plano de atividades e orçamento 16 - misericordia-gondomar.pt · 2.4 planificação das atividades...

70

Upload: truongminh

Post on 08-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

1

ÍNDICE

PLANO DE ATIVIDADES................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ....................... 5

A – APOIO À POPULAÇÃO IDOSA................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ................ 6

1 - Sede da Santa Casa da Misericórdia de Gondomar ................................ ................................ ................................ .............................. 6

1.1 - Serviço de Apoio Domiciliário ................................ ................................ ................................ ................................ ....................... 6

2 - Centro de Convívio de Fânzeres ................................ ................................ ................................ ................................ ........................... 7

3- Associação de Reformados de Medas ................................ ................................ ................................ ................................ ...................8

4 – Centro Comunitário de S. Cosme ................................ ................................ ................................ ................................ ......................... 8

4.1 – Centro de Dia ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ................ 9

4.2 – Centro de Convívio ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ...... 10

4.3 – Serviço de Apoio Domiciliário................................ ................................ ................................ ................................ ..................... 10

5 – Centro Social de Fânzeres ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ .. 10

5.1 – Centro de Dia ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ................ 11

5.2 – Serviço de Apoio Domiciliário................................ ................................ ................................ ................................ ..................... 12

6. Plano de Atividades Socioculturais para Idosos ................................ ................................ ................................ ................................ ... 12

B – APOIO À INFÂNCIA/ JUVENTUDE................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ......... 18

1. Centro Acolhimento Temporário do Centro de Apoio à Família ................................ ................................ ................................ ............. 18

1.1 Projeto Pedagógico para o ano de 2016: ................................ ................................ ................................ ................................ ......... 19

2 - Creches ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ 31

2.1 Contextualização ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ .............31

2.2 Caracterização................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ..............33

2.3 Projeto Pedagógico ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ....... 34

2.4 Planificação das Atividades para 2015/2016................................ ................................ ................................ ................................35

C- FAMÍLIA E COMUNIDADE................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ..................... 40

1 – Centro Comunitário ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ............. 40

1.1 Atendimento à Comunidade ................................ ................................ ................................ ................................ ............................ 40

1.2 Gabinete de Apoio à Família................................ ................................ ................................ ................................ ............................. 41

1.3 Programas e Plano de Ação ................................ ................................ ................................ ................................ ........................... 42

2 – Rendimento Social de Inserção (RSI) ................................ ................................ ................................ ................................ ................50

D - FORMAÇÃO ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ....56

1 – Estágios Profissionais e Académicos ................................ ................................ ................................ ................................ .................56

1.1 - Estágios Profissionais promovidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional ................................ ..........................56

1.2 - Estágios Académicos ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ...58

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

2

2 - Estágios de Inserção................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ...........58

3 – Cursos de Formação Profissional Contínua ................................ ................................ ................................ ................................ ......59

E – EMPRESA DE INSERÇÃO – “GERAÇÃO D’OURO” ................................ ................................ ................................ ................................ ....................59

F – PARCERIAS ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ...62

1 - A Rede Social no Munícipio de Gondomar ................................ ................................ ................................ ................................ ............62

2 – A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Gondomar................................ ................................ ................................ ..........63

3 – Gabinete de Apoio Integrado (GAI) ................................ ................................ ................................ ................................ ..................... 64

4 – Programa de Apoio à Ação Social ................................ ................................ ................................ ................................ ......................65

G – IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR - HACCP ................................ ................................ ................................ .........................65

H –CONVIVIOS DE NATAL 2016 ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ..............66

I –PROJETOS DE CONSTRUÇÃO/REMODELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS SOCIAIS ................................ ................................ ................................ .....................66

1 – Projeto “Centro Social Arlindo Paulo” ................................ ................................ ................................ ................................ ................66

2 – Projeto “Espaço de Manutenção e Lazer” ................................ ................................ ................................ ................................ ..........68

CONCLUSÃO................................ ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ .....69

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

3

INTRODUÇÃO

Para cumprimento do estabelecido no Compromisso, a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de

Gondomar vem submeter à apreciação e deliberação da Assembleia Geral de Irmãos o Plano de Atividades para o ano de

2016.

O Plano de Atividades e correlativo Orçamento que, nos termos e finalidades legais e estatutárias, agora se

apresentam, foram elaborados numa ótica plurianual e de continuidade ao nível das metodologias e dos critérios seguidos

nos Planos adoptados nos anos anteriores, refletindo a solidificação da estratégia de desenvolvimento para esta

Instituição e mantendo os mesmos objetivos de solidariedade, com respostas que procuram ir de encontro às

necessidades atuais do ser humano.

A realização do Plano de Atividades para o ano de 2016, ocorre num quadro de dificulades económicas, com o

aumento do desemprego, da pobreza e da exlusão social, a diminuição da taxa de natalidade e a aceleração do processo

de envelhecimento da população portuguesa.

É imprescindível assegurar a continuidade na dinamização das respostas sociais desenvolvidas e reflectir, em

conjunto, em novas respostas de forma a fazer face às problematicas actuais, embora com a necessária preocupação em

assegurar a sustentabilidade financeira desta Misericórdia.

Continuar-se-à a priviligiar a criação de parcerias, acordos e protocolos, quer com os Ministérios do Emprego

e da Segurança Social, quer com outras Instituições, Câmara Municipal, União das Misericórdias Portuguesas,

Associações, Instituições Particulares de Solidariedade Social, etc., a par de desenvolver, cada vez mais, serviços sociais

com qualidade, de forma a bem servir a comunidade gondomarense.

Continuará a ser prioridade desta Instituição promover a formação de profissionais de forma a disporem de

mais conhecimentos e sensibilização necessários ao bom desenvolvimento de ações de apoio social destinados a

crianças, jovens, idosos e comunidade em geral, be, como a colaborar com as Universidades e Escolas de Formação na

formação de alunos estagiários e com o Centro de Emprego de Gondomar na admissão e formação de Estágios

Profissionais.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

4

Dando continuidade ao apoio social que presta, pretende-se apostar na qualidade dos serviços e das respetivas

instalações, investindo para tal na continuidade da aplicação dos Modelos de Avaliação de Qualiade das Respostas Sociais,

desenvolvidas pelo ISS, I.P., na implementação de um sistema de gestão da qualidade, na gestão rigorosa dos meios de

que dispõe e no investimento em profissionais cada vez mais qualificados, que consubstanciam a desejável evolução

qualitativa das respostas sociais desenvolvidas, cada vez mais adequados às necessidades da população.

Não obstante ser um documento revelador de intenções, constitui um compromisso da sua Mesa Administrativa

torná-lo credível, sendo um instrumento orientador para o próximo ano de 2016.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

5

PLANO DE ATIVIDADES

Caso mereça a aprovação dos digníssimos membros da Assembleia Geral desta Santa Casa da Misericórdia de

Gondomar, é o seguinte o Plano de Atividades que se propõe executar para o ano 2016.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

6

A- APOIO À POPULAÇÃO IDOSA

1 – Sede da Santa Casa da Misericórdia de Gondomar

A Sede da Santa Casa da Misericórdia de Gondomar, primeiro equipamento desta Instituição a proporcionar à

população gondomarense a prestação de um conjunto de serviços de apoio social, iniciou a sua atividade em 1996 com a

resposta social Serviço de Apoio Domiciliário e com o Atendimento à Comunidade.

Em 2016 a Sede continuará a ter como objetivo fulcral atender, encaminhar e/ou acompanhar famílias e/ou

indivíduos que apresentem problemas sociais.

1.1 – Serviço de Apoio Domiciliário

O Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) Sede mantém, desde 1996, o Acordo de Cooperação com o ISS,I.P. – Centro

Distrital do Porto, integrando 45 clientes residentes, maioritariamente, na freguesias de S. Cosme. O SAD é a resposta

social que consiste na prestação de cuidados e serviços a famílias e/ou pessoas que se encontrem no seu domicílio, em

situação de dependência física ou psíquica e que não possam assegurar, temporária ou permanentemente, a satisfação

das suas necessidades básicas e ou a realização das atividades instrumentais da vida diária, nem disponham de apoio

familiar para o efeito.

O SAD tem como objetivos fundamentais:

a) Concorrer para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e famílias;

b) Contribuir para a conciliação da vida familiar e profissional do agregado familiar;

c) Contribuir para a permanência dos clientes no seu meio habitual de vida, retardando ou evitando o recurso a

estruturas residenciais;

d) Promover estratégias de desenvolvimento da autonomia;

e) Prestar os cuidados e serviços adequados às necessidades dos clientes, sendo estes objeto de contratualização;

f) Facilitar o acesso a serviços da comunidade;

g) Reforçar as competências e capacidades das famílias e de outros cuidadores.

Para a concretização efetiva dos seus objetivos, o SAD dispõe de um conjunto diversificado de serviços em função

das necessidades dos seus clientes, nomeadamente:

Cuidados de Higiene e Conforto Pessoal – prestação de cuidados de higiene e de conforto pessoal, com a

periodicidade semanal de acordo com as necessidades do cliente.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

7

Higiene habitacional – arrumação e pequenas limpezas no domicílio, estritamente necessárias à natureza dos

cuidados prestados.

Fornecimento e apoio nas refeições – confeção, transporte e /ou distribuição de refeições. A alimentação é

equilibrada e variada, tendo sempre em conta as necessidades dietéticas dos clientes.

Tratamento de roupa - Consiste na prestação de um serviço de lavandaria que inclui a recolha de roupa suja de

uso pessoal do cliente no domicilio, para posteriormente passar pela lavagem e engomadoria (nas instalações da

Instituição) e distribuição / entregue novamente no domicilio.

Atividades de Animação e Socialização – Este serviço inclui a animação, lazer, cultura, aquisição de bens e

géneros alimentícios, pagamento de serviços, deslocação a entidades da comunidade;

Serviço de Teleassistência - A Santa Casa prevê a continuidade do serviço de Teleassistência para os clientes do

desta resposta social. Este serviço contempla, através da colocação de uma pulseira ao cliente, bem como de um

aparelho sincronizado com um telefone fixo, o atendimento telefónico 24 horas por dia, 365 dias por ano no que concerne

ao:

Atendimento e acompanhamento de situações de emergência;

Serviço de alerta (toma de medicamentos, despertar, aviso de consultas,…);

Combate à solidão.

Podem ainda ser considerados Serviços de Apoio Domiciliário, quando requisitados:

Formação/Sensibilização – Consiste na formação dos familiares e cuidadores informais para a prestação de

cuidados dos clientes.

Apoio psicossocial - visa acompanhar o cliente e respetivas famílias na dificuldade de prevenção/resolução de

problemas, assim como informar e encaminhar na área dos direitos e deveres sociais sociais.

Cuidados de imagem – Corte de cabelo, arranjo das unhas, massagens, entre outros.

Realização de pequenas modificações ou reparações no domicilio – Colocação de lâmpadas, apertar parafusos,

entre outros.

Realização de atividades ocupacionais – atividades de estimulação cognitiva, nomeadamente, palavras cruzadas,jogos de memoria, jogos de cartas e dominó, música, leitura, entre outros

2 – Centro de Convívio de Fânzeres

Em 2016, a Santa Casa da Misericórdia de Gondomar, dará continuidade ao desenvolvimento, manutenção e gestão

do Centro de Convívio de Fânzeres, dispondo de um Acordo de Cooperação com o ISS, IP – Centro Distrital do Porto que

permite a integração de 70 clientes.

Com o intuito de proporcionar um ambiente adaptado aos interesses e necessidades de cada cliente, o Centro de

Convívio de Fânzeres funciona de forma autónoma e dinâmica no que respeita ao planeamento e realização das atividades,

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

8

contando com a colaboração dos clientes, bem como da equipa técnica. Sempre que possível integrar-se-ão nas

atividades desenvolvidas nos outros equipamentos da Instituição.

Os clientes deste equipamento participam ativamente na sociedade através da organização de festas e

comemoração de épocas festivas, nomeadamente celebrações de aniversários, Carnaval, Páscoa, S. João, S. Martinho,

Natal, entre outras. Realizar-se-ão ainda outras atividades adaptadas a estes clientes, como: aulas de ginásticas com uma

periodicidade bissemanal; ensaios de grupo de cantares, que acontecem uma vez por semana; realização de atividade de

expressão plástica; assim como a implementação do Programa de Estimulação Cognitiva na pessoal idosa.

3 – Associação de Reformados de Medas

Em 2016, dar-se-á continuidade, ao Acordo de Cooperação com o ISS; IP - Centro Distrital do Porto para

comparticipação financeira de 20 clientes beneficiários de Centro de Convívio.

Perpetuar-se-á o acordo entre a Instituição e a Associação de Reformados de Medas que continuará a ter como

principal objetivo o desenvolvimento, manutenção e gestão por parte da Misericórdia do equipamento identificado.

O Centro de Convívio da Associação de Reformados de Medas constitui-se como um meio apropriado e eficaz de

interajuda para a aquisição e manutenção do equilíbrio necessário do Idoso e tem como objetivos principais: fomentar a

vida de relação, manter e/ou desenvolver as capacidades existentes e contribuir para a manutenção do idoso no seu meio

habitual de vida.

Os clientes integrar-se-ão nas Atividades do Plano de Atividades Sócio-Culturais com a dinamização de sessões e

ateliers, descritos no presente documento.

Desde 2001 este equipamento dispôs do funcionamento da resposta social de Serviço de Apoio Domiciliário, no

entanto, devido ao alargamento do Acordo de Cooperação com o ISS,I.P- Centro Distrital do Porto, em Janeiro de 2015 e

dadas as exigências legais do Instituto de Segurança Social, foi necessário proceder a reajustes, nomeadamente, no que

diz respeito à transição da resposta social SAD para o Centro de Apoio à Família. Contudo, continua a estabelecer-se uma

forte parceria com a Associação de Reformados de Medas, assim como a priorizar-se o acompanhamento à comunidade

da União de freguesias Medas e Melres.

4 – Centro Comunitário de S. Cosme

O Centro Comunitário de S. Cosme desenvolve, desde 2001, serviços e atividades que visam melhorar a qualidade de

vida da população, com vista à promoção e integração social dos seus clientes. Na prossecução deste objetivo, o Centro

Comunitário, através das respostas sociais em funcionamento e das dinâmicas implementadas, proporciona

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

9

oportunidades de apoio, aprendizagem, convivio e participação, envolvendo, sempre que possível, os agentes da

comunidade.

O Centro Comunitário de S. Cosme integra cinco respostas sociais, com Acordo de Cooperação com o ISS, IP –

Centro Distrital do Porto, as quais prevêm dar continuidade à implementação do Modelo de Avaliação da Qualidade das

Respostas Sociais, de modo a assegurar um serviço de qualidade dirigido aos interesses e necessidades dos clientes

(crianças, pessoas idosas e suas famílias).

QUADRO 1 - Centro Comunitário de S. Cosme: nº de clientes por resposta social – 2016

RESPOSTAS SOCIAIS/ACORDOS

CENTRO DEDIA

SERVIÇO DE APOIODOMICILIÁRIO

CRECHE CENTRO COMUNITÁRIO CENTRO DE CONVÍVIO

ACORDO DECOOPERAÇÃO 60 30 33

Grupo Heterogéneode pessoas 30

CAPACIDADE 60 50 39 “ 40

4.1 – Centro de Dia

Em 2016 dar-se-á continuidade à prestação de um conjunto de serviços dirigidos à população idosa que contribuirão

para a sua manutenção no meio sócio-familiar e para a satisfação das suas necessidades básicas, entre eles:

acolhimento e informação;

refeições (almoço, lanche e jantar quando necessário);

cuidados de higiene pessoal e tratamento de roupa;

acompanhamento psicossocial e afetivo;

atividades de animação sócioculturais;

convívio / ocupação e favorecimento das relações interpessoais, a fim de evitar o isolamento;

acompanhamento aos serviços de saúde, na ausência da retaguarda familiar.

Os clientes integrar-se-ão nas atividades do Plano de Atividades Sócio-Pedagógicas previstas e terão

semanalmente propostas de atividades diversas, tais como:

expressão corporal: aulas de movimento e ginástica, jogo de boccia;

trabalhos manuais: desenho, pintura, tecelagem, tricot, etc.;

expressão dramática: peças de teatro;

atividades ao ar livre: jogos tradicionais;

exploração do meio: visitas culturais, piqueniques, participação em atividades desenvolvidas para a população

idosa, organizadas por outros equipamentos da Instituição ou Entidades externas;

comemoração de datas festivas;

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

10

momentos destinados ao coro e à prática do yoga do riso;

jogos: cartas, damas, dominó e outros;

participação em sessões de informação e sensibilização sobre diferentes temáticas de interesse.

Assume relevância o incentivo às atividades realizadas em conjunto entre os clientes integrados nos diferentes

equipamentos da Instituição, como a Associação de Reformados de Medas, o Centro de Convívio de Fânzeres e o Centro

Social de Fânzeres, assim como em determinadas datas festivas o desenvolvimento de dinâmicas em articulação com as

crianças da Creche.

O espírito da Instituição é continuar a descobrir caminhos novos para exercitar, motivar e encher a vida dos mais

novos e mais velhos, para que a vontade de realizar e ser útil se mantenha por muito tempo.

4.2 – Centro de Convívio

Com uma abrangência atual de 30 clientes no Acordo de Cooperação com o ISS, IP - Centro Distrital do Porto, o

Centro de Convivio insere-se nas atividades gerais planeadas para 2016. Pretende-se com a dinamização de serviços e

atividades fomentar as relações interpessoais ao nível das pessoas idosas e destas com os outros grupos etários,

potenciando a sua autonomia e a sua capacidade de socialização, prevenindo o fenómeno do isolamento social.

4.3 – Serviço de Apoio Domiciliário

O Centro Comunitário de S. Cosme dispõe de um Acordo de Cooperação com o ISS, IP - Centro Distrital do Porto

para 30 clientes integrados em Serviço de Apoio Domiciliário. Esta resposta social abrange prioritáriamente as

freguesias de Jovim e Foz do Sousa, assegurando os serviços identificados no SAD Sede (pág. 6 e 7).

Esta resposta social incluirá o Plano de Atividades Sócioculturais (PAS), com a dinamização de sessões e ateliers,

previstos no Plano de Atividades.

5 – Centro Social de Fânzeres

O Centro Social de Fânzeres, em funcionamento desde abril de 2010, proporciona um conjunto de atividades e

serviços, e visa promover e dar apoio, em primeira instância, à população socialmente e economicamente mais

desfavorecida.

Tem como principal objetivo promover a integração pessoal e social dos seus clientes, colmatando situações de

isolamento e de dependência, bem como ajudar as familias a encontrar respostas adequadas às suas necessidades.

Durante o ano de 2016, prevê-se dar continuidade à implementação do Modelo de Avaliação da Qualidade das

Respostas Sociais – Creche, Centro de Dia e SAD, nomeadamente, na realização de Programas de Desenvolvimento

Individual, Programa de Acolhimento Inicial e Programa de Atividades Socioculturais. Esta metodologia visa promover um

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

11

serviço de qualidade dirigido aos interesses e necessidades dos clientes, tendo em conta o individuo, como um ser único,

com carateristicas próprias singulares e peculiares.

O Centro Social de Fânzeres integra três respostas sociais com Acordo de Cooperação com o ISS, IP – Centro

Distrital do Porto, sendo que a resposta social Creche e Serviço de Apoio Domiciliário, integra clientes não abrangidos

pelo Acordo de Cooperação, conforme se pode verificar no quadro seguinte:

QUADRO 2 - Centro Social de Fânzeres: nº de clientes por resposta social – 2016

RESPOSTAS SOCIAIS/ACORDOS

CENTRO DE DIA SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO CRECHE

ACORDO DECOOPERAÇÃO

40 20 33

CAPACIDADE40 33 40

5.1 – Centro de Dia

O Centro de Dia é uma Resposta Social, que pretende dar continuidade ao ambiente familiar do idoso, visando a sua

autonomia, bem como a prevenção de situações de dependência e o seu agravamento. Paralelamente possibilita ao idoso

o relacionamento e o contacto com outras pessoas, nomeadamente, com outros clientes, colaboradores e comunidade,

ajudando-o a permanecer ativo e em constante interação.

