plano de manejo do parque nacional do pau brasilparna do pau brasil 02 0472823 8175115 floresta...

77
Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil Relatório Técnico dos Diagnósticos Temáticos do Grupo FLORA COORDENAÇÃO GERAL: André Amorim BELO HORIZONTE, 2010

Upload: others

Post on 29-Jun-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do  

Parque Nacional do  

Pau Brasil  

 

 

 

Relatório Técnico dos Diagnósticos  

Temáticos do Grupo FLORA 

 

 

 

 

COORDENAÇÃO GERAL: André Amorim 

 

 

 

 

 

 

 

 

BELO HORIZONTE, 2010 

Page 2: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 2

ÍNDICE   

1 ‐ INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

2 ‐ OBJETIVOS...................................................................................................................4

3 ‐ METODOLOGIA ...........................................................................................................5

3.1 ‐ Dados secundários.................................................................................................... 5

3.2 ‐ Dados primários........................................................................................................ 5

3.2.1 ‐ Parcelas de Amostragem....................................................................................... 5

3.2.2 ‐ Metodologia de Amostragem................................................................................ 7

3.2.3 ‐ Análise dos Dados.................................................................................................. 8

4 ‐ RESULTADOS E DISCUSSÃO .........................................................................................9

4.1 ‐ Caracterização das formações vegetais ................................................................... 9

4.2 ‐ Lista de espécies ..................................................................................................... 11

4.2.1 ‐ Riqueza ‐ Comparação entre Fitos x Região........................................................39

4.2.2 ‐ Curva do coletor .................................................................................................. 41

4.3 ‐ Espécies  ameaçadas,  raras,  endêmicas,  BANDEIRA,  eSPÉCIES‐CHAVE  e  novos registros 41

4.4 ‐ Espécies bioindicadoras da qualidade Ambiental ..................................................45

4.5 ‐ Espécies de importância econômica ...................................................................... 46

4.6 ‐ Espécies potencialmente invasoras, exóticas ........................................................51

5 ‐ RESULTADOS APLICADOS .......................................................................................... 53

6 ‐ PROPOSIÇÕES PARA O PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FLORA ......................57

7 ‐ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 58

8 ‐ EQUIPE TÉCNICA........................................................................................................ 61

ANEXOS.............................................................................................................................62

QUADROS Quadro 1. Localização geográfica das parcelas amostradas por Unidade de Conservação, e respectivos tipos de vegetação............................................................................................5

Quadro 2. Lista das espécies de licófitas registradas no Parque Nacional do Pau Brasil (PB)...........................................................................................................................................11

Quadro 3. Lista das espécies de samambaias registradas no Parque Nacional do Pau Brasil (PB). ..................................................................................................................................12

Quadro 4. Lista das espécies de angiospermas registradas no Parque Nacional do Pau Brasil (PB). ..................................................................................................................................16

Page 3: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 3

  1 ‐ INTRODUÇÃO  No que se refere ao número de espécies vegetais, a Bahia se destaca como um dos Estados mais  ricos do país, pois apresenta grande  representatividade de quase  todos os domínios fitogeográficos brasileiros dentro de  seu  vasto  território  (Harley & Mayo, 1980; Brazão & Araújo, 1981; Giulietti et al., 2006). Nesse contexto, uma das  formações vegetacionais que mais contribui para essa riqueza é a Floresta Atlântica, ocupando uma estreita faixa costeira de aproximadamente 100‐200 km de largura, principalmente na região sul do estado.   Estudos recentes têm demonstrado que a Floresta Atlântica do sul da Bahia abriga elevada diversidade de espécies  arbóreas do planeta  (Martini et al., 2007; Thomas  et al., 2008) e número  de  espécies  vegetais  endêmicas  e  ameaçadas  de  extinção  (Thomas  et  al.,  1998; Amorim et al., 2008, 2009). No entanto, apesar de sua biodiversidade, essas  florestas vêm sofrendo um processo acelerado de devastação nos últimos 50 anos. A retirada de madeira para  fins  comerciais  é,  ainda  hoje,  um  dos  principais  fatores  que  contribuem  para  essa destruição, além da expansão agrícola, urbana e industrial.   Nos ambientes naturais  sobre  solos mais  ricos e  relevo  suave houve a  implementação de extensas plantações de cacau no início do século XVIII (Mori, 1989; Mendonça et al. 1993). O sistema de cultivo do cacau na região é conhecido como cabruca. No sistema cacau‐cabruca o sub‐bosque é raleado para o plantio dos cacauais, entretanto árvores remanescentes são deixadas  para  sombreamento  conservando  parte  da  vegetação  nativa.  Porém,  com  o declínio do cultivo do cacau em decorrência da epidemia vassoura de bruxa na década de 80, houve  a  conversão  de  áreas  florestais  em  pastos,  plantações  de  eucalipto,  café  e  outros tipos de cultivo em que a cobertura vegetal é completamente retirada.  Segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica (S.O.S. Mata Atlântica, 1992), apenas 0,4% das florestas costeiras do sul da Bahia ainda permanecem intactos, sendo que o restante da vegetação existente encontra‐se na forma de pequenos fragmentos  isolados (menores que 400 ha), e em diferentes estágios de regeneração. Outro fator relevante, é que poucos são os  remanescentes  florestais  protegidos  em Unidades  de  Conservação,  sendo  que  apenas alguns deles apresentam dimensões significativas.   No  extremo  sul da Bahia os Parques Nacionais  (PARNAS) do Descobrimento  e Pau Brasil, formam um dos maiores conjuntos contínuos de Floresta Ombrófila Densa sobre Tabuleiros Costeiros do Brasil. De modo geral, essas florestas podem ser caracterizadas por árvores de grande porte,  com até 40m de altura,  lianas  robustas,  sub‐bosque pouco denso e poucas epífitas  (Rizinni, 1997). No entanto,  a  caracterização detalhada das diferentes  fisionomias florestais pode ser difícil de se realizar em nível do solo, pois as florestas não ocorrem como as entidades distintas que se vê nos mapas de vegetação.   A grande heterogeneidade de ambientes  (e.g., Campos Nativos  sobre  solos arenosos) que são  invariavelmente  encontrados,  em  pequena  escala,  dentro  das  Florestas  de  Tabuleiro, torna  difícil  qualquer  tentativa  simplista  de  definição  para  grandes  áreas.  Peixoto  et  al. (2008), por exemplo,  identificaram quatro subtipos vegetacionais em seu  recente  trabalho sobre as Florestas de Tabuleiro no Estado do Espírito Santo: a mata alta, cujas árvores do 

Page 4: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 4

dossel atingem até 40 m de altura e ocorrem de forma adensada; a floresta de muçununga acompanhando cordões de  solos arenosos, com árvores de menor porte, e que permitem maior penetração de luz até o solo; as formações pioneiras (o brejo, a floresta de várzea e a floresta ciliar), que estão associadas aos corpos d’água, apresentando grande variação entre si; e os campos nativos, que aparecem como enclaves na floresta, e estão representados por campos  abertos  com  vegetação  graminóide  ou  vegetação  arbustivo‐arbórea  em  moitas características.  Cabe  ressaltar  que  tanto  a muçununga  quanto  os  campos  nativos  estão associados  a  solos  arenosos  com  estrutura  e  composição  semelhantes  às  formações  de restinga  (Thomas &  Barbosa,  2008).  Todas  as  formações  vegetacionais  reconhecidas  por Peixoto et al.  (2008)  também ocorrem nos Parques Nacionais do Descobrimento e do Pau Brasil, constituindo um complexo mosaico de vegetações nessa região.  A caracterização e o mapeamento da vegetação em regiões  tropicais altamente diversas é um trabalho de aproximação árduo e constante (Clarke et al., 2001); nenhuma das tentativas existentes  na  literatura  é  ainda  completamente  adequada  para  as  chamadas  “Florestas sobre Tabuleiros” do Brasil, mas dada a  lista de espécies aqui apresentada e considerações sobre os diferentes  tipos  solo e drenagem, uma delimitação útil dos  tipos  florestais dessa região poderá ser alcançada a partir de pesquisas subseqüentes.  Infelizmente  ainda  são  raros  os  estudos  sobre  a  vegetação  de  áreas mais  próximas  aos PARNAS,  sendo  difícil  o  levantamento  de  informações  históricas  para  essa  região. Entretanto, algumas indicações já podem ser obtidas a partir de tais estudos. A atual área do PARNA do Descobrimento, por  exemplo,  foi historicamente utilizada pela  empresa Brasil‐Holanda de Indústria Madeireira para exploração de madeira nativa em regime sustentado, até 1997. Essa empresa utilizava madeiras  selecionadas para  a produção de  laminados, o que diferenciava a sua exploração daquela utilizada pelas serrarias tradicionais (Marchioro, 2000). Apesar da extração seletiva de madeira, áreas significativas ainda se encontram muito bem preservadas, tais como aquelas situadas ao longo de rios e córregos e em outras áreas isoladas. Por outro  lado,  algumas  regiões  foram descaracterizadas pela utilização do  fogo (principalmente  em  áreas  de  muçunungas),  e  atualmente  se  encontram  em  diferentes estádios de regeneração (CI‐Brasil & Ornis, 2003).  Esse  estudo  pretende  apresentar  o  levantamento  florístico  das  plantas  vasculares  (i.e., licófitas,  samambaias e plantas com  sementes) e a caracterização estrutural da vegetação arbórea dos PARNAS do Descobrimento e do Pau Brasil, fornecendo subsídios básicos para a elaboração dos Planos de Manejo dessas áreas.  2 ‐ OBJETIVOS  ‐ Elaborar um diagnóstico da vegetação do PARNA do Pau Brasil, e entorno,  localizado no município de Porto Seguro, BA; ‐ Identificar oportunidades de conservação no corredor‐ecológico Monte Pascoal‐Pau Brasil; ‐  Subsidiar,  através  da  participação  em  oficinas  de  planejamento  e  da  confecção  de relatórios técnicos, a elaboração dos planos de manejo do do Parque.     

Page 5: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 5

3 ‐ METODOLOGIA   3.1 ‐ DADOS SECUNDÁRIOS 

Para complementar as  informações obtidas em campo,  foram utilizados dados de diversas 

fontes secundárias, especialmente de estudos previamente realizados na área de entorno ou 

em regiões próximas ao PARNA Pau Brasil. 

 

A lista de espécies registradas na área (Quadros 2, 3, 4) foi elaborada a partir da combinação 

dos dados encontrados durante o presente estudo com dados secundários diversos, obtidos 

por meio da compilação de coletas antigas depositadas no acervo do Herbário CEPEC, bem 

como da consulta aos trabalhos de CI‐Brasil & Ornis (2003) e Jardim (2003). Isso permitiu a 

elaboração de uma  lista complementar, que  irá ajudar a situar as áreas de estudo em um 

contexto  mais  amplo.    Nessa  lista  destacam‐se  as  espécies  ameaçadas  de  extinção,  as 

endêmicas e as raras (baseando‐se nas listas do MMA, IUCN e CITES, além de listas regionais, 

caso existam).  3.2 ‐ DADOS PRIMÁRIOS 

As amostragens  florísticas  realizadas no PARNA do Pau Brasil  foram  realizadas em quatro 

etapas  distintas,  cada  uma  com  cerca  de  10  dias  de  duração,  nos meses  de  outubro,  e 

novembro do ano de 2009, totalizando 20 dias de campo.  Nesse período, foram realizados o 

levantamento  florístico das plantas vasculares e a  caracterização estrutural das diferentes 

formações vegetacionais existentes.  3.2.1 ‐ Parcelas de Amostragem 

• Foram alocadas duas Parcelas de Amostragem  (com 0,1 hectares cada uma), sendo 

uma delas em área de Floresta Alta e outra em Floresta de Muçununga (Figura 1) (Quadro 

1/Mapa  1).  Em  geral,  as  áreas  amostradas  apresentaram‐se  semelhantes  em  relação  ao 

estágio  sucessional  e  em  relação  ao  mosaico  em  que  estão  inseridas,  sendo  áreas 

representativas da vegetação original em seu melhor estado de preservação, e sem indícios 

recentes de perturbação.   

 Quadro  1.  Localização  geográfica  das  parcelas  amostradas  por  Unidade  de  Conservação,  e respectivos tipos de vegetação. 

Localização Unidade  de Conservação 

Parcela  de Amostragem  S  W 

Tipo  de Vegetação 

PARNA do Pau Brasil  01  0475835 8177289  Muçununga PARNA do Pau Brasil  02  0472823 8175115  Floresta Alta  

Page 6: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 6

 

 Mapa 1. Localização das Unidades de Amostragem da Botânica no PARNA do Pau Brasil  

Page 7: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 7

3.2.2 ‐ Metodologia de Amostragem 

Desenho Amostral Geral:  Seguindo  a metodologia  descrita  por  Phillips  et  al.  (2003),  que 

sugerem  ser  essa  a  melhor  forma  de  realizar  amostragens  rápidas  e  significativas  de 

vegetação,  foram adotadas Parcelas de Amostragem de 0,1 hectare para a  caracterização 

estrutural  da  vegetação  dos  PARNAS.  Esse  método  tem  sido  amplamente  utilizado  em 

diferentes  localidades  tropicais,  inclusive na região sul da Bahia  (Amorim, 2007; Martini et 

al.,  2007; Piotto  et al.,  2009),  com o objetivo de permitir  comparações  entre os diversos 

estudos. O método envolve a amostragem de todas as árvores com DAP (diâmetro a altura 

do peito) acima de 2,5 cm, em um conglomerado de 10 parcelas de 0,01 hectare cada (2m x 

50 m).  

 

Essas  parcelas  são  sistematicamente  dispostas  ao  longo  de  um  transecto  de  200m  de 

comprimento  separadas entre  si por uma distância de 22,2m  (Figura 2). Para  cada árvore 

amostrada foi anotada a altura, o diâmetro do tronco, características da planta viva e uma 

identificação  preliminar  a  ser  checada  posteriormente  no  laboratório  (Herbário  CEPEC). 

Foram  coletadas  amostras  de  todos  os  indivíduos,  com  exceção  daqueles  pertencentes  a 

espécies muito comuns e/ou de fácil reconhecimento no campo. No  laboratório o material 

foi  separado  em  famílias  e depois morfoespécies  (Figura  3)  e  em  seguida  identificado  ao 

nível taxonômico mais específico possível.  

Paralelamente a essa amostragem, procedeu‐se a documentação das espécies vegetais em 

estágio  fértil, através de coletas exploratórias ao  longo das principais trilhas de acesso aos 

blocos florestais. Nessas coletas, procurou‐se visitar o maior número de ambientes possível, 

onde  foram  amostrados  os  três  grupos  de  plantas  vasculares  ocorrentes  na  região  (i.e., 

licófitas, samambaias e angiospermas). Os materiais coletados encontram‐se depositados no 

Herbário  CEPEC  do  Centro  de  Pesquisas  do  Cacau.  Duplicatas  foram  distribuídas  aos 

especialistas  em  diversos  grupos,  sempre  que  possível,  objetivando  a  obtenção  de 

identificações  acuradas  das  amostras.  A  listagem  de  espécies  foi  organizada  em  ordem 

alfabética  de  família,  seguindo  os  sistemas  de  classificação  propostos  por  Øllgaard  & 

Windisch (1987) para as espécies de licófitas, Smith et al. (2006) para as samambaias e APG 

II (2003) para as angiospermas. 

 

Desenho Amostral para Avaliação Populacional de Caesalpinia echinata: Elaborou‐se duas 

parcelas para avaliação do  status populacional de Caesalpinia echinata  Lam., o  conhecido 

“pau‐brasil”, espécie  arbórea de  alto  valor  comercial e  fortemente explorada nos últimos 

séculos em toda a costa leste brasileira. A metodologia adotada é parte de uma amostragem 

já executada em populações naturais dessa espécie no  sul da Bahia, dentro das ações do 

Programa Pau Brasil sediado no CEPEC e UESC. A partir da localização de uma árvore adulta 

Page 8: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 8

de Caesalpinia echinata (DAP maior ou igual a 30 cm)  é estabelecido uma parcela de 150 m 

compr. e 20 m  largura. Dentro dessa parcela  são mensurados o DAP e altura de  todos os 

indivíduos de C. echinata com diâmetro maior ouigual a 5 cm. Paralelamente foi efetuada a 

contagem de  todos os  indivíduos  juvenis com 1 m alt. ou mais, desde que não  tivessem o 

DAP de 5 cm.      3.2.3 ‐ Análise dos Dados 

Para análise dos dados  coletados  foi utilizado o pacote FITOPAC 1.6  (Shepherd, 2006). Os 

parâmetros  fitossociológicos básicos, como abundância,  freqüência, densidade, área basal, 

riqueza, e diversidade,  foram calculados e curvas de acumulação de espécies  foram  feitas 

para estimar a riqueza e mensurar o esforço amostral.  

Com  o  auxílio  do  programa  PAST  foi  possível  representar  graficamente  os  perfís  de 

diversidades de cada um dos pontos amostrais isoladamente e cada uma das fitofisionomias 

considerando‐se  do  PARNA.  Além  disso,  foi  possível  plotar  em  gráficos  as  curvas  de 

rarefação de espécies em função do número de  indivíduos amostrados de modo a permitir 

comparações  entre  as  riquezas  observadas  em  cada  uma  das  parcelas  de  amostragem 

isoladamente.  Ou  seja,  foi  possível  comparar  os  números  de  espécies  observadas  em 

diferentes  situações,  ponderando‐se  esses  valores  em  função  do  número  de  indivíduos 

amostrados.   

Ainda  utilizando  o  programa  PAST,  foram  realizados  procedimentos  de  re‐amostragem  à 

partir dos dados originais a  fim de gerar curvas de acumulação de espécies suavizadas por 

meio de aleatorização da ordem  insersão das unidades amostrais. Com esse procedimento, 

foi  possível minimizar  o  efeito  do  padrão  de  agregação  das  espécies  sobre  a  forma  das 

curvas  de  acumulação  de  espécies  e  evitar  a  visualização  estabilizações  das mesmas  em 

função  de  altas  similaridades  entre  parcelas  próximas  conforme  descrito  por  (Schilling & 

Batista 2008).   

 

A análise dos dados de Caesalpinia echinata  foi efetuada pelo programa FITOPAC e gerou 

gráficos  comparativos  com  a  situação  das  população  no  PARNA  e  em  outras  áreas  já 

inventariadas no sul da Bahia. 

 

 

 

 

 

 

Page 9: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 9

 4 ‐ RESULTADOS E DISCUSSÃO  4.1 ‐ CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAÇÕES VEGETAIS 

Foram identificadas quatro fisionomias vegetais nas Florestas de Tabuleiro do PARNA do Pau 

Brasil, seguindo basicamente a classificação proposta por Peixoto et al. (2008): Floresta Alta, 

Floresta de Muçununga, Formações Pioneiras e Campos Nativos.  

