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GAI AUDITORIA INTERNA Mod_80-007 PLANO DE GESTÃO DE RISCOS 2018 - 2019 Inclui os Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Dezembro 2018

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PLANO DE GESTÃO DE RISCOS

2018 - 2019

Inclui os Riscos de Corrupção e

Infrações Conexas

Dezembro 2018

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INDICE

I – Introdução ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 7

I. 1 Estratégica da gestão de risco na CP ............................................................................................................................................................................................................................................... 7

II – Enquadramento ............................................................................................................................................................................................................................................................................................. 8

II.1 Gestão de Risco........................................................................................................................................................................................................................................................................................ 8

II.2 Política de Gestão do Risco Empresarial Da CP ...................................................................................................................................................................................................................... 10

II.3 As funções de auditoria e gestão do risco ................................................................................................................................................................................................................................. 11

II.4 Estrutura do Plano .............................................................................................................................................................................................................................................................................. 13

II.5 Tipificação do Risco ............................................................................................................................................................................................................................................................................ 14

II.6 Responsáveis pela mitigação do risco ........................................................................................................................................................................................................................................ 15

III – Compromisso ético .................................................................................................................................................................................................................................................................................. 16

IV – Organograma geral .................................................................................................................................................................................................................................................................................. 19

V – Identificação dos responsáveis ............................................................................................................................................................................................................................................................. 24

VI – Riscos de corrupção e infrações conexas ......................................................................................................................................................................................................................................... 25

VII – Matriz de riscos de corrupção e infrações conexas .................................................................................................................................................................................................................... 32

VIII – Plano de ação de prevenção de riscos de corrupção e infrações conexas ........................................................................................................................................................................ 33

IX – Riscos gerais inerentes a processos, procedimentos e projetos ............................................................................................................................................................................................. 35

X – Riscos-Chave da CP .................................................................................................................................................................................................................................................................................... 39

XI – Plano de ação de prevenção de riscos gerais .................................................................................................................................................................................................................................. 41

XII – SÍntese de execução do plano ............................................................................................................................................................................................................................................................. 42

XII.1 Execução e concretização de ações no âmbito dos riscos de corrupção e infrações conexas .......................................................................................................................... 42

XII.2 Execução de ações no âmbito dos riscos gerais ................................................................................................................................................................................................................... 46

XIII – Controlo e monitorização do plano ................................................................................................................................................................................................................................................. 50

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XIV – Glossário de situações de corrupção e infrações conexas ...................................................................................................................................................................................................... 51

XV – Fontes ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 54

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SIGLAS

AE - Acordo de Empresa ACE – Agrupamento Complementar de Empresas CA - Conselho de Administração da CP CAC – Comité de Acompanhamento CCP - Código de Contratação Pública CES – Comité Estratégico de Segurança CET - Comissão de Ética CF – Conselho Fiscal CI – Comissão de Inquérito CP – CP Comboios de Portugal, E.P.E. CPC - Conselho de Prevenção da Corrupção CRM - Customer relationship management D – Diretores de 1º nível DEX - Direção de Exploração DFI - Direção Financeira DGTF - Direção-Geral do Tesouro e Finanças DJR - Direção Jurídica DMP - Direção de Marketing e Publicidade DMT - Direção de Material Circulante DPC - Direção de Planeamento e Controlo de Atividade DRH - Direção de Recursos Humanos DSC - Direção de Supervisão da Circulação DTI - Direção de Tecnologias de Informação DW – Datawarehouse EPD – Encarregado de Proteção de Dados EPC - Equipamentos de Proteção Coletiva EPE - Entidade Pública Empresarial EPI - Equipamentos de Proteção Individual ERTMS – European Rail Traffic Management System ETCS - European Train Control System FFC – Fundo Fixo de Caixa GAI - Gabinete de Auditoria Interna, Qualidade e Ambiente GCI – Gabinete de Comunicação Institucional GPS - Gabinete de Proteção e Segurança GI – Gestor de Infraestrutura CPIAAF – Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários GR – Gestão do Risco GRI - Gabinete de Relações Internacionais HOTPLAN – Sistema de Planeamento de Horários IGF – Inspeção-Geral de Finanças IGOPTC - Inspeção-Geral das Obras Públicas, Transportes e Comunicações IIA – Institute of Internal Auditors INE – Instituto Nacional de Estatística IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes I.P.

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INTF – Instituto Nacional de Transporte Ferroviário NRBQ – Agentes Nucleares, Radiológicos, Biológicos e/ou Químicos MEF – Macroestrutura Funcional para a interoperabilidade semântica na Administração Pública MC – Material Circulante MO – Manual de organização MOPTC – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações MVA – Maquina de Venda Automática NS – Nível de Serviço OE – Orçamento de Exploração OI – Orçamento de Investimentos ORT – Organização Representante dos Trabalhadores ORV – Operador de Revisão e Venda PAC – Plano de Ações Corretivas PAO – Plano de Atividades e Orçamento PCA - Presidente do Conselho de Administração da CP PGRCIC - Plano de Gestão de Riscos, incluindo os Riscos de Corrupção e Infrações Conexas PSF – Prestador de Serviços de Formação PSM – Prestador de Serviços de Manutenção PSL – Prestador de Serviços de Limpeza PSST – Prestador de Serviços de Saúde e Segurança no Trabalho PSV – Prestador de Serviços de Vigilância RGPD – Regulamento Geral de Proteção de Dados RLS – Responsável Local de Segurança SAP – Aplicação informática de gestão empresarial SG – Secretaria-Geral SGS – Sistema de Gestão de Segurança SGI – Sistema de Gestão Integrado SGPC – Sistema de Gestão de Pessoal Circulante SGRS – Sistema de Gestão de Reclamações e Sugestões SI – Sistema de Informação SIGO – Sistema Integrado de Gestão de Ocorrências SLA – Acordo de nível de serviço SST – Saúde e Segurança no Trabalho TC – Tribunal de Contas UO – Unidades Organizacionais

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I – INTRODUÇÃO

O presente documento tem como objetivo, entre outros normativos, dar resposta às disposições do Código das Sociedades Comerciais, ao Estatuto

do Gestor Público, aos Princípios do Bom Governo das Empresas do Sector Empresarial do Estado, e ao Decreto-Lei nº133/2013 de 3 de outubro do

Ministério das Finanças, dando continuidade ao estabelecido na Ata nº1547 do Conselho de Gerência de 19 julho de 2007.

Este documento visa também dar resposta à Recomendação nº 1/2009, de 1 de julho, do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) criado pela Lei

nº54/2008, de 4 de setembro, no cumprimento da deliberação de 26 de novembro de 2009, Extrato de Ata nº 1681-1, do Conselho de Administração

da CP (CA) relativa à elaboração de “Planos de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas”. Adicionalmente, pela Recomendação nº 5/2012,

de 7 de novembro, o CPC aprovou que as entidades de natureza pública, ainda que constituídas ou regidas pelo direito privado, devem dispor de

mecanismos de acompanhamento e de gestão de conflitos de interesses, aspeto que se considera poder ser enquadrado por este documento.

Pretende-se igualmente que constitua uma descrição das iniciativas de gestão do risco dos processos abrangidos pelo Sistema de Gestão da Qualidade,

conforme requisito da norma ISO 9001:2015, detalhando o esforço da CP no sentido de antecipar problemas e oportunidades no âmbito dos seus

sistemas de gestão.

I. 1 ESTRATÉGICA DA GESTÃO DE RISCO NA CP

Fazendo parte da atividade de cada gestor, a gestão de risco empresarial, no quadro das responsabilidades que lhe estão atribuídas, consiste num

processo de autoavaliação dos riscos, visando:

Produzir uma avaliação, estruturada e de conjunto, sobre o ambiente de gestão de risco existente na CP;

Ajudar a melhorar a confiança de toda a estrutura hierárquica da CP, e em particular do Conselho de Administração e de todos os Interessados,

demonstrando que a gestão na empresa está a ser efetuada conhecendo os ambientes, interno e externo em que a atividade da empresa se

desenvolve, e que os gestores estão preparados para enfrentar as ocorrências, de forma a minimizar o impacto dos riscos e a maximizar o

aproveitamento das oportunidades na atividade da empresa.

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II – ENQUADRAMENTO

O Conselho de Administração da CP – Comboios de Portugal E.P.E encontra-se abrangido pelos termos do Estatuto do Gestor Público, exercendo

poderes para assegurar a gestão e desenvolvimento da empresa e a gestão do seu património, sem prejuízo dos poderes da tutela.

A Comissão de Fiscalização, composta pelo Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas, é responsável pelo controlo da legalidade, da regularidade e

da boa gestão financeira e patrimonial da empresa.

As contas da CP, E.P.E são objeto de uma auditoria por uma entidade independente e estão sujeitas a certificação legal pela empresa Horwath &

Associados, SROC, Lda.

A supervisão e controlo externo da empresa são realizados por organismos da tutela sectorial: Inspeção-Geral de Obras Públicas Transportes e

Comunicações (IGOPTC) e Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.; por organismos da tutela financeira: Inspeção-Geral de Finanças (IGF) e

Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) e ainda pelo Tribunal de Contas (TC) e pela Comissão de Fiscalização.

II.1 GESTÃO DE RISCO

A gestão do risco é uma atividade que assume um caráter transversal, constituindo uma das grandes preocupações dos diversos Estados e das

organizações de âmbito global, regional e local. Revela-se um requisito essencial ao funcionamento das organizações e do Estado de Direito

Democrático, sendo fundamental nas relações que se estabelecem entre os cidadãos e a Administração, no desenvolvimento das economias e no

normal funcionamento das instituições.

Trata-se, assim, de uma atividade que tem por objetivo salvaguardar aspetos indispensáveis na tomada de decisões, e que estas se revelem conformes

com a legislação vigente, com os procedimentos em vigor e com as obrigações contratuais a que as instituições estão vinculadas.

É certo que muitas vezes a legislação vigente não propicia, de forma fácil, a tomada de decisões sem riscos. Com efeito, a legislação a aplicar é

muitas vezes burocratizante, complexa, vasta e desarticulada, existindo uma excessiva regulamentação, muitos procedimentos e subprocedimentos,

o que obstaculiza a criatividade, impede uma correta gestão dos meios materiais e dos recursos humanos e potencia o risco do cometimento de

irregularidades.

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A gestão do risco é um processo de análise metódica dos riscos inerentes às atividades de prossecução das atribuições e competências das instituições,

tendo por objetivo a defesa e proteção de cada interveniente nos diversos processos, salvaguardando-se, assim, o interesse coletivo. É uma atividade

que envolve a gestão, stricto sensu, a identificação de riscos imanentes a qualquer atividade, a sua análise metódica, e, por fim, a propositura de

medidas que possam prevenir eventuais comportamentos desviantes.

O elemento essencial é, pois, a ideia de risco, que podemos definir como a possibilidade eventual de determinado evento poder ocorrer, gerando um

resultado irregular. A probabilidade de acontecer uma situação adversa, um problema ou um dano, e o nível da importância que esses acontecimentos

têm nos resultados de determinada atividade, determina o grau de risco.

Elemento essencial para a determinação daquela probabilidade é a caraterização dos serviços, que deve integrar os critérios de avaliação da ocorrência

de determinado risco. A gestão do risco é uma responsabilidade de todos os trabalhadores das instituições, quer dos membros dos órgãos, quer do

pessoal com funções dirigentes, quer do mais simples colaborador. É também certo que os riscos podem ser graduados em função da probabilidade

da sua ocorrência e da gravidade das suas consequências, devendo estabelecer-se, para cada tipo de risco, a respetiva quantificação.

São vários os fatores que levam a que uma atividade tenha um maior ou um menor risco. No entanto, os mais importantes são inegavelmente:

A definição clara dos processos e competências atribuídas às Unidades Organizacionais e a adequação do organograma da empresa à gestão

responsabilizante desses mesmos processos;

A competência da gestão, uma vez que uma menor competência da atividade gestionária envolve, necessariamente, um maior risco;

A idoneidade dos gestores e decisores, com um comprometimento ético e um comportamento rigoroso, que levará a um menor risco;

A qualidade dos sistemas de gestão, especialmente o de controlo interno e a sua eficácia. Quanto menor a eficácia, maior o risco.

O controlo interno é uma componente essencial da gestão do risco, funcionando como salvaguarda da retidão da tomada de decisões, uma vez que

previne e deteta situações anormais. Os serviços públicos são estruturas em que também se verificam riscos de gestão, de todo o tipo, e

particularmente riscos de corrupção e infrações conexas. Como sabemos, a corrupção constitui-se como um obstáculo fundamental ao normal

funcionamento das instituições.

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A acepção mais corrente da palavra corrupção reporta-se à apropriação ilegítima da coisa pública, entendendo-se como o uso ilegal dos poderes da

Administração Pública ou de organismos equiparados, com o objetivo de serem obtidas vantagens. A corrupção pode apresentar-se nas mais diversas

formas, desde a pequena corrupção até à grande corrupção nos mais altos níveis do Estado e das Organizações Internacionais. Os seus efeitos

repercutem-se nomeadamente ao nível do desenvolvimento económico e social.

