

intercâmbio e consórcios públicos.

Quando trabalha com empresas, o IDTM procura desenvolver plataforma de

fornecedores locais para atender as compras coorporativas e governamentais além

de organizar grupos produtivos em torno das atividades de mineração e siderurgia.

E quando os parceiros são instituições sociais ou comunidades, o instituto firma

convênios de intercambio entre empresas, sociedade civil, trabalhadores e poder

público. O diferencial do IDTM é possuir pessoal capacitado e com experiência,

buscando trabalhar para o desenvolvimento dos territórios onde atua.

4.5. “ESTRATÉGIAS DE GONVERNANÇA DE MUNICÍPIOS MINERADORES” -

Anderson Cabido, Instituto de Desenvolvimento de Territórios Mineradores (IDTM).

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Ao falar sobre as estratégias de governança, Cabido questionou o porquê

dos municípios mineradores precisarem ser conhecedores destas estratégias. Em

seguida, respondeu dizendo que são municípios mais complexos por serem

desafiados a lidar com impactos socioeconômico e ambiental de uma grandeza

exorbitante. Para enfrentar estas complexidades, Anderson demonstrou alguns

novos conceitos aplicados à gestão pública, tais como: protagonismo regional;

cooperação interinstitucional; gestão compartilhada e qualidade e eficiência da

gestão pública.

Ao elaborar o plano, Cabido ressaltou que se deve levar em consideração os

impactos que irão causar; abordar todo o tema de mineração nos cenários

municipal, regional e nacional, além de identificar os problemas atuais e futuros da

localidade e as estratégias de solução para resolvê-los. E é fundamental que haja

estudos para saber se existem e quais são as oportunidades de ganho para a

comunidade. O grande desafio, segundo Cabido, é compatibilizar a presença da

mineração com o desenvolvimento efetivo das comunidades.

Como estratégia de desenvolvimento nas regiões de mineração, que vão

muito além das fronteiras de um município, Anderson destacou que deve haver o

adensamento e diversificação da economia, qualidade na gestão pública,

planejamento estratégico dos governos de toda região, mecanismos de

participação popular, de transparência e de gestão compartilhada e uma

cooperação institucional coordenada. Por fim, apresentou como exemplo, o caso

de desenvolvimento do Alto Paraopeba (MG), uma experiência que, segundo o

presidente do IDTM, está dando certo.

Fotos 10 e 11: Palestra “Estratégias de gonvernança de municípios

mineradores”

Fonte: ASCOM/SEICOM

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5. LIVRE MANIFESTAÇÃO DOS PARTICIPANTES

O senhor Ítalo Ipojucam, secretário de Indústria, Comércio e Mineração de

Marabá, falou que é da competência do governo estadual buscar as condições

para que seja instalada a ALPA. Dessa forma, seria interessante que houvesse um

esforço do Estado para liderar uma integração entre os municípios da região. Além

disso, de buscar ferramentas para a implantação dos distritos industriais nesses

municípios.

Benedito Valente, professor da UEPA, ressaltou a importância do encontro e

colocou a UEPA à disposição para colaborar com o desenvolvimento da região.

Propôs, então, que seria de fundamental importância que a instituição também

recebesse recursos da CFEM para fortalecer suas atividades de ensino, pesquisa e

extensão.

Célio Costa, da Prefeitura Parauapebas, destacou que o governo local não

está preocupado apenas com o próprio município, mas, sim com toda região do

entorno. Além disso, gostaria de saber como poderia ser efetivada uma

colaboração técnica entre a CODAP (Congonhas-MG) e a prefeitura de

Parauapebas – PA.

Anderson Cabido (IDTM) lembrou que a associação defende que a CFEM

também possa atender não só a municípios mineradores, como também municípios

que sofrem com algum tipo de influência da atividade.

Marcelo Nogueira, secretário de Esportes Parauapebas, questionou:

“Baseado na principal vocação econômica que é a mineração, quais seriam as

principais alternativas não só para o município, mas também para a região, quando

houver a exaustão da atividade mineradora?”.

Já Cleberson Carvalho, cidadão de Parauapebas, perguntou: “Dentro de um

contexto onde a receita de Parauapebas com relação à compensação financeira

não reflete nas necessidades básicas como saúde, educação, etc., em que sentido

o Estado está pensando em fazer investimentos nessas áreas?”.

15

Fotos 12 e 13: Livre Manifestação dos Participantes

Fonte: ASCOM/SEICOM

5.1. PERGUNTAS / RESPOSTAS DA PLENÁRIA:

Zacarias Filho, da Prefeitura Municipal de Eldorado dos Carajás, colocou a

questão de seu município não receber royalties, mas enfrenta problemas ao abrigar

uma parcela considerável dos trabalhadores que não conseguem se instalar em

Parauapebas. Diante da questão, o prefeito de Parauapebas, Valmir Mariano,

informou que estão sendo discutidos planos conjuntos de desenvolvimento e

alternativas com os líderes daqueles municípios. “Nossa intenção é promover o

desenvolvimento não só de Parauapebas, mas de todas as cidades vizinhas e do

Estado como um todo”, afirmou.

Diante da questão, o Prefeito de Parauapebas, Valmir Mariano, informou que

estão sendo discutidos planos conjuntos de desenvolvimento e alternativas com os

líderes daqueles municípios. “Nossa intenção é promover o desenvolvimento não

só de Parauapebas, mas de todas as cidades vizinhas e do Estado como um todo”,

afirmou.

Fotos 14 e 15: Manifestação dos Participantes

Fonte: ASCOM/SEICOM

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5.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA MESA REDONDA

Marcos Cordeiro (DNPM) enfatizou que as parcerias entre Estado,

municípios mineradores e o DNPM são muito importantes para o desenvolvimento

da atividade mineradora do Estado e se colocou à disposição no sentido de

formalizar um plano de trabalho para as regiões mineradoras.

Heleno Costa agradeceu à SEICOM e disse que aquele momento foi de

suma importância por gerar um aprendizado de alto nível e, por orientação do

Prefeito Valmir Mariano, levantou a necessidade da criação de um consórcio para o

fortalecimento dos vínculos dos municípios da região. Ressaltou ainda que o Pará

dispõe da associação dos municípios mineradores e que será feito um estudo de

caso para que se busquem soluções comuns para que todos possam compartilhar

dos benefícios da CFEM.

Ronaldo Lima agradeceu a todos e ressaltou a importância de um plano de

mineração como este, porque assim as empresas cumprem o que a Lei estabelece

e os municípios, estado e união possam aplicar os recursos. Ele também colocou o

IBRAM à disposição do plano.

O prefeito de Parauapebas, Valmir Mariano, agradeceu aos secretários e

colaboradores, ao governo do Estado, ao Anderson Cabido, a secretária adjunta

Maria Amélia e aos demais presentes no evento e afirmou que nenhum recurso

financeiro terá valor se não houver transformação social. “Em Parauapebas é hora

de unir os municípios vizinhos para alavancar o desenvolvimento da região”,

finalizou.

O secretário Especial Sidney Rosa afirmou que o problema de Parauapebas

não é a falta de dinheiro, mas o excesso. Pois ele, com menos recursos, fez muito

em Paragominas e citou como legados os conselhos de saúde, educação e

habitação no município. Também destacou que é relevante a necessidade do

envolvimento da sociedade civil organizada nas ações de desenvolvimento,

recorrendo ao aproveitamento dos alunos nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática serem muito baixo, de 14% e 3%, respectivamente, ao final do curso

médio, o que caracteriza um problema de omissão, a começar pela família e a

terminar pelo Estado. “É necessário a criação de um consórcio de municípios

mineradores para induzir a sociedade civil a ajudar o prefeito Valmir na construção

17

de um pacto que dê legitimidade aos novos projetos embrionários do

desenvolvimento para a região de Parauapebas”, disse.

Frisou, ainda, a importância de copiarmos o que já deu certo, como o

exemplo mostrado por Anderson Cabido, relativo a Congonhas (MG); lembrou

ainda que o governador Jatene duplicou, no orçamento deste ano, os recursos da

educação e que é necessária a criação de alternativas para trazer a Universidade

do Estado, a UEPA, ao município, mas, que para isso ocorra, é fundamental a

participação da sociedade civil junto com o Prefeito, a Câmara Municipal e o

Ministério Público.

Benedito Cruz (UEPA) encerrou as discussões sugerindo que é preciso

vincular parte da receita da CFEM para a educação, porque, segundo ele, para se

alcançar novos patamares de conhecimento é necessário investimentos em

educação.

Foto 16: Mesa redonda com os palestrantes

Fonte: ASCOM/SEICOM

Foto 17: Mesa redonda com os palestrantes

Fonte: ASCOM/SEICOM

18

6. RELATORIA DAS DISCUSSÕES DOS GRUPOS DE TRABALHOS

Na segunda parte da programação da oficina os participantes foram

divididos em dois grupos de trabalho (GT´s), com os subtemas: 1) “O Papel Dos

Royalties Minerais Como Instrumento de Desenvolvimento Local” e 2) “Estratégias

e ações para administração pública dos royalties da mineração”. Os grupos foram

formados por representantes das instituições que identificaram problemas,

possíveis soluções, parceiros e prazos estimados para que a solução proposta seja

implementada.

6.1. GRUPO DE TRABALHO – SUBTEMA 1: “O Papel Dos Royalties Minerais

Como Instrumento De Desenvolvimento Local”

A) RELATO DOS DEBATES

No início dos debates, o representante da COOMGRIF (Cooperativa de

Garimpeiros do Xingu), Gilberto Gomes, denunciou o não envolvimento da

população local no processo de licenciamento mineral e ambiental, bem como na

implantação do projeto mineral, ressaltando os enormes prejuízos que isso

ocasiona. “O garimpeiro tem uma vida instalada em uma área, aí a empresa chega,

retira os garimpeiros e estes acabam sem receber nada. Assim, todo o esforço que

fizeram para se alojar naquele local e também os gastos que tiveram acabam

sendo desperdiçados sem que recebam algum tipo de indenização”, afirmou.

Benedito Cruz, da UEPA, disse que seria importante saber com o que os

royalties podem ser gastos legalmente, uma vez que existe o recurso, porém, onde

podem ser usados? Frisou que diversas áreas dos municípios como saúde,

educação, segurança, infra-estrutura, etc., precisam de investimentos, contudo

estes não realizados. Xafi da Silva Jorge João (CPRM) respondeu dizendo que não

se pode utilizar a CFEM para contratação de pessoal e nem pagamento de dívidas

dos municípios, porém a legislação também não condiciona em quais áreas os

recursos podem ser utilizados.

Raimundo Mota, da Prefeitura de Parauapebas, disse que o Governo

Municipal destina em torno de 33% dos seus recursos para a educação, contudo

falta uma melhor organização para esta destinação. Além disso, o alto número de

19

pessoas que chegam ao município em busca de melhores condições de vida é

outro grave problema, porque muitas dessas pessoas não possuem grau de

instrução básico para poderem conseguir emprego e, dessa forma, acabam

aumentando o número de famílias nas periferias da cidade, como também,

aumentam os índices de violência, uma vez que ao não conseguir alguma

ocupação, acabam por se marginalizar. Lembrou ainda que o município apresenta

graves problemas em diversas áreas como transporte, saúde, segurança etc.

assim, seria interessante que os royalties fossem utilizados nessas áreas de

acordo com o grau de necessidade de cada uma.

