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MUNICÍPIO DE FAGUNDES ESTADO DA PARAÍBA Rua Quebra Quilos, s/n Centro Fagundes-PB CEP 58.487-000 Fone/Fax 83 3393-1761 CNPJ: 08.737.694/0001-56 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes PB 1 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 1

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 2

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Fagundes, PB

2013/2014

O Plano de Resíduos Sólidos do Município Fagundes-PB foi coordenado e elaborado

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 3

O Plano de Resíduos Sólidos do Município Fagundes-PB foi coordenado e elaborado

Secretaria de Administração Municipal e pela Secretaria de Educação, com o apoio do

Ministérios Público Estadual na elaboração do diagnóstico, e acompanhado pela Comissão

do Plano de Resíduos Sólidos Municipal, criada pela Portaria nº 93A/2013.

Para acompanhar e discutir o processo de elaboração e implementação do Plano de

Resíduos Sólidos do Município de Fagundes-PB, foi criado um Grupo de Trabalho, no âmbito

da Comissão do Plano de Resíduos Sólidos Municipal. Os membros do mencionado grupo

colaboraram nas diferentes etapas de elaboração do Plano.

Membros da Comissão do Plano de Resíduos Sólidos Municipal:

Edvaldo Cavalcanti Soares – Sec. de Administração

Silvio Romero do Nascimento – Sec. de Saúde

Cristina Pedro Gonçalves – Sec. de Educação

Herlane Rafaele Dantas de Mélo – Sec. Chefe de Gabinete

Jaqueline Fabricio Morais Taveira – Sec. de Bem Estar Social

Priscila Costa de Souza – Gestora do Plano

Membros do Grupo de Trabalho – Equipe Técnica

Edvaldo Cavalcanti Soares – Sec. de Administração

Cristina Pedro Gonçalves – Sec. de Educação

Herlane Rafaele Dantas de Mélo – Sec. Chefe de Gabinete

Priscila Costa de Souza – Gestora do Plano

Helder Melquisedec da Silva Gomes – Profº de História

Waltemberg Honório Moizinho – Profº de Geografia

Antonio Cabral da Silva - Chefe da divisão de Limpeza

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 4

José Pedro da Silva

Prefeito do Município

SUMÁRIO

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 5

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Localização espacial do município de Fagundes – PB ......................................... 26

Figura 02 - Barragem de Fagundes ......................................................................................... 34

Figura 03 – Pedra de Santo Antonio ....................................................................................... 39

Figura 04 – Disposição dos Bairros no Município de Fagundes ............................................. 39

Figura 05 – Caminhão que faz a coleta do lixo ....................................................................... 60

Figura 06 – Carrinho de coleta/Varrição de ruas ................................................................... 63

Figura 07 – Varrição da Feira .................................................................................................. 65

Figura 08 – Fotos do lixo do Cemitério .................................................................................. 68

Figura 09 – Fotos do Matadouro ............................................................................................. 69

Figura 10 – Tambor utilizado para o Estudo Gravimétrico ..................................................... 73

Figura 11 – Rompimento dos sacos para o Estudo Gravimétrico ........................................... 74

Figura 12 – Distribuição percentual dos RSD na Quarta (02/10/2013) .................................. 78

Figura 13 – Distribuição percentual dos RSD na Quinta (03/10/2013) .................................. 78

Figura 14 – Distribuição percentual dos RSD na Sexta (04/10/2013) .................................... 79

Figura 15 – Distribuição percentual dos RSD na Segunda (07/10/2013) ............................... 80

Figura 16 – Distribuição percentual dos RSD na Terça (08/10/2013) .................................... 80

Figura 17 – Distribuição percentual dos RSD do Município de Fagundes – PB. ................... 81

Figura 18 – Distribuição percentual dos RSD do Município de Fagundes – PB. Dados

coletados em 02 a 08/10/2013 .................................................................................................. 82

Figura 19 – Caminhão transportando lixo até o lixão ............................................................. 83

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 6

Figura 20 – Etapas de trabalho no galpão de triagem ........................................................... 100

Figura 21 – Fluxo de trabalho no galpão de triagem ............................................................. 101

Figura 22 – Organização do galpão em função da tipografia ................................................ 102

Figura 23 – Triagem em mesa linear ..................................................................................... 104

Figura 24 – Equipamentos internos ....................................................................................... 104

Figura 25 – Galpão com estrutura metálica........................................................................... 105

Figura 26 – Detalhes construtivos do silo ............................................................................. 109

Figura 27 – Baias de triagem ................................................................................................. 110

Figura 28 – Esquema de leira ................................................................................................ 113

Figura 29 – Principais áreas degradadas do Município de Fagundes em virtude dos resíduos

sólidos urbanos ....................................................................................................................... 119

Figura 30 – Disposição final dos resíduos em vala ............................................................... 136

Figura 31 – Abertura de valas ............................................................................................... 137

Figura 32 – Corte transversal de um terreno sanitário em valas ........................................... 138

Figura 33 – Descarregamento de resíduos em valas ............................................................. 139

Figura 34 – Perfil e Corte transversal de um terreno sanitário em valas ............................... 140

Figura 35 – Perfil e Corte transversal de um terreno sanitário em valas ............................... 141

Figura 36 – Abertura de valas c acúmulo de terras ............................................................... 145

Figura 37 – Execução da camada final de cobertura da vala ................................................ 146

Figura 38 – Plantas da Unidade ............................................................................................. 151

Figura 39 – Plantas da Unidade ............................................................................................. 152

Figura 40 – Plantas da Unidade ............................................................................................. 153

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Resultado da composição gravimétrica dos RSD da Quarta (02/10/13) ............ 75

Tabela 02 - Resultado da composição gravimétrica dos RSD da Quinta (03/10/13) .............. 75

Tabela 03 - Resultado da composição gravimétrica dos RSD da Sexta (04/10/13) ................ 76

Tabela 04- Resultado da composição gravimétrica dos RSD da Segunda (07/10/13) ............ 76

Tabela 05- Resultado da composição gravimétrica dos RSD da Terça (08/10/13) ................. 77

Tabela 06- Estudo da composição gravimétrica da cidade de Fagundes, referentes aos RSD

gerados, coletados e transportados para o lixão entre os dias 02/10/2013 a 08/10/2013 ......... 80

Tabela 07- Estudo da composição gravimétrica da cidade de Fagundes, referentes aos RSD

gerados, coletados e transportados para o lixão entre os dias 02/10/2013 a

08/10/2013apresentando os valores consolidados sem a terra ................................................. 81

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 – Informações acerca da lavoura permanente no Mun.de Fagundes 2012 .... ....... 40

Quadro 02 - Informações acerca da lavoura temporária no Município de Fagundes 2012 .... 46

Quadro 03 – Demonstrativo da pecuária do Município de Fagundes em 2012 ...................... 51

Quadro 04 – Dem. do Extrativismo Vegetal e da Silvicultura do Munic. de Fagundes/2012 55

Quadro 05- Cronograma dos dias da Coleta por ruas ............................................................. 57

Quadro 06- Unidades que oferecem serviços de saúde no Município de Fagundes ............... 61

Quadro 07- Resumo da logística da coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos

em Fagundes 2013 .................................................................................................................... 65

Quadro 08- Sistematização das Leis pertinentes aos catadores de materiais recicláveis ....... 86

Quadro 09- Fontes e rejeitos decorrentes do abate de bovinos ............................................... 96

Quadro 10- Equipamentos para o galpão de triagem ........................................................... 100

Quadro 11- Tipologia dos recicláveis .................................................................................. 103

Quadro 12- Instalações de apoio .......................................................................................... 107

Quadro 13- Caracterização de resíduos animais e vegetais ................................................. 112

Quadro 14- Áreas degradadas relativas aos resíduos sólidos encontradas no Município de

Fagundes ................................................................................................................................ 128

Quadro 15- Caract. de várias tecnologias simplificadas para disposição de resíduos ........ 131

Quadro 16 – Demonstrativo dos gastos com a coleta atual................................................... 150

Quadro 17- Orçamento da UGIRSU ..................................................................................... 154

Quadro 18- Orçamento para implantação da Coleta Seletiva ............................................... 155

Quadro 19- Cronograma ....................................................................................................... 156

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LISTA DE SIGLAS

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACS- Agentes Comunitários de Saúde

AS – Aterro Sanitário

AR - Área de Reciclagem

CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente

CT - Central de Triagem

CTR - Controle de Transporte de Resíduos

EE - Equipamento Eletroeletrônico

ETE - Estação de Tratamento de Esgoto

ETA - Estação de Tratamento de Água

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

NBR - Norma Brasileira

ONG - Organização Não governamental

PNSB - Plano Nacional de Saneamento Básico

PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos

PEV - Ponto de Entrega Voluntária

PAC - Programa de Aceleração do Crescimento

PEE - Programa de Eficientização Energética

RSD - Resíduo Sólido Domiciliar

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RCCC - Resíduos da Construção Civil e Demolição

REE - Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos

SAS – Secretaria de Ação Social

SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica

SIRF - Sistema Integrado de Receita e Fiscalização

SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente do Estado da Paraíba

UBS - Unidade Básica de Saúde

UGIRSU – Unidade de Gerenciamento Integrado de Resíduos sólidos Urbanos

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PREÂMBULO ........................................................................................................................... 15

APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 17

1.0 - INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 20

CAPÍTULO I .............................................................................................................................. 23

2.0 - OBJETIVOS E PRINCÍPIOS ............................................................................................... 23

CAPÍTULO II ............................................................................................................................. 25

3.0 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ............................................................................... 25

3.1 - Localização ........................................................................................................................... 25

3.2 - Aspectos históricos ....................................................................................................................... 27

- Revolta Ronco da Abelha .......................................................................................................... 29

- Revolta Quebra Quilos ............................................................................................................... 36

- Revolta Quebra Canos ............................................................................................................... 36

3.3 - Aspectos demográficos ......................................................................................................... 34

3.4 - Relevo ................................................................................................................................... 35

3.5 - Hidrografia ............................................................................................................................ 35

3.6 - Recursos Naturais.................................................................................................................. 35

3.6.1 - Flora ................................................................................................................................... 36

3.6.2 - Fauna .................................................................................................................................. 36

3.7 - Economia municipal .............................................................................................................. 37

3.7.1 - Agricultura ......................................................................................................................... 37

3.7.2 - Turismo .............................................................................................................................. 37

3.7.3 - Lavoura Permanente 2012 ................................................................................................. 40

3.7.4 - Lavoura Temporária 2012 .................................................................................................. 45

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3.7.5 – Pecuária ano 2012 ............................................................................................................. 51

3.7.6 - Extrativismo Vegetal e Silvicultura ................................................................................... 52

3.7.7 - Comércio, Serviços e Indústrias......................................................................................... 55

CAPÍTULO III ........................................................................................................................... 57

4.0 - FASE ATUAL DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM FAGUNDES.......... 57

4.1 - Resíduos Sólidos Domésticos (Frequência, Transporte, equipe de trabalho, setores da cidade

e disposição final) ............................................................................................................................. 57

4.2 - Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (Frequência, Transporte, equipe de trabalho, setores

da cidade e disposição final) ............................................................................................................. 61

4.3 - Resíduos Sólidos da Construção Civil (Frequência, Transporte, equipe de trabalho, setores

da cidade e disposição final) ............................................................................................................. 62

4.4 - Resíduos Sólidos da Varrição de Ruas (Frequência, Transporte, equipe de trabalho, setores

da cidade e disposição final) ............................................................................................................. 62

4.5 - Resíduos Sólidos Originado de Podas ou Desbaste (Frequência, Transporte, equipe de

trabalho, setores da cidade e disposição final) .................................................................................. 63

4.6 - Resíduos Sólidos Originado na Feira Municipal (Frequência, Transporte, equipe de trabalho,

setores da cidade e disposição final) ................................................................................................. 64

4.7 - Resíduos Sólidos Originado no Cemitério Municipal (Frequência, Transporte, equipe de

trabalho, setores da cidade e disposição final) .................................................................................. 67

4.8 - Resíduos Sólidos Originado no Matadouro Municipal (Frequência, Transporte, equipe de

trabalho, setores da cidade e disposição final) .................................................................................. 68

4.9 - Resíduos da Logística Reversa ............................................................................................. 70

CAPÍTULO IV ........................................................................................................................... 71

5.0 - CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE FAGUNDES ......... 71

5.1. Característica da coleta de resíduos sólidos do Municipio de Fagundes ................................ 71

5.2. Estudo Gravimétrico. .............................................................................................................. 72

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 13

5.2.1. Método ................................................................................................................................ 72

5.2.2 - Resultados .......................................................................................................................... 74

5.2.3 - Resultado Consolidado ...................................................................................................... 80

CAPÍTULO V .................................................................................................................... 84

6.0 - DA SUSTENTABILIDADE ........................................................................................ 84

6.1 - Conceito ............................................................................................................................. 84

6.2. Catadores .............................................................................................................................. 86

6.3. Das Associações de Catadores ............................................................................................. 88

6.4. Propostas ............................................................................................................................. 89

6.4.1 - Infraestrutura do Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos e da UGIRSU .......................... 90

6.4.2 - Infraestrutura de Coleta de Resíduos Sólidos .................................................................... 90

6.3.2.1 – Resíduos Sólidos Domésticos ........................................................................................ 91

6.4.2.2 – Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde ....................................................................... 93

6.4.2.3 – Resíduos Sólidos da Construção Civil ........................................................................... 94

6.4.2.4 – Resíduos Sólidos da Capina, Poda e Desbaste ............................................................... 95

6.4.2.5 – Resíduos Sólidos de Varrição......................................................................................... 95

6.4.2.6– Resíduos Sólidos do Cemitério ....................................................................................... 95

6.4.2.7– Resíduos Sólidos do Matadouro ...................................................................................... 95

6.4.2.8 – Resíduos de Logística Reversa ....................................................................................... 95

6.4.29 – Agências Bancárias ......................................................................................................... 95

6.4.2.10 – Pousadas, Bares e Similares ......................................................................................... 95

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6.4.3 - Infraestrutura UGIRSU ...................................................................................................... 99

6.4.3.1 – IoRGANIZAÇÃO DO Galpão de Triagem .................................................................. 100

CAPÍTULO VI ......................................................................................................................... 118

7. DA RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS ......................................................... 118

7.1. Setores e Áreas Degradadas do Município de Fagundes. .................................................... 118

7.2. Lixão do Município de Fagundes ......................................................................................... 120

7.3. Encerramento do lixão .......................................................................................................... 120

7.4 Aterros Sanitários ................................................................................................................. 128

CAPÍTULO VII ........................................................................................................................ 148

8.0 – Proposições de áreas para implantação da Unidade ............................................................. 148

CAPÍTULO VIII ....................................................................................................................... 149

9.0 – Ações de Desenvolvimento Rural ...................................................................................... 149

CAPÍTULO IX ......................................................................................................................... 150

10.0 - CUSTOS ........................................................................................................................... 150

10.1. Gastos atuais com a Coleta Municipal .............................................................................. 150

10..2. Planta e custos para a implantação da UGIRSU ............................................................... 151

11 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ............................................................................... 156

12– PLANO DE DIVULGAÇÃO E COMUNICAÇÃO ........................................................... 158

13 - CONCLUSÃO .................................................................................................................. 100

14 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 102

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 15

PREÂMBULO

O Plano Municipal de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes visa atender o

determinado na Lei Federal n.º 12.305 de 2 de agosto de 2010, bem como as Leis nos

11.445,

de 5 de janeiro de 2007, 9.974, de 6 de junho de 2000, e 9.966, de 28 de abril de 2000e o

Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010 que a regulamenta, as normas estabelecidas

pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de

Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária

(Suasa) e do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

(Sinmetro), sobretudo nos seguintes objetivos:

I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;

II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem

como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;

III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;

IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de

minimizar impactos ambientais;

V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;

VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e

insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;

VII - gestão integrada de resíduos sólidos;

VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor

empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos

sólidos;

IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;

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X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços

públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos

gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados,

como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº

11.445, de 2007;

XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:

a) produtos reciclados e recicláveis;

b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo

social e ambientalmente sustentáveis;

XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam

a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

XIII - estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;

XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados

para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos,

incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;

XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.

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APRESENTAÇÃO

O planejamento urbano é uma das principais necessidades apresentadas pelo

município a ser efetivado num curto prazo de tempo em meio ao desenvolvimento que se tem

observado no município, sobretudo no que se refere ao meio ambiente.

Segundo o artigo 18º da Lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS), “a elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos

sólidos é condição para o Distrito Federal e os Municípios terem acesso a recursos da União,

ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza

urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou

financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade”.

Aliado a essa necessidade, o Município de Fagundes optou por implantar o presente

plano de gestão integrada de resíduos sólidos de acordo com a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, que foi aprovada a partir da Lei 12.305/2010, trazendo em seu corpo um conjunto de

princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações envolvendo os três entes

federados – União, Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade civil na busca de

soluções para os graves problemas causados pelos resíduos sólidos. Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos é a maneira de conceber, sistematizar, implementar e manter os sistemas de

administração de resíduos sólidos. Para cada situação é necessário identificar as

características dos resíduos e as peculiaridades da cultura local, para implantar e implementar

ações adequadas e compatíveis com a situação.

Os sistemas de gerenciamento integrado são processos que incluem as ações desde a

geração, acondicionamento, coleta seletiva, triagem gerando inclusão social e renda para

catadores e economia de água, energia e matérias-primas para a sociedade, transporte,

transferência, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, além da manutenção da

limpeza dos logradouros públicos.

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A gestão integrada dos resíduos sólidos é um dos elementos do saneamento básico,

onde os objetivos gerais da gestão de resíduos deve ser a obtenção da máxima redução na

geração, no aumento das ações de reutilização e reciclagem e o tratamento adequado para

disposição final. Estas metas estão inseridas dentro do contexto de abrangência e

universalização, desde as definições iniciais da lei de saneamento (Lei nº 11.445/2007),

refinadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010).

Com a implantação do presente plano o principal objetivo será a proteção da saúde

pública e da qualidade ambiental, que surgirão como conseqüência dos novos hábitos

inseridos na comunidade através de políticas públicas, bem como através do gerenciamento

dos resíduos sólidos a partir de então, que passarão a ser reaproveitados e reciclados, ao passo

que apenas os rejeitos deverão ter disposição final ambientalmente adequado.

É importante salientar que foi introduzida na legislação mencionada a

"responsabilidade compartilhada", abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e

comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de

manejo de resíduos sólidos, de tal forma que competirá à toda sociedade como um todo agir e

fiscalizar de conformidade com o presente plano. Sendo lançada a proposta que estabelece

que as pessoas terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive

fazendo a separação para coleta seletiva. Além do que o poder público, o setor empresarial e a

coletividade serão responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a

observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e demais determinações

estabelecidas na Lei 12.305/2010 e em seu regulamento.

A proposta prevê que a União poderá conceder recursos próprios, ou por ela

controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao

manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de

entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.

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O planejamento aparece como peça fundamental para implantação de medidas

necessárias à sustentabilidade sócio-ambiental em nosso município, e a Política Municipal de

Resíduos Sólidos é componente indispensável nesse arcabouço.

Assim, considerando este cenário, surge a necessidade de se iniciar o processo de

elaboração do projeto de uma política municipal de resíduos sólidos, a partir da qual poderão

ser definidas diretrizes e normas visando à prevenção da poluição para proteção e recuperação

da qualidade do meio ambiente e da saúde pública, através da gestão democrática e

sustentável dos resíduos sólidos no Município, trazendo em seu planejamento a coleta

seletiva, os sistemas de logística reversa, o incentivo à criação e ao desenvolvimento de

cooperativas e outras formas de associação dos catadores de materiais recicláveis, e o Sistema

Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR).

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1.0 - INTRODUÇÃO

O reconhecimento da importância de diversos fatores sociais como co-responsáveis na

gestão de resíduos sólidos, a valorização da reciclagem e a promoção de ações educativas para

mudanças de valores e hábitos da sociedade são alguns dos elementos centrais para uma

gestão integrada, descentralizada e compartilhada.

Detectamos que se trata de prioridades relativamente novas, uma vez que foram

incorporadas a partir do início da década de 1990 por alguns governos municipais. Inúmeras

razões explicam o desenvolvimento tardio destas novas prioridades sendo alguns deles: o

descaso ou desconhecimento por parte da sociedade sobre os impactos socioambientais

gerados pelos resíduos sólidos; a escassez de recursos públicos para esta atividade e uma

cultura privilegiando uma abordagem técnica e não socioambiental da questão.

As estatísticas mostram que os resíduos sólidos ocuparam por muito tempo uma

posição secundária no debate sobre saneamento quando comparados às iniciativas no campo

da água e esgotamento sanitário, pois já na década de 1970, o Plano Nacional de Saneamento,

denominado PLANASA, enfatizou a ampliação dos serviços de abastecimento de água e de

coleta de esgoto em detrimento de investimentos em resíduos sólidos.

Referida opção registrou como principal benefício levar água para 80% da população

urbana durante a década de 1980. Resultado bem mais modesto foi alcançado com relação ao

esgotamento sanitário: apenas 35% do esgoto passou a ser coletado, destacando-se ainda o

fato de que, desse total, apenas uma parcela bastante reduzida vem sendo tratada antes do

descarte direto em córregos e rios (Philippi Jr, 2001).

Em contrapartida, o fato de ter deixado a questão de resíduos sólidos em segundo plano, os

governos federal, estadual e municipal contribuíram para a proliferação de lixões nas décadas

de 1970 e 1980, paralelo ao intenso processo de urbanização vivido pelo país. Tendo, apenas

em 1985, sido criado o PROSANEAR que privilegiava uma visão integrada do saneamento e

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tendo como objetivo financiar ações conjuntas em relação à água, ao esgoto, à drenagem

urbana e aos resíduos sólidos.

Porém, apesar de toda estrutura legal criada, os recursos destinados aos resíduos

sólidos eram poucos, sendo ainda reduzidos na década de 1990, o que representava um

desafio paras os municípios no que diz respeito aos resíduos sólidos.

A ampliação dos serviços de gerenciamento de resíduos sólidos é uma característica

inerente ao processo de urbanização, estando presente em praticamente todos os países. Entre

1979 e 1990, enquanto a população mundial aumentou em 18%, o lixo produzido no mesmo

período cresceu 25%. No Brasil, 240 mil toneladas de lixo domiciliar são geradas

diariamente, perfazendo uma produção média maior do que 1 kg por habitante/dia.

Para minimizar este problema, uma das alternativas é a implantação de um Plano de

Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, o qual aponta à administração integrada dos

resíduos por meio de um conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de

planejamento.

Contudo, para bem atuar sobre os problemas dos resíduos sólidos é necessário que

seja implantada uma política municipal de resíduos sólidos, que esteja alicerçada num

programa de abordagem sistêmica, que contemplem ações que possibilitem a sua efetiva

implementação no contexto da realidade do Município.

A política municipal para a gestão de resíduos sólidos possibilitará a participação e

intervenção da sociedade no processo de gerenciamento desses resíduos. Para que este

gerenciamento seja realmente participativo e que promova mudanças de questões culturais

como o desperdício, é necessário a mobilização dos diversos setores da sociedade.

Um dos objetivos fundamentais estabelecidos pela Lei 12.305/2010 é a ordem de

prioridade para a gestão dos resíduos, que deixa de ser voluntária e passa a ser obrigatória:

não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição

final ambientalmente adequada dos rejeitos.

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Além de toda parte logística e finalística da Lei 12.305/10, esta ainda prevê que a

prioridade no acesso a recursos da União e aos incentivos ou financiamentos destinados a

empreendimentos e serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos ou à limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos será dada: aos municípios que implantarem a coleta seletiva com a

participação de cooperativas ou associações de catadores formadas por pessoas físicas de

baixa renda.

Desta forma, temos que a Lei nº 12.305/10 deve ser tirada do papel, e por

conseguinte, garantir que ela se torne, efetivamente, uma referência para o enfrentamento de

um dos mais importantes problemas ambientais e sociais do país.

