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PLANO DE GESTÃO REDE NATURA 2000 AÇORES (Áreas terrestres) Protocolo de colaboração SECRETARIA REGIONAL DO AMBIENTE UNIVERSIDADE DOS AÇORES (IMAR) Execução e responsabilidade técnico / científica GEVA Grupo de Ecologia vegetal e Ambiente Depart. Ciências Agrárias – UA Coordenador EDUARDO DIAS 2004

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P L A N O D E G E S T Ã O R E D E N A T U R A 2 0 0 0

A Ç O R E S ( Á r e a s t e r r e s t r e s )

Protocolo de colaboração

SECRETARIA REGIONAL DO AMBIENTE UNIVERSIDADE DOS AÇORES (IMAR)

Execução e responsabilidade técnico / científica

GEVA Grupo de Ecologia vegetal e Ambiente

Depart. Ciências Agrárias – UA

Coordenador

EDUARDO DIAS

2004

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

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GRANDES MOMENTOS DE ENTREGA PREVISTOS INICIALMENTE NO PROTOCOLO DO PLANO: 1º Relatório Intermédio - Abril 2003 Caracterização e descrição das áreas em estudo, com base na compilação de dados secundários Indicação dos dados primários e diagnosticantes a recolher para a segunda fase da caracterização 2º Relatório Intermédio - Novembro 2003 Caracterização e descrição das áreas em estudo, com base nos dados primários e secundários recolhidos, organizados de acordo com o Programa de trabalho do Anexo II Documento final para discussão - Abril 2004 Diagnóstico da situação Desenho da estratégia e objectivos Marcação dos instrumentos de gestão a desenvolver no Plano Relatório Final - Plano de Gestão - Junho 2004 Medidas de gestão, acções e actividades

SIC Costa e Caldeirão CORVO SIC Caldeira e Capelinhos FAIAL SIC Ponta do Varadouro FAIAL SIC Morro de Castelo Branco FAIAL ZPE Caldeira e Capelinhos FAIAL SIC Zona Central - Morro Alto FLORES SIC Costa Nordeste FLORES SIC Ponta Branca GRACIOSA SIC Ilhéu de Baixo, Restinga GRACIOSA SIC Montanha do Pico, Praínha e Caveiro PICO SIC Ponta da Ilha PICO ZPE Ponta da Ilha PICO ZPE Zona Central do Pico PICO SIC Ponta do Castelo SANTA MARIA SIC Ponta dos Rosais SÃO JORGE SIC Costa NE Ponta do Topo SÃO JORGE SIC Lagoa do Fogo SÃO MIGUEL ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme SÃO MIGUEL SIC Serra de Santa Bárbara e Pico Alto TERCEIRA SIC Costa das Quatro Ribeiras TERCEIRA

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

PLANO GLOBAL DE GESTÃO PARA A REDE NATURA 2000 – AÇORES

(ÁREAS TERRESTRES)

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

DESCRIÇÃO GENÉRICA DOS AÇORES

ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO DO ARQUIPÉLAGO AÇORIANO

PARTE I – ELEMENTOS DESCRITORES:

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ais

CARTA DE VIAS DE COMUNICAÇÃO. Carta realizada com recurso a cartografia forne ida e/ou levantamento de campo por GPS, tendo por objectivo a caracterização de acessos nos espaços da REDE NATURA 2000 (áreas terrestres).

CARTA DE CLASSES DE DISTRIBUIÇÃO MODELADA DE PRECIPITAÇÃO. Carta criada pelo Grupo GEVA, com recurso a modelação em GRID, sob software GIS e o modelo de AGOSTINHO (x). Esta carta teve como objectivo a c racterização de precipitação altitudinal nos espaços estudados, para estabelecimento de relações com s temas eco-hidrológicos e processos respectivos.

FÍSICOS, BIOLÓGICOS, VALORIZAÇÃO PATRIMONIAL E ADMISTRATIVOS E ESTRUTURAS

1. ENQUADRAMENTO:

Descritores Físicos Tin da ilha Limite das áreas de estudo Hipsometria das áreas de estudo Declives das áreas de estudo Orientações das áreas de estudo

Administrativos e Estruturas Limites administrativos Vias de comunicação Cartas de ocupação de solo

ILHA DO FAIAL ILHA DO FLORES ILHA DA GRACIOSA ILHA DO PICO ILHA DE SANTA MARIA ILHA DE SÃO JORGE ILHA DE SÃO MIGUEL ILHA DA TERCEIRA ILHA DO CORVO

Descrição genérica do clima do arquipélago açoriano

Temperatura Humidade Nebulosidade Vento

Descrição genérica dos solos do arquipélago açoriano

Uso do solo

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

CARTA DE HIDROLOGIA DE SUPERFÍCIE MODELADA – BACIAS HIDROGRÁFICAS E REDE HÍDRICA. Bacias hidrográficas e linhas de água desenhadas com recurso a so tware de modelação GIS e levantamentos de campo, com objectivos de cara ização e modelação de sistemas hidrológicos associados a áreas da REDE NATURA 2000.

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CARTA DE VEGETAÇÃO Carta criada pelo Grupo GEVA sob software GIS, com recurso a fotografia aérea e inventários de campo. Esta carta teve como objectivo a caracterização das unidades de vegetação nos espaços e tudados, assumindo as comunidades veg tais como unidades ecológicas da paisagem e como elementos de g tão fundamentais.

CARTA DE MACRO-UNIDADES DA PAISAGEM. Carta criada pelo Grupo GEVA, com recurso a levantamentos de campo, fotoghrametria e teledetecção.

Descrição genérica da geologia e geomorfologia do arquipélago açoriano

Hidrologia e habitats hidromórficos

2. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DOS ESPAÇOS TERRESTRES DA REDE NATURA 2000

Descritores Físicos Capacidade de uso do solo das áreas de estudo Carta Geológica Carta Geomorfológica Hidrologia de superfície modelada da área de estudo Precipitação da área de estudo Temperatura da área de estudo

ILHA DO FAIAL ILHA DO FLORES ILHA DA GRACIOSA ILHA DO PICO ILHA DE SANTA MARIA ILHA DE SÃO JORGE ILHA DE SÃO MIGUEL ILHA DA TERCEIRA ILHA DO CORVO

Características Biológicas, Unidades ecológicas, Flora Fauna

Descritores Biológicos Diversidade Biológica Plantas Vasculares Avifauna Mamíferos terrestres Répteis e Anfíbios Cartas de Vegetação Cartas de Paisagem Elementos de Valorização Patrimonial (Espécies da Directiva Habitats/Aves) Plantas Aves Mamíferos terrestres Habitats

ILHA DO FAIAL ILHA DO FLORES

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

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CARTA DE HABITATS. Carta criada pelo Grupo GEVA sob software GIS, com base nas cartas de vegetação. Esta carta tem como objectivo caracterizar um dos elementos da di ectiva (habitats) nos espaços estudados, de forma a analisar a sua di tribuição, diver idade, representatividade e problemas de conservação.

CARTA DE CLASSES DE DECLIVES. Carta criada pelo Grupo GEVA, com recurso a modelação tridimensional, em software GIS, tendo por objectivo o conhecimento das principais classes de declives dentro das áreas consideradas.

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CARTA DE INTENSIDADE DE USO E DIVERSIDADE. Esta c rta teve como objectivo caracterizar os diversos tipos de sistemas produtivos present s nos espaços estudados, no que se refere à intensidade do uso a que se encontram sujeitos, bem como quanto à biodiversidade, em termos floristicos, a eles associada, constituindo uma importante f amenta para auxilio a tomadas de decisão n elaboração planos de ordenamento e gestão.

