plano de gestÃo ambiental e social (pas) · procedimentos sÓcio-ambientais nas diferentes etapas...

105
0 BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO PDMI – TF 055121 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) Luis Claudio da Silva Consultor Técnico Ambiental Setembro de 2007 Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Upload: phamtu

Post on 01-Nov-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

0

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL(PAS)

Luis Claudio da SilvaConsultor Técnico Ambiental

Setembro de 2007

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 2: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

1

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................................................................... 4

LISTA DE QUADROS....................................................................................................................................................... 5

LISTA DE QUADROS....................................................................................................................................................... 5

1. DESCRIÇÃO GERAL DO PROGRAMA.................................................................................................................. 6

1.1 OBJETIVOS DO PROGRAMA ........................................................................................................................................... 61.1.1 Objetivo Geral ..................................................................................................................................................... 61.1.2 Objetivos Específicos........................................................................................................................................... 6

1.2 COMPONENTES DO PROGRAMA .................................................................................................................................... 71.2.1 Componente 1 - Desenvolvimento Institucional................................................................................................ 71.2.2 Componente 2 – Geração de Trabalho e Renda................................................................................................ 81.2.3 Componente 3 – Qualificação Territorial.......................................................................................................... 9

1.3 CUSTOS E FONTES ......................................................................................................................................................... 11

2. CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DO PROJETO ............................................................................................. 12

2.1 MUNICÍPIO DE BAGÉ .................................................................................................................................................... 122.2 MUNICÍPIO DE PELOTAS .............................................................................................................................................. 142.3 MUNICÍPIO DE RIO GRANDE ....................................................................................................................................... 182.4 MUNICÍPIO DE SANTA MARIA ..................................................................................................................................... 212.5 MUNICÍPIO DE URUGUAIANA ...................................................................................................................................... 24

3. MARCO INSTITUCIONAL E REGULATÓRIO AMBIENTAL E SOCIAL................................................... 28

3.1 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL............................................................................................................................... 283.2 MUNICÍPIO DE BAGÉ .................................................................................................................................................... 343.3 MUNICÍPIO DE PELOTAS .............................................................................................................................................. 363.4 MUNICÍPIO DE RIO GRANDE ....................................................................................................................................... 383.5 MUNICÍPIO DE SANTA MARIA ..................................................................................................................................... 393.6 MUNICÍPIO DE URUGUAIANA ...................................................................................................................................... 413.7 GESTÃO SÓCIOAMBIENTAL DO PDMI ....................................................................................................................... 43

3.7.1. Arranjos Institucionais para implantação do Plano Sócio-Ambiental nos municípios. .............................. 443.7.2. Funções e Competências Específicas da Coordenação de Gestão Sócio-Ambiental (CSA) ....................... 47

3.8 PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL ................................................................................................ 49

4. POLÍTICAS DE SALVAGUARDA DO BANCO.................................................................................................... 50

4.1 COMPARAÇÃO DAS POLÍTICAS LOCAIS COM AS POLÍTICAS DO BANCO .................................................................. 504.2 AVALIAÇÃO AMBIENTAL – EA (PO/PB 4.01)............................................................................................................ 504.3 HABITAT NATURAL (PO/PB 4.04)…………………………………………………………………………… .... …514.4 REASSENTAMENTO INVOLUNTÁRIO DE FAMÍLIAS (PO/PB 4.12) ............................................................................ 524.5 MANEJO DE PRAGAS (PO 4.09)................................................................................................................................... 534.6 SALVAGUARDA PATRIMÔNIO CULTURAL FÍSICO (OPN 11.03) .............................................................................. 534.7 POLÍTICA DE INFORMAÇÃO E CONSULTA PÚBLICA ................................................................................................... 54

5. PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS........................... 56

6. AVALIAÇÃO AMBIENTAL...................................................................................................................................... 61

6.1 ESTUDOS REALIZADOS ................................................................................................................................................. 616.1.1 Recuperação Técnica, Social e Ambiental de Área Localizada Junto à Av. Henrique Pancada, na Orla daLaguna dos Patos – Rio Grande/RS .......................................................................................................................... 626.1.2 Estudos para Urbanização e Recuperação Ambiental da Orla do Saco da Mangueira em Rio Grande – RS...................................................................................................................................................................................... 64

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 3: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

2

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

6.1.3 Melhoramento Ambiental da Bacia do Arroio Cadena – Santa Maria ......................................................... 666.1.4 Implantação do Parque da Barragem do rio Vacacaí Mirim – Santa Maria................................................ 686.1.5 Construção de Galeria de Drenagem Pluvial – Uruguaiana......................................................................... 69

6.2 TIPOLOGIA AMBIENTAL DAS INTERVENÇÕES ........................................................................................................... 726.3 AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E SEUS POTENCIAIS IMPACTOS (FICHAS DE AVALIAÇÃO PRELIMINAR) ........ 73

6.3.1 Impactos previstos por tipologia de intervenção............................................................................................. 73

7. INCENTIVO À PRODUÇÃO, AGROINDUSTRIALIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS.............................................................................................................................................................................................. 75

7.1 IMPACTOS POTENCIAIS ................................................................................................................................................ 767.1.1 Impactos Negativos............................................................................................................................................ 767.1.2 Impactos Positivos ............................................................................................................................................. 76

7.2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO .............................................................................................................. 76

8. REABILITAÇÃO E/OU PAVIMENTAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS .................................................................. 77

8.1 IMPACTOS POTENCIAIS ................................................................................................................................................ 778.1.1 Impactos Negativos............................................................................................................................................ 778.1.2 Impactos Positivos ............................................................................................................................................. 78

8.2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO .............................................................................................................. 78

9. MANUTENÇÃO E MELHORIA DE ESTRADAS RURAIS E PONTES .......................................................... 79

9.1 IMPACTOS POTENCIAIS ................................................................................................................................................ 799.1.1 Impactos Negativos............................................................................................................................................ 799.1.2 Impactos Positivos ............................................................................................................................................. 80

9.2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO ............................................................................................................. 80

10. QUALIFICAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO DE ESPAÇOS URBANOS........................................................... 80

10.1 IMPACTOS POTENCIAIS .............................................................................................................................................. 8010.1.1 Impactos Negativos.......................................................................................................................................... 8010.1.2 Impactos Positivos........................................................................................................................................... 81

10.2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO ........................................................................................................... 81

11. AMPLIAÇÃO DE SISTEMAS DE ÁGUA, ESGOTO E/OU GALERIAS PLUVIAIS .................................. 81

11.1 IMPACTOS POTENCIAIS .............................................................................................................................................. 8111.1.1 Impactos Negativos.......................................................................................................................................... 8211.1.2 Impactos Positivos........................................................................................................................................... 82

12. REURBANIZAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS......................................................... 84

12.1 IMPACTOS POTENCIAIS .............................................................................................................................................. 8412.1.1 Impactos Negativos.......................................................................................................................................... 8412.1.2 Impactos Positivos........................................................................................................................................... 86

13. RECUPERAÇÃO DE LIXÕES E/OU CONSTRUÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO E CENTRAIS DERECICLAGEM ................................................................................................................................................................. 91

13.1 IMPACTOS POTENCIAIS .............................................................................................................................................. 9113.1.1 Impactos Negativos.......................................................................................................................................... 9113.1.2 Impactos Positivos........................................................................................................................................... 92

13.2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO ........................................................................................................... 92

14. REABILITAÇÃO E RENOVAÇÃO DE PRÉDIOS/EDIFÍCIOS EXISTENTES........................................... 94

14.1 IMPACTOS POTENCIAIS .............................................................................................................................................. 9414.1.1 Impactos Negativos.......................................................................................................................................... 9414.1.2 Impactos Positivos........................................................................................................................................... 94

14.2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU MITIGAÇÃO ........................................................................................................... 94

15. LICENCIAMENTO AMBIENTAL E STATUS ATUAL ....................................................................................................... 95

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 4: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

3

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

16. AVALIAÇÃO GLOBAL ................................................................................................................................................... 99

17. MARCO DE POLÍTICA DE REASSENTAMENTO E DESAPROPRIAÇÃO .............................................. 99

17.1 DESAPROPRIAÇÕES .................................................................................................................................................... 9917.2. REASSENTAMENTOS ................................................................................................................................................ 100

18. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA GESTAO AMBIENTAL E SOCIAL DO PDMI................ 100

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 5: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

4

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização geral e principais acessos à cidade de Pelotas- RS.................................................. 15Figura 2: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da mancha urbana e do relevo domunicípio de Pelotas ......................................................................................................................................... 16Figura 3: Localização geral e principais acessos à cidade do Rio Grande - RS.......................................... 18Figura 4: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da mancha urbana e do relevo domunicípio de Rio Grande .................................................................................................................................. 19Figura 5: Localização geral e principais acessos à cidade de Santa Maria – RS........................................ 22Figura 6: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da mancha urbana e do relevo domunicípio de Santa Maria ................................................................................................................................. 23Figura 7: Localização geral e principais acessos à cidade de Uruguaiana- RS........................................... 25Figura 8: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da mancha urbana e do relevo domunicípio de Uruguaiana .................................................................................................................................. 26Figura 9: Procedimentos Administrativos para Licença Ambiental................................................................ 34Figura 10: Fluxograma parte1 - Procedimentos Sócio-Ambientais para Obras ........................................... 59Figura 11: Fluxograma parte 2 - Procedimentos Sócio-Ambientais para Obras .......................................... 60Figura 12: Fluxograma parte 3: Procedimentos Sócio-Ambientais para Obras............................................ 60Figura 13: Intervenções realizadas na rua Henrique Pancada ...................................................................... 63Figura 14: Riscos potenciais no trânsito e moradias precárias...................................................................... 63Figura 15: Áreas de risco na Lagoa dos Patos ............................................................................................... 64Figura 16: Fotos da situação das moradias em Rio Grande.......................................................................... 65Figura 17: Disposição irregular de resíduos.................................................................................................... 66Figura 18: Fotos da degradação ambiental no Arroio Cadena ...................................................................... 67Figura 19: Áreas de risco do Vacacaí Mirim.................................................................................................... 69Figura 20: Degradação Ambiental em Uruguaiana......................................................................................... 70Figura 21: Impactos gerais típicos decorrentes das tipologias de intervenção do Programa ..................... 74Figura 22: Principais impactos negativos e as medidas mitigatórias e os programas sócio ambientais paraa fase de implantação ....................................................................................................................................... 75

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 6: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

5

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Dados relativos a saneamento básico ........................................................................................... 17Quadro 2: Dados relativos a saneamento básico ........................................................................................... 21Quadro 3: Dados relativos a saneamento básico ........................................................................................... 24Quadro 4: Dados relativos a saneamento básico ........................................................................................... 27Quadro 5: Procedimentos Sócio Ambientais................................................................................................... 58Quadro 6: Quadro Resumo: Problemas versus soluções para as principais intervenções propostas ....... 71Quadro 7: Síntese das propostas básicas de intervenção – Bacia do Arroio Cadena................................. 72Quadro 8: Tipologia Ambiental das Intervenções ........................................................................................... 73

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 7: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

6

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL

1. DESCRIÇÃO GERAL DO PROGRAMA

O Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado – PDMI - foi concebidocom a finalidade de produzir mudanças estruturais em cinco municípios pólo na metadesul do Estado do Rio Grande do Sul, região que apresenta baixo desenvolvimentoeconômico em relação às demais.

O PDMI pretende estabelecer novas bases que possibilitem a conquista deum processo de desenvolvimento urbano e rural amparado na sustentabilidade social,cultural, ambiental e econômica, de forma a reverter os baixos indicadores de qualidadede vida de parte da população que vive nas regiões mais pobres destes municípios.

O Programa prevê uma série de ações estruturais direcionadas à melhoria deáreas importantes nos municípios de Bagé, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria eUruguaiana, através de intervenções de Qualificação Territorial, Geração de Trabalho eRenda e Desenvolvimento Institucional com ações que visam à qualificação da gestãopública.

1.1 Objetivos do Programa

1.1.1 Objetivo Geral

O objetivo geral do Programa é a melhoria da qualidade de vida daspopulações residentes nos cinco municípios, principalmente em áreas de grandeprecariedade urbana e de vulnerabilidade social, por meio de intervenções sociais,econômicas e físico-ambientais articuladas. Espera-se a melhoria da eficiência dagestão pública dos municípios envolvidos, ampliação das oportunidades de trabalho erenda e disponibilização de uma melhor infra-estrutura urbana e rural com equilíbriosócio-ambiental.

1.1.2 Objetivos Específicos

• Reforçar institucional e tecnicamente os municípios, promovendo aqualificação da gestão pública municipal, melhorando a gestão interna eos serviços prestados à população;

• Melhorar a infra-estrutura urbana e rural (saneamento, drenagem, acessosviários, pavimentação e obras complementares de urbanização),principalmente em áreas carentes;

• Solucionar o problema de áreas de risco dando-lhes outra destinação queevite novas ocupações, através do reassentamento de famílias que vivemem área de risco social e ambiental;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 8: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

7

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

• Estimular a Geração de Renda através do aumento de oportunidades detrabalho e da criação de mecanismos impulsores dos negócios, tanto nomeio urbano como rural;

• Capacitar a população para a inserção no mercado de trabalho,priorizando os Arranjos Produtivos Locais (APL), através de ações diretas,fortalecimento de ações cooperativas e associativas e concessão demicrocrédito priorizando as populações afetadas pelas intervenções;

• Qualificação ambiental com a adequada utilização e manejo dos recursosnaturais, por meio de processos de recuperação de áreas comprometidase redução de impactos em futuros processos de ocupação.

1.2 Componentes do Programa

Para o cumprimento dos objetivos estabelecidos no Marco Lógico, oPrograma de Desenvolvimento Municipal Integrado – PDMI – foi estruturado em trêscomponentes que por sua vez se subdividem em subcomponentes e atividades.

A estrutura geral do Programa é apresentada abaixo, sendo que asatividades específicas de cada município são apresentadas nos Projetos Municipais.

1.2.1 Componente 1 - Desenvolvimento Institucional

Constitui o eixo de ação principal do Programa e financiará as atividadesrelacionadas ao melhoramento do serviço público municipal e a estrutura necessáriapara a implantação e execução do Programa.

O componente trata da qualificação da gestão pública das cincoadministrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais para aImplementação do Programa e do estabelecimento dos mecanismos de gestão,acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações previstas nos cincomunicípios, considerando a necessidade imperiosa de integração entre os mesmos.Busca uma administração municipal eficiente e eficaz, com estrutura moderna equalificada, onde os serviços prestados aos cidadãos proporcionem o desenvolvimentosocial e econômico do município.

1.2.1.1 Subcomponente Qualificação da Gestão Pública

Contempla as atividades para melhoria do serviço público prestado pelosmunicípios considerando os serviços de gestão interna, os serviços prestados àpopulação, o aumento da arrecadação e a redução de custos.

Os principais objetivos deste subcomponente são: unificar um sistema deinformações que possa ser acessado por todas as secretarias e órgãos municipais;qualificar o fluxo de informações e processos entre os diversos níveis da administração;promover a informatização de toda a estrutura administrativa das PrefeiturasMunicipais; qualificar o corpo funcional nos diversos segmentos da administração;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 9: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

8

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

melhorar a fiscalização dos serviços prestados à população; melhorar a arrecadação ea receita dos municípios.

1.2.1.2 Subcomponente Gerenciamento e Monitoramento do Programa

Aqui estão contemplados os arranjos institucionais para a Implementação doPrograma, a estrutura e o funcionamento das Unidades de Gerenciamento doPrograma (UGM – Unidade de Gestão Municipal e UAP – Unidade de Articulação doPrograma), o sistema de acompanhamento e monitoramento através de indicadores deresultados e indicadores de impacto.

Tem o objetivo de promover a adequada execução, implantação e avaliaçãodo Programa, observados o planejamento das atividades e os procedimentosrecomendados pelo órgão financiador e a legislação brasileira.

1.2.2 Componente 2 – Geração de Trabalho e Renda

A economia dos municípios está baseada principalmente na agropecuária eno comércio. A indústria possui pouca expressão precisando ser estimulada. Parteconsiderável do PIB (produto interno bruto) tem origem na microeconomia com muitainformalidade nos pequenos negócios.

Busca-se com as diversas ações deste componente uma maior rentabilidadedas economias locais por meio da qualificação dos micronegócios, estímulo à criaçãode unidades empresariais inovadoras de base tecnológicas e criação de novasalternativas geradoras de trabalho e renda.

1.2.2.1 Subcomponente Reestruturação do Micronegócio

O micronegócio nos cinco municípios possui características semelhantes,sendo constituído principalmente por micro e pequenas indústrias, comerciantes deprodutos e serviços, vendedores ambulantes, camelôs e artesãos. São atividadesdesenvolvidas no meio urbano e rural, grande parte na informalidade. Serãoimplementadas ações para facilitar o acesso ao microcrédito, equalização dos custosfinanceiros, capacitação dos micro empreendedores com enfoque em gestão donegócio, divulgação e apoio na comercialização. O objetivo é estabelecer um processode reestruturação e qualificação dos micro e pequenos negócios que são desenvolvidosnos cinco municípios.

1.2.2.2 Subcomponente Alternativas de Produção, Trabalho e Renda

Tradicionalmente a região possui pouca diversificação da produção agrícolana pequena propriedade, e normalmente é trabalhado somente um elo da cadeiaprodutiva, a produção, resultando em pouca rentabilidade da atividade aos agricultores.Na área urbana os vendedores ambulantes e catadores de resíduos sólidos carecem de

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 10: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

9

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

melhor organização e condições de trabalho, incluindo o local para desempenho desuas atividades.

Este subcomponente foi planejado para criar novas alternativas de produçãoagropecuária, estimular a agroindustrialização e apoiar a comercialização dos produtosoriundos da agricultura. Os ambulantes e catadores serão organizados e capacitados,serão adquiridos equipamentos e construídos prédios para o desenvolvimento dasatividades.

1.2.2.3 Subcomponente Inovação e Modernização Tecnológica

Serão criados dois Parques Tecnológicos nos municípios de Pelotas e SantaMaria, que deverão se constituir em locais geradores de inovação tecnológica, gerandosinergia entre o meio acadêmico e o empresarial para a criação de novas empresascom tecnologia e gestão avançadas. O principal objetivo é criar mecanismos paratransformar o conhecimento científico em inovação industrial e promover odesenvolvimento de empresas de base tecnológica na região de abrangência doPrograma.

1.2.3 Componente 3 – Qualificação Territorial

Neste componente estão contidas atividades e ações distribuídas em trêssubcomponentes que abrangem a qualificação do meio urbano, a qualificação do meiorural e o melhoramento ambiental.

1.2.3.1 Melhoramento Urbano

As atividades a serem desenvolvidas são: definição de vias estruturantespara o transporte coletivo, pavimentação de vias, drenagem pluvial, construção deciclovias, mobiliário urbano, melhorias na iluminação e sinalização, qualificação deprédios históricos, praças, calçadões, ampliação e reestruturação do sistema deabastecimento de água.

1.2.3.2 Melhoramento Rural

Os investimentos desse subcomponente são destinados principalmente amelhoria das estradas rurais e a construção e/ou substituição de pontes.

1.2.3.3 Melhoramento Ambiental

As atividades e ações a serem desenvolvidas estão focadas no tratamentodos esgotos, no adequado gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, manejo daágua e preservação da biodiversidade. Estão previstos investimentos para construçãode redes coletoras de esgoto, estações elevatórias e estações de tratamento de esgoto,

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 11: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

10

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

juntamente com limpeza e construção de galerias pluviais além da recuperação de umantigo lixão e implantação de aterro sanitário. Estão previstos reassentamentos defamílias, que vivem em locais inadequados, considerados áreas de risco social eambiental, situadas nas margens de arroios poluídos e lagoas e, em locais com altorisco de desabamento, além da implantação de um Parque Público, destinado apreservação da Biodiversidade, a educação ambiental, lazer e turismo, além deparques lineares junto aos arroios Cadena e Cancela em Santa Maria.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 12: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

11

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

1.3 Custos e fontes

Usos Fontes US$ Total do ProgramaMunicípio componentes do Programa BIRD Municípios US$

1. Desenvolvimento Institucional 361.000,00 450.711,00 811.711,002. Geração de Trabalho e Renda 320.000,00 0,00 320.000,003. Qualificação Territorial 5.919.000,00 3.949.450,00 9.868.450,00

Total Geral 6.600.000,00 4.400.161,00 11.000.161,00BAG

É

Percentual (%) 60,00% 40,00% 100,00%Usos Fontes US$ Total do Programa

Município componentes do Programa BIRD Municípios US$1. Desenvolvimento Institucional 1.874.197,00 4.147.826,00 6.022.023,002. Geração de Trabalho e Renda 2.160.869,00 315.255,00 2.476.124,003. Qualificação Territorial 14.864.934,00 8.136.919,00 23.001.853,00

Total Geral 18.900.000,00 12.600.000,00 31.500.000,00PEL

OTA

S

Percentual (%) 60,00% 40,00% 100,00%Usos Fontes US$ Total do Programa

Município componentes do Programa BIRD Municípios US$1. Desenvolvimento Institucional 2.170.200,00 1.600.000,00 3.770.200,002. Geração de Trabalho e Renda 2.120.000,00 750.000,00 2.870.000,003. Qualificação Territorial 11.609.800,00 8.250.000,00 19.859.800,00

Total Geral 15.900.000,00 10.600.000,00 26.500.000,00

RIO

GR

AND

E

Percentual (%) 60,00% 40,00% 100,00%Usos Fontes US$ Total do Programa

Município componentes do Programa BIRD Municípios US$1. Desenvolvimento Institucional 1.992.275,00 1.153.365,00 3.145.640,002. Geração de Trabalho e Renda 3.167.023,00 1.919.457,00 5.086.480,003. Qualificação Territorial 8.790.702,00 6.227.178,00 15.017.880,00

Total Geral 13.950.000,00 9.300.000,00 23.250.000,00

SAN

TAM

ARIA

Percentual (%) 60,00% 40,00% 100,00%Usos Fontes US$ Total do Programa

Município componentes do Programa BIRD Municípios US$1. Desenvolvimento Institucional 483.921,00 253.940,00 737.861,002. Geração de Trabalho e Renda 844.017,00 349.478,00 1.193.495,003. Qualificação Territorial 5.507.114,00 3.953.284,00 9.460.398,00

Total Geral 6.835.052,00 4.556.702,00 11.391.754,00

UR

UG

UA

IAN

A

Percentual (%) 60,00% 40,00% 100,00%

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 13: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

12

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

2. CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DO PROJETO

2.1 Município de Bagé

A cidade de Bagé está localizada na região da Campanha, próximo afronteira com o Uruguai (60 Km). Está 383 km distante de Porto Alegre e 240 km doPorto de Rio Grande. Com área de 5.674,10 km², limita-se ao Norte com os municípiosde Lavras do Sul e Caçapava do Sul; ao Sul, com a República Oriental do Uruguai eHerval; ao Leste, com Pinheiro Machado, Hulha Negra e Candiota, ao Oeste com DomPedrito e República Oriental do Uruguai. São possibilidades de acesso as BRs 290, 153e 293, pela RST 473 ou pela Estação Ferroviária.

Segundo estimativas do IBGE, em 2005 a população do município atingiu119.961 habitantes, com um índice de 81% de urbanização e densidade demográficade 29,3 habitantes/Km2.

O Clima da região, segundo a classificação de KOPPEN, corresponde a umclima mesotérmico, tipo subtropical da classe Cfa., com chuvas regularmentedistribuídas durante o ano. O Município está situado a 218 metros acima do nível domar.

A precipitação média é de 1.350 mm, com uma variação de 20%. Adistribuição desta precipitação durante o ano situa-se em torno de 34% no inverno, 25%na primavera, 25% no outono e 16% no verão.

A temperatura média anual é de 17,6° C. A média do mês mais quente(janeiro) é de 24° C e do mês mais frio (junho) 12,5°C.

As temperaturas extremas são – 4°C no mês mais frio e 41°C no mês maisquente. A umidade relativa do ar oscila de 75 a 85%. A insolação anual é de 2.444horas. A formação de geadas ocorre de abril a outubro, com maior incidência nosmeses de junho a agosto. Os ventos predominantes são de setembro a abril - Sudeste -, e de maio a agosto - Nordeste.

As condições climáticas do município permitem a realização de cultivos tantode inverno (trigo, centeio, aveia, cevada, forrageira de ciclo hibernal), como de verão(milho, arroz, soja, sorgo, forrageira de ciclo estival).

Sob o ponto de vista climático, a fruticultura, principalmente a viticultura, teriaamplas e bem sucedidas condições de desenvolvimento no município.

A economia do município está representada principalmente pelo setorprimário. 70% de sua extensão é dedicada à bovinocultura de corte. A cultura do arroze a ovinocultura também tem grande representatividade na economia.

A indústria praticamente gira em torno do beneficiamento do arroz, contandocom oito engenhos do beneficiamento do arroz, além de possuir uma planta frigorífica euma indústria de laticínios.

Nos últimos anos a fruticultura vem crescendo no município, por esteapresentar boas condições de clima e solo, sendo a produção de uvas a que tem tidomaior crescimento.

Em Bagé encontra-se no bioma Campos Sulinos. Esse bioma possui uma áreaaproximada de 180 mil quilômetros quadrados e abrange os campos do alto da serralocalizados em algumas porções dos Estados de Santa Catarina e Paraná e a

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 14: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

13

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

“Campanha Gaúcha” ou “Pampa”, termo de origem indígena que significa região plana,que se estende por cerca de dois terços da área do Rio Grande do Sul. Trata-se deuma planície ondulada de grandes proporções, dominada por gramíneas, com arbustosdispersos, formando em certas localidades, capões esparsos e isolados. Uma regiãoplana de vegetação aberta e de pequeno porte, predominando gramíneas, compostas eleguminosas.

No entanto, como conseqüência das diversificações de relevos e tipos de solos,ocorre variações nesta formação campestre. Na região encontramos os chamadoscampos finos, situados sobre os solos das unidades de mapeamento: Piraí, Bagé eAceguá.

Embora muito descaracterizados pela pressão antrópica, há uma faunaexpressiva no bioma, composta de espécies com 102 mamíferos, 476 aves e 50 peixes,com índices de endemismos de 5%, 2% e 12%, respectivamente.Os ventos predominantes são de setembro a abril - Sudeste -, e de maio a agosto -Nordeste.

As condições climáticas do município permitem a realização de cultivos tanto deinverno (trigo, centeio, aveia, cevada, forrageira de ciclo hibernal) quanto de verão(milho, arroz, soja, sorgo, forrageira de ciclo estival). Sob o ponto de vista climático, afruticultura, principalmente a viticultura, teria ampla e bem sucedida condições dedesenvolvimento no município.

Com relação à geologia do município de Bagé, observa-se destacadamente asseguintes unidades geológicas: sedimentos gondwânicos, ou seja, rochas sedimentaresformadas a partir das rochas ígneas e/ou metamórficas do escudo cristalino. As rochasse desgastaram e se depositou numa depressão em forma de faixa, chamada de faixagondwânica. Os depósitos carboníferos pertencem a esta unidade. Aí se encontramtambém os depósitos de calcário sedimentar e caulim. Maciços rochosos, ígneos emetamórficos, conhecidos como Escudo Cristalino. Nesta unidade estão aspossibilidades de ocorrência dos depósitos minerais metálicos e não metálicoseconômicos exploráveis, a exemplo do cobre e calcário de Bagé.

Repetindo o mesmo erro dos agricultores, o pastoreiro está provocando adegradação do solo. Na época de estiagem, quando as pastagens secam, o mesmonúmero de animais continua a disputar áreas menores. Com o pasto quase desnudo,cresce a pressão sobre o solo que se “abre em veios”: devido à formação do solo, ouseja, argilas expansivas. Quando as chuvas recomeçam, as águas correm por essasdepressões dando início ao processo de erosão, como ocorre em algumas áreas doEstado. O fogo utilizado para eliminar restos de pastagem seca torna o solo ainda maisfrágil.

Outros problemas ambientais também ocorreram e se caracterizam por: perda decobertura vegetal, perda de mata ciliar, erosão, agrotóxicos (contaminação da água, dosolo, dos animais, destinação das embalagens), assoreamento dos cursos d’água,contaminação dos recursos hídricos (Arroio Bagé, Gontan, Pedreira do Lixão),esgotamento do solo, destinação de resíduos sólidos (depósitos clandestinos), falta deplanejamento e educação ambiental, poluição do ar (queimadas), saneamento básicoineficiente.

Dentre a atividade rural, destaca-se o rebanho bovino, rebanho eqüino e rebanhoovino. A produção agrícola além de hortifrutigranjeiros destaca-se pelo plantio de arroz

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 15: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

14

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

(1.800.000 sacas de 50 kg/ano); sorgo (216.000 sacas de 50 kg/ano) e milho (75.000sacas de 60 Kg/ano).