Durante o ano de 2016 dar-se-à continuidade à prestação de um conjunto de serviços, que contribuirão para a

manutenção dos idosos no seu meio sociofamiliar, como sejam:

acolhimento e informação;

refeições (almoço, lanche e jantar quando necessário);

cuidados de higiene pessoal;

tratamento de roupa;

convívio / ocupação;

favorecimento das relações interpessoais, a fim de evitar o isolamento;

acompanhamento aos serviços de saúde.

Possibilita ainda, quando se justifique, o Serviço de Transporte, assegurando ida e volta (casa/Instituição).

Os clientes integrar-se-ão nas atividades do Plano de Atividades Sócioculturais previstas para o ano de 2016 e

terão diariamente atividades diversas, tais como:

expressão corporal: aulas de movimento e ginástica;

trabalhos manuais: desenho, pintura, tecelagem, tricot, etc.;

atividades ao ar livre: jogos tradicionais;

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

12

exploração do meio: visitas culturais, piqueniques, participação em atividades no âmbito dos idosos;

comemoração de datas festivas;

jogos: cartas, damas, dominó e outros;

participação em Sessões de Informação e sensibilização sobre diferentes temáticas de interesse;

Atividades com clientes de outras IPSS’s.

5.2 – Serviço de Apoio Domiciliário

O Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) mantém o Acordo de Cooperação com o ISS,IP – Centro Distrital do Porto,

para 20 (vinte) clientes residentes maioritáriamente na freguesia de Fânzeres e em menor número na freguesia de Rio

Tinto.

Esta resposta social disponibiliza os serviços mencionados no SAD Sede (pág. 6 e 7), comuns aos outros

equipamentos, bem como de um Plano de Atividades Sócioculturais, também comum a todas as respostas SAD da

Instituição.

6. Plano de Actividades Sócio-Pedagógicas

A planificação de atividades para o próximo ano de 2016 terá, mais uma vez, como principal objetivo o

desenvolvimento de projetos de animação sócio – culturais para proporcionar um envelhecimento cada vez mais ativo e

participativo. Neste sentido, pretende-se desenvolver atitudes, mentalidades e conhecimentos através do tema:

“Nutrição e Bem Estar”.

O envelhecimento é um processo complexo, irreversível, progressivo e natural, que se caracteriza por

modificações morfológicas, psicológicas, funcionais e bioquímicas que influenciam a nutrição e alimentação das pessoas e

não deverá ser entendido como um problema, mas como uma parte natural do ciclo de vida, sendo desejável que constitua

uma oportunidade para viver de forma saudável e autónoma o maior tempo possível. O envelhecimento é também

entendido como um processo natural e dinâmico, acompanhado por um conjunto de alterações que aumentam o risco de

défices nutricionais. Na pessoa idosa, um estado nutricional inadequado contribui de forma significativa para o aumento

da incapacidade física, da morbilidade e da mortalidade, condicionando a qualidade de vida.

Atualmente, é pertinente pensarmos na necessidade de aprimoramento em produtos e serviços voltados para a

população idosa, de forma a promover a prevenção e tratamento dos problemas ocorrentes nessa fase da vida. Na

questão nutricional, deve-se priorizar a criação de tecnologias, produtos, serviços e conhecimentos suficientes que

agreguem prazer e saúde a essa população, sem desconsiderar as características fisiológicas especiais e uma

necessidade nutricional específica.

Assim sendo, pretende-se com o Plano de Animação Sóciocultural abordar questões relativas à nutrição e bem

estar, valorizando a relação entre a alimentação e a saúde, bem como, os principais cuidados individuais para a promoção

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

13

do bem estar, incentivando ainda ao cuidado nas relações entre pessoas e o ambiente em que convivem, visando mais

saúde e melhor qualidade de vida.

Será importante que as atividades se desenvolvam em torno de:

Promoção da Saúde e do Bem Estar: Através do desenvolvimento de diversas iniciativas, contribuir

para minimizar e retardar os efeitos negativos decorrentes do processo de envelhecimento,

designadamente ao nível da mobilidade/autonomia; dos cuidados a ter com a saúde, a alimentação,

entre outras. Pretende-se objetivamente criar fatores de proteção que contribuam para a melhoria das

suas condições de saúde e consequentemente para a sua qualidade de vida.

Educação - Formação: ampliar os níveis de conhecimento e potenciar as capacidades cognitivas,

influenciando de forma positiva na sua auto-estima e desenvolvimento pessoal.

Atividades Ocupacionais: Através da promoção de atividades ocupacionais, pretende-se potenciar as

capacidades funcionais, físicas e cognitivas e em simultâneo promover a interação com os outros,

reforçando o convívio e os laços sociais. Pretende-se igualmente criar uma nova dinâmica de

articulação entre os Centros de Dia, Centros Convívio, Serviço de Apoio Domiciliário e Creches, no

sentido da transmissão do conhecimento, potenciando desta forma as relações intergeracionais.

Lazer: Promover oportunidades de lazer e de conhecimento de locais de interesse histórico-cultural.

Com este Plano de Atividades espera-se que se possam atinguir as seguintes metas:

Que 60% dos idosos dos Centros de Dia e Convívio participem ativamente nas diversas atividades de

animação sociocultural.

Que 20% dos clientes integrados na resposta social de Serviço de Apoio Domiciliário participem

ativamente nas atividades propostas.

Este Projeto terá uma calendarização de Janeiro a Dezembro de 2016 e será avaliado recorendo a documentos da

Instituição, nomeadamente, aos mapas de presença nas atividades e aos relatórios de monotorização e avaliação das

atividades.

Neste sentido, serão objetivos deste plano de atividades socio – culturais:

Otimizar e compreender as funções cognitivas, as necessidades, as expectativas e as motivações dos

idosos;

Trabalhar/ potenciar as dimensões: Física, Biológica, Psíquica, Intelectual, Espiritual, Emocional,

Cultural e Social de cada cliente.

Proporcionar maior qualidade de vida, sentimento de utilidade, prevenção das incapacidades e

estabilização ou retardamento do processo de envelhecimento, como processo de activação e

estimulação dos idosos;

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

14

Proporcionar um envelhecimento saudável e integrado;

Promover atividades diversas em tempo e espaço mobilizando a participação dos idosos, de forma a

criar estratégias de reforço da auto-estima;

Privilegiar a interação dos idosos com a família, reforçando desta forma o elo de ligação e os laços

afetivos, já que o seu meio familiar e social é parte integrante das suas vivências;

Aproximar as famílias da Instituição através da realização de atividades em parceria;

Proporcionar iniciativas que promovam a alegria e a diversão;

Proporcionar aos idosos momentos de boa disposição e de contacto com a comunidade;

Recordar vivências, costumes e tradições populares;

Estimular um trabalho interativo com idosos e crianças.

No quadro seguinte, descrevem-se, na generalidade, as atividades que se esperam implementar e dinamizar no

ano de 2016. Porém, é de evidenciar que este Plano de Atividades reveste-se da necessária flexibilidade para que, em

qualquer momento, se proceda à sua readaptação em virtude das necessidades e interesses dos participantes.

MÊS TEMÁTICA DIAS COMEMORATIVOS ATIVIDADE OBJETIVOS

JANE

IRO

Bem estarResponsável

Festa dos ReisCantares TradicionaisConvívioIntergeracional

Proporcionar momentos de festa econvívio entre idosos e crianças;

InvernoAtelier Mãos à Obra;

Ação de Sensibilização

Envolver os idosos com os seus gostose interesses na decoração do espaço;

Informar e esclarecer sobre oscuidados a ter nesta época do ano.

Comemoração Dia doRiso

Tertúlia / Ação deSensibilização

Sensibilizar para o Bem Estar na suageneralidade.

Fomentar a alegria e os pequenosprazeres da vida.

Carnaval

Atelier Mãos àObra(iniciar decoração de

Carnaval e construçãode máscaras)

Estimular a motricidade fina ecriatividade;

FEVE

REIR

O

Bem EstarEmocional

CarnavalConvívio Promover as relações interpessoais e o

convívio grupal.

Dia dos Namorados edo Dia do Amor

Atividade GrupalFomentar a expressão de sentimentos.

Dia do PensamentoTertúlia / Ação de

SensibilizaçãoFomentar a expressão de sentimentos,

necessidades e interesses.

MARÇ

O Beleza eCuidados Dia da Mulher

Atividade Surpresa(tendo o apoio depatrocínios e/ou

apoios)

Refletir acerca dos diferentes papeisassumidos pela Mulher na sociedade;

Valorizar o papel da Mulher nasociedade.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

15

Páscoa

Atelier Mãos à Obra(construção da

lembrança edecoração do espaço)

Vivenciar esta época festiva deacordo com as tradições e costumes.

Primaverae Poesia

Atividadeintergeracional

(plantação de árvoree plantas aromáticas);Decoração do espaço.

Estimular a criatividade eimaginação, através da reutilização de

materiais e/ou produtos;

ABRI

L Bem EstarFísico

Dia da Atividade Físicae da Saúde

Dinamizar a Semana daSaúde e da Atividade

Física

Estimular hábitos de vida saudável eativa.

Dia Internacional dosMonumentos e Sítios

Passeio ao Exterior Fomentar o gosto pelo PatrimónioHistórico.

Dia Mundial da DançaAtuação de um grupo

de Dança;Atelier de Movimento

Estimular hábitos de vida saudável eativa. Promover a prática de exercício

físico.

MAIO O Sol no Bem

Estar

Dia do Sol Ação SensibilizaçãoAlertar para os benefícios do Sol esalientar a importância deste como

fonte de energia.

Dia InternacionalMuseus

Visita ao Museu Fomentar o gosto pela cultura e pelahistória.

JUNH

O

Bem Estar e oAmbiente

Dia da CriançaConvívio

intergeracionalPromover um ambiente saudável.entre

idosos e crianças.

Dia Mundial doAmbiente

Atelier Mãos à Obra(Decoração do espaço

com materiaisreciclados)

Estimular a criatividade eimaginação, através da reutilização de

materiais e/ou produtos;

Dia do PiqueniqueRealização de um

Piquenique Fomentar o contato com a Natureza.

Dia do YogaSessão de

esclarecimento sobreo Yoga

Incutir novas estratégias derelaxamento e estilos de vida saudáveis.

JULH

O

Sensações

VerãoAtelier Mãos à Obra

(decoração do espaço) Promover a imaginação e a criatividade.

Dia do Chá Gelado Lanche diferente Promover o Convívio.

Dia do Amigo Dinâmica de grupo Reforçar laços de amizade.

Dia dos AvósAtividade

Intergeracional Avós eNetos

Reforçar laços familiares através doconvívio e da entreajuda.

AGOS

TO

Diversão Passeios e Atividadesao Ar Livre

Passeios, visitasculturais, colónoia

praia.

Desenvolver o gosto pela Natureza;Promover a prática de exercício físico.

SETE

MBRO Cuidar e Ser

Cuidado

Desfolhada e VindimasVisitas a quintas deprodutores noConcelho de Gondomar.

Valorizar as tradições e costumes.

Dia Mundial da Doençade Alzheimer

Semana do CuidadorValorizar o papel do cuidador.

Dia Mundial do Semana do Coração Alertar para os cuidados a ter para um

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

16

QUADRO 3 – Plano de Atividades sócio-pedagógicas para pessoas idosas – 2016

Serão ainda desenvolvidas algumas actividades de carácter periódico, que permitam novas aprendizagens,

favorecendo um “envelhecimento saúdavel e ativo”, independente e dinâmico, dando sentido a esta fase das suas vidas. De

forma a proporcionar uma vida mais ativa com momentos lúdicos, criativos, comunicacionais entre os clientes, o Plano

de Atividades comtempla a realização de Ateliers/atividades com caráter semanal, a todos os clientes das respostas

sociais Centro de Dia, Centro de Convívio e Serviço de Apoio Domiciliário, integrando-se da seguinte forma:

Sessões de Movimento

As sessões de movimento têm como objetivo assegurar as condições de bem-estar dos clientes, de forma a

combater o sedentarismo e a desenvolver as suas capacidades físicas e inteletuais através de tarefas simples de

movimentação articular e muscular, possibilitando-lhes uma maior qualidade de vida.

No ano de 2016, estas sessões enquadrar-se-ão mais intensamente nos meses de Abril (na comemoração do dia da

Atividade Física) e nos meses de Julho e Agosto (nos passeios ao exterior num contato mais próximo com a Natureza:

campo e praia).

Para a efetiva implementação destas sessões prevê-se a articulação estreita com um técnico que possibilitará um

acompanhamento individualizado e especializado para um pequeno grupo de clientes com necessidades físicas

específicas.

Coração (rastreios, palestras,atividades plásticas e

lúdicas)

coração saudável.OU

TUBR

O

AlimentaçãoSaudável

Festa das Nozes Decoração de Outono Reavivar tradições.

Dia da AlimentaçãoFeira da Alimentação

Incutir e valorizar novas estratégias deuma alimentação saudável, equilibrada

e saborosa.Dia Mundial das

Massas

NOVE

MBRO Cozinha

Saudável ePoupança

Dia do CinemaIda ao Cinema Modernizar hábitos culturais que,

normalmente não são valorizados.

Dia Europeu daAlimentação e da

Cozinha Saudáveis

Continuação da Feirada Alimentação.

Incutir e valorizar novas estratégias deuma alimentação saudável, equilibrada

e saborosa.

Dia S. MartinhoMagusto Valorizar as tradições, os usos e

costumes.

Dia Mundial DiabetesSessão de

sensibilização sobreDiabetes

Alertar para formas de viver com aDiabetes.

DEZE

MBRO

Bem EstarEspiritual

Natal

Decoração de Natal;Prenda de Natal;Festa de Natal.

Comemorar as tradições, usos ecostumes. Valorizar a união, a paz e a

família.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

17

Prevê-se também o envolvimento das Ajudantes Familiares no sentido de estimular os clientes do Serviço de Apoio

Domiciliário para a prossecução de algumas destas atividades físicas, fomentando a prática regular e continuada, com

recurso a tarefas simples de movimentação.

Sessões de Atividades Cognitivas e /ou Mentais

As sessões de atividades cognitivas e/ou mentais têm como objetivo primordial o treino da escrita, a realização de

jogos de estimulação cognitiva (de forma a aumentar a atividade cerebral, retardar os efeitos da perda de memória e da

acuidade e velocidade percetiva) e prevenir o surgimento de doenças degenerativas.

Atelier Musical

O Atelier Musical tem como objetivo animar (a diferentes níveis : emocional / afetivo, relacional e social) o idoso

através da utilização de sons, movimentos e expressão corporal como meio de comunicação e assim, contribuir para a

reorganização cognitiva, afetiva e corporal dos clientes.

Atelier Mãos à Obra

Este Atelier envolve um rol de atividades de expressão plástica que permitem ao cliente exprimir-se, desenvolver e

estimular a sua imaginação e criatividade através das várias formas de expressão, bem como desenvolver a motricidade

fina, a precisão manual e a coordenação psicomotora.

Atelier Gerações

Visando a prossecução do Plano de Atividades dos Idosos integrados nas Respostas Sociais Centro de Dia, Centro

de Convívio e Serviço de Apoio Domiciliário, sugere-se a interação destes clientes com as Creches desta Instituição em

determinadas atividades com o objetivo de mudar e/ou transformar a perceção do envelhecimento, bem como unir

gerações em momentos de partilha de vivências.

Atividades Religiosas

Assumem um caráter diário através da dinamização do terço no período de início da tarde.

De forma pontual, durante o ano de 2016, a Instituição conta realizar algumas Celebrações da Palavra,

nomeadamente, na Páscoa, Dia do Idoso e Natal.

Visitas Culturais e de Lazer

Com o objetivo de dar a conhecer a um grupo de clientes contextos culturais e recreativos diversos, assim como

fomentar o convívio entre os mesmos, estão planeadas visitas culturais e de lazer ao longo do ano de 2016.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

18

B- APOIO À INFÂNCIA/JUVENTUDE

1 – Centro de Acolhimento Temporário do Centro de Apoio à Família

O Centro de Apoio à Família da Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar, surgiu com a finalidade de

“(…) criar uma resposta social inovadora, ao nível do Concelho”1com a abertura do Centro de Acolhimento Temporário,

designado atualmente como Casa de Acolhimento (Lei 142/2015, de 8 de setembro, art. 50º), e de uma Creche, estruturas

fulcrais para responder às necessidades do Município de Gondomar.

Tratando-se de um equipamento sócio-educativo, pretende “(…) proporcionar as condições adequadas ao

desenvolvimento das crianças integradas nas duas resposta socials, colaborando estreitamente com a família.”2

A Casa de Acolhimento, surgiu como uma resposta social às atuais necessidades colocadas pela problemática das

crianças e famílias em situação de risco no Município de Gondomar. Pretende garantir o acolhimento imediato e

transitório (por um período não superior a seis meses) de vinte e duas crianças com idades compreendidas entre os 0

aos 12 anos de idade em situação de risco decorrente de maus-tratos, negligência, entre outras problemáticas,

proporcionando condições para a definição de um projeto de vida adequado a cada situação.

A Casa de Acolhimento pretende igualmente proporcionar às crianças acolhidas, condições para um

desenvolvimento salutar durante o tempo de acolhimento, oferecendo-lhes estruturas de vida saudáveis, que permitam a

sua educação e bem-estar físico, intelectual, moral e emocional.

Em Novembro de 2015, a Casa de Acolhimento acolhe vinte e uma crianças de ambos os sexos, com idades

compreendidas entre os 17 meses e os 14 anos, oriundas de Gondomar, Valongo, Porto, Paredes, Penafiel e Vila Nova de

Gaia.

Na totalidade, há seis fratrias acolhidas, privilegiando-se sempre a manutenção dos laços entre irmãos, mesmo nos

casos em que a idade dos irmãos mais velhos seja superior a doze anos de idade, o que se verifica em duas das fratrias

integradas.

As crianças acolhidas demonstram, na sua maioria, instabilidade emocional, decorrente das situações familiares

vivenciadas e que despoletaram o pedido de acolhimento institucional, designado atualmente por acolhimento residencial

(Lei 142/2015, de 8 de setembro, art. 35º,ponto 1, alínea f).

As problemáticas que assumem maior predominância são a negligência e o abuso emocional, os quais se pautam na

incapacidade e/ou irresponsabilidade por parte dos progenitores, na prestação de cuidados básicos aos filhos. Com

menor incidência, verificam-se também situações de absentismo escolar, violência doméstica, comportamentos aditivos

por parte dos progenitores, prática de prostituição, ausência de retaguarda familiar e abuso sexual.

1 Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar, Plano de Atividades – Contas de Exploração Previsional e Orçamento de Investimentos 2006, 2005: 37, 38.2 Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar, Plano de Atividades – Contas de Exploração Previsional e Orçamento de Investimentos 2006, 2005: 37, 38.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

19

Atualmente, quatro crianças têm aplicadas medidas de confiança a instituição com vista a adoção e as restantes

dezassete crianças têm medidas de acolhimento residencial.

Considerando as idades e níveis de escolaridade, todas as crianças acolhidas estão integradas em

estabelecimentos escolares e pré-escolares pertencentes à zona de residência da Casa de Acolhimento, dando-se

continuidade aos seus percursos escolares e promovendo a sua inclusão na comunidade envolvente. No entanto, são

visíveis alguns problemas ao nível da aprendizagem e do comportamento, que condicionam o seu percurso escolar.

É importante referir que, à exceção dos finais de tarde, fins de semana e períodos de férias, as crianças estão

integradas noutras Instituições/Equipamentos do Município de Gondomar, potenciando a sua inclusão comunitária.

1.1 - Projeto Pedagógico para o ano de 2016:

A importância fulcral do Projeto Pedagógico assenta na preocupação em proporcionar oportunidades educacionais

no espaço institucional para as crianças acolhidas, de forma sustentada, mas simultaneamente criativa e potenciadora de

aprendizagens significativas.

