plano de mineraÇÃo do estado do parÁ 2013-2030...

100
PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 PARÁ 2012 RELATO DA 3ª OFICINA “ATIVIDADES GARIMPEIRAS NO ESTADO DO PARÁ” JUNHO/2012

Upload: phamthu

Post on 09-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030

PARÁ 2012

RELATO DA 3ª OFICINA

“ATIVIDADES GARIMPEIRAS NO ESTADO DO PARÁ”

JUNHO/2012

Page 2: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

2

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................................ 03

1. COMENTÁRIOS INICIAIS......................................................................................... 04

2. OBJETIVO PRINCIPAL............................................................................................. 04

3. METODOLODIA......................................................................................................... 04

4. PALESTRAS DE CONTEXTUALIZAÇÃO................................................................. 05

4.1. “PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ – 2013-2030” (SEICOM)........ 05

4.2. “ATIVIDADE GARIMPEIRA NA REGIÃO DO TAPAJÓS” (AMOT).......................... 06

4.3. “LICENCIAMENTO AMBIENTAL” (SEMA/PA)........................................................ 07

4.4. “UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E RESTRIÇÕES ÀS ATIVIDADES MINERAIS

NO PARÁ” (ICMBIO) ......................................................................................................

09

4.5. “FORMALIZAÇÃO DA ATIVIDADE GARIMPEIRA” (DNPM)................................... 10

5. LIVRE MANIFESTAÇÃO DOS PARTICIPANTES.................................................... 11

6. RELATORIA DAS DISCUSSÕES DOS GRUPOS DE TRABALHOS....................... 13

6.1. PARTICIPANTES DO GRUPO DE TRABALHO 01 – REGULARIZAÇÃO E

FORMALIZAÇÃO - CURTO PRAZO..............................................................................

14

6.1.1. Relato dos Debates do Grupo 01....................................................................... 14

6.1.2. Plano de Ação do Grupo de Trabalho 01.......................................................... 17

6.1.3. Imagens do Grupo de Trabalho 01.................................................................... 18

6.2. PARTICIPANTES DO GRUPO DE TRABALHO 02 – CONDIÇÕES PARA A

FORMALIZAÇÃO E BOA GESTÃO EM CURTO E LONGO PRAZO.............................

19

6.2.1. Relato dos Debates do Grupo 02....................................................................... 20

6.2.2. Plano de Ação do Grupo de Trabalho 02.......................................................... 20

6.2.3. Imagens do Grupo de Trabalho 02.................................................................... 21

7. RODADA FINAL DE CONTRIBUIÇÕES ……………………………………………… 22

8. PALESTRA DE ENCERRAMENTO........................................................................... 23

8.1. “PROCESSO KIMBERLY” (SGM/MME).................................................................. 23

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 24

10. ENCAMINHAMENTOS............................................................................................. 24

ANEXOS......................................................................................................................... 25

Page 3: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

3

INTRODUÇÃO

Uma das prioridades do Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado

de Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM), é a elaboração do Plano de Mineração do

Estado do Pará – 2013/2030, desafio a ser desenvolvido seguindo as linhas de ação do

Plano Nacional de Mineração - 2030, a cargo do Ministério de Minas e Energia (MME).

Nesse sentido, a elaboração do Plano do Pará é um passo estratégico para o

fortalecimento da governança pública sobre os recursos minerais e para a consolidação de

políticas que visem o desenvolvimento do setor mineral em todo o Estado do Pará.

Este documento relata a 3ª oficina temática “A Atividade Garimpeira no Estado do

Pará”, realizada pela SEICOM – MME/SGM, em 26 de junho de 2012, no município de

Itaituba (na localidade Recanto Fazenda Maloquinha) com a participação de 61

representantes de diversos setores públicos e privados relacionado ao tema, dentre eles

42 representantes de órgãos públicos (municipal, estadual e federal), 07 representantes da

iniciativa privada, 02 representantes das academias de ensino e 10 representantes da

sociedade civil.

A coordenação do Plano agradece a participação das instituições que contribuíram

com a construção coletiva das ações de curto e longo prazos, no segmento das atividades

garimpeiras que ofereceram valiosos subsídios para elaborar do primeiro Plano de

Mineração do Estado do Pará. As Instituições participantes foram AMIPARNA, AMOT,

BANCO DA AMAZONIA, CMG Mineração Ltda., COOPEMVAT, COOPEMAM, CPRM,

DNPM, EETEPA, EMATER, COOMIDEC, ICMBio, IDESP, IFPA, IGAMA, IMPRENSA

ESCRITA, MAGELLAN, Mineração Gold Água Azul, MMA, MME, PGMI, PMI, SEBRAE,

SEDIP-PA, SEICOM, SEMAGRA, SEMA-PA, SEMINFRA, SEMMAP-Itaituba, SETER,

SIGANP, SUDAM, TAMARANA, WVS Mineração.

Page 4: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

4

1. COMENTÁRIOS INICIAIS

Representando o Secretário da SEICOM Sr. David Leal, a Secretária Adjunta Sra.

Maria Amélia Enríquez saudou os presentes e reforçou a importância da participação

coletiva que as oficinas do Plano de Mineração do Estado do Pará proporciona aos atores,

ressaltando que tais oficinas têm a finalidade de identificar, potencializar e ampliar os

benefícios das distintas cadeias produtivas da mineração no Pará. Destacou a importância

da parceria do SEBRAE e do MME para a realização da “Oficina de atividades garimpeiras

do estado do Pará”, bem como das duas primeiras que aconteceram em Belém, e

salientou que a participação de entidades representativas dos Governos Federal, Estadual

e Municipal, bem como de universidades públicas, instituições de pesquisa e outros

representantes do setor é fundamental para identificar as potencialidades e os desafios,

bem como para elaborar um plano de ação de curto e longo prazos para atender as

diferentes realidades existentes no Estado do Pará.

Houve uma breve apresentação das entidades participantes e seus representantes e

após esse momento a representante da SEICOM Sra. Marjorie Neves expôs a metodologia

de desenvolvimento das atividades do dia, a distribuição dos grupos de trabalho, bem

como ressaltou a importância da participação do mediador e relator em cada grupo, para

os trabalhos da tarde.

2. OBJETIVO PRINCIPAL

O objetivo principal da terceira oficina do Plano de Mineração do Estado do Pará foi

promover a discussão e a apresentação de propostas para regular, formalizar, acompanhar

e estimular a agregação de valor dos metais preciosos e das gemas que são extraídas do

território paraense a partir da lavra garimpeira.

3. METODOLODIA

A metodologia aplicada para a construção da Oficina seguiu as etapas listadas:

Manhã

a) Apresentação da metodologia;

b) Palestras de contextualização;

c) Livre manifestação dos participantes;

Tarde

d) Separação dos participantes em duas equipes - Tema 1 e Tema 2;

e) Elaboração de Planos de Ação, com base na discussão coletiva;

Page 5: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

5

f) Aprovação de consolidação das propostas.

g) Palestra de Encerramento

Os slides explicativos da metodologia encontram-se no Anexo III.

Foto 01: Apresentação da metodologia da Oficina

4. PALESTRAS DE CONTEXTUALIZAÇÃO

4.1. “PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ – 2013-2030”- Dra. Maria

Amélia Enríquez, Secretária Adjunta da SEICOM

Em sua apresentação, Sra. Enríquez destacou o convênio firmado entre SEICOM e

MME para a realização de parte das atividades para elaboração do primeiro Plano de

Mineração do Estado do Pará, bem como sobre a importância estratégica do plano, da sua

elaboração de forma participativa e da efetividade do mesmo.

A Secretária Adjunta também ressaltou a importância da mineração como um vetor

crucial para o desenvolvimento do Estado e da limitação do setor se apresentar à

sociedade como um potencial de desenvolvimento e não apenas como uma atividade

degradadora do meio ambiente.

A Sra. Enríquez abordou o cenário da mineração no Estado do Pará, contextualizando

o valor da produção mineral do Estado em relação aos demais Estados brasileiros. Falou

sobre a mineração e a socioeconomia do Pará, apresentando dados significativos sobre a

geração de emprego e renda, arrecadação de tributos e participação nas exportações a

partir da indústria mineral. Fez uma breve explanação da linha do tempo dos antecedentes

da política mineral e suas consequências e utilizou a expressão “pacto”, adotada pelo

Page 6: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

6

Governador do Pará, no sentido de compromisso de transformação que a SEICOM irá

desempenhar em um novo cenário da política mineral proposta.

