plano de atendimento medico a desastres de guarapuava (2)

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PLANO DE ATENDIMENTO MÉDICO A DESASTRES DA CIDADE DE GUARAPUAVA

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Page 1: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

PLANO DE ATENDIMENTO MÉDICO A DESASTRES DA CIDADE D E

GUARAPUAVA

Page 2: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

1 OBJETIVO

Guarapuava é um município do Estado do Paraná, situado na

mesorregião Centro Sul Paranaense, microrregião de Guarapuava, tem a

superfície de 3.125,852 Km2., altitude de 1.120 metros acima do nível do mar o

que lhe confere um clima subtropical, com uma população de 164.567 hab.(

IBGE 2007) e densidade demográfica de 54,07 hab./km2.Distante da

capital,Curitiba, em 252 km,Guarapuava também esta situada a uma media de

200 km de outras principais cidades e vizinhas como Ponta Grossa , Cascavel,

Pato Branco, Maringá e Londrina .O indicador econômico confere um PIB per

capita de R$ 11.436,00( IBGE/IPARDES 2005) comparável a média dos

principais e maiores municípios paranaenses.Assim descrito Guarapuava esta

situada entre os 160 maiores municípios brasileiros por população, entre os 10

maiores municípios do Estado do Paraná, economicamente comparável a média

dos outros municípios de igual porte,com importância notável na produção

agrícola. Sua área territorial confere os municípios como um dos maiores

municípios brasileiros, e densidade populacional baixa comparando com outros

municípios de igual porte e vizinhos. Isto confere ao município uma população

esparsa pela área urbana e rural, com bairros distantes do centro o que dificulta

por vezes o atendimento médico e social.

O município esta situado às margens da BR 277 que constitui um

dos eixos rodoviário do MERCOSUL, a media distancia entre Curitiba e Foz do

Iguaçu, eixo este de escoamento de produtos agrícolas de todo o estado e

também de países vizinhos como o Paraguai. Perto de 100 km da BR 277 esta

dentro do município. Duas concessionárias de pedágio e seus respectivos

serviços de regaste operam dentro município. Suas praças de pedágio distam

perto de 50 km da sede do município.

Dois distritos distam pelo menos há 20 km da sede, ambos com

mais de 5.000 habitantes. Há 2 empresas que distam há mais de 20 km da sede

com mais 1.000 funcionários,ambas com grau de risco 4 para o trabalho.

Pelo exposto acima é imperioso criar para este município um Plano

de Atendimento Médico a Desastres, visto a extensa área territorial, ao numero

Page 3: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

de habitantes, a distribuição geografia dos bairros e indústrias e a posição

geográfica do município.

Page 4: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

2 COMITÊ TÉCNICO

O atendimento a desastres e uma tarefa a ser desempenhado por

diversas entidades, que devem trabalhar em conjunto e coesas para que o

sucesso do atendimento possa ser alcançado. O atendimento médico móvel de

urgência no Brasil e desempenhado por poucas entidades de caráter público.

Mesmo assim um Plano de Atendimento Médico a Desastres deve ser elaborado

em conformidade com as entidades envolvidas no atendimento de urgência.

Assim é necessário que um comitê composto por essas entidades seja formado

para que elas analisem, discutam e aprovem o Plano para o trabalho em

conjunto.

Para a cidade de Guarapuava o Comitê para o preparo do Plano de

Atendimento Médico a Desastres é composto das seguintes entidades e seus

representantes:

1. Defesa Civil de Guarapuava - Coordenadoria

2. Corpo de Bombeiros

3. Policia Militar

4. Policia Rodoviária Federal

5. Guaratran

6. Divisão de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde

7. Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde

8. Hospital Santa Tereza de Guarapuava

9. Hospital São Vicente de Paula

10. Hospital Estrela do Belém

11. SAMU-192 de Guarapuava

12. Coordenadoria Municipal de Atenção às Urgências

Page 5: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

Além do Comitê Geral, há reuniões e encontros entre os Setores de

Segurança do Trabalho das empresas que possuem riscos para desastres e este

Comitê.

Page 6: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

3 ANÁLISE DE RISCOS

Para que se possa proceder a analise de riscos do município é

necessário que se estabeleça alguns conceitos relativos a desastres, tais como:

• Risco - é a probabilidade de ocorrência de um acidente ou efeito adverso,

relacionada com a intensidade dos danos ou perdas resultantes dos

mesmos.

• Vulnerabilidade - é a probabilidade de uma determinada comunidade ou

área geográfica ser afetada por uma ameaça ou risco potencial de

desastre, estabelecida a partir de estudos técnicos.

• Desastres-resultado de efeitos adversos naturais ou provocados pelo

homem sobre um área ou população vulnerável, causando danos

humanos, materiais e ambientais e conseqüentes prejuízos econômicos e

sociais .

• Desastre-quanto á capacidade de enfrentamento são eventos adversos

nos quais os recursos do Sistema de Urgência local, tanto de

equipamentos quanto de pessoal, são insuficientes no primeiro momento

para fazer frente à determinada situação de urgência.

• Acidente com Múltiplas Vitima (AMUV) - são eventos adversos nos quais

os recursos do Sistema de Urgência local são suficientes para o

enfrentamento da situação de urgência.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES QUANTO AO NUMERO DE VITIMAS

ENVOLVIDAS E CONFORME A CAPACIDADE DE SOCORRO INSTALADA NO

MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA

• AMUV tipo 1 – 5 a 10 vitimas – situação de urgência controlada com

recursos locais ( SAMU, Corpo de Bombeiros , Policia Militar,Guaratrans e

Serviços de Resgate das Rodovias Pedagiadas).

• AMUV tipo 2- 11 a 20 vitimas – situação de urgência que supera os

recursos locais , necessitando de outros grupos e entidades do município.

Page 7: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

• AMUV tipo 3 – mais de 21 vitimas- situação de urgência que supera os

recursos locais , necessitando de outros grupos e entidades do município

em atividade e a ativação de grupos de entidades voluntarias e de

entidades regionais.

3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS DESASTRES QUANTO A SUA NATUREZA E

ORIGEM DE IMPORTÂNCIA AO MUNICÍPIO E REGIÃO DE GUARAPUAVA

3.2.2 Naturais.

• De causa eólica- vendavais e tempestades

• Temperatura extrema- frio intenso, granizo e geadas

• Aumento de precipitação pluvial e inundações- enchentes e alagamentos.

• Diminuição da precipitação pluvial- seca estiagem e incêndios florestais.

• Relacionado ao geomorfismo, erosão e acomodação do solo-

deslizamentos de terrenos.

• Relacionados a biocenose- pragas animais.

3.2.3 Desastres Humanos

3.2.3.1 De natureza tecnológica

• Relacionados aos meios de transportes (desastres aéreos, rodoviários e

ferroviários).

• Relacionados à construção civil (desabamentos de prédios).

• Relacionados a incêndios (incêndios em instalações de combustíveis,

incêndios em indústrias, incêndios em edificações).

Page 8: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

• Relacionados a produtos perigosos (extravasamentos de produtos

químicos perigosos, contaminação de água potável com produtos

químicos).

3.2.3.2 De natureza social

• Desastres em eventos com aglomeração de pessoas

(presídios/rebeliões).

3.2.3.3 De natureza biológica

• Transmitidas por vetores biológicos como: dengue, febre amarela,

hantavirose, leptospirose.

• Transmitidas por águas e alimentos como: amebíase, diarréias agudas,

salmoneloses, toxoinfecção alimentar.

• Transmitidas por inalantes como: gripe influenza e doenças respiratórias

agudas.

3.2.3.4 Desastres Mistos

São quando as ações e omissões humanas contribuem para intensificar e ou

agravar fenômenos potencialmente indutores de desastres e quando

intercorrente de fenômenos naturais adversos atuando sobre condições

ambientais degradadas pelo homem provocam desastres. Atualmente a grande

maioria de desastres naturais podem ser classificados como desastres mistos.

Page 9: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

3.3 CLASSIFICAÇÃO DO DESASTRE COM RELAÇÃO A PERSISTÊNCIAS

DAS FORÇAS QUE MOTIVARAM O DESASTRE NO MOMENTO DA

CHEGADA DAS EQUIPES DE RESGATE.

• Desastre de situação ativa: quando há persistência do risco potencial de

novas vítimas incluindo as equipes de resgate.

• Desastre de situação contida: quando os agentes associados à origem do

desastre estão inativos ou sob controle.

3.3.1 Classificação de desastres quando a amplitude

• Desastre de larga escala - as situações de desastres ocorreram com a

destruição da infraestrutura do local, inclusive com a destruição de

estradas, hospitais, comunicações e meios de resgate. O socorro devera

vir de fora da área sinistrada.

• Desastre de media escala - a destruições dos recursos é moderada,

podendo satisfazer o enfrentamento, precisando pores de ajuda externa.

• Desastre de pequena escala - a destruição dos recursos é pequena, o

enfrentamento é possível com recursos remanescentes.

3.4 RISCOS POTENCIAIS DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA

3.4.1Desastres Naturais

Pela situação geográfica, altitude e clima, a região de Guarapuava

poderá ser afetada por:

• Tempestades;

Page 10: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

• Frio intenso;

• Geadas e granizo;

• Enchentes e alagamentos;

• Deslizamentos de terra.

As enchentes constituem o principal perigo a população, de freqüência

anual, com desabrigados e possibilidade de endemias. Devido a presença de

grandes áreas de reflorestamento e áreas de mata nativa, áreas de serra com

mata nativa, incêndios florestais constitui um risco.

3.4.2 Desastres Pragas Animais

Menção ao fenômeno da ratada, que ocorre naturalmente a cada 30

anos, com a proliferação de ratos silvestres e a possibilidade de ocorrência de

casos de hantavirose.

3.4.3 Desastres Humanos

3.4.3.1 De natureza tecnológica

• Desastres com acidentes rodoviários- um dos maiores riscos em

potencial para a Região, devido ao intenso tráfego na rodovia BR

277. Os acidentes de trafego na região são de ocorrência diária,

sendo que os desastres com mais de 21 vítimas podem ser

freqüentes com o envolvimento de ônibus.

• Incêndio em instalações de deposito de combustíveis, risco em

potencial, sobretudo pela concentração dos postos de

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combustível em área urbana e central com vulnerabilidades para

as áreas escolares e residenciais.

• Incêndio em edificações - prédios de altura de mais de 6 andares

em área central, com aglomeração de pessoas e falta de recursos

tecnológico para o enfrentamento.

• Extravasamento de produtos químicos - os riscos de

extravasamento de produtos podem ocorrer em diversas

situações na região: o intenso tráfego de transporte de produtos

perigosos pela BR 277 com produtos químicos de toda a espécie,

transporte, armazenamento e uso de produtos perigosos nas

indústrias do município, em especial ao cloro (utilizado pela

empresa de saneamento de água e esgoto), amônia (utilizado

pelas indústrias de produção de adubos), hexanos (utilizados

como solventes para a produção de óleo vegetal), combustíveis

(gasolina,óleo diesel, querosene e álcool).

• Contaminação de água potável - o principal local de captação de

água para o abastecimento do município fica as margens da BR

277, portanto sujeita aos riscos já descritos.

3.4.2 De natureza Social

3.4.2.1 Eventos com aglomeração de pessoas

Devido à população da cidade e a mesma, ser a principal da região,

eventos com aglomeração de pessoas de todo tipo ocorre quase que

semanalmente. Eventos com aglomeração de mais de 1.000 pessoas são

comuns, ocorrendo eventos com aglomeração de mais de 10.000 pessoas.

Assim um plano especial para atendimento de eventos é necessário e

faz parte de plano de atendimento a desastres.