No que respeita às Entidades Públicas Empresariais exige-se que procurem a realização dos interesses públicos, tomando as decisões mais adequadas

e eficientes para a realização harmónica dos interesses envolvidos, de uma forma clara e transparente, para que tais decisões possam ser sindicáveis.

A implementação dos Planos de Gestão do Risco, que incluam a Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas, visa operacionalizar os objetivos

anteriormente descritos devendo conter, nomeadamente, os seguintes elementos:

Identificação, a nível geral e relativamente a cada área ou departamento, dos riscos de corrupção e infrações conexas;

Identificação das medidas adotadas que previnam a sua ocorrência (e.g. mecanismos de controlo interno, segregação de funções, definição

prévia de critérios gerais e abstratos, designadamente na concessão de benefícios públicos e no recurso a especialistas externos, nomeação

de júris diferenciados para cada concurso, programação de ações de formação adequada, etc.), com base na identificação dos riscos;

Definição e identificação dos vários responsáveis envolvidos na gestão do plano, sob a direção do órgão dirigente máximo;

Elaboração anual de um relatório sobre a execução do plano.

Embora se procure construir um documento abrangente do ponto de vista da tipologia de riscos abordados, estes mesmos riscos podem ser mais

detalhados e desenvolvidos ao nível dos respetivos sistemas de gestão da empresa. São exemplo dessa realidade os riscos do sistema de segurança,

nas vertentes safety e security, os quais são objeto de tratamento específico ao nível do Sistema de Gestão de Segurança (SGS) da CP, conforme

expresso no Manual do SGS.

II.2 POLÍTICA DE GESTÃO DO RISCO EMPRESARIAL DA CP

A gestão do risco empresarial abrange um conjunto de práticas para identificar, medir, tratar e reportar os principais riscos a que cada unidade

organizacional está exposta, de acordo com as boas práticas internacionais de governação e em conformidade com os requisitos legais e

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regulamentares. Esta prática integra a postura de gestão que a CP espera de todos, no sentido de corresponder às necessidades e expetativas dos

diversos interessados na Empresa, de forma a permitir o seu crescimento e a proteção dos seus colaboradores, bens, resultados e reputação.

Princípios orientadores da Política de Gestão do Risco Empresarial da CP:

A Gestão do Risco Empresarial é um processo abrangente e sistematizado, no qual os riscos são continuamente identificados, analisados e

conscientemente aceites, aumentados ou mitigados dentro das tolerâncias ao risco aprovadas. Deve tomar em consideração os riscos

estratégicos, operacionais, de segurança, financeiros, de conformidade, bem como todos os outros riscos que, em face da situação concreta

da CP, se possam materializar. O esforço na sua prevenção deve ser proporcional à dimensão, natureza e complexidade da atividade tomando,

nomeadamente, em consideração a natureza e magnitude dos riscos assumidos;

O esforço de gestão do risco deve fazer parte das atividades correntes diárias da CP e ser partilhado pelos colaboradores, os quais devem

conhecer os riscos na sua área de atuação e geri-los de acordo com as políticas, regulamentos e tolerâncias ao risco aprovadas;

A Gestão do Risco está intimamente ligada à estratégia, missão e visão da CP, incidindo particularmente sobre os riscos que a possam pôr em

causa. Os riscos significativos devem ser geridos numa perspetiva de portfólio integrado, transversalmente a todos os seus negócios, de forma

a maximizar os benefícios desse conhecimento e permitir que a exposição a riscos locais esteja suportada pelos objetivos globais da Empresa;

A Gestão do Risco suporta os sistemas de gestão da empresa, nomeadamente o referencial da ISO 9001:2015, devendo estar integrada nos

processos de negócio da CP, abrangendo atividades, sistemas e equipamentos de suporte, estando presente na tomada de decisão e

investimentos;

A Gestão do Risco deve ser planeada, revista e documentada. A comunicação interna e externa dos riscos constitui, por si só, um fator de

sucesso da gestão do risco global da CP. As políticas e procedimentos locais de Gestão do Risco deverão ser consistentes com a presente

política, devendo facilitar a agregação, consolidação e revisão a nível corporativo de todos os riscos significativos.

II.3 AS FUNÇÕES DE AUDITORIA E GESTÃO DO RISCO

As funções de Gestão de Risco e de Auditoria Interna são complementares na forma como abordam o tema do risco e a forma como concorrem para

os objetivos das organizações.

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As funções de Auditoria Interna e Gestão de Risco desenvolvem a sua atividade com o foco no risco, embora sob âmbitos de atuação distintos. A

abordagem integrada a estas funções apresenta diversas vantagens para a organização.

Gestão de

Risco

Processos

Auditoria

Interna

Âmbito de Atuação

É um processo realizado pelo Conselho de Administração e gestores de uma

organização, na definição da estratégia, concebido para identificar potenciais

acontecimentos que possam afetá-la, com o objetivo gerir esses riscos de modo a

mantê-los dentro da apetência ao risco definida e contribuir para o alcance dos

objetivos da organização

As atividades de Auditoria Interna prestam um serviço de apoio à gestão da empresa, na medida em que, ao analisar as várias atividades, detetam não conformidades e

elaboram recomendações, com vista controlar e promover a obtenção dos

objetivos definidos pela empresa

Atingir objetivos financeiros e operacionais

Conformidade com Questões Regulatórias

e Legais

Objetivos da empresa

Controlar melhores práticas e abordagens

testadas

Conformidade legal e regulatória.

Proteção e segurança da informação;

Flexibilização na gestão de recursos e da procura;

Aumento da qualidade de serviço e satisfação do

cliente.

Viabilidade e integração de sistemas e recursos;

Confidencialidade e preservação de informação

chave;

Adesão a requisitos de confidencialidade do cliente;

Desenvolvimento de técnicas testadas para

minimizar riscos e assegurar resultados.

Viabilidade dos recursos usados;

Gestão de parcerias;

Planeamento detalhado com objetivos e outputs.

Eficácia e eficiência das operações

Consistência e fiabilidade da informação

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Enquanto que a função de Auditoria Interna presta um serviço de apoio, colaboração e acompanhamento do processo de Gestão de Risco, a função

de Gestão de Risco identifica necessidades de controlo dos riscos, despoletando o processo de Auditoria Interna.

II.4 ESTRUTURA DO PLANO

Este Plano encontra-se aqui desenvolvido, tendo como componentes principais:

Compromisso ético;

Organograma e identificação dos Responsáveis;

A Área de Gestão de Risco,

através da identificação de

riscos pode contribuir para

o despoletar de projetos de

auditoria, na medida em

que, ao identificar riscos,

pode identificar potenciais

necessidades de auditorias.

A área de Auditoria Interna

suporta a Gestão de Risco

através da adequação e

eficácia do processo de

gestão de risco, na

melhoria dos processos de

identificação e gestão do

risco, na avaliação da

cobertura dos riscos.

Atuar como centro de

conhecimento e experiência

em gestão de risco

Garante a ligação da

monitorização do risco ao

processo de auditoria

interna

Auditoria baseada no

risco – prevenção em vez

de cura;

Evitar duplicação

desnecessária;

Facilita o recrutamento e

retenção de pessoal

qualificado

Não compromete a

objetividade;

Vantagens

Gestão de

Risco

Auditoria

Interna

Ligação entre Gestão de Risco e Auditoria Interna

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Identificação da missão das Unidades Organizacionais, dos processos e indicadores de processo no âmbito do sistema de gestão da qualidade,

dos procedimentos afetos aos respetivos donos de processo, e de projetos ou alterações significativas de estrutura, processos ou tecnologias.

Pretende-se a avaliação dos riscos que afetam os indicadores, as atividades de cada procedimento, projeto ou alteração significativa, que

possam por em causa os objetivos de negócio e respetivas metas. Esta avaliação inclui a qualificação da probabilidade e impacto desses riscos

(necessárias para a determinação do nível de risco), a definição das medidas preventivas, dos controlos relevantes e dos responsáveis pelos

riscos;

Controlo e monitorização do Plano, sumarizando os riscos mais significativos e as medidas corretivas a tomar para a sua mitigação.

II.5 TIPIFICAÇÃO DO RISCO

Existem dois capítulos de identificação do risco, um dedicado especificamente aos riscos de corrupção e infrações conexas e outro mais dedicado aos

riscos gerais da organização. O capítulo dos riscos gerais da organização está subdividido em Unidades Organizacionais, cada uma com as respetivas

tabelas de identificação do risco. O risco encontra-se tipificado em termos de probabilidade e impacto, sendo o respetivo nível de risco obtido pelo

seu cruzamento na matriz.

P - Probabilidade (1-Improvável; 2-Possível; 3-Provável)

I - Impacto (Baixo; Médio; Alto)

NR- Nível do Risco: Alto- - Risco não aceitável, requerendo o desenvolvimento de novos mecanismos de controlo ou aperfeiçoamento dos existentes;

Médio- - Risco aceitável após monitorização da aplicação e do desempenho dos mecanismos de controlo existentes. Se o nível de risco não for reduzido na

próxima avaliação é necessário aperfeiçoar os controlos existentes;

Baixo- - Aceitação do risco com manutenção dos controlos existentes.

Alto

Médio

Baixo

1 2 3

Probabilidade

Impacto

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II.6 RESPONSÁVEIS PELA MITIGAÇÃO DO RISCO

A política de gestão do risco empresarial da CP refere que o esforço de gestão do risco deve fazer parte das atividades correntes diárias da CP e ser

partilhado pelos colaboradores, os quais devem conhecer os riscos na sua área de atuação e geri-los de acordo com as políticas, regulamentos e

tolerâncias ao risco aprovadas.

O PGRCIC requer que seja explicitamente atribuída a responsabilidade pela gestão dos riscos aqui identificados. Essa designação pode ser nominal,

referindo explicitamente um elemento da CP ou um conjunto de elementos nomeados em grupo de trabalho, sendo, no entanto, usual a designação

de uma sigla de Unidade Organizacional. Ao designar uma Unidade Organizacional na coluna Responsáveis de cada tabela, sem outra menção,

assume-se que o “gestor de risco” é o responsável máximo dessa mesma Unidade Organizacional.

Numa lógica mais abrangente, considera-se que os responsáveis designados na coluna Responsáveis de cada tabela devem ser os gestores dos

processos/subprocessos de negócio onde os riscos foram identificados. Cabe aos gestores de cada processo ou subprocesso analisar as causas dos

respetivos riscos e elaborar planos de ação com o nível de formalismo adequado ao nível do risco, abrangendo as medidas que tencionam implementar

para a sua mitigação.

No sentido de apoiar a realização das ações de gestão do risco, cada órgão indica um ou mais representantes que colaboram na realização do

documento e noutras ações neste âmbito. Esta prática está instituída nomeadamente pelo Sistema de Gestão da Qualidade, enquadrando o requisito

de Gestão do Risco, pelo Sistema de Gestão do Ambiente, pelo Sistema de Gestão de Segurança, pela equipa de proteção de dados pessoais,

identificando elementos que prestam apoio aos responsáveis de cada órgão na compilação, atualização e divulgação de informação junto dos seus

colegas.

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III – COMPROMISSO ÉTICO

Para além das normas legais aplicáveis, as relações que se estabelecem entre as Unidades Organizacionais da Empresa e entre estas e os seus

colaboradores, bem como no contato com clientes e fornecedores assentam, nomeadamente, num conjunto de princípios e valores, que estão vertidos

no Código de Ética, aprovado na sessão de 6 de dezembro de 2018 do Conselho de Administração, dos quais destacamos o seguinte valor fundamental

no seu ponto II:

A verdade, a honestidade, a transparência e a equidade.

No seu ponto IV, relativo ao Princípio da legalidade, refere:

A Empresa e todos os seus colaboradores atuam em conformidade com a lei e os regulamentos internos em vigor.

No seu ponto V, relativo aos colaboradores e a empresa, refere entre outros aspetos:

Exercer a sua atividade com assertividade, transparência, diligência e objetividade;

Manter-se informados em tudo o que respeite ao exercício da sua atividade, guardando sigilo sobre assuntos reservados de que tomem

conhecimento no exercício das suas funções;

Dirigir-se à Empresa para solicitar esclarecimentos e reportar ocorrências que entendam estar em contradição com este Código de Ética;

Agir, nas relações interpessoais e com a Empresa, de modo a não pôr em risco a reputação e imagem da mesma, quer no exercício das suas

funções profissionais, quer fora delas;

Abster-se, nas relações interpessoais e com a Empresa, de obter vantagens individuais ilegítimas e não utilizar recursos da Empresa para fins

particulares, salvo se devidamente autorizados;

Abster-se, nas relações com os clientes, fornecedores de bens e prestadores de serviços, de usar informação interna em proveito próprio ou

de terceiros;

Agir, mas relações com os clientes, fornecedores de bens e prestadores de serviços, com integridade, não receber ou oferecer de/a terceiros

qualquer espécie de ofertas ou favores que possam ser considerados como meio de influenciar o seu comportamento, da Empresa ou de

outrem, devendo, em caso de dúvida, comunicar tal facto por escrito à hierarquia;

Cumprir com todos os normativos em matéria de proteção de dados pessoais, nomeadamente o disposto na Política de Proteção da Privacidade

de Dados Pessoais e no Regulamento Interno – Regras de Utilização de Documento, Equipamentos e Sistemas.