Foto 02: Palestra sobre a Importância do Plano de Mineração do Pará

Falou ainda sobre a importância do planejamento para que a mineração seja um

autêntico vetor de desenvolvimento e que o Plano de Mineração do Estado do Pará irá

proporcionar a perspectiva de desenvolvimento harmonioso da região juntamente ao setor

produtivo por meio das oficinas temáticas, estudos específicos e um diagnóstico que

permita o avanço do setor mineral paraense. Comentou também sobre a importância da

compensação financeira para atividades minerárias e expôs a Nova Política Mineral da

SEICOM (Lei 7.570, 22 de Nov. 2011 - Recria a SEICOM / Lei 7.591, Nov. de 2011);

regulamentação do processo de cadastramento das atividades minerárias e as ações para

a área mineral. Os slides utilizados durante a apresentação encontram-se no Anexo IV.

4.2. “ATIVIDADE GARIMPEIRA NA REGIÃO DO TAPAJÓS” - Sr. José Antunes,

presidente da Associação dos Mineradores de Ouro do Tapajós (AMOT)

O Sr. José Antunes fez um breve histórico das diversas leis que regem as atividades

garimpeiras, tais como a lei nº 7.805 de 18 de julho de 1989, que cria a Permissão de

Lavra Garimpeira, a Província do Tapajós e a lei que assegura os direitos e deveres do

garimpeiro, referindo-se a Lei nº 11.685 de 02 de junho de 2008. Ele também relatou sobre

a morosidade da liberação das licenças ambientais pelo Estado.

Sr. Antunes destacou que em 1992 a região de Itaituba foi desmembrada. O

reconhecimento da atividade garimpeira e de todo o processo de institucionalização da

atividade garimpeira foi criado desde 1957, na época do JK. Oficialmente a reserva

Page 7: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

7

garimpeira do Tapajós foi criada em 28/7/1983. Destacou que a referida Lei nunca foi

revogada, destacou também que em 1990 foi extinto o “regime de matrícula” e instituído o

regime de permissão de lavra garimpeira (PLG). Até 2006, há registros de 1.020 a 1.360

núcleos ativos de garimpagem, segundo sua avaliação.

Foto 03: Palestra sobre a Trajetória da Atividade Garimpeira na Região do Tapajós

De acordo com o Sr. Antunes, uma das principais necessidades do garimpo é

assegurar sua área e comprovar a origem de sua produção; para isso é preciso promover

uma política de PLG´s (lei 11.685/2008) e Instruções Normativas (IN) para a

comercialização certificada do ouro. Atualmente o dono da PLG não pode comercializar o

ouro como mercadoria, por causa de sua condição irregular, em total detrimento aos

interesses do Estado do Pará. Nesse sentido ele sugere que seja revisto o Decreto 5.375

de 11/7/2002 e propõe a elaboração de IN da Receita Federal sobre o ouro mercadoria.

Esta ação será uma das propostas do plano de mineração do Estado do Pará. Os slides

utilizados durante a apresentação encontram-se no Anexo V.

4.3. “LICENCIAMENTO AMBIENTAL” - Sr. Ronaldo Lima, Gerente de Mineração

da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA)

O Sr. Lima fez um histórico sobre as bases do licenciamento, enfocando

posteriormente, o licenciamento para o setor mineral, abordou também os prazos das

Licenças Ambientais, estudos Ambientais; compensação e recuperação das áreas

alteradas durante a atividade de mineração, e condições para que a licença possa ser mais

facilmente concedida; além da necessidade de Audiências Públicas para as atividades de

grande porte, bem como para atividades de pequeno porte, desde que solicitado pela

sociedade.

Page 8: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

8

Foto 04: Palestra sobre Licenciamento Ambiental

O representante da SEMA/PA falou sobre o repasse de competência do IBAMA para

outras esferas administrativas, particularmente, no que se refere à autorização de

supressão vegetal para a atividade garimpeira e beneficiamento mineral em lagos e rios.

Sobre garimpos em Itaituba, destacou que há a necessidade de organizar o setor no

município que, por sua vez, deve ter responsabilidade sobre a pequena mineração, em

função dos problemas que tem gerado. Falou também sobre a importância de se implantar

uma Escola de Mineração para o município, reportando-se ao geólogo já falecido Elias

Leão Moraes que muito lutou sobre a causa. Frisou ainda a importância da mão de obra

técnica para dar suporte a esses pequenos empresários.

Para o representante da SEMA o grande cuidado dos órgãos ambientais para

expedir licença decorre do fato de que eles são corresponsáveis pelos possíveis danos

que um processo de licenciamento possa gerar. Para ele, o Estado já avançou muito com

a introdução do RCA (Relatório de Controle Ambiental), que trata de forma simples uma

atividade que é marginal, com grande potencial poluidor e degradador, como o garimpo.

Lembrou que, em 1995, o órgão ambiental do Estado do Pará teve coragem de vir a região

do Tapajós com a expectativa de que o processo de licenciamento pudesse ser um

instrumento de educação ambiental, mas na prática isso deu pouco resultado. Na

realidade, quando as questões ambientais não estão bem equacionadas a legislação cobra

dos técnicos e se algo de errado ocorrer isso dá cadeia; o Ministério Público vai em cima; a

Procuradoria Geral vai em cima do técnico e o Ministério Publico não perdoa. Os slides

utilizados durante a apresentação encontram-se no Anexo VI.

Page 9: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

9

4.4. “UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E RESTRIÇÕES ÀS ATIVIDADES MINERAIS

NO PARÁ” - Sra. Rosária Farias, representante do Instituto Chico Mendes (ICMBio)

A Sra. Rosária iniciou sua palestra explicando que não há animosidade entre as

atividades de preservação e a mineração e sim que há necessidade de se entender que as

Unidades de Conservação (UC’s) são importantes para a preservação de espécies e de

material genético que ainda não foram acessados, mas frisou que existem UC’s que

podem conviver com a atividade mineral, tais como as FLONAS CREPORI e AMANA, por

exemplo.

Segundo a representante do ICMBio as UCs foram criadas porque tem um papel

importante para o Brasil e para o mundo. Elas possuem algum recurso que vai atender a

uma necessidade explícita. Ressaltou que o monitoramento de três a quatro anos em

Itaituba, disponibilizou o banco de dados muito interessante que pode ajudar nas ações de

planejamento dessa região, principalmente, no que diz respeito ao ordenamento territorial.

Ressaltou que não vai dar mais para ver o meio ambiente ser degradado, e isso sem a

contrapartida de benefícios sociais. Os slides utilizados durante a apresentação

encontram-se no Anexo VII.

Foto 05: Palestra Unidades de Conservação e as restrições as atividades no Pará

Page 10: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

10

4.5. “FORMALIZAÇÃO DA ATIVIDADE GARIMPEIRA” - Sr. Oldair Lamarque,

gerente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)

O Sr. Oldair (DNPM), lotado na região de Itaituba, chamou atenção para a

mecanização agressiva (com dragas) que só leva o minério e não deixa nada no município,

além da degradação – “alguns garimpos usam equipamento pesado, empregam pouca

mão de obra, extraem o bem e se vão”. Os vários projetos referentes à formalização, bem

como outras ações nesse sentido, foram relembrados, tais como o PRONAFOR que

vigorou de junho de 2007 a dezembro de 201), mas sem êxito devido a ausência de ações

mais práticas. O palestrante destacou as sugestões levantadas na época do projeto:

elaboração do plano de manejo, criação de cooperativas; formulação do TAC – Termo de

Ajuste de Conduta e atuação dos órgãos MPF/ICMBio/DNPM, bem como o Projeto

DNPM/CORDEM/PA-2011 voltado para o garimpo, e teve como principal metodologia as

visitas em campo. O expositor ressaltou ainda o pouco sucesso das várias tentativas de

implantar um sistema de formalização para os garimpos do Tapajós.

Em uma fiscalização conjunta ICMBio/DNPM – 201, na Floresta Nacional do Crepori,

receberam denúncias de extorsão da polícia dentro do garimpo. Na Flona Crepori os

garimpeiros foram estimulados a criar uma cooperativa, mas não conseguem se formalizar.

