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COLÉGIO ESTADUAL PRINCESA IZABEL – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
RUA FLORIANÓPOLIS, 6085 – BAIRRO ALTO SÃO FRANCISCO.
FONE: 3622.5058 - UMUARAMA – PR
Email: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
"Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada, ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora. E nem passeia por ele..." Rubem Alves
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 04
2. IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................. 06
2.1. Localização ................................................................................................... 09
2.2. Aspectos Históricos ....................................................................................... 09
2.3. Condições Físicas e Matérias ....................................................................... 11
2.4. Estrutura Organizacional ............................................................................... 13
2.4.1. Administrativa ......................................................................................13
2.4.2. Pedagógica .........................................................................................15
3. OBJETIVOS GERAIS ........................................................................................... 22
3.1. Fins e Objetivos da Educação ....................................................................... 22
3.2. Objetivos da Escola ....................................................................................... 24
4. MARCO SITUACIONAL ....................................................................................... 25
4.1. Nossa Sociedade .......................................................................................... 25
4.2. Nossa Realidade Escolar .............................................................................. 26
4.3. Integração e Relacionamento Interpessoal ................................................... 31
4.4. Integração no Trabalho Escolar .................................................................... 32
4.5. Integração Família/Escola ............................................................................. 32
5. MARCO CONCEITUAL ........................................................................................ 33
5.1. Educação ...................................................................................................... 33
5.2. Homem .......................................................................................................... 34
5.3. Escola ............................................................................................................ 34
5.4. Conhecimento ............................................................................................... 35
5.5. Tecnologia ..................................................................................................... 36
5.6. Ensino e Aprendizagem ................................................................................ 37
5.7. Cidadania ...................................................................................................... 38
5.8. Formação Continuada .................................................................................. 39
2
5.9. Gestão Democrática ..................................................................................... 40
5.10. Educação Inclusiva ..................................................................................... 41
5.11. Educação do Campo................................................................................... 42
5.12. Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena ............................................... 43
5.13. Currículo...................................................................................................... 45
5.14. Organização Cultural ................................................................................... 47
5.15. Tempo Escolar ............................................................................................ 50
5.16. As Relações de Trabalho ............................................................................ 52
5.17. A Avaliação .................................................................................................. 52
5.18. Recuperação ............................................................................................... 55
6. MARCO OPERACIONAL ..................................................................................... 57
6.1. Organização do Trabalho Pedagógico ......................................................... 57
6.2. A Avaliação .................................................................................................. 58
6.3. Inclusão e Diversidade ................................................................................. 59
6.4. Quanto aos Alunos ....................................................................................... 59
6.5. Quanto aos Professores ............................................................................... 60
6.6. Quanto a Comunidade Escolar ..................................................................... 60
6.7. Papel das Instâncias Colegiadas ................................................................. 61
6.7.1. Conselho Escolar ............................................................................... 61
6.7.2. Conselho de Classe ........................................................................... 61
6.7.3. APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) ....................... 64
6.7.4. Grêmio Estudantil ............................................................................. 64
6.7.5. Programa Viva Escola ...................................................................... 67
6.7.6. Programa Mais Educação ................................................................ 67
6.7.7. Programa Segundo Tempo .............................................................. 68
7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 69
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1. APRESENTAÇÃO
Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.
GADOTTI, (cit. Veiga, 2001, p. 18).
O Projeto Político Pedagógico representa um caminho para uma possível
mudança, uma reorganização da prática pedagógica, advindas das constantes
reflexões e discussões entre os educadores e incentivada pela nova Lei de Diretrizes e
Bases e pelas Diretrizes Curriculares Estaduais.
O presente Projeto Político Pedagógico fundamenta-se teoricamente nos
princípios da pedagogia histórico crítica, onde o conhecimento se dá pela interação
entre os sujeitos, fundado também no princípio de que o processo educacional deve
partir da realidade que cerca o educando, visando emancipação do sujeito e
transformação da realidade, para melhorá-la, para torná-la mais humana, para permitir
que os homens e as mulheres sejam reconhecidos como sujeitos da sua história e não
como objetos. O trabalho aqui sistematizado traduz assim o compromisso com a
educação pública do Paraná e em especial para com a nossa instituição escolar.
Este é, no momento, um projeto possível e expressa a nossa preocupação
enquanto educadores, com a melhoria do ensino no sentido de responder às
necessidades sociais e históricas que caracterizam a sociedade atual, na qual está
inserida a nossa comunidade escolar. A elaboração deste Projeto Político Pedagógico
contou com a participação de toda equipe técnico-pedagógica, professores e pais,
buscando assim um comprometimento de todos com o trabalho realizado, com os
propósitos discutidos e com a adequação às características sociais e culturais da
realidade em que nossa escola está inserida.
Compreendemos que o Projeto Político Pedagógico é a alma da escola,
portanto simboliza a vida e o trabalho de todas as pessoas que fazem a educação no
dia a dia. Quando falamos em vida, está presente a dinâmica de construção, de
processo, de inacabado e é assim que ele se apresenta, sendo construído a cada ação
pedagógica que desenvolvemos.
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No entanto, por representar um instrumento político, cultural e científico e
ser decorrente de construção coletiva, engloba atividades vivenciadas pelos alunos,
mas também pressupõe a adoção de alguns princípios: concepção da formação e
desenvolvimento da pessoa humana; articulação da estrutura das disciplinas e
atividades curriculares voltadas à dinâmica do trabalho e da função social da escola;
tratamento das disciplinas e atividades com flexibilidade; preservação do equilíbrio das
diferentes disciplinas e atividades que compõem o currículo e finalmente ação integrada
e coletiva dos professores e funcionários enquanto agentes responsáveis pela
efetivação do Projeto Político Pedagógico.
A partir da definição da filosofia e dos princípios pedagógicos, que propõem
que a escola contribua significativamente para a formação de cidadãos emancipados e
conscientes de seus papéis na transformação da sociedade, as principais ações
pedagógicas e administrativas convergem para esse fim. Entendendo a realidade como
processo em constante mudança a comunidade escolar deve estar de acordo com a
dinamicidade do contexto histórico para que esta não seja negada nos espaços
educacionais, ferindo assim a proposta do Projeto Político Pedagógico.
Enfim, a construção/prática de um Projeto Político Pedagógico crítico, exige
estudo para obter o domínio de conhecimentos disciplinares e culturais, pedagógicos,
didáticos e práticos e dos conceitos e categorias do mundo globalizado, da
interdisciplinaridade e de cidadania. Como queremos indivíduos críticos, autônomos e
participativos, temos o grande desafio, de orientar nossas teorias e ações educacionais
pelo princípio da reflexão e da pesquisa.
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2. IDENTIFICAÇÃO
1. Dados de Identificação e Localização
Estabelecimento: Colégio Estadual Princesa Isabel Ensino Fundamental e Médio.
Endereço: Rua Florianópolis, 6085 – B. Alto São Francisco. Telefone: (44) 3622-5058.
E-mail: [email protected]
Código do estabelecimento: 0087
Código do Município: 2830
Código do núcleo: 28
Dependência Administrativa: Secretaria de Estado de Educação do Paraná
Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná
2. Atos Legais
Ato de Autorização do Estabelecimento: Decreto nº. 2896 de 03/02/1977.
Ato de reconhecimento do Estabelecimento: Resolução 140/82 de 05/02/82
Ato de renovação do reconhecimento do estabelecimento: Resolução Nº. 2122/03
de 10/07/2003.
Ato de autorização da Educação de Jovens e Adultos EJA: Resolução N°
1064/2010 de 18/05/2010.
3. Organização Interna
Modalidades: Ensino Fundamental: Séries Iniciais e Finais, Educação Especial e
Educação de Jovens e Adultos.
Nº. de alunos: 704
3.1. Horário de Funcionamento
Manhã: 07h35m às 12h00m
Tarde: 13h10m às 17h35m
Noite: 19h às 22h 35 min.
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3.2. Caracterização geral do atendimento:
Nº. Ensino Fundamental Séries Iniciais e Finais e
Educação de Jovens e Adultos - EJA
Nº. de alunos Período
01 4ª série A 33 Matutino 02 4ª série B 32 Vespertino 03 5ª série A 28 Matutino04 5ª série B 27 Matutino05 5ª série C 28 Matutino06 5ª série D 23 Vespertino07 6ª série A 35 Matutino08 6ª série B 30 Matutino09 6ª série C 32 Matutino10 6ª série D 27 Vespertino11 7ª série A 30 Matutino12 7ª série B 31 Matutino13 7ª série C 27 Matutino14 8ª série A 30 Matutino15 8ª série B 27 Matutino16 8ª série C 30 Matutino17 Sala de Recursos – Séries Iniciais 03 Matutino18 Sala de Recursos – Séries Iniciais 10 Vespertino19 Sala de Recursos – Séries Finais 13 Vespertino20 S. A. A. – Língua Portuguesa 15 Vespertino21 S. A. A. – Matemática 15 Vespertino22 01 sala de Língua Portuguesa – F.C. 09 Noturno23 01 sala de Matemática – F.C. 17 Noturno24 01 sala de Ciências – F.I. 15 Noturno25 01 sala de História – F.C. 08 Noturno26 01 sala de Língua Portuguesa – M.C. 08 Noturno27 01 sala de Matemática – M.C. 07 Noturno28 01 sala de Química – M.C. 25 Noturno29 01 sala de Inglês – M.C. 25 Noturno30 01 sala de Sociologia – M.C. 21 Noturno31 01 sala de Arte – M.C. 13 Noturno
Ensino Fundamental Regular
Ensino Fundamental regular de 5ª a 8ª série em séries anuais com duração
de 04 (quatro) anos;
Módulos de 40 semanas anuais, totalizando 200 (duzentos) dias letivos e 800
(oitocentos) horas anuais;
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Matriz Curricular composta da Base Nacional Comum e Parte Diversificada de acordo
com a LDB 9394/96.
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Educação de Jovens e Adultos (EJA) Fundamental Fase II presencial
organizado por disciplina com carga horária de 1.440/1.452 hora/aulas ou 1200/1210
horas e Ensino Médio presencial organizado por disciplina com carga horária total de
1440 horas/aulas ou 1200 horas.
2.1. Localização
O Colégio Estadual Princesa Izabel, Ensino Fundamental e Médio localiza-se
na Rua Florianópolis nº. 6085 funcionando em prédio próprio no bairro Alto São
Francisco no município de Umuarama, mantida pelo Poder Público e administrada pela
Secretaria de Estado da Educação, nos termos da legislação em vigor. A Escola tem
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por finalidade, atender ao disposto nas Constituições Federal e Estadual e na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, observadas, em cada caso, a legislação e as
normas especificamente aplicáveis.
2.2. Aspectos Históricos
Através do Decreto nº. 2896 de 01 de fevereiro de 1977, o Governador do
Estado do Estado do Paraná Sr. Jaime Canet Júnior nos termos da Lei Federal nº. 5692
de 11 de agosto de 1971, e do Parecer 026/75 e da Homologação da Resolução
320/75, de 27 de maio de 1975 autorizou a funcionar o Complexo Escolar “Érico
Veríssimo” no município de Umuarama, mantido pelo Governo do Estado do Paraná,
resultante da reorganização do Colégio Estadual de Umuarama, Grupo Escolar Isa
Mesquita e da nova unidade, denominada Grupo Escolar Princesa Izabel. A partir desta
reorganização, esta nova unidade escolar passou a denominar-se Escola Princesa
Izabel – Ensino de 1º Grau.
Até o final do ano letivo de 1977, a escola somente oferecia o Ensino de 1ª a
4ª série. A partir de 26 de janeiro de 1978, ficou autorizada a implantação de 5ª a 8ª
série do Ensino de 1º Grau nos períodos diurno e noturno pela Resolução nº. 290/78 de
26 de janeiro de 1978.
Com a Resolução nº. 140/82 de 25 de janeiro de 1982, foi então reconhecido
oficialmente o curso de 1º Grau Regular da Escola Princesa Izabel, mantida pelo
Governo do Estado do Paraná, tendo em vista o disposto no artigo 80 da Deliberação
030/80 do Conselho Estadual de Educação.
Em 28 de dezembro de 1989, foi autorizado o funcionamento do Centro de
Atendimento Especializado em Deficiência Visual através do Ato nº. 3686/89. Nos anos
seguintes foram implantados o Centro de Atendimento Especializado em Deficiência
Física através do Ato nº. 4291/91, Classe Especial de Deficiência Mental através do Ato
nº. 371/90, Centro de Atendimento Especializado de Iniciação ao Trabalho, nas áreas
das Deficiências Auditiva, Mental e Visual, através do Ato nº. 3183/93, Sala Especial na
área de Distúrbios Emocionais através do Ato nº. 2403/94 e Sala de Recursos na área
de Deficiência Mental e Distúrbios da Aprendizagem através Ato nº. 1916/98. Das áreas
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citadas, atualmente a área de Deficiência Visual não faz parte do programa deste
Estabelecimento de Ensino, pois em 04 de junho de 1994, o Centro foi transferido para
o Colégio Estadual de Umuarama através da Resolução nº. 3463/94 também em 03 de
dezembro de 1999, foi cessado o Centro de Atendimento Especializado de Iniciação ao
Trabalho, nas áreas das Deficiências Auditiva, Mental e Visual, através da Resolução
4328/99.