ILHA DA GRACIOSA ILHA DO PICO ILHA DE SANTA MARIA ILHA DE SÃO JORGE ILHA DE SÃO MIGUEL ILHA DA TERCEIRA ILHA DO CORVO

Elementos da Directiva

Contexto legal Descrição do contexto legal Elementos da Directiva aceite, na reunião de peritos de Funchal, 1994 (base para a estruturação dos SIC’s)

Elementos da Directiva Elementos da Directiva – Plantas Elementos da Directiva – Animais Aves Mamíferos terrestres Elementos da directiva - Habitats

3 CARACTERIZAÇÃO SOCIO-ECONÓMICA & ACTIVIDADES HUMANAS

Descrição Caracterização sócio-económica Actividades humanas Demografia Evolução da população Estrutura actual da população Características da população Sistema económico Emprego e população associadas Multiplicadores de emprego e de população Cadeia de valores associados Cadeia de valores de turismo Cadeia de valores de agro silvo pastoril Caracterização da água Caracterização da energia

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

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Caracterização da acessibilidade

CARTA DE LIMITES ADMINISTRATIVOS. Carta sob a base cartográfica fornecida, tendo por objectivo a cara ização administrativa nos espaços da REDE NATURA 2000 (áreas terrestres).

cter

CARTA DE CLASSES DE OCUPAÇÃO DO SOLO. Esta carta teve como objectivo a caracterização dos diversos tipos de ocupação do solo nos espaços estudados, constituindo o ponto de partida para a análise dos problemas decorrentes da ocupação do território.

CARTA DE COBERTURA DO SOLO E SISTEMAS PRODUTIVOS. Esta carta teve como objectivo a caracterização dos diversos tipos de cobertos vegetais e de istemas produtivos nos espaços estudados, constituindo uma importante ferramenta para auxilio a tomadas de decisão na elaboração planos de ordenamento e gestão.

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Avaliação e objectivos Factores que influenciam a gestão Factores naturais Factores induzidos pelo homem Espaços adaptados do turismo no SIC/ZPE Espaços adaptados na agro silvo pastoril do SIC/ZPE Recursos hídricos Acessibilidade Factores jurídicos Sítio de Interesse Comunitário (SIC)/Zona de Protecção Especial (ZPE) Sinalização geodésica e cadastral Reserva Ecológica Nacional (REN) Ribeiras Reserva florestais e naturais Domínio Público Hídrico (DPH) Reserva Natural Nascentes, lagoas e ribeiras Reserva Agrícola Regional (RAR) Reserva florestal de recreio Reserva natural geológica Faróis Reserva natural parcial Reservas florestais naturais Reserva parcial de caça Paisagem protegida de interesse regional da cultura da vinha na Ilha do Pico

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PARTE II – DIAGNÓSTICO E

POTENCIALIDADES

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ABORDAGEM AOS GRANDES PROBLEMAS DAS ÁREAS DA REDE NATURA 2000 NOS AÇORES Definições de Áreas

Limites de áreas existentes

Forma das áreas existentes Medidas de carácter administrativo

Ordenamento biológico LIMITES DAS ÁREAS EM ESTUDO. .

CARTA DE INTENSIDADE DE USO E DIVERSIDADE. Esta c rta teve como objectivo caracterizar os diversos tipos de sistemas produtivos present s nos espaços estudados, no que se refere à intensidade do uso a que se encontram sujeitos, bem como quanto à biodiversidade, em termos floristicos, a eles associada, constituindo uma importante f amenta para auxilio a tomadas de decisão n elaboração planos de ordenamento e gestão.

Fragmentação

Ordenamento da actividade agrícola

Actividades agrícolas Pastoreio livre dentro ou na margem das áreas da Rede

Natura 2000 Herbivorismo (coelho)

Actividade Cinergética

Hidrologia

Espécies e habitats da directiva dependentes de zonas

húmidas de altitude Alteração da qualidade das águas e detruição ou

alteração das principais zonas de captação hídrica Avanço de espécies exóticas

Ameaças das espécies exóticos invasoras Apanha ilegal de espécies protegidas

Limpeza de vias públicas

Abertura de trilhos e caminhos

Actividades de recreio e turismo

Actividades industriais

Conclusão

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

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cter ,

Avaliação da distribuição espacial dos processos hidro-ecológicos nos ecossistemas de montanha dos açores Água na paisagem açoriana

Pressupostos para a avaliação espacial dos processos hidro-

ecológicos nos ecossistemas de montanha e sua análise na paisagem

Avaliação da distribuição espacial dos processos hidro-

ecológicos nos ecossistemas de montanha dos açores

Implicação da avaliação da distribuição espacial dos processos

hidro-ecológicos

CARTA DE CLASSES DE DISTRIBUIÇÃO MODELADA DE PRECIPITAÇÃO. Carta criada pelo Grupo GEVA, com recurso a modelação em GRID, sob software GIS e o modelo de AGOSTINHO (x). Esta carta teve como objectivo a cara ização de precipitação altitudinal nos espaços estudadospara estabelecimento de relações com sistemas eco-hidrológicos e processos respectivos.

PROBLEMAS E POTENCIALIDADES POR ÁREAS DA REDE NATURA 2000 NOS AÇORES

ÁREA SIC – “COSTA E CALDEIRÃO” - DA ILHA DO

CORVO

FICHA RESUMO

ÁREA SIC – “COSTA NORDESTE” – ILHA DAS FLORES

FICHA RESUMO

ÁREA SIC ZONA CENTRAL – “MOURRO ALTO” - FLORES

FICHA RESUMO

ÁREA SIC – “CALDEIRA CAPELINHOS” - ILHA DO FAIAL

FICHA RESUMO

ÁREA ZPE – “CALDEIRA CAPELINHOS” - ILHA DO FAIAL

ÁREA SIC – “PONTA DO VARADOURO” – ILHA DO FAIAL

FICHA RESUMO

ÁREA SIC – “MONTANHA DO PICO, PRAINHA CAVEIRO”

- ILHA DO PICO

FICHA RESUMO

ÁREA ZPE – “PRAINHA E MONTANHA” - ILHA DO PICO

ÁREA SIC – “PONTA DA ILHA” – ILHA DO PICO

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

FICHA RESUMO

10

ÁREA ZPE – “PONTA DA ILHA” – ILHA DO PICO

FICHA RESUMO

ÁREA SIC – “COSTA NE E PONTA DO TOPO” - ILHA DE S

JORGE

FICHA RESUMO

ÁREA SIC – “PONTA DOS ROSAIS” – ILHA DE SÃO JORGE

FICHA RESUMO

ÁREA SIC – “PONTA BRANCA” – ILHA DA GRACIOSA

FICHA RESUMO

ÁREA SIC – “ILHÉU DE BAIXO, RESTINGA” – ILHA DA

GRACIOSA

FICHA RESUMO

ÁREA SIC – “SERRA DE STA BÁRBARA E PICO ALTO” -

ILHA TERCEIRA

FICHA RESUMO

ÁREA SIC – “COSTA DAS QUATRO RIBEIRAS” – ILHA

TERCEIRA

FICHA RESUMO

ÁREA SIC – “LAGOA DO FOGO” - ILHA DE S MIGUEL

FICHA RESUMO

ÁREA ZPE – “PICO DA VARA” – ILHA DE SÃO MIGUEL

FICHA RESUMO

ÁREA SIC – “PONTA DO CASTELO” – ILHA DE SANTA

MARIA

FICHA RESUMO

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PARTE III– ZONAMENTO E GESTÃO

CARTA DE ZONAMENTO E ESTRATÉGIA DE GESTÃO Carta com propost s de zonamento e estratégias de gestão para as áreas estudadas, com objectivos de melhor funcionamento da REDE, tendo em con.

CARTA HIDRO-ECOLÓGICA. Carta criada pelo Grupo GEVA, com recurso a levatamentos de campo, ortofotocartografia, teledetecção e modelação tridimensional em software SIG. o objectivo de avaliar a importancia da água como modeladora da paisagem, dentro das áreas da rede de altitude. Pretendia- e identi icar os locais de maior importância em termos do ciclo hidrológico, tendo-se estabelecido três tipologias a nível paisagi ico: áreas de captação, transporte e acumulação.