Certo é que para o seu desdobramento natural, é imprescindível que todos os entes da

federação desenvolvam, com participação da sociedade, planos de gestão capazes de

equacionar o enfrentamento da questão dos resíduos sólidos nos seus respectivos territórios,

estabelecendo as estratégias gerenciais, técnicas, financeiras, operacionais, urbanas e

socioambientais para que todos os lixões do país possam ser eliminados até 2014 e melhorar

os indicadores de coleta seletiva, logística reversa, reciclagem e compostagem, estando o

nosso município engajado nessa luta.

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CAPÍTULO I

2.0 - OBJETIVOS E PRINCÍPIOS

De acordo com o a Lei 12.305/2010, são objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos:

I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;

II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos,

bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;

III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e

serviços;

IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma

de minimizar impactos ambientais;

V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;

VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-

primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;

VII - gestão integrada de resíduos sólidos;

VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor

empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de

resíduos sólidos;

IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;

X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos

serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de

mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos

serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e

financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007;

XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:

a) produtos reciclados e recicláveis;

b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de

consumo social e ambientalmente sustentáveis;

XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que

envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

XIII - estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;

XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial

voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos

resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;

XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.

Da mesma forma que prevê os objetivos gerais, a Lei 12.305/2010 determina como

princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:

I - a prevenção e a precaução;

II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;

III - a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis

ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública;

IV - o desenvolvimento sustentável;

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V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços

competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades

humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do

consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de

sustentação estimada do planeta;

VI - a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e

demais segmentos da sociedade;

VII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem

econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;

IX - o respeito às diversidades locais e regionais;

X - o direito da sociedade à informação e ao controle social;

XI - a razoabilidade e a proporcionalidade.

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CAPÍTULO II

3.0 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

3.1 - Localização

O município de Fagundes se localiza a aproximadamente 126 Km da capital do

estado da Paraíba. Localizada na Região Metropolitana de Campina Grande no Planalto da

Borborema na Serra do Bodopitá na Mesorregião do Agreste Paraibano, foi inicialmente

povoada pelos indíos Cariris, tendo sido doada através de sesmarias a Teodosio de Oliveira

Ledo. Fagundes teve outros nomes antes do atual, Brejo de Canas Bravas e Brejo de

Fagundes.

Fagundes no século XIX, foi palco de dois movimento populares da paraíba e do

nordeste foi onde ocorreu o inicio da "Revolta do Quebra-Quilos" e o "Ronco da Abelha".

Hoje, Fagundes está na segunda emancipação política tendo a primeira ocorrido entre 1890 -

1892, por não contar com 10 mil habitantes voltou a condição de distrito de Campina Grande,

e finalmente conseguiu ser cidade novamente através da Lei 2.661 de 22 de dezembro de

1961. A Figura 01 mostra a localização de Fagundes no Estado.

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Figura 01: Localização do município de Fagundes no Estado da Paraíba.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o

município possui uma área territorial 162 Km² e densidade demográfica de 70.13 hab./km².

Seu principal ponto turístico é a Pedra de Santo Antônio, localizada na Serra do Bodopitá. A

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Pedra recebe milhares de turistas e romeiros durante o ano todo, principalmente no mês de

Junho, o nome Pedra de Santo Antônio é dado devido a uma lenda local. O padroeiro da

cidade é São João Batista, também realizamos festa para São Sebastião, por isso somos

chamados a Cidade da Fé.

Os serviços de coleta, transporte e disposição final dos resíduos de origem

doméstica, de serviços de saúde, da construção civil, de podas e de varrição são realizados por

prestadores de serviços contratados pela prefeitura municipal.

O município faz limites com os municípios de Itatuba, Aroeiras, Queimadas,

Campina Grande e Ingá.

O clima é do tipo Tropical Semiárido, com chuvas de verão. O período chuvoso se

inicia em novembro com término em abril. A precipitação média anual é de 431,8mm.

3.2 - Aspectos históricos

Segundo Irineu Joffily a história de Fagundes começa antes da história de Campina

Grande. Esse historiador afirma que quando Teodósio de Oliveira Ledo, aldeou na grande

campina, os padres da Companhia de Jesus já se haviam retirado da Serra do Bodopitá lugar

onde se localiza a cidade de Fagundes. A Companhia de Jesus tentara em vão catequizar os

índios Cariris, primeiros habitantes desde 1642, que ali viviam e se alimentavam da caça e

ensiná-los a prática da agricultura, mas sem muito sucesso.

Com o abandono da aldeia pelos jesuítas, Teodósio requereu ao governo da

Capitania, em 1702, terras devolutas na parte mais fértil da Serra do Bodopitá, onde hoje se

localiza a cidade. Em seu requerimento ao governo da Capitania da Parahyba, Teodósio de

Oliveira Ledo alegava que:

''“tinha descoberto com grande trabalho e despesa de sua fazenda na serra chamada Bodopitá

um brejo de canas bravas e matas que nela há um olho d’água… e nesses brejos e matas que

nela há lhe parecem capazes de produzir roças e outros legumes necessários para a

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conservação com mais cômodo, não só da guerra contra os Tapuias, mas também dos

moradores do dito sertão, que mais facilidade as poderão povoar e assistir nelas; por isso

requeria a mercê de quatro léguas de comprimento e uma de largura no dito brejo e olho

d’água das canas bravas na serra de Bodopitá, tomada de norte a sul” (grifos da autor).

A sesmarias foi concedida a Teodósio de Oliveira Ledo, com seu comprimento

reduzido para três léguas, segundo a Carta Régia de 7 de dezembro de 1698; a redução foi

para evitar o abuso das doações extensas sem aproveitamento pelos sesmeiros.

Conforme pesquisas o nome Fagundes, provém de origem portuguesa, a quem

conteste essa versão, mas o certo é que esse nome começa a aparecer antes de 1740, pois

nesse ano, em requerimento de sesmarias, fez a ele referência o peticionário. Daí por diante

vem sempre com a designação de Brejo de Fagundes, que antes se chamava Brejo de Canas

Bravas e há quem diga também, que este nome foi originado, em virtude da existência de um

chefe de tribos que se chamava facundo, a origem do topônimo escolhido e que é conservado

até hoje. A emancipação política teve no Dr. Geraldo F. Dantas, Salvino Figueredo e o

professor José Cruz Herculano, como principais colaboradores para o acontecimento.

O projeto de lei, foi apresentado pelo deputado Vital do Rêgo. A autonomia foi

concedida através da Lei nº 2.661, de 22 de dezembro de 1961, quando é definitivamente, até

os dias atuais emancipada politicamente, pelo o então governador Dr. Pedro Godim,

ocorrendo sua instalação oficial em 31 do mesmo mês e ano, desmembrando assim de

Campina Grande.

Na segunda metade do século XIX, Fagundes esteve em evidência na vida da Paraíba

e no Brasil, sendo foco de dois movimentos populares considerados subversivos, ambos em

revolta a medidas decretadas pelo Governo Imperial do Brasil: “Ronco da Abelha” (1852) e

“Quebra – Quilos” (1874). E nos anos 80, do século XX, houve outro levante popular que

ficou conhecido como Revolta do “Quebra-Canos”.

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Ronco da Abelha (1852)

A partir da segunda metade do século XIX, as zonas de cultura algodoeira, no brejo e

agreste, passaram por grandes transformações.

''“Em primeiro lugar, inserido no mercado internacional capitalista, o algodão passou a ser

cultivado através da grande propriedade que, no sertão, admitia escravos. Isso significava

prejuízos para parceiros, meeiros, moradores, pequenos sitiantes, arrendatários e foreiros que

começaram a perder o acesso a terra, monopolizada pelos latifundiários.”

Acompanhando essas mudanças nas relações de medição no brejo e agreste, vinham

medidas centralizadoras promovidas pelo Império Brasileiro. Foram editados alguns decretos,

que colocaram, de inicio, a população pobre constituída por trabalhadores rurais, que

desempenhavam atividades de parceiro, ou meeiros. Num censo geral que tinha como

objetivo estabelecer o registro civil dessa população. Esses decretos provocaram nas massas

populares uma sensação que os levavam para a escravidão do homem de cor, daí chamá-lo

“lei do cativeiro”, que se tornou numa resistência popular aos decretos.

Na Província da Parahyba, a resistência “assumiu a forma de tumultos em que

roceiros armados de pedras, bacamartes e clavinotes, invadiram vilas e cidades como Ingá,

Campina Grande, Alagoa Nova, Guarabira, Areia e Fagundes, dirigindo-se,

preferencialmente, aos cartórios (…)Estava iniciado o movimento popular denominado

“Ronco da Abelha” que ocorreu em 1852, no governo de Sá e Albuquerque. Os revoltosos

reivindicavam o fim do decreto Imperial que retirava da Igreja o direito de emitir registros e

óbitos, passando então a cargo dos Cartórios que eram órgãos do Governo Imperial. Para

complicar mais as coisas, os sacerdotes da Igreja Católica, nada satisfeita com a perda de

parte de sua autoridade, começaram a pregar contra os registros civis, que por eles eram

chamados “papel de satanás”, provocando, ainda mais, a revolta da população.

Quebra - Quilos (1874)

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O “Quebra-Quilos” foi um movimento de maiores proporções que o “Ronco da

Abelha”, chegando a necessitar da interferência do Governo Imperial; o “Quebra-Quilos” que,

partindo dos brejos e chapadas da Borborema, se alastrou pelos estados do Rio Grande do

Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, no período compreendido entre outubro e dezembro

de 1874.

O que desencadeou esse movimento foi à adesão pelo Governo Imperial ao Sistema

Métrico em 1862. Acontece que, em todo o país, permanecia em uso os sistemas tradicionais

de medidas, tais como léguas, cuia, quarta, onça. Em 1874 a tentativa de adotar os padrões do

sistema métrico provocara uma revolta popular violenta na Paraíba. Essa revolta ficou

conhecida como “Quebra-Quilos”. Para as autoridades da época, o movimento teria sido

insuflado pelo clero, em briga com o governo. Vejamos.

Em 1872, o Decreto Imperial de 18 de setembro estabeleceu como padrão de medidas

o sistema métrico decimal francês. Dois anos mais tarde, em novembro de 1874, a execução

local do que impunha esse decreto foi o estopim que deflagrou a insurreição dos “Quebra-

Quilos”. A revolta, liderada por João Vieira, conhecido como “João Carga d’Água”, irrompeu

na serra de Bodopitá. Descendo a serra, os insurretos invadiram a Vila de Fagundes num dia

de feira, quebraram as “medidas” (caixas de madeira de um e cinco litros de capacidade),

fornecidas pelo poder público municipal e usadas pelos feirantes, e atiraram os pesos dentro

do Açude Velho.

''“Carga de rapadura atirada por feirantes contra cobrador de impostos, na feira de Fagundes,

foi a centelha a partir da qual a rebelião espalhou-se por várias localidades como Pocinhos,

Ingá (Paraíba), Ingá, Cabaceiras, Campina Grande, Areia, Arara, Alagoa Nova, Alagoa

Grande, Bananeiras, Araruna, Guarabira, Pilar, Salgado e Mamanguape.”

A revolta ganhou tal dimensão que se estendeu não apenas para outros municípios do

Brejo e do Cariri, mas transpôs a província, estendendo-se para Pernambuco e até Alagoas.

Ademais, a insurreição ganha novos matizes quando aos revoltosos juntaram-se vários

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indivíduos armados, liderados por Manoel de Barros Souza, conhecido como Neco de Barros,

e Alexandre de Viveiros. Juntos, invadiram e dominaram a cadeia, libertando os presidiários,

entre os quais o próprio pai do primeiro, e incendiaram cartórios e o arquivo municipal. Era

propósito de Alexandre de Viveiros anular os autos de processo de homicídio que pesava

sobre ele.

O governo imperialista brasileiro reagiu com grande brutalidade contra os revoltosos,

chegou a deslocar canhões para a tropa de linha chefiada pelo capitão Longuinho, saqueando

engenhos e fazendas, prendeu e espancou à vontade. O capitão Longuinho tinha uma

particularidade, ele utilizava contra os suspeitos do movimento um instrumento de tortura

denominado colete de couro, que era molhado e costurado no tórax do pobre indivíduo, que

quando estava seco, apertava e matava a vítima por asfixia ou expectoração sanguínea.

A revolta dos “Quebra-Quilos” durou ainda uns poucos meses, quando foi sufocada

pelas forças policiais. O líder João Carga d’Água foragiu-se, mas Alexandre Viveiros foi

preso. Em represália, as forças da milícia imperial desferiram sobre a população, no início de

1875, a mais brutal repressão de que se tem notícia.

Quebra - Canos (1983)

Em meados do século XX, os distritos de Fagundes e Galante (Campina Grande)

passaram por problemas em comum: não tinham abastecimento e sofria com a seca. Foi então

que o prefeito campinense Plínio Lemos resolveu construir uma barragem que a princípio

seria para abastecer o distrito de Galante. O local escolhido foi a Serra do Bodopitá, no

distrito de Fagundes. A escolha da Serra como lugar para essa construção se deveu, ao

entendimento de que sua localização geográfica facilitaria a drenagem de água para o distrito

de Galante. A barragem foi então construída, mas, o distrito de Galante não foi saneado,

porque a população de Fagundes não aceitava, ver Galante saneada e Fagundes não.

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Para complicar as coisas, no ano de 1961, sob o decreto de Lei nº 2.661, de 22 de

dezembro desse mesmo ano, foi criado o município de Fagundes. Com essa nova divisão

territorial, o novo município ganhou a barragem recém construída ficando Galante, sem a

barragem para seu abastecimento. Acontece que, a barragem não tinha utilização para nenhum

dos municípios. Foi apenas na gestão do sexto prefeito de Fagundes José Ferreira Dantas

Irmão (Zuca Ferreira), que governou o município de 1976 a 1982 que, a barragem passou a ter

utilidade, e finalmente serviu para o abastecimento desse município, ficando Galante sem o

seu abastecimento.

Oficialmente, o abastecimento d’água de Fagundes foi inaugurado no dia 4 de

novembro de 1978, com uma grande festa em praça pública que contou com a presença de

políticos ilustres da Paraíba, tais como o deputado estadual Antonio Gomes; o diretor da

CAGEPA de Campina Grande, engenheiro Cristóvão Vicktor; o empresário Raimundo Lira; o

ex-governador, Professor Ivan Bichara Sobreira e o governador eleito, Tarcisio de Miranda

Burity. As obras tinham recebido um investimento da ordem de dois milhões de cruzeiro. A

festa contou com a presença de cerca de cinco mil pessoas, que assistiram ao “show” do

Conjunto de Chicó e do cantor João Gonçalves.

''“Depois de inaugurado oficialmente o sistema de abastecimento d’água de Fagundes, em ato

público presidido pelo prefeito Zuca Ferreira, a praça da Rua principal da cidade foi palco de

uma festa popular nunca antes vista naquele município, tendo em vista a espontaneidade com

que os populares procuraram usufruir pela primeira vez da torneira instalada naquele

logradouro. Enquanto a água jorrava, as crianças banhavam-se os adultos aplaudiam a

iniciativa da administração municipal que redundou naquela realidade”. Diário da Borborema,

caderno especial – 7 de novembro de 1978.''

No ano de 1982, a campanha para prefeito de Campina Grande esquentava;

principalmente no distrito de Galante, pois já fazia trinta anos da construção da barragem que

inicialmente, fora construída para o abastecimento de água desse distrito. Mas, que, por conta

da emancipação administrativa de Fagundes, que passara a município, Galante havia perdido

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a sua barragem. Não podendo mais contar com a barragem, pois ela pertencia a Fagundes a

população pressionava os políticos por uma solução ao problema do abastecimento. Os dois

principais candidatos a prefeito então eram Ronaldo Cunha Lima (tinha como trunfo sua

esposa natural de Galante) e Vital do Rego, (que não tinha muita alternativa para angariar

votos do distrito), conseguiu ao governo do Estado verba, para abastecer Galante antes das

eleições serem realizadas. Com o abastecimento d’água direto da barragem de Fagundes,

antes mesmo das eleições, e conseguiu do governo do Estado os canos para fazer o

abastecimento. Até ai, nenhum problema. Fagundes e Galante estavam recebendo água da

barragem. A situação começou a complicar quando o fator geográfico beneficiou Galante. Por

estar localizado na parte baixa da Serra do Bodopitá, o distrito recebia o fluxo de água

normalmente, enquanto Fagundes tinha problemas, pois está localizada acima do nível da

barragem, acarretando chegada d’água, às torneiras sem pressão ou, mesmo em algumas ruas,

a sua falta.

Essa situação começou a provocar animosidade nos fagundenses e até mesmo um

sentimento de revolta, que chegou às vias de fato quando, em 1983, a CAGEPA tentou

colocar canos grossos para o abastecimento de Galante e a população de Fagundes quebrou os

canos.

A partir desse ocorrido iniciaram-se as ameaças entre as partes, chegando a ocorrer,

apedrejamento de carros, tiroteio, e uma vitima, o galantense Bartolomeu Gomes, que foi

alvejado, mas felizmente não chegou a falecer.

No final dos conflitos pelo acesso aos benefícios da atualização da barragem,

Fagundes acabou vencendo. Mas, olhando por outro ângulo, Fagundes e Galante perderam.

Galante, pelo fato ter perdido o abastecimento d’água da barragem; e, Fagundes porque a

barragem secou, com a estiagem, e a cidade ficou, também, sem o abastecimento de água,

voltando a encher novamente na década de 1990, servindo apenas para irrigar as plantações de

verduras as suas margens.

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Figura 2: Barragem de Fagundes, 2008 - Motivo da Revolta de Quebra-Canos Fonte: Waltembergue Honório Moizinho

3.3 - Aspectos demográficos

Conforme o censo de 2010, a população do município de Fagundes era de 11.405

pessoas, sendo destas, 5607 homens e 5798 mulheres.

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3.4 – Relevo

O município de Fagundes, está inserido na unidade geoambiental da Depressão

Sertaneja, que representa a paisagem típica do semiárido nordestino, caracterizada por uma

superfície de pediplanação bastante monótona, seu relevo é predominantemente suave-

ondulado, cortada por vales estreitos, com vertentes dissecadas. A vegetação é basicamente

composta por Caatinga Hiperxerófila com trechos de Floresta Caducifólia e pequenas áreas

transicionais de Mata Atlântica e o clima é do tipo Tropical Semiárido, com chuvas de verão e

precipitação média anual de 431,8mm (CPRM, 2005; IBGE, 2010). Com respeitos aos solos,

nos Patamares Compridos e Baixas Vertentes do relevo suave ondulado ocorrem os

Planossolos, mal drenados, fertilidade natural média e problemas de sais; Topos e Altas

Vertentes do relevo ondulado ocorrem os Podzólicos, drenados e fertilidade natural média e

as Elevações Residuais com os solos Litólicos, rasos, pedregosos e fertilidade natural média.

3.5 - Hidrografia

O município de Fagundes encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do

Rio Paraíba, Seus principais tributários são: o Rio Paraibinha e o riacho Quati. O principal

corpo de acumulação é o Açude do Gavião.

3.6 - Recursos Naturais

A vegetação é basicamente composta por Caatinga comuns ao agreste. Ao contrário

do que muitos pensam, a caatinga é coberta por solos relativamente férteis. Embora não tenha

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potencial madeireiro, exceto pela extração secular de lenha, a região é também rica em

recursos genéticos, dada a sua alta biodiversidade.

São duas estações na região da caatinga: uma quente e seca no inverno e outra quente

e com chuva no verão. Durante o período de estiagem, a vegetação tem um aspecto seco, as

árvores perdem as folhas para diminuir a transpiração e evitar a perda de água. O solo rígido e

pedregoso exibe as raízes, pois, permanecendo no solo, elas absorvem mais rapidamente a

água das chuvas. Quando caem as chuvas, a paisagem se transforma. As árvores cobrem-se

rapidamente de folhas e o solo fica forrado de plantas e a fauna volta a engordar.

A caatinga carece de planejamento estratégico permanente e dinâmico com o qual se

pretende evitar a perda da biodiversidade do seu bioma.

3.6.1 - Flora

A flora se constitui de espécies xerófitas (formação seca e espinhosa resistente ao

fogo e praticamente sem folhas) e caducifólias (que perdem as folhas em determinada época

do ano) totalmente adaptadas ao clima seco com predominância de cactáceas e bromeliáceas.

O extrato arbóreo apresenta espécies de até 12 metros de altura, o arbustivo, de até 5 metros e

o extrato herbáceo apresenta vegetação de até 2 metros de altura. As principais representantes

do reino vegetal são: a aroeira, o mandacaru, o juazeiro, a amburana, entre outras.

3.6.2 – Fauna

A fauna apresenta cerca de 47 espécies de lagartos, sendo 7 de anfibenídeos:

espécies de lagartos sem pés. 45 espécies de serpentes, 4 de quelônios (família das tartarugas)

e 44 espécies de anuros (sapos e rãs).

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Os representantes da fauna do município de Fagundes que mais se destacam são:

a) Mamíferos – tatu-peba, tacaca, raposa, preá, mocó, gato-do-mato, guaxinins, entre outros;

b) Répteis – cobras de várias espécies, teju açu, camaleão, lagartixa, calango, entre outro;

c) Aves – rolinha, arribação, galo de campina, seriema, nambu, azulão, papa-capim, sabiá,

gavião, juruti, entre outras;

d) Aves d’água – marreco, pato do mato, paturi, mergulhão, galinha d’água, jaçanã, etc.

3.7 - Economia municipal

3.7.1 - Agricultura

Por ter um solo muito fértil, várias culturas são trabalhadas no município,

proporcionando uma razoável geração de rendas e de empregos na agricultura em anos bons

de chuva.

3.7.2 - Turismo

A Pedra de Santo Antônio: Referencial turístico para Fagundes e Região

A Serra do Bodopitá, na qual Fagundes encontra-se inserida, é uma cadeia de montanhas

que abriga belas paisagens, incluindo trilhas ecológicas e monumentos naturais, dentre eles, a

Pedra de Santo Antônio, situada no Planalto da Borborema, num dos prolongamentos da Serra.

Com aproximadamente 15 metros de altura, a Pedra de Santo Antônio está sobreposta em um

extensivo lajedo cercado por plantas silvestres, sendo a região beneficiada pelo trabalho da

natureza. Constitui-se numa atração turística incomparável. Do seu ponto mais alto, deslumbra-se

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um panorama sem igual em meio a uma densa e diversificada vegetação, inclusive plantas

endêmicas (HERCULANO, 2003).

O local foi transformado em ponto turístico de romarias, principalmente, durante o

período que antecede a data em que se comemora o dia de Santo Antônio: 12 de junho. Além das

belezas naturais, a região serrana do Bodopitá transformou-se num dos pontos turísticos mais

atrativos do interior da Paraíba desde o século XIX, quando foi encontrada no local uma imagem

de Santo Antônio por imigrantes oriundos do Estado de Pernambuco. Uma capela construída no

local em 1904 passou a receber desde então turistas e romeiros movidos pela fé religiosa. A

atratividade do local fez com que Fagundes se tornasse reconhecido em todo o Nordeste, sendo

foco de visitações anuais, já que a Serra, onde está localizada a Pedra de Santo Antônio, abriga

além da atratividade religiosa, monumentos naturais e várias fontes de água doce, tornando-se

assim, numa agradável atração para quem procura usufruir das belezas naturais da região. A

utilização deste espaço em suas abrangentes possibilidades faz da atividade turística em Fagundes

uma importante e viável alternativa para o desenvolvimento local.

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Figura 3:Pedra de Santo Antônio - Serra do Bodopitá, Fagundes, 2008.

Fonte: Waltembergue Honório Moizinho

A Pedra de Santo Antônio é o principal Ponto Turístico de Fagundes, localizada a

03 km do Centro da Cidade, a Pedra recebe a mais de cem anos milhares de turistas e

religiosos que principalmente no mês de junho vem renovar sua fé, agradecer ou pedir uma

graça a Santo Antônio; no dia do Santo Casamenteiro estima-se que mais de 15 mil pessoas

vindas dos mais diversos lugares do Brasil e do exterior visitam Fagundes, movimentado o

comércio local.