Page 12: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

3.4.2.2 Rebelião em presídios

O município conta com dois presídios: a PIG (Presídio Industrial de

Guarapuava) e a cadeia pública, ambas com capacidade total ocupada, o que

constitui risco de ocorrência de rebeliões e suas conseqüências.

3.4. 3 De Natureza Biológica

3.4.3.1 Dengue

Embora não haja casos descritos no município, há o preparo para o

enfrentamento de possíveis casos como:

• Febre amarela silvestre - a região já apresentou casos de febre

amarela silvestre, como resposta campanha de vacinação já foi

instituída;

• Hantavirose - embora de ocorrência esporádica, já houve ameaça

de endemia há sete anos;

• Diarréias agudas e toxinfecção alimentar;

• Gripe influenza - devido ao alerta mundial pela possibilidade de

pandemia;

• Doenças respiratórias agudas - são de ocorrência rotineira na

região devido às condições climática de frio intenso e úmido,

podendo ser considerada como desastre na sazonalidade devido

ao grande número de casos e suas complicações.

Nas figuras 01, 02, 03 e 04 apresentam-se os mapeamentos de riscos das áreas

da cidade de Guarapuava-Pr.

Page 13: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

FIGURA 01 – MAPEAMENTOS DE RISCO DE LOCALIZAÇÕES D IVERSAS

Fonte: SURG (2008).

Page 14: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

FIGURA 02 – MAPEAMENTOS DE RISCO DAS LOCALIZAÇÕES D IVERSAS POR RAMO DE

ATIVIDADE

Fonte: SURG (2008).

Page 15: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

FIGURA 03 – MAPEAMENTOS DE RISCO DAS LOCALIZAÇÕES D IVERSAS POR RAMO DE ATIVIDADE ( 2)

Fonte: SURG (2008).

Page 16: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

FIGURA 04 – MAPEAMENTOS DE RISCO DA REDE DE EDUCAÇÃ O

Fonte: SURG (2008).

Page 17: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

4 LEVANTAMENTO DE RECURSOS DISPONÍVEIS

4.1 SETORES DE SAÚDE

4.1.2 Atendimento Móvel de Urgência- SAMU-192

É formado por:

• 18 médicos,

• 16 enfermeiros, 1

• 2 socorristas

• 12 TARM-operadores de radio,

• 20 condutores.

Veículos:

• 2 unidades de Suporte avançado,

• 2 unidades de Suporte Básico,

• 8 ambulâncias de Transporte (incluso os veículos de reserva técnica).

4.1.3 Unidades Fixas de Atendimento Pre-Hospitalar de Urgência

As unidades fixas de atendimento são compostas de:

• 02 unidade de Pronto Atendimento Público

• 06 médicos,

• 02 enfermeiros,

• 16 Auxiliares técnico de enfermagem de plantão 24 horas;

• 04 unidades de Atendimento Pré-Hospitalar localizados nos PAs

hospitalares com 4 médicos,

• 04 enfermeiros e 12 auxiliares de enfermagem.

Page 18: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

4.1.4 Unidades Fixas de Atendimento Pré-Hospitalar

• 20 Posto de Saúde da Família- PSF com 1 médico e 1 enfermeiro e 3

auxiliares de enfermagem cada ,10 Cia- Centro Integrado de

Atendimento- com 2 médicos clínicos, 01 pediatra e 01

ginecologista,01 enfermeiros e 6 auxiliares de enfermagem

cada,Centro de Especialidade- 28 médicos especialistas.

4.1.5 Unidades Hospitalares

• 03 unidades Hospitalares com 542 leitos, com 03 unidades de terapia

intensiva adulta com 24 leitos,02 unidades de terapia intensiva infantil

com 6 leitos e 02 unidades de terapia intensiva neonatal com 8 leitos.

4.1.6 Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde

• Disponibilização de 30 agentes epidemiológicos-enfermeiros e ou

técnicos.

4.1.7 Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde

• 15 agentes sanitários, 01 enfermeiro, 02 veterinários

4.1.8 Setor de Segurança Pública

• Corpo de Bombeiros - 02 oficiais, 10 sargentos, 09 cabos e 44

soldados. Veículos : 02 auto-ambulâncias, 01 auto bomba tanque

resgate, 02 auto bomba tanque, 01 auto rápido, 02 auto busca e

salvamento, 01 auto transporte coletivos,01 auto transporte de

materiais,03 auto transporte pessoal, 01 VTR defesa civil,02 motos,01

carreta tanque com 26.000 l.

• Policia Militar - contingente para disponibilidade imediata em caso de

desastre: 60 policiais militares. Veículos: 08 viaturas de

Page 19: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

patrulhamento, 01 caminhão guincho, 01 furgão,01 microônibus, 05

carros pequenos.

• Departamento de Transito de Guarapuava- Guaratrans- 15 agentes de

patrulhamento de transito. Veículo : 01 leve, 01 van, 4 motocicletas.

• Exercito Brasileiro - numero do contingente e dos recursos não

disponível por questão de segurança, porém que podem ser alocados

em situação de desastres.

• Policia Rodoviária Estadual.

• F- Policia Rodoviária Federal.

4.1.9 Setor de Defesa Social

4.1.9.1 Defesa civil

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil dispõe como recursos imediatos:

van para transporte coletivo, disponibilidade de 30 agentes e material social de

socorro como cobertores, colchões, etc.

4.1.9.2 Serviços de resgate de rodovias com pedágios

4.1.9.2.1 Rodovia das Cataratas - Base de Serviços 1 há 20 Km da sede do

município com um contingente de:

• 01 enfermeiro;

• 04 socorristas;

• 03 técnicos de enfermagem.

Veículos:

• 01 ambulância tipo C,

• 01 guincho leve plataforma

• 01 veículo de inspeção.

Page 20: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

• Médico regulador de ocorrências em outra base SAU há 180

Km ( município de Cascavel).

4.1.9.3 Rodovia Caminhos do Paraná - Base de Serviços há 43 Km da

sede.Contingente de:

• 08 técnicos socorristas.

Veículos: 01 ambulância tipo C, guincho leve plataforma

• 01 veículo de inspeção.

• Médico Regulador de Ocorrências em outra base SAU há 102 Km

(município de Irati).

4.1.9.4 Serviços médicos particulares

4.1.9.4.1 Unimed de Guarapuava

• 01 ambulância de suporte avançado

• Recursos particulares que podem se alocados em situação de

desastre.

• Secretaria Municipal de Assistência Social

• Equipe composta por agentes e assistentes sociais.

4.1.9.5 Setor de defesa industrial

• SANEPAR - Serviço de Saneamento do Paraná- controla o

abastecimento de água e o tratamento de esgotos- possui no Setor de

Segurança do Trabalho equipe capacitada e material para manuseio e

controle do Gás Cloro.

Page 21: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

• Cooperativa Agrária - unidades industriais com mais de 1.000

funcionários. Unidade Industrial de Produção de adubos- possui

brigada de incêndio, ambulatório médico com 01 médico e 01 técnico

de enfermagem, serviço de segurança do trabalho capacitada com

treinamento e equipamentos para manuseio e controle do Produto

Químico Amônia, inclusive com roupas de aproximação nível A.

Unidade de Produção de Óleo Vegetal- brigada de incêndio,

ambulatório médico, serviço de segurança do trabalho capacitada para

manuseios de produtos químicos com ênfase especial em

Hexanos.Unidade de armazenamento de Cereais- serviço de

segurança do trabalho capacitada para manuseio e controle de

produtos químicos e defensivos agrícolas.

• Santa Maria S.A - unidade industrial de produção de papel e

beneficiamento de madeira, conta com mais de 1.000 funcionários,

situa-se as margens de rodovia federal há 22 km da sede do município.

Possui ambulatório médico com 01 médico e 01 técnico de

enfermagem, brigada de incêndio, segurança do trabalho capacitada

para resgate e manuseio de produtos químicos da indústria de papel e

de conservação de madeira.

• Setor de Armazenamento de Combustíveis - 02 terminais de

combustíveis com armazenamento de grande quantidade de

combustível- possui sistema de tubulação de água para contenção de

incêndios com hidrantes e bombas de água, brigada de incêndio e

segurança de trabalho capacitado para resgate e controle de incêndio,

realiza simulados interno mensais e simulado integrado a equipes de

resgate externo uma vez por ano.

Page 22: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

4.2 VULNERABILIDADES

4.2.1 DESASTRES NATURAIS

• Frio intenso,

• Geadas,

• Granizo,

• Enchentes e alagamentos - A proporção de ocorrências é quase

que anual, a magnitude da ocorrência tem aumentado com o

decorrer dos anos devidos a ocupação dos terrenos em áreas de

risco e urbanização descontrolada. A capacidade de enfrentamento

vai depender da magnitude. Estatisticamente não houve um

desastre de proporção a comprometer o enfrentamento. Medidas de

prevenção tem se mostrado ineficaz.

A ocorrência de desastres com desabrigados, comparando com os últimos

anos, mostrou que o enfrentamento com os recursos disponíveis foi eficaz.

• Incêndios florestais - Embora o clima local contribua para que o

risco de incêndio florestal seja pequeno, alerta deve ser feito, visto

as grandes áreas de reflorestamento, a intensa atividade madeireira

na região, e a possível falta de recursos tecnológicos para o

enfrentamento devido a provável baixa estatística de ocorrência de

desastres.

4.2.1 DESASTRES HUMANOS NATUREZA TECNOLÓGICA

• Acidentes rodoviários de transportes: consiste no maior número de

ocorrência , a capacidade de enfrentamento vai depender da

magnitude da ocorrência, acidentes com até 16 vitimas, podem ser

atendimento em menos de 60 minutos com todos os recursos do

Page 23: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

município disponíveis. Sendo que até 40 vitimas poderiam ser

atendidas e encaminhadas para os Hospitais em até 2 horas. A

capacitação para o enfrentamento tem acontecido com maior

freqüência em simulados promovidos pelo Corpo de Bombeiros e

pelas Concessionárias de Pedágio;

• Incêndio em Instalações Industriais: as instalações industriais com

risco estão equipadas e promovem treinamento para o

enfrentamento, adição do Corpo de Bombeiros pode ser suficiente

para o enfrentamento.

• Incêndio em Postos de Combustíveis: a vulnerabilidade aumenta

devido ao numero de posto de combustíveis em áreas de

concentração populacional, em áreas centrais e de localização

próximo às escolas e faculdades da cidade. Embora possa ter

tecnologia para enfrentamento da situação, há de se instituir

capacitação com simulados envolvendo a desocupação de escolas

e residências.

• Incêndios em Terminais de Combustíveis – estas áreas estão

equipadas com tecnologia suficiente para enfrentamento, realizam

capacitação periódica e estão em áreas que oferecem segurança à

população.

• Incêndios em Área Urbana em Prédios residenciais e comerciais -

há falta de tecnologia para o combate á incêndios em edifícios com

mais de 3 andares, o que torna uma vulnerabilidade importante,

minimizada pela ação preventiva de fiscalização de equipamentos

locais de combate á incêndios.

• Extravasamento de produtos químicos e perigosos - quando

ocorrido dentro das aéreas industriais que manuseiam estes

produtos a vulnerabilidade é menor devido a estes locais possuírem

tecnologia para o enfrentamento bem como realizarem capacitação

freqüente. Quando ocorrerem no transporte o risco de desastre é

grande devido a falta de tecnologia de enfrentamento.Prover

equipamentos para enfrentamento de desastres químicos mais

facilmente identificáveis na região terá que ser uma das prioridades

Page 24: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

deste plano. A capacitação terá de ser feita atualmente com os

recursos disponíveis e em base dos recursos necessários.