ZONAMENTO E GESTÃO DOS ESPAÇOS PROTEGIDOS DA REDENATURA 2000

OCUPAÇÃO DO SOLO E ORDENAMENTO NO ESPAÇOS DA REDE DISTRIBUIÇÃO DA OCUPAÇÃO DO SOLO EM FUNÇÃO DO GRAU DE NATURALIDADE ANÁLISE INTERPRETATIVA DOS FACTORES DE PERTURBAÇÃO ABORDAGEM INTEGRADA ANÁLISE DOS ESPAÇOS DA REDE NATURA 2000

ELEMENTOS ESTRUTURANTES DAS CONDIÇÕES ECOLÓGICAS: OSGRANDES VECTORES ECOLÓGICOS

1 Água e os ecossistemas reguladores e hidromórficos

OCORRENCIA E UTILIZAÇÃO DA ÁGUA NOS AÇORES INTRODUÇÃO OCORRÊNCIA DE ÁGUA NOS AÇORES CLIMA GEOLOGIA E SOLOS PROPRIEDADES HIDRÁULICAS DOS MATERIAIS VEGETAÇÃO HIDROLOGIA APROVEITAMENTO DA ÁGUA NOS AÇORES RESERVAS DE ÁGUA NO ARQUIPÉLAGO CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUA CONSIDERAÇÕES FINAIS AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL OS PROCESSOS HIDRO-ECOLÓGICOS NOS ECOSSISTEMAS DE MONTANHA DOS AÇORES

1 ÁGUA NA PAISAGEM AÇORIANA 2 PRESSUPOSTOS PARA A AVALIAÇÃO ESPACIAL DOS PROCESSOS HIDROECOLÓGICOS NOS ECOSSISTEMAS DE MONTANHA E SUA ANÁLISE NA PAISAGEM 3 AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS PROCESSOS HIDROECOLÓGICOS

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

NOS ECOSSISTEMAS DE MONTANHA DOS AÇORES

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4 IMPLICAÇÕES DA AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS PROCESSOS HIDRO-ECOLÓGICOS

2 ECOSSISTEMAS NATURAIS ESTRUTURANTES: zonais e azonais

CARTA DE VALOR PATRIMONIAL E DE BIODIVERSIDADE Carta criada pelo Grupo GEVA, com objectivos de identi icar a di tribuição de espécies estruturant , dentro das áre s da REDE NATURA 2000.

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CARTA ESPÉCIES VEGETAIS ESTRUTURANTES Carta criada pelo Grupo GEVA, com objectivos de identi icar a di tribuição de espécies estruturant , dentro das áre s da REDE NATURA 2000.

fs es a

CARTA DE ÍNDICE DE REPRESENTATIVIDADE Carta criada pelo Grupo GEVA, com objectivos de diferenciação da representatividade das diversas populações das Espécies da Directiva Habitats, dentro das áreas da REDE NATURA 2000.

HABITATS / ECOSSISTEMAS NATURAIS ZONAIS, ESTRUTURANTES E AZONAIS INTRODUÇÃO SUPORTE TEÓRICO MODELO INTERPRETATIVO (CLASSES) A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS ZONAIS E DOS ZONAIS

3 RARIDADE, PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO E ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

4 ESPÉCIES VEGETAIS ESTRUTURANTES DE HABITATS DA DIRECTIVA

5 ACTIVIDADES SILVO-PASTORICIA E DISTRIBUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE

ACTIVIDADES SILVO-PASTORICIA E DISTRIBUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE MEMÓRIA DESCRITIVA

6 ALTERAÇÕES DO MEIO AMBIENTE E GRAU DE PERTURBAÇÃO

GRAU DE PERTURBAÇÃO POR ALTERAÇÕES ANTRÓPICAS, NOS HABITATS NATURAIS INTRODUÇÃO CLASSES

VALORES BIOLÓGICOS E PATRIMÓNIO NATURAL

7 ESPÉCIES RARAS E EM PERIGO E DISTRIBUIÇÃO DE HOT-SPOTS

VALOR PARA A CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES RARAS E EM PERIGO CLASSES DE STATUS E PONDERAÇÃO:

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

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7 ELEMENTOS DA DIRECTIVA HABITATS: ESPÉCIES E HABITATS

CARTA DE ÍNDICE DE NATURALIDADE Carta criada pelo Grupo GEVA sob software GIS, com base nas cartas de veg ação, cartas espécies. Esta carta tem como objectivo analisar níveis de qualidade ambiental, equilíbrio com os recursos ecológicos endógenos, com o nível de valores naturais acumulados e com a biodiversidade nos espaços estudados. Reflecte até que ponto o meio está alterado do seu estado natural.

CARTA DE ZONAMENTO E ESTRATÉGIA DE GESTÃO Carta com propost s de zonamento e estratégias de gestão para as áreas estudadas, com objectivos de garantir a concretização dos ojectivos da REDE NATURA.

ELEMENTOS DA DIRECTIVA VALORES PONDERATIVOS:

8 NATURALIDADE GRAU NATURALIDADE CLASSES

9 REPRESENTATIVIDADE E ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS ELEMENTOS DA DIRECTIVA NOS AÇORES

PLANO ESTRATÉGICO DE GESTÃO DOS ESPAÇOS SIC E ZPE’S

VALOR PATRIMONIAL E DE BIODIVERSIDADE INTRODUÇÃO ÍNDICE DO VALOR PATRIMONIAL E DE BIODIVERSIDADE ENQUADRAMENTO REGULAMENTAR DOS PLANOS PROCESSOS DE AJUSTE DA GESTAO DA REDE “NATURA 2000” Á REGIAO AUTONOMA DOS AÇORES ZONAMENTO E ESTRATÉGIA DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 NOS AÇORES (ESPAÇOS TERRESTRES)

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

Água como elemento de ordenação da Rede Natura 2000

Nas zonas de altitude das áreas da Rede 2000 nos Açores, a água é um dos principais elementos

reguladores e modeladores da paisagem. Esta realidade deve-se à grande quantidade de água livre à superfície que é

promovida pelos elevados valores de pluviosidade e precipitação oculta e pela natureza impermeabilizante do solo.

Este fenómeno favorece o aparecimento de grandes extensões de habitats de zonas húmidas que condicionam a

quantidade e a qualidade de água, bem como a tipologia de habitats e espécies existentes, nomeadamente nas suas

margens (pela cedência de grande quantidade de nutrientes dos ecossistemas zonais que formam). Existe nos Açores

uma considerável parcela do território (ilhas das Flores, Corvo, Terceira, S. Jorge, Pico, Faial e S. Miguel) em que

dominam os ecossistemas de zonas húmidas e são predominantes os processos de transposição da água, e destas,

uma parcela uma parcela importante apresenta ainda um elevado estado de naturalidade. No entanto, a expansão das

actividades agrícolas e uma (frequentemente insustentável) rede de vias de comunicação, acentuam a fragmentação

de zonas naturais e causam, em alguns locais, importantes desvios, ou mesmo cortes, ao natural movimento da água

à superfície. Este fenómeno reflecte-se na degradação de espécies e habitats raros, dentro e nas margens destes

sistemas, bem como numa diminuição da qualidade e quantidade de água disponível. A água, como recurso limitado

(principalmente em ambientes insulares) e como promotor de processos dinâmicos na paisagem, tem de ser encarada

como elemento primordial na ordenação do território da REDE NATURA. Para tal torna-se necessário conhecer a

importância de cada parcela do espaço em termos hidro-ecológicos (neste estudo foram distinguidas zonas de

captação, transporte e acumulação) e ordenar (e mesmo restaurar) em função da mesma. De uma forma global

assinala-se a necessidade de uma gestão das actividades agrícolas, neste caso específico, nas zonas altas, em alguns

casos promover mesmo o seu abandono, até porque na maioria dos casos os solos são de fraca apetência para a

actividade. A ordenação do território tem necessariamente que analisar alguns das estradas, caminhos e trilhos que

rasgam a paisagem quebrando o movimento natural da água, nomeadamente a estrada que atravessa a zona alta das

Flores, estrada que atravessa a zona do Caiado e Caveiro, na ilha do Pico (afectando Lagoa do Paul e do Caiado),

estrada que atravessa a zona alta da ilha de S. Jorge, entre outras. Em termos de linhas de água (de regime

predominantemente torrencial pela progressiva destruição das zonas húmidas de altitude) deve ser promovida, na

medida do possível, a sua limpeza e re-naturalização. Para a salvaguarda de habitats e espécies quer de zonas

húmidas quer de margem é necessário promover por parte das entidades responsáveis vigilâncias evitando

desrespeitos das normas como a Directiva Habitats, REN ou Domínio Público Hídrico. Devem ser levados a cabo

estudos de capacidade de carga dos ecossistemas, nomeadamente para sustentabilizar o turismo (por exemplo para a

Lagoa do Fogo de S. Miguel, e Lagoas das Flores).