Floresta Alta — essa é a formação arbórea mais representativa das Florestas de Tabuleiro no 

PARNA. Ocorre sobre solo argiloso ou argilo‐arenoso. Apresenta o dossel alto e denso, com 

árvores  que  podem  atingir  os  40 m  de  altura.  Essas,  de  fuste  reto  e  cilíndrico,  não  se 

distribuem homogeneamente na floresta, mas rareiam em certos pontos e se adensam em 

outros  locais.  Apresenta‐se,  via  de  regra,  com  estratificação  bem  definida,  latifoliolada, 

sempre‐verde,  e  com muitas  espécies. O  sombreamento  do  sub‐bosque,  promovido  pela 

cobertura densa e uniforme do dossel, faz com que o estrato inferior seja bastante rareado 

em  número  de  espécies.  No  entanto,  hemi‐epífitas  e  epífitas  estão  bem  representadas, 

especialmente pela família Araceae e por representantes do grupo das samambaias. Nessa 

formação  é  comum  observar  espécies  de  árvore  de  grande  porte  como  Parkia  pendula 

(Willd.)  Benth.  ex  Walp.  Caryocar  edule  Casar.;  Hydrogaster  trinerve  Kuhlm.;  Ecclinusa 

ramiflora Mart.; Virola sp. e Lecythis lurida (Miers) Mori. Nos estrados inferiores da Floresta 

alta  poucas  espécies  arbóreas  são  encontradas,  destacando‐se  Paypayrola  blanchetiana; 

Eugenia  cf.  flamingensis  e  algumas  espécies  de  Rubiaceae.  Dentre  as  fitofisionomias 

características de Florestas de Tabuleiro, na Floresta Alta  foi observada a maior proporção 

de  espécies  dotadas  de  diásporos  com  características  associadas  à  dispersão  por  animais 

(Carvalho, G.M., dados não publicados).  

Floresta de Muçununga — ocupa  áreas de  tabuleiro  com  solo  arenoso, úmido,  e poroso. 

Segundo Meira Neto et al. (2005), esse tipo de vegetação apresenta fitofisionomia, estrutura 

e  composição  florística  diferentes  das  porções  florestadas  que  as  circundam. Além  disso, 

segundo  os mesmos  autores,  caracteriza‐se  por  possuir  um  componente  arbóreo  pouco 

denso  e  o  componente  herbáceo‐arbustivo  predominante.  Entretanto,  a  variação 

fitofisionômica das muçunungas é  tão  grande quanto  aquela observada em  vegetação de 

Cerrado. Uma diversidade significativa pode ser verificada nas zonas de  transição entre as 

florestas  de muçununga  e  outras  formações  vegetacionais  encontradas  na  região.  Essas 

transições variam desde áreas com árvores menores (transição para os Campos Nativos) até 

áreas onde  as  árvores  são bastante  robustas  (transição para  a  floresta  alta). As  zonas de 

transição  também  são  caracterizadas  pela  presença  de  um  grande  número  de 

representantes  da  família  Arecaceae,  incluindo  Euterpe  edulis  Mart.  Nas  áreas  de 

Page 10: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 10

Muçununga,  sobretudo  as  áreas  de  Floresta  de  Muçununga  e  Muçununga  Arbustivo‐

herbácea, são comuns as arbóreas como Tabebuia cassinoides DC.; Conchocarpus longifolius 

(A. St. Hil.) Kallunki & Pirani; Rauia nodosa (Engl.) Kallunki; Solanum sooretamum Carvalho; 

Tabernaemonta  salzmanii A. DC.; Chrysophyllum  splendens Spreng. e Tovomita amazonica 

(Poepp.) Walp. Observa‐se que há maior abundânica e diversidade de epífitas e espécies de 

sub‐bosque  com  representantes  das  Familias  Bromeliaceae  e  Orchidaceae  e  espécies  de 

Rubiaceae, respectivamente.  

 

Formações  pioneiras  —  áreas  permanentemente  ou  sazonalmente  inundadas.  São 

complexas  em  relação  a  sua  descrição  e  definição,  pois  apresentam  fisionomias  muito 

variadas, provavelmente como resultado de diferenças no nível de influência fluvial. As áreas 

permanentemente  inundadas  sustentam vegetação herbácea e  são geralmente associadas 

aos  campos  nativos  ou  às margens  de  cursos  d’água.  Os  principais  componentes  desta 

formação são densos agrupamentos de espécies de Cyperaceae, bem como representantes 

de Asteraceae, Melastomataceae, e Poaceae. As samambaias Blechnum serrulatum Rich. e 

Lygodium volubile Sw. são muito comuns nessas áreas.     

 

Campos Nativos — No PARNA do Pau Brasil, os Campos Nativos ocorrem exclusivamente 

sobre solo arenoso, formando enclaves dentro das Florestas Altas e de Muçununga. Podem 

ser representados por campos abertos com vegetação graminóide, ou vegetação arbustivo‐

arbórea  constituindo  moitas  características.  Esse  tipo  de  vegetação  ocorre  apenas  nas 

Florestas de Tabuleiro do sul da Bahia e norte do Espírito Santo, apresentando composição 

florística muito  similar  às  restingas  do  sudeste  do  Brasil  (Peixoto,  2008).  As  samambaias 

Actinostachys pennula (Sw.) Hook., Blechnum serrulatum Rich., e representantes da família 

Lycopodiaceae  são  comuns  nestas  áreas.  Em  áreas  alteradas,  Pteridium  arachnoideum 

(Kaulf.)  Maxon  e  outras  espécies  invasoras  tendem  a  formar  densas  populações, 

especialmente  devido  à  esparsa  cobertura  vegetal.  Nesses  ambientes,  bem  como  nas 

Muçunungas  mais  abertas,  espécies  das  famílias  Eriocaulaceae;  Xyridaceae;  Lythraceae; 

Theaceae; Erythroxylaceae; entre outros componentes característicos de habitats associados 

a  restrições  hídricas  ou  condições  edafo‐climáticas  estenuantes.  Essa  tendência  de 

colonização dos Campos Nativos por espécies de  características notadamente mais  xérica 

evidencia‐se  também  pelas  estratégias  de  dispersão  de  diásporos  observadas  nessas 

espécies.  Normalmente  encontram‐se  nos  Campos  Nativos  proporções  altas  de  espécies 

anemocóricas  em  relação  às  outras  fitofisionomias  dos  Tabuleiros  (Carvalho, G.M.,  dados 

não publicados).  

 

 

 

Page 11: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 11

 4.2 ‐ LISTA DE ESPÉCIES 

Foram  registradas  633  espécies,  distribuídas  em  325  gêneros  e  113  famílias  de  plantas 

vasculares nos PARNAS do Descobrimento e do Pau Brasil. O grupo mais bem representado 

foi  o  das  angiospermas  (Quadro  4),  com  555  espécies,  280  gêneros  e  93  famílias.  As 

samambaias estão representadas por 72 espécies em 43 gêneros e 19  famílias (Quadro 3); 

enquanto  que  as  licófitas  (Quadro  2)  compreendem  seis  espécies,  distribuídas  em  dois 

gêneros e duas famílias. A seguir são apresentadas as listas dos táxons encontrados.  Quadro  2.  Lista  das  espécies  de  licófitas  registradas  nos  Parques  Nacionais  do Descobrimento (DE) e Pau Brasil (PB). 

Classificação Nome Comum 

Hábito Status de Conservação 

Distribuição Geográfica 

Tipo de registro 

         

PARNA do Pau Brasil   

LYCOPODIACEAE             

Lycopodiella alopecuroides (L.) 

Cranfill   

  

Erva 

   

   

  X 

  

Primário 

Lycopodiella cernua (L.) Pic. 

Serm.  Pinheirinho 

  

Erva 

   

   

  X 

 Primário / Secundário

SELAGINELLACEAE            

Selaginella producta Baker  Selaginéla  

  

Erva 

   

   

  X 

  

Primário 

Status de conservação: VU: Vulnerável; PA: Presumivelmente Ameaçada; EN: Em Perigo; CR: 

Criticamente  em Perigo, DD: Deficiente em Dados. Categoria de distribuição geográfica  e 

abundância: ED: Endêmica da Floresta Atlântica; RR: Rara. 

Page 12: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 12

Quadro  3.  Lista  das  espécies  de  samambaias  registradas  nos  Parques  Nacionais  do 

Descobrimento (DE) e Pau Brasil (PB). 

Classificação Nome Comum 

Hábito  Status de Conservação 

Distribuição Geográfica 

Tipo de registro 

         

PARNA do Pau Brasil   

ANEMIACEAE             

Anemia phyllitidis (L.) Sw.  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

ASPLENIACEAE             

Asplenium angustum Sw.  Samambaia  

  

Epífita 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

Asplenium lacinulatum Schrad.  Samambaia  

  

Erva 

  

VU 

  

ED; RR 

  X 

  

Primário 

BLECHNACEAE             

Blechnum serrulatum Rich.  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

CYATHEACEAE             

Cyathea abreviata I. Fern. 

Xaxim‐com‐

espinho 

  

Arborescente

  

CITES 

  

ED; RR 

  X 

  

Primário 

Cyathea phalerata Mart. 

Xaxim‐com‐

espinho 

  

Arborescente

  

CITES 

   

  X 

 Primário / Secundário 

DENNSTAEDTIACEAE             

Pteridium arachnoideum (Kaulf.) 

Maxon Feto; 

Samambaia 

  

Erva 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

DRYOPTERIDACEAE             

Cyclodium heterodon (Schrad.) T. Moore  Samambaia  

  

Erva 

   

  

ED 

  X 

 Primário / Secundário 

Cyclodium meniscioides (Willd.) 

C. Presl  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

Page 13: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 13

Classificação Nome Comum 

Hábito  Status de Conservação 

Distribuição Geográfica 

Tipo de registro 

         

PARNA do Pau Brasil   

Elaphoglossum luridum (Fée) H. 

Christ  Samambaia  

  

Epífita 

   

   

  X 

  

Primário 

Elaphoglossum sp.  Samambaia  

  

Epífita 

   

   

  X 

  

Primário 

Lomagramma guianensis (Aubl.) 

Ching  Samambaia  

  

Hemi‐epífita 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

Polybotrya speciosa Schott  Samambaia  

  

Hemi‐epífita 

   

  

ED 

  X 

 Primário / Secundário 

GLEICHENIACEAE             

Gleichenella pectinata (Willd.) Ching  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

HYMENOPHYLLACEAE            

Abrodictyum rigidum (Sw.) Ebihara & Dubuisson  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

  

Primário 

Didymoglossum hymenoides (Hedw.) 

Copel.  Samambaia  

  

Epífita 

   

   

  X 

  

Primário 

Hymenophyllum sp.  Samambaia  

  

Epífita 

   

   

  X 

  

Primário 

Polyphlebium diaphanum (Kunth) Ebihara & Dubuisson  Samambaia  

  

Epífita 

   

   

  X 

  

Primário 

Trichomanes pedicellatum Desv.  Samambaia  

  

Hemi‐epífita 

   

   

  X 

  

Primário 

Trichomanes pinnatum Hedw.  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

LINDSAEACEAE             

Lindsaea lancea (L.) Bedd.  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

Page 14: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 14

Classificação Nome Comum 

Hábito  Status de Conservação 

Distribuição Geográfica 

Tipo de registro 

         

PARNA do Pau Brasil   

Lindsaea stricta (Sw.) Dryand.  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

  

Primário 

LOMARIOPSIDACEAE             

Lomariopsis marginata (Schrad.) 

Kuhn  Samambaia  

  

Erva 

   

  

ED 

  X 

 Primário / Secundário 

Nephrolepis biserrata (Sw.) Schott  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

  

Primário 

MARATTIACEAE             

Danaea geniculata Raddi  Samambaia  

  

Erva 

   

  

ED 

  X 

  

Primário 

METAXYACEAE             

Metaxya rostrata (Kunth) C. Presl  Samambaia  

  

Erva 

   

  

RR 

  X 

  

Primário 

POLYPODIACEAE             

Campyloneurum nitidum (Kaulf.) C. 

Presl  Samambaia  

  

Epífita 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

Cochlidium linearifolium (Desv.) Maxon ex C. Chr.  Samambaia  

  

Epífita 

   

  

RR 

  X 

  

Primário 

Dicranoglossum furcatum J. Sm.  Samambaia  

  

Epífita 

   

  

RR 

  X 

  

Primário 

Microgramma geminata (Schrad.) R.M. Tryon & A.F. 

Tryon  Samambaia  

  

Epífita 

   

  

ED 

  X 

  

Primário 

Microgramma lycopodioides (L.) 

Copel.  Samambaia  

  

Epífita 

   

   

  X 

  

Primário 

Pecluma pectinatiformis 

(Lindm.) M.G. Price  Samambaia  

  

Epífita 

   

   

  X 

  

Primário 

Page 15: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 15

Classificação Nome Comum 

Hábito  Status de Conservação 

Distribuição Geográfica 

Tipo de registro 

         

PARNA do Pau Brasil   

Pecluma pilosa (A.M. Evans) M. Kessler & 

A.R. Sm.  Samambaia  

  

Epífita 

   

   

  X 

  

Primário 

PTERIDACEAE             

Adiantum dolosum Kunze  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

Polytaenium cajenense (Desv.) 

Benedict  Samambaia  

  

Epífita 

   

   

  X 

  

Primário 

Vittaria lineata (L.) Sm. 

Samambaia ‐de‐ fita  

  

Epífita 

   

   

  X 

  

Primário 

SACCOLOMATACEAE             

Saccoloma elegans Kaulf.  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

  

Primário 

SCHIZAEACEAE             

Actinostachys pennula (Sw.) Hook.  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

 Primário / Secundário 

Schizaea fluminensis Miers. ex J.W. Sturm  Samambaia  

  

Erva 

   

  

RR 

  X 

  

Primário 

THELYPTERIDACEAE             

Thelypteris leprieurii (Hook.) R.M. Tryon  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

  

Primário 

Thelypteris macrophylla (Kunze) 

C.V. Morton  Samambaia  

  

Erva 

   

   

  X 

  

Primário 

Thelypteris villosa (Link) C.F. Reed  Samambaia  

  

Erva 

   

  

ED; RR 

  X 

  

Primário 

Status de conservação: VU: Vulnerável; PA: Presumivelmente Ameaçada; EN: Em Perigo; CR: 

Criticamente  em Perigo, DD: Deficiente em Dados. Categoria de distribuição geográfica  e 

abundância: ED: Endêmica da Floresta Atlântica; RR: Rara. 

Page 16: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 16

Quadro 4. Lista das espécies de angiospermas registradas nos Parques Nacionais do Descobrimento (DE) e Pau Brasil (PB). 

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

ACANTHACEAE           

Aphelandra harleyi Wasshausen 

Camarão  Arbusto    ED Primário / Secundário

Justicia sp.    Erva      Primário 

Ruellia villosa (Nees) Lindau 

  Erva     Primário / Secundário

ANACARDIACEAE           

Schinus terebinthifolius Raddi 

Aroeira‐vermelha  Árvore      Primário 

Tapirira guianensis Aubl. 

Pau‐pombo  Árvore      Primário 

Thyrsodium spruceanum Benth. 

Manga‐brava  Árvore      Primário 

ANNONACEAE           

Anaxagorea doliocharpa Sandwith

  Árvore      Primário 

Annona acutiflora Mart. 

Araticum  Árvore      Primário 

Annona salzmanii A. DC. 

Araticum  Árvore      Primário 

Annonaceae sp. 1    Árvore      Primário 

Annonaceae sp. 2    Árvore      Primário 

Annonaceae sp. 3    Árvore      Primário 

Duguetia bahiensis Maas 

  Árvore    ED  Primário 

Guatteria blanchetiana R. E. Fr. 

  Árvore    ED  Primário 

Guatteria pogonopus Mart. 

Pindaíba  Árvore      Primário 

Pseudoxandra bahiensis Maas 

  Árvore      Primário 

Page 17: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 17

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Unonopsis bahiensis Maas & Orava 

  Árvore    ED Primário / Secundário

Xylopia ochrantha Mart. 

Pau‐de‐imbira  Árvore      Primário 

APOCYNACEAE           

Aspidosperma discolor A. DC. 

Pau‐quina  Árvore      Primário 

Aspidosperma spruceanum Benth. ex 

Müll Arg. Peroba  Árvore      Primário 

Blepharodon nitidum (Vell.) Macbr. 

  Trepadeira     Primário 

Couma sp.  Mucugê  Árvore      Primário 

Himatanthus bracteatus (A. DC.) 

Woodson Janaúba  Árvore    DJ  Primário 

Tabernaemontana salzmannii A. DC. 

Pau‐de‐cachimbo  Árvore      Primário 

ARACEAE           

Anthurium sp.  Antúrio  Erva     Primário / Secundário

Heteropsis oblongifolia Kunth 

 Hemi‐epífita 

   Primário / Secundário

Philodendron pedatum (Hook.) 

Kunth  

Hemi‐epífita 

   Primário / Secundário

Philodendron rudgeanum Schott 

 Hemi‐epífita 

   Primário / Secundário

Philodendron surinamense (Miq.) 

Engl.  

Hemi‐epífita 

    Primário 

Rhodospatha oblongata Poepp. 

  Epífita     Primário / Secundário

ARALIACEAE           

Schefflera morototoni (Aubl.) B.Maguire, J.A.Steyermark & 

D.G.Frodin 

Matataúba  Árvore     Primário / Secundário

ARECACEAE           

Page 18: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 18

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Bactris ferruginea Burret 

Tucum  Árvore     Primário / Secundário

Bactris pickelii Burret    Arbusto     Primário / Secundário

Bactris sp.  Tucuí  Arbusto     Primário / Secundário

Desmoncus orthacanthos Mart. 

Mané‐velho  Árvore      Primário 

Euterpe edulis Mart.  Juçara  Árvore  EN  ED Primário / Secundário

Geonoma pauciflora Mart. 

Ouricana  Arbusto     Primário / Secundário

Geonoma rubescens H. Wendl. ex Drude 

  Arbusto      Primário 

ASTERACEAE           

Baccharis calvescens DC. 

Alecrim‐bravo  Arbusto      Primário 

Mikania salzmannifolia DC. 

  Trepadeira   ED Primário / Secundário

Mikania sp.    Trepadeira     Primário 

Vernonanthura sp.    Árvore      Primário 

BALANOPHORACEAE           

Lophophytum mirabile Schott & Endl. 

  Parasita    ED Primário / Secundário

BIGNONIACEAE           

Callichlamys latifolia (Rich.) K. Schum. 

  Trepadeira    Primário / Secundário

Clytostoma binatum (Thumb.) Sandw. 

  Trepadeira    Primário / Secundário

Dolichandra unguiculata (Vell.) L. 

Lohmann   Trepadeira    

Primário / Secundário

Jacaranda obovata Cham. 

Carobinha  Arbusto      Primário 

Jacaranda sp.    Arbusto      Primário 

Page 19: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 19

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Lundia cordata DC.    Trepadeira    Primário / Secundário

Memora valida K. Schum. 

  Trepadeira   ED Primário / Secundário

Pleonotoma albiflora (Salzm. & DC.) A. 

Gentry   Trepadeira    

Primário / Secundário

Tabebuia cassinoides DC. 

