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PLANO DE AÇÃO DA FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO PARA O PLANO NACIONAL DA EDUCAÇÃO (PNE) – 2011/2020 Proposta Inicial

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FUNDAJ Plano de Ação PNE 2011-2012

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PLANO DE AÇÃO DA FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO PARA O PLANO NACIONAL DA EDUCAÇÃO (PNE) – 2011/2020

Proposta Inicial

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Ministério da Educação Fernando Haddad Ministro da Educação

Fundação Joaquim Nabuco Fernando José Freire Presidente

Julia Kumi Kaneyasu Chefe de Gabinete

Mônica Monteiro Assessora Institucional

Marcelo Mário de Melo Assessor de Comunicação

Yves Goradesky Diretor de Planejamento e Administração

Morvan de Mello Moreira Diretor de Pesquisas Sociais

Silvana Meireles Diretora de Cultura

Rita de Cássia Barbosa de Araújo Diretora de Documentação

Maria Lucila Bezerra Coordenação do Plano de Ação 2012-2020 Vanja Carneiro Campos Elaboração e concepção de texto Jan Souto Maior Domingos Sávio Cavalcanti Concepção gráfica Maria Tereza Pereira Bentzen Pessoa Revisão de texto Marcos Chacon Apoio técnico

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PLANO DE AÇÃO DA FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO PARA O PLANO NACIONAL DA EDUCAÇÃO (PNE) – 2011/2020

Proposta Inicial

RECIFE Outubro, 2011

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Comissão Externa Antonio Paulo Rezende Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Aristides Monteiro Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA

Arnóbio Gama Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco - FACEPE

Dalila Andrade Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG

Emídio Cantídio Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES

Francisco César Gonçalves Secretário de Cultura do Estado da Paraíba

Ivon Fittipaldi Universidade Federal de Pernambuco – UFPE

José Geraldo Eugênio de França Instituto de Tecnologia de Pernambuco - ITEP

Janirza Cavalcanti Conselho Deliberativo da Fundação Joaquim Nabuco – representante dos servidores

Jurema da Costa Seckler Fundação Casa de Rui Barbosa

Lúcia Melo Ministério de Ciência e Tecnologia - MCT

Marcelo Carneiro Leão Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

Paulo Linhares Instituto de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Estado do Ceará - INESP

Paulo Rubem Santiago Deputado Federal

Tania Bacelar Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO A INSTITUIÇÃO O PLANO

I. PLATAFORMA POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO

Linha de ação Gestão Educacional e Avaliação de Políticas Públicas Linha de ação Formação dos Profissionais da Educação

II. PLATAFORMA EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E CULTURAL

Linha de ação Educação Ambiental Linha de ação Educação e Gestão Patrimoniais

III. PLATAFORMA EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

Linha de ação Promoção da consciência da cidadania e respeito à diversidade Linha de ação Promoção da cultura da não violência

IV. PLATAFORMA EDUCAÇÃO, TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Linha de ação Políticas de formação para o mercado de trabalho Linha de ação Desenvolvimento regional sustentável

V. PLATAFORMA EDUCAÇÃO, CULTURA E MEMÓRIA NO AMBIENTE EDUCACIONAL

Linha de ação Preservação do patrimônio histórico e cultural Linha de ação Educação, Cultura e Arte Linha de ação Memória da Educação

ESTRATÉGIAS DIMENSIONAMENTO DOS RECURSOS HUMANOS ORÇAMENTO PARCIAL E GLOBAL CRONOGRAMA

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APRESENTAÇÃO

Criado pelo Congresso Nacional, em 1949, o Instituto Joaquim Nabuco (posteriormente chamado Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais) transformou-se, no início da década de 1980, na atual Fundação Joaquim Nabuco. Com isso, sua missão e seus objetivos se ampliaram, transcendendo o âmbito das pesquisas socioeconômicas e passando também a contemplar a preservação e a difusão de valores culturais, a formação e a qualificação profissional em campos tão diversos quanto a gestão pública e a educação patrimonial e artística.