A Pedra é hoje muito mais que um ponto de turismo religioso. A Cidade é hoje uma

das principais cidades turísticas da Paraiba. tendo como seu principal ponto turístico a Pedra

de Santo Antônio e que conta com o Parque Haras Candeias, onde ocorre vaquejadas

constantemente. Trazendo otimismo para a população por terem mais um atrativo na cidade.

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3.7.3 - Lavoura Permanente 2012

O Quadro 01 consolida as informações acerca da lavoura permanente no município

de Fagundes.

TIPOS DE LAVOURA QTD. UNI.

Abacate - Quantidade produzida 18 toneladas

Abacate - Valor da produção 11 mil reais

Abacate - Área destinada à colheita 3 hectares

Abacate - Área colhida 3 hectares

Abacate - Rendimento médio 6.000 quilogramas por hectare

Algodão arbóreo (em caroço) - Quantidade produzida - toneladas

Algodão arbóreo (em caroço) - Valor da produção - mil reais

Algodão arbóreo (em caroço) - Área destinada à colheita - hectares

Algodão arbóreo (em caroço) - Área colhida - hectares

Algodão arbóreo (em caroço) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Azeitona - Quantidade produzida - toneladas

Azeitona - Valor da produção - mil reais

Azeitona - Área destinada à colheita - hectares

Azeitona - Área colhida - hectares

Azeitona - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Banana (cacho) - Quantidade produzida 720 toneladas

Banana (cacho) - Valor da produção 432 mil reais

Banana (cacho) - Área destinada à colheita 80 hectares

Banana (cacho) - Área colhida 80 hectares

Banana (cacho) - Rendimento médio 9.000 quilogramas por hectare

Borracha (látex coagulado) - Quantidade produzida - toneladas

Borracha (látex coagulado) - Valor da produção - mil reais

Borracha (látex coagulado) - Área destinada à colheita - hectares

Borracha (látex coagulado) - Área colhida - hectares

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Borracha (látex coagulado) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Cacau (em amêndoa) - Quantidade produzida - toneladas

Cacau (em amêndoa) - Valor da produção - mil reais

Cacau (em amêndoa) - Área destinada à colheita - hectares

Cacau (em amêndoa) - Área colhida - hectares

Cacau (em amêndoa) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Café (em grão) Total - Quantidade produzida - toneladas

Café (em grão) Total - Valor da produção - mil reais

Café (em grão) Total - Área destinada à colheita - hectares

Café (em grão) Total - Área colhida - hectares

Café (em grão) Total - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Café (em grão) Arábica - Quantidade produzida - toneladas

Café (em grão) Arábica - Valor da produção - mil reais

Café (em grão) Arábica - Área destinada à colheita - hectares

Café (em grão) Arábica - Área colhida - hectares

Café (em grão) Arábica - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Café (em grão) Canephora - Quantidade produzida - toneladas

Café (em grão) Canephora - Valor da produção - mil reais

Café (em grão) Canephora - Área destinada à colheita - hectares

Café (em grão) Canephora - Área colhida - hectares

Café (em grão) Canephora - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Caqui - Quantidade produzida - toneladas

Caqui - Valor da produção - mil reais

Caqui - Área destinada à colheita - hectares

Caqui - Área colhida - hectares

Caqui - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Castanha de caju - Quantidade produzida 13 toneladas

Castanha de caju - Valor da produção 20 mil reais

Castanha de caju - Área destinada à colheita 70 hectares

Castanha de caju - Área colhida 70 hectares

Castanha de caju - Rendimento médio 186 quilogramas por

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hectare

Chá-da-índia (folha verde) - Quantidade produzida - toneladas

Chá-da-índia (folha verde) - Valor da produção - mil reais

Chá-da-índia (folha verde) - Área destinada à colheita - hectares

Chá-da-índia (folha verde) - Área colhida - hectares

Chá-da-índia (folha verde) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Coco-da-baía - Quantidade produzida 75 mil frutos

Coco-da-baía - Valor da produção 37 mil reais

Coco-da-baía - Área destinada à colheita 10 hectares

Coco-da-baía - Área colhida 10 hectares

Coco-da-baía - Rendimento médio 7.500 frutos por hectare

Dendê (cacho de coco) - Quantidade produzida - toneladas

Dendê (cacho de coco) - Valor da produção - mil reais

Dendê (cacho de coco) - Área destinada à colheita - hectares

Dendê (cacho de coco) - Área colhida - hectares

Dendê (cacho de coco) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Erva-mate (folha verde) - Quantidade produzida - toneladas

Erva-mate (folha verde) - Valor da produção - mil reais

Erva-mate (folha verde) - Área destinada à colheita - hectares

Erva-mate (folha verde) - Área colhida - hectares

Erva-mate (folha verde) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Figo - Quantidade produzida - toneladas

Figo - Valor da produção - mil reais

Figo - Área destinada à colheita - hectares

Figo - Área colhida - hectares

Figo - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Goiaba - Quantidade produzida 60 toneladas

Goiaba - Valor da produção 30 mil reais

Goiaba - Área destinada à colheita 10 hectares

Goiaba - Área colhida 10 hectares

Goiaba - Rendimento médio 6.000 quilogramas por hectare

Guaraná (semente) - Quantidade produzida - toneladas

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 43

Guaraná (semente) - Valor da produção - mil reais

Guaraná (semente) - Área destinada à colheita - hectares

Guaraná (semente) - Área colhida - hectares

Guaraná (semente) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Laranja - Quantidade produzida 200 toneladas

Laranja - Valor da produção 120 mil reais

Laranja - Área destinada à colheita 40 hectares

Laranja - Área colhida 40 hectares

Laranja - Rendimento médio 5.000 quilogramas por hectare

Limão - Quantidade produzida - toneladas

Limão - Valor da produção - mil reais

Limão - Área destinada à colheita - hectares

Limão - Área colhida - hectares

Limão - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Maçã - Quantidade produzida - toneladas

Maçã - Valor da produção - mil reais

Maçã - Área destinada à colheita - hectares

Maçã - Área colhida - hectares

Maçã - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Mamão - Quantidade produzida 60 toneladas

Mamão - Valor da produção 42 mil reais

Mamão - Área destinada à colheita 6 hectares

Mamão - Área colhida 6 hectares

Mamão - Rendimento médio 10.000 quilogramas por hectare

Manga - Quantidade produzida 280 toneladas

Manga - Valor da produção 140 mil reais

Manga - Área destinada à colheita 40 hectares

Manga - Área colhida 40 hectares

Manga - Rendimento médio 7.000 quilogramas por hectare

Maracujá - Quantidade produzida - toneladas

Maracujá - Valor da produção - mil reais

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Maracujá - Área destinada à colheita - hectares

Maracujá - Área colhida - hectares

Maracujá - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Marmelo - Quantidade produzida - toneladas

Marmelo - Valor da produção - mil reais

Marmelo - Área destinada à colheita - hectares

Marmelo - Área colhida - hectares

Marmelo - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Noz (fruto seco) - Quantidade produzida - toneladas

Noz (fruto seco) - Valor da produção - mil reais

Noz (fruto seco) - Área destinada à colheita - hectares

Noz (fruto seco) - Área colhida - hectares

Noz (fruto seco) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Palmito - Quantidade produzida - toneladas

Palmito - Valor da produção - mil reais

Palmito - Área destinada à colheita - hectares

Palmito - Área colhida - hectares

Palmito - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Pera - Quantidade produzida - toneladas

Pera - Valor da produção - mil reais

Pera - Área destinada à colheita - hectares

Pera - Área colhida - hectares

Pera - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Pêssego - Quantidade produzida - toneladas

Pêssego - Valor da produção - mil reais

Pêssego - Área destinada à colheita - hectares

Pêssego - Área colhida - hectares

Pêssego - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Pimenta-do-reino - Quantidade produzida - toneladas

Pimenta-do-reino - Valor da produção - mil reais

Pimenta-do-reino - Área destinada à colheita - hectares

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Pimenta-do-reino - Área colhida - hectares

Pimenta-do-reino - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Sisal ou agave (fibra) - Quantidade produzida 36 toneladas

Sisal ou agave (fibra) - Valor da produção 36 mil reais

Sisal ou agave (fibra) - Área destinada à colheita 90 hectares

Sisal ou agave (fibra) - Área colhida 90 hectares

Sisal ou agave (fibra) - Rendimento médio 400 quilogramas por hectare

Tangerina - Quantidade produzida - toneladas

Tangerina - Valor da produção - mil reais

Tangerina - Área destinada à colheita - hectares

Tangerina - Área colhida - hectares

Tangerina - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Tungue (fruto seco) - Quantidade produzida - toneladas

Tungue (fruto seco) - Valor da produção - mil reais

Tungue (fruto seco) - Área destinada à colheita - hectares

Tungue (fruto seco) - Área colhida - hectares

Tungue (fruto seco) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Urucum (semente) - Quantidade produzida - toneladas

Urucum (semente) - Valor da produção - mil reais

Urucum (semente) - Área destinada à colheita - hectares

Urucum (semente) - Área colhida - hectares

Urucum (semente) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Uva - Quantidade produzida - toneladas

Uva - Valor da produção - mil reais

Uva - Área destinada à colheita - hectares

Uva - Área colhida - hectares

Uva - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Quadro 01: Demonstrativo da lavoura permanente no município de Fagundes em 2012.

3.7.4 - Lavoura Temporária 2012

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O Quadro 02 consolida as informações acerca da lavoura temporária no município de

Fagundes.

TIPO DE LAVOURA QTD. UNI.

Abacaxi - Quantidade produzida - mil frutos

Abacaxi - Valor da produção - mil reais

Abacaxi - Área plantada - hectares

Abacaxi - Área colhida - hectares

Abacaxi - Rendimento médio - frutos por hectare

Algodão herbáceo (em caroço) - Quantidade produzida - toneladas

Algodão herbáceo (em caroço) - Valor da produção - mil reais

Algodão herbáceo (em caroço) - Área plantada - hectares

Algodão herbáceo (em caroço) - Área colhida - hectares

Algodão herbáceo (em caroço) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Alho - Quantidade produzida - toneladas

Alho - Valor da produção - mil reais

Alho - Área plantada - hectares

Alho - Área colhida - hectares

Alho - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Amendoim (em casca) - Quantidade produzida - toneladas

Amendoim (em casca) - Valor da produção - mil reais

Amendoim (em casca) - Área plantada - hectares

Amendoim (em casca) - Área colhida - hectares

Amendoim (em casca) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Arroz (em casca) - Quantidade produzida - toneladas

Arroz (em casca) - Valor da produção - mil reais

Arroz (em casca) - Área plantada - hectares

Arroz (em casca) - Área colhida - hectares

Arroz (em casca) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Aveia (em grão) - Quantidade produzida - toneladas

Aveia (em grão) - Valor da produção - mil reais

Aveia (em grão) - Área plantada - hectares

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Aveia (em grão) - Área colhida - hectares

Aveia (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Batata - doce - Quantidade produzida 50 toneladas

Batata - doce - Valor da produção 40 mil reais

Batata - doce - Área plantada 25 hectares

Batata - doce - Área colhida 25 hectares

Batata - doce - Rendimento médio 2.000 quilogramas por hectare

Batata - inglesa - Quantidade produzida - toneladas

Batata - inglesa - Valor da produção - mil reais

Batata - inglesa - Área plantada - hectares

Batata - inglesa - Área colhida - hectares

Batata - inglesa - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Cana-de-açúcar - Quantidade produzida - toneladas

Cana-de-açúcar - Valor da produção - mil reais

Cana-de-açúcar - Área plantada - hectares

Cana-de-açúcar - Área colhida - hectares

Cana-de-açúcar - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Cebola - Quantidade produzida - toneladas

Cebola - Valor da produção - mil reais

Cebola - Área plantada - hectares

Cebola - Área colhida - hectares

Cebola - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Centeio (em grão) - Quantidade produzida - toneladas

Centeio (em grão) - Valor da produção - mil reais

Centeio (em grão) - Área plantada - hectares

Centeio (em grão) - Área colhida - hectares

Centeio (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Cevada (em grão) - Quantidade produzida - toneladas

Cevada (em grão) - Valor da produção - mil reais

Cevada (em grão) - Área plantada - hectares

Cevada (em grão) - Área colhida - hectares

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Cevada (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Ervilha (em grão) - Quantidade produzida - toneladas

Ervilha (em grão) - Valor da produção - mil reais

Ervilha (em grão) - Área plantada - hectares

Ervilha (em grão) - Área colhida - hectares

Ervilha (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Fava (em grão) - Quantidade produzida 1 toneladas

Fava (em grão) - Valor da produção 4 mil reais

Fava (em grão) - Área plantada 750 hectares

Fava (em grão) - Área colhida 10 hectares

Fava (em grão) - Rendimento médio 100 quilogramas por hectare

Feijão (em grão) - Quantidade produzida 40 toneladas

Feijão (em grão) - Valor da produção 102 mil reais

Feijão (em grão) - Área plantada 800 hectares

Feijão (em grão) - Área colhida 800 hectares

Feijão (em grão) - Rendimento médio 50 quilogramas por hectare

Fumo (em folha) - Quantidade produzida - toneladas

Fumo (em folha) - Valor da produção - mil reais

Fumo (em folha) - Área plantada - hectares

Fumo (em folha) - Área colhida - hectares

Fumo (em folha) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Girassol (em grão) - Quantidade produzida - toneladas

Girassol (em grão) - Valor da produção - mil reais

Girassol (em grão) - Área plantada - hectares

Girassol (em grão) - Área colhida - hectares

Girassol (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Juta (fibra) - Quantidade produzida - toneladas

Juta (fibra) - Valor da produção - mil reais

Juta (fibra) - Área plantada - hectares

Juta (fibra) - Área colhida - hectares

Juta (fibra) - Rendimento médio - quilogramas por

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hectare

Linho (semente) - Quantidade produzida - toneladas

Linho (semente) - Valor da produção - mil reais

Linho (semente) - Área plantada - hectares

Linho (semente) - Área colhida - hectares

Linho (semente) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Malva (fibra) - Quantidade produzida - toneladas

Malva (fibra) - Valor da produção - mil reais

Malva (fibra) - Área plantada - hectares

Malva (fibra) - Área colhida - hectares

Malva (fibra) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Mamona (baga) - Quantidade produzida - toneladas

Mamona (baga) - Valor da produção - mil reais

Mamona (baga) - Área plantada - hectares

Mamona (baga) - Área colhida - hectares

Mamona (baga) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Mandioca - Quantidade produzida 750 toneladas

Mandioca - Valor da produção 285 mil reais

Mandioca - Área plantada 150 hectares

Mandioca - Área colhida 150 hectares

Mandioca - Rendimento médio 5.000 quilogramas por hectare

Melancia - Quantidade produzida - toneladas

Melancia - Valor da produção - mil reais

Melancia - Área plantada - hectares

Melancia - Área colhida - hectares

Melancia - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Melão - Quantidade produzida - toneladas

Melão - Valor da produção - mil reais

Melão - Área plantada - hectares

Melão - Área colhida - hectares

Melão - Rendimento médio - quilogramas por hectare

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Milho (em grão) - Quantidade produzida 16 toneladas

Milho (em grão) - Valor da produção 11 mil reais

Milho (em grão) - Área plantada 750 hectares

Milho (em grão) - Área colhida 325 hectares

Milho (em grão) - Rendimento médio 49 quilogramas por hectare

Rami (fibra) - Quantidade produzida - toneladas

Rami (fibra) - Valor da produção - mil reais

Rami (fibra) - Área plantada - hectares

Rami (fibra) - Área colhida - hectares

Rami (fibra) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Soja (em grão) - Quantidade produzida - toneladas

Soja (em grão) - Valor da produção - mil reais

Soja (em grão) - Área plantada - hectares

Soja (em grão) - Área colhida - hectares

Soja (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Sorgo (em grão) - Quantidade produzida - toneladas

Sorgo (em grão) - Valor da produção - mil reais

Sorgo (em grão) - Área plantada - hectares

Sorgo (em grão) - Área colhida - hectares

Sorgo (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Tomate - Quantidade produzida - toneladas

Tomate - Valor da produção - mil reais

Tomate - Área plantada - hectares

Tomate - Área colhida - hectares

Tomate - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Trigo (em grão) - Quantidade produzida - toneladas

Trigo (em grão) - Valor da produção - mil reais

Trigo (em grão) - Área plantada - hectares

Trigo (em grão) - Área colhida - hectares

Trigo (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Triticale (em grão) - Quantidade produzida - toneladas

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 51

Triticale (em grão) - Valor da produção - mil reais

Triticale (em grão) - Área plantada - hectares

Triticale (em grão) - Área colhida - hectares

Triticale (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare

Quadro 02: Demonstrativo da lavoura temporária no município de Fagundes em 2012.

3.7.5 – Pecuária ano 2012

Pelo fato de o município está localizado na mesorregião do agreste paraibano o seu

clima é, preferencialmente, aceito por animais de boa resistência aos efeitos de sua aridez.

A seguir demonstrativo da pecuária local, segundo dados do IBGE no ano de 2012,

Quadro 03.

TIPOS DE REBANHO QTD. UNI.

Bovinos - efetivo dos rebanhos 5.400 cabeças

Equinos - efetivo dos rebanhos 320 cabeças

Bubalinos - efetivo dos rebanhos - cabeças

Asininos - efetivo dos rebanhos 600 cabeças

Muares - efetivo dos rebanhos 170 cabeças

Suínos - efetivo dos rebanhos 900 cabeças

Caprinos - efetivo dos rebanhos 800 cabeças

Ovinos - efetivo dos rebanhos 850 cabeças

Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos rebanhos 20.000 cabeças

Galinhas - efetivo dos rebanhos 14.000 cabeças

Codornas - efetivo dos rebanhos - cabeças

Coelhos - efetivo dos rebanhos - cabeças

Vacas ordenhadas - quantidade 1.300 cabeças

Ovinos tosquiados - quantidade - cabeças

Leite de vaca - produção - quantidade 1.500 Mil litros

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Leite de vaca - valor da produção 1.425 Mil Reais

Ovos de galinha - produção - quantidade 100 Mil dúzias

Ovos de galinha - valor da produção 360 Mil Reais

Ovos de codorna - produção - quantidade - Mil dúzias

Ovos de codorna - valor da produção - Mil Reais

Mel de abelha - produção - quantidade - Kg

Mel de abelha - valor da produção - Mil Reais

Casulos do bicho-da-seda - produção - quantidade - Kg

Casulos do bicho-da-seda - valor da produção - Mil Reais

Lã - produção - quantidade - Kg

Lã - valor da produção - Mil Reais Quadro 03: Demonstrativo da pecuária no município de Fagundes em 2012.

3.7.6 - Extrativismo Vegetal e Silvicultura

Extração Vegetal e Silvicultura 2011 Qtd. Uni.

Produtos Alimentícios - açaí - fruto - quantidade produzida - tonelada

Produtos Alimentícios - açaí - fruto - valor da produção - mil reais

Produtos Alimentícios - castanha de cajú - quantidade produzida - tonelada

Produtos Alimentícios - castanha de cajú - valor da produção - mil reais

Produtos Alimentícios - castanha-do-pará - quantidade produzida - tonelada

Produtos Alimentícios - castanha-do-pará - valor da produção - mil reais

Produtos Alimentícios - erva-mate cancheada - quantidade produzida - tonelada

Produtos Alimentícios - erva-mate cancheada - valor da produção - mil reais

Produtos Alimentícios - mangaba - fruto - quantidade produzida - tonelada

Produtos Alimentícios - mangaba - fruto - valor da produção - mil reais

Produtos Alimentícios - palmito - quantidade produzida - tonelada

Produtos Alimentícios - palmito - valor da produção - mil reais

Produtos Alimentícios - pinhão - quantidade produzida - tonelada

Produtos Alimentícios - pinhão - valor da produção - mil reais

Produtos Alimentícios - umbu - fruto - quantidade produzida - tonelada

Produtos Alimentícios - umbu - fruto - valor da produção - mil reais

Produtos Alimentícios - outros - quantidade produzida - tonelada

Produtos Alimentícios - outros - valor da produção - mil Reais

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Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - ipecacuanha ou poaia - raiz - quantidade produzida

- tonelada

Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - ipecacuanha ou poaia - raiz - valor da produção

- mil reais

Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - jaborandi - folha - quantidade produzida

- tonelada

Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - jaborandi - folha - valor da produção

- mil reais

Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - urucum - semente - quantidade produzida

- tonelada

Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - urucum - semente - valor da produção

- mil reais

Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - outros - quantidade produzida - tonelada

Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - outros - valor da produção - mil reais

Borrachas - caucho - quantidade produzida - tonelada

Borrachas - caucho - valor da produção - mil reais

Borrachas - hévea - látex coagulado - quantidade produzida - tonelada

Borrachas - hévea - látex coagulado - valor da produção - mil reais

Borrachas - hévea - látex líquido - quantidade produzida - tonelada

Borrachas - hévea - látex líquido - valor da produção - mil reais

Ceras - carnauba - cera - quantidade produzida - tonelada

Ceras - carnauba - cera - valor da produção - mil reais

Ceras - carnauba - pó - quantidade produzida - tonelada

Ceras - carnauba - pó - valor da produção - mil reais

Ceras - outras - quantidade produzida - tonelada

Ceras - outras - valor da produção - mil reais

Fibras - buriti - quantidade produzida - tonelada

Fibras - buriti - valor da produção - mil reais

Fibras - carnauba - quantidade produzida - tonelada

Fibras - carnauba - valor da produção - mil reais

Fibras - piaçava - quantidade produzida - tonelada

Fibras - piaçava - valor da produção - mil reais

Fibras - outras fibras - quantidade produzida - tonelada

Fibras - outras fibras - valor da produção - mil reais

Gomas não elásticas - balata - quantidade produzida - tonelada

Gomas não elásticas - balata - valor da produção - mil reais

Gomas não elásticas - maçaranduba - quantidade produzida - tonelada

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 54

Gomas não elásticas - maçaranduba - valor da produção - mil reais

Gomas não elásticas - sorva - quantidade produzida - tonelada

Gomas não elásticas - sorva - valor da produção - mil reais

Madeiras - carvão vegetal - quantidade produzida 13 tonelada

Madeiras - carvão vegetal - valor da produção 10 mil reais

Madeiras - lenha - quantidade produzida 676 metro cúbico

Madeiras - lenha - valor da produção 8 mil reais

Madeiras - madeira em tora - quantidade produzida - metro cúbico

Madeiras - madeira em tora - valor da produção - mil reais

Oleaginosos - babaçu - amêndoa - quantidade produzida - tonelada

Oleaginosos - babaçu - amêndoa - valor da produção - mil reais

Oleaginosos - copaíba - óleo - quantidade produzida - tonelada

Oleaginosos - copaíba - óleo - valor da produção - mil reais

Oleaginosos - cumaru - amêndoa - quantidade produzida - tonelada

Oleaginosos - cumaru - amêndoa - valor da produção - mil reais

Oleaginosos - licuri - coquilho - quantidade produzida - tonelada

Oleaginosos - licuri - coquilho - valor da produção - mil reais

Oleaginosos - oiticica - semente - quantidade produzida - tonelada

Oleaginosos - oiticica - semente - valor da produção - mil reais

Oleaginosos - pequi - amêndoa - quantidade produzida - tonelada

Oleaginosos - pequi - amêndoa - valor da produção - mil reais

Oleaginosos - tucum - amêndoa - quantidade produzida - tonelada

Oleaginosos - tucum - amêndoa - valor da produção - mil reais

Oleaginosos - outros oleaginosos - quantidade produzida - tonelada

Oleaginosos - outros oleaginosos - valor da produção - mil reais

Pinheiro Brasileiro Nativo - nó-de-pinho - quantidade produzida - metro cúbico

Pinheiro Brasileiro Nativo - nó-de-pinho - valor da produção - mil reais

Pinheiro Brasileiro Nativo - árvores abatidas - quantidade produzida - mil árvores

Pinheiro Brasileiro Nativo - árvores abatidas - valor da produção - mil reais

Pinheiro Brasileiro Nativo - madeira em tora - quantidade produzida - metro cúbico

Pinheiro Brasileiro Nativo - madeira em tora - valor da produção - mil reais

Tanantes - angico - casca - quantidade produzida - tonelada

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Tanantes - angico - casca - valor da produção - mil reais

Tanantes - barbatimão - casca - quantidade produzida - tonelada

Tanantes - barbatimão - casca - valor da produção - mil reais

Tanantes - outros tanantes - quantidade produzida - tonelada

Tanantes - outros tanantes - valor da produção - mil reais

Produtos da Silvicultura - carvão vegetal - quantidade produzida - tonelada

Produtos da Silvicultura - carvão vegetal - valor da produção - mil reais

Produtos da Silvicultura - lenha - quantidade produzida - metro cúbico

Produtos da Silvicultura - lenha - valor da produção - mil reais

Produtos da Silvicultura - madeira em tora - quantidade produzida - metro cúbico

Produtos da Silvicultura - madeira em tora - valor da produção - mil reais

Produtos da Silvicultura - madeira em tora para papel e celulose - quantidade produzida

- metro cúbico

Produtos da Silvicultura - madeira em tora para papel e celulose - valor da produção

- mil reais

Produtos da Silvicultura - madeira em tora para outras finalidades - quantidade produzida

- metro cúbico

Produtos da Silvicultura - madeira em tora para outras finalidades - valor da produção

- mil reais

Produtos da Silvicultura - acácia-negra - casca - quantidade produzida - tonelada

Produtos da Silvicultura - acácia-negra - casca - valor da produção - mil reais

Produtos da Silvicultura - eucalipto - folha - quantidade produzida - tonelada

Produtos da Silvicultura - eucalipto - folha - valor da produção - mil reais

Produtos da Silvicultura - resina - quantidade produzida - tonelada

Produtos da Silvicultura - resina - valor da produção - mil reais

Quadro 04: Demonstrativo do Extrativismo Vegetal e da Silvicultura município de Fagundes em 2012.

