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Witt|O’Brien’s Brasil www.wittobriens.com.br Rua da Gloria, 306 - 13º Andar | Glória Rio de Janeiro - RJ | Brasil CEP 20.241-180 T: +55 (021) 3032-6750 / 3032-6762 Linha de Emergência: 0800-OBRIENS [0800-6274367] PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA Porto de Vila do Conde - Barcarena, PA Desenvolvido para: Rev. 00 - Maio, 2016.

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Witt|O’Brien’s Brasil www.wittobriens.com.br

Rua da Gloria, 306 - 13º Andar | Glória

Rio de Janeiro - RJ | Brasil

CEP 20.241-180

T: +55 (021) 3032-6750 / 3032-6762

Linha de Emergência:

0800-OBRIENS [0800-6274367]

PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA Porto de Vila do Conde - Barcarena, PA

Desenvolvido para:

Rev. 00 - Maio, 2016.

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Porto de Vila do Conde – Barcarena, PA

Rev. 00 Maio/2016 i

Controle de revisões

Rev. Data Descrição (motivo da revisão) Responsável

00 Maio/2016 Documento original Witt|O’Brien’s Brasil

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Porto de Vila do Conde – Barcarena, PA

Rev. 00 Maio/2016 ii

Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 9

2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ................................... 10

IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO ......................................................................................... 10

LOCALIZAÇÃO EM COORDENADAS GEOGRÁFICAS .................................................................... 11

CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ..................................................................................... 11

ACESSOS AO PORTO ....................................................................................................... 12

3. CENÁRIOS ACIDENTAIS .................................................................................................................. 13

4. ANÁLISE DE VULNERABILIDADE .................................................................................................... 15

5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE RESPOSTA (EOR) ................................................................... 18

EQUIPE DE GERENCIAMENTO DE INCIDENTES ......................................................................... 19

EQUIPE DE RESPOSTA TÁTICA ............................................................................................ 19

6. COMUNICAÇÃO INICIAL E MOBILIZAÇÃO DA EOR ....................................................................... 20

7. PROCEDIMENTOS DE GERENCIAMENTO DE INCIDENTES ............................................................. 24

PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO DA INFORMAÇÃO ................................................................. 24

COMUNICAÇÃO INTERNA ..................................................................................................... 25

COMUNICAÇÃO EXTERNA ..................................................................................................... 27

PROCEDIMENTO PARA GESTÃO DOS RECURSOS DE RESPOSTA ................................................... 30

MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS TÁTICOS E INSTALAÇÕES ............................................................... 30

DESMOBILIZAÇÃO DE RECURSOS E INSTALAÇÕES ...................................................................... 32

DESCONTAMINAÇÃO DE RECURSOS E INSTALAÇÕES EM INCIDENTES COM DERRAMAMENTO DE ÓLEO 33

8. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE RESPOSTA ............................................................................... 35

9. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DE RESPOSTA ......................................................................... 37

SAÚDE E SEGURANÇA DURANTE AS OPERAÇÕES DE RESPOSTA .................................................... 37

SISTEMA DE ALERTA DE INCIDENTES .................................................................................... 38

PROCEDIMENTO PARA A INTERRUPÇÃO DA DESCARGA DE ÓLEO ................................................ 39

PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA MANCHA DE ÓLEO E DISPERSÃO DE

CARCAÇAS ............................................................................................................................. 40

OBSERVAÇÃO VISUAL POR EMBARCAÇÃO ............................................................................... 44

OBSERVAÇÃO POR SOBREVOO ............................................................................................... 44

MODELAGEM DE DISPERSÃO E DERIVA DE ÓLEO E DE CARCAÇAS ................................................ 45

SENSORIAMENTO REMOTO POR IMAGENS DE SATÉLITE ............................................................. 47

AMOSTRAGEM DE ÓLEO ...................................................................................................... 48

MONITORAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ...................................................................... 48

PROCEDIMENTOS PARA CONTENÇÃO E RECOLHIMENTO ........................................................... 49

PROCEDIMENTOS PARA CONTENÇÃO E RECOLHIMENTO DE ÓLEO ................................................ 49

PROCEDIMENTOS PARA CONTENÇÃO E RETIRADA DE CARCAÇAS E DE CARGA VIVA ........................ 57

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Rev. 00 Maio/2016 iii

PROCEDIMENTOS PARA DISPERSÃO MECÂNICA DO ÓLEO ......................................................... 60

PROCEDIMENTOS PARA DISPERSÃO QUÍMICA ....................................................................... 61

PROCEDIMENTOS PARA PROTEÇÃO DAS POPULAÇÕES ............................................................. 61

PROCEDIMENTOS PARA A PROTEÇÃO DE ÁREAS VULNERÁVEIS E LIMPEZA DE ÁREAS ATINGIDAS ........ 62

PROCEDIMENTOS PARA A PROTEÇÃO À FAUNA .................................................................... 64

PROCEDIMENTO PARA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS OLEOSOS GERADOS ............... 65

DESTINAÇÃO FINAL DE CARCAÇAS .................................................................................... 69

10. MANUTENÇÃO DA CAPACIDADE DE RESPOSTA ........................................................................... 70

MANUTENÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE RESPOSTA .............................................. 70

MANUTENÇÃO DOS RECURSOS TÁTICOS DE RESPOSTA .......................................................... 71

11. ENCERRAMENTO DAS AÇÕES DE RESPOSTA ................................................................................ 72

RELATÓRIO DE ENCERRAMENTO DAS AÇÕES DE RESPOSTA ..................................................... 73

12. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PELA ELABORAÇÃO DO PAE ............................................................... 74

14. RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA EXECUÇÃO DO PAE ....................................................................... 75

15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................... 76

Apêndices

APÊNDICE A - ANÁLISE E MAPA DE VULNERABILIDADE

APÊNDICE B - LISTA DE CONTATOS

APÊNDICE C - CHECKLISTS DE ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES

APÊNDICE D - TREINAMENTOS E SIMULADOS

APÊNDICE E - FORMULÁRIOS E RELATÓRIOS DE APOIO À RESPOSTA A EMERGÊNCIA

APÊNDICE F - DIMENSIONAMENTO DA CAPACIDADE DE RESPOSTA

APÊNDICE G - FICHAS OPERACIONAIS

APÊNDICE H – PLANO DE MONITORAMENTO

Anexos

ANEXO A – PLANTAS DA INSTALAÇÃO

ANEXO B – MODELAGEM DE DISPERSÃO DO ÓLEO

ANEXO C – FICHAS DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA PARA PRODUTOS QUÍMICOS (FISPQ)

ANEXO D – CARTA-COMPROMISSO DA EMPRESA DE RESPOSTA À EMERGÊNCIA

ANEXO E – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS EQUIPAMENTOS DE RESPOSTA (CURRENT BUSTER E

BOOMBAG)

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Rev. 00 Maio/2016 iv

LISTA DE SIGLAS

Sigla Definição

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACT Acordo de Cooperação Técnica

ANP Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

ANTAQ Agência Nacional de Transportes Aquaviários

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APA Área de Proteção Ambiental

API American Petroleum Institute

BAOAC Bonn Agreement Oil Appearance Code

Carta SAO Carta de Sensibilidade Ambiental para Derramamento de Óleo

CDF Certificado de Destinação Final

CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

CMT Comandante de Embarcação

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

CDP Companhia de Docas do Pará

DPC Descarga de Pior Caso

EIA Estudo de Impacto Ambiental

EOR Estrutura Organizacional de Resposta

EPI Equipamentos de Proteção Individual

FDSR Ficha com Dados de Segurança de Resíduos Químicos

FER Ficha Estratégica de Resposta

Fi-Fi Sistema de Combate a Incêndio (em inglês, Fire Fighting System)

FISPQ Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos

GRE Grupo de Resposta a Emergência

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IBP Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis

INEMA Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

IPIECA International Petroleum Industry Environmental Conservation Association

ISL Índice de Sensibilidade do Litoral

ITOPF International Tanker Owners Pollution Federation

MMR Manifesto Marítimo de Resíduos

MTR Manifesto Terrestre de Resíduos

NBR Norma Brasileira Regulamentadora

NOAA National Oceanic and Atmospheric Administration

NOPRED Notificação Preliminar de Desastre

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Rev. 00 Maio/2016 v

Sigla Definição

NT Navio Tanque

OSRL Oil Spill Response Limited

PAE Plano de Ação de Emergência

PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos

PVC Porto de Vila do Conde

S2ID Sistema Integrado de Informações sobre Desastres

SAO Sensibilidade ao Óleo

SCAT Shoreline Cleanup Assessment Technique

SINPDEC Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil

SISO Sistema Integrado de Segurança Operacional

SMS Segurança Meio Ambiente e Saúde

SOPEP Plano de bordo de emergência em caso de poluição por hidrocarbonetos (em inglês, Shipboard Oil Pollution Emergency Plan)

TMU Terminal de Múltiplo Uso

TGL Terminal de Granéis Líquidos

THC Terminal Hidroviário de Cargas

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Porto de Vila do Conde – Barcarena, PA

Rev. 00 Maio/2016 vi

CORRESPONDÊNCIA COM OS ITENS DA RESOLUÇÃO CONAMA Nº 398/08

Resolução CONAMA Nº 398/08 – ANEXO I PAE Porto de Vila do Conde

1. Identificação da instalação 2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

2. Cenários acidentais 3. CENÁRIOS ACIDENTAIS

3. Informações e procedimentos para resposta:

3.1. Sistemas de alerta de derramamento de óleo

9.2. Sistema de Alerta

3.2. Comunicação do incidente 6. COMUNICAÇÃO INICIAL E MOBILIZAÇÃO DA EOR

3.3. Estrutura organizacional de resposta

5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE RESPOSTA (EOR); APÊNDICE B - Lista de Contatos; APÊNDICE C - Checklists de Atribuições e Responsabilidades

3.4. Equipamentos e materiais de resposta 8. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE RESPOSTA

3.5. Procedimentos operacionais de resposta 9. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DE RESPOSTA

3.5.1. Procedimentos para interrupção da descarga de óleo

9.2. Sistema de Alerta

3.5.2. Procedimentos para contenção do derramamento de óleo

9.5. Procedimentos para Contenção e Recolhimento

3.5.3. Procedimentos para proteção de áreas vulneráveis

9.9. Procedimentos para a Proteção de Áreas Vulneráveis e Limpeza de Áreas Atingidas

3.5.4.Procedimentos para monitoramento da mancha de óleo derramado

9.4. Procedimentos para Avaliação e Monitoramento da Mancha de Óleo

3.5.5. Procedimentos para recolhimento do óleo derramado

9.5. Procedimentos para Contenção e Recolhimento

3.5.6. Procedimentos para dispersão mecânica e química do óleo derramado

9.5. Procedimentos para Contenção e Recolhimento 9.7. Procedimentos para Dispersão Química

3.5.7. Procedimentos para limpeza das áreas atingidas

9.9. Procedimentos para a Proteção de Áreas Vulneráveis e Limpeza de Áreas Atingidas

3.5.8. Procedimentos para coleta e disposição dos resíduos gerados

9.11. Procedimento para Coleta e Destinação Final dos Resíduos Oleosos Gerados

3.5.9. Procedimentos para deslocamento dos recursos

7.2 Procedimento para Gestão dos Recursos de Resposta

3.5.10. Procedimentos para obtenção e atualização de informações relevantes

7.1. Procedimentos para Gestão da Informação APÊNDICE E - Formulários e Relatórios de apoio à Resposta a Emergência

3.5.11. Procedimentos para registro das ações de resposta

7.1. Procedimentos para Gestão da Informação APÊNDICE E - Formulários e Relatórios de apoio à Resposta a Emergência

3.5.12. Procedimentos para proteção das populações

9.8. Procedimentos para Proteção das Populações

3.5.13 Procedimentos para proteção da fauna 9.10. Procedimentos para a Proteção à Fauna

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Porto de Vila do Conde – Barcarena, PA

Rev. 00 Maio/2016 vii

Resolução CONAMA Nº 398/08 – ANEXO I PAE Porto de Vila do Conde

4. Encerramento das operações 11. ENCERRAMENTO DAS AÇÕES DE RESPOSTA

5. Mapas, cartas náuticas, plantas, desenhos e fotografias

ANEXO A – Plantas da Instalação APÊNDICE A - Análise e Mapa de Vulnerabilidade

6. ANEXOS

ANEXO B – Modelagem de Dispersão do Óleo ANEXO C – Fichas de Informação de Segurança para Produtos Químicos (FISPQ) ANEXO D –Carta-compromisso da Empresa de Resposta à Emergência ANEXO E – Especificações técnicas dos equipamentos de resposta (Current Buster e Boombag)

Resolução CONAMA Nº 398/08 – Anexo II PAE Porto de Vila do Conde

1. Introdução 1. INTRODUÇÃO

2. Identificação e avaliação dos riscos:

2.1. Identificação dos riscos por fonte 3. CENÁRIOS ACIDENTAIS

2.2. Hipóteses acidentais 3. CENÁRIOS ACIDENTAIS

2.2.1. Descarga de pior caso 3. CENÁRIOS ACIDENTAIS;

3. Análise de vulnerabilidade 4. ANÁLISE DE VULNERABILIDADE; APÊNDICE A - Análise e Mapa de Vulnerabilidade

4. Treinamento de pessoal e exercícios de resposta

APÊNDICE D - Treinamentos e Simulados

5. Referências bibliográficas 15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

6. Responsáveis técnicos pela elaboração do PEI 12. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PELA ELABORAÇÃO DO PAE

7. Responsáveis pela execução do PEI 13.

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA EXECUÇÃO DO P

1. Dimensionamento da capacidade de resposta APÊNDICE F - Dimensionamento da Capacidade de Resposta

2. Capacidade de resposta:

2.1. Barreiras de contenção APÊNDICE F - Dimensionamento da Capacidade de Resposta

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Rev. 00 Maio/2016 viii

Resolução CONAMA Nº 398/08 – Anexo III PAE Porto de Vila do Conde

2.2. Recolhedores APÊNDICE F - Dimensionamento da Capacidade de Resposta

2.3. Dispersantes químicos APÊNDICE F - Dimensionamento da Capacidade de Resposta

2.4. Dispersão mecânica APÊNDICE F - Dimensionamento da Capacidade de Resposta

1.5. Armazenamento temporário APÊNDICE F - Dimensionamento da Capacidade de Resposta

2.6. Absorventes APÊNDICE F - Dimensionamento da Capacidade de Resposta

3. Recursos materiais para plataforma APÊNDICE F - Dimensionamento da Capacidade de Resposta

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1. INTRODUÇÃO

O presente documento constitui o Plano de Ação de Emergência (PAE) que se aplica aos incidentes que

acarretam derramamento de óleo e escape de carga viva nas águas da Bacia de Marajó, originados

durante as atividades de embarque de carga viva no Porto de Vila do Conde, localizado no município

de Barcarena, PA. O PAE inclui os incidentes envolvendo embarcações que estejam atracadas, docadas

ou realizando manobras de atracação, desatracação ou docagem, na bacia de evolução do Porto

(Figura 1).

Figura 1: Localização das instalações do Porto de Vila do Conde.