O Projeto Pedagógico da Casa de Acolhimento denomina-se “Alimenta a Tua Mente” e decorre do tema selecionado

pela Assembleia Geral das Nações Unidas para o ano de 2016, Ano Internacional das Leguminosas e consequentemente do

tema selecionado pela Santa Casa da Misericórdia de Gondomar. O presente projeto tem como grande finalidade incidir

sobre a nutrição e bem-estar, pretendendo incluir, no desenvolvimento das ações, a sensibilização para a alimentação

saudável (enfocando nos benefícios nutricionais das leguminosas), para a segurança alimentar e nutricional, para o bem-

estar físico e mental e os hábitos de vida saudáveis, para a poupança e a sustentabilidade.

A origem do tema “Alimenta a Tua Mente” resulta da caracterização das crianças enquanto seres em formação e

do facto de se considerar a importância de estimular, desde os primeiros anos de vida, a adoção de hábitos de vida

saudáveis, ao nível da nutrição, da saúde e do bem-estar, de forma geral. Como tal, as atividades a desenvolver durante o

ano de 2016, têm por base as características e as necessidades identificadas no grupo de crianças acolhidas, assim como

os seus gostos e preferências, de modo a que seja possível a sua vivência por todos de forma ativa e participativa.

As ações a desenvolver decorrerão de forma articulada com o Projeto Pedagógico da Creche do Centro de Apoio à

Família e com o Plano de Atividades Sócio–Culturais dos Idosos que integram as respostas sociais de Centro de Dia,

Centro de Convívio e do S.A.D. da Instituição. Prevê-se que esta articulação proporcione o intercâmbio de conhecimentos,

de experiências e de histórias entre as crianças que integram a Casa de Acolhimento da Instituição e as crianças que

frequentam a Creche, assim como entre as primeiras e os clientes séniores.

Desta forma, pretende-se promover um alargamento de competências através de processos e atividades lúdico-

pedagógicas que propiciem a todos os intervenientes no Projeto aprendizagens significativas.

Seguidamente é apresentado um plano de Atividades de Vida Diária da Casa de Acolhimento, do qual constam as

atividades quotidianas que são desenvolvidas na Instituição.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

20

QUADRO 4: Plano de Atividades da Vida Diária da Casa de Acolhimento

ATIVIDADES ESTRATÉGIAS

AtividadesQuotidianas

Realização da higiene pessoal;Ajuda nas tarefas diárias (colocar a mesa, organizar os jogos e brinquedos, etc);Organização do espaço pessoal (arrumação do quarto).

AtividadesSócio-

Educativas

Integração, deslocação e articulação com o meio escolar e/ou respostas sociais ou serviços dacomunidade nas quais as crianças se encontram integradas;Reuniões periódicas com os professores e/ou educadores;Apoio e acompanhamento na realização dos trabalhos escolares e nas atividades educativasrealizadas;Apoio e orientação psicopedagógicos.

Atividades deEducação

para a Saúde

Acompanhamento clínico das crianças, na perspetiva da prevenção e do tratamento de doençasfísicas e/ou psíquicas (consultas, diagnósticos, exames);Sensibilização e educação das crianças para a importância de uma vida saudável.

AtividadesTerapêuticas

e de ApoioComplementar

Avaliação psicológica;Intervenção psicológica individual e/ou em grupo;Encaminhamento/articulação com técnicos de especialidades;Orientação e apoio vocacional;Apoio na organização e tratamento de documentos.

Atividadescom asFamílias

Elaboração de um Plano Individualizado de Acompanhamento às Famílias;Reuniões e atendimentos com as famílias;Acompanhamento das visitas das famílias às crianças na Casa de Acolhimento, tendo em vista aqualificação da relação estabelecida, a aprendizagem da expressão do afeto, a interação lúdica, odiálogo adequado, o estabelecimento de regras e limites;Realização de visitas domiciliárias;Acompanhamento técnico sistemático e em rede às famílias;Realização de Sessões de Sensibilização para a Promoção de Competências Parentais;Desenvolvimento de um programa de Formação Parental;Comemoração de festividades significativas para as crianças e as famílias (Dia do Pai, dia da Mãe,Aniversários, etc).

A par das Atividades de Vida Diária da Casa de Acolhimento, será desenvolvido um plano de atividades lúdico-

pedagógicas para a intervenção com as crianças e suas famílias, baseado no tema “Alimenta a Tua Mente”.

O plano de atividades apresentado reveste-se da necessária flexibilidade para que, em qualquer momento, se

proceda à sua readaptação em virtude das necessidades e características dos sujeitos intervenientes no espaço da Casa

de Acolhimento.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

21

QUADRO 5: Plano de Atividades da Casa de Acolhimento, para o ano 2016

MÊSFESTIVIDADE/

TEMÁTICAOBJETIVOS ATIVIDADES

JANEIRO

ALIMENTA ATUA MENTE

Alimenta aTua Mente

Apresentar o tema do Plano de Atividades.Dar a conhecer o tema proposto pelaAssembleia Geral das Nações Unidas para oano de 2016

Apresentação geral sobre o Planode Atividades.“Chuva de ideias” acerca dostemas.

Dia de Reis Identificar os valores inerentes à lenda;Partilhar momentos de alegria e convívio.

Hora do Conto e exploração da“Lenda dos Três Reis Magos”;Festa de Reis no CAF.

Calendário doano 2016

Identificar datas significativas para o grupode crianças.

Elaboração doCalendário do ano de2016.

FEVEREIRO

JARDIM DEAFETOS

Carnaval

Desenvolver o sentido estético;Promover a criatividade e originalidade nareutilização de diferentes materiais;Trabalhar em grupo;Participar ativamente na comunidadeenvolvente.

Escolha e preparação dasmáscaras de Carnaval;Atividade intergeracional com apopulação sénior da Instituição;Organização da Festa de Carnavaldo CAF.

S. Valentim

Valorizar os afetos, a amizade e o respeitopelo outro;Reconhecer as relações de afetividadecriadas com Outros sigificativos (crianças eadultos).

Decoração do espaço;Atelier de Expressão Plástica;Atividade “O Amigo Secreto”, comjantar festivo e troca de prendas.

Atelier“Papa-Livros”

Desenvolver o gosto pela leitura;Estimular o contacto com os livros;Explorar a criatividade, a imaginação e oespírito crítico;Desenvolver as expressões escrita e oral.

Hora do conto e exploração do livro“Adivinha quanto eu gosto de ti”(Sam McBratney)

MARÇO

AGRICULTURASUSTENTÁVEL

PrimaveraDia da ÁrvoreDia da Água

Desenvolver a consciência ambiental;Conhecer os príncipios da agriculturasustentável;Identificar os elementos e recursos daNatureza.

Apresentação em PowerPoint sobrea Agricultura Sustentável;Atelier de Jardinagem.

Atelier“Papa-livros”

Desenvolver o gosto pela leitura;Estimular o contacto com os livros;Explorar a criatividade, a imaginação e oespírito crítico;Desenvolver as expressões escrita e oral.

Hora do conto e exploração do livro“O Jardim Curioso” (Peter Brown)

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

22

MÊSFESTIVIDADE/

TEMÁTICAOBJETIVOS ATIVIDADES

Dia do Pai Fortalecer a relação entre pais e filhos e oslaços familiares.

Preparação de um momentoespecial, em contexto de visita,adequado a cada família (a adequarde acordo com as crianças e seuspais).

Páscoa

Relembrar a história da Páscoa;Vivenciar a festividade relembrandocostumes e tradições da Páscoa;Desenvolver a criatividade.

Atelier de Expressão Plástica;Participação em atividades dacomunidade;Atividade intergeracional com apopulação sénior da Instituição;Preparação e acolhimento da VisitaPascal no CAF.

Visita lúdico-Pedagógica

Conhecer contextos sócio-educativos eculturais diversificados;Alargar o espectro de experiências lúdicas,sócio-educativas e culturais;Desenvolver as relações interpessoais.

Visita a uma quinta pedagógica.

ABRIL

VIVER COMSAÚDE

DiaInternacional

do LivroInfantil

Desenvolver o gosto pela leitura;Estimular o contacto com os livros;Explorar a criatividade, a imaginação e oespírito crítico;Desenvolver as expressões escrita e oral.

Hora do Conto e exploração do livro“O Canteiro dos Livros” (JoséJorge Letria)

Dia daAtividade

FísicaDia da Saúde

Promover a prática de atividade física;Combater o sedentarismo;Compreender o impacto positivo daatividade física na saúde física e mental.

Realização de uma caminhada emlocal a designar, seguida de umpiquenique.

Dia daLiberdade:

Viver o 25 deAbril!

Relembrar o marco histórico celebrado;Identificar as dimensões da liberdade. Atelier de Expressão Plástica.

Dia Mundial daDança

Desenvolver as expressões musical ecorporal;Compreender o impacto positivo daatividade física na saúde física e mental.

Atelier de Dança.

MAIO

BIODIVERSIDADE

Dia da Mãe Fortalecer a relação entre pais e filhos e oslaços familiares.

Preparação de um momentoespecial, em contexto de visita,adequado a cada família (a adequarde acordo com as crianças e seuspais).

Dia daBiodiversidad

e

Sensibilizar para a valorização epreservação da biodiversidade, abordandoconceitos relacionados com osecossistemas, habitats e diferentes gruposde fauna e flora.

Participação em atividades dacomunidade (CEA Quinta do Passal);Visita aos Jardins de Serralves.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

23

MÊSFESTIVIDADE/

TEMÁTICAOBJETIVOS ATIVIDADES

DiaInternacionaldas Famílias

Desenvolver a identidade familiar;Reconhecer e valorizar a importância doslaços familiares.

Elaboração de uma prendasimbólica para oferecer à família.

Atelier“Papa-livros”

Desenvolver o gosto pela leitura;Estimular o contacto com os livros;Explorar a criatividade, a imaginação e oespírito crítico;Desenvolver as expressões escrita e oral.

Hora do conto e exploração do livro“A que Sabe a Lua?” (MichaelGrejniec)

JUNHO

A NOSSAPEGADA

ECOLÓGICA

Dia Mundialda Criança

Desenvolver a identidade pessoal e social;Conhecer os Direitos das Crianças;Desenvolver a autoestima e a valorizaçãopessoal.

Participação em iniciativas dacomunidade.

VerãoDesenvolver a criatividade e a imaginação;Desenvolver competências de organização ede trabalho em grupo.

Decoração do espaço;Atelier de Expressão Plástica.

Dia doAmbiente

Perceber a influência humana ao nível dasalterações do meio ambiente e o impacto noplaneta Terra.

Exploração dos conceitos dePegada Ecológica e de AmbienteSustentável;Elaboração de um painel cominformações relevantes sobre otema, para exposição no CAF.

SantosPopulares:Viva o São

João!

Vivenciar as festividades, relembrando erecriando costumes e tradições dos SantosPopulares;Explorar as capacidades criativas;Trabalhar a expressão oral e a expressãoescrita;Desenvolver a expressão corporal e aexpressão dramática.

Decoração do espaço;Atelier de Expressão Plástica;Festa de S. João no CAF.

JULHO

TOCA AMEXER!

Praia eVisitasLúdico-

Pedagógicas

Conhecer contextos sócio-educativos eculturais diversificados;Alargar o espectro de experiências lúdicas,sócio-educativas e culturais;Desenvolver as relações interpessoais.

Colónia balnear: desenvolvimentode atividades diversas com ascrianças na praia;Visitas lúdico-pedagógicas

Atelier“Papa-livros”

Desenvolver o gosto pela leitura;Estimular o contacto com os livros;Explorar a criatividade, a imaginação e oespírito crítico;Desenvolver as expressões escrita e oral.

Hora do conto e exploração do livro“A Girafa que Comia Estrelas” (JoséEduardo Agualusa)

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

24

MÊSFESTIVIDADE/

TEMÁTICAOBJETIVOS ATIVIDADES

DiaInternacionaldos Amigos

Aprofundar as relações afetivas com osoutros significativos (crianças e adultos).

Festa-convívio com as crianças daCreche do CAF: A Festa dos Amigos,

AGOSTO

COMUNIDADE

Férias deverão

Desenvolver competências pessoais esociais, de forma a ter uma vivênciapositiva no grupo;Desenvolver o gosto por atividades deExpressão Plástica, Dramática e Corporal.

Atividades lúdico-pedagógicas.Atividades intergeracionais com apopulação sénior da Instituição:- Ginástica;- Culinária;- Jogos tradicionais;- Jogos de mesa.

Férias deverão

Conhecer contextos sócio-educativos eculturais diversificados;Desenvolver as relações interpessoais;Alargar o espectro de experiências lúdicas,sócio-educativas e culturais.

Participação em atividades lúdicas:- Casa da Juventude de Gondomar;- Casa Branca de Gramido;- Quinta do Passal;- Outros locais de interesse(a agendar de acordo com asatividades definidas para o mês deAgosto);Visitas lúdico-pedagógicas (adesignar).

Festa deVerão

Desenvolver a criatividade e a imaginação;Desenvolver a Expressão Dramática eCorporal;Elevar a autoestima e a auto eheteroconfiança;Participar ativamente na comunidadeenvolvente.

Realização da Festa de Verão.

SETEMBRO

REGRESSO ÀSAULAS

Início do AnoLetivo

2016/2017

Preparar a entrada no novo ano letivo;Consciencializar para a autonomia e osentido de responsabilidade;Relembrar hábitos e regras de organizaçãopessoal e de métodos de estudo.

Preparação do material necessáriopara o novo ano letivo e de materialde apoio ao estudo no CAF.

Atelier“Papa-livros”

Desenvolver o gosto pela leitura;Estimular o contacto com os livros;Explorar a criatividade, a imaginação e oespírito crítico;Desenvolver as expressões escrita e oral.

Hora do conto e exploração do livro“O Menino da Lua e Corre CorreCabacinha” (Alice Vieira)

Outono

Identificar elementos da Natureza relativosà estação do ano;Desenvolver a criatividade e a imaginação;Desenvolver competências de trabalho emgrupo.

Decoração do espaço;Atelier de Expressão Plástica.

OUTUBRO

ALIMENTAÇÃOSAUDÁVEL

Festa deNossa

Senhora doRosário

Conhecer os costumes e tradições doConcelho de Gondomar.

Ida à Festa de Nossa Senhora doRosário;Realização de um lanche comdoçaria tradicional.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

25

MÊSFESTIVIDADE/

TEMÁTICAOBJETIVOS ATIVIDADES

Dia Mundialda

Alimentação

Tomar consciência acerca dos hábitos dealimentação corretos e incorretos;Conhecer os príncipios da alimentação dasaudável.

Atelier de cozinha saudável;Jogos lúdicos alusivos ao tema daalimentação.

Halloween

Conhecer novas utilizações para diferentesmateriais de desperdício;Desenvolver a imaginação e a criatividade.Trabalhar em grupo.

Decoração do espaço.Atelier de Expressão Plástica;Festa de Halloween.

Atelier“Papa-livros”

Desenvolver o gosto pela leitura;Estimular o contacto com os livros;Explorar a criatividade, a imaginação e oespírito crítico;Desenvolver as expressões escrita e oral.

Hora do conto e exploração do livro“O Cuquedo” (Clara Cunha)

NOVEMBRO

“GRÃO A GRÃOENCHE A

GALINHA OPAPO”

S. Martinho Relembrar costumes e tradições alusivos àépoca festiva.

Decoração do espaço;Atelier de Expressão Plástica:elaboração de cartuchos para ascastanhas;Hora do Conto “A Lenda de S.Martinho”, seguida de Atelier deExpressão Plástica;Realização da Festa de Magusto.

Dia Mundialda Poupança Promoção da literacia financeira.

Apresentação sobre o tema;Atelier lúdico-pedagógico“Vamos ao mercado”.

DEZEMBRO

Inverno

Desenvolver a criatividade e a imaginação;Desenvolver competências de trabalho emgrupo;Desenvolver a motricidade fina e a destrezamanual.

Decoração do espaço;Atelier de Expressão Plástica.

Espetáculoinfantil

Alargar o espetro de experiências lúdicas,sócio-educativas e culturais.

Ida a um espetáculo infantil adefinir.

Atelier“Papa-livros”

Desenvolver o gosto pela leitura;Estimular o contacto com os livros;Explorar a criatividade, a imaginação e oespírito crítico;Desenvolver as expressões escrita e oral.

Hora do conto e exploração do livro“A Noite de Natal” (Sophia de MelloBreyner Andresen)

Natal

Recordar usos e costumes natalícios,Valorizar as relações afetivas com osfamiliares e com Outros significativos;Desenvolver sentimentos de generosidade,de partilha e de vivência pacífica emcomum;Envolver a família na celebração do Natal.

Decoração do espaço comum emconjunto com as crianças daCreche do CAF;Visualização de filmes infantis;Elaboração de prendas simbólicaspara oferecer aos familiares;Festa de Natal conjunta com apopulação sénior da Instituição.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

26

MÊSFESTIVIDADE/

TEMÁTICAOBJETIVOS ATIVIDADES

Ano NovoDesenvolver sentimentos de partilha;Trabalhar a expressão de sentimentos edesejos.

Decoração do espaço;Organização da festa de Ano Novo.

As atividades lúdico-pedagógicas apresentadas anteriormente, serão complementadas com outras de caráter

sócio-educativo, nomeadamente as que integram o Plano Sócio-Educativo Individual (PSEI) de cada criança. O PSEI

constitui um dos instrumentos de intervenção sugeridos pelo Manual de Gestão de Qualidade da resposta social e é

elaborado com base na avaliação, por parte da Equipa Técnica, das necessidades sócio-emocionais, sócio-familiares e

escolares de cada criança.

1.1.1. - Programa de Desenvolvimento de Competências Pessoais e Sociais

O trabalho desenvolvido na Casa de Acolhimento é alicerçado nos quatro pilares básicos da vivência em sociedade:

aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser.

No aprender a conhecer deve-se promover nas crianças a motivação de adquirirem competências e instrumentos

conceptuais que lhe permitam analisar, discernir e emitir a informação mais útil para o seu projeto de vida e um contacto

com a diversidade de culturas e saberes.

Aprender a fazer é promover nas crianças a possibilidade de executar o seu saber e, muito concretamente, o seu

acesso e uso de novas tecnologias, abrindo-lhe as portas a uma qualificação profissional.

Para aprender a viver com os outros devem ser promovidos os valores da cidadania, a solidariedade, a

hospitalidade, a bondade, a liberdade e a capacidade de se relacionarem e dialogarem com os outros, reconhecendo-os

como pessoas de iguais direitos e deveres, dignos de empatia e autenticidade.

Para aprender a ser as crianças devem ser promovidas, enquanto atores enobrecidos pela perfetibilidade, com

competências de construir-se como ser humano de valor e relação, com uma identidade, uma cultura e uma memória.

As competências sociais constituem fator de proteção para uma trajetória de desenvolvimento satisfatória atuando

na prevenção de problemas na infância (desempenho escolar e problemas de comportamento) e suas repercussões na

idade adulta (depressão, problemas conjugais, realização profissional, etc.).