Com relação à infra-estrutura básica e serviços, município apresenta 35% dasruas com pavimentação, totalizando 459 Km na área urbana. Conta ainda com 725 Kmde estradas vicinais, entre as vias principais de escoamento da produção e seus“corredores”, estas estradas são utilizadas para o escoamento de mais de 96% daprodução agrícola e pecuária, e atualmente encontram-se em péssimas condições detrafegabilidade.No que se refere ao abastecimento de água coleta e tratamento de esgoto, o órgãoresponsável é o DAEB - Departamento Municipal de Água e Esgoto de Bagé, umaautarquia com personalidade jurídica própria e autonomia administrativa, técnica efinanceira, criado em 24 de março de 1969.

Duas barragens abastecem a cidade de Bagé. A água bruta que sai destasbarragens e vai para Estação de Tratamento de Água é insuficiente para abastecer apopulação. Desta maneira, como medida temporária, foi feita barragem emergencial emum dos arroios (Piraí) que circundam a cidade, que está localizada abaixo das cotas denível da Estação de Tratamento de Água, exigindo, portanto, um recalque porbombeamento para a mesma. A falta de água em alguns bairros da periferia da cidadeocorre pela falta de planejamento anterior, ou seja, a cidade cresce de formadesordenada e não há projetos para ampliação da capacidade de armazenamento epara a extensão de rede de abastecimento. Já no centro da cidade, os problemas sãoas redes de ferro fundido com mais de 50 anos de idade, que estão totalmente“esclerosadas”.

A população urbana atendida com abastecimento de água é de 114 milhabitantes, sendo que a quantidade de ligações totais de água é de 46.347 ligações,distribuídas por uma rede de 450,0 Km (Dados DAEB – 2006).

No Município, só há coleta de esgoto sanitário por meio de separador absolutono centro, mas não há tratamento dos efluentes. No restante dos bairros da cidade, asituação é pior: mais de 2/3 da população não é atendida por redes de esgotamentosanitário e, também, não existe o tratamento de efluentes.

A população urbana atendida com esgotamento sanitário é de 61 mil habitantes,sendo que a quantidade de ligações totais de esgoto é de 18.925 ligações, através deuma rede coletora de 215,0 Km. (Dados DAEB – 2006).

São coletadas no município cerca de 60 toneladas de lixo por dia, consideradosos resíduos domiciliares, os provenientes de estabelecimentos comerciais e deprestação de serviços, e os gerados pelos órgãos públicos. Os resíduos provenientesdos serviços de saúde somam uma média semanal de aproximadamente 200kg,gerados pelos 98 estabelecimentos cadastrados para o serviço de coleta especial. Comestes dados chaga-se a uma produção per capita de 12,50 Kg/por mês por habitante. Olixo é depositado junto ao aterro sanitário, sendo que os serviços de coleta sãooperados em sua totalidade, por empresa privada por meio de contrato.

2.2 Município de Pelotas

A cidade de Pelotas localiza-se no sudeste do Estado do Rio Grande do Sul,às margens do Canal São Gonçalo, a 31º46’19” de Latitude e 52º20’33” de Longitude eestá distante aproximadamente 252 km da capital. Pelotas faz limite com os municípios

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 16: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

15

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

de Turuçu e São Lourenço do Sul ao Norte, Rio Grande e Capão do Leão ao Sul,Canguçu e Morro Redondo a Oeste e com a Laguna dos Patos a Leste. De acordo coma sua localização o município está inserido na Mesorregião Sudeste Rio-Grandense eMicrorregião Pelotas.

A Figura 1 ilustra a localização geral e os principais acessos à sede domunicípio de Pelotas - RS.

Figura 1: Localização geral e principais acessos à cidade de Pelotas- RS

Com relação aos acessos e a estruturação de mobilidade logística, omunicípio de Pelotas contempla rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Pelotas situa-se na confluência das rodovias BR-116, BR-392 e BR-471, que juntas fazem a ligaçãoaos países do Mercosul e todas as capitais do país. O ramal ferroviário dá acesso aoPorto de Rio Grande, às fronteiras da Argentina e Uruguai, entre outros estadosbrasileiros, via Santa Maria. O aeroporto internacional está equipado para receberaviões de grande porte. O porto de Pelotas está localizado à margem do Canal SãoGonçalo, que liga as lagoas dos Patos e Mirim. Integra o complexo portuário do RioGrande do Sul, formado pelos portos de Rio Grande (marítimo), Porto Alegre, Pelotas eCachoeira do Sul (fluvial), além da integração rodo-ferro-hidroviário de Estrela, no rioTaquari.

A evolução histórica do município se iniciou em fins do século XVIII, quando ocomércio do gado existente na capitania de São Pedro do Rio Grande já setransformara em ótima fonte de renda. A exportação de carne e outros produtosderivados para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais era bastante ativa. Surgem,então, numerosas estâncias e charqueadas dedicadas às atividades de criação de gadoe processamento dos seus derivados comerciais. Coube ao cearense José Pinto

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 17: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

16

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Martins, em 1780, fundar o primeiro desses estabelecimentos e o litoral do canal deSão Gonçalo foi todo partilhado em nada menos que sete estâncias. Em 1812 tãopovoada se achava a região, que D. João VI buscou erigir uma nova freguesia nalocalidade denominada Pelotas, desmembrando-a da freguesia de São Pedro do RioGrande. No ano seguinte, se iniciou a construção da Capela dedicada a São Franciscode Paula, no local onde se situa, atualmente, a cidade. Não tardou para que ali setransferissem os moradores das margens do arroio Pelotas e do Laranjal. Em 1830, foia freguesia elevada à categoria de vila e sede municipal.

A Figura 2 apresenta os principais aspectos da morfologia da mancha urbanae do relevo do município.

A - Vista superior; em B - tomada inclinada de Sul para NorteFigura 2: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da manchaurbana e do relevo do município de PelotasFonte: Imagens do satélite Quick Bird disponibilizados via Internet. pelo provedor Google Eart.

Em termos populacionais e demográficos, o município apresenta uma dasmaiores populações do estado do Rio Grande do Sul, a qual vem apresentando umcrescimento contínuo desde os anos 70. O município possui uma predominânciaacentuada de população urbana e uma média densidade demográfica. A taxa deanalfabetismo é baixa e a expectativa de nascer se aproxima dos 70 anos, bonsindicadores da estrutura do tecido social municipal.

Desde a sua fundação, o município apresenta uma boa diversidade de açõeseconômicas e aumenta os seus focos de produção, mesmo com o fenômeno deestagnação que assolou a região a alguns anos, o qual vem sendo revertido atualmentecom a inserção de novos investimentos e a diversificação da matriz produtiva regional.As principais atividades econômicas são:

Setor Primário: arroz, milho, feijão, tomate, batata-inglesa, laranja, pêssego,bovinos, suínos, aves;

Setor Secundário (indústria): alimentícia, minerais não metálicos, metalurgia,cerâmica, química, mecânica, vestuário, calçados e tecelagem;

Setor Terciário (comércio): atacadista, varejista e transportes.Ressalta-se a diversidade de produtos e, com destaque, a produção de arroz

irrigado, que também exibe um grande parque de processamento no município.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 18: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

17

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Os dados do PIB municipal indicam uma curva equilibrada, porém com umdecréscimo nos últimos anos, o que vem prejudicando a posição do município noranking estadual. Pelotas exibe uma boa estrutura urbana em termos de utilidadespúblicas (energia, transportes e saneamento).

A empresa responsável pelo abastecimento de água, coleta e tratamento deesgoto, coleta e destinação de resíduos sólidos e drenagem urbana, é o ServiçoAutônomo de Água e Esgoto de Pelotas (SANEP). O SANEP atende 99% da cidade emtermos de abastecimento de água, com 86.500.000 litros de água potável produzidospor dia. A água chega às 103.556 economias, através de 857 km de rede. O sistemaconsta basicamente de 3 estações de tratamento, 20 reservatórios, linhas adutoras eredes de distribuição.

Com relação ao esgotamento sanitário o município possui 349 km de redescoletoras atendendo 67% das residências e empresas. A cidade conta com duasestações de tratamento de esgoto que atendem apenas 40% da demanda do esgotocoletado. A ausência de tratamento, em parte dos efluentes sanitários, originaproblemas de poluição dos recursos hídricos, alagamentos, impacto visual e de mausodores.

Diariamente são coletadas 150 toneladas de resíduos sólidos urbanos denatureza domiciliar, os quais são depositados em aterros controlados e licenciados.

A mobilidade urbana apresenta deficiências quanto à qualidade de diversasvias em termos de conservação de pavimentos e pistas estreitas, em especial nasregiões mais antigas do centro da cidade.

O sistema de drenagem pluvial do município exibe uma alta complexidadeuma vez que a cidade está localizada numa planície costeira, relevo plano e comaltitude baixa em relação ao nível do mar. Com isso, o sistema é composto por novecanais coletores e condutores, seis diques de contenção e oito casas de bombas comcapacidade total de bombeamento de 33.400.000 litros/dia. A microdrenagem da cidadeé deficitária em termos qualitativos e quantitativos, sendo que nas vias nãopavimentadas os condutos são formados por valetas a céu aberto.

No Quadro 1 são relacionados os principais itens relativos ao saneamentobásico no município.

Saneamento Básico do Município de PelotasTotal de domicílios em 2000 99.112Com banheiro 96.305Sem banheiro 2.807Abastecimento com poços ou nascentes 6.693Abastecimento com rede de abastecimento geral 90.250Abastecimento com outra forma de abastecimento 2.169Esgotamento sanitário na rede geral 41.652Domicílios com coleta de resíduos urbanos 91.742Domicílios com destinação de resíduos para outro destino 7.370

Quadro 1: Dados relativos a saneamento básicoFonte: NUTEP/UFRGS.

Ressalta-se que apesar da boa situação em que se encontra o município, osprincipais problemas relativos aos aspectos de saneamento básico estão vinculados adeficiências nas redes de macrodrenagem urbana (em especial alguns canais que

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 19: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

18

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

secionam a área urbana, onde os mananciais hídricos apresentam acentuado grau depoluição) e a ausência de tratamento em parte dos efluentes sanitários, que originamproblemas de poluição dos recursos hídricos, alagamentos, impacto visual e de mausodores.

De acordo com dados do IBGE (2003) a estrutura de saúde do município écomposta por 142 estabelecimentos de prestação de serviços, dos quais, seisconstituem unidades hospitalares. Quanto ao número de leitos, do total de 1.425, onúmero disponibilizado pelo SUS é de 1.098.

O sistema de iluminação pública apresenta 24.072 pontos de iluminação, oque representa 90% do total necessário para a total abrangência no perímetro urbano.

2.3 Município de Rio Grande

O município de Rio Grande, com uma área territorial de 2.813,91 km², estálocalizado na Planície Costeira Sul do Estado do Rio Grande do Sul. Seu territóriocompreende uma faixa de terras baixas, na restinga do Rio Grande, a Sudoeste dadesembocadura da Laguna dos Patos.

As coordenadas geográficas da sede do município são 32º 01’40” latitude sule 52º 05’40” longitude oeste de Greenwich.

A Figura 3 exibe a localização geral e os principais acessos à sede domunicípio do Rio Grande em termos regionais.

Figura 3: Localização geral e principais acessos à cidade do Rio Grande - RS

O município é dividido em cinco distritos:

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 20: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

19

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

1º Distrito: denomina-se Rio Grande e tem como sede a Cidade do RioGrande. Está subdividido em 1º Sub-distrito: Cidade do Rio Grande; 2º Subdistrito:Balneário Cassino.

2º Distrito: denomina-se Ilha dos Marinheiros e tem como sede a Vila doPorto do Rei. Abrange além da Ilha dos Marinheiros, as ilhas das Pombas, dos Cavalos,da Pólvora, do Leonídio, Caldeirão, Cabras e Constância.

3º Distrito: denomina-se Povo Novo e tem como sede a Vila do Povo Novo.Abrange também as ilhas da Torotama, Carneiros, Mosquitos e Martin Coelho.

4º Distrito: denomina-se Taim e tem como sede a Vila do Taim. Abrangeainda as ilhas Grande e Pequena.

5º Distrito: denomina-se Vila da Quinta e tem como sede a própria Vila daQuinta.

A Figura 4 ilustra os principais aspectos da morfologia da mancha urbana edo relevo do município.

A - Vista superior; em B - tomada inclinada de Sul para Norte.Figura 4: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da manchaurbana e do relevo do município de Rio GrandeFonte: imagens do satélite Quick Bird disponibilizados via Internet. pelo provedor Google Earth.

O município de Rio Grande está servido, estrategicamente, por um sistemade transportes que integra rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. O acesso rodoviárioao município ocorre pelas rodovias federais BR-116 e BR-391.

É o município mais antigo do Estado do Rio Grande do Sul e foi elevado àcategoria de cidade em 1835.

A cidade do Rio Grande está localizada nas margens da região estuarina dalaguna, numa restinga limitada nos quadrantes sul e noroeste por enseadas rasasmarginais (Saco da Mangueira, do Martins e do Justino), ao norte pelo Canal do Norte eao leste pelo canal de acesso da laguna ao Oceano Atlântico (Canal do Rio Grande).Rio Grande possui uma rede hidrográfica interna, formada por lagoas e arroios, commuitos banhados permanentes e temporários, resultantes da dificuldade de escoamentosuperficial, conseqüência da baixa declividade e da permeabilidade do solo arenoso(Duarte, 1997).

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 21: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

20

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

O município de Rio Grande possui um clima subtropical úmido, com forteinfluência do oceano (Strahler e Strahler, 1996 em Braga, 1997). Neste município, opredomínio de ventos com direção nordeste foi observado para a maioria dos meses doano, excetuando-se os meses de maio, junho e julho onde a maior ocorrência foi dadireção norte, sendo verificado nestes meses uma grande incidência de ventos desudoeste e oeste (Braga, 1997).

As principais atividades econômicas do município são: a produção industrialde agroquímicos (adubos e fertilizantes), o refino de petróleo, bem como aindustrialização do pescado. No segmento agropastoril, destacam-se as culturas doarroz, cebola, milho, melancia, tomate, alho, pecuária de corte, pecuária de leite,ovinocultura, eqüinos, suínos, apicultura e hortigranjeiros em geral. O setor comercial ébastante diversificado, com uma acentuada dinâmica nos centros comerciais da cidade.Deve-se destacar o papel do Superporto de Rio Grande no contexto econômico domunicípio. Superporto, implantado entre as décadas de 1950 e 1980, tem 3.020 metrosde cais e conta com os terminais mais importantes, quase todos eles graneleiros evoltados principalmente para a movimentação do chamado complexo soja. Essesterminais estão distribuídos ao longo de aproximadamente 10 quilômetros. Os maisimportantes são os da Termasa, Tergrasa, Santista e Adubos Trevo, além do Terminalde Contêineres (que não é graneleiro e sim de carga geral), um dos mais eficientes detoda a América Latina.

A cidade do Rio Grande tem parte de sua economia voltada para o mar,sendo privilegiada por sua localização e pelo porto marítimo de importante valor paratoda a região sul. Seu parque industrial está formado por três indústrias de pescado,cinco de fertilizante (quatro de processamento e uma de mistura), uma têxtil, três deextração e refino de óleo vegetal, uma refinaria de petróleo, uma de moagem ebenefício de farinha, um frigorífico e uma de conservas alimentícias, distribuídas naÁrea Urbana de Ocupação intensiva e no seu Distrito Industrial (modificado de Taglianie Asmus, 1997). Outra atividade importante do município é a agricultura, principalmenteo arroz e a cebola. A população urbana do município dedica-se às atividades dossetores secundário e terciário da economia, predominando as atividades demovimentação de cargas no porto, produção de fertilizantes, derivados do petróleo eindústrias de pesca e cereais (Habiaga, 1998).

O Porto Novo tem 1.952 metros e é especializado em carga geral. O seumaior destaque é a área de movimentação de contêineres arrendada a um grandenúmero de operadores privados. Já o Porto Velho, construído em 1915, tem 640 metrose vem sendo utilizado unicamente para a movimentação de pescado.

Sobre a movimentação do porto, ela está dividida em granéis sólidos (soja efertilizantes), granéis líquidos (derivados de petróleo e produtos químicos) e carga geral(contêineres contendo fumo, calçados, arroz, resinas termoplásticas, móveis, couro,borracha, celulose, entre outros). No período de 1991 a 1998, o total geral destesprodutos transportados pelo porto (importação/exportação) foi, em média, de 11milhões de toneladas, sendo que o maior volume ocorreu em 1998, com o total de 13,9milhões de toneladas. Deste volume, cerca de 15% corresponde a cargas gerais, 25% agranéis líquidos e 60% a granéis sólidos (SUPRG, 1999a).

Os dados do PIB municipal indicam uma curva equilibrada com crescimentodo PIB e demonstram que Rio Grande se posiciona invariavelmente entre os dezmaiores PIB´s municipais no ranking estadual. Os Gráficos, da figura a seguir, exibem

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 22: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

21

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

as principais características de distribuição e volumes do PIB do município, bem como aevolução do PIB em relação à classificação dos municípios do Estado do Rio Grandedo Sul.

Em termos de infra-estrutura urbana voltada ao saneamento básico, verifica-se que o município apresenta bons indicadores relativos a redes de água e esgoto, bemcomo a domicílios com as condições sanitárias mínimas para habitação.

O Quadro 2 2 a seguir resume alguns indicadores relativos a saneamentobásico do município de Rio Grande.

Saneamento Básico do Município de Rio GrandeTotal de domicílios em 2000 35.119Com banheiro 34.445Sem banheiro 674Abastecimento com poços ou nascentes 2.203Abastecimento com rede de abastecimento geral 32.342Abastecimento com outra forma de abastecimento 574Esgotamento sanitário na rede geral 15.322Domicílios com coleta de resíduos urbanos 32.347Domicílios com destinação de resíduos para outro destino 2.772

Quadro 2: Dados relativos a saneamento básicoFonte: NUTEP/UFRGS.

Apesar da boa situação em que se encontra o município, os principaisproblemas relativos a esses aspectos estão vinculados a deficiências nas redes demacrodrenagem urbanas e a ausência de tratamento em grande parte dos efluentessanitários, que originam problemas de poluição dos recursos hídricos, alagamentos,impacto visual e de maus odores. Também a destinação final dos resíduos sólidosurbanos é problemática, dadas às características ambientalmente frágeis dos locaisonde estão colocados os aterros. Além disso, embora a quase totalidade dos domicíliosurbanos possua coleta de resíduos urbanos (98,5%), apenas 10% desses materiais sãoreciclados.

Por outro lado, a área urbana demarcada é de apenas 50 km², com cerca de1,75 % da área total do município, ocorrendo uma grande concentração urbana que sereflete numa disputa constante pelo território. Esta concentração urbana agrava asquestões sociais e ambientais, dificultando as ações de saneamento básico e proteçãoambiental. A urbanização descontrolada gerou uma configuração urbana bastantecomplicada que se caracteriza, principalmente, pelas ocupações irregulares de espaçospúblicos e pela dificuldade de se dotar a cidade da infra-estrutura adequada aoatendimento das necessidades de seus habitantes.

2.4 Município de Santa Maria

Santa Maria esta situada na região central do estado do Rio Grande do Sul,entre as coordenadas geográficas 53°45’00’’ e 53º52’30’’, de longitude Oeste e29º40’00’’ e 29°45’00’’ de latitude Sul. Constitui o centro geográfico do estado do RioGrande do Sul, localizado no Arenal, distrito do Passo do Verde, distante 500m da BR392 (SM/São Sepé) na Longitude 53º 46´02,01"W e Latitude 29º 51´02,48".

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 23: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

22

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

A Figura 5 exibe a localização geral e os principais acessos à sede domunicípio de Santa Maria em termos regionais.

Figura 5: Localização geral e principais acessos à cidade de Santa Maria – RS

Os aspectos históricos do município são de acentuada riqueza e diversidade.A primeira referência escrita sobre a região em que se localiza a sede municipal deve-se a José Saldanha, astrônomo que integrava a Comissão Demarcadora de Limitesque, entre 1784 e 1797, esteve empenhado de fixar os limites de Portugal e Espanhana América do Sul. Em 1810 a doação de vários estancieiros possibilitou a instituiçãode Capela Curada. Em 1837, tornou-se freguesia com o nome de Santa Maria da Bocado Monte. Vinte anos depois, foi elevada à vila. Tornou-se município em 16 dedezembro de 1857, instalado em 17 de maio de 1858.

Possui uma população próxima a 250 mil habitantes, dos quais cerca de 80%residem na área urbana, engendrada a partir da colonização da área por portugueses,espanhóis, alemães, judeus, árabes, italianos, bem como as etnias indígenas que jáhabitavam o local.

O município de Santa Maria está articulado em distritos, que podem sersistematizados como:

1º Distrito Sede, compreende a área urbana, com cerca de 230 milhabitantes;

2º Distrito São Valentim, com cerca de 500 habitantes;3º Distrito Pains, com aproximadamente 2.500 habitantes;4º Distrito Arroio, Grande com cerca de 2.700 habitantes;5º Distrito Arroio do Sol, com aproximadamente 1.200 habitantes;6º Distrito Passo do Verde, com aproximadamente 500 habitantes;7º Distrito Boca do Monte, com 4.000 habitantes;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 24: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

23

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

8º Distrito Palma, com cerca de 860 habitantes;9º Distrito Santa Flora com aproximadamente 1.300; e10º Distrito, denominado Santo Antão.A zona urbana esta construída sobre o inter-flúvio que divide as sub-bacias

hidrográficas do Vacacaí-Mirim e Arroio Cadena. O PUSM (Perímetro Urbano de SantaMaria) se constitui na área urbana e área de expansão urbana e compreende 12.548ha.

A Figura 4 ilustra os principais aspectos da morfologia da mancha urbana edo relevo do município.

A - Vista superior; B - tomada inclinada de Sul para NorteFigura 6: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da manchaurbana e do relevo do município de Santa MariaFonte: Imagens do satélite Quick Bird disponibilizados via Internet. pelo provedor Google Earth.

O município de Santa Maria vem apresentando crescimento populacionalprogressivo, porém em taxas contínuas e equilibradas. Deve-se ressaltar que com ainstalação da Universidade Federal houve um aumento acentuado do desenvolvimentocultural, científico e tecnológico em Santa Maria e impulsionado o desenvolvimentointegrado no município.

Em termos econômicos, verifica-se que a matriz do município é composta porum setor de comércio e serviços que atende a região central do estado e por umaprodução agropastoril padrão da região da Metade Sul do Estado. Observa-se umaprodução diversificada, com áreas de plantio consideráveis, entre as quais se destacamo arroz irrigado, a soja e o milho.

Em termos de utilidades urbanas, Santa Maria exibe bons indicadores detransportes/mobilidade urbana, energia e saneamento básico. A título de exemplo oquadro abaixo apresenta os dados sumarizados de saneamento básico no município.

Saneamento Básico do Município de Santa MariaTotal de domicílios em 2000 72.515Com banheiro 71.535Sem banheiro 980Abastecimento com poços ou nascentes 6.755Abastecimento com rede de abastecimento geral 64.420Abastecimento com outra forma de abastecimento 1.340Esgotamento sanitário na rede geral 40.580

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 25: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

24

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Saneamento Básico do Município de Santa MariaDomicílios com coleta de resíduos urbanos 68.808Domicílios com destinação de resíduos para outro destino 3.707

Quadro 3: Dados relativos a saneamento básicoFonte: NUTEP/UFRGS.

Os períodos de estiagem que aconteceram nos últimos anos têm afetadoacentuadamente o município, tanto em termos de prejuízos à produção, quanto eprincipalmente, no que se refere ao abastecimento das comunidades urbanas e rurais,afetadas, inclusive por racionamento.

No que se refere ao clima da região de Santa Maria - RS, de acordo comclassificação de Köppen, corresponde ao clima sub-tropical (úmido) “Cfa”, cujatemperatura média anual apresenta uma média de 19ºC, atingindo as temperaturasmáximas no mês mais quente de 31ºC, e as temperaturas mínimas do mês mais frio emtorno de 9ºC, atingindo as máximas e as mínimas absolutas de 35ºC e 0ºC,respectivamente. A média anual de ocorrência de geadas costuma variar de 1 a 10dias. As precipitações pluviométricas são regulares o ano todo, apresentando índicespluviométricos anuais entre 1500mm a 1600mm. Os ventos predominantes são de lestee sudoeste, entretanto, a região de Santa Maria caracteriza-se também pela constantepresença de ventos de originários do quadrante norte. Quanto ao inverno, a região éfreqüentemente atingida por ondas de frio (procedentes do anticiclone migratório polar)caracterizadas pelo vento minuano.

A vegetação do município de Santa Maria está constituída por vegetação dotipo campos limpos e floresta Sub-tropical, havendo o predomínio das pastagensnaturais nas áreas caracterizadas pela Depressão Periférica sul-rio-grandense;entretanto, na porção norte do município, área caracterizada pela presença do Planalto,predominam as matas de pequeno e grande porte. Conforme classificação de Leite &Klein (1990), a floresta caducifólia sub-tropical caracteriza a escarpa da Serra Geral,ocupando a região central do Município.

Quanto aos solos, o município de Santa Maria, caracteriza-se por uma grandediversidade, observando-se o predomínio dos Podzólicos-vermelho-amarelo álico,Brunizém Hidromórficos, Litossolos, Planossolos e Latossolos. Em uma escala dereconhecimento, podem ser distribuídos em 6 unidades de mapeamento: UnidadeMapeamento Julio de Castilhos; Unidade de mapeamento Charrua; Unidade deMapeamento Ciríaco; Unidade de Mapeamento São Pedro; Unidade de MapeamentoSanta Maria e Unidade de Mapeamento Venda Grande.

1.5 Município de Uruguaiana

O município de Uruguaiana está localizado no extremo Oeste do Estado doRio Grande do Sul, a 29º 46' 55" de latitude Sul e 57º 02' 18" de longitude Oeste, a 634km da capital, Porto Alegre. A cidade, a oeste da capital do Estado, faz limite com osmunicípios de Alegrete, Itaqui, Barra do Quaraí, Quaraí, Paso de Los Libres (Repúblicada Argentina) e Artigas (República do Uruguai). De acordo com sua localização, omunicípio está inserido na Mesorregião Sudoeste Rio-Grandense e MicrorregiãoCampanha Ocidental, mas pela classificação do Conselho Regional deDesenvolvimento – COREDE – o município faz parte da Fronteira Oeste.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 26: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

25

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

A Figura 7 abaixo mostra a localização geral de Uruguaiana e seus principais acessos,em termos regionais.

Figura 7: Localização geral e principais acessos à cidade de Uruguaiana- RS

A área urbana da sede de Uruguaiana acrescida da área destinada à zonaindustrial, segundo Lei Municipal n.º 1004/69, situa-se à margem esquerda do arroioSalso de Baixo, entre a BR-472 e a margem do Rio Uruguai, sendo o limite sulestabelecido por uma linha normal ao eixo da BR-472, distando 3 (km do ponto deintersecção desta com o arroio Salso de Baixo.

Os aspectos históricos do município remontam a 1814, quando D. Diogo deSouza doa a primeira sesmaria entre os rios Ibicui e o Ibirocai. Porém, a idéia dafundação do povoado só ocorreu em plena Revolução Farroupilha. Um dos sesmeiros,Manuel Joaquim do Couto doou meia légua para edificação do povoado. Ali foi, em1843, criada uma Capela Curada, denominada Capela do Uruguai para onde setransferiram os moradores de um lugarejo denominado Santana do Uruguai. Dois anosapós, o novo povoado já possuía cerca de 100 casas e a denominação fora alteradapara Uruguaiana. Uma Lei Provincial de 1846 criou o município e freguesia de Santanado Uruguaiana, desmembrando de Alegrete.

A figura a seguir ilustra os principais aspectos da morfologia da manchaurbana e do relevo do município.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 27: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

26

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

A - Vista superior; em B - tomada inclinada de Sul para NorteFigura 8: Principais aspectos de situação ambiental e da morfologia da manchaurbana e do relevo do município de UruguaianaFonte: Imagens do satélite Quick Bird disponibilizados via Internet. pelo provedor Google Earth.

O município de Uruguaiana possui uma grande extensão territorial (5.752,5km2) e uma baixa densidade demográfica. A população é predominantemente urbana evem crescendo a taxas baixas ao longo dos últimos 35 anos.

O principal produto agrícola da matriz de produção é o arroz irrigado, comuma grande área de plantio no município. Também se destacam as atividadescomerciais, em especial as vinculadas à acentuada movimentação de cargas emateriais devido ao posicionamento fronteiriço do município. Quanto às utilidadesurbanas, Uruguaiana exibe bons indicadores de transportes/mobilidade urbana, energiae saneamento básico.