A atuação regional da Instituição — originalmente apenas no Nordeste e, desde 1980, igualmente voltada para o Norte do País — sempre marcou sua trajetória com uma síntese de educação e cultura, numa vocação pedagógica que se pautou pela ocupação de um espaço institucional único e de referência.

A partir de 2003, a Fundação Joaquim Nabuco — em sintonia com as transformações socioeconômicas do País lideradas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — disponibiliza-se ainda mais para trabalhar por um Brasil menos desigual social e regionalmente e um Nordeste de fato desenvolvido. À vista de todos, os novos tempos dispensam quaisquer comentários e entusiasmam os mais céticos. O Nordeste está mudando, e aqui se destacam, sucintamente, de acordo com a economista Tania Bacelar, algumas dessas importantes transformações:

O avanço da indústria e do terciário moderno nas grandes cidades. O surgimento de novas e modernas bases agrícolas nos vales dos principais rios da Região. A redução do peso econômico (e político) do setor sucroalcooleiro. O desenvolvimento de numerosas bases econômicas locais, algumas articuladas no mercado nacional e até mundial. O fim da seca como drama social representando um avanço das políticas sociais no Brasil redemocratizado.

É diante desse novo e promissor cenário, e considerando a crescente demanda por uma

Educação de qualidade, que a Fundação Joaquim Nabuco foi convocada, pelo Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação Fernando Haddad, a se inserir no Plano Nacional de Educação (PNE) – 2011/2020

1, ampliando, assim, sua presença como protagonista e colaboradora efetiva de um País

com mais educação e socialmente mais inclusivo. Em virtude dos grandes projetos governamentais — aí incluídos os do Programa de

Aceleração do Crescimento (PAC) – e dos da nova realidade da Região Nordeste, o Plano de Trabalho ora proposto adota preferencialmente, como fruto de uma instituição federal de atuação regional, as áreas que compreendem a Bacia e a Transposição do Rio São Francisco, a Transnordestina, o Complexo Industrial Portuário de Suape e o Complexo Industrial Portuário de Pecém, e o roteiro de interiorização das universidades públicas.

Convém destacar, no entanto, que a articulação entre os atores nacionais, fincada em pensamento prospectivo, leva o Plano da Fundação a observar também a dinâmica de crescimento/desenvolvimento em territórios que, no processo de expansão econômica, deverão ser integrados. Assim, outros recortes poderão ser somados à reflexão e ação da Instituição, de forma a garantir a construção de uma trajetória sustentada de desenvolvimento para o Brasil.

Considerando o curto, médio e longo prazos, as ações previstas neste documento agrupam-se, respectivamente, de 2012 a 2015, de 2016 a 2018, e de 2019 em diante, todas pautadas para atender, em última análise, à Pesquisa, à Formação e à Difusão enquanto atividades inerentes à missão institucional da Fundação Joaquim Nabuco.

1 O PNE é um Projeto de Lei que se encontra no Congresso Nacional para análise e apreciação e, desse modo, sujeito a

alterações em suas proposições.

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Discutido e democraticamente elaborado pelas diversas instâncias institucionais, o presente Plano reafirma os objetivos de produzir, acumular e difundir conhecimentos, além de pesquisar, preservar e assegurar a memória coletiva da sociedade brasileira e, em especial, a do Nordeste do País. Entende-se que a Fundação guarda compromisso de pensar o Brasil a partir do Nordeste, de modo a oferecer uma compreensão mais ampla do homem brasileiro. Portanto, de forma abrangente, a Instituição considera fundamental pensar e formular modelagem que reflita o conjunto nacional . Neste sentido, assinalem-se suas grandes diretrizes:

Buscar a confluência das ações da Fundação Joaquim Nabuco com o Plano Nacional de Educação, o Plano Nacional de Cultura e a Política