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No seu ponto VII, relativo ao relacionamento com as tutelas e com as entidades fiscalizadoras, refere:

Atua de acordo com o interesse público e as orientações das tutelas no cumprimento dos seus mandatos;

Garante o fornecimento às tutelas e entidades fiscalizadoras de informação completa e oportuna;

Presta toda a colaboração, satisfazendo as solicitações no quadro da lei e não adotando comportamentos que possam comprometer o exercício

de competências de supervisão e fiscalização.

No seu ponto VII, relativo ao relacionamento com os seus trabalhadores, refere:

Respeita os direitos consagrados, no quadro das normas constitucionais, legais e convencionais em vigor;

Disponibiliza a informação necessária ao exercício da atividade dos seus trabalhadores;

Previne e combate todas e quaisquer práticas de assédio no trabalho, nomeadamente instaurando procedimento disciplinar sempre que tiver

conhecimento de alegadas situações de assédio no trabalho nos termos da legislação laboral em vigor;

Garante a igualmente de tratamento, de oportunidades e a não discriminação;

Adota uma política de pessoal adequada à criação dum ambiente interno coerente com o presente Código de Ética;

Promove uma política de recrutamento com critérios transparentes, objetivos e fundamentados;

Providencia condições de trabalho, de segurança, higiene e saúde, adequadas à prevenção dos riscos de acidentes de trabalho e doenças

profissionais;

Promove o aperfeiçoamento e a formação profissional;

Adota medidas que permitam a conciliação da vida profissional com a vida familiar e pessoal;

Garante sigilo a quem reporte comportamentos violadores deste código, bem como tratamento justo a quem for alvo desse reporte.

No seu ponto VII, relativo ao relacionamento com os fornecedores de bens/prestadores de serviços, refere:

Seleciona os mesmos de forma objetiva, imparcial e independente;

Promove a divulgação dos procedimentos em matéria de aquisição de bens e serviços;

Divulga os valores éticos da empresa junto dos mesmos, apelando ao seu cumprimento, nomeadamente em matéria de confidencialidade e

de conflito de interesses.

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No seu capítulo X o Código de Ética da CP aborda especificamente os aspetos de conflitos de interesse dando relevo aos seguintes tópicos:

Os trabalhadores da Empresa que forem chamados a intervir em decisões que envolvam direta ou indiretamente pessoas ou entidades com

as quais mantiveram ou mantêm ligações familiares, pessoais ou profissionais devem, de imediato, comunicar tal facto à sua hierarquia;

Os trabalhadores da Empresa comprometem-se a não exercer qualquer atividade profissional externa que interfira com as suas atribuições ou

atividades na Empresa ou das empresas do Grupo CP, exceto se em normativos específicos não existirem incompatibilidades ao respetivo

exercício ou se forem devidamente autorizados;

A Empresa e os seus trabalhadores comprometem-se a prevenir situações que deem lugar a relações de hierarquia direta entre trabalhadores

com vínculos familiares ou legalmente equiparados.

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IV – ORGANOGRAMA GERAL

Fonte: Manual de Organização Dezembro 2018, conforme Deliberação n.º 3/2017, de 24 de julho

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Visão CP

Ser a melhor Empresa de serviço de transportes, orientada para o cliente e amiga das pessoas e do ambiente, capaz de satisfazer as expectivas de

qualidade e de segurança dos seus Clientes, pautando a sua atuação por critérios e objetivos de eficácia e de competividade.

Missão CP

Prestar serviços de transporte ferroviário de passageiros, com uma dinâmica de inovação, salvaguarda do ambiente e melhoria de segurança,

aumentando o valor do serviço prestado ao cliente e reforçando as quotas de mercado nos segmentos-alvo, através de:

Oferta de comboios competitivos em termos de rapidez, frequência, pontualidade, conforto e higiene;

Promoção da intermodalidade para uma oferta de serviços integrados e ajustados às necessidades dos clientes;

Pessoal qualificado e motivado, funcionalmente enriquecido e com capacidade de iniciativa;

Uma organização flexível e capaz de responder aos desafios do mercado;

Estabelecimento de sistemas de preços compatíveis com os vários mercados e que tenham em conta a relação preço/qualidade;

Contratualização justa quer dos serviços prestados, nomeadamente do serviço público, quer dos serviços necessários à exploração;

Uma comunicação dinâmica e de qualidade;

Desenvolvimento de parcerias (estratégicas) que reforcem a cadeia de valor dos serviços prestados; e

Valorização das relações com as comunidades locais.

Valores Profundos

Segurança

Qualidade

Ambiente

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Valores Posicionais

Profissionalismo: espírito de Equipa, rigor;

Ética: verdade, honestidade, transparência;

Iniciativa: inovação, dinamismo.

Valores Relacionais

Compromisso: confiança, diálogo;

Humanismo: civismo, educação, cortesia.

Objetivos Estratégicos (2019 – 2021)

1. Acréscimo do número de passageiros transportados.

2. Melhoria da qualidade do serviço prestado.

3. Reforço da coesão territorial.

4. Promoção da sustentabilidade económico-financeira.

Fonte: Manual de Organização Dezembro 2018 e Plano de Atividades e Orçamento 2019-2021.

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Missão das Unidades Organizacionais

Órgão Missão

CET (não

orgânico)

Zelar pela adequada inventariação dos valores a respeitar pelos Colaboradores da Empresa e contribuir para a prevenção de condutas e comportamentos contrários a

esses valores.

SG Assegurar e coordenar o apoio técnico, administrativo e logístico ao Conselho de Administração e garantir a atempada e eficaz divulgação das suas deliberações e

despachos. Prestar apoio administrativo e/ou logístico ao Conselho Fiscal, Conselho Consultivo, Autoridade de Segurança da Exploração e Comissão de Ética.

Gerir e preservar o arquivo principal corrente alocado à Secretaria-Geral, bem como o acervo histórico e fotográfico da CP, coordenando e apoiando a organização do

arquivos e serviços da empresa. Colaborar na divulgação e promoção da história e cultura ferroviárias.

GAI Acrescentar valor e contribuir para melhorar as operações da CP e das suas Participadas – Grupo CP – através de uma atividade independente de garantia e de consultoria,

ajudando a CP e as suas Participadas a alcançar os seus objetivos, utilizando abordagens sistemáticas e disciplinadas (standard) na avaliação e melhoria dos processos

de gestão de risco (financeiro, operacional, de qualidade e ambiente, de responsabilidade social, de conformidade, de controlo e de governação).

GCI Promover a imagem da Empresa, com base nas orientações estratégicas definidas, através da definição e implementação de meios e ações de Comunicação Interna,

Institucional e de Relações com os Media: - Ao nível externo, assegurando as relações com os média e comunicação com vários stakeholders, nomeadamente da

envolvente institucional, potenciando a visibilidade e notoriedade da Empresa; - Ao nível interno, assegurando o alinhamento da informação aos Colaboradores com a

atividade e a estratégia da Empresas e/ou do Grupo.

GPS

Garantir a adequada segurança e proteção (security) de pessoas e bens nas instalações fixas e a bordo dos comboios da Empresa. Assegurar a adequada articulação

com entidades externas, nacionais e internacionais, no domínio da segurança (com as Forças e Serviços de Segurança) e proteção civil (com a Autoridade Nacional de

Proteção Civil e Serviços Municipais de Proteção Civil).

GRI Promover a projeção internacional da CP, divulgar a informação internacional junto da Empresa e em especial do Conselho de Administração, bem como garantir a

participação e representação da Empresa em processos e instituições internacionais.

DJR Prestar assessoria jurídica aos órgãos e serviços da Empresa, nomeadamente nos domínios de contratação pública, direito civil, comercial, societário e administrativo.

Participar na elaboração de legislação em geral e do setor ferroviário em particular, bem como da regulamentação relativa ao setor e assessoria inerente. Assegurar a

gestão e coordenação dos processos contenciosos judiciais, administrativos, tributários, contraordenacionais e laborais, com exclusão dos processos de atualização de

pensões de acidente de trabalho em que a CP atua como seguradora.

DLA Assegurar e gerir as aquisições de serviços, fornecimentos de materiais, bens e empreitadas, visando o cumprimento das obrigações da Empresa e satisfação dos clientes

internos. Gerir os armazéns, com o devido suporte logístico e distribuição de materiais aos clientes internos, promovendo a venda de bens não core da Empresa e o

encaminhamento dos resíduos para o seu destino final. Assegurar a gestão dos contratos transversais e a conservação do património imobiliário, garantindo o apoio

técnico aos projetos estratégicos de propriedade privada e de concessão que estejam sob gestão da CP.

DRH Apoiar o Conselho de Administração na definição da política de recursos humanos e assegurar a sua implementação. Garantir a existência de práticas de recursos

humanos, visando o desenvolvimento das pessoas e dos processos, de forma a dar resposta às necessidades operacionais do negócio, bem como assegurar o cumprimento

das obrigações da Empresa para com os Colaboradores e Entidades Externas.

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DPC Assessorar o Conselho de Administração na definição da estratégia da Empresa, numa perspetiva económica, social e ambientalmente sustentável. Elaborar e acompanhar

estudos de natureza socioeconómica e financeira e candidaturas a financiamentos a fundo perdido. Garantir o processo de planeamento da CP em termos individuais e

consolidados, promover os processos de controlo de gestão e de controlo orçamental da CP, acompanhar o desempenho das Empresas Participadas e de subconcessões,

bem como assegurar o reporting atempado e a qualidade da informação de gestão recolhida.

DFI Definição da política financeira do Grupo CP dotando-o dos meios financeiros necessários à sua atividade. Garantir todas as operações contabilísticas da CP e das

empresas do Grupo que lhe confiarem essa missão, assegurando o cumprimento das obrigações fiscais, do processo de auditoria e de certificação legal das contas,

exigidos nos termos da lei. Garantir a gestão da carteira de seguros da CP e das empresas do Grupo que lhe confiarem essa missão.

DTI Gerir os recursos humanos e técnicos afetos à Direção, aumentando a sua eficiência, de acordo com boas práticas de governo das Tecnologias da Informação e da

Comunicação (TIC), por forma a alinhar as tecnologias com as estratégias e as necessidades do negócio, para aumentar a competitividade da Empresa no mercado dos

transportes, suportar as operações e promover novas soluções inovadoras e geradoras de valor, com níveis de qualidade e disponibilidade elevados.

DMP Garantir um adequado conhecimento dos Clientes e do Mercado em que atua a Empresa, nomeadamente quanto ao comportamento da procura em função do Preço, dos

Produtos e Serviços oferecidos e dos Canais de Distribuição e Venda disponibilizados. Otimizar o contacto com o Cliente, através de uma política transversal de Serviço

ao Cliente, nomeadamente através dos instrumentos de Promoção, dos Canais de Contacto e do sistema de Gestão de Reclamações. Promover os valores da Marca CP.

DSC Gerir o Sistema de Gestão da Segurança (SGS), no cumprimento das suas exigências e especificidades, onde se inclui entre outros, o risco, a regulamentação técnica,

a taquimetria, inquéritos / averiguações, assim como a representação da CP junto do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), da entidade responsável pela

investigação de acidentes e incidentes ferroviários, organismos internacionais e a colaboração com outros operadores ferroviários e com o Gestor da Infraestrutura (IP),

no âmbito das atribuições da Direção. Assegurar a representação da CP junto das entidades reguladoras e do Gestor da Infraestrutura relativamente ao modelo, termos

e condições da utilização da infraestrutura ferroviária, controlo da tarifação dos serviços prestados e gestão da energia para a tração, estando presente alcançar o

contrato de utilização da infraestrutura.

DMT Promover a disponibilidade, em condições de segurança, fiabilidade e conforto, de um parque de material circulante ajustado às necessidades operacionais. Preparar,

coordenar, apoiar e acompanhar a aquisição, modernização ou readaptação do material circulante, assegurando a gestão do parque de acordo com as políticas,

orientações e objetivos definidos pela Empresa. Assegurar e promover o adequado e eficaz relacionamento com os Prestadores de Serviços de Manutenção (PSM),

nomeadamente a EMEF, S.A., enquanto prestador preferencial dos serviços de manutenção e reparação do material circulante e peças de reserva. Gerir patrimonialmente

o material circulante da CP, ativo e não operacional, mantendo permanentemente atualizado o inventário e cadastro, estando ainda atenta a novas e conexas

oportunidades de negócio.