Uruguaiana está situada, estrategicamente, no sistema de transportes queintegra rodovias, ferrovias, portos e aeroportos do Mercosul. O acesso rodoviário aomunicípio ocorre pelas BR-290 e BR-472 e através da ponte de 2,4 km pela qual ocorrea ligação de Paso de Los Libres, na Argentina, com Uruguaiana. A estação aduaneira,uma das maiores do Brasil, localiza-se próxima à ponte internacional. O trabalhoaduaneiro faz com que o comércio sobre rodas do Mercosul passe preferencialmentepor Uruguaiana, tendo seu porto seco como o maior da América Latina. O Aeroportolocal é de porte Internacional, possui uma pista pavimentada e opera com linhas decargas courrier (pequenas encomendas), mas está habilitado a receber aviõescargueiros do porte do Boeing 737. A rede ferroviária possui um terminal de cargas emUruguaiana, com capacidade para estocagem e transbordo, com conexão à Argentina,através de ferrovia pela Ponte Internacional, dando assim plenas condições de usodeste tipo de transporte.

Atualmente, o município possui 220 km de vias urbanas, das quais cerca de80 km estão pavimentadas.

Referente ao sistema de água e esgotamento sanitário, os serviços sãorealizados pela concessionária CORSAN – Companhia Riograndense de Saneamento,abrangendo 27.164 ligações de água em um total de 274.031 metros de rede instalada.

Quanto ao esgotamento sanitário o número de moradias atendidascompreende 6.000 unidades com extensão de rede de 33.000 m. Com isto, conclui-se

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 28: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

27

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

que o abastecimento de água alcança 90% das economias da cidade e a rede deesgotamento sanitário cobre apenas 15% da área urbana. O sistema existente nacidade é separador absoluto, sendo que em alguns locais, recentemente, estão sendoimplantadas redes mistas, no qual se considera que os efluentes passamnecessariamente por fossas sépticas. Porém, a realidade mostra que a maioria dosdomicílios lança o esgoto diretamente na rede pluvial originando problemas de poluiçãodos corpos hídricos. Encontra-se em andamento obras de melhoria do sistema, atravésda CORSAN, com implantação de novas redes e a construção de uma ETE.

Por outro lado, o sistema de drenagem pluvial urbana apresenta-sedeficitário, uma vez que está constituído por uma rede de drenagem formada porgalerias e tubulações que variam entre 30 cm a 1,2 metros, as quais são insuficientespara o escoamento das águas das chuvas. Também contribui para a redução dadrenagem as características do relevo da cidade, ou seja, topografia plana esuavemente inclinada. Segundo a Prefeitura, o perímetro urbano está constituído por7.900 m de galerias e de 33.250 m de drenagem pluvial de baixa vazão.

Saneamento Básico do Município de UruguaianaTotal de domicílios em 2000 34.558Com banheiro 33.262Sem banheiro 1.296Abastecimento com poços ou nascentes 2.787Abastecimento com rede de abastecimento geral 30.856Abastecimento com outra forma de abastecimento 915Esgotamento sanitário na rede geral 9.306Domicílios com coleta de resíduos urbanos 31.506Domicílios com destinação de resíduos para outro destino 3.052

Quadro 4: Dados relativos a saneamento básicoFonte: NUTEP/UFRGS.

Os principais problemas relativos ao saneamento básico estão vinculados adeficiências nas redes de macrodrenagem urbanas e a ausência de tratamento emgrande parte dos efluentes sanitários, que originam problemas de poluição dos recursoshídricos, alagamentos e de maus odores. Também a destinação final dos resíduossólidos urbanos é deficiente. Atualmente, o município, em parceria com aconcessionária dos serviços de saneamento, investe na elaboração de projeto para otratamento dos esgotos sanitários gerados na área urbana. Os períodos de estiagemque aconteceram nos últimos anos têm afetado acentuadamente o município, tanto emtermos de prejuízos à produção, quanto e principalmente, no que se refere aoabastecimento das comunidades urbanas e rurais, afetadas, inclusive porracionamento.

Relativamente ao atendimento de energia elétrica, todo o perímetro urbano ea área rural são atendidos pela rede elétrica de distribuição operada pela AES SulDistribuidora Gaúcha de Energia Elétrica S/A. A iluminação pública conta com 6.800pontos distribuídos em 270 Km de vias urbanas, sendo em média um ponto a cada 40metros.

No que tange ao item saúde, o atendimento a população é realizadobasicamente por órgãos públicos ou clínicas particulares. A Secretaria Municipal daSaúde e Meio Ambiente possui 16 postos de atendimento, que inclui o Centro de Saúde

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 29: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

28

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

de Uruguaiana e o Pronto Atendimento Municipal operados por 235 servidores.Uruguaiana possui dois hospitais, ambos conveniados ao SUS, os quais disponibilizam268 leitos, 176 conveniados aos SUS e 92 particulares. Desta forma, 66% do númerode leitos são destinados para o Sistema Único de Saúde.

A rede de ensino, por sua vez, possui escolas públicas e privadas dequalidade, além de contar com os serviços nacionais de aprendizagem industrial ecomercial. A rede escolar municipal é composta por 27 escolas sendo 10 urbanas e 17rurais, com 567 professores que atendem 6.222 alunos urbanos e 485 alunos rurais.Nas escolas rurais estão lotados 30 professores. O município possui cursos degraduação e pós-graduação pela PUCRS Uruguaiana. Os cursos ofertados, a nível degraduação, são: Zootecnia, Veterinária, Agronomia, Filosofia, Letras, CiênciasContábeis, Administração de Empresas, Informática, Direito, entre outros.

3. MARCO INSTITUCIONAL E REGULATÓRIO AMBIENTAL E SOCIAL

3.1 Estado do Rio Grande do Sul

O licenciamento ambiental no Rio Grande do Sul está sob responsabilidadeda Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Lei Estadual 11.362, de 29/07/99) sendorealizada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler –Fepam, vinculada à Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SEMA (Lei Estadual9.077, de 04.06.90) e compartilhado com o Departamento Estadual de Florestas eÁreas Protegidas (DEFAP), com o Departamento de Recursos Hídricos (DRH), e com aFundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, esses últimos com grande interface como licenciamento ambiental.

O sistema adotado no estado do Rio Grande do Sul, prevê as seguintescompetências dos órgãos ambientais que compõem a Secretaria de Estado do MeioAmbiente: a FEPAM atua no licenciamento e fiscalização de atividades utilizadoras derecursos naturais, potencial ou efetivamente poluidoras, o DEFAP (Departamento deFlorestas e Áreas Protegidas) tem por campo de ação os aspectos relacionados à flora,o DRH (Departamento de Recursos Hídricos) age nas questões relativas aos recursoshídricos, mais especificamente nos aspectos quantitativos, e a Fundação Zoobotânica –FZB1 dedica-se à pesquisa nas áreas de zoologia e botânica, como o próprio nomerevela. Deste modo, quando se tratar de licenciamento para irrigação a FEPAMconsulta o DRH, se o empreendimento/atividade a ser licenciada tratar da introdução deespécies exóticas (vegetal ou animal), como é o caso dos alimentos transgênicos ou dacriação de avestruzes, os estudos ficam a cargo do DEFAP ou da FZB. Trata-se naverdade, de um Licenciamento compartilhado.

Quanto à fauna, não só em razão de um maior acúmulo – na prática - masmesmo por consenso, dela encarrega-se no estado o órgão ambiental federal, o IBAMAque, de regra, tem competência supletiva na matéria ambiental como um todo, emrelação aos órgãos estaduais, conforme se podem ver nas várias legislaçõesconcernentes à área.

1 Criada pela Lei Estadual 6.497, de 20.12.72.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 30: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

29

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

As interfaces entre os órgãos ocorrem normalmente, como, por exemplo,quando o empreendimento poluidor a ser licenciado pela FEPAM localiza-se em árearural e depende, para sua implantação, da supressão de vegetação, oportunidade emque se exige a autorização do DEFAP. Da mesma forma com relação ao DRH, queanalisa apenas os aspectos quantitativos da água, com vistas à Licença de Irrigaçãofornecida pela FEPAM, à qual resta manifestar-se sobre a qualidade do recurso hídrico.À FZB, enquanto órgão de pesquisa cabe a elaboração de estudos acerca dos efeitosdecorrentes da introdução no estado de espécies animais exóticas, cujo licenciamentocabe à FEPAM, conforme a Tabela de Atividades Licenciáveis.

Da mesma forma, embora não se trate de órgãos licenciadores, é relevantepara a manutenção da qualidade ambiental a participação nos procedimentos delicenciamento de instituições como o Instituto do Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional (IPHAN), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Estadual (IPHAE), asadministrações das Unidades de Conservação, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI),a Fundação Cultural Palmares, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM),a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Agência Nacional do Petróleo (ANP)e a Secretaria do Patrimônio da União (SPU).

A FEPAM, além das Licenças Ambientais, é responsável também, pelaemissão de outros instrumentos atinentes à gestão do meio ambiente, tais comoTermos de Compromisso Ambiental (TCA), Manifestos de Transporte de Resíduos(MTR), Autorizações, Certificados de Cadastros (de Laboratórios, de Irrigantes e deAgrotóxicos), de Registro de Agrotóxicos (fornecedores) e Declarações de Isenção.

A competência da FEPAM, para o Licenciamento Ambiental não é exclusiva,sendo, porém, predominante, conforme se pode ver na própria Constituição Federalque, além de reservá-la para a União, outorgou-a também aos Municípios, havendo,outrossim, critérios para seu exercício. O artigo 7º da Resolução CONAMA 237/97consignou que “Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único nívelde competência,...” no sentido de que apenas o órgão ambiental em uma das esferasda Administração Pública (União, Estado Membro ou Município) é por ele responsável,o que não significa que durante o procedimento não haja participação de outros órgãos- que também podem ser considerados “ambientais”, mas não licenciadores do uso dosrecursos ambientais, como é o caso daqueles acima listados.

No contexto local de controle das atividades potencialmente poluidoras, asadministrações municipais têm contribuído e apoiado o Estado, assumindo, de comumacordo, papéis autônomos no licenciamento ambiental.

No Rio Grande do Sul, com a aprovação do Código Estadual de MeioAmbiente - Lei Estadual n° 11520 de 03 de agosto de 2000, que estabelece em seuartigo 69, "caberá aos municípios o licenciamento ambiental dos empreendimentos eatividades consideradas como de impacto local, bem como aquelas que lhe foremdelegadas pelo Estado por instrumento legal ou Convênio". O Estado do Rio Grande doSul, vem desenvolvendo através da Secretaria Estadual do Meio Ambiente - Sema, oincremento do processo de descentralização do licenciamento ambiental municipal paraaquelas atividades cujo impacto é estritamente local, e que estão descritas naResolução 102/2005 do CONSEMA - Conselho Estadual do Meio Ambiente, bem comoas atividades relacionadas ao manejo florestal descritas na Resolução 16/2001 doCONSEMA.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 31: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

30

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

No ano de 2000, houve a publicação da Resolução CONSEMA 04/2000, quedispõem sobre novos critérios para o licenciamento ambiental pelos municípios. Até omomento estão habilitados pelo CONSEMA, cerca de 150 municípios, entre eles quatrodos cinco municípios que integram o Programa de Desenvolvimento MunicipalIntegrado – PDMI.

O Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo qualificadocomo um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, a partir do qual aAdministração Pública controla e fiscaliza as ações dos administrados, impondo-lhes,quando necessário à elaboração dos estudos de impacto ambiental, para a expediçãodas licenças ambientais.

A resolução do CONAMA n° 001/19862, disciplina a elaboração do Estudo deImpacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA erelaciona uma série de empreendimentos que dependem de sua elaboração a seremsubmetidos à aprovação do órgão ambiental competente, quando do licenciamento deatividades modificadoras do meio ambiente.

A Resolução CONAMA nº 237, de 19/12/97, introduz profundas alterações aoprocedimento de licenciamento ambiental regulado pela Resolução n° 001/1986,apresentando em seu anexo 1 um rol de atividades ou empreendimentos sujeitos aolicenciamento ambiental e condicionando a execução dos empreendimentosconsiderados “causadores de significativa degradação ambiental” à prévia elaboraçãode EIA/RIMA.

Neste caso, o rito processual do órgão licenciador exige que o empreendedorsubmeta uma proposta de Termo de Referência (TDR) para a obtenção da LicençaPrévia, o qual apreciará a proposta enviada. Somente após a aprovação do TDR pelolicenciador, será possível ao empreendedor definir de forma adequada os estudosambientais que serão necessários ao início dos procedimentos de licenciamento. Odetalhamento do procedimento para licenciamento ambiental com EIA-RIMA, estãodetalhados no “Manual Técnico do Licenciamento Ambiental com EIA-RIMA” (anexo 1)e disponível em http://www.fepam.rs.gov.br.

São três as modalidades de licenciamento ambiental expedidas no Estadopela FEPAM e nos municípios autorizados a realizar o Licenciamento Ambiental, quesegue classificação adotada pela Resolução CONAMA 237/97:

I – Licença Prévia (LP) – Concebida na fase preliminar do planejamento doempreendimento ou atividade, aprovando sua localização e concepção, atestando aviabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serematendidas nas próximas fases de sua implementação e operação. Observe-se que oempreendedor não deverá, jamais, formalizar qualquer iniciativa no sentido decomprometer-se com a aquisição ou mesmo aluguel da área sobre a qual pretendeexecutar o projeto apresentado, antes de obtida a LP, pois assim estaria invertendo oprocedimento e sujeitando-se a risco de prejuízo, em caso de indeferimento.

Para obtenção desta primeira Licença, deverá o empreendedor, tambémapresentar certidão do Poder Público Municipal, dando conta de que o local propostopara a instalação do empreendimento é compatível com a legislação aplicável ao uso e

2 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Estipula Versa as regras de elaboração de Estudo de impactoambiental (EIA) e Rima (Relatório de impacto ambiental).

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 32: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

31

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

ocupação do solo municipal, ou seja basicamente uma certidão de zoneamento deacordo com o Plano Diretor do Município.

II – Licença de Instalação (LI) – Autoriza a instalação do empreendimentoou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas eprojetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demaiscondicionantes, da qual constituem motivo determinante. Da mesma forma que aanterior, o empreendedor não poderá iniciar quaisquer obras na área, antes de obtida aLI, pois que não há, ainda, o ato homologatório da proposta apresentada, sendo que ainobservância deste aspecto poderá implicar não só na pede de tempo e recursoscomo, também na imposição de penalidades, indo desde a mera advertência, até ademolição do que já tiver sido feito sem a correspondente licença.

III – Licença de Operação (LO) – Autoriza a operação da atividade ouempreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licençasanteriores, como as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados paraa operação. Aqui também cabe a observação feita acerca da LI quanto à possibilidadede imposição de penalidades, podendo, porém, neste caso serem mais rigorosas, poisno caso anterior há apenas o início da implantação física do projeto – ainda que nestafase os danos locais possam ser de monta – enquanto que aqui há plena atividade, oque não poderá ser tolerado. Mesmo para eventual teste de equipamentos oempreendedor deve ter a anuência do órgão licenciador.

Os conceitos e orientações gerais estão detalhados no documento “OLicenciamento Ambiental no Estado do Rio Grande do Sul: Conceitos Jurídicos eDocumentos Associados”, da Fepam (Anexo 2) e também disponível emhttp://www.fepam.rs.gov.br.

As licenças, em geral, têm validade entre um a cinco anos, de acordo com oporte e o potencial poluidor da atividade, critérios definidos pelo órgão ambiental efixados normativamente pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente.

Via de regra, com pequenas adaptações, os municípios utilizam o mesmoprocedimento na emissão das licenças das atividades definidas como de impacto local.

No caso do órgão ambiental considerar que o empreendimento venha acausar impacto ambiental significativo, poderá ser solicitado a elaboração de Estudo deImpacto Ambiental - Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA-RIMA), cujaelaboração deve seguir a legislação pertinente (Resolução CONAMA n° 001/1986) e oTDR específico aprovado pelo órgão licenciador.

Dependendo da dimensão da intervenção e sua abrangência, poderá o órgãoambiental solicitar a elaboração de um Estudo de Impacto ambiental para a macro-áreade intervenção, vinculado à elaboração de um Plano de Recuperação de ÁreaDegradada (PRAD) para alguns dos locais propostos. Alternativamente, podem sersolicitados apenas os PRAD´s específicos aos locais de intervenção direta.

Na etapa de licitação, os projetos executivos deverão ser licitados à parte dosestudos ambientais, já que a Lei 11.520/2000, Código Estadual de Meio Ambiente, emseu artigo 76, transcrito abaixo, dispõe que a empresa executora dos projetos doempreendimento não pode ser a mesma que realiza os estudos ambientais.

Art. 76 - O Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório deImpacto Ambiental (RIMA) serão realizados por equipe multidisciplinar habilitada,

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 33: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

32

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

cadastrada no órgão ambiental competente, não dependente direta ou indiretamente doproponente do projeto e que será responsável tecnicamente pelos resultadosapresentados, não podendo assumir o compromisso de obter o licenciamento doempreendimento.

§ 1º - A empresa executora do EIA/RIMA não poderá prestar serviços aoempreendedor, simultaneamente, quer diretamente, ou por meio de subsidiária ouconsorciada, quer como projetista ou executora de obras ou serviços relacionados aomesmo empreendimento objeto do Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA).

§ 2º - Não poderá integrar a equipe multidisciplinar executora do EIA/RIMAtécnicos que prestem serviços, simultaneamente, ao empreendedor.

Para as atividades de maior impacto, como os relativos a ResíduosSólidos urbanos, intervenções em Arroios e, coleta e tratamento de esgoto, entreoutros, necessitarão de EIA-RIMA, caso tratados em um único conjunto. Com aaprovação do EIA-RIMA, será obtida a Licença Prévia (LP) para as intervençõesprevistas nos empreendimentos. Conjuntamente, também serão emitidas pelo órgãoambiental as condições e restrições para a continuidade do processo de licenciamento,necessário para obtenção da Licença de Instalação (LI), quando efetivamente poderãoser realizadas obras e a Licença de Operação (LO), a qual registra a finalização doprocesso.

Cabe ressaltar, no entanto, que os impactos que não puderem serminimizados, deverão ser compensados. O órgão ambiental licenciador, de acordo coma Resolução CONAMA no 371/2006 estabelecerá o grau de impacto ambiental causadopela implantação do empreendimento, fundamentado em base técnica específica paraavaliar os impactos negativos e não mitigáveis aos recursos ambientais identificados noprocesso de licenciamento e, respeitado o princípio da publicidade.

De acordo com a resolução acima citada, o valor da compensação ambientalfica fixado em meio por cento (0,5%) dos custos previstos para a implantação doempreendimento até que o órgão ambiental estabeleça e publique metodologia paradefinição do grau de impacto ambiental, uma vez que, o percentual estabelecido paraessa compensação de novos empreendimentos será definido no processo delicenciamento, quando da emissão da Licença Prévia, ou quando esta não for exigível,da Licença de Instalação.

Todos os procedimentos estão detalhados no “Manual Técnico doLicenciamento Ambiental com EIA-RIMA” da Fepam (anexo 1). Este Manual écomposto dos seguintes itens: (i) introdução; (ii) O Eia – Rima e o licenciamentoambiental; (iii) Da exigência ou dispensa do Eia-Rima; (iv) Regras Gerais; (v) Dosprocedimentos administrativos; (vi) Dos procedimentos da Audiência Pública; (vii)Legislação Recomendada e (viii) Anexos.

De modo geral os procedimentos Administrativos, nas etapas iniciais, análisetécnica, publicidade e revisão podem ser vistos nos fluxogramas abaixo, extraídos doManual de EIA-RIMA da Fepam (anexo 1).

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 34: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

33

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Procedimentos administrativos: etapa inicial

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 35: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

34

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Figura 9: Procedimentos Administrativos para Licença Ambiental

Os municípios de Bagé, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana estão habilitadospara realização dos licenciamentos a nível local e Rio Grande está em processo dehabilitação junto ao CONSEMA.

Destaca-se, ainda, que no Rio Grande do Sul é possível através dacelebração de convênio específico, que o Estado delegue a competência para olicenciamento e fiscalização de atividades que vão além das classificadas como deimpacto local. Firmaram convênio e receberam esta delegação de competência, até omomento, apenas três municípios (Porto Alegre, Novo Hamburgo e Caxias do Sul). Omunicípio de Pelotas está em tratativa com a Fepam no sentido de integrar este grupode municípios.

3.2 Município de Bagé

A Política Ambiental do Município de Bagé, respeitadas as competências daUnião e do Estado, é regrada pela Lei Complementar nº 23, de 3 de agosto de 2004que institui o Código Ambiental do Município de Bagé. Este Código tem como objetivoregulamentar as ações do Poder Público Municipal e a sua relação com a coletividade,na conservação, defesa, melhoria, recuperação e controle do ambiente ecologicamenteequilibrado, bens de uso comum do povo e essenciais à sadia qualidade de vida paraas presentes e futuras gerações.

Segundo o Código Ambiental do Município, constituem instrumentos dapolítica municipal do meio ambiente, o Fundo Municipal do Meio Ambiente - FMMA e oConselho Municipal de Defesa ao Meio Ambiente – COMDEMA. Fica instituído o Planode Gestão Ambiental da cidade, destinado à articular, integrar e coordenar recursos

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 36: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

35

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros, com vistas ao alcance de níveiscrescentes de salubridade ambiental, buscando a melhoria da qualidade de vida dapopulação e um desenvolvimento sustentável. O Plano de Gestão Ambiental de Bagébasear-se-á no Plano Ambiental Municipal e na transversalidade das questõesambientais com os agentes envolvidos sociedade e governos.

A estrutura da Política Ambiental do Município de Bagé é formada peloconjunto de órgãos e entidades públicas e privadas integrados para a conservação,defesa, melhoria, recuperação, controle do ambiente e para o uso adequado dosrecursos ambientais do Município, consoante o disposto no Código AmbientalMunicipal.

A estrutura executiva da Política Ambiental do Município de Bagé tem suaformação:

I - Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente - SMSMA, Coordenaçãodo Meio Ambiente (CMA), controle e execução da política ambiental;

II - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente- COMDEMA, órgãocolegiado e de caráter deliberativo da política ambiental.

Compete à Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente - SMSMA:I- auxiliar no planejamento das políticas públicas do Município;II - controlar, monitorar e avaliar os recursos naturais do Município;III - realizar o controle e o monitoramento das atividades produtivas e dos

prestadores de serviço, quando potencial ou efetivamente degradores do ambiente, noâmbito de sua competência

IV - manifestar-se sobre estudos e pareceres técnicos a respeito dasquestões de interesse ambiental para a população do Município;

V - promover a educação ambiental;VI - articular-se com órgãos federais, estaduais, municipais, internacionais e

organizações não governamentais para execução coordenada e a obtenção definanciamentos para a implantação de programas relativos à conservação erecuperação dos recursos ambientais, naturais ou não;

VII - executar atividades correlatas atribuídas pela administração;VIII - apoiar projetos de iniciativa privada ou da sociedade civil que tenham a

questão ambiental entre seus objetivos;IX - propor a criação e o manejo de unidades de conservação, através de

plano diretor próprio;X - recomendar ao COMDEMA normas, critérios, parâmetros, padrões,

limites, índices e métodos para uso dos recursos ambientais do Município;XI - licenciar as atividades realizadas no município que causem ou que

possam causar desconforto na qualidade de vida da população e/ou no equilíbrioambiental;

XII - fixar as diretrizes ambientais básicas para elaboração de projetos deparcelamento do solo urbano;

XIII - estabelecer critérios para a instalação de atividades e empreendimentosno âmbito da coleta e disposição dos resíduos urbanos recicláveis;

XIV - atuar em caráter permanente na recuperação de áreas e recursosambientais degradados;

XV - dar apoio técnico e administrativo ao COMDEMA;XVI - elaborar projetos ambientais e paisagísticos;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 37: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

36

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

XVII - expedir licença ambiental quanto da sua competência.XVIII - atender ao princípio da preocupação, conjunto de mecanismos e

medidas que garantam o bem estar da população, sem comprometer o meio ambiente.Toda a prática que envolva meio físicos, químicos e biológicos que não tenhamcomprovação científica de sua eficácia, ficará sujeita à concordância do COMDEMApara que seja liberada com vistas ao seu uso para comercialização e/ou consumo,respeitando as legislações federais e estaduais.

Todo processo de licenciamento de atividades consideradas de impacto local,bem como a fiscalização e o monitoramento cabem ao órgão executor do SistemaMunicipal de Meio Ambiente.

A Coordenadoria do Meio Ambiente (CMA) da Secretaria Municipal de Saúdee Meio Ambiente (SMSMA), no exercício de sua competência de controle, expede asseguintes licenças:

I – Licença Prévia (LP): na fase preliminar do planejamento da atividade,contendo requisitos básicos a serem atendidos, como localização, instalação eoperação, observados os planos municipais, estaduais e federais do uso e de ocupaçãodo solo;

II – Licença de Instalação (LI): que autorizará o início da implantação, deacordo com as especificações constantes do projeto executivo aprovado;

III – Licença de Operação (LO): que autorizará, após as verificaçõesnecessárias, o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentosde controle de poluição, de acordo com o previsto nas Licenças Prévia e de Instalação.

Salienta-se que se iniciadas as atividades de implantação e operação, antesda expedição das respectivas licenças, o dirigente do Órgão Executor do SistemaMunicipal do Meio Ambiente deverá, sob pena de responsabilidade funcional,comunicar o fato às entidades responsáveis dessas atividades, sem prejuízo daimposição de penalidades e adotar as medidas administrativas de interdição, parcial outotal, judiciais, de embargos e outras providências cautelares.

As licenças ambientais expedidas pela Coordenadoria do Meio Ambiente daSMSMA deverão ser renovadas anualmente ou a critério desta Coordenadoria,ratificadas pelo COMDEMA, desde que respeitadas as legislações estaduais e federaisatinentes.

Para fins de licenciamento ambiental em atividades potencialmentepoluidoras que utilizem meios físicos e que possam produzir impactos ambientais omunicípio de Bagé utiliza a tabela de classificação das atividades possíveis delicenciamento ambiental elencadas na Resolução nº 05/98, de 19.08.1998 e naResolução nº 016/01, de 07.12.2001, ambas do CONSEMA e que fazem parteintegrante do código Ambiental Municipal, como anexo único, bem como todas asalterações e complementações.

Além da legislação específica ambiental também são consideradas todas aslegislações pertinentes, em especial o Plano Diretor.

3.3 Município de Pelotas

A Política Ambiental do Município tem por objetivo, respeitadas ascompetências da União e do Estado, manter equilibrado o meio ambiente, considerado

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 38: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

37

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, razão pela qualimpõe-se ao poder público o dever de defendê-lo , preservá-lo e recuperá-lo. A LeiMunicipal nº 4.594, de 20 de outubro de 2000, institui o Código do Meio Ambiente doMunicípio de Pelotas.

São instrumentos da Política Municipal do Meio Ambiente de Pelotas,segundo o Código do Meio Ambiente:

I - O Conselho Municipal de Proteção Ambiental - COMPAM;II - O Fundo Municipal de Proteção e Recuperação Ambiental - FMAM;III - O estabelecimento de normas, padrões, critérios e parâmetros de

qualidade ambiental;IV - O zoneamento ambiental;V - O licenciamento e a revisão de atividades efetivas ou potencialmente

poluidoras;VI - Os planos de manejo das Unidades de Conservação;VII - A avaliação de impactos ambientais e análises de riscos;VIII - Os incentivos à criação ou absorção de tecnologias voltadas para a

melhoria da qualidade ambiental;IX - A criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção

ambiental e de relevante interesse ecológico, dentre outras unidades de conservação;X - O Cadastro Técnico de Atividades e o Sistema de Informações

Ambientais;XI - A fiscalização ambiental e as penalidades administrativas;XII - O Relatório Anual de Qualidade Ambiental;XIII - A Educação Ambiental.