Em conformidade com a Resolução CONAMA n° 398, de 11 de junho de 2008, que dispõe sobre o

conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo em águas

sob jurisdição nacional, originados em portos organizados, instalações portuárias, terminais, e

instalações similares, este plano define as atribuições e responsabilidades dos membros da Estrutura

Organizacional de Resposta (EOR) à emergência do operador portuário; lista os recursos materiais

próprios e de terceiros previstos para a implementação das ações de resposta; e descreve os

procedimentos de gerenciamento e de resposta tática à emergência.

Vale ressaltar que este PAE não detalha os procedimentos de resposta aos incidentes com

derramamento de óleo que ficam restritos às instalações, não atingindo as águas da Baía de Marajó,

devendo tais informações serem apresentadas em planos complementares (ex.: Shipboard Oil

Pollution Emergency Plan - SOPEP).

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2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO

O Porto de Vila do Conde situa-se no Complexo Portuário Industrial de Vila do Conde, no município de

Barcarena, estado do Pará, ocupando uma área aproximada de 3.920.347 m².

Em atendimento à Resolução CONAMA n° 398/2008, a Tabela 1 e Tabela 2 apresentam

respectivamente os dados cadastrais da Operadora Portuária e os dados referentes ao Representante

Legal da Instalação e ao Comandante do Incidente (Coordenador das Ações de Resposta) do Porto de

Vila do Conde.

Tabela 1: Informações sobre a empresa operadora.

Nome: Companhia de Docas do Pará (CDP)

Endereço: Av. Presidente Vargas, 41, Belém/PA CEP 66010-000

CNPJ: 04.933.552/0001-03

Cadastro Técnico Federal IBAMA de Atividades Potencialmente Poluidoras

Telefone/Fax: +55 ((91) 3182-9184

Tabela 2: Informações sobre o Representante Legal e Coordenador das Ações de Resposta.

Função Nome CPF Contato/Endereço

Representante Legal da

Instalação

Jorge Ernesto Sanchez Ruiz

Telefone: +55 (91) 3182-9011 E-mail: [email protected] Endereço: Av. Presidente Vargas, 41, Belém/PA – CEP 66010-000

Comandante do Incidente

(Coordenador das Ações de

Resposta)

Ronei Nogueira

Telefone: +55 (91) 3754-5201 E-mail: [email protected] Endereço: Rodovia PA-481, km 2,3, Barcarena/PA – CEP: 68447-000

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Rev. 00 Maio/2016 11

LOCALIZAÇÃO EM COORDENADAS GEOGRÁFICAS

O Porto situa-se nas seguintes coordenadas aproximadas (Datum: WGS84):

Latitude: 01°32'13.40"S

Longitude: 48°45'07.81"O

CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

O Porto de Vila do Conde dispõe atualmente de três terminais de atracação de embarcações: o

Terminal de Múltiplo Uso (TMU1), o Terminal de Granéis Líquidos (TGL) e o Terminal Hidroviário de

Cargas (THC), conforme planta da instalação apresentada no ANEXO A.

O TMU1, por onde são embarcados bovinos vivos, é constituído por um cais de acostagem, formado

por 8 berços (101, 102, 201, 202, 301, 302, 401,402) utilizados para movimentação de granéis sólidos,

carga geral e contêineres, configurando um formato em T, com duas pontes de acesso aos píeres de

aproximadamente 400 m, defensas fixas, píer de concreto armado e protendido, além de uma

plataforma de transição entre o píer e a ponte.

A Figura 2 mostra a localização das instalações de acostagem existentes no porto e as cargas

comumente transportadas, incluindo os berços 302 e 202, por onde a carga viva é embarcada.

Figura 2: Instalações de acostagem existentes no porto.

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ACESSOS AO PORTO

O acesso ao Porto de Vila do Conde pode ser feito por transportes modais, como o rodoviário e o rodo-

fluvial (Figura 3). A seguir são fornecidas maiores informações a respeito de cada um dos meios de

acesso ao terminal.

Figura 3 – Acessos ao Porto de Vila do Conde

Acesso rodoviário

O acesso rodoviário ao Porto de Vila do Conde é feito pela rodovia federal BR-316 até o município de

Marituba. Seguindo pela Alça Viária até entroncamento com a rodovia estadual PA-151 e continuando

pelas rodovias estaduais PA-483 e PA-481.

Acesso rodo-fluvial

O acesso rodo-fluvial ao Porto de Vila do Conde, considerado a melhor alternativa entre o porto e

Belém, é feito através de 9 km de via fluvial até o Terminal de Arapari e mais 42 km de rodovia

pavimentada deste último até Vila do Conde.

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Plano de Ação de Emergência

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Rev. 00 Maio/2016 13

3. CENÁRIOS ACIDENTAIS

Para a identificação de cenários acidentais relacionados a este PAE, foi utilizado como referência o

documento Estudo de Análise de Riscos (Witt|O’Brien’s, 2016) desenvolvido especificamente para as

operações de Embarque de Carga Viva no Porto de Vila do Conde. A Tabela 3 sumariza os resultados

da análise de risco, identificando os cenários que possam acarretar em derramamento de óleo e/ou

escape de carga viva nas águas da Baía de Marajó e a Tabela 4 apresenta as fontes potenciais de

derramamento de óleo durante as operações de embarque de carga viva.

Tabela 3: Lista dos cenários acidentais identificados no Estudo de Análise de riscos, com destaque para os eventos que possam acarretar em derramamento de óleo ou escape de carga viva nas águas da Baía de Marajó (Fonte: Witt|O’Brien’s, 2016)

# Perigo Perigo / Hipótese Acidental Subsistemas Sistema

# 1 Acidente rodoviário (colisão, tombamento)

Deslocamento do caminhão

Transporte rodoviário

# 2 Vazamentos e derrames de dejetos animais

Acesso ao porto e áreas afins

# 3 Queda de objetos

Transferência de cargas gerais

Operações de embarque em navio exportador

# 4 Impacto por carga em movimento pendular/oscilante

# 5 Tropeções, escorregões e quedas no mesmo nível

# 6 Homem ao mar Acesso de pessoas à embarcação

# 7 Colisão do caminhão com a passarela

Transferência de carga viva (caminhão x embarcação)

# 8 Pontos de esmagamento/prensamento (mãos e dedos)

# 9 Queda do trabalhador

# 10 Escape da carga viva

# 11 Abalroamento (problemas operacionais próprios ou de terceiros). Navegação em canal de

acesso / zona de fundeio

Operações de navegação/operação do navio exportador

# 12 Emborcamento seguido de naufrágio

# 13 Colisão da embarcação com o cais Manobra no porto atracação/desatracação/permanência

# 14 Ruptura do sistema de amarração

# 15 Emborcamento seguido de naufrágio

# 16 Vazamento de fluido no mangote / conexões durante a operação transferência Abastecimento do navio

# 17 Transbordamento nos tanques de armazenamento de diesel.

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Rev. 00 Maio/2016 14

Tabela 4: Fontes potenciais de derramamento de óleo relativas a operações de navegação/operação do navio exportador.

Tipo de

Embarcação Tipo de Tanque

Tipo de produto

estocado

Capacidade Máxima de

Estocagem (m³)

Capacidade do maior

tanque da

embarcação (m³)

Navio

exportador

Óleo Pesado MF - 380 3458,2 747,3

Óleo Diesel Óleo Diesel 451,1 103,6

Lubrificante Óleo combustível 159,7 57,6

Conforme apresentado na Tabela 3, dos 17 cenários acidentais identificados, 6 (seis) apresentaram

potencial de derramamento de produto oleoso, e 2 (dois) com escape de carga viva nas águas da Baía

de Marajó, sendo os cenários 11 e 13 correspondentes à descarga de pior caso.

O volume da descarga de pior caso (Vpc), para o tipo de atividade contemplada neste PAE, é

determinado pela capacidade do maior tanque da embarcação envolvida na operação, conforme

preconizado na Resolução Conama nº398/08. Assim sendo, considerando as embarcações de

transporte de carga viva com possível atuação no Porto de Vila do Conde, o volume de pior caso foi

calculado em 747,4 m³ de óleo combustível, conforme fórmula abaixo:

Vpc = V1

Em que:

Vpc = volume do derramamento correspondente à descarga de pior caso

V1 = volume estimado de óleo contido no maior tanque do navio

Vpc = 747,4 m³

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Rev. 00 Maio/2016 15

4. ANÁLISE DE VULNERABILIDADE

Considerando que as áreas de abrangência dos dois cenários não possuem diferenças consideráveis,

conforme estudo de modelagem, e que os impactos causados pelo óleo afetam de maneira mais

significativa a região, esta análise de vulnerabilidade irá considerar, de maneira conservadora, as

diretrizes de um incidente com derramamento de óleo, com as devidas adaptações para incidentes

com carga viva.

A Resolução CONAMA n° 398/2008 define como escopo da Análise de Vulnerabilidade a avaliação dos

“efeitos dos incidentes de poluição por óleo sobre a segurança da vida humana e (sobre) o meio

ambiente, nas áreas passíveis de serem atingidas por estes incidentes”, devendo-se considerar:

A probabilidade de o óleo atingir tais áreas, de acordo com os resultados da modelagem de

dispersão do óleo, em particular para o volume de descarga de pior caso, na ausência de ações

de contingência; e

A sensibilidade destas áreas ao óleo.

Com base nessas diretrizes, foi definida como ferramenta para a determinação da vulnerabilidade

ambiental a matriz apresentada na Tabela 5.

Tabela 5: Critérios para a avaliação da vulnerabilidade ambiental.

Sensibilidade Probabilidade

Baixa (< 30%) Média (30 – 70%) Alta (> 70%)

Baixa BAIXA MÉDIA MÉDIA

Média MÉDIA MÉDIA ALTA

Alta MÉDIA ALTA ALTA

Para a análise da vulnerabilidade das áreas passíveis de serem atingidas no caso de um eventual

incidente de poluição por óleo e/ou com carga viva decorrente das atividades no Porto de Vila do

Conde, foram utilizados os dados dos Mapas de Vulnerabilidade (APÊNDICE A) e os resultados das

modelagens de dispersão de óleo (ANEXO B).

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As simulações foram realizadas considerando condições sazonais distintas (Período 1 e Período 2) e

diferentes cenários acidentais. Para fins de elaboração da análise de vulnerabilidade – conforme

estabelecido na Resolução CONAMA n° 398/2008 –, foram utilizados os resultados referentes ao

cenário representativo do volume de pior caso indicado no item 3.

Os resultados das análises de derramamento de óleo e/ou dispersão de carcaças obtidos a partir da

aplicação da matriz são brevemente apresentados na Tabela 6 e Tabela 7, respectivamente. O

detalhamento da análise realizada é apresentado no APÊNDICE A.

Tabela 6 : Vulnerabilidade dos componentes ambientais potencialmente impactados no caso de um derramamento de óleo.

Componente ambiental Vulnerabilidade

Concentrações humanas (óleo na região adjacente à fonte do incidente)

ALTA

Recursos socioeconômicos (Rotas de Transporte Marítimo, Pesca Artesanal, Turismo)

(óleo na região adjacente à fonte do incidente)

ALTA

Bentos (óleo na região adjacente à fonte do incidente)

ALTA

Bentos (óleo nas regiões distantes da fonte)

MÉDIA

Ictiofauna (óleo nas regiões distantes da fonte)

ALTA

Ictiofauna (óleo na região adjacente à fonte do incidente)

MÉDIA

Mastofauna e Avifauna (óleo na região adjacente à fonte do incidente)

ALTA

Mastofauna e Avifauna (óleo nas regiões distantes da fonte)

MÉDIA

Unidades de Conservação (óleo)

MÉDIA

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Tabela 7: Vulnerabilidade dos componentes ambientais potencialmente impactados no caso de dispersão de carcaças.

Componente ambiental Vulnerabilidade

Concentrações humanas (carcaça na região adjacente à fonte do incidente)

ALTA

Recursos socioeconômicos (Rotas de Transporte Marítimo, Pesca Artesanal, Turismo)

(carcaça na região adjacente à fonte do incidente)

ALTA

Bentos (carcaças na região adjacente à fonte do incidente)

MÉDIA

Bentos (carcaças nas regiões distantes da fonte)

MÉDIA

Ictiofauna (carcaças na região adjacente à fonte do incidente e em manguezais)

MÉDIA

Ictiofauna (carcaças nas regiões distantes da fonte)

BAIXA

Mastofauna e Avifauna (carcaças na região adjacente à fonte do incidente)

MÉDIA

Mastofauna e Avifauna (carcaças nas regiões distantes da fonte)

BAIXA

Unidades de Conservação (carcaças)

MÉDIA

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5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE RESPOSTA (EOR)

A Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) do Porto de Vila do Conde deverá ser composta por duas

(duas) equipes funcionais, cada qual com atribuições e responsabilidades distintas, sendo elas: Equipe

de Gerenciamento de Incidentes e Equipe de Resposta Tática.

A EOR deve apresentar uma composição flexível e dinâmica, capaz de ser mobilizada de forma

diferenciada, para atender a cada cenário acidental – às especificidades do incidente e das ações de

resposta. Incidentes de pequena magnitude e complexidade, por exemplo, podem ser gerenciados e

concluídos no nível da Equipe de Resposta Tática, demandando apenas o apoio da Equipe de

Gerenciamento de Incidentes nas notificações regulatórias. Por outro lado, incidentes de maior

complexidade e magnitude podem exigir ações multidisciplinares e simultâneas, requerendo,

portanto, esforço conjunto de ambas as equipes.

A Figura 4 apresenta o organograma da Estrutura Organizacional de Resposta do Porto de Vila do

Conde para incidentes com derramamento de óleo e/ou escape de carga viva nas águas na Baía de

Marajó. Esta estrutura pode ser reduzida ou ampliada conforme a complexidade do incidente e o

andamento das ações de resposta.

Figura 4: Estrutura Organizacional de Resposta (EOR).

A seguir são apresentadas as atribuições e responsabilidades, bem como o local de atuação das

diferentes posições previstas na EOR.

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EQUIPE DE GERENCIAMENTO DE INCIDENTES

A Equipe de Gerenciamento de Incidentes é responsável por auxiliar o planejamento e condução das

operações de resposta, estabelecendo objetivos, estratégias e táticas direcionadas, além de fornecer

apoio estratégico à Equipe de Resposta Tática. Majoritariamente, os membros da equipe ficarão

alocados na Sala de Emergência do Porto de Vila do Conde.

Esta equipe é gerida pelo Comandante do Incidente e é composta pelas assessorias de

saúde/segurança e comunicação/imprensa, além das seções de operações, planejamento e

logística/finanças.

É importante ressaltar que, havendo necessidade, qualquer membro da Equipe de Gerenciamento de

Incidentes poderá solicitar o suporte de especialistas técnicos de diferentes áreas de conhecimento,

tais quais especialistas de outras operadoras e representantes de empresas especializadas no

gerenciamento de emergência e na resposta operacional a derramamentos de óleo, bem como

recursos táticos operacionais.

EQUIPE DE RESPOSTA TÁTICA

A Equipe de Resposta Tática é responsável pela operacionalização das táticas de resposta a incidentes

ocorridos no âmbito das atividades no Porto de Vila do Conde, sendo esta alocada no local da

emergência.

A ação da Equipe de Resposta Tática é coordenada pelo Chefe da Seção de Operações (membro da

Equipe de Gerenciamento de Incidentes), através do qual são transmitidas as orientações e são

recebidas as demandas provenientes da equipe de campo.