Xafi João (CPRM) disse que os royalties devem ser utilizados em base

sustentável. Assim, deve haver uma utilização desses recursos pensando nas

gerações futuras, haja vista que a atividade mineradora trabalha com recursos

finitos. Sugeriu a criação de um fundo que garantisse recursos por um longo

período, donde seria destinado um percentual dos royalties para capitalização

desse fundo e, que, num momento futuro, pudesse ser utilizado em projetos

estruturantes.

Raimundo Mota (PMP) ressaltou que caso houvesse realmente a criação de

um fundo, deveria haver a criação de uma agência sem interferência política para a

gestão desses recursos destinados ao fundo. Dessa forma, haveria reuniões com a

sociedade civil para que pudessem ser escolhidas prioridades na utilização do

recurso. Disse também que é muito importante, em um momento como este, ouvir

a sociedade, pois ela, mais do que ninguém, é que sabe o que realmente a

comunidade necessita.

Silva (CPRM) lembrou que deve haver uma indução aos gastos públicos

para que haja investimentos em capital humano. Dessa forma, no momento em que

a atividade mineradora exaurir, a população terá capacidade de desenvolver o

município com outras atividades. Todavia, o investimento para a capacitação das

pessoas tem que ser de acordo com as possibilidades que o município oferece em

outras áreas.

Benedito Cruz (UEPA) ressaltou que a falta de transparência na aplicação

dos recursos provenientes dos royalties da mineração é um grave problema, pois

não se sabe onde os gestores municipais estão aplicando esses recursos. Sendo

assim, seria muito importante que a nova gestão municipal pudesse agendar

alguns eventos em que apresentassem os investimentos oriundos dos royalties nas

20

diversas áreas do município, pois assim a sociedade civil teria conhecimento de

como a prefeitura trabalha com os royalties.

Raimundo Mota (PMP) disse que as necessidades principais do município

giram em torno da educação, segurança e transporte. Entretanto, existem outras

áreas que também são fundamentais para o município e que também poderiam ser

contempladas com alguma parcela dos royalties que o município recebe. Como

exemplo, citou o setor de assistência social, que atende a pessoas de diversas

áreas da cidade e de diversas idades.

Retornando ao tema da criação de um fundo com os recursos dos royalties,

Benedito Cruz (UEPA) disse que seria muito importante essa criação. E supondo

que fosse destinado em torno de 10% do que a prefeitura recebe atualmente com

os royalties para esse fundo, assim, no decorrer do tempo seriam feitos

investimentos pontuais de acordo com as reais necessidades da comunidade. Além

disso, reservar-se-ia um montante para que, quando houvesse a exaustão do

minério do município, pudessem ser feitos investimentos para as necessidades

básicas do local, como também para outras demandas que viessem a surgir.

Cruz ainda ressaltou que é preciso que fique bem claro quem faria a gestão

desse fundo. Uma agência independente, algum setor criado dentro da própria

prefeitura ou um instituto. Mas é de fundamental importância que as gestões

públicas não tenham acesso a esse fundo, porque esse recurso entesourado deve

ser utilizado de acordo com as reais necessidades do município; e para que isso

aconteça à sociedade civil organizada é que deveria ser ouvida.

Para encerrar as discussões, Raimundo Mota (PMP) disse não saber qual

seria o percentual mais adequado dos royalties a ser destinado ao fundo, mas

concordou que a prefeitura recebe muitos recursos decorrentes da mineração e

que haveria sim a possibilidade de parte desses recursos serem guardados e

utilizados por gerações futuras do município.

21

B) QUADRO – PLANO DE AÇÃO

SUBTEMA 1: “O Papel dos Royalties Minerais como Instrumento de Desenvolvimento Local”

PROBLEMA POSSÍVEL SOLUÇÃO PARCEIROS PRAZO

Falta de Transparência na Aplicação dos Recursos da CFEM

Criação de um Conselho Municipal de Mineração que possa acompanhar a aplicabilidade dos recursos

Tribunal de Contas do Município- TCM, prefeitura municipal, sociedade civil organizada.

Primeiro semestre de 2014

Falta de perspectiva do desenvolvimento futuro

1- Criação de um Fundo de Desenvolvimento Municipal (sugestão: 10%), sem ingerência Política para garantir um fluxo permanente de renda; 2- Atribuir ao Conselho Municipal de Desenvolvimento a função de propulsor de desenvolvimento regional.

1- Prefeituras, Câmara de vereadores, Conselho Municipal de Mineração (criado), Instituição Financeira (Banpará). 2- Sindicatos, Cooperativas, Sociedade Civil organizada e todo sistema S.

Segundo semestre de 2013.

Percentual de distribuição dos Recursos

Priorizar a Distribuição do percentual em educação, saúde, infra- estrutura e diversificação da economia local

Prefeitura, SEBRAE, IDESP, OCB, SEICOM.

2013

C) LISTA DE PARTICIPANTES

GT 1: “O Papel dos Royalties Minerais como Instrumento de Desenvolvimento Local”

MODERADOR: Marjorie Neves / RELATOR: Victor Falcão

Nº NOME INSTITUIÇÃO

1 Benedito Valente UEPA 2 Cláudia Maria Ferreira de Araujo SEMMECT 3 Gilberto Gomes do Amaral COOMGRIF 4 Joaci Alves Martins MINERAÇÃO

5 Ilene Santos FIDESA 6 Mabiana Teixeira SEMMECT 7 Marjorie Neves SEICOM 8 Maria Angélica Soares de Souza SEMMECT

9 Rafaela Couto SEMAS 10 Raimundo Matias Mota GABINETE/PMB 11 Tathiane Faro Noronha SEBRAE 12 Terezinha Guimarães SEMMA 13 Victor Falcão SEICOM 14 Xafi Silva Jorge CPRM

22

D) IMAGENS DO GT1

Foto 18 e 19: Participantes do grupo de trabalho – Tema 1

Fonte: ASCOM/SEICOM

6.2. GRUPO DE TRABALHO – SUBTEMA 2: “Estratégias e ações para

administração pública dos royalties da mineração”

A) RELATO DOS DEBATES

O mediador do grupo Sr. Carlos Cristino (SEICOM) iniciou o debate

lembrando que no período da manhã já haviam surgido sugestões de

problemáticas e resoluções relativas à Compensação Financeira pela Exploração

de Recursos Minerais (CFEM).

Antônio José (IFPA) frisou que o foco das discussões não está na educação,

o que é algo preocupante, pois os minérios são recursos finitos. Disse que o foco

principal do país hoje é a agricultura familiar, mas que esta atividade pode vir a ser

incentivada quando o minério acabar.

Marcos Cordeiro (DNPM) destacou que um dos principais problemas

ocorridos em cidades mineradoras é a migração de populações de outros

municípios e estados, o que gera grandes problemas sociais.

Anderson Cabido (IDTM) afirmou que pode ser feito um direcionamento do

uso do CFEM, utilizando-o em outros setores, diversificando assim a economia e já

preparando para a pós-mineração. Lembrou que o investimento em agricultura

familiar é uma das opções para o desenvolvimento. Identificou como um grande

problema a sobrecarga dos serviços públicos (saúde, saneamento e educação) nas

cidades mineradoras, devido ao fluxo migratório para esses municípios. Para

23

enfrentar este problema, Marcos Cordeiro (DNPM) sugeriu políticas públicas de

fixação da população, com parceria do Estado, para regular as atividades de

fixação populacional.

Cordeiro (DNPM) sugeriu um Fundo de Exaustão para resolver problemas

futuros, incluindo a Vale como uma das mantenedoras desse fundo. Expôs a

problemática de que há um trem da Vale que passa no meio de uma comunidade e

questionou aos representantes da empresa, presentes no evento, se há

possibilidade de mudança de local. Também perguntou ao Sr. Anderson se há

casos parecidos em Minas Gerais. Anderson (IDTM) respondeu que há projetos

para retirar ferrovias das áreas urbanas, disse também que existem movimentos

sociais que buscam fixar o agricultor. Reconheceu como problema a excessiva

dependência do minério.

Odilon Rocha (Vereador de Parauapebas) advertiu os demais membros do

grupo, lembrando que quando os minérios se esgotarem, não será mais arrecado a

CFEM, por isso sugeriu que os recursos arrecadados pela CFEM devam ser

destinados para ajudar os municípios no pós-mineração, desenvolvendo maneiras

de fomentar atividades para serem aplicadas no futuro.

Heleno Costa (SEDEN/Parauapebas) mencionou que participou de uma

apresentação sobre o tempo de exaustão das minas. Expôs que há uma

preocupação por parte dos gestores atuais de fomentar polos de atividades com

recursos da CFEM. Disse que o Banco do Povo de Parauapebas poderia investir

em pequenos produtores. Citou que não há como impedir os fluxos migratórios, a

exemplo de Serra Pelada. Também menciona que não existe um plano estrutural,

ou seja, não há um desenho estrutural da cidade e que é preciso agilizar essas

estruturações, principalmente na energia do Distrito Industrial.

Karine Gomes (ASCOM) coloca como um problema a ausência de

qualificação e investimentos em mão de obra. Também falou da necessidade de

priorizar a diversificação da economia. Para Bruno (MME) há necessidade de

organizar e priorizar a destinação dos recursos do CFEM e colocou como problema

a desconexão dos entes federados.

Antônio Wilson (NortePlan Engenharia) destacou a necessidade de melhorar

a matriz elétrica da região e sugeriu o incentivo ao beneficiamento de gemas e

jóias. Karina Gomes (ASCOM) realçou a importância do poder público de fomentar

24

a participação da população, incluindo os migrantes, e estabeleceu como problema

o baixo engajamento da sociedade civil.

Natália Pontes (SEPLAN) discorreu sobre a importância de pensar no

desenvolvimento, também, dos municípios do entorno, os não mineradores. E

destacou como entrave a falta de articulação regional.

Luis Marcelo (SEMMECT) questionou aos demais participantes do grupo sobre

qual a melhor maneira da prefeitura poder fazer uma triagem dos migrantes. Como

uma provável solução, disse que para fazer uma triagem, o caminho seria

recepcionando as pessoas que estão chegando à cidade.

Zacarias Filho (Prefeitura de Eldorado dos Carajás) evidenciou sua

preocupação com os municípios pobres do entorno. Questionou como os

municípios mineradores podem ajudar a desenvolver os municípios pobres.

Andersom (IDTM) disse que a deficiência da gestão municipal é que é o problema.

Jorge Rodrigues (Assessor/vereador) defendeu a inserção de outros seguimentos

da comunidade no debate, como por exemplo, o MST.

Poliana Gualberto (Emater) menciona que o Pará tem o maior assentamento

do país e que deve pensar no desenvolvimento tecnológico e extensão rural para a

produção de alimentos, pois há carência de investimento nesse setor.

Janderson Rodrigues (Vale) opinou sobre a gestão, destacando a ausência

de planejamento. Como ajuda para solucionar tal problema, disponibilizou aos

interessados um diagnóstico encomendado pela Vale, da Microrregião de Carajás

(2011/2012), que levantou as potencialidades dessa região e identificou os

seguintes segmentos: Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação; Pólo

Universitário, agronegócio (piscicultura, pecuária leiteira) e um pólo turístico.

Poliana Gualberto (Emater) sugeriu a utilização do diagnóstico realizado pela

Vale, e como solução, ênfase no incentivo à qualificação da mão de obra local.

Sugeriu, também, a exemplo de Macaé, criar um centro de orientação para o

migrante que irá diagnosticar em qual atividade ele se encaixa.

