plano de ações articuladas no contexto nacional

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reflexão sobre o plano de ações articuladas e sua eficácia

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O Plano de Desenvolvimento da Educao (PDE), apresentado pelo Ministrio da Educao em abril de 2007, colocou disposio dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, instrumentos eficazes de avaliao e de implementao de polticas de melhoria da qualidade da educao, sobretudo da educao bsica pblica.O Plano de Metas Compromisso Todos pela Educao, institudo pelo Decreto 6.094 de 24 de abril de 2007, um programa estratgico do PDE, e inaugura um novo regime de colaborao, que busca concertar a atuao dos entes federados sem ferir-lhes a autonomia, envolvendo primordialmente a deciso poltica, a ao tcnica e atendimento da demanda educacional, visando melhoria dos indicadores educacionais. Trata-se de um compromisso fundado em 28 diretrizes e consubstanciado em um plano de metas concretas, efetivas, que compartilha competncias polticas, tcnicas e financeiras para a execuo de programas de manuteno e desenvolvimento da educao bsica. A partir da adeso ao Plano de Metas Compromisso Todos pela Educao, os estados e municpios elaboram seus respectivos Planos de Aes Articuladas.Para auxiliar na elaborao do PAR, o Ministrio da Educao criou um novo sistema, o SIMEC Mdulo PAR Plano de Metas -, integrado aos sistemas que j possua, e que pode ser acessado de qualquer computador conectado internet, representando uma importante evoluo tecnolgica, com agilidade e transparncia nos processos de elaborao, anlise e apresentao de resultados dos PAR.Com metas claras, passveis de acompanhamento pblico e controle social, o MEC pode assim disponibilizar, para consulta pblica, os relatrios dos Planos de Aes Articuladas elaborados pelos estados e municpios que aderiram ao Plano de Metas Compromisso Todos pela Educao. Apresentamos, a seguir, uma breve descrio dos elementos constitutivos do PAR.Inicialmente, os estados e municpios devem realizar um diagnstico minucioso da realidade educacional local. A partir desse diagnstico, desenvolvero um conjunto coerente de aes que resulta no PAR.O instrumento para o diagnstico da situao educacional local est estruturado em quatro grandes dimenses:1. Gesto Educacional.2. Formao de Professores e dos Profissionais de Servio e Apoio Escolar.3. Prticas Pedaggicas e Avaliao.4. Infra-estrutura Fsica e Recursos Pedaggicos.Cada dimenso composta por reas de atuao, e cada rea apresenta indicadores especficos. Esses indicadores so pontuados segundo a descrio de critrios correspondentes a quatro nveis.A pontuao gerada para cada indicador fator determinante para a elaborao do PAR, ou seja, na metodologia adotada, apenas critrios de pontuao 1 e 2, que representam situaes insatisfatrias ou inexistentes, podem gerar aes.Assim, o relatrio disponibilizado apresenta as seguintes informaes:1. Sntese por indicador:resultado detalhado da realizao do diagnstico.2. Sntese da dimenso:resultado quantitativo da realizao do diagnstico.3. Sntese do PAR:apresenta o detalhamento das aes e subaes selecionadas por cada estado ou municpio.4. Termo de Cooperao:apresenta a relao de aes e subaes que contaro com o apoio tcnico do Ministrio da Educao.5. Liberao dos recursos:apresenta a relao de aes que geraram convnio, ou seja, a liberao de recursos financeiros.Cabe destacar que no presente momento apenas as informaes sobre as redes municipais esto disponveis.