Assinala-se contudo, que cada área da Rede Natura dos Açores é um caso único e particular, e embora se

possam assinalar medida globais para cada actividade dentro de cada área, devem ser efectuados estudos de base

técnico-científicos e planos de pormenor para cada parcela. De uma forma global os estudos efectuados para a

elaboração deste plano de gestão demonstram que o meio hídrico, como ecossistema, reveste-se de enorme

sensibilidade e requer a tomada de medidas específicas de salvaguarda das suas características biofísicas.

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

Uma correcta gestão dos recursos hídricos passa por uma adequada política de planeamento, assente numa

abordagem integrada territorialmente e numa perspectiva qualitativa e quantitativa do meio.

Habitats como elemento de ordenação da Rede natura 200

Na Directiva Habitats, os habitats surgem como um dos elementos fundamentais para a gestão e

conservação dos elementos naturais. Este conceito tem ganho importância, devido a um novo entendimento na

protecção dos valores naturais, no qual não se pretende proteger apenas a espécie ou a comunidade, mas

principalmente o conjunto de processos e fenómenos que permitem a existência e que garantem a sua perpetuação

no tempo.

Assim, para além dos habitats constituírem elementos de definição e implementação da própria Rede

Natura 2000, a sua distribuição, representatividade e funcionalidade na paisagem, assumem um papel de extrema

importância para o plano de gestão. Foi com base nestes pontos que os habitats foram analisados no presente

trabalho e apresentadas as medidas de gestão para a Rede baseados nos mesmos. A sua distribuição foi analisada

através da carta de habitats, a representatividade através do índice de habitats e funcionalidade através da sua

classificação como habitats zonais ou azonais.

Os habitats zonais (e.g. Florestas Laurifólias, Zonas Húmidas) ou seja aqueles que são estruturadores da

paisagem, produtores e exportadores de energia e matéria, e que devem ocupar grandes áreas no território, são

afectados pelos seguintes problemas:

Representados por áreas muito reduzidas nos espaços onde ocorrem.

Elevada fragmentação das manchas das várias tipologias em cada uma das áreas.

Invasão de espécies exóticas, em que em muitos casos estas dominam as comunidades alterando os

processos funcionais.

Isolamento das comunidades por falta de elementos dispersores.

Falta de conhecimento científico sobre os processos dinâmicos das comunidades e das suas

interdependências com outros tipos de habitats.

Degradação dos habitats pela presença de espécies de animais introduzidas, com incidência para os

distúrbios por herbivorismo (e.g. coelho, gado caprino), pisoteio (e.g. pastoreio gado bovino) e

eutrofização (e.g. gado bovino).

Alteração do regime hídrico.

Aumento das acessibilidades.

Os habitats azonais de distribuição pontual típica, dependentes das condições locais e dos grandes habitats

zonais, embora não constituindo unidades de paisagem, são unidades aglomeradoras de biodiversidade. Estes são

afectados pelos seguintes problemas:

Homogeneização da paisagem e eliminação dos distúrbios naturais.

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

Degradação dos habitats pela presença de espécies de animais introduzidas, com incidência para os

distúrbios por herbivorismo (e.g. coelho, gado caprino), pisoteio (e.g. pastoreio gado bovino) e

eutrofização (e.g. gado bovino).

Degradação dos habitats zonais, dos quais esta segunda tipologia de habitat depende.

Alteração do ciclo hídrico

Após a análise do território verificou-se que cada espaço da Rede apresenta especificidades próprias de

acordo com a representatividade e o papel funcional de cada habitats. As medidas de gestão devem pois ser tomadas

em função do equilíbrio que cada um destes habitats deve ter em cada espaço específico da Rede. Em termos gerais

apresentam-se as seguintes medidas de gestão:

Ampliação das suas áreas através de medidas de restauro e aquisição de novas áreas para a

implementação destes habitats, de preferência para criar núcleos de fusão entre manchas actualmente

fragmentadas (Habitats zonais)

Criação de corredores ecológicos para diminuir os problemas da fragmentação e tornar as matrizes

paisagísticas antropogénicas mais sustentáveis, recorrendo a medidas integradoras, como por exemplo

a criação de sebes naturais nas pastagens, restauro da vegetação ripícola das ribeiras. Aumentar a

conectividade e os processos de dispersão (Habitats zonais)

Recuperação de algumas das manchas destes habitats, nomeadamente desenvolver programas de

controlo de exóticas (Habitats zonais).

Medidas de redução do pastoreio marginal e de controlo do coelho (Habitats zonais e azonais)

Regularização do ciclo hídrico (Habitats zonais e azonais)

Reposição de distúrbios naturais dos ecosssistemas, podendo em alguns casos recorrer-se a uma gestão

directa, impondo regimes de distúrbio que permitam a perpetuação de determinados habitats (Habitats

azonais).

Medidas globais para a mitigação da Rede Natura 2000

Nos Açores estão classificados na Rede Natura 2000, 21 locais ao abrigo

da Directiva Habitats (SIC) e 14 ao abrigo da Directiva Aves (ZPE). Embora de importância reconhecida, pelos

valores biológicos e ecológicos que a integram, estas estão sujeitas a pressões variadas que levam à perda e

degradação das unidades que esta Rede tem por base proteger.

O cumprimento dos diversos regulamentos ambientais aplicáveis em cada área constituiria por si uma

forma de protecção administrativa que evitaria grande parte dos usos lesivos dos recursos naturais e valores

patrimoniais que actualmente se verificam, pelo que se deve promover uma vigilância sobre o seu cumprimento.

Verifica-se também um conflito gerado pela existência de vários regulamentos de natureza antagónica que se

aplicam num mesmo local, sem se saber qual prevalece. Existe, de facto, uma clara incapacidade de fazer cumprir as

medidas existentes na lei, aspecto que tem de ser clarificado. Contudo, uma forma de ultrapassar este problema seria

criar uma figura institucional de área protegida. Assim, é proposto no Plano de Gestão elaborado, que algumas áreas

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

da Rede sejam classificadas como Parques Naturais (por exemplo o SIC da Serra de Sta Bárbara e Pico Alto, o SIC

do Mistério da Prainha, Caveiro e Montanha do Pico, ou mesmo o SIC do Morro Alto das Flores). Este tipo de

reserva obrigaria à elaboração de um plano de gestão específico sendo este dominante sobre os planos sectoriais

actualmente existentes.

As medidas de mitigação globais propostas (no Plano de Gestão) da REDE NATURA 2000 incluem, em

certos casos, o reajuste de algumas das áreas dos SIC, de modo que os seus limites e formas possam a atingir os

objectivos que se pretende com a mesma.

Em termos de ordenamento biológico assinala-se existir um profundo desequilíbrio entre ecossistemas

zonais e azonais (descritos em pormenor no Plano de Gestão). Perante esta realidade, e considerando também a

globalidade de habitats protegidos pela Directiva, devem ser tomadas medidas para salvaguarda e mesmo a re-

naturalização de determinadas áreas. Assinala-se também a necessidade de efectuar, para determinadas espécies

raras cujas populações se encontram no limiar da sobrevivência (Marsilea azorica, Myosotis azorica, entre outras),

não só mecanismos de conservação in-situ, mas também mecanismos ex-situ (nomeadamente com um banco de

sementes). Visando espécies e habitats raros protegidos (ou em excelente estado de conservação) e únicos (por

exemplo Rocha do Juncal e Rocha dos Bordões, Furnas do Enxofre, entre outros) devem ser tomadas medidas para a

criação de “santuários” onde, na medida do possível, não existam ameaças ou estas sejam mitigadas de modo que os

habitats ou populações de espécies da Directiva possam atingir densidades populacionais que garantam a

sobrevivência da sua diversidade genética.