Já Marcos Cordeiro (DNPM) defende a criação de barreiras/restrições ao

fluxo migratório. Zacarias Filho (Prefeitura de El Dourado dos Carajás) disse que a

migração abrange também os municípios do entorno e que cada um tem sua

política. Enfatizou como solução a orientação das pessoas antes de chegarem aos

municípios mineradores.

25

Em relação à criação de um fundo de exaustão, Bruno Alves (MME), afirmou

que, na prática, não funciona. E, caso seja implantado, deve ser muito bem

pensado, pois os exemplos existentes evidenciam a não funcionalidade de tais

fundos.

Marcos Cordeiro (DNPM) voltou a defender que os recursos do CFEM

devem ser utilizados para a diversificação das atividades econômicas.

Karine Gomes (ASCOM) citou que a prefeitura de Parauapebas fez um

diagnóstico (estudo) sobre as vocações do município, dentre os quais, se

revelaram: micro empreendimentos, agricultura e pólos industriais. Mencionou

ainda, a importância de fomentar tais atividades, além do incentivo ao turismo na

região.

Luis Marcelo (SEMMECT) frisou a necessidade de implantação de

incubadoras no município como vetor de empreendedorismo.

Seguindo o mesmo raciocínio, Andersom Cabido (IDTM) sugeriu pólos

tecnológicos e universitários, além de investimentos na agricultura familiar e

economia solidária.

Karine Gomes (ASCOM) defendeu investimentos em bons modelos no

seguimento da saúde de alta complexidade e a implantação de campus da UFPA e

UEPA.

Janderson Rodrigues (Vale) afirmou que há um campus da UFRA e

mencionou que a Vale está tentado implantar um campus da UFPA em parceria

com a Prefeitura de Parauapebas.

Luis Marcelo (SEMMECT) disse que deve haver investimentos em infra-

estrutura urbana. Heleno Costa (SEDEN/Parauapebas) pontuou que é necessário

hierarquizar as problemáticas para melhor vislumbrar as soluções de fato.

Karine (ASCOM) aponta a necessidade da qualificação continuada em todas

as áreas. Zacarias Filho (Prefeitura de El Dourado dos Carajás) expôs a

necessidade de investimentos nas vias públicas de acesso.

Marcos Cordeiro (DNPM) sugeriu indicação/elaboração de metas e índices

para acompanhar o desempenho dos projetos, ou seja, fazer um planejamento que

possa ser quantificado e qualificado se os recursos estão, de fato, “surtindo” efeito.

Bruno Alves (MME) questionou sobre a problemática da segurança pública e

Almir (SEDEN/Parauapebas) sugeriu investimentos em saneamento básico.

26

Karine Gomes (ASCOM) defendeu a criação de instrumentos de

monitoramento e fiscalização para que haja transparência nas aplicações dos

recursos. Luis Marcelo (SEMMECT) sugeriu a criação de centros comunitários.

Poliana Gualberto (Emater) recomendou a criação de um Conselho de

agricultura e o fortalecimento dos já existentes.

Zacarias Filho (Prefeitura de Eldorado dos Carajás) enfatizou a necessidade

de transparência na aplicação dos recursos públicos.

Erasmo de Jesus (SAGRI) propôs que a prefeitura chame as associações

para dialogar de forma a envolver todos os seguimentos da sociedade e criar

equipes para orientar essas associações.

Anderson Cabido (IDTM) assinalou à necessidade do fortalecimento da

capacitação dos movimentos sociais e conselhos municipais e sugeriu a

implantação de uma gestão compartilhada e participativa.

Heleno Costa (SEDEN/Parauapebas) reiterou a importância da criação de

polos industriais e tecnológicos.

Carlos Cristino (SEICOM) sugeriu estipular a porcentagem da CFEM para

investimentos em ciência, tecnologia e inovação, com foco em alimentos, gemas e

joias, moveleiro, entre outros.

Cabido (IDTM) aconselhou a implantação, de forma efetiva, de uma Política

Regional de ciência, tecnologia e inovação.

Poliana Gualberto (Emater) suscitou a criação de uma estratégia/plano de

fixação de mão de obra qualificada. Colocou também, a falta de planejamento na

aplicação dos recursos arrecadados e o aperfeiçoamento da gestão.

B) QUADRO – PLANO DE AÇÃO

TEMA 2: “Estratégias e ações para administração pública dos royalties da mineração”

PROBLEMA POSSÍVEL SOLUÇÃO PARCEIROS PRAZO

Fluxo migratório intenso gerando sobrecarga na infra-estrutura do município e região.

Centro de orientação para o imigrante; Incentivo à atividade econômica; Programa de qualificação profissional; Ampliação dos investimentos em saúde (compra de novos equipamentos, atração de

Prefeituras municipais; Governo do Estado; Governo Federal; Iniciativa privada

2014

27

profissionais especializados).

Inexistência de um Fundo de Exaustão.

Criação de Fundo de Exaustão

Prefeituras e mineradoras

2014

Excessiva dependência econômica do minério.

Incentivar a diversificação da Atividade Econômica (desenvolvimento de pólos industriais e tecnológicos); Fomento ao micro empreendedor e ao turismo; Fortalecimento da agricultura familiar e economia solidária; Criação de incubadoras de empresas.

Prefeituras; Associações Comerciais; Sistema S; Governo Federal; Governo do Estado; Associações de produtores rurais; Mineradoras; IDTM

2013-2016

Ausência de mão de obra qualificada.

Criação de um pólo universitário de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Governo do Estado; Governo Federal; Escolas técnicas particulares; Universidades particulares e públicas; Sistema S; Mineradoras; IDTM

2013-2030

Ausência de infra-estrutura apropriada.

1- Criar vias públicas e Melhoria das rodovias intermunicipais; 2- Proporcionar energia de qualidade e acesso à internet; 3- Fortalecer a segurança Pública 4- Investimento em Saneamento Básico.

Governo do Estado; Governo Federal; Mineradoras; Prefeituras; Iniciativa Privada;

2013-2030

Ausência de investimentos em Educação Básica.

1- Melhoria da qualificação dos profissionais; 2- Elaborar um Planejamento Estratégico da Educação, buscando criar indicadores e metas.

Governo do Estado; Governo Federal; Universidades; Prefeituras; Mineradoras; Iniciativa Privada; Sociedade Civil Organizada;

2013-2016

Planejamento deficiente na Aplicação dos recursos da CFEM.

Aperfeiçoar a Gestão; Melhoria da transparência pública.

Governo Federal, Estadual e Municipal; Sociedade Civil; IDTM

2013-2016

Falta de articulação entre os poderes.

1- Fortalecimentos dos conselhos de desenvolvimento existentes; 2- Transparência na aplicação dos recursos;

Governo Federal, Estadual e Municipal; Sociedade Civil

2013-2016

28

Baixo engajamento da Sociedade Civil Organizada.

Fortalecimento e capacitação dos movimentos sociais e conselhos municipais; Implantar um modelo de gestão compartilhada.

Sociedade Civil; Governo Federal, Estadual e Municipal; OCB-SESCOOP

2013-2016

Deficiência em investimento em Ciência, Tecnologia e Inovação.

Estipular um percentual da CFEM para investimentos em ciência, tecnologia e Inovação, com foco na produção de alimentos. Implantação de uma efetiva política de incentivo à Ciência e Tecnologia e inovação; Criar estratégia de fixação de mão de obra qualificada.

Governo Federal, Estadual e Municipal; Universidades; Iniciativa Privada; Centro de pesquisas; Instituições financeiras.

2013-2030

C) LISTA DE PARTICIPANTES

GT 2: “Estratégias e ações para administração pública dos royalties da

mineração”

MODERADOR: Carlos Cristino / RELATORA: Helen Sandra Martins

Nº NOME INSTITUIÇÃO 1 Adaias Fernandes Instituto Samurai 2 Aldina Chaves Sousa ADLISP 3 Anderson Cabido IDTM/AMIB 4 Ângela Cruz Associação de Moradores 5 Antônio José dos Santos IFPA/EMATER 6 Antônio W. de Oliveira Pereira NORTPLAN 7 Bruno Alves de Jesus MME 8 Eduane da F. Ferreira Instituto Samurai 9 Francisco de Assis APROQUEPAS

10 Gustavo Guimarães Rios VALE 11 Heleno Costa SEDEN/PMP 12 Hellen Sandra M. Martins SEICOM 13 Janderson Rodrigues VALE 14 Jorge Rodrigues Assessor/Câmara Municipal 16 José Silva Souza Vereador PT 17 Juan Carlos Alencar Rodrigues LIABESPR 18 Karine Gomes ASCOM

19 Lidiane Rodrigues de Oliveira PMP 20 Lílian Polliana Souza Gualberto EMATER-PA 21 Luis Marcelo Alves de Abreu SEMMECT 22 Manuel N. Santos SEMEL 23 Marcos Antônio Cordeiro DNPM/PA 24 Marcos Manoel Ribeiro Prefeitura Municipal de Parauapebas

25 Maria José Silva Monteiro SEMAD/CTRH 26 Murilo A. C. Chaves SEICOM 27 Nancinele Navarro SEDEN

29

28 Natasha Theodoro Carrôlo SEMMA 29 Nathália Lourenço Rodrigues Pontes SEPLAN/PMP 30 Nathália Santa Brígida Brito SEMMA 31 Odilon Rocha Vereador 32 Rosângela Araujo Paz IFPA/EMATER

33 Telma Teodósio dos Santos Rodrigues CAIXA 34 Williard Pontes Prefeitura de Eldorado dos Carajás 35 Zacarias Chagas Monteiro Filho Prefeitura de Eldorado dos Carajás 36 Zoêlito Silva SEMMA

D) IMAGENS DO GRUPO DE TRABALHO 2

Foto 20: Participantes do Grupo de Trabalho – Tema 2

Fonte: ASCOM/SEICOM

7. RODADA FINAL DE CONTRIBUIÇÕES

Ao final da tarde, os grupos de trabalho reuniram-se em sessão plenária

para apresentação dos planos de ações construídos com base nos subtemas da

oficina. Essa metodologia possibilitou a todos os participantes absorverem a

síntese das discussões nos grupos de trabalho. Esse momento é importante para

que os grupos avaliem e compartilhem dos debates de cada grupo e contribuam

com ideias e sugestões complementares.

Dadas as apresentações do plano de ação do grupo 1 o orador escolhido

pela grupo foi o Sr. Benedito Cruz (UEPA) que fez a leitura das ações propostas

pelo grupo 1 com algumas críticas a proposta da criação de um fundo financeiro

proveniente da CFEM, onde foi discutida a necessidade aplicação do recurso

financeiro para solucionar problemas urgentes. Sem mais objeções apenas com

30

observações ortográficas e acréscimos de parceiros propostos pela plenária. Para

apresentar o plano de ação do grupo 2 a oradora, a Sra. Karine Gomes

(ASCOM/Prefeitura), fez a leitura das propostas relacionadas as ações de

desenvolvimento com a utilização da CFEM com ênfase na dinamização da

economia local com vistas a investimentos a longo curto, médio e prazo, as quais

foram aceitas pela plenária unanimemente.

Ao término da leitura das propostas, os representantes das instituições

discutiram e aprovaram as propostas apresentadas, destacando-se durante o

debate a criação de um Conselho Municipal de Mineração e a destinação de um

percentual específico da CFEM para o fomento do desenvolvimento local.