Eles têm dificuldade de trabalhar de forma conjunta, pois não conseguem perceber os

beneficios de entrar na cooperativa. Assim, o garimpeiro tem muita restrição a se

formalizar. Os slides utilizados durante a apresentação encontram-se no Anexo VIII.

Foto 06: Palestra Formalização da Atividade Garimpeira

Page 11: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

11

5. LIVRE MANIFESTAÇÃO DOS PARTICIPANTES

Após as apresentações, os palestrantes ocuparam a mesa central para o momento de

livre manifestação dos participantes, esclarecendo questionamentos que foram expostos

os relatos abaixo listados.

O Sr. Silvio Macedo questionou ao Sr. Oldair (representante local do DNPM): “uma

pessoa com 30 ou 40 anos trabalhando em uma área de onde não possui requerimento,

entra com requerimento após um tempo, mas perde o prazo e perde a posse da terra, qual

a solução que este garimpeiro pode buscar junto ao DNPM”. Para o Sr. Oldair ele deve

buscar o resgate de direitos sobre essa área e assegura que esse mecanismo foi criado

pelo Governo Federal. Em 1990, foi feita outra intervenção do governo, para este tipo de

situação, por meio da CPRM, com o programa de prospecção do ouro.

Outra questão levantada, pelo Sr. Seme Sefrian, também direcionada ao Sr. Oldair, foi

– “Os garimpeiros que não são legais e já trabalham em áreas que possuem requerimento

há muitos anos, que são responsáveis pelas ações de exploração na área, não seria

melhor legaliza-los, concedendo a anuência para que estes trabalhem legais, resolvendo o

problema da legalização e facilitando o processo de aposentadoria dos mesmos, abrindo

assim possibilidade, para que outras pequenas empresas possam entrar na área”. O Sr.

Oldair (DNPM) respondeu que quando o garimpeiro deixou de fazer o requerimento dele e

outra empresa cobriu essa área para pesquisa, pode haver a seção parcial dela, 50 ha,

para esse pequeno garimpeiro. Negociar entre as duas partes a existência dupla para

minérios diferentes. Existe interesse em que o garimpeiro busque essa solução.

Foto 07: Manifestação dos participantes.

O Sr. Porto da Mineração Gold Água Azul fez questionamento para Dr. Antunes acerca

da área que é APA (Área de Preservação Ambiental) e reserva garimpeira, e até agora ela

Page 12: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

12

não é vista como garimpeira. O Dr. Antunes respondeu que a área faz parte da Reserva

Garimpeira, porque a Lei que criou a Reserva garimpeira permanece válida até hoje.

Foi feito questionamento ao Sr. Ronaldo (SEMA) – “Sobre licenciamento nessa área,

há mais de dois anos o mesmo tenta licenciar a atividade e não consegue, como que vai

ficar de agora pra frente? O licenciamento é responsabilidade de quem?”. O Sr. Ronaldo

respondeu que em 2010 uma ação adotada entre MME e SEMA para agilização dos

Processos, foi questionada pelo Ministério Público, a partir da provocação do ICMBio que

requereu o cancelamento das licenças já expedidas e estas passaram então a aguardar

decisão do Ministério Público, por isso a morosidade do licenciamento da atividade junto a

SEMA.

O Sr. João Batista (Sindicato dos garimpeiros de Novo Progresso) questionou ao Sr.

Ronaldo – “Em relação a parte técnica, porém, o retardamento do Licenciamento

Ambiental faz com que o processo de degradação seja maior e mais rápido, e com a

licença há a preocupação do cumprimento dos compromissos no processo de

licenciamento”. Foi respondido que o não cumprimento das medidas mitigadoras e

compensatórias expostas no Plano de Controle, apresentado no momento do

licenciamento, atrasa a liberação de renovação dessas licenças.

Reportando-se ao questionamento anterior a representante do ICMBio, Sra. Rosária,

relatou que os pontos identificados para mineração na FLONA CREPORI já foi repassado

para o DNPM para que os mesmos tenham embasamento para não liberar Permissão ou

requerimento nessas áreas.

A Sra. Keila da COOPEMVAT perguntou sobre a convergência de competência para

legalização da atividade mineral. Quem legaliza? Em resposta, o Sr. Antunes relembrou

que as atividades que estão em área de UC’s são de competência da Federação, por isso

a legalização deve ser pelo órgão Federal, nesse caso o IBAMA. Porém a Lei

Complementar 140 de 08 de Dezembro de 2011, em seu artigo 07 diz que a competência é

do Estado por ser uma unidade Estadual APA.

O Sr. Murilo (ICMBio) pergunta se há projetos, ações para fortalecimento de

cooperativas minerais nas áreas garimpeiras? Em resposta, Maria Amélia (SEICOM)

informa que a extinção da antiga SEICOM, em 2007, deixou uma lacuna muito grande e

muita dificuldade para atender em tem hábil a todas essas questão dos últimos anos.

Porém, com a reativação do órgão, em novembro de 2011, busca-se trabalhar

conjuntamente com outros órgãos e departamentos da própria SEICOM, para sanar os

problemas acumulados nesses anos anteriores.

Dra. Liz Carmem pergunta se em uma UC, em que conste no seu Decreto de criação a

demarcação dos pontos onde pode haver mineração, se há a possibilidade de minerar em

outro local, ou somente no polígono demarcado? O representante do ICMBio respondeu

Page 13: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

13

que na FLONA AMANA não há polígono demarcado para atividades garimpeiras, somente

na FLONA CREPORI, portanto, o que vai determinar a mineração nessas novas áreas é a

existência do Plano de Manejo.

Foto 08: Mesa redonda com os palestrantes

6. RELATORIA DAS DISCUSSÕES DOS GRUPOS DE TRABALHOS

Às 14:00h os participantes foram divididos em dois grupos de trabalho compostos por

representantes das instituições diversas, onde o Grupo 01 teve 20 participantes e o grupo

02 foi composto por 17 participantes, os quais debateram e preencheram um plano de

ação com base nos subtemas propostos, sendo o Grupo 01 com o subtema

“Regularização e Formalização da Atividade Garimpeira” e o Grupo 02 com o subtema

“Condições para Formalização e Boa Gestão”. A metodologia sugeriu aos grupos

responderem qual o problema, quais as possíveis soluções, quais instituições podem ser

parceiras para agir e qual o prazo estimado para que a solução seja implementada. A

seguir o relato do debate e resumo do plano de ação proposto e socializado em plenária.

Page 14: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

14

6.1. PARTICIPANTES DO GRUPO DE TRABALHO 01 – REGULARIZAÇÃO E

FORMALIZAÇÃO - CURTO PRAZO

TEMA 1: REGULARIZAÇÃO E FORMALIZAÇÃO DA ATIVIDADE GARIMPEIRA

MODERADORA: MARJORIE NEVES / RELATOR: BERNARDO ARAÚJO

Nº NOME INSTITUIÇÃO

1 AMANDA LIMA SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração

2 AMBRÓZIO HAJIME ICHIHARA SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração

3 ANTÔNIO JOSÉ TAVARES Garimpo CREPURI

4 CELSO A. TRIERWEILER SEDIP - Secretaria Especial de Estado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção

5 CESAR LISBOA CHAVES CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

6 HELDER NONATO A. BATISTA ICMBio - Instituto Chico Mendes

7 IVO LUBRINA DE CASTRO SEMMAP - Secretária Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba

8 JOÃO BATISTA DE JESUS SIGANP - Sindicato dos Garimpeiros de Novo Progresso

9 JOÃO RAIMUNDO DE BARROS Minerador

10 JOSÉ ANTUNES AMOT - Associação dos Mineradores de Ouro do Tapajós

11 JOSÉ VIEIRA BARROS COOPEMAM -

12 KEILA CRISTINA LOPES COOPEMVAT - Cooperativa de Extração Mineral do Vale do Tapajós

13 LIZ CARMEM SILVA PEREIRA IFPA - Instituto Federal do Pará

14 MAITÊ GUEDES ICMBio - Instituto Chico Mendes

15 MARIA GENILDA SEMAGRA - Secretaria Municipal de Agricultura

16 OLDAIR LAMARQUE DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral

17 RONALDO JORGE LIMA SEMA - Secretaria de Estado de Meio Ambiente

18 ROSÁRIA SENA C. FARIAS ICMBio - Instituto Chico Mendes

19 SEME SEFRIAN JÚNIOR WVS Mineração

20 SHELMA LÚCIA L. DE KATO CMG MINERAÇÃO LTDA

6.1.1. RELATO DOS DEBATES DO GRUPO 01 – REGULARIZAÇÃO E

FORMALIZAÇÃO - CURTO PRAZO

A.1. Licença de Pesquisa Mineral

A Licença de Pesquisa Mineral, segundo o Dr. Celso, é indispensável para identificar o

potencial da implantação de um projeto, assim a burocracia documental dentro da SEMA

deve ser flexibilizada para a solicitação da licença ambiental. O Dr. Celso ressalta que a

pesquisa mineral é um indutor de conhecimento, não sendo agressiva ao ambiente, não

sendo necessário um volume grande de informações para a obtenção da licença. O Dr.