3.7.7 - Comércio, Serviços e Indústrias.

a) Comércio e Serviços: existem vários estabelecimentos comerciais em Fagundes, na grande

maioria são: supermercados, mercearias, lojas de magazines, ferragens, bares, lanchonetes,

Padarias, Consultórios Odontológicos, Salões de Beleza e outros;

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A feira livre realizada aos sábados no centro da cidade, onde o comércio é

muitíssimo variado, constitui o coração comercial da cidade.

b) Indústrias: como em todas as cidades de pequeno porte, Fagundes sofre com a ausência de

indústrias em seu território.

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CAPÍTULO III

4.0 - FASE ATUAL DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM

FAGUNDES

4.1 - Resíduos Sólidos Domésticos (Frequência, Transporte, equipe de trabalho,

setores da cidade e disposição final)

A coleta de resíduos sólidos domésticos (RSD) é realizada nas segundas, terças,

quartas, quintas e sextas-feiras, na sede do município. Nos dias de coleta de resíduo sólido

doméstico, a logística de transporte executa o serviço seguindo o cronograma abaixo, Quadro

5:

DIAS DA

SEMANA RUAS QUANT. DE RUAS

0

1

SEGUNDA

FEIRA

R João Dia de Araujo – R Cel Gustavo de Farias Leite-

R Jose Barbosa de Melo - Av. Irineu Bezerra – R João

Pessoa – R Eng Edmundo Borba – R Quebra Quilos –R

José Carlos Mousinho - R Domingos Ferreira - Rua

Plínio Lemos – Rua Monsenhor Sales – R Venâncio

Neiva

12

0

2 TERÇA FEIRA

Vila Joaquim Barbosa – Quebra Quilos – Serrote Preto

– R Joquinha Muniz – R Raimundo Taveira – R

Venancio Neiva – Rua Monsenhor Sales – Travessa

Nivaldo Martins

08

0

3 QUARTA FEIRA

Cabatã – R João XXIII – R Bela Vista – Conjunto Dr

Zé - Largo do açude Velho – Av Irineu Bezerra - R

Monsenhor Sales – R Adolfo Ferreira - Travessa Adolfo

Ferreira

09

0

4 QUINTA FEIRA

R Cap Virgulino de Farias Leite – R Raquel de Farias

Leite – Travessa Raquel de Farias Leite - R Castro

09

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Alves – João Dias de Araujo – R Vereador Elias

Fabrício – R Nivaldo Martins- R Plínio Lemos - Rua

Monsenhor Sales

0

5

SEXTA FEIRA

R Cel Gustavo de Farias Leite - R João XXIII – José

Barbosa de Melo – Av Irineu Bezerra – R João Pessoa –

R Eng Edmundo Borba – R Quebra Quilos – R

Vereador Edmilson Aquino Dantas – Rua Monsenhor

Sales – Rua Venâncio Neiva

10

0

6 SÁBADO

Rua Monsenhor Sales 01

Obs:

No sábado é executado a varredura e coleta do lixo da rua do centro da cidade por

ocasião da realização da Feira, ser realizada neste dia.

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Figura 04: Disposição dos bairros do município de Fagundes.

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Na sede do município é utilizado um caminhão da marca Chevrolet, conforme fotos

abaixo, com 04 (quatro empregados), sendo 01 (um) motorista – proprietário do veículo – e

responsável trabalhista dos outros 03 (três) empregados. Deste modo, a prefeitura municipal

de Fagundes contrata apenas o serviço, enquanto que o vínculo empregatício da equipe de

trabalho é com o proprietário do veículo.

Portanto, percebe-se que a área central da cidade, é contemplada todos os dias da

coleta semanal.

Figura 05: Caminhão que faz a coleta do lixo no Município de Fagundes.

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4.2 - Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (Frequência, Transporte, equipe de

trabalho, setores da cidade e disposição final)

Os resíduos de serviços de saúde são gerados por todos os serviços que constam na

Resolução RDC 306/2004 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária e Portaria CVS nº 21,

de 10/09/2008, tais como: hospitais, pronto socorros, unidades de saúde e clínicas

médicas/odontológicas.

O Quadro 05 mostra a quantidade e a localização dos estabelecimentos que prestam

serviços de saúde no município de Fagundes.

Quadro 06: Unidades que oferecem serviços de saúde no município de Fagundes.

Estabelecimento CNES CNPJ Gestão

CENTRO DE SAUDE DE FAGUNDES 2763001 - M

HOSPITAL MARIA DO CARMO AMORIM NAVARRO 2591952 - M

LAB REG DE PROTESE DENTARIA DE FAGUNDES 6831559 - M

POSTO DE SAUDE CATUAMA 2591944 - M

POSTO DE SAUDE DE LARANJEIRA 2591928 - M

POSTO DE SAUDE DO JARDIM 2342693 - M

POSTO DE SAUDE DO MACACOS 2341662 - M

POSTO DE SAUDE DO TRAPICHE 7149832 - M

POSTO DE SAUDE FRANCISCA M DA CONCEICAO 2612593 - M

POSTO DE SAUDE MAE JOANA 2591936 - M

POSTO DE SAUDE NIVALDO MARTINS 2341972 - M

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE DE FAGUNDES 6427324 - M

UNIDADE DE VIGILANCIA SANITARIA DE FAGUNDES 3884147 - M

Fonte: Prefeitura municipal de Fagundes – PB em 2013.

Os resíduos sólidos originados dos serviços de saúde dos estabelecimentos descritos

no Quadro 06 são acondicionados em caixas de papelão específicas para materiais

perfurantes, cortantes e contaminados, sendo levados para o Hospital, os quais estão sendo

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acumulados no referido local até o término da firmação de contrato com uma empresa

especializada no recolhimento de materiais contaminados, o qual já estar em tramitação.

O resíduo não perigoso das referidas unidades de saúde é coletado e transportado

para o lixão pelo caminhão responsável pela coleta do lixo obedecendo o cronograma citado

no tópico acima.

4.3 - Resíduos Sólidos da Construção Civil (Frequência, Transporte, equipe de

trabalho, setores da cidade e disposição final)

Os resíduos sólidos da construção civil gerados em todo o município pelas

construções, demolições e reformas são coletados e transportados pelo mesmo caminhão

responsável pela coleta do lixo. O munícipe não precisa acionar o serviço ou comunicar a

qualquer órgão da prefeitura que necessitará de coleta desse material. Atualmente, a

verificação da existência ou não do resíduo na cidade é feita pela coordenação da coleta de

resíduos sólidos que ao detectar a presença nas ruas desse tipo de despejo aciona um dos

veículos para executar o recolhimento, transporte e disposição final.

4.4 - Resíduos Sólidos da Varrição de Ruas (Frequência, Transporte, equipe de

trabalho, setores da cidade e disposição final)

O processo de varrição de ruas é realizado apenas naquelas que possuem calçamento

e executado por uma equipe composta por 10 (dez) varredores que são funcionários da

prefeitura municipal sendo estes contratados e efetivos. A frequência desse trabalho ocorre

durante todos os dias úteis da semana e no sábado, quando acontece a feira municipal e são

transportados no mesmo dia para o lixão.

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Os funcionários utilizam “carrinhos” para transportarem os resíduos dispostos nas

ruas e nos coletores públicos, depois entregam ao caminhão responsável pela coleta da cidade

e leva para o lixão.

Figura 06: “carrinho” de coleta - transporte utilizado na varrição de ruas.

4.5 - Resíduos Sólidos Originado de Podas ou Desbaste (Frequência, Transporte,

equipe de trabalho, setores da cidade e disposição final)

Os resíduos sólidos provenientes da poda podem ser coletados e transportados

também pelo mesmo caminhão que faz a coleta da cidade. O serviço é disponibilizado para

população de segunda a sexta-feira. O munícipe não precisa acionar o serviço ou comunicar a

qualquer órgão da prefeitura que necessitará de coleta desse material. Atualmente, a

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verificação da existência ou não do resíduo na cidade é feita pela coordenação da coleta de

resíduos sólidos que ao detectar a presença nas ruas desse tipo de despejo aciona um dos

veículos para executar o recolhimento, transporte e disposição final no lixão da cidade.

4.6 - Resíduos Sólidos Originado na Feira Municipal (Frequência, Transporte,

equipe de trabalho, setores da cidade e disposição final)

Os resíduos sólidos provenientes das atividades mercantis da Feira Municipal são

coletados pela mesma equipe da varrição das ruas e transportados pelo caminhão da coleta, e

disposição final no lixão da cidade Figura 08. O serviço é disponibilizado, inclusive com

varrição, aos sábados à tarde, quando termina toda a movimentação da população e dos

comerciantes. Esse material, majoritariamente orgânico, é coletado, transportado e disposto

no lixão da cidade nesse mesmo dia.

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Figura 07: varrição da Feira Municipal.

O Quadro 06 sintetiza a sistemática básica da coleta, transporte e destinação final dos

resíduos sólidos urbanos da cidade de Fagundes.

Quadro 07:Resumo da logística de coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos em Fagundes. 2013.

Tipo de Resíduo Sólido

Setores Dias de coleta Disposição Final

Equipe Tipo de Veículo

Doméstico Sede Seg. a Sext. Lixão 04 Pessoas Caminhão

Serviços de Saúde Sede Seg. a Sext. Hospital X X

Construção Civil Sede Todos os dias úteis Lixão 04 Pessoas Caminhão

Varrição Ruas calçadas Todos os dias úteis Lixão 10 Pessoas Carrinhos e caminhão

Poda Sede Todos os dias úteis Lixão 04 Pessoas Caminhão

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Orgânico (Feira) Sede Sábado Lixão 10 Pessoas Carrinhos e caminhão

De segunda a sexta ocorre coleta na área central da sede.

01 (um) motorista e 03 (três) ajudantes;

10 (dez) diretamente na varrição de ruas;

Deste modo, a equipe total que trabalha em todos os processos de limpeza urbana são

de 14 (quatorze) empregados. Sendo 10 (dez) distribuídos nos trabalhos e 04 (quatro) no

caminhão.

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4.7 - Resíduos Sólidos Originado no Cemitério Municipal (Frequência,

Transporte, equipe de trabalho, setores da cidade e disposição final)

Os resíduos sólidos dos cemitérios são formados pelos materiais particulados de restos

florais resultantes das coroas e ramalhetes conduzidos nos féretros, vasos plásticos ou

cerâmicos de vida útil reduzida, resíduos de construção e reforma de túmulos e da

infraestrutura, resíduos gerados em exumações, resíduos de velas e seus suportes levados no

dia a dia e nas datas emblemáticas das religiões, quando se dá uma concentração maior de

produção de resíduos.

A separação passa a ser não só necessária para a destinação dos diversos materiais,

mas é também uma questão de organização da própria área, para que sua qualidade receptiva

aos visitantes seja ponto de excelência daquele ambiente de homenagens.

Os resíduos sólidos originados no Cemitério Público da cidade Figura 08 são

coletados pelo coveiro e jogados no final do referido local, tendo em vista da grande

dificuldade em sair pela frente, e são queimados ( materiais como resto de caixões, restos de

flores, de panos, restos de velas, entre outros), já os restos de ossos são colocados depois de

um certo período dentro de uma vala.

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Figura 08: Fotos do lixo do cemitério.

4.8 - Resíduos Sólidos Originado no Matadouro Municipal (Frequência,

Transporte, equipe de trabalho, setores da cidade e disposição final)

Os resíduos sólidos originados no Matadouro Público da cidade Figura 09 são

coletados pelo carro à serviço da Prefeitura Municipal, e levados para um terreno e aterrados

deixando o matadouro limpo e em condições higiênicas. O Matadouro se localiza a 3,0 Km do

centro da cidade. No Matadouro se abatem bois, os efluentes líquidos putrescíveis são

depositados em dois reservatórios formados pela depressão do próprio terreno, os quais

também recebem parte dos corpos dos animais mortos.

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Figura 9: Fotos do Matadouro sem nenhum resto de animal.

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4.9 - Resíduos de Logística Reversa

O ciclo dos produtos na cadeia comercial não termina quando, após serem usados

pelos consumidores, são descartados. Há muito se fala em reciclagem e reaproveitamento dos

materiais utilizados. Esta questão se tornou foco no meio empresarial, e vários fatores cada

vez mais as destacam, estimulando a responsabilidade da empresa sobre o fim da vida de seu

produto. Numa visão ecológica, as empresas pensam com seriedade em um cliente

preocupado com seus descartes, sendo estes sempre vistos como uma agressão à natureza.

Desta forma surge uma Logística Verde baseada nos conceitos da logística reversa do Pós-

consumo. Numa visão estratégica, a preocupação fica por conta do aumento da confiança do

cliente, com políticas de Logística Reversa do Pós-venda ou Administração de Devoluções.

Desta forma a empresa se responsabiliza pele troca imediata do produto, logo após a venda.

Outro foco dado à logística reversa é o reaproveitamento e remoção de refugo, feito

logo após o processo produtivo.

A logística Reversa (LR) é o instrumento de desenvolvimento econômico e social

caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a

coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu

ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante

retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público

de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,

distribuidores e comerciantes de: pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e

embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista,

agrotóxicos, seus resíduos e embalagens. Atualmente estes tipos de resíduos são jogados junto

com os outros tipos de lixo e dispostos no lixão da cidade.

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CAPÍTULO IV

5.0 - CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE

FAGUNDES

5.1. Característica da coleta de resíduos sólidos do Municipio de Fagundes

A coleta de resíduos sólidos domésticos (RSD) é realizada de Segunda à Sexta, na

sede do município. Nos dias de coleta de resíduo sólido doméstico, a logística de transporte

executa o serviço em duas etapas, transportando os resíduos no final da manhã e final da tarde

para o lixão da cidade. Observou-se que na Segunda são contempladas as ruas: R João Dia de

Araujo – R Cel Gustavo de Farias Leite- R Jose Barbosa de Melo - Av. Irineu Bezerra – R

João Pessoa – R Eng Edmundo Borba – R Quebra Quilos –R José Carlos Mousinho - R

Domingos Ferreira - Rua Plínio Lemos – Rua Monsenhor Sales – R Venâncio Neiva. Na

terça-feira a coleta ocorre nas ruas: Vila Joaquim Barbosa – Quebra Quilos – Serrote Preto –

R Joquinha Muniz – R Raimundo Taveira – R Venancio Neiva – Rua Monsenhor Sales –

Travessa Nivaldo Martins. Na quarta-feira, a coleta é realiza nas ruas Cabatã – R João XXIII

– R Bela Vista – Conjunto Dr Zé - Largo do açude Velho – Av Irineu Bezerra - R Monsenhor

Sales – R Adolfo Ferreira - Travessa Adolfo Ferreira. Na quinta-feira as ruas R Cap Virgulino

de Farias Leite – R Raquel de Farias Leite – Travessa Raquel de Farias Leite - R Castro

Alves – João Dias de Araujo – R Vereador Elias Fabrício – R Nivaldo Martins- R Plínio

Lemos - Rua Monsenhor Sales e finalmente na sexta as ruas R Cel Gustavo de Farias Leite -

R João XXIII – José Barbosa de Melo – Av Irineu Bezerra – R João Pessoa – R Eng

Edmundo Borba – R Quebra Quilos – R Vereador Edmilson Aquino Dantas – Rua Monsenhor

Sales – Rua Venâncio Neiva. Sendo assim, a determinação da composição gravimétrica dos

resíduos sólidos domésticos foi aferida na quarta-feira (02/10/2013) na parte da manhã, o

mesmo se sucedendo na quinta e sexta-feira (03/10 e 04/10) respectivamente, continuada no

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dia (07/10/2013) e finalizada no dia (08/10/2013). Portanto, foram realizadas cinco medições,

uma em cada dia mencionado.

5.2. Estudo Gravimétrico.

A determinação da composição gravimétrica dos resíduos sólidos domésticos mostra

quais as principais formações dos resíduos avaliados. Isto é, o tipo e a frequência dos

materiais descartados, em média, das residências. A partir desse estudo se determina quais os

percentuais de resíduos orgânicos, recicláveis e não recicláveis de forma amostral, contudo,

extrapolando-se a análise para todo o resíduo doméstico produzido no município. Sendo,

portanto, subsídio das tomadas de decisões quanto ao planejamento futuro dos RSD e,

especificamente, no dimensionamento da unidade de gerenciamento de RSD.

5.2.1. Método

Este estudo foi realizado no lixão municipal localizado a aproximadamente 3 Km do

centro. Utilizou-se uma amostra de 1.000 L retirada do caminhão, com auxílio de tambores de

200 L, Figura 08.

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Figura 10: Tambor de 200 L utilizado para a seleção amostral da composição

Gravimétrica dos RSD do município de Fagundes – PB em 02 e 08/10/2013.

Após a escolha da amostra de 1.000 L retirada do caminhão recém chegado ao lixão,

em uma lona, procedeu-se a retirada dos resíduos contidos dentro dos sacos plásticos e

homogeneização, Figura 10:

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Figura 11: Rompimento dos sacos para homogeneização da amostra.

Fagundes-PB em 02 e 08/10/2013.

Para iniciar o procedimento de pesagem era necessário que ocorresse o quarteamento

(NBR 10.007) da amostra de 1.000L, que já misturada era dividida em quatro partes e

descartadas duas delas, ficando aquelas com aparência mais representativa. A partir desse

ponto houve a separação de cada tipo de resíduo e sua respectiva pesagem.

5.2.2 - Resultados

A Tabela 01 mostra o resultado da composição gravimétrica dos RSD coletados na

manhã da quarta-feira (02/10/2013).

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Tabela 01: Estudo da Composição Gravimétrica da parte da cidade de Fagundes – PB coletada pela manhã em

02/10/2013.

Gravimetria 02/10/2013 (quarta-feira): Bairros Cubatã, Bela Vista e Largo do açude velho

Material

Peso 1 Peso 2 Total Fração Gravimetria Tipologia

(Kg) (Kg) (Kg) (%) (%)

Plástico Mole 2,60 1,00 3,60 7,80

24,49 Recicláveis

Plástico Duro 2,40 1,90 4,30 9,32

Papelão 1,70 0,00 1,70 3,68

Papel 0,00 0,00 0,00 0,00

Metal 0,70 0,00 0,70 1,52

Vidro 1,00 0,00 1,00 2,17

Borracha 0,00 0,00 0,00 0,00

Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 15,71

Matéria Orgânica Matéria Orgânica 3,00 4,25 7,25 15,71

Roupas e tecidos velhos 3,20 0,00 3,20 6,93

59,80 Rejeitos

Fralda/Absorv/P. Hig 6,00 0,00 6,00 13,00

Isopor 0,00 0,00 0,00 0,00

Algodão 0,00 0,00 0,00 0,00

Areia, pedra, entulho 9,00 9,40 18,40 39,87

Total 29,6 16,6 46,2 100,0 100,0

A Tabela 02 mostra o resultado da composição gravimétrica dos RSD coletados na

manhã da quinta-feira (03/10/2013).

Gravimetria 03/10/2013 (quinta-feira) Rua Capitão Virgulino, Rua do Agreste...

Material Peso 1 Peso 2 Total Fração Gravimetria

Tipologia (Kg) (Kg) (Kg) (%) (%)

Plástico Mole 2,10 1,90 4,00 9,07

27,21 Recicláveis

Plástico Duro 1,00 0,00 1,00 2,27

Papelão 1,90 0,00 1,90 4,31

Papel 1,30 0,00 1,30 2,95

Metal 1,20 0,00 1,20 2,72

Vidro 2,60 0,00 2,60 5,90

Borracha 0,00 0,00 0,00 0,00

Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 31,18

Matéria Orgânica

Matéria Orgânica 9,00 4,75 13,75 31,18

Roupas e tecidos velhos 2,00 0,00 2,00 4,54 41,61 Rejeitos

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Fralda/Absorv/P. Hig 3,00 3,50 6,50 14,74

Isopor 0,00 0,00 0,00 0,00

Algodão 0,00 0,00 0,00 0,00

Areia, pedra, entulho 7,00 2,85 9,85 22,34

Total 31,1 13,0 44,1 100,0 100,0

A Tabela 03 mostra o resultado da composição gravimétrica dos RSD coletados na

manhã da sexta-feira (04/10/2013).

Gravimetria 04/10/2013 (sexta-feira) )origem: Rua João Pessoa, Rua 23 e Rua da Chã...

Material Peso 1 Peso 2 Total Fração Gravimetria

Tipologia (Kg) (Kg) (Kg) (%) (%)

Plástico Mole 4,00 0,00 4,00 8,35

39,04 Recicláveis

Plástico Duro 2,50 2,30 4,80 10,02

Papelão 2,20 0,00 2,20 4,59

Papel 1,20 0,00 1,20 2,51

Metal 1,00 0,00 1,00 2,09

Vidro 5,50 0,00 5,50 11,48

Borracha 0,00 0,00 0,00 0,00

Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 22,44

Matéria Orgânica

Matéria Orgânica 5,00 5,75 10,75 22,44

Roupas e tecidos velhos 1,00 0,00 1,00 2,09

38,52 Rejeitos

Fralda/Absorv/P. Hig 6,00 0,00 6,00 12,53

Isopor 0,00 0,00 0,00 0,00

Algodão 0,00 0,00 0,00 0,00

Areia, pedra, entulho 8,00 3,45 11,45 23,90

Total 36,4 11,5 47,9 100,0 100,0

A Tabela 04 mostra o resultado da composição gravimétrica dos RSD coletados na

manhã da segunda-feira (07/10/2013).

Gravimetria 07/10/2013 (segunda-feira): Rua João Dias, Rua Irineu Bezerra, Rua João Pessoa e Rua da Chã ...

Material Peso 1 Peso 2 Total Fração Gravimetria

Tipologia (Kg) (Kg) (Kg) (%) (%)

Plástico Mole 3,10 2,00 5,10 6,38 22,25 Recicláveis

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Plástico Duro 3,50 2,80 6,30 7,88

Papelão 2,50 0,00 2,50 3,13

Papel 1,20 0,00 1,20 1,50

Metal 1,30 0,00 1,30 1,63

Vidro 1,40 0,00 1,40 1,75

Borracha 0,00 0,00 0,00 0,00

Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 25,50 Matéria Orgânica

Matéria Orgânica 8,40 12,00 20,40 25,50

Roupas e tecidos velhos 1,30 0,00 1,30 1,63

52,25 Rejeitos

Fralda/Absorv/P. Hig 8,30 0,00 8,30 10,38

Isopor 0,00 0,00 0,00 0,00

Algodão 0,00 0,00 0,00 0,00

Areia, pedra, entulho 12,00 20,20 32,20 40,25

Total 43,0 37,0 80,0 100,0 100,0

A Tabela 05 mostra o resultado da composição gravimétrica dos RSD coletados na

manhã da terça-feira (08/10/2013).