Desde 2007, o Ministrio da Educao, vem implementando o Plano de Desenvolvimento da Educao (PDE), como uma estratgia complementar ao PNE no que se refere ao seu carter executivo e de posio poltica de governo. Com prioridade na Educao Bsica de qualidade, o PDE assume uma concepo sistmica da educao e o compromisso explcito com o atendimento aos grupos discriminados pela desigualdade educacional. Alm disso, prope envolver todos, pais, estudantes, professores e gestores, em iniciativas que busquem o sucesso e a permanncia na escola.Para a implementao dessas medidas, o PDE adotou como orientao estratgica a mobilizao dos agentes pblicos e da sociedade em geral, com vistas adeso ao Plano de Metas Compromisso Todos pela Educao, a ser viabilizado mediante programas e aes de assistncia tcnica e financeira aos Estados e Municpios. (DCNEB, 150)

DECRETO N 6.094, DE 24 DE ABRIL DE 2007.Dispe sobre a implementao do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educao, pela Unio Federal, em regime de colaborao com Municpios, Distrito Federal e Estados, e a participao das famlias e da comunidade, mediante programas e aes de assistncia tcnica e financeira, visando a mobilizao social pela melhoria da qualidade da educao bsica.

OPRESIDENTE DA REPBLICA, no uso das atribuies que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alnea a, da Constituio, e tendo em vista o disposto nos arts. 23, inciso V, 205 e 211, 1o, da Constituio, e nos arts. 8oa 15 da Lei no9.394, de 20 de dezembro de 1996,DECRETA:CAPTULO IDO PLANO DE METAS COMPROMISSO TODOS PELA EDUCAOArt.1oO Plano de Metas Compromisso Todos pela Educao (Compromisso) a conjugao dos esforos da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, atuando em regime de colaborao, das famlias e da comunidade, em proveito da melhoria da qualidade da educao bsica.Art.2oA participao da Unio no Compromisso ser pautada pela realizao direta, quando couber, ou, nos demais casos, pelo incentivo e apoio implementao, por Municpios, Distrito Federal, Estados e respectivos sistemas de ensino, das seguintes diretrizes:I-estabelecer como foco a aprendizagem, apontando resultados concretos a atingir;II-alfabetizar as crianas at, no mximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por exame peridico especfico;III-acompanhar cada aluno da rede individualmente, mediante registro da sua freqncia e do seu desempenho em avaliaes, que devem ser realizadas periodicamente;IV-combater a repetncia, dadas as especificidades de cada rede, pela adoo de prticas como aulas de reforo no contra-turno, estudos de recuperao e progresso parcial;V-combater a evaso pelo acompanhamento individual das razes da no-freqncia do educando e sua superao;VI-matricular o aluno na escola mais prxima da sua residncia;VII-ampliar as possibilidades de permanncia do educando sob responsabilidade da escola para alm da jornada regular;VIII-valorizar a formao tica, artstica e a educao fsica;IX-garantir o acesso e permanncia das pessoas com necessidades educacionais especiais nas classes comuns do ensino regular, fortalecendo a incluso educacional nas escolas pblicas;X-promover a educao infantil;XI - manter programa de alfabetizao de jovens e adultos;XII-instituir programa prprio ou em regime de colaborao para formao inicial e continuada de profissionais da educao;XIII-implantar plano de carreira, cargos e salrios para os profissionais da educao, privilegiando o mrito, a formao e a avaliao do desempenho;XIV-valorizar o mrito do trabalhador da educao, representado pelo desempenho eficiente no trabalho, dedicao, assiduidade, pontualidade, responsabilidade, realizao de projetos e trabalhos especializados, cursos de atualizao e desenvolvimento profissional;XV-dar conseqncia ao perodo probatrio, tornando o professor efetivo estvel aps avaliao, de preferncia externa ao sistema educacional local;XVI-envolver todos os professores na discusso e elaborao do projeto poltico pedaggico, respeitadas