Nacional de Educação Ambiental; Pesquisar, formar e difundir como atividades institucionais permanentes; Relacionar a inserção territorial da Fundação Joaquim Nabuco às transformações sociais, econômicas, culturais e políticas que impactam nas formas de a Região Nordeste se articular com o País e o mundo; neste sentido, o Plano privilegiou as seguintes áreas de atuação: Bacia e Transposição do Rio São Francisco, Transnordestina, Complexo Industrial Portuário de Suape, Complexo Industrial Portuário de Pecém e áreas envolvidas no processo de interiorização das universidades públicas; Promover a interiorização das ações da Fundação, especialmente nos eixos de desenvolvimento do Nordeste, elegendo temáticas e atividades que contribuam para o empoderamento da população.

Para dar suporte a essas diretrizes, foram estabelecidas cinco Plataformas Temáticas, a

saber:

Políticas Públicas da Educação; Educação e Sustentabilidade Socioambiental e Cultural; Educação, Cidadania e Direitos Humanos; Educação, Trabalho e Desenvolvimento Sustentável; Educação, Cultura e Memória no Ambiente Educacional.

Por sua vez, cada uma dessas Plataformas Temáticas é constituída por Linhas de Ação e

Metas (voltadas para a Formação, a Pesquisa e a Difusão), cujas Estratégias estão agrupadas ao fim deste trabalho.

Finalmente, cabe assinalar que o presente documento, uma vez examinado e acatado pelo Ministério da Educação, dependerá, para sua efetiva aplicação, de recursos humanos e financeiros a serem buscados e viabilizados não só junto ao Governo Federal, como também junto a organismos nacionais e internacionais, a exemplo de entidades como a Unesco, fundações de pesquisa, órgãos de fomento em geral e universidades. Desta forma, a Fundação Joaquim Nabuco espera estar posicionada num mundo de exigências globais e atender e servir aos anseios da sociedade na qual se insere e da qual se orgulha.

Recife, outubro de 2011

Fernando José Freire Presidente da Fundação Joaquim Nabuco

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A INSTITUIÇÃO

Preconizada no Congresso Nacional, criada por vontade parlamentar, a Fundação Joaquim Nabuco despontou no cenário brasileiro em 1949, pelo esforço e iniciativa do então deputado federal constituinte Gilberto Freyre, que defendeu na tribuna a criação de um centro de estudos sociais no Nordeste brasileiro.

O autor de Casa-grande & senzala manifestou o desejo de realizar uma espécie de inquérito científico sobre as condições de vida do trabalhador rural, pretendendo dar base regional aos estudos sobre o homem brasileiro.

Assim, se ergueu na cidade do Recife, após plenárias acirradas, o Instituto Joaquim Nabuco, instituição dedicada ao estudo sociológico das condições de vida do trabalhador brasileiro da região agrária do Nordeste do País nos seus amplos aspectos: sociais, econômicos e culturais. O IJN – denominado Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais (IJNPS) na década de 1960 – foi constituído, originariamente, como órgão administrativo do Ministério da Educação e Saúde.

Em rápida retrospectiva, a primeira pesquisa realizada pela Instituição contou com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 1951, tratou-se de estudar o problema da habitação rural nos Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, e apresentar sugestões para melhorá-la, por meio do emprego de materiais locais e de um melhor desempenho das construções, considerando inclusive fatores relacionados às condições de saúde. A segunda resultou de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em que se propôs um plano de pesquisa sobre as relações raciais no Brasil.

Com o mesmo propósito, seguiram-se outras igualmente pioneiras sobre o Padrão de Vida das Famílias Brasileiras; Mortalidade e Longevidade em municípios da Mata, Agreste e Sertão de Pernambuco; e Estatísticas do Ensino Primário no Nordeste Oriental, para citar apenas algumas desse período inicial, também responsável por sediar o intercâmbio de bolsistas nacionais e estrangeiros, que aqui vieram estudar a realidade nordestina, com o objetivo de elaborar teses em nível de pós-graduação, e no Instituto encontraram um centro de pesquisas científicas preparado para a orientação de trabalhos acadêmicos, exercendo função complementar às universidades.