Considerando que a exposição da criança a diversas situações sociais, principalmente fora do contexto familiar,

requer um amplo reportório de competências sociais para lidar de maneira efetiva e eficiente com a multiplicidade de

contrariedades encontradas nessas situações, a Equipa Técnica da Casa de Acolhimento desenvolveu um Programa de

Desenvolvimento de Competências Pessoais e Sociais, para implementar junto das crianças acolhidas. Apesar de já ter

sido implementado nos anos anteriores, considera-se pertinente continuar a fazê-lo, uma vez que o grupo de

crianças/jovens acolhidas vai-se alterando com regularidade.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

27

O Programa de Desenvolvimento de Competências Pessoais e Sociais tem como objetivos gerais:

Explorar e esclarecer as expectativas das crianças em relação às suas competências pessoais e sociais, bem

como aos resultados do Programa;

Ajudar as crianças a expressar de forma correta as suas emoções;

Proporcionar a partilha de opiniões e expectativas dentro do grupo;

Ensinar as crianças a comunicar de forma adequada;

Demonstrar que existem outros estilos de comunicação e de relacionamento (passivo, agressivo, assertivo);

Sensibilizar as crianças para a necessidade e o dever de recorrerem a pessoas que as possam ajudar,

Ajudá-las a perceber a importância das regras e do seu cumprimento para melhorar os relacionamentos (pais,

professores, auxiliares, colegas e outros);

Ajudá-las a pensar previamente nas consequências das suas ações;

Criar respostas alternativas de resolução de problemas que não recorram à violência, evitando assim os

conflitos;

Dotar as crianças de técnicas de auto-controlo e de controlo da impulsividade de modo a serem menos

agressivas para os pais, colegas, professores e auxiliares;

Impulsionar o envolvimento em atividades diversificadas;

Fortificar as suas amizades bem como fazer novos amigos;

Promover a assertividade;

Ensiná-las a lidar com a frustração e com as injustiças;

Promover a motivação em relação à escola;

Fomentar as competências sociais e pessoais;

Ensiná-las a ouvir e a dizer um “não” de forma percetiva e adequada respetivamente;

Incrementar uma maior integração das crianças nas suas turmas.

O Programa será executado em trinta sessões teórico-práticas, estruturadas para uma duração estimada de 60

minutos, com periodicidade semanal, dinamizadas pela Equipa Técnica da Casa de Acolhimento.

A Equipa Técnica reunirá semanalmente para planificar as sessões e avaliar o percurso dos participantes.

No que respeita à estrutura e conteúdo programático, este Programa divide-se em seis partes:

Parte 1

o Sessão 1: Apresentação do grupo e construção de uma relação terapêutica (averiguação das

expectativas);

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

28

Parte 2

o Sessão 2, 3 e 4: Saber observar – Expressão emocional e trabalho de sentimentos (conhecer os

sentimentos, expressar os sentimentos adequados, compreender os meus sentimentos e o dos outros);

Parte 3

o Sessão 5, 6, 7, 8, 9 e 10: Saber observar – Comunicação não verbal (movimento e expressões corporais –

gesticulação, contacto ocular, aparência, expressão facial, postura, paralinguística);

Parte 4

o Sessão 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19: Saber ouvir – Comunicação verbal (escuta ativa, estilos

comunicacionais – passivo, agressivo e assertivo; e resolução de problemas);

Parte 5

o Sessão 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28 e 29: Saber falar – Treino de Assertividade (competências sociais:

empatia, saber ouvir e dizer “não”, lidar com injustiças, exprimir opiniões, recusar e aceitar pedidos, dar

e receber elogios);

Parte 6

o Sessão 30: Conclusão do programa – Avaliação dos resultados (concluir se foi eficaz ou não averiguando

se o programa foi ao encontro das suas expectativas e verificando os conhecimentos adquiridos dos

alunos) e entrega de um diploma de participação a todos os intervenientes.

No início e após o término do Programa, será administrado um questionário (C.A.T.S. – Children’s Action Tendency

Scale) a todas as crianças envolvidas no mesmo, no sentido de se avaliar a evolução de cada uma ao nível das

competências sociais, ao longo da intervenção.

No final deste Programa as crianças deverão ser capazes de:

expressar as suas opiniões em contexto grupal, adequadamente;

discernir entre diferentes estilos de comunicação e relacionamento;

adquirirem a capacidade de pedir ajuda, ou seja, recorrer a outros em busca de auxílio e/ou resposta; a

capacidade de pensar previamente nas suas ações e possíveis consequências, bem como, a capacidade de criar

respostas alternativas à resolução de problemas, sem ter de recorrer à violência e/ou conflito;

perceber e pôr em prática a importância das regras de conduta, relacionamento com outros, para que esses

mesmos relacionamentos melhorem.

Considerando também, as necessidades específicas das crianças acolhidas, com idade compreendida entre os 10 e

os 14 anos desenvolveu-se um Programa de Desenvolvimento Pessoal e Social, direcionado para a promoção da

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

29

Identidade, do Desenvolvimento Emocional, da Comunicação e Socialização, da Autonomia Pessoal e Social e do

Desenvolvimento Moral e Cívico.

Este Programa está estruturado para ser implementado 40 sessões de grupo, com a duração de, aproximadamente,

45 minutos cada sessão . Ao longo destas sessões pretende-se explorar as cinco temáticas mencionadas anteriormente

(Identidade, Desenvolvimento Emocional, Comunicação e Socialização, Autonomia Pessoal e Social, Desenvolvimento Moral

e Cívico), de acordo com os seguintes objetivos específicos:

O desenvolvimento de um auto-conceito positivo e ajustado;

A promoção de uma auto-estima valorizada e o reconhecimento das qualidades do outro;

O desenvolvimento da auto-confiança;

A promoção da reflexão sobre o significado de cada sentimento e o desenvolvimento da capacidade de

expressão e gestão individual de emoções;

A promoção da aquisição de competências empáticas;

O reconhecimento das relações existentes entre os sentimentos, expressões faciais e posturas

corporais;

Identificar e assumir o papel de emissor e recetor de mensagens;

O treino de competências de comunicação verbal e desenvolvimento da capacidade de argumentação;

O reconhecimento dos diferentes estilos de comunicação;

O reconhecimento das características da comunicação assertiva;

A promoção da capacidade de gerir conflitos;

A promoção de competências para a vida pessoal e doméstica;

A promoção de competências para a integração social;

A valorização e capacidade de gestão do tempo livre;

A promoção do desenvolvimento moral e reflexão sobre normas sociais e civismo;

A promoção de atitudes otimistas.

Finda a implementação deste Programa, pretende-se que as criamças/jovens tenham adquirido o saber-fazer e o

saber-ser, necessários para uma integração social plena, isto é, tenham desenvolvido competências de vida que lhes

permitam participar em sociedade, mobilizando através dela o saber, o ser e o saber resolver os problemas com que o

mundo atual, em mudança, nos confronta.

Uma educação de qualidade abrange a pessoa integral e promove educação, que engloba tanto o campo afetivo,

como o cognitivo. Valores como paz, amor, respeito, tolerância, cooperação e liberdade são a força sustentadora da

sociedade humana e do progresso.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

30

1.1.2. - Programa de Educação Parental

Desde o momento do acolhimento da criança, compete aos profissionais envolver os pais e estimulá-los no

processo educativo, fomentando a ligação do trabalho realizado na Instituição com as mudanças positivas que devem

ocorrer na família, levando a mesma a reconhecer e validar a importância da continuidade do trabalho desenvolvido com

a criança/jovem na Instituição.

A família tem um papel determinante no equilíbrio sócio-emocional dos seus membros e a sua organização assume

uma importância fulcral para a definição do projeto de vida de cada criança acolhida.

Neste sentido, a par das atividades lúdico-pedagógicas e sócio-educativas que envolvem as crianças e suas

famílias, serão desenvolvidas atividades específicas no âmbito da intervenção com a família.

No caso concreto será implementado um Programa de Educação Parental, como resposta que visa colmatar as

necessidades avaliadas no âmbito da intervenção realizada junto das famílias das crianças integradas na Casa de

Acolhimento. Este Programa tem como objetivos gerais:

Promover o auto-conhecimento, enquanto pessoas e enquanto pais, ajudando pais e mães a recordarem o seu

crescimento nas suas famílias de origem, para que reconheçam eventuais efeitos das suas experiências de

infância no seu desenvolvimento;

Promover a perspetiva segundo a qual ser mãe ou ser pai é um processo em construção permanente,

Promover a auto-estima dos pais e ajudá-los a perceber que os pais terão de aprender a construir a sua

própria auto-estima à medida que constroem a dos seus filhos;

Promover formatos de comunicação mais eficazes na relação dos pais com a criança, que facilitem o

desenvolvimento sócio-emocional desta;

Promover a discussão e treino de algumas estratégias para prevenir/lidar com comportamentos desafiantes

da criança;

Promover atitudes mais otimistas na relação dos pais consigo próprios, com os outros e perante a vida.

O Programa está estruturado para ser executado em doze sessões teórico-práticas, com uma duração estimada de

90 minutos cada, com periodicidade mensal, dinamizadas pela Equipa Técnica da Casa de Acolhimento. Esta propõe –se a

reunir mensalmente para planificar as sessões e avaliar o percurso dos participantes.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

31

No que concerne à estrutura e conteúdo programático, este Programa divide-se em três fases:

1ª fase: componente interpessoal - abordagem de temáticas relacionadas com o auto-conhecimento e a auto-

estima, contextualizando sempre estas mesmas temáticas na vida familiar e na relação educativa com as

crianças;

2º fase: componente de gestão familiar – abordagem dos estilos educativos, expressão emocional e, como lidar

com comportamentos desafiantes;

3ª fase/fase final: componente interpessoal – abordagem da temática da educação para o otimismo.

A avaliação do Programa de Educação Parental será uma componente da implementação do mesmo, tendo já sido

uma constante durante a sua construção. Assim, a avaliação do Programa não será um momento cuja ocorrência se

efetiva separadamente da intervenção. Pretende-se, antes, perceber ao longo da implementação, em que medida esta

está a decorrer conforme havia sido previsto, mediante a participação dos pais na intervenção e o grau de satisfação que

revelam face aos métodos utilizados.

Na fase inicial da intervenção e na fase final serão utilizados como instrumentos de avaliação:

Escala de Auto-Estima;

Escala de Satisfação com a Vida;

Escala de Otimismo.

Através da análise dos resultados destes instrumentos, a Equipa Técnica pretende perceber o impacto do Programa

de Educação Parental nas famílias participantes, após a conclusão do mesmo.

A avaliação de resultados permitirá concluir se o programa teve ou não sucesso e impacto, quais os aspetos que

devem ter continuidade e quais aqueles que devem ser alvo de alteração em intervenções futuras. Contudo, dadas as

características individuais de cada família, pode afigurar-se necessário o ajustamento quer dos conteúdos

programáticos, quer da própria estrutura do Programa, sendo que a Equipa Técnica da Casa de Acolhimento se encontra

preparada e disponível para tal.

2 - CRECHES

2.1 - Contextualização

A Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar integra três Creches distribuídas por três equipamentos

distintos: Centro de Apoio à Família, Centro Social de Fânzeres e Centro Comunitário de S. Cosme.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

32

O objectivo geral da resposta social consiste em proporcionar o bem-estar físico, emocional e afetivo das crianças,

bem como o seu desenvolvimento integral, num clima de segurança física e afetiva, durante a ausência parcial dos seus

meios familiares, através de um atendimento individualizado em todo o processo evolutivo das crianças.

Assim, nas suas Creches identificadas, a Instituição pretende:

Prestar apoio a crianças com diminuída retaguarda familiar, bem como em situação de maior vulnerabilidade;

Criar e desenvolver equipamentos sócio-educativos, com a finalidade de proporcionar às crianças condições

adequadas ao seu desenvolvimento, garantindo o bem-estar e o desenvolvimento integral das crianças num clima de

segurança afetiva e física, durante o afastamento parcial do seu meio familiar, através de um atendimento

individualizado;

Colaborar estreitamente com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades em todo o processo evolutivo

das crianças;

Colaborar de forma eficaz no despiste precoce de qualquer inadaptação ou deficiência, favorecendo o seu

encaminhamento adequado;

Favorecer as relações sociais e evitar o isolamento;

Criar estruturas que facilitem a conciliação da vida familiar com a vida profissional.

Tendo em vista a promoção de um serviço de qualidade dirigido aos interesses e necessidades dos clientes

(crianças e suas famílias), todas as Creches encontram-se a implementar o Modelo de Gestão da Qualidade das Respostas

Sociais – Creche, utilizando, para esse efeito, a versão revista editada pelo Instituto da Segurança Social.

A resposta social Creche prevê também a utilização dos diversos recursos e potencialidades a nível cultural,

desportivo e paisagístico, além de infraestruturas de apoio social e comunitário que permitem o desenvolvimento de

atividades e projetos compatíveis com a resposta a desenvolver, o que será uma mais-valia para o desenvolvimento ativo

e integrado da mesma.

As estratégias que permitirão assegurar a continuidade sustentada da resposta social Creche são:

O Acordo de Cooperação com o ISS, IP - Centro Distrital do Porto para o desenvolvimento de cada uma das

Creches para 33 crianças dos 4 aos 36 meses de idade;

A celebração de um contrato com as famílias dos clientes da Creche onde está previsto uma comparticipação

mensal, pela utilização do serviço;

A candidatura anual ao Programa de Apoio à Ação Social da Câmara Municipal de Gondomar (apoio financeiro

atribuído às respostas sociais do município);

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

33

O estabelecimento de uma rede de parcerias com diferentes entidades locais e regionais e com os vários

Programas de apoio social, de forma a estabelecer uma boa e eficaz articulação com os organismos existentes,

de modo a assegurar o melhor desenvolvimento dos serviços e atividades, contribuindo assim para uma maior

estabilidade e sustentabilidade das Creches;

A participação ativa na Comunidade, promovendo a dinâmica Institucional e apelando à participação da

Comunidade na Instituição;

O suporte financeiro da própria Instituição que tem vindo a demonstrar a sua sustentabilidade e capacidade de

crescimento estável, através da criação e manutenção de diferentes respostas sociais e privadas, revelando a

sua capacidade de equilíbrio dinâmico;

A realização de uma avaliação contínua, através de relatórios de atividades periódicos, reuniões regulares com

os clientes, famílias e restante comunidade institucional;

A celebração de um novo Acordo de Cooperação com o ISS, IP – Centro Distrital do Porto que permitiu o

alargamento da capacidade das três Creches, que apesar de não comparticipadas financeiramente, permite à

Instituição dar resposta a mais 19 crianças, mantendo o mesmo quadro de pessoal, ao abrigo da portaria nº.

262/2011, de 31 de Agosto.

Centro Social de Fânzeres – De 33 crianças para 40;

Centro de Apoio à Família – De 33 crianças para 40;

Centro Comunitário de S. Cosme – De 33 crianças para 39.

Para cada um dos grupos de crianças, e independetemente do tema do Projeto Pedagógico, foi definida uma

intenção pedagógica geral que orienta toda a prática pedagógica desta resposta social:

Sala Parque – despertar para o mundo;

Sala de 1 Ano – adquirir regras;

Sala dos 2 Anos – desenvolver a autonomia.

2.2 – Caracterização

2.2.1 - Centro Social de Fânzeres

Inserida no Centro Social de Fânzeres, a Creche acolhe 40 crianças de ambos os sexos, com idades compreendidas

entre os 4 e os 36 meses, distribuídas por três salas, com a seguinte capacidade:

Sala Parque – 8 crianças entre os 4 e os 12 meses de idade;

Sala de 1 Ano – 14 crianças entre os 12 e os 24 meses de idade;

Sala dos 2 Anos – 18 crianças entre os 24 e os 36 meses de idade.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

34

2.2.2 - Centro de Apoio à Família

Inserida no Centro de Apoio à Família, a Creche acolhe 40 crianças de ambos os sexos, com idades compreendidas

entre os 4 e os 36 meses, distribuídas por três salas, com a seguinte capacidade:

Sala Parque – 8 crianças entre os 4 e os 12 meses de idade;

Sala de 1 Ano – 14 crianças entre os 12 e os 24 meses de idade;

Sala dos 2 Anos – 18 crianças entre os 24 e os 36 meses de idade.

2.2.3 - Centro Comunitário de S. Cosme

Inserida no Centro Comunitário de S. Cosme, a Creche acolhe 39 crianças de ambos os sexos, com idades

compreendidas entre os 4 e os 36 meses, distribuídas por três salas, com a seguinte capacidade:

Sala Parque – 8 crianças entre os 4 e os 12 meses de idade;

Sala de 1 Ano – 13 crianças entre os 12 e os 24 meses de idade;

Sala dos 2 Anos – 18 crianças entre os 24 e os 36 meses de idade.

Para além das salas de atividades, todas as Creches dispõem ainda de casa de banho, copa, gabinete técnico,

refeitório, parque e outros espaços exteriores.

Relativamente às Equipas Pedagógicas, cada uma das Creches conta com a colaboração efetiva de duas Educadoras

de Infância e cinco Auxiliares de Ação Educativa, bem como com a colaboração de pessoal afeto a outras respostas

sociais.

2.3 - Projeto Pedagógico

O tema selecionado para o Projeto Pedagógico 2015/2016 é comum a todas as respostas sociais da Instituição e

tem como base o tema definido pela Assembleia Geral das Nações Unidas, como ano internacional de 2016, “As

Leguminosas”.

“As Leguminosas” é um tema que nos remete para várias vertentes da alimentação, nomeadamente a alimentação

saudável e não saudável, a gastronomia típica de Portugal, as profissões ligadas à alimentação, a origem dos alimentos, a

cozinha experimental e/ou a horta vertical. Sendo que, a alimentação ocupa um lugar de importância indiscutível no

desenvolvimento da criança, influenciando o seu crescimento e a preservação da sua saúde, é relevante a formação de

hábitos alimentares saudáveis na mesma para que tenha uma alimentação correta e adequada.

Para o desenvolvimento deste tema, tão vasto tão e rico, utilizar-se-ão diferentes estratégias de trabalho tais

como: culinária, atividades plásticas, envolvência da comunidade, convívios intergeracionais, etc.

Para o Projeto Pedagógico “Comer Bem, Crescer Melhor” foram definidos os seguintes objetivos:

Incentivar aos bons hábitos alimentares;

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

35

Conhecer a importância nutritiva dos alimentos e despertar o apreço por eles;

Conhecer e identificar os diferentes tipos de alimentos;

Reconhecer os alimentos que fazem bem à saúde;

Identificar cores, texturas e diferentes sabores dos alimentos;

Conhecer a necessidade da higienização dos alimentos e das mãos;

(Re)conhecer profissões ligadas à alimentação.

O tema Alimentação é motivo de preocupação dos familiares e educadores, visto que o mercado oferece uma

enorme quantidade de produtos alimentícios que, através dos media, invadem as nossas casas e tornam os hábitos

alimentares bastante inadequados.

Assim, com este projeto pretende-se promover uma reeducação alimentar, com o consumo de alimentos saudáveis,

e a consciência da sua contribuição para a promoção da saúde, de uma forma atraente, lúdica e educativa.

2.4 - Planificação das Atividades para 2015/2016

Para a elaboração do Plano de Atividades 2015/2016 que aqui se propõe, teve-se em consideração diversos

âmbitos e pontos de referência, entre os quais:

As necessidades e interesses dos grupos de crianças;

O tema do Projeto Pedagógico selecionado para este ano;

Os contextos sócio-educativos das crianças e respetivas famílias;

As áreas de conteúdo definidas nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, do Ministério da

Educação (Área de Formação Pessoal e Social; Área de Expressão e Comunicação (domínio das expressões

motora, dramática, plástica e musical; domínio da linguagem oral; domínio da matemática) e Área de

Conhecimento do Mundo);

As experiências-chave, definidas no livro “Educação de Bebés em Infantários”;

O Programa de Gestão da Qualidade das Respostas Sociais – Creche, da Segurança Social.

Assim, as atividades propostas têm em consideração todos os âmbitos anteriormente referidos e visam responder

continuamente aos interesses e necessidades das crianças, bem como envolver ativamente as suas famílias. A par

destas, existem ainda outras atividades que se consideram transversais, quer com as crianças, quer com as próprias

famílias, isto é:

São independentes do tempo ou do espaço que ocupam no Projeto Pedagógico;

Acontecem de forma constante, planificada e refletida;

Constituem, do mesmo modo, momentos importantes de aprendizagem e desenvolvimento para as crianças,

bem como oportunidades de envolvimento ativo e de partilha de informações/experiências para as respetivas

famílias.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

36

De entre estas, destacam-se as seguintes:

Higiene pessoal;

Refeições;

Momentos lúdicos espontâneos;

Contacto diário com as famílias;

Reuniões de pais;

Festas temáticas, etc.