• De natureza social - Eventos com Aglomeração de pessoas

Já descrito como possível vulnerabilidade importante, sendo motivo de

readequação e instituição de legislação municipal preventiva. Anexo a este plano

esta descrito o Plano de Atendimento Médico à Eventos com Aglomeração de

Pessoas a ser instituído oficialmente pelo Governo do Município, visto esta

vulnerabilidade ser de extrema importância social e política.

• Rebelião em presídios-risco importante com falta de recursos

devido à alta densidade de população carcerária. Capacitação a ser

instituída com as autoridades competentes.

• De natureza biológica (Febre Amarela) - maior vulnerabilidade

biológico, sendo o município colocado em área de risco, visto a

ocorrência de casos, o que por outro lado, fez com que a

preparação para o enfrentamento com vacinação preventiva fosse

generalizada e possivelmente eficaz para que não ocorra

desastres.Influenza- possível ocorrência de desastre se ocorrer

devido em parte ao clima que favorece a disseminação, a falta de

vacinação eficaz em massa e a possibilidade de tornar Pandemia.

Falta de aumento de leitos hospitalares e a existência de leitos

hospitalares atuais ser insuficiente para o enfrentamento.

Page 25: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

5 PLANO DE OPERAÇÕES

5.1 DESCRIÇÃO

5.1.1 Comando

O plano de operação para o atendimento médico a desastre será uma

continuação do plano de operações do SAMU-192 de Guarapuava com suas

funções já definidas da Central de Regulação, Medico Regulador, Equipes de

Suporte Avançados e Equipes de Suporte Básico e Equipes de Transporte. Ao ser

acionado para atendimento de um evento de desastre cabe ao médico Regulador do

Sistema avaliar a amplitude inicial do desastre e decidir conforme as normas

descritas abaixo, se vai solicitar a instalação da SALA DE CRISE ou se continua o

atendimento médico com o Comando da Central de Regulação Médica.

5.1.1 Comunicação

Embora numa situação de desastre, a comunicação geral é única, deve

existir uma freqüência de radio exclusiva para a comunicação das equipes que

atuam no atendimento ao desastre. A comunicação médica entre a equipe

intervencionista e a Central de Regulação Médica deverá ser mantida para

agilização do trabalho médico em situação de urgência.

Na figura 05, está demonstrado como é realizado a regulação do serviço

médico.

Page 26: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

FIGURA 05 - SEÇÃO DE ATENDIMENTOS – ATENDIMENTO M ÉDICO

Fonte: SAMU (2008).

5.1.2 Triagem

Instituído o serviço médico no local de atendimento o médico intervencionista

deverá se ocupar da Triagem. Na maioria das vezes a Triagem já foi realizada pelos

serviços de Resgate, porem reavaliar as vitimas é primordial para iniciar o

atendimento.

5.1.3 Definição de Triagem

Triagem é o processo pelo qual se estabelecem prioridades de tratamento,

quando há várias vítimas. A triagem é, portanto, um processo de classificação de

vítimas. Existem diversos métodos de classificação que podem aperfeiçoar a

assistência pré- e intra-hospitalar. Em situações com múltiplas vítimas, é importante

Page 27: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

a utilização de método simples de classificação da gravidade. Um método

freqüentemente utilizado e de fácil visualização é a categorização das vítimas

através de cores. Assim, durante a triagem, cada vítima é identificada com um cartão

colorido que permite a identificação, o registro e a classificação de prioridade de

atendimento.

O quadro 01 e 02, apresenta a classificação de triagem, com os códigos e

cores das categorias em que se encontram as vítimas.

QUADRO 01 - Classificação de Triagem - START (Simpl e Triage and Rapid Treatment)

Vermelha / Crítico viável-

Código 3

Lesões graves com risco de vida nas próximas 2 horas

Amarela / Urgente-

Código 2

Lesões graves com risco de vida nas próximas 24 horas

Preta / Crítico inviável

Código 4

Críticos irrecuperáveis, mortos

Verde / Não urgente

Código 1

Lesões leves e ilesos

Page 28: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

QUADRO 02 -

Fonte: SAMU (2008).

Page 29: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

5.1.4 CENTRAL DE REGULAÇÃO E SALA DE CRISE

A Central de Regulação do SAMU-192, devera em eventos de desastre, a

continuar com a mesma operacionalidade, embora exista uma situação de urgência

nova,deverá continuar as Regulação dos Atendimento e Ocorrências normais, por

isso deverá existir a implantação da Sala de Crise- artefato criado para que possa

administrar um evento de desastre ou equivalente , quando a demanda de

atendimentos a vitimas superar a capacidade de operação da central de

Regulação.Em se tratando do Município de Guarapuava a Sala de Crise deverá ser

constituída pelo Coordenador Geral do SAMU, pelo coordenador Médico e pelo

Coordenador de Enfermagem.

E de competência da Sala de Crise a administração geral do comando médico do

atendimento. É como instalar um novo SCO. Ao comando da sala de crise compete

controlar as operações de atendimento médico e iniciar o processo de destinação

das vitimas seguindo a planilha de encaminhamento definida para a magnitude do

evento.

Ainda compete a sala de crise a administração, logística e planejamento do

atendimento médico ao evento seguindo as normas do SCO/SICOE, visto que e

como descrito , a situação de desastre é quando os recursos disponíveis é

insuficiente .

Para o município de Guarapuava e para a Central de Regulação do SAMU-

192 de Guarapuava é necessário a instalação da SALA DE CRISE quando o número

de vitimas de um evento seja igual ou superior a 20 vitimas, ou quando o número de

vitimas em código 3, for superior a 12.

A sala de crise do SAMU - 192 de Guarapuava deverá ser localizada junto a

Central de Regulação devido as facilidades de operação de administração, logística

e planejamento.

Page 30: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

5.1.4.1 Transporte

A definição do numero de transportes utilizados vai depender do numero de

vitimas, porem como base utilizar uma ambulância para cada 2 vitimas de código 2

ou 3 . Para as vitimas de código 1, procuraremos utilizar transporte de uso coletivo

como vans.

As vitimas de código 3 , preferencialmente serão transportadas nas

ambulâncias de suporte avançado, e as vitimas de código 2 nas ambulâncias de

suporte básico preferencialmente e nas ambulâncias de transporte se a vitima

estiver estabilizada hemodinamicamente.

5.1.4.2 Atendimento Médico

Atendimento Médico no Local- no local do evento utilizaremos 01( hum)

medico para cada 10 vitimas. Para cada médico deverá acompanhar uma equipe

com 01( um) enfermeiro, 3( três) socorristas. Esta constituição devera ser de

integrantes do SAMU-192 ou de outras Instituições de Resgate como Corpo de

Bombeiros e Serviços de Resgate de Rodovias.

Quando o numero de vitimas extrapolar a capacidade das equipes no local, devera

ser alocada uma nova equipe composta por integrantes do SAMU e ou de outras

Instituições.Como o SAMU-192 de Guarapuava conta com 01 medico

intervencionista e 1 medico regulador, poderá haver a necessidade de alocar o

medico regulador atendimento no local do desastre. Para que isto ocorra os médicos

que respondem pela SALA DE CRISE deverá assumir a Regulação Médica.

As equipes medicas de atendimento local deverão ser substituídas a cada turno de

plantão ou quando haver necessidade de causa maior , como estafa, a ser decidido

pelo médico regulador ou pelos coordenadores da SALA DE CRISE.

Cadeia de Acionamento.

Os encaminhamentos às unidades fixas de atendimento pré-hospitalar e ou

hospitalar deverão obedecer segundo demonstração nas planilhas 01, 02 e 03 na

seqüência, que foram moldadas conforme a capacidade de atendimento de cada

Page 31: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

instituição e procurando o equilíbrio na distribuição das vitimas, para que estas

unidades possam atender com os recursos necessários ao bom atendimento.

PLANILHA 01 – RECURSOS DISPONÍVEIS ÁREA SAÚDE

Fonte: SAMU (2008)

PLANILHA 02 – ENCAMINHAMENTO DAS VÍTIMAS PARA ATEND IMENTO

Fonte: SAMU (2008)

PLANILHA 03 – ENCAMINHAMENTO DAS VÍTIMAS PARA ATEND IMENTO/HORA

Fonte: SAMU (2008)

Uni. Atendimento Geral Total

SAMU-192

Unid.Pre-Hospitar Fixa

extra hospitalar

Unid.Pre Hospitalar

fixa intra hospital

Unid.Pre-Hospitalar -PSF

e CIAs

Médicos 18 6 4 70 98

Enfermeiros 16 2 4 30 52

Tec.Enfermagem 12 16 12 120 160

TARM-Op. Radio 12 12

Condutores 20 20

Unid S. Avançado 2 2

Unid.S.Basico 2 2

Unid. Transporte 8 8

RECURSOS DISPONIVEIS - AREA DE SAUDE

Unidades de Atendimento de Urgencia

até 5 vitimas 5 a 10 vitimas 11 a 20 vitimas 21 a 50 vitimas 51 a 100 vitimasmais de 100 vitimas

Hospital Sta. Tereza todos os codigos todos os codigos codigo 3 codigo 3 codigo 3 codigo 3

Hospital S.Vicente todos os codigos todos os codigos codigo 3 codigo 3 codigo 3 codigo 3

Hospital E. Belen todos os codigos todos os codigos codigo 3 codigo 3 codigo 3 codigo 3

Hospital Semelweis codigo 2 codigo 2 codigo 2 codigo 2 codigo 2 codigo 2

Unid. 24h Trianom codigo 2 e 1 codigo 2 e 1 codigo 2 e 1 codigo 2 e 1

Unid. 24 h Primavera codigo 2 e 1 codigo 2 e 1 codigo 2 e 1 codigo 2 e 1

CIAs codigo 2 e 1* codigo 2 e 1* codigo 2 e 1* codigo 2 e 1*

PSFs codigo 1 e 2** codigo 1 e 2** codigo 1 e 2** codigo 1 e 2**

ENCAMINHAMENTO DAS VITIMAS PARA ATENDIMENTO

* pequenas fraturas e pequenos ferimentos

** pequenos ferimentos

até 5 vitimas 5 a 10 vitimas 11 a 20 vitimas 21 a 50 vitimas 51 a 100 vitimas mais de 100 vitimas

Hospital Sta. Tereza ATE 2 VITIMAS ATE 3 VITIMAS(3) 3 VITIMAS/HORA 3 VITIMAS/HORA 4 VITIMAS/HORA 5 VITIMAS/HORA

Hospital S.Vicente ATE 2 VITIMAS ATE 3 VITIMAS(3) 3 VITIMAS/HORA 3 VITIMAS/HORA 4 VITIMAS/HORA 5 VITIMAS/HORA

Hospital E. Belen ATE 1 VITIMAS ATE 2 VITIMAS(3) 3 VITIMAS/HORA 3 VITIMAS/HORA 4 VITIMAS/HORA 5 VITIMAS/HORA

Hospital Semelweis ATE 2 VITIMAS(2) 3 VITIMAS/HORA(2) 3 VITIMAS/HORA(2) 4 VITIMAS/HORA(2) 5 VITIMAS/HORA(2)

Unid. 24h Trianom 3 VITIMAS/HORA(2) 3 VITIMAS/HORA(2) 6 VITIMAS/HORA(2) 10 VITIMAS/HORA(2)

Unid. 24 h Primavera 2 VITIMAS/HORA(1) 2 VITIMAS/HORA(2) 3 VITIMAS/HORA(2) 4 VITIMAS/HORA(2)

CIAs ate 10 vitimas(1) ATE 10 VITIMAS(**) ATE 10 VITIMAS(* E**) ATE 20 VITIMAS(* E**)

PSFs ATE 20 VITIMAS(**) ATE 20 VITIMAS(**) ATE 40 VITIMAS (*)

* pequenas fraturas e pequenos ferimentos

** pequenos ferimentos

ENCAMINHAMENTO DAS VITIMAS PARA ATENDIMENTO POR HORA

Page 32: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

6.HIERARQUIZAÇÃO DA REDE ASSISTENCIAL PARA DESASTRE S

A Hierarquia para atendimento a desastre devera ser seguido pelo plano

oficial do Estado do Paraná denominado SICOE ( Sistema Integrado de Comando

em Operações de Emergências) derivado do ICS( Incident Command System) e

também denominado SCO( Sistema de comando de Operações)- denominação em

outros estados.