as especificidades de cada escola;XVII-incorporar ao ncleo gestor da escola coordenadores pedaggicos que acompanhem as dificuldades enfrentadas pelo professor;XVIII-fixar regras claras, considerados mrito e desempenho, para nomeao e exonerao de diretor de escola;XIX-divulgar na escola e na comunidade os dados relativos rea da educao, com nfase no ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica - IDEB, referido no art. 3o;XX-acompanhar e avaliar, com participao da comunidade e do Conselho de Educao, as polticas pblicas na rea de educao e garantir condies, sobretudo institucionais, de continuidade das aes efetivas, preservando a memria daquelas realizadas;XXI-zelar pela transparncia da gesto pblica na rea da educao, garantindo o funcionamento efetivo, autnomo e articulado dos conselhos de controle social;XXII-promover a gesto participativa na rede de ensino;XXIII-elaborar plano de educao e instalar Conselho de Educao, quando inexistentes;XXIV-integrar os programas da rea da educao com os de outras reas como sade, esporte, assistncia social, cultura, dentre outras, com vista ao fortalecimento da identidade do educando com sua escola;XXV-fomentar e apoiar os conselhos escolares, envolvendo as famlias dos educandos, com as atribuies, dentre outras, de zelar pela manuteno da escola e pelo monitoramento das aes e consecuo das metas do compromisso;XXVI-transformar a escola num espao comunitrio e manter ou recuperar aqueles espaos e equipamentos pblicos da cidade que possam ser utilizados pela comunidade escolar;XXVII-firmar parcerias externas comunidade escolar, visando a melhoria da infra-estrutura da escola ou a promoo de projetos socioculturais e aes educativas;XXVIII-organizar um comit local do Compromisso, com representantes das associaes de empresrios, trabalhadores, sociedade civil, Ministrio Pblico, Conselho Tutelar e dirigentes do sistema educacional pblico, encarregado da mobilizao da sociedade e do acompanhamento das metas de evoluo do IDEB.CAPTULO IIDO NDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAO BSICAArt.3oA qualidade da educao bsica ser aferida, objetivamente, com base no IDEB, calculado e divulgado periodicamente pelo INEP, a partir dos dados sobre rendimento escolar, combinados com o desempenho dos alunos, constantes do censo escolar e do Sistema de Avaliao da Educao Bsica - SAEB, composto pela Avaliao Nacional da Educao Bsica - ANEB e a Avaliao Nacional do Rendimento Escolar (Prova Brasil).Pargrafonico.O IDEB ser o indicador objetivo para a verificao do cumprimento de metas fixadas no termo de adeso ao Compromisso.CAPTULO IIIDA ADESO AO COMPROMISSOArt.4oA vinculao do Municpio, Estado ou Distrito Federal ao Compromisso far-se- por meio de termo de adeso voluntria, na forma deste Decreto.Art.5oA adeso voluntria de cada ente federativo ao Compromisso implica a assuno da responsabilidade de promover a melhoria da qualidade da educao bsica em sua esfera de competncia, expressa pelo cumprimento de meta de evoluo do IDEB, observando-se as diretrizes relacionadas no art. 2o.1oO Ministrio da Educao enviar aos Municpios, Distrito Federal e Estados, como subsdio deciso de adeso ao Compromisso, a respectiva Base de Dados Educacionais, acompanhada de informe elaborado pelo INEP, com indicao de meta a atingir e respectiva evoluo no tempo.2oO cumprimento das metas constantes do termo de adeso ser atestado pelo Ministrio da Educao.3oO Municpio que no preencher as condies tcnicas para realizao da Prova Brasil ser objeto de programa especial de estabelecimento e monitoramento das metas.Art.6oSer institudo o Comit Nacional do Compromisso Todos pela Educao, incumbido de colaborar com a formulao de estratgias de mobilizao social pela melhoria da qualidade da educao bsica, que subsidiaro a atuao dos agentes pblicos e privados.1oO Comit Nacional ser institudo em ato do Ministro de Estado da Educao, que o presidir.2oO Comit Nacional poder convidar a