Em 25 de fevereiro de 1991, através do Ato nº. 662/91 foi autorizado o
funcionamento de uma Classe Especial de Deficiência Mental, porém em 11 de maio de
1994 foi alterada sua denominação para área de Distúrbios Emocionais, Condutas
Típicas através do Ato nº. 2.521/94.
Em 13 de junho de 1996 foi autorizado o funcionamento de uma Classe
Especial de Deficiência Mental, através do Ato nº. 2546/96, porém em 09 de junho de
1998 foi autorizada a cessação sobre o Ato nº. 1945/98.
A Implantação do Ciclo Básico de Alfabetização (CBA) 04 anos, deu-se
através da resolução nº. 585/95.
Com a Resolução nº. 391/98, foi então autorizado o funcionamento dos
Cursos de 1º e 2º Graus Supletivo – Função Suplência de Educação Geral Fases II e
III, estruturados em Blocos de Disciplinas. De acordo com a Deliberação 08/00 do CEE
foram realizadas as adequações para o funcionamento da EJA (Educação de Jovens e
Adultos) presencial, organizada por Etapas.
Motivada pela reorganização da Educação de Jovens e Adultos, no início do
1º semestre do ano letivo de 2006 iniciou-se a cessação gradativa desta modalidade,
ficando revogada a partir do 2º semestre de 2007 conforme Resolução nº. 4320/06
através do qual o estabelecimento passa a denominar-se: Escola Estadual Princesa
Izabel – Ensino Fundamental.
No primeiro semestre do ano de 2006 foi solicitada e autorizada a demanda
para (PAP) Professor de Apoio Permanente para dar atendimento a uma aluna com
Deficiência Física Neuromotora acentuada com limitação na fala, que foi matriculada na
1ª série do Ensino Fundamental.
No início do ano de 2009, foi montado processo de implantação da nova
modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) iniciando atendimento no 2º
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semestre no período noturno para a Fase II e Ensino Médio, voltando a denominar-se
Colégio Estadual Princesa Izabel Ensino Fundamental e Médio.
No final do mesmo ano, houve a cessação de duas classes de Transtornos
Globais de Desenvolvimento (TGD) e uma sala de Deficiência Intelectual (DI).
E no inicio do ano de 2010 iniciou atendimento (PAS) – Professor de Apoio
em Sala de Aula a um aluno autista e também ampliado atendimento (PAP), agora
denominado (PAC) para outro aluno com dificuldade motora.
2.3. Condições Físicas e Materiais
O prédio do estabelecimento Colégio Estadual Princesa Izabel, Ensino
Fundamental e Médio teve iniciada no ano de 2009, uma reforma geral nas suas
instalações físicas.
No inicio de 2011, com o final desta reforma, melhorou consideravelmente as
condições de atendimento, proporcionando maior conforto a toda comunidade escolar.
A estrutura física do estabelecimento divide-se em: um pavilhão
administrativo com uma secretaria, uma biblioteca, duas salas de equipe pedagógica,
uma sala de direção, uma sala de professores, dois almoxarifados e 02 banheiros
internos para professores/as.
No segundo pavilhão encontra-se um pátio coberto, a cozinha, a cantina
comercial, depósito de alimentos, banheiros de funcionários/as, 02 conjuntos de
banheiros para alunos/as, 01 Laboratório de Informática Paraná Digital com 24
computadores instalados, com previsão para instalar mais 10 computadores do ProInfo
– (Programa Nacional de Informática na Educação) e 07 salas de aulas.
No terceiro pavilhão possui uma sala de reuniões com palco, uma sala com
espelho para prática de danças, um laboratório de Química, uma sala de Arte, 05 salas
de aulas, uma sala de Contra turno, uma Sala de Recursos, 02 Banheiros para
deficientes físicos, 02 Banheiros externos com chuveiros para alunos/as.
No quarto pavilhão possui 06 salas de aulas, 02 banheiros externos para
alunos/as, uma sala de coordenação e um pequeno pátio coberto.
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Este último pavilhão funciona em dualidade com a Escola Municipal Manoel
Bandeira desde o ano de 2008.
O prédio possui rampas com corrimão para acesso de portadores de
deficientes físicos.
Na parte externa possui ainda 02 praças de leitura com mesas e banquetas,
um parquinho infantil com balanços e escorregadores, uma quadra coberta, um
estacionamento e uma casa para permissionário também em reforma.
Possui também uma área livre arborizada que proporciona um ambiente
agradável.
O colégio possui materiais didáticos variados, um acervo considerável em
sua biblioteca, materiais para a prática de Educação Física, televisores pen drive em
todas as salas, DVDS, equipamento multimídia, aparelhos de som e outros materiais
que ajudam na prática pedagógica dos professores.
2.4. Estrutura Organizacional
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A escola, de forma geral, dispõe de dois tipos básicos de estruturas:
administrativas e pedagógicas.
2.4.1 Administrativa
O Colégio Estadual Princesa Izabel Ensino Fundamental e Médio, situa-se
no porte 04 (quatro) com funcionamento nos turnos: matutino, vespertino e noturno.
O papel do diretor é predominantemente, gestor e administrativo, mas
sempre com enfoque pedagógico, uma vez que se refere a uma instituição e a um
projeto educativo que existe em prol da educação.
Libâneo (2004) caracteriza algumas das funções da Direção na gestão
democrática escolar:
• Dirigir e coordenar o andamento do trabalho pedagógico da escolar, de
acordo com sua função social;
• Assegurar o processo participativo na tomada de decisão na sua
implementação;
• Assegurar a implementação de todas as ações planejadas coletivamente;
• Articular e criar momentos para relações entre escola e comunidade escolar;
• Dar suporte às atividades de planejamento e discussão do currículo,
juntamente com a equipe pedagógica, bem como fazer o acompanhamento e avaliação
da prática pedagógica.
Neste triênio, responde pela Direção Titular no estabelecimento de ensino, a
professora, Rosicley Afonso Rosa com 40h semanais e pela Direção Auxiliar a
professora Maria Dervânia Vieira da Silva com 20h semanais.
Os Agentes Educacionais II são responsáveis pelas áreas de
concentração: Administração Escolar e Operação de Multimeios Escolares. Sendo
13
responsável pela secretaria a Agente Educacional II, Rosemeire Aparecida Cardoso
Morando e os demais são:
Nome Função Escolaridade Vínculo Eliane Jorge M. Granados Tec. Administrativo Pedagogia QFEBFernanda Cristina da Silva Tec. Administrativo Nutrição QFEBFrancisca Gonçalves de
Souza
Lei 150 – 06 Geografia QPM
Leila Luiza Duarte Gutierre Tec. Administrativo História - Esp. História Econômica QFEBNeusa Furio Tec. Administrativo Pedagogia – Esp. Coordenação
Orientação e Administração
QFEB
Wania Scarpeto Tec. Administrativo Ciências – Esp. Pedagogia Escolar QPPE
Os Agentes Educacionais I atuam nas áreas de concentração: manutenção
de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente, alimentação escolar e
interação com o educando. Sendo eles:
Nome Função Escolaridade Vínculo Antonio de Paula Agente de Apoio Ensino Médio CLADÁurea Guedes Pires Agente de Apoio Ensino Médio QFEBEdina Jose Cervejeira Cossini Merendeira Ensino Médio PSSDarcidio Jose da Silva Agente de Apoio Ensino Médio QFEBMiriam Bobbato Ferreira Merendeira Ensino Médio PSSLourdes Prado Aten. Biblioteca Ensino Médio QFEBMarionice Zanutto Longo Agente de Apoio Ensino Médio QFEBVilma Aparecida Baldo Ramos Merendeira Ensino Fundamental QFEB
O Plano de Cargos, Carreiras, Vencimentos e Atribuições dos Agentes
Educacionais I e II estão previstos na Lei Complementar 123/08.
2.4.2 Pedagógicas
Teoricamente, determinam a ação das administrativas, “organizam as
funções educativas para que a escola atinja de forma eficiente e eficaz as suas
finalidades” (Alves 1992, p. 21). As estruturas pedagógicas referem-se,
fundamentalmente, às interações políticas, às questões de ensino-aprendizagem e às
de currículo. Nas estruturas pedagógicas incluem-se todos os setores necessários ao
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desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Segundo o texto “O papel do pedagogo na gestão: Possibilidades de
Mediação do currículo”, (SEED, 2008), o pedagogo responde pela mediação,
organização, integração e articulação do trabalho pedagógico.
Portanto, sugere a própria compreensão de que ser pedagogo significa ter o
domínio sistemático e intencional das formas (métodos) através dos quais se deve
realizar o processo de formação cultural. (SAVIANI, 1985).
O trabalho integrado da Equipe Pedagógica, com alunos, professores e pais,
favorece a compreensão dos problemas e busca de soluções viáveis, onde todos se
sintam responsáveis para atingir os objetivos propostos.
Sendo assim, os alunos e professores são ouvidos podendo expor seus
problemas, críticas e sugestões. Procuramos ver o educando como cidadão que precisa
ser respeitado, e os professores como profissionais que precisam ser ouvidos e levados
a refletir sobre sua prática aprimorá-la de forma que muitos conflitos possam ser
resolvidos.
Como limite ao trabalho pedagógico ressaltamos, a descontinuidades nas
ações pedagógicas, devido a ações emergenciais para solucionar problemas de
relacionamento, conflitos entre educandos e/ou educadores dificultando a obtenção dos
resultados pretendidos e também a rotatividade dos pedagogos, já que nem todos são
fixados no estabelecimento de ensino.
Entre as ações desenvolvidas, podemos destacar a realização de Pré-
Conselho, Conselho de Classe e Pós-conselho, coordenação de Reuniões
Pedagógicas e de Formação Continuada para reflexão e aprofundamento de temas
relativos ao trabalho pedagógico e para elaboração de propostas de intervenção na
realidade escolar, coordenação da organização do espaço-tempo escolar a partir do
Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular da Escola, subsidiando a
elaboração do Plano de Trabalho Docente com todos os professores.
Acompanhamento das Salas de Recursos, Sala de Apoio à Aprendizagem e
Projeto Viva Escola, Mais Educação e Segundo Tempo.
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Subsídios ao aprimoramento teórico-metodológico do coletivo dos
professores da escola, promovendo estudos, troca de experiências, debates e oficinas
pedagógicas de acordo com as necessidades apresentadas.
A equipe Pedagógica deste estabelecimento de ensino no ano em curso é
composta por quatro professoras com formação superior em Pedagogia e Curso de
Pós-Graduação, sendo duas com PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional).
Equipe Pedagógica
Nome Função Graduação e Especialização Vínculo Arilda Rodrigues da Silva
Lonardoni
Pedagoga Pedagogia - Esp. Metodologia de Ensino e
Orientação Educacional e PDE
QPM
Edna Regina Miotti Pedagoga Pedagogia QPMIdaie Caetano Rodrigues Pedagoga Pedagogia – Esp. Metodologia de Ensino
Superior, Pedagogia Escolar e PDE.
QPM
Teresa Sachiko
Haraguchi
Pedagoga Pedagogia – Esp. Metodologia do Ensino
Superior e Ed. Especial.
QPM
Corpo Docente em 2011:
Ciclo Básico de Alfabetização
16
Nome Disciplina Graduação e Especialização Vínculo Claudemir Felipe Cruz Ed. Física Ed. Física Esp. Educação
Especial
PSS
Evandro Donini Ed. Física Ed. Física QPMAfonso Aparecido Correia Docência 4ª série Magistério QPMMargarete Vieira Matheus
Americo
Auxiliar de docência L. Portuguesa – Esp. Ed.
Especial e Orientação
Educacional
QPM
Rosinei Simão Gil Arte Arte PSS Thais Frasca Rossi Ramalho Arte Arte PSSSuely Magalhães Salvador Docência 4ª série Magistério QPM
Educação Especial
Nome Função Graduação e Especialização Vínculo Celcinda F. de
Azevedo
Ed. Especial
(PAC)
Pedagogia – Espec. Metodologia de
Ensino e Orientação Educacional
QPM
Margarete Vieira M.
Américo
Ed. Especial (SR) L. Portuguesa – Espec. Ed. Especial e
Orientação Educacional
QPM
Neci Xavier Ribeiro Ed. Especial (SR) Pedagogia/ Estudos Sociais – Espec. Ed.