Foto 21: Apresentação do plano de ação do grupo 1

Fonte: ASCOM/SEICOM

Foto 22: Apresentação do plano de ação do grupo 1

Fonte: ASCOM/SEICOM

31

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final das apresentações houve a oportunidade para considerações finais

dos participantes e alguns representantes das instituições fizeram considerações

positivas quanto à iniciativa da SEICOM em propor a construção coletiva do

primeiro Plano de Mineração do Estado do Pará 2013-2030 se colocando também

à disposição para participar das demais oficinas para construção do Plano.

Após as considerações finais da plenária o Secretário Municipal de

Desenvolvimento, Sr. Heleno Costa agradeceu a presença de todos e reforçou que

a Prefeitura de Parauapebas caminhará juntamente com as propostas de

desenvolvimento utilizando os benefícios da mineração. O Sr. Anderson Cabido

(IDTM/AMIB) avaliou o dia como produtivo e ressaltou que a união de municípios

mineradores poderá fortalecer as ações de desenvolvimento regional.

A coordenadora da SEICOM, Sra. Marjorie Neves, agradeceu a presença e

colaboração de todos os participantes, o apoio das instituições parceiras, bem

como a EMATER, FIDESA, DNPM, além de agradecer e parabenizar o apoio

fundamental da Prefeitura de Parauapebas por meio da Secretaria de Energia,

Mineração e Ciência Tecnológica e finalizou o evento com a consolidação das

propostas apresentadas.

9. ENCAMINHAMENTOS

Após os trabalhos da 8ª Oficina do Plano de Mineração do Estado do Pará

ficou acordado, entre os participantes, que será elaborado pela SEICOM, em

seguida à oficina, um relatório contendo a síntese das discussões e debates

realizados - que é o atual documento. Desta forma, este relatório foi devidamente

revisado pelos representantes da SEICOM e está disponibilizado a todos os

participantes da oficina para contribuições posteriores e validação. No momento

oportuno, o relatório final será divulgado publicamente no site da SEICOM em

www.seicom.pa.gov.br .

32

ANEXO I LISTA DE PARTICIPANTES

SECRETARIA DE ESTADO DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E MINERAÇÃO – SEICOM

OFICINA 8: ROYALTIES MINERAIS E O DESENVOLVIMENTO REGIONAL

NOME INSTITUIÇÃO E-MAIL

SETOR PÚBLICO

Adamor Tuji Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Agenor Garcia Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Alcir G. da Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Aldeny Araújo Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Alessandra Martins Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Ambróizio Ichihara SEICOM - Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Pará

[email protected]

Anaisa Duarte Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Anderson Cabido AMIB - Associação dos Municípios Mineradores do Brasil

[email protected]

Anderson George Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Andre Silva Pinto Prefeitura Municipal de Parauapebas

Andreia Sampaio Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Andreia Alves Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Andreia T. Oliveira Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Andressa Melo Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Antonio Ivan SEMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Antonio Pontes Prefeitura Municipal de Eldorado [email protected]

Bismarks Lima Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Bruno Alves de Jesus MME - Ministério de Minas e Energia [email protected]

Carlos Alberto Pereira Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Carlos Cristino SEICOM - Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Pará

[email protected]

Célio Rocha Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Célio Costa Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Chico Brito Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Christian Calisto Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Cibele S. O. Setubal Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Claudio Maria Prefeitura Municipal de Parauapebas

Creuza Reis Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres

Daliane Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Daniel Silveiro Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Dario Veloso Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Débora Mayara Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Dilson Silva Farias Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Douglas. S. Mendes Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Edgar Pinheiro Banco da Amazônia [email protected]

Edvânia Ferreira Prefeitura Municipal de Eldorado [email protected]

33

Eli Ramos Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Eliane Batista Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Eliane Lima Prefeitura Municipal de Parauapebas

Eliane Sousa Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas

Elide M. da Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Elueni Dalferth Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Erasmo de Jesus Secretaria de Agricultura de Parauapebas [email protected]

Francisco L. Cordeiro Prefeitura Municipal de Parauapebas

Genivaldo Miranda da Costa

Prefeitura Municipal de Parauapebas

Geovana B. Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Gesmar R. Costa Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Gilmaria C. Aguiar Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Heleno Costa SEDEN - Secretaria Municipal de Desenvolvimento de Parauapebas

[email protected]

Hellen Martins SEICOM - Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Pará

[email protected]

Ilene Nascimento Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Isabel G. Cruz Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Isaias Neto Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Ítalo Ipojucam Prefeitura Municipal de Marabá [email protected]

Ivanaldo Braz Simplício

Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected].

Jean Alencar Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Joacir Alves Prefeitura Municipal de Parauapebas

Joel B. Alves SEMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Parauapebas

Jose Almeida Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

José Garcia Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

José Omar Arrais Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Josineto F. Oliveira Câmara Municipal de Parauapebas [email protected]

Juliana Oliveira Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Karina Gomes Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Kyuca Torres SEMAD - Secretaria Municipal de Administração

[email protected]

Leany Santos Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Liliam Polliana Souza Gualberto

EMATER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará

[email protected]

Luciana Sousa Sá Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Luciene O. Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Luiz Garcia Banco do Povo [email protected]

Luiz Marcelo Abreu SEMMECT - Secretaria Municipal de Mineração, Energia, Ciência e Tecnologia

[email protected]

Marcelo Pontes Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Marcos Cordeiro DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral

[email protected]

Marcos M. Ribeiro Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Maria Amélia Enriquez SEICOM - Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Pará

[email protected]

34

Maria Angélica SEMMECT - Secretaria Municipal de Mineração, Energia, Ciência e Tecnologia

[email protected]

Maria Beatriz Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Maria das Dores Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Maria de L. da Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas

Maria do Carmo Pereira

SEMED - Secretaria Municipal de Educação [email protected]

Maria José Monteiro SEMAD - Secretaria Municipal de Administração

[email protected]

Marilene Dias Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Mário Monteiro Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Marjorie Neves SEICOM - Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Pará

[email protected]

Mauricio D. Moreira Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected].

Maurivene Rocha Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Meire Souza Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Monique A. Oliveira Prefeitura Municipal de Parauapebas monique.oliveira462@gmail

Murilo Carretero Chaves

SEICOM - Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Pará

[email protected]

Nadier de Jesus Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Nancinele Navarro SEDEN - Secretaria de Desenvolvimento de Parauapebas

[email protected]

Natasha F. Carrolo SEMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Parauapebas

[email protected]

Nathália Pontes Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Nathalya Brito Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Neuraci P. Braga Prefeitura Municipal de Parauapebas

Neusenir Alves Prefeitura Municipal de Parauapebas

Odilon Rocha Câmara Municipal de Parauapebas [email protected]

Pablo R. F. Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Rafaela Cabral Couto SEMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Parauapebas

[email protected]

Raimunda de Araújo Prefeitura Municipal de Parauapebas

Raimundo Rodrigues Prefeitura Municipal de Parauapebas

Raimundo de Sá Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Raimundo Mota Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Renato G. Pascoal Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Rita S. Almeida Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Rosa Heloisa Santos Conselho da Mulher do Município de Parauapebas

[email protected]

Schellby P. Cardoso Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Shirlian Rodrigues SEMED - Secretaria Municipal de Educação [email protected]

Sidney Rosa SEDIP - Secretaria Especial de Economia, Desenvolvimento e Incentivo a Produção

Sinalma Pinto Conselho da Mulher do Município de Parauapebas

[email protected]

Socorro Rama Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Socorro S. Nunes Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Sonaery M. Nascimento

Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

35

Tateane Souza Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Telma Rodrigues Caixa Econômica Federal [email protected]

Terezinha de Jesus Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Terezinha Guimarães SEMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Parauapebas

[email protected]

Valmir O. Mariano Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Wady Sobrinho SEMAD - Secretaria Municipal de Administração

[email protected]

Wanderson F.Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

Wanterlor Bandeira SEMOB - Secretaria Municipal de Obras [email protected]

Xafi da Silva Jorge CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

xafi.joã[email protected]

Yuri dos Santos Ferreira

Câmara Municipal de Marabá [email protected]

Zacarias Chagas Filho Prefeitura Municipal de Eldorado dos Carajás

[email protected]

Zoenio Silva Prefeitura Municipal de Parauapebas [email protected]

INICIATIVA PRIVADA

Antonio Wilson NortePlan Engenharia [email protected]

Dayana Alves TV LIBERAL [email protected]

Eduardo Machado CIPASA Urbanismo [email protected]

Elielton Amador AUTONOMO [email protected].

Eugênio Andrade SIPRODUZ - Associações e Sindicatos de Parauapebas

Francisco Lima Associação Agape

Francisco Canindé SINTICLEPEMP - Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Leve e Pesada e Mobiliário de Parauapebas

[email protected]

Gustavo G. Rios Vale [email protected]

Ilene Castro dos Santos

FIDESA - Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia

[email protected]

Janderson Rodrigues Vale [email protected]

Josberto Girão Associação Girão de Artes Marciais – AGAM karategirã[email protected]

Juliana Carvalho Colossus Mineração [email protected]

Kleider Araujo Mídia Livre Comunicação [email protected]

Luci Fabris TV Missão [email protected]

Marcelo Marques FAEPA - Federação da Agricultura e Pecuária do Pará

[email protected]

Paula Queiroz Colossus Mineração [email protected]

Ronaldo Lima IBRAM - Instituto Brasileiro de Mineração [email protected]

Saulo Assunção Lobo Vale [email protected]

Tatiane Faro Noronha SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas

[email protected]

Wilder Leal Vale [email protected]

Zilda Lima Pantoja FIDESA - Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia

[email protected]

ACADEMIAS DE ENSINO

Antonio José dos Santos

IFPA - Instituto Federal do Pará

Benedito Cruz UEPA - Universidade do Estado do Pará [email protected]

36

Cezimar dos Santos de Souza

UNAMA - Universidade da Amazônia [email protected]

Rosangela Paz IFPA - Instituto Federal do Pará

SOCIEDADE CIVIL

Adaias Fernandes INSTITUTO SAMURAI [email protected]

Aldina Chaves Sousa ADELISP - Ass. De Desenvolvimento Local

Integrado e Sustentável de Parauapebas [email protected]

Amauri A. Oliveira Organizadora de concursos públicos – CONSUPLAN

[email protected]

Ângela Lúcia Associação de Moradores

Cleverson Carvalho Autônomo [email protected]

Gilberto Gomes do Amaral

COOMGRIF - Cooperativa Mista dos Garimpeiros da Ressaca, Galo, Itata, Ilha da Fazenda e Ouro Verde

[email protected]

Pastor Reinaldo Assembleia de Deus [email protected]

Regis H. da Silva Autônomo [email protected]

37

ANEXO II

“A nova legislação dos royalties minerais e suas implicações”

(Maria Amélia Enríquez – SEICOM)

M A R I A A M É L I A E N R Í Q U E ZS E C R E T A R I A A D J U N T A S E I C O M

Royalties da Mineração –modelo atual e propostas de mudança

Secretaria de INDÚSTRIA COMÉRCIO E MINERAÇÃO - SEICOM

Roteiro de Apresentação

1. O atual marco legal dos royalties da mineração - CFEM

Art. 20 da Constituição Federal, Leis 7.990 e 8.001 e Decreto no1

2. Principais Indicadores

3. Fragilidades do Atual Modelo

4. Proposta da Nova CFEM

38

Por que é necessário mudar a CFEM?

• O modelo atual gera incertezas e judicializações

• traz dificuldades à fiscalização

• diferenciação das alíquotas não respeita qualquer critério técnico ou econômico

• não contribui para agregação de valor aos bens minerais

• não incentiva a aplicação dos recursos em estratégias alternativas de desenvolvimento

• não distribui equitativamente a renda mineral

Reformas em outros países

País Data da Reforma Reforma

Índia2009

Alíquota variável sobre receita bruta, a depender do grau de agregação de valor.