Nesse recorte, em 1980, o Instituto passa a ser Fundação, amplia a sua área de atuação, abrangendo também a região Norte do Brasil, e apresenta dentre outros objetivos gerais:

Promover a execução de estudos, pesquisas, planos e projetos destinados à compreensão da realidade socioeconômica e cultural das regiões que constituem sua área de atuação, com vistas à melhoria das condições de vida do homem brasileiro, especialmente do trabalhador rural, difundindo os seus resultados; Preservar os valores histórico-culturais, promovendo a documentação em suas múltiplas formas, inclusive a museologia, pesquisando, estimulando e difundindo manifestações culturais regionais; Dispensar, no seu campo de atividades e sempre que possível, assistência educacional gratuita a estudantes carentes.

Nos anos de 1990, a Fundação elege sete áreas temáticas para desenvolver as suas

atividades: Cultura e Identidade; Pensamento Social no Brasil; Estado, Cidadania e Atores Sociais; Gênero, Família e Idade; Desenvolvimento Regional e Urbano e Políticas Públicas; População e Exclusão Social; Sociedade, Agricultura e Meio Ambiente.

A partir de 2003, inicia-se um processo de maior aprofundamento do vínculo institucional da Fundação com o Ministério da Educação, por força do desafio que a população brasileira impôs ao Governo Federal de promover profundas mudanças no modelo de desenvolvimento em vigor, as quais passaram a exigir educação de qualidade para todos os brasileiros, urgência na redução da pobreza e das desigualdades sociais, redução dos desequilíbrios regionais, maior distribuição de renda, melhores oportunidades de trabalho, e ambiente com sustentabilidade.

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A Fundação Joaquim Nabuco reafirma o seu compromisso de contribuir para a construção de novos e duradouros caminhos, que conduzam, sobretudo, ao desenvolvimento sustentável da Região Nordeste do País, buscando integrá-la ao contexto nacional. A Fundação se insere no processo de formulação e execução de políticas públicas voltadas ao pleno exercício da cidadania, no sentido mais abrangente, mediante ações de pesquisa, de formação de pessoal, cultura e preservação do patrimônio histórico material e imaterial. Tendo, portanto, a missão de produzir, acumular, difundir e ensinar conhecimentos; pesquisar, preservar e difundir a memória coletiva da sociedade brasileira; promover atividades científicas, culturais e educativas, buscando o avanço da sociedade brasileira nas conquistas sociais, educacionais, políticas e econômicas.

Para tanto, expôs os seguintes objetivos a serem perseguidos: comprometer-se com a mudança processada no País e com os objetivos do Ministério da Educação (MEC); promover a inclusão social e servir à sociedade, tornando-se aliada ao esforço de desenvolvimento nacional integrado; subsidiar a formulação de políticas públicas; e organizar sistema de informações e disponibilizar o acervo, favorecendo a democratização do conhecimento.

Nos seus Relatórios de Atividades 2003-2006 e 2007-2010, a Fundação apresentou ao MEC um histórico da Instituição e exibiu os significativos avanços alcançados, apontando também as dificuldades enfrentadas e os desafios continuados no sentido de construir um modelo de atuação voltado para qualificar um processo decisório, que assegurasse a sintonia com o Programa do Governo Federal; ampliasse a regionalização das ações num raio interestadual; intensificasse os projetos e as ações educacionais, atendendo às necessidades do Ministério; promovesse estudos e pesquisas sobre a realidade do Nordeste, com ênfase no desenvolvimento sustentável e na inclusão social nas diversas áreas; alargasse os laços com a sociedade civil e o conjunto da população; e aprofundasse os estudos sobre o pensamento de Joaquim Nabuco, relacionados aos problemas da atualidade.