Antunes informa que o IBRAM possui um projeto de lei para agilizar o processo de

licenciamento ambiental. A mediadora Marjorie esclarece que há ações nesse sentido

sendo executadas e discutidas pela SEICOM pela iniciativa da criação do Grupo de

Trabalho de Agilização do Processo de Licenciamento Ambiental na Mineração

(GTAPLAM), onde são membros as instituições SEICOM, SEMA, SIMINERAL, IBRAM,

DNPM e APGAM. Informa ainda que há um proposta de Instrução Normativa que aguarda

Page 15: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

15

posição da SEMA, para que possa então ser, divulgada. Sendo discutida a problemática,

passou-se a outro ponto.

A.2. Falta de Regulamentação na Venda do Ouro como Mercadoria pelo

Garimpeiro

Outro problema elencado pelo Sr. Antunes foi a falta de regulamentação na venda do

ouro como mercadoria pelo garimpeiro. Nesse sentido ele sugere que se crie uma

Instrução Normativa a fim de que assegure a comercialização dessa mercadoria pelo

garimpeiro. A SEICOM e a SEDIP ficariam responsáveis por essa proposta de IN e de

encaminha-la à Receita Federal com prazo de cumprimento para 2012.

A.3. Morosidade da Liberação/Processo de Licenciamento Ambiental

A Sra. Liz Carmem relata que o problema da falta de espaço físico da SEMA de

Itaituba é um grande entrave para a dar entrada no processo de licenciamento. Assim, se

faz urgente adotar ações para melhorias da estrutura física da SEMA no município, e pediu

que se estabelecesse prazos para isso. O Sr. Ronaldo informou que o processo é

gradativo e que já houve êxito na descentralização para a Habilitação da Gestão Ambiental

Municipal entre a SEMA e SEMMAP-Itaituba.

Sr. Antunes ressaltou a dificuldade financeira de viabilizar a logística para

operacionalizar o licenciamento, uma vez que o gasto é muito alto para efetivar estudos e

projetos e estruturar as documentações necessárias.

O Sr. João Batista falou que a rapidez é o foco da questão o tempo é a principal

dificuldade em renovar licenças. Sra. Maitê (ICMBio) sugere um diálogo entre o Estado e

IBAMA sobre essas questões. Sr. Ronaldo reforçou que a SEMA só tem competência de

gestão sobre o que for repassado pelo IBAMA ao Estado. Sr. Antunes reforçou que seria

interessante a continuidade do Convênio “guarda chuva” entre estas instituições.

A representante do ICMBio, Sra. Rosária, comentou que se for de interesse do IBAMA,

é importante que seja feito o fortalecimento do órgão no município de Itaituba a fim de

agilizar os processos de licenciamento. O Sr. Ronaldo afirmou que o problema é a

morosidade na liberação das licenças (processo de licenciamento ambiental), e a solução

seria a celebração de um convênio entre SEMA e IBAMA e/ou trazer o escritório do

SEMA/IBAMA para o município de Itaituba para atender as demandas de toda a região do

Tapajós.

Sra. Liz Carmem retomou a discussão quanto aos prazos das licenças e o Sr. Ronaldo

informou que houve comprometimento do Secretário de Estado de Meio Ambiente em

Page 16: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

16

verificar a possibilidade de aumentar o prazo das licenças. No dia 14 de junho durante a

assinatura da Habilitação da Gestão Ambiental Municipal de Itaituba o Secretário de

Estado de Meio Ambiente, Sr. José Colares, se comprometeu em verificar a possibilidade

de aumentar o tempo de vigência da Licença Ambiental de PLG’s (Permissão de Lavra

Garimpeira), mediante a uma justificativa a ser apresentada pela AMOT.

A.4. Falta de Fiscalização nas Áreas de Garimpo Combatendo a Informalidade.

Sr. João Batista levantou a problemática do acesso legal às áreas de garimpo e disse

que os garimpeiros que estão na área há anos não tem a requisição, sendo fácil a perda

dessas áreas para outros interessados. A invasão de informais por pessoal de fora da

região está intensa e isso é prejudicial para a região. Foi apontada como solução para o

problema, a fiscalização integrada entre os órgãos competentes das três esferas

governamentais. Foram apontados como parceiros para a execução dessa ação SEMA,

IBAMA, DNPM e PREFEITURAS.

A.5. Informalidade da Garimpagem.

Foi levantada uma questão referente à atividade de garimpeiros antigos, cuja área foi

objeto de solicitação para pesquisa e que o requerente da área permitiu que os

garimpeiros permanecessem na área, então a pergunta é “quem legaliza esse

garimpeiro?”. Segundo o DNPM, o garimpo nesta situação seria autuado como lavra

clandestina, pelo órgão competente. A orientação é desmembrar a área para permitir a

realização de trabalhos pelos garimpeiros dentro dessa mesma área. O Sr. Antunes disse

que é inviável fazer isso, em função de particularidades da atividade e propôs que a

formação de uma cooperativa seria uma solução mais viável. O Sr. João Batista reforçou

que apenas é possível essa solução da concessão se for para cooperativas. Foi apontado

que a participação de outros parceiros (órgãos) diminuiria a dispersão e a falta de

implementação dessas ações.

A solução apontada por Dra. Liz Carmem e discutida pelo grupo, foi fomentar a criação

de Associações e Cooperativas de garimpeiros e, se possível, levar todos os órgãos em

formato de Ações de Cidadania, voltados para o cooperativismo, e disponibilizar serviços

aos interessados nessas áreas. O Sr. Ambrózio, da SEICOM, falou da dificuldade de fazer

diagnóstico de viabilidade das áreas, antes de criar as cooperativas, questão também

levantada pelo Sr. João Francisco Vieira.

Page 17: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

17

A.6. Existência de Requerimento e Autorização de Pesquisa em Unidades de

Conservação e Zonas não Passíveis de Mineração e/ou Pesquisa Mineral.

A representante do ICMBio, Sra. Maitê, ressaltou que a liberação de Requerimento e

Autorização de Pesquisa em Unidades de Conservação e zonas não passíveis de

mineração e/ou pesquisa, é uma questão importante, porque o DNPM emite a autorização

de pesquisa e quando se chega a documentação ao órgão licenciador ele não libera a

licença, em função de ser uma atividade que não está incluída no Plano de Manejo da UC,

sendo que o empreendedor já gastou muito com o processo. O Sr. João Batista destacou

que se gasta muito com a elaboração da documentação e de estudos e indagou, “por que

o DNPM não recusa a documentação no momento do protocolo?”. Sr. Oldair (DNPM)

respondeu que o órgão não pode recusar documentação, por isso o DNPM dá andamento

ao processo, vai liberar a certidão, porém o empreendedor já sabe que está entrando com

requisição em área não permitida, e sugere que essa informação seja inserida no controle

de área do DNPM por meio do memorial dos Planos de Manejo e a base das Unidades de

Conservação. Os parceiros para esta ação apontados foram o DNPM, MMA, MME,

ICMBio, sendo o prazo estipulado 2012.