Uma das actividades que mais efeitos nefastos provocam nos elementos da Directiva Habitats é a

agricultura, sendo primordial fazer um plano de ordenamento desta actividade de modo a diminuir áreas de

pastagens ou usadas como pastoreio nas zonas altas (para salvaguardar zonas hidro-ecológicas importantes), evitar a

presença animal nas margens de elementos naturais bem como incentivar as boas práticas agrícolas. Devem ser

promovidos estudos de forma a determinar modelos que integrem o desenvolvimento agro-pecuário e a protecção

dos elementos ecológicos e funcionalidade da paisagem. Simultaneamente deve-se fomentar alguns usos tradicionais

agro-pecuários, no que diz respeito à estruturação da área de pastagem, de forma a preservar elementos ecológicos

importantes.

Outro aspecto que coloca em risco as populações de espécies raras e protegidas herbáceas e palativas

(por exemplo Chaerophyllum azoricum, Angelica ligniscens e Rumex azoricus) é o coelho, assinalando-se que é

necessário ponderar a possibilidade de permitir acesso (nas zonas periférica das áreas da REDE onde já existem

trilhos e acessos) para caça. Claro de uma forma ordenada para não transformar a solução de um problema num

problema de outra natureza.

O Turismo, embora muito positivo de uma forma global para a região, é promotor de distúrbios em

algumas áreas, uma vez que a visitação ocorre em níveis superiores à capacidade de carga dos ecossistemas

visitados. Alguns exemplos são os Capelinhos (Faial) Montanha do Pico, Caldeirão do Corvo e a Lagoa do Fogo

(entre outros) onde as consequências desta actividade são visíveis (deposição de lixos, presença de exóticas, recolha

de espécimes, etc.) pelo que se deve desenvolver um plano de ordenamento para esta actividade, promovendo em

específico o turismo natureza. Deve ser efectuado, de preferência, um plano específico para cada secção,

nomeadamente a observação de aves, visitação de habitats, visitação de espécies, entre outros. É necessário também

criar critérios para monitorizar as diversas actividades do turismo.

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

Um outro problema a mitigar, sendo este abrangente a grande parte das áreas da Rede Natura

(nomeadamente ao nível das formações florestais de média altitude), são as espécies exóticas das quais se destacam

o Pittosporum undulatum (incenso), o Hedychium gardnerarum (roca), o Carpobrotus edulis (chorão), o Arundo

donax (cana), a Clethra arborea (folhado) e a Hydrangea macrophylla (hortência). Este problema afecta todas as

espécies e habitats protegidos pela Directiva e aumenta exponencialmente com a fragmentação do território. É muito

importante a elaboração de estudos de erradicação das espécies mencionadas, para que este seja efectuado,

principalmente em locais onde ainda existam importantes valores naturais.

São de facto de natureza e intensidade diversa, os problemas identificados para as áreas da REDE nos

Açores, contudo estes podem, com maior ou menor dificuldade, ser mitigados de modo a salvaguardar e mesmo

recuperar o imenso e único património biológico presente na região. O conhecimento, a investigação e a

monitorização são fundamentais na estratégia de conservação, sempre associados a uma correcta política de

ordenamento que respeite as espécies e ecossistemas mais sensíveis. É também premente a concretização dos planos

de gestão das áreas protegidas, conjuntamente com programas de salvaguarda de espécies ameaçadas e dos seus

habitats.

Ocupação do Solo

A caracterização das áreas e a construção de cartas de Ocupação do Solo, de Uso e Cobertura do solo, bem

como de Diversidade de Pastagens, constituem um importante instrumento de auxilio à tomada de decisões a cerca

dos problemas decorrentes da ocupação do território, constituindo uma importante ferramenta para os planos de

ordenamento e gestão.

Realizou-se também uma análise do território baseada no conceito de willdness. Este conceito está

associado a níveis de qualidade ambiental, de valores naturais acumulados, equilíbrio com os recursos ecológicos

endógenos e com a biodiversidade.

Foram determinados cinco níveis de ocupação do solo:

Urbano: sistemas de ocupação urbana densa e/ou sistemas produtivos independentes do solo – sector secundário ou

terciário.

Intensivo: sistemas produtivos dependentes dos recursos edáficos, mas com alteração das condições produtivas e

introdução de factores de produção.

Extensivo tradicional: sistemas produtivos dependentes dos recursos edáficos, sem alteração dos grandes factores

ecológicos – solo, ciclo da água, clima, biodiversidade.

Extensivo abandonado: corresponde a áreas que no passado estavam ocupadas com actividades agrícolas, vinhas,

pomares, pastagens e outros, mas que actualmente encontram-se total ou parcialmente abandonadas.

Semi-natural: correspondem a áreas que apesar de terem sido alvo de uso no passado e/ou actualmente, possuem

uma cobertura de vegetação natural relevante.

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Natural: áreas onde a presença humana ou a exploração de recursos quase não existe ou não tem sido de monta a

alterar as propriedades dos ecossistemas naturais.

AO LONGO DESTE TRABALHO FOI-NOS POSSÍVEL DETERMINAR QUE OS PRINCIPAIS PROBLEMAS

RELACIONADOS COM A OCUPAÇÃO DO SOLO SÃO:

A alteração dos usos, com a transformação de áreas naturais e semi-naturais em zonas de produção,

conduziram a uma significativa redução da área dos habitats naturais e das espécies selvagens. A modificação dos

habitats tornou-se uma das principais causas da extinção de espécies e consequente perda de biodiversidade;

Com o aumento da intensificação da ocupação do solo, um dos primeiros parâmetros globais que são

sacrificados é a biodiversidade, nos seus diversos níveis, desde a genética à estrutural. A perda de biodiversidade é

acompanhada de uma alteração dos fluxos produtivos que passam a ser simplificados e exportados;

A fragmentação da paisagem essencialmente como resultado da intensificação da agricultura e a

consequente transformação de mosaicos em matrizes. Muitas das áreas de pastagens tradicionais foram

transformadas em sistemas intensivos, observando-se uma diminuição da complexidade e biodiversidade deste

ecossistema cujo objectivo único é a produção;

A falta de ordenamento agrário, que tem no seu âmago uma permissividade em relação aos usos do

território;

A intervenção humana em zonas húmidas que levou a uma série de alterações quer na paisagem quer em

termos de processos, nomeadamente de caracter hidrológico. Este facto tem especial relevância dada a importância

deste tipo de ecossistemas na ecologia e paisagem açoriana.

A expansão das redes viárias que em alguns casos estenderem-se pelo interior de zonas de elevado

interesse, influenciaram grandemente as paisagens e afectaram de uma forma marcante os ecossistemas. A

construção de vias de acesso (estradas, trilhos, etc.) causam, invariavelmente, perturbações ao estado natural dos

habitats e à evolução das comunidades presentes;

Falta de ordenamento do turismo. O aumento exponencial das actividades turísticas, dentro da rede, sem

que tenham sido efectuados planos específicos para as diferentes ramos, nomeadamente observação de aves,

visitação de habitats, visitação de espécies, constitui um importante problema de ocupação do solo.

Os estudos realizados sobre os diferentes níveis de ocupação do solo, permitiram-nos verificar que:

Existem actividades como a agricultura tradicional (extensiva) que em certos casos são mais valias para a

Rede Natura, pois promovem a biodiversidade;

O abandono não implica um retorno. Tal depende do grau de intensificação anterior, dos sistemas que ainda

existam na paisagem e da capacidade de resiliência que ainda possuam;

Quantos mais elementos regionais são mantidos na paisagem, bem como espécies endémicas e

estruturantes, maior a eficiência dos sistemas naturais em restaurar os factores ecológicos;

A construção de caminhos tem aspectos favoráveis e muitos aspectos desfavoráveis. Considera-se

importante um estudo rigoroso das vias de acesso para a sua optimização nas diferentes vertentes.

Os estudos efectuados sobre a relação entre o uso do solo actual e a ocupação mais favorável para que se

atinja os objectivos da Rede Natura 2000, determinaram que:

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Deverá ser estabelecida uma relação entre a ocupação do solo e os objectivos da Rede Natura e estabelecer

zonas onde deve ser privilegiada a ocupação do homem e zonas onde deverá ser totalmente eliminada (reserva

integral);

No ordenamento da paisagem da Rede Natura, como fundo tem de haver um equilíbrio entre os sistemas

zonais e azonais. É necessário renaturalizar determinadas áreas tendo em vista aumentar a quantidade de

ecossistemas zonais.