6.1 CONCEITO DO SISTEMA DE COMANDO DE OPERAÇÕES (SCO)

O Sistema de Comando em Operações é uma ferramenta gerencial para

comandar, controlar e coordenar as operações de resposta em situações críticas,

fornecendo um meio de articular os esforços de agências individuais quando elas

atuam com o objetivo comum de estabilizar uma situação crítica e proteger vidas,

propriedades e o meio ambiente.

6.2 A ESTRUTURA BÁSICA DO SCO

A estrutura principal do SCO é constituída por: Comando, Staff do Comando

e Staff Principal.

6.2.1 Comando

O comando é responsável pelas ações como um todo, e estabelece os

objetivos e prioridades para a operação.

Staff Principal

Page 33: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

6.2.2 Operações

Conduz as ações necessárias para alcançaras prioridades e os objetivos

estabelecidos.

Planejamento – Desenvolve o Plano de Ação, que reúne e avalia as informações

relativas à situação e ao conjunto de recursos envolvidos.

Logística – Fornece o suporte material para a implantação do Plano de Ação, além

de prover os recursos e serviços necessários para dar suporte ao pessoal envolvido

nas operações.

6.2.3. Administração

Efetua compras e locações, monitora e registra os custos relacionados às

operações e controla o emprego dos recursos humanos.

6.2.4. Staff do Comando

Da mesma forma como pode delegar as funções principais do SCO, o

Comando pode também delegar algumas atribuições mais específicas, ativando

funções diretamente ligadas à sua atuação.

Essas funções são denominadas Staff do Comando.

6.2.5.Segurança

É responsável pela avaliação e gerenciamento dos riscos envolvidos nas

atividades que são realizadas, fiscalizando procedimentos de segurança e uso de

equipamentos de proteção, monitorando perigos, entre outros aspectos.

Page 34: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

6.2.6 Ligações

Serve de ponto de contato com os órgãos governamentais e não

governamentais,bem como entidades voluntárias, que são chamados a auxiliar em

alguma etapa da operação, mas que não farão parte do SCO.

6.2.7 Porta-voz

O Porta-voz é responsável pelos contatos com a mídia em nome do SCO.

6.2.8.Secretário

O Secretário auxilia o Comando com a preparação e registro de reuniões,

organização do Posto de Comando e outras atividades de assessoria direta ao

Comando.

Page 35: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

QUADRO 03 - COMANDO

Fonte: SAMU (2008)

O Comando do SICOE depois de implantado deverá caber ao Grupo Executivo da Defesa Civil Local, em questão, em Guarapuava o comando devera ser do oficial militar do Corpo de Bombeiros.

O Comando Geral pode ser ocupado pelo Órgão que melhor se adapte a natureza do desastre. Assim a maior parte dos eventos com desastre é de acidentes rodoviários, ferroviários e aéreos, incêndios, acidentes químicos e com carga perigosas, em que o comando Geral deverá ser do Corpo de Bombeiros. Exceção nos casos de motim em presídios que devera ser comandada pela Policia Militar e ou Civil, nos casos de desastres biológicos, epidemia e pandemias em que o controle devera ser da Divisão de Vigilância Epidemiológica local.

Page 36: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

O SAMU-192 de Guarapuava e a rede de atendimento médico deverão encaixar-se no staff principal do SICOE, na seção de atendimento médico e a partir daí desempenhar a função designada de atendimento medico a vitimas de desastres.

Cada órgão que compõe a rede assistencial deverá dentro das suas designações se responsabilizar pelo atendimento, coordenados pelo comando geral do SICOE.

10.TERMO DE COMPROMISSO DE ADESÃO AO PLANO DAS INSTITUIÇÕES

11.PROGRAMAÇÃO DAS CAPACITAÇÕES E EDUCAÇÃO CONTINUADA DOS PROTOCOLOS

12.ATA DO COMITE GESTOR DE APROVAÇÃO DO PLANO

Page 37: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

ANEXO 1 – REGULAMENTAÇÃO DO SICOE- PARANÁ

Page 38: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

REGULAMENTO DO SISTEMA INTEGRADO DE COMANDO E

OPERAÇÕES EM EMERGÊNCIA – SICOE

TÍTULO I

Das Disposições Iniciais

CAPÍTULO I

Da CARACTERIZAÇÃO, DAS Finalidades E DA ABRANGÊNCIA DO SICOE

Art. lº O Sistema Integrado de Comando e Operações em Emergência – SICOE

caracteriza-se como um instrumento de operacionalização e apoio ao Sistema

Estadual de Defesa Civil, de que trata o Decreto nº 1.343, de 29 de setembro

de1999.

Art. 2º O Sistema Integrado de Comando e Operações em Emergência tem por

finalidade integrar esforços dos órgãos públicos e da comunidade para fazer frente

às adversidades dos desastres causados pela natureza ou por ação do homem, que

coloquem em risco a integridade das pessoas, a segurança pública e o meio

ambiente, estabelecendo normas gerais de ação.

Art. 3° No cumprimento de sua finalidade cabe ao SI COE:

I - a padronização das ações dos órgãos públicos e da comunidade nos desastres;

II - a atribuição de missões às autoridades envolvidas; e

III - a aplicação de técnicas e táticas, visando à integração de meios humanos e

materiais.

Page 39: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

Art. 4º A integração dos órgãos públicos e da comunidade são imprescindíveis para

o enfrentamento das calamidades, cabendo ao Coordenador Estadual de Defesa

Civil, em consonância com o disposto nos arts. 6º e 7º do Decreto nº1. 343/99,

articular os órgãos e buscar recursos humanos e materiais necessários são

atendimento da emergência, bem como, prestar auxílio e orientações necessárias

para restabelecimento da normalidade.

Parágrafo único - Nas atividades emergenciais de defesa civil, o comandante da

emergência, subordina-se operacionalmente ao Coordenador Estadual de Defesa

Civil.

Art. 5º O SICOE abrange todo o território do Estado do Paraná e áreas limítrofes,

onde desastres ocorridos em Estados vizinhos possam afetar o território

paranaense.

Art. 6º Para efeito deste Regulamento, os Comandantes dos Grupamentos e

Subgrupamentos Independentes do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do

Paraná, são também os Coordenadores Regionais de Defesa Civil, em consonância

com o art. 14, inc. I do Decreto nº 1.343/99.

Art. 7º. Incumbe ao Corpo de Bombeiros instruir e manter a tropa em perfeitas

condições de atuação no SICOE.

CAPÍTULO II

Da Mobilização do SICOE

Art. 8º O SICOE deverá ser mobilizado sempre que qualquer das Coordenadorias

Regionais de Defesa Civil – COREDEC que compõem o Sistema Estadual de

Defesa Civil, conforme o art. 4º, inc. II, do Decreto nº 1.343/99, ao avaliar a situação,

julgar necessária a intervenção imediata dos diversos organismos de governo e o

auxílio externo de recursos humanos e materiais para prevenir ou minimizar

situações de emergência ou estado de calamidade pública.

Page 40: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

§ 1º. A ação das COREDEC dar-se-á mediante solicitação das Comissões

Municipais de Defesa Civil – COMDEC, previstas no art. 5º, inc. III, do Decreto nº

1.343/99, sempre que exauridos os recursos humanos e materiais mobilizados pelas

COMDEC para fazer frente às situações de emergência ou estado de calamidade

pública, devendo, nesta condição, participar do SICOE, prestando todo o apoio

necessário ao desenvolvimento das atividades.

§ 2º. Caracteriza-se como situação de emergência o reconhecimento formal pelo

poder público de situação anormal, provocada por desastre causando danos

superáveis capazes de serem suportados pela comunidade afetada, e que possa vir

a provocar calamidades públicas.

§ 3º. Caracteriza-se como estado de calamidade pública o reconhecimento

formal pelo poder público de situação anormal, provocada por desastre, causando

danos à comunidade afetada, inclusive à incolumidade pública e à vida de seus

cidadãos.

Art. 9º O comando do SICOE deverá informar a situação ao Coordenador Estadual

de Defesa Civil e solicitar o apoio, caso os recursos da Coordenadoria Regional de

Defesa Civil sejam insuficientes para a recuperação dos prejuízos.

Art. 10. Consideram-se, ainda, como passível de mobilização do SICOE, as

emergências que:

I - resultem em grande número de vítimas ou desabrigados, que mobilizem recursos

externos ao Corpo de Bombeiros; II - tenham importância estratégica na malha

viária, de trânsito urbano ou rodoviário;

III - tenham importância estratégica no abastecimento de água, combustível,

telecomunicação e energia elétrica;

IV - mobilizem diversos órgãos governamentais em conjunto com a iniciativa privada;

V - tenham comprometimento do meio ambiente;

VI - envolvam produtos perigosos, passíveis de vítimas e/ou evacuação da área;

VII - tenham importância no transporte ferroviário e seus terminais, aeroportos,

terminais portuários, oleodutos, gasodutos, refinarias de petróleo e áreas industriais;

VIII - resultem em incêndios florestais que fujam do controle das autoridades locais;

IX - provoquem enchentes ou inundações bruscas, com grande número de vítimas e

desabrigadas;

Page 41: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

X - causem desabamentos ou incêndios em edificações com grande número de

vítimas; e

XI - constituam outras calamidades que justifiquem o esforço integrado dos órgãos

públicos e da comunidade, para retornar à normalidade.

Art. 11. Após a formação do SICOE, as ações devem ser imediatamente repassadas

à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil – CEDEC, que prestará todas as

orientações e apoio necessário para o desenvolvimento das atividades do SICOE.

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DO SICOE

CAPÍTULO I

DOS INTEGRANTES DO SICOE

Art. 12. O SICOE organiza-se na forma apresentada no ANEXO I , deste

Regulamento.

CAPÍTULO II

DA ATUAÇÃO DOS INTEGRANTES DO SICOE

SEÇÃO I

DO COMANDANTE DA EMERGÊNCIA

Art. 13. O Comandante da Emergência é o comandante do SICOE e responde pór

todas as ações no local do desastre.

Parágrafo único - O Comandante da Emergência será a maior autoridade militar

Page 42: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

do Corpo de Bombeiros na área do desastre.

SEÇÃO II

Do Chefe de Operações

Art. 14. O Chefe de Operações será o preposto do Comandante do SICOE e ficará

responsável por toda a operacionalidade no teatro de operações, interligando o

Comando do SICOE ao Estado-Maior da Emergência.

Art. 15. O Chefe de Operações poderá solicitar o apoio dos órgãos públicos locais e

da iniciativa privada, coordenando as ações no local do desastre.

Parágrafo único. Se o desastre for em área ou estabelecimento particular, todos os

recursos disponíveis de planos de emergência ou planos de auxílio mútuo poderão

compor os esforços do SICOE.

Art. 16. Constituem missões do Chefe de Operações do SICOE:

I - coordenar diretamente o trabalho do Estado-Maior da Emergência;

II - determinar a localização definitiva do Posto de Comando – PC;

III - determinar a área para estacionamento de veículos e equipamentos de apoio;

IV - centralizar as comunicações, conectando o sistema de comunicação do Centro

de Operações Bombeiro Militar com a CEDEC;

V - manter a segurança no local da emergência;

VI - prover a manutenção e o apoio de recursos humanos, materiais e equipamentos

no local da emergência;

VII - receber, cadastrar e direcionar o material de apoio;

VIII - planejar as operações; e

IX - controlar o efetivo total empregado na operação.