Com a criação da Secretaria Municipal de Qualidade Ambiental - SQA atravésda lei 4630 / 2001, a mesma passa a ser o órgão da administração direta do Municípioque tendo por competência:

I -atuar como órgão central de proteção, fiscalização e licenciamentoambiental, observando a legislação ambiental e diretrizes estabelecidas pelo ConselhoMunicipal de Proteção Ambiental - COMPAM;

II -coordenar e implementar, em conjunto com os demais órgãosgovernamentais e não-governamentais, a política de educação ambiental;

III -organizar, em conjunto com os órgãos governamentais e com a sociedadecivil,as conferências municipais ambientais;

IV -realizar diagnóstico e controle da qualidade ambiental combatendo todasas formas de poluição, através do poder de polícia administrativo;

V -desenvolver políticas visando a arborização urbana e a criação emanutenção de Unidades de Conservação, bem como à recuperação de área degradasnas áreas urbanas e rural;

VI -coordenar e implementar a política de gerenciamento de resíduos sólidos;VII -promover políticas de esporte e lazer voltadas à qualidade de vida,VIII -exercer quaisquer outras atividades para o devido cumprimento desta lei.O município está habilitado pelo CONSEMA para realizar o licenciamento das

atividades de impacto ambiental local. Pelotas solicitou, ainda, à Fepam a delegação decompetências, através de Convênio, para o licenciamento e fiscalização de atividadesalém das previstas na Resolução Consema 102/2005.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 39: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

38

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

3.4 Município de Rio Grande

A política ambiental em Rio Grande é desenvolvida pela Secretaria Municipal doMeio Ambiente (SMMA) e a ela compete (lei 5793/03):

I - planejar, coordenar, executar e controlar atividades que visem à proteção,conservação e melhoria do meio ambiente;

II - formular políticas e diretrizes de desenvolvimento ambiental para o município,observada as peculiaridades locais;

III - formular as normas técnicas e legais e os padrões de proteção, conservação,preservação e recuperação do meio ambiente, observadas as legislações federal eestadual;

IV - exercer a ação fiscalizadora de observância das normas contidas nalegislação ambiental;

V - exercer o poder de polícia nos casos de infração na lei ambiental einobservância de norma ou padrão estabelecido;

VI - emitir parecer sobre os pedidos de localização e funcionamento de fontespoluidoras e de fontes degradadoras dos recursos ambientais;

VII - expedir Alvarás de Localização e Funcionamento ou quaisquer outraslicenças relacionadas às atividades de controle ambiental;

VIII - formular as normas técnicas e legais que constituam as posturas domunicípio no que se refere ao saneamento e aos serviços urbanos e rurais;

IX - planejar, coordenar, executar e atualizar o cadastramento de atividadeseconômicas degradadoras do meio ambiente e de informações ambientais domunicípio;

X - estabelecer as áreas ambientais prioritárias em que o Executivo Municipaldeve atuar para manter a qualidade do meio ambiente local;

XI - propor a criação no município de áreas de interesse para proteçãoambiental;

XII - desenvolver atividades de educação ambiental e atuar na formação daconsciência pública sobre a necessidade de proteger, melhorar e conservar o meioambiente;

XIII - articular-se com outros Órgãos e Secretaria da Prefeitura, em especial asde Obras Públicas e urbanismo, Saúde, Transportes e Educação, para a integração desuas atividades;

XIV - manter intercâmbio com entidades nacionais e internacionais para odesenvolvimento de planos, programas e projetos ambientais;

XV - promover, em conjunto com os demais órgãos municipais, o controle dautilização, comercialização, armazenagem e transporte de produtos tóxicos e/ouperigosos;

XVI - acionar o Conselho Municipal de Defesa do meio Ambiente - COMDEMA -e implementar as suas deliberações;

XVII - submeter à deliberação do Conselho Municipal de Defesa do MeioAmbiente - COMDEMA - as propostas de políticas, normatizações, procedimentos ediretrizes definidas para o gerenciamento ambiental municipal.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 40: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

39

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Para exercício de suas funções a SMMA é estruturada em:• Unidade de Administração• Unidade de Educação Ambiental• Unidade de Licenciamento – Fiscalização

• Divisão de Projetos de Cursos• Divisão de Arborização

O Município do Rio Grande está em fase de elaboração da documentaçãonecessária para o processo de habilitação junto a Secretaria Estadual do MeioAmbiente – SEMA/RS, a fim de exercer o licenciamento ambiental das atividadesconsideradas de impacto local que estão previstas no anexo único da Resolução doCONSEMA nº 102/2005.

Enquanto isto não ocorrer, o licenciamento das atividades previstas no PDMI,mesmo as de impacto local, deverão ser realizadas através da Fepam.

3.5 Município de Santa Maria

O município de Santa Maria desenvolve a política ambiental através daSecretaria de Município de Proteção Ambiental (SMPA). O município possuicompetência delegada pela CONSEMA e executa o licenciamento das atividades deimpacto local.

O Município adota uma forma de administração em que as políticas públicas sãotrabalhadas de forma integrada entre as diversas secretarias (Lei Municipal 4820/05). ACoordenação de Políticas Integradas é realizada através de fóruns intersecretarias apartir da reunião das secretarias de governo com os seguintes objetivos:

I. Planejar programas, projetos e atividades comuns, de forma integrada;II. Evitar paralelismos de ações e a dispersão de tarefas;III. Favorecer a troca de informações, a racionalização administrativa, a

economia de recursos e o estabelecimento de canais permanentes de comunicaçãoentre as Secretarias.

Foi estabelecido 4 (quatro) fóruns de políticas integradas com a seguintecomposição:

I - Fórum de Atividades Meio•Secretaria de Município das Finanças;•Secretaria de Município de Administração e Desenvolvimento Humano;•Secretaria de Município de Comunicação Social;•Secretaria de Município de Captação de Recursos e Coooperação

Internacional;•Procuradoria Geral do Município.

II - Fórum de Políticas Sociais•Secretaria de Município de Assistência Social, Cidadania e Direitos Humanos;•Secretaria de Município da Cultura;•Secretaria de Município da Educação;•Secretaria de Município da Saúde;•Secretaria de Município de Esportes e Lazer;•Secretaria de Município de Habitação e Regularização Fundiária;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 41: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

40

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

•Secretaria de Município de Assuntos de Segurança Pública.

III - Fórum de Desenvolvimento local e regional•Secretaria de Município de Planejamento Urbano;•Secretaria de Município de Turismo e Eventos;•Secretaria de Município de Desenvolvimento Econômico;•Secretaria de Município de Desenvolvimento Rural;

IV - Fórum de Infraestrutura•Secretaria de Município de Obras e Serviços Urbanos•Secretaria de Município de Proteção Ambiental•Secretaria de Município de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana

São atribuições da Secretaria de Município de Proteção Ambiental:

I. Promover, de forma permanente, a Proteção Ambiental a nível daadministração municipal, permeando e institucionalizando as ações inerentesà proteção ao meio ambiente, conforme previstas na legislação federal,estadual e municipal;

II. Assessorar as demais esferas da administração municipal na elaboração,revisão e execução do planejamento local, no que se refere aos aspectosambientais, do controle da poluição, da expansão urbana e no uso eocupação do solo urbano;

III. Realizar a normatização e o controle da atividade econômica exercida nomunicípio de acordo com a defesa do meio ambiente e os princípios daprecaução e da sustentabilidade;

IV. Promover medidas e estabelecer diretrizes de preservação, controle erecuperação do meio ambiente, considerando-o como patrimônio público,tendo em vista o uso coletivo e a melhoria na qualidade de vida;

V. Promover medidas de preservação e proteção da flora e da fauna, exercendo opoder de polícia;

VI. Efetivar a promoção, restauração e manutenção da arborização públicamunicipal, incluindo expedição das autorizações para cortes e podas deárvores e a efetivação da reposição vegetal obrigatória no âmbito municipal;

VII. Exigir e acompanhar o estudo de impacto ambiental, análise de risco elicenciamento, para instalações e ampliações de obras ou atividades quepossam degradar efetiva ou potencialmente o ambiente, conforme alegislação vigente, dando-lhe publicidade;

VIII. Executar o licenciamento ambiental de atividades efetivas ou potencialmentepoluidoras de impacto local, nos termos da Resolução CONAMA n° 237/97 ea CONSEMA 05/99;

IX. Executar a competência legal da fiscalização ambiental como medidadestinada à defesa e à preservação da integridade do meio ambiente, demodo a mantê-lo ecologicamente equilibrado;

X. Fiscalizar e disciplinar a produção, o transporte, a comercialização, amanipulação e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 42: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

41

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

comportem risco efetivo ou potencial à saúde pública, à qualidade de vida eao ambiente;

XI. Prevenir e combater as diversas formas de poluição;XII. Proteger o patrimônio natural, histórico, artístico, arqueológico, paleontológico,

espeleológico e paisagístico do município, sem prejuízo da competência deoutros órgãos municipais;

XIII. Incentivar a criação e apoiar instituições municipais de defesa do patrimônioambiental e cultural;

XIV. Promover a educação ambiental;XV. Promover a utilização adequada do espaço territorial e dos recursos hídricos e

minerais, destinados para fins urbanos e rurais, através de uma criteriosadefinição de uso e ocupação, especificações de normas e projetos,acompanhando a implantação e construção com técnicas ecológicas demanejo, recuperação e preservação;

XVI. Promover a gestão integrada dos resíduos de qualquer natureza, sem prejuízoda competência de outros órgãos municipais;

XVII. Promover ações visando o gerenciamento integrado de resíduos sólidosgerados no município;

XVIII. Propor e executar programas de proteção ao meio ambiente, contribuindo paraa melhoria e a recuperação de suas condições;

XIX. Definir, no âmbito municipal, espaços territoriais e seus componentes a seremespecialmente protegidos, disciplinando e fiscalizando o seu uso;

XX. Gerenciar unidades de conservação municipais e participar da gestão deunidades de conservação intermunicipais;

XXI. Projetar, construir e zelar pela manutenção das unidades de conservação;XXII. Administrar e fiscalizar as áreas institucionais do município, sem prejuízo da

competência de outros órgãos municipais;XXIII. Promover ações de defesa do meio ambiente, em estreita colaboração com o

Sistema Único de Saúde;XXIV. Realizar a arrecadação e gestão dos recursos que compõem o Fundo

Municipal de Meio Ambiente, em conjunto com o Conselho Municipal de MeioAmbiente;

XXV. Realizar a implantação e operação de sistemas de monitoramento ambientalmunicipal e de documentação, estatística, cartografia básica e de editoraçãotécnica relativos ao meio ambiente;

XXVI. Relacionamento com os Conselhos Municipais e respectivos Fundos, na suaárea de atuação, de acordo com a legislação específica que os instituiu;

XXVII. Outras atividades correlatas.

Em anexo são apresentadas as principais legislações municipais aplicáveis.

3.6 Município de Uruguaiana

A Lei Municipal 3082 de 13 de julho de 2001, dispõe sobre a PolíticaMunicipal de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,definindo o Sistema Municipal de Meio Ambiente com a seguinte estrutura:

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 43: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

42

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

I – Órgão Consultivo e Deliberativo: Conselho Municipal de Meio Ambiente– CONSEMMA;

II – Órgão Central: Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente –SESMA;

III – Órgãos Locais: Entidades públicas municipais responsáveis pelocontrole e fiscalização das atividades relacionadas ao meio ambiente, nas suasrespectivas jurisdiçoes.

A execução da Política Municipal de Meio Ambiente, no âmbito daAdministração Pública Municipal é coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde eMeio Ambiente – SESMA, através do Departamento de Meio Ambiente.

Para o cumprimento do estabelecido nesta Lei, compete ao órgão ambientaldo Município:

I – executar a fiscalização e o controle das atividades poluidoras,vistoriando os estabelecimentos e atividades, emitindo pareceres técnicos quanto àoperacionalização e funcionamento das mesmas;

II - estabelecer padrões de emissão de efluentes industriais e comerciais asnormas para transporte, deposição e destino final de qualquer tipo de resíduo resultantede atividades industriais e comerciais;

III - licenciar atividades industriais, comerciais, de mineração, prestações deserviço, cortes, podas e plantios de árvores públicas, assim como conceder licençaambiental;

IV - fiscalizar e proteger as áreas de preservação permanente, assim comoexemplares de valor da fauna e flora;

V - emitir intimações e auto de infração e aplicar multas, quando daconstatação e/ou prova testemunhal de infração às leis ambientais;

VI - incentivar o uso de tecnologia não agressiva ao ambiente;VII - participar como órgão consultivo de projetos arquitetônicos e industriais

que provoquem impactos ambientais;VIII - elaborar o plano diretor de proteção ambiental e sugerir as leis

complementares, decretos e emendas relacionadas ao meio ambiente;IX - avaliar Estudos de Impacto Ambiental - EIA e Relatórios de Impacto

Ambiental - RIMAS, executados em território municipal;X - determinar as penalidades disciplinares e compensatórias pelo não

cumprimento das medidas necessárias a preservação e/ou correção de degradaçãoambiental causada por pessoa física ou jurídica, pública ou privada;

XI - implementar os objetivos e instrumentos da Política Ambiental doMunicípio;

XII - propor e discutir com outros órgãos públicos medidas necessárias àproteção e controle ambiental no Município;

XIII - encaminhar exames laboratoriais para fins de diagnóstico ambientalou relacionados com saúde pública;

XIV - dar início a processo administrativo ou judicial para apuração deinfrações decorrentes da inobservância da legislação ambiental em vigor;

XV - autorizar e acompanhar os resultados de pesquisas científicasefetuadas em áreas de preservação do Município.

Compete ao Órgão Ambiental do Município manter a população informadasobre projetos de lei, em tramitação no Poder Legislativo, cuja aprovação possa resultar

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 44: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

43

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

em dano ambiental. Esta informação poderá ser através dos meios locais decomunicação e/ou em local de fácil acesso ao público na sede do Executivo Municipal.Cabe ao Poder iniciador do projeto promover audiência pública, quando solicitada porqualquer entidade que ofereça alguma opinião ou proposta alternativa. A implantaçãode qualquer empreendimento de alto potencial poluente, bem como de quaisquer obrasde grande porte que possam causar dano à vida ou alterar significativa eirreversivelmente ao ambiente, dependerá de autorização do Órgão Ambiental doMunicípio.

O Município está habilitado e possui equipe técnica para realizar olicenciamento ambiental das atividades consideradas de impacto local, conformedefinição do CONSEMA. A legislação ambiental do município encontra-se em anexo.

Para fins de licenciamento ambiental, o município de Uruguaiana se utilizada LP (Licença Prévia), LI (Licença de Instalação) e LO (Licença de Operação). Paraalgumas atividades de menor potencial poluidor é adotado a LU (Licença Única) queconsiste em um sistema simplificado de licenciamento e substitui a LP, LI e LO.

3.7 Gestão Sócioambiental do PDMI

O PDMI terá como Mutuário os cinco municípios individualmente, mas serácriada uma Unidade de Articulação do Programa (UAP), com as seguintes funções:

• Servir de Secretaria Executiva para o Conselho Técnico e o ConselhoSuperior;

• Manter um sistema de informação, procurar e divulgar boas práticas;• Capacitar as equipes municipais nos procedimentos fiduciários e de

salvaguardas;• Facilitar e apoiar na articulação e programação de missões de supervisão do

Banco Mundial;

Em cada município foi criada uma Unidade de Gestão Municipal (UGM) doPDMI com a função de coordenar a execução do Projeto a nível municipal. A vinculaçãoda UGM nos diferentes municípios ficou assim definida: Bagé: vinculada ao Gabinetedo Prefeito. (i)Pelotas: vinculada à Secretaria de Planejamento conforme Lei municipalaprovada em dezembro/2006; (ii) Rio Grande: vinculada à Secretaria Municipal deCoordenação e Planejamento (SMCP); (iii) Santa Maria: A UGM vinculada ao Gabinetedo Prefeito e ao Escritório da Cidade (EC), autarquia responsável pelo planejamento doMunicípio; (iv) Uruguaiana: UGM está vinculada a Secretaria Municipal dePlanejamento.

Esta Unidade contará com técnicos das próprias administrações municipaise/ou especialmente contratados para este fim. A Gestão Sócio-ambiental do PDMIintegra-se ao Sistema de Gestão do Projeto sendo desenvolvido através daCoordenação Sócio-Ambiental (CSA) e terá uma ampla gama de responsabilidades eatribuições que pressupõe o cumprimento, tanto de diretrizes, processos eprocedimentos típicos das Administrações Municipais, quanto de orientações eexigências do Banco Mundial, enquanto agente financiador do Projeto.

A Coordenação Sócio-Ambiental (CSA) será responsável pelacoordenação das ações sócio-ambientais do Projeto e pela supervisão Ambiental das

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 45: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

44

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Obras incluindo a fiscalização, acompanhamento e orientação das ações ambientaisrelativas ao Manual Ambiental e Social da Obra – MASO (Anexo 3) e às medidasmitigadoras referentes às obras indicadas nas licenças ambientais, devidamentearticulados com as demais coordenações e com as unidades técnicas executoras.

A Coordenação Sócio-Ambiental – CSA, em conjunto com as secretariasmunicipais executoras, nas suas áreas de competência, será responsável também pelacoordenação das ações relativas à:

- Política de Reassentamento Involuntário e Desapropriação (Anexos 5);- Programa de Educação Sanitária e Ambiental (integrante do MASO –

anexo 3);- Programa de Fortalecimento da Gestão Ambiental;- Manual Ambiental e Social da Obra – MASO (Anexo 3);- Acompanhamento da concepção dos Projetos de Engenharia das

intervenções integrantes do Projeto;- Avaliação sócio-ambiental das intervenções previstas (anexo 4);- Revisão e aprovação dos projetos de infra-estrutura.

A Coordenação Sócio-Ambiental (CSA) será responsável, também, porgarantir o cumprimento dos requisitos ambientais previstos, notadamente:

- Nos contratos com as empresas construtoras;- Nos estudos ambientais e de controle ambiental;- Na legislação e nas normas nacionais, estaduais e municipais;- Nas Licenças de Instalação LIs;- Nas Licenças de Operação - LOs- Nos regulamentos da entidade financiadora (Banco Mundial).

Nos municípios em que ocorrer reassentamentos, a CSA será responsávelem conjunto com as Secretarias Municipais executoras, pela coordenação daelaboração dos Planos específicos de Reassentamento e pelo planejamento eexecução de medidas que garantam a implementação desses planos de acordo com apolítica estabelecida.

A Supervisão e o monitoramento social e ambiental das Obras deverão ser exercidospela CSA/UGM em conjunto com os órgãos ambientais municipais. São responsáveispor verificar e atestar que todas as atividades relativas ao meio ambiente envolvidas naexecução das obras estão sendo executadas dentro dos padrões de qualidadeambiental recomendados nas especificações de construção e montagem, no ManualAmbiental e Social da Obra – MASO (Anexo 3) e nas Licenças Ambientais, bem comono Guia de Gestão e Segurança no Trafego – GGST (anexo 10), Guia de Supervisãode Obras – GSO (anexo 11), Guia de Arborização e Passeio Público – GAPP (anexo12), Guia para Construção de Pontes – GCP (Anexo 9).

3.7.1. Arranjos Institucionais para implantação do Plano Sócio-Ambiental nosmunicípios.

Nos cinco municípios integrantes do PDMI foram criadas estruturas organizacionaispara gestão da implantação e acompanhamento do Projeto. Com pequenas variaçõestodas buscarão integrar os profissionais especialmente contratados para implantação

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 46: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

45

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

do Projeto aos servidores públicos municipais designados para atuar no projetopropiciando um crescimento qualitativo nas equipes envolvidas.

3.7.1.1. BAGÉ

Em Bagé a UGM – Unidade Gestora Municipal será composta por um ConselhoSuperior e um Conselho Técnico, para decisões e uma unidade organizacional formadapor diversos técnicos, responsáveis pela assessoria e execução de todas as atividadesdo projeto conforme detalhado abaixo:

I - Coordenador GeralII - Coordenação de Gestão do Projeto (01 Contratado);III - Assessoria Técnica da Área de Engenharia – 03 (01 Engenheiro Contratado, 01Engenheiro da SMAU e 01 Engenheiro do DAEB);IV - Assessoria Técnica da Área Ambiental (01 Biólogo do DAEB e 01 Biólogo daCoordenadoria de Meio Ambiente);V - Assessoria Técnica da Área Social – (01 Assistente Social do DAEB e 01 AssistenteSocial da SMSMA);VI - Assessoria Técnica da Área Financeira - (01 contratado)VII - Assessoria Técnica da área de Informática – (01 Contratado)VIII – Apoio Administrativo – 01 funcionário da PrefeituraA Secretaria Geral de Governo poderá requisitar a participação de técnicos dos quadrosda Administração para a execução de trabalhos específicos do Projeto.

3.7.1.2. PELOTAS

A Lei Municipal nº. 5.302 de 28 de dezembro de 2006, cria a U.G. P – Unidade Gestãode Projetos, com estrutura de 20 membros definida como: Uma (01) CoordenadoriaGeral, uma (1) Coordenadoria Administrativa e 18 Assessorias, distribuídas nas áreasde Arquitetura e Urbanismo, Engenharia, Ambiental, Social, Contábil, Jurídica eEconômica.A UGP vai coordenar no âmbito da Prefeitura de Pelotas, todas as atividades relativasao projeto financiado pelo Bird, junto com as secretarias afins, envolvidas no Projetoque são:

SMQA - Secretaria Municipal de Qualidade Ambiental;SMH - Secretaria Municipal de Habitação;SMO - Secretaria Municipal de Obras;SMU - Secretaria Municipal de Urbanismo;SMG - Secretaria Municipal de Governo;SAF - Secretaria de Administração e Finanças;SANEP- Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas;SECOM - Secretaria de Comunicação.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 47: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

46

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Os técnicos responsáveis pela implementação do Plano Sócio-Ambiental emPelotas são os nomeados para as Assessorias Social e Ambiental, respectivamente.

3.7.1.3. RIO GRANDE

Em Rio Grande a UGM foi criada através de projeto de lei, tendo como composição um(1) Coordenador Geral e uma equipe formada por 7 profissionais das áreas envolvidasno processo.

O perfil de cada técnico será de acordo com as áreas de abrangência do PDMI,atendendo as orientações do Banco Mundial.

O arranjo institucional será constituído por um sistema integrado entre as seguintesSecretarias Municipais e Setores da prefeitura:

-Secretaria Municipal de Cidadania e Ação Social;-Secretaria Municipal de Meio ambiente;-Secretaria Municipal da Fazenda;-Secretaria Municipal da Pesca;-Secretaria Municipal de Agricultura;-Procuradoria Jurídica;-Secretaria Municipal de Habitação;-Setor de compras e licitações-Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento-Secretaria Municipal de Obras e Viação

3.7.1. 4. SANTA MARIA

Em Santa Maria foi criado através de Decreto Executivo nº 096 de 03 demaio de 2007, a Unidade Gestora Municipal – UGM, vinculada ao Gabinete do PrefeitoMunicipal e ao Escritório da Cidade de Santa Maria. A UGM tem por objetivo principalcoordenar, no âmbito da Prefeitura Municipal de Santa Maria, todas as atividadesrelativas aos projetos financiados pelo Banco Mundial.

A Estrutura Organizacional da UGM será disposta da seguinte forma:I. Coordenação Geral;II. Coordenação de Infra-Estrutura;III. Coordenação de Geração de Trabalho e Renda;IV. Coordenação Ambiental;V. Coordenação da Área Social;VI. Coordenação Administrativo - Financeiro;VII. Apoio Administrativo.

Todos os profissionais acima detalhados serão contratados e atuarão em estreitarelação com os servidores municipais das Secretarias e Autarquias envolvidas noprojeto em especial com:

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 48: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

47

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

E.C. - Escritório da Cidade;SMTTMU – Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana;SMTE - Secretaria Municipal de Turismo e Eventos;SMDE – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico;SMED – Secretaria Municipal de Educação;SMDR – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural;SMPA - Secretaria Municipal de Proteção Ambiental;SMHRF - Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária;SMOSU - Secretaria Municipal de Obras e;SGG - Secretaria Municipal de Governo;SMF - Secretaria Municipal Finanças;SECOM - Secretaria de Comunicação.

3.7.1.5. URUGUAIANA

O arranjo institucional do município de Uruguaiana para implementação do PDMIserá constituído por uma equipe de 07 profissionais que formarão a UGM.

01 coordenador Geral;01 coordenador Econômico;01 coordenador Administrativo e financeiro;01 coordenador Social;01 coordenador Ambiental;01 coordenador Infra-estrutura;01 Assessor de comunicação e informação.

Serão contratados 03 profissionais e 04 serão cedidos pelas outras secretariasenvolvidas no PDMI, sendo elas: Secretaria de Ação Social e Habitação, Secretaria dePlanejamento, Secretaria da Fazenda, Departamento do Meio Ambiente e Secretaria deObras e Serviços Urbanos.

3.7.2. Funções e Competências Específicas da Coordenação de Gestão Sócio-Ambiental (CSA)

Além das responsabilidades gerais acima descritas, são atribuiçõesespecíficas da Coordenação Sócio-Ambiental - CSA:

- Articular-se permanentemente com as demais coordenações setoriaisconsiderando, em especial:

Ø A elaboração e/ou revisão conceitual dos projetos de infra-estruturacom a adoção de conceitos de preservação ambiental e de gestãoambiental urbana;

Ø O Programa de Fortalecimento da Gestão Ambiental e Social doPDMI;

Ø As questões de planejamento ambiental das obras envolvendo asações de requalificação urbana de âmbito local e nas ações de infra-estrutura.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 49: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

48

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

- Articular-se com os órgãos ambientais municipais, estaduais e federais noque diz respeito aos processos de licenciamento ambiental das intervenções do Projeto;

- Aprovar, no âmbito da UGM, os projetos de infra-estrutura urbana,garantindo a inserção dos conceitos de preservação ambiental e de gestão ambientalurbana;

- Garantir que as ações de comunicação social, relativas à convivência comas obras, estejam devidamente articuladas com o planejamento de obras,

- Acompanhar a execução do Manual Ambiental e Social da Obra (MASO);- Decidir sobre ações e procedimentos de obras, de modo a evitar,

minimizar, controlar ou mitigar impactos potenciais;- Apresentar, periodicamente, à Coordenação Geral da UGM, avaliação

sobre a eficiência dos programas ambientais relacionados às intervenções físicasprevistas e sobre os ajustes necessários;

- Aprovar, em conjunto com a Coordenação Geral da UGM, as penalidadesàs empresas construtoras, no caso de não atendimento dos requisitos técnicos eambientais, ou seja, na situação de configuração de não conformidades significativas enão resolvidas no âmbito das reuniões de planejamento de obras.

- Aprovar, em conjunto com a Coordenação Geral da UGM, no caso deações que tragam impactos ambientais negativos significativos ou de continuidadesistemática de não-conformidades significativas, a paralisação das obras no trechoconsiderado de modo a possibilitar a adoção, a tempo, de medidas corretivas.

- Preparar e apresentar relatórios periódicos de supervisão ambiental àCoordenação Geral da UGM e ao Banco Mundial. Os relatórios de supervisão devemser no mínimo, bimensais.

- Atender, também, os questionamentos da sociedade civil, incluindo asOrganizações Não-Governamentais - ONGs e outras partes interessadas nas obras enos sub-programas ambientais do empreendimento.

A Supervisão Ambiental de Obras também será exercida pela CSA / UGM,em conjunto com os órgãos ambientais municipais, através de profissionais que serãoresponsáveis pelo acompanhamento do cumprimento dos requisitos técnicos eambientais que constam do contrato de execução das obras. Esses profissionais serãoresponsáveis por verificar e atestar que todas as atividades relativas ao meio ambienteenvolvidas na construção das obras estão sendo executadas dentro dos padrões dequalidade ambiental recomendados nas especificações de construção e montagem, naslicenças ambientais expedidas e no Manual Ambiental e Social da Obra (MASO).

A supervisão ambiental deverá trabalhar em coordenação permanente comos demais integrantes da gestão ambiental do empreendimento, executando inspeçõestécnicas nas diferentes frentes de obra ou atividades correlatas em desenvolvimento.

À CSA/UGM, em conjunto com o órgão ambiental dos municípios, noexercício da Supervisão Ambiental de Obras caberá:• Acordar, aprovar e revisar o planejamento ambiental de obras, por meio de

reuniões quinzenais com os responsáveis ambientais de cada construtora / lotede obras;

• Implementar inspeções ambientais, para verificar o grau de adequação dasatividades executadas, em relação aos requisitos ambientais estabelecidospara as obras e subprogramas ambientais a elas ligados;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 50: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

49

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

• Verificar o atendimento às exigências dos órgãos ambientais relativas aoprocesso de licenciamento do empreendimento e às recomendações dasentidades financiadoras internacionais;

• Inspecionar, periodicamente, e sem aviso prévio, as distintas frentes de serviçono campo, para acompanhar a execução das obras e sua adequação ou nãoaos programas de gestão ambiental;

• Avaliar as atividades das equipes ambientais das empresas construtoras;• Sugerir ações e procedimentos, de modo a evitar, minimizar, controlar ou mitigar

impactos potenciais;• Propor, no caso de não atendimento dos requisitos ambientais, ou seja, na

situação de configuração de não conformidades significativas e não resolvidasno âmbito das reuniões quinzenais de planejamento, penalidades contra aempresa construtora;

• Avaliar, no caso de ações que tragam impactos ambientais significativos ou decontinuidade sistemática de não-conformidades significativas, a necessidadede paralisação das obras no trecho considerado de modo a possibilitar aadoção, a tempo, de medidas corretivas. Nesse caso, a supervisão devepreparar relatório sintético à Coordenação Geral da UGM, informando dasquestões envolvidas e da proposição de paralisação;

• Avaliar periodicamente a eficiência dos programas ambientais relacionados àsintervenções físicas previstas e propor os ajustes necessários;

• Preparar e apresentar relatórios periódicos de supervisão ambiental aoempreendedor e às entidades financiadoras nacionais e internacionais. Osrelatórios de supervisão devem ser no mínimo, mensais.

3.8 Procedimentos de Licenciamento Ambiental

Os licenciamentos ambientais das obras do PDMI se darão, conformeprevisto no artigo 7º da Resolução CONAMA 237/97, “...em um único nível decompetência,...”, no sentido de que apenas o órgão ambiental em uma das esferas daAdministração Pública (União, Estado Membro ou Município) será por ele responsável.