A proposta do estabelecimento de “espaços de renaturalização fundamental”, vem criar áreas privilegiadas

para o restabelecimento de populações em risco e para a renaturalização de habitats.

As áreas susceptíveis a fenómenos de erosão biológica, ao avanço de infestantes, à ocupação agrícola e à

fragmentação deverão ser consideradas “espaços naturais”. Nestes espaços recomenda-se um cuidadoso

planeamento das actividades e um maior cuidado na envolvente, quer com planos de restauro, quer em aumentar a

percentagem de elementos naturais, como populações de espécies estruturantes ou de espécies raras, por forma a

provocarem uma pressão reestruturante sobre a área natural, bem como a salvaguarda dos factores ecológicos.

Os espaços onde se verificam usos do terreno, mas ainda existem elementos fundamentais do património

natural devem ser preservados e as actividades tradicionais devem ser incentivadas;

Em alguns espaços que sofrem ou já sofreram usos, as actividades humanas devem ser consideradas

importantes e vantajosas para os valores da rede por promoverem a biodiversidade. No entanto, devem ser

direccionadas para uma maior extensificação, diminuído os seus impactes sobre os elementos naturais e gerar uma

maior integração entre os elementos naturais e as actividades humanas.

Dentro da rede os usos intensivos e/ou urbanizações, à partida, só poderão ser permitidos em situações

pontuais como no caso dos espaços designados “reserva biológica” e “corredores ecológicos”.

As actividades agrícolas intensivas, apesar de todos os problemas que acarretam, são muitas vezes

recomendáveis como forma de constituírem barreiras a elementos penetradores em áreas naturais (como plantas

exóticas ou coelhos). Deste modo, dentro do espaço da Rede Natura, estas actividades só deverão ser permitidas nos

chamados “espaços tampão”

As zonas mais conflituosas, em termos da ocupação do solo e objectivos da Rede Natura, deverão ser

transformadas em zonas de “corredores ecológicos”. Estes deverão constituir locais privilegiados para o incentivo a

práticas tradicionais, turismo e utilização de espécies naturais pelo sector produtivo.

ZONAMENTO E ESTRATÉGIA DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 NOS AÇORES (ESPAÇOS TERRESTRES.

Integrando toda a informação das espécies e habitats, como áreas prioritárias para a conservação;

integrando os índices e a valorização para o equilíbrio funcional da rede, propõe-se uma estratégia de gestão para a

rede como abordagem global ao seu espaço. As medidas concretas e as opções a tomar devem ser procuradas nos

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capítulos sobre as espécies e habitates da Directiva, bem como nos parâmentros avaliadores e modeladores da rede,

nos pontos anteriores.

HABITATS / ECOSSISTEMAS NATURAIS ZONAIS, ESTRUTURANTES E AZONAIS

É reconhecido como avaliação da RN2000, neste trabalho de que existem relações entre os ecossistemas

de uma mesma paisagem, quer em relação aos parâmetros biológicos (na distribuição dos níveis de biodiversidade e

dos mecanismos que a provocam, por exemplo), quer ao nível dos meio físico, como na água ou no solo. Sendo

assim, é entendido que diferentes ecossistemas numa unidade de paisagem podem cumprir funções que afectam

todos os outros, quer sejam de estabilização, quer sejam de provocar tendências evolutivas.

Como exemplo, considere-se que, numa paisagem onde existam ecossitemas hidromorficos, existe um

peso da água á superfície que exige a presença de ecossistemas regularizadores para manter o equilíbrio da paisagem

(contra fenómenos de erosão, alteração do relevo, perde de nutrientes, distúrbios de cheias, etc.). Assim a presença

de ecossistemas que possuem reconhecidamente funções tamponizantes do ciclo da água é considerado uma mais-

valia.

ESPÉCIES VEGETAIS ESTRUTURANTES DE HABITATS DA DIRECTIVA

Considerando os processos funcionais de estruturação dos ecossistemas / habitats, estabelecidos

geralmente por uma ou duas espécies dominantes / indicadoras dessa formação (num conceito fitossociologico, base

também da classificação dos habitats) e, considerando que em casos da fragmentação extrema destes habitats ou de

modificação dos cobertos pelas actividades humanas, a presença de certas espécies, mesmo que em valores muito

baixos de densidades, podem indicar a potencialidade de restaurar o respectivo habitat ou a sua existência de forma

degradada.

Ou ainda pode apenas ser utilizado como um sinal da presença real de um habitat da directiva, considera-

se este índice apenas como uma avaliação da ocupação actual e potencial de habitats zonais, da directiva, no

território em estudo.

MODELO INTERPRETATIVO (CLASSES)

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Os tipos de ecossistemas estruturantes considerados foram:

1. Ecossistemas que possuem funções de equilíbrio, promovendo a homeostasia e controlando os

factores ecológicos. Valorização de grau 3.

2. Ecossistemas sucessionais de processos progressivos: serão comunidades avançadas de

sucessões ecológicas que promovem o caminho para chegar ao tipo mais estabilizado, anterior.

São muitas vezes um centro de biodiversidade maior que o anterior, embora extemporâneos.

Valorização de grau 2.

3. Ecossistemas promotores ou associados a micro-habitats, como de entrada de grutas e que

constituem refúgios de biodiversidade. Valorização de grau 1.

A carta final é o valor acumulado das funções estruturantes encontradas na unidade de área e pretende ser

uma expressão do equilibrio ou das potencialidades ao nível da paisagem ecológica.

ESPÉCIES VEGETAIS ESTRUTURANTES DE HABITATS DA DIRECTIVA

Considerando os processos funcionais de estruturação dos ecossistemas / habitats, estabelecidos

geralmente por uma ou duas espécies dominantes / indicadoras dessa formação (num conceito fitossociologico, base

também da classificação dos habitats) e, considerando que em casos da fragmentação extrema destes habitats ou de

modificação dos cobertos pelas actividades humanas, a presença de certas espécies, mesmo que em valores muito

baixos de densidades, podem indicar a potencialidade de restaurar o respectivo habitat ou a sua existência de forma

degradada.

Ou ainda pode apenas ser utilizado como um sinal da presença real de um habitat da directiva, considera-

se este índice apenas como uma avaliação da ocupação actual e potencial de habitats zonais, da directiva, no

território em estudo.

ESPÉCIES RARAS E EM PERIGO E DISTRIBUIÇÃO DE HOT-SPOTS VALOR PARA A CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES RARAS E EM PERIGO

Este índice (iR) assenta na classificação de status (IUCN) das espécies da DH e constitui um valor

acumulativo das espécies raras ou em perigo por unidade de área.

Considera-se que, no mesmo suporte conceptual dos Livros Vermelhos, as áreas do território com espécies de

reconhecido valor partimonial e que se encontram em risco de manutenção das suas populações constituem um pólo

de importância estratégica, quer por se constituírem como indicadoras de condições particulares, quer intrínsecas,

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quer extrínsecas que permitiram a salvaguarda das espécies em risco, quer ainda por serem habitat de espécies

particulares.

Em resultado desta valorização, esses lugares devem ser particularmente importantes para a conservação e

merecerem um esforço adicional, mesmo que tal implique medidas coercivas e proibitivas.

Este facto será proporcional ao grau de perigosidade que as espécies que lá existem estão classificadas, bem

como ao número de espécies em risco nessa área.

Este ultimo aspecto é relevante, dado que em muito casos o refúgio de uma espécie rara ou em risco possuem

várias outras.

GRAU NATURALIDADE

O Grau de naturalidade é baseado no conceito de Willdness e expressa o inverso do grau de

antropomorfização do meio. Está associado a níveis de qualidade ambiental, equilíbrio com os recursos ecológicos

endógenos, com o nível de valores naturais acumulados e com a biodiversidade. Este índice é baseado nas cartas de

vegetação ou seja nas comunidades vegetais.

As comunidades vegetais inserem um conjunto de informação relevante, pois como unidades dinâmicas

reagem quer às varáveis ambientais quer à influência antropomórfica, sendo estas resultado do produto histórico de

um determinado local. Estas são indicativas do estado de naturalidade, uma vez que constituem a melhor expressão

da relação de todas as componentes que interagem no território: substrato, geomorfologia, processos dinâmicos,

hidrologia, uso humano passado, uso e distúrbios humanos presentes e distúrbios naturais.