SEÇÃO III

Page 43: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

Do Subchefe de Operações

Art. 17. O Subchefe de Operações é o encarregado do comando das frentes de

trabalho, tendo por missão controlar e organizar as atividades nos setores de

trabalho envolvidos na emergência, exercendo um comando móvel.

Art. 18. Constituem missões do Subchefe de Operações:

I - estabelecer o número de setores de acordo com as necessidades locais;

II - estabelecer as táticas operacionais;

III - transmitir ao Chefe de Operações as necessidades no local da ocorrência;

IV - controlar as comunicações entre os setores envolvidos; e

V - iniciar as atividades do Estado-Maior da Emergência.

SEÇÃO IV

Do Chefe de Setor de trabalho

Art. 19. O Chefe de Setor de Trabalho é o responsável e disciplinador das táticas

operacionais na sua área de trabalho.

Art. 20. Constituem missões específicas do Chefe de Setor de Trabalho:

I - executar as ações em razão da emergência, coordenando as equipes localizadas

em sua área de trabalho;

II - transmitir ao Chefe de Operações as condições e necessidades de seu setor de

trabalho, bem como a evolução do quadro tático;

III - analisar as condições de segurança em seu setor;

IV - zelar pelo cumprimento das ordens emanadas pelo Subchefe de Operações;

V - decidir pela tática operacional do seu setor; e

VI - observar o cumprimento de todas as ações desenvolvidas em seu setor, bem

como os procedimentos operacionais padrões.

SEÇÃO V

Page 44: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

Do Estado-Maior da EMERGÊNCIA

Art. 21. O Estado-Maior da Emergência será formado para desempenhar as

atividades em apoio ao Chefe de Operações, durante o estabelecimento do SICOE,

devendo ser nomeado um responsável para cada função, a ser escolhido dentre

oficiais, praças ou voluntários.

Art. 22. São funções do Estado-Maior da Emergência, no âmbito de atuação do

SICOE:

I - A comunicação para grandes emergências, que deve funcionar, sempre que

possível, em freqüência exclusiva das unidades operacionais envolvidas,

centralizadas no Posto de Comando, de forma a possibilitar o trânsito das

comunicações entre os setores envolvidos, Subchefe de Operações, Chefe de

Operações e Comandante da Emergência, Centro de Operações Bombeiros

Militares e a CEDEC.

§ 1º. Quando a rede de comunicação usual de emergência não for suficiente,

deverá ser acionado sistema de comunicação complementar.

§ 2º. Dentro do sistema de comunicação, deverão ser aplicados todos os meios

disponíveis, sendo os principais: o rádio, o telefone celular e fixo, o celular via

satélite e Internet.

§ 3º. O responsável pelas comunicações tem por atribuições:

a) distribuir e registrar, qualquer que seja o material de comunicação;

b) manter reserva estratégica de materiais de comunicação;

c) interligar o Chefe de Operações e outros órgãos envolvidos; e

d) disciplinar as comunicações, tomando providências para que não haja

interferências, garantindo a sua eficiência e o trânsito das mensagens.

II - A logística, a compreender a composição dos recursos a serem mobilizados na

ocorrência, referente a abastecimento, a material, a alimentação, a equipamentos, a

pessoal e a outros recursos necessários.

§ 4º. O responsável pela logística tem por atribuições:

a) controlar os recursos materiais e humanos no teatro de operações;

b) suprir as frentes de operações de incêndio com extintores específicos ou outros

materiais e equipamentos que necessitarem;

Page 45: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

c) suprir a alimentação necessária aos bombeiros militares no local de emergência,

após quatro horas de atuação;

d) obter espaço físico necessário para pernoite da tropa de bombeiros militares em

reserva para ativação em substituições, bem como dos que serão substituídos;

e) no caso de haver mais órgãos envolvidos, sejam governamentais ou privados

operando na ocorrência, deverá também o encarregado da logística providenciar a

integração dos mesmos e suprir as suas necessidades, quando autorizadas pelo

Comando da Emergência;

f) substituir as equipes de trabalho a cada oito horas;

g) proporcionar o fornecimento de combustível para equipamentos e veículos;

h) estabelecer estacionamento de veículos e materiais no local da emergência;

i) estabelecer local para estoque de material;

j) manter reserva estratégica de material e equipamento, conforme as necessidades

apresentadas;

k) providenciar Posto de Comando - PC com estrutura necessária e fazer sua

manutenção; e

l) suprir e substituir equipamento de proteção individual – EPI, no local da ocorrência

e mantê-los em condições de uso.

III - A informação, como a tarefa caracterizada pela anotação de todas as atividades

desenvolvidas no local, bem como o mapeamento dos materiais e equipamentos

empregados na operação.

§ 1º. A informação visa manter o Estado-Maior informado do funcionamento da

operação, para repasse de dados à imprensa.

§ 2º. O responsável pela informação tem por atribuição:

a) manter a população orientada, sem causar pânico ou sensacionalismo;

b) elaborar boletim informativo para a imprensa;

c) providenciar coletiva com a imprensa, conforme a necessidade; e

d) estabelecer reuniões com o Chefe de Operações,

Subchefe de Operações e os Chefes de Setores de Trabalho.

IV - A segurança caracteriza-se pela tarefa de fiscalizar as operações; de analisar as

condições de medicina e higiene do trabalho; de verificar o estado físico das

Page 46: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

equipes, as condições dos EPIs, as medidas de segurança que estão sendo

adotadas no emprego do material; e de verificar as condições das edificações e das

comunidades em torno da emergência.

§ 1º. O responsável pela segurança tem por atribuições:

a) estabelecer perímetros e isolar áreas;

b) verificar condições de segurança, higiene e medicina do trabalho em relação ao

efetivo que está sendo empregado;

c) verificar se a tática empregada não oferece riscos às equipes no local;

d) analisar as condições estruturais do local, certificando-se de que as mesmas não

oferecem riscos às equipes;

e) verificar as probabilidades da extensão de danos ao meio ambiente,

monitorizando, por meio de testes específicos, os ambientes aquático, terrestre ou

aéreo;

f) estabelecer os limites das zonas quente, morna e fria no local da emergência e,

tratando-se de locais com produtos perigosos, estabelecer procedimentos de

descontaminação; e, ainda, em caso de existência de vítimas, adotar os

procedimentos de atendimento pré-hospitalar; e

g) garantir o cumprimento dos procedimentos

operacionais padrões das várias atividades desenvolvidas no teatro de operações,

bem como a coordenação dos estacionamentos de aeronaves, embarcações e

viaturas e seus funcionamentos com segurança, por intermédio dos Chefes de

Setores de Trabalho.

V - A Assessoria Técnica consiste na utilização do efetivo do Corpo de Bombeiros

ou voluntários, que possam, por sua capacidade técnica, auxiliar no atendimento da

ocorrência.

§ 1º. A Assessoria Técnica deve fornecer ao Chefe de Operações todos os

subsídios e sugestões para o emprego de pessoal e material na ocorrência, bem

como de procedimentos operacionais que visem diminuir os prejuízos e aumentem

a segurança.

§ 2º. Devem participar da Assessoria Técnica, os oficiais e praças do Corpo de

Bombeiros ou voluntários, que se dirigirem para o local da emergência, com a

finalidade de colaborar com a frente de operações.

Page 47: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

§ 3º. Poderá ser adotada a figura de um Auditor Operacional, a ser exercida por

oficial superior do Corpo de Bombeiros, responsável pela crítica e avaliação das

atividades na emergência, relatando-as ao Chefe de Operações durante a

emergência.

§ 4º. O Auditor Operacional deverá acompanhar todas as reuniões e as ações no

teatro de operações, apontando as deficiências para futuros treinamentos e

simulações, visando melhorar o emprego de pessoal e material.

§ 5º - Poderá a Assessoria Técnica utilizar-se de profissionais habilitados,

cadastrados na CEDEC, no Conselho de Entidades não Governamentais – CENG,

a que se refere o art. 4º, inc. V e o art. 11, ou no Conselho de Órgãos

Governamentais – COG, a que se refere o art. 4º, inc. III e o art. 8º, do Decreto nº

1.343/99, que possam contribuir nas operações do SICOE.

§ 6º. Deverão constar do quadro tático: a área atingida, o número de pessoas, e a

logística empregada.

§ 7º. O quadro tático poderá ser informatizado se as condições do PC permitirem.

VI - O Planejamento consiste na atividade de avaliação da situação e aplicação

racional dos meios disponíveis.

§ 1º. No Planejamento, deve-se estabelecer um Plano de Operações Táticas,

onde serão descritas as atividades a serem desempenhadas pelo Chefe e Subchefe

de Operações no local do desastre, bem como o diagnóstico da situação.

§ 2º. O Plano de Operações Táticas deve conter:

a) a geografia e as características topográficas do local;

b) a descrição da emergência;

c) a vizinhança passível de alcance;

d) os setores estabelecidos na ocorrência;

e) a previsão de materiais e pessoal empregado; e

f) as tarefas em ordem de prioridade que foram ou devem ser distribuídas.

§ 3º. O Plano de Operações Táticas integra a estratégia de operação, devendo

ser mantido atualizado, com todas as informações de ocorrência, para aplicação

rápida e eficiente dos recursos humanos e materiais.

§ 4º. Deve ser elaborado um quadro tático onde deverá constar todas as viaturas

em uso, localização no terreno, guarnições, número de pessoas, apoio externo e

croqui do local da emergência.

Page 48: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

seção VI

Do Posto de Comando – PC

Art. 23. O Posto de Comando é o local onde se concentrará o Comandante da

Emergência do SICOE, o Chefe de Operações e Estado-Maior, bem como toda a

estrutura da operação.

§ 1º - Do PC serão emitidas todas as informações ao escalão superior e ao

público externo.

§ 2º - O PC, sempre que possível, deverá localizar-se próximo ao desastre,

constituindo-se em local que possa reunir pessoas e ser dotado de recursos de

comunicação e logística, para articulação da operação.

§ 3º - Não sendo possível a concretização do disposto no parágrafo anterior, o PC

poderá ser adaptado em um veículo tipo trailer ou em barracas.

TÍTULO III

das disposições finais e transitórias

CAPÍTULO I

Da identificação do pessoal envolvido na emergência

Art. 24. O pessoal envolvido na emergência deverá estar identificado de acordo

com o uniforme regulamentar da sua instituição e, o Corpo de Bombeiros, em

determinadas funções, deverá usar colete na cor laranja, regulamentar da Defesa

Civil.

Parágrafo único – A padronização dos uniformes de identificação constam no

Page 49: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

Anexo II deste Regulamento, cabendo a CEDEC os esclarecimentos e orientações

que se fizerem necessárias.

Art. 25. As Comissões Municipais de Defesa Civil terão suas subcomissões

identificadas com coletes, conforme Regulamento estabelecido pela CEDEC.

Art. 26. Os voluntários que atuarem na emergência deverão também estar

identificados.

Parágrafo único - Os voluntários poderão usar coletes, camisetas, bonés ou

crachás que os distingam das autoridades envolvidas na operação.

capítulo Ii

Das disposições transitórias

Art. 27. O Corpo de Bombeiros providenciará para que todas as Unidades e

Subunidades Bombeiros Militares da sua área, estruturem-se preventivamente e

estejam aptas a comporem o SICOE.

§ 1º - O Comandante da Emergência obterá do Chefe de Operações todas as

informações necessárias e articulará os esforços para a perfeita funcionalidade do

SICOE.