Deste modo, as atividades consideradas de impacto ambiental local,segundo a Resolução Consema 102/05, serão licenciadas pelos órgãos ambientaismunicipais após a solicitação formal realizado pela Secretaria responsável por aquelaobra no município. A única exceção é o município de Rio Grande que ainda não estáhabilitado para esta função e, portanto, necessitará solicitar as licenças para a Fepam –órgão ambiental estadual.

Nas atividades que ultrapassam os limites designados pela resoluçãoConsema 102/05 e complementações posteriores, bem como naquelas atividades queexistam a necessidade de licenciamento e não estejam delegadas aos municípios, seránecessário o licenciamento emitido pela Fepam.

Os procedimentos a serem seguidos estão detalhados no “Fluxograma deProcedimentos Sócio-Ambientais de Obras” (capítulo 5) e nos Manuais da Fepam(anexos I e 2).

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 51: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

50

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

4. POLÍTICAS DE SALVAGUARDA DO BANCO

4.1 Comparação das políticas locais com as políticas do Banco

As políticas operacionais do Banco Mundial convergem em muitosaspectos com as políticas ambientais locais, diferindo principalmente na exigência deconsulta ao público a ser afetado pelas intervenções, independente da dimensão damesma e na compensação adequada nos casos de reassentamento involuntário defamílias de suas moradias e/ou locais de trabalho.

Em muitos casos os procedimentos licenciatórios adotados no Brasil e RioGrande do Sul seriam suficientes para atender a estas políticas, mas visando dargarantia ao atendimento dos pressupostos das salvaguardas do Banco Mundial, cadamunicípio designou uma equipe formada por um profissional do órgão ambientalmunicipal e uma assistente social para avaliar os potenciais impactos ambientais doscomponentes do projeto. Foram aplicadas Fichas de Avaliação Sócio-ambiental (Anexo4) com o objetivo de: (i) identificar potenciais impactos e sua magnitude; (ii) identificarnecessidade de estudos adicionais ou licenciamento ambiental; (iii) prover insumospara alternativas no projeto executivo; (iv) prover insumos para o manual ambiental esocial das obras; e, (v) estabelecer uma “memória” escrita e visual da área do projeto.Durante a aplicação destas fichas também são consultados moradores erepresentantes dos locais a serem afetados.

A Funai confirmou por escrito a não existência de populações indígenasnas áreas de intervenção do Projeto.

O Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado foi classificadocomo categoria “B”, de acordo com as políticas ambientais do Banco Mundial,acionando as seguintes “salvaguardas”: (i) Avaliação Ambiental (PO/PB 4.01); (ii)Habitats Naturais (PO/PB 4.04); (iii) Reassentamento involuntário de famílias (PO/PB4.12); (iv) Gestão de Pragas (PO 4.09) e Patrimônio Cultural (PO 11.03). Foramabordados os impactos relacionados com estas salvaguardas tendo sido propostas asmedidas mitigadoras das externalidades negativas.

4.2 Avaliação Ambiental – EA (PO/PB 4.01)

Esta salvaguarda tem como principais objetivos, assegurar que os projetospropostos para financiamento do Banco sejam ambientalmente sólidos e sustentáveisalém de informar aos que decidem sobre os riscos ambientais, atuando no sentido deassegurar o cumprimento e evitar o não-cumprimento.

Foram conduzidos estudos específicos associados a algumasintervenções nos municípios tais como: (i) Recuperação técnica, social e ambiental deárea localizada junto à Avenida Henrique Pancada, na orla da Laguna dos Patos – RioGrande; (ii) Melhoramento Ambiental da Bacia do Arroio Cadena – Santa Maria; (iii)Implantação do Parque da Barragem do rio Vacacaí-Mirim – Santa Maria; (iv)Construção de Galeria de Drenagem Pluvial – Uruguaiana; (v) Estudos paraUrbanização e Recuperação Ambiental da Orla do Saco da Mangueira em Rio Grande -

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 52: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

51

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

RS; (vi) Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Uruguaiana, no qual sãorecomendadas as medidas necessárias para evitar, minimizar, mitigar e compensarimpactos. Especificamente em relação a esta atividade e tendo em vista queatualmente o lixo é depositado a céu aberto, o Projeto, além da construção de aterrosanitário, também recuperará o “lixão” atual e implantará uma central de triagem,reciclagem e compostagem, trazendo como resultado final, externalidades ambientais esociais positivas. Do conjunto de atividades a única que está prevista para os primeirosdezoito meses de execução é a que se refere ao Gerenciamento de Resíduos Sólidosde Uruguaiana.

O conjunto de atividades destacado anteriormente que tem relação com adimensão ambiental pode ser classificado em dois grupos:

Grupo 1 – Atividades que implicam em intervenções com possíveisimpactos ambientais negativos (como por exemplo, reabilitação e/ou pavimentação degrandes avenidas e demais vias públicas; qualificação e requalificação de espaçosurbanos; implantação de agroindústrias; construção de pontes; entre outras). Paraestas atividades estão sendo consideradas tanto na estratégia técnica, como nestaprópria avaliação todas as medidas necessárias para reduzir as possíveisexternalidades ambientais negativas, decorrentes destas obras.

Grupo 2 – Atividades com caráter de correção de problemas ambientaisatuais e, portanto, gerando externalidades positivas. Neste grupo se enquadramatividades como: sistema de esgotamento sanitário urbano; sistema integrado degestão de resíduos sólidos; qualificação urbanística da Orla da Lagoa dos Patos;recuperação da bacia hidrográfica do Rio Vacacaí-Mirim; Recuperação ambiental dosArroios Cadena e Cancela, Reurbanização e recuperação de áreas degradadas.

Salienta-se que grande parte dos investimentos serão direcionados àcorreção de problemas ambientais existentes e demandados pelas municipalidades,incluindo melhoria das condições de vida da população diretamente beneficiada, o queleva a concluir que o PDMI apresenta evidentes externalidades ambientais positivas.

4.3. Habitat Natural (PO/PB 4.04)

Os principais objetivos desta salvaguarda são: (i) Assegurar que se dê aatenção adequada à preservação dos habitats naturais, (ii) Proteger a biodiversidadedos locais de intervenção do projeto e (iii) Assegurar a sustentabilidade dos serviços eprodutos que os habitats naturais prestam à sociedade.

Esta política de salvaguarda foi acionada pelo PDMI por existiremintervenções em Áreas de Preservação Permanente (APP) – segundo Código FlorestalNacional. Quanto a esta salvaguarda devem ser considerados:

a) O PDMI atuará no sentido de desocupar e recuperar áreas de APP que já seencontram altamente degradadas como o caso de Santa Maria (Arroios Cadena,Cancela e Rio Vacacaí-Mirim) e Rio Grande (Orla da Lagoa dos Patos), ondeexiste intensa ocupação e intervenção antrópica em áreas com instabilidadegeológica e sujeitas a inundação.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 53: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

52

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

b) O Programa apoiará a implantação de um parque público em área de mananciaishídricos para abastecimento humano e área verde, com evidente impactopositivo sobre este habitat.

c) Serão financiadas ações de recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Vacacaí-Mirim (parte alta), no município de Santa Maria, principalmente em área de APP.

d) Outras intervenções que possam afetar habitats naturais.

4.4 Reassentamento Involuntário de famílias (PO/PB 4.12)

Os objetivos principais desta salvaguarda são: (i) Reduzir osreassentamentos; (ii) Reduzir e aliviar impactos negativos nas populações afetadas e,(iii) Devolver ou melhorar a renda e as condições de vida da população deslocada.

Os pressupostos básicos que norteiam esta salvaguarda são: (i) Prevenirou minimizar o deslocamento involuntário sempre que possível; (ii) Desenvolver eimplementar o reassentamento a partir de um projeto de desenvolvimento sustentável;(iii) Pagar por recursos perdidos no custo do remanejamento; (iv) Recuperar aqualidade de vida dos indivíduos e de sua comunidade; (v) Os componentesnecessários para atingir os objetivos do projeto estão protegidos pelos princípios dofinanciamento e, (vi) Os custos do reassentamento são considerados parte dofinanciamento.

Para atender às exigências desta política, foi preparado o MarcoConceitual da Política de Reassentamento involuntário (Anexo 5) que busca garantir arecomposição da qualidade de vida das famílias afetadas, nos vários aspectos físicos(perda de moradia), financeiro (perda de rendimentos financeiros pela interrupção deatividades produtivas), sócio-familiar (perdas relacionadas à quebra da rede de apoiosocial e das relações de vizinhança), entre outras.

É importante ressaltar que a relocação da maioria das famílias não édecorrente da necessidade de implantação de uma determinada infra-estrutura, mas,sim, em função de uma melhoria das condições de habitabilidade e de redução deriscos de desabamento, inundação e à saúde. Existem poucos casos dedesapropriação para melhoria de vias públicas, que após todos os estudos técnicosbuscando alternativas, constatou-se serem inevitáveis.

As intervenções de remoção e reassentamento involuntário somente sedarão após a aprovação do PDMI, quando serão realizados os projetos básicos eexecutivos. Estes, serão precedidos do detalhamento do Plano de Reassentamentoseguindo os critérios básicos indicados no Marco Conceitual da Política deReassentamento apresentado no capítulo 7 deste Plano de Gestão Social e Ambiental.

Antecipando-se as exigências, os municípios estão buscando áreas,próximas às atuais, para formar um banco de terras, procurando reduzir o impactosocial da remoção. Também serão dotadas de infra-estrutura e serviços para melhorara qualidade de vida destas pessoas que hoje estão expostas à degradação do capitalhumano e social. Nas condições atuais, inclusive, contribuem para a degradação do

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 54: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

53

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

capital natural. A estimativa é de que sejam reassentadas cerca de 1000 famílias quehoje se encontram vivendo em áreas de risco em Santa Maria e Rio Grande. Os Planosde Reassentamentos seguirão o Marco da Política de Reassentamento elaborado deacordo com a OP 4.12 e serão submetidos à revisão do Banco antes do início dasintervenções. O município de Santa Maria elaborou no segundo semestre de 2006, comapoio do Ministério das Cidades, um detalhado estudo sobre as áreas de risco domunicípio. Este estudo é base para as intervenções a serem realizadas.

4.5 Manejo de Pragas (PO 4.09)

Os principias objetivos desta salvaguarda são: (i) Assegurar que asatividades no manejo de pragas tenham uma abordagem integrada (Manejo Integradode Pragas: MIP); (ii) Minimizar os perigos ambientais e os impactos sobre a saúdedevido ao uso de pesticidas e (iii) Desenvolver a capacidade nacional para aplicar MIP,regulamentar e monitorar a distribuição e uso dos pesticidas.

Tendo em vista que o PDMI apoiará a produção de hortifrutigranjeiros eoutras atividades de produção de alimentos e matéria prima para a agroindústria, tantono meio rural como urbano, poderão ocorrer impactos ambientais e à saúde em geral,decorrente da aplicação de agrotóxicos.

As exigências relacionadas a esta salvaguarda serão atingidas através daadoção de mecanismos como: (i) capacitação das famílias envolvidas; (ii) estímulo àprodução agro ecológica; (iii) apoio com assistência técnica especializada eprofissionais qualificados; (iv) campanhas de conscientização de produtores econsumidores sobre os riscos dos agrotóxicos e a necessidade de seu uso criterioso;(v) cumprimento da legislação vigente (uso de receituário agronômico, recolhimento deembalagens por parte da indústria, uso de EPI); (vi) uso de sistemas de GestãoIntegrado de Pragas e controle biológico.

O Manual de Gerenciamento de Agrotóxicos – MGA (Anexo 6) detalhaminuciosamente os cuidados no manuseio e aplicação dos agrotóxicos.

4.6 Patrimônio Cultural Físico (OPN 11.03)

Os principais objetivos desta salvaguarda são assegurar que: (i) O patrimôniocultural seja identificado e protegido; (ii) As leis nacionais para a proteção do patrimôniocultural sejam cumpridas e (iii) A capacidade para identificar e proteger o patrimôniocultural seja melhorada.

A salvaguarda de Patrimônio Cultural foi acionada em função de estaremprevistas intervenções em prédios e sítios de valor histórico-cultural, reconhecidos anível municipal, estadual e federal, principalmente nos municípios de Santa Maria, RioGrande e Pelotas, bem como em áreas com potencialidade arqueológica epaleontológica. Acionou-se esta salvaguarda no sentido de garantir a integridade físicadestes remanescentes materiais.

Para cumprir com a Política de Proteção de Patrimônio Cultural,procedimentos de “salvamento ao acaso” constarão dos contratos de construção paraas situações onde se verifiquem significativos eventos culturais.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 55: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

54

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

4.7 Política de informação e consulta pública

Esta política tem o propósito de: (i) Aumentar os benefícios do projeto/ reduziros impactos negativos; (ii) Desenhar projetos mais adequados às realidades locais; (iii)Envolver os agentes no processo de desenvolvimento; (iv) Aumentar aresponsabilidade e a transparência do processo.

Visando atender a estes pressupostos o PDMI adotou desde a concepçãodas propostas, diversos mecanismo de consulta pública e informação às comunidades.A constituição dos projetos é resultado de um efetivo processo de participação dasociedade dos municípios integrantes do Programa principalmente no períodocompreendido entre os anos de 2003 a 2005.

Em Pelotas foi realizado o Congresso da Cidade, que contou com aexpressiva participação de aproximadamente 400 lideranças governamentais e nãogovernamentais, resultando desse processo as bases para o planejamento urbano erural do município e os investimentos prioritários. Foi também realizada uma pesquisade opinião pública para ouvir a população sobre a aceitação dos projetos. Naelaboração do novo Plano Diretor da cidade foram realizadas 17 audiências públicas,com a participação média de 200 pessoas, lideranças e técnicos, onde foram definidosos investimentos previstos no Projeto Municipal.

Em Bagé foram estabelecidas ações variadas de participação popular paraidentificar as prioridades a serem inseridas no Projeto Municipal. Foram 14Conferências da Cidade com 660 pessoas para definir as prioridades. Foram feitas 05audiências públicas com 280 pessoas, para elaboração do novo Plano Diretor, diversasreuniões comunitárias no meio urbano e rural além de reuniões preparatórias e aConferência Municipal de meio ambiente. Estas metodologias foram fundamentais paraidentificação dos problemas e no estabelecimento dos objetivos, indicadores e metaspara o Projeto.

No município de Uruguaiana a identificação dos investimentos que farãoparte do Projeto local foi feita por ocasião da elaboração do Plano Plurianual (PPA), quefoi concebido por meio de 34 reuniões comunitárias com 770 participantes, 04Audiências Públicas com 325 pessoas. Para adequação do Plano Diretor, foram feitas02 Conferências da Cidade com a participação de 173 líderes e representantes deorganizações governamentais e não governamentais.

No município de Santa Maria todas as atividades previstas no PDMI foramretiradas do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) que foiconcebido com os objetivos de: (i) promover o desenvolvimento sustentável do territórioMunicipal; (ii) promover o desenvolvimento não só da região urbana e rural, mastambém da macro região em que se insere Santa Maria; (iii) entender a sustentabilidadecomo a harmonização entre o desenvolvimento econômico, o manejo permanente deseus recursos naturais e a inclusão social. Foram realizadas 317 reuniões com aparticipação cerca de 30 mil pessoas, nas 51 microrregiões e nas 10 regiões em queestá estruturado o município. Foram também realizadas 40 Audiências Públicas emconjunto com a Câmara de Vereadores local, com a participação média de 150 pessoaspor evento. A área rural está organizada em nove distritos, com Conselhos Distritaisatuantes. Estão em funcionamento 32 conselhos municipais, que fazem reuniões

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 56: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

55

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

mensais e que também tiveram participação decisiva na eleição das prioridades doProjeto.

Em Rio Grande, a cada quatro anos toda a comunidade é convidada atravésdos meios de comunicação e das Associações de Bairros a participar de reuniões quesão realizadas em escolas públicas de cada região. Neste momento a administraçãoleva toda sua equipe de secretários para junto com a comunidade definir as prioridadesde investimentos.

O processo de identificação das ações prioritárias teve início durante aelaboração do primeiro Plano Plurianual Cidadão. O município está dividido em 19regiões onde são realizadas as reuniões de participação da população local. Paraelaboração do PPA de 2001 foram feitas 13 reuniões e no ano de 2006 11 reuniões.Todo este processo é ratificado a cada ano, nas audiências públicas da Lei deDiretrizes Orçamentária (LDO).

Durante os anos de 2006 e janeiro de 2007 houve a continuação desteprocesso através, principalmente, de reuniões com lideranças e da aplicação das fichasde avaliação sócio-ambientais pelas equipes ambientais e assistentes sociais dosmunicípios.

Durante a execução do projeto estão previstas ações que garantam ainformação à sociedade, criando-se espaço para a discussão das intervenções eapreensão da percepção da comunidade. As sugestões da comunidade serãotransferidas para as equipes técnicas de desenho final do projeto executivo e, acatadassempre que forem consideradas pertinentes. Maiores detalhes estão na Programa deComunicação Social e Consulta Pública – PCSCP (anexo 7).

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 57: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

5. PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS

Etapa Técnica GestãoSocioambiental

Objetivo Instrumentos

Aplicação daFicha deAvaliaçãoPreliminar

- Análise dos impactos sociais e ambientais;

- Identificar medidas mitigatórias paraminimizar impactos negativos e maximizaçãodos impactos positivos;

- Identificar necessidade de estudosadicionais e;

- Definir o escopo destesestudos e TDR;

- Auxiliar na análise de alternativas para osprojetos;

- buscar informações com a comunidade aser afetada;

- determinar as políticas de Salvaguardaacionadas pelo Projeto;

- Ficha de avaliação Preliminar

Definiçãoconceitual doProjeto ouatividade

Licença Prévia(LP) ou LU ou DI

- Se for necessário, solicitar uma LP junto aoórgão ambiental estadual ou municipal.

- Incluir um EIA/RIMA se necessário para aLP

- Informação da FEPAM sobre LP(website)

- Exemplos de TDR da FEPAM(website)

Preparação doProjetoExecutivo

Coordenaçãoentre as equipessocioambientais ea equipe de

Incorporar as sugestões ambientais e sociaisque sejam viáveis nos detalhamentos dasobras

Ajustar a avaliação dos impactos de acordo

Reuniões sistemáticas entre asequipes sócio-ambientais e a dedetalhamento do Projet

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 58: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Licença deInstalação (LI)

- Se for necessário, solicitar uma LI junto aoórgão ambiental estadual ou municipal

- Incluir um EIA/RIMA se necessário para a LI

- Informação da FEPAM sobre LI(website)

- Exemplos de TDR da FEPAM(website)

detalhamento doProjeto executivo

com os Projetos definitivos

Reuniões deinformação para acomunidadeafetada

Informar a comunidade sobre desenhosdefinitivos, cronograma de obras eresponsáveis

Informar sobre a incorporação das sugestõesda comunidade nos desenhos e medidas degestão

Informar sobre os procedimentos parasugestões, queixas e reclamações

Audiências públicas,

Guia de informação e consultapública (reuniões e oficinas parainformação e consulta, página web,correio eletrônico, folhetosinformativos, cartazes, etc)

Guia de sugestões, queixas ereclamações

Programa deinformação ecomunicação

Oferecer informações, claras , verídicas eoportunas sobre o projeto, a execução dasintervenções e aplicação das medidassócioambientais

Guia de informação e consultapública (reuniões e oficinas parainformação e consulta, página web,correio eletrônico, folhetosimformativos, cartazes, etc)

Contrataçãodas obras

Incorporação dasmedidassocioambientais;

Incorporar legalmente as medidas de gestãodentro dos documentos de licitação econtrato da obra;

Garantir a destinação de recursos para aaplicação das medidas;

Manual Ambiental e Social de

Supervisão das Incorporação dasMedidas de

Incorporar a supervisão das medidas degestão socioambiental dos documentos de

Documentos Ambientais e Sociais

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 59: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

LP = Licença Prévia LI = Licença de Instalação LO = Licença de Operação LU = Licença ÚnicaQuadro 5: Procedimentos Sócio Ambientais

obras GestãoSócioambiental

licitação e contato das empresassupervisoras

para a supervisão das Obras

Planejamentoda Obra

Incorporação dadimensãosocioambientalpara oplanejamento daobra

Reduzir os impactos negativos das obrasatravés do planejamento adequado queconsidere os possíveis impactos sociais eambientais da obra;

Assegurar a acessibilidade ao comércio e asresidências nas áreas afetadas pelas obras;

Guia de Desvio e gestão de tráfego

(CONTRAN - Resoluções 160/04 e180/05)

Construção Aplicação das

Medidas

Aplicar as medidas de prevenção, mitigaçãoe/ou compensação dos impactos negativosdas obras;

Supervisionar a aplicação das medidas

Comunicação regular com a comunidade epopulação diretamente afetada;

Preparar informes regulares das açõessocioambientais

Instrumentos de acompanhamento

Guía de supervisão

Conclusão doContrato

Avaliação final Preparação do informe final deacompanhamento socioambiental

Aplicar as medidas durante a operação dasobras

Guía de supervisão

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 60: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

59

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Os procedimentos Sócio-Ambientais nas diferentes etapas das intervenções podemser mais facilmente visualizados nos fluxogramas abaixo e deverão ser seguidos paraexecução do PDMI.

Figura 10: Fluxograma parte1 - Procedimentos Sócio-Ambientais para Obras

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 61: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

60

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Figura 11: Fluxograma parte 2 - Procedimentos Sócio-Ambientais para Obras

Figura 12: Fluxograma parte 3: Procedimentos Sócio-Ambientais para Obras

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 62: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

61

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

6. AVALIAÇÃO AMBIENTAL

A Avaliação ambiental procurou identificar a sustentabilidade social e ambiental dasintervenções propostas no PDMI, especialmente as que se referem às intervenções deinfra-estrutura concebidas pelas equipes de preparação dos projetos dos municípios comvistas a melhorar a qualidade de vida das populações diretamente afetadas pelasintervenções, e construir uma qualidade ambiental que preserve e recupere os atributosnaturais do meio físico e biótico.

6.1 Estudos realizados

Para realização da avaliação ambiental foram considerados os subsídios técnicosdisponíveis, em especial:

• A concepção do Projeto, seus componentes e subcomponentes;• As tipologias de intervenção;• Os estudos ambientais existentes sobre as áreas de intervenção;• Os estudos e trabalhos de consultoria contratados durante a fase de

preparação dos projetos municipais;• As fichas preliminares de Avaliação Sócio-Ambientais aplicadas pelas

equipes dos Órgãos Ambientais dos municípios com auxílio de AssistentesSociais;

Durante a fase de preparação do projeto, foram realizados estudos específicos paraas intervenções planejadas. Os estudos que possuem uma maior interface com a questãoambiental são:

• Recuperação Ambiental da Área Localizada Junto a Orla da Laguna dosPatos – Rio Grande;

• Urbanização e Recuperação Ambiental da Orla do Saco da Mangueira – RioGrande;

• Contenção da Erosão na Ilha de Torotama – Rio Grande;• Qualificação da Avenida Beira do Canal – Pelotas;• Contenção e Recuperação do Processo Erosivo na Orla do Balneário dos

Prazeres – Pelotas;• Implantação da Unidade da Conservação Parque Farroupilha – Pelotas;• Melhoramento Ambiental da Bacia do Arroio Cadena – Santa Maria;• Implantação do Parque da Barragem – Santa Maria;• Construção de Galeria de Drenagem Pluvial – Uruguaiana• Estudos para Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos;• Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica para Implantação de Sistemas

Agroindustriais e de Comercialização de Produtos Agrícolas em Santa Maria;• Estudos dos Sistemas Viários e Mobilidade Urbana dos municípios de Bagé,

Pelotas, Rio Grande e Santa Maria.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 63: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

62

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Após a realização dos estudos, algumas intervenções foram descartadas,mantendo-se as consideradas sustentáveis e que trarão um maior impacto social eambiental para os municípios.

Abaixo é apresentado um resumo da análise integrada do contexto dasintervenções, realizada a partir do diagnóstico sócio-ambiental, urbanístico e de infra-estrutura da situação atual das áreas. A análise do diagnóstico da situação atual, realizadana primeira etapa, embasou as proposições de resolução apresentadas. Todos os estudosrealizados estão disponíveis para consulta nos municípios componentes do PDMI.

6.1.1 Recuperação Técnica, Social e Ambiental de Área Localizada Junto à Av.Henrique Pancada, na Orla da Laguna dos Patos – Rio Grande/RS

O principal elemento identificado com a realização do diagnóstico local foi aforma de ocupação totalmente desordenada com a qual se processou a ocupação da área.Não há regularidade na forma com que os terrenos foram ocupados, do que decorre aexistência de moradias posicionadas em grandes terrenos, suficientes para a construçãode mais duas ou três residências com as mesmas dimensões, em contraposição a terrenosmuito pequenos, nos quais uma pequena construção ocupa todo o espaço disponível. Estadisparidade, associada à condição de miséria de muitas famílias da área evidencia,claramente, as desigualdades sociais do local.

Outro problema diagnosticado, também decorrente da ocupação desordenada,é a proximidade das moradias (“favelas”), fazendo com que as casas construídas lado alado pareçam uma única residência, tornando difícil a identificação de onde se inicia umamoradia e onde a mesma termina. Aos fundos da área foram improvisados pequeníssimos“becos” (servidões), que servem de passagem para os moradores das casas que lá seencontram e que acabam por facilitar a marginalidade, pois são locais mal iluminados e dedifícil acesso.

Deve-se ressaltar que a insuficiência de saneamento básico adequado é umdos maiores problemas do local. Assim, relativamente ao sistema de esgoto, destaca-se aausência de redes e de tratamento em quantidade adequada, o que afeta diretamente asaúde da população local. O método mais utilizado pelos moradores é o uso de latas, aoinvés de privadas. Os dejetos coletados desta forma são lançados diretamente na lagoa,promovendo forte poluição ambiental e a proliferação de várias doenças de veiculaçãohídrica, as quais assolam a população, principalmente as crianças, já que estas brincamem locais totalmente inadequados.

Verifica-se neste contexto um quadro de acentuado risco social e ambiental, deforma que as ações a que se propõe o PDMI são fundamentais para iniciar um processo dereversão deste quadro, tanto pela busca da melhoria das condições de vida da populaçãolocal, quanto pela recuperação ambiental da orla da Laguna, que se encontraacentuadamente comprometida.

A Figura 13 os principais aspectos diagnósticos da região de intervenção,consubstanciando a análise integrada de seu contexto. Permite ainda a visualização dosprincipais focos de intervenção para os quais foram propostas de alternativas de solução.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 64: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

63

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Foto 1: Visão de área já recuperada ao ladoda área de estudo.

Foto 2: Visão da área de estudo na AvenidaHenrique Pancada.

Figura 13: Intervenções realizadas na Rua Henrique Pancada

Na Figura 13 ainda se percebe um segmento de área lindeira a AvenidaHenrique Pancada onde já foram implantadas ações de revitalização urbanística epaisagística (foto 1). Na foto 2 verifica-se a visão de parte do sistema viário local, naporção que exibe a melhor disponibilidade de utilidades urbanas na área de interesse.

Referente à Figura 14, pode ser visualizada na foto 3 uma área deafunilamento viário com acentuado potencial de risco de acidente para os moradores quepossuem suas residências situadas praticamente no leito da via. Nesse local, tambémcontribui para um aumento do risco de acidentes de trânsito a geometria inadequada davia, em forte ângulo. A foto 4, por outro lado, apresenta as condições precárias de uma dasáreas de lazer público existentes na região.

Foto 3: Zona de afunilamento viário,ocupação irregular.

Foto 4: Situação das moradias e área delazer à frente.

Figura 14: Riscos potenciais no trânsito e moradias precárias

Verificam-se, em continuidade, aspectos da degradação ambiental da área naporção de contato com a Lagoa dos Patos (Figura 15). As fotos a seguir exibem a condiçãode acentuada pobreza, risco social e ambiental a que estão submetidas as famíliasmoradoras da região costeira da Lagoa, além do grande risco de inundação intrínseco aesta região.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 65: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

64

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Foto 5: Vista da Orla da Lagoa dos Patos,com destaque para a ocorrência deedificação de família de baixa renda emárea de risco de inundação, além deconfigurar uma APP.

Foto 6: Drenagem pluvial e situação dasmoradias na orla da Lagoa dos Patos.Novamente se verifica a ocorrência deedificações de famílias de baixa renda emárea de risco de inundação, além deconfigurar uma APP.

Figura 15: Áreas de risco na Lagoa dos Patos

De forma conclusiva, a análise integrada do local de intervenção permitiuidentificar que a área em apreço necessita de ações afirmativas relacionadas à remoçãodas famílias situadas em áreas de risco, mesmo que isso implique em uma intervenção degrande porte, visto que está constatado que a região não apresenta as mínimas condiçõesde suporte à ocupação antrópica, mesmo com um conjunto de atividades de reurbanizaçãoda região. Por outro lado, visto o acentuado risco social a que está submetida estapopulação, será necessário um forte acompanhamento por parte do Poder PúblicoMunicipal, com a agregação de assistência social de qualidade profissional ao processo.Posteriormente à realocação, deverá ser conduzido um Programa de Recuperação deÁreas Degradadas (PRAD), com foco em restaurar as condições de qualidade ambiental epaisagem da área que, sem dúvida, tem acentuada relevância ambiental.