Caixeta  Árvore  VU    Primário 

Tabebuia sp.  Pau‐d'arco  Árvore      Primário 

BORAGINACEAE           

Cordia anabaptista Cham. 

Baba‐de‐Boi  Arvoreta    ED Primário / Secundário

Tournefortia bicolor Sw. 

  Arbusto      Primário 

Tournefortia paniculata Cham. 

  Trepadeira   DJ Primário / Secundário

Tournefortia villosa Salzm. ex DC. 

  Arbusto    DJ  Primário 

BROMELIACEAE           

Aechmea sp.  Gravatá  Epífita      Primário 

Tillandsia geminiflora Brongn. 

Barba‐de‐velho  Epífita     Primário / Secundário

BURSERACEAE           

Protium aracouchini (Aubl.) March. 

Amescla  Árvore      Primário 

Protium icicariba  Amescla  Árvore    ED  Primário 

Protium warmingianum 

March. Amescla  Árvore      Primário 

Tetragastris catuaba Cunha 

Catuaba  Árvore      Primário 

CARICACEAE           

Jacaratia heptaphylla (Vell.) A. DC. 

Mamão‐de‐veado  Árvore     Primário / Secundário

Page 20: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 20

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

CARYOCARACEAE           

Caryocar edule Cassareto 

Pequi‐preto  Árvore    ED Primário / Secundário

CELASTRACEAE           

Cheiloclinium gleasonianum (Pier) 

A.C. Sm.   Trepadeira    

Primário / Secundário

Cheiloclinium cognatum (Miers) A.C. 

Sm.   Árvore      Primário 

Maytenus brasiliensis Mart. 

  Árvore      Primário 

Maytenus distichophylla Mart. 

ex Reissek   Árvore      Primário 

CHRYSOBALANACEAE          

Couepia belemii Prance 

Oiti‐boi  Árvore    ED  Primário 

Couepia longipendula Pilg. 

  Árvore    DJ  Primário 

Hirtella bicornis Mart. & Zucc. 

  Árvore    NR  Primário 

Hirtella hebeclada Moric. 

Oiti‐pardo  Árvore      Primário 

Hirtella sp.    Árvore      Primário 

Hirtella sprucei Benth. ex Hook. F. 

  Árvore      Primário 

Licania discolor Pilg.    Árvore      Primário 

Licania hoehnei Pilg.  Oiti  Árvore     Primário / Secundário

Licania hypoleuca Benth. 

Oiti‐mirim  Árvore    DJ  Primário 

Licania naviculistipula Prance 

  Árvore    ED  Primário 

Licania sp. 1    Árvore      Primário 

CLUSIACEAE           

Page 21: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 21

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Caraipa densifolia Mart. 

Camaçari  Árvore      Primário 

Clusia sellowiana Schltdl. 

Mangue‐branco  Árvore      Primário 

Symphonia globulifera L.f. 

Landirana  Árvore      Primário 

Tovomita amazonica (Poepp.) Walp. 

Mangue‐da‐mata  Árvore      Primário 

Tovomita choisyana Planch. & Triana 

Mangue‐da‐mata  Árvore    DJ Primário / Secundário

Tovomita excelsa Andrade‐Lima & G. 

Mariz Mangue‐da‐mata  Árvore      Primário 

Tovomita mangle G. Mariz 

Mangue‐da‐mata  Árvore      Primário 

Vismia sp.  Copiã  Arvoreta      Primário 

COMBRETACEAE           

Buchenavia tomentosa Eichler 

  Árvore      Primário 

Combretum sp.    Árvore      Primário 

Terminalia sp. 1  Pequi‐amarelo  Árvore      Primário 

Terminalia sp. 2  Pequi‐amarelo  Árvore      Primário 

COMMELINACEAE           

Dichorisandra leucophtalmos Hook. 

  Erva  VU    Primário 

CONNARACEAE           

Connarus portosegurensis 

Forero   Trepadeira   ED/RR  Primário 

CUCURBITACEAE           

Cayaponia sp.    Trepadeira     Primário 

CYCLANTHACEAE           

Page 22: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 22

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Evodianthus funifer (Poit.) Lindm. 

Cipó‐verdadeiro Hemi‐epífita 

  DJ Primário / Secundário

Torocarpus bissectus (Vell.) Harl. 

  Epífita     Primário / Secundário

CYPERACEAE           

DICHAPETALACEAE           

Stephanopodium blanchetianum Baillon

Borboleta  Árvore      Primário 

Tapura sp.    Árvore      Primário 

DILLENIACEAE           

Davilla sp.    Trepadeira     Primário 

Doliocarpus dentatus (Aubl.) Standl. 

  Trepadeira     Primário 

EBENACEAE           

Diospyros sp.  Pindaíba‐amarela  Árvore      Primário 

ELAEOCARPACEAE           

Sloanea guianensis Benth. 

Gindiba  Árvore      Primário 

EUPHORBIACEAE           

Actinostemon appendicularis Jabl. 

  Árvore      Primário 

Actinostemon gardneri (Müll. Arg.) 

Pax   Arbusto      Primário 

Alchornea iricurana Casar 

Largarteiro  Árvore      Primário 

Alchornea sp.  Tapiá  Arbusto      Primário 

Croton sincorensis Mart. ex Müll. Arg. 

Velame  Arbusto    ED  Primário 

Dalechampia coriacea Klotzsch 

Urtiga‐de‐boi  Arbusto      Primário 

Page 23: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 23

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Dalechampia sp.  Urtiga  Trepadeira     Primário 

Gymnanthes multiramea Müll. Arg.

  Arbusto      Primário 

Margaritaria nobilis L.f. 

Pau‐diamante  Árvore      Primário 

Pausandra morisiana (Casar.) Radlk. 

  Arbusto      Primário 

Senefeldera verticillata (Vell.) 

Croizat Macuco  Árvore      Primário 

FABACEAE           

Abarema filamentosa (Benth.) Pittier 

  Árvore  VU  ED  Primário 

Acacia glomerosa Benth. 

Braúna‐mongo  Árvore      Primário 

Albizia pedicellaris (DC.) L.Rico 

Juerana‐branca  Árvore      Primário 

Arapatiella psilophylla (Harms) R.S. Cowan 

Arapati  Árvore  VU  ED Primário / Secundário

Bauhinia angulosa Vog. var. bahiana Vaz 

Pata‐de‐Vaca  Trepadeira   ED  Primário 

Bauhinia sp. 1  Escada‐de‐Macaco  Trepadeira     Secundário

Bauhinia sp. 2  Pata‐de‐Vaca  Árvore      Primário 

Caesalpinia echinata Lam. 

Pau‐brasil  Árvore  EN   Primário / Secundário

Chamaecrista duartei (H.S.Irwin) H.S.Irwin & 

Barneby   Árvore      Primário 

Clitoria selloi Benth.    Trepadeira     Primário 

Dalbergia frutescens (Vell.) Britt. var. 

frutescens   Escandente   DJ  Primário 

Desmodium incanum DC. 

  Erva      Primário 

Dialium guianense (Aubl.) Sandwith 

Jitaí  Árvore      Primário 

Exostylis venusta Schott 

  Árvore      Primário 

Page 24: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 24

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Fabaceae sp. 1    Árvore      Primário 

Fabaceae sp. 2    Árvore      Primário 

Fabaceae sp. 3    Árvore      Primário 

Hymenolobium janeirense Kuhlm. 

  Árvore      Primário 

Inga aptera (Vinha) T.D.Penn. 

  Árvore      Primário 

Inga capitata Desv.    Árvore      Primário 

Inga edulis Mart.  Ingá  Árvore    DJ  Primário 

Inga pedunculata Benth. 

  Árvore    ED  Primário 

Inga pleiogyna T.D. Penn. 

Ingá  Arbusto  VU  ED  Primário 

Inga sp. 1  Ingá  Árvore      Primário 

Inga sp. 2    Árvore      Primário 

Inga sp. 3    Árvore      Primário 

Inga thibaudiana DC.  Ingá  Árvore      Primário 

Machaerium aculeatum Raddi 

Jacarandá‐de‐Espinho Trepadeira     Primário 

Machaerium salzmanii Benth. 

  Arbusto      Primário 

Macrolobium latifolium Vogel 

Óleo‐Comumbá  Árvore      Primário 

Melanoxylon brauna Schott 

Braúna  Árvore  VU    Primário 

Ormosia arborea (Vell.) Harms 

Olho‐de‐cabra  Árvore      Primário 

Parkia pendula (Willd.) Benth. ex 

Walp. Juerana‐vermelha  Árvore     

Primário / Secundário

Peltogyne confertiflora (Mart. ex 

Hayne) Benth. Roxinho  Árvore    DJ  Primário 

Page 25: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 25

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Pseudopiptadenia contorta (DC.) Lewis & 

Lima Angico  Árvore    ED  Primário 

Pterocarpus rohrii Vahl 

Pau‐sangue  Árvore      Primário 

Senna affinis (Benth.) H.S. Irwin & Barneby 

Fedegoso  Árvore    ED  Primário 

Swartzia alternatifolia Mansano 

  Árvore      Primário 

Swartzia pinheiroana R.S.Cowan 

Grão‐de‐burro  Árvore    ED/RR  Primário 

Swartzia riedelii R.S.Cowan 

Coração‐de‐nêgo  Árvore      Primário 

Swartzia simplex (Sw.) Spreng. 

Fruta‐de‐urubu  Árvore      Primário 

Tachigali densiflora (Benth.) L.G.Silva & 

H.S.Lima Ingá‐Uçu  Árvore    ED 

Primário / Secundário

Zollernia magnifica A.M.Carvalho & 

Barneby Mucitaíba  Árvore    ED  Primário 

GESNERIACEAE           

Codonanthe uleana Fritsch. 

  Epífita    DJ  Primário 

HELICONIACEAE           

Heliconia richardiana Miq. 

Elicônia  Erva    DJ  Primário 

HERNANDIACEAE           

Sparattanthelium botocudorum Mart. 

Arco‐de‐Barril  Arbusto    DJ  Primário 

LAMIACEAE           

Hyptis suaveolens (L.) Poit. 

Canudinho‐Branco  Erva      Primário 

LAURACEAE           

Aniba intermedia (Meisn.) Mez 

  Árvore      Primário 

Endlicheria paniculata (Spreng.) F.F.Macbr. 

  Árvore      Primário 

Page 26: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 26

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Lauraceae sp. 1    Árvore      Primário 

Lauraceae sp. 2    Árvore      Primário 

Licaria bahiana Kurz    Árvore      Primário 

Ocotea aciphylla (Nees & Mart.) Mez 

  Árvore    DJ  Primário 

Ocotea cernua (Nees) Mez 

Louro  Árvore     Primário / Secundário

Ocotea corymbosa (Meisn.) Mez 

  Árvore      Primário 

Ocotea daphnifolia (Meisn.) Mez 

Louro  Árvore     Primário / Secundário

Ocotea divaricata (Nees) Mez 

  Árvore      Primário 

Ocotea glauca (Nees & Mart.) Mez 

  Árvore      Primário 

Ocotea longifolia Kunth 

  Árvore      Primário 

Ocotea magnilimba Kosterm. 

Louro  Árvore      Secundário

Ocotea nitida (Meisn.) Rohwer 

  Árvore      Primário 

Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer 

  Árvore  VU    Primário 

Ocotea sp. 1    Árvore      Primário 

Ocotea sp. 2    Árvore      Primário 

Ocotea sp. 3    Árvore      Primário 

Ocotea sp. 4    Árvore      Primário 

Ocotea sp. 5    Árvore      Primário 

Ocotea tabacifolia (Meisn.) Rohwer 

  Árvore      Primário 

LECYTHIDACEAE           

Page 27: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 27

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Eschweilera alvimii Mori 

Biriba‐boi  Árvore  EN  ED  Primário 

Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex 

Miers Biriba  Árvore      Primário 

Eschweilera sp.  Biriba  Árvore      Primário 

Lecythis lurida (Miers) Mori 

Inhaíba  Árvore      Primário 

Lecythis pisonis Cambess. 

Sapucaia  Árvore      Primário 

LOGANIACEAE           

Strychnus cf. atlantica Krukoff & Barneby 

  Árvore    ED  Primário 

Strychnus cf. nigricans Progel 

  Árvore      Primário 

LORANTHACEAE           

Psittacanthus dichroos Mart. 

  Parasita      Primário 

MALPIGHIACEAE           

Byrsonima alvimii W. Anderson 

Murici  Árvore    ED/RR  Secundário

Byrsonima crispa A. Juss. 

  Árvore      Primário 

Byrsonima laevigata (Poir.) DC. 

  Árvore      Primário 

Heteropterys cordifolia Moric. ex A. 

Juss.   Trepadeira     Primário 

Heteropterys imperata Amorim 

  Trepadeira   ED  Primário 

Heteropterys nordestina Amorim 

  Trepadeira   ED  Secundário

Hiraea bullata W. Anderson 

  Trepadeira   ED  Primário 

Saraca nummifera (A. Juss.) Gates 

  Trepadeira     Primário 

Stigmaphyllon blanchetii C.E. Anderson 

  Trepadeira   ED  Primário 

Page 28: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 28

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Stigmaphyllon paralias A. Juss. 

Mozer  Subarbusto     Primário 

MALVACEAE           

Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns

Imbiruçu  Árvore      Primário 

Hydrogaster trinerve Kuhlm. 

Bomba‐d'água  Árvore      Primário 

Quararibea turbinata (Sw.) Poir. 

Virote  Árvore    DJ  Primário 

Sterculia excelsa Mart. 

Samuma  Árvore    DJ  Primário 

MARANTACEAE           

Calathea ovata (Nees & Mart.) Lindl. 

calatéa  Erva      Secundário

Ctenanthe glabra (Koern.) Eichl. 

  Erva    DJ  Secundário

Monotagma grallatum Hagberg 

  Erva      Secundário

Stromanthe porteana A. Gris. 

Bananeirinha‐da‐mata 

Arbusto     Primário / Secundário

MELASTOMATACEAE           

Henriettea succosa (Aubl.) DC. 

Mundururu‐ferro  Árvore      Primário 

Miconia mirabilis (Aubl.) L.O. Williams 

  Árvore    DJ  Primário 

Miconia sp. 1    Árvore      Primário 

Miconia sp. 2    Árvore      Primário 

Miconia sp. 3    Árvore      Primário 

Miconia sp. 4    Árvore      Primário 

Miconia sp. 5    Árvore      Primário 

Tibouchina elegans (Gardn.) Cogn. 

Quaresmeira  Árvore    ED  Primário 

Page 29: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 29

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

MELIACEAE           

Cedrela sp.  Cedro  Árvore      Primário 

Guarea blanchetii C.DC. 

  Árvore      Primário 

Guarea sp.   Bilreiro  Árvore      Secundário

Trichilia lepdota Mart.   Árvore      Primário 

Trichilia sp. 1    Árvore      Primário 

Trichilia sp. 2    Árvore      Primário 

MENISPERMACEAE           

Borismene japurensis (Mart.) Barneby 

  Trepadeira   DJ  Primário 

Chondrodendron microphyllum (Eichler) 

Mold. Buti  Trepadeira   ED  Primário 

MORACEAE           

Brosimum guianense (Aubl.) Huber 

  Árvore      Primário 

Brosimum rubescens Taub. 

Conduru  Árvore      Primário 

Clarisia ilicifolia (Spreng.) Lanj. & 

Rossberg Amora‐branca  Árvore      Primário 

Ficus sp.  Gameleira Hemi‐epífita 

    Primário 

Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) 

Rusby Amora‐Preta  Árvore      Primário 

MYRISTICACEAE           

Virola gardneri (DC.) Warb. 

Bicuíba  Árvore      Primário 

MYRSINACEAE           

Cybianthus densiflorus Miq. & Mart. 

  Árvore      Primário 

Page 30: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 30

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Myrsine sp.    Árvore      Primário 

MYRTACEAE           

Blepharocalyx egersii (Kiaerskk.) Landrum 

  Árvore      Primário 

Campomanesia eugenioides 

(Cambess.) Legrand Murta  Árvore      Secundário

Eugenia cf. brasiliensis Lam. 

  Arvoreta      Primário 

Eugenia cf. flamingensis O.Berg 

  Árvore    ED  Primário 

Eugenia itapemirimensis 

Camb.   Arbusto      Primário 

Eugenia sp. 1    Árvore      Primário 

Eugenia sp. 2    Árvore      Primário 

Eugenia sp. 3    Árvore      Primário 

Gomidesia cf. blanchetiana O.Berg 

  Árvore      Primário 

Gomidesia sp.    Árvore      Primário 

Marlerea obversa D.Legrand 

  Árvore    ED  Primário 

Myrcia fallax (Rich.) DC. 

  Árvore      Primário 

Myrcia sp. 1    Árvore      Primário 

Myrcia sp. 2    Árvore      Primário 

Myrciaria cf. ferruginea O.Berg 

  Árvore      Primário 

Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. 

Berg   Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 1    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 2    Árvore      Primário 

Page 31: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 31

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Myrtaceae sp. 3    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 4    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 5    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 6    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 7    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 8    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 9    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 10    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 11    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 12    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 13    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 14    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 15    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 16    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 17    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 18    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 19    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 20    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 21    Árvore      Primário 

Myrtaceae sp. 22    Árvore      Primário 

Page 32: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 32

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Myrtaceae sp. 23    Árvore      Primário 

Plinia stictophylla G.M.Barroso & 

Peixoto   Árvore    ED  Primário 

NYCTAGINACEAE           

Guapira laxiflora (Choisy) Lundell 

Farinha‐seca  Arvoreta    ED  Primário 

Guapira opposita (Vell.) Reitz 

Farinha‐seca  Arvoreta      Primário 

Guapira sp. 1  Farinha‐seca  Árvore      Primário 

Guapira sp. 2  Farinha‐seca  Árvore      Primário 

Guapira sp. 3  Farinha‐seca  Árvore      Primário 

Guapira sp. 4  Farinha‐seca  Árvore      Primário 

Neea hirsuta Poepp. & Endl. 

Farinha‐seca  Arvoreta      Primário 

Neea madeirana Standl. 

Farinha‐seca  Árvore    NR  Primário 

OLACACEAE           

Heisteria sp.    Árvore      Primário 

OLEACEAE           

Chionanthus sp.    Árvore      Primário 

PASSIFLORACEAE           

Passiflora alata Dryand. 

Maracujá‐açu  Trepadeira     Primário 

Passiflora edulis Sims. Maracujá‐Roxo  Trepadeira     Primário 

Passiflora mansoi (Mart.) Mast. 

Maracujá  Trepadeira   ED  Primário 

PERACEAE           

Page 33: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 33

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Pera glabrata (Schott) Baill. 

Óleo‐branco  Árvore      Primário 

Pera heteranthera (Schrank) I.M.Johnst. 

Sete‐cascos  Árvore      Primário 

PHYLLANTHACEAE           

Discocarpus essequiboensis 

klotzsch   Árvore      Primário 

PICRAMNIACEAE           

Picramnia ciliata Mart. 

  Arbusto      Primário 

Picramnia gardneri Planch. 

  Arbusto      Secundário

PIPERACEAE           

Peperomia magnoliifolia (Jacq.) 