participar de suas reunies e atividades representantes de outros poderes e de organismos internacionais.Art.7oPodem colaborar com o Compromisso, em carter voluntrio, outros entes, pblicos e privados, tais como organizaes sindicais e da sociedade civil, fundaes, entidades de classe empresariais, igrejas e entidades confessionais, famlias, pessoas fsicas e jurdicas que se mobilizem para a melhoria da qualidade da educao bsica.CAPTULO IVDA ASSISTNCIA TCNICA E FINANCEIRA DA UNIOSeo IDas Disposies GeraisArt.8oAs adeses ao Compromisso nortearo o apoio suplementar e voluntrio da Unio s redes pblicas de educao bsica dos Municpios, Distrito Federal e Estados.1oO apoio dar-se- mediante aes de assistncia tcnica ou financeira, que privilegiaro a implementao das diretrizes constantes do art. 2o, observados os limites oramentrios e operacionais da Unio.2oDentre os critrios de prioridade de atendimento da Unio, sero observados o IDEB, as possibilidades de incremento desse ndice e a capacidade financeira e tcnica do ente apoiado, na forma de normas expedidas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE.3oO apoio do Ministrio da Educao ser orientado a partir dos seguintes eixos de ao expressos nos programas educacionais do plano plurianual da Unio:I-gesto educacional;II-formao de professores e profissionais de servios e apoio escolar;III-recursos pedaggicos;IV-infra-estrutura fsica.4oO Ministrio da Educao promover, adicionalmente, a pr-qualificao de materiais e tecnologias educacionais que promovam a qualidade da educao bsica, os quais sero posteriormente certificados, caso, aps avaliao, verifique-se o impacto positivo na evoluo do IDEB, onde adotados.5oO apoio da Unio dar-se-, quando couber, mediante a elaborao de um Plano de Aes Articuladas - PAR, na forma da Seo II.Seo IIDo Plano de Aes ArticuladasArt.9oO PAR o conjunto articulado de aes, apoiado tcnica ou financeiramente pelo Ministrio da Educao, que visa o cumprimento das metas do Compromisso e a observncia das suas diretrizes.1oO Ministrio da Educao enviar ao ente selecionado na forma do art. 8o, 2o, observado o art. 10, 1o, equipe tcnica que prestar assistncia na elaborao do diagnstico da educao bsica do sistema local.2oA partir do diagnstico, o ente elaborar o PAR, com auxlio da equipe tcnica, que identificar as medidas mais apropriadas para a gesto do sistema, com vista melhoria da qualidade da educao bsica, observado o disposto no art. 8o, 3oe 4o.Art.10.O PAR ser base para termo de convnio ou de cooperao, firmado entre o Ministrio da Educao e o ente apoiado.1oSo requisitos para a celebrao do convnio ou termo de cooperao a formalizao de termo de adeso, nos moldes do art. 5o, e o compromisso de realizao da Prova Brasil.2oOs Estados podero colaborar, com assistncia tcnica ou financeira adicionais, para a execuo e o monitoramento dos instrumentos firmados com os Municpios.3oA participao dos Estados nos instrumentos firmados entre a Unio e o Municpio, nos termos do 2o, ser formalizada na condio de partcipe ou interveniente.Art.11.O monitoramento da execuo do convnio ou termo de cooperao e do cumprimento das obrigaes educacionais fixadas no PAR ser feito com base em relatrios ou, quando necessrio, visitas da equipe tcnica.1oO Ministrio da Educao far o acompanhamento geral dos planos, competindo a cada convenente a divulgao da evoluo dos dados educacionais no mbito local.2oO Ministrio da Educao realizar oficinas de capacitao para gesto de resultados, visando instituir metodologia de acompanhamento adequada aos objetivos institudos neste Decreto.3oO descumprimento das obrigaes constantes do convnio implicar a adoo das medidas prescritas na legislao e no termo de cooperao.Art.12.As despesas decorrentes deste Decreto correro conta das dotaes oramentrias anualmente consignadas ao Ministrio da Educao.Art.13. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao.Braslia, 24 de abril de 2007; 186oda Independncia e 119oda Repblica.