A composição desta equipe irá variar conforme a tipologia do incidente. Em função das características

e complexidade do incidente, especialistas técnicos em resposta a fauna, proteção de costa, dentre

outras áreas, poderão ser prontamente mobilizados e incorporados à equipe.

Um conjunto detalhado de atribuições relativos a cada posição da EOR é apresentado no APÊNDICE C

deste documento.

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6. COMUNICAÇÃO INICIAL E MOBILIZAÇÃO DA EOR

No caso de incidentes envolvendo derramamento de óleo e/ou escape de carga viva nas águas da Baía

de Marajó durante as atividades no Porto de Vila do Conde, o mesmo deverá ser prontamente

notificado pelo observador ao responsável pela operação.

É importante ressaltar que, ao notificar a ocorrência de um incidente, o observador deverá utilizar o

meio de comunicação mais efetivo de que dispuser no momento – comunicação verbal, por rádio ou

por outro sistema disponível no local.

Em seguida, conforme o fluxo de comunicação estabelecido, o incidente deverá ser notificado ao

Comandante do Incidente (Coordenador das Ações de Resposta) de modo a iniciar um processo de

avaliação da situação, comunicação e acionamento de recursos/procedimentos conforme as

particularidades da emergência. As figuras a seguir e apresentam o detalhamento do processo de

comunicação inicial e ativação da EOR no caso de incidentes com derramamento de óleo e incidentes

com escape de carga viva nas águas da Baía de Marajó, respectivamente Figura 5 e Figura 6.

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Figura 5: Fluxograma de comunicação inicial e mobilização da EOR para incidentes de derramamento de óleo.

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Figura 6: Fluxograma de comunicação inicial e mobilização da EOR para incidentes com carga viva.

Na comunicação inicial do incidente feita pelo responsável pela operação deverão ser fornecidas,

quando disponíveis, as seguintes informações para o Comandante do Incidente:

• Nome da(s) embarcação(ões) que originou(aram) o incidente;

• Data e hora da primeira observação;

• Data e hora estimadas do incidente;

• Localização geográfica do incidente;

• Para incidentes com derramamento de óleo: Tipo e volume de óleo e/ou substâncias

derramados;

• Para incidentes com escape de carga viva na água: Situação dos animais (estimativa de animais

feridos, mortos ou dispersos);

• Breve descrição do incidente;

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• Causa provável do incidente;

• Status do incidente e das ações de resposta;

• Ações iniciais, ações em andamento e ações planejadas; e

• Número de feridos (se houver).

Nos cenários que envolverem o acionamento da EOR, os membros da Equipe de Gerenciamento de

Incidentes deverão direcionar-se à Sala de Emergência, que será estabelecida nas instalações

administrativas do Porto de Vila do Conde. A Sala de Emergência disporá de recursos de comunicação

e informática, planos, formulários e outros materiais de suporte, como imagens aéreas do porto,

mapas e material de escritório e deverá ser mantida em estado operacional pelo Chefe da Seção de

Logística.

Caso a Sala de Emergência se encontre inacessível ou demande infraestrutura adicional (em virtude

das características do incidente), o Comandante do Incidente deverá indicar o local mais adequado

para o gerenciamento das ações de resposta, cabendo ao Chefe da Seção de Logística ou pessoa

designada, operacionalizar o local apropriadamente.

A liderança dentro de cada função da Equipe de Gerenciamento de Incidentes deverá assegurar o

acionamento, a logística de mobilização necessária e atribuições dos seus subordinados, sejam eles

próprios ou de terceiros (consultores e especialistas externos). Sugere-se que a mobilização plena dos

integrantes da Equipe de Gerenciamento de Incidentes deva ocorrer em tempo máximo de 03 (três)

horas, a depender do horário e circunstâncias do incidente, sendo que os primeiros membros devam

chegar em até 01 (uma) hora.

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7. PROCEDIMENTOS DE GERENCIAMENTO DE INCIDENTES

Na ocorrência de um incidente de derramamento de óleo ou incidente com escape de carga viva nas

águas da Baía de Marajó, o Porto de Vila do Conde adotará procedimentos de gestão de incidentes

desenvolvidos com base em boas práticas reconhecidas e validadas internacionalmente.

Tais procedimentos são aplicáveis a diferentes tipos e complexidade de incidentes, apresentando

flexibilidade na ativação e estruturação das equipes de resposta (organização modular), e mantêm

princípios e fundamentos de comando e controle das ações de gerenciamento, incluindo: a sistemática

de avaliação da complexidade do incidente; os deveres e responsabilidades das equipes envolvidas; os

protocolos de comunicação entre as funções; o processo de planejamento e documentação das ações

de resposta; e a gestão de recursos.

O gerenciamento de emergências prevê 02 (duas) fases da resposta à emergência, conhecidas como

Fase Reativa e Fase Proativa, cada qual associada a procedimentos e atividades distintas. A Fase

Reativa da gestão do incidente consiste nas ações iniciais de resposta, e abrange as notificações iniciais

obrigatórias (internas e externas), a mobilização dos recursos dedicados e a avaliação inicial do

potencial do incidente. Em incidentes de grande potencial, magnitude e complexidade, a gestão do

incidente passa a demandar não só recursos adicionais, mas também um processo de gestão mais

robusto. Nessas circunstâncias, a fase de resposta reativa migra para a Fase Proativa, iniciando um

processo cíclico de planejamento, operacionalização e avaliação de um plano de ação de incidentes.

PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO DA INFORMAÇÃO

A gestão das ações de resposta pressupõe o compartilhamento, registro e arquivamento das

informações críticas do incidente, que pode se dar através de comunicações formais e informais.

A via formal abrange as comunicações vinculadas à hierarquia da cadeia de comando e dos protocolos

de comunicação estabelecidos para o incidente. A comunicação formal deve ser utilizada para, por

exemplo, atribuir tarefas, cobrar resultados e solicitar recursos.

A via informal contempla os fluxos de comunicação livre entre as diferentes funções da EOR e buscam

garantir o compartilhamento das informações críticas do incidente.

O APÊNDICE E apresenta o resumo dos formulários e relatórios utilizados na comunicação formal no

suporte a gestão de incidentes do Porto de Vila do Conde.

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COMUNICAÇÃO INTERNA

A gestão da comunicação entre os membros da EOR constitui uma atividade fundamental para o

adequado planejamento das ações de resposta, e apoia o posterior reporte e revisão de planos e

procedimentos.

O protocolo de comunicação interna tem a finalidade de facilitar o compartilhamento de informações

críticas do incidente e das operações de resposta, além de evitar falhas e ruídos na comunicação, duplo

comando e atrasos nas tomadas de decisão.

Protocolo de comunicação interna

Ordena as vias de comunicação formal e informal durante as ações de resposta ao incidente, definindo

ou validando os:

o Canais de comunicação existentes (por exemplo, ponto focal para comunicação com as

equipes no campo, canal para solicitação de recursos, canal para comunicação com

stakeholders externos à EOR, dentre outros);

o Elementos essenciais de informação (informações que precisam ser compartilhadas com as

lideranças de cada função e formalmente registradas e arquivadas);

o Fatos de reporte imediato (informações que demandam notificação imediata ao Comandante

do Incidente).

Assim que efetuada a comunicação inicial do incidente e a mobilização da EOR, os procedimentos do

protocolo de comunicação interna devem ser estabelecidos/revistos e formalizados com todos os

membros da Equipe de Gerenciamento de Incidentes e Equipe de Resposta Tática, incluindo pessoal

próprio e terceiros. Esses procedimentos incluem orientações sobre os pontos focais dos canais de

comunicação, os meios (por exemplo, verbal ou por escrito, telefone, rádio, dentre outros) e a

frequência de contato (por exemplo, a cada hora, diário, dentre outros).

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Reuniões de Avaliação (time out)

Consistem em reuniões realizadas entre os membros da EOR, podendo envolver membros de

diferentes equipes ou de uma mesma equipe/função específica. Durante a fase inicial de uma resposta

a incidente – Fase Reativa, as reuniões de avaliação são fundamentais para apoiar o estabelecimento

das operações de resposta. Elas têm como objetivo assegurar que todos os membros da EOR têm

acesso às informações críticas do incidente e compreendem claramente as prioridades, limitações,

restrições e finalidades da resposta.

A frequência de realização das reuniões de avaliação deverá ser estabelecida pelas lideranças de cada

equipe, respeitando os protocolos de comunicação interna estabelecidos e os princípios do sistema de

gestão de incidentes do Porto de Vila do Conde.

Quadro de Situação

Outra ferramenta prevista no sentido de favorecer a comunicação interna e permitir uma melhor

gestão das ações de resposta (fornecendo apoio durante as reuniões de avaliação) consiste no

estabelecimento e manutenção de um painel (ou quadro) de situação por parte da Equipe de

Gerenciamento de Incidentes, dispondo de forma resumida e ordenada as informações críticas do

incidente.

A fim de refletir a situação atual do incidente e das ações de resposta, sua atualização é feita pelo

Chefe da Seção de Planejamento mediante a obtenção de novas informações ou de alterações na

situação até então conhecida. Adicionalmente, uma frequência de atualização poderá ser estabelecida

pelo Comandante do Incidente de modo a atender objetivos específicos e/ou reuniões pré-agendadas.

Formulários de Suporte

Durante a emergência, todo o pessoal envolvido na resposta deverá assegurar que as informações

críticas do incidente e das ações de resposta sejam sistematicamente documentadas e arquivadas de

forma a apoiar a revisão, adequação e comunicação dos planos e procedimentos de emergência, bem

como fornecer subsídio em potenciais ações ou processos jurídicos futuros. Além dos formulários e

relatórios apresentados no APÊNDICE E outros formulários poderão ser utilizados quando

considerados necessários.

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Rev. 00 Maio/2016 27

COMUNICAÇÃO EXTERNA

O estabelecimento de uma estratégia de comunicação com as partes interessadas (stakeholders) e

com a mídia é de extrema importância durante a gestão de resposta a incidentes.

O Porto de Vila do Conde prevê em seus procedimentos a notificação inicial do incidente e envio de

atualizações da situação da emergência e das ações de resposta (comunicação pós-incidente) aos

órgãos ambientais e regulatórios, outras entidades potencialmente afetadas e à imprensa.

A emissão de tais comunicados é de responsabilidade do Assessor de Comunicação e Imprensa,

devendo os mesmos serem submetidos à aprovação do Comandante do Incidente antes do envio.

De acordo com a Lei Federal n° 9.966 de 2000 (conhecida como “Lei do Óleo”)1, todos os incidentes

com derramamento de óleo na água, devem ser imediatamente notificados às autoridades brasileiras

competentes, independentemente do volume ou tipo de óleo derramado (ex.: cru, combustível,

lubrificantes). No caso de um eventual incidente com derramamento de óleo na água durante as

atividades no Porto de Vila do Conde, a notificação inicial do incidente deverá, portanto, ser enviada

às seguintes autoridades:

o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) –

Superintendência em Belém/PA;

o ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), via SISO;

o Capitania dos Portos da Amazônia Oriental – CPAOR;

o Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA; e

Embora de caráter não obrigatório, outras instituições oficiais podem ser comunicadas ou acionadas

em caso de incidentes de poluição por óleo. Tais comunicações podem, por exemplo, ter como objetivo

favorecer a coordenação da resposta com tais entidades. São elas:

o Defesa Civil, via S2ID;

o Corpo de Bombeiros;

o Polícia Militar

o ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária);

o ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

1 A Lei 9.966/2000 dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo em águas sob jurisdição nacional.

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Rev. 00 Maio/2016 28

O formulário para notificação inicial de incidente (Formulário F01) apresentado no APÊNDICE E contém

a informação requerida pelas autoridades brasileiras. O mesmo formulário poderá ser usado para

comunicar outras partes interessadas.

Em atendimento à Resolução CONAMA n° 398 de 2008 e à Resolução ANP n° 44 de 20092, informações

regulares e relatórios técnicos complementares deverão ser submetidos aos órgãos ambientais e

regulatórios competentes.

A Tabela 8 sumariza as comunicações que deverão ser estabelecidas/mantidas desde o início até o

encerramento das ações de resposta. Outras comunicações e relatórios específicos, relacionados aos

procedimentos operacionais e à etapa de encerramento das ações de resposta estão descritas nos

itens 9 e 11, respectivamente.

2 Estabelece o procedimento para comunicação de incidentes, a ser adotado pelos concessionários e empresas autorizadas pela ANP a exercer as atividades de exploração, produção, refino, processamento, armazenamento, transporte e distribuição de petróleo, seus derivados e gás natural, biodiesel e de mistura óleo diesel/biodiesel no que couber.

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Rev. 00 Maio/2016 29

Tabela 8: Formulários e relatórios para comunicação externa.

Formulário Prazo Destinatário¹ Exigência Legal

Formulário do Sistema Integrado de Segurança

Operacional (SISO)

Imediato

ANP Lei Federal nº 9.966 de 28 de abril de 2000

Resolução CONAMA n° 398 de 2008

Resolução ANP nº 44 de 2009

F1 – Formulário Comunicação Inicial do

Incidente às Autoridades

ANP2 CPAOR SEMA IBAMA

Não aplicável (conforme

particularidades da emergência)

ANTAQ ANVISA

Corpo de Bombeiros Defesa Civil3

Não aplicável

Formulário do Sistema Integrado de

Informações sobre Desastres (S2ID)

Não aplicável (conforme

particularidades da emergência)

Defesa Civil Não aplicável

Notificação Preliminar de Desastre3 (NOPRED)

R01 – Relatório detalhado do incidente

(ANP)

Até 30 dias após ocorrência do

incidente ANP Resolução ANP n° 44 de 2009

Legenda: ¹ ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária; ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários; CPAOR – Capitania dos Portos da Amazônia Oriental; SEMA – Secretaria de Estado de Meio Ambiente. 2 Conforme diretrizes fornecidas no site da ANP (www.anp.gov.br), a comunicação inicial a ANP só deverá ser feita através do formulário F01 (a ser enviado via e-mail/fax) em situação em que o SISO encontrar-se inoperante. 3 A comunicação inicial a Defesa Civil só deverá ser feita através do NOPRED (a ser enviado via e-mail/fax) em situação em que o S2ID encontrar-se inoperante.

O APÊNDICE B e o APÊNDICE E apresentam, respectivamente, os meios pelos quais as referidas

autoridades deverão ser notificadas e os modelos/conteúdo requerido para os formulários de

notificação e atualização do incidente, desenvolvidos com base nas legislações mencionadas

anteriormente.

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PROCEDIMENTO PARA GESTÃO DOS RECURSOS DE RESPOSTA

Durante um incidente, é de suma importância que sejam estabelecidos procedimentos de

gerenciamento dos recursos de resposta a fim de aperfeiçoar a utilização dos mesmos e aumentar a

eficácia das operações.

O Porto de Vila do Conde manterá um inventário de equipamentos de resposta dedicados e

prontamente disponíveis para qualquer acidente de derramamento de óleo e escape de carga viva nas

águas da Baía de Marajó proveniente de suas atividades.

O inventário dos recursos táticos disponíveis é apresentado no item 8.

MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS TÁTICOS E INSTALAÇÕES

Os procedimentos para mobilização de recursos abrangem ações de ativação/solicitação, transporte e

atribuição de recursos humanos e materiais. Neste item serão discutidos os procedimentos para

mobilização de recursos táticos (operacionais). Os procedimentos para a mobilização de recursos

humanos estão descritos no item 6.

No caso dos recursos táticos dedicados à primeira resposta, o Comandante do Incidente (Coordenador

das Ações de Resposta) deverá garantir a notificação e mobilização das embarcações de resposta e

demais recursos necessários para a operacionalização das estratégias descritas neste PAE. Havendo

necessidade de escalonar as ações de resposta, funções da Equipe de Gerenciamento de Incidentes

poderão ser acionadas para assumir o gerenciamento do incidente, e consequentemente, apoiar a

mobilização de recursos táticos adicionais (ex.: Chefe da Seção de Logística).

Resumidamente, as responsabilidades dos membros da Equipe de Gerenciamento de Incidentes

quanto à mobilização de recursos táticos adicionais são:

O Comandante do Incidente (Coordenador das Ações de Resposta) é responsável por

estabelecer os objetivos das ações de resposta ao incidente, aprovar pedidos de recursos

adicionais e estabelecer os limites de competência da EOR;

O Chefe da Seção de Operações (com apoio dos membros da Equipe de Resposta Tática) é

responsável por identificar a necessidade de mobilização de recursos táticos adicionais,

designar uma atribuição aos mesmos e supervisionar seus usos a fim de garantir o alcance dos

objetivos de resposta;

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Rev. 00 Maio/2016 31

O Chefe da Seção de Planejamento é responsável por garantir que seja mantido o resumo da

situação dos recursos (inventário);

O Chefe da Seção de Logística é responsável por ordenar recursos táticos adicionais e garantir

sua entrega nos locais e prazos estabelecidos pelo Chefe da Seção de Operações.

A Figura 7 apresenta um fluxograma ilustrativo do processo de mobilização de recursos táticos.

Figura 7: Processo de mobilização de recursos táticos.

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Rev. 00 Maio/2016 32

DESMOBILIZAÇÃO DE RECURSOS E INSTALAÇÕES

As operações de desmobilização visam ao retorno ordenado, seguro e eficiente de um recurso ao seu

local de origem, bem como seu enquadramento e status. Essas ações devem ser avaliadas e conduzidas

ao longo de toda a resposta a emergência a fim de que os recursos sem atribuição em um determinado

momento ou área de operação possam ser disponibilizados para outras áreas de operação ou,

retornados a área/base de apoio ou fornecedor.

Aspectos que podem ser utilizados como indicadores de potencial necessidade de conduzir as ações

de desmobilização incluem:

Recursos mobilizados sem atribuição prevista no curto prazo;

Excesso de recursos identificados durante o processo de planejamento;

Objetivos das ações de resposta alcançados.

A Figura 8 apresenta uma visão geral do processo de desmobilização de recursos táticos.

Figura 8: Processo de desmobilização de recursos táticos.

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Rev. 00 Maio/2016 33

Até a desmobilização completa e encerramento das ações de resposta (descrito no item 11), o Porto

de Vila do Conde deverá manter mobilizadas as funções da EOR e recursos táticos necessários para

garantir o controle da situação, a resposta rápida a eventuais mudanças no cenário acidental e para

controlar os riscos de ocorrência de outras emergências, como resultado do incidente inicial.

DESCONTAMINAÇÃO DE RECURSOS E INSTALAÇÕES EM INCIDENTES COM DERRAMAMENTO DE

ÓLEO

De forma similar às ações de desmobilização, a descontaminação de recursos deve ser avaliada e

conduzida ao longo de toda a resposta a emergência.

Os objetivos das ações de descontaminação são:

Minimizar o contato da equipe de resposta com o óleo e outros contaminantes;

Evitar a contaminação de áreas, equipamentos e população não impactados;

Remover os contaminantes dos equipamentos para permitir a sua reutilização.

Desse modo, todos os recursos humanos e/ou materiais que estiverem em rota de saída da região do

incidente (conhecida como “Zona Quente”, ou “Zona de Exclusão”) deverão ser submetidos à

descontaminação (a ser realizada na região conhecida como “Zona Morna”, ou “Zona de Redução da

Contaminação”), antes que adentrem regiões não contaminadas (“Zona Fria”), conforme ilustrado na

Figura 9.

Figura 9: Representação esquemática dos locais de descontaminação (situados na “Zona Morna”) no zoneamento das áreas de resposta à emergência. (Fonte: Witt|O’Brien’s, 2014).

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Rev. 00 Maio/2016 34

Cabe ao Chefe da Seção de Logística estabelecer as instalações de descontaminação e coordenar a

limpeza de todos os recursos humanos e materiais utilizados na emergência, incluindo neste caso os

Equipamentos de Proteção Individuais contaminados (EPI) que poderão ser limpos ou descartados,

conforme o caso.

O procedimento de descontaminação a ser adotado deverá ser estabelecido com o suporte de

especialistas, considerando o tipo de produto e do grau de contaminação associado.

Entretanto, ressalta-se que, de acordo com a Resolução CONAMA n° 472 de 2015, o uso de

dispersantes químicos é proibido nas operações de descontaminação de instalações portuárias,

embarcações e equipamentos utilizados na operação de resposta ao derrame de petróleo ou

derivados.

Adicionalmente, o gerenciamento dos resíduos gerados durante as ações de descontaminação deve

seguir o disposto no item 9.11.

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Porto de Vila do Conde – Barcarena, PA

Rev. 00 Maio/2016 35

8. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE RESPOSTA

Os critérios para o cálculo das quantidades mínimas de equipamentos/materiais a serem

disponibilizados seguiram as boas práticas internacionais, a experiência pretérita de especialistas e as

diretrizes da Resolução CONAMA nº 398/08, conforme detalhado no APÊNDICE F. Nesse sentido, foi

considerado como Descarga de Pior Caso – DPC, o volume do maior tanque de combustível do maior

navio de transporte de carga viva que possa utilizar o Porto de Vila do Conde para embarque de animais

(747,4 m³).

Os equipamentos necessários para a operacionalização dos procedimentos previstos neste plano

estarão armazenados no Porto de Vila do Conde (Tabela 9), e disponíveis mediante o acionamento,

com um tempo de mobilização considerado imediato.

A pronta disponibilidade desses recursos é assegurada através de um contrato com uma empresa

especializada em resposta a emergências (ANEXO D), que opera no porto em regime de prontidão 24

horas por dia.

Adicionalmente, outros recursos para a operacionalização das diferentes técnicas de resposta poderão

ser obtidos junto a prestadores específicos destes serviços.

Tabela 9: Equipamentos e materiais de resposta disponíveis no Porto de Vila do Conde.

Equipamento/Material Quantidade

Embarcação de resposta (com no mínimo 12 m de comprimento, motor de 180 hp) 1 unidades

Lancha de apoio (com no mínimo 7 m de comprimento, motor de 25 hp) 1 unidades

Barreira portuária para cerco preventivo 610 m

Barreira portuária para proteção de áreas sensíveis 150 m

Barreira de rápido lançamento para proteção de áreas sensíveis 200m

Barreira para contenção da mancha de óleo no rio (Current Buster 2) 1

Barreira desenvolvida para contenção de carcaça na água 600 m

Barreira absorvente 1000 m

Manta absorvente 1000 m

Turfa orgânica 1000 kg

Recolhedor (20 m³/h) 1 unidade

Tanque flutuante (10 m³) 3 unidades

Tanque terrestre (10 m³) 3 unidades

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Rev. 00 Maio/2016 36

A seguir, na Tabela 10 é apresentada a relação de equipamentos de proteção individual (EPI)

recomendados para utilização pela equipe de combate a emergência.

Tabela 10: Relação de equipamentos de proteção individual (EPI) por kit.

Equipamento/Material Quantidade por kit

Luvas de segurança pigmentada 01 par

Luvas de PVC (cano longo) 01 par

Luvas de vaqueta 01 par

Óculos de Segurança de ampla visão 01 unidade

Capacete de segurança com jugular 01 unidade

Macacão de segurança em tecido 01 unidade

Macacão Tyvek 01 unidade

Colete salva-vidas 01 unidade

Protetores auriculares 01 par

Botas de Borracha 01 par

Botas de segurança com biqueira de aço 01 par

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Rev. 00 Maio/2016 37

9. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DE RESPOSTA

Os procedimentos operacionais e técnicas de resposta em caso de derramamento de óleo ou escape

de carga viva nas águas da Baía de Marajó apresentados nesta seção poderão ser empregados

individualmente ou em conjunto, dependendo das características do incidente (como por exemplo,

tipo e volume de óleo derramado e situação da descarga), das condições meteoceanográficas e dos

aspectos legais e de segurança envolvidos.

Neste contexto, a decisão pela(s) estratégia(s) de resposta mais adequada(s) está sujeita a uma

avaliação permanente do cenário acidental e atualização contínua do Plano de Ação de Resposta,

através de um esforço conjunto das equipes de gerenciamento e de resposta tática do Porto de Vila

do Conde. Ressalta-se, contudo, que as ações de resposta previstas no Plano de Ação deverão ser

executadas respeitando-se, sempre, as seguintes prioridades de resposta:

Segurança das operações, da equipe de resposta e população;

Proteção do meio ambiente; e

Proteção dos ativos da empresa.

SAÚDE E SEGURANÇA DURANTE AS OPERAÇÕES DE RESPOSTA

O Assessor de Saúde e Segurança ou pessoa designada é responsável por estabelecer medidas para

que as operações de resposta possam ser realizadas com saúde e segurança para toda a equipe

envolvida. Assim, cabe ao mesmo o estabelecimento de zonas de segurança; a identificação de perigos

e a elaboração do(s) plano(s) de segurança específicos das ações de resposta.

Não obstante, todos os envolvidos nas ações de resposta a um incidente devem atuar de forma a

priorizar os aspectos ligados à sua própria segurança e à segurança das operações. Neste contexto, o

checklist abaixo apresentado descreve os itens gerais de segurança que deverão ser seguidos por todos

envolvidas nas ações de resposta:

Receber um briefing de segurança do seu supervisor ou do Assessor de Saúde e Segurança

antes de iniciar as atividades;

Ler a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) dos produtos relativos

ao cenário acidental e daqueles a serem utilizados durante a resposta;

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Rev. 00 Maio/2016 38

Utilizar o equipamento de proteção individual (EPI) adequado, conforme orientado pelo seu

supervisor, Assessor de Saúde e Segurança ou pessoa designada;

Avaliar regularmente a segurança das operações de resposta e informar a existência de

condições de risco (por exemplo, risco de incêndio e explosão, exposição química, segurança

em operações marítima, dentre outros);

Reportar quaisquer condições inseguras ao seu supervisor e ao Assessor de Saúde e Segurança

ou pessoa designada (conforme estabelecido no protocolo de comunicação interno);

Não executar qualquer tarefa para a qual não tenha sido devidamente treinado e solicitado;

Manter a integridade das zonas de segurança (quente, fria) a fim de prevenir a disseminação

da contaminação;

Reportar qualquer acidente e/ou lesões para o seu supervisor e seguir os procedimentos de

evacuação médica, quando necessários;

Seguir os procedimentos de descontaminação estabelecidos; e

Segregar os resíduos gerados de acordo com o procedimento estabelecido, conforme indicado

pelo Plano de Gerenciamento de Resíduos (item 9.11).

SISTEMA DE ALERTA DE INCIDENTES

A identificação de um eventual incidente e a rápida ativação do PAE constituem procedimentos

decisivos para a eficiência da resposta. Por este motivo as equipes envolvidas nas atividades do Porto

de Vila do Conde deverão estar capacitadas para a pronta resposta inicial e eficiente ativação da EOR.

Caso o incidente seja detectado por tripulantes de embarcações envolvidas em operações no terminal,

o mesmo deverá ser inicialmente comunicado à sala de controle da embarcação - utilizando-se o ramal

interno para comunicação de emergências, transceptores portáteis utilizados pelos operadores ou

acionando-se o alarme geral de emergência – para que então seja informado à equipe do Porto de Vila

do Conde. Nos demais casos, a comunicação deverá ser feita diretamente ao Porto de Vila do Conde,

sendo para tal utilizado sistema de rádio VHF.

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Rev. 00 Maio/2016 39

A comunicação do incidente ao Porto de Vila do Conde deverá ser direcionada ao funcionário

responsável pela operação em questão e posteriormente ao Comandante do Incidente (Coordenador

das Ações de Resposta) para que a cadeia de comunicação descrita no item 6 seja iniciada e as ações

para interrupção da descarga de óleo e/ou transferência de carga viva e atendimento a emergência

sejam efetuadas prontamente.

PROCEDIMENTO PARA A INTERRUPÇÃO DA DESCARGA DE ÓLEO

De modo geral, independente da fonte do incidente, as ações para interrupção da descarga de óleo

deverão ser feitas associadas ao isolamento imediato da área e do isolamento/interrupção de todas

as possíveis fontes de ignição3, seguido da implementação de monitoramento de explosividade.

Adicionalmente, em cenários que envolverem vazamento de gás, será necessário realizar a evacuação

da área no entorno, a fim de evitar a exposição e possível intoxicação de pessoas que se encontrem

nas proximidades do local do incidente.

Em caso de derramamento de óleo proveniente de embarcações (hipóteses acidentais #11 a #13 e #15

a #17), o responsável pela embarcação avariada deverá – conforme aplicável – realizar os seguintes

procedimentos: transferência entre tanques, tamponamento de tanques e tamponamento de

suspiros.

Nos casos em que o derramamento ocorrer no interior da embarcação, a tripulação deverá utilizar

absorventes (provenientes do kit SOPEP - Shipboard Oil Pollution Emergency Plan) para

evitar/minimizar a chegada do poluente ao meio aquático;

3 São fontes de ignição – fogo, superfície quente, centelha ou faísca, produtos químicos (reativos, catalisadores etc.), eletricidade estática, compressão, descarga elétrica, descarga atmosférica, motores a combustão (cano de descarga) etc.

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Rev. 00 Maio/2016 40

PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA MANCHA DE ÓLEO E DISPERSÃO DE

CARCAÇAS

Conforme descrito anteriormente, a definição dos procedimentos operacionais de resposta depende,

dentre outros aspectos, do tipo e volume de óleo derramado e do quantitativo de animais, podendo

essas informações serem obtidas através de medições diretas dos sistemas de controle ou através de

métodos de estimativa visuais, sendo fundamental nesse último caso o estabelecimento de

procedimentos e critérios padrões, garantindo a consistência das informações e possibilidade de

avaliação comparativa da evolução do incidente ao longo do tempo.

No que diz respeito à caracterização do tipo e volume de óleo na água, o Porto de Vila do Conde

adotará como padrão o método de estimativa da aparência e volume de óleo indicada no Bonn

Agreement Oil Appearance Code (BAOAC), conforme descrito na Tabela 11. Esta avaliação deve ser

realizada com cautela e, preferencialmente, por profissionais capacitados.

Tabela 11: Dados de espessura e volume associado a diferentes aparências do óleo Bonn Agreement Oil Appearance Code - BAOAC adaptado de A. Allen (Fonte: OSRL,2011).