A. Dietr.   Epífita      Secundário

Peperomia obtusifolia (L.) A. Dietr. 

  Epífita      Secundário

Piper aduncum L.  Beto  Arbusto      Primário 

Piper amplum Kunth  Beto  Arbusto      Primário 

Piper mollicomum Kunth 

Beto  Erva      Secundário

POACEAE           

Alvimia sp.  Bambuí  Arbusto    ED  Secundário

Chusquea sp.    Erva      Secundário

Merostachys sp.  Taboca  Escandente     Secundário

Olyra ramosissima (Trin.) Soderstr. & 

Zuloaga   Erva      Secundário

POLYGALACEAE           

Polygala paniculata L.   Erva      Primário 

Page 34: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 34

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Securidaca revoluta (A.W. Benn.) Marques

  Escandente     Secundário

PUTRANJIVACEAE           

Dripetes sessiliflora Allemão 

  Árvore      Primário 

QUIINACEAE           

Quiina glaziovii Engl.    Árvore      Primário 

RANUNCULACEAE           

Clematis dioica L.  Cipó‐Barba‐de‐Bode  Trepadeira     Primário 

RHAMNACEAE           

Reissekia smilacina (Sm.) Steud. 

  Erva      Secundário

ROSACEAE           

Prunus sellowii Herzog Pessegueiro‐bravo  Árvore      Primário 

RUBIACEAE           

Alibertia sp.    Arbusto      Primário 

Alseis floribunda Schott 

Guabiraba‐preta        Primário 

Coccocypselum aureum (Spreng.) Cham. & Schltdl. 

  Erva      Primário 

Cordiera sp.    Arvoreta      Primário 

Coussarea sp.    Arvoreta      Primário 

Faramea sp. 1    Arbusto      Secundário

Faramea sp. 2          Primário 

Faramea sp. 3          Primário 

Page 35: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 35

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Guettarda sp.           Primário 

Ixora grandiflora Ker          Primário 

Margaritopsis cf. cephalantha 

(Müll.Arg.) C.M.Taylor        Primário 

Melanopsidium nigrum Colla 

  árvore      Primário 

Palicourea guianensis Aubl. 

  Arbusto      Primário 

Psychotria barbiflora DC. 

  Arbusto    DJ  Primário 

Psychotria carthagenensis Jacq. 

Arariba‐sapo  Arvoreta      Primário 

Psychotria cf. octocuspis Müll. Arg. 

  Arbusto      Primário 

Psychotria mapouroides DC. 

  Subarbusto     Primário 

Psychotria sessilis (Vell.) Mull.Arg. 

  Arbusto      Secundário

Psychotria stachyoides Benth. 

  Arbusto      Primário 

Randia sp.    Arbusto      Primário 

Ronabea latifolia Aubl. 

  Arbusto      Secundário

Rudgea sp.    Arbusto      Primário 

Simira glaziovii (K.Schum.) Steyerm. 

Arariba‐rosa  Árvore      Primário 

Simira sp.  Arariba  Árvore      Primário 

RUTACEAE           

Conchocarpus longifolius (A. St. Hil.) 

Kallunki & Pirani   Arvoreta     

Primário / Secundário

Dictyoloma vandellianum Juss. 

  Árvore    DJ  Primário 

Galipea simplicifolia (Nees & Mart.) Engl.& 

Mart.   Arbusto      Secundário

Page 36: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 36

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Rauia nodosa (Engl.) Kallunki 

  Arvoreta    ED  Primário 

Zanthoxylum sp.  Laranjeira‐Brava  Árvore      Secundário

SALICACEAE           

Casearia bahiensis Sleumer 

  Árvore      Secundário

Casearia commersoniana 

Cambess.   Árvore      Secundário

Casearia decandra Jacq. 

  Árvore      Primário 

Casearia sp. 1    Árvore      Primário 

SAPINDACEAE           

Allophylus sp.    Árvore     Primário / Secundário

Cupania emarginata Cambess. 

Cambuatã  Árvore      Primário 

Cupania sp. 1  Cambuatã  Árvore      Primário 

Melicoccus espiritosantensis 

Acevedo‐Rodriguez   Árvore      Secundário

Paullinia revoluta Radlk. 

  Trepadeira     Secundário

Paullinia ternata Radlk. 

Cipó‐Ferro  Trepadeira     Secundário

Talisia cerasina (Benth.) Radlk. 

  Árvore    DJ  Primário 

SAPOTACEAE           

Chrysophyllum splendens Spreng. 

Abiu‐da‐mata  Árvore  VU  ED  Primário 

Diploon cuspidatum (Hoehne) Cronquist 

Bacumixá  Árvore    DJ  Primário 

Eclinusa ramiflora Mart. 

Bapeba  Árvore      Primário 

Manilkara longifolia (A.DC.) Dubard 

Paraju  Árvore  EN    Primário 

Page 37: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 37

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Manilkara maxima T.D. Penn. 

Maçaranduba  Árvore  VU  ED/RR  Secundário

Manilkara multifida T.D.Penn. 

Paraju  Árvore  EN  ED/RR  Primário 

Manilkara salzmannii (A. DC.) Lam. 

Maçaranduba‐mirim  Árvore    ED Primário / Secundário

Micropholis crassipedicellata 

(Mart. & Eichl.) PierreCurrupixá  Árvore    ED  Primário 

Micropholis gardneriana Pierre 

  Árvore      Primário 

Pouteria bangii (Rusby) T.D.Penn. 

  Árvore    DJ  Primário 

Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni 

Bapeba  Árvore      Primário 

Pouteria procera (Mart.) K.Hammer 

Mucuri  Árvore      Primário 

Pouteria reticulata (Engl.) Eyma 

  Árvore      Primário 

Pouteria sp. 1    Árvore      Primário 

Pouteria sp. 2    Árvore      Primário 

Pouteria sp. 3    Árvore      Primário 

Pouteria sp. 4    Árvore      Primário 

Pouteria sp. 5    Árvore      Primário 

Pouteria torta    Árvore      Primário 

Pradosia latescens (Vell.) Radlk. 

Jabuti‐macaco  Árvore      Primário 

SIMAROUBACEAE           

Simaba cedron Planch. 

Cedro‐de‐rio  Árvore      Primário 

Simaba guianensis Aubl. 

  Árvore      Primário 

Simarouba amara Aubl. 

Pau‐Paraíba  Árvore      Primário 

Page 38: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 38

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

SIPARUNACEAE           

Siparuna reginae (Tul.) A.DC. 

  Árvore      Primário 

Siparuna sp.    Árvore      Primário 

SOLANACEAE           

Brunfelsia bahiensis Benth. 

  Arbusto    ED  Secundário

Cestrum salzmannii Dunal 

  Arbusto    ED Primário / Secundário

Solanum caeruleum Vell. 

  Arbusto      Primário 

Solanum rupincola Sendtn. 

  Trepadeira   ED  Primário 

Solanum sooretamum Carvalho 

  Árvore     Primário / Secundário

STEMONURACEAE           

Discophora guianensis Miers 

Pau‐vidro  Arvoreta     Primário / Secundário

SYMPLOCACEAE           

Symplocus sp.    árvore      Primário 

URTICACEAE           

Pouroma velutina Miq. 

Tararanga  Árvore    DJ  Primário 

VERBENACEAE           

Aegiphila fluminensis Vell. 

  Árvore      Primário 

Lantana undulata Schrank 

Cambará‐branco  Arbusto    ED  Secundário

VIOLACEAE           

Paypayrola blanchetiana Tul. 

Cravo‐de‐caipora  Árvore     Primário / Secundário

Page 39: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 39

Classificação  Nome Comum  Hábito Status de 

ConservaçãoDistribuição Geográfica 

Tipo de registro 

Rinorea guianensis Aubl. 

Cinzeiro  Árvore    DJ  Primário 

VITACEAE           

Cissus nobilis Kuhlm.  Cipó‐de‐anta  Trepadeira   DJ  Secundário

Cissus pulcherrima Vell. 

  Trepadeira     Secundário

VOCHYSIACEAE           

Qualea magna Kuhlm.   Árvore    ED  Primário 

Vochysia riedeliana Stafleu 

Uruçuca  Árvore    ED  Primário 

Status de conservação: VU: Vulnerável; PA: Presumivelmente Ameaçada; EN: Em Perigo; CR: 

Criticamente  em Perigo, DD: Deficiente em Dados. Categoria de distribuição geográfica  e 

abundância:  ED:  Endêmica  da  Floresta  Atlântica; DJ: Disjunta  da  Floresta  Amazônica;  RR: 

Rara. 

4.2.1 ‐ Riqueza ‐ Comparação entre Fitos x Região  No Parque do Pau Brasil foram amostrados 788 indivíduos pertencentes a 254 espécies (ou morfoespécies),  distribuídas  em  51  famílias  botânicas.  Do  total  de  morfoespécies identificadas, 32,3% ocorreram exclusivamente em área de Muçununga, 32,7% apenas na Floresta  Alta  e  35%  foram  co‐ocorrentes.  As  espécies mais  abudantes  foram  Pausandra morisiana (33 indivíduos), Arapatiella psilophylla (32); Tabebuia cassinoides (30), Paypayrola blanchetiana (24) e Eriotheca macrophylla (21).   A  comunidade  arbórea  da  área  de  Muçununga  amostrada  no  PARNA  do  Pau  Brasil caracterizou‐se pela abundânica total de 453 indivíduos (em média 45 indivíduos + 4,99 por 0,01ha); diâmetro médio 7,17cm (+ 6,94); altura média de 8,60m (+ 5,27). A riqueza total foi de 171 espécies, sendo que as mais abundantes foram Tabebuia cassinoides (30 indivíduos), Pausandra morisiana  (26),  Eriotheca macrophylla  (14), Manilkara  longifolia  (12)  e  Vismia guianensis  (11).  Os maiores  diâmetros  foram  observados  em  Albizia  pedicellaris  (87cm), Eugenia cf. flamingensis (60,6cm) e Myrtaceae sp.7 (58,6cm). As famílias botânicas mais bem representadas em número de espécies foram Myrtaceae (21 espécies), Fabaceae (19 spp.), Lauraceae  (15  spp.),  Sapotaceae(13  spp.),  Rubiaceae  (11  spp.)  ,Annonaceae  (7  spp.),  e Chrysobalanaceae (6 spp.) (Figura 4).  Comparativamente,  a  área  de  Floresta  Alta  do  PARNA  do  Pau  Brasil  apresentou  uma abundância total de 438 indivíduos arbóreos, ou ca. 44 indivíduos por 0,01ha. A riqueza total foi de 172 espécies. O diâmetro médio das árvores nessa área foi de 8,34cm (+ 9,8) e a altura 

Page 40: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 40

média  9,74  (+  6,58). Arapatiella  psilophylla  (25  indivíduos),  Paypayrola  blanchetiana  (18), Eugenia cf. flamingensis (14), Discocarpus essequiboensis (9) e Virola officinalis (8) foram as espécies mais abundantes. Os maiores diâmetros foram observados em Manilkara salzmanii (160cm), Licania hypoleuca (96cm) e Parkia pendula (81cm). As famílias mais representativas em número de espécies foram Myrtaceae (32 espécies), Fabaceae (16 spp.), Sapotaceae (15 spp.), Lauraceae (12 spp.), Rubiaceae (10 spp.), Annonaceae (9 spp.) e Chrysobalanaceae (6 spp.) (Figura 4).   Elaborando‐se  diagramas  de  perfis de  diversidade  de  árvores  relacionados  com  a  riqueza específica em função de diferentes índices de diversidade, em cada uma das fitofisionomias e  em  cada  um  dos  PARNAS,  foi  possível  inferir  que  no  caso  do  PARNA  do  Pau  Brasil,  a fitofisiomomia de Muçununga apresentou‐se menos rica e menos equitativa na distribuição de  indivíduos entre diferentes espécies,  tendendo, portanto a ser menos diversa do que a Floresta Alta (Figura 5).   A comparação entre as Florestas Altas de cada um dos PARNAS  indicou que no PARNA do Pau Brasil essa fitofisionomia tende a ser mais diversa, apresentando maior riqueza e maior equabilidade  em  relação  ao  PARNA  do  Descobrimento  (Figura  6).  Entretanto,  ao  se comparar as Muçunungas de  cada um deles os padrões de diversidade observados  foram distintos. A Muçununga do Parque do Descobrimento  apresentou menor  riqueza e maior equabilidade, de modo que não se pode por esse método, inferir sobre qual delas apresenta maior diversidade, pois depende do  índice de diversidade utilizado (índices mais ou menos sensível à dominânica) e observam‐se resultados distintos (Figura 7).   Comparando‐se os perfis de diversidade esboçados por cada um dos Parques observou‐se que esses apresentam padrões de distribuição espacial da diversidade distintos, ou seja, as abundâncias  relativas  das  espécies  mais  abundantes  em  relação  as  mais  raras  não  são equivalentes entre os Parques. Não sendo possível, por meio de comparação entre os perfis de diversidade esboçados, dissernir sobre qual dos Parques seria mais diverso, pois isso varia em função do índice utilizado, pois embora apresente maior riqueza específica, o PARNA do Pau Brasil apresenta maior dominância de espécies mais abundantes em relação ao PARNA do  Descobrimento  (Figura  8).  A  comparação  entre  as  fitofisonimias,  sem  fazer  distinção entre PARNAS, entretanto, evidenciou que o habitat de Muçununga em geral  tende a  ser mais diverso (Figura 9).   Utilizando‐se  dados  de  abundâncias  relativas  das  espécies  em  cada  uma  das  parcelas  de amostragem  e  efetuando‐se  simulações  de  re‐amostragens,  foram  elaboradas  curvas  de rarefação  de  espécies  em  função  do  número  de  indivíduos  amostrados.  Essas  curvas permitem  comparações  entre  as  amostras  ainda  que  as  quantidades  de  indivíduos amostrados  em  cada  uma  delas  tenham  sido  distintas.  Assim,  foi  possível  ponderar  a diversidade (ou riqueza) observada em função do número de indivíduos registrados.  Comparando‐se cada uma das  fitofisionomias diferentes dentro do PARNA não  foi possível observar  diferenças  significativas  quanto  à  riqueza  de  espécies  em  fitofisionimas  de Muçununga e Floresta Alta (Figuras 10).   

Page 41: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 41

 No  caso das Florestas Altas possívelmente a maior  riqueza e equabilidade observadas no PARNA  do  Pau  Brasil  podem  ser  atribuídas  ao  fato  de  nesse  Parque  a  amostragem contemplou tanto habitats de vale quanto platôs e desse modo foram registradas espécies características de cada um destes além das concorrentes.  4.2.2 ‐ CURVA DO COLETOR    Foram  elaboradas  curvas  de  acumulação  de  espécies  em  função  do  esforço  amostral empregado  em  cada  uma  das  fitofisionomias  do  PARNA.  Não  foi  possível,  entretanto observar  tendência de estabilização das mesmas,  indicando assim que o esforço amostral empregado está aquém do que seria necessário para se alcançar amostras representativas das  comunidades  estudadas. De  acordo  com  Schilling & Bastita  (2008),  a utilização desse procedimento  para  fazer  inferências  quanto  à  suficiência  amostral  é  falho  e  baseado  em premissas pouco  coesas. Ainda  segundo esses autores, a ausência de estabilização dessas curvas  em  Floresta  Tropicais  é  um  padrão  recorrente,  e  a  visualização  de  patamares  em curvas  geradas  nos  trabalhos  fitossociológicos  nessas  florestas  não  passam  de  “ilusões gráficas”.    A seguir serão apresentadas curvas de acumulação de espécies de cada uma das parcelas de amostragem isoladamente (Figuras 11 e 12) e o PARNA somando‐se os dados de cada uma das suas fitofisionomias (Figuras 13). Em qualquer um desses casos não foram visualisados nas curvas os patamares indicativos de aproximação da suficências amostral.  4.3 ‐ ESPÉCIES AMEAÇADAS, RARAS, ENDÊMICAS, BANDEIRA, ESPÉCIES‐CHAVE E NOVOS REGISTROS  Foram  observadas  no  PARNA  diversas  espécies  de  plantas  vasculares  endêmicas,  raras  e ameaçadas. No que se  refere às samambaias serão elencados a seguir casos peculiares de raridade, endemismos, distribuições disjuntas, novas ocorrências e espécies ameaçadas. Cochlidium  linearifolium  (Polypodiaceae):  Apesar  de  apresentar  ampla  distribuição geográfica em diversos países da América Tropical, este é o primeiro registro de Cochlidium linearifolium (Desv.) Maxon ex C. Chr. na Floresta Atlântica brasileira, mostrando uma clara disjunção na distribuição geográfica desta espécie. No Brasil, C. linearifolium também ocorre nos Estados do Amapá, Pará e Amazônia (Labiak & Prado, 2003).  Cyathea  abreviata  (Cyatheaceae):  Essa  espécie  endêmica  da  Floresta Atlântica  foi  apenas recentemente  descrita  por  Fernandes  (2000).  Além  disso,  reconhecidamente  em  diversas regiões  tropicais,  os  membros  da  família  Cyatheaceae  sofrem  considerável  pressão extrativista por parte das comunidades locais (p. ex.: para a confecção de artesanatos, vasos, e  substrato  para  cultivo  de  espécies  epífitas).  Por  este motivo,  todas  as  espécies  dessa família  estão  incluídas  na  lista  CITES  (Convention  on  International  Trade  in  Endangered Species  of Wild Animals  and  Plants)  (CITES,  2009). Nos  PARNAS  do  sul  da Bahia  também ocorre Cyathea phalerata Mart., espécie endêmica do Brasil.  Thelypteris villosa (Thelypteridaceae): Trata‐se de uma espécie rara e endêmica da Floresta Atlântica,  conhecida  apenas  de  coletas  antigas  provenientes  do  Estado  do Rio  de  Janeiro 