•Bauxita: 12,5%•Ouro: 2%•Ferro: 10%

2011Mais imposto de exportação do ferro fino e granulado para 20% (de 5% e 15%)

EUA (Nevada) 2010 5% da receita bruta

AustráliaAntes 2010

Alíquota variável sobre receita bruta, a depender do grau de agregação de valor

•Bauxita;7,5 a 10%•Carvão:6,2 a 8,2% •Cobre: 2,5 a 5%•Ferro: 2,75 a 7,5%

2010 (em discussão no Congresso)

Super Profit Tax – 30% da parcela acima do lucro normal

Chile (concentrado de cobre)

Antes 2010 4 a 5% - receita bruta com deduções

2010 4 a 9% - receita bruta com deduções

Após 2018 5 a 15% - receita bruta com deduções

Canadá (Quebec)Antes 2010 12% do lucro

2010 16% do lucro

África do Sul 20080,5% fixa + parte variável 9,0% a 12,5% da receita bruta, ponderada pelo EBITDA

39

Atual marco legal da CFEM

Art 20 da Constituição Federal § 1º “É assegurada nos termos da lei, aos Estados, Distrito

Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos par fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, OU compensação financeirapor essa exploração”

Implicações PARTICIPAÇÃO -> pressupõe um resultado objetivo (receita bruta,

receita operacional, lucro etc.)

COMPENSAÇÃO -> pode, ou não, haver resultado. O que assegura o seu recolhimento é a existência da lavra

Lei nº 7.990, de 28 de Dezembro de1989

Institui, para os Estados, Distrito Federal e Municípios, compensação financeira ...pelo resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica, de recursos minerais em seus respectivos territórios, plataformas continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, e dá outras providências.

Art. 6º A compensação financeira pela exploração de recursos minerais, para fins de aproveitamento econômico, será de até 3% (três por cento) sobre o valor do faturamento líquido resultante da venda do produto mineral, obtido após a última etapa do processo de beneficiamento adotado e antes de sua transformação industrial

40

.Lei no 8.001 de 13 de março de 1990

Define os percentuais da distribuição da compensação financeira, de acordo com as classes de substâncias minerais: I - minério de alumínio, manganês, sal-gema e potássio: 3% (três por cento); II - ferro, fertilizante, carvão e demais substâncias minerais: 2% (dois por

cento),; III - pedras preciosas, pedras coradas lapidáveis, carbonados e metais nobres:

0,2% (dois décimos por cento); IV - ouro: 1% (um por cento), quando extraído por empresas mineradoras,

isentos os garimpeiros.

A distribuição da compensação financeira será feita da seguinte forma: I - 23% (vinte e três por cento) para os Estados e o Distrito Federal; II - 65% (sessenta e cinco por cento) para os Municípios; II-A. 2% (dois por cento) para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico - FNDCT, III - 12% (doze por cento) para o Departamento Nacional de Produção

Mineral - DNPM, que destinará 2% (dois por cento) à proteção ambiental nas regiões mineradoras, por intermédio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama ou de outro órgão federal competente, que o substituir.

Decreto nº 1, de 11 de Janeiro de 1991

Art. 14 - Para efeito do disposto no artigo anterior, considera-se: I - atividade de exploração de recursos minerais, a retirada

de substâncias minerais da jazida, mina, salina ou outro depósito mineral para fins de aproveitamento econômico;

II - faturamento líquido, o total das receitas de venda, excluídos os tributos incidentes sobre a comercialização do produto mineral, as despesas de transporte e as de seguro;

III - processo de beneficiamento, aquele realizado por fragmentação, pulverização, classificação, concentração, separação magnética, flotação, homogeneização, aglomeração ou aglutinação, briquetagem, nodulação, sinterização, pelotização, ativação coqueificação, calcinação, desaguamento, inclusive secagem, desidratação, filtragem, levigação, bem como qualquer outro processo de beneficiamento, ainda que exija adição ou retirada de outras substâncias, desde que não resulte na descaracterização mineralógica das substâncias minerais processadas ou que não impliquem na sua inclusão no campo de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

41

CFEM: Principais Indicadores

1. Série de valores arrecadados

2. Distribuição das cotas

3. Distribuição por Estado

4. Distribuição por Município

5. Distribuição por substância

CFEM: Distribuição das cotas (2012 em R$ mil)

Municípios (65%) - (R$ 1.193)

Estados (23%) R$ 422

IBAMA (0,2%)R$ 3,7

MCT/FNDCT (2%) R$ 37

DNPM (9,8%) R$ 180

Fonte: Seicom com base nos dados do DNPM

42

CFEM : série de valores arrecadados (Dipar/DNPM) 2000=136 milhões/ 2012=1,84 bilhão

1834,942

1560,763

1083,142

742,731

857,819

547,262

465,881

406,048

326,079

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

CFEM - 2004-2012em R$ milhões

Fonte: Seicom com base nos dados do DNPM

Fonte: Seicom com base nos dados do DNPM

43

CFEM: distribuição por Ente da Federação (2012)

Minas Gerais55%

Pará29%

Goiás4%

São Paulo3%

Bahia2%

Mato Grosso do Sul

1%

Sergipe1%

Rio de Janeiro

1%

Amapá1%

Santa Catarina1%

Rio Grande do Sul1%

Paraná1%

Mato Grosso

0%

Fonte: Seicom com base nos dados do DNPM

CFEM : Distribuição por Município (2012 – 2.365 municípios arrecadaram a CFEM)

44

CFEM : Distribuição por Município (R$ 1.835 milhões -2012) – 3/15 estão no Pará

5 respondem por 53%

PARAUAPEBAS - PA31%

NOVA LIMA - MG14%

ITABIRA - MG10%

MARIANA - MG9%

SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO - MG

8%

ITABIRITO - MG6%

BRUMADINHO - MG5%

CONGONHAS - MG5%

OURO PRETO - MG3%

CANAÃ DOS CARAJÁS -PA3%

ALTO HORIZONTE - GO2%

ITATIAIUÇU - MG1%

PARAGOMINAS - PA1%

BARÃO DE COCAIS - MG1%

PARACATU - MG1%

Fonte: Seicom com base nos dados do DNPM

CFEM: distribuição por substância (2012)

FERRO72%

COBRE4%

OURO3%

ALUMÍNIO3%

GRANITO2%

CALCÁRIO 2%

AREIA2%

FOSFATO2%

NÍQUEL1%

MANGANÊS1% OUTROS

8%

Fonte: Seicom com base nos dados do DNPM

45

Bauxita e ferro

Simulação de recolhimento do royalty mineral – casos do ferro e bauxita

Participações governamentais do minério de ferroFonte: FMI (2007) , Liberia, Reforming the fiscal terms for mining and petroleum

46

Participações governamentais do ouroFonte: FMI (2007) , Liberia, Reforming the fiscal terms for mining and petroleum

Arrecadação sobre minério de ferro no Brasil –IUM, ICMS e CFEM (US$-base de 2007). QUARESMA, 2009

A fase do IUM (1975 – 1988) :

US$ 1,30/t

A fase do ICMS (1989 – 2000) entre 1988 e 1996 quando (o imposto incidia sobre as

exportações) - US$ 1,05/t

após a isenção (1996) - US$ 0,25/t

A fase da CFEM 1991-2008 - US$ 0,26/t

representando 1,3% do valor de produção in situ mina

47

Consequência

Pressão social:

Somente entre 2003 a 2010, foram apresentados:

5 PLs do Senado

13 PLs da Câmara

2 PECs

As propostas são pontuais, sem perspectivasistêmica.

Destaques da proposta de novo modelo para os

royalties da mineração

48

Princípios Norteadores

1. Alinhamento às diretrizes geraisda política mineral

2. Diferenciação dos bens mineraissegundo sua função econômica

3. Equidade na partilha dosbenefícios da mineração

4. Uso sustentável das rendasmineiras

Aspectos da política que serão alterados

1. Hipótese de incidência e base de cálculo

2. Alíquota

3. Arrecadação, fiscalização e cobrança

4. Distribuição entre os beneficiários e critério de uso

5. Participação do proprietário

49

Hipótese de Incidência e

Base de Cálculo

1. Mudança da Base de Cálculo para Receita Bruta

• Base de cálculo sobre o faturamento líquido,permitindo-se o desconto de tributos, transporte eseguros.

• Incidência da mesma alíquota sobre produtosminerais de diferentes níveis de agregação de valor(ex.: cadeias do ferro e das rochas ornamentais).

Hoje:

• A base de cálculo será a receita bruta de vendas,deduzidos apenas os tributos efetivamente pagossobre a comercialização.

• Decreto Presidencial definirá uma Tabela com osdiferentes produtos de cada cadeia de bensminerais e suas respectivas alíquotas, de modo amanter a arrecadação neutra à agregação de valor.

Proposta:

4

50

Exemplo: Austrália (Western Australia)

minério de ferro:

• Granulado 7,5%• Finos 5,625%• Concentrado (beneficiado) 5,0%

1. Mudança da Base de Cálculo para Receita Bruta

Alíquota escalonada de acordo com a agregação de valor

• Dificuldades para definição da base de cálculo nos casos deconsumo do bem em processo industrial ou em transações compartes relacionadas.

Proposta:

• O DNPM (ou agência) publicará periodicamente os preços de referência dos diferentes produtos minerais que constam na tabela de alíquotas.

• Esses preços de referência servirão para:

• definição de base de cálculo mínima;

• Recolhimento nos casos de comercialização de produtos que não constem na Tabela.

Hoje:

2. Preços de Referência

51

PROPOSTA CFEMComo cobrar?

Soluções:

1. Venda do bem mineral p. terceiros no Brasil = nota fiscal – descontos

2. Venda p. parte relacionada no exterior = preço de referência X quantidade embarcada

3. Produto transformado = preço de referência X proxy conteúdo mineral X quantidade

2

3

1

• Alíquotas definidas em Lei, sem critérios técnicos ou econômicos,criando ambuiguidades e dificultando atualizações.

Proposta:

• A Lei estabelecerá apenas alíquotas máxima e mínima.

• Decreto Presidencial publicará uma Tabela com as alíquotasespecíficas de cada produto em cada cadeia dos diferentes bensminerais.

Hoje:

3. Alíquotas

6

52

Possibilidade de critérios para determinação de alíquotas

Elementos de ponderação

Redutores

Alíquota Padrão 6%

1. Mineral escasso -1%

2. Elevado grau de dependência externa -

importação (> 40% consumo) -1%

3. Aplicação direta na construção civil (argila,

areia etc) -2%

4. CFEM Verde -1%

5. Exportação de mineral transformado (antes

da incidência do IPI) - 2%

Transformação do DNPM em Agência, commelhor estrutura institucional (Novo Marco);

Previsão legal para compartilhamento deinformações da Receita Federal e das ReceitasEstaduais.

Penalizações mais severas para casos de elisãono recolhimento da CFEM;

Convênio com órgãos estaduais e municipaispara o regime de autorização e fiscalização.

53

Repartição da Arrecadação

Possível Regras de Repartição

ATUAL PROPOSTA

UNIÃO 12% 10%

ESTADOS 23% 20%

MUNICÍPIOS 65% 50%MUNICÍPIOS AFETADOS

FEMIN 0% 20%

TOTAL 100% 100%

Distribuição entre os beneficiários

Duas questões precisam ser equacionadas:

1. Incorporar área de influência da mineração

União, Estados e Municípios deverão reduzir suaparticipação relativa, em prol da criação de um FundoMineral (com o objetivo de financiar projetos emmunicípios afetados pela atividade e fortalecer ossistema estaduais de mineração).