Código / Aparência

Exemplo Espessura (µm) Volume

(m³/km²)

Cod.1 Brilhosa (sheen)

0,04 – 0,30 0,04 – 0,3

Cod.2 Arco-íris

(rainbow)

0,30 – 5,0 0,3 – 5

Cod.3 Metálica (metallic)

5,0 – 50,0 5– 50

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Rev. 00 Maio/2016 41

Tabela 11: Dados de espessura e volume associado a diferentes aparências do óleo Bonn Agreement Oil Appearance Code - BAOAC adaptado de A. Allen (Fonte: OSRL,2011).

Código / Aparência

Exemplo Espessura (µm) Volume

(m³/km²)

Cod.4 Descontínua (discontinous

true color)

50,0 – 200,0 50– 200

Cod.5 Contínua

(Continous true color)

> 200,0 > 200

Emulsificado

Similar ao Cod.5 Similar ao Cod.5

O conhecimento da direção e velocidade da deriva da mancha também auxilia imediatamente a equipe

de resposta na definição das estratégias de resposta imediatas uma vez que subsidia a identificação

preliminar das áreas com prioridades de resposta. Assim, o Porto de Vila do Conde adotará como

método para estimativa inicial da deriva do óleo na superfície da água um cálculo simplificado, que

considera que o transporte do óleo (intensidade e direção) é influenciado em 100% pela corrente e

em 3% pelo vento.

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Rev. 00 Maio/2016 42

Desse modo, a título de exemplo, para um determinado cenário acidental ocorrido no período de verão

(dezembro a junho), com ventos de 20 nós com direção NE-ENE4 e corrente de 1,5 nós com direção

WNW-NW5, seria obtida uma deriva estimada com velocidade de aproximadamente 1,8 nós na direção

W-WNW. A Figura 10 ilustra estes fatores que influenciam o deslocamento do óleo na água, com o

exemplo de cálculo da deriva considerando as condições predominantes no período de verão descritas

acima.

Figura 10: Exemplo de cálculo da deriva da mancha de óleo na água nas condições predominantes do período de verão (dezembro a junho). (Fonte: Witt|O’Brien’s).

Similarmente, para um determinado cenário acidental ocorrido no período de inverno (março e

agosto) com ventos de 20 nós com direção E-SE e corrente de 1,5 nós com direção NW-NNW, seria

obtida uma deriva estimada de aproximadamente 2 nós na direção NW-NNW. A Figura 11 ilustra o

exemplo de cálculo da deriva da mancha de óleo, considerando as condições descritas acima.

4 A direção do vento indica o ponto cardeal de onde VEM o vento;

5 A direção da corrente indica o ponto cardeal para onde VAI a corrente.

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Rev. 00 Maio/2016 43

Figura 11: Exemplo de cálculo da deriva da mancha de óleo na água nas condições predominantes do período de inverno (março e agosto). (Fonte: Witt|O’Brien’s).

Adicionalmente diferentes técnicas de avaliação e monitoramento da mancha e carcaças estarão

disponíveis no caso de um incidente durante as atividades do Porto de Vila do Conde. Essas técnicas

poderão ser adotadas individual ou complementarmente, conforme as características do incidente

e/ou restrições e limitações ambientais e operacionais. Sempre que possível, no entanto, a equipe de

gerenciamento deverá optar pela utilização combinada das técnicas de avaliação e monitoramento,

estratégia que permite a mútua validação das informações obtidas através de cada técnica empregada,

auxiliando no processo de tomada de decisão.

Neste contexto, a definição das técnicas a serem empregadas durante as ações de resposta, incluindo

a forma, frequência e recursos necessários é responsabilidade da Equipe de Gerenciamento de

Incidentes, sendo sua execução sujeita à aprovação do Comandante do Incidente ou pessoa designada.

Para tal definição deverão ser consideradas as informações de campo fornecidas pela Equipe de

Resposta Tática e, se necessário, deverá ser solicitado o apoio de especialistas técnicos.

As estratégias para avaliação e monitoramento da mancha de óleo e deriva de carcaça incluem:

Observação Visual por Embarcação;

Observação por Sobrevoo;

Modelagem de Dispersão e Deriva de Óleo e Carcaça;

Sensoriamento Remoto por Imagens de Satélite;

Amostragem de Óleo.

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Rev. 00 Maio/2016 44

OBSERVAÇÃO VISUAL POR EMBARCAÇÃO

Consiste no monitoramento visual da mancha e/ou de carcaças por tripulantes das embarcações

envolvidas na resposta, visando avaliar, no caso por exemplo de derramamento de óleo, as dimensões,

deriva e aparência da mancha, devendo esta ser feita com base na metodologia do Bonn Agreement

(BAOAC, 2011), descrito anteriormente.

Este monitoramento deve ser realizado, preferencialmente, do ponto mais alto da embarcação, para

maior campo de visão.

Em incidentes de grande magnitude, outras técnicas (como, por exemplo, observação por sobrevoo)

devem ser consideradas, uma vez que a altura típica de observação em embarcações geralmente não

permite a caracterização das dimensões e da aparência de manchas de grande extensão e/ou grande

quantidade de carcaças dispersadas.

OBSERVAÇÃO POR SOBREVOO

Consiste na observação de área(s) pré-selecionada(s) por profissionais a bordo de aeronaves, que

estejam capacitados a reconhecer a presença de carcaças e/ou óleo e outras habilidades, conforme

objetivo estabelecido para o sobrevoo. As operações de monitoramento por sobrevoo apresentam

uma ampla gama de aplicações, incluindo:

Identificação da origem e localização do incidente;

Avaliação da aparência e dimensões da mancha de óleo (para a estimativa de volume,

avaliação do processo de intemperismo, entre outros). Neste caso, assim como na observação

por embarcação, a metodologia do Bonn Agreement (BAOAC, 2007) deverá ser empregada;

Avaliação do deslocamento da mancha e/ou carcaças e identificação de áreas potencialmente

impactadas;

Avaliação da extensão dos impactos do incidente no rio ou na margem, incluindo a fauna;

Avaliação do status e eficiência de outras operações de resposta (por exemplo, contenção e

recolhimento, dispersão mecânica, resgate de fauna), assim como para passagem de

orientações quanto à área de maior concentração de óleo e/ou carcaças, presença de fauna

impactada, entre outros.

O estabelecimento dos objetivos e do programa do sobrevoo é responsabilidade do Chefe da Seção de

Planejamento, com apoio do Chefe da Seção de Operações e do Chefe da Seção de Logística.

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Rev. 00 Maio/2016 45

Ressalta-se, no entanto, que, durante o planejamento desta estratégia, os objetivos do sobrevoo

deverão ser alinhados entre os interessados, a fim de permitir a adequada seleção da aeronave (que

pode ser asa fixa ou rotativa), dos especialistas, dos recursos de suporte e dos relatórios e registros

das operações a serem gerados, bem como o estabelecimento do melhor cronograma.

Para a realização desta ação, o Porto de Vila do Conde poderá utilizar funcionários próprios

capacitados ou empresa terceirizada.

A mobilização dos recursos humanos e materiais necessários para a operacionalização da estratégia

de observação por sobrevoo deverá ser realizada conforme descrito no item 7.2.

MODELAGEM DE DISPERSÃO E DERIVA DE ÓLEO E DE CARCAÇAS

Consiste na utilização de modelos computacionais para previsão da deriva e dispersão da mancha de

óleo e carcaças, bem como para estimativa da distribuição do óleo diante dos processos de

intemperismo (evaporação, sedimentação, espalhamento, entre outros).

Enquanto o monitoramento por sobrevoo apresenta um retrato da situação atual, os resultados da

modelagem indicam um prognóstico de como e em quanto tempo o óleo e as carcaças serão

dispersados, indicam as áreas sujeitas ao toque e balanço de massa. Dessa forma, as duas estratégias

são complementares, e auxiliam na definição de um plano de ação de curto, médio e longo prazo.

O Porto de Vila do Conde poderá solicitar a modelagem de dispersão e deriva de óleo e carcaças,

devendo fornecer as seguintes informações:

Para incidentes com óleo:

o Características do óleo derramado (tipo, grau API, densidade, viscosidade);

o Regime do vazamento (instantâneo ou contínuo);

o Estimativa de volume derramado;

o Data e hora do incidente;

o Coordenadas geográficas do local do incidente (latitude, longitude).

Para incidentes com carga viva:

o Estimativa quantidade de animais;

o Data e hora do incidente;

o Coordenadas geográficas do local do incidente (latitude, longitude).

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O relatório de modelagem deverá apresentar resultados da dispersão e deriva de carcaças e da mancha

de óleo (apresentado sob o formato de curvas probabilísticas de concentração de óleo); da espessura

média de óleo na superfície; e do balanço de massa em diferentes momentos após o início estimado

da ocorrência do incidente (ex.: 2, 6, 12, 36 e 72 horas). A Figura 12 exemplifica as saídas dos resultados

através de modelos.

A

B

C

D

Figura 12: Exemplos de resultados de saída de modelos computacionais: A - Probabilidade de

presença de óleo na superfície (modo probabilístico); B - Tempo mínimo de chegada de óleo na superfície (modo probabilístico); C - Probabilidade de presença de carcaças (modo probabilístico); B -

Tempo mínimo de chegada de carcaças (modo probabilístico). Fonte: Prooceano, 2016).

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Rev. 00 Maio/2016 47

É válido ressaltar que as informações levantadas que retratam situações reais (monitoramento aéreo

e imageamento por satélites) devem ser cruzadas com os resultados das modelagens, de forma a

permitir que estes últimos sejam calibrados e que sejam feitos os ajustes necessários ao modelo para

convergir para a situação observada. Dessa forma, confirma-se que a estratégia de modelagem de

dispersão e deriva de óleo e de carcaças é complementada pela observação aérea (por sobrevoo) e

pelo sensoriamento remoto por imagens de satélite, que orientam o planejamento de um

monitoramento, com ações de curto, médio e longo prazo.

SENSORIAMENTO REMOTO POR IMAGENS DE SATÉLITE

A presente técnica de monitoramento consiste na utilização de imagens de satélite para detectar e

monitorar derramamentos de óleo na água.

O sensoriamento remoto por satélite poderá ser solicitado ao longo de todo o gerenciamento das

ações de resposta, sendo os relatórios emitidos de acordo com a cobertura de satélite da empresa no

momento da solicitação de imagens.

Ao solicitar o monitoramento remoto por satélites, as seguintes informações deverão ser fornecidas à

empresa:

Área de interesse (latitude, longitude);

Data(s) e horário(s) de interesse.

A Figura 13 apresenta um exemplo de imagem obtida do sensoriamento remoto por satélites.

Figura 13: Exemplo de imagem obtida do sensoriamento remoto por satélites (Fonte: NOAA, 2015).

Mancha de óleo

Mancha de óleo

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Rev. 00 Maio/2016 48

AMOSTRAGEM DE ÓLEO

A coleta de amostras de óleo no rio, nas margens e no tanque de embarcações ou de outras fontes

suspeitas6 - caso não se conheça o responsável pela poluição - é de fundamental importância para

posterior identificação da origem do derramamento, a ser feita através de análise laboratorial.

Adicionalmente, a coleta de amostra é de grande relevância para a avaliação do estado de

intemperização do óleo derramado (sendo tal informação utilizada para orientar as estratégias de

resposta) e para caracterização de parâmetros referentes à qualidade de água.

O Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras - elaborado pela CETESB (Companhia Ambiental

do Estado de São Paulo) – destaca a importância de que todas as etapas (coleta, acondicionamento,

transporte, armazenamento, até o momento do ensaio) sejam realizadas conforme procedimentos

estabelecidos, a fim de evitar/minimizar alterações morfológicas, fisiológicas e de densidades

populacionais dos constituintes.

Com objetivo de permitir uma avaliação inicial rápida, kits de amostragem da mistura do óleo no

ambiente marinho deverão estar disponibilizados no Porto de Vila do Conde.

MONITORAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Considerando os possíveis impactos gerados pelo derramamento de óleo e/ou a escape de carga viva

na Baía de Marajó, em caso de incidente deverá ser monitorada a qualidade da água e dos sedimentos

de fundo do corpo hídrico em questão e de seus afluentes, bem como do solo e da vegetação em suas

margens. O APÊNDICE H apresenta uma proposta de metodologia e recomendações sobre os

parâmetros mínimos indicados para a realização do monitoramento ambiental. Vale ressaltar, que tal

proposta deverá ser utilizada como um guia para elaboração do Plano de Monitoramento, podendo

ser revisada de acordo com as características e dimensões de cada incidente.

6 OBS.: Caso existam dificuldades de acesso a embarcações suspeitas para efetuar a coleta do óleo de tanques, solicitar apoio

da Capitania dos Portos (informações de contato são apresentadas no APÊNDICE B).

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Rev. 00 Maio/2016 49

PROCEDIMENTOS PARA CONTENÇÃO E RECOLHIMENTO

PROCEDIMENTOS PARA CONTENÇÃO E RECOLHIMENTO DE ÓLEO

Na ocorrência de um incidente envolvendo derramamento de óleo nas águas da Baía de Marajó

durante as atividades no Porto de Vila do Conde, os procedimentos para contenção e recolhimento do

óleo derramado deverão ser priorizados, quando aplicáveis.

A estratégia de contenção do óleo consiste na utilização de barreiras flutuantes para restringir o

transporte do óleo na superfície da água, tendo como objetivo concentrá-lo (quando para fins de

recolhimento) e/ou impedir seu deslocamento para locais específicos (ex.: áreas sensíveis, áreas de

interesse econômico).

A estratégia de recolhimento se refere tipicamente ao emprego de recolhedores mecânicos (skimmers)

para remoção do óleo presente na camada superficial da coluna d’água (em função da diferença de

densidade do óleo em relação à água). Ressalta-se que o funcionamento dos skimmers não se dá

ininterruptamente durante toda a operação, sendo o equipamento ligado apenas nos momentos em

que for obtida concentração suficiente de óleo.

Outra técnica relativa à estratégia de recolhimento consiste na utilização de materiais absorventes

(barreiras, mantas etc.) para remoção do óleo, devendo os mesmos serem periodicamente recolhidos

e repostos depois de esgotada sua capacidade de absorção.

Embora a contenção de óleo e o seu recolhimento consistam em estratégias de resposta

independentes, as mesmas são usualmente empregadas de maneira conjunta, dada o caráter

complementar que possuem. Assim, são apresentadas de maneira associada no presente capítulo.

Nesse âmbito, um dos desafios identificados para implantação de estratégias de contenção e

recolhimento nas operações localizadas na Baía de Marajó, são as fortes correntes que podem ocorrer

na região (intensidade maior que 2 nós, por exemplo). Essas fortes correntes, conjugadas com ventos

de intensidade alta, geram uma condição propicia para comprometimento a eficácia das barreiras de

contenção convencionais.

Considerando essas características da região e com o objetivo de obter maior eficácia em eventuais

operações de resposta, foram selecionados no mercado, além das barreiras de contenção

convencionais, sistemas de contenção e recolhimento específicos para operação em ambientes com

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Rev. 00 Maio/2016 50

corrente de forte intensidade e equipamentos de rápido lançamento em virtude da proximidade de

ambientes sensíveis próximos ao porto (ANEXO E).