Gravimetria 08/10/2013 (terça-feira): Vila Barbosa, Rua Serrote Preto, Rua Irineu Bezerra e Rua da Chã

Material Peso 1 Peso 2 Total Fração Gravimetria

Tipologia (Kg) (Kg) (Kg) (%) (%)

Plástico Mole 3,80 2,80 6,60 8,62

24,93 Recicláveis

Plástico Duro 4,10 3,20 7,30 9,53

Papelão 2,00 0,00 2,00 2,61

Papel 1,40 0,00 1,40 1,83

Metal 1,30 0,00 1,30 1,70

Vidro 0,50 0,00 0,50 0,65

Borracha 0,00 0,00 0,00 0,00

Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 16,06 Matéria Orgânica

Matéria Orgânica 5,30 7,00 12,30 16,06

Roupas e tecidos velhos 4,20 0,00 4,20 5,48

59,01 Rejeitos

Fralda/Absorv/P. Hig 6,30 0,00 6,30 8,22

Isopor 0,00 0,00 0,00 0,00

Algodão 0,00 0,00 0,00 0,00

Areia, pedra, entulho 13,00 21,70 34,70 45,30

Total 41,9 34,7 76,6 100,0 100,0

A Figuras 12 mostra a distribuição dos RSD realizada na quarta-feira (02/10/13).

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24,49%

15,71%59,80%

Gravimetria 02/10/2013 - Fagundes/PB

Recicláveis

Matéria Orgânica

Rejeitos

Figura 12: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,

coletados na manhã de 02/10/13.

As Figuras 13 e 14 mostram a distribuição dos RSD realizada na quinta-feira

(03/10/13) e sexta-feira ( 04/10/2013) respectivamente.

Figura 13: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,

coletados na manhã de 03/10/13.

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Figura 14: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,

coletados na manhã de 04/10/13.

E por fim as Figuras 15 e 16 mostram a distribuição dos RSD realizada na segunda-

feira (07/10/13) e terça-feira (08/10/2013) respectivamente.

Figura 15: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,

coletados na manhã de 07/10/13.

Figura 15: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,

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Figura 16: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,

coletados na manhã de 08/10/13.

5.2.3 - Resultado Consolidado

Somando-se os resultados obtidos nas quatro gravimetrias, o que equivale a um dia

de geração de RSD, tem-se, as informações sistematizadas na Tabela 05.

Tabela 06: Estudo da Composição Gravimétrica da cidade de Fagundes – PB referente aos RSD gerados,

coletados e transportados para o lixão entre os dias 02/10/2013 a 08/10/2013.

Valores consolidados

Material Total Fração Gravimetria

Tipologia (Kg) (%) (%)

Plástico Mole 4,66 7,91%

26,77% Recicláveis

Plástico Duro 4,74 8,04%

Papelão 2,06 3,49%

Papel 1,02 1,73%

Metal 1,10 1,87%

Vidro 2,20 3,73%

Borracha 0,00 0,00%

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Madeira 0,00 0,00% 21,87%

Matéria Orgânica

Matéria Orgânica 12,89 21,87%

Roupas e tecidos velhos 2,34 3,97%

51,37% Rejeitos

Fralda/Absorv/P. Hig 6,62 11,23%

Isopor 0,00 0,00%

Algodão 0,00 0,00%

Areia, pedra, entulho 21,32 36,17%

Total 59,0 100,0% 100,00%

A Figura 17 mostra a distribuição percentual dos RSD depositados no Lixão da cidade.

26,77%

21,87%

51,37%

Gravimetria 2013- Fagundes/PB

Recicláveis

Matéria Orgânica

Rejeitos

Figura 17: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB. Dados coletados em 02 a 08/10/13.

Tabela 07: Estudo da Composição Gravimétrica da cidade de Fagundes – PB referente aos RSD gerados,

coletados e transportados para o lixão entre os dias 02/10/2013 a 08/10/2013, apresenta os valores consolidados

sem a terra.

Valores sem areia, pedra, entulho

Material Total Fração Gravimetria

Tipologia (Kg) (%) (%)

Plástico Mole 4,66 12,38%

41,93% Recicláveis

Plástico Duro 4,74 12,60%

Papelão 2,06 5,47%

Papel 1,02 2,71%

Metal 1,10 2,92%

Vidro 2,20 5,85%

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Borracha 0,00 0,00%

Madeira 0,00 0,00% 34,25%

Matéria Orgânica Matéria Orgânica 12,89 34,25%

Roupas e tecidos velhos 2,34 6,22% 23,81% Rejeitos

Fralda/Absorv/P. Hig 6,62 17,59%

Total 37,6 100,0% 100,00%

Figura 18: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB. Dados coletados em 02 a 08/10/13.

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Figura 19: Caminhão de coleta de RSD do município de

Fagundes – PB, outubro de 2013.

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CAPÍTULO V

6.0 - DA SUSTENTABILIDADE

6.1 - Conceito

O termo sustentabilidade é empregado para definir ações e atividades humanas que

tenham por objetivo suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o

futuro das próximas gerações. Desta forma, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao

desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos

naturais de forma inteligente para que eles possam se manter no futuro. Agindo assim, a

humanidade tenta garantir um futuro no qual o desenvolvimento sustentável esteja inserido.

Algumas ações práticas são relacionadas diretamente com a sustentabilidade, sendo

elas:

a) Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o

replantio sempre que necessário;

b) Preservação total de áreas verdes não destinadas à exploração econômica;

c) Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não

agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;

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d) Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada,

racionalizada e com planejamento;

e) Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para

diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de

recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar;

f) Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos.

Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a

diminuição da retirada de recursos minerais do solo;

g) Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de

matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia;

h) Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício.

Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a

despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.

Tomando atitudes como estas elencadas, é possível garantir a médio e longo prazo

um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive

a humana.

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6.2. Catadores

O objetivo deste texto é apresentar o contexto em que ocorre a atividade de catação

de recicláveis no Brasil e em especial no Município de Fagundes, apontando caminhos para a

inclusão social dos catadores, sustentabilidade econômica de sua atividade e desenho de uma

política pública eficaz voltada a esta categoria.

Há hoje entre 400 e 600 mil catadores de materiais recicláveis no Brasil. A renda

média dos catadores, aproximada a partir de estudos parciais, não atinge o salário mínimo,

alcançando entre R$420,00 e R$ 520,00. A faixa de instrução mais observada entre os

catadores vai da 5ª a 8ª séries. A inclusão social dos catadores vem sendo objeto de uma série

de medidas indutoras na forma de leis, decretos e instruções normativas de fomento à

atividade de catação. O quadro traz alguns exemplos.

QUADRO 8 – Sistematização das leis pertinentes aos catadores de materiais recicláveis.

Lei / Decreto Objeto

DECRETO 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE

2006

Institui a separação dos resíduos recicláveis

descartados pelos órgãos e entidades da

administração pública federal direta e indireta, na

fonte geradora, e a sua destinação às associações

e cooperativas dos catadores de materiais

recicláveis, e dá outras providências.

LEI 11.445, DE 05 DE JANEIRO DE 2007 Dispensa de licitação na contratação da coleta,

processamento e comercialização de resíduos

sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em

áreas com sistema de coleta seletiva de lixo,

efetuados por associações ou cooperativas

formadas exclusivamente por pessoas

físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder

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público como catadores de materiais recicláveis,

com o uso de equipamentos compatíveis com as

normas técnicas, ambientais e de saúde pública.

INSTRUÇÃO NORMATIVA MPOG Nº 1, DE

19 DE JANEIRO DE 2010.

Dispõe sobre os critérios de sustentabilidade

ambiental na aquisição de bens,contratação de

serviços ou obras pela Administração Pública

Federal direta, autárquica e fundacional e dá

outras providências.

LEI Nº 12.375, DE 30 DE DEZEMBRO DE

2010, Art.5º e Art. 6º

Os estabelecimentos industriais farão jus, até 31

de dezembro de 2014, a crédito presumido do

Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI na

aquisição de resíduos sólidos utilizados como

matérias-primas ou produtos intermediários na

fabricação de seus produtos. Somente poderá

ser usufruído se os resíduos sólidos forem

adquiridos diretamente de cooperativa de

catadores de materiais recicláveis com número

mínimo de cooperados pessoas físicas definido

em ato do Poder Executivo, ficando vedada,

neste caso, a participação de pessoas jurídicas;

LEI 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;

altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998;

e dá outras providências.

DECRETO Nº 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO

DE 2010.

Regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de

2010, que institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política

Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê

Orientador para a Implantação dos Sistemas de

Logística Reversa, e dá outras providências

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 88

DECRETO Nº 7.405, DE 23 DE DEZEMBRO

DE 2010.

Institui o Programa Pró-Catador, denomina

Comitê Interministerial para Inclusão Social e

Econômica dos Catadores de Materiais

Reutilizáveis e Recicláveis o Comitê

Interministerial da Inclusão Social de Catadores

de Lixo criado pelo Decreto de 11 de

setembro de 2003, dispõe sobre sua organização

e funcionamento, e dá outras providências.

6.3. Das Associações de Catadores

As associações tem por objetivo principal, a contratação de serviços para seus

associados em condições e preços convenientes, organizando o trabalho para aproveitar a

capacidade dos catadores associados, distribuindo-os conforme suas aptidões e interesses

coletivos. Além disso, fornece assistência aos associados no que for necessário para melhor

executarem o trabalho.

O investimento na criação de associações possui vários pontos positivos, a saber:

a) Criação de empregos, que engloba desde a gerência até os empregados envolvidos na

separação dos Resíduos Sólidos;

b) Conscientização geral da população;

c) Cadastramento e regularização dos catadores de lixo;

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d) Melhoria da qualidade de trabalho e vida dos catadores, uma vez que na medida que se

tornam regularizados, passam a ter um apoio da população, passando o material a ser

valorizado, pois deixam de passar por atravessadores.

Como elencado acima, a conscientização da população torna-se imperioso, ao passo

que a coleta seletiva é considerada como um pilar de sustentação para a implantação do plano

de gerenciamento de resíduos sólidos, sem a qual não há condições de se criar pretendida

estrutura.

6.4. Propostas

A implantação da coleta seletiva se apoia em três pilares operacionais, os quais são

motivados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) Lei nº 12.305/10.

O primeiro ponto se refere à participação social, isto é, o programa deve ser discutido

exaustivamente com os segmentos sociais, incluindo-se cada indivíduo da área implantada

para que ele possa compreender a importância e a responsabilidade dos seus atos, e

principalmente, entender como funciona toda a sistemática da segregação do resíduo sólido na

origem como permanece até a disposição ou destinação final adequada.

O segundo elemento se encontra no sistema fundamental de infraestrutura para dar

suporte às mudanças necessárias à coleta seletiva de resíduos. Neste momento se deve

elaborar e executar um plano de coleta, transporte, disposição e destinação finais adequados

que funcione de maneira lógica e harmônica, no qual haja um fluxograma definido das etapas

necessárias ao funcionamento pleno desse trabalho. É nesta ocasião que se encaixa a estrutura

da Unidade de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos (UGIRSU), a qual

gravitará a recepção dos rejeitos sólidos e dela sairão os materiais que retornarão ao ciclo

produtivo e ao ambiente de forma apropriada.

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A terceira parte se embasa nos fundamentos dos pontos anteriores, pois trata da

formação e continuidade de uma associação que deve ser formada prioritariamente por

pessoas que sobrevivem atualmente nas ruas e lixões selecionando material com potencial

reciclável e da infraestrutura de mão de obra para realizar os trabalhos exigidos ao completo

funcionamento da coleta seletiva. Inicialmente, esta assembleia deve surgir com dois

objetivos principais: fornecer condições dignas de trabalho e emprego aos seus associados e

ser responsável pela operacionalização da (UGIRSU). Portanto, neste último fator se enquadra

os aspectos ambientais e sanitários, assim como os financeiros que se formam pela

negociação dos materiais recicláveis e do composto orgânico produzido na unidade.

A primeira e a terceira vertentes tiveram as discussões iniciadas na cidade Fagundes.

Reuniões com o Prefeito, grupo de Secretários, Professores, Agentes de endemias, Agentes

ambientais, Agentes de Saúde, Varredores, Catadores, Garis foram realizadas. Estão

programadas, ainda, audiências para solidificação dos preceitos associativísticos e

mobilização social nos setores, bairros e distritos do município, além da exposição ao publico

do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do município.

6.4.1 - Infraestrutura do Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos e da

UGIRSU

Este parâmetro se encontra no segundo ponto anteriormente disposto em linhas

gerais, subdividido em dois aspectos: infraestrutura de coleta e infraestrutura da UGIRSU.

6.4.2 - Infraestrutura de Coleta de Resíduos Sólidos

A coleta seletiva se fundamenta na segregação prévia na origem dos resíduos em 03

(três) níveis básicos: recicláveis, orgânicos e rejeitos. Essa metodologia de segregação ampara

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a sistemática estrutural dos aspectos relativos à coleta, ao transporte, à disposição e à

destinação finais.

Os recicláveis são formados por materiais valorados de acordo com seu estado e

emprego como matéria-prima de algum processo de transformação, retornando ao ciclo

produtivo e consequentemente preservando os recursos naturais.

A matéria orgânica é aquela que pode ser reutilizada, após processo aeróbio de

compostagem, como composto orgânico e reintegrada ao ambiente com objetivo de

desenvolvimento de projetos agrícolas, silvícolas e/ou pastoris.

Os rejeitos são enquadrados como qualquer material que não possa se classificar

como reciclável, ou reciclável que ainda não tenha aproveitamento econômico na região ou

não se transforme em composto orgânico ou prejudique de alguma forma a eficácia desse

procedimento. Encerrando como seu destino final o aterro de rejeitos.

Nos estudos gravimétricos prévios foi constatado que a população que reside na sede

do município de Fagundes produz em média um resíduo sólido com as seguintes

características: 26,77% de materiais com potencial reciclável, 21,87% de materiais com

potencial para se transformar em composto orgânico e 51,37% de materiais com destino para

o aterro de rejeitos.

Consequentemente, a coleta deve recolher os resíduos sólidos e entregá-los ainda

separados para que na UGIRSU se realize a disposição e destinação finais conforme preceitua

a PNRS.

6.4.2.1 – Resíduos Sólidos Domésticos

Para plena eficiência desse plano, os resíduos sólidos domésticos devem possuir a

seguinte sistemática:

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a) Frequência de coleta: Permaneça da mesma forma todos os dias com a coleta dos

recicláveis, orgânicos e rejeitos, na sede municipal – contemplando-se, todos os bairros e

setores;

b) Frota de veículos: os caminhões que trabalharão nessa etapa do trabalho devem possuir 03

(três) compartimentos distintos para que possa recolher e transportar até UGIRSU os resíduos

sólidos de forma segregada. Esse tipo de veículo deve atender ainda aos requisitos mínimos

de segurança para os operadores e ainda não dispersar nenhum tipo material nas ruas do

município durante o transporte de material. Preferencialmente devem armazenar e conduzir os

resíduos sólidos em ambientes fechados. A quantidade de veículos é proporcional ao

atendimento eficiente e eficaz pressuposto no item “a”;

c) Equipe de Trabalho: Dever possuir número compatível com o objetivo do

desenvolvimento pleno do item “a” anterior. Impreterivelmente todos os envolvidos nas

etapas de todo esse sistema devem utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) para

realização de suas atividades de trabalho;

Dentro dos resíduos domésticos é importante fazermos um adendo, pois como

observamos, os resíduos domésticos serão divididos em recicláveis, orgânicos e rejeitos. Os

recicláveis são os produtos encaminhados à reciclagem, que consiste no processo de

transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas,

físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos,

observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e,

se couber, do SNVS e do Suasa.

Já o orgânico tem origem animal ou vegetal. Nessa categoria inclui-se grande parte do

lixo doméstico, restos de alimentos, folhas, sementes, restos de carne e ossos, etc. Quando

acumulado ou disposto inadequadamente, o lixo orgânico pode tornar-se altamente poluente

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do solo, das águas e do ar. A disposição inadequada desses resíduos cria um ambiente

propício ao desenvolvimento de organismos patogênicos. O lixo orgânico pode, entretanto,

ser objeto de compostagem para a fabricação de adubos ou utilizado para a produção de

combustíveis como biogás, que é rico em metano.

Por fim os rejeitos consistem nos resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as

possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e

economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final

ambientalmente adequada.

6.4.2.2 – Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde

Os resíduos originados dos serviços de saúde necessitam de uma frequência de coleta

e de veículos exclusivos para o transporte apropriado que atendam os requisitos básicos

indicados pela PNRS e recomendados pela Resolução nº 358/3005 do Conselho Nacional de

Meio Ambiente (CONAMA). Além da segregação prévia conforme os tipos, seguindo do

grupo “A” até o “E”, deve-se atender aos critérios mínimos para disposição final de resíduos

de serviços de saúde. Sugere-se ainda, que no aterro de rejeitos haja célula para conter

separadamente este tipo de resíduo. Para a população que gera esse tipo de resíduos em casa,

será indicado que transporte esse material para o Hospital sendo colocados dentro de garrafas

PET para evitar qualquer tipo de contaminação. E ao final da firmação do referido contrato

com a empresa especializada no manejo destes resíduos, os quais serão recolhidos pela

mesma quinzenalmente a qual dará destino correto.

6.4.2.3 – Resíduos Sólidos da Construção Civil

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A Resolução nº 307, aprovada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente –

CONAMA em 2002 criou instrumentos para avançar no sentido da superação dos problemas

ambientais oriundos do mau gerenciamento, definindo responsabilidades e deveres e tornando

obrigatória em todos os municípios do país e no Distrito Federal a implantação pelo poder

público local de Planos Integrados de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil.

A Resolução nº 307 também determina para os geradores a adoção, sempre que

possível, de medidas que minimizem a geração de resíduos e sua reutilização ou reciclagem;

ou, quando for inviável, que eles sejam reservados de forma segregada para posterior

utilização da fração triturável. Segundo a Resolução CONAMA os Resíduos da Construção

Civil são: provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção

civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos

cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e

compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos,

tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras.

A Resolução nº307 estabelece “diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão

dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os

impactos ambientais.”, trazendo práticas específicas no que se refere aos construtores, além

da implantação pelo poder público local de Planos Integrados de Resíduos da Construção

Civil.

Os resíduos gerados pelas construções, demolições e reformas, como os demais

tipos, são de responsabilidade do gerador. Portanto, caso o município de Fagundes queira

continuar com o serviço de coleta e transporte, os munícipes precisam ser informados dos dias

da semana que esse serviço será oferecido, agendando-o previamente. Com isso, não se

permitindo a disposição desse material nas ruas ou calçadas fora dos dias de coleta. Àqueles

que não puderam ou não quiserem esperar a coleta municipal, deve ser indicado à célula no

aterro de rejeitos que o usuário, às suas custas, deva coletar e transportar seu resíduo.

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6.4.2.4 – Resíduos Sólidos da Capina, Poda e Desbaste

Os resíduos gerados pelas capinas e podas, se coletados e transportados pela

municipalidade precisam ser agendados e dispostos somente nos dias da semana que esse

serviço será oferecido. Não se permitindo a disposição desse material nas ruas ou calçadas

fora dos dias de coleta. Àqueles que não puderam ou não quiserem esperar a coleta municipal,

deve ser indicado à célula no aterro de rejeitos que o usuário, às suas custas, deva coletar e

transportar seu resíduo.

6.4.2.5 – Resíduos Sólidos de Varrição

Os resíduos produzidos pelos trabalhos de varrição das ruas devem ser coletados e

transportados pelos “carrinhos” já existentes e entregues ao caminhão da coleta como já vem

sendo feito.

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6.4.2.6– Resíduos Sólidos do Cemitério

Realizar o manejo adequado de todos os resíduos secos, úmidos e infectantes; Garantir

que os equipamentos públicos tenham um padrão receptivo apropriado para a finalidade a que

se destina (cenário de excelência em limpeza e manutenção). Garantir cumprimento completo

da Resolução CONAMA nº 335.

Executar a segregação dos resíduos na origem, sendo destinados: orgânicos para o

composto orgânico; secos para a coleta seletiva; resíduos de construção para ATTs,

infectantes para a incineração, em recipientes adequados para cada resíduos. Garantir EPIs

para todos os trabalhadores. Buscar novas tecnologias para solucionar a carência de espaços

no município.

6.4.2.7– Resíduos Sólidos do Matadouro

De modo geral, as fontes e os rejeitos das indústrias de carne podem ser agrupados,

conforme o Quadro 09.

Quadro 09: Fontes e rejeitos decorridos do abate de bovinos, suínos e aves.

FONTES REJEITOS DESPEJADOS

Curral Esterco

Sala de abate Sangue, rejeitos de carne e gordura

Depilação, Depenagem Pêlos, penas e materiais terrosos

Triparia, Bucharia

Conteúdo de estômagos, intestinos,

gordura (líquidos com grande quantidade

de sólidos)

Preparo de carcaças Rejeitos de carne, gordura e sangue

Fusão de gordura Líquidos ricos em gordura

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Subprodutos Gorduras e rejeitos não comestíveis

Fonte adaptada: PARDI et al., 2006

Estes rejeitos se lançados diretamente no ambiente, acarretam graves problemas de

poluição, impondo prejuízos à flora e à fauna, podendo se comportar como focos de

proliferação de insetos, roedores e de agentes infecciosos.

Os matadouros, frigoríficos e abatedouros, são agroindústrias com alta concentração e

despejos de rejeitos sólidos, sendo que há necessidade de grandes áreas em que se possam

receber os rejeitos gerados por estas indústrias, o que representa problema para o meio

ambiente.

Para evitarmos este problema o despejo final dos rejeitos sólidos deve ser feita de

forma segura, sem gerar riscos para a saúde e impactos ambientais. As formas mais utilizadas

para a destinação final destes rejeitos são: o aterro sanitário, enterramento, compostagem,

queima, reciclagem, bem como a incineração.

Tendo em vista o baixo volume de rejeitos gerados no município, este serão aterrados

em valas apropriadas para este fim no aterro sanitário, e provisoriamente em vala

independente no lixão remediado.

6.4.2.8– Resíduos de Logística Reversa

Implantar parceria para a logística reversa a ser implementada por fabricantes,

comerciante e importadora, por tipo de RLR (Agrotóxicos e suas embalagens, Pilhas,

Baterias, Pneus, Óleos lubrificantes e suas embalagens, Lâmpadas fluorescentes e Produtos

eletroeletrônicos; Implantar parcerias internas aos órgãos públicos; Firmar parcerias e

capacitar cooperativas de catadores para reciclagem de resíduos eletroeletrônicos (REE),

quando ambientalmente segura; Incentivar a implantação de eco negócios, com oficinas,

cooperativas ou indústrias processadoras de resíduos; Criar programas no âmbito municipal

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como o de Inclusão Digital que aceite doações de computadores para serem recuperados e

distribuídos a instituições que os destinariam ao uso de comunidades carentes. Zerando assim

descartes irregulares desses resíduos; E garantindo 100% de destinação final ambientalmente

adequada; Promover oficinas de reciclagem; reaproveitamento de computadores e inclusão

digital; Estabelecer uma cultura de reciclagem dos usos dos equipamentos, estendendo seu

ciclo de vida, aproveitando para treinamento os que forem substituídos por modelos

atualizados; Adequar procedimentos às diretrizes da Resolução CONAMA nº 401 de 2008,

sobre pilhas e baterias.

Regulamentar as instalações equipadas para receber esses tipos de resíduos,

licenciadas para depósito temporário, visando encaminhamento para empresas recicladoras,

ou para aterro de resíduos perigosos. Criar LEVs em locais públicos de fácil acesso para a

população em geral, para o recebimento deste tipo de material;

Estruturar rede de Centros de Capacitação com finalidade de promover a Inclusão

Digital: conjugando cursos de reaproveitamento e requalificação do dito “lixo tecnológico”

(profissionalizante), visando prolongar seu ciclo de vida, redirecionando seu uso para públicos

de menor poder aquisitivo e entidades com perfil social; além de promover a inclusão digital

com cursos de capacitação para diversas atividades do mundo do trabalho. Promover parceria

junto a SUDEMA para fiscalização e controle de Produtos Perigosos. Criar cadastro dos

pontos de logística reversa, referenciado no Sistema Municipal de Informações sobre

Resíduos. Cadastrar a rede de revendedores; transportadores; de processadores e de

produtores desse tipo de material. Cadastrar Empresas de Reciclagem de Lâmpadas na região.