DEX Conceber, produzir e comercializar, de forma sustentável, serviços de transporte ferroviário de passageiros Urbanos, Regionais e de Longo Curso definindo objetivos de

qualidade, segurança, fiabilidade e pontualidade por eixo, assumindo a responsabilidade pelos resultados alcançados numa lógica empresarial e de obrigações de serviço

público, em alinhamento com os objetivos estratégicos da Empresa. Fortalecer a quota de mercado através de uma melhor perceção das necessidades dos Clientes, de

forma a permitir alcançar o crescimento das receitas e margens de forma sustentável. Assegurar um modelo de oferta competitivo, potenciando uma lógica de serviços

em rede e as sinergias daí decorrentes, promovendo o incremento da mobilidade através do modo ferroviário e contribuindo para uma maior coesão territorial e para a

política energética nacional.

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V – IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS

As áreas de responsabilidade dos membros do CA e dos responsáveis organizacionais encontram-se definidas nas e deliberações do CA da CP: 6/2018,

de 6 de dezembro; 5/2018, de 31 outubro; 4/2018, de 19 de julho; 3/2018, de 12 de abril; 2/2018, de 12 de abril; 1/2018, de 15 de março; 9/2017,

de 23 de novembro; 8/2017, de 23 de outubro; 7/2017, de 21 de agosto; 6/2017, de 21 de agosto; 5/2017, de 21 de agosto; 3/2017, de 24 de

julho.

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VI – RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS

Neste capítulo são detalhados virtuais riscos elencados no nº 1 a) do artigo 2 da Lei 54/2008, que incidem sobre aspetos comuns, transversais a toda

a empresa, que se autonomizam relativamente aos restantes, podendo ser eventualmente ser mais detalhados nos capítulos seguintes relativos às

várias Unidades Organizacionais da empresa. São tomados em conta os aspetos referentes à Recomendação do CPC de 7 de Janeiro de 2015 sobre

Prevenção de Riscos na Contratação Pública. Estes riscos de caráter geral, enquadram entre outros aspetos, as questões relacionadas com a ética,

incluindo aspetos como por exemplo a prevenção de conflitos de interesse.

Tipologia Risco Atividade Riscos Identificados Causas P. I. NR Medidas Preventivas em Curso (C) e/ou a

Implementar (I)

Mecanismos de

Controlo/Documentos

de Referência (C/I)

Responsáveis

Corrupção

ativa ou

passiva.

Atribuição de

descontos,

donativos,

patrocínios,

subsídios.

1- Corrupção ativa/suborno,

exercida sobre o exterior.

- Limitações de controlo sobre

as condições de atribuição

destes benefícios.

- Desconhecimento do

negócio.

- Limitações de sensibilidade

para conflitos de interesse.

1 B - Aumentar o conhecimento e transparência no

relacionamento com empresas e indivíduos

externos à organização.

- Promover o reporte de riscos e conflitos de

interesse.

- Acompanhamento e divulgação dos resultados

de ações de auditoria interna/externa por parte

das Unidades Organizacionais de supervisão da

empresa com vista à implementação atempada de

medidas.

- Promover a consolidação de registos sobre

valores de vendas realizadas por terceiros (ex.

agências de viagens).

- Aprovação ou atuação dentro dos limites de

responsabilidade estabelecidos pelo CA.

- Código de Ética.

- Declarações de conflitos

de interesse, PGRCIC.

- Relatórios de Auditoria

Interna/Externa.

- Sistemas de

Informação (ex.

existências em SAP, SI

de bilhética).

- Atribuição de

responsabilidades.

CA, UO

Atribuição de

compensações.

2- Corrupção ativa/suborno,

exercida sobre os

colaboradores.

- Limitações de controlo dos

mecanismos de atribuição de

compensações.

2 B - Cumprimento estrito do Acordo de Empresa e da

legislação aplicável relativamente às

compensações previstas, prevenindo a atribuição

de compensações não justificadas.

- Auditorias.

- Código e Ética, Acordo

de Empresa e Legislação

aplicável.

- Relatório de auditoria.

CA, UO

Elaboração de

contratos de

aquisição de

3- Corrupção passiva

potenciada por recebimentos

ilícitos de entidades externas

- Limitações de controlo dos

mecanismos de contratação e

1 B - Declaração de recebimentos/presentes (valores,

serviços, entretenimento, outros).

- Código de Ética,

Legislação aplicável.l

- Deliberação do CA.

CA/UO

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Tipologia Risco Atividade Riscos Identificados Causas P. I. NR Medidas Preventivas em Curso (C) e/ou a

Implementar (I)

Mecanismos de

Controlo/Documentos

de Referência (C/I)

Responsáveis

bens ou serviços

em concursos ou

adjudicações

diretas.

ou particulares (ex. valores

monetários, presentes,

viagens).

acompanhamento da prestação

de bens e serviços.

- Limitações de sensibilidade

para o estabelecido na

Legislação e Código de Ética.

- Elaboração do caderno de encargos e avaliação

de propostas nos termos do Código dos Contratos

Públicos, com especificações e avaliação

completas, rigorosas e objetivas.

- Lançamento em plataforma de contratação

pública.

- Nomeação de Júri multidisciplinar.

- Resposta atempada a pedidos de esclarecimento

dos concorrentes.

- Fundamentação rigorosa dos pareceres e

respostas a reclamações.

- Suporte e defesa jurídica dos responsáveis e

participantes na elaboração e adjudicação de

contrato.

- Decisão de adjudicação exclusiva do CA.

- Consulta a mais do que três entidades, exceto

nos casos previstos pela lei de fornecedor único.

- Controlo do limite trienal de contratação, com

lançamento de nova consulta.

- CCP (DL 18/2008,

29/01).

- Plataforma de

contratação pública.

- Ata de nomeação.

- Contrato.

- CCP (art. 112º e 114º).

- CCP (art. 113º).

Gestão de

contratos.

4- Corrupção passiva

permitindo ganhos económicos

indevidos por entidades

externas por via da não

aplicação de penalidades

contratuais.

- Limitações de controlo dos

mecanismos de

acompanhamento de

contratos.

2 B - Aplicação de penalidades nos termos

contratuais. Justificação com aprovação pelo CA

de exceções.

- Declaração de conflitos de interesse que

facilitem a ação de elementos infratores.

- Código de Ética,

Legislação aplicável.

- Contrato.

- Atas de decisões.

CA/UO

Fiscalização de

títulos de

transporte.

5- Corrupção passiva

permitindo ganhos económicos

indevidos por particulares por

uso indevido de serviços da

empresa.

- Limitações de controlo sobre

os bens transacionados.

2 M - Controlo de acessos e da eficácia da fiscalização

de títulos de transporte.

- Uso sistemático de equipamentos informáticos

de venda embarcada.

- Realização de acompanhamentos ao ORV

- Aquisição/atualização dos sistemas de venda.

- Escalas de revisão.

- Autos de notícia.

DEX

Aplicação de

condições

comerciais.

6- Corrupção passiva

permitindo ganhos económicos

indevidos por entidades

externas ou particulares devido

a subfaturação na venda de

bens e serviços.

- Limitações de controlo sobre

os bens transacionados.

1 B - Cumprimento das condições comerciais e

contratos.

- Auditoria à faturação de bens e serviços.

- Divulgação pública nos meios de comunicação e

na Internet do bem a alienar.

- Condições

comerciais/contrato

- SI de bilhética/SAP

- Critérios de valorização

de ativos.

- CCP

- Relatórios de avaliação

de propostas dos

compradores.

UO

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Tipologia Risco Atividade Riscos Identificados Causas P. I. NR Medidas Preventivas em Curso (C) e/ou a

Implementar (I)

Mecanismos de

Controlo/Documentos

de Referência (C/I)

Responsáveis

Aquisições de

bens e serviços.

7- Corrupção passiva

permitindo ganhos económicos

indevidos por entidades

externas ou particulares devido

a sobrefaturação na aquisição

de bens e serviços (ex.

materiais, equipamentos,

serviços de

manutenção/atendimento).

- Limitações de controlo sobre

os bens transacionados.

1 B - Cumprimento das condições comerciais e

contratos.

- Auditoria à faturação de bens e serviços.

- Recepção de bens e serviços com validação pelo

órgão responsável.

- Verificação do cumprimento de níveis de serviço

por parte de prestadores externos.

- Divulgação pública nos meios de comunicação e

na Internet do bem a alienar.

- Condições

comerciais/contrato.

- SI de bilhética/SAP.

- Critérios de valorização

de ativos.

- Autos de receção.

- CCP.

- Relatórios de avaliação

das propostas dos

concorrentes.

UO

Criminalidade

económica e

financeira

Declarações

financeiras.

8- Manipulação intencional de

declarações financeiras

relativas a receitas/despesas

(ex. ocultação de despesas não

autorizadas).

- Falta de controlo sobre a

reconciliação do serviço e

respetiva documentação de

despesa.

1 B - Cumprimento do normativo do Fundo Fixo de

Caixa (FCC).

- Dupla aprovação pelo diretor de cada serviço e

diretor de compras e acompanhamento pelo

responsável da área do controlo de gestão.

- Segregação de funções, com controlo de

receitas descentralizado nas Unidades

Organizacionais operacionais e reconciliação

bancária central.

- Controlo da conformidade legal dos documentos

de despesa.

- Controlos internos do SAP (ex. módulos

orçamentais, financeiro e de compras).

- Orçamento anual conforme com o cumprimento

da Lei dos Compromissos e Pagamentos em

Atraso.

- Consolidação de receitas com as vendas

realizadas.

- Reconciliação bancária central.

- Auditorias internas (ex. auditoria ao controlo de

receitas) /externas às contas e processos da

empresa.

- Certificação de contas pelo R.O.C. com parecer

do Conselho Fiscal.

- Normativo do Fundo

Fixo de Caixa (FFC).

- Documentos de

despesa.

- Registos em SAP.

- Relatório de execução

orçamental.

- Relatório do Conselho

Fiscal. Certificação legal

de contas.

- Relatórios de auditoria.

UO, DCP, R.O.C.

Declarações

financeiras.

9- Manipulação intencional de

declarações financeiras

relativas a ocultação de

aquisição, alienação ou

utilização indevida de ativos.

- Falta de controlo sobre os

ativos/património.

1 B - Aprovação da aquisição, alienação e utilização

de ativos pelas hierarquias e CA.

- Certificação de contas pelo R.O.C. com parecer

do Conselho Fiscal.

- Auditorias internas/externas.

- Relatórios financeiros.

- Pareceres técnicos e

atas de decisão.

- Certificação de contas.

CA/UO/R.O.C/Audi

tor

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Tipologia Risco Atividade Riscos Identificados Causas P. I. NR Medidas Preventivas em Curso (C) e/ou a

Implementar (I)

Mecanismos de

Controlo/Documentos

de Referência (C/I)

Responsáveis

Declarações

Financeiras.

10- Manipulação intencional de

declarações financeiras

relativas ao balanço.

- Ocultação/não evidência de

toda a informação.

1 B - Certificação de contas pelo R.O.C. com parecer

do Conselho Fiscal

- Registos de decisão. R.O.C./Auditor

Tráfico de

influência

Gestão de

recursos

humanos.

11- Obtenção de vantagem

patrimonial ou não patrimonial

para si ou para terceiros por

abuso de influência.

- Falta de controlo sobre a

racionalidade e justificabilidade

da compensação/decisão.

1 B - Cumprimentos do CCP.

- Auditorias internas/externas.

- Relatório auditoria.

- Atribuição de

responsabilidades.

CA/UO

Apropriação

ilegítima de

bens

públicos/ativos

Gestão de

recursos/existên

cias.

12- Apropriação ou utilização

indevida de ativos

nomeadamente bens afetos ao

serviço, materiais, peças,

consumíveis, materiais

promocionais.

- Falta de controlo das

existências.

2 M - Controlo sistemático de consumos e da

utilização dos bens e comparação com respetivos

plafonds. Pagamento de montante em excesso

pelo utilizador.

- Movimentação de existências em SAP

- Controlo periódico de ativos fixos tangíveis em

edifícios/armazéns/estações.

- Controlo periódico de inventários em

edifícios/armazéns/estações.

- Contagens e auditorias em

edifícios/armazéns/estações.

- Normas internas de

controlo e utilização de

equipamentos atribuídos.

- Registos de

controlo/existências em

SAP.

- Auditoria

interna/externa.

CA/UO

Seguros. 13- Apropriação indevida de

ativos em seguros,

indemnizações e respetivo

reembolso de despesas de

saúde, incluindo empolamento

de danos.

- Falta de averiguação dos

factos invocados.

2 B - Cumprimento do Acordo de Empresa.

- Verificação sistemática das declarações e

documentos apresentados para estabelecimento

das condições de acidente, despesas efetuadas e

beneficiários elegíveis.

- Recurso a parecer especializado do prestador de

serviços em SST.

- Peritagem do segurador.

- Normas e

regulamentos.

- Validação pela

hierarquia.

- Relatórios de SST.

UO/prestador de

serviços de SST/

segurador

Gestão de

projetos,

informação

técnica.

14- Apropriação indevida de

ativos, relativamente a

propriedade inteletual.