Especial e Metodologia de Ensino
QPM
Vera Lucia de Oliveira
Sarmento
Ed. Especial (PAC) Pedagogia – Espec. Ed. Especial QPM
Ensino Fundamental 5ª à 8ª séries
17
nome Disciplina de
atuação
Graduação e Especialização Vínculo
Ana Claudia Menechini Ciências Ciências – Espec. Biologia QPMAparecida Alves dos
Santos
Matemática Matemática – Espec. Metodologia de
Ensino e Orientação Supervisão
QPM
Claudemir Felipe Cruz Ed. Física Ed. Física PSSClaudia Aparecida Marques
da Silva
Matemática Matemática QPM
Creonice Suyeyassu Geografia Geografia QPMElisete de Fátima Barbosa L. Portuguesa L. Portuguesa QPMElisley Antonio Rodrigues Geografia Geografia QPMFranciane Angélica Costa
Silva
Ciências Ciências Espec. Educação Especial SC02
Francisca de Souza
Gonçalves
Lei 15308/06 Estudos Sociais/Geografia – Espec.
Metodologia do Ensino Superior
QPM
Gislaine Felizari Grechi L. Portuguesa Português/Espanhol – Espec. Metodologia
de Ensino de Língua Portuguesa
SC02
Hamilton Ruiz Garcia Ed. Física Ed. Física – Espec. Recreação, Lazer e
Animação Sócio-Cultural.
QPM
Helen Juliane dos Santos Arte Arte PSSKesia Liriam Meneguel Ciências Ciências QPMLílian Faria Zulianelli Matemática Matemática QPMMarcela da Silva Soares História/Ens.
Religioso
História – Espec. Pedagogia Escolar QPM
Marcos Galvan Leite História História PSSMaria Dervania V. da Silva História Estudos Sociais/História – Espec. História,
Orientação e Supervisão e PDE
QPM
Maria Ilda Rissato de Lima Matemática Ciências/Matemática Espec. Matemática QPMMarilza Braga de Lima História Estudos Sociais – Espec. Psicopedagogia QPMMeirieli F. Silva Correr Ed. Física Ed. Física PSSMilaine Tapia Jorge Ed. Física Ed. Física PSSNilva Mathius Vieira L. Portuguesa Letras Port/Inglês Espec. Língua
Portuguesa
QPM
Rosimar Gomes Brandão LEM - Inglês Letras – Espec. L. Portuguesa QPM
18
Nome Disciplina de
atuação
Graduação e Especialização Vínculo
Ana Claudia Menechini Ciências Ciências – Espec. Biologia QPMAparecida Alves dos
Santos
Matemática Matemática – Espec. Metodologia de
Ensino e Orientação Supervisão
QPM
Claudemir Felipe Cruz Ed. Física Ed. Física PSSClaudia Aparecida Marques
da Silva
Matemática Matemática QPM
Creonice Suyeyassu Geografia Geografia QPMElisete de Fátima Barbosa L. Portuguesa L. Portuguesa QPMElisley Antonio Rodrigues Geografia Geografia QPMFranciane Angélica Costa
Silva
Ciências Ciências Espec. Educação Especial SC02
Francisca de Souza
Gonçalves
Lei 15308/06 Estudos Sociais/Geografia – Espec.
Metodologia do Ensino Superior
QPM
Gislaine Felizari Grechi L. Portuguesa Português/Espanhol – Espec. Metodologia
de Ensino de Língua Portuguesa
SC02
Hamilton Ruiz Garcia Ed. Física Ed. Física – Espec. Recreação, Lazer e
Animação Sócio-Cultural.
QPM
Helen Juliane dos Santos Arte Arte PSSKesia Liriam Meneguel Ciências Ciências QPMLílian Faria Zulianelli Matemática Matemática QPMMarcela da Silva Soares História/Ens.
Religioso
História – Espec. Pedagogia Escolar QPM
Marcos Galvan Leite História História PSSMaria Dervania V. da Silva História Estudos Sociais/História – Espec. História,
Orientação e Supervisão e PDE
QPM
Maria Ilda Rissato de Lima Matemática Ciências/Matemática Espec. Matemática QPMMarilza Braga de Lima História Estudos Sociais – Espec. Psicopedagogia QPMMeirieli F. Silva Correr Ed. Física Ed. Física PSSMilaine Tapia Jorge Ed. Física Ed. Física PSSNilva Mathius Vieira L. Portuguesa Letras Port/Inglês Espec. Língua
Portuguesa
QPM
Rosimar Gomes Brandão LEM - Inglês Letras – Espec. L. Portuguesa QPM
Rosinei Simon Gil Arte REPRSilvilene Dias de Lira Ensino
Religioso
REPR
Suely Maria de Souza Ciências Ciências/Mat. – Espec. Pedagogia Escolar SC02Suzy Adriani Zumas Silva LEM-Inglês Letras/Português/ Inglês Espec.
Metodologia Aplicada ao Ensino da Língua
Inglesa
QPM
Thais Frasca R. Ramalho Arte Arte REPRValéria L.Rampasio Farias L. Portuguesa Letras/ Port/ Inglês – Espec. Língua
Portuguesa
REPR
Zoraide Campos L. Portuguesa Letras Português/Inglês – PDE QPM
19
(EJA) Ensino Fundamental e Médio
Nome Disciplina de
atuação
Graduação e Especialização Vínculo
Aparecida Alves dos Santos Matemática Ciências/Matemática/ Pedagogia
Esp. Metodologia de Ensino
QPM
Cátia Maria Pires Oliveira Sociologia Pedagogia - Esp. Educação Especial SC02Claudemir Felipe da Cruz Ed. Física Ed. Física - Esp. Educação Especial PSSDelma da Silva Monteiro Inglês LEM-Inglês -Esp. Educação Especial PSSDelminda Inês de Andrade Matemática Matemática/Ciências - Esp.
Metodologia de Ensino
QPM
Eleandra Lílian T. Silva Arte Arte (acadêmico) REPRFabiana Gonçalves D. Vieira História História Espec. Docência do Ensino
Superior
PSS
Franciane Angélica Costa Silva Ciências Ciências Esp. Educação Especial SC02Gilvando Lial de Farias Ciências Ciências/ Matemática Esp. Gestão
de Negócios e Finanças
PSS
Lucilene Herrera Ufemea Arte Arte Letras Port/ Inglês Esp. Arte PSSMárcia Eliane J. Góes Colucci Geografia Pedagogia/ História (acadêmico) PSSNilva Mathius Vieira L. Portuguesa Letras Port/ Inglês Esp. Língua
Portuguesa
QPM
Rozely Fátima M.S. Marcondes Química Química Esp. Meio Ambiente e
Química Ambiental
PSS
Sílvia Queiroz Ponciano L. Portuguesa Letras Português/ Inglês Esp.
Educação Especial
REPR
3. OBJETIVOS GERAIS
3.1. Fins e Objetivos da Educação
Os princípios e fins da Educação Nacional estão previstos na Constituição
Federal no Art. 206, sendo contemplados também no Art. 2º e 3º da Lei 9394 que
explicita:
Art. 2º – A educação, dever da família e do Estado inspirada nos princípios
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Art. 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola
II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber.
20
III. Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas
IV. Respeito à liberdade e apreço a tolerância
V. Coexistência de instituições publicas e privadas de ensino
VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais
VII. Valorização do profissional da educação escolar
VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino.
IX. Garantia de padrão de qualidade
X. valorização da experiência extra-escolar
XI. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas escolares.
No Art. 22º da LDB nº. 9394, estão os fins gerais da Educação Básica
(composta pela educação infantil, fundamental e médio). “A educação básica tem por
finalidades desenvolver o educando, assegura-lhe a formação comum indispensável
para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores.”
O Art. 32º da LDB nº. 9394 contempla os objetivos do Ensino Fundamental:
O Ensino Fundamental, com duração mínima de 9 (nove) anos, gratuito na escola
pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade terá por objetivo a formação básica do
cidadão, mediante: (redação dada pela Lei nº. 11.274 de 2006).
I. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
II. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
III. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem tendo em vista a
aquisição dos conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.
IV. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Art. 37. A Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade
própria.
21
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses,
condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do
trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
§ 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente,
com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº. 11.741, de
2008)
3.2. OBJETIVOS DA ESCOLA.
Os objetivos dessa escola em consonância com as Diretrizes emanadas da
Secretaria de Estado da Educação fundamentam-se na formação de sujeitos que
construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e
histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma
inserção cidadã e transformadora na sociedade. (SEED, 2009) e também em:
• Garantir acesso, permanência e condições de aprendizagem para todos
que freqüentam a escola, possibilitando assim que os mesmos exerçam a sua
cidadania.
22
• Reconhecer a comunidade escolar como parceira do processo educativo,
de forma que a mesma assuma sua responsabilidade na construção de uma educação
de qualidade.
• Estimular o educador a se tornar pesquisador do conteúdo que ensina e
da prática que desenvolve.
• Transformar a escola num lugar de promoção da igualdade e luta pela
eliminação de preconceitos reconhecendo a produção histórica de fenômenos como
etnocentrismo, xenofobia, sexismo, racismo e homofobia e posicionando-se contra
eles.
4 . MARCO SITUACIONAL
A partir da reflexão realizada durante o processo de elaboração do Projeto
Político Pedagógico sobre a nossa realidade, chegou-se à seguinte constatação:
4.1. Nossa Sociedade
Há décadas, a humanidade vive sob a hegemonia política e ideológica do
neoliberalismo: “processo intercultural, mundialização, aldeia global”, parecem ser as
palavras de ordem para caracterizar a época histórica em que vivemos. O capitalismo,
23
responsável por inúmeras diferenças entre os homens, desenvolveu e desenvolve a
indústria de massa, gerada de grande homogeneização, apagando diferenças e
padronizando estilos de vida. Consumismo, competição permanente, enriquecimento
rápido, aparecem como os grandes objetivos do presente.
O Brasil não poderia ficar à margem da história mundial e das
conseqüências, nem sempre positivas, desse processo cujo modelo sócio-econômico é
representado pelo crescente número de excluídos e pela contínua concentração de
renda. A educação, nem sempre é considerada como prioridade pelos órgãos
governamentais, continua sendo elitista, onde os menos favorecidos lutam por uma
escola pública mais eficiente e por um acesso à Universidade mais democrático e
menos excludente. Uma educação que leva ao individualismo egoísta, ao hedonismo e
à concorrência sem limites. O ser humano fica, assim, reduzido a um mero instrumento
de produção, consumo e prazer. As mercadorias, o dinheiro, o erotismo e a exploração
das emoções fortes valem mais do que a pessoa e seus valores.
Nesse panorama, porém, a ciência e a tecnologia tiveram avanços
significativos, revolucionando a produção, o próprio ambiente escolar e o
comportamento das pessoas: Internet, telefonia celular e outros meios de comunicação
que oferecem ao homem comodidade, segurança e precisão. Com tudo isso,
poderíamos supor uma grande melhoria de vida, mas sabemos que isso só ocorre com
uma pequena parcela da sociedade, justamente com a minoria privilegiada pela
estrutura sócio-políticos do mundo capitalista e com a lógica do mercado.
O aluno atual é bombardeado por uma gama de informações disponíveis nos
meios de comunicação, as quais o levam a desejar adaptar-se às exigências da
sociedade de consumo sem questionamento e a escola expressando as contradições
impostas pela sociedade de diversas formas, (violência, preconceito, drogadição)
assume o papel de resolver estas demandas secundarizando assim sua especificidade.
A expectativa da mudança está na relação direta do desenvolvimento do
aprender a pensar a realidade para transformá-la, re-significando projetos de vida
através de uma nova ótica.
4.2. Nossa realidade escolar
24
Nesse contexto apresentado, essa escola a exemplo de outras no cenário
educacional paranaense, apresentou em 2005, índice abaixo do aceitável no IDEB,
principalmente nas séries finais do Ensino Fundamental, fazendo com que a mesma
fosse incluída no Programa de Superação.
Com as medidas adotadas nesse programa obtiveram-se melhores
resultados. Na avaliação em 2007 houve um avanço significativo quando a escola
superou a meta esperada para o ano, mesmo assim, não chegando ao patamar
considerado ideal. Em 2009, o IDEB das séries iniciais obteve um novo avanço subindo
de 5.4 em 2007 para 5.6 em 2009, superando a meta prevista. Nas séries finais, apesar
da média da Prova Brasil manter-se inalterada, devido ao índice de reprovação, o IDEB
caiu de 4.6 em 2007 para 3.9 em 2009, conforme mostra o gráfico a seguir:
EtapaTaxa de Aprovação
Prova Brasil/SAEB
IDEB Meta do IDEBMatemática Língua Portuguesa
2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009
Anos iniciais
93,0 92,4 93,1 180,04 206,87 225,12 178,03 197,82 204,21 4,3 5,1 5,6 4,4 4,7 5,1
AnosFinais
72,5 93,6 81,1 189,48 251,52 243,28 157,32 241,71 242,57 1,8 4,6 3,9 1,8 1,9 2,2
Fatores diversos contribuem para resultados não satisfatórios no processo
ensino aprendizagem. A escola tem um alunado diversificado que reside no bairro Alto
São Francisco e em vários outros bairros da região periférica da cidade, atendendo
também um número significativo de alunos da zona rural, dependente do transporte
escolar.
Uma parcela significativa desses alunos pertence à classe menos favorecida
da sociedade, por isso, possui pouco acesso às atividades esportivas, artísticas,
culturais e de lazer. Apresentam problemas sociais diversos e alguns cumprem jornada
de trabalho em horário contrário ao de estudo.