6.4.2.9– Agências Bancárias

Estabelecer parcerias com envolvimento da categoria para coleta seletiva de secos.

Incentivar parcerias para a coleta de resíduos volumosos e envolver o setor para aqueles

específicos da logística reversa. Agências Bancárias: torná-lo um multiplicador das ações e

procedimentos concernentes à reciclagem com Programas ambientais das instituições

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bancárias podem tornar-se geradores de novos comportamentos; Fundações das instituições

bancárias engajadas na política de resíduos sólidos em nível local podem fazer o papel de

dispersoras de experiências exitosas entre localidades servidas pela instituição.

6.4.2.10. Pousadas, bares e similares

Esses estabelecimentos são por si só, grandes parceiros potenciais para influenciar nas

mudanças de comportamento que se exigirá de toda a população para o enfrentamento dos

desafios da Política Nacional. Lugar de lazer e prazer, do encontro e do debate de ideias, eles

poderão se tornar cenários importantes para divulgação de campanhas e eventos para pautar a

questão dos resíduos de maneira divertida e eficiente. São espaços privilegiados de uma série

de manifestações, que servem a diversos propósitos, desde os familiares aos do paladar e da

caneca. Mas as questões da cultura também estão no cardápio desses recintos, com as mais

diversas roupagens e acompanhamentos sejam musicais, dramatúrgicos, cenográficos ou

visuais. Promover a rápida adoção da Política Nacional de Resíduos Sólidos com implantação

dos Planos de Gerenciamento; Incentivar a discussão de acordos setoriais visando soluções

colegiadas para os grandes geradores.

6.4.3 - Infraestrutura UGIRSU

A UGIRSU é uma obra de engenharia civil, sanitária e ambiental que se localizará

( local ainda sendo estudado), conceituando-se fundamentalmente nas diretrizes intentadas

pela PNRS. Sua premissa básica é atender e dar suporte para a disposição e destinação finais

adequadas aos resíduos produzidos em uma cidade.

Essa unidade é desenvolvida e planejada com o objetivo de receber o resíduo sólido

previamente segregado em três níveis e oferecer disposição final adequada para a massa que

ainda não possui viabilidade econômica ou sanitária para ser reciclada.

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Portanto, conforme projeto arquitetônico elaborado, a UGIRSU é composta pelas seguintes

subunidades:

O Quadro 10 apresenta três equipamentos para o galpão de triagem adotado pelo PAC,

em 2008, para a concessão de recursos aos municípios.

Quadro 10– Equipamentos previstos para o galpão de triagem com 300 m2.

Equipamentos Quantidade (Und)

Prensa 01

Balança 01

Carrinho 01

Fonte: PAC, 2008.

6.4.3.1. Organização da produção no galpão de triagem

A Figura 20 demonstra as atividades e a sequência em que as mesmas se realizam no

galpão de triagem:

Figura 20 – Etapas de trabalho no galpão de triagem

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Legenda:

1 - Recepção;

2 - Triagem primária;

3 - Triagem secundária;

4 - Prensagem;

5 - Estoque.

6.4.3.2 Organização do galpão - planta

Do fluxo de trabalho apresentado decorre uma organização do galpão como a

apresentada na Figura 21.

Figura 21 – Fluxo de trabalho no galpão de triagem.

Triagem primária: nesta etapa serão separados até 16 tipos de materiais em tambores,

“bags” e sacos pendurados próximos aos triadores.

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Triagem secundária: nesta etapa serão retriados alguns tipos de materiais (papéis,

plásticos, metais).

Para a movimentação interna de cargas será utilizados equipamentos manuais

(carrinhos para tambores e “bags”, carrinho plataforma)

6.4.3.3 Organização do galpão em função da topografia

Em terrenos planos é recomendável a utilização de equipamentos leves, de pequeno

porte, tais como talhas elétricas para elevação de “bags” na recepção de materiais e

empilhadeiras manuais para a movimentação dos fardos com os materiais processados, no

momento da expedição.

A Figura 22, demostra a organização de um galpão em função da topografia do terreno.

Figura 22 – Organização do galpão em função da topografia.

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6.4.3.4. Organização da área de triagem

Colocação dos materiais mais constantes em tambores

Colocação dos materiais menos constantes em sacos pendurados nos tambores ou nas

mesas

Realizar a retriagem dos metais e dos plásticos no momento de deslocamento dos

mesmos para as baias

Na maioria dos galpões são obtidos dezenas de tipos de material, como mostra o

quadro 11:

Quadro 11 – Tipologia dos recicláveis

PAPEL PLÁSTICO METAL VIDRO OUTROS

Branco PET Alumínio Latas Vasilhames Tetrapak

Misto PEAD Alumínio Perfis Cacos Chapa de raio X

Revistas PVC Cobre Planos Isopor

Jornais Plástico Filme Ferrosos/Latas

Acartonado Plástico Duro Ferrosos/Chapas

Papelão

Fonte: - IPT-SP e SEBRAE-SP.

6.4.3.5 TRIAGEM EM MESA LINEAR.

A possibilidade de organização da atividade de triagem é demonstrada na Figura 16.

Figura 23 – Triagem em mesa linear.

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Desta forma é possível obter 16 tipos diferentes de material, triados e colocados nos tambores

ou sacos.

6.4.3.6. Equipamentos internos

Os equipamentos mais comuns, utilizados nos galpões de triagem, são apresentados na

Figura 24.

Figura 24 – Equipamentos internos.

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6.4.3.7. Elementos principais do projeto dos galpões de triagem

Definição da estrutura da edificação

Estruturas metálicas (Figura 25).

Figura 25 – Galpão com estrutura metálica.

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A definição de um pé direito mais alto favorece as condições de conforto e permite,

dentro dos limites dos equipamentos utilizados, verticalizar a armazenagem dos materiais.

Recomenda-se a utilização de mezaninos (ou jiraus) sempre que possível, onde podem ser

implantados um pequeno escritório, sanitários e vestiários, um pequeno refeitório e outros

espaços necessários, deixando-se o pavimento térreo livre para as atividades de

processamento e estoque dos materiais.

Fechamento de alvenaria

As alvenarias podem ser executadas com blocos cerâmicos ou de concreto, ou outra

solução que se mostrar adequada.

Nos galpões serão processados muitos materiais incendiáveis, por este motivo serão

implantadas:

Equipamentos de combate ao fogo são necessários.

Colocação da alvenaria internamente à estrutura metálica, como mostra a Figura 19.

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Instalações de apoio

O quadro 12 apresenta algumas recomendações importantes relacionadas a esta parte das

instalações:

Escritório: prever área suficiente de no mínimo de 12 m²;

Sanitário / Vestiário: consultar a NR 24/78 do Ministério do Trabalho e Emprego e

observar os dados do Quadro 9;

Refeitório: prever espaço suficiente, sugere-se 1 m² por usuário;

Prever instalação de pia, bebedouro, aquecedor de marmitas e fogão;

Prever possibilidade de sua conversão em sala de reuniões e treinamento, usando

mesas móveis.

Quadro 12 – Instalações de apoio.

Vaso Sanitário 1und. para cada 20 usuários Ref.: box mínimo 1,0 m2

Lavatório 1und. para cada 20 usuários Ref.: largura mínima 0,60 m

Chuveiro 1und. para cada 10 usuários --

Vestiário Armários individuais Ref.: 1,5m2 por usuário

Armários Compartimento duplo Ref.: h=0,9 m,l=0,3 m, p=0,4 m

FONTE: NR 24/78 Ministério do Trabalho e Emprego.

Distribuição de energia

Na definição das redes elétricas é necessário:

Prever posição das prensas;

Prever outras tomadas de apoio;

Aterrar a rede.

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Distribuição de água

Ao definir as redes de distribuição de água é recomendável:

Prever diversos pontos de uso pelo galpão;

Prever solução para lavagem de pisos, mesas de triagem e silo.

Outras instalações

Prever também:

Distribuição de telefonia e dados;

Proteção contra descargas atmosféricas;

Proteção contra incêndio.

Captação e uso da água pluvial

Sempre que for possível recomenda-se a utilização das águas pluviais para a realização

de tarefas secundárias (limpeza,rega de plantas e outras); nestes casos é necessário:

Sistema de captação, filtragem, reservação e distribuição da água.

6.4.3.8. Detalhes construtivos importantes

Os detalhes construtivos que são apresentados a seguir foram extraídos dos projetos de

alguns galpões atualmente em funcionamento. São detalhes que foram criados pelo

desenvolvimento da prática e selecionados com base na observação da atividade nestas

unidades.

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Sua execução certamente facilitará o trabalho das pessoas envolvidas nas atividades do galpão

sem acrescentar custos significativos.

6.4.3.9. Silo de recepção e mesa de triagem

Os silos de entrada dos materiais, representado a Figura 26, tem se mostrado eficiente

pelas seguintes razões: facilidade de descarregamento (podendo ser utilizada pequena talha

elétrica quando necessária) permite bom acúmulo de material (importante para garantir a

continuidade do trabalho) sua colocação no nível da bancada torna fácil o acesso dos triadores

com o mínimo esforço o detalhe do tubo sob a mesa se destina à colocação de sacos ou

recipientes para os materiais menos usuais em local de fácil acesso ao triador.

Figura 21 – Detalhes construtivos do silo de recepção e da mesa de triagem

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6.4.3.9 Baias intermediárias

Na execução das baias intermediárias destinadas ao armazenamento, por tipo, dos

materiais já triados, recomenda-se observar o seguinte:

Usar estrutura em perfis metálicos;

Usar tela trançada de fio grosso (Figura 27);

Prever dispositivo de travamento superior;

Prever dispositivo para fechamento frontal.

Figura 27 – Baias de retriagem.

Pisos

Na execução dos pisos sugere-se que sejam observadas as seguintes recomendações:

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Piso interno: sugere-se o uso de concreto desempenado simples;

Piso externo: sugere-se a compactação do solo e a distribuição de pedra 1 ou pedrisco

Deve haver um cuidado maior com os locais de tráfego de veículos de carga.

6.5. Pátio de compostagem

6.5.1 Compostagem – Transformando matéria orgânica em adubo

O uso de matéria orgânica como adubo é bem antigo, a observação do processo natural

de formação de uma camada de húmus sobre o solo pela decomposição de folhas e galhos

caídos sobre a terra permitiu reproduzi-lo de forma organizada, planejada e controlada para se

obter adubo. Os primeiros relatos sobre compostagem datam da antiguidade.

Os índios Maias, na América, por exemplo, ao plantar milho, colocavam um ou mais

peixes no fundo da cova oferecendo-os aos deuses e com isso realizavam, sem saber, uma

adubação orgânica com matéria prima de fácil decomposição e rica em nutrientes. Já no

Oriente, a compostagem se dava pela restituição ao solo dos restos de cultura e pela

incorporação de estercos de animais.

6.5.2. Características dos resíduos sólidos para compostagem

Com relação à compostagem, os componentes do lixo podem ser divididos em

materiais biologicamente decomponíveis, com cerca de 50% de material orgânico e, mais os

inorgânicos separados por catação manual ou peneiração. Quanto à utilização o lixo apresenta

três tipos decomponentes: resíduos compostáveis; rejeitos recuperáveis ou recicláveis, os

quais deverão ser separados e os rejeitos desprezíveis que são encaminhados para aterros

sanitários ou para incineradores.

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Os materiais orgânicos que podem ser compostados classificam-se de uma forma

simplificada em castanhos e verdes (Quadro 10). Os castanhos são aqueles que contêm maior

proporção de carbono como palha, serragem e folhas secas, e os verdes são os de maior

proporção de nitrogênio, como restos de cozinha e folhas frescas. Para que a compostagem

decorra de uma forma melhor, convém ter a maior diversidade de resíduos possível, numa

proporção aproximadamente igual dos castanhos e verdes.

Quadro 13 – Caracterização de resíduos animais e vegetais.

VERDES (Nitrogênio) CASTANHOS (Carbono)

Cascas de Batata Feno

Legumes Palha

Hortaliças Aparas de Madeira

Cascas de Frutas Serragem

Cascas de Frutos Secos Ervas Daninha de Jardins

Borras de Café Folhas de Árvores

Restos de Pão Pequenos Galhos Triturados

Arroz Cinzas de Madeira

Massa Esterco

Cascas de Ovos ---------

Folhas e Sacos de Chá ---------

Cereais ---------

Restos de Comida Cozida ---------

Fonte: Adaptada de Kiehl (1985).

Assim, aconselha-se não juntar carne, peixe, ossos, lacticínios e gorduras aos materiais

orgânicos do lixo porque podem atrair animais indesejáveis. Restos de animais também não

devem ser compostados, porque podem conter microrganismos patogênicos que podem

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sobreviver ao processo de compostagem. Os resíduos de jardim tratados com pesticidas

também não devem ser utilizar para compostagem, tal como plantas com doenças.

6.5.3. Objetivos e metas para a compostagem

Produzir adubo para a agricultura e para a contenção de erosão, diminuindo o volume

de resíduos a serem aterrados.

6.5.4. Dimensão das leiras

A unidade vai dispor de um pátio dimensionado para um tempo de maturação do

composto de 120 dias. As leiras para melhor aeração dos resíduos devem ter no máximo 1,2

metros de largura por 1,2 metros de altura.

6.5.4.1. Exemplo de cálculo da área média da leira

A Figura 28 esquematiza as dimensões de uma leira para compostagem de resíduos.

Figura 28 – Esquema da leira

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Aseção = (1,2 x 1,2) / 2 = 0,72 m2 Equação 1.

Admitindo-se a densidade dos resíduos como 550 kg/m3, o volume da leira pode ser

calculado:

Volume da leira (V) = 1.000 kg / 550 kg/m3 = 1,82 m

3 Equação 2.

Com o volume e a seção média, podemos ter o comprimento:

Comprimento = V / Aseção = 1,82 / 0,72 = 2,53 m Equação 3.

Dimensões da leira (C x L x H) = 2,53 x 1,2 x 1,2 m Equação 4.

Assim, o comprimento da leira será de 2,53 m. A base da leira terá 3,04 m2 de área.

Para calcular o tamanho do pátio, deve-se considerar uma área equivalente para reviramento

da leira e mais 10% do total da área de operação para segurança e circulação.

6.5.4.2. Exemplo de cálculo da área do pátio de compostagem

Como a compostagem consome até 120 dias, o pátio necessário para a compostagem

de uma tonelada de resíduos por dia deve comportar pelo menos 120 leiras simultaneamente.

Disso resulta que para a compostagem de 1 tonelada por dia de matéria orgânica são

necessários cerca de 765 metros quadrados de pátio, para leiras com essas dimensões:

Área de uma leira = 3,04 m2

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Área de reviramento = 3,04 m2

Área de circulação = 30,4 cm2

Total da área necessária para cada leira = 6,38 m2

Área de pátio para 120 leiras = 765 m2

6.5.5. Pátio de compostagem

Tendo em vista o pequeno volume de orgânicos direcionados para a coleta,

observando-se que a maioria é destinada a alimentação animal (lavagem), a área destinada ao

pátio de compostagem será impermeabiliza com camada de argila compactada de 30 cm de

espessura, com declividade de 2% em relação ao ponto de captação de efluentes

eventualmente gerados no processo – nos casos em que há umidade excessiva nas pilhas de

material há geração de chorume, o que ocorre nas épocas chuvosas, ou por descuido no

controle da umidade. Canaletas de drenagem em concreto instaladas em torno do pátio

conduzirão os líquidos ao ponto de tratamento. Os líquidos percolados serão encaminhados

para fossas sépticas com sumidouro.

Para o galpão de materiais considerou-se uma área de 50 m2 para guardar as

ferramentas e para armazenar temporariamente o composto ensacado.

6.5.6. Serviços no pátio de compostagem

Estima-se que na unidade para processamento de 1 tonelada por dia trabalhem 2

pessoas. As atividades desenvolvidas são recepção e expedição de material, trituração de

galhos e separação de galhos grossos que não serão utilizados, montagem e reviramento de

leiras, controle de temperatura e umidade das leiras, rega das leiras, limpeza do pátio,

peneiramento de composto, ensacamento do composto, registros de entrada e saída de

material, e controles técnicos do processo de compostagem e do tratamento dos efluentes.

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6.5.7. Programas de capacitação e de educação ambiental

Uma área que merecerá grande atenção na implantação dos programas de

compostagem é a capacitação de todas as equipes envolvidas na operação tanto da coleta

quanto do processamento e gestão do processo. Estão previstas capacitações abordando os

seguintes aspectos.

6.5.7.1 Processos de compostagem

Curso destinado aos operadores das unidades de compostagem, bem como aos

técnicos envolvidos na área de planejamento do município. Para os técnicos de planejamento

pode ser feito um módulo básico, com informações gerais sobre o processo, ao final do curso,

o aluno deve ser capaz de dimensionar as unidades, sistematizar parâmetros e redefinir ações

a partir de monitoramento de variáveis dos programas.

Para os operadores das unidades, além do módulo básico, deve haver grande

conhecimento do processo de degradação da matéria orgânica, dos principais parâmetros a

serem observados, das ocorrências mais comuns no processo e como solucionar os problemas

detectados, dos aspectos a serem observados e dos parâmetros operacionais.

Em especial para a operação com resíduos de poda e remoção de árvores, deverá haver

módulo especifico sobre qualidades, características e identificação das madeiras e seus usos

potenciais.

6.5.7.2 Tratamento de efluentes

Capacitação direcionada aos encarregados da unidade e os técnicos envolvidos com o

monitoramento da operação devem ter conhecimentos mais detalhados sobre processos de

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tratamento do chorume e dos efluentes do processo, que ocorrem especialmente nos períodos

chuvosos.

2.5.7.3. Compostagem doméstica

Curso destinado a técnicos do município que farão a implantação e o acompanhamento

do programa de compostagem doméstica. Deve abordar o processo de degradação da matéria

orgânica, construção das compoteiras, operação no dia a dia, ocorrências mais comuns no

processo e como solucionar os problemas detectados, aspectos a serem observados e

parâmetros operacionais traduzidos em medidas práticas que possam ser adotadas em casa. Os

técnicos capacitados serão envolvidos também no projeto de assistência técnica à população.

Um módulo voltado para a população em geral, com conteúdo semelhante, porém

simplificado, deverá ser ministrado. Este módulo pode envolver Minho cultura, noções de

adubação de plantas ornamentais e adubação de hortas. Deve ser pensado não só para a

capacitação em si, mas também como atrativo para a disseminação das iniciativas de

compostagem doméstica.

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CAPÍTULO VI

7. DA RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS

7.1. Setores e Áreas Degradadas do Município de Fagundes.

Devido à gestão e o planejamento atual dos resíduos sólidos produzidos pela

municipalidade, verifica-se a presença de áreas degradadas e em desequilíbrio ecossistêmico.

Esses pontos devem ser integralmente solucionados ou pelos menos se inicie a execução de

um plano de recuperação nos locais que exijam uma intervenção técnica mais elaborada. As

áreas avaliadas fazem parte de um conjunto territorial que impacta, negativamente, a

população do município de Fagundes.

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Figura 29:Principais áreas degradadas do município de Fagundes em virtude dos resíduos sólidos urbano

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7.2. Lixão do Município de Fagundes

O lixão de Fagundes se localiza a aproximadamente 3Km do centro da cidade,

conforme as coordenadas geográficas. Possui uma área de aproximadamente 3 ha, sem

incorporar o entorno que recebe diretamente todos os impactos negativos causados por esse

ambiente.

Foi observada a presença de um único catador que sobrevive do lixão

selecionando materiais recicláveis. Não há nenhum tipo de isolamento (muros, cercas) que

proteja as pessoas ou os animais de entrarem em contato com este ambiente.

Os despejos sólidos produzidos na sede municipal são depositados nessa área sem

cobertura alguma, ou proteção do solo. Por isso, os materiais mais leves como plástico

filme são rapidamente dispersos em toda área do entorno do lixão. Há contaminação

evidente das primeiras camadas de solo, sendo necessária uma avaliação mais acurada do

perfil geotécnico da área para obter precisão da magnitude dos danos causados.

7.3. Encerramento do lixão

De acordo com a PNRS, os municípios têm até agosto de 2014 para eliminar os

lixões e implantar aterros sanitários, preferencialmente compartilhados, que receberão

apenas rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).

A Constituição Federal de 1988, Cap. VI, Art.225 estabelece que todos têm direito

ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a

sadia qualidade de vida, atribuindo ao Poder Público, e também à coletividade, o dever de

defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

A disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos representa um grave passivo

ambiental para a maioria dos municípios brasileiros, configurando-se, inclusive, como um

problema ambiental e de saúde pública, contrariando assim o Art.225.

Atualmente, a maior parte dos municípios brasileiros dispõe de uma coleta regular

dentro nas áreas urbanas, serviço esse que é de fácil controle da população, visto que sua

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não realização gera grande transtorno à cidade e a seus moradores. Porém, a disposição

final dos resíduos sólidos urbanos, na maioria das vezes, é colocada em um segundo plano.

Devido ao grande volume de lixo produzido pela população em quantidades cada

vez maiores, a destinação final adequada de RSU, atualmente, é considerada como um dos

principais problemas de qualidade ambiental das áreas urbanas no Brasil.

É evidente a necessidade de se promover uma gestão adequada das áreas de

disposição de resíduos, no intuito de prevenir ou reduzir os possíveis efeitos negativos ao

meio ambiente ou à saúde pública. A busca de soluções tem envolvido, sobretudo, a

recuperação técnica, social e ambiental de áreas de depósitos de RSU inadequadas.

Metodologias de recuperação de lixões e aterros são desenvolvidas devido à necessidade

de implantação de mecanismos de inertização da massa de lixo objetivando o fechamento

do lixão e/ou aterro ou o prolongamento da vida útil dos mesmos.

7.3.1. Critérios a serem observados no encerramento de lixões em processos de

licenciamento ambiental de sistemas adequados de disposição final de RSU

Deve conter no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas por Lixões as seguintes

informações:

Caracterização e identificação do empreendimento e dos responsáveis pelo projeto;

Levantamento topográfico/cadastral com indicação de cursos d’água, poços ou

cisternas e edificações existentes no entorno;

Caracterização geológica/geotécnica da área;

Diagnóstico ambiental simplificado;

Definição dos problemas a resolver e dos objetivos da recuperação;

Monitoramento, controles e medidas mitigadoras propostas;

Escolha do uso futuro da área.

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No memorial descritivo das propostas para os processos de recuperação, deve

conter:

A reconformação geométrica;

Selagem do lixão;

Drenagem das águas pluviais;

Drenagem dos gases;

Drenagem e tratamento dos lixiviados;

Cobertura vegetal;e

Isolamento da área.

7.3.2. Ações de recuperação de áreas degradadas por disposição de RSU

O processo de recuperação da área do lixão acontecerá em duas etapas:

1. Na etapa inicial da recuperação será realizada à avaliação das condições de

comprometimento ambiental do local, através de análises das águas

superficiais/subterrâneas e de sondagens para conhecimento do estágio de

decomposição dos resíduos e das condições de estabilidade e permeabilidade do

solo. Nesta etapa buscaremos determinar as vias potenciais de transporte dos

contaminantes e os riscos ambientais para a população e ecologia.

2. A segunda etapa definirá as atividades remediadoras, com o objetivo de reduzir a

mobilidade, toxicidade e volume dos contaminantes e estabilização do solo. Serão

adotadas ações de tratamento primário ou físico da área, tratamento secundário e

terciário, seguido, por fim, do monitoramento ambiental da área.

Ressalta-se que as intervenções para a recuperação de aterros também incluirão o

controle/gestão ambiental e a ocupação do solo de maneira lógica, prática e

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economicamente viável. Assim, simultaneamente ao processo de remediação, será iniciada

a implementação de um Programa de Gestão da área desativada.