As condições ambientais momentâneas no local do incidente (como velocidade da corrente,

velocidade do vento e maré, por exemplo) juntamente com as características do incidente (espessura

e dispersão da mancha) influenciarão diretamente na escolha e consequente eficiência de

operacionalização das estratégias de contenção e recolhimento possíveis de serem utilizadas. Assim

sendo, dentre as diferentes modalidades táticas para contenção e recolhimento previstas no âmbito

da resposta a derramamentos de óleo durante as atividades do Porto de Vila do Conde, constam:

Cerco completo/parcial;

Deflexão (aproximação e afastamento);

Exclusão;

Formação de contenção e recolhimento convencional;

Formação de contenção e recolhimento com equipamento específico para ambientes com

ocorrência de correntes com forte intensidade;

Formação de contenção e recolhimento com barreira absorvente;

Recolhimento passivo (proteção de áreas sensíveis).

Os recursos necessários para a composição das configurações de contenção e recolhimento descritas

neste PAE são apresentados no item 8, dimensionados conforme requisitos da Resolução CONAMA

nº 398/08.

Complementarmente ao descritivo apresentado a seguir, no APÊNDICE G são apresentadas fichas

operacionais individuais com maior detalhamento de cada uma das modalidades em questão, tais

quais: passo-a-passo de cada operação, considerações ambientais, de segurança e de comunicação.

Cerco completo/parcial

O cerco completo/parcial é usualmente utilizado nos primeiros estágios de derramamentos

provenientes de embarcações a fim de conter o espalhamento do óleo (favorecendo o posterior

recolhimento), sendo aplicável a cenários de vazão reduzida de óleo e vento/corrente de baixa

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intensidade. A técnica consiste na instalação de barreiras ao redor da fonte de poluição na forma de

um cerco contínuo (Figura 14) ou parcial (Figura 15 – em cenários em que o costado da embarcação,

estruturas portuárias e/ou trechos em terra possam ser utilizados como estrutura de contenção do

óleo). OBS: eventualmente, pode-se estabelecer uma pequena abertura para a entrada de

embarcações de resposta).

Figura 14 – Cerco completo com barreiras de contenção.

Figura 15 – Cerco parcial com barreiras de contenção.

Conforme ilustrado na Figura 14 e Figura 15, recolhedores (skimmers) poderão ser posicionados no

interior dos cercos de modo a promover a remoção do óleo.

Complementarmente ao uso de skimmers, o recolhimento poderá ser promovido pela utilização de

materiais absorventes no interior do cerco.

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Deflexão

A estratégia de deflexão consiste no direcionamento de mancha de óleo através do posicionamento

de barreiras de contenção em ângulo de inclinação adequado à intensidade das correntes (para evitar

o transpasse de óleo). Trata-se de uma técnica aplicável, sobretudo, em ambientes de águas rápidas,

com correntes superiores a 01 (um) nó.

O direcionamento da mancha poderá ser feito tanto no sentido de afastamento do óleo de áreas

sensíveis (Figura 16, com barreiras fixas e Figura 17, com embarcações), como para aproximação do

mesmo de locais de menor sensibilidade (Figura 18) (ex.: áreas de recolhimento previamente

mapeadas) aonde poderá ser realizado recolhimento/limpeza (feito através de skimmers e/ou material

absorvente), evitando que atinja locais de maior relevância.

Figura 16 – Deflexão com barreiras de contenção fixas (afastamento).

Figura 17 – Deflexão com barreiras de contenção – com embarcações (afastamento).

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Figura 18 – Deflexão com barreiras de contenção (aproximação).

Exclusão

A técnica de exclusão consiste na utilização de barreiras com o objetivo de excluir e proteger ambientes

ecologicamente sensíveis e/ou de importância socioeconômica da presença do óleo (Figura 19).

Figura 19 – Exclusão com barreiras de contenção e barreiras absorventes.

Conforme ilustrado na Figura 19, além das barreiras de contenção, poderão ser utilizadas barreiras

absorventes de modo a reforçar o isolamento promovido.

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Formação de contenção e recolhimento convencional

Tal modalidade de resposta consiste no reboque de barreiras de contenção por embarcações, de modo

a criar regiões de maior concentração de óleo, na qual são posicionados recolhedores mecânicos a fim

de remover o produto do ambiente aquático.

Diferentes formas de aplicação da técnica de formação com embarcações (recolhimento mecânico)

podem ser evidenciadas, entretanto o modo mais usual faz uso de 02 (duas) ou (03) embarcações,

barreiras de contenção e 01 (um) recolhedor de óleo. Nessa modalidade, após o lançamento das

seções de barreira e da recuperação da sua extremidade por uma segunda embarcação, é realizado o

reboque da barreira, sendo estabelecida uma formação em “U” ou em “J” a fim de conter a mancha e

concentra-la até que se obtenha espessura de óleo suficiente para um recolhimento eficiente (com

baixo teor de água).

Uma vez obtido esse resultado, o recolhedor é posicionado no seio da barreira na zona de maior

concentração do óleo, permitindo o início do recolhimento, conforme ilustrado na Figura 20 e Figura

21.

Figura 20 – Contenção e recolhimento convencional com 03 (três) embarcações - Formação em "U".

Figura 21 - Contenção e recolhimento convencional com 02 (duas) embarcações - Formação em "J".

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Formação de contenção e recolhimento com equipamento específico para ambientes com

ocorrência de correntes com alta intensidade

No caso da formação com equipamento específico para correntes com alta intensidade, foi

selecionado no mercado o sistema Current Buster 2, que apresentou uma das melhores performances

em várias demonstrações e competições internacionais envolvendo tecnologias de contenção e

recolhimento para águas rápidas.

Para realização da formação com Current Buster 2, as extremidades da barreira estarão conectadas a

embarcações, que deverão manter a boca da formação aberta direcionando-a ao encontro do óleo.

Adicionalmente, o equipamento possui um sistema de armazenamento temporário acoplado de 15m3

que auxilia na separação do óleo da água, sendo o poluente posteriormente recolhido diretamente

pelo recolhedor (Figura 22). Esse tipo de sistema permite que as operações de varredura do óleo sejam

feitas contra ou a favor da direção da corrente, conferindo ao sistema um maior poder de manobra.

Maiores detalhes sobre as especificações e componentes do Current Buster 2 poderão ser

identificados no ANEXO E.

Figura 22 – Esquema ilustrativo da configuração de contenção com o Current Buster

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Formação de contenção e recolhimento com barreira absorvente

A presente técnica consiste no uso de barreiras absorventes para a contenção e recolhimento de óleo,

podendo ser realizada em duas formações diferentes dependendo da extensão e do tipo de óleo

vazado. A formação em “U” (Figura 23) utiliza duas embarcações de resposta para o reboque da

barreira em vazamentos de óleos leves e médios que ocupem extensões maiores. Em situações de

vazamento de pequenos volumes de óleo pesado, a formação utilizada é em “caracol” (Figura 24) em

que uma embarcação navega em círculos em torno da mancha.

Nessa modalidade o recolhimento é promovido pela própria barreira absorvente.

Figura 23 – Formação em “U” de contenção e recolhimento com barreira absorvente.

Figura 24 - Formação em "caracol" de contenção e recolhimento com barreiras absorventes

Recolhimento passivo

A técnica de recolhimento passivo consiste na instalação de barreiras absorventes fixas em locais

estratégicos, de modo a proteger áreas sensíveis do impacto do óleo, conforme ilustrado na Figura 25.

Figura 25 – Recolhimento passivo (proteção de áreas sensíveis).

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PROCEDIMENTOS PARA CONTENÇÃO E RETIRADA DE CARCAÇAS E DE CARGA VIVA

Um dos grandes desafios identificados para implantação de estratégias de contenção e recolhimento

de óleo nas águas da Baía de Marajó, é a o aprisionamento de carcaças de animais nas barreiras de

contenção, que com o passar do tempo tenderão a tencionar a barreira até um momento em que ela

perca sua eficiência ou até mesmo se rompa, fazendo com que o óleo se disperse para uma área maior.

Assim sendo, foram desenvolvidos procedimentos e dimensionados equipamentos específicos para

contenção das carcaças previamente ao contato das mesmas com as barreiras de contenção de óleo.

Contenção e Retirada de Carcaças

Para a contenção e retirada de carcaças das águas da Baía de Marajó é previsto lançamento de uma

barreira entre a embarcação avariada e a barreira de contenção de óleo que estará realizando o cerco

preventivo, mantendo a extremidade que estiver contra a corrente como uma “porteira”, a fim de

permitir a entrada de embarcações de resposta, conforme Figura 26 a seguir. Para tal, será utilizado

um equipamento híbrido composto pela parte superior da barreira de contenção de óleo, integrada a

uma rede de emalhe (similar a uma rede de pesca). A saia convencional da barreira de contenção foi

substituída pela rede de emalhe, de forma a permitir a passagem do óleo, mas que seja forte o

suficiente para conter as carcaças e mantê-las afastadas da barreira de contenção de óleo (Figura 27).

Figura 26 – Procedimento para contenção de carcaças

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Figura 27 – Esquema ilustrativo da vista frontal e da vista lateral da barreira de contenção de

carcaças

Uma vez que uma quantidade de carcaça tenha se acumulado na barreira, uma embarcação de

resposta realizará o fechamento da mesma, envelopando as carcaças, e iniciando a navegação para

um local de fácil acesso terrestre para retirada dos animais da água. Para garantir a eficiência e a

integridade das barreiras, antes de iniciar a navegação, uma embarcação de apoio deverá amarrar um

cabo de segurança conectando todas as carcaças, de modo a aliviar a tensão no fundo da barreira,

evitando que as carcaças escapem durante o reboque. Caso os animais estejam cobertos por óleo,

deverá ser previsto lançamento de barreiras absorventes para evitar o espalhamento do óleo,

conforme mostra a Figura 28 abaixo.

Vale ressaltar que, enquanto a embarcação esteja realizando a tarefa de rebocar as carcaças para um

local mais próximo, outra barreira deverá ser lançada entre a embarcação avariada e a barreira de

contenção de óleo, de forma a conter novas carcaças que possam escapar da embarcação.

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Figura 28 – Procedimento para retirada das carcaças da área do acidente

Retirada de Carga Viva da Água

Para a retirada de bois ainda vivos da água, recomenda-se a utilização de embarcação de pequeno

porte apropriada para embarque de carga viva, conforme exemplo da Figura 28 a seguir.

Adicionalmente, deverá ser avaliado a presença de boiadeiros para conduzir os animais para a

embarcação ou até mesmo para um local seguro na margem do rio.

Figura 29 – Embarcação de pequeno porte apropriada para embarque de carga viva

Vale ressaltar que, previamente ao início de qualquer procedimento de resposta, deverá ser conduzida

um Estudo de Análise de Riscos de cada atividade. Caso a análise indique risco alto para vida humana,

a atividade não deverá ser iniciada.

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PROCEDIMENTOS PARA DISPERSÃO MECÂNICA DO ÓLEO

De forma complementar ou em substituição à estratégia de contenção e recolhimento quando as

condições marítimas não permitirem a utilização desta última, em função das características do óleo

e/ou de situação específica do cenário acidental.

Esta técnica tem como objetivo acelerar o processo natural de degradação do óleo, a partir da ruptura

física do filme formado na superfície da água, permitindo sua melhor dispersão no ambiente marinho

(superfície e coluna d’água). Tal ruptura pode ser provocada pela navegação das embarcações

repetidas vezes sobre a mancha, e/ou pelo direcionamento de jatos d’agua de alta pressão – por

exemplo, a partir de canhões do sistema de combate a incêndio instalado em embarcações (sistema

fire-fighting, Fi-Fi).

A dispersão mecânica apresenta maior eficiência quando aplicada sobre óleos mais leves, cuja baixa

viscosidade aumenta a taxa de formação de gotículas. Por esta razão, para um eventual vazamento de

óleo cru a dispersão mecânica deverá ser realizada preferencialmente nas áreas periféricas da mancha,

onde houver maior predominância de óleo com aparência “brilhosa”, “arco-íris” ou “metálica” (Figura

30).

Figura 30: Regiões da mancha onde a dispersão mecânica pode apresentar maior eficiência – áreas com aparência rainbow (arco-íris) e sheen (brilhosa) (Fonte: Adaptado de BAOAC PHOTO ATLAS, 2011).

Adicionalmente, a dispersão mecânica deve ser evitada em manchas em avançado estado de

emulsificação, uma vez que as emulsões óleo-água (aparência de mousse de chocolate) tendem a

resistir à dispersão.

Cod. 1 Brilhosa (sheen)

Cod. 2 Arco-íris

(rainbow)

Cod. 3 Metálica(metallic)

Cod.4Descontínua(discontinous

true color)

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PROCEDIMENTOS PARA DISPERSÃO QUÍMICA

A utilização de dispersantes químicos no Brasil está condicionada ao atendimento das diretrizes

estabelecidas pela Resolução CONAMA n° 472 de 2015. Segundo essa normativa, critérios e restrições

para o uso de dispersantes deverão ser considerados a fim de assegurar a eficiência e segurança das

operações, além de evitar danos ambientais adicionais.

Dessa forma, seguindo as diretriz da Resolução CONAMA, o porto está localizado em uma área de

restrição e dessa forma não é prevista a utilização de dispersantes químicos durante a resposta a um

derramamento de óleo ocorrido no âmbito das atividades do Porto de Vila do Conde.

PROCEDIMENTOS PARA PROTEÇÃO DAS POPULAÇÕES

A implementação de medidas preventivas, emergenciais e assistenciais direcionadas à população são

fundamentais para minimizar os prejuízos causados por um incidente. Neste contexto, é

imprescindível:

O isolamento e a evacuação das áreas impactadas;

A garantia de atendimento médico (pré-hospitalar e hospitalar) a todas as vítimas;

O cadastramento de todos aqueles cujas atividades foram diretamente afetadas pelo acidente;

e

A instalação de centros de informação comunitária e de comunicação social

Sendo assim, as embarcações não envolvidas nas ações de resposta que por ventura estiverem

atuando próximo ao local do incidente deverão ser notificadas via rádio e orientadas a se afastar e a

evitar atividades nos locais impactados, ou com potencial de serem impactados (conforme análise da

deriva da mancha de óleo e carcaças). Essas orientações deverão ainda ser transmitidas através do

sistema de Aviso aos Navegantes, principalmente nos casos em que forem determinadas áreas de

restrição de navegação.

Poderá ser igualmente solicitado auxílio do Corpo de Bombeiros para que mobilize suas equipes de

modo a alertar os banhistas sobre a possível aproximação de carcaças e/ou manchas de óleo,

orientando-os a evitar o banho e a pesca no local;

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Rev. 00 Maio/2016 62

O Porto de Vila do Conde também poderá utilizar a mídia (jornal, rádio e/ou TV), quando pertinente,

para manter a população informada sobre as áreas de risco, protocolos de prevenção e alerta, bem

como sobre as ações emergenciais durante o incidente.

É importante ressaltar que os procedimentos para proteção da população deverão ser estabelecidos

em consonância com as diretrizes definidas pelo Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil

(SINPDEC). Este sistema deverá contribuir com o processo de planejamento, articulação, coordenação

e execução de ações de proteção e defesa civil (ações de socorro, assistência humanitária e/ou

restabelecimento), conforme previsto pela Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, instituída pela

Lei n° 12.608 de 2012.