2. Criar condicionantes para aplicação departe dos recursos

Solução para a impossibilidade de definição daaplicação em legislação federal, bem comoimpossibilidade de controle por órgão federal.

54

Formado pelo excedente de arrecadação daCFEM devido à alíquota majorada sobreexportações brutas;

Conselho Deliberativo com participação de trêsníveis de governo, associação de trabalhadores eassociação de mineradores.

Gerenciado por Banco Público.

Fundo Especial para o Desenvolvimento de Regiões Mineradoras - (FEMIN)

55

56

57

58

59

• Exploração de minas de classe internacional, com elevadaseconomias de escala e altíssima rentabilidade devido a excepcionalformação geológica, recolhem o mesmo montante que as demaisminas.

Proposta:

• Para minas de classe internacional com grande volume e altalucratividade poderá ser instituída uma participação especialsobre o resultado operacional da mina.

• Apenas 5% do universo das minas são grandes minas. Destas,estima-se que em torno de 50 sejam passíveis de recolher a PE.

• As regras de distribuição dos valores arrecadados serão distintas ebeneficiarão mais fortemente o Estado minerador e a área deinfluência.

5. Participação Especial**

Hoje:

8

Participação do proprietário

Substituição da referência legal “proprietário”por “superficiário”

Superficiário é conceito jurídico mais amploque abrange também o posseiro, ao lado doproprietário. Esta medida é fundamental,sobretudo, na Amazônia, onde a grandemaioria das pessoas reveste apenas a figurade posseiro, situação jurídica muitas vezesreconhecida pelo próprio Estado, haja vistaos históricos problemas fundiários vividospela região.

60

Possibilidades de desenvolvimento de economias baseadas em recursos

(Enríquez 2012)

Rent seeking armadilha

Rota progressiva ao subdesenvolvimento

Mobilização das forças produtivas em prol do

desenvolvimento

Limites estruturais para agregar valor

CAPTURA DAS RENDAS MINEIRAS

DIVERSIFICAÇÃO PRODUTIVA-

IV

+

+III

I

II

_

Obrigada pela atenção!!!

MARIA AMÉLIA ENRÍ[email protected]

[email protected]

61

ANEXO III

“Política de controle e fiscalização da CFEM”

(Marco Antônio Cordeiro – DNPM)

Práticas de controle e fiscalização da CFEM

Marcos Antonio Cordeiro / DNPM-PAEng. de Minas

Belém-PAmarço de 2013

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL – 1988:

• Art. 20 - São bens da União:IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo.

• Art. 176 - As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais deenergia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito deexploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário apropriedade do produto da lavra.

Parágrafo 1º - A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dospotenciais a que se refere o caput deste artigo somente poderão ser efetuados medianteautorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresaconstituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na formada lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades sedesenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.

62

- Autarquia Federal, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, criada pela LeiFederal n° 8.876, de 02/05/1994, publicada no D.O.U de 03/05/1994 (*).

- Missão: Gerir o patrimônio mineral brasileiro de forma sustentável utilizandoinstrumentos de regulação em benefício da sociedade.

(*)Nasceu por Decreto em 08/03/1934

RR AP

PAAM

AC

RO

MT

TO

MA

PI

CERN

PB

PE

AL

SE

BA

GO

DF

MG

ES

RJSP

MS

PR

SC

RS

Sede.

25 Superintendências.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

COMPETÊNCIA (Lei Federal nº 8.876/94)

– Promover o planejamento e o fomento da exploração e doaproveitamento dos recursos minerais, e superintender aspesquisas geológicas, minerais e de tecnologia mineral;

– Assegurar o acesso ao bem mineral, por meio da outorga detítulos autorizativos para a exploração e o aproveitamento desubstâncias minerais no país;

– Controlar e fiscalizar o exercício das atividades de mineraçãoem todo o território nacional, na forma que dispõe alegislação;

– Fiscalizar e controlar a arrecadação de taxas, emolumentos eCompensação Financeira pela Exploração de RecursosMinerais – CFEM;

– Proteção do patrimônio fossilífero.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

63

O que é CFEM ?

• Lei nº 7.990, De 28/12/1989 - Art. 6º - A compensação financeira pela exploração de recursos minerais, para fins de aproveitamento econômico, será de até de 3% (três por cento) sobre o valor do faturamento líquido resultante da venda do produto mineral, obtido após a última etapa do processo de beneficiamento adotado e antes de sua transformação industrial.

• Lei nº 8.001, De 13/03/1990 – Art. 2º - Para efeito de cálculo de compensação financeira de que trata o art. 6º da Lei nº 7.990, de 28/12/1989, entende-se por faturamento líquido o total das receitas de vendas, excluídos os tributos incidentes sobre a comercialização do produto mineral, as despesas de transporte e as de seguro.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

• Quem deve recolher a CFEM ?

• Decreto nº 1, De 11/01/1991 – Art. 13 – A compensação financeira devida pelos detentores de direitos minerários a qualquer título, em decorrência da exploração de recursos minerais para fins de aproveitamento econômico, será de até 3% (três por cento) sobre o valor do faturamento líquido resultante da venda do produto mineral, obtido após a última etapa do processo de beneficiamento adotado antes de sua transformação industrial.

• § 4º - No Caso das substâncias minerais extraídas sob regime de permissão de lavra garimpeira, o valor da compensação será pago pelo primeiro adquirente.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

64

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

• Qual é o fato gerador da CFEM?

• Decreto nº 1, De 11/01/1991 – Art. 15 - Constitui fato gerador da compensação financeira devida pela exploração de recursos minerais a saída por venda do produto mineral das áreas da jazida, mina, salina ou de outros depósitos minerais de onde provém, ou de quaisquer estabelecimentos, sempre após a última etapa do processo de beneficiamento adotado e antes de sua transformação industrial.

• Parágrafo Único – Equipara-se à saída por venda o consumo ou a utilização da substância mineral em processo de industrialização realizado dentro das áreas da jazida, mina, salina ou outros depósitos minerais, suas áreas limítrofes e ainda em qualquer estabelecimento.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

• Qual é o percentual da CFEM?

• Decreto nº 1, De 11/01/1991 – Art. 13 - § 1º - O percentual da compensação, de acordo com as classes de substâncias minerais será de:

I – minério de alumínio, manganês, sal-gema e potássio: 3%(três por cento);

II – ferro,fertilizante, carvão, e demais substâncias minerais: 2%(dois por cento), ressalvado o disposto no inciso IV deste artigo;

III – pedras preciosas, pedras coradas lapidáveis, carbonatos e metais nobres: 0,25 %(dois décimos por cento);

IV – ouro: 1 % (um por cento), quando extraído por empresas mineradoras, isentos os garimpeiros.

65

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

• Como e quando será efetuado o pagamento da CFEM ?

• Decreto nº 1, De 11/01/1991 – Art. 26 - O pagamento das compensações financeiras previstas neste Decreto, inclusive dos royalties devidos por Itaipu Binacional ao Brasil, será efetuado mensalmente, diretamente aos beneficiários, mediante depósito em contas específicas de titularidade dos mesmos no Banco do Brasil S. A., até o último dia útil do segundo mês subsequente ao fato gerador.

• Quais as restrições para uso das receitas da CFEM ?

• Decreto nº 1, De 11/01/1991 – Art. 26 – Parágrafo Único – É vedado aos beneficiários das compensações financeiras de que trata este Decreto, a aplicação das mesmas em pagamentos de dívidas e no quadro permanente de pessoal.

I

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

• Como é distribuída a CFEM?

• Decreto nº 1, De 11/01/1991 – Art. 13 - § 2º - A distribuição da compensação financeira de que trata este artigo será feita da seguinte forma:

I – 23%(vinte e três por cento) para os Estados e o Distrito Federal;

II – 65%(sessenta e cinco por cento) para os Municípios;

III – 12 %(doze por cento) para o DNPM, que destinará e 2% (dois por cento) à proteção ambiental nas regiões mineradoras, por intermédio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, de outro Órgão Federal competente, que o substituir.

66

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

• Como e quando será efetuado o pagamento da CFEM ?

• Decreto nº 1, De 11/01/1991 – Art. 26 - O pagamento das compensações financeiras previstas neste Decreto, inclusive dos royalties devidos por Itaipu Binacional ao Brasil, será efetuado mensalmente, diretamente aos beneficiários, mediante depósito em contas específicas de titularidade dos mesmos no Banco do Brasil S. A., até o último dia útil do segundo mês subsequente ao fato gerador.

• Quais as restrições para uso das receitas da CFEM ?

• Decreto nº 1, De 11/01/1991 – Art. 26 – Parágrafo Único – É vedado aos beneficiários das compensações financeiras de que trata este Decreto, a aplicação das mesmas em pagamentos de dívidas e no quadro permanente de pessoal.

I

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

• Quais os impedimentos legais para quem não recolhe devidamente a CFEM ?

• Portaria nº 439, De 21/11/2003 – Art. 2º - Enquanto o titular de direito minerário encontra-se inscrito em dívida ativa por débito referente á CFEM, seja por não pagamento, pagamento fora do prazo ou pagamento a menor, relativamente ao respectivo processo minerário, não será admitida nos seus autos a prática dos seguintes atos por parte do DNPM:

• I – averbação de incorporação, cisão e fusão de empresas, bem como averbação de cessão parcial e total, transferência e arrendamento de requerimento e/ ou direito minerário;

• II – suspensão temporária da lavra, no regime de concessão;

• III – averbação de renovação de licença, no regime de Licenciamento;

• IV – prorrogação do Alvará de Pesquisa, no regime de Autorização, quando o interessado for detentor de guia de utilização.

67

68

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - PA

MUITO

OBRIGADO!

Marcos Antonio Cordeiro – Eng. de minas - Esp. Rec. Minerais do DNPM-PAe-mail: [email protected]

Site do DNPM: www.dnpm.gov.br

69

ANEXO IV

“A função social dos royalties minerais”

(Heleno Costa, Secretário de Desenvovimento de Parauapebas.)

SEDEN | Secretaria de Desenvolvimento

8ª Oficina Temática Seicom

“Royalties Minerais e o

Desenvolvimento Regional”

Março | 2013

70

Apresentação

8ª Oficina em Parauapebas

Parauapebas sediar a 8ª Oficina do Plano de Mineração do Estado do Pará 2013/2030 é de suma importância não só para nós, mas também para toda a região da Província Mineral de Carajás, a maior concentração de minério do planeta. Destaque para o ferro, cobre, manganês, níquel e ouro.

Histórico da Província de Carajás

Descoberta: 1967

Implantação: 1979 – 1986

Reservas de Fe globais: 18 bi/t

Serra Norte: 6 bi/t

Alvo N4E: 1,4 bi/t

71

Província Mineral de Carajás

Municípios mineradores

- Parauapebas

- Marabá

- Curionópolis

- Canaã dos Carajás

- Ourilândia

- Tucumã

- São Felix do Xingu

Surgimento de Parauapebas

72

Surgimento de Parauapebas

1981 – Cidade Nova, de forma ordenada.

1981 – Rio Verde, oriundo de invasão

1988 – Emancipação do município (10/05/1988)

Evolução da População da Cidade

Fonte:

73

Evolução da Produção de Minério

Evolução da produção/exportação do Fe em

Carajás:

- 500 milhões/t nos primeiros 15 anos

- 500 milhões/t nos 7 anos subsequentes

- Novas minas abertas: N5 e N6

CFEM – Compensação Financeira

Pela Exploração Mineral

CFEM – Instituído em 1990 Objetivo - Criação de receitas para serem aplicadas

em projetos, que direta ou indiretamente revertam em prol da comunidade local, na forma de melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da saúde e educação.