A falta do transporte escolar em contra turno impede e/ou dificulta a
freqüência desses alunos nos programas e projetos como: Sala de Apoio a
Aprendizagem, Sala de Recursos, Contra turno e Viva Escola.
25
O quadro abaixo apresenta os índices de aprovação, reprovação e abandono
no ano de 2009.
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2009Fonte
: SERE/ABC
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL 84,90% 14,40% 0,50%
2ª SERIE 100,00% 0,00% 0,00%
3ª SERIE 97,80% 2,10% 0,00%
4ª SERIE 83,60% 16,30% 0,00%
5ª SERIE 80,90% 19,00% 0,00%
6ª SERIE 79,50% 20,40% 0,00%
7ª SERIE 85,00% 13,70% 1,20%
8ª SERIE 78,40% 18,40% 3,00%
Contribui também para o baixo rendimento a carga horária excessiva e a
grande rotatividade de professores no estabelecimento devido ao elevado número de
professores readaptados temporariamente, profissionais afastados para exercerem
funções em outros departamentos, afastamentos para o PDE (Programa de
Desenvolvimento Educacional) e atestados médicos, gerando assim substituições, com
professores sem tempo de criar um vínculo com a proposta da escola e o processo de
ensino e aprendizagem o que ocasiona um distanciamento entre o que se pretende e o
que se realiza.
Apesar dos recursos oferecidos como: Sala de Apoio à Aprendizagem, Sala
de Recursos, Contra turno terem contribuído para a melhoria do processo ensino-
aprendizagem, temos ainda um índice significativo de reprovação e aprovação por
Conselho de Classe.
Pesquisa realizada pela pedagoga Arilda Rodrigues da Silva Lonardoni
dentro do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE 2009), nos arquivos
escolares nos últimos cinco anos comprova que “a compreensão mais profunda sobre
os fatores que talvez possam interferir na qualidade da educação, faz pensar na
incorporação e no entendimento de fatores relevantes como a rotatividade docente nas
escolas, que é apontada por Fusari (1996, p. 72) como uma “[...] realidade que dificulta
a organização pedagógico-administrativa da Escola””.
26
Pressupõe-se, portanto, que a rotatividade de docentes nas escolas pode
resultar em baixo desempenho de aprendizagem dos alunos nas escolas públicas
considerando que, na maioria das vezes, esses profissionais não conseguem
identificar-se com o projeto ali construído. Assim sendo, as ações de muitos desses
docentes tornam-se fragmentadas em razão da impossibilidade de os mesmos
estabelecerem a relação do seu projeto pedagógico com um projeto mais amplo na
escola.
Apresentamos a seguir os gráficos:
Gráfico 1 – Taxa de aprovação, reprovação e abandono dos alunos da
Escola Princesa Izabel de Umuarama no período de 2004 a 2008.
Aprovação Reprovação Abandono
Fonte: Adaptado de <[email protected]> (2009).
Aprovação Reprovação Abandono
Fonte: Adaptado de <[email protected]> (2009).
Gráfico 2 – Continuidade anual da presença do professor no ano
subseqüente ao que ministrou aula na Escola Estadual Princesa Izabel, Umuarama-PR,
no período de 2004 a 2008.
27
Fonte: Escola Estadual Princesa Isabel de Umuarama – PR (2004-2008)
Observa-se, por meio do Gráfico 2, que a cada ano mais de 50% dos
professores foram substituídos.
Gráfico 3 – Participação dos professores na semana Pedagógica da Escola
Estadual Princesa Izabel de Umuarama-PR, no período de 2004 a 2008.
Fonte: Escola Estadual Princesa Isabel de Umuarama – PR (2004-2008)
O Gráfico 3 ilustra que nos anos 2005, 2006, 2007 e 2008, a maioria dos
professores não participou da Semana Pedagógica.
52,2%47,8%
25,9%
74,1%
32,3%
67,7%
41,9%
58,1%
35,1%
64,9%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
2004 2005 2006 2007 2008
Permaneceram Ausentaram
65,2%
34,8%
40,7%
59,3%
32,3%
67,7%
41,9%
58,1%
37,8%
62,2%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
2004 2005 2006 2007 2008
Participaram Não Participaram
28
O levantamento realizado acerca da presença ou não do professor nas
semanas pedagógicas foi com base nas datas de realização desses eventos,
confrontadas com as datas de apresentação dos professores na escola.
As semanas pedagógicas ocorrem no início do ano letivo, antes ou
paralelamente à distribuição das aulas. Assim sendo, os novos professores se
apresentaram na escola somente após esse período. Período esse em que se
realizaram as discussões, reflexões e organização do ano letivo em dois dias, e a
Formação Continuada em três dias.
Gráfico 4 – Número de aulas semanais dos professores da Escola Estadual
Princesa Izabel de Umuarama-PR, no período de 2004 a 2008.
Fonte: Arquivos da Escola Estadual Princesa Isabel de Umuarama – PR (2004-2008)
O Gráfico 4 revela que a maioria dos professores no ano de 2004, 2006
ministrou aula entre 16 e 20 aulas na Escola; já no ano de 2005, 33% dos professores
ministraram de 1 a 5 ou de 16 a 20 aulas.. No ano de 2007, a maioria ministrou entre 11
a 15 aulas; e no ano de 2008 a maioria, 35,1%, ministrou de 1 a 5 aulas na escola.
Analisando o Gráfico 4, pode-se fazer a seguinte leitura: os professores que
ministraram de 1 a 10 aulas semanais em 2004 perfazem um percentual de 30,4%;
21,7%
8,7%
26,1%
43,5%
33,3%
11,1%
22,2%
33,3%
19,4%
25,8%
16,1%
38,7%
22,6% 22,6%
29,0%
25,8%
35,1%
18,9%
21,6%
24,3%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
2004 2005 2006 2007 2008De 1 a 5 De 6 a 10 De 11 a 15 De 16 a 20
29
seguido de 34,4% em 2005; 2006 – 45,2%; 2007 – 45,2%; 2008 – 54%. É possível
constatar que a cada ano, houve um aumento de professores que ministraram menos
de 10 aulas semanais na escola.
Esta análise ilustra as reais condições de trabalho do professor, que em seu
cotidiano, circula por várias escolas para cumprir sua carga horária, dificultando, assim,
o comprometimento e o estreitamento de vínculo com as mesmas.
4.3. Integração e Relacionamento Interpessoal.
Algumas formas de exclusão acontecem implícita e explicitamente no
contexto escolar através de atitudes, comentários desrespeitosos, preconceituosos e de
valor negativo no que se refere à questão de gênero, etnias ou as diferenças individuais
entre os alunos, de professor para aluno e até mesmo de aluno para professor.
É, portanto, o cotidiano da escola, um dos espaços em que se produzem e
reproduzem as práticas de exclusão e, contraditoriamente a luta pela inclusão.
Pesquisa qualitativa e etnográfica realizada no estabelecimento de ensino
pela pedagoga Idaie Caetano Rodrigues dentro do PDE 2007 (Programa do
Desenvolvimento Educacional), que investigou as relações professor /aluno apontou
que diversos fatores são determinantes para a indisciplina, a dificuldade nas relações
entre professores e alunos e entre os alunos e conseqüente queda do ensino e
aprendizagem.
Alguns desses fatores são: a formação inicial do professor que... “não realiza
suas promessas e força os professores a reinventarem seu conhecimento a partir da
sua realidade, portanto aprende-se a docência “in loco” TARDIF (2005, p. 285).
A mídia, pois os alunos chegam à escola recheados de informações as quais
podem se transformar no ponto de partida para o acesso ao conhecimento
sistematizado, os transtornos diversos que devem ser identificados a tempo para
receberem os devidos encaminhamentos pedagógicos, a diversidade que deve fazer
parte da proposta coletiva da escola, pois um dos fatores preponderantes da
aprendizagem é o sentir-se aceito e pertencente ao grupo.
30
Também o sistema educacional e a própria escola quando não tem uma
proposta construída a partir do envolvimento de todos os segmentos da comunidade
escolar.
Conclui-se desse modo que a construção de um ambiente realmente
facilitador do processo ensino aprendizagem perpassa pela participação coletiva de
todos os segmentos envolvidos.
4.4. Integração no trabalho escolar
As reuniões pedagógicas, planejamentos e decisões participativas,
conselhos de classe, confraternizações, atividades esportivas e culturais, que requerem
engajamento dos professores, alunos e famílias, oportunizam a integração e o
relacionamento interpessoal entre a comunidade escolar.
5. Integração Escola/Família
Uma parcela significativa de nossa comunidade escolar participa
efetivamente de eventos organizados pela escola como reuniões de pais para tratar de
assuntos pedagógicos e administrativos, atividades culturais e recreativas e outros
eventos promovidos pela escola, principalmente a já tradicional Festa Junina, realizada
todos os anos.
As reuniões pedagógicas e/ou administrativas com a comunidade escolar
são realizadas bimestralmente em horário previamente acordado com os pais ou
responsáveis de forma escalonada.
Para os pais ou responsáveis que não puderem comparecer, é marcado um
novo horário para que a equipe pedagógica possa tratar dos assuntos relativos ao
processo de ensino e aprendizagem.
As instâncias colegiadas APMF e Conselho Escolar também são convidadas
a discutir os índices de aproveitamentos tais como: Prova Brasil, IDEB, Evasão e
Repetência, Indisciplina.
31
5. MARCO CONCEITUAL
A busca de uma resposta a esses problemas, apontou para outros
questionamentos sobre a visão de mundo, de sociedade e de cidadão para atuar nessa
sociedade apontada como a civilização pós-moderna/globalizada e do trabalho pós
Fordista/flexível. Com todas as dúvidas possíveis a equipe administrativa e pedagógica
da escola iniciou uma série de reuniões com objetivo de buscar a fundamentação
teórica e a compreensão do projeto político pedagógico como proposta de educação,
cujo principal objetivo é deixar claro para toda comunidade, para onde a educação deve
conduzir servindo de instrumento mediador para a efetivação da relação teoria-prática.
5.1. Educação
A educação visa a libertação, a transformação radical da realidade, para melhorá-la, para torná-la mais humana, para permitir que os homens e as mulheres sejam reconhecidos como sujeitos da sua história e não como objetos. (Paulo Freire)
É oferecer instrumentos conceituais ao aluno para que seja capaz de
enfrentar situações novas, de dominar problemas inesperados, de não temer o
desconhecimento conjugando reciprocamente teoria e prática, traduzindo o saber
pensar em condições sempre renovadas de intervir. É saber avaliar e analisar a
realidade, como forma de consciência crítica sempre alerta de procedimento
metodológico necessário para qualquer intervenção emancipadora. É unir qualidade
formal e política, ou seja, procedimentos metodológicos com ética, saber e transformar,
inovar e participar.
A educação básica tem por finalidade proporcionar e desenvolver a cada um
dos membros individual e coletivamente, condições necessárias de progresso,
oportunizando meios para o exercício da cidadania, progressão nos estudos posteriores
e no trabalho. O poder de pensar, refletir, analisar e buscar com autonomia soluções
para os problemas que vierem a enfrentar.
E nisto reside a capacidade criadora: construir, a partir do existente, um sentido que norteie nossa ação enquanto indivíduos. Ou seja: reside na busca de nossos valores, dentre os inúmeros provenientes da estrutura cultural. A
32
educação que pura e simplesmente transmite valores asfixia a valoração como ato. O ato de valoração e significação somente se origina na vida concretamente vivida; valores e significados impostos tornam-se, portanto, insignificantes. A educação é, fundamentalmente, um ato carregado de características lúdicas e estéticas. Nela procura-se que o educando construa sua existência ordenadamente, isto é, harmonizando experiências e significações. Símbolos desconectados de experiências são vazios, são insignificantes para o indivíduo. Quando a educação não leva o sujeito a criar significações fundadas em sua vida, ela se torna simples adestramento: um condicionamento a partir de meros sinais. (Duarte Junior, 1981, p. 56)
5.2. Homem
O homem deve ser concebido como um ser integral, o qual, no confronto
com outros sujeitos, afirma a sua identidade social e política e reconhece a identidade
de seus semelhantes, ambas construídas nos processos de desenvolvimento. Essa
concepção de homem resulta num ser socialmente competente, um sujeito político, um
cidadão capaz de atuar sobre a realidade e, dessa forma, ter participação ativa na
história da sociedade da qual faz parte e na construção de sua própria história. Os
processos educativos estruturados a partir desse referencial deverão contribuir para a
formação de cidadãos capazes de participar politicamente na sociedade, atuando como
sujeitos nas esferas públicas, privada e no terceiro setor, espaços privilegiados da
prática cidadã, em função de transformações que apontem na direção de uma
sociedade justa e igualitária. (BRASIL, PROEJA, 2006).
5.3. ESCOLA
A escola tem então, um papel fundamental na apropriação pelo sujeito, da
experiência culturalmente acumulada. Pois, na escola, as atividades educativas,
diferentes daquelas que ocorrem no cotidiano extra-escolar, são sistemáticas, têm uma
intencionalidade deliberada e compromisso explícito em tornar acessível o
conhecimento formalmente organizado.