§ 2º - O Comandante do Corpo de Bombeiros deverá determinar aos

Coordenadores Regionais de Defesa Civil que estabeleçam calendário anual da

programação de treinamento e reciclagens periódicas, necessárias aos bombeiros

para o entendimento e participação no SICOE.

§ 3º - A programação deverá ser encaminhada à Coordenadoria Estadual de

Defesa Civil até o mês dezembro do ano anterior ao do treinamento.

§ 4º - Deverão as Coordenadorias Regionais de Defesa Civil convidar para os

treinamentos, representantes das regionais do COG, sejam da esfera federal,

estadual ou municipal, além dos representantes do CENG, envolvendo as

COMDEC.

Art. 28. Os procedimentos padrões operacionais, afetos ao trabalho, estabelecidos

Page 50: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

pelo Comandante da Emergência, a serem observados por todas as instituições

governamentais e não governamentais, quando integradas ao SICOE, deverão ser

aqueles estabelecidos pelo Corpo de Bombeiros do Paraná, para o enfrentamento

aos diversos desastres e riscos catalogados, dentre os existentes na Codificação

de Desastres, Ameaças e Riscos – CODAR.

Art. 29. A CEDEC deverá envidar esforços para propiciar recursos em reforço aos

existentes no orçamento das instituições envolvidas, para desenvolvimento das

atividades emergenciais.

Art. 30. Todos os Planos Estaduais de Emergência, Planos de Emergência

Privados ou Planos de Auxílio Mútuo poderão ser acionados para comporem o

SICOE.

__________________________________________________________

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ANEXO 2 – PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO ESPECIAL A EVENTOS COM AGLOMERAÇÃO DE PESSOAS

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NORMAS GERAIS DE AÇÃO PARA A ANÁLISE DO PROJETO DE ATENDIMENTO MÉDICO E DEMAIS PROCEDIMENTOS PARA A OB TENÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE EVENTOS ESPECIAIS COM ESTIMATIVA DE PÚBLICO SUPERIOR A 1 (UM) MIL PESSOAS

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

DA FINALIDADE

Art. 1º - A presente Norma tem por finalidade orientar e fornecer diretrizes genéricas para a instituição de Atendimento Médico em Eventos Especiais com Aglomeração de Pessoas em eventos especiais com estimativa de público superior a 1 (um) mil pessoas, e demais procedimentos relacionados.

CAPÍTULO II

DAS CONCEITUAÇÕES

Art. 2º - Para os efeitos destas Normas Gerais são adotados os seguintes conceitos:

II - Emergência Médica: condição de agravo à saúde que implique em risco iminente de vida, incapacitação ou sofrimento intenso, exigindo tratamento médico imediato;

III – Evento Especial: aglomeração pré-programada de público superior a 1.000 (mil) pessoas reunido para atividades de qualquer natureza, tais como artísticas, religiosas, esportivas, festividades de fim de ano, carnaval, espetáculos musicais,

Page 53: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

convenções, exposições, etc. com risco potencial de ocorrência de agravos à saúde pelo quantitativo de pessoas e/ou pelas características do evento e do local;

IV – Hospital de Referência: é a unidade hospitalar, pública ou privada, prestadora de serviços de urgência/emergência médica, para a qual o paciente será removido. Deve situar-se preferencialmente próxima ao local do evento, dispondo dos recursos necessários ao atendimento inicial da vítima, tendo sido previamente contatada pela organização do evento;

V – Portaria 2048/GM: portaria do Ministério da Saúde, de 5 de Novembro de 2002, que aprovou o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, na qual as ambulâncias são classificadas em ambulância de transporte (Tipo A), ambulância de suporte básico de vida (Tipo B), ambulância de resgate (Tipo C), ambulância de suporte avançado (Tipo D), aeronave de transporte médico (Tipo E) e embarcação de transporte médico (Tipo F);

VI - Posto Médico: unidade fixa de nível 1 (um), para atendimento às urgências e emergências médicas, com área coberta, climatizado, iluminado, possuindo instalação de energia elétrica, de água e de esgoto, devidamente equipado para permitir o atendimento inicial, a estabilização do paciente e a sua observação e repouso por um período máximo de 4 (quatro) horas, após o que a vítima deve ser liberada ou transportada para hospital de referência. O posto médico pode ser adaptado em uma edificação existente ou pode ser montado especialmente para o evento.

VII – Projeto de Atendimento Médico: projeto apresentado pela organização do evento, no qual constam os recursos humanos e materiais para o atendimento e remoção das urgências e emergências médicas, dimensionados para o quantitativo do público e para as características do evento;

VIII - Urgência Médica: ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial à vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.

IX– Maqueiro: indivíduo capacitado a realizar suporte básico de vida e o transporte (dentro da área de concentração de público do evento) de pessoas apresentando alguma urgência médica, que estejam impossibilitadas de deambular sem auxílio até o posto médico.

X – Ambulância: veículo (terrestre, aéreo ou aquaviário) que se destine exclusivamente ao transporte de enfermos (Portaria 2048/GM de novembro de 2002). As dimensões e outras especificações do veículo terrestre deverão obedecer às normas da ABNT – NBR 14561/2000, de julho de 2000.

As ambulâncias são classificadas em: TIPO A – Ambulância de transporte: veículo destinado ao transporte em decúbito horizontal de pacientes que não apresentam risco de vida, para remoções simples e de caráter eletivo.

Page 54: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

TIPO B – Ambulância de Suporte Básico: veículo destinado ao transporte inter-hospitalar de pacientes com risco de vida conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, não classificado com potencial de necessitar de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o serviço de destino.

TIPO C – Ambulância de Resgate: veículo de atendimento de urgências pré-hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso, com equipamentos de salvamento (terrestre aquático e em alturas).

TIPO D – Ambulância de Suporte Avançado: veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos. Deve contar com os equipamentos médicos necessários para esta função.

TIPO E - Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate, dotada de equipamentos médicos homologados pelo Departamento de Aviação Civil – DAC.

TIPO F – Embarcação de Transporte Médico: veículo motorizado aquaviário, destinado ao transporte por via marítima ou fluvial. Deve possuir os equipamentos médicos necessários ao atendimento de pacientes conforme sua gravidade

CAPÍTULO III

DA CLASSIFICAÇÃO DO RISCO

Art. 3º - Os eventos serão classificados como sendo de baixo ou de alto risco para a ocorrência de agravos à saúde do público presente ou dos participantes.

Art. 4º – São considerados fatores de risco para o público presente, a existência de uma ou mais das situações abaixo:

I - show musical no qual o público preponderante seja adolescente ou adulto jovem;

II - evento diurno realizado em local aberto durante o verão ou em local fechado sem climatização;

III - consumo liberado de bebidas alcoólicas;

Page 55: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

IV - tempo de duração superior a 4 (quatro) horas, incluído o tempo de espera para obtenção de lugar;

VI – densidade de público elevada em eventos gratuitos realizados em locais abertos;

VII - prática de esportes radicais;

VIII - faixa etária preponderante do público acima dos 60 (sessenta) anos de idade ou adolescente;

IX – inexistência de hospital de referência adequado próximo ao local do evento;

X – ausência de controle do ingresso do público no local do evento.

Parágrafo único – O risco é considerado maior quanto mais elevado for o número de fatores de risco presentes.

TÍTULO II

DOS RECURSOS MÍNIMOS EXIGIDOS PARA EVENTOS DE BAIXO

RISCO

CAPÍTULO I

DO DIMENSIONAMENTO DOS RECURSOS

Art. 5º - Cada posto médico deverá contar no mínimo com um médico, um enfermeiro e o apoio de uma ambulância do tipo D equipada e guarnecida de forma dele independente.

Page 56: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

§ 1º - caso sejam montados dois ou mais postos médicos os recursos humanos deverão ser distribuídos igualmente ou não entre eles, respeitando-se os recursos mínimos exigidos para um posto médico.

§ 2º - nos postos médicos deverá haver no mínimo um médico e um profissional de enfermagem para cada 2 (duas) macas. Caso o número de macas seja ímpar deverá haver mais um médico e um profissional de enfermagem na equipe do posto médico.

§ 3º - cada posto médico deverá possuir pelo menos um enfermeiro em sua equipe de saúde.

Art. 6º - Quando a estimativa de público situar-se entre 1 (um) mil sendo inferior a 5 (cinco) mil pessoas, os recursos mínimos exigidos serão:

I - um posto médico com duas macas;

II - um médico;

III - um profissional de enfermagem (deve ser enfermeiro); e

IV - uma ambulância tipo D guarnecida e equipada de forma independente do posto médico.

Art. 7º - Quando a estimativa de público superar a 5 (cinco) mil pessoas, sendo inferior a 20 (vinte) mil pessoas, os recursos mínimos exigidos serão:

I – quatro macas distribuídas em um ou dois postos médicos;

II - dois médicos;

III - dois profissionais de enfermagem (cada posto médico deverá ter um enfermeiro, os demais profissionais de enfermagem poderão ser de nível técnico); e

IV - duas ambulâncias tipo D, guarnecidas e equipadas de forma independente do posto médico.

Art. 8º - Quando a estimativa de público superar a 20 (vinte) mil pessoas, sendo menor que 30 (trinta) mil pessoas, os recursos mínimos exigidos serão:

I - doze macas distribuídas em um, dois ou três postos médicos;

II - seis médicos;

III - seis profissionais de enfermagem (cada posto médico deverá ter um enfermeiro, os demais profissionais de enfermagem poderão ser de nível técnico); e

IV - três ambulâncias tipo D, guarnecidas e equipadas de forma independente do posto médico.

Page 57: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

Art. 9º - Quando a estimativa de público superar a 30 (trinta) mil pessoas, sendo menor que 40 (quarenta) mil pessoas, os recursos mínimos exigidos serão:

I - dezesseis macas distribuídas entre um a quatro postos médicos;

II - oito médicos;

III - oito profissionais de enfermagem (cada posto médico deverá ter um enfermeiro, os demais profissionais de enfermagem poderão ser de nível técnico); e

IV - quatro ambulâncias tipo D, guarnecidas e equipadas de forma independente do posto médico.

Art. 10º – Caso a área de realização do evento seja extensa, será necessário a montagem de mais de um posto médico visando facilitar a distribuição dos pacientes.

§ 1º - Neste caso, o número total de macas, profissionais de saúde e equipamentos indicados, poderá ser dividido igualmente ou não, entre os postos médicos, sendo que nenhum destes poderá possuir recursos humanos e materiais inferiores ao mínimo estabelecido nestas normas.

§ 2º - O número de macas em um único posto médico não poderá ultrapassar 16 (dezesseis).

§ 3º - Nenhum local da área de concentração de público deverá estar a mais de 300 m de distância do(s) posto (s) médicos (s).

Art. 11 – Em eventos como desfiles, paradas e procissões religiosas será necessário estabelecer um posto médico na área de concentração e outro na área de dispersão do público. O deslocamento do público deverá, neste caso, ser acompanhado por uma ou mais ambulâncias.

Art. 12 - Poderá ser estabelecido um ou mais postos médicos visando atender apenas a área VIP, artistas e atletas.

§ 1º - O(s) posto(s) médico(s) com atendimento restrito a área VIP, a artistas, organização do evento ou atletas não serão contabilizados para cumprimento das exigências destas normas.

§ 2º - Apenas os postos médicos com atendimento irrestrito ao público e participantes poderão ser contabilizados para cumprimento das exigências destas normas.