Participação:- 12% União; - 23% Estado; - 65% Município

74

ANO PREVISTO ARRECADADO

2009 59.885.230,00 107.734.143,97

2010 62.444.865,00 131.142.153,57

2011 90.080.123,00 234.391.751,95

2012 245.580.281,00 283.132.063,04

Até Fev 2013 277.979.287,17 147.603.779,73

PREVISTO

ARRECADADO-

50000000,000

100000000,000

150000000,000

200000000,000

250000000,000

300000000,000

20092010

20112012

Até Fev 2013

PREVISTO

ARRECADADO

Fonte:SEPLAN

CFEM – Evolução da arrecadação

CFEM – Função Social dos Royalties

Premissas Transparência na aplicação dos recursos; Planejamento estratégico indispensável; O bem mineral é finito; Necessidade de novas matrizes de desenvolvimento

econômico.

75

Governo Valmir Mariano Parauapebas 500 mil habitantes

Diretrizes Investir em novas matrizes produtivas; Distrito Industrial; Porto Seco; Indústria metalmecânica; Polo Moveleiro; Polo Gemas e Jóias; Turismo; Fomento financeiro para microempreendedores

através do Banco do Povo.

Banco do Povo

Fonte:Banco do Povo

0

50

100

150

200

250

2007 2009 2010 2011 2012 fev/yy

CRÉDITOS LIBERADOS

Créditos Liberados

76

Banco do Povo

Fonte:Banco do Povo

-

100000,000

200000,000

300000,000

400000,000

500000,000

600000,000

2007 2009 2010 2011 2012 fev/yy

VALORES EMPRESTADO

Valores Emprestado

SEBRAE

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

2010 2011 2012 fev/yy

EMPREENDEDORES FORMALIZADOS

EMPREENDEDORES FORMALIZADOS

Fonte:SEBRAE

77

Governo Valmir Mariano Parauapebas 500 mil habitantes

Diretrizes Investir na Infraestrutura Urbana vias urbanas; ordenamento do trânsito; energia de qualidade; comunicação e internet.

Governo Valmir MarianoParauapebas 500 mil habitantes

Diretrizes Investir na Saúde Preventiva Água tratada (hoje 50%); Saneamento básico (esgoto, hoje 10%); Postos de saúde nos bairros

78

Governo Valmir MarianoParauapebas 500 mil habitantes

Diretrizes Investir na Educação Suprir o déficit de 23 escolas com 16 salas; Formação/Qualificação de mão de obra.

Governo Valmir MarianoParauapebas 500 mil habitantes

Diretrizes Investir na Preservação Ambiental Urbano; Rural.

79

Governo Valmir MarianoParauapebas 500 mil habitantes

Diretrizes Investir na Assistência Social e em Habitação Migração intensa; Déficit de 10.000 uh.

Governo Valmir MarianoParauapebas 500 mil habitantes

Distribuição dos royalties

Será adotado o princípio constitucional da transparência, onde os percentuais dos recursos a serem aplicados serão apropriados em conformidade com o planejamento estratégico a ser definido.

80

Obrigado pela atenção

Secretário Municipal de Desenvolvimento

Heleno Costa

[email protected]

81

ANEXO V

“Os royalties na perspectiva das empresas”

(Ronaldo Lima - IBRAM)

Indústria Mineral Brasileira e ParaenseBelém, 20 de março de 2013

Um pouco sobre o IBRAM

82

IBRAM-Instituto Brasileiro de Mineração

Organização privada, sem fins lucrativos, que representaa Indústria Mineral Brasileira;

Fundado em 1976;

Congrega 226 empresas [mineração e não-mineração];

Representa mais de 85% da Produção Mineral Brasileira(US$ 50 bilhões em 2011);

Escritório Central: Brasília – Filiais: Estados de Minas Gerais e Pará;

1• Defesa de Interesses do Setor Mineral nos Níveis

Federal e Estadual

2

• Congressos de Mineração, Feiras e Eventos

• Imagem da Mineração [reputação]

3• Programas Técnicos

• Boas Práticas para o setor mineral

Atuação do IBRAM

83

Gestão de Recursos Hídricos

Saúde & Segurança Ocupacional

Inventário de Emissões de GEE

Capacitação para Gestão de Barragens de Rejeitos

Planejamento para o Fechamento de Mina

IBRAM Amazônia

APA Sul – Metodologia de Planejamento Territorial

Imagem da Mineração

Inventário de práticas de gestão para a sustentabilidade

Programas Técnicos do IBRAM

Geografia Mineral no Mundo

ouro cobre ferro níquel chumbo zinco Gemas diamante outros

Fonte: Raw Materials Group

84

PIB > US$ 900 bilhões

Pop > 140 milhõesÁrea > 3 milhões km²

Bangladesh

Nigéria

Paquistão

Austrália

Canadá

Rússia

EUA

BRASIL

China

Índia

Japão

México

Espanha

AlemanhaReino

UnidoItália

França

Coréia do Sul

Fonte: Banco Mundial (2010)

Indonésia

Brasil no Mundo

MINERAÇÃO &

ECONOMIA BRASILEIRA

85

Principais regiões com depósitos minerais

Bauxita, Ferro, Vanádio, Níquel, Cromo e Agregados

Ametista e Agregados

Cobre, Níquel e Ouro

Fonte: IBRAM 2012

Exportador

Global

Player

Exportador Auto-SuficienteImportador/

Produtor

Dependência

Externa

Nióbio (1°)

Min.Ferro(1°)

Manganês (2°)

Tantalita (2°)

Níquel

Magnesita

Caulim

Estanho

Calcário

Diamante Indust.

Titânio

Cobre

Fosfato

Carvão

Metalúrgico

Enxofre

Potássio

Grafite (3°)

Bauxita (2°)

Rochas

Ornamentais (4°)

Vermiculita

Cromo

Ouro

Tungstênio

Talco

Diatomito

Zinco Terras Raras

Minerais Estratégicos

Importância do Brasil na produção

mineral mundial em 2012

86

Produção Mundial X Brasil

Dados 2011, valores em 1.000 toneladas

*Ouro unidade em toneladas

Fontes: ABAL, IABR, IBRAM, USGS e World Steel Association

Produto Mundo Brasil % Brasil-Mundo

Minério de Ferro 2.800.000 467.000 16,68%

Aço 1.490.060 35.162 2,36%

Bauxita 220.000 31.000 14,09%

Alumínio 44.100 1.440 3,27%

Cobre 16.100 400 2,48%

Zinco 12.400 285 2,30%

Níquel 1.800 70 3,89%

Ouro* 2.700 t 66 t 2,44%

Produção Mineral Brasileira em US$ bilhões

Estimativa

12

50

55

Crescimento 1 década = 550%

2008 até 2011 = 78%

2009 até 2011 = 108%

2010 até 2011 = 28%

Estimativa cresc. em 2012 de 5% a 8%

Fonte: IBRAM/DNPM

Estado do Pará representa quase 30% PMB

87

Investimentos no Setor Mineral

Fonte: IBRAM

88

MineralProdução em 2011

(1.000 ton) (A)Acréscimos até 2016

(1.000 ton) (B)Produção Prevista em 2016 (C)=(A+B)

Variação (C/A)

Agregados 673.000 176.000 849.000 26%

Ferro 467.000 353.000 820.000 76%

Bauxita 31.000 7.000 38.000 23%

Manganês 2.600 400 3.000 15%

Fosfato 1.800 700 2.500 39%

Cobre 400 200 600 50%

Potássio 290 2.110 2.400 728%

Zinco 285 65 350 23%

Nióbio 90 30 120 33%

Níquel 70 30 100 43%

Ouro 0,066 0,029 0,095 44%

Aumento de produção mineral até 2016

Fonte: IBRAM estimativas

89

Principais Produtos Exportados e

Importados pelo Brasil em 2011

Histórico de Arrecadação de CFEM 2005-2012

Fonte: DNPM

405462

537

854

737

1.078,2

1540,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Valores em milhões de R$

2012 est

anualizado

1.450

Estado do Pará

responde por 30% da

arrecadação nacional

de CFEM, ou seja,

em 2011, este valor

foi de R$ 462,7

milhões

90

MINERAÇÃO E

ECONOMIA PARAENSE

91

Evolução da Produção Mineral do Pará

2007-2011

Projeção da Produção Mineral do Pará

2012-2015

92

Mapa Mineral

do Pará há:

Alumina

Argila

Bauxita

Calcário

Caulim

Cobre

Ferro

Granito

Manganês

Níquel

Ouro

Potássio

Fonte: Simineral 2012

Exportação Mineral do Pará

93

Exportação Mineral do Pará

Participação da Indústria Mineral no

Total de Exportações do Pará em 2012

94

Fonte: SIMINERAL

Principais Produtos Exportados pela

Indústria de Mineração do Pará

Participação dos Principais Minerais no

Total das Exportações do Pará em 2012

95

Fonte: SIMINERAL

Investimentos previstos pela Indústria

Mineral no Estado do Pará até 2016

Obs: O nº de investimentos apurado pelo IBRAM contempla apenas a

Indústria Extrativa Mineral, logo é diferente do utilizado pelo SIMINERAL

Investimentos previstos pela Indústria

Mineral no Estado do Pará até 2016

Fonte: SIMINERAL

96

Fonte: SIMINERAL

Investimentos previstos pela Indústria

Mineral no Estado do Pará até 2016

Fonte: SIMINERAL

Investimentos previstos pela Indústria

Mineral no Estado do Pará até 2016

97

Geração de Empregos Diretos e Indiretos na

Cadeia Mineral do Estado do Pará

A cadeia produtiva

mineral respondeu por

255 mil empregos

diretos e indiretos no

Pará em 2012. Para

cada emprego direto

criado na Indústria da

Mineração, outros

trezes postos de

trabalho são gerados

ao longo da cadeira

produtiva.