Nesse contexto, os alunos são desafiados a entender as bases dos sistemas
de concepções científicas e a tomar consciência de seus próprios processos mentais.
As atividades desenvolvidas e os conceitos aprendidos na escola introduzem novos
modos de operação intelectual: abstrações e generalizações mais amplas acerca da
33
realidade, que por sua vez transformam os modos de utilização da linguagem. Como
conseqüência, na medida em que o sujeito expande seus conhecimentos, modifica sua
relação cognitiva com o mundo. Daí, a necessidade de todos terem acesso à escola e
que o ensino seja de qualidade.
5.4. CONHECIMENTO
O conhecimento é o centro da atividade em uma escola. Problematizá-lo,
discutir sua utilidade, sua constituição e a melhor forma de fazer com que os alunos
construam seu próprio conhecimento, deveria ser a principal ação das escolas.
Construir uma nova relação com o conhecimento é perceber que informação
não é conhecimento. Informação é matéria-prima; mas só se torna o conhecimento se
for transformada pelo sujeito cognoscente, se fizer sentido para este e se relacionar
com outros conhecimentos já construídos e incorporados.
No que se refere ao conhecimento e especificamente ao currículo escolar, há
algumas questões que deveriam ser sempre feitas pelos professores e pela escola
como um todo. O professor Henry Giroux resume assim estas questões:
• O que conta como conhecimento escolar?
• Como tal conhecimento é produzido?
• Como tal conhecimento é transmitido em sala de aula?
• Que tipos de relacionamentos sociais em sala de aula, servem para
espelhar e reproduzir os valores e normas incorporadas nas relações sociais aceita de
outros lugares sociais dominantes?
• Quem tem acesso a formas legítimas de conhecimentos?
• Dos interesses de quem este conhecimento está a serviço?
• Como são mediadas as contradições e tensões políticas e sociais através
de formas aceitáveis de conhecimento escolar e relacionamentos sociais?
• Como os métodos de avaliação predominante servem para legitimar as
formas de conhecimento existentes?
34
Estas perguntas nos ajudam a ver que o que chamamos de conteúdo na
escola, na verdade é um recorte de um universo muito maior de conhecimentos
constituídos. Entender isto ajuda a dar aos alunos a idéia de que o conhecimento é
sempre uma construção social, influenciada paras visões de mundo. Esta noção
desnaturaliza o conhecimento, o social e a ciência e mostra que aquilo que parece ser
lógico, que se apresenta como a melhor saída, na verdade é uma construção específica
de uma visão de mundo.
5.5. Tecnologia
O acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação amplia as
transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como se
constrói o conhecimento. Frente a este cenário de desenvolvimento tecnológico que
vem provocando mudanças nas relações sociais, a educação tem procurado construir
novas estratégias pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos
tecnológicos, resultando em práticas que promovam o currículo nos seus diversos
campos dentro do sistema educacional. A extensão do uso desses recursos
tecnológicos na educação, além de se constituir como uma prática emancipadora, uma
vez que contribui para inclusão digital, também busca levar os agentes do currículo a se
apropriarem criticamente dessas tecnologias de modo que descubram as possibilidades
que elas oferecem no incremento das práticas educacionais.
As tecnologias disponíveis nos espaços escolares, em ambientes educativos,
nos laboratórios de Ciências e de Informática, nas salas de aula possibilitam, além da
formação docente, na perspectiva do sujeito epistêmico, que produz o conhecimento no
âmbito das práticas pedagógicas, também o aprimoramento da prática docente. É o
caso dos conteúdos digitais, das televisões multimídias dos livros didáticos e
paradidáticos, dos computadores e estações de trabalho, dos jogos e materiais
didáticos para uso nas atividades formativas da escola.
35
5.6. Ensino e Aprendizagem
... ensinar “é o ato de produzir, direta e intencionalmente em cada individuo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 1995, p. 17)
Pela ênfase dada aos processos sócio-históricos, na teoria vigotskiana, a
idéia de aprendizagem inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo.
Não se trata de um sujeito passivamente moldado pelo meio, nem de um sujeito
assentado em recursos só individuais. O sujeito não é passivo e nem apenas ativo: é
interativo. Desta forma, as características de cada indivíduo vão sendo formadas a
partir das inúmeras e constantes interações do indivíduo com o meio, compreendido
como contexto físico e social, que inclui as dimensões interpessoal e cultural.
Vygotsky, assim, enfatiza que a relação ensino e aprendizagem é um
fenômeno complexo, pois diversos fatores de ordem social, política e econômica
interferem na dinâmica da sala de aula, isto porque a escola não é uma instituição
independente, está inserida na trama do tecido social. Desse modo, as interações
estabelecidas na escola revelam facetas do contexto mais amplo em que o ensino se
insere.
Aprender e ensinar são processos inseparáveis, que só se efetiva quando o
individuo se apropria dos elementos culturais necessários à sua formação e a sua
humanização.
Nada mais democrático que ensinar com o compromisso de que haja
aprendizagem por parte de todos os alunos.
Contudo, a forma, o tempo e o entorno pelo qual se aprende por parte dos
sujeitos, são diferentes. Isso deve ser considerado. Não se trata de negligenciar o que
36
deve ser ensinado em nome das dificuldades do sujeito, deve-se, sim, modificar a forma
de mediação para que ele de fato aprenda.
5.7. Cidadania
“A cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino” (BOFF, 2000, p.51).
Reafirmando a citação de Boff, (MARTINS, 2000, p.3) diz “... a construção da
cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social
e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres”.
Podemos então dizer que o grande desafio histórico é dar condições ao povo
brasileiro de se tornar cidadãos conscientes, organizados e participativos do processo
de construção político-social e cultural.
A cidadania não se limita a uma palavra, idéia ou discurso, tão pouco está
distante da vida de cada pessoa. Ela está presente em todas as relações do homem, a
começar consigo mesmo, alcançando o outro e ampliando-se para o contexto social no
qual todos estão inseridos.
Quando falamos em exercício da cidadania, apontamos para uma nova
forma de ver, ordenar e construir o mundo. Uma ação concreta e consciente tendo à
frente os princípios básicos dos direitos humanos, da responsabilidade pessoal e o
compromisso social na realização do destino coletivo.
A cidadania não se limita à reflexão intelectual. A ação cidadã se manifesta
nas pequenas tarefas cotidianas, abrangendo não apenas os direitos, mas também os
deveres.
Na luta pela cidadania, a educação deve combater a dominação política e
cultural afirmando uma cultura popular que subverte o capitalismo, o machismo, o
racismo e outras formas autoritárias de poder no cotidiano, bem como avançar na luta
37
pela instituição de direitos legais de interesse popular ao mesmo tempo em que
combate as leis que defendem interesses das elites dominantes.
A educação é um dos principais instrumentos de formação da cidadania,
deve ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo, sua
inserção na sociedade.
5.8 Formação Continuada
Valorização do magistério é um princípio central na discussão do projeto
político-pedagógico. A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na
tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e
cultural do país relacionam-se estreitamente a formação (inicial e continuada),
condições de trabalho (recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação
integral á escola, redução do número de alunos na sala de aula etc.), remuneração,
elementos esses indispensáveis à profissionalização do magistério.
O reforço à valorização dos profissionais da educação, garantindo-lhe o direito ao aperfeiçoamento profissional permanente, significa “valorizar a experiência e o conhecimento que os professores têm a partir de sua prática pedagógica” (VEIGA E CARVALHO, 1994, p. 51).
A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham
na escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na
titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas também propicia,
fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores articulado com a
escola.
A formação continuada deve estar centrada na escola e fazer parte do
projeto político-pedagógico. Assim, compete à escola:
a) proceder ao levantamento das necessidades de formação continuada de
seus profissionais;
b) elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o
apoio dos órgãos centrais, no sentido de fortalecer seu papel na concepção, na
execução e na avaliação do referido programa.
38
Assim, a formação continuada dos profissionais, da escola compromissada
com a construção do projeto político-pedagógico, não deve limitar-se aos conteúdos
curriculares, mas se estender à discussão da escola como um todo e suas relações
com a sociedade.
5.9. Gestão democrática
A gestão democrática da educação nas instituições educativas e nos
sistemas é um dos princípios constitucionais do ensino público, segundo o art. 206 da
Constituição Federal de 1988, que deve ser estendido ao setor privado de ensino com
as necessárias alterações legais. O pleno desenvolvimento da pessoa, a garantia da
educação como dever de Estado e da família e direito do cidadão, conforme o art. 205,
ficará incompleto se não se realizar em práticas concretas no espaço da escola.
Por sua vez, a LDB (Lei nº. 9.394, de 1996), confirmando esse princípio e
reconhecendo a organização federativa, no caso da educação básica, repassou aos
sistemas de ensino a definição das normas da gestão democrática, de acordo com o
inciso VIII do art. 3º. Além disso, a mesma lei explicitou dois outros princípios a serem
considerados no processo de gestão democrática: a participação dos/das profissionais
da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das
comunidades escolares e locais em conselhos escolares ou equivalentes.
Gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e
abrange as dimensões pedagógicas, administrativa e financeira. Ela exige uma ruptura
histórica na prática administrativa da escola, com o enfrentamento das questões de
exclusão e reprovação e da não-permanência do aluno na sala de aula, o que vem
provocando a marginalização das classes populares. Esse compromisso implica a
construção coletiva de um projeto político-pedagógico ligado à educação das classes
populares.
A gestão democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas
39
postos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação entre concepção e
execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. Busca resgatar o controle do
processo e do produto do trabalho pelos educadores.
A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de
poder da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a
prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que
elimina a exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que
anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais
das quais a escola é mera executora.
A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla
participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas
decisões/ações administrativo-pedagógicas ali desenvolvidas.
Neste sentido, fica claro entender que a gestão democrática, no interior da
escola, não é um princípio fácil de ser consolidado, pois se trata da participação crítica
na construção do projeto político-pedagógico e de sua gestão.
5.10. Educação Inclusiva
Pensar numa política de inclusão no espaço escolar, implica em
compreender a exclusão que a escola produz e como esta se insere num projeto de
sociedade. Isto porque os excluídos da e na escola são sempre os mesmos excluídos
historicamente no Brasil. Afinal, quem são as crianças, os jovens e adultos excluídos da
e na escola? Quem são os excluídos de sempre?
Os excluídos não foram sempre os afro- descendentes, os indígenas, as mulheres, os gays e lésbicas, os trabalhadores pobres, os não escolarizados? Os diferentes que fogem à norma, que tanto incomodam que denunciam com sua presença o totalitário processo de homogeneização, que vai antecipando o processo de discriminação e exclusão do mundo do trabalho e que acontece em todos os espaços da sociedade (GARCIA, 2003, p.1).
A exclusão social é resultado continuado e crescente dos desdobramentos
do modo de produção capitalista. Seu aprofundamento está diretamente vinculado com
a concentração de poder (PINO, 2002). Nesta perspectiva, não podemos achar que
através da escola vamos resolver o problema da exclusão, que é social, político,
40
econômico e cultural. Contudo, a escola tem um papel fundamental, no sentido de
desvelar as causas da exclusão, de possibilitar a vivência de práticas inclusivas, tanto
no que se refere ao conhecimento que é trabalhado, quanto nas formas de participação
no espaço escolar.
É nas formas de exclusão, veladas ou explicitas, que a escola pratica que
podemos encontrar os germes para a construção de uma proposta de inclusão. É
desmascarando estas formas, problematizando-as, buscando entendê-las nas relações
mais amplas da sociedade e assumindo na intencionalidade do projeto político-
pedagógico a construção de uma prática educativa inclusiva.
Para Booth (1997, p. 337):
Educação inclusiva refere-se à redução de todas as pressões pela inclusão, e de todas as desvalorizações que os alunos sofrem seja com base em deficiências, rendimento escolar, religião, etnia, gênero, classe, estrutura familiar, estilo de vida ou sociedade. (BOOTH, 1997, P. 337).
Portanto, temos que nos interrogar sobre como podemos no campo
educacional enfrentar esta realidade que atravessa com suas relações sociais, a nossa
sociedade. Temos que investigar a história no sentido de compreender como se
manifesta na especificidade do espaço escolar, a exclusão que se dá na globalidade da
sociedade, a qual vai se espalhando por todos os espaços sociais, provocando
contraditoriamente conformismos, mas também resistências, resultado de movimentos
sociais organizados e inconformados com a ação discriminadora e excludente que
mantém o status quo.
A educação inclusiva é, acima de tudo, um projeto político-pedagógico de
democratização do acesso ao saber, independente de etnia, credo, cor, origem,
sexualidade, comprometido com a transformação político-social, com a qualidade de
ensino e de vida dos educandos, compreendidos como seres históricos concretos.
5.11. Educação do Campo
Em seu Artigo 28, a LDB estabelece as seguintes normas para a Educação
do Campo:
41
Na oferta da educação básica para a população rural, os sistema de ensino
proverão as adaptações necessárias à sua adequação, às peculiaridades da vida rural
e de cada região, especialmente:
I - Conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades
e interesses dos alunos da zona rural; (BRASIL, 1996).