6.1.2 Estudos para Urbanização e Recuperação Ambiental da Orla do Saco daMangueira em Rio Grande – RS

No Saco da Mangueira, na área de abrangência deste estudo, estima-se queexistam cerca de 3.000 famílias em situação irregular, sendo que apenas uma parceladeste conjunto está na orla. Estas famílias constituem a prioridade do trabalho já que oprocesso de ocupação é preocupante e de difícil controle, pois se caracteriza pelo avançosobre as águas por meio da utilização de resíduos sólidos, caliça e aterro, com destaquepara as acumulações de pneus, os quais, colocados sobre as águas da orla do Saco daMangueira, formam aterros clandestinos onde são construídas sub-moradias. Esteprocesso progressivo ao longo dos últimos anos tem provocado sérias agressões ao meioambiente e à saúde das pessoas que vivem em condições precárias e totalmenteinadequadas.

O principal elemento identificado com a realização do diagnóstico local foi aforma de ocupação desordenada por famílias vivendo em condições de miséria. Não há

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 66: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

65

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

regularidade na forma com que os terrenos foram ocupados resultando na existência decasas posicionadas em grandes terrenos, suficientes para a construção de mais duas outrês residências com as mesmas dimensões, em contraposição a terrenos muito pequenos,nos quais uma pequena construção ocupa todo o espaço disponível. Esta disparidade emá distribuição evidencia as desigualdades sociais do local.

Outro problema diagnosticado, também decorrente da ocupação desordenada,é a proximidade das moradias que atribuem à área um processo crescente de favelizaçãoonde são comuns as servidões e becos, que muitas vezes servem de abrigo para umapopulação que vive abaixo da “linha da miséria”.

Deve-se ressaltar que a insuficiência de saneamento básico adequado é umdos maiores problemas do local, do ponto de vista ambiental. Assim, relativamente aosistema de esgoto, destaca-se a ausência de redes e de tratamento em quantidadeadequada, o que afeta diretamente a saúde da população local. Os dejetos humanos sãocoletados em latas e lançados diretamente na lagoa, favorecendo a proliferação de váriasdoenças de veiculação hídrica que atingem a população, principalmente as crianças, já queestas brincam ingenuamente nestes locais infectados.

Verifica-se neste contexto um quadro de acentuado risco social e ambiental, deforma que as ações a que se propõe o PDMI são fundamentais para iniciar um processo dereversão deste quadro, tanto pela busca da melhoria das condições de vida da populaçãolocal, quanto pela recuperação ambiental da orla do Saco da Mangueira, que se encontraacentuadamente comprometida.

Os registros fotográficos a seguir apresentam os principais aspectosdiagnósticos da região de intervenção, consubstanciando a análise integrada de seucontexto. Permitem ainda a visualização dos principais focos de intervenção cujas soluçõessão apresentadas em continuação.

Foto 7: Visão geral da ocupação ao final daAv. Major Carlos Pinto.

Foto 8: Situação das moradias e acessosinternos.

Figura 16: Fotos da situação das moradias em Rio Grande

Na Figura 16, as fotos 7 e 8 evidenciam as tipologias típicas das edificaçõesutilizadas como residências pelos moradores locais. Predominam os chalés de madeiracom uma a duas peças, intercalados com algumas casas de alvenaria. Todas asresidências são de padrão construtivo muito simples e popular, característico das regiõesfavelizadas do Brasil. Na foto 8, podem ser observadas as inúmeras carroças utilizadas

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 67: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

66

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

pelos moradores para catação de papel e outros resíduos, os quais são, posteriormente,comercializados. Esta atividade possibilita o sustento de muitas famílias locais.

Já na Figura 17, as fotos 9 e 10 evidenciam os principais aspectos daacentuada degradação ambiental ocasionada pela ocupação irregular e desregrada da orlada lagoa. Especificamente, observa-se o processo de agregação de área com a disposiçãoinadequada, progressiva e continuada de resíduos de construção civil e outros materiais noleito natural da lagoa. Verifica-se, também, que deste processo resulta na total degradaçãoda paisagem, em especial pela cobertura de resíduos (lixo) que domina a área.

Foto 9: Visão da acentuada degradação daqualidade ambiental a partir do Saco daMangueira.

Foto 10: Disposição irregular de entulhose resíduos, com acentuadocomprometimento da qualidade ambientale paisagística da área.

Figura 17: Disposição irregular de resíduos

De forma conclusiva, a análise integrada identificou que a área em questãonecessita de ações afirmativas relacionadas à remoção das famílias situadas em áreas derisco, visto que está plenamente constatado que a região não apresenta as mínimascondições de suporte à ocupação antrópica, mesmo que se objetivasse um conjunto deatividades de reurbanização da região. Por outro lado, tendo em conta o acentuado riscosocial a que está submetida esta população, é necessário um forte acompanhamento porparte do Poder Público Municipal, com a agregação de assistência social de qualidadeprofissional ao processo. Posteriormente à relocação, deverá ser conduzido um Programade Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), com foco em restaurar as condições dequalidade ambiental e paisagem que da área, sem dúvida, com acentuada relevânciaambiental.

6.1.3 Melhoramento Ambiental da Bacia do Arroio Cadena – Santa Maria

Associada a ocupação predominantemente urbana das bacias dos arroiosCadena e Cancela a qualidade da águas desses arroios está sendo degradada, em razão,principalmente, do lançamento clandestino de água servida na rede de drenagem pluvial ediretamente nos arroios (Berger, 2001) e da falta de condições de autodepuração do arroio.

A reivindicação da população de Santa Maria, com relação à despoluição doarroio Cadena é tão antiga quanto o problema. Entre as mais recentes, destaca-se a

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 68: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

67

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

manifestação em Audiência Pública da União das Associações Comunitárias de SantaMaria:

(...) No âmbito das reivindicações de infra-estrutura urbana, Santa Mariareclama pela despoluição do Arroio Cadena, seguido pelo restante da malha: ArroioCancela , Passo da Ferreira e Passo das Tropas. Porém isso somente será possível seprecedido de duas medidas básicas: principalmente a construção de rede coletora deesgoto cloacal, para que a população, dispondo deste recurso não necessite lançar dejetose outros poluentes sobre seus arroios (...) de modo a evitar a poluição e a promover umainiciativa econômica. Do contrário, o Cadena estará sendo depositário de lixo e continuaráa abrir feridas no coração de nosso Estado. (Presidente da União das AssociaçõesComunitárias - UAC -, Sr. Carlos Augusto da Silveira (Audiência Pública realizada em 26de julho de 1997- ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL).

Segundo informações da Prefeitura Municipal de Santa Maria, o municípiodispõe de uma estação de tratamento de esgoto com capacidade para atender apopulação; no entanto, um número expressivo de domicílios faz o lançamento do esgotocloacal in natura. Não há um diagnóstico consistente da real situação do lançamentoclandestino, tampouco uma fiscalização eficiente, mas supõe-se que o lançamento doesgoto cloacal in natura seja uma rejeição à taxação do serviço de coleta de esgoto.

Com relação aos riscos hidrológicos, os alagamentos ocasionam uma maiordistribuição e contato dos resíduos com as águas, o que potencializa a ocorrência dedoenças de veiculação hídrica nessas regiões (Berger, 2001).

Em relação às vilas de Santa Maria que se encontram em áreas de riscoambiental, estas foram identificadas por Berger (2001), como: São João Batista, Kennedy,Oliveira, Lídia, Renascença, Urlândia e Santos. Nestas vilas, foram registrados problemasrelativos a eventos/acidentes de inundações e/ou alagamentos.

Outro problema que agrava a situação com relação à poluição hídrica nosarroios de Santa Maria se dá devido à falta de condições de autodepuração. A máconservação da cobertura vegetal ciliar provoca erosão nas nascentes e no curso alto dosarroios, aumentando deste modo o aporte sedimentar nos recursos hídricos, provocandoassoreamento nos cursos médio e baixo dos arroios.

Foto 11: Acentuada degradaçãoda qualidade ambiental nasmargens do Arroio Cadena.

Foto 12: Submoradia construídasobre palafitas as margens doArroio Cadena – alto risco deinundação.

Foto 13: Área com alto risco deerosão e deslizamento. Ao altomoradia construída sobreterreno extremamente frágil.

Figura 18: Fotos da degradação ambiental no Arroio Cadena

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 69: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

68

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

A ocorrência de processos erosivos nas áreas de nascentes é conseqüênciaimediata da ação humana e da inobservância das aptidões de uso do solo. Com a retiradada vegetação marginal nativa, as margens foram usadas para plantações e criação deanimais, ou para construção de moradias. Sem vegetação nas margens e nascentes doarroio, ocorreu um aumento do escoamento superficial das águas pluviais e o conseqüenteaumento na perda de solo por erosão laminar.

Especificamente sobre a vegetação marginal (matas ciliares), no ArroioCadena, foi verificada sua completa descaracterização, com a retirada da maior parte dacomposição vegetal original que constituía a mata ciliar. Em alguns pontos isolados daplanície aluvial, ocorrem capões de reflorestamento (eucalipto), mas de um modo geralpredominam gramíneas, configurando uma paisagem típica de campo. Junto às nascentesde pequenos afluentes, como é característico, ocorrem banhados. Este processo dedegradação continuado e progressivo ocasiona diversos problemas à qualidade ambientalda bacia. Nesse contexto, as matas ciliares são sistemas vegetais essenciais ao equilíbrioambiental e, portanto, devem representar uma preocupação central para odesenvolvimento sustentável. A preservação e a recuperação das matas ciliares, aliadasàs práticas de conservação e ao manejo adequado do solo, garantem a proteção dosrecursos hídricos.

6.1.4 Implantação do Parque da Barragem do rio Vacacaí Mirim – Santa Maria

A análise diagnóstica efetuada na região do lago do reservatório da barragemdo DNOS e do seu entorno, vinculada a coleta e sistematização dos dados secundáriosexistentes, permitiu identificar os principais aspectos sócio e geoambientais da área, deforma a constituir bases consolidadas para as proposições de intervenções. Comoresultado central, o diagnóstico indicou a elevada potencialidade da área para aimplementação das ações propostas no PMDI/BIRD. Neste contexto, as principaisconclusões obtidas na fase de diagnóstico foram:

A beleza cênica da área e seus aspectos paisagísticos são fortementepronunciados;

Boa parte da cobertura vegetal do entorno do reservatório se mantém em bomnível fitofisionômico de conservação, em especial a particular situação de contato dofragmento de floresta semi-decidual que recobre boa parte do morro Cechella com asmargens do reservatório;

A ocupação antrópica local exibe duas formas distintas: uma na margemNoroeste, caracterizada por inúmeras residências posicionadas em elevado risco deinundação e outra, na margem Sudoeste, composta por uma urbanização já consolidadaem pequenas vilas residenciais;

Em todo o entorno ocorrem edificações e ocupações na área de APP de 100metros do entorno do perímetro, a não ser na área limítrofe com os bordos do morroCechella;

A ausência de saneamento básico, em especial o tratamento dos esgotoscloacais é a característica mais marcante em termos de degradação ambiental dosrecursos hídricos, cujo prosseguimento do processo poderá comprometer de formaacentuada a qualidade das águas do reservatório.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 70: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

69

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Foto 14. A beleza cênica daárea com vegetação rica nasencostas dos morros enecessárias à preservação dasnascentes e cursos de água.

Foto 15: Moradia construída emárea extremamente frágil e comalta declividade.

Foto 16: Área com alto risco deerosão e deslizamento. Ao alto,moradia construída sobreterreno extremamente frágil.

Figura 19: Áreas de risco do Vacacaí Mirim

6.1.5 Construção de Galeria de Drenagem Pluvial – Uruguaiana

Nos trabalhos de diagnóstico de campo foi analisado todo o sistema dedrenagem do bairro, o qual se resumia a valas localizadas principalmente nos passeios,pequenas travessias de rua e poucos poços de visita. Desta forma, fica constatada ainadequação e a carência no sistema de drenagem que se somam a outros problemasapontados pela população local. As tubulações e poços de visita foram construídos sem oadequado dimensionamento e dispostos de forma aleatória, na busca de solucionarproblemas pontuais e emergenciais. Esta constatação é possível pois se verificou que naexecução dos bueiros existentes não foi considerado o aumento da vazão ao longo dabacia, já que os diâmetros das tubulações nos diversos pontos do trecho são os mesmos.

Por outro lado, a construção da galeria se impõe já desde longa data, sendoprevista em estudos de drenagem realizados pela Prefeitura em 1986; portanto, há mais de20 anos (Plano Integrado de Esgotos Pluviais da cidade de Uruguaiana). A inexistência dagaleria tem causado alagamentos periódicos das casas existentes ao longo do seutraçado, notadamente em épocas de chuvas intensas, em que a calamidade pública seestabelece sendo necessárias remoções e remanejamento temporário de famílias, cominúmeros transtornos à população local.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 71: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

70

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Foto 17: Situação de degradação do localfavorecendo o desenvolvimento de doenças

Foto 18: Moradia com marca dosconstantes eventos de cheias.

Figura 20: Degradação Ambiental em Uruguaiana

Para a implantação da obra, às condições locais são bastante favoráveis pois otraçado previsto acompanha o leito das ruas existentes, que são não pavimentadas, o quefacilita enormemente às escavações e reaterros. Além disto, o volume de tráfego érelativamente pequeno não sendo previsto maiores desconfortos com a execução deobras, desde que elas ocorram sem interrupções.

Para a construção da galeria deverá ser necessária a retificação do córregoexistente, após a rodovia BR-472, pois a “vala” atual escoa por entre as quadras e casas.

Intervenção Problema Soluções

RECUPERAÇÃOAMBIENTAL DA

ÁREA LOCALIZADAJUNTO À ORLA DA

LAGUNA DOSPATOS – RIO

GRANDE

Ocupação inadequada doespaço urbano, comdegradação da orla, daqualidade da água, disposiçãoinadequada de aterros eresíduos sólidos, riscos deacidentes viários, falta desaneamento, zona conurbada ecom excedente demográfico

Retificação do sistema viário com aimplantação de uma via de sentidoúnico.Realocação dos moradores em APPRecomposição da orla compaisagismoCriação de áreas de lazer no entornoda orlaCriação de um programa de educaçãoambiental continuada de forma aconscientizar a população local daimportância do sistema

URBANIZAÇÃO ERECUPERAÇÃOAMBIENTAL DA

ORLA DO SACO DAMANGUEIRA EM RIO

GRANDE

Ocupação inadequada doespaço urbano, comdegradação da orla, daqualidade da água, disposiçãoinadequada de aterros eresíduos sólidos, riscos de

Retificação do sistema viário com aimplantação de uma via de sentidoúnico.Realocação dos moradores em APPRecomposição da orla compaisagismo

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 72: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

71

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Intervenção Problema Soluçõesacidentes viários, falta desaneamento, zona conurbada ecom excedente demográfico

Criação de áreas de lazer no entornoda orlaCriação de um programa de educaçãoambiental continuada de forma aconscientizar a população local daimportância do sistema

CONSTRUÇÃO DEGALERIA DEDRENAGEM

PLUVIAL NO BAIRROSANTO INÁCIO EMURUGUAIANA - RS

Alagamentos e ocupaçãoinadequada com degradaçãodas margens, água, resíduossólidos, risco de acidente,inundação, falta desaneamento, zona conurbana;Degradação da água docórrego existente;

Implantação de drenagem urbana comcanalização do trecho de drenagemnatural onde está posicionada a áreacrítica, eliminando alagamentos.

ESTUDOS PARAIMPLANTAÇÃO DO

PARQUE DABARRAGEM DO RIO

VACACAÍ MIRIM

Degradação geral da água doreservatório, e da bacia decontribuição;Ocupação inadequada comdegradação das margens,água, resíduos sólidos, risco deacidente, inundação, falta desaneamento, zona conurbana.

Proteção das margens comimplantação de matas ciliares,contenções de erosão, e obrasvisando eliminação de riscos dedesabamento;Realocação de famílias instaladas emáreas impróprias por riscos;Criação de áreas de lazer no entornodo reservatório (parques lineares);Criação de um programa de educaçãoambiental continuada de forma aconscientizar a população local daimportância do sistema;Programa Caça-esgoto;

MELHORAMENTOAMBIENTAL NA

BACIA DO ARROIOCADENA- CANCELA

Degradação geral da água doreservatório, e da bacia decontribuição;Ocupação inadequada comdegradação das margens,água, resíduos sólidos, risco deacidente, inundação, falta desaneamento, zona conurbana.

Proteção das margens comimplantação de matas ciliares,contenções de erosão, e obrasvisando eliminação de riscos dedesabamento;Realocação de famílias instaladas emáreas impróprias por riscos;Criação de áreas de lazer no entornodo curso fluvial (parques lineares);Criação de um programa de educaçãoambiental continuada de forma aconscientizar a população local daimportância do sistemaPrograma Caça-Esgoto;

Quadro 6: Quadro Resumo: Problemas versus soluções para as principais intervenções propostas

Intervenção Áreas de intervenção Resultados desejados

Melhorias nas conexões darede de esgotamentosanitário e Gerenciamentode resíduos sólidos.

Todas as áreas atendidas pelarede de coleta de esgotamentosanitário existentes

Fomentar a ligação dosdomicílios à rede de coleta deesgotamento sanitário;Implantação de dispositivos defiscalização; melhoria naqualidade das águas lançadasnos arroios e na rede de

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 73: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

72

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Intervenção Áreas de intervenção Resultados desejadosesgotamento pluvial.

Intervenções de Engenhariano canal fluvial

Áreas de risco geotécnico,risco de inundação e risco dealagamento.

Estabilização das margens dosarroios Cadena e Cancela;melhoria no sistema nadrenagem de águas pluviais;redução dos riscos geotécnicose dos riscos de segurançapública; melhoria nascondições de autodepuraçãodos arroios Cadena e Cancela.

Restauração das matasciliares e proteção dasnascentes

Áreas de PreservaçãoPermanente dos arroiosCadena e Cancela e seustributários.

Melhoria nas condições deautodepuração dos ArroiosCadena e Cancela; prevençãoda degradação da qualidadeambiental.

Avaliação e re-locação defamílias em áreas de risco.

Nas áreas prioritárias de riscogeotécnico e risco dealagamentos e inundações.

Melhoria na segurança daspopulações expostas aosriscos.

Quadro 7: Síntese das propostas básicas de intervenção – Bacia do ArroioCadena

6.2 Tipologia Ambiental das Intervenções

Tipologia Intervenções Propostas1. Incentivo à produção, agroindustrialização ecomercialização de Produtos

- Construção de estufas com sistemas de irrigação;- Construção de agroindústrias, prédios parabeneficiamento e comercialização de produtos;

2. Reabilitação e/ou pavimentação de vias públicasurbanas

- Pavimentação asfáltica ou com blocos, de ruas eavenidas, priorizando as de transporte coletivo;- Implantação de rótulas, ciclovias, passeios,estacionamentos, paradas de ônibus, sinalizaçãoviária, iluminação pública e arborização;- implantação de micro-drenagem urbana (redes,bueiros, poços de visita e demais dispositivos;

3. Manutenção e melhoria de estradas rurais epontes

- implantação de drenagem, construção de bueiros;- construção e substituição de pequenas pontes;

4. Qualificação e requalificação de espaços urbanos - Recuperação de calçadões, rua 24 horas, praças,parques

5. Ampliação de Sistemas de água, esgoto e/ougalerias pluviais

- substituição de redes de distribuição de água,ligações/ramal em áreas habitacionais e instalação dehidrômetros;- implantação de elevatórias e reservatórios de água;- implantação de elevatórias, redes de coleta etratamento de esgoto;- Construção e limpeza de galerias pluviais;

6. Recuperação de lixões ou construção de aterrosanitário

- Recuperação de lixão e implantação de novo AterroSanitário;- Implantação de Central de Comercialização deProdutos recicláveis e estruturação de associações decatadores de resíduos;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 74: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

73

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

7. Reabilitação e renovação de prédios/ edifícioexistente

- restauração e/ou reforma de prédios para instalaçãode parque tecnológico, centro de inclusão social ecentral de comercialização;

8. Reurbanização e recuperação de áreasdegradadas

- Desocupação de áreas de risco geológico e deinundação (margem de arroios e lagoas e encostas demorros), através de reassentamento;- Recuperação de Áreas de Preservação Permanente(APP);- Contenção e proteção de encostas, retaludamento,revestimento vegetal, muros de arrimo, cortinasvegetais;- Recuperação de cursos d`água, matas de galeria,proteção das margens, paisagismo, urbanização,implantação de áreas de lazer e convivência;

Quadro 8: Tipologia Ambiental das Intervenções

6.3 Avaliação dos investimentos e seus potenciais impactos (fichas de avaliaçãopreliminar)

Foram avaliados, pelas equipes dos órgãos ambientais dos municípios e com oapoio de assistentes sociais, os diferentes investimentos a serem realizados nos primeirosdezoito meses de execução do PDMI. A avaliação dos possíveis impactos dasintervenções foi realizada com a utilização da “Ficha de Avaliação Preliminar de ImpactosSociais e Ambientais” (anexo 4).

Como parte das medidas de prevenção e/ou mitigação, este procedimento seráaplicada em todas as intervenções previstas ao longo dos cinco anos de execução doPDMI. Este procedimento visa, num primeiro momento, definir os impactos positivos enegativos a serem gerados nas fases de planejamento, execução e operação; bem comoas medidas de mitigação e a necessidade de estudos adicionais, auxiliando na análise dealternativas para os projetos. A utilização de fotos dos locais, antes, durante e após asintervenções, auxiliam na formação da memória do processo e permite um controle maisqualificado das ações.

Estas informações são utilizadas para definir as formas de evitar e/ou minimizar osimpactos negativos e maximizar os impactos positivos.

Visando dar garantia de sustentabilidade social e ambiental às intervenções estáprevisto o acompanhamento e supervisão ambiental e aderência à legislação ambientalNacional, Estadual e municipal bem como às Políticas de Salvaguarda do Banco.

6.3.1 Impactos previstos por tipologia de intervenção

São descritos os impactos potenciais para as diferentes tipologias, sendo quealguns são comuns às diferentes intervenções.

Pela similaridade de impactos em algumas atividades e pela disponibilidade atual deinformações, algumas tipologias de intervenções são apresentadas conjuntamente.

Na Figura 21 procurou-se sintetizar os impactos gerais típicos decorrentes dastipologias de intervenção do Programa.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 75: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

74

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Figura 21: Impactos gerais típicos decorrentes das tipologias de intervenção do Programa

Do mesmo modo, na Figura 22 são apresentados os principais impactos negativos eas medidas mitigatórias e os programas sócio ambientais para a fase de implantação.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 76: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

75

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Figura 22: Principais impactos negativos e as medidas mitigatórias e osprogramas sócio ambientais para a fase de implantação

A seguir são analisadas as intervenções previstas no PDMI e comentados osprincipais impactos e as respectivas medidas mitigadoras.

7. INCENTIVO À PRODUÇÃO, AGROINDUSTRIALIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃODE PRODUTOS

Estão previstas intervenções nos primeiros dezoito meses de execução doPDMI, nos municípios de Bagé, Pelotas, Rio Grande e Santa Maria. Embora compequenas diferenças, via de regra, seguirão os mesmos princípios podendo ser analisadosem conjunto.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 77: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

76

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

7.1 Impactos potenciais

7.1.1 Impactos Negativos

• Contaminação de cursos de água e lençol freático;• Assoreamento de cursos de água;• Uso intensivo de água na irrigação e agroindustrialização;• Uso indevido de APP (Área de Preservação Permanente) para produção;• Uso abusivo de agrotóxicos e inadequada destinação das embalagens;• Contaminação de fauna e flora nativas;• Erosão de áreas utilizadas na produção;• Geração de Resíduos nos processos de industrialização e comercialização;

7.1.2 Impactos Positivos

• Utilização planejada dos recursos naturais disponíveis;• Incremento da margem bruta de lucros das famílias;• Melhor utilização da mão-de-obra disponível;• Fixação dos produtores no meio rural;• Produção próxima do consumidor com melhoria na qualidade dos produtos e

diminuição dos custos;• Diminuição das perdas no transporte;• Inclusão social de grupos no caso de agricultura urbana;• Segurança alimentar;

7.2 Medidas de prevenção e/ou mitigação

Na condução dos sistemas de produção e agroindustrialização a serem apoiadospelo Programa, serão considerados aspectos técnicos e princípios que reduzam o impactosobre o capital natural, humano e social, dos quais se destacam:

• Melhor uso dos recursos naturais disponíveis;• Melhor uso de insumos e tecnologias externas (insumos não renováveis);• Cobertura vegetal adequada do solo para evitar o impacto da gota da chuva e

reduzir a erosão;• Melhoria na infiltração e armazenamento de água no solo;• Processos sociais e participativos levando a ações grupais;• Construção do capital humano através de formação e treinamento;• Adição de valor pelo processamento, reduzindo as perdas e aumentando o

retorno;• Adição de valor pela venda direta, industrialização e organização do mercado;• Troca de experiências entre os produtores com discussão e disseminação de

BPA’s (Boas Práticas Agrícolas);

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 78: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

77

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

• Incentivo a adoção de sistemas de produção agroecológicos, em algunslocais e municípios;

• Tratamento adequado dos efluentes gerados no processo deagroindustrialização;

• Exigência do licenciamento ambiental a nível municipal das atividades,conforme previsto na Resolução Consema 102/05 e anexo único antes daliberação dos recursos;

8. REABILITAÇÃO E/OU PAVIMENTAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

8.1 Impactos potenciais

Os empreendimentos na área de trânsito e transporte acontecem em umespaço determinado, dentro de uma área geográfica, estando seu uso relacionadoespecificamente ao movimento de bens e pessoas. De maneira geral, os impactosnegativos comumente ocorridos nas atividades relacionadas ao reordenamento damobilidade urbana são predominantemente de natureza temporária durante o período deimplantação, podendo ser citados:

8.1.1 Impactos Negativos

• Intrusão/modificação temporária no cotidiano das pessoas do entorno: com aexecução das obras, serão conduzidas ações que alterarão o fluxo de trânsito na área deobras e no entorno, possivelmente com aumento dos tempos de percurso, bem comoserão introduzidas novas fontes de ruído, possivelmente mais elevadas e ocorrerá ageração de outros contextos de comunicação diversos daqueles existentes no local nocenário atual.

• Erosão e assoreamento associados à execução das obras civis: essesprocessos podem ocorrer relacionados às atividades de escavação, terraplenagem econstrução de cortes e aterros. São restritos aos locais das obras.

• Modificação na constituição da paisagem: que se dará em função das obras,gerando novos elementos na paisagem local, que num primeiro momento, advirão danecessidade de terraplenagem, construção de cortes e aterros, movimentação deequipamentos pesados e construção das estruturas civis das obras.

• Abertura de áreas de empréstimo: a realização das obras irá demandarmaterial de empréstimo tornando possível a necessidade de exploração de jazidas queeventualmente possam já existir ou que tenham que ser abertas. Estas jazidas devem,obrigatoriamente, ter as devidas licenças ambientais aprovadas.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 79: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

78

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

8.1.2 Impactos Positivos

Geração de oportunidades de emprego e renda relacionados às obras: durante afase de obras será necessária a contratação de empresas de construção especializadas asquais poderão contratar novos funcionários locais.

Geração de novos fluxos econômicos relacionados às obras: durante a fase deobras, as empresas condutoras do empreendimento e seus funcionários constituirãocompradores potenciais dos recursos locais, como forma de estabelecer contratos defornecimento de insumos. Essas aquisições poderão promover a geração de novos fluxoseconômicos, ou a maximização dos fluxos existentes. Constitui um impacto positivo, deabrangência local e magnitude mediana no contexto da cidade, reversível com afinalização das obras.

Melhora nos fluxos viários, de mobilidade urbana e acessibilidade: após afinalização das obras, cessarão os impedimentos e obstáculos ao fluxo de veículos,ciclistas e pedestres no escopo local. Além disso, em termos da cidade, deverão serfacilitados e melhorados os fluxos viários relacionados a toda a região do entorno dasintervenções. Por último, além da mobilidade, deve-se destacar a melhoria daacessibilidade aos recursos naturais, que permitirá uma melhor intervenção dos cidadãoscom o seu espaço urbano e o resgate da área para o convívio da cidade.

Melhoria significativa na qualidade de vida pela diminuição dos tempos de percurso,com conseqüente maior disponibilidade de tempo da população em geral, principalmentedos trabalhadores para atividades familiares e de lazer.

Redução significativa dos níveis de poluição urbana no que se refere à emissão degases veiculares, poluição e ruídos.

Redução significativa no número de acidentes com evidentes vantagens de naturezaeconômica e, principalmente, no que se refere à segurança com redução de vítimas.

Redução dos custos nos veículos de transporte coletivo, com possível redução detarifas ou, alternativamente, com possível aplicação de recursos na qualidade dos referidosveículos.