- Falta de sensibilidade

relativamente às orientações

do Código de Ética e deveres de

lealdade do trabalhador.

- Falta de mecanismos de

controlo do acesso/utilização

de recursos de informação.

1 B - Atualização da informação relativa às

responsabilidades e perfis de acesso à informação

em SI.

- Acesso a sistemas e áreas de servidores de

ficheiros por indicação dos Responsáveis Locais

de Segurança (RLS) para os SI.

- Controlo dos documentos/desenhos técnicos.

- Utilização de áreas de file server em projeto.

- Utilização de plataforma eletrónica de

contratação pública.

- Código de Ética.

- Controlos de acesso à

informação nos SI.

- Lista de RLS.

UO

Pagamentos. 15- Apropriação indevida de

ativos por uso indevido de

credenciais (ex. informáticas)

- Não cumprimento de políticas

e normas de segurança.

1 B - Atualização da informação relativa às

responsabilidades e perfis de acesso à aplicação

SAP e homebanking;

- Perfis de acesso

aplicacional

- SAP

DFI/DTI

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Tipologia Risco Atividade Riscos Identificados Causas P. I. NR Medidas Preventivas em Curso (C) e/ou a

Implementar (I)

Mecanismos de

Controlo/Documentos

de Referência (C/I)

Responsáveis

para transferência bancária ou

outros meios de pagamento

(ex. cheques).

- Fragilidade dos mecanismos

de verificação de credenciais.

Definição de vários níveis de aprovação de

operações financeiras junto das instituições

financeiras;

-Atualização da delegação de poderes para a área

financeira;

-Perfis de acesso a

aplicações de

homebanking;

-Delegação de poderes

para a área financeira.

Fundo de

maneio.

16- Apropriação indevida de

ativos por uso indevido de

fundo de maneio.

- Falta de controlo sobre os

documentos de justificação da

despesa.

1 B - Cumprimento do normativo do Fundo Fixo de

Caixa (FFC).

- Controlo da conformidade legal dos

documentos.

- Controlo das disponibilidades existentes.

- Normativo do Fundo

Fixo de Caixa (FFC).

- Dupla aprovação pelo

Diretor de cada serviço e

pelo responsável da área

do controlo de gestão.

- Documentos de

despesa.

- Auditorias.

UO

Pagamento de

salários.

17- Apropriação indevida de

ativos por fraude na folha

salarial (ex. empregados

inexistentes).

- Atraso na comunicação da

alteração/cessação do

contrato.

1 B - Cumprimento dos procedimentos de atualização

de dados em SAP.

- Cumprimento dos procedimentos de eliminação

de utilizadores dos sistemas de informação.

- Registos em SI/SAP.

- Diretório.

UO

Controlo de

tempo de

trabalho.

18- Apropriação indevida de

ativos por fraude na declaração

de períodos de trabalho (ex.

trabalho suplementar, em

períodos de descanso, fora da

sede, ausências não

comunicadas).

- Falta de

controlo/averiguação/

racionalidade e justificabilidade

da atividade.

1 B - Registo de tempos de trabalho de pessoal

administrativo em sistemas de controlo de ponto

com validação pela chefia de exceções.

- Registo de tempos de trabalho de pessoal

operacional em sistema informático de registo/

controlo de tempos de trabalho com validação

pela chefia.

- Auditoria ao sistema informático de

registo/controlo de tempos de trabalho.

- Auditoria ao processamento de remunerações.

- Registos em SI.

- Registos de tempos de

trabalho.

- Relatórios de auditoria.

UO

Avaliação de

ativos.

19- Apropriação indevida de

ativos por fraude na avaliação

de ativos fixos, aplicações ou

produtos financeiros.

- Falta de critérios ou de

consulta a avaliadores

credenciados.

1 B - Certificação de contas pelo R.O.C. com parecer

do Conselho Fiscal.

- Avaliação de ativos por entidade externa.

- Cumprimento do código dos contratos públicos

(CCP).

- Relatórios do Conselho

Fiscal.

- Relatórios de

avaliadores.

UO

Administração

danosa

Gestão/Investim

ento.

20- Danos patrimoniais ao

infringir intencionalmente

normas de controlo ou regras

económicas de uma gestão

racional (art. 237º Código

Penal).

- Falta de análise custo-

benefício dos investimentos.

1 B - Cumprimento do código de ética e do

estabelecido nos estatutos do gestor público.

- Análise custo/benefício por equipa

multidisciplinar de projetos e iniciativas de

negócio com impacto patrimonial significativo.

- Código de ética.

- Estudos de viabilidade

económico-financeira.

- Atas de decisões.

CA/UO

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Implementar (I)

Mecanismos de

Controlo/Documentos

de Referência (C/I)

Responsáveis

Peculato Venda de títulos

de transporte.

21- Apropriação indevida de

ativos em dinheiro,

nomeadamente por alteração

de registos de vendas, desvio

de dinheiro em caixa, desvio de

dinheiro em cofre, deferimento

de entrega e retenção de

receitas (ex. venda em

trânsito).

- Falta de controlo sobre a

atividade de venda.

2 M - Registo de vendas de serviços com consolidação

e verificação de receitas, determinando

responsabilidade por eventuais desvios.

- Verificação do cumprimento dos procedimentos,

nomeadamente o registo sistemático do depósito

e recolha de receitas.

- Auditoria ao controlo da receita.

- Código de Ética.

- Registos e nos sistemas

de venda/controlo de

receitas.

- Acompanhamentos pela

hierarquia e auditorias.

- Relatórios de auditoria.

- Registos nos SI de

bilhética e em SAP.

UO

Conflito de

interesse/abus

o de poder

Aquisição de

bens ou serviços.

22- Participação em processo

decisório que envolva direta ou

indiretamente entidades

(existência de ligação

profissional, sociedade,

participação em corpos sociais)

ou pessoas (laço de

parentesco, afinidade, união de

facto, ex-cônjuge) com relação

tipificada, permitindo ganhos

pessoais/familiares

decorrentes de processos de

aquisição de bens e serviços.

- Falta de sensibilidade

relativamente às exigências do

Código de Ética.

1 M - Declaração atempada de conflito de interesse à

hierarquia detalhando os potenciais conflitos de

interesse.

- Cumprimento dos procedimentos previstos no

CCP.

-Formação sobre o Código de Ética.

- Código de Ética,

Legislação aplicável.

- Registos em SAP.

- Contrato.

CA/UO

Venda de bens

ou serviços.

23- Participação em processo

decisório que envolva direta ou

indiretamente entidades

(existência de ligação

profissional, sociedade,

participação em corpos sociais)

ou pessoas (laço de

parentesco, afinidade, união de

facto, ex-cônjuge) com relação

tipificada, permitindo ganhos

pessoais/familiares

decorrentes de processos de

venda de bens e serviços.

- Falta de sensibilidade

relativamente às exigências do

Código de Ética.

1 B - Declaração atempada de conflito de interesse à

hierarquia detalhando os potenciais conflitos de

interesse.

- Definição de critérios de valorização de ativos.

- Cumprimento do CCP.

- Código de Ética,

Legislação aplicável.

- Registos em SAP.

- Critérios de valorização.

- Contrato

CA/UO

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Tipologia Risco Atividade Riscos Identificados Causas P. I. NR Medidas Preventivas em Curso (C) e/ou a

Implementar (I)

Mecanismos de

Controlo/Documentos

de Referência (C/I)

Responsáveis

Favorecimento

de

colaboradores.

24- Participação em processo

decisório que permita ganhos

ou diferenciação injustificada

por parte de colaboradores.

- Falta de sensibilidade

relativamente às exigências do

Código de Ética.

- Falta de controlo sobre a

racionalidade e justificabilidade

da decisão.

1 B - Cumprimento dos Acordos de Empresa.

- Supervisão do processo de avaliação/recurso

por parte dos DRH.

- Registo da prestação de trabalho.

- Reavaliação em caso de recurso/reclamação.

- Acordos de Empresa

- Documentos de

avaliação.

- Relatórios de

acompanhamento.

- SI de registos de

trabalho.

CA/UO

Processos

judiciais.

25- Falso testemunho em

processos

judiciais/contenciosos.

- Incumprimento do dever de

lealdade para com a empresa.

1 B - Cumprimento do Código de Ética.

- Atuação dentro do princípio da representação

exclusiva de uma das partes.

- Não instrução de testemunhas salvaguardando

a integridade das declarações.

- Lei. 15/2005, 26/01.

- Estatutos da Ordem dos

advogados.

DJR

Participação

económica em

negócio

Administração e

fiscalização.

26- Obtenção de vantagens

económicas ou patrimoniais

indevidas (Artigo 377 do

Código Penal).

- Falta de controlo sobre a

racionalidade e justificabilidade

da decisão.

1 B - Cumprimento da missão e atribuições definidas

no Manual da Organização.

- Cumprimento do Código de Ética.

- Supervisão do CA.

- Manual da Organização.

- Código de Ética.

CA/UO

Abuso de poder

ou violação de

dever de

segredo

Gestão da

informação.

27- Obtenção de benefícios

particulares ou criação de

prejuízos à empresa ou a

terceiros.

- Falta de sensibilidade

relativamente às orientações

do Código de Ética e deveres de

lealdade do trabalhador.

1 M - Cumprimento de normas de comunicação e do

código de ética relativamente à violação de dever

de segredo.

- Atualização da informação relativa às

responsabilidades e perfis de acesso à informação

em SI.

- Utilização de plataforma eletrónica de

contratação pública.

- Código de ética.

- Atas de decisões.

-Regulamento de

Comunicação.

CA/UO

Aquisições de

imóveis ou

valores

mobiliários em

consequência

da obtenção ou

utilização

ilícitas de

informação

privilegiada no

exercício de

funções no

sector público

empresarial

Alienação de

imóveis.

28- Transmissão para terceiros

de informação sigilosa (ex.

informação sobre valorização

de ativos).

- Falta de sensibilidade

relativamente às orientações

do Código de Ética e deveres de

lealdade do trabalhador.

1 B - Cumprimento do código de ética e regulamentos

de comunicação.

- Cumprimento do CCP.

- Equipa de avaliação multidisciplinar de

propostas/ativos.

- Auditorias externas.

- Código de ética.

- Regulamentos.

- Critérios de valorização.

- Relatórios de auditoria.

CA/UO/Auditores

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VII – MATRIZ DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS

A matriz descreve os riscos salientados pelas Unidades Organizacionais da empresa.

Alto

Médio

22, 27

5, 12, 21

Baixo

1, 3, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 14, 15, 16, 17,

18, 19, 20, 23, 24, 25, 26, 28

2, 4, 13

1 2 3

Probabilidade

P - Probabilidade (1-Improvável; 2-Possível; 3-Provável)

I - Impacto (Baixo; Médio; Alto)

NR- Nível do Risco: Alto - - Risco não aceitável, requerendo o desenvolvimento de novos mecanismos de controlo ou aperfeiçoamento dos existentes;

Médio- - Risco aceitável após monitorização da aplicação e do desempenho dos mecanismos de controlo existentes. Se o nível de risco não for reduzido na

próxima avaliação é necessário aperfeiçoar os controlos existentes;

Baixo- - Aceitação do risco com manutenção dos controlos existentes.

Imp

act

o

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VIII – PLANO DE AÇÃO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS

O Plano de ação sumariza, para os riscos mais significativos, as ações preventivas a desenvolver com vista à sua gestão dentro de níveis aceitáveis

para CP.

Os riscos identificados com relevância e que implicam ações específicas de abordagem são:

Risco 5, sobre Corrupção passiva na fiscalização de títulos de transporte, nomeadamente corrupção passiva permitindo ganhos económicos

indevidos por particulares por uso indevido de serviços da empresa. As medidas preventivas apontam para controlo de acessos e da eficácia

da fiscalização de títulos de transporte, o uso sistemático de equipamentos informáticos de venda embarcada, a realização de

acompanhamentos ao ORV e a aquisição/atualização dos sistemas de venda.

Risco 12, apropriação ilegítima de bens públicos/ativos, nomeadamente apropriação ou utilização indevida de ativos nomeadamente bens

afetos ao serviço, materiais, peças, consumíveis, materiais promocionais. As medidas preventivas apontam para a realização do controlo

sistemático de consumos e da utilização dos bens e comparação com respetivos plafonds, do pagamento de montante em excesso pelo

utilizador, de movimentação de existências em SAP. Controlo periódico de ativos fixos tangíveis em edifícios/armazéns/estações, controlo

periódico de inventários em edifícios/armazéns/estações, contagens e auditorias em edifícios/armazéns/estações.

Risco 21, sobre Peculato na venda de títulos de transporte e relativo a apropriação indevida de ativos em dinheiro, nomeadamente por

alteração de registos de vendas, desvio de dinheiro em caixa, desvio de dinheiro em cofre, deferimento de entrega e retenção de receitas (ex.

venda em trânsito). As medidas preventivas apontam para a realização de auditorias ao controlo de receita, o registo de vendas com verificação

de receitas e a verificação do cumprimento de procedimentos.