Para tanto, o Porto de Vila do Conde deverá notificar os órgãos regionais municipais e/ou estaduais de

proteção e defesa civil (informações de contato no APÊNDICE B), nas diferentes jurisdições, de acordo

com a abrangência do incidente.

A fim de facilitar a avaliação e classificação do incidente por estes órgãos, as seguintes informações

poderão ser compartilhadas pelo Porto de Vila do Conde:

Data, hora e local do incidente;

Descrição da(s) área(s) afetada(s) e em risco de ser (em) atingida(s), acompanhada de mapa

ou croqui ilustrativo, quando possível;

Carta de Sensibilidade ao Óleo (Carta SAO) do projeto;

Descrição das possíveis causas e efeitos do incidente;

Outras informações consideradas relevantes (ex: período e locais com restrição de acesso

devido a atividades de limpeza).

PROCEDIMENTOS PARA A PROTEÇÃO DE ÁREAS VULNERÁVEIS E LIMPEZA DE ÁREAS ATINGIDAS

A definição das estratégias para proteção de áreas vulneráveis deverá ser feita com base nas

informações provenientes de monitoramento e avaliação da dispersão e deriva de carcaças e óleo na

água.

Tais estratégias deverão considerar o tipo e volume de óleo derramado, o deslocamento previsto da

mancha e de carcaças, a identificação de áreas vulneráveis, o acionamento dos recursos de resposta

necessários e o devido suporte logístico.

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Rev. 00 Maio/2016 63

A definição das áreas vulneráveis a serem protegidas e de áreas de recolhimento para onde poderá

ser direcionada a mancha de óleo e/ou as carcaças deverá considerar aspectos sociais, econômicos e

ambientais apresentados no Mapa de Vulnerabilidade apresentado no APÊNDICE A.

No cenário de derramamento de óleo, os procedimentos de proteção de ambientes ecologicamente

sensíveis poderão ser realizados de diferentes formas, como através do uso de barreiras de contenção

ou absorventes (estratégia de isolamento) ou o desvio do óleo para áreas aonde o impacto não será

tão significativo para que seja efetuado o seu posterior recolhimento ou limpeza (estratégia de

deflexão), conforme técnicas descritas no item 9.5.

Dentre as informações que poderão subsidiar o planejamento das ações de proteção de áreas

vulneráveis e limpeza de locais atingidos, destacam-se os dados disponíveis no website do Projeto de

Proteção e Limpeza de Costa (www.pplc.com.br), desenvolvido no âmbito de um Acordo de

Cooperação Técnica (ACT) entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (IBAMA) e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

Tal projeto culminou no desenvolvimento de Fichas Estratégicas de Resposta (FERs) nas quais são

apresentados detalhes sobre o litoral e ilhas costeiras brasileiras, tais como: localização, acesso,

aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos, ISL e estratégias básicas de proteção e limpeza da costa,

baseadas nas recomendações contidas em IPIECA (1998-2008), Fingas (2000), NOAA (National Oceanic

and Atmospheric Administration) (2010), POLARIS (2011) e CETESB (2012).

Adicionalmente, no sentido de permitir a avaliação do impacto do óleo nos trechos costeiros e de

orientar as ações de limpeza deverá ser utilizado a metodologia SCAT (Shoreline Cleanup and

Assessment Technique), que é estruturada em oito etapas básicas:

1. Condução de vistoria de reconhecimento;

2. Divisão da linha de costa em segmentos;

3. Designação das equipes e realização de levantamentos SCAT;

4. Estabelecimento de diretrizes e metas de limpeza;

5. Elaboração de relatórios de inspeção das áreas oleadas;

6. Monitoramento da efetividade da limpeza das áreas oleadas;

7. Realização de inspeções pós-limpeza;

8. Condução de avaliação final das atividades de limpeza.

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As informações coletadas pelas as equipes SCAT serão compiladas em formulário apresentado no

APÊNDICE E, a ser submetido diariamente ao Chefe da Seção de Planejamento.

As equipes SCAT incluirão pessoas treinadas nas técnicas, procedimentos e terminologias de avaliação

de áreas costeiras oleadas. Entre as suas atribuições estão:

Avaliação do tipo e condição do óleo;

Ponderação da influência dos tipos de costa e processos costeiros no comportamento do óleo

e nos métodos de limpeza;

Identificação dos recursos ambientais e culturais em risco.

PROCEDIMENTOS PARA A PROTEÇÃO À FAUNA

Na ocorrência de incidentes com óleo ou carga viva nas águas da Baía de Marajó, é provável que se

produzam impactos no ambiente do entorno e na fauna presente. Em tais circunstâncias, as aves

podem ser percebidas como o grupo mais representativo, todavia, répteis e mamíferos são igualmente

afetados.

Os efeitos do petróleo sobre a fauna dependem do grau de vulnerabilidade das espécies, das

propriedades químicas do produto, da duração do contato, do grau de intemperização do óleo, dentre

outros fatores.

Geralmente os efeitos podem ser divididos naqueles relativos à toxicidade dos diversos componentes

do óleo em questão, e naqueles relativos aos efeitos físicos resultantes do contato com o produto.

A implementação de um plano de resposta para proteção e reabilitação da fauna oleada demanda

equipes multidisciplinares compostas por especialistas em reabilitação de fauna selvagem, medicina

veterinária, biologia e administração.

No APÊNDICE B são indicadas instituições brasileiras especializadas em procedimentos de proteção e

atendimento de fauna impactada em derramamentos de óleo que deverão ser acionadas no caso de

um incidente.

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PROCEDIMENTO PARA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS OLEOSOS GERADOS

Conforme definido pela Resolução CONAMA n° 398 de 2008, a gestão dos resíduos oleosos gerados

durante as ações de resposta a incidentes envolvendo o derramamento de óleo no mar deverá

considerar todas as etapas compreendidas entre a sua geração e a destinação final ambientalmente

adequada.

Esta gestão é responsabilidade dos membros da Equipe de Gerenciamento de Incidentes, contudo

todos os envolvidos nas ações de resposta deverão estar comprometidos com o uso consciente dos

recursos disponíveis, visando à máxima redução na geração de resíduos; com a correta segregação dos

resíduos que gerarem; e com o reporte de qualquer não conformidade relativa à gestão de resíduos

que por ventura observarem.

Neste contexto, são apresentadas a seguir as diretrizes previstas para a implementação da gestão de

resíduos, na ocorrência de um incidente durante as atividades na Porto de Vila do Conde. Tais diretrizes

foram definidas em conformidade com os requisitos legais vigentes e com base nas melhores práticas

da indústria.

Segregação e Acondicionamento

A segregação e o acondicionamento dos resíduos devem ser conduzidos de modo a permitir o controle

dos riscos ao meio ambiente e a saúde e segurança do trabalhador, bem como evitar a contaminação

cruzada entre as diferentes classes e/ou tipos de resíduos. A contaminação cruzada pode inviabilizar

destinações finais prioritárias, aumentando a quantidade de resíduos encaminhados para destinações

com maior impacto ambiental.

Todos os resíduos gerados a bordo das embarcações envolvidas nas ações de resposta, assim como

aqueles gerados em terra deverão ser segregados e acondicionados de acordo com a sua classificação,

conforme Norma ABNT NBR 10004:2004, e segundo as orientações previstas pela Resolução CONAMA

n° 275/2001.

Resíduos a granel (como sucatas metálicas contaminadas por óleo ou como a mistura oleosa resultante

das ações de contenção e recolhimento) poderão ser acondicionados diretamente em equipamentos

de transporte (como caçambas, tanques ou contêineres), que deverão ser de material impermeável,

resistente à ruptura e impacto, e adequado às características físico-químicas dos resíduos que contêm,

garantindo a contenção. Os demais tipos de resíduos deverão ser acondicionados em coletores

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Rev. 00 Maio/2016 66

secundários também impermeáveis, resistentes e adequados às características físico-químicas dos

resíduos que contêm, como big bags, bombonas, tambores etc., onde deverão permanecer até a sua

destinação final.

Os envolvidos nas ações de acondicionamento deverão utilizar os Equipamentos de Proteção

Individual (EPI) adequados, além daqueles exigidos nas ações de resposta. Além disso, a manipulação,

acondicionamento e armazenamento de produtos químicos (ou resíduos contaminados por eles)

devem ser feitos de acordo com a Ficha com Dados de Segurança de Resíduos Químicos (FDSR) ou, na

ausência desta, com a Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos (FISPQ) do produto

químico que originou o resíduo (ANEXO C).

Armazenamento Temporário

A água oleosa recolhida pelas embarcações durante as ações de resposta ficará armazenada em seus

tanques (flutuantes ou terrestres) até atingir o limite operacional dos mesmos, sendo posteriormente

transferida para terra por bombeamento.

Uma vez desembarcados, os resíduos gerados durante ações de resposta à emergência serão

prioritariamente armazenados nas instalações do porto, no entanto, instalações provisórias poderão

ser estabelecidas a fim de complementar a capacidade de recebimento do mesmo. A Equipe de

Gerenciamento de Incidentes deverá identificar possíveis áreas para o armazenamento temporário

de resíduos considerando limitações e/ou restrições ambientais, socioeconômicas, legais e de

segurança e saúde, além da necessidade de verificação das devidas autorizações legais. Caso as áreas

complementares pré-definidas ainda não sejam suficientes para comportar o volume de resíduos

gerado, a equipe deve providenciar uma logística de coleta e transporte imediata até o Receptor Final,

prescindindo a etapa de armazenamento temporário.

Ressalta-se que a água oleosa poderá ser recebida diretamente pelo Receptor Final, caso esse

disponha de infraestrutura apropriada (como barcaças de recebimento nearshore); ou imediatamente

encaminhada para o Receptor Final, desde que seu transporte terrestre tenha sido previamente

agendado, não havendo, assim, necessidade da etapa de armazenamento temporário.

A(s) área(s) designada(s) para o armazenamento temporário de resíduos deve(m) ser utilizada(s)

exclusivamente para tal finalidade. Deve(m) estar externamente identificada(s) como área de

armazenamento de resíduos; ser protegida(s) contra intempéries; ser de fácil acesso, contudo

restrita(s) às pessoas autorizadas e capacitadas para o serviço; além de outros requisitos exigidos pelas

normas ABNT NBR 12235:1992 e ABNT NBR-11174:1990.

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Rev. 00 Maio/2016 67

As áreas destinadas ao armazenamento temporário de resíduos perigosos devem apresentar bacia de

contenção guarnecida por um sistema de drenagem de líquidos, de acordo com as condições

estabelecidas pela norma ABNT NBR 12235:1992. Áreas destinadas à descontaminação de

equipamentos e pessoas devem ser atendidas por sistemas semelhantes. Os efluentes gerados nessas

áreas não podem ser descartados na rede de esgoto, devendo ser gerenciados de acordo com as

determinações previstas pela Resolução CONAMA n° 430 de 2011.

A disposição dos resíduos na área de armazenamento deve considerar a necessidade de separação

física para as diferentes classes, a fim de evitar a contaminação cruzada e/ou a interação entre resíduos

incompatíveis. A identificação da classe a que pertencem os resíduos armazenados em uma

determinada área deve estar em local de fácil visualização.

Resíduos de produtos químicos devem ser armazenados e rotulados de acordo com sua Ficha de Dados

de Segurança de Resíduos Químicos (FDSR) ou a Ficha de Informação de Segurança para Produtos

Químicos (FISPQ) do produto químico que originou o resíduo (ANEXO C). Resíduos inflamáveis devem

atender também às diretrizes estabelecidas pela série de normas ABNT NBR 17505:2013. Recomenda-

se que a área de armazenamento de resíduos infectocontagiosos tenha acesso restrito a pessoas

capacitadas para o seu gerenciamento.

Transporte fluvial (dos resíduos gerados pelas atividades de resposta no rio) e Terrestre (dos

resíduos desembarcados ou gerados por atividades de resposta em terra)

Os resíduos devem ser transferidos dentro de equipamentos de transporte que possibilitem que a

transferência se dê de maneira segura, sem riscos ao meio ambiente, à saúde dos trabalhadores e à

segurança das operações. Para serem transportados, os recipientes de acondicionamento devem estar

identificados, de forma indelével, quanto ao tipo de resíduo que contêm e sua origem. O mesmo se

aplica aos equipamentos de transporte de resíduos a granel, como caçambas, contêineres e tanques.

Os resíduos perigosos devem ser identificados como tal.

Adicionalmente, ressalta-se que o transportador terrestre deverá atender aos requisitos legais

minimamente exigidos para o transporte de resíduos, que incluem a necessidade de identificação e

sinalização específica dos veículos a serem utilizados, que deverão apresentar características

compatíveis com o tipo/classe dos resíduos que serão transportados. Para o transporte de resíduos

perigosos são exigidos, ainda, o certificado de capacitação do condutor do veículo e a Ficha de

emergência e envelope referente ao resíduo transportado.

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Plano de Ação de Emergência

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Rev. 00 Maio/2016 68

Destinação Final

A Lei Federal N° 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), estebelece uma

escala de prioridades para a destinação de resíduos. Segundo essa escala, as medidas de prevenção e

redução da geração de resíduos, bem como sua reutilização e reciclagem sempre deverão ter

prioridade sobre as demais alternativas. Esgotadas essas possibilidades, deve-se pensar no tratamento

ambientalmente adequado dos resíduos. A sua disposição em aterros deve ser apenas a última opção,

depois de esgotadas todas as outras possibilidades.

Observadas tais orientações, a escolha por um tipo de destinação final em detrimento de outro deverá

considerar as peculiaridades de cada método (reciclagem, rerrefino, coprocessamento etc.), tendo em

vista as características dos resíduos que se deseja destinar. Mas, além disso, os aspectos ambientais,

sociais e econômicos envolvidos em cada uma das opções viáveis deverão ser avaliados.

Definida a forma de destinação final mais adequada para cada tipo de resíduo que se deseja destinar,

o processo de tomada de decisão deverá identificar receptores finais licenciados pelos órgãos

ambientais estaduais ou municipais, para os respectivos serviços oferecidos; e, preferencialmente,

estabelecidos na mesma localidade/região do ponto de desembarque em terra/da área de

armazenamento temporário, ou o mais próximo possível.

Em cenários de emergências, a Equipe de Gerenciamento de Incidentes deve avaliar se os receptores

e destinações finais utilizados em operações rotineiras são compatíveis com o volume de resíduos, em

geral, gerados em quantidades significativamente maiores. Caso negativo, o porto deverá acionar uma

empreiteira para a construção, em caráter emergencial, de um aterro industrial, de acordo com o

projeto pré-definido.

Controle de Registros

O controle dos registros gerados ao longo da cadeia é fundamental para garantir a rastreabilidade dos

resíduos e manter evidências que comprovem a adequada condução das etapas do processo, sendo

tal tarefa de responsabilidade do Chefe da Seção de Logística.

Neste contexto, destacam-se como fundamentais os seguintes registros:

o Manifesto Marítimo de Resíduos (MMR): registra as informações sobre os tipos/classes dos

resíduos gerados offshore, das suas respectivas formas de acondicionamento, e sobre o

transporte marítimo, de forma geral.