6.1.2. PLANO DE AÇÃO DO GRUPO 01

PROBLEMA

SOLUÇÃO PARCEIRO PRAZO

Burocracia para emissão de licença ambiental de pesquisa mineral

Proposta de Instrução Normativa para Licenciamento Ambiental na Pesquisa Mineral

IBRAM / SEICOM / SEMA /

SIMINERAL

2012

Falta de regulamentação na venda do ouro como mercadoria pelo garimpeiro

Provocar a Secretaria da Receita Federal a criar uma Instrução Normativa para atender o Art. 4º da Lei 11.685/08

SEICOM / SEDIP

2012

Morosidade na liberação / processo de Licenciamento Ambiental

- Celebração de convênio da SEMA/IBAMA para licenciamento ambiental em Flonas; - Instalar um escritório do IBAMA em Itaituba para atender o licenciamento da região do Tapajós

SEMA / IBAMA / ICMbio / AMOT

/ IBRAM / SIMINERAL / SEMMAP /

2012

Desorganização da atividade garimpeira

Fomentar associação e a criação de cooperativas de garimpeiros com efetivação da cidadania

OCB / SEBRAE SETER / SEICOM

ICMbio / IFPA AMOT

2012 -2013

Falta de fiscalização da atividade garimpeira

Fiscalização integrada pelos órgãos competentes

SEMA / DNPM IBAMA / ICMbio

2013

Page 18: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

18

combatendo a informalidade

SEMMAP / SEICOM /

Existência de requerimentos e autorização de pesquisa em áreas de Unidades de Conservação e suas zonas não passíveis de mineração

Inserir no controle de área do DNPM o memorial do plano de Manejo (base das UC’s – shape file)

DNPM ICMbio MMA MME

2012

6.1.3. IMAGENS DO GRUPO DE TRABALHO 01

Foto 09: Participantes do Grupo de Trabalho 01

Page 19: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

19

Foto 10: Participantes do Grupo de Trabalho 01

6.2. PARTICIPANTES DO GRUPO 02 - CONDIÇÕES PARA A FORMALIZAÇÃO E BOA

GESTÃO EM CURTO E LONGO PRAZO

TEMA 2: FORMALIZAÇÃO E BOA GESTÃO DA ATVIDADE GARIMPEIRA

MODERADOR: MARCO ANTÔNIO LIMA / RELATOR: MARIA AMÉLIA ENRIQUEZ

Nº NOME INSTITUIÇÃO

1 ADEILSON ALVES PORTO Mineração Gold do Água Azul

2 ADRIA SOUZA CIRINO Mineração Gold do Água Azul

3 CARLOS DE J. CRISTINO FILHO SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração

4 CASSIANO F. RIBEIRO IDESP - Instituto de Desenv. Econômico, Social e Ambiental do Pará

5 DANIEL RENDEIRO SETER - Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda

6 ELIZETE GASPAR SUDAM - Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia

7 JOSÉ ANTÔNIO LIRA SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio as Pequenas Empresas

8 JOSÉ Mª DO N. PASTANA SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração

9 JOSÉ NAZARENO SANTOS IMPRENSA ESCRITA

10 MARIA AMÉLIA ENRIQUEZ SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração

11 MARIA DE NAZARÉ BARRETO DERGAN

EMTAER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará

12 MURILO RESENDE MACHADO ICMBio - Instituto Chico Mendes

13 RODRIGO DOS SANTOS LIMA EMTAER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará

14 ROSA HELENA N. NEVES IGAMA - Instituto de Gemas e Joias da Amazônia

15 SAMIR NAHASS MME - Ministério de Minas e Energias

16 SILÉIA DE LIMA PESSOA SEMMAP - Secretária Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba

17 SILVIO DE PAIVA MACEDO SEMAGRA - Secretaria Municipal de Agricultura

Page 20: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

20

6.2.1. RELATO DOS DEBATES DO GRUPO 02 - CONDIÇÕES PARA A

FORMALIZAÇÃO E BOA GESTÃO EM CURTO E LONGO PRAZO

O Sr. Porto (Mineração Gold Água Azul) ressaltou os vários problemas associados ao

licenciamento ambiental para funcionamento legal dos empreendimentos, destacando que

os garimpeiros têm muitas dificuldades junto aos órgãos licenciadores tais como SEMA,

ICMBio e IBAMA. Ele também se referiu à Cooperativa POCONE (no estado do Mato

Grosso), como exemplo para formação de cooperativas na região do Tapajós, o que

facilitaria os processos de liberação de licenças e outras atividades que estes

necessitassem. O Sr. Silvio Macedo também se pronunciou destacando que seria

importante a criação de uma linha de crédito para os garimpeiros. Já o Sr. Murilo (ICMBio),

frisou a falta de assistência técnica aos garimpeiros e sobre a má elaboração dos projetos,

o que dificulta bastante o processo de licenciamento, falou também sobre um antigo

projeto já implementado na região denominado “Cuide do Seu Tesouro” e questionou o

porquê de não haver mais ações referentes a esse projeto, sendo um projeto tão

importante seria interessante reativá-lo. De acordo com o Sr. Nazareno Santos (Imprensa),

há ausência de políticas públicas para o setor mineral e a falta de industrialização e

beneficiamento, para agregar valor e gerar impostos para ficarem no município como

compensação.

O Sr. Pastana (SEICOM) questionou o desperdício dos produtos minerais, da matéria

prima, apontando a otimização produtiva, o que resolveria o problema.

6.2.2. PLANO DE AÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO 02

PROBLEMA SOLUÇÃO PARCEIROS PRAZOS

Burocracia de acesso a documentação para o Licenciamento Ambiental

Interação dos órgãos e compatibilização e procedimentos

MMA / MME / DNPM / SEMA/PA / SEICOM / SEMMAP / MP

06 MESES

Verticalização para produção de ouro e gemas.

Criação de cursos de qualificação na área de gemas e joias

PREFEITUA / IFPA / SEICOM / IBGM / UFOPA / IGAMA / SEBRAE / Parcerias internacionais

06 MESES

Conscientização (Sensibilização/efetividade) dos garimpeiros sobre suas responsabilidades socioambientais.

Elaboração de projetos de Esclarecimento e capacitação dos garimpeiros.

SEMMAP / SEICOM / ICMBio / DNPM / SEMA / MME / SGM / Representantes dos garimpeiros

06 MESES

Falta de Recursos Financeiros para os garimpeiros

Abertura de linha de crédito para garimpeiro.

BASA BANPARÁ.

06 MESES

Falta de assistência Fortalecimento do SEICOM / SEBRAE 09 MESES

Page 21: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

21

técnica Cooperativismo SUDAM / OCB CETEM

Falta de estratégia de mercado.

Programa de qualificação gerencial.

IDESP / SETER SEBRAE / SEICOM

06 MESES

Ausência de Políticas Públicas para o setor.

Elaboração do Plano Estadual de Mineração.

COOPERATIVAS SEMMAP / SEICOM SEMA / DNPM / SECTI

12 MESES

Má elaboração dos projetos.

Capacitação dos Técnicos para elaboração dos projetos.

IFPA / DNPM IBAMA / CETEM ICMBio / CPRM SEMMAP / SEMA

06 MESES

Desperdício de matéria prima.

Otimização produtiva.

SENAR / IFPA SECTI / UFPA UFOPA / SEICOM CETEM

06 MESES

Degradação ambiental Programas de recuperação de áreas degradadas

SEMMAP / SEMA ICMBio / IBAMA CETEM / UFOPA

01 ANO

6.2.3. IMAGENS DO GRUPO DE TRABALHO 02

Foto 11: Participantes do Grupo de Trabalho 02

Page 22: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

22

Foto 12: Participantes do Grupo de Trabalho 02

7. RODADA FINAL DE CONTRIBUIÇÕES

Após a conclusão dos planos de ação nos GT´s cada grupo apresentou em plenária as

ações propostas. Foram apresentadas sete ações pelo GT-Tema 1: Regularização e

Formalização da atividade garimpeira e nove ações pelo GT-Tema 2: Condições para

Formalização e Boa Gestão. As propostas foram apresentadas em plenária por um orador

eleito pelos GT´s para que os grupos pudessem compartilhar dos debates de cada grupo e

contribuir com ideias e sugestões. As instituições mantiveram todas as propostas

apresentadas com algumas contribuições e acréscimos ortográficos e gramaticais para

melhor entendimento da ação proposta.

Page 23: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

23

8. PALESTRA DE ENCERRAMENTO

8.1. “PROCESSO KIMBERLY” - Sr. Samir Nahass, Assessor para Assuntos

Internacionais da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do

Ministério de Minas e Energia (MME)

O Sr. Nahass falou sobre o Sistema de Certificação do Processo Kimberly (SCPK)

ressaltando a importância da origem do diamante e as peculiaridades da sua formação da

crosta terrestre, além dos impactos sociais e econômicos existentes ao longo da história,

destacando o diamante de sangue na África.