Embora os temas apresentados sejam generalizados, as atividades neles propostas enquadram-se sempre no tema

do Ano Internacional, “As Leguminosas”.

Da complementaridade entre todas as atividades surge, então, aquilo que se considera um serviço de qualidade

onde o conceito de parceria Creche-Família é de todo, valorizado e onde crianças e famílias saem necessariamente

beneficiadas.

QUADRO 6: Plano de Atividades para as Creches para o Ano Letivo 2015/2016

MÊS TEMA INTENÇÕES PEDAGÓGICAS PROPOSTAS DE ATIVIDADES

SETE

MBRO

ACOL

HIME

NTO

- Conhecer a sala e outras dependências da Creche- Explorar o ambiente físico- Conhecer os adultos da Creche- Desenvolver hábitos de convivência- Expressar os próprios sentimentos pela Creche- Adaptar de forma progressiva os hábitos próprios dehigiene, alimentação e descanso às rotinas da Creche

- Jogos de socialização- Exploração das áreas da sala- Organização das rotinas diárias- Decoração da sala- Elaboração das capas dos trabalhos- Elaboração do Quadro de Aniversários

OUTO

NO

A vivência do outono propõe-se para o mês seguinte

OUTU

BRO

OUTO

NO

- Descobrir as características próprias do Outono- Estimular a curiosidade pelas modificações que seproduzem no outono- Desenvolver a curiosidade por observar o meioenvolvente- Promover as atividades ao ar livre- Aumentar o vocabulário

- Canções- Decoração do espaço- Visitas ao exterior

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

37

MÊS TEMA INTENÇÕES PEDAGÓGICAS PROPOSTAS DE ATIVIDADESDI

AMU

NDIA

L DA

ALIM

ENTA

ÇÃO

- Reconhecer hábitos de alimentação saudáveis- Fortalecer normas de conduta à mesa- Promover a autonomia- Apurar os sentidos da visão, olfato, tato e paladar

- Exploração de alimentos- Decoração do espaço- História alusiva aos bons hábitos alimentares- Jogos sensoriais- Elaboração do Quadro de Presenças

HALL

OWEE

N

- Conhecer outras tradições- Desenvolver a criatividade e a imaginação- Desenvolver a capacidade de ultrapassar os medos- Desenvolver a capacidade de expressão corporal

- Construção de adereços- Elaboração de uma lembrança- Decoração do espaço- Elaboração de vestuário- Festa

NOVE

MBRO

AFA

MÍLIA

E A

ALIM

ENTA

ÇÃO - Sensibilizar para a igualdade

- Desenvolver sentimentos de proteção e acolhimento- Despertar para a capacidade de ajuda ao Outro

- Participação no Dia Nacional do Pijama- Decoração do espaço- Receitas culinárias- Atividade com a família

S.MA

RTIN

HO

- Desenvolver o gosto pela linguagem oral- Desenvolver a capacidade de concentração- Desenvolver e apurar o sentido do paladar- Promover a partilha e o convívio entre gerações

- História- Comemoração do Dia de S. Martinho- Decoração do espaço- Atividades intergeracionais

DEZE

MBRO

INVER

NO

A vivência do inverno propõe-se para o mês seguinte

NATA

L

- Conhecer festas familiares de tradição popular- Promover a observação de algumas característicaspróprias do Natal- Dar as conhecer os dias que faltam para o Natal- Aumentar o vocabulário

- Exploração de histórias- Decoração do espaço- Dramatizações- Canções- Atividades com a família- Receitas natalícias- Festa de Natal

JANE

IRO

INVER

NO

- Reconhecer características próprias do inverno- Estimular a curiosidade pelas modificações queocorrem no inverno- Desenvolver a capacidade de observação

- Exploração de histórias- Trabalhos alusivos ao inverno- Decoração do espaço

OPÃ

O

- Desenvolver o sentido do paladar- Desenvolver a capacidade de observação- Ampliar conhecimentos na área da alimentação (pão)

- Visita de um padeiro- Confeção de pão- Elaboração de mobiles- Visualização e exploração de diferentes tiposde pão

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

38

MÊS TEMA INTENÇÕES PEDAGÓGICAS PROPOSTAS DE ATIVIDADES

DIA

DERE

IS - Desenvolver o gosto pelas tradições- Desenvolver a criatividade e a imaginação- Promover a partilha e o convívio entre gerações

- Comemoração do Dia de Reis- Decoração do espaço- Elaboração de uma lembrança- Confeção de um bolo-rei- Atividades intergeracionais

FEVE

REIR

O

AMOR

EMBA

NHO-

MARI

A - Valorizar e desenvolver sentimentos de amizade erespeito pelo Outro- Fortalecer as relações afetivas criança-criança ecriança-adulto- Desenvolver a capacidade de expressão dos afetos

- Exploração de história- Comemoração do Dia dos Namorados- Construção de lembrança- Decoração do espaço- Confeção de bolinhos de amor- Modelagem com massa de farinha

CARN

AVAL

- Desenvolver o gosto pela expressão dramática- Desenvolver a capacidade de expressão corporal- Desenvolver a criatividade e a imaginação- Envolver a família no trabalho da Creche

- Comemoração do Carnaval- Desfile de Carnaval- Decoração do espaço- Atividades com a família

MARÇ

O

PRIM

AVER

A

- Descobrir as caraterísticas próprias da primavera- Estimular a curiosidade pelas modificações queocorrem na primavera- Conhecer a importância da água no crescimento dosalimentos

- Exploração de história- Trabalhos alusivos à primavera- Decoração do espaço- Comemoração do Dia Internacional da Água

OOV

O E A

GALIN

HA - Conhecer costumes e tradições da Páscoa- Valorizar a figura parental- Fortalecer as relações afetivas criança-família- Conhecer diferentes formas de reprodução

- Comemoração do Dia Internacional da Mulher- Comemoração do Dia do Pai- Comemoração da Páscoa- Elaboração de lembrança- Decoração do espaço- Exploração da reprodução animal

ABRI

L

AHO

RTA

- Adquirir noções relacionadas com a maturação dosalimentos- Despertar para a importância do cuidado com ashortas- Sensibilizar para a leitura- Explorar o caráter lúdico da linguagem verbal escrita

- Exploração da história- Visita de um agricultor- Plantações- Exploração da origem dos alimentos- Comemoração do Dia da Terra- Comemoração do Dia Internacional do LivroInfantil

MAIO

LEGU

MES

AVA

POR

- Valorizar a figura materna- Reconhecer e valorizar a importância dos laçosfamiliares- Fortalecer as relações afetivas criança-família- Conhecer a importância da luz solar- (Re)conhecer e nomear legumes- Percecionar a sopa como um alimento saudável

- Exploração de história- Comemoração do Dia da Mãe- Elaboração de uma lembrança- Comemoração do Dia do Sol- Comemoração do Dia Internacional da Família- Decoração do Espaço- Exploração de um legume por dia- Confeção coletiva de uma sopa

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

39

MÊS TEMA INTENÇÕES PEDAGÓGICAS PROPOSTAS DE ATIVIDADES

JUNH

O SALA

DA D

EFRU

TAS

- Despertar o respeito pela diversidade cultural- Recriar costumes e tradições típicos do S. João- (Re)conhecer e nomear diferentes frutas- (Re)conhecer e nomear cores

- Comemoração do Dia Internacional da Criança- Exploração de uma fruta por dia- Elaboração de uma salada de fruta- Comemoração do S. João- Marcha de S. João- Decoração do espaço

VERÃ

O

A vivência do verão propõe-se para o mês seguinte

JULH

O

VERÃ

O

- Conhecer características próprias do verão- Desenvolver o gosto pela expressão plástica- Desenvolver a capacidade de expressão corporal

- Exploração de histórias- Passeios ao exterior- Elaboração de piqueniques- Decoração do espaço

GELA

DOS

ERE

FRES

COS

- Fortalecer a relação afetiva criança-avós- Reconhecer alimentos saudáveis- Percecionar a importância da água- Reconhecer e desenvolver valores como a lealdade, averdade e o respeito pelo Outro- Desenvolver a capacidade de expressão corporal

- Comemoração do Dia dos Avós- Confeção de gelados saudáveis- Confeção de sumos e refrescos naturais- Decoração do espaço- Festa de Final de Ano

AGOS

TO

OVE

RÃO

E AS

FÉRI

AS

- Reconhecer e desenvolver valores como a união e orespeito- Conhecer características próprias do mar- Percecionar os cuidados a ter no mar/praia- Identificar e nomear elementos ligados à praia

- Exploração de histórias- Jogos- Canções- Decoração do espaço

As parcerias com outras Entidades também estão previstas no Plano Anual de Atividades, bem como a avaliação das

mesmas, estando mencionadas em pormenor no respetivo Projeto Pedagógico das Creches.

À semelhança dos anos anteriores, irá dar-se cumprimento ao Plano de Formação/Informação para os

Responsáveis pelas Crianças integradas nas três Creches, onde serão abordados temas como:

a nutrição e a alimentação;

a psicologia e a alimentação;

saúde (doenças na Creche, prevenção de acidentes e atuação em situação de emergência), entre outros.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

40

C- FAMÍLIA E COMUNIDADE

1 - CENTRO COMUNITÁRIO

O Centro Comunitário, resposta social integrada no Centro Comunitário de S. Cosme, é uma estrutura polivalente

que pretende desenvolver atividades que se constituam como um polo de animação, prevenção e acompanhamento de

problemas sociais, através da organização de modalidades e respostas integradas às necessidades da comunidade. Estas

atividades têm como população alvo os clientes da Misericórdia Gondomar, suas famílias, bem como a população

residente no Município.

1 .1 – Atendimento à Comunidade

Desde a fundação da Santa Casa de Gondomar que constitui prática integrante a realização do atendimento à

comunidade no que concerne ao “diagnóstico”, avaliação, encaminhamento e acompanhamento de situações-problema.

Assim, em 2016 a Misericórdia dará continuidade ao estudo, acompanhamento psicossocial e encaminhamento de

situações-problema, mediante avaliação das necessidades e plano de intervenção social elencadas no processo individual

de cada família e /ou indivíduo.

O Fundo Europeu de Auxílio a Carenciados (FEAC), através da Assistência Médica Internacional (AMI) surge assim,

como uma resposta de apoio alimentar no sentido de atenuar e/ou minorar situações de carência económina. Em 2015 a

Santa Casa apoiou em géneros alimentícios cerca de 264 famílias /783 indíviduos. Decorrente do contexto atual, prevê

para 2016 um aumento de famílias / indivíduos beneficiários deste Programa.

Tendo em conta este possível acréscimo de beneficiários integrados no FEAC e o aumento de situações – problema

que muitas destas famílias enfrentam no seu dia – a – dia (essencialmente originados por situações de desemprego e

problemas económicos adjacentes que condicionam a sua capacidade de fazer face às despesas fixas mensais e à

alimentação), a Instituição irá dar continuidade ao Programa de sessões de informação e/ou sensibilização e workshops

sobre a gestão do orçamento familiar e a alimentação saudável.

Sendo missão da Santa Casa da Misericórdia de Gondomar promover uma participação mais ativa dos seus

intervenientes e, considerando que Portugal continua a atravessar uma grave crise económica, é cada vez mais premente

que todos os consumidores conheçam os seus direitos e deveres para realizarem escolhas mais conscientes e

acertadas. Se também dotarmos os beneficiários do FEAC com estratégias e novas informações, estes vão assumindo um

papel mais ativo na sua própria gestão doméstica, económica e familiar.

Assim, pretende-se implementar e dar continuidade às seguintes atividades:

Sessão de informação “Escolhas do Consumidor”, a realizar no âmbito da comemoração do Dia Mundial do

Consumidor, visa dotar os beneficiários de um conjunto de informações e estratégias de poupança no

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

41

momento das compras (por exemplo, dar a conhecer algumas estratégias de marketing das grandes superfícies).

Para esta sessão prevê-se o estabelecimento de uma parceria com a DECO.

Feira da Alimentação, comemoração do Dia Mundial da Alimentação, o Dia Mundial da Poupança e o Dia

Europeu da Alimentação e da Cozinha Saudáveis. Para esta atividade prevê-se a realização de diferentes ações

de sensibilização e/ou informação sob o tema “Fácil e Barato”, incluindo a realização de jogos lúdico-

pedagógicos, bancas de prova de alimentos, bancas de estimulação sensorial e dicas para organização do

frigorífico.

Estas atividades têm como objetivos principais aumentar os conhecimentos teóricos e práticos sobre a alimentação

saudável e transmitir informação / conhecimento de forma a ajudar a equilibrar o orçamento familiar dos beneficiários

do Programa FEAC e contam com a participação de uma nutricionista, educadora social e um técnico da DECO.

A avaliação das atividades realizar-se-á no final de cada sessão, com o objetivo de avaliar a participação e a

adequação do tema às expetativas e necessidades da população alvo.

Ainda no que concerne ao Atendimento à Comunidade é de realçar, que em 2016 a Santa Casa continuará a apoiar a

popoulação gondomarense na doação de roupa (também esta doada à Instituição), desde que reunam condições de

admissibilidade para tal.

1.2 – Gabinete de Apoio à Família

O Gabinete de Apoio à Família (GAF) coloca, gratuitamente, ao dispor da população do Município de Gondomar

serviços de apoio social e psicológico, com o objetivo de promover, desenvolver e acompanhar acções de apoio /

acompanhamento pessoal e/ou familiar, que contribuam para o bem-estar psicológico e qualidade de vida dos clientes

apoiados. O serviço funciona de acordo com as normas deontológicas e éticas da psicologia, nomeadamente no que diz

respeito à garantia de confidencialidade.

Para o ano 2016 a Instituição continuará a:

Dar prioridade às familias com um processo de desestruturação e nas quais existem crianças, idosos e

vítimas, com vista à prevenção e apoio de possíveis situações de risco e exclusão e ao acompanhamento

articulado;

Promover um conjunto de ações potencialmente geradoras de um processo evolutivo de aprendizagem, para

aquisição e desenvolvimento de atitudes, comportamentos e estratégias que permitam às famílias uma

progressiva autonomia na resolução dos seus problemas;

Desenvolver grupos de desenvolvimento psicológico que funcionarão como um espaço de formação, discussão

e reflexão, partilha de experiências comuns e promoção do desenvolvimento pessoal e social.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

42

Em 2016 o Gabinete pretende dar continuidade ao atendimento, encaminhamento e apoio na resolução de situações-

problema, desenvolvendo um conjunto de atividades, individualizadas e em grupo, adequadas à informação, ao

acompanhamento psicossocial e animação sócio-cultural, permitindo uma maior aproximação, envolvimento e

participação da comunidade. A intervenção do GAF continuará a incidir em atendimentos realizados para apoio social, em

processos de avaliação e acompanhamento psicológico e outras diligências efetuadas no âmbito do acompanhamento ou

encaminhamento dos clientes. De um modo mais pormenorizado, a sua dinâmica de ação operacionalizar-se-á de acordo

com os seguintes eixos de intervenção:

Apoio e acompanhamento psicossocial: Promover, de forma autónoma e/ou integrada numa equipa

multidisciplinar, o desenvolvimento psicossocial de indivíduos ou grupos, no domínio da intervenção social e

comunitária. Deste modo, revela-se importante identificar, analisar, avaliar as diferentes situações –

problema e, de forma subsequente, organizar e desenvolver ações e projetos que constituam uma resposta às

necessidades identificadas, bem como planear e dinamizar atividades lúdico-pedagógicas, educativas e sociais

em contexto institucional e na comunidade envolvente;

Consulta psicológica e psicoterapia: Proporcionar um espaço confidencial de intervenção psicológica

individual, dirigido a crianças, jovens e adultos, que assente numa relação empática e de apoio, e que permita

desenvolver respostas e estratégias adaptativas na resolução das suas dificuldades pessoais/emocionais e

sociais.

Programas de intervenção psicológica: Desenvolver e dinamizar programas de intervenção psicológica,

individual ou em grupo, de acordo com as necessidades identificadas no processo de avaliação psicológica, e

que privilegiem as seguintes áreas de intervenção:

Perturbações comportamentais e emocionais;

Problemas relacionados com a adaptação escolar e as dificuldades de aprendizagem;

Dificuldades relacionadas com situações familiares (divórcio, luto, problemas conjugais e/ou

familiares);

Problemas de relacionamento interpessoal;

Problemas depressivos e perturbações da ansiedade.

Programas de consultadoria: Fomentar ações de consultadoria, no âmbito da avaliação e intervenção

psicológica individual, de modo a promover o envolvimento eficaz dos agentes educativos, pais, educadores,

professores e outros, no desenvolvimento psicológico do indivíduo.

1.3 - Programas e Plano de Ação

A resposta social Centro Comunitário pretende assumir-se como uma resposta social que procura oferecer

programas que respondam às necessidades de pessoas ou grupos socialmente mais vulneráveis, pelo que, para o ano de

2016, propõe as seguintes atividades, mediante a categorização do público alvo: Família, Jovens, Mulheres e Comunidade.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

43

1.3.1 - Família

A resposta Centro Comunitário prevê, para o ano de 2016, dar continuidade à aposta no envolvimento dos seus

familiares, de forma a alicerçar as relações entre o indíviduo e a família, contribuindo para a melhoria das interações

familiares. Deste modo, pretende-se com a implementação de ações dirigidas à família:

Potenciar a melhoria das dinâmicas relacionais intrafamiliares;

Melhorar o processo de participação e corresponsabilização das famílias, numa perspetiva de colaboração e

de compromisso mútuo;

Aumentar a capacidade de resilência familiar e individual;

Reforçar a qualidade das relações da família com a comunidade, identificando recursos e respetivas formas

de acesso.

Assim sendo, encontra-se prevista a sensibilização para a participação das famílias na Instituição, promovendo,

para o efeito, a realização das seguintes ações:

Ciclos de Encontros Intergeracionais “Espelhos de Vida”

Numa altura em que os valores familiares se alteram, rege a necessidade de fomentar a importância das

relações intergeracionais, dignificando a figura do idoso e o seu papel no seio familiar, de modo a potenciar e a

revalorizar socialmente o seu estatuto. Neste sentido, pretende-se continuar a dinamizar atividades intergeracionais,

tendo como mote a comemoração do Dia da Família e do Dia dos Avós e, assim, promover uma maior participação e

envolvimento familiar dos clientes das respostas sociais de Centro de Dia, Centro de Convívio e Creche dos diferentes

equipamentos da Santa Casa.

Tendo as relações intergeracionais um papel primordial na promoção da solidariedade social e na valorização

do bem estar das pessoas, é intenção da Misericórdia de Gondomar continuar a privilegiar as relações intrafamiliares, de

modo a possibilitar uma maior participação das famílias no quotidiano dos clientes. Assim, os objetivos destes encontros

são o de estimular o encontro entre as gerações, proporcionando o diálogo e a partilha de saberes, perspetivando a

intergeracionalidade como fator de promoção da inclusão e da participação social.

A resposta social Centro Comunitário considera que o intercâmbio de conhecimentos entre gerações poderá

continuar a fomentar a salutar relação entre as famílias e contribuir para o fortalecimento das suas relações afetivas.

Encontro de Cuidadores Informais “Reavivar Memórias”

O marcado envelhecimento da população portuguesa nos últimos anos aumentou a preresposta social de

demências entre as quais a Doença de Alzheimer. Trata-se de uma patologia neurodegenerativa comum na população

idosa, a qual acarreta níveis de dependência elevados e que exige um acompanhamento sistemático. Usualmente, este

acompanhamento é efetivado por familiares ou por pessoas próximas que se responsabilizam pela assistência da pessoa

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

44

idosa no seu dia-a-dia, garantindo que as suas necessidades diárias são satisfeitas. Assim, os cuidadores informais são

pessoas que desempenham esta função numa base informal, sem preparação profissional, mas que representam uma

mais-valia, numa sociedade que ainda não é capaz de dar uma resposta satisfatória às necessidades de cuidados por

parte da população idosa. Os cuidadores informais, muitas vezes, possibilitam que o idoso possa permanecer no domicílio

e próximo da sua família, num clima de grande afetividade. No entanto, a exigência destes cuidados e a escassa

informação sobre como cuidar destes doentes, acarreta um sentimento de exaustão face à prestação de cuidados, o qual

nem sempre é fácil de gerir.