Desta forma as comunidades vegetais são assumidas como unidades ecológicas de gestão da paisagem e

indicadoras da integridade dos ecossistemas.

REPRESENTATIVIDADE E ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS ELEMENTOS DA DIRECTIVA NOS AÇORES

Tendo por base os critérios adoptados pelo Centro Temático Europeu, no estabelecimento dos SIC’s

europeus, ao estabelecer um grau de representatividade e um indicador do estado de conservação, do conjunto das

populações de uma área, assim, explorou-se este critério, criando um avaliador que expresse para cada população e

habitat inventariado no território da Rede Natura 2000 uma avaliação relativa ao total inventariado nos Açores.

Integrando descritores ecológicos quantitativos, com a sua distribuição no território, criou-se uma avaliação

quantitativa, que se pretende represente a entidade nos parâmetros biológicos e de estado de conservação e ainda

permita uma seriação espacial dos locais que mais merecem o esforço de preservação da entidade para o futuro.

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SUPORTE CONCEPTUAL PARA A GESTÃO DOS ESPAÇOS SIC E ZPE’S

O conceito de habitat refere o local onde uma espécie ou comunidade vive, descrito em termos dos factores

físicos, como topografia, solo, balanço hídrico, etc. E pelas formas ou estrutura dominante de vegetação. Na

legislação com objectivos de gestão de valores naturais, como a Directiva Habitats, este conceito tem ganho novos

valores, eventualmente por razões estratégicas. Esta Directiva, por exemplo, pretende proteger não só a espécie ou a

comunidade, como entidade física distribuída num certo espaço, mas e principalmente o conjunto de processos e

fenómenos que permitiram a existência e que garantem a sua perpetuação no tempo. Se pensarmos, como é

elemento fundamental dos princípios da Biologia da Conservação, que os organismos são entidades dinâmicas, sem

uma identidade precisa, num permanente ajuste às condições do meio onde existem, ou seja, cada organismo define-

se por si e as suas circunstâncias, entende-se que cada organismo que descrevemos hoje é um produto duma

complexa e longa evolução, em que apenas lhe tiramos um instantâneo, numa mutação permanente. Por isso o

fenómeno basilar de toda a biologia é a evolução com as duas forças em intercepção: a variabilidade potencial

intrínseca de cada organismo e a matriz de forças selectivas do meio. São estas, pois as duas forças que sustentam

toda a conservação, é destas que depende todo o plano de gestão consequente.

Ao pretenderem desenvolver a conservação nesta base conceptual, os regulamentos legais, mesmo que

reclamando conservação de habitats estão, de facto, a trabalhar, ao nível da espécie no domínio do nicho ecológico,

ao nível das comunidades no domínio do ecossistema. O conceito de ecossistema transporta uma visão sistémica e

de fronteiras definíveis pela unidade funcional. Isto é, os limites de um ecossistema são os necessários para que o

sistema biológico funcione, cumpra as funções energéticas e processos químicos necessários à sua manutenção. Por

outro lado, possuem propriedades estruturais e funcionais, prestam serviços, possuem capacidades homeostáticas e

de resiliência. Esta abordagem levanta novas possibilidades, no âmbito da gestão, mas apresenta igualmente novas

responsabilidades. Poderíamos sintetizar os principais pontos como:

1. O objectivo de gestão recai mais sobre gestão de processos em unidades funcionais, do que em gestão de peças ou entidades físicas. 2. Os ecossistemas / habitats são dinâmicos no tempo e no espaço e a sua conservação deve considerar essa perspectiva. Não se trata, por isso de preservar um espaço-habitat, mas de garantir a perpetuação no tempo de uma entidade fluída. 3. Os ecossistemas prestam serviços, quer a outros ecossistemas (os de bacia à ribeira, os de montanha ao vale, os de costa ao intertidal), quer ao Homem (na água, na formação de solo, na criação de paisagens, na estabilização de declives, na conservação de biodiversidade, na fixação de costas, no controle de pragas, etc.), numa teia de fluxos em que a alteração de um elo pode provocar alterações no todo. 4. Os ecossistemas são corpos vivos e, por isso, extemporâneos. Possuem um tempo de vida limitado, findo o qual evoluem, extinguem-se ou migram. Todos os sistemas possuem uma capacidade homeostática que lhes permite desenvolver processos de auto-manutenção. Nos ecossistemas mais maduros tal quer dizer que conseguirão manter-

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se por centenas ou milhares de anos à custa de alterações autogénicas. Mas em muitos casos, como em ilhas e situações de stress, baseia-se em variações cíclicas de longo prazo, podendo em certas alturas estar ausente em forma, para se repor noutro local. Aqui os equilíbrios encontrados dependem do distúrbio da existência de pólos recreativos, ou seja da diversidade ao nível da paisagem. 5. São viveiros de espécies e fábricas de genótipos. Este facto é fundamental na actualidade, quando grande parte das cultivares estão em risco de degenerescência e novos desafios dependem de novos produtos naturais. A gestão de habitats como recurso potencial futuro não é recente, mas pode estar mais perto do que se considerava. Quer dizer que muitos dos nossos habitats possuem um valor colectivo intrínseco, que não lhes tem sido reconhecido. 6. Os ecossistemas possuem mecanismos de resiliência, isto é de se auto-reporem, modelando, muitas vezes, as próprias condições ambientais, tais como alterando o micro-clima ou aumentado o solo. Isso é feito por processos de sucessão ecológica, que provocam restauros ambientais. Mas esses processos precisam de obreiros, que são espécies vegetais e animais restauradores, mantidos por vezes muito raras até serem necessárias. O seu desaparecimento rompe estes processos. Por outro lado, impor artificialmente um ecossistema pode ter custos elevados dado que a sua manutenção é feita por injecção de energia exógena e não por mecanismos autogénicos. Assim, em muitos aspectos, a gestão dos ecossistemas / habitat será feita pela gestão ao nível da paisagem, num processo dinâmico no tempo e no espaço, ou seja, por um ordenamento do território dinâmico, de princípios e não de mapas. 7. O tempo muda o ambiente permanentemente. Os ecossistemas estão em continuado ajuste, recriando novas soluções. Este potencial adaptativo é fundamental a larga escala e depende dos diferentes níveis de biodiversidade. Existem parâmetros ecológicos, dos quais estes fenómenos dependem e necessitam de ser mantidos, como espaço, tamanho das populações, agentes dispersores, centros de biodiversidade, distúrbios, fontes de energia e status de nutrientes. 8. Os ecossistemas têm uma capacidade de suportar impactos, uma capacidade de carga mais ou menos ampla. A sua exploração ou a presença do homem pode não ser nefasta desde que devidamente monitorizada. Mais grave é a quebra dos grandes factores que desenham o habitat, como o ciclo da água, a recarga de nutrientes, a pressão de competição, o relevo ou a exposição, o tipo de substrato ou os agentes tóxicos. Mais uma vez, a gestão destes valores é realizada ao nível da paisagem e menos pelo controle interno do objecto.

Zonamento por estratégias de gestão para o espaço terrestre da Rede Natura 2000 nos Açores:

1. GRANDES COMPLEXOS NATURAIS: espaços contínuos, fechados, abarcando ma ou mais unidades de paisagem ecológica, em excelente estado de conservação e sem acessos frequentes nem estradas. Constituem áreas selvagens, de elevado valor patrimonial, onde os processos e funções ecológicas naturais estão desenvolver-se sem perturbações directas. Não existem actividades humanas nem exploração de recursos directos nestas áreas. Por isso é considerado que todo os mecanismos e actividades que se desenvolvem nessas áreas sobre os valores patrimoniais são no decurso natural dos processos ecológicos e qualquer intervenção, mesmo que com intenções deconservação, é considerado um intrumisssão nos processos naturais. Por isso não são consideradas quaisquer acções dentro destas manchas, que não seja:

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a. monitorização, b. estudos, em particular sobre os processos, para se entender como e porque as

coisas acontecem na natureza. c. Recolha de algum material, em particular biológico e sempre de forma a não

afectar a dinâmica das populações e habitates, para eventuais programas de conservação ex situ ou noutras áreas.

d. Controle de exóticas que deve ser considerado prioritário a sua exterminação no interior da área.