8.2 Medidas de prevenção e/ou mitigação

Medidas mitigadoras serão implementadas para atenuar os impactosnegativos gerados em função da implantação do empreendimento. Considerando osimpactos acima citados, as medidas mitigadoras a eles relacionadas deverão considerar:

• Fiscalização do transporte de materiais;• Vedação ao trabalho no horário noturno (das 22h às 7h);• Sinalização das áreas que estiverem sofrendo modificações;• Projetos de caixas de empréstimo de modo a não acumular água;• Localização correta de bota-foras e sua execução;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 80: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

79

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

• Localização de jazidas de empréstimos fora de áreas urbanas oupotencialmente urbanizáveis e devidamente licenciadas;

• Recuperação do uso original das áreas degradadas como obrigação daconstrutora; e da elaboração de um croqui indicativo das áreas que serão destinadas pelaconstrutora como bota-fora; devendo ser estabelecidos, nos contratos de construção, aexigência dos dispositivos e dos cuidados necessários ao atendimento destas questões,bem como o cumprimento do Manual Social e Ambiental de Obras.

• Para se mitigar os efeitos da erosão deve-se evitar o desnudamento do solo ea sua exposição sem proteção contra a intemperização.

9. MANUTENÇÃO E MELHORIA DE ESTRADAS RURAIS E PONTES

Nas atividades de manutenção e melhoria de estradas rurais e pontes, serãoconsiderados de forma especial os seguintes aspectos técnicos: (i) conformação daplataforma e revestimento primário de acordo às normas técnicas de construção emanutenção de estradas rurais; (ii) proteção das laterais da estrada e vegetação dostaludes, após sua recuperação. Em caso de taludes elevados e de difícil correção, osmesmos serão vegetados; (iii) implantação de estruturas de redução da energia do fluxo daágua nas sarjetas. No caso de não ser possível o desvio do fluxo através de bigodes ebueiros serão construídas estruturas de contenção do fluxo, para reduzir sua velocidade,as quais também retêm sedimentos; (iv) correção de problemas de drenagem para umaadequada e segura condução das águas do escoamento sem causar danos à própriaestrada e ao seu entorno. Neste sentido serão adotados os cuidados necessários para quea água captada nas estradas rurais não causem danos às áreas produtivas daspropriedades lindeiras.

9.1 Impactos potenciais

9.1.1 Impactos Negativos

• Lentidão no trânsito dos veículos durante execução das melhorias;• Interrupção temporária do trânsito para substituição de pontes;• Geração de poeira e ruídos;• Danos sobre a vegetação nativa;• Danos sobre os cursos de água;• Afugentamento temporário da fauna local;• Aumento da turbidez da água durante execução das obras;• Erosão e assoreamento associados à execução das obras civis;• Modificação na constituição da paisagem;• Abertura de áreas de empréstimo;• Aumento da erosão e assoreamento relacionados ao período de execução

das obras;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 81: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

80

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

9.1.2 Impactos Positivos

• Diminuição dos tempos de deslocamento;• Aumento na durabilidade das intervenções;• Melhoria na segurança das pontes;• Diminuição dos buracos, dos afloramentos rochosos e alagamentos nas vias;• Melhores condições de trafegabilidade;• Melhoria no fluxo de veículos;• Diminuição dos Acidentes;• Melhoria dos Acessos às propriedades;• Diminuição nos tempos de transporte da produção;• Redução das perdas durante o transporte da produção;• Melhoria na qualidade de vida dos produtores rurais;

9.2 Medidas de prevenção e/ou Mitigação

Serão adotadas medidas que evitem ao máximo os danos ambientais potenciais.Inicialmente os funcionários que executarão as intervenções serão treinados para aadequada e segura execução dos trabalhos e utilização das máquinas e equipamentos.Será dada especial atenção com relação ao comportamento dos mesmos com relação àsfragilidades ambientais dos locais a serem trabalhados, principalmente com relação àvegetação, a fauna e cursos de água.

Os trabalhadores deverão seguir as definições constantes no Manual Social eAmbiental de Obras, principalmente no que concerne aos canteiros de obras, mobilizaçãoe desmobilização, áreas de empréstimo; áreas de bota-fora; destinação adequada dosresíduos; travessias de cursos de água; entre outros aspectos relevantes.

Também serão observados aspectos básicos tais como: (i) racionalização derecursos com aproveitamento de materiais locais (devidamente licenciados); (ii) adoção detécnicas que evitem o desgaste dos recursos naturais, através de maior proteção do solo emínima movimentação de terra;(iii) incentivo a integração de práticas conservacionistasnas propriedades lindeiras as estradas, evitando o carreamento de solo para as vias e dasvias para as propriedades; (iv) não derrubada de vegetação.

10. QUALIFICAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO DE ESPAÇOS URBANOS

10.1 Impactos potenciais

10.1.1 Impactos Negativos

• Lentidão no trânsito dos veículos durante execução das melhorias;• Interrupção temporária do trânsito;• Impossibilidade no uso do local durante a execução das obras;• Geração de poeira e ruídos;• Danos sobre a vegetação;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 82: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

81

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

• Erosão e assoreamento associados à execução das obras civis;• Modificação na constituição da paisagem.

10.1.2 Impactos Positivos

• Diminuição dos tempos de deslocamento;• Aumento na durabilidade das intervenções;• Melhoria na segurança e no trânsito;• Diminuição dos buracos, dos afloramentos rochosos e alagamentos nas vias;• Diminuição da poeira e do barro após a finalização das obras;• Melhoria nas condições de trafegabilidade;• Melhoria no fluxo dos veículos;• Diminuição dos acidentes;• Melhoria dos acessos às propriedades;• Diminuição no tempo do transporte público;• Redução das perdas no transporte público;• Melhoria na qualidade de vida das pessoas.

10.2 Medidas de prevenção e/ou Mitigação

Serão adotadas medidas que evitem ao máximo os danos ambientais potenciais.Inicialmente os funcionários que executarão as intervenções serão treinados para aadequada e segura execução dos trabalhos e utilização das máquinas e equipamentos.Será dada especial atenção com relação ao comportamento dos mesmos com relação àsfragilidades ambientais dos locais a serem trabalhados, principalmente com relação àvegetação, a fauna e cursos de água.

Os trabalhadores deverão seguir as definições constantes no Manual Social eAmbiental de Obras, principalmente no que concerne aos canteiros de obras, mobilizaçãoe desmobilização, áreas de empréstimo; áreas de bota-fora; destinação adequada dosresíduos; travessias de cursos de água; entre outros aspectos relevantes.

Também serão observados aspectos básicos tais como: (i) racionalização derecursos com aproveitamento de materiais locais (devidamente licenciados); (ii) adoção detécnicas que evitem o desgaste dos recursos naturais, através de maior proteção do solo emínima movimentação de terra; (iii) evitar a derrubada da vegetação local.

11. AMPLIAÇÃO DE SISTEMAS DE ÁGUA, ESGOTO E/OU GALERIAS PLUVIAIS

11.1 Impactos potenciais

Os empreendimentos na área de saneamento possuem as mesmas características,isso permite reuni-las pela similaridade dos impactos sócio-ambientais potenciais em todas

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 83: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

82

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

as suas fases. Nesta tipologia estão incluídas as atividades relacionadas ao sistema deabastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto.

Para atender a diversidade de intervenções, os impactos foram descritos deforma mais abrangente.

11.1.1 Impactos Negativos

Alteração na qualidade das águas superficiais: este impacto está relacionado apotencial inserção de sedimentos nas águas superficiais do entorno das obras e nosarroios, o que pode aumentar a turbidez e prejudicar os parâmetros de qualidade da águae a biota estabilizada no ambiente atual. Secundariamente, pode ser relacionado aeventuais vazamentos oriundos de acidentes ou do uso inadequado de máquinas eequipamentos, que poderiam alcançar os recursos hídricos, de forma a gerar poluição.Também pode ocorrer um aumento na ocorrência de doenças de veiculação hídricaassociada à inserção de novos efluentes na área de obras. Podem ser qualificados comonegativo, de inserção local e magnitude média, reversível quando cessarem os processoscorrelatos. Temporalmente, está estritamente vinculado à fase de implantação de obras edeve cessar após a sua implantação.

Geração de particulados, odores e gases: durante a fase de obras podem sergeradas poeiras, fumaças e gases relacionados à operação do maquinário de obra.Constituem um impacto de natureza negativa, restrito ao local de obras, baixa magnitude ereversível.

Supressão da flora nativa: é possível que seja necessária a remoção de algumavegetação nos locais das obras. Este impacto é de abrangência local, temporalmentepersistente enquanto não houver a constituição de uma flora equivalente àquela removida,reversível.

Intrusão/modificação no cotidiano das pessoas do entorno: com a consecuçãodas obras, são conduzidas ações que alteram o fluxo de trânsito na área de obras e noentorno, possivelmente com aumento dos tempos de percurso, bem como são introduzidasnovas fontes de ruído, possivelmente mais elevadas e ocorrerá a geração de outroscontextos de comunicação diversos daqueles existentes no local no cenário atual. Constituiimpacto de natureza negativa, baixa magnitude, de abrangência local e irreversível, já queo cenário atual será permanentemente alterado enquanto as obras construídas persistiremno local;

11.1.2 Impactos Positivos

Mobilização de entidades e instituições da sociedade: como decorrênciada formação de expectativas que normalmente são geradas previamente ao início de obrasdessa natureza, podem resultar manifestações de interesse de instituições da sociedade

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 84: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

83

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

civil organizada e de órgãos e instituições governamentais com atuação em áreascorrelatas aos principais eixos de intervenção. Constitui um impacto de natureza positiva,pois pode contribuir para a construção de uma rede de atores que poderá facilitar emelhorar a consecução do projeto, se a sua participação for adequadamente gerenciadapelo empreendedor. Sua duração é de médio prazo, pois normalmente as articulaçõesconstruídas podem perdurar durante todo o período de obras e, mesmo, se manter após asua plena conclusão.

Geração de oportunidades de emprego e renda relacionados à obra: durante afase de obras é necessária a contratação de empresas de construção especializadas asquais podem contratar novos funcionários locais. Constitui um impacto positivo, deabrangência local e magnitude média no contexto da cidade, reversível com a finalizaçãoda obra.

Geração de impostos: durante a realização das obras de implantação são geradosimpostos ao município por decorrência da atuação das empreiteiras contratadas, seja pelorecolhimento de impostos sobre serviços, seja pelo pagamento de taxas pela utilização deserviços públicos. Este impacto de natureza positiva, porém de baixa magnitude, devecessar com a finalização da fase de implantação.

Melhora da qualidade da água e do solo: com a conclusão das obras correlatasàs intervenções ocorrerá melhoria da qualidade da água e do solo, pela diminuição daentrada de poluentes e contaminantes no sistema. Constitui um impacto positivo,irreversível, de inserção local.

Restauração da cobertura vegetal: Após a conclusão das obras, melhoria doscursos de água, se forma, também, uma tendência de melhora na recomposição de matasnativas, na forma de cortinamento vegetal. Isso poderá ocasionar um importante ganhoambiental em termos de proteção do solo e dos recursos hídricos, bem como do controleda erosão, ampliação da biodiversidade e melhoria da qualidade ambiental geral. Nestesentido, constitui um impacto positivo, de magnitude local, permanente, reversível,sinérgico e cumulativo. Reitera-se que toda a supressão de cobertura vegetal deverá sercompensada com o plantio adequado de novos indivíduos na tipologia e quantidadesestipuladas pela Legislação vigente.

Aumento da qualidade de vida: Melhorar a qualidade de vida da populaçãoatravés da coleta e tratamento de esgoto sanitário, tratando os efluentes antes de seulançamento no recursos hídricos locais, minimizando assim o impacto ambiental.

Redução considerável no consumo de água: Redução considerável no consumode água por economia possibilitando a redução do volume distribuído, produtos químicos eenergia elétrica nas atividades de tratamento e distribuição de água. Esta forma haveráuma maior reservação e conservação dos recursos naturais.

Melhor operação e distribuição do sistema controlando as perdas físicas ediminuição de gastos com produtos químicos e energia elétrica.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 85: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

84

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

12. REURBANIZAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

12.1 Impactos potenciais

Apesar de serem intervenções distintas, as mesmas possuem característicasque permitem, neste momento reuni-las, pela similaridade de impactos potenciais nasdiferentes fases. Nestas tipologias de intervenção estão reunidas atividades que vãodesde a recuperação de praças, calçadões, Parques, até a ampliação de sistemas deágua, esgoto, instalação de galerias pluviais e recuperação de áreas impactadas como é ocaso da Orla da Laguna dos Patos em Rio Grande e os Arroios Cadena, Cancela e RioVacacaí-Mirim em Santa Maria.

Para atender a diversidade de intervenções, os impactos foram descritos deforma mais abrangente e deverão ser complementadas e segregadas após opreenchimento das fichas de Avaliação Preliminar.

12.1.1 Impactos Negativos

Fase de Planejamento

Geração de expectativas: alguns impactos são intrínsecos a obras de infra-estrutura que se propõe a interferir diretamente na requalificação de áreas, em especialquando estão envolvidas no processo populações em risco e sem o devido direito de possedas áreas de moradia. Em função deste contexto, são geradas, previamente à realizaçãodas obras, expectativas quanto à verdadeira natureza do projeto, a sua área objetiva deintervenção e os procedimentos de realocação que serão concretamente efetivados. Alémdestas expectativas, também ocorre a formação de um sentimento de ansiedade nacomunidade do entorno acerca da possibilidade de geração de empregos na obra. Poroutro lado, também podem ocorrer conflitos entre os moradores situados nas áreasestabilizadas situadas fora do foco de intervenção e àqueles diretamente atingidos,principalmente pela formação de um sentimento de exclusão e diferenciação e pelainsegurança relacionada à forma e condições em que se procederá a futura realocação dosmoradores. Este impacto é de cunho negativo e cessa com o efetivo início das obras;

Fase de Implantação

Modificação na constituição do ambiente: com a execução das obras civis, sãogerados novos elementos no ambiente local que são decorrentes da necessidade deterraplenagem, construção de cortes e aterros, movimentação de equipamentos pesados econstrução das estruturas civis das obras. Esse impacto é de qualificação negativa, emespecial para os moradores do entorno, de inserção local restrita ao entorno das obras ecom duração vinculada apenas ao período de implantação. Visto que após a finalizaçãodas obras o ambiente é alterado de forma permanente (ao menos enquanto o contexto dasobras estiver operacional), não há mitigação potencial a este impacto;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 86: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

85

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Erosão e assoreamento associado à execução das obras civis: estes processospodem ocorrer nos próprios arroios, relacionados às atividades de escavação,terraplenagem e construção de cortes e aterros. São impactos potenciais de qualificaçãonegativa, de inserção restrita ao local das obras, ocorrentes durante o período de execuçãode obras, reversíveis e mitigáveis com medidas de controle e gerenciamento adequadosdas atividades no canteiro de obras. São impactos de magnitude mediana que podemafetar o solo e as águas no caso de um manejo inadequado.

Alteração do fluxo hídrico superficial: as atividades de terraplenagem e deconstrução de cortes e aterros, bem como a construção de pavimentações provisóriaspodem alterar o fluxo hídrico superficial no entorno da área de obras, mas não no canalfluvial, já que podem gerar novas áreas pouco permeáveis às águas pluviais. Este é umimpacto de qualificação negativa, inserido no contexto da microbacia em que estarácontido o empreendimento, e de natureza permanente enquanto houver a pavimentação.Constitui um impacto de magnitude baixa, já que potencialmente pouco contribui para ainserção de novos volumes de água em eventos de chuva.

Alteração na qualidade das águas superficiais: este impacto está relacionado apotencial inserção de sedimentos nas águas superficiais do entorno das obras e nosarroios, o que pode aumentar a turbidez e prejudicar os parâmetros de qualidade da águae a biota estabilizada no ambiente atual. Secundariamente, pode ser relacionado aeventuais vazamentos oriundos de acidentes ou do uso inadequado de máquinas eequipamentos, que poderiam alcançar os recursos hídricos, de forma a gerar poluição.Também pode ocorrer um aumento na ocorrência de doenças de veiculação hídricaassociada à inserção de novos efluentes na área de obras. Podem ser qualificados comonegativo, de inserção local e magnitude média, reversível quando cessarem os processoscorrelatos. Temporalmente, está estritamente vinculado à fase de implantação de obras edeve cessar após a sua implantação.

Geração de particulados, odores e gases: durante a fase de obras podem sergeradas poeiras, fumaças e gases relacionados à operação do maquinário de obra.Constituem um impacto de natureza negativa, restrito ao local de obras, baixa magnitude ereversível.

Supressão da flora nativa: é possível que seja necessária a remoção de algumavegetação nos locais das obras e/ou no entorno das margens dos canais fluviais para oeventual acesso de máquinas e equipamentos. Neste caso, será gerado um impactorelacionado à perda potencial de habitats. Este impacto é de abrangência local,temporalmente persistente enquanto não houver a constituição de uma flora equivalenteàquela removida, reversível.

Afugentamento e prejuízos à fauna: em tese, durante a execução das obras, oaumento do nível de ruídos pode ocasionar o afugentamento ou a caça da fauna terrestre,aquática e da avifauna, aspectos estes de menor importância face à inserção da obra emmeio urbano. Constitui um impacto negativo, de baixa magnitude, relacionado apenas àárea de intervenção, reversível com a finalização das obras.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 87: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

86

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Geração de vetores: a execução das obras pode fomentar um aumento naocorrência de vetores que poderão gerar doenças tanto na população de operáriosvinculados às obras, quanto na população do entorno. Constitui um impacto de naturezanegativa, de abrangência local e magnitude baixa, reversível com a finalização da obra.

Intrusão/modificação no cotidiano das pessoas do entorno: com a consecuçãodas obras, são conduzidas ações que alteram o fluxo de trânsito na área de obras e noentorno, possivelmente com aumento dos tempos de percurso, bem como são introduzidasnovas fontes de ruído, possivelmente mais elevadas e ocorrerá a geração de outroscontextos de comunicação diversos daqueles existentes no local no cenário atual. Constituiimpacto de natureza negativa, baixa magnitude, de abrangência local e irreversível, já queo cenário atual será permanentemente alterado enquanto as obras construídas persistiremno local;

Rompimento de relações sociais: visto a necessidade de realocação ereassentamento de moradores em alguns locais, conforme progredirão as obras, serãogerados impactos relacionados ao rompimento das relações comunitárias locais, muitasvezes de relações de parentesco e, em outros casos, de desestruturação permanente defamílias. Constitui impacto de natureza negativa, de abrangência local e regional, pois estárelacionada também à área em que se promoverá a realocação, magnitude elevada eirreversível. As medidas mitigadoras, constarão do programa de reassentamento erealocação de famílias.

Fase de Operação

Os principais impactos relacionados à fase de operação das ações do projetosão vinculados ao meio antrópico. Estes impactos constarão de:

Restabelecimento de fluxos econômicos: após a finalização da fase de obras, osfluxos econômicos oriundos da compra e venda de materiais e insumos pelas empreiteirase de bens de consumo pelos trabalhadores das obras cessará. Desta forma poderá ocorreruma redução nos fluxos econômicos na área do entorno;

12.1.2 Impactos Positivos

Fase de Planejamento

Entrosamento entre Secretarias e Órgãos da Administração Pública Municipal,Concessionárias e entre Municípios: A diversidade de atores sociais, competências ecapacidade técnica a serem envolvidas nas diversas intervenções levarão a um maiorentrosamento entre os entes envolvidos. Isto levará a um maior conhecimento ereconhecimento das mesmas e ao fortalecimento destas relações também durante aexecução e operação das obras.

Mobilização de entidades e instituições da sociedade: como decorrência daformação de expectativas que normalmente são geradas previamente ao início de obras

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 88: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

87

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

dessa natureza, podem resultar manifestações de interesse de instituições da sociedadecivil organizada e de órgãos e instituições governamentais com atuação em áreascorrelatas aos principais eixos de intervenção. Constitui um impacto de natureza positiva,pois pode contribuir para a construção de uma rede de atores que poderá facilitar emelhorar a consecução do projeto, se a sua participação for adequadamente gerenciadapelo empreendedor. Sua duração é de médio prazo, pois normalmente as articulaçõesconstruídas podem perdurar durante todo o período de obras e, mesmo, se manter após asua plena conclusão.

Fase de Implantação

Geração de oportunidades de emprego e renda relacionados à obra: durante afase de obras é necessária a contratação de empresas de construção especializadas asquais podem contratar novos funcionários locais. Constitui um impacto positivo, deabrangência local e magnitude média no contexto da cidade, reversível com a finalizaçãoda obra.

Geração de novos fluxos econômicos relacionados à obra: durante a fase deobras, as empresas construtoras e seus funcionários constituem compradores potenciaisdos recursos locais, como forma de estabelecer contratos de fornecimento de insumos.Estas aquisições podem promover a geração de novos fluxos econômicos, ou amaximização dos fluxos existentes. Constitui um impacto positivo, de abrangência local emagnitude mediana no contexto da cidade, reversível com a finalização das obras.

Geração de impostos: durante a realização das obras de implantação são geradosimpostos ao município por decorrência da atuação das empreiteiras contratadas, seja pelorecolhimento de impostos sobre serviços, seja pelo pagamento de taxas pela utilização deserviços públicos. Este impacto de natureza positiva, porém de baixa magnitude, devecessar com a finalização da fase de implantação.

Formação de poupança: com o aumento do fluxo de dinheiro na região do entornodas obras, poderá ser incentivada a formação de poupança por parte dos fornecedores demateriais dos prestadores de serviço diretamente ligados às obras. Este impacto denatureza positiva deve cessar com a finalização da fase de implantação.

Fase de Operação

Consolidação dos novos valores culturais de enfoque ambientalista: Um dosimpactos positivos buscados nas ações do PDMI é uma nova forma de relação entre aspessoas e os recursos naturais. Espera-se que tanto dos funcionários das prefeituras, dasempreiteiras como dos cidadãos dos diversos municípios sejam engajados no processo dediscussão e implementação das medidas necessárias para resolver os problemasambientais decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. A consolidação damudança no comportamento, propriamente, é um impacto positivo e de alta magnitude quedeverá ocorrer num período entre médio e longo prazo. A mudança de valores, em geral,se dá de forma lenta mas, considerando que essa perspectiva integrada já está posta empauta em alguns municípios e comunidades ela tende a verificar-se mais rapidamente.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 89: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

88

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Melhora da qualidade da água e do solo: com a conclusão das obras correlatasàs intervenções, nos locais onde ocorrer um ou mais fatores de qualificação tais como:urbanização, remoção de emissões clandestinas, restauração de cobertura vegetal,ocorrerá melhoria da qualidade da água e do solo, pela diminuição da entrada de poluentese contaminantes no sistema. Constitui um impacto positivo, irreversível, de inserção local.Ressalta-se que somente com ações de saneamento ambiental de cunho regional, maisabrangentes, poderá ser alcançado um nível mais acentuado de melhoria da qualidadeambiental, especialmente das águas.

Melhora do saneamento básico: este impacto, de natureza benéfica tem umamagnitude elevada, em termos sócio-ambientais, para as famílias das áreas diretamenteafetadas pelas obras construídas. Ressalta-se que a melhoria na disponibilidade desaneamento básico é um fator direto de ganho de qualidade de vida para essas pessoas,pois se reflete na minimização do risco de doenças de veiculação hídrica, decontaminações e acidentes oriundos do manuseio e convivência inadequada com resíduossólidos urbanos, redução de odores e remoção do impacto visual. Pelo conjunto de fatoresmencionado e considerado positivo, irreversível, permanente de magnitude local, sinérgicoe não cumulativo.

Modificação na constituição da paisagem: sem dúvida este constitui um dosimpactos de maior significância no contexto da intervenção, já que o cenário atual indicauma acentuada degradação da paisagem resultado da ausência de urbanização adequada.A reurbanização das áreas composta pelas obras de canalização e pavimentação de vias eas ações de paisagismo associadas permitirão, ao menos, a formação de um arranjopaisagístico consideravelmente mais agradável. Constitui um impacto de ordem positiva,de inserção local e regional, já que a consecução do empreendimento poderá sensibilizar arestauração de outros segmentos do canal fluvial ou de outras drenagens no contexto daárea urbana dos municípios, com as mesmas características ou similares. A duração doimpacto é equivalente ao período de manutenção adequada destinado ao projeto, a qualgaranta a qualidade da estruturação paisagística das ações e obras propostas.

Restauração da cobertura vegetal: Após a conclusão das obras, com acanalização dos canais de drenagem, melhoria dos cursos de água e a melhoria daurbanização das áreas, se forma, também, uma tendência de melhora na recomposição dematas nativas a jusante. Isso poderá ocasionar um importante ganho ambiental em termosde proteção do solo e dos recursos hídricos, bem como do controle da erosão, ampliaçãoda biodiversidade e melhoria da qualidade ambiental geral. Neste sentido, constitui umimpacto positivo, de magnitude local, permanente, reversível, sinérgico e cumulativo.Reitera-se que toda a supressão de cobertura vegetal deverá ser compensada com oplantio adequado de novos indivíduos na tipologia e quantidades estipuladas pelaLegislação vigente.

Melhoria nos fluxos viários, de mobilidade urbana e acessibilidade: após afinalização das obras, cessarão os impedimentos e obstáculos ao fluxo de veículos,ciclistas e pedestres impostos pelas obras no escopo local.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 90: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

89

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Construção de novo cenário social: este impacto benéfico, proporcional emmagnitude aos ganhos ambientais previstos, constará da reconversão de um cenário atualfortemente degradado em diversos aspectos que será, potencialmente, substituído por umcenário com melhores condições de proporcionar uma vida mais digna e qualificada aosmoradores que permanecerão na área do entorno da intervenção e, em termos indiretos, atoda comunidade municipal. Separam-se estas esferas de análise, porque a resolução daproblemática sócio-ambiental local poderá multiplicar o interesse em desenvolver novasações com esta mesma orientação e, desta forma, gerar a construção de novos cenárioslocais melhorados em outras porções da cidade (com ganho para todo o município) emesmo em outros municípios, que podem ser sensibilizados pelos resultados alcançadosnesta experiência pragmática.

Redução dos riscos à saúde pública e melhoria dos indicadores desaneamento/qualidade de vida: com a qualificação das áreas de intervenção através damelhoria do saneamento básico e implantação de melhorias urbanísticas e ambientais,haverá a proporcional a redução dos riscos à saúde pública. Isto deverá se refletir naredução dos indicadores de doenças de veiculação hídrica, bem como àquelesrelacionados à propagação por vetores. Proporcionalmente, devem melhorar osindicadores relacionados a saneamento básico e infra-estrutura urbana. Isto, de formadireta, deve incidir sobre o índice de desenvolvimento humano local. Constituirá,potencialmente, um impacto positivo de magnitude local, permanente enquanto as obrasimplantadas cumprirem suas funções operacionais.

Valorização/especulação imobiliária: a recuperação do ambiente e areurbanização das áreas de intervenção tenderão a ocasionar uma valorização imobiliáriado entorno. Isto poderá, inclusive, gerar especulação imobiliária. A valorização imobiliáriaconstituirá um impacto positivo de abrangência local e, mesmo regional no escopo da áreaurbana. Terá uma temporalidade permanente, enquanto as condições operacionais daintervenção alcançarem os objetivos propostos de recuperação da qualidade ambiental.Por outro lado, se essa valorização se transformar em especulação imobiliária, poderáconstituir impacto negativo, com prejuízos aos moradores do local. Da mesma forma,poderá constituir um impacto de abrangência local e, mesmo, regional no escopo da áreaurbana. Terá uma temporalidade permanente, enquanto as condições operacionais daintervenção alcançarem os objetivos propostos de recuperação da qualidade ambiental.

12.2 Medidas de prevenção e/ou Mitigação

Fase de Planejamento

Entrosamento entre Secretarias e Órgãos da Administração Pública Municipal,Concessionárias e entre Municípios: Implementação de sistema de gestão ambiental esocial, visando promover a articulação interinstitucional e garantir a implementação dosprogramas ambientais e sociais indicados nas diversas atividades.

Geração de expectativas: Como ação mitigadora eficaz será estruturado eamplamente divulgado um Programa de Comunicação Social e Institucional que permitirá adifusão dos conceitos e características do empreendimento para os segmentos mais

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 91: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

90

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

interessados; a inserção de informações claras tende a reduzir consideravelmente asexpectativas vinculadas ao processo. Será estruturada uma ação específica no Programade Comunicação Social e Institucional que permitirá a inserção dos atores envolvidos noprocesso de forma adequada e propositiva, com esclarecimento de dúvidas, redução dasexpectativas e coleta sistemática das propostas relacionadas às intervenções.

Fase de Implantação

Erosão e assoreamento associado à execução das obras civis: Como medidasmitigadoras principais estão a projeção das menores movimentações de materiais terrosos,o tanto quanto possível, bem como a observação do Manual Social e Ambiental de Obras.