Neste sentido, a resposta Centro Comunitário prevê, para o ano de 2016, dar cumprimento a uma ação

designada para o ano anterior, à qual não conseguiu dar resposta, e que tem como objetivo principal constituir um

momento de encontro, aprendizagem e troca de experiências, onde os cuidadores destes idosos podem ter a

oportunidade de refletir sobre a tarefa de cuidar sob novas perspetivas, ao encontrar novas estratégias para superar

dificuldades e descobrir novas formas de lidar com o quotidiano modificado. Pretende-se, deste modo:

Favorecer a aceitação da nova situação, a qual acarreta mudanças significativas na vida e na qualidade de vida

dos envolvidos;

Fomentar o investimento na qualidade de vida de todos os que participam do cuidado com o idoso com

demência;

Desenvolver um clima mais positivo e saudável face à situação de adoecimento e perdas associadas;

Promover a interação com o idoso a partir de melhor compreensão das necessidades da pessoa com demência.

Este Encontro poderá ser perspetivado como uma experiência piloto que possa permitir a pertinência da

criação de um Grupo de Apoio para familiares de pessoas com demência apoiadas nas diferentes respostas sociais da

Instituição, os quais possam ajudar na compreensão da doença e, consequentemente, potenciar a qualidade dos cuidados

prestados.

1.3.2 – Jovens

O Bullying assume-se como uma forma de violência que ocorre na relação com os pares. É caraterizado pela

intencionalidade e continuidade dos comportamentos agressivos contra a mesma vítima, sem motivos evidentes,

causando, como consequência, danos e sofrimento. Perante o Bullying as vítimas começam a ter medo da escola e, como

tal, a evitá-la, pois vêem-na como sendo um local desagradável e inseguro. Em alguns casos sentem mesmo receio em

sair de casa. As vítimas transformam-se em adultos inseguros, com uma autoestima mais baixa e uma tendência maior

para entrar em estados depressivos. Os agressores, através de uma relação muito específica que mantêm e aprendem,

como a falta de respeito pelas regras e normas de conveniência social, acabam por entrar numa vida de pré delinquência,

envolvendo-se mais tarde em problemas de conduta.

Neste sentido, o Bullying é uma problemática que tem assumido uma grande pertinência na área de Psicologia,

uma vez que esta prática de agressividade deixa marcas para o futuro da criança. As consequências que surgem com a

prática do Bullying não permitem que se encare o problema com indiferença, por isso é que se torna pertinente que o

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

45

Gabinete de Apoio à Família desenvolva uma intervenção em grupo sobre o tema, com vista a minimizar a problemática.

Com a implementação do programa “Diz não ao Bullying” pretende-se promover o conhecimento e, consequentemente,

uma maior sensibilização sobre os comportamentos e as diferentes facetas da problemática, bem como promover

estratégias junto dos jovens e respetivos progenitores para ultrapassarem possíveis situações.

O Programa encontra-se organizado em sete sessões: cinco sessões serão direcionadas aos jovens e duas aos

respetivos encarregados de educação, com a duração de 1h30m, e com uma frequência semanal.

As sessões direcionadas aos jovens apresentam como principais objetivos:

Apoiar os participantes na identificação e caraterização dos diferentes tipos de Bullying, bem como dos

protagonistas envolvidos;

Desenvolver estratégias de prevenção/combate ao Bullying;

Promover o autoconhecimento e autoestima dos jovens;

Reforçar a importância da comunicação na prevenção das situações de Bullying.

Nas sessões com os encarregados de educação pretende-se:

Sensibilizar para importância de se lidar/combater as situações de Bullying;

Apoiar na identificação de possíveis sintomas;

Desenvolver estratégias para apoiar os educandos a prevenir/combater as situações de Bullying.

1.3.3 – Mulheres

A Misericórdia de Gondomar, para o ano de 2016, pretende dar continuidade ao projeto de intervenção dirigido

ao público feminino, o qual apresenta como pressuposto a capacitação de públicos socialmente mais desfavorecidos,

através do desenvolvimento de atividades nas áreas do desenvolvimento pessoal, social e relacional. Neste sentido, a

Misericórdia de Gondomar dinamizará o programa “Brilhar no Feminino”, com o objetivo de promover a valorização da

mulher, minimizando acontecimentos adversos, como o desemprego, e favorecendo a aprendizagem /treino de

estratégias para o “empowerment” de cada beneficiária.

Este programa será direcionado para mulheres que estejam em situação de desemprego, clientes do Gabinete

de Apoio à Família (GAF) e do Fundo Europeu de Auxílio a Carenciados (FEAC). Com efeito, visa abordar temáticas como a

autoestima, a autoimagem, a expressão emocional e o treino de competências sociais, através de dinâmicas que terão

como ênfase o desenvolvimento do potencial de cada uma das mulheres beneficiárias, pelo seu papel transformador na

família/sociedade. Este programa tende, assim, a aliar várias áreas significativas para a mulher, promovendo uma ação

integradora que sustente o crescimento global de cada mulher.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

46

O programa será orientado pela Técnica de Psicologia da resposta social Centro Comunitário, com a

colaboração de uma educadora social e outros colaboradores da Santa Casa. Contará também com o apoio de algumas

parcerias no que respeita à colaboração de recursos humanos exteriores.

Quadro 7: Programa “Brilhar no Feminino”

1.3.4 – Comunidade

A resposta social Centro Comunitário não poderia deixar de refletir na comunidade em geral e no problema

mais valorizado por toda a população: a saúde. Para isso, a Misericórdia de Gondomar propõe-se a realizar uma Semana

da Saúde e Bem-estar, envolvendo técnicos da Instituição e outros parceiros.

A Organização Mundial de Saúde – OMS criou em 1948 o Dia Mundial da Saúde, que apresenta como fundamento

o direito básico do cidadão à saúde. Na prática quotidiana da Instituição, designadamente, no apoio à população idosa

assiste-se ao sedentarismo e à inatividade física como um fenómeno que afeta cada vez mais a sociedade moderna. Deste

modo, a importância da prática regular de atividade física e a manutenção de um estilo de vida saudável, tomam um papel

relevante na qualidade de vida das pessoas em todas as idades.

Com a comemoração da Semana da Saúde e Bem-estar, prevista para Abril de 2016, a Misericórdia de

Gondomar procurará sensibilizar para a importância que os hábitos de vida saudáveis representam para a saúde, bem

como o modo como as atitudes, comportamentos e estilos de vida influenciam o bem-estar das pessoas,

ÁREA DE ATUAÇÃO ATIVIDADE OBJETIVOS RECURSOS

PsicológicaAção de sensibilização: “Você é linda! -Sugestões para a valorização pessoalda mulher”

Fomentar a auto – estima e avalorização pessoal;Desenvolver valores e atitudesface a preconceitos errados ealicerçados em tradições.

Psicóloga.

Saúde Feminina Ações de Sensibilização sobre SaúdeFeminina

Promover uma vida saudável;Incentivar para a necessidade doautocuidado e vigilância médica.

Parceria com o HE – UFP.

Auto – Estima“Um mimo de Mulher” – Proporcionaràs mulheres um dia dedicado aoscuidados de beleza e de estética.

Fomentar e valorizar a auto –estima;Promover contatos com outrasinstituições, profissionais eserviços.

Parceria com escolas deestética e cabeleireiro.

Nutrição Avaliação nutricional Fomentar estilos de vidasaudáveis.

Nutricionista

Atividade Física Aula de Zumba Incentivar para a prática daatividade física.

Parceria com ginásio ouprofessor de zumba.

Marketing

Pessoal

Ação de Sensibilização:“Técnicas de Procura de EmpregoComportamentos Assertivos numaEntrevista”

Promover a capacitação demulheres em situação dedesemprego.

Parceria com Centro deEmprego e Formação

Profissional

ModaDesfile de Moda apresentando roupasde marca e roupas da Boutique dasVaidades.

Promover a valorização pessoal ea integração das estratégias deempowerment;

Parceria com uma loja dacomunidade.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

47

independentemente do seu nível etário. Neste sentido, com esta iniciativa, procurar-se-à transmitir informações e

conselhos úteis, que possibilitem uma melhoria da qualidade de vida da população participante.

Assim, definem-se como objetivos desta Feira da Saúde e Bem-Estar:

Implementar ações de promoção da saúde;

Influenciar comportamentos relacionados com a saúde;

Incentivar à prática regular de exercício físico;

Melhorar a qualidade de alimentação, através de avaliação e aconselhamento nutricional;

Fomentar a prática da estimulação cognitiva;

Valorizar a atividade social como forma de promoção do bem-estar pessoal;

Promover a qualidade de vida.

Assim, e para a concretização dos objetivos enunciados, pretende-se que a “Semana da Saúde e Bem Estar”

seja uma ação dedicada ao rastreio da saúde, à sensibilização para uma alimentação saudável e à sensibilização para a

estimulação cognitiva e para a prática de atividade física, através do ensino de exercícios que as pessoas possam realizar

sem supervisão de um especialista de atividade física. Deste modo, procuraremos disponibilizar aos clientes integrados

na Misericórdia de Gondomar e à comunidade em geral, os seguintes serviços / atividades: rastreios de saúde, atividade

física e fisioterapêutica, ações de estimulação cognitiva, aconselhamento nutricional, "Yoga do Riso".

A dinamização da Semana da Saúde, privilegiando um conjunto de parcerias, prevê assegurar informação e

aconselhamento aos seus clientes e demais comunidade, nas diferentes áreas de intervenção, tendo como objetivo último

aumentar a responsabilidade de população pela manutenção da saúde e bem-estar.

1.3.5 - Programa de Estimulação Cognitiva

O progressivo envelhecimento populacional tem aumentado e, paralelamente, as doenças degenerativas crónicas

também, em particular a demência. Deste modo, a manutenção da saúde cognitiva tem uma importância fundamental na

prevenção do compromisso cognitivo e no atraso da instalação do quadro demencial, da dependência e da (in) capacidade

da pessoa idosa. Com este propósito, a resposta social Centro Comunitário prevê dar continuidade à dinamização de um

programa de estimulação cognitiva, tendo como população destinatária os clientes integrados na Instituição (Centros de

Dia e Centros de Convívio) e, introduzindo como elemento inovador, a abrangência do programa ao Município de

Gondomar, através de um sistema de divulgação eficaz e que promova a articulação com entidades, designadamente, com

a Universidade Sénior de Gondomar e outras que apoiem a população sénior.

O programa continuará a prestar particular ênfase às pessoas idosas que apresentem queixas subjetivas de

memória relacionadas com a idade e que carecem de estimulação cognitiva para prevenir / retardar os esquecimentos

quotidianas que, progressivamente, começam a interferir no seu funcionamento pessoal e social, bem como a afetar as

suas atividades de vida diária. Neste sentido, o programa tem como objetivo principal proporcionar às pessoas idosas

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

48

dinâmicas / atividades que promovam uma vida mais ativa e com maior qualidade, através da estimulação e/ou treino

cognitivo no domínio das funções da atenção, memória, orientação espacial e temporal, linguagem, funções executivas,

cálculo, gnosias e praxias.

O programa de estimulação cognitiva apresenta como objetivos gerais:

Promover o envelhecimento ativo;

Prevenir o envelhecimento cognitivo e fomentar a estimulação da atividade mental;

Retroceder o declínio do funcionamento cognitivo típico da idade.

Na prossecução dos objetivos designados, o programa de estimulação cognitiva prevê a dinamização de sessões de

estimulação das funções cognitivas superiores, de acordo com a planificação que se segue:

SESSÃO TEMA OBJETIVOS ATIVIDADE INDICADORES

1

Prog

rama

de Es

timula

ção

Cogn

itiva

Apresentação geral doprograma;

Apresentação dos participantese animadora;

Avaliação da sessão.

Apresentação do programa

Conhecer as expetativas emotivações dos participantes

Técnica do novelo de lá

Brainstorm

Número de participantes noprograma;

Grau de satisfação dosparticipantes face à atividade.

2

Aten

ção

Promover a capacidade daatenção selectiva;

Desenvolver a atenção dividida;

Fomentar a concentração.

Jogo das diferenças

Jogo da observação

Bingo Sénior

Número de participantes naatividade;

Grau de satisfação dosparticipantes face à atividade.

3

Memó

ria

Promover a memória de longoprazo;

Exercitar a memória de curtoprazo (memória de trabalho);

Estimular a memória visual.

Jogo do pião e/ou da malha

Jogo “Quem é quem?”

Músicas Tradicionais

Jogo da memória

Número de participantes naatividade;

Grau de satisfação dosparticipantes face à atividade.

4

Lingu

agem

Estimular a linguagem oral;

Treinar o raciocínio verbal;

Divulgar a cultura popular;

Pratos típicos

De A a Z…

Provérbios populares

Número de participantes naatividade;

Grau de satisfação dosparticipantes face à atividade.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

49

SESSÃO TEMA OBJETIVOS ATIVIDADE INDICADORES5

Cálcu

loDesenvolver o raciocínio

numérico;

Treinar a resolução deproblemas;

Exercitar a função do cálculo.

Jogo do “Preço Certo”

Dinâmica “Vamos àscompras”

Jogo das cartas

Dominó Matemático

Número de participantes naatividade;

Grau de satisfação dosparticipantes face à atividade.

6

Funç

ões E

xecu

tivas

Estimular as funções executivas;

Estimular a capacidade detomada de decisão;

Desenvolver o raciocínio lógico;

Treinar a agilidade mental.

Sequência de ação (RotinasDiárias)

Sequencias lógicas (cuboslógicos)

“Efeito Stroop”

Número de participantes naatividade;

Grau de satisfação dosparticipantes face à atividade.

7

Gnos

ias

Otimizar estímulos visuais;

Otimizar estímulos auditivos;Desenvolver a memória auditiva;

Otimizar a memória olfativa.

Reconhecimento visual

Reconhecimento auditivo:Bingo dos sons

Reconhecimento olfactivo

Número de participantes naatividade;

Grau de satisfação dosparticipantes face à atividade.

8

Prax

ias

Estimular a capacidade deimproviso e a criatividade;

Treinar a motricidade fina;

Promover a coordenação óculo-manual.

Instrumentos musicais

Cubo de AVD´S

Pesca das Palavras

Número de participantes naatividade;

Grau de satisfação dosparticipantes face à atividade.

Quadro 8: Sessão de estimulação cognitiva para pessoas idosas.

No desenvolvimento destas respostas / programas, o Centro Comunitário pretende continuar a desenvolver uma

rede de parcerias com diferentes Instituições, privilegiando a articulação com outras respostas sociais existentes no

Município. Neste contexto, continuará a apresentar como parceiros intervenientes a Câmara Municipal de Gondomar, a

Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género, a Associação de Apoio à Vítima, a Comissão de Proteção de Crianças e

Jovens de Gondomar, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, entre outros, de forma a responsabilizar

coletivamente a comunidade envolvida no desenvolvimento de respostas e estratégias que apoiem à prevenção,

minimização e resolução das dificuldades vivenciadas pelos indivíduos e suas famílias.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

50

2 - RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO (RSI)

A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar continuará a promover o trabalho das

equipas de Rendimento Social de Inserção, através da parceria com o Instituto de Segurança Social, enquanto elemento

integrante do Núcleo Local de Inserção de Gondomar e do respetivo Núcleo Executivo.

Dando continuidade a esta parceria, ao abrigo do artigo 37º da Lei 13/2003, que prevê a realização de

protocolos entre a Segurança Social e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), a Instituição dará

continuidade ao Protocolo, composto por 4 equipas, nos quais estão integradas 12 Técnicas Superiores e 8 Ajudantes de

Ação Direta, a fim de dar seguimento à intervenção desenvolvida com os requerentes/beneficiários de R.S.I.

QUADRO 9 - Caraterização das Equipas de RSI

EQUIPAS CONSTITUIÇÃO ÂMBITO GEOGRÁFICO EQUIPAMENTO

EQUIPA 1

Assistente SocialEducadora SocialPsicóloga2 Ajud. de Ação Direta

S. CosmeCentro Comunitário

de S. Cosme

EQUIPA 2

Assistente SocialEducadora SocialPsicóloga2 Ajud. de Ação Direta

S. Pedro da Cova

Lomba

S. Cosme

Centro Comunitário

de S. Cosme

EQUIPA 3

Assistente SocialEducadora SocialPsicóloga2 Ajud. de Ação Direta

Valbom Sede da S.C.M.V.C. Gondomar

EQUIPA 4

Assistente SocialEducadora SocialPsicóloga2 Ajud. de Ação Direta

Rio Tinto

FânzeresCentro Social de Fânzeres

Tendo em conta que o Protocolo acima referido visa o desenvolvimento de ações de acompanhamento dos

requerentes/beneficiários do RSI, as equipas propõem-se a dinamizar, durante o ano civil de 2016, as seguintes

atividades:

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

51

a) Elaboração de informações sociais:

Com a entrada em vigor do decreto de lei 133/2012, de 27 de junho, os procedimentos associados ao processo

de requerimento da prestação de RSI foram alterados.

Após o requerente concluir a instrução do processo de requerimento nos serviços da Segurança Social, a

técnica superior convoca o agregado familiar para atendimento. Neste primeiro atendimento, a técnica terá de avaliar se

a situação sociofamiliar e económica declarada na fase de instrução se mantém. Neste caso ou se houver alguma

alteração que não determine o indeferimento da prestação, é obrigatória a celebração do contrato de inserção com todos

os elementos do agregado familiar maiores de 16 anos para que se proceda ao deferimento da prestação.

Caso haja algum dado que não esteja em conformidade com as declarações prestadas na fase de instrução e

que determine o indeferimento da prestação, o processo será devolvido aos serviços da Segurança Social para

reavaliação, através do Modelo RSI 28/12.

Posteriormente, o processo familiar é informatizado na aplicação ASIP, e é elaborada a respetiva informação

social. Esta é remetida à coordenadora do Núcleo Local de Inserção (N.L.I.) para obter aprovação e assim ser enviada

para o Núcleo das Prestações de Solidariedade do ISS, IP - Centro Distrital do Porto.

b) Renovações da prestação de RSI e acompanhamento do Contrato de Inserção:

A entrada em vigor do decreto de lei 133/2012, de 27 de junho não só alterou os procedimentos associados ao

processo de requerimento da prestação de RSI e elaboração das informações sociais, como também no que diz respeito à

renovação dos contratos de inserção dos processos em acompanhamento.

As famílias que se encontram a beneficiar da prestação de RSI têm de proceder, anualmente, à renovação da

sua prestação, através da entrega do modelo RSI 1/2012 e da documentação necessária à reavaliação, no serviço

informativo da Segurança Social. Após instrução do processo, é enviado um alerta ao técnico que o acompanha, para que

seja agendado atendimento e negociado o Contrato de Inserção (C.I.).

Na entrevista, é necessário verificar se as informações registadas no sistema correspondem à situação atual

do agregado familiar. Neste caso ou se houverem alterações que não determinem a cessação da prestação, o C.I. é

negociado, prevendo-se um conjunto de ações, que visam a integração profissional, formativa, social e comunitária dos

membros do agregado familiar.

Posteriormente, o C.I. é apresentado, discutido, aprovado e assinado em reunião de NLI pela coordenadora e

parceiros. O C.I. é definido por um período de tempo e será reavaliado e atualizado no seu término. No decorrer do

acompanhamento, caso se justifique, proceder-se-á à realização de uma adenda ao C.I., com vista a responder às

necessidades emergentes do agregado familiar.

Quando se verificam alterações que conduzam à cessação da prestação, considera-se que existe má instrução

do processo e os beneficiários são encaminhados para os serviços da Segurança Social para atualização da informação

através da respetiva declaração de alteração da composição e rendimentos do agregado familiar (Mod. RSI 28/12).