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Para além das ações específicas, o plano apresenta ações gerais do período 2018-2019 que abordam todos os riscos, nomeadamente:

A1 - Desenvolvimento de ações de formação, notícias e publicação de materiais no âmbito da proteção de dados pessoais nomeadamente para

reforço da compreensão de regulamentos e políticas de proteção publicadas pela CP. As ações têm como objetivo dar cumprimento à

Recomendação nº 3/2015, de 1 de julho do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) e visam melhorar a capacidade dos trabalhadores

para a realização do PGRCIC;

A2 - Desenvolvimento do PGRCIC em áreas que requerem maior detalhe ao nível dos riscos gerais;

A3 - Reformulação metodológica do PGRCIC com as recomendações das equipas externa e interna de auditoria da qualidade;

A4 - Realização de plano de auditoria baseada no risco, com maior orientação das ações para os riscos relevantes da organização;

A5 - Publicação e divulgação do PGRCIC e do Relatório Anual de Execução do PGRCIC, nomeadamente através de comunicação interna, publicação

na Intranet e na Internet, publicação na Unidade Técnica (DPC) e envio ao CPC, para informação a todos os interessados;

A6 - Desenvolvimento de procedimentos de avaliação do risco específicos, dando continuidade ao desenvolvimento do sistema de proteção de

dados pessoais da CP;

A7 - Avaliação do risco dos sistemas de informação informatizados da CP.

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IX – RISCOS GERAIS INERENTES A PROCESSOS, PROCEDIMENTOS E PROJETOS

O resumo dos riscos indicados por cada órgão permite salientar aspetos sensíveis do seu perfil de risco, nomeadamente:

CET – Destaca-se a preocupação com o eventual desconhecimento dos colaboradores relativamente aos requisitos da legislação e do Código

de Ética da CP, sendo proposta a sua melhoria e divulgação;

SG – A principal fragilidade apontada centra-se na acessibilidade e dispersão dos sistemas de gestão de informação existentes na CP, com

impacto na tomada de decisão informada e sustentada, sendo proposta a sua evolução para um sistema com informação integrada que

salvaguarde as várias etapas da vida da informação (arquivos corrente, intermédio e histórico);

DJR – Como grandes preocupações é de realçar a fragilidade sentida na instrução de pareceres por insuficiência de informação prestadas pelas

Unidades Organizacionais e por sistemas técnicos, sendo preconizada uma maior sensibilização e envolvimento dos órgãos na sua obtenção;

GAI – As principais preocupações centram-se na necessidade de conhecimento atualizado da informação residente nos sistemas informáticos

e de aspetos de governação reguladores como decisões, deliberações, trabalhos de consultadoria/auditoria internos e externos, essenciais

para o conhecimento do ambiente de controlo. Outro aspeto de elevada relevância é a capacidade de conhecimento dos riscos emergentes da

organização, com vista a orientar o esforço de auditoria para as áreas de maior risco, centrados no cumprimento de requisitos legais e na

orientação para os objetivos da empresa;

CGI – As principais preocupações apontadas incidem na capacidade de reação aos efeitos de declarações e decisões exógenas com impacto

mediático e na capacidade de comunicação permanente de informação crítica aos colaboradores;

GPS - As preocupações referidas centram-se na capacidade de proteção de pessoas e bens, tendo em conta a envolvente social ao caminho-

de-ferro, e a necessidade de fiscalização e policiamento, prevenindo situações de vandalismo e acesso indevido à infraestrutura ferroviária,

nomeadamente com impacto sobre clientes, trabalhadores e material circulante.

GRI – Os aspetos relevantes centram-se nos custos de oportunidade inerentes à não participação, desconhecimento dos resultados de eventos

internacionais, por não obtenção de informação relevante, e ainda pela assimetria de informação dentro da própria organização. Destaca-se

igualmente a promoção de projetos de dinamização de iniciativas de financiamento comunitário, cuja operacionalização é importante para

obtenção de futuros benefícios para a CP;

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DLA – Os aspetos de maior preocupação centram-se na dificuldade em realizar procedimentos de aquisição eficazes e atempados devido a

falhas na especificação dos produtos/serviços pelas Unidades Organizacionais e na avaliação de desempenho dos fornecedores, criando

condições para a contratação recorrente de fornecedores com não conformidades.

Acrescem as preocupações com os atrasos no fornecimento de materiais ao cliente interno devido a falha de recursos de distribuição, e o

impacto na satisfação dos clientes CP, na qualidade percebida da limpeza devido à falha de cumprimento de janelas de entrega de material

circulante para operações de limpeza;

DRH – Os principais riscos referidos incidem principalmente no não rejuvenescimento e ajuste do efetivo às necessidades da empresa, devido

ao condicionamento de recrutamento. São referidos aspetos importantes relacionados com a transferência do Know-how específico do setor

ferroviário e com o aumento do custo de realização de serviços planeados em áreas operacionais, devido a efetivo insuficiente. É referido

também o aumento da média etária do efetivo e a necessidade de garantir a proteção dos colaboradores ao nível da segurança no trabalho;

DPC- Os aspetos apontados têm em geral uma relevância muito significativa para a empresa e centram-se nas limitações impostas a nível

orçamental, sendo de realçar a cativação não prevista de verbas, a capacidade de utilização de saldos de gestão (resultados do ano anterior)

e a não transferência de verbas referentes a obrigações de serviço público. Acrescem os problemas originados por demora ou decisões

inesperadas dos organismos de tutela, com alteração de premissas anteriores, criando desvios orçamentais com o ajuste às novas orientações.

O órgão tem sustentado um esforço muito significativo no que se refere à preparação de contratos e criação de meios informáticos de reporte

de despesa;

DFI – As preocupações apontadas centram-se em geral nos aspetos de contratualização futura de fontes de financiamento, de faturação e

cumprimento de obrigações fiscais e do controlo contabilístico, sendo referido que o enquadramento atual no perímetro do estado, embora

com protocolo complexo, reduziu significativamente as pressões sentidas em anos anteriores, nomeadamente ao nível das condições de

financiamento;

DTI – A nível macro, são referidas preocupações relativamente aos aspetos de governação de TI, nomeadamente o processo de planeamento

e priorização de atividades e a capacidade de cumprimento integral de legislação e normas. A nível micro, são referidas preocupações ao nível

das ferramentas de gestão de ativos, da disponibilidade de recursos humanos e tecnológicos, da capacidade para suprir as necessidades de

desenvolvimento aplicacional das Unidades Organizacionais e do cumprimento de prazos, por definição tardia de necessidades, requisitos e

complexidade/desadequação dos processos de procurement face à dinâmica de evolução das TI. Outros aspetos importantes são o vandalismo

e dependência de informação proveniente de empresas do sector. É referida a prevalência de hábitos de shadow IT (desenvolvimento ad hoc)

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que mais tarde geram obrigações de manutenção de sistemas, criados inicialmente sem as boas práticas preconizadas pela DTI. São referidas

preocupações com a obsolescência tecnológica de produtos de TI utilizados pela empresa. São referidas preocupações com o cumprimento de

normativos legais e nomeadamente do RGPD, implicando a adequação de políticas e mecanismos de segurança como por exemplo o controlo

de acessos nomeadamente tendo em conta a utilização crescente de equipamentos de computação móvel;

DMP – As preocupações apontadas referem-se à necessidade de cumprir as metas de qualidade do serviço pós-venda, ao controlo da qualidade

do atendimento ao Cliente, ao registo e tratamento de reclamações, e à fiabilidade do sistema de venda online, decorrente da obsolescência

de equipamentos e complexidade da regulamentação comercial;

DSC – As preocupações referidas centram-se na capacidade de proteção de vidas humanas e equipamentos envolvidos na circulação ferroviária,

na fiabilidade, desempenho e planeamento de intervenções na infraestrutura, com custos de reposição do serviço e na falta de fiabilidade de

equipamentos de apoio à exploração. São definidos riscos relevantes relativamente à capacidade de avaliação dos riscos de segurança da

operação, à capacidade de apuramento do respetivo nível de risco e dificuldades decorrentes de défice na qualidade dos registos de ocorrências.

DMT – As preocupações referidas revelam grande preocupação com os impactos em termos de custo, qualidade e perda de negócio, decorrentes

da incapacidade de disponibilização de material circulante, colocando em causa os serviços programados e a capacidade de lançamento de

novos serviços, com possibilidade de sobre utilização dos equipamentos ativos São referidos nomeadamente os aspetos de falta de capacidade

do prestador de serviços de manutenção e reparação de veículos e peças para garantir o cumprimento do ciclo de manutenção e a renovação

programada e melhorias nos equipamentos, nomeadamente por falta de recursos com ênfase nos meios humanos. São referidas preocupações

com o atraso de projetos nomeadamente relativos a implementação de novas tecnologias de sistemas de suporte à exploração.

DEX – As preocupações referidas abrangem várias realidades da atividade, sendo referido ao nível do planeamento e controlo da atividade o

aspeto de cumprimento de prazos legais de reporte. Ao nível da Conceção e Desenvolvimento do Produto são referidas preocupações

significativas relativamente à de perda da quota de mercado dos serviços, da respetiva receita e diminuição da satisfação dos clientes, inerentes

à eventual desadequação do serviço face às suas necessidades, com limitações ao nível da infraestrutura/horário e da relação com parceiros

de negócio. É referida necessidade de contratualização de níveis de serviço e a criação de ferramentas informáticas de relacionamento com o

cliente.

Ao nível do planeamento e gestão de meios é feita referência à falta de meios humanos e a obsolescência dos sistemas informáticos de suporte,

sendo causas que dão origem a riscos muito elevados, com dificuldades de cumprimento de prazos de publicação do horário técnico, do

planeamento de material circulante, dos prazos legais para divulgação de escalas de serviço e impossibilitando a realização de estudos de

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exploração. São ainda referidas dificuldades de implementação de soluções mais eficientes na gestão dos recursos, com dificuldades no

planeamento de tarefas e capacidade de cumprimento do AE.

Ao nível da promoção e comunicação as preocupações centram-se nomeadamente nos custos de comunicação e na perda de clientes

decorrentes da indisponibilidade de recursos humanos e financeiros, publicação tardia de informação, incumprimento de prazos por

fornecedores. É referida a redução da eficácia da comunicação comercial, inerente à necessidade de definição de objetivos compatíveis com

as restrições orçamentais.

Ao nível da venda são também referidas fragilidades com possibilidade de perda de vendas, receita e quota de mercado por falta de meios

humanos e indisponibilidade, obsolescência e dificuldades de manutenção de equipamentos do sistema de bilhética sem contacto, com impacto

no combate à fraude, satisfação dos clientes e consolidação da receita. São referidos também os aspetos de imagem e marca inerentes a

eventuais limitações de fardamento do pessoal. É também referido o risco de peculato.

Ao nível do transporte de passageiros são referidos riscos relevantes relativamente à capacidade de cumprimento da oferta de serviço,

relacionada com a redução dos meios humanos e disponibilidade de material circulante, com relevo para a necessidade de recrutamento para

evitar a sobreutilização do efetivo. São referidos os riscos permanentes de segurança inerentes ao cumprimento de regras de trabalho, a

acessos indevidos à infraestrutura por pessoal e equipamentos, e ao estado do material circulante e sistemas de via. São igualmente referidas

fragilidades na fiscalização/venda de títulos inerentes aos procedimentos e controlo de acessos.

A preocupação com o conhecimento do nível da satisfação do cliente e respetivas práticas de tratamento de reclamações é também salientada

na componente de avaliação do serviço, aspetos inerentes nomeadamente à falta de recursos humanos e financeiros, limitando a

implementação de medidas corretivas ou adequadas às expectativas.

Nas referências a projetos ou alterações significativas, centrados essencialmente no material circulante, são referidas situações de risco de

atraso na implementação.

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X – RISCOS-CHAVE DA CP

Este capítulo resume os riscos-chave da CP para 2018-2019, obtidos a partir da análise e consolidação dos riscos significativos declarados no

documento.

Riscos operacionais

Riscos de não cumprimento integral da oferta de serviços, decorrentes da indisponibilidade de recursos humanos e de material circulante,

nomeadamente para execução atempada de todas as operações.

Riscos de disponibilidade e obsolescência de equipamentos, nomeadamente pelo aumento da idade média ou não reabilitação e renovação

atempada de material circulante e equipamentos de suporte à exploração, inerentes à insuficiente capacidade de prestadores de serviço e de

investimento.

Riscos de eficiência das operações, decorrentes dos obstáculos à contratação e recurso a serviços externos, impostos pela reclassificação da

empresa no sector empresarial do Estado, bem como do insuficiente desempenho e fiabilidade da infraestrutura, com impacto na imagem da

empresa e na satisfação dos clientes.

Riscos de tomada de decisão, inerentes ao nível de obsolescência e capacidade de atualização de equipamentos informáticos e aplicações de

software, à eficácia dos mecanismos de gestão e controlo desses ativos, à disponibilidade, condições de registo, segurança, acesso e

capacidade de interpretação de dados e informação.