Art. 13 - Em eventos aquáticos realizados em lagos ou no mar, poderá ser necessária a presença de embarcação (ões) de transporte médico (Tipo F), além dos recursos previstos neste capítulo. Neste caso caberá aos organizadores providenciar junto aos órgãos competentes da Marinha do Brasil, a devida autorização;

Page 58: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

Parágrafo único - Ambulâncias de suporte básico (Tipo B), ambulâncias do tipo C (Resgate) e tipo E (aeronave), poderão ser adicionadas ao Projeto de Atendimento Médico, como recurso complementar, sendo a sua utilização sujeita ao que prescreve a legislação, devendo os organizadores, providenciar no caso da utilização de aeronaves junto aos órgãos competentes da aviação civil a devida autorização;

Art. 14 - Caso o evento seja classificado como de alto risco para a ocorrência de agravos à saúde do público presente, ou tenha uma expectativa de público superior a 40 (quarenta) mil pessoas, deverá ser agendada reunião entre os organizadores do evento para definir as estratégias necessárias para garantir a segurança do público e participantes.

CAPÍTULO II

DOS RECURSOS MÍNIMOS EXIGIDOS PARA CADA POSTO MÉDIC O

Das instalações físicas

Art. 15 – As instalações físicas para cada posto médico em locais de eventos compreendem, no mínimo, os seguintes itens:

I - cobertura em toda a área do posto;

II – espaço físico de 12 (doze) m2 para duas macas, acrescido de mais 4 (quatro) m2

para cada maca adicional;

III - grade metálica para isolar o posto médico;

IV – paredes externas indevassáveis com garantia de privacidade para os pacientes que estão sendo atendidos;

V - rede elétrica de 110 V com possibilidade de ligar pelo menos cinco aparelhos elétricos;

Page 59: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

VI - iluminação elétrica;

VII - bateria e ou gerador para eventual falta de energia, compatível com o consumo da unidade, considerando que a iluminação e os aparelhos elétricos não possuam bateria própria;

VIII - área de recepção de pacientes com mesa e cadeiras;

IX – área de repouso e observação onde ficarão situadas as macas com rodas e grade lateral;

X - climatização em caso de eventos realizados durante o período diurno ou durante o verão em horário noturno. Caso não haja climatização o ambiente deverá ser bem ventilado;

XI – pia, sabão líquido, álcool gel a 70º e papel toalha;

XII – locais apropriados para descarte do lixo comum e hospitalar;

XIII - banheiros masculino e feminino, para pacientes e funcionários. Caso o posto médico seja montado para o evento, poderão ser do tipo químico;

XIV - área delimitada exclusivamente para o parqueamento da(s) ambulância(s);

XV - piso lavável e impermeável;

XVI - instalação de água e esgoto;

XVII - linha telefônica fixa ou celular;

XVIII - fácil acesso para os pacientes a pé, em cadeiras ou em macas, devendo-se prever a necessidade de rampas;

XIX – área de espera para atendimento; e

XX – escape para as ambulâncias.

Art. 16 – Os postos médicos e a área do evento devem estar sinalizados de forma a permitir seu pronto reconhecimento e localização pelo público.

SEÇÃO II

Do mobiliário, equipamentos médicos, material de co nsumo e medicamentos

Page 60: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

Art. 17 - O seguinte mobiliário deve estar disponível para cada posto médico possuindo de 2 (duas) até 8 (oito) macas:

I – móvel para armazenamento de medicamentos, metálico ou em madeira, isento de vidros em sua constituição;

II - mesa de apoio ou bancada para colocação de equipamentos médicos;

III – mesa tipo escrivaninha para atendimento médico, metálica ou em madeira;

IV – cadeiras para a equipe de atendimento, para os pacientes e acompanhantes;

V - banco giratório metálico, para facilitar manobras de intubação traqueal;

VI - biombos para separação entre as macas ou sistema semelhante;

VII – escada de dois degraus;

VIII - braçadeira para injeção;

XI - suporte de soro de chão, parede ou teto em quantidade compatível com o número de macas, permitindo que dois frascos de soro sejam fixados simultaneamente;

X – um foco cirúrgico portátil;

XI – um carro para transporte de cilindro de oxigênio;

XII - macas com rodízios emborrachados cujo diâmetro seja superior a 10 cm, grades laterais e sistema que possibilite a elevação da cabeceira em um mínimo de 45o;

XIII - uma cadeiras de rodas; e

XVI – uma lixeira com pedal para cada maca.

Art. 18 - Os seguintes equipamentos devem estar disponíveis para cada posto médico possuindo 2 (duas) até 8 (oito) macas:

I - um estetoscópios adulto/infantil por profissional de saúde;

II - um esfignomanômetro adulto/infantil por maca;

III - uma bolsa auto-inflável de ventilação manual com reservatório acompanhada por uma máscara de ventilação para cada maca;

IV - um monitor cardíaco/desfibrilador manual portátil com marca-passo externo, funcionamento a bateria, capaz de monitorizar o ritmo cardíaco com as pás de desfibrilação (“quick look paddles”), para cada posto médico possuindo até oito macas. Caso o posto possua mais de oito macas deverá haver no mínimo dois aparelhos, cada equipamento deverá possuir duas baterias reservas carregadas.

Page 61: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

V - um oxímetro de pulso portátil com funcionamento a bateria para cada duas macas; VI - um eletrocardiógrafo (pode estar integrado ao monitor/desfibrilador);

VII - um glicosímetro com as respectivas fitas de testagem;

VIII - um aspirador portátil de secreção para cada maca, podendo o vácuo do mesmo ser produzido por: motor elétrico (neste caso com funcionamento a bateria), manualmente ou através de sistema Venturi;

IX - duas bombas infusoras com bateria para cada quatro macas, devendo haver no mínimo duas bombas infusoras em cada posto;

X - um cilindro de oxigênio portátil de 0,45m3 para cada quatro macas, devendo haver no mínimo um cilindro de oxigênio portátil de 0,45m3 cada posto;

XI - um cilindro de oxigênio de 4,0m3 para cada quatro macas, devendo haver no mínimo um cilindro para cada posto.

XII – um nebulizador para cada quatro macas, devendo haver no mínimo um aparelho em cada posto;

XIII - um respirador mecânico de transporte para adulto;

XIV - dois laringoscópios infantil/adulto com conjunto de lâminas;

XV - duas pinças de Magyll;

XVI - um receptáculo metálico para diurese e evacuação do paciente (“compadre e comadre”) para cada maca;

XVII – uma prancha longa cada uma com mínimo de 3 (três) cintos de fixação e estabilizador lateral de cabeça para cada duas macas;

XVIII – uma prancha curta para massagem cardíaca;

XIX – uma tesoura para corte de vestes para cada profissional de enfermagem; e

XX – um termômetro digital para cada profissional de enfermagem, e

XXI – possibilidade de administrar oxigenoterapia em pelo menos 50% das macas de cada posto.

Art. 19 - Os seguintes materiais de consumo devem estar disponíveis em quantidades suficientes para atender a demanda do evento, em cada posto médico:

I - containers próprios para descartes de material pérfuro-cortante;

II - cânulas endotraqueais de vários tamanhos;

III - cateteres de aspiração;

Page 62: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

IV - drenos de tórax;

V - cateteres nasais;

VI - máscaras laríngeas adulto/infantil de vários tamanhos;

VII - cateteres para aspiração traqueal de vários tamanhos;

VIII - luvas de procedimentos;

IX - luvas estéreis;

X - máscara para suplementação de oxigênio adulto/infantil com reservatório;

XI - cadarços para fixação de cânula endotraqueal;

XII – conjunto de cânulas orofaríngeas adulto/infantil de vários tamanhos;

XIII - fios cirúrgicos de diversos tamanhos;

XIV - fios-guia para intubação adulto/infantil;

XV - bisturi (cabo e lâmina);

XVI - material para cricotiroidostomia;

XVII - pacotes de gaze estéril;

XVIII - pacotes de compressa estéreis;

XIX - esparadrapo;

XX - cateteres sobre agulha para punção venosa, tamanhos 14, 16, 18, 20 e 22;

XXI - garrotes para punção venosa;

XXII - equipos de macro e microgotas;

XXIII - seringas e agulhas hipodérmicas de vários tamanhos;

XXIV - caixa para pequena cirurgia e sutura;

XXV - frascos coletores com sistema para drenagem de tórax;

XXVI - extensões para drenos torácicos;

XXVII - sondas vesicais de diversos números;

XXVIII - coletores de urina;

XXIX - espátulas de madeira;

XXX - sondas nasogástricas;

Page 63: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

XXXI - eletrodos descartáveis para o monitor;

XXXII - equipamentos de proteção individual para a equipe de atendimento (óculos de proteção, máscaras cirúrgicas e aventais descartáveis);

XXXIII – cobertores, travesseiros e lençóis;

XXXIV - conjunto de colares cervicais (tamanho P, M e G);

XXXV - almotolias com anti-séptico;

XXXVI - cem cartões de triagem para acidentes com múltiplas vítimas;

XXXVII - equipos para drogas fotossensíveis;

XXXVIII - equipo para bombas de infusão;

XXXIX - papel toalha;

XL – papel higiênico;

XLI – sabonete líquido;

XLII - fichas de registro para atendimento médico; e

XLIII – um circuito de ventilador artificial estéril de reserva.

Art. 20º – Os medicamentos que devem estar disponíveis para utilização no posto médico, em quantidades suficientes para atender a demanda, devem incluir no mínimo:

I – para uso oral:

ácido acetilsalicílico 100 mg (comprimidos);

captopril 50 mg (comprimidos);

diclofenaco de sódio 50 mg;

dipirona 500 mg (comprimidos e solução oral);

isossorbida 5 mg;

metoclopramida 10 mg (comprimidos);

metoclopramida 4 mg/ml (solução oral);

nifedipina 10 mg;

sais para reidratação oral;

paracetamol 500 mg (comprimidos);

Page 64: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

paracetamol 200 mg/ml (solução oral);

hioscina 10 mg (comprimidos);

hioscina + dipirona (solução oral);

II – para uso parenteral:

adrenalina 1 mg;

adenosina 6 mg;

água destilada;

aminofilina 240 mg;

amiodarona 150 mg;

atropina 0,25 mg;

bicarbonato de sódio a 8,4%;

cloreto de sódio a 20%;

cloreto de potássio a 10%;

deslanosídeo 0,4 mg;

h) diazepam 10 mg;

dipirona a 50%;

dopamina 50 mg;

fenitoína 250 mg;

flumazenil 0,5 mg;

furosemida 20 mg;

glicose hipertônica a 50%;

gluconato de cálcio a 10%;

haloperidol 5 mg;

hidrocortisona 100 mg;

hioscina 20 mg;

lidocaína a 2%;

manitol a 20%;

Page 65: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

metilprednisolona 125 mg;

metoclopramida 10 mg;

metoprolol 5 mg;

midazolam 15 mg;

morfina 10 mg;

noradrenalina 4 mg;

a.a) nitroglicerina 25 mg;

a.b) prometazina 50 mg;

a.c) ringer lactato 500 ml;

a.d) solução fisiológica a 0,9% 500 ml;

a.e) solução glicosada a 5% frasco de 500 ml;

a.f) succinilcolina 100 mg;

a.g) sulfato de magnésio a 10%; e

a.h) tramadol 50 mg.

III - para nebulização:

brometo de ipratrópio 0,25 mg/ml; e

bromidrato de fenoterol 0,5 mg/ml.

IV – para uso tópico:

sulfadiazina prata;

lidocaína geléia; e

lidocaína spray.

§ 1º - O posto médico deve dispor de água potável em quantidade suficiente para permitir a reidratação oral de pacientes desidratados e auxiliar a administração de medicamentos por via oral.

§ 2º - Deverá haver para cada atendimento no posto médico no mínimo uma reserva de 500 ml de água potável.