Toda a actividade de conservação deve ser ealizada na e sobre a periferia destes núcleos, em particular o controle de exóticas, a realção com as formas de ocupação do solo e o núcleo, a visitação e actividades turisticas. Na maioria dos casos está proposto um alargamento destas áreas, por renaturalização das áreas adjacentes.

2. ESPAÇOS DE RENATURALIZAÇÃO FUNDAMENTAL: espaços na envolvente de grandes complexos naturais e /ou possuidores de estruturas ecológicas funcionais muito importantes para o estabelecimento de equilíbrios e de factores ecológicos determinantes na salvaguarda de elementos da rede Natura 2000. Por exemplo possuidore de um papel fundamental no ciclo hídrico ou de grande importância para garantir a conservação dos elementos naturais, dado que muitos encontram-se em risco pelo tamanho das suas áreas, situadas na margem de dois ecossitemas ou pela distancias entre áeras. Este alargamento, sujeito certamente a plano de pormenor, deve ser estruturado em mancha de óleo, desde as zonas naturais para os exterior e desde as áreas mais fáceis de intervir para as mais difíceis. São áreas priveligiadas para restabelecimento de populações em risco e para a renaturalização de habitats. Será certamente possível possuir um zonamento dinâmico destas áreas, que permita uma alocação correcta, em cada momento, das actividades possíveis e / ou desejáveis, como pastoreio ou turismo,

3. ESPAÇOS NATURAIS: Manchas possuidoras de espaços naturais com um ou mais ecossistemas, mas dependentes das funções ecológicas dos espaços anexos. Em termos de valores da Directiva Habitats ou de estado de conservação podem ter grande interesse, mas não tem abrangem uma unidade de paisagem. Estando dependentes dos processos que ocorrerem na sua envolvente ou na restante unidade de paisagem onde integram, recai uma grande debilidade sobre as mesmas e uma grande acuidade na ocupação e gestão da restante envolvente, dado que terá reflexos sobre a qualidade ambiental. Estas áreas encontram-se susceptíveis a fenómenos de erosão biológica, de avanço de infestantes, a acupação agrícola e a a fragmentação dos seus espaços. Recomenda-se um cuidadoso planeamento de actividades no seu interior, e a um maior cuidado na envolvente, quer com planos de restauro, quer em aumentar a percentagem de elementos naturais, como populações de espécies estruturantes ou de espécies raras, por forma a provocarem uma pressão restruturante sobre a área natural, bem como a salvaguarda dos factores ecológicos.

4. ESPAÇOS DE PAISAGEM FRAGMENTADA COM MOSAICOS NATURAIS: espaços actualmente sujeitos ocupação do solo com actividades humanas que alteraram, de forma fragmentada a paisagem natural do território. É considerado que.

a. ainda existem elementos fundamentais do património natural nestes espaços; b. constituem uma ou mais unidades paisagísticas autónomas, cujos factores

ecológicos são considerados afectados pelas actividades humanas e a sua renaturalização deve constituir elemento essencial das acções de conservação.

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PLANO DE GESTÃO DA REDE NATURA 2000 AÇORES (espaços terrestres)

c. As manchas naturais e as populações selvagens devem ser consideradas de importância e alvo de medidas de protecção, bem como de umplano de conservação que progressivamente leve a um aumento das suas áreas, anulação da fragmentação e melhoria das sa qualidade ecológica.

d. As actividades humanas devem ser consideradas imprtantes e vantajosas para os valores da rede, quer por promoverem a biodiversidade, quer por gerarem uma mais valia para a rede. No entanto devem ser direccionadas para maior extensificação, diminuído os sues impactos sobre os elementos naturais e gerar uma maior integração entre os elementos naturais e as actividades humanas. Na existência de actividades tradicionais, estes devem ser incentivadas.

e. Constituem os espaços previlegiados para actividades do sector educacional e turístico, bem como para a implementação de projectos que retirem mais valias de se situarem no interior da Rede Natura 2000, como a produção de produtos biológicos.

f. Constituem espaços priveligiados para actividades de conservação in situ, restabelecimento de populações de espécies protegidas e / ou de habitates, plantação de unidades de produção de espécies auctótones (madeiras, por exemplo), programas de restauro e monitorização ambiental.

5. ESPAÇOS DE RESERVA BIOLÓGICA: são considerados espaços onde os factores ecológicos naturais serão muito difíceis de restabelecer e não são prioritários. Os sistemas estão alterados e dependentes de uma gestão antrópica. No entanto, possuem ou elementos de integração do sector productivo com o natural de algum interesse ou, pricipalmente, populações de espécies selvagens de grande interesse, da Directiva Habitates ou de espécies estruturantes. São po isso uma importante reserva de material biológico que deve ser preservado como parte integrante da Rede. São locasi priveligiados para incentivo a práticas tradicionais, turismo e utilização de espécies naturais pelo sector productivo. Pontualmente poderá ser relaxado usos intensivos dos espaços e / ou urbanizações. Devem ser, no entanto, considerados como uma importante reserva de genes, dado que foi detectado, nestes locais variedades únicas nos Açores.

6. ESPAÇOS TAMPÃO: são espaços com actividades agrícolas mais ou menos intensivas que ficam imediatamente anexas a áreas de conservação importantes. Devem ser geridas por forma a favorecerem a manutenção das condições das áreas anexas de valor patrimonial. Devem ser considerados os tipo de factores ecológicos que promovem para as áreas envolventes (como águas de escorrencia ou inquinação biológica) e o impacte que têm sobre estas no sentido de promoverem a mitigação das pressões exteriores. Considera-se que, muitas vezes é recomendável actividades intensivas nestas áreas, como forma de constituerem uma barreiras a elementos penetradores em áreas naturasi (como plantas exóticas ou coelhos).

7. CORREDORES ECOLÓGICOS: Espaços entre núcleos importantes de conservação, espaços naturaos ou grandes complexos naturais, paraos quais é altamente recomendável que se favoreçam a conectividades entre os seus agentes biológicos. Assim a gestão destas áreas de corredores ecológicos deve ser elaborada com base na teoria dos corredores ecológicos, promovendo a organização da paisagem com galerias que se extendam entre as duas áreas e recriado ambientes que favoreçam a mobilidade de agentes dispersores ou a circulação de diásporas ou de indivíduos. São locasi priveligiados para incentivo a práticas tradicionais, turismo e utilização de espécies naturais pelo sector productivo. Pontualmente poderá ser relaxado usos intensivos dos espaços e / ou urbanizações. Igualmente constituem espaços priveligiados para

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actividades de conservação ex situ, restabelecimento de populações de espécies protegidas e / ou de habitates, plantação de unidades de produção de espécies auctótones (madeiras, por exemplo), programas de restauro e monitorização ambiental

8. ESPAÇOS A RECONSIDERAR: espaços que, do ponto de vista deste trabalho e no âmbito em que se situa, não se encontram razões que justifiquem a continuação destes espaços na Rede Natura 2000, eventualmente por degradação ou desaparecimento dos elementos que levaram á sua classificação.

9. ESPAÇOS DE USO CONDICIONADO PARA A AVIFAUNA (apenas terrestre): correspondem ás áreas melhor projectadas para os elementos das Directiva Aves, no âmbito terrestre. Como foi discutido, esta Directiva protege, nos Açores, essencialmente o Pombo torcaz. Todas as outras espécies do meio terrestre justificam sobremaneira a sua conservação como agentes esbabilizadores das condições ecológicas dos ambientes naturais dos Açores e, por isso, integrados nas medidas de conservação dos pontos anteriores. A estrutura ecológica dos espaços priveligiados para a conservação do pombo turcaz, e de acordo com os dados disponíveis, corresponde a paisagens fragmentadas, associadas, na margem a florestas de laurissilva, com espaços alimentres de baixa altitude e com terras mexidas. Tal corresponde à paisagemm tradicional do mundo rural açoreano. Por isso e numa estratégia de integração entre a conservação da espécie e a sua integração com os factores ecológicos que a mesma presta aos ecossistemas endémicos, recomenda-se a estrutura aqui desenhada.