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PLANO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL Prof. Jacir Bombonato Machado - maio/2015

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PLANO DE CARREIRA DO

MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL

Prof. Jacir Bombonato Machado - maio/2015

LEGISLAÇÃO DE CONSULTA

1 - Legislação Federal básica:

a) Lei nº 9.394/96 (LDB)

b) Lei nº 11.494/2007 ( Lei do FUNDEB)

c) Lei nº 11.738/2008 (Lei do Piso Salarial )

d) Lei nº 13.005/2014 ( PNE)

d) Resolução CNE nº 02/2009 (Diretrizes)

2 – Legislação municipal

a) Lei Orgânica do Município;

b) Estatuto dos Servidores Municipais

c) Lei que define a estrutura administrativa da

Prefeitura

d) Atual plano de carreira do magistério

1 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL – 1988:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes

princípios:

..........

V – valorização dos profissionais da educação escolar,

garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso

exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos

das redes públicas.

PLANO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – LDB

Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos

profissionais da educação, assegurando-lhes inclusive nos

termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério

público:

I – ingresso exclusivamente por concurso públicos de provas e

títulos;

II – aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com

licenciamento periódico remunerado para esse fim;

III – piso salarial profissional

IV – progressão funcional baseada na titulação ou habilitação,

e na avaliação de desempenho;

V – período reservado a estudos, planejamento e avaliação,

incluído na carga de trabalho;

VI – condições adequadas de trabalho.

PLANO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO

MARCOS LEGAIS: LEI Nº 12.014/2009 – ART. 61

Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica

os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados

em cursos reconhecidos, são:

I –professores habilitados em nível médio ou superior para a

docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e

médio;

II –trabalhadores em educação portadores de diploma de

pedagogia, com habilitação em administração, planejamento,

supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com

títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;

III –trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico

ou superior em área pedagógica ou afim.

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Profissionais do

Magistério

São aqueles que exercem

atividades de docência e suporte

pedagógico docência, conforme

formação e habilitação definidas

nos art. 62 e 64 da LDB, atuam

Nas unidades escolares e na

atividades

De suporte nas unidades escolares

e no órgão gestor da educação

Municipal.

Funcionários da

educação

Trabalhadores responsável pelas

atividades de asseio, conservação

e manutenção, preparo da

alimentação escolar.

Administração e de secretariado,

motorista de transporte escolar

outros de necessidade do órgão

gestor da educação municipal.

REGIME JURÍDICO DO SERVIDOR:

• Obediência ao Estatuto dos Servidores municipais

Regime Estatutário

• Aplica-se as normas da CLTRegime Celetista

O Regime previdenciário pode ser o regime próprio da previdência municipal ou Regime

Geral da Previdência (INSS)

TIPO DE VINCULO:

• É aquele ocupante de cargo público submetido ao regime estatutário

Servidor Estatutário

• É aquele ocupante de emprego público submetido ao regime celetista

Empregado Público

Servidor Temporário

É aquele ocupante de contrato por tempo determinado para atender à necessidade

temporária de excepcional interesse público, exercendo função sem estar

vinculado a cargo ou emprego público – Lei Específica de Regime diferenciado de

contratação

REGIME JURÍDICO ÚNICO

Responsável por disciplinar as regras de acesso, a relação entre o servidor e a administração pública e a sua aposentadoria.

A Constituição Federal de 1988, através do seu art. 39, instituiu um único formato para atender esta necessidade.

Emenda Constitucional 19/98 retirou a obrigatoriedade do regime jurídico único.

Em agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal atendendo a reclamação na ADI 2135-4/DF, suspendeu através de medida cautelar e parcial, os efeitos da EC 19/98.