Riscos de segurança da circulação (safety), concretamente riscos de acidente ou incidente, com a consequente perda de ativos e pagamento

de indemnizações e riscos de segurança de pessoas e bens (security).

Riscos de perda de conhecimento e atraso em projetos e iniciativas multidisciplinares, devido a limitações na gestão do conhecimento e

diminuição do efetivo.

Riscos económicos

Riscos associados à menor capacidade de otimização de recursos e a limitações de disponibilidade e desempenho de material circulante,

inerentes à diminuição dos orçamentos de investimento e exploração.

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Riscos de não contratualização do Serviço Público, com ausência de indemnizações compensatórias.

Riscos de perda de receita, decorrentes da disponibilidade e eficácia dos recursos afetos à venda e revisão, e à manutenção e renovação de

equipamentos essenciais à comercialização de títulos de transporte e ao controlo da fraude.

Riscos de perda de negócio, decorrentes da disponibilidade e eficácia dos mecanismos de recolha e divulgação de informação ao cliente.

Riscos devidos a custos associados a atos de vandalismo e comportamentos antissociais com impacto nos equipamentos e material circulante.

Riscos financeiros

Riscos financeiros associados à estrutura financeira, com um passivo significativo face aos ativos e manutenção de capitais próprios negativos.

Riscos jurídicos

Riscos inerentes a atrasos, por parte de entidades reguladoras, no desenvolvimento de políticas e normas complementares compatíveis com

a legislação nacional e comunitária em vigor, e não divulgação e consulta atempada aos órgãos competentes pela sua análise, interpretação

e mitigação.

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XI – PLANO DE AÇÃO DE PREVENÇÃO DE RISCOS GERAIS

As ações de prevenção previstas neste documento encontram-se referidas na coluna de ações de mitigação das tabelas de identificação dos riscos

gerais. Destaca-se a grande relevância das ações previstas no Plano Estratégico 19-21, que procuram endereçar causas sistémicas inerentes ao atual

perfil de risco da empresa. Para além destas ações de mitigação, são apresentadas ações de âmbito metodológico para o horizonte 2018 e 2019, no

sentido do aperfeiçoamento da gestão empresarial do risco, nomeadamente:

A1 - Realização de proposta de Contrato do Serviço Público, detalhando os direitos e obrigações da CP e do Estado e as caraterísticas do serviço

A2 - Admissão de trabalhadores.

A3 - Aquisição de automotoras para o Serviço Regional.

A4 - Implementação de Sistema de Informação de gestão documental, compatível com a Portaria de Gestão documental da CP, com capacidade

para gestão integral do ciclo de vida da informação e respetivos dados, classificada e protegida de acordo com práticas regulamentadas.

A5 - Implementação de Sistema de Informação CRM – Customer Relationship Management.

A6 - Reforço de vigilância e melhoria do controlo de acessos ao material circulante e infraestruturas.

A7 - Colocação de validadores adicionais em estações onde não existe controlo de acessos, aquisição de novos equipamentos portáteis de revisão

e venda.

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XII – SÍNTESE DE EXECUÇÃO DO PLANO

XII.1 EXECUÇÃO E CONCRETIZAÇÃO DE AÇÕES NO ÂMBITO DOS RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS

Para o período 2018-2019 foram identificados vinte e oito riscos de corrupção e infrações conexas dos quais vinte e cinco são de nível de risco baixo

e três de nível de risco médio. O Plano de ação de prevenção de riscos de corrupção e infrações conexas (vidé cap. VII, pág. 37), consistiu num

conjunto de sete ações com âmbito de sensibilização, formação e desenvolvimento metodológico sobre o sistema de gestão do risco da CP, assim:

A1. Desenvolvimento de ações de formação, notícias e publicação de materiais no âmbito da proteção de dados pessoais nomeadamente

para reforço da compreensão de regulamentos e políticas de proteção publicadas pela CP. As ações têm como objetivo dar cumprimento

à Recomendação nº 3/2015, de 1 de julho do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) e visam melhorar a capacidade dos

trabalhadores para a realização do PGRCIC.

Execução – Esta medida foi realizada em diversas iniciativas, algumas parcialmente iniciadas ainda em 2017, sendo concretizadas em 2018,

nomeadamente:

• Formação sobre o RGPD dos colaboradores administrativos e dos responsáveis técnicos e operacionais da CP, visando a totalidade do efetivo

dos órgãos centrais e operacionais de gestão, e que abrangeu cerca de 265 pessoas;

• Formação de responsáveis e colaboradores e suporte à implementação do RGPD nas Empresas Participadas EMEF, SA; FERNAVE, SA; SAROS,

Lda. e cooperação com o Encarregado de Proteção de Dados (EPD) da ECOSAÚDE, SA;

• Formação de pessoal de estação e pessoal circulante abrangendo cerca de 685 pessoas;

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• Cooperação institucional com operadores de transporte da AML (Metropolitano de Lisboa, E.P.E.; companhia Carris de Ferro de Lisboa, E.M.,

S.A., OTLIS-Operadores de Transportes da Região de Lisboa, A.C.E.) e empresas do setor dos transportes (Infraestruturas de Portugal, S.A.);

• Identificação dos dados pessoais tratados na CP e respetivas fontes/recursos envolvidos. Foi efetuada uma primeira fase que decorreu em 2017

e 2018, identificando repositórios de informação, documentos, dados, suporte legal, obrigações e necessidades que legitimam o tratamento,

medidas de proteção e transferência interna e externa;

• Nomeação do Encarregado de Proteção de Dados (EPD) e definição da respetiva estrutura de suporte;

• Criação de área, na Intranet da CP, para publicação e divulgação de conteúdos sobre o RGPD, com utilização da newsletter interna (Flash CP)

para divulgação abrangente;

• Publicação de formulários e instrução de trabalho, sobre o exercício de direitos do titular dos dados pessoais, destinados ao pessoal de estação

e gabinetes de apoio ao cliente;

• Aprovação e publicação de Política de Proteção da Privacidade de Dados Pessoais da CP;

• Elaboração e divulgação de “Regulamento Interno Proteção da Privacidade – Regras de Utilização de Documentos, Equipamentos e Sistemas”;

• Elaboração e publicação online de informação aos cidadãos, nomeadamente da Política de Privacidade de Dados Pessoais e dos tratamentos de

dados pessoais.

• Atualização, entre outros: da aplicação de registo de utilizadores myCP; dos formulários de recolha de dados pessoais informatizados e não

informatizados, com inclusão dos respetivos termos política de proteção, de aceitação da política e de consentimento para o tratamento, quando

aplicável;

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• Foi iniciada em 2018 a alteração de termos contratuais com parceiros e fornecedores, com vista à regulação contratada nos termos do RGPD,

que se prolongará a 2019;

• Foi efetuada a revisão do Código de Ética da CP.

A2. Desenvolvimento do PGRCIC em áreas que requerem maior detalhe ao nível dos riscos gerais.

Execução – Esta medida foi realizada com um maior detalhe na tipologia de riscos associados ao material circulante;

A3. Reformulação metodológica do PGRCIC com as recomendações das equipas externa e interna de auditoria da qualidade.

Execução – Esta medida foi realizada através da compatibilização do PGRCIC com os novos indicadores de processo da CP, de forma a identificar

mais facilmente os respetivos riscos;

A4. Realização de plano de auditoria baseada no risco, com maior orientação das ações para os riscos relevantes da organização.

Execução – Esta medida foi realizada através da definição de ações no âmbito do programa de auditorias, contemplando riscos identificados no

PGRCIC;

A5. Publicação e divulgação do PGRCIC e do Relatório Anual de Execução do PGRCIC, nomeadamente através de comunicação interna,

publicação na Intranet e na Internet, publicação na Unidade Técnica (DPC) e envio ao CPC, para informação a todos os interessados.

Execução – O PGRCIC e o Relatório são disponibilizados na Intranet em Extranet;

A6. Desenvolvimento de procedimentos de avaliação do risco específicos, dando continuidade ao desenvolvimento do sistema de proteção

de dados pessoais da CP.

Execução – A realização desta medida encontra-se em curso prevendo-se dispor de uma primeira versão de procedimento em 2019;

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A7. Avaliação do risco dos sistemas de informação informatizados da CP.

Execução – A realização desta medida encontra-se em curso prevendo-se efetuar a sua concretização em 2019;

As ações constantes do PGRCIC de 2018-2019, com maior impacto nos riscos de corrupção e infrações conexas, foram já largamente implementadas,

dando cumprimento às recomendações do CPC e aos requisitos legais, gerando benefícios significativos para a empresa, existindo um conjunto de

medidas em curso com o objetivo de melhorar o perfil de risco da CP. Destacam-se nomeadamente a integração do PGRCIC como elemento agregador

do sistema de gestão do risco, a evolução no paradigma da auditoria baseada no risco e o suporte à certificação dos seus sistemas de gestão.

O PGRCIC da CP abrange já uma tipologia significativa de riscos. Esta tipologia poderá, no entanto, ser melhorada com o reconhecimento de novos

fatores de risco, dando continuidade ao trabalho realizado na temática da proteção de dados pessoais, que atualmente é uma preocupação

crescentemente relevante em termos de transparência.

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XII.2 EXECUÇÃO DE AÇÕES NO ÂMBITO DOS RISCOS GERAIS

Para o período 2018-2019 foram identificados trezentos e setenta e dois riscos gerais, inerentes a processos, procedimentos e projetos, dos quais

duzentos e dezanove são de nível de risco baixo, noventa de nível de risco médio e sessenta e três de risco alto, constituindo um perfil de risco

desafiante do ponto de vista da sua mitigação. Os riscos identificados com nível alto partilham nomeadamente como causas mais significativas:

A falta de contrapartidas financeiras fundamentais, devida à ausência de contratualização do serviço público prestado pela CP;

A perda acentuada de recursos humanos nas áreas operacionais, com relevo para categorias como maquinistas, operadores de revisão e

venda, operadores de venda e controlo, manobradores e respetivas chefias operacionais intermédias, e em áreas de competência específica

como a informática, entre outras, limitando a capacidade de prestar serviço e desenvolver novos projetos;

A obsolescência e falta de fiabilidade do material circulante, com custos económicos significativos e diminuição sensível da capacidade de

prestar serviço;

A perda acentuada de recursos humanos em prestadores de serviços de manutenção de material circulante, diminuindo sensivelmente a

disponibilidade de material circulante e a capacidade de prestar serviço.

As ações de mitigação do risco previstas enquadram-se no Plano Estratégico da CP para o período 2018-2021, o qual tem presente as previsões da

economia, a análise realizada às oportunidades e constrangimentos conhecidos e as orientações da Tutela Sectorial e Financeira, com definição de

objetivos estratégicos, cuja persecução é efetuada através de ações no âmbito dos eixos estratégicos: rejuvenescimento do parque de material

circulante; manutenção e reparação da frota atual, otimização do modelo de gestão de recursos humanos; digitalização da empresa; contratualização

do serviço público e reestruturação económico-financeira.

Assim, salienta-se o desenvolvimento/execução do conjunto de ações com impacto em 2018-2019, que refletem as medidas preventivas mais

significativas, nomeadamente aquelas que no âmbito do Plano Estratégico se consideram estruturalmente mais relevantes na abordagem a aspetos

(fatores) de risco, tais como: as condições de mercado; os recursos humanos; o material circulante e a contratualização da atividade:

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A1. Realização de proposta de Contrato do Serviço Público, detalhando os direitos e obrigações da CP e do Estado e as caraterísticas do serviço

público de transporte a prestar pela Empresa

Execução – Foi realizada e submetida à tutela uma proposta de Contrato de Serviço Público, tendo como objeto a contratualização das obrigações

de serviço público nos serviços Urbanos/Suburbanos e relativamente aos eixos de mobilidade essenciais dos serviços Regionais e Longo

Curso/Intercidades, que asseguram a mobilidade interna em determinadas regiões e a sua ligação aos principais polos nacionais de influência

suprarregional, organizados em função da complementaridade da oferta, dos padrões de mobilidade das populações e da coesão social e territorial.