Explicou que o objetivo do SCPK é interromper o fluxo de diamantes brutos, usados

por rebeldes para financiar conflitos armados com o objetivo de subverter os governos

legítimos, contribuindo assim significativamente para a paz e a segurança internacional.

Apresentou as principais atividades do SCPK, tais como a base jurídica e o arcabouço

institucional. Falou também sobre o Projeto Diamantes do Brasil e ilustrou sua

apresentação com um modelo de um certificado de um Processo Kimberly, além de

imagens de reuniões e fóruns de debates internacionais sobre o SCPK.

Destacou o Projeto de Extensionismo Mineral, implementado pelo MME, que tem por

objetivo oferecer suporte técnico e gerencial aos produtores minerais em seus locais de

atuação, capacitando-os ao desenvolvimento sustentável, sendo uma importante ação do

Programa de Apoio a Pequena Mineração.

Os slides utilizados durante apresentação encontram-se no Anexo IX.

Foto 12: Palestra sobre o Processo Kimberly

Page 24: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

24

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final da tarde alguns representantes fizeram considerações positivas quanto a

iniciativa da SEICOM em propor a construção coletiva do primeiro Plano de Mineração do

Estado do Pará se colocando também à disposição para participar das demais oficinas que

virão ao longo do ano de 2012.

Durante o evento foi elaborado um Protocolo de Intenção para criar um GT

interinstitucional para o ordenamento da atividade mineral e garimpeira na região do

Tapajós (Anexo II), o qual foi apresentado pelo Sr. Pedro Bruzzi representante do

Ministério do Meio Ambiente (MMA) estimulando a parceria institucional no objetivo comum

de elaborar políticas públicas alinhadas com os três níveis de governos – União, Estado e

Municípios – voltadas para as áreas ambiental e produtiva, com vistas ao desenvolvimento

sustentável da região de Integração de Itaituba. Assinaram este protocolo as instituições

SEICOM, MMA, SGM-MME, DNPM, ICMBio, SEMA, SETER e IDESP, ainda estando

aberto a outras instituições adeptas a proposta. O documento encontra-se em anexo.

Após as considerações finais a Secretária Adjunta, Maria Amélia Enríquez agradeceu a

presença e colaboração de todos os participantes e finalizou o evento com a validação das

propostas apresentadas.

10. ENCAMINHAMENTOS

Após os trabalhos da 3ª Oficina do Plano de Mineração do Estado do Pará ficou

acordado entre os participantes que seria elaborado, em seguida à oficina, um relatório

contendo uma síntese das discussões e debates realizados - que é o atual documento.

Desta forma, este relatório foi devidamente revisado pelos representantes da SEICOM e

está disponibilizado a todos os participantes da oficina para validação e contribuições

posteriores. No momento oportuno, este relatório será divulgado publicamente no site da

SEICOM.

Page 25: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

25

ANEXO I LISTA DE PARTICIPANTES

EVENTO: OFICINA 3: ATIVIDADES GARIMPEIRAS NO ESTADO DO PARÁ

NOME INSTITUIÇÃO E-MAIL

SETOR PÚBLICO

ALFREDO JOSÉ MENDES SEMMAP – Sec. Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba [email protected]

AMANDA LIMA SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração [email protected]

AMBRÓZIO HAJIME ICHIHARA

SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração [email protected]

ANGELO SILVA MORAES SEMMAP – Sec. Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba [email protected]

ANTÔNIO HILTON M. SANTOS

SEMMAP – Sec. Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba [email protected]

BERNARDO ARAÚJO SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração [email protected]

CARLOS CRISTINO FILHO SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração [email protected]

CASSIANO F. RIBEIRO IDESP - Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará [email protected]

CELSO A. TRIERWEILER SEDIP – Sec. Especial de Estado de Desen. Econômico e Incentivo à Produção [email protected]

CESAR LISBOA CHAVES CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais [email protected]

CRISTIANE ARAÚJO SEMMAP – Sec. Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba [email protected]

DANIEL RENDEIRO SETER - Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda [email protected]

EDNÉIA GUEDES DE OLIVEIRA

SEMMAP – Sec. Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba [email protected]

ELIZETE GASPAR SUDAM - Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia [email protected]

EROTILDES RODRIGUES SEMMAP – Sec. Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba [email protected]

FRANCISCO ALFAIA BANCO DA AMAZÔNIA [email protected] / [email protected]

GERSON BUSS ICMBio - Instituto Chico Mendes [email protected]

HELDER NONATO A. BATISTA ICMBio - Instituto Chico Mendes [email protected]

IVO LUBRINA DE CASTRO SEMMAP – Sec. Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba [email protected]

JOSÉ MARIA DO N. PASTANA SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração [email protected]

JUBAL CABRAL PMI - Prefeitura Municipal de Itaituba [email protected]

LAURA LOGRADO MOURÃO SEMMAP – Sec. Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba [email protected]

LUIS FELIPE M. CORDEIRO EMTAER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará [email protected]

MAITÊ GUEDES ICMBio - Instituto Chico Mendes [email protected]

MARIA DE NAZARÉ B. DERGAN

EMTAER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará [email protected]

MARCO ANTÔNIO S. LIMA SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração [email protected]

MARIA AMÉLIA ENRIQUEZ SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração [email protected]

MARIA GENILDA SEMAGRA - Secretaria Municipal de Agricultura [email protected]

MÁRIO JOSÉ DE MIRANDA SEMINFRA - Secretaria Municipal de Infraestrutura de Itaituba [email protected]

MARJORIE BARROS NEVES SEICOM - Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração [email protected]

MURILO RESENDE ICMBio - Instituto Chico Mendes [email protected]

Page 26: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

26

MACHADO

OLDAIR LAMARQUE DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral [email protected]

PAULA FERNANDA ANTUNES PGMI - Procuradoria Geral do Município de Itaituba [email protected]

PEDRO BRUZZI MMA - Ministério de Meio Ambiente [email protected]

RODRIGO DOS SANTOS LIMA EMTAER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará [email protected]

RONALDO JORGE LIMA SEMA - Secretaria de Estado de Meio Ambiente [email protected]

ROSÁRIA SENA C. FARIAS ICMBio - Instituto Chico Mendes [email protected]

RUY GALVÃO F. FILHO SEMMAP – Sec. Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba [email protected]

SAMIR NAHASS MME - Ministério de Minas e Energias [email protected]

SILÉIA DE LIMA PESSOA SEMMAP – Sec. Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba [email protected]

SILVIO DE PAIVA MACEDO SEMAGRA - Secretaria Municipal de Agricultura [email protected]

VALDEMIR SOARES SEMMAP – Sec. Municipal de Meio Ambiente, Produção e Mineração de Itaituba

INICIATIVA PRIVADA

ADEILSON ALVES PORTO Mineração Gold do Água Azul [email protected]

ADRIA SOUZA CIRINO Mineração Gold do Água Azul [email protected]

JOÃO VIEIRA MAGELLAN [email protected]

JONAS F. SILVA CMG MINERAÇÃO LTDA [email protected]

JOSÉ ANTÔNIO LIRA SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio as Pequenas Empresas [email protected]

SEME SEFRIAN JÚNIOR WVS – Mineração [email protected]

SHELMA LÚCIA L. DE KATO CMG MINERAÇÃO LTDA [email protected]

ACADEMIAS DE ENSINO

JOSÉ SANTOS NASCIMENTO FILHO EETEPA - Escola de Educação Tecnológica do Pará [email protected]

LIZ CARMEM SILVA PEREIRA IFPA - Instituto Federal do Pará [email protected]

SOCIEDADE CIVIL

ALDENICE VANESSA DA SILVA

AMIPARNA - Associação dos Amigos do Parque Nacional da Amazônia [email protected]

ANTÔNIO JOSÉ TAVARES GARIMPO CREPURI / COOMIDEC – Coop. Mista de Desenvolvimento do Crepurizão [email protected]

JOANIR OLIVEIRA MOREIRA TAMANARA

JOÃO BATISTA DE JESUS SIGANP - Sindicato dos Garimpeiros de Novo Progresso [email protected]