Estatuto: rege a vida funcional do servidor público

• Previsões que devem ser contempladas no estatuto:

• Concurso público

• Posse e exercício

• Estágio probatório

• Estabilidade

• Readaptação, reversão, reintegração

• Licenças e afastamentos

• Acumulo de cargos

• Processo administrativo disciplinar

• Seguridade a aposentadoria

• Na administração pública federal a matéria é regulamentada pela lei 8.112/90, que serve como parâmetro para os demais entres federados

Estatuto: rege a vida funcional do servidor público

• Cada município deve contar com um único estatuto para regulamentar a vida dos servidores municipais de todas as áreas.

• No entanto, se houver um estatuto específico do magistério é preciso lembrar que ele não pode contemplar previsões diferentes do estatuto dos demais servidores uma vez que esta lei rege a vida funcional de todos.

O Plano poderá ser:

Cargo Único: com área de atuação na educação

infantil e/ou anos iniciais do ensino fundamental

(docência e suporte pedagógico)

Estrutura de dois cargos:

• Professor

• Professor de Educação infantil ou Educador Infantil

(com atuação exclusiva na educação infantil)

As funções de suporte pedagógico pode ser

exercidas por ocupantes do cargo de Professor ou por

ocupante de cargos específicos, tais como Pedagogo.

Plano de carreira - Estrutura:

Plano de Carreira: estabelece a carreira para a área na qual o servidor público prestou concurso

O plano de carreira é um conjunto de direitos e deveres que determinam como o servidor pode evoluir ao longo do tempo e ampliar a sua remuneração.

A estrutura de um plano deve contemplar:

•1 -Abrangência –quem são os servidores públicos contemplados

•2 -Atuação -formação e habilitação necessárias

A estrutura de um plano deve contemplar:

•3 -Jornada de trabalho –carga horária necessária e sua composição no caso dos profissionais do magistério no exercício da docência

•4 – Evolução:através do tempo de serviço, da formação e do merecimento acompanhado através da avaliação de desempenho

• 5 -Vencimento e remuneração

• 6 -Lotação e movimentação na carreira

• 7 -Implantação do plano –previsões de enquadramento na carreira

• 8 -Gestão do plano –comissão paritária para acompanhar a execução do plano e o avanço dos profissionais da educação abrangidos

ESTRUTURA ADEQUADA DE CARREIRA

% de variação

• Progressão por tempo de serviço

% de variação

• Elevação por titulação

% de variação

• Promoção por merecimento

COMPATIVE COM A REALIZADE ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

ESTRUTURA DA CARREIRA:

Estágio Probatório

5 anos e um dia

10 anos e um dia

15 anos e um dia

20 anos e um dia

25 anos e um dia

Mais de 30 anos

5%

10%

15%

20%

25%

30%

------

Progressão por

temo de serviço

ESTRUTURA DA CARREIRA:

NI Médio - Mag

NII Superior

NIII de Pós

NIV de Mestrado

NV de Doutorado

T

i

t

u

l

a

ç

ã

o

NII = NI + 10%

NIII=NII + 10%

NIV = NIII + 10%

NV = NIV + 10%

Sugestão

Elevação por

Titulação

ESTRUTURA DA CARREIRA:

Referência

I

II

I+3%

IIII+6%

IV

I+9%

VI+12%

VI

I+15%

VIII+18%

VIIII+21%

IXI+24%

Estágio Prob. 6 anos 9 anos 12 anos 15 anos 18 anos 21 anos 24 anos 27 anos

Estrutura da carreira:

Promoção por merecimento – avaliação de

desempenho

ESTRUTURA DA CARREIRA:

I II III IV V VI VII VIII

Estagio Probatório

5 anos e um dia

10 anos e um dia

15 anos e um dia

20 anos e um dia

25 anos e um dia

Mais de 30 anos

Promoção por merecimento:

Tempo de Serviço

Crescimento por Titulação

Tabela: Matriz de coeficientes

Variação entre as classes – 3%

Interstício de tempo – 3 em 3 anos

Tabela: Jornada de 40 horas semanais – piso de R$ 1.917,78

Tabela: Jornada de 20 horas semanais – piso de R$ 958,39

•Promoção por merecimento = 3% (3 em 3 anos)