Ao reconhecer as especificidades do campo, com respeito às diversidades
sócio-cultural, o artigo 28 traz uma inovação ao acolher as diferenças sem transformá-
las em desigualdades, o que implica que os sistemas de ensino deverão fazer
adaptações na sua forma de organização, funcionamento e atendimento para se
adequar ao que é peculiar à realidade do campo, sem perder de vista a dimensão
universal do conhecimento e da educação. (SEED, 2006).
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação do Campo, a identidade dos
povos do campo comporta categorias sociais como posseiros, bóias-frias, ribeirinhos,
ilhéus, atingidos por barragens, assentados, acampados, e como no caso desta escola
estão os arrendatários, pequenos proprietários, colonos ou sitiantes.
Ainda, segundo as diretrizes, a política de transporte escolar que vem sendo
implementada nas últimas décadas, contraria o sentido da luta pela educação do
campo, pois retira as crianças e adolescentes da realidade local, levando-os para os
núcleos urbanos.
Diante desta situação, o papel do professor é selecionar os conteúdos a
serem trabalhados com esses alunos que tenham significados para os mesmos e
possam contribuir para ampliação dos seus conhecimentos, utilizando estratégias
metodológicas dialógicas, possibilitando relacionar os conteúdos científicos aos saberes
que os educandos trazem para sala de aula.
5.12. Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.
“Existe uma história do povo negro sem o Brasil. Mas não existe uma História do Brasil sem o povo negro.” (Januário Garcia)
42
A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão política, com fortes
repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. É importante
destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico marcadamente de raiz
européia por um africano e indígena, mas de ampliar o foco dos currículos escolares
para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira.
É preciso ter clareza que:
A Lei 11.645, de 10 de março de 2008 altera a Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, que
estabelece às Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no curriculo oficial
da rede de ensino, a abrigatoriedade da tematica “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indigena”.
Art. 1º O artigo 26-A da Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 26-A. Nos estabelecimento de Ensino Fundamental e de Ensino Médio,
publicos e privados, torna-se obrigatorio o estuda da História e Cultura Afro-Brasileira e
Indigena.”
A educação basica ainda é profundamente marcada pela desigualdade no
quesito da qualidade, e é possivel constatar que o direito de aprender ainda não está
garantido para todas as nossas crianças, adolescentes, jovens e mesmo para os
adultos que retornaram para os bancos escolares. Uma das mais importantes marcas
dessa desigualdade está expressa no aspecto racial.
Sabe-se hoje que há correlação entre pertencimento étnico racial e sucesso
escolar, indicando portanto que é necessária firme determinação para que a
diversidade cultural brasileira passe a integrar o ideário educacional não como um
problema, mas como um rico acervo de valores, posturas e práticas que devem
conduzir ao melhor acolhimento e maior valorização dessa diversidade no ambiente
escolar.
Levando em consideração que o alunado desta escola apresenta a exemplo
de todas as outras no Brasil, uma parcela significativa de alunos pardos e negros e que
segundo o seu papel que é de socialização dos conhecimentos historicamente
43
construídos é preciso apresentar os conteúdos que abordam a história africana e
brasileira de forma positiva, tendo os negros como protagonistas, necessário se faz um
novo olhar sobre a questão racial do contexto escolar, já que o mesmo se baseia numa
visão eurocêntrica, monocultural, discriminatória, de caráter racista e excludente, e
sendo assim, “a escola reproduz o racismo presente na sociedade brasileira, visto que
na escola estão presentes todas as contradições existente na sociedade.” (ROCHA,
2006).
5.13. Currículo
Currículo é um importante elemento constitutivo da organização escolar.
Currículo implica, necessariamente, a interação entre sujeitos que têm um mesmo
objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente.
O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do
conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos.
Daí, a necessidade de se promover, na escola, uma reflexão aprofundada sobre o
processo de produção do conhecimento escolar, uma vez que ele é, ao mesmo tempo,
processo e produto. A análise e a compreensão do processo de produção do
conhecimento escolar ampliam a compreensão sobre as questões curriculares.
Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos:
Primeiro é o de que o currículo não é um instrumento neutro. O currículo
passa ideologia, e a escola precisa identificar e desvelar os componentes ideológicos
do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza para a manutenção de
privilégios. A determinação do conhecimento escolar, portanto, implica uma análise
interpretativa e crítica, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular. O
currículo expressa uma cultura.
44
O segundo ponto é o de que o currículo não pode ser separado do contexto
social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado.
O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular que a escola
deve adotar.
Nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, propõe-se uma
reorientação na política curricular com objetivo de construir uma sociedade justa, onde
as oportunidades sejam iguais para todos. Para isso, segundo (FRIGOTTO, 2004), os
sujeitos da educação básica, crianças, jovens e adultos, em geral oriundos das classes
assalariadas, urbanas ou rurais, de diversas regiões e com diferentes origens étnicas e
culturais devem ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que, na
escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares.
Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar de
socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar é especialmente
importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que tem nela uma
oportunidade, algumas vezes a única, e de acesso ao mundo letrado, do conhecimento
científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte.
Como alertou Domingos:
“Cada conteúdo deixa de ter significado por si só, para assumir uma importância relativa e passar a ter uma função bem determinada e explícita dentro do todo de que faz parte”. (DOMINGOS, 1985, P. 153).
O quarto ponto refere-se à questão do controle social, já que o currículo
formal (conteúdos curriculares, metodologia e recursos de ensino, avaliação e relação
pedagógica) implica controle. Por outro lado, o controle social é instrumentalizado pelo
currículo oculto, entendido este como as “mensagens transmitidas pela sala de aula e
pelo ambiente escolar” (CORNBLETH, 1992, p. 56). Assim, toda a gama de visões do
mundo, as normas e os valores dominantes são passados aos alunos no ambiente
escolar, no material didático e mais especificamente por intermédio dos livros didáticos,
na relação pedagógica, nas rotinas escolares. Os resultados do currículo oculto
“estimulam a conformidade a ideais nacionais e convenções sociais ao mesmo tempo
em que mantêm desigualdades socioeconômicas e culturais” (Ibid, p. 56).
A noção de controle social na teoria curricular crítica é mais um instrumento
de contestação e resistência à ideologia veiculada por intermédio dos currículos, tanto
45
do formal quanto do oculto.
Orientar a organização curricular na perspectiva da emancipação humana e
social implica, inicialmente, desvelar as visões simplificadas de sociedade, concebida
como um todo homogêneo, e de ser humano, como alguém que tende a aceitar papéis
necessários à sua adaptação ao contexto em que vive.
Assim, o currículo deve ser o resultado de amplo debate que tenha envolvido
toda comunidade escolar, atendendo igualmente aos sujeitos independente de sua
condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e as possíveis
necessidades especiais para a aprendizagem.
5.14. Organização Curricular
Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos
serão trabalhados de acordo com a pertinência de cada área ou componente curricular.
Matriz Curricular - Ensino Fundamental
ESTADO DO PARANÁ
MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 5ª A 8ª SÉRIENúcleo: 28 – Umuarama Município: 2830 – UmuaramaEstabelecimento: 0087 Princesa, C E Izabel – Ensino Fundamental e MédioEntidade Mantenedora: Governo do Estado do ParanáCurso: 4000 – Ensino Fundamental 5/8 séries Turno: manhãAno de Implantação: 2010 – simultânea Módulo: 40 semanas
BNC
Disciplina/Série 5ª 6ª 7ª 8ª
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 4 3 4Educação Física 3 2 3 2Ensino Religioso 1 1 - -
Geografia 3 3 3 3História 3 3 4 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4
BNC Sub-total 22 22 23 23PD L.E.M. – Inglês 2 2 2 2PD Sub-total 2 2 2 2
Total geral 24 24 25 25
46
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº. 9394/96.
Matriz Curricular EJA – Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIEstabelecimento: Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino Fundamental e Médio Entidade Mantenedora: Governo do Estado do ParanáMunicípio: Umuarama N.R.E. – UmuaramaAno de Implantação: 2° semestre de 2010 Forma: SimultâneaCarga Horária total do curso: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 Horas
Disciplinas Total de Horas Total de horas/aulaLíngua Portuguesa 226 272
Artes 54 64LEM – Inglês 160 192
Educação Física 54 64Matemática 226 272
Ciências Naturais 160 192História 160 192
Geografia 160 192Ensino Religioso* 10 12
Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a.*Disciplina de oferta obrigatória pelo estabelecimento de ensino e de matrícula facultativa para o
educando.
47
Matriz Curricular EJA – Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO MÉDIOEstabelecimento: Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino Fundamental e Médio Entidade Mantenedora: Governo do Estado do ParanáMunicípio: Umuarama N.R.E. – UmuaramaAno de Implantação: 1º Sem/2009 Forma: SimultâneaCarga Horária total do curso: 1440 H/A ou 1200 Horas
Disciplinas Total de Horas Total de horas/aulaLíngua Portuguesa e Literatura 174 208
LEM – Inglês 106 128Artes 54 64
Filosofia 54 64Sociologia 54 64
Educação Física 54 64Matemática 174 208
Química 106 128Física 106 128
Biologia 106 128História 106 128
Geografia 106 128Total 1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a.
48
5.15. O tempo escolar
O tempo escolar é um dos elementos constitutivos da organização do
trabalho pedagógico. O calendário escolar ordena o tempo: determina o início e o fim
do período letivo, as férias, os períodos escolares em que o ano se divide, os feriados
cívicos e religiosos, recessos, as datas reservadas à Formação Continuada, Reuniões
Pedagógica, Planejamento e Replanejamento, NRE Itinerante, Conselhos de Classes,
etc.
A organização do tempo do trabalho escolar é marcada pela segmentação
do dia letivo, e o currículo é, conseqüentemente, organizado em períodos fixos de
tempo para disciplinas supostamente separadas. O controle hierárquico utiliza o tempo
que muitas vezes é desperdiçado e controlado pela administração e pelo professor.
Em resumo, quanto mais compartimentado for o tempo, mais hierarquizados
e ritualizados serão as relações sociais, reduzindo também, as possibilidades de se
institucionalizar o currículo integração que conduz a um ensino com extensão.
Para alterar a qualidade do trabalho pedagógico torna-se necessário que a
escola reformule seu tempo, estabelecendo períodos de estudo e reflexão de equipes
de educadores, fortalecendo a escola como instância de educação continuada.
É preciso tempo para que os educadores aprofundem seu conhecimento
sobre os alunos e sobre o que estão aprendendo. É preciso tempo para acompanhar e
avaliar o projeto político-pedagógico em ação. É preciso tempo para os estudantes se
organizar e criarem seus espaços para além da sala de aula.
Calendário Escolar de 2011
49
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOAnexo da Resolução nº 3979/2010 – GS/SEED
CALENDÁRIO ESCOLAR -2011COLÉGIO ESTADUAL PRINCESA IZABEL – REGULAR
UMUARAMA - PRConsiderado como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia);
Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02 - CEE Janeiro D S T Q Q S S
12 3 4 5 6 7 89 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 2223 24 25 26 27 28 2930 31
Fevereiro D S T Q Q S S
1 2 3 4 56 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 1920 21 22 23 24 25 2627 28
18 dias
Março D S T Q Q S S
1 2 3 4 56 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 1920 21 22 23 24 25 2627 28 29 30 31
7/8 Carnaval 20 dias
Abril D S T Q Q S S
1 23 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 1617 18 19 20 21 22 2324 25 26 27 28 29 30
21 Tiradentes/22 Paixão/18 dias
Maio D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 78 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 2122 23 24 25 26 27 2829 30 31
1 Dia do Trabalho 22 dias
Junho D S T Q Q S S
1 2 3 45 6 7 8 9 10 11
12 13 14 15 16 17 1819 20 21 22 23 24 2526 27 28 29 30
23 Corpus Christi 20 dias
Julho D S T Q Q S S
1 23 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 1617 18 19 20 21 22 2324 25 26 27 28 29 3031
3 dias 8 dias
Agosto D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 67 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 2021 22 23 24 25 26 2728 29 30 31
16 - 1ª Fase do OBMEP 15 – Feriado Municipal 22 dias
Setembro D S T Q Q S S
1 2 34 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 1718 19 20 21 22 23 2425 26 27 28 29 30
7 Independência do Brasil 21 dias
Outubro D S T Q Q S S
12 3 4 5 6 7 89 10 11 12 13 14 1516 17 18 19 20 21 2223 24 25 26 27 28 2930 31 12 N. S. Aparecida 15 Dia do Professor 18 dias 22 2ª Fase do OBMEP 04 – Dia do Padroeiro
Novembro D S T Q Q S S
1 2 3 4 56 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 1920 21 22 23 24 25 2627 28 29 30
2 Finados 15 Proclamação da República 20 Dia Nacional da Consciência Negra 19 dias
Dezembro D S T Q Q S S
1 2 34 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 1718 19 20 21 22 23 2425 26 27 28 29 30 31
19 Emancipação Política PR 25 Natal
11 dias
50
Início/Término
Planejamento e ReplanejamentoFériasRecessoFormação ContinuadaReunião PedagógicaFeriados MunicipaisConselho de Classe
5.16 As relações de trabalho
É importante reiterar que, quando se busca uma nova organização do
trabalho pedagógico, está se considerando que as relações de trabalho, no interior da
escola, deverão estar calcadas nas atitudes de solidariedade, de reciprocidade e de
participação coletiva, em contraposição à organização regida pelos princípios da divisão
do trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico. É nesse movimento que se
verifica o confronto de interesse no interior da escola. Por isso, todo esforço de se
gestar uma nova organização deve levar em conta as condições concretas presentes
na escola. Há uma correlação de forças e é nesse embate que se originam os conflitos,
as tensões, as rupturas, propiciando a construção de novas formas de relações de
trabalho, com espaços abertos à reflexão coletiva que favoreçam o diálogo, a
comunicação horizontal entre os diferentes segmentos envolvidos com o processo
educativo, a descentralização do poder. A esse respeito, Machado assume a seguinte
posição: “O processo de luta é visto como uma forma de contrapor-se à dominação, o
que pode contribuir para a articulação de práticas emancipatórias” (MACHADO,1989, p.