Page 42: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 42

(Salino & Semir, 2003). Este é o primeiro registro de Thelypteris villosa (Link) C.F. Reed para a Bahia e região Nordeste do país.  Diversos estudos apontam para a alta taxa de endemismos de espécies de Angiospermas no Domínio Atlântico. Miers et al. (2000) estimou que cerca de 40% das espécies ocorrentes na Floresta Atlântica são exclusivas desse Domínio. No caso específico das  florestas do sul da Bahia, Mori  (1981)  registrou uma  taxa de endemismos da ordem de 53%. Além dos altos níveis  de  endemismos  observados  na  Floresta  Atlântica,  fatores  como  grau  de  ameaça  e presença  de  espécies  raras,  contribuem  para  que  esta  seja  considera  um  hot  spot  de biodiversidade (Myers et al. 2000).   Nesse contexto, o presente estudo destaca a importância dos PARNA do Pau Brasil no que se refere á conservação da biodiversidade. Cerca de 15% das espécies aqui documentadas são consideradas  raras,  endêmicas  ou  ameçadas  (Quadro  4).  Foram  observadas  71  espécies endêmicas da  Floresta Atlântica;  35  que  apresentaram  distribuição  disjunta  em  relação  à Floresta  Amazônica;  2  novos  registros  (Thomas  et  al.  2003; http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/); 5 espécies raras (Giulietti et al. 2009) e 19 ameçadas de extinção de acordo com as classificações da  IUCN; Biodiversitas e MMA (Stehman et al. 2009). Dentre esses registros peculiares, destacam‐se:  Abarema filamentosa (Benth.) Pittier: Espécie de Fabaceae, arbórea, ameaçada e endêmica da Floresta Atlântica. A. filamentosa possui madeira apropriada para a construição de cabos de  ferramentas  e  para  lenha.  Além  disso  apresenta  copa  globosa,  tronco  ereto  e  frutos pequenos e leves, de modo que pode ser utilizada para fins ornamentais e paisagísticos. Os frutos e sementes dessa espécie apresentam cores vibrantes atrativas à fauna. As sementes duras e de cores azulada e branca são também utilizadas em artesanato.      Arapatiella  psilophylla  (Harms)  R.S.Cowan:  Popularmente  conhecida  como  arapati,  essa espécie  de  Leguminosae  é  endêmica  da  Floresta Atlântica  do  sul  da  Bahia  e  considerada ameaçada.  Embora  seja  uma  espécie  arbórea  dotada  de  tronco  retilíneo, madeira muito durável e propícia à construção civil, é relativamente comum nos  fragmentos  florestais do sul da Bahia. Possivelmente essa espécie seja classificada como vulnerável em função da sua distribuição restrita a uma fração do Domínio Atlântico altamente fragmentado. No PARNA do Pau Brasil diversos  indivíduos de A. psilophylla, desde plântulas a  indivíduos adultos em plena  produção  de  diásporos  ou  ainda  senescentes,  foram  observados  tanto  em  Floresta Alta  quanto Muçununga. No  campo  foi  possível  observar  ainda  interesse  da  fauna  pelos diásporos  dessa  espécie,  haja  vista  grande  quantidade  de  diásporos  com  indícios  de predação  por  vertebrados.  A.  psilophylla  possui  fuste  alto  (ca.  20  metros  de  altura)  e retilíneo e copa pouco ampla, podendo deste modo ser utilizada em arborização urbana e rural.   Byrsonima alvimii W.Anderson: Trata‐se de uma espécie de Malpighiaceae rara e endêmica da Floresta Atlântica, aferida para os PARNAS por meio de dados secundários.    Caesalpinia  echinata  Lam.:  Espécie  bandeira  provavelmente  reputada  como  uma  das angiospermas  arbóreas mais  ameçadas da  Floresta Atlântica. O pau‐brasil possúi madeira valiosíssima utilizada no pretérito para a  fabricação de móveis de  luxo, arcos de violinos e 

Page 43: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 43

outros  instrumentos musicais além da extração de corante. Amplamente difundida para a arborização  urbana  e  rural  e  paisagismo,  essa  espécie  possui  atributos  ornamentais  com suas folhas verde‐brilhantes e floração abundante amarela. Observada apenas no PARNA do Pau  Brasil,  preferencialemte  em  áreas  de  Floresta  de  Muçununga,  essa  espécie  foi representada  tanto por  indivíduos adultos,  com diâmetros  superiores a um metro  (Figura 14), quanto por  juvenís e plântulas  indicando que está ocorrendo  recrutamento de novos indivíduos  sem  problemas.  Embora  tenham  sido  encontrados  indícios  de  corte  dessa madeira dentro do PARNA (Figura 15), esses foram escassos e a gradação na abundânicas de indivíduos, desde os estágios iniciais até os adultos, observada visualmente permitem inferir que  as  populações  são  viáveis  em  longo  prazo.  Entretanto  estudos  detalhados  dessa natureza devem ser conduzidos nos PARNAS, para esta e outras espécies ameaçadas, a fim de assegurar a manutenção das mesmas.     Os  resultados  das  análises  de  estrutura  de  população  dessa  espécie  indicam  um  padrão estrutural já apontado para outros trechos estudados no sul da Bahia. Caesalpinia echinata mostra  um  padrão  agregado  de  distribuição  dentro  da  área  de  floresta  onde  ocorre.  Em geral,  nos  trechos  onde  a  espécie  é  encontrada  ocorre  elevada  abundancia  tanto  de indivíduos adultos mas especialmente de juvenis.      

A análise de distribuição dos diametros mensurados no PARNA e nos outros locais estudados  

assemelha‐se a uma curva exponencial negativa, assemelhando‐se a um *J* invertido (Figura 

21) . Isso significa que a abundancia de pequenas árvores é muito maior que a de adultos. Os 

dados não permitem avaliar o significado das diferenças encontradas entre os fragmentos. 

Para explicar algumas dessas diferenças seria necessário um histórico do uso de cada uma 

das área inventariadas e no caso do PARNA Pau‐Brasil, as informações coligidas são muito 

recentes, não existindo dados pretéritos sobre os distúrbios efetuados na área, antes do 

estqbelecimento dessa unidade.    

A abundância nas areas de existencia dos adultos (i.e. árvores com grandes diametros) quase 

sempre é muito elevada, diminuindo drasticamente conforme se amplia a distancia desses 

indivíduos. Isso é um  indício de que a espécie dispersa seus propágulos a curtas distancias, 

existindo  um  alto  estabelecimento  de  juvenis  ao  lado  da  árvore  adulta.  Esse  padrão 

encontrado no PARNA é também visualizado em quase todas as áreas  já conhecidas no sul 

da Bahia. 

Estudos  de  fenologia,  produção  de  sementes  e  estabelecimento  de  plântulas  na  area 

inventariada poderão gerar dados  reais que permitirão a manutençao das populações   de 

Caesalpinia  echinata  a médio  e  longo prazo na unidade.   A priori,  todas  as  áreas onde  a 

espécie foi detectada, são trechos de enorme significância biológica e deverão ser tratados 

com maior atenção no processo de implementação do Plano de Manejo na unidade. 

  

Page 44: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 44

Caryocar  edule  Casar.:  Espécie  emergente  de  grande  porte,  dotada  de  madeira  muito apreciada  para  a  utilização  em  obras  externas,  postes,  moirões,  dormentes,  pontes  e construção naval. Os frutos são ainda comestíveis e muito procurados por diversos animais. O pequi‐preto, como é conhecido, possui distribuição controversa. De acordo com Lorenzi (2008), ocorre tanto na Floresta Atlântica quando na Amazônia. Entretanto a base de dados “Flora do Brasil”  relata a  sua ocorrência apenas na  Floresta Atlântica do Rio de  Janeiro e Bahia. A resistência, durabilidade e versatilidade da sua madeira  indicam que essa espécie deve  sofrer  intensa  pressão  antrópica.  Além  disso,  C.  edule  foi  observado  nos  PARNAS preferencialmente  em  áreas  de  Floresta  Alta,  representado  por  indivíduos  de  adultos  de grande  porte  e  árvores  jovens.  Não  foram  observadas  plântulas  ou  qualquer  semente germinando  em  nenhum  dos  PARNAS.  Contrariamente,  observaram‐se muitas  sementes predadas e dentre os  indivíduos adultos encontrados poucos deles estavam  férteis. Sendo assim, estudos de ecologia  reprodutiva e estudos populacionais dessa espécie  constituem uma demanda relevante.   Chrysophyllum  splendens  Spreng.:  Como  é  comum  em  diversas  espécies  da  família Sapotaceae  essa  espécie  possui madeira muito  durável  e  cobiçada  sobretudo  para  obras externas e coberturas de casas. Além disso, produz frutos adocicados muito apreciados pela fauna e apresenta  folhagem dourada brilhante, na  sua  face abaxial, muito ornamental. C. splendens é uma espécie endêmica e encontra‐se ameaçada. Connarus portosegurensis Fovero: Espécie de cipó da família Connaraceae rara e endêmica da Floresta Atlântica.  Escheweilera  alvimii  Mori:  Lecythidaceae  endêmica  da  Floresta  Atlântica,  ameaçada. Popularmente conhecida como biriba‐boi, E. alvimii foi observada no PARNA Pau Brasil. Essa espécie, assim como outras do mesmo gênero, possui madeira muito dura e trondo ereto. Seus frutos são procurados por morcegos, pacas, cutias e caititus.  Euterpe edulis Mart.: Espécie endêmica ameaçada pela exploração do seu palmito. A juçara, como é popularmente conhecida, é uma espécie de Arecaceae de extrema importância para a  fauna,  pois  produz  frutos  ao  longo mais  da metade  do  ano  fornecendo  alimento  para diversas espécies da fauna (Galetti et al. 1999).  A grande atratividade dos frutos de E.edulis para os animais tem importante papel na regeneração de clareiras e ambientes perturbados, na medida em que o palmito‐juçara funciona como espécie ‘nucleadora’, pois sob suas copas ocorre  grande  deposição  de material  fecal  dos  dispersores  e,  portanto,  de  sementes  de diversas  espécies  (Reis &  Kageyama,  2000; Barroso  et  al.,  2010). No  PARNA  essa  espécie ocorre  tanto  em  áreas de Muçununga  como  Floresta Alta,  sobretudo próximo  aos  cursos d’água.  Hirtella bicornis Mart. & Zucc.: Encontrada no PARNA do Descobrimento, essa espécie de Chrysobalanaceae  nunca  havia  sido  registrada  na  Bahia  ou  em  qualquer  localidade  de Floresta Atlântica além do estado de Pernambuco.  Hirtela  santosii  Prance:  Espécie  endêmica,  rara,  observada  na  Floresta  de Muçununga  do PARNA do Pau Brasil. Assim  como H. bicornis e demais espécies de Chrysobalanaceae, H. santosii produz frutos apreciados pela fauna.   

Page 45: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 45

Manilkara  longifolia  (A.DC.) T.D.Penn.: Como  já mencionado anteriormente, as Sapotaceae em geral possuem madeira cobiçada. No caso das espécies do gênero Manilkara os valores das madeiras  são  particularmente  difundidos.  Parajus  e maçarandubas  são  intensamente procuradas por madeireiros pela resistência, dimensões (já que essas árvores tendem a ser bastante  altas)  e  durabilidade.  M.  longifolia  é  especialmente  vulnerável  a  esse  tipo  de pressão  antrópica  por  ser  uma  espécie  rara.  Como  esses  fatos  sugerem,  essa  espécie  é classificada como ameaçada.   Manilkara  maxima  T.D.Penn.:  Espécie  ameaçada,  endêmica  e  rara,  muito  similar  à  M. longifolia.   Manilkara multifida T.D.Penn.: Assim como as duas espécies de Manilkara acima citadas, M. multifida é uma espécie rara. Além disso, é também endêmica e foi observada no PARNA do Pau  Brasil,o  paraju,  como  é  conhecido,  produz  frutos  com  características  associadas  à dispersão  por  aves  e  mamíferos,  pois  seus  frutos  além  possuírem  odor  atrativo,  são adocicados e coloridos. Além disso, as folhas dessa espécie possuem a face inferior dourada assim como C. splendens, sendo por isso, muito ornamentais. Melanoxylon  brauna  Schott:  Juntamente  com  C.  echinata,  M.  brauna  é  considerada extremamente ameçada e cobiçada pelas propriedades de sua madeira. Utilizada em postes, dormentes, cercas e confecção de  instrumentos musicais, a madeira da braúna é reputada como  “incorruptível”  e,  como  os  seus  nomes  populares  e  científicos  indicam,  possui  cor preta  característica.  Observada  nas  áreas  de  Floresta  Alta  dos  PARNAS,  a  braúna  tem inflorescências amarelas ornamentais. Apesar do alto valor da madeira dessa árvore e de sua beleza, a utilização da mesma em arborização urbana ou  rural e paisagismo é  inscipiente, pois  o  desenvolvimento  das  plantas  é  lento  e  relatos  de  viveiristas  indicam  embaraços quanto à produção de mudas dessa espécie.   Neea madeirana Standl.: Existem registros de ocorrência dessa espécie apenas na Floresta Amazônica,  Maranhão  e  Mato  Grosso.  Entretanto  indivíduos  de  N.  madeirana  foram amostrados tanto no PARNA do Pau Brasil quanto do Descobrimento.  Pouteria  bapeba  T.D.Penn.:  Espécie  de  Sapotaceae  ameaçada,  endêmica  da  Floresta Atlântica baiana.   Swartzia pinheiroana R.S.Cowan: Fabaceae rara e endêmica da Floresta Atlântica baiana.   4.4 ‐ ESPÉCIES BIOINDICADORAS DA QUALIDADE AMBIENTAL  Quanto  às  espécies  herbáceas,  podemos  destacar  as  diminutas  plantas  saprófitas  das famílias Burmanniaceae e Gentianaceae. São plantas aclorofiladas, que apresentam as folhas reduzidas a escamas e, portanto, não realizam fotossíntese. Estão geralmente associadas a solos com altos teores de umidade e matéria orgânica. Algumas destas espécies saprófitas (Voyria spp. e as espécies da Burmanniaceae) podem ser consideradas boas  indicadoras da qualidade do ambiente florestal, pois só ocorrem em  locais extremamente sombreados no interior  de  florestas  úmidas,  como  no  sub‐bosque  da  Floresta  Alta.  Em  áreas  sujeitas  à grande impacto, com alguma supressão da cobertura vegetal, essas espécies não conseguem sobreviver. O mesmo  ocorre  com  as  espécies  da  família  Balanophoraceae  (Lophophytum 

Page 46: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 46

mirabile Schott & Endl.). Espécies dessa família são frequentemente confundidas com fungos devido  à  sua  morfologia  peculiar.  De  fato,  são  holoparasitas  de  raízes,  e  retiram  os nutrientes de outras plantas (geralmente árvores) para obterem sua energia.  Dentre  as  samambaias,  destacam‐se  os  representantes  da  família  Hymenophyllaceae.  As espécies  dessa  família  são  extremamente  delicadas,  pois  apresentam  folhas  com  apenas uma  camada  de  células  de  espessura  entre  as  nervuras.  Essa  característica,  obviamente, confere  acentuada  sensibilidade  à  dessecação,  restringindo  a  ocorrência  da maioria  das espécies à locais sombreados e úmidos no interior da mata.  Quanto  às  angiospermas  arbóreas,  a  presença  de  diversas  espécies  ameaçadas  são indicativos  de  qualidade  ambiental.  Dentre  essas  espécies  destacam‐se  as  já  citadas Caesalpinea  echinata  (Figuras  14,  15  e  16);  Melanoxylon  brauna;  espécies  do  gênero Manilkara;  Ecclinusa  ramiflora;  Chrysophyllum  splendens;  Arapatiella  psilophylla  e Escheweilera alwimii.   Diversos  indivíduos de Caesalpinia  echinata  (pau‐brasil) de  grandes diâmetros  (Figura 14) foram  observados  próximos  à  Parcela  de  Amostragem  da Muçununga  do  PARNA  do  Pau Brasil, situação que indica a ausência interferência madeireira ao menos nesta área.  Além das espécies madeiráveis, foram observados  indivíduos de Euterpe edulis (Figura 17), espécie  intensamente explorada para a extração do seu palmito e que apresenta papel de espécie chave em habitats florestais. Embora tenham sido amostrados apenas 10 indivíduos dessa espécie,  todos esses  indivíduos estavam em  fase adulta e muitos  indivíduos  juvenis foram observados, porém não se enquadraram no critério de inclusão da amostragem.   4.5 ‐ ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA    A maioria das espécies registradas no PARNA do Pau Brasil possue  importância madeireira, como frutíferas, medicinais, ornamentais e amplamente utilizadas em artesanato.     As marantáceas,  por  exemplo,  são  plantas  fáceis  de  cultivar,  tanto  em  jardins  como  em vasos. Chamam atenção principalmente pela folhagem grande, elegante e muitas vezes com manchas  coloridas. A produção  comercial de marantáceas ornamentais  é  antiga, mas  até pouco  tempo  atrás  poucas  espécies  nativas  eram  cultivadas.  Podem  ser  propagadas  por divisão  do  rizoma.  Alguns  representantes  são  as  Palicourea,  Bertolonia,  palmeiras  e samambaias.    A extração de cipó (diversas espécies: Cyclathaceae, Philodendron, Dilleniaceas), fibras para produção de cestas e tecidos, além da confecção de utensílios domésticos e para artesanato as folhas de algumas espécies de Marantaceae também são frequentemente utilizadas para embalar alimentos, como peixes, por exemplo.      Em relação às espécies arbóreas têm‐se:   ‐  Tapirira  guianensis  Aubl.  de madeira  leve  e macia  usada  para  compensados,  saltos  de sapatos, cabos de vassoura, móveis comuns, brinquedos e caixotaria. É indicada para plantio 

Page 47: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 47

em  restaurações  florestais e enriquecimento em  áreas de  cabruca devido  ao  crescimento rápido e potencial de atrair a fauna nativa.   ‐ O gênero Guatteria sp com madeira é empregada apenas para caixotaria e para o fabrico de brinquedos e objetos  leves. A planta é considerada medicinal. Os frutos são procurados por  várias  espécies  de  aves  e  mamíferos.  A  árvore  é  indicada  para  a  composição  de reflorestamentos  heterogêneos  destinados  à  recuperação  florestal,  sendo  também recomendada para arborização urbana, devido ao seu potencial ornamental.   ‐ As Xylopias onde  a madeira é empregada para obras  internas em  construção  civil, para mastros  de  pequenas  embarcações,  para  confecção  de  cabos  de  ferramentas  e  de instrumentos agrícolas e cepas de tamancos. A casca é empregada para cordoaria e estopa. As sementes são empregadas como condimento e  tem grande valor  terapêutico. A árvore pode  ser  utilizada  para  o  paisagismo  e  devido  ao  potencial  de  atrair  a  fauna  deve  ser utilizado em reflorestamentos de áreas degradadas.  ‐  Himatanthus  bracteatus  a madeira  é  indicada  para  obras  internas  em  construção  civil, como caibros, vigas, ripas e tábuas para divisórias, na confecção de embalagens, brinquedos e  em  cabo  de  ferramentas  e  instrumentos  agrícolas. O  látex  da  casca  é  venenoso  e  em pequenas doses apresenta valor terapêutico, principalmente como antihelmíntico. A árvore possui qualidades ornamentais sendo recomendada para a arborização urbana por seu valor paisagístico.  ‐ Tabernaemontana salzmanii com madeira  leve para compensados, caixotaria, carpintaria, marcenaria e construção civil. Utilização recomendada em plantios heterogêneos em áreas degradadas.  ‐  Schefflera  morototoni  de  madeira  leve  para  compensados,  caixotaria,  carpintaria, marcenaria e construção civil. Possui também utilidade medicinal, suas folhas são utilizadas em  compressas quentes para  fratura, deslocamento de ossos e  reumatismo. Utilizada em plantios  heterogêneos  em  áreas  degradadas,  matas  ciliares,  porém  em  locais  sem inundação. Potencial de atração à fauna devido ao fruto comestível.   ‐  O  gênero  Cordia  com  madeira  é  utilizada  na  marcenaria  para  confecção  de  móveis, embarcações  leves, tabuados, tonéis e caixilhos. Árvore ornamental que pode ser utilizada para paisagismo e também em restauração florestal, devido ao potencial de atrair fauna.    ‐ Protium aracouchini madeira apropriada para construção civil, obras  internas, assoalhos, serviços de torno, carpintaria e marcenaria. A árvore proporciona boa sombra e apresenta qualidades ornamentais, podendo ser utilizada na arborização urbana e rural. Utilizada em restaurações  florestais em áreas degradadas de preservação permanente e potencial para enriquecimento em áreas de cabruca.  ‐  Licania  belemii  madeira  em  geral  dura  e  resistente,  usada  para  obras  externas  na construção  civil.  Indicada para enriquecimento  e  como  atrativas da  fauna  em plantios de restauração florestal e enriquecimento em áreas de cabruca.    