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Plano de Ação de Emergência

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Rev. 00 Maio/2016 69

o Manifesto Terrestre de Resíduos (MTR): registra as informações sobre o transporte terrestre

de resíduos (tipos e quantidade do(s) resíduo(s) transportado(s), dados do gerador,

transportadora e receptor).

o Certificado de Destinação Final (CDF): documento emitido pelo receptor final, que evidencia a

destinação final dos resíduos gerados. É o documento que fecha a rastreabilidade do resíduo.

DESTINAÇÃO FINAL DE CARCAÇAS

As carcaças oleadas deverão ser tratadas como resíduo Classe I, conforme preconiza a

NBR 10.004/2004, e após a documentação e necropsia, deverão ter destinação conforme sua

classificação.

As carcaças de animais não oleados deverão seguir o disposto na Resolução ANVISA RDC nº 306, de 07

de dezembro de 2004, para segregação, acondicionamento, identificação, transporte e destinação

final. De acordo com esta Resolução, os resíduos de serviços de saúde (RSS) são classificados conforme

sua composição, suas características biológicas, físicas e químicas, assim como pelo estado da matéria

e origem, sendo divididos em:

Grupo A (Potencialmente infectantes);

Grupo B (Químicos);

Grupo C (Rejeitos radioativos);

Grupo D (Resíduos comuns); e

Grupo E (Perfurocortantes).

Em conformidade com esta Resolução, as carcaças não oleadas serão tratadas como resíduo hospitalar

– Grupo A4: carcaças, peças anatômicas e vísceras de animais provenientes de estabelecimentos de

tratamento de saúde animal, de universidades, de centros de experimentação, de unidades de controle

de zoonoses e de outros similares, assim como camas desses animais e suas forrações.

As carcaças devem ser descartadas de forma apropriada conforme disposto no Plano de

Gerenciamento de Resíduos do Porto de Vila do Conde.

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Plano de Ação de Emergência

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Rev. 00 Maio/2016 70

10. MANUTENÇÃO DA CAPACIDADE DE RESPOSTA

A duração da resposta a um eventual incidente é influenciada por diferentes fatores, devendo ser

avaliada continuamente pelos membros da Estrutura Organizacional de Resposta (EOR), a fim de

garantir o devido dimensionamento de recursos, e manutenção das ações de resposta.

Tendo em vista que a resposta a um incidente de derramamento de óleo e/ou com carga viva poderá

se fazer necessária por longos períodos de tempo, é de suma importância que se identifiquem

mecanismos de manutenção da capacidade de resposta por períodos longos, no tangente aos recursos

humanos e materiais.

MANUTENÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE RESPOSTA

A fim de realizar a devida manutenção da EOR, deverá ser estabelecido um sistema de rotação entre

os membros de cada função especifica, evitando a fadiga e permitindo a manutenção da eficiência e

segurança nas ações de resposta.

Uma vez estabelecido o sistema de rotação, a passagem de serviço entre as funções (handover) deverá

ocorrer, sempre que possível, com antecedência de pelo menos 30 minutos da hora real da passagem

para garantir a adequada transferência de comando da função.

A passagem de serviço deverá ser acompanhada de um briefing que poderá ser feito de forma oral

e/ou por escrito, sendo a última a estratégia preferencial.

O briefing da passagem de serviço deve cobrir o status do incidente e sua resposta, bem como as ações

e funções específicas da equipe. Com o intuito de facilitar a passagem de serviço, são listados a seguir

alguns itens passíveis de serem abordados:

Situação geral do incidente e das ações de resposta:

o Cenário acidental;

o Prioridades e objetivos da resposta;

o Tarefas/plano de ação de resposta atual;

o Estrutura organizacional mobilizada até o momento;

o Instalações mobilizadas;

o Procedimentos de resposta (compartilhamento das informações, formulários a serem

utilizados, reuniões, dentre outros).

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Rev. 00 Maio/2016 71

Situação da equipe e ações específicas da função:

o Principais ações concluídas pela função;

o Ações abertas/em andamento pela função;

o Comunicações internas e externas realizadas pela função;

o Restrições ou limitações relacionadas à área de atuação da função;

o Potencial do incidente relacionado à área de atuação da função;

o Recursos solicitados/necessários;

o Atribuições dos recursos;

o Delegação de autoridade/limites de competência da função.

MANUTENÇÃO DOS RECURSOS TÁTICOS DE RESPOSTA

A fim de garantir a continuidade da capacidade de resposta em um incidente com derramamento de

óleo na água e/ou incidente com carga viva, além da EOR também deverão ser considerados aspectos

relativos à manutenção dos recursos táticos de resposta.

A devida manutenção dos recursos táticos de resposta irá garantir a capacidade permanente da

empresa em desenvolver os diferentes procedimentos operacionais de resposta descritos no presente

documento, conforme a evolução do cenário acidental.

No tocante à manutenção da resposta através de embarcações, cujas atividades poderão necessitar

de interrupção por fatores como esvaziamento dos tanques de armazenamento, manutenção/reparos,

abastecimento com combustível, dentre outros, o Porto de Vila do Conde poderá contratar

embarcações adicionais no mercado de oportunidade da região.

Caso seja necessário equipar as embarcações de resposta com recursos humanos e/ou materiais (ex.:

operadores de oil spill, barreiras, recolhedores etc.) e/ou reparar/repor equipamentos danificados

e/ou repor insumos associados (ex.: barreiras absorventes etc.) das embarcações já envolvidas na

resposta, os mesmos serão obtidos através de fornecedores especializados (informações de contato

no APÊNDICE B).

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Rev. 00 Maio/2016 72

11. ENCERRAMENTO DAS AÇÕES DE RESPOSTA

A decisão sobre o encerramento das operações de resposta de emergência deve ser feita pelo

Comandante do Incidente (Coordenador das Ações de Resposta), em acordo com os órgãos ambientais

competentes, com base na situação do incidente e das ações de resposta.

Diversos indicadores podem ser utilizados para apoiar esta decisão, tais como:

Os resultados das ações de monitoramento indicam que as operações de resposta não são

mais eficientes ou a inexistência de óleo livre visível na água ou costa;

Fauna impactada foi capturada e encaminhada ao processo de reabilitação, conforme indicado

no plano específico;

Os critérios de limpeza da costa acordados (endpoints) foram alcançados ou ações/tentativas

de limpeza adicional causariam mais dano ao ambiente impactado.

Após a decisão pelo encerramento, o Chefe da Seção de Planejamento e o Chefe da Seção de Logística

providenciarão a desmobilização do pessoal, equipamentos e materiais empregados nas ações de

resposta e/ou inoperantes, seguindo os princípios estabelecidos nos itens 7.2.2.

Uma vez concluída as ações de desmobilização e descontaminação dos recursos, os membros da

Equipe de Resposta Tática e o Chefe da Seção de Logística deverão assegurar que as instalações e

equipamentos mobilizados sejam restabelecidos conforme descrito nos planos e procedimentos da

empresa, a fim de assegurar sua prontidão para eventuais reincidentes. Caso seja identificada a

impossibilidade de restabelecer as instalações e/ou os equipamentos de resposta, ou a necessidade

de modificá-los como oportunidade de melhoria do PAE, o Comandante do Incidente deverá ser

formalmente notificado a fim de aprovar a substituição/adaptação dos equipamentos. Quando

aplicável, deverão ser solicitadas ao órgão licenciador a aprovação da(s) substituição(ões) e atualizados

os documentos pertinentes.

É importante ressaltar que dependendo das consequências do incidente e dos indicadores utilizados

para o encerramento das operações de resposta, o Porto de Vila do Conde poderá implementar um

programa de monitoramento da(s) área(s) afetada(s) e avaliação dos danos causados pelo incidente.

Este programa poderá ser realizado com o apoio de especialistas e em acordo com os órgãos

ambientais competentes.

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Rev. 00 Maio/2016 73

RELATÓRIO DE ENCERRAMENTO DAS AÇÕES DE RESPOSTA

Uma vez que a resposta ao incidente seja formalmente encerrada, o Chefe da Seção de Planejamento

ou pessoa designada deverá desenvolver um relatório de análise crítica de desempenho do PAE. Este

relatório deverá ser analisado e aprovado pelo Comandante do Incidente, e encaminhado ao órgão

ambiental competente em até 30 dias após o término das ações de resposta, conforme estipulado na

Resolução CONAMA nº 398/08.

O relatório deverá conter minimamente os seguintes itens:

Descrição do evento acidental;

Recursos humanos e materiais utilizados na resposta;

Descrição das ações de resposta, desde a confirmação do derramamento até a desmobilização

dos recursos, devendo ser apresentada a sua cronologia;

Pontos fortes identificados;

Oportunidades de melhoria identificadas com o respectivo Plano de Ação para

implementação;

Registro fotográfico do evento acidental e sua resposta, quando possível.

Paralelamente, o Porto de Vila do Conde poderá fazer uso de comunicados de imprensa ou outros

boletins informativos para informar os interessados sobre o encerramento das ações de resposta.

A Tabela 12 sumariza a comunicação que deverá ser estabelecida após encerramento das ações de

resposta.

Tabela 12: Relatório de encerramento das ações de resposta.

Formulário/ Relatório

Prazo Objetivo

Responsabilidade primária¹

Destinatário²

Elaboração Revisão Distribuição/

Envio

R02 - Relatório de desempenho do Plano de Ação de Emergência

(PAE)

30 dias após encerramento das ações de resposta

Apresentação da análise

crítica do desempenho

do PAE (Resolução

CONAMA n° 398/08)

Chefe da Seção de

Planejamento

Comandante do incidente

(Coordenador da Ações de Resposta)

Assessor de Comunicação e Imprensa

INEMA

¹ Na ausência ou indisponibilidade do(s) responsável(is) primário(s) pela elaboração/revisão/envio e arquivamento dos formulários e relatórios do incidente, este ou, em último caso, o Comandante do Incidente, deverá designar outra função para assumir as atribuições. 2 Os meios para contato com os destinatários indicados nessa Tabela estão descritos no APÊNDICE B.

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Rev. 00 Maio/2016 74

12. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PELA ELABORAÇÃO DO PAE

Abaixo na Tabela 13 são referenciados os responsáveis técnicos envolvidos na elaboração do presente

documento, informando suas áreas de formação, participação na produção do Plano e registros

técnicos.

Tabela 13: Informações sobre os responsáveis técnicos pela elaboração do Plano de Ação de Emergência (PAE).

Nome &

Formação Profissional Empresa ou Instituição Função

Registro de Classe

Registro MMA/ IBAMA

Assinatura

Pedro Martins

Oceanógrafo (UERJ) Pós-graduado em Gestão de Projeto (FGV) MBE. Gestão executiva em Meio Ambiente (COPPE/UFRJ)

Witt O’Brien’s

Brasil

Controle de Qualidade do Plano de Ação de Emergência

363465

Marushka Castelões Pina Geógrafa (UFF) Pós-graduada em Auditoria e Perícia Ambiental (UGF)

Witt O’Brien’s

Brasil

Elaboração do Plano de Ação de Emergência Individual (PAE)

5592665

Anne Luise de Amorim Bonifácio Pereira Engenheira Ambiental (UFRJ)

Witt O’Brien’s

Brasil

Elaboração do Plano de Ação de Emergência Individual (PAE)

CREA/RJ:

2013243235 5965582

Janaina Ruggeri Geógrafa (UFF)

Witt O’Brien’s

Brasil

Elaboração de Mapas

6132828

Bruno Pedrosa Engenheiro Ambiental (PUC-RJ)

Witt O’Brien’s

Brasil

Elaboração de Mapas

6540064

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Rev. 00 Maio/2016 75

14. RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA EXECUÇÃO DO PAE

Será responsável pela execução do Plano de Ação de Emergência o Comandante do Incidente

(Coordenador das Ações de Resposta), conforme apresentado na Tabela 14.

Tabela 14: Informações sobre o responsável técnico pela execução do Plano de Ação de Emergência (PAE).

Nome & Função Empresa ou Instituição

Função Assinatura

Ronei Nogueira (Comandante do Incidente – Coordenador das Ações de Resposta)

Companhia de Docas do Pará (CDP)

Garantir o acionamento e cumprimento do PAE na ocorrência de derramamento de óleo para o mar e incidentes com carga viva.

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Rev. 00 Maio/2016 76

15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº306, de 07 de dezembro de 2004. Publicada no DOU em 10 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10004:2004, Resíduos Sólidos – Classificação. 2004.

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP), Resolução ANP Nº 44, de 22 de dezembro de 2009. Publicada no DOU de 24 de dezembro de 2009. Estabelece procedimento para comunicação de incidentes a ANP, a ser adotado pelos concessionários e empresas autorizadas pela ANP a exercer as atividades da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, bem como distribuição e revenda, 4p.

BONN AGREEMENT - Current Status of the BAOAC, 2007. Disponível em: <http://www.bonnagreement.org/site/assets/files/3952/current-status-report-final-19jan07.pdf> Acesso em 21 jan. 2015.

BONN AGREEMENT, Bonn Agreement Oil Appearance Code (BAOAC) Photo Atlas, Junho, 2011, 94 p.

BONN AGREEMENT. Bonn Agreement Aerial Operations Handbook: Part 3 - Annex A – BAOAC. Rev.19, Holanda, Maio, 2009. 106 p.

BRASIL, Lei Federal Nº 9.478/97, de 06 de agosto de 1997. Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências. 1997.

BRASIL, Lei Federal Nº 9.966/00, de 28 de abril de 2000. Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências. 2000.

BRASIL, Resolução CONAMA Nº 398 de 11 de junho de 2008. Publicada no DOU nº 111, de 12 de junho de 2008, Seção 1, páginas 101-104 Dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional, originados em portos organizados, instalações, portuárias, terminais, dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas, clubes náuticos e instalações similares, e orienta a sua elaboração, 17p.

BRASIL, Resolução CONAMA Nº 472 de 09 de dezembro de 2015, Publicada no DOU nº 235, de 09/12/2015, Seção 1, páginas 117-119. Regulamenta o uso de dispersantes químicos em incidentes de poluição por óleo no mar, 10 p.

BRASIL. Lei Nº 12.608, de 10 de abril de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil - PNPDEC; dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil - SINPDEC e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil - CONPDEC; autoriza a criação de sistema de informações e monitoramento de desastres; altera as Leis nos 12.340, de 1o de dezembro de 2010, 10.257, de 10 de julho de 2001, 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.239, de 4 de outubro de 1991, e 9.394, de 20 de dezembro de 1996; e dá outras providências. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos.

BRASIL. Lei Nº 9.966, de 28 de abril de 2000. Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos.

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB) – Limpeza de ambientes costeiros atingidos por óleo. Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br/gerenciamento-de-riscos/Vazamento%20de%20Oleo/228-Limpeza%20de%20Ambientes% 20Costeiros> Acesso em março de 2016.

ELASTEC, Website Institucional. Disponível em https://www.elastec.com/> Acesso em março de 2016.

FINGAS, M. The Basics of Oil Spill Clean-up, CRC Press, Estados Unidos, 2000, 286 p.

INTERNATIONAL PETROLEUM INDUSTRY ENVIRONMENTAL CONSERVATION ASSOCIATION (IPIECA). Oil Spill Preparedness and Response: Report Series Summary: 1998 – 2008, Reino Unido, 44 p.

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Plano de Ação de Emergência

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Rev. 00 Maio/2016 77

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