JOSÉ ANTUNES AMOT - Associação dos Mineradores de Ouro do Tapajós [email protected]

JOSÉ VIEIRA BARROS COOPEMAM -

KEILA CRISTINA LOPES COOPEMVAT - Cooperativa de Extração Mineral do Vale do Tapajós [email protected]

JOSÉ NAZARENO SANTOS IMPRENSA ESCRITA [email protected]

ROSA HELENA N. NEVES IGAMA - Instituto de Gemas e Joias da Amazônia [email protected]

THIAGO BEZERRA VIANNA IGAMA - Instituto de Gemas e Joias da Amazônia [email protected]

JOÃO RAIMUNDO DE BARROS Garimpeiro

Page 27: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

27

ANEXO II

PROTOCOLO DE INTENÇÃO PARA CRIAR UM GT PARA O ORDENAMENTO DA

ATIVIDADE MINERAL E GARIMPEIRA NA REGIÃO DO TAPAJÓS

O Governo do Estado do Pará, representado por suas Secretarias de Indústria,

Comércio e Mineração (SEICOM), de Meio Ambiente (SEMA) e no âmbito do primeiro

Plano de Mineração do Estado do Pará, 2013-2030, que tem o objetivo de identificar os

elementos necessários, desafios e possibilidades de avanço para regularização da

atividade garimpeira no Pará, firma, em conjunto com os parceiros abaixo relacionados, o

protocolo de intenção para a formalização de um Grupo de Trabalho que permita criar as

condições de elaboração de políticas públicas federais, estaduais e municipais que de

maneira articulada venham a ordenar a produção mineral na região.

O GT deverá ser composto por representantes do Governo Federal, representado pela

Secretaria de Geologia e Mineração (SGM) do Ministério de Minas e Energia (MME),

Ministério de Meio Ambiente (MMA), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)

e Casa Civil da Presidência da República; e do Governo Estadual, SEICOM, SEMA e

SETER, Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP) e

governo municipal SEMMAP.

JUSTIFICATIVA

A região de Integração de Itaituba é receptáculo de importantes projetos estratégicos

para o Brasil, tais como:

Asfaltamento da BR-163 – Esse projeto foi uma iniciativa dos produtores de grãos da

Região Centro-Oeste do país, com vistas ao aumento da competitividade do Brasil, uma

vez que a referida BR possibilitará redução significativa dos custos de transporte

contribuindo favoravelmente com os produtores de grãos e com a balança comercial

brasileira. No seu ápice, a rodovia receberá mais de 2.000 mil caminhões/dia, o que já

revela o enorme potencial de impacto que ocorrerá na região.

Hidrelétricas do Tapajós – projeto do Governo Federal que visa implantar cinco

hidrelétricas ao longo do Rio Tapajós impactando diretamente a região de Itaituba.

Necessita categoricamente da abertura de diálogo com a sociedade local sobre os

impactos desse empreendimento.

Plano de Desenvolvimento Sustentável da Área de Influência da Rodovia BR-163.

Tal plano criou o primeiro Distrito Florestal Sustentável e o Mosaico de Unidades de

Conservação ao longo do trecho da BR-163, além de outras ações em curso. Criou

também restrições adicionais para a formalização, tanto dos 70 mil garimpeiros que

tradicionalmente exercem suas atividades no Tapajós desde os anos 1950, como das

Page 28: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

28

centenas de empresas que estão requerendo autorização de pesquisa e concessão de

lavra. Essas UCs têm sua governança e processo de licenciamento gerenciado por vários

órgãos - IBAMA, ICMBio, SEMA estadual e local. Essas distintas ações geraram diferentes

normativas que, não raras vezes, se chocam. Os diferentes níveis de legislações e

competências geram inseguranças e incertezas, tanto para os órgãos que precisam

licenciar, quanto para os empreendedores à revelia da sociedade e dos interesses do

desenvolvimento do Pará e dos municípios da Região de Integração de Itaituba.

Objetivo Geral

Elaborar políticas públicas alinhadas com os três níveis de governos – União, Estado e

Municípios – voltadas para as áreas ambiental e produtiva, com vistas ao desenvolvimento

sustentável da região de Integração de Itaituba.

Objetivos Específicos

Conhecer o portfólio de projetos de cada uma das instituições parceiras, com o intuito

de verificar a possibilidade de integração e ou complementariedade de projetos que sejam

de interesse comum.

Instituir um sistema de troca de informações e de experiência entre os órgãos

participantes do GT, visando aprofundar o diálogo sobre as políticas públicas.

Propostas de Ações

Realização de projetos conjuntos para regulamentação da competência concorrente da

União, Estado e Municipal; conforme dispõe o Art. 23 da Constituição Federal, no que se

refere especificamente à legislação minerária;

Revisão da Lei 6567/78 com a finalidade de estender a competência do município para

além do poder de concessão, para atividades de fiscalização e arrecadação dos royalties

de minerais específicos de minerais aplicados diretamente na construção civil;

Atualização da lei do garimpo 7.805/89, regulamentada pelo Decreto n.98.812, de 09

de janeiro de 1990;

Busca de fontes específicas de recursos para investimentos em projetos de que

viabilizem as propostas definidas pelo GT.

Itaituba, Pará, 26 de junho de 2012

Instituição Representante Assinatura

Page 29: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

29

ANEXO III

METODOLOGIA (Sra. Marjorie Neves)

Page 30: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

30

Page 31: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

31

Page 32: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

32

Page 33: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

33

Page 34: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

34

ANEXO IV

APRESENTAÇÃO - 1º PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ

(Dra. Sec. Adjunta Maria Amélia Enríquez).

Page 35: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

35

Page 36: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

36

Page 37: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

37

Page 38: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

38

Page 39: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

39

Page 40: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

40

Page 41: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

41

Page 42: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

42

Page 43: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

43

Page 44: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

44

Page 45: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

45

Page 46: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

46

Page 47: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

47

ANEXO V

APRESENTAÇÃO – A TRAJETÓRIA DA ATIVIDADE GARIMPEIRA NA REGIÃO DO

TAPAJÓS (Dr. José Antunes – AMOT)

A TRAJETÓRIA DA ATIVIDADE GARIMPEIRA NA REGIÃO DO TAPAJÓS

Nos últimos 60 anos, a região do Tapajós têm estado entre as principais regiões

produtoras do País e, mesmo com a diminuição da produção desde os anos 90, destaca

que o ouro extraído na região ainda é a principal fonte de renda de Itaituba.

O ordenamento legal da atividade garimpeira teve início, quando da publicação da Lei

3.295, de 30 de outubro de 1957, durante o mandato do saudoso Presidente JUSCELINO

KUBITSCHEK, que criou a Fundação de Assistência aos Garimpeiros (FAG) com o

objetivo de retirar o garimpeiro da informalidade, bem como, inseri-lo no sistema

previdenciário, conforme previsto no artigo 2º, e seus incisos, assim prescrevendo:

Art. 2º.- “A FAG terá como objetivo”:

I – A prestação de serviços sociais nas regiões garimpeiras, que visem à

melhoria das condições de vida das suas populações, notadamente no que diz

respeito:

a) à saúde, educação e assistência sanitária;

b) à habitação, alimentação e vestuário;

c) ao incentivo à atividade extrativo-produtora e a quaisquer empreendimentos

que visem ao amparo, assistência e valorização do garimpeiro;

d) “à vinculação do garimpeiro ao regime de Previdência Social”.

II Promover a aprendizagem e o aperfeiçoamento das técnicas do trabalho, no

que se relacione à faiscação e garimpagem;

III Fomentar nas regiões garimpeiras, a produção agropastoril, especialmente

com o objetivo do auto-abastecimento, e as atividades domésticas;

IV Estimular o cooperativismo e o espírito associativo;

V Realizar inquéritos e estudos para conhecimento e a divulgação das

necessidades sócio-econômicas do homem do garimpo;

VI Desbravar Zonas garimpeiras inóspitas colonizando, com o concurso do INC,

as que se prestem ao objetivo;

VII Fornecer, semestralmente e quando solicitados, ao Serviço de Estatística da

Previdência e Trabalho, dados estatísticos relacionados com a remuneração aos

garimpeiros.