30).
A partir disso, novas relações de poder poderão ser construídas na dinâmica
interna da sala de aula e da escola.
DIAS LETIVOS1º SEMESTRE 1012º SEMESTRE 99
TOTAL 200
51
9. A Avaliação
Numa sociedade de classes, não há espaço para a neutralidade: posicionar-
se como neutro, diante dos interesses conflitantes, é estar a favor da classe dominante,
que não quer que outros interesses prevaleçam sobre os seus. A avaliação está
diretamente ligada à concepção de homem, de sociedade e ao projeto político
pedagógico da escola. A partir de uma concepção dialética da educação, supera-se o
sujeito passivo da educação tradicional, em direção ao sujeito transformador, crítico,
pois a avaliação aponta caminhos e indica como caminhar.
Acompanhar as atividades e avaliá-las leva-nos à reflexão, com base em
dados concretos sobre como a escola organiza-se para colocar em ação seu Projeto
Político-Pedagógico. A avaliação do Projeto Político-Pedagógico, numa
visão crítica, parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e
compreender criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas
relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas (criação coletiva).
Esse caráter criador é conferido pela crítica.
Educadores que se posicionam criticamente em relação às formas de
alienação produzidas pelo capitalismo contemporâneo, às quais estamos submetidos,
analisam o projeto político-pedagógico, não como algo estanque, desvinculado dos
aspectos políticos sociais. Não rejeitam as contradições e os conflitos. A avaliação tem
um compromisso mais amplo do que a mera eficiência e eficácia das propostas
conservadoras. Acompanhar e avaliar o projeto político-pedagógico é avaliar os
resultados da própria organização do trabalho pedagógico.
Considerando a avaliação dessa forma, é possível salientar dois pontos
importantes. Primeiro, a avaliação é um ato dinâmico que qualifica e oferece subsídios
ao projeto político-pedagógico. Segundo, ela imprime uma direção às ações dos
educadores e dos educandos. A avaliação, do ponto de vista crítico, não pode ser
instrumento de exclusão dos alunos provenientes das classes trabalhadoras. Portanto,
deve ser democrática, deve favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de
apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos
historicamente e deve ser resultante de um processo coletivo.
52
Avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o
objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra. Ao
avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores, a
gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo.
Os instrumentos de avaliação são os meios e recursos utilizados para se
alcançar determinado fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e em
função dos conteúdos e critérios estabelecidos para tal. O importante é destacar que
este fim não é a aquisição pura e simples de conhecimento, mas o seu processo de (re)
elaboração e as ações a que conduz os alunos em relação a uma prática social, tendo
em vista a própria condição humana.
A avaliação dentro do Plano de Trabalho Docente deve estar em
consonância com o Sistema de Avaliação definido pelo coletivo da escola. Uma vez
expresso na Proposta Pedagógica deve ser regimentada.
O professor, portanto, ao elaborar o seu Plano de Trabalho Docente deve
considerar a avaliação como parte inerente ao processo de ensino e aprendizagem. A
mesma deve ser realizada em função dos conteúdos e ser coerente com os
pressupostos e metodologias da disciplina.
Art. 24. Da LDBN 9394/96, a educação básica, nos níveis fundamental e
médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo
do período sobre os de eventuais provas finais;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas
instituições de ensino em seus regimentos;
A avaliação neste estabelecimento de ensino está expressa em seu
regimento da seguinte forma:
Art. 103 - A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos
em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
53
§ 1º - Nos anos iniciais do Ensino Fundamental não haverá menção de
notas.
§ 2º - Nos anos iniciais do Ensino Fundamental o registro dar-se-á por
parecer descritivo, parcial e final, sobre o desenvolvimento do aluno, a ser emitido pelo
próprio professor, considerando os aspectos qualitativos acumulados ao longo do
processo de ensino e aprendizagem.
Art. 104 - Nos anos finais do Ensino Fundamental o Sistema de Avaliação
será Bimestral, composto pela somatória da nota 4,0 (quatro) referente às avaliações
dos conhecimentos contextualizados em atividades diversificadas; mais a nota 6,0
(seis) resultante de no mínimo 02 avaliações dos conteúdos trabalhados no bimestre
(instrumentos diversificados), totalizando nota final de 10,0(dez).
Art. 106 - Os resultados das avaliações bimestrais dos alunos serão
registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade de sua vida escolar.
Art. 115C - Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá
atingir no mínimo a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das
avaliações processuais.
Art. 115D - Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, a Média Final
(MF) para cada disciplina corresponderá à média aritmética dos Registros de Notas,
resultantes das avaliações realizadas.
Média Final ou MF = Soma dos Registros de notas
Número de Registros de Notas
Art. 115E - Para fins de promoção ou certificação, na modalidade Educação
de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina
e freqüência mínima de 75% do total da carga horária de cada disciplina na
organização coletiva e 100% na organização individual.
54
5.18. Recuperação
De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na
retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que
todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente
acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas.
A recuperação de estudos, portanto concomitante ao processo letivo, tem por
lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de
avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão vias para perceber os
conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no processo de
recuperação de estudos. Como ocorre este processo?
Ele é concomitante e ocorre de duas formas:
1 - A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos
instrumentos de avaliação.
2 - A reavaliação do conteúdo já retomado em sala. “Um não nega o outro”.
Art. 105 - O estabelecimento proporcionará a Recuperação Bimestral a todos
os alunos que não atingirem a nota integral, sendo:
55
I. A recuperação do valor 4,0 será realizada de maneira que o aluno
possa atingir a nota máxima de cada atividade.
II. Será ofertada recuperação do valor 6,0 possuindo valor substitutivo,
prevalecendo sempre a maior.
Art. 106 - Parágrafo Único - Os resultados da recuperação serão
incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais
um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro
Registro de Classe.
Na Educação de Jovens e Adultos, a oferta de recuperação de estudos
significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceita-lo
como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela
se dará concomitantemente ao processo ensino aprendizagem, considerando a
apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos
independentemente do nível de apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativos, com indicação de roteiros de estudos, entrevista para melhor diagnosticar
o nível de aprendizagem de cada educando.
Art. 115C - Parágrafo Único - O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis
vírgula zero) em cada registro de nota terá direito à recuperação de estudos.
56
6. MARCO OPERACIONAL
Para que a ação educativa do Colégio Estadual Princesa Izabel oportunize
as transformações internas da organização escolar voltada para a realidade e para os
compromissos assumidos coletivamente, esse estabelecimento de ensino propõe em
seu plano de ação as seguintes ações divididas nos três eixos conforme segue:
6.1 Organização do Trabalho Pedagógico:
• Compra de materiais de apoio pedagógico diversos para cada disciplina
(jogos pedagógicos, materiais de laboratório, materiais esportivos, livros de literatura,
software educativo, CDs de áudios educativos entre outros);
• Realizar junto aos professores de mesma disciplina, encontros para troca
de experiências e planejamento coletivo nas horas atividades ou em horário comum a
todos;
57
• Fazer das horas atividades momentos coletivos para troca de experiências
e planejamento de ações e estudos que visem uma maior integração entre as
disciplinas no tratamento dos temas contemporâneos e eventos organizados pela
escola;
• Realizar uma oficina de Mídias Educacionais para todos os professores (8
horas);
• Realizar uma oficina de prática de laboratório e reconhecimento do
material existente (4horas);
• Oficinas de formação continuada para atender as dificuldades elencadas
pelos professores, (Modelagem da matemática; prática, leitura e produção de textos e
outros);
• Implementar o “Projeto Palavras Criam Asas” (Língua Portuguesa);
• Participação no programa escrevendo futuro do MEC;
• Aquisição de livros para pesquisa e literatura;
• Definir metas e elaborar plano de ação para professor conselheiro;
• Realizar bimestralmente Pré-Conselho com alunos e professor conselheiro
para levantar discutir e propor ações para as dificuldades encontradas;
• Viabilizar a participação efetiva dos alunos nos Conselhos de Classe;
• Organizar a escolha democrática do aluno representante de turma;
• Promover oficina para formação de lideranças e protagonismo juvenil por
meio do Programa Viva Escola – Mídias Educacionais aos alunos representantes e
organização do Grêmio Estudantil;
• Realizar reuniões mensais com o grêmio e montar plano de ação;
• Reativar a Rádio Recreio junto ao Grêmio Estudantil com equipamento de
som para comunicação com os alunos;
58
• Socializar as atividades desenvolvidas na sala de aula, por disciplina no
final de cada semestre de forma que cada turma seja contemplada. Trazer presente os
desafios educacionais contemporâneos;
• Proporcionar momentos de estudos e reflexões nas reuniões pedagógicas
com subsídios para elaboração do PTD com os temas Gênero e Diversidade na Escola
(pela equipe pedagógica);
• Ampliar o acervo da biblioteca adquirindo títulos que contribuem
pedagogicamente para o desenvolvimento dos alunos de acordo com a faixa etária.
6.2. Avaliação
• Realizar uma avaliação diagnóstica em todas as disciplinas para
sondagem do nível de aprendizagem das turmas no inicio do ano, visando o
direcionamento das ações pedagógicas;
• Implementar sistema de acompanhamento das práticas avaliativas dos
professores para verificar a coerência entre Plano de Trabalho Docente e as ações
efetuadas em sala de aula;
• Adotar um sistema de acompanhamento bimestral do desempenho dos
alunos através de fichas e gráficos dos resultados por turma para analisar o
desempenho e possíveis redirecionamentos da prática pedagógica;
• Encaminhamento dos alunos com dificuldades de aprendizagem para
Salas de Recursos e de Apoio a Aprendizagem;
6.3. Inclusão e Diversidade
• Realizar pelo menos uma hora atividade por mês entre as professoras das
salas comum e a professora de Sala de Recursos e Sala de Apoio a Aprendizagem;
59
• Melhorar a interação entre Equipe pedagógica, Professor da Sala de
Recursos e Professora da Sala Comum, utilizando estratégias especificas e realizando
adaptações curriculares quando necessário;
• Adquirir materiais didáticos apropriados para Sala de Recursos e Sala de
apoio a Aprendizagem;
• Facilitar aos professores das salas comuns o acesso aos relatórios e ficha
de acompanhamento dos alunos inclusos;
• Propiciar a participação efetiva do professor da Sala de Recursos no
Conselho de Classes;
• Subsidiar e assessorar os professores das salas comuns com alunos
inclusos;
• Efetivar criteriosamente as avaliações dos alunos encaminhando a Sala
de Recursos quando necessário;
• Buscar quando necessário o assessoramento da equipe da Educação
especial do NRE.
6.4. Quanto aos Alunos
• Orientar sobre a necessidade de conservar o patrimônio público;
• Realizar palestras e seminários sobre os desafios contemporâneos;
• Promover atividades culturais e recreativas como: gincanas, reuniões,
jogos internos e externos, mostras culturais, palestras, comemorações sociais ao longo
do ano letivo, apresentações dos projetos em andamento.
6.5. Quanto aos Professores
• Fazer das Horas Atividades momentos coletivos para troca de
experiências e planejamento de ações e estudos que visem uma maior integração entre
60
as disciplinas no tratamento dos Desafios Educacionais Contemporâneos e eventos
organizados pela escola.
• Promover ciclo de estudos de novas metodologias que visem à
interdisciplinaridade, proporcionando oportunidades e espaços para a concretização da
mesma, vinculando teoria e prática.
• Favorecer o inter-relacionamento professor/aluno através da expressão de
confiança no potencial do educando e a iniciativa de compartilhar idéias e saberes.
• Incentivar a capacitação profissional, atualização profissional, participação
em simpósios e grupos de estudos.
• Facilitar o acesso à informação através da aquisição de livros, revistas,
jornais e à utilização da Internet.
• Realizar reuniões pedagógicas e reuniões com os pais.