7.3.3.1. Tratamento primário

O tratamento primário do aterro consistirá na aplicação de controles físicos que não

alteram as características químicas e biológicas dos resíduos e dos contaminantes

existentes no local, busca-se nesta etapa à estruturação do aterro para a realização

do tratamento dos seus resíduos:

o Preparação da infraestrutura de acessos e circulação do aterro;

o Drenagem de águas pluviais;

o Formação de células;

o Cobertura do lixo compactado;

o Drenagem e retenção de chorume e

o Drenagem e captação de gases.

É de fundamental importância no tratamento primário observar a eficiência das

ações relativas à execução das camadas de cobertura das células e a implantação e

manutenção do sistema de drenagem de efluentes são fundamentais na criação de um

ambiente favorável para a degradação biológica da massa de lixo. Visto que, a deficiência

desses dois aspectos promove a entrada excessiva de ar e do acúmulo de líquidos na massa

de lixo. Como resultado, a aplicação do tratamento primário possibilita reduzir

significativamente a proliferação de vetores de doenças que são atraídos pelo lixo e a

migração descontrolada de gases e líquidos que impactam o meio, além de melhorar o

aspecto estético da massa de resíduos em tratamento, cumprindo, assim, às normas e

regulamentações dos órgãos de controle ambiental.

7.3.3.2. Tratamento secundário

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O tratamento secundário se dará através da concepção anaeróbica, que consiste na

aplicação de processos bio-físico-químicos objetivando a redução de volume, toxicidade e

mobilidade dos contaminantes nos resíduos.

O tratamento secundário deve considerar, principalmente, as características

específicas da área e as limitações técnicas, financeiras e de prazo do gestor do processo.

7.3.3.3. Tratamento terciário

O escopo do tratamento terciário envolve atividades direcionadas ao tratamento de

cada tipo de resíduo.

As ações visam garantir a adequada destinação dos resíduos resultantes do

tratamento primário e secundário da área, que continuarão sendo produzidos no local até

sua completa decomposição:

1. Tratamento e destinação final dos resíduos sólidos resultantes dos processos físicos

e biológicos nos quais o aterro foi submetido, de modo à torná-los inertes ou deixa-

los num grau de contaminação aceitável para disposição no meio;

2. Monitoramento ambiental, cujo papel torna-se fundamental na avaliação da

eficiência das ações anteriores e no controle do processo de recuperação final da

área.

A aplicação efetiva dos tratamentos primário, secundário e terciário deve mitigar os

impactos ambientais decorrentes do manejo inadequado dos resíduos.

7.3.4. Recuperação simples

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Neste tipo de ação observamos as seguintes atenuantes, que atendem a um grupo de

condições específicas:

O lixão tem pequena altura, podendo ser capeado com solo, sem manejo de lixo, de

modo seguro e economicamente viável;

O lixão não esta localizado em áreas de reconhecida formação cáustica, ou sobre

qualquer outra formação geológica propícia à formação de cavernas;

O lixão não esta localizado em áreas de valor histórico ou cultural, exemplificando-

se com os sítios arqueológicos;

O lixão não esta localizado em áreas de preservação permanente, áreas de proteção

ambiental e reservas biológicas;

O lixão está afastado de pelo menos 200 metros de fontes de abastecimento hídrico

para irrigação de hortaliças e consumo humano;

Observando as condições supracitadas, realizaremos as seguintes atividades:

Avaliação da extensão da área ocupada pelos resíduos;

Delimitação da área com cerca de isolamento e portão;

Identificação do local com placas de advertência;

Arrumação dos resíduos em valas escavadas ou reconformação geométrica dos

resíduos, com a menor movimentação de lixo possível, ficando a critério dos

técnicos responsáveis, a obtenção da configuração mais estável.

Conformação do platô superior com declividade mínima de 2%, na direção das

bordas ou, no caso de valas, o nivelamento final deverá ser feito de forma abaulada

para evitar o acúmulo de águas de chuva sobre a vala e ficar em cota superior à do

terreno, prevendo-se prováveis recalques;

Recobrimento do maciço de resíduos com uma camada mínima de 50 cm de argila

de boa qualidade, inclusive nos taludes laterais;

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Execução de canaletas de drenagem pluvial a montante do maciço para desvio das

águas de chuva;

Lançamento de uma camada de terra vegetal ou composto orgânico para possibilitar

o plantio de espécies nativas de raízes curtas, preferencialmente gramíneas.

Dentre as vantagens aventadas para esse tipo de intervenção, ressalta-se a

simplicidade dos equipamentos exigidos (trator de esteiras de qualquer porte é desejável),

dispensando a aquisição de novos equipamentos e das operações envolvidas para a selagem

do lixão e para a execução de drenagem pluvial.

Como uma desvantagem importante da recuperação simples menciona-se a

restrição de possibilidades de uso futuro da área.

Além disso, vale destacar a necessidade de escolha de um novo local para

disposição de resíduos no município, em conformidade com a legislação ambiental e as

normas técnicas pertinentes.

7.3.5. Requalificação da área

No processo de requalificação da área do lixão teremos que considerar que os

resíduos aterrados ainda permaneceram em processo de decomposição por um período

superior a 10 anos. Deste modo, mesmo realizando o fechamento do lixão, será necessário

manter em bom estado e em pleno funcionamento os sistemas de drenagem superficial de

águas pluviais por um período de 25 anos. Este período padrão (default) é adotado por ser

considerado suficiente para o maciço de lixo alcançar as condições de relativa estabilidade.

Para uso futuro dos aterros é indicamos o reflorestamento da área com espécies

nativas criando uma área de preservação ambiental, nos casos de aterros próximos a áreas

urbanizadas com equipamentos comunitários como praças esportivas, campos de futebol e

áreas de convívio. As áreas encerradas podem também ser utilizadas para pastagens ou

plantações (de grãos, lenhosas, viveiros de mudas etc.), observando-se, em ambos os casos,

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a recomendação de que a camada utilizada para o plantio (acima da camada selante

argilosa) seja suficiente para garantir que as raízes não entrem em contato com os resíduos

dispostos, sugerindo-se que as raízes cheguem, no máximo, até a camada de argila da

cobertura final.

A requalificação da área será realizada de modo a integra-la ao seu entorno,

considerando-se, principalmente, as necessidades da comunidade local. Assim, a

participação efetiva da população é fundamental nesta etapa do processo. É necessário,

além de adequar ambientalmente a área, suprir os anseios e expectativas da população

diretamente afetada, compreendendo, principalmente, a problemática social que envolve o

destino dos indivíduos que utilizam o aterro como meio de subsistência.

7.3.6. Revegetação

A revegetação da área deverá seguir o seguinte padrão: vegetação pioneira,

vegetação secundária e vegetação final.

O objetivo da vegetação pioneira é de minimizar a erosão com o rápido

estabelecimento das raízes. Uma vez estabelecida a vegetação pioneira, as vegetações

secundária, sucessiva e clímax deverá requerer cada vez menos manutenção e menor

demanda hídrica. Observa-se que o ambiente em questão é inadequado para boa parte da

vegetação, sobretudo àqueles que possuem raízes profundas. O uso de vegetação com

raízes profundas, no entanto, pode ser viabilizado com a adição de uma camada mais

profunda de terra, procedimento adotado na recuperação de aterros geralmente a fim de

amenizar a estética visual de um espaço estéril e monótono. A vegetação final a ser

implantada provavelmente não será a mesma da vegetação pioneira.

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Quadro 14: Áreas degradadas relativas aos resíduos sólidos encontradas no município de Fagundes em

Outubro de 2013.

Área Degradada

Localização

Ações

Latitude Longitude

Lixão Municipal S 07° 04’

38,4”

O 36° 04’ 43,1” Elaboração e execução do PRAD.

Matadouro Municipal S 07° 04’

13,0”

O 36° 05’ 06,9” Gerenciamento dos resíduos sólidos

e líquidos.

Cemitério S 07° 04’

29,9”

O 36° 03’ 51,0”

Limpeza da área adjacente e orientação à gerência.

7.4. Definições do modelo de aterro sanitário

7.4.1. Normatização dos modelos de aterros sanitários para cidades de

pequeno porte.

O maior problema encontrado pelos municípios de pequeno porte, associado à

escassez de recursos técnicos e financeiros para a construção de aterros sanitários, é o da

disponibilidade de equipamentos para a sua operação. Os tratores de esteiras, utilizados

usualmente nos aterros de resíduos, têm custo de aquisição e manutenção elevado. Deve-se

considerar, também, que o menor trator de esteiras disponível no mercado nacional tem

capacidade para operar até 150 toneladas de resíduos por dia. Assim, para as cidades que

geram quantidades de lixo muito inferiores a esse limite, tem se longos períodos de

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ociosidade do equipamento, o que, invariavelmente, resultará na utilização desse

equipamento em outras obras no município.

Logo, o aterramento dos resíduos fica relegado a um plano secundário, com a

consequente transformação do aterro sanitário num depósito a céu aberto. Esse é o grande

obstáculo oferecido por diferentes modalidades de aterros para resíduos, quando aplicados

a pequenas comunidades, exceto aqueles desenvolvidos em valas e operados sem a

utilização de equipamentos.

As tecnologias simplificadas de destinação final dos Resíduos Sólidos Urbanos -

RSU, também denominadas de aterros em valas, aterros sustentáveis ou aterros manuais,

todas muito similares, surgem como resposta aos riscos das diversas formas de poluição

causadas pelos lixões das cidades de pequeno porte. São projetos de engenharia que

compreendem um conjunto de procedimentos que minimizam os impactos a níveis

aceitáveis; sendo ideais para atender ao grande número de municípios brasileiros de

pequena população, por serem sistemas construídos com a devida preocupação ambiental,

possuírem simplicidade construtiva e operacional, e baixos custos de implantação e

operação, vindo a se comparar a outras soluções.

Possibilitam também a reutilização, sob-restrições, da área após seu fechamento e

requerem simplicidade no monitoramento. Portanto, tornam-se vantajosas para serem

aplicadas em municípios de pequeno porte. Entende-se como município de pequeno porte

aquele que possui até 20.000 habitantes e que gera, no máximo, 30 toneladas de resíduos

sólidos por dia.

Essa tecnologia simplificada consiste na escavação de valas, cujas dimensões irão

variar conforme as características físicas do terreno, principalmente, no caso do lençol

freático estar próximo à superfície. O solo retirado na escavação deverá ser disposto ao

lado das valas para ser utilizado, posteriormente, como material de cobertura.

O uso de máquinas e equipamentos pesados se faz necessário, essencialmente no

momento da adequação do solo (ex: nivelamento, quando necessário); escavação das valas;

e construção das vias internas para circulação dos veículos coletores de resíduos sólidos. O

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tipo de equipamento a ser utilizado pode variar conforme a capacidade de pagamento do

município ou de sua disponibilidade de máquinas e equipamentos. A existência de uma

máquina retroescavadeira no município já permite atender as necessidades dos serviços de

abertura de valas do AS.

Conforme ABNT (2010), a maior parte dos municípios brasileiros tem pequena

população e apresenta contextos ambientais bem diversificados. Nestes municípios, ou

associações de municípios, sempre que as condições físicas o permitam, é possível à

implantação de sistemas de disposição final simplificados, em razão das pequenas

quantidades e das características dos resíduos gerados diariamente, sem prejuízo do

controle de impactos ambientais e sanitários.

As normas existentes, especialmente a NBR 8419:1992 e a NBR 13896:1997 da

Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT tratam, de forma abrangente os aterros

de resíduos, independentemente do porte. No entanto, entende-se que algumas estruturas

ou sistemas comuns a esses empreendimentos podem, sob certas condições, ser facultativas

em aterros de pequeno porte. Desta forma a Norma NBR 15849:2010 da ABNT, especifica

os requisitos mínimos para localização, projeto, implantação, operação e encerramento de

Aterros Sanitários de Pequeno Porte - ASPP, para a disposição final de resíduos sólidos

urbanos. Estabelece também as condições para a simplificação das instalações de pequeno

porte, além de determinar condições para a proteção dos corpos hídricos superficiais e

subterrâneos no local de implantação, bem como a proteção da saúde e do bem estar das

populações vizinhas.

Segundo ABNT (2010) define-se aterro de pequeno porte o aterro sanitário para

disposição no solo de resíduos sólidos urbanos, até vinte toneladas por dia ou menos,

quando definido por legislação local, em que, considerados os condicionantes físicos

locais, a concepção do sistema possa ser simplificada, adequando os sistemas de proteção

ambiental sem prejuízo da minimização dos impactos ao meio ambiente e à saúde pública.

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Uma síntese das tecnologias simplificadas existentes encontra-se no Quadro 11.

Observam-se vários pontos em comuns, tais como, escavação de valas ou trincheiras, uso

de equipamentos de baixo custo, uso de cobertura diária dos resíduos, entre outras.

Quadro 15. Características de várias tecnologias simplificadas para disposição de resíduos

sólidos.

Elementos

Aterro

em

Valas1

Aterro

Simplificado2

Aterro

Manual3

Aterro

Sustentá

el4

População

máxima a ser

Atendida

25.000

hab.

20.000

hab. 30.000 hab. 20.000 hab.

Quantidade

máxima de

Resíduos

Depositados

por dia

10 t/d 20 t/d 15 t/d 20 t/d

Método

Construtivo

para o

confinamento

Valas Trincheiras

e células

Área e

Trincheiras Trincheiras

Profundidade

doaterro ≅ 3m ≤ 4m 2 a 4m 2 a 3m

S stema

dedrenagem de gás

Não

existente

Não

existe te xistente Existente

Sistema

dedrenagem

delixiviado

Não

existente

Não

existente Existente Existente

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Forma

decompactação

dosresíduos sólidos

Manual Manual Equipamentos

manuais

Equipamen

Tos

manuais

Grau

decompactação 500kg/m

3 400kg/m

3

400

500kg/m3

500kg/m3

Tipo de

solorecomendado

parase implantar o

aterro

Argila Argila Argila Argila

Fontes: Adaptado de (1) CETESB, 1997; (2) CONDER, 2000; (3) CEPIS/OMS, citado por

MAY, 2008; (4) CASTILHOS JR, 2003.

Uma das principais inovações apresentadas na Norma NBR 15849:2010 é a

definição de critérios para a dispensa da impermeabilização complementar, tendo como

variáveis o coeficiente de permeabilidade, o excedente hídrico, a fração orgânica dos

resíduos e a profundidade do freático. Além da simplificação técnica, os aterros sanitários

de pequeno porte, com disposição diária de até 20 t (vinte toneladas) de resíduos sólidos

urbanos, contam com procedimentos simplificados de licenciamento ambiental, conforme

estabelecido na Resolução CONAMA 404/2008.

Assim, estes empreendimentos são dispensados da elaboração do Estudo de

Impacto Ambiental e Relatório de Impacto do Meio Ambiente – EIA/RIMA, sendo que,

para o licenciamento ambiental, devem ser atendidas, no mínimo, as seguintes condições,

critérios e diretrizes:

Vias de acesso ao local com boas condições de tráfego ao longo de todo o ano,

mesmo no período de chuvas intensas;

Respeito às distâncias mínimas estabelecidas na legislação ambiental relativas a

áreas de preservação permanente, Unidades de Conservação, ecossistemas frágeis e

recursos hídricos subterrâneos e superficiais;

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Uso de áreas com características hidrogeológicas, geográficas e geotécnicas

adequadas ao uso pretendido, comprovadas por meio de estudos específicos;

Uso de áreas que atendam a legislação municipal de Uso e Ocupação do Solo, com

preferência daquelas antropizadas e com potencial mínimo de incorporação à zona

urbana da sede, distritos ou povoados, e de baixa valorização imobiliária;

Uso de áreas que garantam a implantação de empreendimentos com vida útil

superior a 20 anos.

Impossibilidade de utilização de áreas consideradas de risco, como as suscetíveis a

erosões, salvo após a realização de intervenções técnicas capazes de garantir a

estabilidade do terreno.

Impossibilidade de uso de áreas ambientalmente sensíveis e de vulnerabilidade

ambiental, como as sujeitas a inundações.

Descrição da população beneficiada e caracterização qualitativa e quantitativa dos

resíduos a serem dispostos no aterro;

Capacidade operacional proposta para o empreendimento

Caracterização do local:

Métodos para a prevenção e minimização dos impactos ambientais;

Plano de operação, acompanhamento e controle;

Apresentação dos estudos ambientais, incluindo projeto do aterro proposto,

acompanhados de anotação de responsabilidade técnica;

Apresentação de programa de educação ambiental participativo, que priorize a não

geração de resíduos e estimule a coleta seletiva, baseado nos princípios da redução,

reutilização e reciclagem de resíduos sólidos urbanos, a ser executado

concomitantemente à implantação do aterro;

Apresentação de projeto de encerramento, recuperação e monitoramento da área

degradada pelo(s) antigo(s) lixão(ões) e proposição de uso futuro da área, com seu

respectivo cronograma de execução;

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Plano de encerramento, recuperação, monitoramento e uso futuro previsto para a

área do aterro sanitário a ser licenciado;

Apresentação de plano de gestão integrada municipal ou regional de resíduos

sólidos urbanos ou de saneamento básico, quando existente, ou compromisso de

elaboração nos termos da Lei Federal 11.445/2007 ou Lei Federal 12.305/2010;

7.5. Aterro sanitário em valas

Após licenciamento do empreendimento, o aterro sanitário tem sua implantação

realizada em duas fases distintas, são apresentados dados quanto à caracterização dos

serviços supracitados e, quando o caso específico, sua metodologia de execução.

Na fase de implantação são previstas ainda a instalação de estruturas auxiliares

como portaria, e cercas (12 fios) para isolamento do terreno, de modo a evitar a entrada de

catadores ou animais, e ainda, evitar o arraste de materiais leves pelo vento, para fora da

área.

7.5.1 Requisitos básicos para a implantação de aterro sanitário em valas

A área deve atender aos seguintes requisitos:

A população atendida pelo sistema de coleta deve ser inferior a 20.000 habitantes;

Não deve estar localizada em áreas de reconhecida formação cárstica, ou sobre

qualquer outra formação geológica propícia à formação de cavernas;

Não deve estar localizado em áreas erodidas, em especial em voçorocas ou em

áreas de preservação permanente;

Deve possuir solo de baixa permeabilidade e ter declividade média inferior a 30%;

Não deve estar localizado em área sujeita a eventos de inundação;

Deve estar situado a uma distância mínima de 300 metros de cursos d’água ou

qualquer coleção hídrica.

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O local deve estar a uma distância mínima de 500 metros de núcleos populacionais;

O local deve estar a uma distância mínima de 100 metros de rodovias federais, a

partir da faixa de domínio estabelecida pelos órgãos competentes.

O local deve ser delimitado com cerca de isolamento e portão, complementada por

espécies arbustivas/arbóreas;

O local deve ser identificado com placas de advertência;

Nas valas onde a disposição de resíduos estiver encerrada, deverá ser feita a

conformação do platô superior com declividade mínima de 2%, na direção das

bordas ou, no caso de valas, o nivelamento final deverá ser feito de forma abaulada

para evitar o acúmulo de águas de chuva sobre a vala e ficar em cota superior à do

terreno, prevendo-se prováveis recalques;

Recobrimento final do maciço de resíduos com uma camada mínima de 50 cm de

argila de boa qualidade, inclusive nos taludes laterais;

Execução de canaletas de drenagem pluvial a montante da área de disposição para

desvio das águas de chuva;

Após o encerramento da vala ou do aterro deverá ser realizado o lançamento de

uma camada de terra vegetal ou composto orgânico para possibilitar o plantio de espécies

nativas de raízes curtas, preferencialmente gramíneas, todos esses procedimentos podem

ser observado na Figura 24.

Figura 30 –Disposição final de resíduos em valas.

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7.5.3 Características do solo

Com relação às áreas escolhidas para implantação destes aterros, são recomendados

locais com solos argilosos, pois para esse tipo de aterro, não há exigências dos órgãos

ambientais para impermeabilização artificial das valas com manta PEAD - Polietileno de

Alta Densidade.

À medida que se faz a escavação das valas o solo é armazenado em uma das

laterais, sobre uma vala já finalizada, para ajudar na compactação da mesma, e ainda, para

ser utilizado como material de cobertura da vala em operação, conforme mostrado nas

Figuras 25, 26 e 27.

Figura 31. Abertura de valas.

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Figura 31. Perfil e corte esquemático da abertura das valas.

Fonte. CETESB (2006).

Figura 32 – Corte transversal esquemático de um aterro sanitário em valas.

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Fonte. CETESB (2006).

7.5.4. Profundidade do lençol freático

A cota máxima do lençol freático deve estar o mais distante possível da cota do

fundo da vala, a distância mínima é de 3 metros de profundidade.

7.5.5. Drenagem superficial e proteção com grama

O sistema de drenagem dependerá do local e deverá ser implantada ao redor da área

do aterro e em locais mais íngremes poderá ser necessária à colocação desses drenos

também entre as valas. Ao longo do período de operação, torna-se necessária a execução

de sistemas e dispositivos de drenagem superficial, a fim de manter a área do aterro em

condições normais de operação.

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A cada descarga de resíduos, a vala deverá receber uma cobertura, com a terra

removida de aproximadamente 20cm de espessura, evitando mau cheiro, moscas, fogo e

arrastamento dos resíduos pelo vento.

7.5.6. Controle do acesso ao aterro sanitário

O acesso dos caminhões coletores à área será feito através de portaria, que contará

com uma guarita ocupada por funcionário que fará o controle de entrada e saída dos

coletores, assim será permitido o acesso ao aterro somente os caminhões coletores

cadastrados na Prefeitura.

7.6.6. Disposição dos resíduos sólidos

Durante a operação a disposição dos resíduos na vala aberta é iniciada pelo mesmo

lado que a vala começou a ser escavada, com o caminhão coletor se posicionando de ré,

perpendicularmente ao maior lado (sentido longitudinal) da vala. O coletor ou caminhão de

transporte de resíduos deve se aproximar ao máximo da vala, de maneira a garantir o

lançamento diretamente na vala, evitando o espalhamento em outros locais, conforme

mostrado na Figura 33.

Figura 33. Os resíduos são descarregados em um único ponto da

vala, até que esteja totalmente preenchido.

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Figura 34 .Perfil e corte esquemático da disposição de resíduos nas valas.

Fonte: CETESB, 2010.

Figura 35. Perfil e corte esquemático da disposição de resíduos nas valas.

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Fonte: CETESB, 2010.

7.3.7. Encerramento do aterro sanitário

Quando for atingida a cota máxima de cada vala será realizada a cobertura final

utilizando-se argila de boa qualidade compactada, com o objetivo de minimizar a

infiltração de aguas pluviais. Este nivelamento final é efetuado numa cota superior à do

terreno, prevendo-se prováveis recalques, de forma a evitar o acúmulo de água.

Posteriormente à execução da cobertura final de cada vala estas serão cobertas com solo

orgânico e cobertura vegetal com plantas nativas, evitando deste modo a ocorrência de

erosões. Ao final da operação de cada vala, estas serão demarcadas com marcos fixos e

permanentes, visando facilitar futuras intervenções, se necessário.

Após a finalização da disposição de resíduos nas valas, deve-se prever uma rotina

de manutenção, de modo a corrigir eventuais recalques, desobstruir e manter o

funcionamento correto dos sistemas de drenagem de águas pluviais e o corte da grama.

7.6. Procedimentos operacionais

Para o adequado funcionamento do aterro sanitário em valas, deve-se seguir uma

rotina operacional pré-estabelecida, mediante o treinamento dos funcionários e o

acompanhamento por um responsável técnico, a fim de seguir o projeto previamente

aprovado.

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A seguir, são descritos alguns pontos importantes a serem obedecidos durante a

operação desses empreendimentos.

7.6.1. Recepção de resíduos

A definição dos tipos de resíduos permitidos no aterro sanitário em valas é

efetuado na fase do projeto e deve ser submetido à aprovação do órgão ambiental, porém,

durante a operação do empreendimento é importante verificar se os resíduos que estão

sendo encaminhados são compatíveis com aqueles pré-estabelecidos.

Deve ser estabelecida uma rotina de recepção dos resíduos, efetuando-se, pelo

menos, uma inspeção visual e o registro de entrada, conforme especificado a seguir.