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

52

c) Realização do diagnóstico:

De forma a realizar e aprofundar o diagnóstico, recorre-se a diferentes estratégias de intervenção que visam

desenvolver uma relação empática com os beneficiários, potenciando a sua inserção a diferentes níveis:

Entrevista – através desta estratégia pretende-se efetuar a atualização da situação sócioeconomica, bem

como aprofundar as vulnerabilidades e potencialidades do agregado familiar, revelando-se um

instrumento facilitador do processo de inserção.

Visita domiciliária – com esta diligência procura-se conhecer/intervir com os membros do agregado

familiar no seu contexto habitacional.

Estabelecimento de outros contactos formais e/ou informais relevantes – a partir dos contactos

efetuados com diversas entidades, pretende-se recolher informação importante para a construção do

diagnóstico técnico e/ou elaborar linhas orientadoras do contrato de inserção, no sentido de promover

uma intervenção articulada e eficaz.

d) Intervenção das Ajudantes de Ação Direta (AAD´s) junto das famílias:

Tendo em conta as potencialidades e vulnerabilidades identificadas pelos Técnicos de Acompanhamento, e

quando necessário, é proposto aos beneficiários a intervenção das AAD’s no domicílio e em contexto de gabinete, com o

objetivo de suprir as vulnerabilidades diagnosticadas. Esta intervenção poderá incidir nos seguintes temas:

Higiene e organização habitacional;

Higiene pessoal e tratamento de roupas;

Saúde oral;

Acompanhamento das orientações dos serviços de saúde;

Alimentação saudável e confeção de refeições;

Atividades lúdicopedagógicas;

Gestão do orçamento familiar;

Técnicas de procura de emprego;

Sensibilização para o cumprimento dos objetivos definidos em acordos de promoção e proteção de

menores;

Apoio e acompanhamento na articulação com os vários serviços;

Estimulação do interesse pela vida escolar;

Promoção da auto-estima e minimização do isolamento.

e) Participação nas reuniões de Supervisão:

As Técnicas do RSI da Santa Casa reúnem-se periodicamente com a Coordenadora do NLI, no Serviço Local de

Ação Social de Gondomar. Esta reunião tem como objetivo apresentar/discutir processos familiares e

comunicar/receber informações e orientações relevantes.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

53

f) Participação nas Reuniões de NLI:

Mensalmente, realiza-se a reunião do NLI onde são discutidos e aprovados os contratos de inserção. Nesta

reunião, participam as entidades que compõem o NLI, nomeadamente, a Segurança Social, a Saúde, a Autarquia, o Instituto

de Emprego e Formação Profissional e a Educação, bem como os técnicos dos Protocolos de RSI de Gondomar.

g) Reunião de Equipas:

Cada equipa reúne semanalmente para refletir, discutir, planificar e/ou reavaliar a intervenção junto das

famílias em acompanhamento.

Realiza-se ainda uma reunião semanal com os técnicos das equipas, a fim de se discutir assuntos comuns às

mesmas. Nestes momentos, pretende-se promover a articulação entre os técnicos das diferentes equipas.

Mensalmente, os técnicos reunem-se de acordo com as respetivas áreas de intervenção – Psicólogas,

Assistentes Sociais e também Educadoras Sociais e as AAD´S.

Estas reuniões, têm por objetivo promover a partilha de pareceres e experiências, bem como a organização de

projetos/programas.

h) Caminhar em Família – Projeto de Desenvolvimento de Competências Parentais:

O projeto tem como principal objetivo a capacitação dos pais/educadores ao nível das práticas educativas,

explorando os seguintes temas:

Estilos educativos;

Limites, regras e castigos;

Autocontrolo;

Autoestima;

A importância do brincar e do elogio.

Este projeto é constituído por dois programas:

Educar (dirigido aos educadores; dinamizado através de sessões coletivas em contexto de sala);

Agir (dirigido aos educadores e respetivos educandos; dinamizado no contexto domiciliário).

O programa Educar será implementado pelas técnicas de psicologia das diferentes equipas. Encontra-se

organizado em 6 sessões, com periodicidade semanal. Cada sessão tem a duração aproximada de 1 hora e 30 minutos.

O programa Agir será dinamizado pelas técnicas de educação social e pelas ajudantes de ação direta no

domicílio de cada família participante.

No seguimento da realização das sessões coletivas será iniciada uma intervenção individualizada no domicílio de

cada família. Durante esta intervenção serão trabalhados in loco os temas abordados durantes as sessões coletivas. Para

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

54

tal esta fase de implementação do programa deverá realizar-se durante a interrupção do período escolar, por forma a se

conseguir reunir os educadores e os educandos. O número e a duração de cada intervenção no domicílio irá ser definido

em função da dinâmica de cada família.

i) Projeto “Dar Voz ao Eu”:

As Assistentes Sociais das equipas de Rendimento Social de Inserção da Santa Casa da Misericórdia de Vera

Cruz de Gondomar irão implemantar um projeto destinado a um gupo de cerca de 12 mulheres com baixa auto-estima. O

projeto irá decorrer de forma contínua ao longo do ano e as sessões terão uma periodicidade quinzenal, de forma a

promover a partilha de experiências e combate ao isolamento social. Este projeto visa a promoção de competências

pessoais e sociais, incidindo nomeadamente no desenvolvimento da auto-estima das participantes, bem como da sua

capacidade de comunicação e interação grupal.

j) Programa “Diz não ao Bullying”:

As Psicólogas das equipas de Rendimento Social de Inserção da Santa Casa de Misericórdia Vera Cruz de

Gondomar, face à atualidade da temática do Bullying, consideram pertinente delinear uma intervenção em grupo sobre a

temática, com o intuito de esclarecer os jovens e os respetivos progenitores sobre o fenómeno, bem como promover

estratégias para lidarem com a situação. O programa é denominado de “Diz não ao Bullying” e tem como principal objetivo

a promoção de competências e estratégias para lidar com possíveis situações de Bullying. Esta intervenção encontra-se

organizado em 7 sessões com duração aproximada de 1 hora e 30 minutos; cinco sessões serão direcionadas aos jovens e

duas aos respetivos encarregados de educação.

As sessões direcionadas aos jovens apresentam como principais objetivos: apoiar os participantes na

identificação e caraterização dos diferentes tipos de Bullying, bem como dos protagonistas envolvidos; apresentar

estratégias de prevenção/combate ao Bullying; promover o autoconhecimento e autoestima dos jovens e reforçar a

importância da comunicação na prevenção das situações de Bullying.

Nas sessões com os encarregados de educação pretende-se: sensibilizar para importância de se

lidar/combater as situações de Bullying; apoiar na identificação de possíveis sintomas e desenvolver estratégias para

apoiar os educandos a prevenir/combater as situações de Bullying.

k) Programa “Ser Cidadão”:

Com o intuito de incentivar o exercício da cidadania as Assistentes Sociais darão continuidade às ações de

informação dinamizadas no âmbito do programa “Ser Cidadão”. Estas sessões têm como objetivo esclarecer e informar

os beneficiários de RSI dos seus direitos e deveres.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

55

l) Saber ser:

As Psicólogas das equipas de Rendimento Social de Inserção da Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de

Gondomar pretendem desenvolver um conjunto de sessões de informação/sensibilização para a temática da violência no

namoro. Estas serão dirigidas a jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos de idade e terão como objetivo

informar e sensibilizar os jovens acerca do fenómeno da violência no namoro e, por outro lado, educar para a adoção de

atitudes e comportamentos não violentos nas relações de intimidade. Pondera-se a articulação com outras entidades que

desenvolvem/intervêm diretamente nesta problemática, no sentido de promover uma abordagem mais abrangente da

temática.

m) Ações de Sensibilização:

No decurso do acompanhamento realizado pelas equipas às famílias beneficiárias de RSI, tem-se verificado a

acentuação de fatores de exclusão como o desemprego, a falta de objetivos e expetativas e as dificuldades económicas.

Neste sentido, as equipas continuam a considerar pertinente desenvolver módulos multidisciplinares, cada um composto

por sessões de informação, a implementar nas freguesias abrangidas pelo protocolo. Esta intervenção tem como

objectivo promover a aproximação às freguesias com vista a facilitar o acesso dos beneficiários aos programas/ações.

Assim pretende-se potenciar a participação nestas ações.

O módulo elaborado pelas Psicólogas tem como principal objetivo fomentar o desenvolvimento da autoestima dos

beneficiários de RSI, bem como promover a redefinição da sua imagem pessoal.

O módulo elaborado pelas Assistentes Sociais pretendem fomentar o desenvolvimento de competências e práticas

que visem a educação para a saúde, incentivando a adoção de estilos de vida mais saudáveis e a diminuição de

comportamentos de risco.

No seu conjunto, estes módulos têm como finalidade impulsionar a valorização pessoal e social dos

participantes. Para tal, continuarão a ser estabelecidas parcerias com várias entidades locais, no sentido de racionalizar

os recursos da comunidade e aproximar os beneficiários dos mesmos. Estas parcerias permitem ainda potenciar

qualitativamente as ações promovidas, com a participação de profissionais especializados nos diversos temas a abordar.

n) Ateliers Manuais Temáticos:

As Educadoras Sociais das equipas de Rendimento Social de Inserção da Santa Casa da Misericórdia de Vera

Cruz de Gondomar irão realizar ateliers manuais temáticos alusivos às diversas épocas festivas do ano. Estes pretendem

promover momentos de convívio e de partilha entre os participantes. Os ateliers dirigem-se essencialmente a mulheres e

o número de sessões dos mesmos poderá variar em função da atividade a realizar.

o) Atividades “Férias de Verão”:

As equipas propõem-se a dar continuidade às atividades “Férias de Verão” com o objetivo de promover a

ocupação de tempos livres de crianças e jovens no período das férias escolares, através de momentos lúdicos e lazer.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

56

Estas atividades potenciam o desenvolvimento de competências sócio afetivas, físico motoras e cognitivas de

modo a atenuar o impacto negativo das desvantagens do meio sócio cultural em que se encontram inseridas.

p) Sessões temáticas:

As equipas irão realizar diversas atividades lúdicas de forma a promover momentos de lazer e convívio para

festejar as seguintes datas, nomeadamente:

Carnaval;

Páscoa;

Dia da Mulher;

Dia Mundial da Criança;

Natal.

q) Loja Social “Boutique das Vaidades”:

A loja social tem como objetivo colocar à disposição da população roupas, calçado, carteiras, brinquedos e artigos

de puericultura, de forma a proporcionar um aproveitamento adequado dos artigos doados, bem como, facilitar uma

escolha seletiva por parte do público, nomeadamente, tamanhos, gostos e necessidades. Prevê-se que esta loja continue

aberta ao público, uma vez por semana, numa das salas da Instituição.

D - FORMAÇÃO

1 – Estágios Profissionais e Académicos

1.1 - Estágios Profissionais promovidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional

Em 2016, a Misericórdia de Gondomar, pretende continuar a realizar estágios profissionais promovidos pelo

Instituto de Emprego e Formação Profissional – Centro de Emprego de Gondomar, estando previsto uma Educadora de

Infância, oito Auxiliares de Ação Educativa, um Técnico de Serviço Social, uma Psicóloga, três Ajudantes Familiares.

a) Estágio Profissional de Educadora de Infância:

Em 2016, dar-se-á continuidade a um Estágio Profissional promovido pelo IEFP de Gondomar, em Educação de

Infância. Entre outras atividades, a Técnica colaborará na Creche do Centro Social de Fânzeres, na implementação do

Projeto Educativo e no desenvolvimento das atividades lúdicas, pedagógicas e ocupacionais desta resposta social.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

57

b) Estágios Profissionais de Auxiliares de Ação Educativa:

Em 2016, dar-se-á continuidade a oito Estágios Profissionais promovidos pelo IEFP, na área de Auxiliares de

Ação Educativa, nível 4, por um período de nove meses. Entre outras atividades, as profissionais colaborarão com a Equipa

Técnica nas Creches do Centro Comunitário de S. Cosme, Centro Social de Fânzeres e Centro de Apoio á Família, bem

como no desenvolvimento das atividades lúdicas, pedagógicas e ocupacionais, contribuindo para a autonomização das

crianças, nas atividades da vida diária.

c) Estágio Profissional de Serviço Social:

Em 2016, dar-se-à continuidade a um Estágio Profissional na área do Serviço Social, a qual integra o Centro de

Acolhimento Temporário do Centro de Apoio à Família, com objetivo de reforço da Equipa Técnica. Prevê-se que a

profissional continue a colaborar no desenvolvimento das ações e atividades planificadas no Plano de Atividades desta

resposta social.

d) Estágio Profissional de Psicologia:

Em 2016, dar-se-à continuidade a um Estágio Profissional na área da Psicologia, a qual integra o Centro

Comunitário de S. Cosme, com o objetivo de reforço da Equipa Técnica deste equipamento. Prevê-se que a profissional

continue a colaborar no desenvolvimento das ações e atividades planificadas no Plano de Atividades com a população

idosa, bem com colaborar na elaboração e implementação de projetos.

e) Estágio Profissional de Ajudante Familiar:

Em 2016, dar-se-à continuidade á Medida Estágio Emprego, prevendo-se três Ajudantes Familiares e uma

Auxiliar de Serviços Gerais, enquadradas nos equipamentos do Centro Social de Fânzeres, do Centro Comunitário de S.

Cosme e do Centro de Apoio à Familia, com o objetivo de reforçar as equipas destes equipamentos. Prevê-se que as

profissionais continuem a colaborar nas rotinas diárias e no desenvolvimento das ações e atividades planificadas no Plano

de Atividades das respostas sociais dos mesmos.

f) Estágio Profissional de Administrativo:

Em 2016, dar-se-à continuidade a um Estágio Profissional promovido pelo IEFP de Gondomar, na área

Administrativa. Entre outras atividades, o Admistrativo colaborará no equipamento do Centro Comunitário de S. Cosme,

em tarefas na área da secretária, nomeadamente, atendimento ao público e atendimento telefónico, arquivo de

documentação, entre outras.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

58

1.2 - Estágios Académicos

A Misericórdia de Gondomar, sempre que solicitada, tem vindo a colaborar com Escolas Superiores,

proporcionando Estágios Académicos curriculares (não remunerados) de alunos que, devidamente acompanhados pelas

respetivas escolas e pela Instituição, visam:

Identificar e caracterizar a Instituição;

Elaborar um plano de intervenção num equipamento e/ou resposta social;

Desenvolver competências dentro da área profissional.

Para o ano de 2016, está previsto a realização de:

Uma aluna do Mestrado em Ciências da Educação da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da

Universidade do Porto, a desenvolver estágio no Centro de Dia do Centro Comunitário de S. Cosme, com início

em Outubro de 2015 e término previsto em Março de 2016, com a duração de 300 horas. A estagiária intervirá,

enquanto observadora participante, nas atividades e dinâmicas desta resposta social, avaliando as prinicipais

necessidades da população idosa.

Uma aluna do Curso de Educação Social da Universidade Portucalense, a desenvolver estágio no Centro de Dia

do Centro Comunitário de S. Cosme, com início em Outubro de 2015 e término previsto em Maio de 2016, com a

duração de 200 horas. A estagiária intervirá, enquanto observadora participante, nas atividades e dinâmicas

desta resposta social, avaliando as prinicipais necessidades da população idosa.

Um aluno do Mestrado de Psicologia Clínica da Universidade Lusófona continuará a desenvolver o estágio, com

duração de 500 horas, iniciado em Novembro de 2015. O estagiário irá colaborar em atividades desenvolvidas

no Centro de Acolhimento Temporário do Centro de Apoio à Família, intervindo, enquanto observador

participante, nas atividades e dinâmicas desta resposta, avaliando as principais necessidades das crianças

acolhidas e delineando, em conjunto com a Equipa Técnica da Instituição, um plano de intervenção que

pretende implementar até ao final do estágio.

Oito Estágios académicos na àrea da Animação SócioCultural, solicitados pela Escola Secundária de Gondomar,

para a realização de Formação Prática em Contexto de Trabalho (modalidade Aprendizagem), com início em

Setembro de 2015 e término previsto em Março de 2016. Os estagiários estarão distribuídos equitativamente

pelo equipamento Centro Comunitário de S. Cosme e Centro Social de Fânzeres, desenvolvendo a formação em

contexto de Centro de Dia e Creche.

2 - Estágios de Inserção

A Misericórdia de Gondomar continuará a coloborar com o Centro de Reabilitação da Areosa e com o Centro de

Reabilitação da Granja na continuidade de dois estágios em regime de atividade ocupacional, para o ano 2016,

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

59

contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento social das jovens enquadrados no equipamento do Centro Social de

Fânzeres.

3 - Cursos de Formação Profissional Contínua

A Misericórdia de Gondomar em 2015 apresentou à União das Misericórdias Portuguesas a Ficha de Diagnóstico

para a Formação profissional financiada, no âmbito da tipologia de Formações Modulares, no sentido de apresentar junto

daquela entidade, as necessidades e interesses desta Misericórdia ao nível de Formação para os seus colaboradores.

Posteriormente, a União das Misercicórdias Portuguesas solicitou o preenchimento do Questionário de Levantamento de

Necessidades, no sentido de avaliar as reais necessidades de formação, no qual a Instituição manifestou necessidades de

formação modular prioritárias, a desenvolver no ano de 2016:

Técnicas de prestação de cuidados de higiene, conforto a pessoas com dependência parcial;

Trabalho em equipa no contexto da prestação de cuidados pessoais e à comunidade;

Gestão do stress do profissional;

Higiene e segurança alimentar, na restauração;

Primeiros socorros – tipos de acidentes e formas de atuação;

Higiene, saúde e segurança da criança.

E – EMPRESA DE INSERÇÃO – “Geração D’Ouro”

A Santa Casa da Misericórdia de Gondomar tem, desde meados de 2007, implementado uma Empresa de Inserção a

funcionar a partir das instalações do Centro Comunitário de S. Cosme, prevendo para meados de 2016 o término do apoio

do IEFP.

Neste sentido, é objetivo da Misericórdia de Gondomar apostar no licenciamento desta resposta social de forma a

continuar a responder a solicitações para determinados serviços que não têm enquadramento nas outras respostas

sociais, destinando-se fundamentalmente às pessoas de mais idade e/ou dependentes, ou em período de convalescença,

com capacidade financeira, disponíveis para a comparticipação total dos serviços a desenvolver, não enquadrados nem

contemplados em qualquer resposta social com Acordo de Cooperação com a Segurança Social.

Tratando-se de clientes que valorizam a qualidade dos serviços, pretende-se continuar a apostar na personalização

da oferta, comparativamente ao serviço convencional. Nomedamente através da prestação dos seguintes serviços:

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

60

Cuidados de Higiene e Conforto Pessoais

A equipa de Assistentes Domiciliárias encontra-se devidamente formada para efetuar todo o tipo de higiene pessoal,

quer seja no leito do doente ou no seu W.C., tendo sempre presente a intimidade e a privacidade de cada um.

Serviço de Transporte Especializado

A Misericórdia de Gondomar dispõe de transporte especializado (para cadeira de rodas) a pessoas idosas e/ou

dependentes de ida e/ou volta a locais de necessidade e/ou interesse (tais como, clínicas de fisioterapia, centros de

saúde, hospitais, entre outras).

Acompanhamento ao Exterior

O cliente pode usufruir de acompanhamento pelos nossos profissionais, em todas as suas deslocações ao exterior,

desde que o deseje ou necessite, beneficiando sempre de uma companhia calma, serena, responsável e profissional.

Confeção e Acompanhamento de Refeições no Domicílio

O apoio personalizado que prestamos privilegia também a alimentação do doente ou idoso. A alimentação é

confecionada nos devidos horários e de acordo com a dieta alimentar prevista.