Page 48: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 48

‐  Licania  hoehnei  madeira  em  geral  dura  e  resistente,  usada  para  obras  externas  na construção  civil.  Indicada  para  enriquecimento  como  atrativas  da  fauna  em  plantios  de restauração florestal e potencial para enriquecimento em áreas de cabruca.   ‐  Licania  hypoleuca  madeira  em  geral  dura  e  resistente,  usada  para  obras  externas  na construção  civil.  Indicada para enriquecimento  e  como  atrativas da  fauna  em plantios de restauração florestal e enriquecimento em áreas de cabruca.    ‐  Symphonia  globulifera  madeira  durável  usada  em  construções  civis  e  navais,  portas, janelas, móveis, persianas, barris de  vinho  e  compensados. A  resina da  casca  é usada na medicina  alternativa  e  na  indústria.  Espécie  ornamental  pela  beleza  da  copa  e  flores. Indicada  nas  restaurações  de  matas  ciliares,  sendo  atrativa  da  fauna  nativa,  além  de enriquecimento em áreas de cabruca.    ‐  Tovomita  mangle madeira  leve  para  compensados,  caixotaria,  carpintaria, marcenaria, construção civil e naval. Utilizada em plantios heterogêneos em áreas degradadas e matas ciliares devido ao potencial para atração da fauna.    ‐  Vismia  ferruginea  madeira  é  empregada  apenas  para  uso  interno  em  pequenas construções,  serviços de marcenaria  leve, confecção de brinquedos e caixotaria. Os  frutos são procurados pela fauna, principalmente por aves. A árvore é indicada para a composição de reflorestamentos heterogêneos destinados a recuperação da vegetação de áreas ciliares degradadas.   ‐ O gênero Sloanea com madeira utilizada para taboados e na construção civil para caibros, vigas e ripas. As sementes apresentam arilo muito apreciado pela fauna, sendo indicada para plantio  em  áreas  de  restauração,  além  do  potencial  para  enriquecimento  em  áreas  de cabruca.    ‐  O  gênero  Senefeldera  com  madeira  leve  para  compensados,  caixotaria,  carpintaria, marcenaria, construção civil. Utilizada em plantios heterogêneos em áreas degradadas.    ‐  Eschweilera  ovata madeira  é  empregada  na  construção  civil  e  naval,  para  dormentes, moeirões,  estacas, bem  como para  serviços de marcenaria,  além do  fabrico de berimbau (instrumento africano). As sementes (castanhas) são comestíveis e procuradas pela fauna. A árvore  é  ornamental  e  indicada  para  uso  paisagístico.  Também  recomendada  para  a composição  de  reflorestamentos mistos  destinados  à  recuperação  da  vegetação  de  áreas degradadas e potencial para enriquecimento em áreas de cabruca.  ‐  Lecythis  lurida  madeira  é  própria  para  uso  externo,  como  postes,  moirões,  estacas  e dormentes, para cabos de ferramentas e outras aplicações que requeiram alta resistência. A árvore é bastante ornamental, pela forma umbelada de sua copa e sua folhagem brilhante, que  a  torna  ótima  para  paisagismo  em  geral.  Suas  castanhas  são muito  apreciadas  por roedores. Planta tolerante a lugares abertos e adaptada a terrenos secos é apropriada para plantios em áreas degradadas de preservação permanente e enriquecimento em áreas de cabruca.  

Page 49: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 49

‐  Lecythis  pisonis  madeira  é  apropriada  para  obras  externas,  como  postes  dormentes, moirões, estacas, esteios, pontes, mastros, para construção civil, como vigas, caibros, ripas, tacos  e  tábuas  para  assoalhos,  batentes  de  portas  e  janelas,  para  a  confecção  de  peças torneadas, peças flexíveis, carrocerias e cabos de ferramentas. As castanhas (sementes) são comestíveis e muito saborosas, sendo também muito apreciadas pela fauna. O fruto lenhoso é utilizado como adorno e como recipiente na zona rural. Apropriada para plantios em áreas degradadas e enriquecimento em áreas de cabruca.  ‐  O  gênero  Chamaecrista  com  madeira  leve  para  compensados,  caixotaria,  carpintaria, marcenaria e  construção  civil. Utilizada em plantios heterogêneos em áreas degradadas e matas ciliares.    ‐ Dialium guianense madeira empregada em carpintaria, em construções pesadas e navais, para vigas, tabuados, postes, estacas, dormentes, obras externas e hidráulicas. Os frutos são comestíveis,  sendo  inclusive  vendidos  em  feiras  de  algumas  cidades  da  Bahia  e  Espírito Santo.  A  árvore  é  indicada  para  reflorestamento  misto  com  fins  conservacionistas  e ecológicos, além do potencial de enriquecimento em áreas de cabruca.    ‐ Macrolobium latifolium madeira usada para obras internas em construções civis, cabos de ferramentas e caixotaria. Espécie  importante em  restaurações de áreas degradadas por se adaptar  a  solos  de  baixa  fertilidade,  além  do  potencial  de  enriquecimento  em  áreas  de cabruca.  ‐  Pterocarpus  rohrii madeira  leve  de  baixa  resistência,  usada  para  acabamentos  internos, como  rodapés, molduras,  confecção  de  peças  torneadas,  portas  e  painéis.  Espécie  com características  ornamentais  podendo  ser  usada  em  paisagismo  e  arborização  urbana. Indicada  para  restauração  florestal  e melhoramento  de  solos  degradados  por  apresentar simbiose com bactérias  fixadoras de nitrogênio e potencial para enriquecimento em áreas de cabruca.  ‐ O gênero  Swartzia que possue madeira usada em obras  internas na  construção  civil, de média durabilidade. É indicada para uso em restauração florestal por ser atrativa da fauna e para melhoramento do solo, pois apresenta simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio, além de ser potencial para enriquecimento em áreas de cabruca.    ‐ O  gênero  Inga  onde  a madeira  é  usada  para  caixotaria,  lenha  e  carvão.  Indicada  para plantio em áreas de restauração florestal, tanto para preenchimento e cobertura rápida do solo, como para atração da fauna. Serve ainda, para melhoramento do solo por apresentar simbiose com bactérias  fixadoras de nitrogênio e enriquecimento em áreas de cabruca. O fruto pode ser consumido pelo homem e suas flores são melíferas. ‐ Eriotheca macrophylla madeira é indicada para confecção de forros, brinquedos, caixotaria e miolo de portas e painéis. A árvore possui atributos para paisagismo, principalmente na arborização de ruas. Utilizada em plantios heterogêneos em matas ciliares.    ‐ Henriettea  succosa madeira  leve  e macia  ao  corte  pode  ser  utilizada  em  compensados, esculturas, molduras, marcenaria em geral, portas, batentes,  venezianas,  forros,  cabos de 

Page 50: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 50

vassouras, móveis  comuns,  embalagens  e  caixotaria  leve.  Possui  também  potencial  para arborização (paisagismo) e recomposição de áreas degradadas (atrair fauna).   ‐ O gênero Miconia com madeira leve e macia ao corte pode ser utilizada em compensados, esculturas, molduras, marcenaria em geral, portas, batentes,  venezianas,  forros,  cabos de vassouras, móveis  comuns,  embalagens  e  caixotaria  leve.  Possui  também  potencial  para arborização e recomposição de áreas degradadas.    ‐ O  gênero Tibouchina  com madeira pode  ser empregada para uso  interno,  confecção de objetos  leves, brinquedos e caixotaria. A árvore é ornamental, principalmente quando em floração. Pela beleza e pelo porte, pode ser utilizada em paisagismo e arborização de ruas, além de reflorestamento em áreas degradadas.    ‐  Guarea  blanchetti  madeira  é  própria  para  construção  civil  e  naval,  carpintaria,  obras internas,  para  confecção  de  vagões  e  carrocerias,  caixotaria,  forros,  caixilhos  de  portas  e janelas. A árvore além de ornamental proporciona ótima sombra, podendo ser empregada no paisagismo  rural e urbano. Os  frutos são consumidos pela  fauna  tornando a planta útil para plantios mistos em áreas degradadas de preservação permanente.      ‐  Brosimum  guianense  madeira  é  recomendada  para  tornearia,  fabrico  de  móveis, revestimentos decorativos, produção de lâminas faqueadas e para pasta celulósica. Os frutos são  procurados  pela  fauna  nativa,  sendo  potencial  para  reflorestamento  em  áreas degradadas.  ‐ Brosimum  rubescens  sua madeira  é utilizada para móveis de  luxo,  vigamentos,  escadas, tacos  de  assoalhos,  instrumentos  musicais,  faqueados  decorativos,  objetos  de  adornos, entre outros. Os  índios Xavante demonstram especial  interesse pela espécie, utilizando o cerne  da  madeira  para  confeccionar  bordunas  (arma  em  forma  de  bastão)  e  para construções, além de usar seus frutos como alimento e como atrativo para a fauna silvestre. Potencial para reflorestamento em áreas degradadas.  ‐  Helicostylis  tomentosa  madeira  é  indicada  para  construções  pesadas,  torneamento, pavimento  térreo e confecção de móveis. Recomendada para  restauração  florestal devido ao potencial de atrair a fauna.  ‐ A maioria das espécies de Myrtaceae podem ser usadas como árvores ornamentais devido à  beleza  de  sua  casca  e  ao  formato  do  tronco.  São  árvores  importantes  na  floresta  por produzirem frutos que sustentam a fauna nativa. O fruto é comestível pelo homem e pode ser  aproveitado  para  produção  de  polpas  e  sucos.  São  recomendadas  para  plantio  de enriquecimento em restaurações florestais para fins ecológicos e conservacionistas.    ‐  As Guapiras  com madeira  indicada  para  cabo  de  ferramentas  e  instrumentos  agrícolas, caixotaria, forros e confecção de brinquedos, bem como para lenha e carvão. Os frutos são apreciados  por  diversas  espécies  de  aves.  A  árvore  possui  qualidades  ornamentais  para paisagismo  e  arborização  urbana.  Indicada  para  a  composição  de  reflorestamentos heterogêneos destinados à recuperação de áreas degradadas.     

Page 51: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 51

‐  O  gênero  Amaioua  com  madeira  leve  para  compensados,  caixotaria,  carpintaria, marcenaria,  construção  civil.  Possui  qualidades  ornamentais  sendo  recomendada  para  o paisagismo em geral. Também  indicada para reflorestamentos ecológicos pelo potencial de atrair a fauna.    ‐ As espécies da família Sapotaceae com madeira empregada para obras de construção civil, marcenaria e obras externas. Os frutos são comestíveis e consumidos por espécies da fauna nativa. Pode  ser utilizada em  reflorestamentos ecológicos devido  ao potencial de  atrair  a fauna.    ‐ O  gênero  Siparuna  onde  a madeira  é  empregada  apenas  para  caixotaria,  confecção  de lápis, palitos. A  árvore  rústica e de  rápido  crescimento, é  indicada para  a  composição de reflorestamentos  heterogêneos  destinados  a  recuperação  da  vegetação  em  áreas degradadas.   ‐  Rinorea  guianensis  com  madeira  leve  para  compensados,  caixotaria,  carpintaria, marcenaria, construção civil. Utilizada em plantios heterogêneos em áreas degradadas.    4.6 ‐ ESPÉCIES POTENCIALMENTE INVASORAS, EXÓTICAS  Foram  encontradas  duas  espécies  exóticas  de  samambaias  no  PARNA: Macrothelypteris torresiana  (Gaudich.) Ching, e Thelypteris dentata  (Forssk.) E.P. St.  John. Apesar de  terem sido  introduzidas  apenas  recentemente,  estas  espécies  encontram‐se  amplamente naturalizadas em diversas partes do nosso continente  (Mickel & Smith, 2004). No entanto, estas  são  espécies  normalmente  associadas  à  ambientes  ruderais  (beira  de  estradas, capoeiras e arredores de habitações) e que, aparentemente, não tem inflingido sérios danos à flora local em termos de competição por habitats naturais.  Uma situação bastante diferente ocorre com Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Maxon, uma espécie  de  samambaia  extremamente  agressiva,  que  frequentemente  invade  áreas perturbadas (p.ex., pastagens, desmatamentos, queimadas, e beiras de estradas) e sufoca a vegetação  adjacente. Pode  formar densas populações por meio de  ramificações dos  seus rizomas,  que  são  subterrâneos  e  resistem  ao  fogo.  Os  representantes  da  família Gleicheniaceae apresentam um comportamento semelhante, chegando a dominar em certos barrancos, na beira das estradas. No entanto, as espécies de Gleicheniaceae apresentam um aspecto muito  positivo  para  os  PARNAS,  pois  seus  rizomas  longos  e  rasteiros  efetivam  a contenção de erosões em alguns pontos bastante críticos das estradas.  Com relação às angiospermas foram observadas espécies exóticas no PARNA do Pau Brasil. Em pontos  isolados nas vias de acesso do PARNA foi possível observar a presença de Elaeis guineensis Jacq. (dendezeiro) e Artocarpus heterophyllus Lam. (jaqueira) (Figura 18). Embora essas espécies  tenham  sido encontradas apenas potualmente e  representadas por poucos indivíduos em áreas antropizadas, a ocorrência das mesmas merece atenção especial uma vez que  ambas  apresentam  grande potencial de dispersão de diásporos, pelo  fato destes serem  apreciados  pela  fauna.  Tanto  E.  guineensis  quanto  A.  heterophyllus  são  espécies comumente  observadas  ocorrendo  espontaneamente  em  habitas  florestais  atlânticos  e amazônicos, inclusive em unidades de conservação. O controle de Elaeis guineensis pode ser 

Page 52: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 52

feito  simplesmente pelo  corte de  suas gemas apicais e monitoramento da emergência de plântulas. Entretanto, como é comum em Arecaceae, as  suas  sementes podem  se manter viáveis no banco de sementes do solo por  longos períodos (da ordem de meses a anos). A. heterophyllus,  por  sua  vez,  deve  ser manejada  com  especial  cuidado  uma  vez  que  essa espécie apresenta a capacidade de se multiplicar vegetativamente por meio das chamadas “mudas  de  toco”  quando  sofrem  corte  da  sua  porção  aérea  ou  secções  em  suas  raízes. Nessas  ocasiões  desenvolvem‐se  brotações  nas  porções  de  suas  raízes mais  próximas  à superfíce do solo de modo a originar novos indivíduos dificultando assim a erradicação.   Além  dessas  espécies  de  hábito  arbóreo  ou  arborescente,  foi  observada  no  entorno  e terrenos degradados no PARNA do Pau Brasil a preseça de gramínias africanas com pontecial invasor  como  espécies  do  gênero  Brachiaria  e  Panicun  maximum  Jacq.  (Figura  19).  O controle  dessas  espécies  é  extremamente  trabalhoso  e  as  mesmas  possuem  grande capacidade de invasão de áreas antropizadas e/ou abertas representando um problema para os  hábitats  de Muçununga Arbustivo‐herbácea  e  Campos Nativos  ocorrentes  nos  PARNA. Embora essas espécies não tenham a capacidade de estabelecer no  interior das florestas, a presença dessas gramíneas em vias de acesso, e bordas potencializa os riscos de ocorrência de incêndios nos períodos secos. Essa ameaça deve ser contida energicamente por meio de remoção  mecânica,  abafamento  das  sementes  com  lonas  plásticas  ao  nível  do  solo  e manutenção constante de aceiros.  Embora não tenham sido observadas no interior dos PARNAS espécies como Eucalyptus spp., (Figura  20)  Acacia  spp.  e  Mimosa  caesalpinifolia  Benth.,  estas  estão  amplamente disseminadas  em  plantações  comerciais,  beiras  de  estradas,  cercas  vivas  e  pastagens  no entorno  do  PARNA  e  merecem  monitoramento  constante  afim  de  se  evitar  invasões. Eucalyptus  spp.  e  espécies  do  gênero  Acacia  tais  como  Acacia  auriculifomis  A.  Cunn.  ex. Benth.  e  Acacia mangium Willd.  são  de  origem  australiana  e  podem  causar  impactos  à vegetação nativa por apresentarem o pentecial de  invadir e dominar áreas alteradas. Além disso,  essas  espécies  podruzem  componetes  alelopáticos  e  grande  quantidade  de serrapilheira capaz de iniciar focos de incêndios. No caso das espécies do gênero Eucalyptus esse  problema  é  particularmente  perigoso  em  função  das  suas  folhas  conterem  grande quantidade  de  óleos  que  por  sua  vez  podem  inflamar‐se  facilmente.  Essas  espécies produzem grande quantidade de  sementes dispersadas pelo  vento no  caso do Eucalyptus spp.  ou  por  animais  no  caso  de  Acacia  spp.  sendo  assim,  além  possuírem  potencial  de dispersão elevado, podem comprometer mecanismos de  interação ecológica entre à  fauna local  e  as  espécies  nativas. M.  caesalpinifolia  por  sua  vez  é  uma  espécies  originária  das caatingas brasileiras. Extremamente difundida para a formação de cervas vivas, essa espécie apresenta  a  capacidade  de  invadir  área  abertas  em  quase  todos  os  tipos  de  solos  com exceção dos alagadiços. Existem relatos de  formação de compostos alelopáticos nas  folhas dessa  espécie  e  estes  podem  ser  sustentados  pela  formação  de  grandes  maciços populacionais da mesma. Embora M. caesalpinifolia não tenha a capacidade de dispersar‐se pelos  ventos  ou  por  interações  com  a  fauna,  as  plantas  dessa  espécie  depois  de estabelecidas dificilmente  sucumbem naturalmente, pois apresentam grande  resistência a períodos de estiagem e grande capacidade de rebrotação. Sendo assim, a presença dessas espécies  no  entorno  do  PARNA  devem  ser  tratadas  com  especial  atenção  antes  que  o problema venha a penetrar os limites dessas Unidades.  