•Crescimento vertical: 10% entre os Níveis

•Adicional por tempo de serviço = 5% a cada 5 anos

Tabela: Matriz de coeficientes

Variação entre as classes – 3%

Interstício de tempo – 3 em 3 anos

O VALOR DO PISO DO MAGISTÉRIO

2009 – R$ 950,00 - ---------------------------------

2010 – R$ 1.024,67 – Índice de 7,86%

2011 - R$ 1.187,97 – Índice de 15,94%

2012 – R$ 1.450,54 – Índice de 22,2%

2013 – R$ 1.567,00 – Índice de 7,97%

2014 – R$ 1.697,39 – Índice de 8,32%

2015 - R$ 1.917,78 – Índice de 13,01%

2016 – R$ 2.161,33 - Índice de 12,7%

Data base – no mês de janeiro

O Piso é vencimento básico da carreira

FORMAÇÃO EM NÍVEL MÉDIO MAGISTÉRIO – JORNADA

DE 40 h SEMANAIS

I - Piso Profissional Nacional:

Lei nº.11.738, de 16 de julho de 2008.Instituiu o piso salarial profissional

nacional para os profissionais do magistério

público da educação básica,

regulamentando a alínea “e” do inciso III

do caput do art. 60 dos Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias.

II - Plano de Carreira e Remuneração:

Os municípios deverão adequar seus planosaté 31/12/2009.

Piso Nacional

LEI Nº 11.738/08 – PISO SALARIAL

1. Valor do piso deve ser garantido no vencimento(salário base) e

NÃO na remuneração (conjunto das vantagens que compõem o

salário).

2. Piso é o valor abaixo do qual a União, o Distrito Federal, os

Estados e os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial

do professor.

3. O valor do piso é para uma jornada de 40 horas semanais.

Para as demais jornadas deve-se aplicar o valor proporcional.

4. Um terço da jornada de trabalho dos profissionais do

magistério no exercício da docência deverá ser cumprida em

atividades extraclasse, sem a interação com alunos.

IMPACTO NA ATUALIZAÇÃO DO PISO – MUNICÍPIOS DO PARANÁ

A Lei nº 11.738/2008 determina a atualização anualmente em 1º de

janeiro, de acordo com o mesmo percentual de crescimento do valor

aluno/ano nacional do FUNDEB referente aos anos iniciais do ensino

fundamental urbano.

Em 2013 segundo dados do SIOPE os municípios do PR tiveram uma

receita do FUNDEB de R$ 2.753.947.345,00 e uma despesa no

pagamento da folha dos professores de R$ 2.303.048.787,00,

correspondente a 83,6%.

Em 2015 o piso teve uma atualização de 13,01% - a projeção da receita

do FUNDEB dos municípios é de R$ 3,368 bilhões – a folha dos

professores será de aproximadamente R$ 2,956, correspondendo a

87,85.

Os municípios do Estado do PR estão preocupados, vêem aumentar a

cada ano a dificuldade de cumprimento do piso nacional.

RESPEITO A LEGISLAÇÃO:

LRF LC 101/2000

Gasto do município com pessoal não pode ultrapassar 54% (limite prudencial: 51,3%)

PISO DO MAGISTÉRIO - Lei 11.738/08

Valor abaixo do qual não pode ser fixado o VENCIMENTO do profissional do magistério

FUNDEB do Lei 11.494/07

Mínimo de 60% para pagamento dos profissionais do magistério em efetivo exercício

Presidência da República

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 13.005, DE 25 JUNHO DE 2014.

Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional

decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o É aprovado o Plano Nacional de Educação - PNE, com vigência por 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo, com vistas ao cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal.

Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados,

o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência

deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação

de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de

20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as

professoras da educação básica possuam formação específica de nível

superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em

que atuam.

Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinqüenta por cento)

dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste

PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica

formação continuada em sua área de atuação, considerando as

necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Metas de valorização dos profissionais da educação:

Metas 15, 16, 17 e 18

Meta 17: valorizar os(as) profissionais do magistério das

redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu

rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com

escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência

deste PNE

Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência

de planos de Carreira para os(as) profissionais da educação

básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e,

para o plano de Carreira dos(as) profissionais da educação

básica pública, tomar como referência o piso salarial

nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do

inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal

Metas de valorização dos profissionais da educação:

Metas 15, 16, 17 e 18

COMO FUNCIONA O

FUNDEB?

UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS: art. 21 (Lei nº. 11.494/2007)

100% - Educação Básica Pública.

(observada a responsabilidade de atuação do ente governamental)

MINIMO DE 60%Remuneração dos profissionais do magistério em efetivo exercício da educação básica.

MAXIMO DE 40%Outras ações do MDE (Artigos 70 e 71 da LDB (Lei 9.394/1996)

NO EXERCÍCIO FINANCEIRO que lhes forem

creditados

Saldo até 5% deve ser aplicado até 1º trimestre do exercício seguinte

Subvincula 20% de impostos e transferências

Composição do Fundeb

É obrigatória a aplicação dos 25% dos recursos destinados à MDE (CF/88, art. 212)

A União complementará os Fundos sempre que em cada Estado o valor por aluno não alcançar o valor mínimo nacional

Complementação da União

O valor anual mínimo nacional por aluno, será de

R$ 2.576,36 para o exercício de 2015 e ira

beneficiar com a complementação a dez estados.

(Port. Interministerial Nº 17, de 29 de dezembro de 2014).

Estados contemplados: AL, AM, BA, CE, MA, PA, PB,

PE, PI e RN – Total R$ 10,914 bilhões.

A APLICAÇÃO DOS RECURSOS VINCULADOS E

SUBVINCULADOS.

• COMPOSIÇÃO DO BOLO DE RECURSOS:

• FUNDEB – 20% FPM, FPE, IPI-exp., ICMS, ICMS(Lei

Kandir), ITCMD, IPVA e ITR.

• Os 05% - FPM, IPI-exp., ICMS, ICMS (Lei Kandir), ITCMD,

IPVA, ITR.

• Os 25% - IPTU, ISS, IRRF, ITBI e D. ATIVA.

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Composição

20% Impostos IPI-Exp.

ICMS – deson.

ICMS – Estadual

ITCMD

IPVA

ITR

IPTU

ITBI

IRRF

ISS

20% Transferências FPM

FPE

Complemento da União

FUNDEB20% dos impostos e

Transferências do

Estado e dos Municípios

Proporcional ao

(Nº matrículas)

1 Conta

Estadual

FUNDEB

399 Contas

dos Municípios

FUNDEB

Complemento da

União

Percapita

nacional

Entendendo o Mecanismo de Composição do FUNDEB

Distribuição

I. Creche pública em tempo integral – 1,30

II. Pré-escola em tempo integral – 1,30

III. Pré-escola em tempo parcial – 1,00

IV. Séries iniciais do ensino fundamental urbano - 1,00

V. Séries iniciais do ensino fundamental rural - 1,15

VI. Séries finais do ensino fundamental urbano - 1,10

VII. Séries finais do ensino fundamental rural - 1,20

VIII. Ensino fundamental em tempo integral - 1,30

IX. Ensino médio urbano - 1,25

X. Ensino médio rural - 1,30

XI. Ensino médio integrado à educação profissional - 1,30

XII. Educação especial - 1,20

XIII. Educação indígena e quilombola - 1,20

XIV. EJA com avaliação no processo - 0,80

Fatores de ponderação- Resolução/MEC nº. 8, de 25/07/2012

Valor anual por aluno estimado – FUNDEB 2015 – Portaria Interministerial nº 17/2014

Composição do FUNDEB do Paraná em 2014

EVOLUÇÃO FUNDEB PR