(SIMINERAL)

Fonte: MTE/CAGED/RAIS 2012

Evolução da Arrecadação de CFEM no Estado

do Pará 2008-2012

98

Maiores Municípios Arrecadadores de CFEM

no Estado do Pará 2007-2011

Maiores Municípios Arrecadadores de CFEM

no Estado do Pará 2012

99

3% Minério de alumínio, manganês, sal gema e potássio

2% Ferro, fertilizante, carvão e demais substâncias

1% ouro

0.2% Pedras preciosas, carbonatos e minerais nobres

BASE DE CALCULO DAS ALIQUOTAS

65%27%

12%

MUNICÍPIO ESTADO UNIÃO

DISTRIBUIÇÃO DA CFEM

100

Cotação dos Principais Minerais do Pará

Cotação dos Principais Minerais do Pará

101

Cotação dos Principais Minerais do Pará

Cotação dos Principais Minerais do Pará

102

Cotação dos Principais Minerais do Pará

103

Os grandes desafios da mineração Brasileira

Riscos da indústria e o

ambiente de negócios

Fonte: IBRAM/Ernst & Young

104

O CICLO DA PRODUÇÃO MINERALAproveitar o timing é essencial para valorizar os recursos minerais dos países

PREÇOS EM ALTA

MAIS PROSPECÇÃO, NOVAS MINAS

AUMENTO DA OFERTA

REDUÇÃO DOS PREÇOS

PROSPECÇÃO REDUZIDA,

FECHAMENTO DE MINAS

REDUÇÃO DA OFERTA

EVOLUÇÃO DOS TÍTULOS MINERÁRIOS NO BRASIL 1991 -2010

Alvarás de pesquisa

205.197

Relatórios de pesquisa aprovados

16.759

Portarias de Lavra 4.680

Requerimentos de pesquisa 419.480

4 %

49 %

100%

1 %Fonte: DNPM

105

Governos

Canais de Distribuição Comunidade

Consumidores

Fornecedores

Imprensa

Investidores

Terceiro Setor

Parceiros

Público Interno

Entidades de Classe

Empresa

As complexidades das relações no setor

1:1.000.000 = 100% 8.500.000 km2

1: 500.000 = 32% 2.759.000 km2

1: 250.000 = 55,7% 4.734.000Km2

1: 100.000 = 18% 1.531.000 km2

1: 50.000 = 4.3% 364.846 km2 ESCALA 1:100.000

ESCALA 1:250.000

Conhecimento Geológico

Fonte: MME

106

Investimentos em Exploração Mineral dos 10 Países Líderes

Total: US$ 10,7 bilhões

(2010)

Fonte: Metals Economic Group 2011

Desafios da desconcentração

Especialmente nas Exportações, somos muito

dependentes do Minério de Ferro, sendo que o

Brasil é rico em diversidades minerais

107

Formação de Engenheiros por Ano

Fonte: CNI e CONFEA

0

50

100

150

200

250

300

350

BRASIL CORÉIA DO SUL CHINA ÍNDIA

Déficit no Brasil de aproximadamente 20 mil engenheiros

formados por ano

350

30

80

150

mil engenheiros

MINERAÇÃO &

SUSTENTABILIDADE

108

Biodiversidade

Área da Flona de Carajás no município de Parauapebas-PA, ano de 1980

Área da Flona de Carajás no município de Parauapebas-PA, ano de 2006 –PNM 2030

Clima

8.855.655 t de CO2e

109

EMISSÕES DE GEE TOTAIS

POR BENS MINERAIS

EMISSÕES DE GEE TOTAIS

DEMAIS BENS MINERAIS (EXCETO FERRO)

Fonte: IBRAM

Clima

Saúde e Segurança Tipologia mineral Investimentos (R$)

Amianto crisotila 1.794.246,49

Bauxita 2.124.739,00

Calcário 1.340.990,00

Carvão mineral 322.000,00

Cassiterita 250.000,00

Caulim 1.830.392,63

Cobre 4.087.393,47

Ferro 22.093.497,46

Granito 120.000,00

Manganês 2.400.000,00

Níquel 5.627.830,00

Ouro 14.727.846,00

Potássio 7.622.558,00

Talco 231.500,00

Zinco 2.245.729,92

Investimentos - 2011

Fonte: Minérios e minerales, 2011.

Taxa de mortalidade (caiu à metade no

setor mineral entre 1999 e 2009)

110

Gestão da sustentabilidade na

mineração: 20 anos de história

Estudo disponível para download em português

http://www.ibram.org.br/sites/1300/1382/00002130.pdf

Evolução das Práticas de Gestão da

Sustentabilidade

Objetivo do estudo:

Identificar a evolução das práticas de gestão de

aspectos de sustentabilidade, e, por conseguinte, a

contribuição das empresas mineradoras que

operam no Brasil para o Desenvolvimento

Sustentável;

Compartilhar com a sociedade os compromissos e

medidas implementadas pelas empresas;

111

112

Valor do índice Análise Gestão Ambiental no tema gestão ambiental em 2011

113

ISO 14001

Eficiência energética

114

Gestão de Água

Áreas Verdes

115

Qual a imagem da mineração?

• Brasil colonial ?

• Serra Pelada nos anos 80?

116

Mineração Sustentável e Moderna ?

OBRIGADO!

Ronaldo Lima

Gerente Executivo no IBRAM Amazônia

[email protected]

117

ANEXO VI

“Estratégias de gonvernança de municípios mineradores”

(Anderson Cabido - IDTM).

Anderson Cabido– Presidente do IDTM – Instituto de Desenvolvimento de

Territórios Mineradores

– Secretário Executivo e ex-Presidente da AMIB – Associação doMunicípios Mineradores do Brasil

– Ex-Prefeito de Congonhas-MG (2005-2012)

– Assessor e Ex-Presidente do CODAP – Consórcio Público para oDesenvolvimento do Alto Paraopeba

– Mestre em Administração pela UFMG

– Especialista em Desenvolvimento Local pela OIT/ONU

118

119

120

"Estratégias de governança de municípios mineradores"

8ª oficina do Plano de Mineração do ParáParauapebas-PA, 20 de março de 2013

Por que precisamos de estratégias de governança para municípios

mineradores?

Municípios mais complexos

Desafios e impactos muito grandes

Nenhum “ator” isoladamente é capaz de lidar com esses desafios e esses impactos

121

O que são estratégias de governança para municípios

mineradores?

Novos conceitos aplicados à gestão publica:

Protagonismo regional

Cooperação interinstitucional

Gestão compartilhada

Qualidade e eficiência da

Gestão Pública

Formas modernas e inovadoras de gestão pública para enfrentar os desafios e os

problemas inerentes aos territórios mineradores

Elaborando “O Plano”

Desafio: compatibilizar a presença da mineração com o desenvolvimento efetivo

das comunidades

Identificação dos impactos

Cenários da mineração em nível

municipal, regional e nacional

Problemas atuais e futuros e suas

estratégias para enfrentá-los

Oportunidades de ganhos para as comunidades

122

Qual desenvolvimento nós queremos?

O modelo de desenvolvimento é específico para cada território

Cabe à boa governança proporcionar o convívio adequado da cidade, das

pessoas e da mineração

Qual desenvolvimento nós queremos?

Os principais problemas trazidos pela mineração recaem sobre um território maior

que as fronteiras de um município

O mesmo ocorre com as oportunidades de ganhos

Em suas políticas e no programa de governo, os municípios mineradores precisam considerar os impactos causados nos vizinhos e na região como um todo

123

Estratégias para o Desenvolvimento

• Adensamento e Diversificação

• Qualidade da Gestão Pública

• Planejamento Estratégico do Governo e da Região

• Mecanismos de participação, de transparência e de gestão compartilhada

• Cooperação Institucional

Quais são as melhores

estratégias para

enfrentamentodessa nova realidade?

Cooperação Intermunicipal

O EXEMPLO DO ALTO PARAOPEBA:

124

O CODAP foi criado para preparar o Alto Paraopeba para os investimentos das grandes empresas de mineração e siderurgia, visando

garantir o desenvolvimento sustentável, integrado e includente da região.

INVESTIMENTOS PREVISTOS

NO ALTO PARAOPEBA

125

R$ 22,1 Bilhões

+/- 40 mil empregos nas obras

+/- 17 mil empregos diretos

+/- 50 mil empregos indiretos

+/- 120 mta de minério de ferro

+/- 12 mta de aço

Investimentos concluídos até 2018

• Fluxo Migratório de trabalhadores e populações de baixa renda

• Riscos ambientais como poeira e comprometimento dos recursos hídricos

• Sobrecarga nos serviços públicos, em especial na saúde, assistência social,

limpeza urbana, abastecimento, lazer e educação

• Segurança Pública e ameaça do crime organizado e do tráfico

• Inexistência de infra-estrutura de: saneamento básico, moradia

• Aumento do trânsito e do tráfego e saturação das vias públicas

• Ocupações urbanas irregulares e surgimento de assentamentos precários

• Risco sobre o patrimônio cultural material e imaterial

• Elevação do custo de vida e da especulação imobiliária

PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES

126

• 1º Consórcio Público do Brasil

• Centro Tecnológico de Engenharia – Campus da UFSJ

• Pólo Universitário da UAB – Universidade Aberta do Brasil

• PDF – Plataforma de Desenvolvimento de Fornecedores

• Parque Tecnológico e Incubadoras de Base Tecnológica

• Criação de Zona Especiais de Processamento e Transformação Mineral

• Plano de Desenvolvimento Regional

• Articulação para elaboração do Plano Diretor Regional

• Criação de fóruns regionais dos secretários municipais

• Programa: Diagnóstico georeferenciado da Zona Rural

• Programa: Mapeamento e nomenclatura das estradas municipais

• Programa: Compras coletivas

• Programa: Fiscalização Tributária Coletiva

• Programa: Escritório de Engenharia e Projetos

• Programa: EFA – Escola Família Agrícola

• Programa: Unidade Rural Demonstrativa

• Diversas Conferências Regionais: Criança e Adolescente, Igualdade Racial, Saúde, Juventude, Cidades, Idoso, Cultura . . .

• Programas de Qualificação Profissional

127

128

Aperfeiçoamento da Gestão Pública Municipal

• Captação de Recursos

• Sistema de alerta das Certidões Municipais

• Compras Coletivas

• Planejamento Estratégico e Monitoramento de Indicadores

• Serviço de Projetos de Engenharia

• Aumento da Arrecadação e Modernização Tributária

Pólo Industrial do Alto Paraopeba

• Parque Tecnológico do Alto Paraopeba

• Incubadora de Base Tecnológica

• PDF - Plataforma de Desenvolvimento de Fornecedores

• Política Regional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Participação Cidadã

• Agenda 21 Minero-Siderúrgica do Alto Paraopeba

• Conferências Regionais

Melhoria dos Serviços Públicos

• Defesa Civil Regional

• Serviços de Iluminação Pública

• Plano de Saneamento Básico

• Regularização Fundiária Regional

• Transporte Coletivo Regional

Desenvolvimento Rural

• Centro de Referência em Agropecuária

• Diagnóstico Georeferenciado da Zona Rural

• Nomeclatura e Sinalização das Estradas Vicinais

• Pavimentação das Estradas Municipais

Programa Regional de Atendimento à população vulnerável

• CAPS 24h Regional

• Abrigo para Migrante e População de Rua

• Abrigo para Menor Infrator

129

PREOCUPAÇÕES DOS MUNICÍPIOS MINERADORES DO BRASIL EM RELAÇÃO À CFEM

A s s o c i a ç ã o d o s M u n i c í p i o s M i n e r a d o r e s d o B r a s i l

A s s o c i a ç ã o d o s M u n i c í p i o s M i n e r a d o r e s d o B r a s i l

A AMIB defende a Mineração e desejafazer dela um vetor que contribuaefetivamente com o desenvolvimentosustentável dos territórios onde ela estápresente e com a melhoria das condiçõesde vida das comunidades envolvidas, oque não ocorre atualmente.

130

A s s o c i a ç ã o d o s M u n i c í p i o s M i n e r a d o r e s d o B r a s i l

1. Apoiar o Governo na aprovação do novo MarcoRegulatório da Mineração e da nova legislação daParticipação Governamental.

2. Articular junto ao DNPM para recebimento dasdívidas que as mineradoras constituíram ao longo dosanos.

3. Realizar parceria para a efetiva disseminação eimplementação dos objetivos estratégicosapresentados no PNM 2030 em todos os municípiosbrasileiros.

A s s o c i a ç ã o d o s M u n i c í p i o s M i n e r a d o r e s d o B r a s i l

1- Modernização da legislação

2- Alíquota

3- Base de Cálculo

4- Transferências

5- Pelotização

6- Aplicação da CFEM

7- Municípios do entorno

8- Fiscalização / Emissão de certidão positiva

9- Decadência e Prescrição

10- Partilha

131