7.6.2. Registros

É importante efetuar o registro dos resíduos que entram na área do aterro, inclusive

para acompanhar seu desenvolvimento, avaliando se os volumes recebidos estão

compatíveis com a ocupação de áreas e com a vida útil estimada no projeto, bem como

registrando os tipos de resíduos recebidos e verificando sua procedência.

Sugere-se a implantação de um sistema de registro, por meio de uma ficha (anexo),

contendo informações como: tipo de resíduo, quantidade estimada, placa do veículo,

responsável pelo registro etc.

Como exemplo, são descritos, a seguir, alguns tipos de resíduos permitidos e não

permitidos para a disposição nos aterros sanitários em valas.

7.6.3. Resíduos permitidos

Conforme previsto na Resolução CONAMA 404/2008, os resíduos sólidos

permitidos nos aterros sanitários de pequeno porte são aqueles provenientes de domicílios,

de serviços de limpeza urbana, de pequenos estabelecimentos comerciais, industriais e de

prestação de serviços, que estejam incluídos no serviço de coleta regular de resíduos e que

tenham características similares aos resíduos sólidos domiciliares.

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7.7.4. Resíduos não permitidos

Não podem ser dispostos nos aterros sanitários em valas os seguintes resíduos:

Resíduos perigosos;

Resíduos da construção civil;

Resíduos provenientes de atividades agrosilvopastoris;

Resíduos de mineração; e

Resíduos de serviços de saúde, sem tratamento prévio ou sujeitos às exigências de

destinação especial.

Ressalta-se que, embora classificados como resíduos sólidos urbanos, é

recomendado que os resíduos de podas não sejam destinados ao aterro sanitário em valas,

já que eles ocupam um grande volume. Além disso, devido a suas características, podem

ter um uso benéfico para o meio ambiente, por meio de compostagem ou aproveitamento

energético.

Deve-se impedir a entrada de resíduos cuja composição não seja adequadamente

identificada e compatível com a disposição do aterro. Caso detectada a incompatibilidade,

a carga deve ser devolvida ao gerador, ficando sob sua responsabilidade o

encaminhamento dela para tratamento e disposição final adequada. Caso estes resíduos

sejam de responsabilidade da própria Prefeitura, esta deverá providenciar o seu destino

apropriado. Caso tais ocorrências envolvam resíduos perigosos, devem ser comunicadas ao

órgão ambiental.

7.8. Manejo das valas

A experiência adquirida ao longo dos anos demonstra que de nada adianta um bom

projeto, com a obtenção de todas as licenças ambientais necessárias e, ainda, a existência

de equipamentos e infraestrutura, se a operação do aterro sanitário em valas não for

desenvolvida de forma ambientalmente correta.

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Esta operação deve estar diretamente relacionada a todas as etapas de concepção,

elaboração do projeto e implantação do aterro sanitário em valas, bem como deve

considerar o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos do município como um todo, uma

vez que a frequência e o horário de coleta, o tipo de equipamento empregado, a existência

de coleta diferenciada, entre outros fatores, irão influenciar diretamente a operação.

Os critérios para a operação das valas deverão seguir as especificações do projeto.

Entretanto, são descritos a seguir alguns critérios usuais para este tipo de empreendimento.

7.8.1. Dimensões das valas

A separação entre as bordas superiores das valas deve ser, no mínimo, de 1 metro,

deixando espaço suficiente para operação e manutenção. A profundidade da escavação das

valas deve ser no máximo, de 3 metros, observada as condições de estabilidade dos taludes

e o nível do lençol freático. A largura da vala pode ser variável, dependendo do

equipamento usado na escavação, cuidando para que não seja excessiva a ponto de

dificultar a cobertura operacional dos resíduos. Recomenda-se que a largura da vala na

superfície não supere 3 metros (ABNT, 2010).

O comprimento das valas será delimitado em função da vida útil esperada, conforme

especificado no item a seguir.

7.8.2. Abertura e vida útil das valas

A escavação de cada vala deve ser executada de uma só vez e o seu

dimensionamento feito de modo a permitir a disposição dos resíduos por um período

aproximado de 30 dias. Para uma vida útil maior, recomenda-se que no fundo da vala

sejam mantidos pequenos diques de solo natural que definam subáreas hidraulicamente

separadas, com vida útil aproximada de 30 dias (Figuras 31 e 32).

Figura 31 – Abertura de valas, com acúmulo de terra apenas em um dos lados.

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Fonte: CETESB, 2010.

Figura 36 – Abertura de valas, com acúmulo de terra apenas em um dos

lados.

Fonte: CETESB, 2010.

7.8.3 Dimensionamento das valas

7.8.3.1 Valas para resíduos sólidos domiciliares – RSD

PARÂMETROS

Em decorrência das limitações operacionais, algumas dimensões devem ser pré-fixadas:

Largura da vala: 3 metros

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Profundidade da vala: 3 metros

Densidade de compactação dos resíduos na vala: 500 kg/m3

7.8.4. Cobertura final

Quando for atingida a cota máxima deverá ser realizada a cobertura final com solo

(Figura 37), com a compactação dessa cobertura, minimizando deste modo à infiltração e,

em decorrência disso, a quantidade de lixiviados através da massa de resíduos é menor.

O nivelamento final da vala é efetuado numa cota superior à do terreno, prevendo-

se prováveis recalques, de forma a evitar o acúmulo de água. A cobertura final deverá ser

executada com uma camada de solo de, aproximadamente, 60 centímetros, com uma

declividade de, no mínimo, 7 % na menor dimensão da vala.

Figura 37 – Execução da camada de cobertura final da vala.

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7.8.3.3 Valas para resíduos de abatedouros – RSA

PARÂMETROS

Em decorrência das limitações operacionais, algumas dimensões devem ser pré-fixadas:

Largura da vala: 3 metros

Profundidade da vala: 3 metros

Densidade de compactação dos resíduos na vala: 550 kg/m3

Resíduos sólidos por animal (400 kg): 55 kg

7.6.3.3 Valas para resíduos sólidos cemitériais – RSC

PARÂMETROS

Em decorrência das limitações operacionais, algumas dimensões devem ser pré-fixadas:

• Largura da vala: 3 metros

• Profundidade da vala: 2 metros

• Densidade de compactação dos resíduos na vala: 550 kg/m3

7.8.5. Cobertura vegetal

Posteriormente à execução da cobertura final da vala, a mesma deve ser coberta

com solo orgânico e cobertura vegetal com plantas nativas, para evitar erosões, bem como

minimizar a infiltração de águas de chuva.

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CAPÍTULO VII

8.0 - PROPOSIÇÃO DE ÁREAS PARA A IMPLANTAÇÃO DA UNIDADE

DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (UGIRSU) NO

CENTRO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS (CTR)

O empreendimento deverá possuir aproximadamente 5 hectares de área sendo que

serão utilizados apenas 2 hectares para a implantação propriamente dita do

empreendimento e terá uma vida útil de no mínimo 25 anos e poderá operar sob concessão.

A CTR será composta de Aterro Sanitário para Resíduos Sólidos Urbanos, Resíduos de

Abatedouro e Resíduos Cemiteriais, Pátio para entulho, Pátio para Compostagem, Central

de Triagem, Unidade para Volumosos, ATT para Resíduos de Logística Reversa, ATT

para Óleos comestíveis, Centro de Educação Ambiental, Viveiro de Mudas (O viveiro de

mudas da CTR buscará produzir espécies ameaçadas de extinção e árvores de natureza

nativa, enfatizando as espécies da Caatinga que serão usadas para reflorestamento de áreas

de recuperação ambiental), e Instalações Físicas de Apoio para administração com

vestiários, almoxarifado e refeitório para os trabalhadores.

A nova área para destinação final dos Resíduos Sólidos Urbanos do município de

Fagundes ainda não foi escolhida, estando em fase de buscas, ao ser escolhida será

submetida a inspeção e aprovação pela SUDEMA e passará pelo processo de

licenciamento.

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CAPÍTULO VIII

9.0 - AÇÕES DE DESENVOLVIMENTO RURAL

Para garantir o desenvolvimento rural, pretende-se criar ações, técnicas e manejo

que viabilizem sua melhoria com ênfase na sustentabilidade, buscando melhorar as

condições do produtor e agregando maior valor a seus produtos, a partir de onde

poderemos observar:

a) Valorização e recuperação de áreas agrícolas, a partir de métodos simples, utilizando

insumos produzidos na própria propriedade, tais como, restos de alimentos, podas, folhas,

gerando um adubo orgânico, através da prática da compostagem;

b) Programa de Capacitação de utilização dos resíduos sólidos e suas reutilizações. Dessa

forma, disponibilizar informações e sensibilizar a sociedade para que todos conheçam a

realidade sobre os resíduos sólidos urbanos e rurais e se transformem em multiplicadores,

capazes de refletir, cobrar e propor novas atitudes que melhorem o ambiente em sua

comunidade, em sua cidade e em suas vidas;

c) Fomentar projetos de Apicultura, por ser uma atividade que mais se enquadra no

conceito de sustentabilidade e não tem impacto ambiental negativo;

d) Incentivar a utilização de fontes energéticas renováveis (biogás) como formar de

diminuir os impactos ambientais e gerar energia a base de resíduos de esterco animal, por

exemplo, cama de frango advindo da avicultura, esterco caprino, bovino e de suínos.

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CAPÍTULO IX

10.0 - CUSTOS

10.1. GASTOS ATUAIS COM A COLETA, TRANSPORTE E DISPOSIÇÃO

FINAL

Atualmente, para se manter a cidade limpa tem-se os seguintes gastos:

GASTOS Nº Valor/dia Total

Garis 14 25/500 7.000,00

Caminhão 01 4.200,00 4.200,00

Limpeza de

estradas, terrenos

Quantos precisem Em torno de

3.000,00

Quadro 16: Demonstrativo dos gastos atuais com a Coleta.

Estima-se em média um gasto de 14.200,00 mensal com a Coleta de Resíduos

Sólidos Domésticos.

10.2. PLANTA PARA A IMPLANTAÇÃO DA UGIRSU

Para implantação do Projeto será construída uma Unidade semelhante a esta abaixo,

em um local onde estar sendo estudado. Representadas nas figuras 38,39 e 40.

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10.3 - ORÇAMENTO - RESUMO UGIRSU U10.000 SETEMBRO DE 2012 -

Valores em R$ - BDI de 20%

Encargos sociais: mão de obra: 127,96%(hora) 77,25%(mês)

SINAPI - SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

LOCALIDADE E DATA REFERÊNCIA: JOÃO PESSOA - PB/JULHO 2012

ORÇAMENTO: MATERIAL + MÃO DE OBRA

ITEM TIPO DE SERVIÇO VALOR

1.0 Serviços Preliminares R$ 7.616,34

2.0 Guarita R$ 5.898,66

3.0 Área de Convivência R$ 29.948,51

4.0 Galpão de Compostáveis R$ 15.214,56

5.0 Galpão de Triagem R$ 15.773,67

6.0 Área Externa R$ 85.810,78

7.0 Equipamentos R$ 23.000,00

Total sem BDI R$ 183.262,51

Total BDI de 20% R$ 219.915,01

Quadro 17: Orçamento da UGIRSU

Caio Marcelo Sampaio Rodrigues

Engº Civil - Esp. Engª Sanitária e Ambiental

CREA/ CONFEA: 1606600125

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10.4 – Orçamento para implantação da Coleta Seletiva

Quadro 18: Preços dos produtos e serviços da coleta seletiva.

SERVIÇO QTD TOTAL R$

Manutenção das atividades de Coleta Seletiva (coleta,

transporte, triagem, catalogação, acondicionamento e

destinação final do material reciclável)

10.000

Capacitações - 4.000

Reboque para recicláveis Unit 28.000

Propagandas(faixas, panfletos, ...) Unit 2.000

EPI’s 10 2.500

Subtotal 46.500,00

10.5 CUSTO TOTAL

Custos totais para algumas etapas de implantação do Plano de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos.

TOTAL R$

Orçamento UGIRSU

219.915,00

Orçamento para implantação da Coleta Seletiva 46.500,00

Custo Total 266.415,00

Vale lembrar que no momento da licitação estes valores deverão serem atualizados.

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11. CRONOGRAMA (Quadro 19)

ATIVIDADE set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14

Reunião para apresentação

da proposta ao prefeito,

secretário e vereadores.

X

Criação dos GT’s – Grupos

de trabalho sobre Resíduos

Sólidos Urbanos.

X

Seminário sobre lei 12.305

com: Professores de rede

municipal , ACS’s

X

Coleta de dados para

subsidiar o plano.X X X

Estudo Gravimétrico. X

Elaboração do plano. X X X X

Revisão do plano. X

Divulgação do programa na

cidade de FagundesX X X X

Audiência Pública X

Mobilização e

Conscientização da

população para Coleta

Seletiva.

X X

Coleta seletiva

(permanente)X

Adequação do sistema de

coleta do municípioX X

Seleção do pessoal para

Associação de CatadoresX

Construção da Unidade

provisória.X X

Contato com as empresas

de reciclagem.X

Licitação para construção

da Unidade.X

Licenças Ambientais X

Início da construção da

Unidade de GerenciamentoX X X

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As fases de trabalho suscitaram a realização de um número significativo de

reuniões internas. Coerentes com as fases anunciadas para o trabalho e com o processo

público de sua elaboração, os seguintes procedimentos metodológicos foram previstos,

aplicados ou desenvolvidos durante a elaboração dos elementos que estruturam este Plano

Municipal. É importante ressaltar que o cronograma vai dar prazo para cada atividade e

orientar todos os participantes o que deve fazer e em qual tempo deve ser cumprido, mas

são previsões.

O tempo de duração das etapas estará vinculado ao nível de envolvimento dos

órgãos municipais, premidos pelas metas traçadas no Plano Municipal de Resíduos

Sólidos, e que estabelece 2014 como o prazo para a implantação do Sistema Municipal de

Informações de Resíduos Sólidos.

As parcerias com órgãos públicos, fundações, veículos de comunicação, empresas e

outros é fator inerente ao sucesso do empreendimento. A Superintendência de

Administração do Meio Ambiente do Estado de Paraíba – SUDEMA será abordada para

parcerias nas questões de licenciamento e fiscalização; as universidades da cidade e região

serão procuradas para empenhos conjuntos na formação de profissionais e técnicos

envolvidos na gestão ambiental; com o Ministério do Meio Ambiente buscaremos sinergia

na formulação e construção de base de dados e análise dos problemas ambientais de nossa

cidade e região; com os municípios vizinhos buscaremos a compreensão estratégica de se

pensar a questão ambiental de forma regionalizado.

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12. PLANO DE DIVULGAÇÃO E COMUNICAÇÃO

O Sistema de Informações de Resíduos Sólidos pelo seu caráter socioambiental

estratégico de monitoramento e controle, construção de indicadores de saúde ambiental e

humana, ele deve influir na formação de quem trabalha com ele e na informação de quem

vive nos espaços por ele monitorados. Com essa premissa é determinado que se utilizem de

todos os meios pelos quais se dará conhecimento do Sistema e suas ações aos parceiros,

formadores de opinião, autoridades governamentais, municípios vizinhos, público interno e

sociedade em geral. Um evento de apresentação e debate sobre a sua utilização deverá

contar com a presença e representação de todos os setores envolvidos na produção dos

dados, indicadores e análise desse acervo multifacetado, que em última instância será

alimentado por todos. De maneira participativa este encontro proporcionará a oportunidade

de se expor à estrutura de alimentação e análise, para que qualquer cidadão possa ter

acesso e nutrir-se de informações ambientais sem intermediários ou “tradutores”.

Cartazes afixados em estabelecimentos públicos e de grande circulação de pessoas

farão o papel de divulgação inicial e sustentada dessa ferramenta de gestão ambiental e

democratização da mesma.

11.1. Criação de um Sistema Municipal de informações

Criação e implantação de um Sistema Municipal de Informação, que possibilite

cruzar dados sobre ocupação do território e sua qualidade ambiental, a Gestão dos

Resíduos Sólidos e os dados consolidados da Secretaria de Saúde; Apresentação da

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proposta de convênio com o Ministério do Meio Ambiente visando implantação de um

Sistema Municipal de Informações.

Criação de uma Ouvidoria - A Ouvidoria é uma central de estabelecimento de

diálogo entre a Prefeitura Municipal de Fagundes e a população local, é um setor da

Secretaria de Meio Ambiente, que assim que implantado, vai passar a receber uma

demanda de informações, reclamações ou sugestões, sejam elas quais forem, a respeito dos

serviços prestados pela prefeitura ou denúncias de procedimentos impróprios para o

manejo dos resíduos sólidos. Ela aspira as demandas que o procedimento padrão falhou e

não conseguiu absorver/detectar.

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13. - CONCLUSÃO

Como podemos observar, a Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional

de Resíduos Sólidos, estabeleceu algumas metas a serem seguidas, a exemplo da

disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, a qual deve ser cumprida até o ano

de 2014.

Ficou demonstrada através deste documento, a situação da disposição final de

resíduos sólidos urbanos em Fagundes, não vem ocorrendo de forma adequada, pois o

Município ainda se vale de um “lixão”, o que acarreta impactos ambientais, que ao longo

do tempo podem se intensificar.

No entanto, em frente à esta perspectiva, e no intuito de solucionar a questão da

disposição final adequada dos resíduos sólidos, a Prefeitura pretende adotar medidas que

facilitem a adoção de ações mitigadoras, viabilizando em primeiro lugar a reciclagem e

reutilização de materiais considerados inservíveis e, posteriormente, a disposição adequada

dos resíduos que não sejam passíveis de reaproveitamento.

Contudo, para que isto ocorra, a Prefeitura deve contar com instrumentos

jurídicos que permita, ou facilite a adoção de medidas que venham a promover a

reciclagem e reutilização de resíduos, assim como propicie a implantação de um sistema de

destinação final adequado para os resíduos sólidos urbanos.

Nesse sentido, a prefeitura sugeriu ao legislativo municipal, uma proposta de

elaboração de um Decreto Municipal que institua a política municipal de resíduos sólidos,

a qual deve ser abrangente de tal forma que permita um completo gerenciamento dos

resíduos sólidos urbanos desde a geração até a destinação final, a qual deve ocorrer

necessariamente em um aterro sanitário.

Agindo assim, pretende-se realizar a separação dos resíduos domiciliares

recicláveis na fonte de geração (resíduos secos e úmidos); implantar a coleta seletiva dos

resíduos secos, realizada porta a porta, com pequenos veículos que permitam operação a

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baixo custo, priorizando a inserção de associações ou cooperativas de catadores; a

realização de compostagem da parcela orgânica dos RSU; a segregação dos resíduos da

construção e demolição com reutilização ou reciclagem dos resíduos de Classe A

(trituráveis) e Classe B (madeiras, plásticos, papel e outros); bem como a segregação dos

resíduos volumosos (móveis, inservíveis e outros) para reutilização ou reciclagem; e por

fim a segregação na origem dos Resíduos de Serviços de Saúde; a implantação da logística

reversa com o retorno à indústria dos materiais pós-consumo (embalagens de agrotóxicos;

pilhas e baterias; pneus; embalagens de óleos lubrificantes; lâmpadas fluorescentes, de

vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes; e

por fim o encerramento do lixão, com a consequente recuperação das áreas degradadas.

Para pôr todo o previsto em prática, o assunto “resíduos sólidos” será inserido

no dia a dia da comunidade, com campanhas, seminários, entrevistas em rádio e mídias

impressas, que terão por função motivar toda a comunidade no processo de construção

coletiva do presente plano, o qual terá sua implantação divulgada nos meios de

comunicação, incentivando assim, o interesse pela temática nos diversos ambientes de

trabalho, lazer, escola, família, vizinhança, etc. Será realizada a sensibilização dos

geradores de forma a preparar os usuários dos serviços e informá-los sobre as novas

práticas que terão que ser adotadas, com antecedência.

Também será feita a capacitação das equipes de operação da coleta e de

operação das unidades. Embora o processo de capacitação não se esgote na fase de

preparação da operação, esse início é muito importante e uma boa sincronia entre o preparo

da equipe e a conclusão das etapas finais da infraestrutura é particularmente importante.

As articulações de parcerias e negociações para uso ou venda do composto

serão iniciadas bem antes da entrada em operação das unidades, pois envolvem soluções de

transporte, soluções para estoque para quem vai receber o composto, eventuais alterações

de rotinas e capacitação para o uso adequado do composto, etc.

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14. – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fontes.”Dantas”, João Andrei, Fagundes: dos populares a levantes, Pedra de Santo

Antonio, 2004, UFCG.

Otávio, José. História da Paraíba, 200(p&nosp:119)

Joffily, Irinêo. Sinopse das Sesmarias, (p.&nosp:14)

De Paula Pinto, T.et al. Elementos para a organização da coleta seletiva e

projeto dos galpões de triagem. Ministério das Cidades, 2008.

Gomes, M. S. Melhoria da gestão ambiental urbana no Brasil. BRA/OEA.2010.

Ministério do Meio Ambiente. Plano Nacional de Resíduos Sólidos – Versão

Preliminar para Consulta Pública. Brasília-DF, 2011.

Panizzon, T. Implantação de um sistema de triagem mecanizada de RSU

oriundos de coleta seletiva para o município de Caxias do Sul – Uma

alternativa ao sistema atual. Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul-RS,

2009.

Ministério do Meio Ambiente. ICLEI – Brasil. Plano de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos: manual de orientação. Brasília-DF, 2013.

Ministério do Planejamento - Secretaria de Gestão. Guia referencial para

Medição de Desempenho e Manual para Construção de Indicadores. Brasília-

DF, 2009.

LEGISLAÇÃO

Decreto Federal n.º 5.940, de 25 de Outubro de 2006, que institui a separação dos

resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública

federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às cooperativas.

(2006). Decreto Federal n.º 6.017, de 17 de Janeiro de 2007, que Regulamenta a Lei

no 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de

consórcios públicos. (2007).

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Decreto Federal n.º 7.390, de 09 de Dezembro de 2010, que Regulamenta os arts.

6o, 11 e 12 da Lei no 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que institui a Política

Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC. (2010).

Decreto Federal n.º 7.405, de 23 de Dezembro de 2010, que Institui o Programa

Pró-Catador. (2010).

Decreto Federal n.º 7404, de 23 de Dezembro de 2010, que regulamenta a Lei n.º

12.305, de 2 de agosto de 2010. (2010).

Decreto Federal nº 7.217, 21 de Junho de 2010, que regulamenta a Lei Federal n.º

11.445/2007. (2010).

Lei Federal n.º 11.107, de 06 de Abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de

contratação de consórcios públicos. (2005).

Lei Federal n.º 12.187, de 29 de Dezembro de 2009, que institui a Polítca Nacional

sobre a mudança do clima. (2009).

Lei Federal n.º 12.305, de 02 de Agosto de 2010, que institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos. (2010).

Lei Federal nº 11.445, de 05 de Janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais

para o saneamento. (2007).

Resolução ANVISA n.º 306, de 07 de Dezembro de 2004, Dispõe sobre o

Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

(2004).

Resolução CONAMA n.º 307, de 05 de Julho de 2002, que estabelece diretrizes,

critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos de construção civil. (2002).

Resolução CONAMA n.º 313, de 29 de Outubro de 2002, que dispõe sobre o

inventário nacional de resíduos sólidos industriais. (2002).

Resolução CONAMA n.º 348, de 16 de Agosto de 2004, que inclui o amianto na

classe de resíduos perigosos. (2004).

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Resolução CONAMA n.º 358, de 29 de Abril de 2005, que dispõe sobre o

tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde. (2005).

Resolução CONAMA n.º 416, de 30 de Setembro de 2009, que dispõe sobre a

prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação

adequada. (2009).

Resolução CONAMA n.º 431, de 24 de Maio de 2011, que estabelece nova

classificação para o gesso. (2011).

Resolução SMA n.º 024, de 30 de Março de 2010,que estabelece a relação de

produtos geradores de resíduos de significativo impacto ambiental. (2010). Paraíba.

SITES

IBGE -http://www.ibge.gov.br/home/ (acessado em Outubro de 2013).

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