Alteração do fluxo hídrico superficial: Como medida mitigadora, pode-se definir anecessidade de um adequado dimensionamento das drenagens pluviais de escoamentonas vias adjacentes, que possibilite o escoamento das águas pluviais na microbacia deforma proporcional à impermeabilização a ser gerada.

Alteração na qualidade das águas superficiais: Como medida mitigadora,propõe-se, além do controle sobre as condições sanitárias do canteiro de obras, a inserçãoda Secretaria Municipal da Saúde no contexto da obra, de forma a interagir de forma maisacentuada com a comunidade e com os trabalhadores da obra e proporcionar um maiorcontrole da eventual proliferação de vetores na área.

Geração de particulados, odores e gases: Como medidas mitigadoras, podem sercitadas a permanente umidificação dos caminhos de obra, bem como a manutençãoperiódica e permanente dos equipamentos, que minimize as emissões;

Supressão da flora nativa: A medida mitigadora para o impacto é a busca precípuada preservação da cobertura vegetal nativa existente por meio do acompanhamentopermanente de profissional habilitado para monitoramento ambiental com indicação dealternativas de obra e, quando inevitável, a reposição obrigatória, conforme os critérioslegais, com posterior monitoramento para verificação da eficiência dos procedimentos.Sempre que possível, deve-se buscar evitar a supressão de vegetação, em vista doacentuado impacto já ocasionado sobre esta variável ambiental e também devido ao seupotencial natural de auxiliar na redução da erosão potencial.

Afugentamento e prejuízos à fauna: Como medida mitigadora principal está aobservação do Manual Social e Ambiental de Obras que define o comportamento desejadonos canteiros de obras e locais sob intervenção.

Geração de vetores: Como medida mitigadora, além do controle sobre ascondições sanitárias do canteiro de obras, propõe-se a inserção da Secretaria Municipal daSaúde no contexto da obra, de forma a interagir de forma mais acentuada com acomunidade e com os trabalhadores da obra e proporcionar um maior controle da eventualproliferação de vetores na área.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 92: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

91

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Fase de Operação

Especulação imobiliária: A mitigação a esse processo poderá ser constituída porefetiva fiscalização dos órgãos gestores do território urbano, no sentido de que sejamexplicitamente cumpridas as regras de zoneamento e uso do solo urbano, sem prejuízosao novo cenário em consolidação no local.

Durante a operação das estruturas - galeria pluvial, ligações pluviais, poços devisita, arruamentos próximos, entre outras - as medidas mitigadoras e/ou compensatóriasdeverão constar de:

• Sinalização adequada;• Apropriação do espaço pelo Poder Público Municipal e por suas estruturas

responsáveis;• Reforço de convênios com órgãos estaduais e associações da sociedade civil

para auxiliar na manutenção da operacionalidade das estruturas;• Permanência da execução de ações de Informação e Educação Ambiental;• Manutenção dos programas de controle ambiental pertinentes.

13. RECUPERAÇÃO DE LIXÕES E/OU CONSTRUÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO ECENTRAIS DE RECICLAGEM

Nesta tipologia estão previstas intervenções nos municípios de Uruguaiana, SantaMaria e Rio Grande, sendo que no primeiro ocorrerão todas as atividades e nos demaisapenas a criação e/ou fortalecimento de Centrais de Reciclagem e galpões de Triagem ecomercialização dos materiais selecionados.

Desta forma são apresentados os impactos potenciais para estas atividadesbaseados nos estudos específicos para o Município de Uruguaiana que concentra todas aspossibilidades. Tanto a proposta de recuperação do atual depósito municipal de lixo (lixão)como da implantação do novo sistema de gerenciamento de resíduos sólidos estãobaseadas em estudos realizados durante a elaboração do PDMI. Os estudos englobaramaspectos socioeconômicos, administrativos, físicos, ambientais, legais e operacionais, paraembasar o projeto do ponto de vista técnico. Os trabalhos em Uruguaiana sedesenvolverão em duas etapas: (i) recuperação do atual depósito municipal de resíduos(lixão); (ii) sistema de gerenciamento integrado de resíduos sólidos com aquisição de novaárea, implantação de aterro sanitário e estruturação do trabalho dos selecionadores demateriais recicláveis e compostagem.

13.1 Impactos potenciais

13.1.1 Impactos Negativos

• Poluição dos solos e das águas superficiais e subterrâneas;• Alteração de paisagens;• Problemas de saúde causados por agentes patogênicos e/ou substâncias

químicas presentes nos resíduos;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 93: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

92

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

• Presença de catadores e garimpadores no atual lixão;• Combustão espontânea da massa de resíduos;• Marginalização das áreas próximas à área impactada;• Diminuição do valor dos imóveis;• Supressão de vegetação nativa;• Necessidade de realocação de famílias;

13.1.2 Impactos Positivos

• Recuperação das áreas degradadas e dos passivos ambientais e sociais;• Melhoria nas condições de saúde dos catadores e população do entorno;• Melhoria da renda dos catadores e selecionadores de materiais recicláveis;• Elevação da Auto-estima e da capacidade de auto-gestão dos envolvidos;• Destinação adequada dos resíduos sólidos;• Agregação de valor aos materiais recolhidos;• Diminuição da quantidade de material orgânico a ser depositado nos aterros,

com conseqüente aumento na vida útil dos mesmos;• destinação adequada e nobre do composto gerado a partir da matéria

orgânica tratada;• Melhoria da capacidade de negociação entre os catadores de materiais

recicláveis e os compradores, permitindo a eliminação da figura dointermediário;

13.2 Medidas de prevenção e/ou Mitigação

O modelo de Gestão Integrada de Resíduos sólidos deverá levar em consideração aPolítica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e a Resolução do Conselho Estadual doMeio Ambiente CONSEMA nº 017/01, que estabelece diretrizes para a elaboração eapresentação de Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos no Rio Grandedo Sul. Deverão ser respeitadas as Legislações e Resoluções a nível federal, estadual emunicipal, bem como as normas técnicas nestas citadas. Todas as normas da ABNT aserem obedecidas na implantação das diferentes estruturas físicas estão indicadas nosEstudos específicos desenvolvidos na fase de preparação do PDMI.

Para a recuperação do atual depósito de lixo municipal em Uruguaiana estãosendo apontadas as medidas ambientais necessárias a fim de obter-se o máximoisolamento dos resíduos ali dispostos, permitindo a recepção adequada dos resíduosgerados nos próximos meses de operação do Aterro Controlado, sendo:

a) Conformação da área definida para a disposição dos resíduos;b) Espalhamento e compactação dos resíduos antigos;c) Confinamento dos resíduos através de diques;d) Definição de espaço físico para a recepção de resíduos;e) Execução de acessos e pátios de manobras;f) Execução de rede de drenagem de lixiviado;g) Execução de rede de drenagem de biogás;h) Impermeabilização superficial dos resíduos;

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 94: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

93

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

i) Cobertura e cortinamento vegetal;j) Execução de rede de drenagem pluvial;k) Execução de sistema de tratamento de lixiviado.

Na proposta do novo sistema de gerenciamento foram realizadas análisesdas condições ambientais para a seleção de área, as quais incluíram os parâmetros:

Meio físico - Geologia (potencial hídrico); condutividade hidráulica do solo;clinografia (declividade); espessura do solo, horizonte B; distância de recursos hídricos;áreas inundáveis; profundidade do lençol freático; distância de cursos d’água e nascentes,rios, lagos, barragens de abastecimento de água.

Meio biótico – Existência de mata nativa abundante ou espécies imunes ao corte;fauna e flora local.

Meio antrópico - Distância de vias; legislação municipal, zoneamento urbano eprobabilidade de expansão do município; distância aos centros urbanos; distância deresidência; distância de redes de alta tensão; distância de rodovias de alto tráfego(BR/RS); Áreas próximas a aeroportos; potencial de reaproveitamento da área do lixão.

Para cada situação de risco ambiental estão propostas no projeto as medidasmitigatórias que visam reduzir os efeitos tanto da emissão de gases poluentes, como aspossíveis contaminações do solo e das águas superficiais e subterrâneas. Está propostoum sistema de monitoramento que inclui aspectos metodológicos e parâmetros a seremmonitorados. Também constam as licenças ambientais necessárias para cada etapa deexecução. O projeto propõe ainda a implementação dos seguintes programas ambientais aserem conduzidos pela municipalidade:

a) Promoção de programas de Educação Ambiental e Cidadã realistas econtinuados, esclarecendo à população todos os fatores envolvidos na cadeia produtiva dareciclagem e, principalmente, possibilitando o desenvolvimento de uma consciênciaambiental ampla, incluindo uma postura de responsabilidade perante o meio ambientecomo um todo.

b) Implantar programas de capacitação em Educação Ambiental para professoresde todas as áreas do conhecimento, de modo que os temas relacionados ao meioambiente possam ser tratados de forma transversal, em todas as disciplinas.

Além destas indicações são apontados outros aspectos visando à superaçãodefinitiva dos problemas, entre eles destacam-se:

a) Gerenciar de forma democrática a questão dos resíduos sólidos, com aparticipação das instituições representativas da população, dos catadores, bem como detodos os setores envolvidos no processo.

b) Garantir infra-estrutura e apoio técnico para a cooperativa de coleta seletiva,diminuindo os custos da coleta regular de resíduos e da manutenção e operação do aterrosanitário.

c) Integrar os programas de coleta seletiva a projetos abrangentes de resgate dacidadania e distribuição de renda, como é o caso das redes de Economia Solidária.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 95: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

94

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

14. REABILITAÇÃO E RENOVAÇÃO DE PRÉDIOS/EDIFÍCIOS EXISTENTES

14.1 Impactos potenciais

14.1.1 Impactos Negativos

• Interdição temporária e/ou dificuldade de uso do prédio durante aexecução das obras;

• Geração de Poeira, trepidação e ruídos;• Aumento no risco de acidentes no local durante as obras;• Interdição e/ou diminuição de passeios públicos;• Possível descaracterização de prédios de valor histórico-cultural;• Necessidade de transferência temporária das atuais funções para outros

locais;

14.1.2 Impactos Positivos

• Melhoria da estrutura dos prédios para uso posterior;• Valorização dos prédios e entorno;• Qualificação dos espaços com melhoria das condições de uso;• Qualificação urbanística;• Aumento na segurança dos locais após as intervenções;

14.2 Medidas de prevenção e/ou Mitigação

O planejamento adequado da obra e a utilização de mão de obraqualificada para as várias tarefas a serem executadas constituem medidas preventivaspara a redução dos riscos. Além disso, é indicada a adoção de todos os procedimentosdefinidos pela legislação específica no que diz respeito aos riscos de acidentes emobras civis, que vão desde a obrigatoriedade de utilização de equipamentos desegurança até a constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA,além da promoção de palestras entre os funcionários das obras alertando para osriscos do trabalho.

O planejamento da obra deve obedecer rigidamente a Lei Federal n.º 6514 de22 de Dezembro de 1977 e as Normas Regulamentadoras (NR) aprovadas pelaPortaria Federal n.º 3214 de 8 de junho de 1978, que se referem a segurança dotrabalhador das obras de construção civil, bem como todas as regulamentaçõesposteriores. A obra deverá ser orientada, de forma a eliminar os atos inseguros, pormeio da instrução do trabalhador, e criar condições para um melhor entendimento entrecontratantes e empregados, dando a estes condições dignas de trabalho e segurança.

Deverão, também, ser seguidas todas as orientações constantes no ManualAmbiental e Social da Obra - MASO (Anexo 3).

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 96: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

95

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

15. LICENCIAMENTO AMBIENTAL E STATUS ATUAL

Para os primeiros 18 meses, estão previstas apenas intervenções que jápossuem licenciamento ambiental junto ao órgão ambiental competente. Algumaspequenas intervenções previstas para este período estão sendo licenciadas pelospróprios municípios conforme competência delegada pelo CONSEMA.

No dia 18 de janeiro de 2007, foi realizado em Porto Alegre, na sede daFamurs – Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul – um workshop para tratardas questões sociais e ambientais do PDMI. Neste evento estiveram presentes cercade 30 pessoas, entre técnicos do Banco Mundial, técnicos dos municípios, membros doMinistério Público Estadual e da Fepam. Foram apresentadas as principais intervençõesdo PDMI, as salvaguardas do Banco Mundial acionadas, bem como o processo deavaliação sócio-ambiental adotado (anexo 8).

Em reunião realizada no dia 23 de janeiro de 2007 na sede da Fepam emPorto Alegre, foram apresentados os itens componentes do PDMI e confirmadas ascompetências da Fepam e dos órgãos ambientais municipais, referendando aclassificação utilizada no Quadro Síntese apresentado abaixo.

Grande parte das intervenções está dentro das competências delegadas aosmunicípios, exceção feita aos projetos para instalação de novo aterro sanitário emUruguaiana e as intervenções relacionadas ao tratamento de Esgoto dos municípios,bem como nos trabalhos de intervenção em corpos hídricos, tais como as limpezas emcanais urbanos com dimensões superiores a 2 km, que necessitam de licenciamentofornecido pela Fepam. Está sendo criado um canal direto para encaminhamento doslicenciamentos das intervenções previstas no PDMI.

OBSERVAÇÕES:1.Os municípios que possuem a delegação da Competência do Licenciamento dasAtividades de Impacto local podem realizar grande parte dos licenciamentos,acelerando o processo de implementação (Bagé, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana),Rio Grande está se habilitando junto ao CONSEMA (Conselho Estadual do MeioAmbiente).

2. Nos projetos que exigem Licenciamento Estadual com EIA/RIMA é necessáriocontato anterior com FEPAM para orientação quanto aos Termos de Referência (TDR)para obtenção da Licença Prévia e posterior contratação dos Projetos Executivos.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 97: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

QUADRO SÍNTESE DAS EXIGÊNCIAS AMBIENTAIS E SITUAÇÃO ATUALMUNICÍPIOSPROJETOS

BG PE RG SM UR

EXIGÊNCIASAMBIENTAIS

1.Produção Hortifrutigranjeiros X X X X Licença Municipal

2.Qualificação Vias Públicas e Mobiliário Urbano(Ampliação de vias, corredores de ônibus, sinalização,arborização, praças, rua 24 horas, calçadão, acessos,drenagem pluvial, etc)

X X X X X * Licença somente paraNovas Ruas ouAmpliação ou travessiasde cursos de água.Licença para manejo devegetação urbana

3.Ampliação e Reestruturação Sistema Abastecimentode Água

X Necessita Autorização daFepam substituição deredes existentes

4. Manutenção e Melhoria de Estradas Rurais(encascalhamento, drenagem superficial, substituição

de pequenas pontes, etc)

X X X X Licença Municipal

5. Ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário X *Licença SEMA/FEPAM

6. Fortalecimento do Micronegócio X X X X X Licenças municipais

7. Implantação de Hortas no Meio Urbano X X Licença Municipal

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 98: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

8. Implantação de Parque Tecnológico eIncubadora Empresarial

X X Dependerá do Local ondese instalará

9.Qualificação e Requalificação de Espaços Urbanos(Calçadão, praças, arborização, mobiliário, recuperaçãode Prédios Históricos, etc)

X Licença Municipal paraáreas <= 50 há

10. Construção de Sistema de Esgotamento Sanitário* eLimpeza de Galerias Pluviais**

X *Licença FEPAM** Licença Municipal

11. Construção de Sistema de Abastecimentos de água(Captação, Ampliação e implantação)

X Licença FEPAM ouLicença Municipal

12. Estruturação Trabalho de Resíduos Sólidos (ComConstrução de Galpões de Reciclagem)

X X X Licença Municipal

13. Produção de Pescado, Camarão e Siri X Licença FEPAM eIBAMA

14. Recuperação da Orla da Lagoa dos Patos (c/Reassentamento)

X EIA/RIMA e estudoscomplementares –Se FEPAM solicitar.

15.Produção, Agroindustrialização e Comercialização dealimentos

X Licença Municipal

16. Construção de Sistemas Abastecimento de ÁguaMeio Rural e construção de tanques de terra paraarmazenagem de água da chuva

X X Licença Municipal*(menores 1 ha)

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 99: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Outorga Estadual **

17. Recuperação dos Arroios Cadena e Cancela (comreassentamento de famílias)

X EIA/RIMA e estudoscomplementares –Se FEPAM solicitar.

18.Recuperação da Microbacia do Rio Vacacaí-Mirim(com reassentamente de famílias da margem daBarragem deAbastecimento de Água )

X EIA/RIMA e estudoscomplementares –Se FEPAM solicitar.

19. Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos(recuperação do Lixão*, construção de Aterro Sanitário*e Galpão de Reciclagem**)

X *EIA /RIMA –FEPAM** Licença Municipal

20. Implantação de Esgoto Sanitário em Bairros de BaixaRenda

X ESTUDO AMBIENTAL

21. Construção de Galeria Pluvial (Canalização Fechada) X EIA/RIMALicença Municipal

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 100: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

99

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

16. AVALIAÇÃO GLOBAL

As intervenções previstas para o PDMI podem ser consideradas, de formageral, como de pequeno porte com impactos negativos localizados, reversíveis etemporários, que ocorrerão na fase de execução das obras. Estes impactos poderãoser mitigados com um plano adequado e envolvimento da população.

O principal impacto negativo se refere à necessidade de reassentamento defamílias que vivem em áreas de risco. Por outro lado é importante salientar que osdeslocamentos de famílias serão mínimos e atendem principalmente a necessidade deredução de riscos a estas mesmas famílias que estão expostas a inundações,deslizamentos e vetores transmissores de doenças, principalmente as de veiculaçãohídrica.

As obras de maior impacto potencial serão as do sub-componente deintegração social, urbanização e recuperação dos arroios em Santa Maria e orlas emRio Grande e as obras da estação de tratamento em Pelotas e do lixão em Uruguaiana.Todas estas obras entrarão no segundo ano do projeto. Durante o primeiro ano, oBanco irá apoiar a preparação destes projetos e fazer toda avaliação social e ambientalnecessária para os investimentos e obras.

Os impactos positivos são altamente significativos e de caráter permanente,incidindo diretamente sobre a população mais carente dos cinco municípios localizadosno sul do Rio Grande do Sul, região menos desenvolvida do Estado. A FUNAI tambémconfirmou a não existência de povos indígenas na área do projeto.

Deve ser destacado, ainda, que o Programa se constitui num conjunto deintervenções integradas de caráter urbanístico, rural, ambiental, social e econômico,que promoverá a requalificação ambiental das áreas de intervenção, como umacondicionante para o desenvolvimento sustentável.

17. MARCO DE POLÍTICA DE REASSENTAMENTO E DESAPROPRIAÇÃO

Foi desenvolvida uma política de desapropriação e reassentamento, de modo a orientaros respectivos planos nas áreas de intervenção do PDMI. O Documento completo éapresentado no anexo 5.

17.1 Desapropriações.

Durante a execução do Projeto de Desenvolvimento Municipal Integrado pode ocorrer anecessidade de desapropriar áreas/imóveis de forma isolada ou em pequenos grupos(no máximo 10 unidades) para a implantação de determinada frente de obra.As desapropriações destes imóveis devem estar em consonância com a Legislaçãovigente e a recomendações do BIRD e a Política de Reassentamento Involuntário doProjeto de Desenvolvimento Municipal Integrado. Deverá ser elaborado um Plano detrabalho específico para estes casos que será submetido ao BIRD para sua nãoobjeção. Este plano de trabalho deverá anteceder toda e qualquer ação, devendoconter além das etapas de trabalho cronograma de atividade devidamente

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 101: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

100

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

compatibilizado com o cronograma da obra. Esse procedimento está detalhadamenteexplicado no anexo 5.

17.2. Reassentamentos.

A Política de Reassentamento involuntário tem por objetivo garantir a recomposição daqualidade de vida dos usuários diretamente afetados pelo empreendimento. Todos osprocedimentos a serem adotados em caso de reassentamento involuntários estãominuciosamente detalhados no anexo 5.

18. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA GESTAO AMBIENTAL E SOCIAL DOPDMI

INTRODUÇÃO

Esse programa destina-se a incrementar a capacitação humana e material dasCoordenações de Meio Ambiente das UGMs (Unidades de Gestão Municipal) e dosórgãos ambientais das Prefeituras Municipais de Bagé, Pelotas, Rio Grande, SantaMaria e Uruguaiana. As novas exigências de atuação sócio-ambiental, inerentes a umPrograma desse porte para os municípios, requerem que os órgãos que atuam maisdiretamente com os impactos relativos ao PDMI sejam fortalecidos para atendimento àsnovas demandas que se impõem. É o caso dos órgãos municipais de meio ambientedos cinco municípios e das coordenações ambientais e sociais (CSA) do PDMI queatuarão junto às UGMs.

As propostas aqui apresentadas deverão ser objeto de detalhamento a fim deconfigurar os Termos de Referência específicos para a contratação dos diversosserviços de consultoria e aquisição de equipamentos necessários à implantação doscomponentes de fortalecimento institucional aqui recomendados.

O Programa está estruturado em (i) ações de capacitação de recursos humanos (ii)ações de incremento institucional e legal (iii) criação e manutenção de ferramenta virtuale (iv) melhoria dos recursos materiais.

OBJETIVOS

As atividades e ações previstas neste programa deverão contribuir para a agilizaçãodos procedimentos de licenciamento já em curso nos órgãos ambientais municipais,bem como estabelecer procedimentos mínimos para a execução das atividades delicenciamento, monitoramento e fiscalização. Com isso, pretende-se atingir níveis dequalidade mais adequados e condizentes com um sistema municipal de meio ambienteatuante ágil e consistente. Busca-se também ampliar e qualificar os recursos humanosde nível gerencial, técnico e operacional, formadores das equipes, para o plenodesempenho de suas atribuições.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 102: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

101

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

CONHECIMENTO DO PROBLEMA

Existe uma diferença acentuada na forma de gerir as questões ambientais nos cincomunicípios envolvidos no PDMI. Enquanto os municípios de Bagé, Pelotas, Santa Mariae Uruguaiana já atuam no licenciamento das atividades de impacto local, o município deRio Grande ainda não possui esta habilitação.Existem diferenças quanto à formação técnica, equipamentos disponíveis,procedimentos e regulamentação para a execução das atividades de licenciamento eacompanhamento nos municípios.Os municípios poderão tomar vantagem da assistência técnica que será oferecida peloBanco Mundial e pela Unidade de Articulação do Programa (UAP), mantida pelos cincomunicípios para fortalecer a sua capacidade em áreas como planejamento egerenciamento do projeto, análise econômica do projeto, licitações, gerenciamentofinanceiro e procedimentos ambientais e sociais.

ATIVIDADES E PRODUTOS

Serão desenvolvidas ações de capacitação das equipes municipais nos procedimentossócio-ambientais e de salvaguardas. Estas capacitações se darão de forma planejadaentre os cinco municípios e com a articulação da UAP.Para a realização deste programa serão realizadas parcerias com entidades federais,estaduais e instituições de ensino, pesquisa e extensão além da contratação deespecialistas nas áreas que se demonstrarem mais carentes.A definição dos temas será realizada pelo conjunto dos municípios e haverá aorganização de no mínimo um evento semestral, envolvendo as equipes ambientais dosmunicípios para discussão das atividades e troca de experiências.Deverá ainda ser incentivada a participação dos técnicos envolvidos em cursos,encontros, seminários sobre os temas pertinentes ao desenvolvimento do PDMI.

As atividades inicialmente previstas dividem-se em:

Capacitação de Recursos Humanos – formular programa de curta duração que façauma atualização das questões técnicas e legais (Resoluções CONAMA, convênios decompetências estaduais e municipais, georeferenciamento, etc) procedimentosexpeditos de licenciamento para empreendimentos de baixo impacto potencial, entreoutros.

Agenda de Conformidade Institucional – ações voltadas para (i) revisão da legislaçãoambiental dos cinco municípios, atualizando e adequando à realidade atual; (ii) buscar,dentro das possibilidades e diferenças locais, a uniformização dos procedimentos delicenciamento, fiscalização e controle ambiental, (iii) sistematização de um Manual deLicenciamento Ambiental, a ser utilizado pelos municípios. Nesse sentido, sãoapresentados em anexo (1 e 2) os Manuais da Fepam que podem ser utilizados comomodelo e ajustados a realidade dos municípios para a construção dos procedimentosespecíficos para utilização nos órgãos Ambientais Municipais e nas CoordenaçõesAmbientais e Sociais da UGMs.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 103: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

102

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

Criação de Ferramenta Virtual – criar e manter uma website (www.pdmi.com.br) cominformações atualizadas e pertinentes à gestão ambiental, sendo divulgadas, as boaspráticas ambientais dos cinco municípios e de outros locais considerados de interesse.Serão disponibilizados documentos padrão para uso dos municípios de forma a permitirnão só a uniformização dos procedimentos relativos ao PDMI, como também ummonitoramento mais adequado.

Incremento de Recursos Materiais – todos os órgãos ambientais têm a necessidadede reforço nos equipamentos disponíveis para a realização das atividades delicenciamento, fiscalização e monitoramento ambiental. Trata-se de identificar, atravésdas demandas específicas, quais serão os equipamentos prioritários já que haverá umacréscimo nas suas atividades, decorrentes da implantação das obras e atividades doPrograma.

Recomenda-se um mínimo básico de equipamentos, já existente em alguns municípiose em outros não, que inclui: computador e impressora, conjunto de plantas cartográficasdos municípios e da área de abrangência do PDMI, em escalas adequadas, GPS,câmara digital, veículo para vistoria, botas plásticas, trenas e decibelímetro. Aquantidade de equipamentos deve ser compatível com o número de funcionáriosalocados nas atividades de licenciamento e fiscalização e o material de vistoria deverápossibilitar a realização de trabalhos diários, garantindo-se combustível e outrosinsumos necessários a essas atividades.

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS

Os agentes envolvidos na implantação deste programa são basicamente:

• Entidades ou consultorias específicas contratadas pela UAP para ministrarcursos de capacitação e atualização, onde deverá ser dada preferência paracursos já existentes em organismos que trabalham com esses temas, tais comouniversidades e órgãos de meio ambiente municipais já estruturados e a Fepam.Também poderão ser acionados consultores específicos, a depender do temaabordado, tais como: direito ambiental, salvaguardas do Banco Mundial,procedimentos para licenciamento no Rio Grande do Sul, etc.

• Consultoria especializada para a elaboração de manual de procedimentosunificados de licenciamento, fiscalização e monitoramento, incluindo-se (i) aetapa de uso empírico desse manual, efetuando-se os ajustes necessários, (ii)treinamento dos técnicos que irão utilizá-lo e, (iii) disseminação das informaçõespara o público afetado, de empreendedores públicos e privados.

• As UGMs, em conjunto com os responsáveis pelos órgãos municipais de meioambiente, para a aquisição dos recursos materiais necessários.

PRAZO DE EXECUÇÃO

Distribuir as atividades de capacitação, de organização do manual de licenciamentoambiental nos 03 anos iniciais de implantação do PDMI.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 104: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

103

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

CUSTOS

Os custos deste programa estão orçados em US 50.000 para treinamento ecapacitação; os recursos para compra dos equipamentos necessários serãoincorporados na rubrica Gestão do Programa.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Page 105: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PAS) · PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NAS DIFERENTES ETAPAS DAS OBRAS ... administrações municipais, da definição dos Arranjos Institucionais

104

BRASIL: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADOPDMI – TF 055121

ANEXO I – INSTRUMENTOS DE GESTÃO AMBIENTAL

Anexo 1: Manual Técnico do Licenciamento Ambiental com EIA-RIMA;

Anexo 2: O Licenciamento Ambiental no Estado do Rio Grande do Sul: ConceitosJurídicos e Documentos Associados;

Anexo 3: Manual Ambiental e Social da Obra – MASO;

Anexo 4: Fichas de Avaliação Sócio-ambiental Preliminar - FAP;

Anexo 5: Marco Conceitual da Política de Reassentamento Involuntário;

Anexo 6: Manual de Gerenciamento de Agrotóxicos – MGA;

Anexo 7: Programa de Comunicação Social e Consulta Pública – PCSCP;

Anexo 8: Workshop de Políticas Sócio-Ambientais do PDMI;

Anexo 9: Guia para Construção de Pontes – GCP;

Anexo 10: Guia de Gestão e Segurança no Trafego – GGST;

Anexo 11: Guia de Supervisão de Obras – GSO;

Anexo 12: Guia de Arborização e Passeio Público – GAPP;

Anexo 13: Sítios Web do PDMI – SW.

ANEXO II – PLANOS E LEIS RELEVANTES MUNICIPAIS E ESTADUAIS

a. Estado do Rio Grande do Sulb. Município de Bagéc. Município de Pelotasd. Município de Rio Grandee. Município de Santa Mariaf. Município de Uruguaianag. Legislação Federal Brasileirah. Outras Regulamentações Importantes

ANEXO III – FICHAS DE AVALIAÇÃO PRELIMINAR DAS INTERVENÇÕES DOSPRIMEIROS 18 MESES

a. Município de Bagéb. Município de Pelotasc. Município de Rio Granded. Município de Santa Mariae. Município de Uruguaiana

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.