§ 3º - O número de atendimentos médicos do evento para o cálculo da reserva de água potável será estimado como de 1 (um) atendimento por hora de evento, para cada 1.000 pessoas de público previsto.

Page 66: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

CAPÍTULO III

DOS RECURSOS MÍNIMOS EXIGIDOS PARA A AMBULÂNCIA DE SUPORTE AVANÇADO DE VIDA

Art. 21º – Equipamentos obrigatórios na Ambulância de Suporte Avançado (Tipo D) de atendimento a eventos, conforme definido na Portaria 2048/GM:

I - sinalizador óptico e acústico;

II - equipamento de rádio-comunicação fixo e móvel;

III - maca com rodas e articulada;

IV - dois suportes de soro;

V - cadeira de rodas dobrável;

VI - instalação de rede portátil de oxigênio como descrito no artigo anterior (é obrigatório que a quantidade de oxigênio permita ventilação mecânica por no mínimo duas horas);

VII – respirador de transporte para adulto;

VIII - oxímetro não-invasivo portátil;

IX - monitor cardioversor com marca-passo externo não-invasivo e bateria;

X - bomba de infusão com bateria;

XI - maleta de vias aéreas contendo:

máscaras laríngeas de vários tamanhos;

cânulas endotraqueais de vários tamanhos;

cateteres de aspiração;

Page 67: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

cateteres nasais;

seringas de 20ml;

bolsas auto-infláveis de ventilação manual com reservatório adulto/infantil, com máscaras;

luvas de procedimento;

lidocaína geléia e “spray”;

cadarços para fixação de cânula;

laringoscópio infantil/adulto com conjunto de lâminas;

estetoscópio;

cânulas orofaríngeas adulto/infantil;

fios-guia para intubação;

pinça de Magyll;

bisturi descartável;

cânulas para traqueostomia;

material para cricotiroidostomia;

Page 68: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

conjunto de drenagem torácica;

XII - maleta de acesso venoso contendo:

tala para fixação de braço;

luvas estéreis;

recipiente de algodão com anti-séptico;

pacotes de gaze estéril;

esparadrapo;

cateteres sobre agulha para punção venosa tamanhos 14, 16, 18, 20 e 22;

agulhas especiais para punção óssea;

garrote;

equipos de macro e microgotas;

cortadores de soro;

seringas e agulhas hipodérmicas de vários tamanhos;

equipo de infusão de 3 vias;

Page 69: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

XIII – tesoura;

XIV - pinça de Kocher;

XV - lâminas de bisturi;

XVI - caixa completa de pequena cirurgia;

XVII - maleta de parto como descrito no artigo anterior;

XVIII - sondas vesicais;

XIX - coletores de urina;

XX - protetores para eviscerados ou queimados;

XXI - espátulas de madeira;

XXII - sondas nasogástricas;

XXIII - eletrodos descartáveis;

XXIV - equipos para drogas fotossensíveis;

XXV - equipo para bombas de infusão;

XXVI - circuito de ventilador artificial estéril de reserva;

XXVII - equipamentos de proteção à equipe de atendimento (óculos, máscaras e aventais);

XXVIII - cobertor ou filme metálico para conservação do calor do corpo;

XXIX - campo cirúrgico fenestrado;

XXX - almotolias com anti-séptico;

XXXI - conjunto de colares cervicais de várias dimensões;

XXXII - prancha longa com três cintos e imobilizador de cabeça, e

XXXIII - esfignomanômetro adulto/infantil.

Art. 22 – Os medicamentos que devem estar disponíveis para utilização na ambulância avançada, em quantidades suficientes para atender a demanda, devem incluir no mínimo:

I – para uso oral:

ácido acetilsalicílico 100 mg;

Page 70: PLANO DE ATENDIMENTO MEDICO A DESASTRES DE GUARAPUAVA (2)

captopril 50 mg;

isossorbida 5 mg;

nifedipina 10 mg;

II – para uso parenteral:

adrenalina 1 mg;

adenosina 6 mg;

água destilada;

aminofilina 240 mg;

amiodarona 150 mg;

atropina 0,25 mg;

bicarbonato de sódio a 8,4%;

cloreto de sódio a 20%;

cloreto de potássio a 10%;

deslanosídeo 0,4 mg;

h) diazepam 10 mg;

dipirona a 50%;

j) dopamina 50 mg;

k) fenitoína 250 mg;

l) flumazenil 0,5 mg;

m) furosemida 20 mg;

n) glicose hipertônica a 50%;

o) gluconato de cálcio a 10%;

p) haloperidol 5 mg;

q) hidrocortisona 100 mg;

r) hioscina 20 mg;

s) lidocaína a 2%;

t) manitol a 20%;

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u) metilprednisolona 125 mg;

v) metoclopramida 10 mg;

w) metoprolol 5 mg;

x) midazolam 15 mg;

y) morfina 10 mg;

noradrenalina 4 mg;

a.a) nitroglicerina 25 mg;

a.b) prometazina 50 mg;

a.c) ringer lactato 500 ml;

a.d) solução fisiológica a 0,9% 500 ml;

a.e) solução glicosada a 5% frasco de 500 ml;

a.f) succinilcolina 100 mg;

a.g) sulfato de magnésio a 10%; e

a.h) tramadol 50 mg.

CAPÍTULO IV

DOS RECURSOS MÍNIMOS EXIGIDOS PARA A AMBULÂNCIA DE RESGATE, AERONAVE E EMBARCAÇÃO DE ATENDIMENTO MÉDICO

Art. 23º – Os recursos mínimos obrigatórios na Ambulância de Resgate (Tipo C), na aeronave de transporte médico (Tipo E) e na embarcação de transporte médico (Tipo F), são os definidos na Portaria 2048/GM.

CAPÍTULO V

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DOS RECURSOS MÍNIMOS DE COMUNICAÇÃO

Art. 24º – Deverá haver um sistema de comunicação que inclua no mínimo rádios portáteis equipados com fone de ouvido para permitir o contato permanente entre a(s) ambulância(s), posto(s) médico(s), segurança do evento e para acionamento de serviços externos de urgência.

Parágrafo único - Deverá(ão) ser disponibilizado (s) rádio (s) portátil (eis) que opere (m) na freqüência da organização do evento, para a equipe ou equipes de Urgencia destacadas para o local.

TÍTULO III

DOS PROCEDIMENTOS PARA A SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO

CAPÍTULO I

DA SOLICITAÇÃO JUNTO A PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAR APUAVA

Art. 25 – A cada evento deverá obrigatoriamente corresponder um Projeto de Atendimento Médico (preenchido em três vias) .

Art. 26 - A responsabilidade técnica relativa a cada evento especial deverá ser assumida por médico, regularmente inscrito no CRM-PR.

CAPÍTULO II

DA SOLICITAÇÃO JUNTO A PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAR APUAVA

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SEÇÃO I

Da solicitação junto a Prefeitura Municipal de Guar apuava

Art. 27 – A análise do Projeto de Atendimento Médico é feita sem pagamento de taxas ou emolumentos

Art. 28 – A solicitação da aprovação do Projeto de Atendimento Médico, deverá ser efetuada por representante devidamente credenciado da empresa de assistência médica prestadora do serviço.

§ 1º - Este procedimento deverá ser realizado com antecedência mínima de cinco dias úteis.

§ 2º - Uma das cópias do projeto de atendimento médico ficará arquivada no SAMU-192 de Guarapuava.

§ 4º - A terceira cópia destes documentos ficará com o organizador do evento.

Art. 29 – O prazo máximo para a realização da análise técnica do projeto pela Prefeitura Municipal de Guarapuava são de 2 (dois) dias úteis.

Art. 30 – Caberá ao responsável pela análise do projeto avaliar os riscos para o público e/ou participantes do evento.

TÍTULO IV

DAS OBRIGAÇÕES COMPLEMENTARES DOS ORGANIZADORES

CAPÍTULO I

DAS OBRIGAÇÕES COMPLEMENTARES DOS ORGANIZADORES

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Art. 31 – É da inteira responsabilidade da organização do evento através do responsável técnico, o contato com a direção do(s) hospital(is) de referência da área, informando-os da realização do evento.

Parágrafo único – Quando um hospital privado for escolhido como referência, o organizador deverá apresentar documento assinado pelo Diretor Geral ou técnico da referida unidade hospitalar, no qual o mesmo declare estar ciente e de acordo com a designação de seu nosocômio como referência.

Art. 32 – O organizador do evento deverá garantir a condução e o transporte até o posto médico dos indivíduos apresentando urgências/emergências médicas que estejam incapacitados de deambular, através da disponibilização de “maqueiros”.

§1º - O organizador deverá disponibilizar padiolas, cadeiras de rodas e pranchas longas em quantidade suficiente para atender a demanda do evento.

§ 2º - deverá haver no mínimo uma dupla de “maqueiros” para cada duas mil pessoas de público estimado, sendo que para cada evento deverá haver no mínimo uma dupla destes profissionais.

§ 3º - No caso de desfiles deverá haver no mínimo uma dupla de maqueiros a cada 100m de extensão linear;

§ 4º - Cada dupla de maqueiros poderá ser responsável no máximo pela cobertura de locais situados até 100m de sua posição;

§ 5º - Os maqueiros deverão dispor de luvas de procedimento para proteção individual;

§ 6º - A capacitação dos maqueiros para a execução de sua tarefa é de inteira responsabilidade de organização do evento.

Art. 33 – O médico responsável técnico pelo evento deverá elaborar e divulgar entre sua equipe, um protocolo de conduta em caso de acidentes com material biológico.

Art. 34 – Todo o dispositivo de atendimento médico, incluindo os postos médicos e as ambulâncias, deverá estar pronto pelo menos duas horas antes da abertura dos portões nos eventos realizados em locais fechados, sendo mantido em operação enquanto houver concentração de público no local.

Art. 35 – Caberá ao médico responsável técnico pelo evento a emissão de um relatório, em meio digital que deverá ser enviado a Pefeitura Municipal em até no máximo 10 (dez) dias úteis após a realização do evento.

§ 1º - No relatório do evento deverão constar no mínimo as seguintes informações: número de atendimentos efetuados, tipo de casos atendidos, números de remoções, tipo de casos removidos e hospital (is) de referência e duas fotos do posto (s) médico (s).

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§ 2º - a liberação de futuras autorizações para eventos fica condicionada ao fiel cumprimento do que foi previsto neste artigo.

Art. 36 - A cada atendimento no posto médico deverá ser preenchido pelo médico de serviço um boletim de atendimento médico

§ 1º - No Boletim de Atendimento Medico assinado e carimbado pelo médico que prestar o atendimento deverão constar no mínimo as seguintes informações: nome da empresa de serviços médicos, tipo de evento coberto pela empresa, identificação da vítima, idade, sexo, endereço, telefone de contato, data, horário do atendimento, diagnóstico provável, exame clínico sumário, sinais vitais, tratamento aplicado e destino dado ao paciente (alta, óbito e remoção para hospital de emergência).

§ 2º - Em caso de remoção da vítima, o médio da ambulância preencherá seu próprio Boletim de atendimento Médico em duas vias, uma das quais será deixada no hospital de referência junto ao paciente e a outra que será trazido pelo médico da ambulância com o carimbo e assinatura do médico recebedor.

§ 3º - O Boletim de Atendimento Medico deverá ser arquivado pela empresa prestadora de serviços médicos.

TÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 37 – Esta Norma só avalia o item de segurança médica do evento. A liberação de segurança do público, tráfego, montagem de estruturas, prevenção de incêndio, saídas de emergência etc.. serão liberados pelos órgãos competentes através de documentos próprios.

Art. 38 - Os casos ou situações não previstas nestas Normas serão definidos pelo Setor de atendimento Médico da Secretaria Municipal de Saúde de Guarapuava

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