Serviço de Lavandaria e Engomadoria

No sentido de contribuir para o bem-estar do cliente no seu domicílio não descuramos a necessidade do tratamento

da roupa. Neste sentido, recolhemos a roupa suja para, na Instituição procedermos à lavagem e engomadoria e posterior

entrega a cada cliente.

Aluguer de Ajudas Técnicas

A Santa Casa de Gondomar possui todo o tipo de ajudas técnicas desde, camas articuladas, cadeiras de rodas,

andarilhos, tripés, cadeiras de banho, entre outras. Estas ajudas técnicas estão disponíveis para serem alugadas

dependendo das necessidades de cada cliente.

Prestação de cuidados de saúde

O avanço da idade faz-se acompanhar, muitas vezes, do aumento da necessidade de alguns cuidados de saúde, tanto

ao nível físico como psicológico. Estes cuidados podem compreender:

Consultas de especialidades

Serviço de enfermagem e fisioterapia no domicílio

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

61

Assistência Medicamentosa

Administração dos medicamentos mediante informação clínica.

Manutenção e Organização do Lar

A manutenção e organização do domicílio é um serviço que tem como principal objetivo promover o bem-estar,

conforto e qualidade de vida do cliente, uma vez que este é este espaço onde o cliente permanece a maior parte do seu

tempo. Desta forma, os nossos profissionais responsabilizam-se pela manutenção das áreas necessárias à prestação dos

serviços de apoio domiciliário, tais como quarto e WC. No entanto, quando necessário colaboram para que a habitação do

doente esteja limpa de modo a proporcionar o bem-estar do cliente.

Consultadoria em políticas sociais

A Misericórdia de Gondomar coloca ao dispor de toda a comunidade gondomarense o esclarecimento relativamente

a reformas, complementos, subsídios e apoios. Além de poder tratar de toda a documentaçãoo necessária, articula

sempre que necessário com os diversos organismos de proteção social e sistemas de saúde a fim de os clientes poderem

vir a beneficiar de tudo o que possam ter direito.

Acompanhamento diurno /noturno

Consiste numa resposta integrada no domicílio do cliente proporcionando um conjunto de ações e cuidados

pluridisciplinares e individualizados 24 horas por dia.

Para dar cumprimento aos objetivos previstos da Empresa de Inserção, a Instituição incorpora, desde maio de

2007, cinco trabalhadores afetos 100% à empresa, por um período máximo de 2 anos (6 meses de formação e 18 meses

de profissionalização), com as seguintes categorias profissionais:um administrativo; dois ajudantes familiares, um

motorista de ligeiros, um ajudante de lavandaria.

Ao nível da organização, a Empresa de Inserção visa manter:

Funcionamento segundo modelos de gestão empresarial.

Autonomia administrativa e financeira com um centro de custos próprios, ou seja o seu funcionamento

continuará a ser totalmente independente dos outros serviços/resposta socials da Instituição.

Contabilidade organizada com centros de custos específicos e autónomos.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

62

F – PARCERIAS

1 – A Rede Social no Município de Gondomar

A Rede Social é um fórum de articulação e congregação de esforços, baseado na adesão livre por parte das

autarquias e de Entidades públicas ou privadas, com vista à erradicação ou atenuação da pobreza e da exclusão e à

promoção do desenvolvimento social.

O Programa Rede Social foi implementado em 2003. Tem como objetivo a promoção de um plano integrado,

mobilizando competências e os recursos institucionais da comunidade, de forma a garantir que as respostas sociais

sejam mais eficazes nas diferentes freguesias e no município de Gondomar.

A Rede Social materializa-se a nível local através do Conselho Local de Ação Social do Município de Gondomar

(CLAS’G), e respetivo Núcleo Executivo (NE) e das Comissões Sociais de Freguesia/Inter-Freguesia(CSF/CSIF).

O CLAS’G é uma plataforma de articulação e congregação de esforços locais, baseado na adesão livre dos

parceiros, sendo o órgão máximo, deliberativo e decisor da Rede Social, presidido pela Câmara Municipal de Gondomar.

A um nível mais operativo encontra-se o NE com Instituições representativas das mais diversas áreas,

nomeadamente o emprego, a segurança social, a educação, a saúde, a justiça e a solidariedade social.

Paralelamente, existem como órgãos de proximidade das populações, as CSF/ CSIF, responsáveis pela

dinamização, articulação e congregação de esforços, que trabalham no sentido de identificar e analisar os problemas e as

propostas de solução, em estreita articulação com o CLAS’G.

Ao longo destes anos e até 2014 a Misericórdia de Gondomar integrou o Núcleo Executivo, como única IPSS

representante na área da solidariedade social, no CLAS’G, na dinamização das Comissões Sociais Inter-Freguesias Douro

Nascente e Douro Poente; nas Comissões Sociais de Freguesia de Fânzeres, Valbom e Rio Tinto, na participação em

workshop’s, integrando grupos de trabalho, no sentido, de identificar e/ou minimizar os problemas identificados, bem

como no desenvolvimento de atividades, operacionalizando o Plano de Desenvolvimento Social (PDS), na emissão de

pareceres a candidaturas a Programas financiados, na parceria ativa na implementação e dinamização do Atendimento

Integrado, etc.

Em 2016 a Santa Casa estará disponível para continuar a ter um papel de relevância no Programa Rede Social,

colaborando no desenvolvimento e operacionalização de todas as iniciativas e atividades propostas, nomeadamente na

continuidade da dinamização do Atendimento Integrado, na freguesia de Fânzeres, na participação atina nas Comissões

Sociais de Freguesia, entre outras.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

63

2 – A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Gondomar

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Gondomar (CPCJ-G) é uma Instituição não judiciária com

autonomia funcional que visa promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações

susceptíveis de afetar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral. A CPCJ-G abrange todas

as freguesias do concelho de Gondomar.

Esta entidade funciona em modalidade alargada e restrita, sendo que a Santa Casa da Misericórdia de Gondomar foi,

uma vez mais, eleita entre as IPSS’s do concelho para integrar a comissão alargada, com um mandato de dois anos (2014-

2016), de acordo com a alínea e), artº17º da Lei nº147/99 de 1 de Setembro. Para este período foi designada uma Técnica

da Misericórdia de Gondomar para representar a Instituição em ambas as modalidades.

Para o ano de 2016, ao nível da comissão alargada, a Técnica participará nas reuniões de plenário e nos grupos de

trabalho organizados para o desenvolvimento de acções de prevenção.

No que se refere à comissão restrita, no seguimento do trabalho realizado em 2015, a técnica desenvolverá

acções relacionadas com:

- Gestão de processos: instrução e acompanhamentos de processos de crianças e jovens em risco/perigo

sinalizados à CPCJ-G. Esta actividade inclui atendimentos com crianças e seus familiares, visitas domiciliárias, reuniões e

contactos regulares com Instituições/Entidades relacionadas com as crianças (escolas, centros de saúde, instituições de

acolhimento, segurança social, …), relatórios e informações sociais, entre outras.

- Reuniões semanais da comissão restrita: reunião com todos os técnicos da comissão restrita, com a presença

regular e supervisão do Sr. Procurador da República responsável pela CPCJ-G. Nestas reuniões são tomadas decisões e

distribuídas diligências relativas aos processos em acompanhamento.

Para o ano de 2016, prevê-se a continuação da participação da Instituição na CPCJ-G até ao final do mandato atual.

Tendo em funcionamento um Centro de Acolhimento, a Santa Casa poderá continuar com a sua representação como IPSS

que desenvolve atividade em regime de colocação institucional de crianças ao abrigo da alínea f), artº 17º da Lei nº 147/99

de 1 de Setembro.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

64

3– Gabinete de Atendimento Integrado (GAI)

A Santa Casa da Misericorida de Gondomar, no âmbito da Rede Social de Gondomar, celebrou um Protocolo de

parceria entre o Municipio de Gondomar, o Centro Distrital do Porto do Instituto de Segurança Social, I.P. e a União de

Freguesias de Fânzeres e S. P. da Cova, em Setembro de 2014, no sentido de unir esforços e melhorar o atendimento e

acompanhamento à comunidade gondomarense, através de polos de atendimento denominados de Gabinetes de

Atendimento Integrado (GAI).

O Gabinete de Atendimento Integrado é uma resposta social que visa apoiar individuos e familias na prevenção e

reparação de situações de carência e de desigualdade socioeconómica, bem como de de exclusão e vulnerabilidade social.

Este atendimento assenta numa relação de reciprocidade Técnico/Beneficiário promovendo a inserção dos

individuos e familias na comunidade, através da contratualização de projectos de vida. Conforme o previsto na Lei de

bases da Segurança Social 4/2007 de 16 de Janeiro “um dos objetivos fundamentais do subsistema de ação social, é a

Durante o ano de 2016, a Santa Casa da Misericordia de Gondomar, pretende dar continuidade a este protocolo

estabelecido com as várias entidades, contribuindo assim para uma resposta rápida e eficaz das situações de maior

vulnerabilidade.

4 – Programa de Apoio à Ação Social

A Câmara Municipal de Gondomar criou um Programa de Apoio à Ação Social, com o objetivo de prestar apoio às

IPSS e demais Instituições com atividades na área da ação social, devidamente protocoladas através do Ministério da

Segurança Social e do Trabalho, visando dar continuidade ao trabalho destas Entidades, contribuindo para o aumento de

mais e melhores respostas no concelho de Gondomar.

A Santa Casa anualmente tem vindo a apresentar candidatura, no âmbito do mesmo Programa, tendo sido

aprovada nos seus diferentes sub-programas:

“PADES” – Programa de Apoio à Dinamização de Equipamentos e Respostas Sociais;

“RESPOSTA MAIS” – Apoio a pequenas obras de beneficiação e remodelação de infra-estrururas sociais e/ou

aquisição de equipamentos;

“APOIO PONTUAL À REALIZAÇÃO DE INICIATIVAS DE INTERESSE RELEVANTE”.

A Santa Casa, prevê em 2016 apresentar nova candidatura ao Programa de Apoio à Ação Social, da Câmara

Municipal de Gondomar, no sentido de beneficiar dos apoios financeiros previstos no respetivo Programa.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

65

G – IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR – HACCP

O sistema HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo) baseia-se na identificação e no

controlo de perigos de natureza biológica, física e/ou química, em pontos específicos da preparação dos alimentos, com

vista a garantir a saúde do consumidor. O controlo eficaz da higiene e da segurança dos alimentos torna-se, assim,

imprescindível, de forma a evitar doenças e danos provocados pela deterioração dos alimentos. Estas poderão ser na

melhor das hipóteses, desagradáveis, e na pior podem mesmo ser fatais. Além disto, provocam perdas e custos e

influenciam negativamente a confiança dos consumidores.

A segurança dos produtos alimentares fornecidos constitui uma preocupação central da Misericórdia de

Gondomar, de modo a garantir a qualidade alimentar a diversos níveis, sendo esta uma condição necessária ao reforço da

proteção dos seus clientes.

A política de Segurança Alimentar da Santa Casa abrange todos os processos da sua atividade, tendo como

base os seguintes princípios:

Garantia da satisfação dos clientes;

Formação/ informação com vista a um maior comprometimento dos colaboradores;

Avaliação e acompanhamento de fornecedores, produtos e processos de fabrico;

Garantia de que os colaboradores, instalações, equipamentos e métodos operativos cumprem os

requisitos legais e de higiene e segurança alimentar;

Criação nos clientes de um elevado grau de confiança, nomeadamente, através da garantia que os

alimentos são servidos nas melhores condições de conservação.

Para a sua efetiva concretização, a Instituição comprometeu-se a exercer a sua atividade num quadro de

equilíbrio de desenvolvimento sustentável, visando estabelecer e manter um elevado padrão de higiene e segurança

alimentar, tendo para isso levado a efeito as ações corretivas para a adequabilidade das instalações e procedimentos,

garantindo a eliminação ou redução dos riscos que possam comprometer os alimentos e a saúde do consumidor.

Na sequência do contrato de prestação de serviços assinado em março de 2012 pela Santa Casa com a Empresa

Clínica de Gondomar para a implementação do sistema HACCP, prevê-se para 2016 a continuidade da certificação HACCP,

nos três equipamentos sociais em questão:

Centro Comunitário de S. Cosme;

Centro de Apoio à Família;

Centro Social de Fânzeres.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

66

A certificação da segurança alimentar garante assim, de forma independente e imparcial, que os produtos são

produzidos, manipulados, embalados, distribuído e fornecidos de forma segura e conforme com exigências definidas

através das normas.

Para o ano 2016, está ainda previsto o alargamento da implementação do sistema HACCP aos equipamentos

sociais que possuem a resposta social de Centro de Convívio e que não foram até agora contemplados, sendo eles:

Associação de Reformados de Medas;

Centro de Convívio de Fânzeres.

A obtenção de elevadas condições de higiene e segurança alimentar é uma obrigação e responsabilidade dos

colaboradores da Santa Casa a todos os níveis da organização.

H - CONVÍVIOS DE NATAL 2016

A Santa Casa da Misericórdia de Gondomar, de forma a assegurar a continuidade na dinamização das respostas

sociais, a fazer face às problemáticas atuais da população e a assegurar a sua sustentabilidade, tem vindo a refletir em

novas respostas, encontrando caminhos para desenvolver um novo serviço à comunidade. Assim, em Dezembro de 2013 e

2014 disponibilizou o espaço de restauração do Centro Social de Fânzeres, bem como os seus saberes, para a realização

de serviços de jantar comemorativos para que na época festiva de Natal as pessoas, as instituições e/ou as empresas

levassem a efeito o convívio natalício, transformando-o num ato solidário, contribuindo assim para a causa social desta

Instituição. Nos anos de 2015 e 2016, é pretensão da Santa Casa dar continuidade à disponibilização do serviço supra

identificado, numa perspetiva de melhoria continua, de forma a garantir a qualidade dos mesmos.

I - PROJETOS DE CONSTRUÇÃO/REMODELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS SOCIAIS

1 - Projeto “Centro Social Arlindo Paulo”

No ano de 2011, foi doada à Santa Casa da Misericórdia de Gondomar uma moradia, localizada na Rua Santa Cruz,

nº 14, freguesia de Fânzeres, Gondomar, sendo que a legatária impos que se destinasse a um Centro de Dia, Centro de

Convívio ou Lar de Idosos. Esta moradia está localizada apenas a 700 metros do atual Centro de Convívio José Martins de

Fânzeres.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

67

Por outro lado, a Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar, em Agosto de 2008, apresentou candidatura ao

Programa de apoio concedido pelo Fundo Socorro Social, no âmbito da Medida de Apoio à Segurança dos Equipamentos

Sociais (MASES), para financiamento a obras de adaptação das instalações e substituição de materiais no Centro Social e

Paroquial de Santa Cruz de Jovim, para o qual foi concedido um apoio no valor de 30.068,00€, destinado à instalação de

sistema de segurança contra incêndios, acessibilidades, higiene e saúde, para um investimento / intervenção global de

60.135,00€.

Por motivos alheios a esta Instituição, que se prenderam com a inevitável ocupação por parte da Comissão

Fabriqueira da Paróquia do Centro Social e Paroquial de Santa Cruz de Jovim, proprietária das instalações, a Santa Casa

viu-se obrigada a proceder ao encerramento das respostas sociais em funcionamento naquele equipamento,

inviabilizando a realização das obras previstas, ao abrigo do Programa MASES.

Em consequência daquele encerramento, em 26 de Janeiro de 2010, a Santa Casa solicitou a transferência da verba

aprovada através daquele Programa para a realização de obras noutro edifício, propriedade da Santa Casa: Centro de

Convívio José Martins de Fânzeres, objeto de um Acordo de Cooperação com esse Centro Distrital para 70 clientes

beneficiários da resposta social Centro de Convívio.

Em Outubro de 2010, Sua Ex.ª a Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social autorizou que as intervenções a

realizar e a verba disponível fossem executadas no Centro de Convívio José Martins de Fânzeres, tendo sido igualmente

concedida a autorização para a prorrogação do prazo de validade por 18 meses, ou seja, até 17 de Abril de 2012.

Em Abril de 2011, no sentido de dar cumprimento ao previsto, a Santa Casa requereu à Câmara Municipal de Gondomar a

licença de obras de edificação (alteração) para licenciamento do Centro de Convívio José Martins de Fânzeres.

Perante a morosidade do licenciamento de obras e considerando a verba aprovada pelo MASES para a Santa

Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar, solicitou-se em Junho de 2012 ao Instituto da Solidariedade Social, I.P. –

Centro Distrital do Porto a possibilidade de prorrogação do prazo, bem como a transferência da respetiva verba para a

realização de obras naquele prédio, propriedade desta Santa Casa, para licenciamento e posterior transferência da

resposta social Centro de Convívio, atualmente a funcionar nas instalações do Centro de Convívio José Martins de

Fânzeres, que, como anteriormente se referiu, dispõe de um Acordo de Cooperação com o Centro Distrital do Porto para

70 clientes beneficiários da mesma resposta social.

Caso a anterior proposta venha a merecer a aprovação, a Santa Casa procederá à realização das alterações

necessárias naquele prédio, nomeadamente no que respeita à sua organização interior; à segurança contra incêndios,

bem como à necessidade de garantir a acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada a ambos os pisos do

edifício, conforme memória descritiva e plantas de estudo prévio que se anexam.

No decorrer do ano de 2016, é pretensão da Santa Casa avaliar a possibilidade de apresentar candidatura ao

novo Quadro Comunitário de Apoio, se os programas assim o permitirem.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

68

Relativamente ao atual edifício Centro de Convívio José Martins de Fânzeres, uma vez liberto de quaisquer ónus,

será considerada a sua alienação, sendo certo de que a disponibilidade financeira daí resultante contribuirá para a

sustentabilidade da própria Misericórdia de Gondomar.

2 - Projeto “Espaço de Manutenção e lazer”

No final de 2013 procedeu-se à elaboração de um estudo de Projeto para reconversão da área atualmente em

toscos, destinada a armazém, com cerca de 350 m2, no Centro Comunitário de S. Cosme, por modo a otimizar a sua

utilização bem como de alguns espaços associados, nomeadamente:

Refeitório: Propõe-se a demolição de uma das paredes do refeitório por modo a este passar a incluir a área destinada a

corredor. Esta alteração corresponde a uma ampliação de cerca de 39 m2 implicando as necessárias retificações ao

nível do revestimento de pavimentos, paredes e tetos, bem como da iluminação e ventilação mecânica;

Balneários do pessoal: Os acessos aos balneários existentes serão deslocados para a parede oposta por modo a

permitir o acesso a uma nova zona de estar do pessoal, que será devidamente acabada, iluminada e ventilada a partir do

sistema mecânico existente.

Armazém: A área localizada junto ao acesso Sul do edifício, será devidamente acabada, e iluminada, prevendo-se que a

ventilação deste compartimento seja efetuada a partir do vão existente.

Espaço de manutenção e lazer (270 m2): A restante área a reconverter será destinada a espaços de manutenção e

lazer e respetivos apoios.

O Projeto aguarda medidas de apoio financeiro, a enquadrar prioritariamente no próximo Quadro Comunitário de Apoio

previsto para o ano 2016.

PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2016

69

CONCLUSÃO

A Misericórdia de Gondomar tem consciência do plano arrojado que aqui prevê e que para concretizar os objetivos a que

se propõe, será um ano muito trabalhoso e que a obtenção dos resultados alcançados ficará a dever-se não só ao

empenho e generosa colaboração da Mesa Administrativa, mas também aos apoios institucionais, logístico e financeiro,

que desde já agradece profundamente: aos Irmãos cujo apoio incondicional se torna imprescindível à concretização dos

Projetos de médio e longo prazo que esta Santa Casa se propõem a desenvolver, às Instituições Concelhias e Nacionais

que têm vindo e continuarão a estabelecer estreita e crescente colaboração com esta Instituição de Solidariedade Social,

aos seus clientes, à população gondomarense e muito especialmente, à dedicação e profissionalismo de todos os

colaboradores desta Instituição.

Bem hajam!

Gondomar, 11 de novembro de 2015.

A Mesa Administrativa