Page 48: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

48

Durante o período da existência da FAG, os garimpeiros da região do Tapajós tiveram

toda a assistência prevista na Lei nº 3295/57, com exceção da questão previdenciária, com

o fornecimento de ferramentas, mercadorias e insumos para a atividade garimpeira, o

incentivo à criação de associações de garimpeiro, tendo inclusive, os garimpeiros da região

do Tapajós, desenvolvido a produção agropastoril, com recursos oriundos do exercício da

garimpagem.

No início da década de 70, o Governo Federal, fez um grande remanejamento de

garimpeiros, retirando-os de Rondônia, Mato Grosso e Roraima, instalando-os na Província

Aurífera do Tapajós, no Estado do Pará, quando teve início a garimpagem mecanizada,

tendo sido criada a RESERVA GARIMPEIRA DO TAPAJÓS, através da Portaria

Interministerial nº 882, de 25 de julho de 1983, publicada no D.O.U em 28.07.83.

Esta reserva, ao longo destes 29 anos, tem contribuído para a paz, pois reconhece os

verdadeiros posseiros minerais, que por todo esse tempo foram fundamentais para a

preservação da floresta tapajônica.

Tem sido importante, também, na medida que tem possibilitado a transição

garimpo/empresa, com a formação de parcerias e contratos, permitindo que a produção

mineral avance no rumo de métodos extrativos limpos, reduzindo os impactos ambientais,

resultantes da atividade garimpeira tradicional.

Atendendo à dispositivos da Constituição Federal de 1988, foi editada a Lei nº 7.805,

de 18 de julho de 1989, regulamentada pelo Decreto nº 98.812, de 09 de janeiro de 1990,

que extinguiu o regime de matrícula do garimpeiro e criou o regime de Permissão de Lavra

Garimpeira, tendo a atividade se desenvolvido de uma maneira célere na região do

Tapajós, com grande atividade, sendo que, quando na criação das Unidades de

Conservação na região do Tapajós (13/02/2006), no âmbito da área da Província Aurífera

do Tapajós, existiam 68 (sessenta e oito) aeródromos devidamente registrados junto ao

Ministério da Aeronáutica, conforme registros publicados pelo ROTAER e Relação de

Aeródromos registrados através da AMOT, sendo 56 (cinquenta e seis) aeródromos no

Município de Itaituba; 06 (seis) no Município de Jacareacanga e 06 (seis) no Município de

Novo Progresso. Em torno de cada aeródromo existia uma comunidade e, ainda, cada

aeródromo/comunidade atendia uma média de 15 a 20 pontos de garimpagem/mineração,

perfazendo, portanto, um total de 1.020 a 1.360 núcleos ativos de garimpagem/mineração.

Page 49: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

49

Atualmente, na Província Aurífera do Tapajós, constata-se a existência da grande

estrutura mineral garimpeira implantada e em atividade dentro da Reserva Garimpeira do

Tapajós e seu entorno, sendo que, desde o ano de 1993, a atividade de exploração

mineral da Província Aurífera do Tapajós está com os marcos regulatórios devidamente

definidos em todos os seus aspectos, inclusive, ambientais, não havendo qualquer

turbação nesta região, apesar da intensa atividade, ressalvando-se que não se pode dizer

que os garimpeiros estão trabalhando dentro da legalidade, uma vez que o próprio Estado

está ausente na concessão das licenças ambientais para que possa ser instruído o

processo de expedição das PLG’s por parte do DNPM.

Para disciplinar os direitos e deveres assegurados aos garimpeiros foi editada a Lei nº

11.685 de 02 de junho de 2008, instituindo o Estatuto do Garimpeiro, normatizando dentre

outras coisas, as MODALIDADES DE TRABALHO, uma vez que, no disposto da

Legislação em vigor, só existia uma modalidade de trabalho, que era a modalidade do

garimpeiro autônomo, definida pela Lei nº 3.295/57 e pelo Decreto nº 75.208/75, sendo

que no artigo 4º, do Estatuto do Garimpeiro, foram reconhecidas e definidas 05 (cinco)

categorias de garimpeiro, para o exercício legal de sua profissão e ainda, no seu artigo 9º,

ficou assegurado “ao garimpeiro, em qualquer das modalidades do trabalho, o direito de

comercialização da sua produção diretamente com o consumidor final, desde que se

comprove a titularidade da área de origem do minério extraído.”, no caso, a Permissão de

Lavra Garimpeira.

Ocorre, porém, que em virtude da não expedição das Licenças Ambientais, pela SEMA

do Estado do Pará, pouquíssimos garimpeiros possuem a Permissão de Lavra Garimpeira,

impedindo, desta forma, a comercialização do ouro dentro dos ditames legais, o que vem

prejudicando seriamente a economia dos municípios envolvidos e do próprio estado.

A Lei 11.685/2008, em seu art. 9º, como supramencionado, prevê a comercialização do

ouro pelo garimpeiro diretamente com o consumidor final, desde que se comprove a

titularidade da área de origem do minério extraído.

Hoje, as joalherias do Estado do Pará estão sofrendo sérias restrições para a

exportação de suas jóias, uma vez que os importadores exigem o certificado da origem do

ouro, além do mais, a Secretaria da Receita Federal, através da Instrução Normativa nº

49, de 02/05/2001 e Instrução Normativa nº 1.083, de 08/11/2010, prevêem a

comercialização do ouro apenas como ativo financeiro ou instrumento cambial,

fazendo com que o garimpeiro fique impedido de comercializar sua produção diretamente

Page 50: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

50

com o consumidor final, impossibilitando, portanto, a comercialização do ouro como

mercadoria, entre o garimpeiro e o joalheiro, ficando a indústria joalheira do estado

devidamente prejudicada, mesmo tendo toda a previsão legal para isenção do ICMS,

conforme Decreto nº 5.375, de 11/07/2002, da Secretaria Executiva da Fazenda do

Estado do Pará, que instituiu tratamento tributário aplicável ao segmento industrial

joalheiro, relativo ao ICMS.

Pelo acima exposto, constatamos que toda a legislação pertinente aos marcos

regulatórios, já estão implantadas, tanto por parte do Governo Federal, como por parte do

Governo Estadual, para que a atividade da garimpagem no Estado do Pará seja exercida

em sua plenitude, desde a extração até a comercialização final, dentro da formalidade,

contribuindo para o desenvolvimento industrial e social do estado, NECESSITANDO

APENAS QUE OS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS CUMPRAM COM SUAS

OBRIGAÇÕES INSTITUCIONAIS.

Muito obrigado.

JOSÉ ANTUNES

PRESIDENTE DA AMOT

Page 51: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

51

ANEXO VI

APRESENTAÇÃO: LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO

(Sr. Ronaldo Lima)

Page 52: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

52

Page 53: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

53

Page 54: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

54

Page 55: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

55

Page 56: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

56

Page 57: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

57

Page 58: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

58

Page 59: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

59

Page 60: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

60

Page 61: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

61

Page 62: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

62

Page 63: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

63

Page 64: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

64

Page 65: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

65

Page 66: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

66

ANEXO VII

APRESENTAÇÃO: UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E AS RESTRIÇÕES ÀS

ATIVIDADES MINERAIS NO PARÁ (Rosária Sena – ICMBio)

Page 67: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

67

Page 68: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

68

Page 69: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

69

Page 70: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

70

Page 71: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

71

Page 72: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

72

Page 73: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

73

Page 74: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

74

ANEXO VIII

APRESENTAÇÃO: FORMALIZAÇÃO DE GARIMPO NO TAPAJÓS

(Sr. Oldair Lamarque – DNPM)

Page 75: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

75

Page 76: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

76

Page 77: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

77

Page 78: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

78

Page 79: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

79

Page 80: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

80

Page 81: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

81

Page 82: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

82

Page 83: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

83

ANEXO IX

APRESENTAÇÃO: O PROCESSO KIMBERLY

(Dr. Samir Nahass / MME)

Page 84: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

84

Page 85: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

85

Page 86: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

86

Page 87: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

87

Page 88: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

88

Page 89: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

89

Page 90: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

90

Page 91: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

91

Page 92: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

92

Page 93: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

93

Page 94: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

94

Page 95: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

95

Page 96: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

96

Page 97: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

97

Page 98: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

98

Page 99: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

99

Page 100: PLANO DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 2013-2030 …sedeme.com.br/portal/download/oficinas/3-oficina-atividades... · Esta ação será uma das propostas do plano de mineração

100