Page 53: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 53

5 ‐ RESULTADOS APLICADOS  1. Quais são as características do Parque, sob o ponto do grupo em estudo, que o destacam entre os outros Parques do Estado/da Federação?   Situados  no  extremo  sul  da  Bahia,  zona  de  abrangência  das  Florestas  de  Tabuleiros, consistem  nos maiores  fragmentos  florestais  contínuos  nessa  região  e  na  fitofisionomia referida,  juntamente  com  o  PARNA  do  Monte  Pascoal e  RPPN  EVC.   (ca.  22.000ha ‐ Descobrimento e ca. 12.000ha Pau‐Brasil). Na categoria de Parques, são as maiores unidades de  conservação  da Mata  Atlântica  sul  baiana.  Na  Bahia  outros  PARNAS  existentes  com exceção do Monte Pascoal abrangem formações vegetacionais muito distintas (e.g. Chapada Diamantina, Grande  Sertão Veredas, Nascente do Rio Parnaíba, Marinho de Abrolhos e o recém criado PARNA Serra das Lontras). Esses PARNAS  tiveram poucas documentações da flora por se situarem muito distantes dos centros urbanos onde existem grupos de pesquisa com essa  função. Outro ponto relevante é que são PARNAS criados muito recentemente e que  em  ambos  os  casos,  foram  viabilizados  por  motivos  políticos  (Descobrimento  foi comemorativo  aos  500  anos  e  Pau‐Brasil  como  medida  mitigatória  do  asfaltamento  da Rodovia Eunápolis para Trancoso/Arraial d’Ajuda.   2. Qual é a sua  importância/contribuição para o sistema estadual ou  federal de Unidades de Conservação, sob o ponto do grupo estudado?   O PARNA do Pau‐Brasil  têm  importância  fundamental para o  sistema Estadual/Federal de Unidades de Conservação sob o ponto de vista da vegetação, na medida em que contempla uma  fitofisionomia praticamente restrita atualmente aos maciços  florestais do extremo sul da  Bahia  e  Norte  do  Espirito  Santo.  Fitofisionomia  esta  que  se  distingue  em  termos composicionais e estruturais das Florestas montanas e  sub‐montanas ocorrentes ao  longo do domínio de Floresta Atlântica sobre os morros cristalinos. Uma vez que vegeta sobre os tabuleiros costeiros terciários de origem barreiras, essas florestas apresentam composição e estrutura  singulares  e  presença marcante  de  elementos  amazônicos   e  atlânticos.  Nesse contexto,  as  espécies  disjuntas amazônicas  observadas constituem patrimônio  genético ímpar uma vez que se encontram  isoladas das suas possíveis populações de origem. Além disso,  o  estabelecimento  dessas  unidades  de  conservação possibilitará  o incremento  da viabilidade populacional de diversas espécies vegetais, sobretudo aquelas que apresentam dinâmica metapopulacional e apresentem metapopulações em mais de um dos fragmentos referidos  e  cujos  dispersores/polinizadores tenham  a  capacidade  de  transitar  entre  esses fragmentos.     3. Como o Parque pode ser classificado no que diz respeito à representatividade, riqueza de espécies, raridade, endemismos, sob o ponto de vista do grupo em estudo?  No  que  diz  respeito  à  representatividade,  riqueza,  raridade  de  espécies  e  endemismo  o PARNA do Pau‐Brasil é, certamente e juntamente com o PARNA do Descobrimento e Monte Pascoal e RPPN EVC, os remanescentes  florestais que guardam a maior representatividade em relação às Florestas de Tabuleiros originais. Esses PARNAS são os últimos e os maiores fragmentos  florestais  nesse  tipo  de  fitofisionomia  no  estado  da  Bahia.  Estudos  prévios (Peixoto &  Gentry  1990; Silva  &  Nascimento 2001;   Thomas  2008;  Carvalho,  Dados  não 

Page 54: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 54

publicados) já destacam a alta riqueza de espécies vegetais nessas áreas e os levantamentos atualmente em andamento nos PARNAs mais uma vez seguem essa tendência e  indicam a ocorrência de riqueza de espécies vegetais arbóreas equivalentes aos 20 sítios de  florestas tropicais mais diversos do mundo. Além disso, foram observadas espécies raras, endêmicas Pseudoxandra  bahiensis; Couepia  belemii;  Couepia  longipendula;  Licania  belemii;  Licania naviculistipula; Zollernia modesta; Eschweilera alvimii; Inga aptera e Manilkara multifida.  4. Onde estão as áreas mais preciosas/ preservadas do Parque (estágios sucessionais)?     No PARNA do Pau‐Brasil, as áreas de Floresta Alta mais bem preservadas (e que, portanto, devem ser indicadas como Zonas Primitivas no Zoneamento dos PARNAS) correspondem aos blocos florestais onde foram realizadas a amostragem da Equipe Flora (P2). Quanto às áreas de Mussununga,  no  PARNA  do  Pau‐Brasil,  a  área  onde  foi  conduzida  a  amostragem  (P1) juntamente  com  as  outras Mussunungas  onde  há  ocorrência  de  Pau‐Brasil  (ao  longo  da chamada  “Estrada  da  Preguiça”)  corresponde  aos  ambientes  mais  representativos  das formações originais.   5. Indique os principais alvos (espécie – chave, ameaçadas, endêmicas, bandeira ‐ e hábitat) para conservação no Parque, em relação ao grupo estudado.  Os principais alvos para a conservação no Parque são as espécies: Cochlidium  linearifolium, Cyathea  abreviata,  Thelypteris  villosa,  Abarema  filamentosa,  Arapatiela  psilophylla, Byrsonima alvimii, Caesalpinia echinata, Caryocar edule, Chrysophyllum splendens, Connarus portosegurensis,  Eschweillera  alvimii,  Euterpe  edulis,  Hirtella  bicornis,  Hirtella  santosii, Manilkara  longifolia, Manilkara maxima, Manilkara multifida, Melanoxylon  braúna, Neea madeirana, Pouteria bapeba e Swartzia pinheiroana. Essas espécies ocorrem tanto em áreas em estágio secundário de regeneração, quanto em áreas em estágios mais avançados.   6. O Parque oferece habitat suficiente em termos de qualidade e quantidade para os alvos de  conservação?    Quais  as  estratégias  poderiam  ser  adotadas  para  a  manutenção  de populações viáveis dessas espécies (considere ações no entorno da UC?   Esses remanescentes consistem nos últimos grandes  fragmentos  florestais no extremo sul, juntamente  com  o  Parque  do Monte  Pascoal  e  RPPN  EV.  Assim,  o  estabelecimento  de corredores ecológicos entre esses remanescentes pode garantir uma conectividade entre os parques, sendo medida efetiva para a Conservação da biota local. Outro fator relevante é a adequação  ambiental  das  propriedades  rurais  na  região  de  entorno  dos  parques.  Dessa forma, a alocação de  reserva  legal,  recomposição de Apps e  incentivo ao uso do  solo por sistemas agroflorestais possibilita de modo efetivo a  implantação de corredores ecológicos dentro da paisagem  fragmentada e  antropizada da  região do  extremo  sul. O  estímulo da produção de mudas de espécies nativas por parte de empreendimentos e prefeituras para serem  comercializadas na  região  ou  utilizadas  em  arborização  urbana  e  rural  poderia envolver  a  comunidade  do  entorno  em  atividades  de  coleta,  beneficiamento  e  venda  de sementes e mudas e assim gerar renda para essas comunidades, e possibilitar a formação de um banco genético das espécies ocorrentes nas U.C.S.   

Page 55: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 55

7. Indique as áreas degradadas/antropizadas do Parque que podem estar influenciando na distribuição  e/ou  comportamento  das  espécies  (do  grupo  estudado)  que  precisam  de intervenção da gerência do Parque? (Espécies invasoras, áreas de recuperação)  As  principais  espécies  invasoras  presentes  nos  Parques  são: Macrothelypteris  torresiana, Thelypteris  dentata,  Pteridium  arachnoideum  (samambaias),  Elaeis  guianensis,  Artocarpus heterophyllus, Eucalyptus spp, Acacia spp e Mimosa caesalpinifolia (arbóreas) e Brachiaria e Panicum maximum (gramínias africanas). Essas espécies necessitam ser controladas devido ao  potencial  de  invadir  áreas  florestais,  competir  e  em  casos mais  críticos  de  substituir espécies nativas. Essas espécies foram encontradas em todas as áreas vicinais nos Parques.  8. Como está o estado de  regeneração de  áreas degradadas? Quais  as  ações de manejo devem ser adotadas?    No que se refere aos habitats alterados, no PARNA do Pau‐Brasil, a Equipe Flora entende que essas áreas tendem a regenerar‐se naturalmente, uma vez que estão inseridas numa matriz conservada.  Foram  observadas  áreas  em  diferentes  estágios  de  regeneração  no  PARNA, desde  ambientes  totalmente  degradados  e  dominados  por  poucas  espécies  pioneiras  até ambientes em estágios médios e avançados de regeneração. Nesses habitats sugerimos que nenhuma medida além de eliminação de espécies invasoras (quando observadas) e controle do fogo sejam tomados nesses ambientes. Ademais, esses ambientes propiciam à paisagem uma  complexidade  estrutural  e  fisionômica  que  possibilitam  a  ocorrência  de  maior diversidade  tanto  vegetal  quanto  animal  no  PARNA,  de  modo  análogo  ao  que  ocorre naturalmente  por meio  da  dinâmica  de  clareiras. Deve‐se  atentar  especialmente  para  as espécies  invasoras  de  gramíneas  como  Brachiaria  spp.  Estas  devem  ser  controladas,  pois retardam  o  processo  natural  de  sucessão  na  medida  em  que  cobrem  solo  quase  que completamente dificultando o estabelecimento de outras espécies e propiciam o surgimento de focos de incêndios.    9. Como o desenho do Parque influencia na sua conservação? Quais são os efeitos de borda decorrentes do formato em polígono dos limites do Parque?  O Parque possui formato irregular, e em decorrência disso o efeito de borda é mais intenso. Entretanto, considerando a proposta de ampliação do Parque, o formato proposto amplia o interior  dos  fragmentos, mesmo  não  sendo  de  tamanho  ideal,  pode  diminuir  o  efeito  de borda e seu impacto para o interior.  Os principais efeitos de borda que podem influenciar as plantas  estão  relacionados  às  alterações  microclimáticas  como  umidade,  temperatura, qualidade  do  solo  e  vento.  Por  exemplo,  o  aumento  na  incidência  dos  ventos  ocasiona elevadas  taxas na queda de  árvores próximas  à borda dos  fragmentos, ou o  aumento na incidência de luz favorece espécies pioneiras e invasoras.  10. Indique  os  objetivos  gerais  e  específicos  de  conservação,  em  nível  de  ecossistema, comunidades e espécies do grupo estudado.   11. Quais são as principais ameaças e pressões, com as respectivas fontes, à integridade do grupo e especificamente aos alvos de conservação elencados?  Complete o quadro abaixo:  

Page 56: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 56

Respostas nas questões descritivas.  12. Quais as ações de manejo e gestão devem ser adotadas para a conservação do grupo?  Os critérios de inclusão de espécies em projetos de restauração florestal devem contemplar o  status  de  ameaça  das  espécies  da  região,  o  conhecimento  silvicultural  disponível  para essas espécies (produção de mudas, tipo de solo ideal, condições de sombreamento propício para essas espécies, etc.), interações com a fauna (dispersores), capacidade de estabelecer‐se em áreas perturbadas e gerar condições favoráveis à sucessão ecológica. Nesse contexto é  fundamental que projetos de  restauração  florestal utilizem espécies ameaçadas,  raras e endêmicas  (citas  no  presente  documento)  consorciadas  com  espécies  reconhecidamente dotadas  de  características  pioneiras  e  espécies  cujos  aspectos  silviculturais  necessários  à produção de mudas e estabelecimento das plantas no campo sejam bem conhecidos.   13. Quais pesquisas, voltadas para o grupo de estudo, deveriam ser realizadas para entender melhor  as  interações  ecológicas  dentro  do  Parque  e  fora  do  Parque,  considerando  as possíveis pressões sócio‐ambientais na sua zona de amortecimento.     No  interior  dos  Parques  pode  ser  implantada uma  Parcela  Permanente  com metodologia padronizada RAPELD. Essa metodologia é amplamente utilizada para o monitoramento de processos  biológicos  e  para  compreensão  da  riqueza  biológica,  seus  processos  ecológicos regulatórios, sua relação com variações de curto, médio e longo prazo, elaboração de ações e  ferramentas  para  a  conservação  biológica, manejo  de  espécies,  recuperação  de  áreas degradadas,  produtividade  e  seqüestro  de  carbono,  dentre  outros  benefícios.  Em  linhas gerais a implantação de uma Parcela Permanente visa investigar relações espaço temporais entre  componentes  da  biota,  características  edafoclimáticas,  regimes  de  perturbação  e flutuações  temporais  de  curta, média  e  longa  duração.  A  utilização  de  um  protocolo  já utilizado  em  diferentes  partes  do  mundo  possibilita  a  comparação  dos  resultados  com aqueles  obtidos  em  outros  ecossistemas  florestais  e  assim  aumentar  o  impacto  das discussões  e  o  poder  preditivo  das  análises.  Inventários  a  longo  prazo  poderão  elucidar questões relativas à distribuição geográfica das espécies em grupos diversos ocorrentes na região.  O  conhecimento  desses  atributos  pode  gerar  subsídio  teórico  capaz  de  nortear iniciativas  voltadas  para  a  conservação,  recuperação  e  manejo  das  áreas  estudadas  e similares.     Nas áreas de entorno do Parque pode‐se  investir além de estudos sobre a fragmentação e efeito  de  borda,  uma maior  integração  com  as  comunidades  em  projetos  que  envolvam restauração  florestal  como  forma  de  inserir  a  região  no  mercado  de  pagamentos  por serviços ambientais.  14. Indique  fragmentos  do  entorno  (zona  de  expansão  do  Parque  e  outras  áreas  com fragmentos de floresta na zona de amortecimento para o aumento da proteção do Parque.   No PARNA Pau Brasil o principal fragmento de entorno são duas áreas que distam em linha reta  ca.  cinco quilômetros do PARNA. Essas duas  áreas  são  contínuas e que pertencem  a duas diferentes instituições: a RPPN Estação Veracel e a Estação Ecológica do Pau Brasil.   

Page 57: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 57

15. Quais locais deveriam ser disponibilizados para a visitação pública? Qual a infraestrutura deve ser criada para atender a proposta? (Justifique do ponto de vista do grupo)  Locais a serem disponibilizados para visitação devem corresponder áreas em estágio inicial e médio  de  regeneração,  sobretudo  aquelas  próximas  à  sede  do  PARNA,  onde  já  existam construções, estradas, trilhas, etc. As áreas em estágio avançado de regeneração devem ser resguardadas, mantendo‐se nestas apenas o acesso à pesquisadores que venham a exercer atividades de baixo  impacto, pessoal responsável pela prevenção de  incêndios e guardas. A implantação de quaisquer trilhas, estradas e toda sorte de infra‐estrutura voltada à visitação pública devem ocorrer apenas em ambientes  já alterados, sob pena de se comprometer a sanidade  das  populações  ocorrentes  no  PARNA  por  ação  da  supressão  de  vegetação, afugentamento da  fauna dispersora e polinizadora, compactação do solo, efeito de borda, etc.  Os  habitats mais  preservados  devem  ser mantidos  por meio  de  restrição  severa  da utilização dessas áreas para que as populações neles ocorrentes funcionem como fonte de diásporos para os habitats alterados.  16. Quais  deveriam  ser  temas  principais  de  interpretação  ambiental  que  poderiam  ser abordados no Parque? Onde deveria ser implementada a interpretação ambiental?    Em  relação à  interpretação ambiental, os parques poderiam  investir em  trilhas  interativas para envolver turistas e comunidade local a fim de aproximar o conhecimento das florestas com  a  sociedade  em  geral.  Essas  trilhas  poderiam  ser  realizadas  por  guias  locais  que demonstrariam a importância das florestas e sua necessidade de conservação.  Outra forma de interpretação é o turismo científico que visa aproximar estudiosos da área para conhecer a  distribuição  das  espécies,  registros  de  ocorrência,  bem  como  realizar  publicações científicas  como  forma  de  inserir  os  Parques  no  roteiro  dos  pesquisadores  científicos nacionais e internacionais. Essas atividades deveriam ser implementadas nas vias de acesso utilizadas  pelos  brigadistas,  uma  vez  que  as  trilhas  já  estão  formadas  não  havendo necessidade de abertura de trilhas de acesso.  6 ‐ PROPOSIÇÕES PARA O PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FLORA  6.1 – Realizar projetos de médio a  longo prazo  com espécies  vegetais de maior  interesse para  averiguar  se  existem  diferenças    significativas  na  densidade  em  relação  ao mosaico edáfico e sucessional nas diferentes fisionomias do PARNA. 6.2 – Monitorar nessas mesmas espécies vegetais a existência de diferenças significativas em recrutamento e crescimento nas diferentes formações vegetacionais. 6.3  –  Estabelecer  programas  para  espécies  vegetais  de  grande  interesse  visando  algum aspecto da dinâmica (estabelecimento, crescimento, fenologia) influenciados por flutuações de médio prazo como el ninho. 6.4 –  Incentivar e apoiar estudos  sobre espécies vegetais que  sofreram  severa exploração verificando  se atualmente elas apresentam nível de variabilidade genética diferenciada de adultos em relação a juvenis. 6.5 – Refinar as informações sobre os padrões de crescimento  e ocupação das espécies vegetais são determinados por diferenças no solo, assim como o padrão de colonização de grupos ecológicos, ligados  a tolerância ou intolerância ao sombreamento durante o processo de regeneração 

Page 58: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 58

6.6 ‐  Monitorar o processo de estabelecimento e recrutamento de indivíduos de espécies vegetais ao longo do tempo verificando se esses processos estão associados à especificidade de habitat (como tipo de solo, condições de luminosidade, estrutura da floresta), densidade populacional. 6.7 – Acompanhar estudos das diferenças nas comunidades de plantas sob o ponto de vista se elas estão relacionadas a diferenças locais nas ações de polinizadores ou dispersores de sementes. 6.8 – Verificar se as variações ao longo do tempo, no estabelecimento e no recrutamento das plantas são iguais em diferentes estádios da regeneração e diferentes tipos de solo e se essas variações são relacionadas a fenômenos de média duração e mudanças climáticas estão relacionadas  a mudanças na dinâmica das comunidades estudadas.  7 ‐ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  Amorim, A.M.A. 2007. Flora. In: Veracel Celulose S/A. Plano de Manejo da Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel. p. 40—47.  Amorim, A.M., Thomas, W.W., Carvalho, A.M.V. &  Jardim,  J.G. 2008.  Floristics of  the Una Biological  Reserve,  Bahia,  Brazil.  In:  Thomas,  W.W.  (Ed.)  The  Atlantic  coastal  forests  of northeastern Brazil. Mem. New York Bot. Gard. 100. p. 67–146.  Amorim, A.M., Jardim, J.G., Lopes, M.M.M., Fiaschi, P., Borges, R.A.X., Perdiz, R.O. & Thomas, W.W. 2009. Angiospermas em remanescentes de  floresta montana no sul da Bahia, Brasil. Biota Neotropica, 9: 313—348.  APG. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society, 141: 399—436. Araújo, Q.R.  (org.) 2000. Solos de tabuleiros terciários e qualidade de vida das populações. Ihéus – Ba. Editus.  Barroso, R.M., Reis, A., Hanazaki, N. 2010 Etnoecologia e etnobotânica da palmeira  juçara (Euterpe edulis Martius) em comunidades quilombolas do Vale do Ribeira, São Paulo. Acta Botânica Brasílica. 24(2): 518‐528.  Brazão,  J.E.M.  &  Araújo,  A.P.  1981.  Vegetação.  In:  Projeto  RadamBrasil:  Programa  de Integração Nacional. Rio de Janeiro: Ministério das Minas e Energia, vol. 24. p. 405—456. CI‐Brasil  (Conservation  International  do  Brasil) & Ornis.  2003. Diagnóstico  do  Entorno  do Parque Nacional do Descobrimento. Relatório de fechamento. Ilhéus. 146p.  CITES. 2009. Convention on International Trade  in Endangered Species of Wild Animals and Plants. CITES species database. <www.cites.org>. Acesso em 20/12/2009. Clarke,  H.D.,  Funk,  V.A.  &  Hollowell,  T.  2001.  Using  checklists  and  collections  data  to investigate plant diversity. I: A comparative checklist of the plant diversity of the Iwokrama Forest, Guyana. Sida, Botanical miscellany, 21: 1—86.  Fernandes, I. 2000. Uma nova espécie de Cyathea (Cyatheaceae) do Brasil. Bradea, 8: 193—196. 