• Elaborar a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente
de acordo com as orientações da SEED.
• Promover encontros nas horas atividades com os assessores de
informática (CRTE) para melhorar a utilização e o aproveitamento das tecnologias
disponíveis na escola.
6.6. Quanto à Comunidade Escolar
• Envolver a comunidade nos eventos promovidos pela escola e nas
tomadas de decisões;
• Criar uma cultura de comunicação e diálogo na comunidade escolar;
• Reuniões de pais e mestres para discutir o processo de ensino-
aprendizagem e de avaliação e também momentos de lazer: jogos, danças, esportes e
teatros, ciclos de palestras com temas pertinentes a educação dos filhos e relação pais
e filhos, dentre outros;
6.7. Papel das Instâncias colegiadas
6.7.1. Conselho Escolar
61
O Conselho Escolar reunir-se-á ordinária e extraordinariamente a fim de
propor, renovar, acompanhar e avaliar permanentemente as ações implementadas na
escola, os programas desenvolvidos, os obstáculos encontrados e o nível de alcance
das metas e objetivos estabelecidos no Projeto Político Pedagógico.
6.7.2. Conselho de Classe
Segundo Dalben, (2006):
O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da escola, e que os vários professores das diversas disciplinas, juntamente com os coordenadores pedagógicos, ou mesmo os supervisores e orientadores educacionais, reúnem-se para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas, séries ou ciclos. DALBEN, (2006, p. 31)
É no conselho de Classe que os professores analisarão e discutirão o
processo de trabalho de sala de aula concretamente, trazendo o rendimento do aluno
em relação ao trabalho desenvolvido em sala de aula. Dessa forma, a prática docente
será objeto de reflexão que engloba a concepção de relação pedagógica estabelecida
tanto com os alunos quanto ao conteúdo escolar e os processos de ensino e
aprendizagem.
A possibilidade de participação dos professores, dessa forma, promove uma
rede de relações entre os diversos profissionais da escola, permitindo a interação entre
os conteúdos, entre turnos, entre turmas, nos ciclos ou séries. DALBEN, (p. 31-32)
6.7.2.a. Pré Conselho – Antes de cada Conselho de Classe Bimestral é
realizado um Pré-Conselho dirigido pela Equipe Pedagógica, com os professores
representantes da turma e com os alunos de cada série, através de uma ficha
previamente organizada, que resultará num gráfico demonstrativo, onde é analisado
todo o processo de ensino e aprendizagem, suas dificuldades e sugestões para serem
apresentadas ao Conselho de Classe.
Modelo: Ficha de Pré-conselho com professores conselheiros da turma
62
COLÉGIO ESTADUAL PRINCESA IZABEL - FICHA DE ACOMPANHAMENTO
PROFESSORES/AS CONSELHEIROS/AS: _________________________ SÉRIE _____ BIM _____
Organização Aprendizagem Comportamento Resultado
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10
11
Modelo: Ficha de Pré-conselho com os alunos:
PRÉ-CONSELHO – BIMESTRAL/2010
63
ALUNO (A)_______________________________________________________ TURMA: __________
AUTO AVALIAÇÃO Organização Aprendizagem Comportamento
ESCALA:1 = Nunca ou Muito fraca2 = Raramente ou Fraca3 = Às vezes ou Regular4 = Na maioria das vezes / Bom5 = Sempre ou Muito bom
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AVALIAÇÃO DO/A
PROFESSOR/AARTE CIÊN
E. FIS.
E. REL.
GEOG HIST INGL PORT MAT.
Os conteúdos são bem explicados?
São utilizados materiais pedagógicos diversos,
(TV pendrive, laboratório de informática, áudio,
etc.)?As Avaliações estão
apresentadas de forma clara e de acordo com os conteúdos trabalhados?
A recuperação ajuda a melhorar na
aprendizagem? São retomando os conteúdos
que os alunos apresentaram dificuldades?
64
Os Professores tem domínio de sala e bom relacionamento com a
turma?
6.7.2.b. Conselho de Classe
O Conselho de Classe é uma instância que garantirá a efetiva participação
dos representantes dos vários segmentos existentes na escola, promovendo uma
discussão das ações docentes (ensino); das ações de organização, elaboração e
execução do planejamento curricular (didática); das ações metodológicas e avaliação
escolar (pedagógicas).
Acontecerão ao final de cada bimestre com todos os professores da
disciplina, a direção, equipe pedagógica e secretária do estabelecimento, onde são
discutidos o levantamento dos limites e dificuldades e os avanços do processo ensino-
aprendizagem levantados no pré-conselho pelo professor representante da turma e os
dados levantados junto aos alunos pela equipe pedagógica, com as ações
determinadas para melhorar o processo ensino-aprendizagem e o resultado registrado
em ata pela secretária.
Modelo: Ficha de Conselho de Classe
COLÉGIO EST. PRINCESA IZABEL – ENSINO FUNDAMENTAL
FICHA DE ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS - 2010 – SÉRIE ____ BIMESTRE _____MÉDIA BIMESTRAL – NOTAS
Nº NOME DO ALUNO Art Cien Ed fis His Geo E. Rel Ing Por Mat OBSERVAÇÕES
01
02
03
04
05Obs. Para realização de Conselho de Classe, são preenchidos os dados
referentes a nomes e notas dos alunos.
6.7.2.c. Pós Conselho – Ao final de cada bimestre é realizada uma
devolutiva com todas as turmas, das decisões tomadas e as ações propostas no
Conselho de Classe pela Equipe Pedagógica. As devolutivas para os docentes
acontecem individualmente, apresentando dados levantados com as turmas no Pré-
conselho, pela diretora equipe pedagógica.
65
6.7.3. APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)
A APMF, (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) é a instituição que
promoverá a integração Escola-Família-Comunidade e o poder público, buscando o
desempenho mais eficiente do processo educativo, cumprindo com as finalidades
previstas no Regimento Escolar. Dar-se-á a oportunidade para que a mesma colabore e
participe das decisões coletivas sobre as ações da equipe pedagógico-administrativa e
do Conselho Escolar, visando a assistência ao educando e o aprimoramento do ensino.
6.7.4. Grêmio Estudantil
O grêmio estudantil é uma organização que representa os interesses dos
alunos na escola. Permite que discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de
ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.
O grêmio estudantil é também um importante espaço de aprendizagem,
cidadania, convivência, responsabilidade e luta por direitos, onde os jovens têm a
oportunidade de participar na sociedade.
Quanto mais estimularmos a participação e luta coletiva nas questões
sociais, culturais e políticas dentro da escola e em nossa comunidade, mais estaremos
participando da construção de uma cidadania ativa, consciente e responsável e
consequentemente desenvolvendo novas lideranças.
Objetivos:
• Congregar o corpo discente da escola, defendendo os interesses
individuais e coletivos da escola;
66
• Promover a cooperação entre administradores, professores, funcionários e
alunos, no trabalho escolar, buscando seu aprimoramento;
• Despertar a cidadania nos adolescentes, que freqüentam da 5ª a 8ª série
do Ensino Fundamental, identificando novas lideranças;
• Incentivar os representantes de turma para congregar e defender com
responsabilidade os interesses dos estudantes, aprendendo ética e cidadania na
prática;
• Orientar a organização do Grêmio Estudantil para atuar em defesa dos
estudantes, tendo fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais.
O Grêmio Estudantil tem estatuto próprio aprovado pelos alunos em
Assembléia Geral, homologado pela Direção da escola e devidamente registrado. As
atividades do Grêmio Estudantil, combinados com a Direção, devem respeitar as
normas da escola e não podem interferir nas atividades previstas no Calendário
Escolar.
Ações:
A equipe do Grêmio Estudantil contribui para aumentar a participação dos
alunos nas atividades da escola, organizando campeonatos, palestras, projetos e
discussões, fazendo com que eles tenham voz ativa e participem – junto com os pais,
funcionários, professores, pedagogos e diretores – da programação e da construção
das regras dentro da escola.
O Grêmio Estudantil pode fazer muitas coisas, desde organizar festas nos
finais de semana até exigir melhoria na qualidade do ensino. Ele tem o potencial de
integrar os alunos, com toda a escola e com a comunidade. Com gestão de um ano,
atua em conjunto ao corpo docente e administrativo no cumprimento de suas atividades.
Durante o ano letivo, os integrantes do Grêmio Estudantil juntamente com o seu
coordenador que é um professor da escola, realizam reuniões onde definem as ações
que serão desenvolvidas na escola.
Algumas ações dos participantes do Grêmio Estudantil:
67
Cultura:
• Montagem de peça de teatro;
• Dança;
• Exposição de desenhos, pintura e escultura;
• Shows;
• Semana Cultural;
• Concurso literário (poesia, contos, crônicas).
Esportes:
• Campeonato de futebol, vôlei, basquete, handebol, etc.;
• Participação em campeonatos inter-escolares;
• Gincanas.
Política:
• Palestras e debates.
Social:
• Campanha de agasalho, alimento, etc.;
• Reciclagem de lixo;
• Embelezamento da escola (murais, painéis, grafites).
Comunicação:
• Radio escola;
• Jornal dos alunos.
“... liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda...”
(Cecília Meireles)
6.7.5. Programa Viva Escola
68
O Programa Viva Escola é um programa de complementação curricular. As
atividades do Viva a Escola devem ser proposta pela Direção, Equipe Pedagógica,
Professores e avaliado pelo Conselho escolar.
Obs. No ano 2011, aguardamos autorização da SEED para dar continuidade
ao programa.
6.7.6. Programa Mais Educação
6.7.6.a Identificação
É um programa do governo federal, vinculado no Paraná ao programa Viva
Escola, para aumentar a jornada escolar. Os alunos participam de atividades no turno
oposto ao das aulas regulares. O objetivo é ampliar espaços, tempos e oportunidades
educativas dos alunos da rede pública. O Programa Mais Educação visa contribuir com
a formação dos alunos, Além de reduzir a evasão, a repetência e distorções de idade-
série, por meio de ações culturais, educativas, esportivas, de educação ambiental, de
educação em direitos humanos e de lazer. O programa, instituído em abril de 2007, é
coordenado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
(Secad), é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
Serão oferecidas em 2011 as seguintes modalidades:
Jogos/Mentes;
Musicalização;
Meio Ambiente;
Leitura;
Dança.
6.7.7.Programa Segundo Tempo
6.7.7.a Identificação
69
O Programa Segundo Tempo é mais um programa idealizado pelo Ministério
do Esporte, destinado a democratizar o acesso à prática esportiva, por meio das
atividades esportivas e de lazer realizadas no contra turno escolar. Tem a principal
finalidade de colaborar para a inclusão social, bem-estar físico, promoção da saúde e
desenvolvimento intelectual e humano, e assegurar o exercício da cidadania. O
programa caracteriza-se pelo acesso a diversas atividades e modalidades esportivas
(individuais e coletivas) e ações complementares, desenvolvidas em espaços físicos da
escola ou em espaços comunitários, tendo como enfoque principal o esporte
educacional.
Foram oferecidas em 2010 as seguintes modalidades:
Manhã – Danças e Jogos Individuais;
Tarde – Danças, Jogos Individuais e Jogos Coletivos.
Obs. Em 2011 aguardamos autorização da SEED para retomar as
atividades.
Determinações Gerais:
Este Projeto norteará todas as ações da Escola durante sua vigência.
Será avaliado anualmente e desdobrado em projetos de curto prazo, levando
em conta a filosofia da escola, sua Proposta Pedagógica e o Plano de Ação da Escola.
Umuarama, 18 de março de 2011.
70
REFERÊNCIAS:
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BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº. 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, LBD. Brasília, 1996.
DALBEN, Ângela Imaculada L.de Freitas Conselho de classe e avaliação perspectiva
na gestão pedagógica da escola. Papirus 3ª Edição 2006.
Fonte <http://www.webartigos.com> O que se entende por cidadania? Publicado em
28/01/2010 por Robson Stigar. Acesso em: (29 out. 2010).
Fonte: <Diretoria de Políticas e Programas Educacionais Coordenação de Gestão
Escolar Coordenação de Planejamento e Avaliação Curitiba, 22 de outubro de 2009.
> acesso em: (30 set. 2010).
GARCIA, Regina Leite. http://www.rizoma.ufsc.br/html/reginaleite.htm Desafios de uma
escola que tenta incluir numa sociedade excludente. Acesso em 13/09/10.
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Porque não falar em educação inclusiva? Elton Pereira Brandão GT Movimentos
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LONARDONI, Arilda Rodrigues da Silva. A rotatividade de docentes nas séries
Finais do ensino fundamental e as implicações na qualidade do ensino, Produção
Didático Pedagógica, PDE, 2009.
71
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento do Ensino Fundamental.
História e cultura afro brasileira e africana: Educando para as relações étnicos
raciais. Curitiba, 2006. (Cadernos temáticos).
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba, 2006.
RODRIGUES, Idaie Caetano. O relacionamento professor/aluno, Artigo PDE, 2007.
SILVA, Maria Dervania Vieira da. Entre a luz e a sombra: a questão afro-brasileira e
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