Este trabalho multidisciplinar, incluiu a definição da oferta e parâmetros de qualidade dos serviços, com definição das caraterísticas do material

circulante e dos indicadores de desempenho, metas e penalidades. Foram definidos os preços por tipo de serviço, com base no tarifário aprovado

de 2019, assim como campanhas promocionais e produtos especiais em vigor. Este trabalho pretende o apuramento da compensação devida à CP

em cada ano, sendo o montante de gastos limitado por um fator de eficiência a aplicar à componente de gastos controlados pela Empresa e

assegurada a monitorização e reporte autónomo, mantendo uma contabilidade separada para cada eixo de mobilidade e para os serviços, a

apresentar ao Gestor do Contrato, à Autoridade de Transportes e à Autoridade Reguladora. Esta medida visa endereçar os riscos económicos de

financiamento das despesas efetuadas no âmbito da prestação de serviço público com garantia de preços e níveis de serviço adequados;

A2. Admissão de trabalhadores

Execução – Foi reiteradamente solicitada à Tutela a admissão de trabalhadores, no sentido de suprir a falta crítica de efetivo, que tende a diminuir

de forma mais acelerada devido de saídas entretanto possibilitadas pela legislação. Foi ainda assim possível realizar a admissão de 37 trabalhadores

em 2018, que se encontram atualmente a realizar a respetiva formação e integração nos locais de trabalho. Esta medida visa endereçar

nomeadamente os riscos operacionais relativos à capacidade de cumprimento integral da oferta de serviços e à perda de conhecimento;

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A3. Aquisição de automotoras para o Serviço Regional

Execução – Foi realizada a preparação e lançamento do concurso para aquisição de 22 automotoras para o Serviço Regional (12 automotoras bi-

modo e 10 automotoras elétricas). Esta medida visa nomeadamente endereçar a médio prazo os riscos operacionais de cumprimento integral da

oferta de serviços e eficiência das operações, pelo impacto que terá na disponibilidade e renovação de material circulante obsoleto, assim como

os riscos económicos relacionados com o desempenho do material circulante e eficiência das operações;

A4. Implementação de Sistema de Informação de gestão documental, compatível com a Portaria de Gestão documental da CP, com capacidade para

gestão integral do ciclo de vida da informação e respetivos dados, classificada e protegida de acordo com práticas regulamentadas

Execução – Finalizada e aprovada pelo Estado a Portaria de Gestão documental da CP, foi iniciada a implementação do SI de gestão documental

que materializará a sua execução, permitindo igualmente a integração de vários repositórios de informação e a sua divulgação. Estas medidas

visam endereçar, entre outros, os riscos operacionais relativos à tomada de decisão, à perda de conhecimento e atraso em projetos e iniciativas

multidisciplinares. Visam igualmente endereçar riscos jurídicos relativos ao conhecimento atempado e ao cumprimento da legislação nacional e

comunitária em vigor e os riscos operacionais de tomada de decisão, inerentes ao nível de obsolescência e capacidade de atualização de

equipamentos informáticos e aplicações de software;

A5. Implementação de Sistema de Informação CRM – Customer Relationship Management

Execução – Foi realizado o levantamento, calendarização e definição dos elementos dos cadernos de encargos para o desenvolvimento de um

sistema de gestão do relacionamento com o cliente (CRM – Customer Relationship Management), representando uma oportunidade para integrar

numa única plataforma as várias iterações do cliente com a CP. Esta medida visa endereçar, entre outros, os riscos de perda de negócio, decorrentes

da disponibilidade e eficácia dos mecanismos de recolha e divulgação de informação ao cliente e os riscos operacionais de tomada de decisão,

inerentes ao nível de obsolescência e capacidade de atualização de equipamentos informáticos e aplicações de software;

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A6. Reforço de vigilância e melhoria do controlo de acessos ao material circulante e infraestruturas

Execução – Foram reforçadas, no período, a vigilância e controlo de acessos ao material circulante e infraestruturas. Estas medidas visam

endereçar, entre outros, os riscos operacionais de segurança da circulação (safety) e de segurança de pessoas e bens (security) e os riscos

económicos devidos a custos associados a atos de vandalismo e comportamentos antissociais com impacto nos equipamentos e material circulante;

A7. Colocação de validadores adicionais em estações onde não existe controlo de acessos, aquisição de novos equipamentos portáteis de revisão e

venda

Execução – Foram colocados 58 validadores adicionais nas estações dos urbanos de Lisboa e adquiridos novos equipamentos portáteis de revisão

e venda com formação e distribuição em curso dos equipamentos, para melhoria significativa do desempenho na validação e venda embarcada.

Esta medida visa endereçar, entre outros, os riscos económicos de perda de receita, através da melhoria do combate à fraude e da comercialização

de serviços.

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XIII – CONTROLO E MONITORIZAÇÃO DO PLANO

A CP efetua a monitorização periódica e a emissão da Síntese de Execução do PGRCIC (capítulo XIII), também publicada autonomamente em Relatório

de Execução do PGRCIC, para avaliação interna da sua realização. Este procedimento de monitorização visa compreender o grau de execução do

PGRCIC e perceber, segundo a perspetiva dos órgãos e responsáveis intervenientes, a sua eficácia e possibilidades de evolução metodológica.

A avaliação da eficácia dos controlos, inerentes às medidas de mitigação dos riscos elencadas pelas Unidades Organizacionais, é efetuada no âmbito

de auditorias realizadas por esses órgãos, de auditorias do GAI propostas em plano anual de auditorias e por auditorias efetuadas por entidades

externas, nomeadamente pelo Estado, Reguladores e empresas de certificação.

Pretende-se que o PGRCIC seja um auxiliar na definição destas ações de avaliação do ambiente de controlo, servindo nomeadamente como suporte

à realização do Plano anual de auditorias do GAI.

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XIV – GLOSSÁRIO DE SITUAÇÕES DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS

Comum a todas as previsões legais está o princípio de que não devem existir quaisquer vantagens indevidas, ou mesmo a mera promessa destas,

para o assumir de um determinado comportamento, seja ele lícito ou ilícito, ou através de uma ação ou de uma omissão. Configuram designadamente

situações de corrupção:

Corrupção – A prática de um qualquer ato ou a sua omissão, seja lícito ou ilícito, contra o recebimento ou a promessa de uma qualquer

compensação que não seja devida, para o próprio ou para terceiro, constitui uma situação de corrupção.

Corrupção passiva para ato ilícito (Artigo 372º do Código Penal) - O funcionário que por si, ou por interposta pessoa com o seu

consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, sem que lhe seja devida, vantagem patrimonial ou não patrimonial,

ou a sua promessa, para um qualquer ato ou omissão contrários aos deveres do cargo, ainda que anteriores àquela solicitação ou aceitação.

Corrupção passiva para ato lícito (Artigo 373º do Código Penal) - O funcionário que por si, ou por interposta pessoa, com o seu

consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, sem que lhe seja devida, vantagem patrimonial ou não patrimonial,

ou a sua promessa, para um qualquer ato ou omissão não contrários aos deveres do cargo, ainda que anteriores àquela solicitação ou aceitação.

Corrupção ativa (Artigo 374º do Código Penal) - Quem por si, ou por interposta pessoa com o seu consentimento ou ratificação, der ou

prometer a funcionário, ou a terceiro com conhecimento daquele, vantagem patrimonial ou não patrimonial que ao funcionário não seja devida

com o fim indicado no artigo 372º.

Muito próximos da corrupção existem outros crimes igualmente prejudiciais ao bom funcionamento das instituições e dos mercados. São eles o

suborno, o peculato, o abuso de poder, o tráfico de influências, a participação económica em negócio. Comum a todos estes crimes é a obtenção de

uma vantagem (ou compensação) não devida. Configuram designadamente manifestações de infrações conexas:

Abuso de poder (Artigo 382º do Código Penal) - O funcionário que, fora dos casos previstos nos artigos anteriores, abusar de poderes ou

violar deveres inerentes às suas funções, com intenção de obter, para si ou para terceiro, benefício ilegítimo ou causar prejuízo a outra pessoa.

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Violação de segredo por funcionário (Artigo 379º do Código Penal) – O funcionário que, sem estar devidamente autorizado, revelar segredo

de que tenha tomado conhecimento ou que lhe tenha sido confiado no exercício das suas funções, ou cujo conhecimento lhe tenha sido

facilitado pelo cargo que exerce, com intenção de obter, para si ou para outra pessoa, benefício, ou com a consciência de causar prejuízo ao

interesse público ou a terceiros.

Concussão (Artigo 379º do Código Penal) – O funcionário que, no exercício das suas funções ou de poderes de facto delas decorrentes, por

si ou por interposta pessoa com o seu consentimento ou ratificação, receber, para si, para o Estado ou para terceiro, mediante indução em

erro ou aproveitamento de erro da vítima, vantagem patrimonial que não lhe seja devida, ou coima.

Peculato de uso (Artigo 376º do Código Penal) - O funcionário que ilegitimamente se apropriar, em proveito próprio ou de outra pessoa, de

dinheiro ou qualquer coisa móvel, pública ou particular, que lhe tenha sido entregue, esteja na sua posse ou lhe seja acessível em razão das

suas funções.

Participação económica em negócio (Artigo 377º do Código Penal) - O funcionário que, com intenção de obter, para si ou para terceiro,

participação económica ilícita, lesar em negócio jurídico os interesses patrimoniais que, no todo ou em parte, lhe cumpre, em razão da sua

função, administrar, fiscalizar, defender ou realizar.

Tráfico de influência (Artigo 335º do Código Penal) - Quem, por si ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, solicitar

ou aceitar, para si ou para terceiro, vantagem patrimonial ou não patrimonial, ou a sua promessa, para abusar da sua influência, real ou

suposta, junto de qualquer entidade pública.

Suborno (Artigo 363º do Código Penal) - Quem convencer ou tentar convencer outra pessoa, através de dádiva ou promessa de vantagem

patrimonial ou não patrimonial, a praticar os factos previstos nos artigos 359º ou 360º, falso depoimento ou declaração em processo judicial,

ou a prestar falso testemunho, perícia, interpretação, ou tradução.

Administração danosa (Artigo 235º do Código Penal) - Quem, infringindo intencionalmente normas de controlo ou regras económicas de

uma gestão racional, provocar dano patrimonial importante em unidade económica do sector público ou cooperativo.

Outras definições relevantes:

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Plano de Gestão de Riscos, Incluindo os Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Dezembro de 2018 53 de 55

Compensações não justificadas – Atribuição injustificada a um colaborador de um aumento de salário, cartão de crédito, bónus, avaliação,

progressão na carreira ou qualquer outra compensação interna, como forma de pagamento para a prática de um qualquer ato ou omissão,

contrários ou não contrários aos deveres do cargo.

Diferimento de depósitos – Apropriação indevida do depósito do dia 1 por parte de um colaborador, que o substitui pelo depósito do dia 2,

sendo este substituído pelo depósito do dia 3, e assim consecutivamente.

Extorsão económica – Pratica o ato de extorsão económica qualquer colaborador com poder dentro da organização, que por si, ou por

interposta pessoa, toma a iniciativa de se mostrar disponível a ser corrompido, em troca de benefícios pessoais.

Subfaturação – Venda de bens ou prestação de serviços por um valor inferior ao valor tabelado ou por um valor manifestamente inferior ao

praticado no mercado para bens ou serviços equivalentes;

Sobrefaturação – Compra de bens ou aquisição de serviços por um valor superior ao valor tabelado ou por um valor manifestamente superior

ao praticado no mercado para bens ou serviços equivalentes;

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XV – FONTES

Este capítulo inclui documentos normativos e boas práticas que constituem exemplos de referências para a compreensão dos temas abrangidos pelo

PGRCIC

“Código de Ética CP”, Caminhos de Ferro Portugueses, E.P.

“Código Penal Português” – DATAJURIS

Estatuto do gestor público, conforme Decreto-Lei nº 71/2007, de 27 de março

Lei 54/2008 relativa à criação do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), entidade administrativa independente, a funcionar junto do

Tribunal de Contas, que desenvolve uma atividade de âmbito nacional no domínio da prevenção da corrupção e infrações conexas

“Deliberação relativa aos Contratos Públicos e Decreto-Lei nº34/2009 de 6 de fevereiro”, maio de 2009. Conselho de Prevenção da Corrupção,

Tribunal de Contas

“Deliberação sobre Avaliação de riscos de corrupção e infrações conexas” e “Questionário sobre a avaliação da Gestão de Riscos”, março de

2009. Conselho de Prevenção da Corrupção, Tribunal de Contas

“Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas” agosto de 2009, Ministério da Administração Interna

“Plano-Tipo de Prevenção de Riscos de Gestão Incluindo os de Corrupção e Infrações Conexas”, Associação Nacional de Municípios Portugueses

“Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção sobre os Planos de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas”, julho de

2009. Conselho de Prevenção da Corrupção, Tribunal de Contas

“Relatório Síntese do Questionário sobre a avaliação da gestão de riscos de corrupção e infrações conexas” julho de 2009. Conselho de

prevenção da Corrupção

“United Nations Convention Against Corruption”, ratificada pelo Estado Português, através do Decreto nº 97/2007 do Presidente da República

“Technical Guide to the United Nations Convention Against Corruption”, UNOCD (United Nations Office on Drugs and Crime) Nova Iorque, 2009

“Guião de Boas Práticas para a Prevenção e o Combate à Corrupção na Administração Pública” no âmbito dos países da CPLP, 2011

“Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção sobre a Gestão de conflitos de interesses no sector público”, novembro de 2012

Decreto-lei nº 133, no seu artigo 46º relativo à elaboração e publicação anual de relatório no âmbito da Lei nº 54/2008, outubro de 2013

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Plano de Gestão de Riscos, Incluindo os Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Dezembro de 2018 55 de 55

“Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção sobre Prevenção de riscos de corrupção na contratação pública”, janeiro de 2015

“Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção sobre Planos de prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas”, julho de

2015