Page 59: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 59

 Galetti, M. , Zipparro, V. , Morellato, P. C. 1999. Fruit phenology and frugivory on the palm Euterpe edulis in a lowland Atlantic forest of Brazil. Ecotropica (Bonn), 5: 115‐122. Galindo‐Leal,  C.  &  Câmara,  I.G.  (eds.)  2005.  Mata  Atlântica:  biodiversidade,  ameaças  e perspectivas.  Fundação  S.O.S  Mata  Atlântica.  Belo  Horizonde,  MG.  Conservação Internacional.    Garay, I. & Rizzini, C.M. (orgs.) 2003. A Floresta Atlântica de Tabuleiros: divesidade funcional da cobertura arbórea. Petrópolis, RJ.  Vozes. Gentry, A.H. 1982. Patterns of Neotropical plant species diversity. Evolutionary Biology, 15: 1—84.  Giulietti, A.M., Queiroz, L.P., Silva, T.R.S., França, F., Guedes, M.L.S. & Amorim, A.M.A. 2006. Flora da Bahia. Sitientibus, 6: 169—173.  Guilietti, A.M., Rapini, A., Andrade, M.J.G., Queiroz, L.P. & Silva, J.M.C. (orgs.). 2009. Plantas raras do Brasil. Belo Horizonte, MG. Conservação  Internacional / Universidade Estadual de Feira de Santana.  Harley, R.M. & Mayo, S.J. 1980. Towards a checklist of the Flora of Bahia. Kew: Royal Botanic Gardens.  Jardim, J.G. 2003. Uma caracterização parcial da vegetação na região sul da Bahia, Brasil. In: Prado,  P.I.,  Landau,  E.C., Moura,  R.T.,  Pinto,  L.P.S.,  Fonseca,  G.A.B. &  Alger,  K.N.  (Orgs.) Corredor  de  biodiversidade  da Mata  Atlântica  do  Sul  da  Bahia.  Publicação  em  CD‐ROM. Ilhéus: IESB, CI, CABS, UFMG & UNICAMP.  Labiak,  P.H.  &  Prado,  J.  2003.  Grammitidaceae  (Pteridophyta)  no  Brasil  com  ênfase  nos gêneros Ceradenia, Cochlidium e Grammitis. Hoehnea, 30: 243—283. Marchioro,  G.B.  2000.  Aspectos  da  implantação  do  Parque  Nacional  do  Descobrimento. Painel (Resumo).  Martini, A.M.Z., Fiaschi, P., Amorim, A.M. & Paixão, J.L. 2007. A hot‐point within a hot‐spot: a high diversity site in Brazil`s Atlantic Forest. Biodiversity and Conservation, 16: 3111—3128.  Meira  Neto,  J.A.A.,  Souza,  A.L.,  Lana,  J.M.  &  Valente,  G.E.  2005.  Composição  florística, espectro biológico e fitofisionomia da vegetação de muçununga no municípios de Caravelas e Mucuri, Bahia. Revista Árvore, 29: 139—150.  Mendonça,  J.R.,  Carvalho,  A.M.V.,  Silva,  L.A.M.  &  Thomas,  W.W.  1993.  45  anos  de desmatamento no Sul da Bahia, Remanescentes da Mata Atlântica – 1945, 1960, 1974, 1990. Ilhéus: Centro de Pesquisas do Cacau, Projeto Mata Atlântica Nordeste.  Mickel, J.T. & Smith, A.R. 2004. The pteridophytes of Mexico. Mem. New York Bot. Gard. 88: 1—1055.  

Page 60: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 60

Morellato,  L.P.C. & Haddad,  C.F.B.  2000.  The  Brazilian Atlântic  Forrest.  Biotropica  32(4b): 786‐792.  Mori,  S. A., Boom, B. M. &  Prance, G.  T.  1981. Distribution  patterns  and  conservation  of Eastern Brazilian coastal forest tree species. Brittonia 32: 233‐245.  Mori, S.A. 1989. Eastern, extra‐Amazonian Brazil. In: Campbell, D.G. & Hammond, H.D. (Eds.). Floristic Inventory of Tropical Countries. Bronx: The New York Botanical Garden. p. 427—454.  Myers, N., Mittermeier, R.A., Mittermeier, C.G., Fonseca, G.A.B. & Kent, J. 2000. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature 403:853–858.  Øllgaard, B. & Windisch, P.G. 1987. Sinopse das Licopodiáceas do Brasil. Bradea, 5: 1—43.  Peixoto, A.L., Silva, I.M., Pereira, O.J., Simonelli, M., Jesus, R.M. & Rolim, S.G. 2008. Tabuleiro forests north of the Rio Doce: their representation in the vale do Rio Doce Natural Reserve, Espírito Santo, Brazil.  In: Thomas, W.W.  (Ed.) The Atlantic Coastal Forests of Northeastern Brazil. Mem. New York  Bot. Gard. 100. p. 319—350.  Phillips, O.L., Martinez, R.V., Vargas, P.N., Monteagudo, A.L., Zans, M.C., Sánchez, W.G., Cruz, A.P., Timaná, M., Yli‐Halla, M. & Rose, S. 2003. Efficient plot‐based  floristic assessment of tropical forests. Journal of Tropical Ecology, 19: 629—645.  Piotto, D., Montagnini, F., Thomas, W.W., Ashton, M. & Oliver, C. 2009. Forest recovery after swidden  cultivation  across  a  40‐year  chronosequence  in  the  Atlantic  forest  of  southern Bahia, Brazil. Plant Ecology, 205: 261—272.  Reis, A.; Kageyama, P.Y. 2000. Dispersão de sementes do palmiteiro (Euterpe edulis Martius –  Palmae).  In:  Reis, M.S.  &  Reis,  A.  (eds).  Euterpe  edulis Martius  (Palmiteiro):  biologia, conservação e manejo. Herbário Barbosa Rodrigues. Sellowia, 45‐48: 60‐92.  Rizzini, C.T.  1997.  Tratado de  fitogeografia do Brasil.  2nd  Edition. Rio de  Janeiro: Âmbito Cultural Edições Ltda.  Salino,  A.  &  Semir,  J.  2003.  Notas  sobre  duas  espécies  de  Thelypteris  Schmidel (Thelypteridaceae – Pterophyta) do Brasil. Acta Botanica Brasílica, 17: 515—521.  Schilling, A.C., Batista,  J.L.F. 2008. Curva de acumulação de espécies e suficiêcnia amostral em floresta tropicais. Revista Brasileira de Botânica. 31(1):179‐187  Shepherd, G.J. 2006. FITOPAC 1.6. Manual do Usuário. UNICAMP, Brasil. 64 pp.  Simoneli, M. Diversidade e Conservação das  Florestas de Tabuleiros do Espírito  Santo.  In: Menezes,  L.F.T.,  Pires,  F. R.,  Pereira, O.J.  (orgs.),  2007.  Ecossistemas  Costeiros  do  Espírito Santo. Vitória – ES. EDUFES.  

Page 61: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 61

Smith,  A.R.,  Pryer,  K.M.,  Schuettpelz,  E.,  Korall,  P.,  Schneider,  H.  & Wolf,  P.G.  2006.  A classification for extant ferns. Taxon, 55: 705—731.  S.O.S. Mata Atlântica. 1992. Dossiê Mata Atlântica. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica.  Sthemann,  J.R.,  Forzza,  R.C.,  Salino,  A.,  Sobral,  Costa,  D.P.  &  Kamito,  L.H.Y.(Eds.)  2009. Plantas da Floresta Atlântica. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.  Thomas, W.W., Carvalho, A.M.V., Amorim, A.M., Garrison,  J. & Arbeláez, A.L.  1998.  Plant endemism  in two forests  in southern Bahia, Brazil. Biodiversity and Conservation,   7: 311—322.  Thomas,  W.W.,  Jardim,  J.G.,Fiaschi,  P.  &  Amorim,  A.M.  2003.  Lista  preliminar  das angiospermas  localmente endêmicas do Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo, Brasil.  In: Prado,  P.I.,  Landau,  E.C.,  Moura,  R.T.,  Pinto,  L.P.S,  Fonseca,  G.A.B.  &  Alger,  K.  (orgs.). Corredor  de  Biodiversidade  da Mata  Atlântica  do  sul  da  Bahia.  Publicação  em  CD‐ROM. Ilhéus, Ba. IESB/CI/CABS/UFMG/UNICAMP.  Thomas, W.W. &  Barbosa, M.R.V.  2008.  Natural  vegetation  types  in  the  Atlantic  Coastal Forest  of  Northeastern  Brazil.  In:  Thomas,  W.W.  (Ed.)  The  Atlantic  Coastal  Forests  of Northeastern Brazil. Mem. New York  Bot. Gard. 100. p. 6—20.  Thomas, W.W., Carvalho, A.M.V., Amorim, A.M., Garrison, J. & Santos, T.S. 2008. Diversity of woody plants in the Atlantic coastal forest of southern Bahia, Brazil. In: Thomas, W.W. (Ed.) The Atlantic Coastal Forests of Northeastern Brazil. Mem. New York  Bot. Gard. 100. p. 21—66.  8 ‐ EQUIPE TÉCNICA 

Nome  Formação  Função Registro no conselho (CRBio, etc) ou RG 

André Marcio Araújo Amorim Biólogo, Doutor em 

Botanica  Coordenador  

RG: 06994012‐0 

Fernando Bittencourt de Matos Biólogo, Mestre em 

Botanica Executor 

RG: 8214142‐1 

Gabriel Martins de Carvalho Biólogo, Mestrando em 

Ecologia Executor 

CRBio:67.732/05‐D 

Michaele S. Pessoa Bióloga, Mestre em Meio 

Ambiente Colaboradora 

CRBio: 67585/05‐D 

José Lima da Paixão Técnico Agrícola, 

Graduando em Biologia Executor 

RG: 770673554 

Lukas Halla Daneu  Técnico Agrícola  Executor  RG: 1133510673   

Page 62: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 62

ANEXOS  Figura 1. Floresta de Muçununga no PARNA do Pau Brasil em 10/06/2009. ......................64

Figura 2. Esquema do procedimento de amostragem da vegetação utilizado em cada uma das parcelas de amostragem nas fitofisionomias de Floresta Alta e Muçununga do PARNA do Pau Brasil. .................................................................................................................... 64

Figura 3. Separação dos espécimes coletados no PARNA do Pau Brasil em morfoespécies no herbário CEPEC/CEPLAC em 03/12/2009. ..................................................................... 65

Figura  4.  Comparação  entre  as  riquezas  relativas  das  famílias  botânicas  observadas  na amostragem das fitofisionomias de Floresta Alta e Muçununga no PARNA do Pau Brasil..65

Figura  5.  Perfís  de  diversidade  do  PARNA  do  Pau  Brasil  abrangendo  as  suas  duas fitofisionomias (P1 = Muçununga; P2 = Floresta Alta)........................................................ 66

Figura 6. Perfís de diversidade das amostras correspondentes à fitofisionomia de Floresta Alta abrangendo dados dos dois PARNAS (P3 = Pau Brasil; P4 = Descobrimento). ............. 66

Figura  7.  Perfís  de  diversidade  das  amostras  correspondentes  fitofisionomia  de Muçununga abrangendo dados dos dois PARNAS (P1 = Pau Brasil; P3 = Descobrimento). .67

Figura  8. Perfís de diversidade dos dois PARNAS  abrangendo  as  suas  fitofisionomias de Floresta Alta e Muçununga (D = Descobrimento; PB = Pau Brasil). ....................................67

Figura  9.  Perfís  de  diversidade  das  duas  fitofisionomias  abrangendo  dados  dos  dois PARNAS (F = Floresta Alta; M = Muçununga). .................................................................... 68

Figura  10.  Curvas  de  rarefação  de  espécies  das  fitofisionomias  de  Floresta  Alta  e Muçununga do PARNA do Pau Brasil (Intervalo de Confiança de 95%). .............................68

Figura 11. Curva de acumulação de espécies do PARNA do Pau Brasil  considerando‐se a amostragem na fitofisionomia de Muçununga (Intervalo de Confiança de 95%). ..............69

Figura 12. Curva de acumulação de espécies do PARNA do Pau Brasil  considerando‐se a amostragem na fitofisionomia de Floresta Alta (Intervalo de Confiança de 95%). .............69

Figura 13. Curva de acumulação de espécies do PARNA do Pau Brasil  considerando‐se a amostragem nas duas fitofisionomias (Floresta Alta e Muçununga) (Intervalo de Confiança de 95%). ............................................................................................................................70

Figura 14. Indivíduo adulto de Caesalpinia echinata (Pau‐brasil) no PARNA do Pau Brasil em 10/10/2009. ......................................................................................................................70

Figura 15.  Indivídio de Caesalpinia echinata (Pau‐brasil) evidenciando ocorrência de corte pretérito e rebrotações no PARNA do Pau Brasil em 10/10/2009. ..................................... 71

Page 63: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 63

Figura 16. Caesalpinia echinata  (Pau‐brasil)  fotografada no alojamento da RPPN Estação Veracel em 13/10/2009..................................................................................................... 72

Figura 17. Euterpe edulis (Juçara) no PARNA do Pau Brasil em 21/09/2009.......................73

Figura 18. Elaeis guineensis (Dendezeiro) e Artocarpus heterophylus (Jaqueira) no PARNA do Pau Brasil em 12/10/2009. ........................................................................................... 74

Figura 19. Pastagem no entorno de um fragmento florestal em 10/06/2009.....................75

Figura 20. Plantação de Eucalyptus sp. no entorno do PARNA do Pau Brasil em 09/10/2009...........................................................................................................................................76

 Figura 21. A análise de distribuição dos diametros de pau‐brasil mensurados no PARNA do 

Pau Brasil..........................................................................................................................77 

         

Page 64: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 64

Figura 1. Floresta de Muçununga no PARNA do Pau Brasil em 10/06/2009. 

 

Figura 2. Esquema do procedimento de amostragem da vegetação utilizado em cada uma das parcelas de amostragem nas fitofisionomias de Floresta Alta e Muçununga do PARNA do Pau Brasil. 

 

Page 65: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 65

Figura 3. Separação dos espécimes coletados no PARNA do Pau Brasil em morfoespécies no herbário CEPEC/CEPLAC em 03/12/2009. 

 

  Figura 4. Comparação entre as riquezas relativas das famílias botânicas observadas na amostragem das fitofisionomias de Floresta Alta e Muçununga no PARNA do Pau Brasil. 

 

Page 66: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 66

Figura 5. Perfís de diversidade do PARNA do Pau Brasil abrangendo as suas duas fitofisionomias (P1 = Muçununga; P2 = Floresta Alta). 

Figura 6. Perfís de diversidade das amostras correspondentes à fitofisionomia de Floresta Alta abrangendo dados dos dois PARNAS (P3 = Pau Brasil; P4 = Descobrimento). 

Page 67: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 67

  

Figura 7. Perfís de diversidade das amostras correspondentes fitofisionomia de Muçununga abrangendo dados dos dois PARNAS (P1 = Pau Brasil; P3 = Descobrimento). 

 

Figura 8. Perfís de diversidade dos dois PARNAS abrangendo as suas fitofisionomias de Floresta Alta e Muçununga (D = Descobrimento; PB = Pau Brasil). 

Page 68: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 68

 

Figura 9. Perfís de diversidade das duas fitofisionomias abrangendo dados dos dois PARNAS (F = Floresta Alta; M = Muçununga). 

 

 

Figura 10. Curvas de rarefação de espécies das fitofisionomias de Floresta Alta e Muçununga do PARNA do Pau Brasil (Intervalo de Confiança de 95%). 

 

Page 69: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 69

 

Figura 11. Curva de acumulação de espécies do PARNA do Pau Brasil considerando‐se a amostragem na fitofisionomia de Muçununga (Intervalo de Confiança de 95%). 

 

Figura 12. Curva de acumulação de espécies do PARNA do Pau Brasil considerando‐se a amostragem na fitofisionomia de Floresta Alta (Intervalo de Confiança de 95%). 

Page 70: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 70

Figura 13. Curva de acumulação de espécies do PARNA do Pau Brasil considerando‐se a amostragem nas duas fitofisionomias (Floresta Alta e Muçununga) (Intervalo de Confiança de 95%). 

 

Figura 14. Indivíduo adulto de Caesalpinia echinata (Pau‐brasil) no PARNA do Pau Brasil em 10/10/2009. 

 

Page 71: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 71

Figura 15. Indivídio de Caesalpinia echinata (Pau‐brasil) evidenciando ocorrência de corte pretérito e rebrotações no PARNA do Pau Brasil em 10/10/2009. 

 

Page 72: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 72

  Figura 16. Caesalpinia echinata (Pau‐brasil) fotografada no alojamento da RPPN Estação Veracel em 13/10/2009. 

Page 73: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 73

 

Figura 17. Euterpe edulis (Juçara) no PARNA do Pau Brasil em 21/09/2009. 

 

Page 74: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 74

  Figura 18. Elaeis guineensis (Dendezeiro) e Artocarpus heterophylus (Jaqueira) no PARNA do Pau Brasil em 12/10/2009. 

Page 75: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 75

     

Figura 19. Pastagem no entorno de um fragmento florestal em 10/06/2009. 

 

Page 76: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 76

  Figura 20. Plantação de Eucalyptus sp. no entorno do PARNA do Pau Brasil em 09/10/2009. 

Page 77: Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau BrasilPARNA do Pau Brasil 02 0472823 8175115 Floresta Alta. Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento ... Desenho Amostral

Plano de Manejo do Parque Nacional do Pau Brasil e Descobrimento  

       Relatório técnico dos diagnósticos temáticos do grupo Flora

Consórcio: Fundação Biodiversitas/SAVE Brasil/IESB/Herbário CEPLAC/Lab.Mastozoologia-UFMG

Page | 77

Figura 21. A análise de distribuição dos diametros de pau‐brasil mensurados no PARNA do 

Pau Brasil.