Alguns desses desafios foram alcançados, outros não lograram êxito na proporção desejada, naquilo que se deixou de visualizar, em estrita compreensão, o pretendido alinhamento com o MEC.

Para a gestão que se inicia em abril de 2011, a Fundação Joaquim Nabuco é convocada a se inserir no Plano Nacional de Educação (PNE) – 2011/2020, focando a maior parte de suas ações no desenvolvimento do plano nacional e colaborando efetivamente para um País com mais educação, inclusivo e preocupado com a sustentabilidade do ambiente, principalmente na nossa Região, onde se tem aplicado nos últimos anos um volume significativo de recursos para o desenvolvimento de projetos de grande porte, de largo impacto social e cultural na vida do Nordeste. Área que ainda detém um dos mais baixos índices de escolaridade e de aprendizado do País, posição a exigir comprometimento de cada brasileiro na luta por universalidade, eficiência e qualidade, em todos os elos da cadeia educacional.

Para esse novo momento institucional, a Fundação Joaquim Nabuco reúne toda a energia para consolidar sua luz de conhecimento e exacerbar sua capacidade potencial de pesquisar, educar e compreender o ambiente, com servidores envolvidos nos grandes temas do Nordeste, interiorizando as suas ações, tendo a participação social como protagonista e, com tal esforço concentrado, contribuir para o desenvolvimento do País, a partir da Região.

No sentido apontado, a Fundação convocou seus servidores para a construção coletiva de um Plano de Ação, que expresse o roteiro institucional a ser trilhado, no caminho da aderência ao Plano Nacional.

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O PLANO

Desenvolvido com o propósito de alinhar efetivamente o desempenho da instituição às metas do PNE – 2011/2020, o Plano de Ação da Fundação Joaquim Nabuco reflete, em cada uma das ações propostas, a intenção de fortalecer as mudanças substantivas em curso no Nordeste. No cenário brasileiro, a Região se destaca como potência emergente no conjunto do País, vindo a ocupar atualmente posição de realce entre as grandes regiões da federação.

Tal posição foi conquistada em período recente, com a integração da economia regional à economia nacional, com a redução da pobreza e das desigualdades sociais, e com o aperfeiçoamento da democracia brasileira, que subverteram os paradigmas neoliberais de desenvolvimento. Os Nordestes emergentes, então deflagrados, já concorrem com os Nordestes residuais, egressos da sociedade agrária ainda hegemônica em 1949, ano da criação do Instituto que deu origem à Fundação Joaquim Nabuco.

Em 1950, conforme censo do IBGE, a população nordestina somava 17.973.413 habitantes. Já em 2010, sessenta anos depois, este número se elevou para 53.078.137, representando um crescimento anual de 1,8%. Em 1950, a população rural totalizava 13.226.894 e a urbana 4.746.519. Dados de 2010 revelam que a população rural soma 14.261.242, enquanto a urbana 38.816.895, percebendo-se a mais que total inversão do cenário de 1950. O Nordeste constitui cerca de 30% da população brasileira e contribui com 13% no Produto Interno Bruto do País. Ainda assim é a Região com o mais baixo PIB per capita, maior nível de pobreza e pior índice de analfabetismo. Sendo uma instituição de pesquisa de caráter regional, cujo fim é produzir conhecimento objetivamente conversível em melhoria da qualidade de vida exigida pelo exercício pleno da cidadania na Região, a Fundação tem consciência da necessidade de contextualizar seu desempenho, a fim de ajustar suas ações aos Nordestes reais – múltiplos e distintos entre si – ativos no território que se estende do Sul da Bahia ao Norte do Maranhão.

Por consequência, o Plano de Ação adotou, preferencialmente, a inserção territorial nos eixos de desenvolvimento da Bacia do Rio São Francisco, da Transposição, da Transnordestina, do Complexo Industrial Portuário de Suape, do Complexo Industrial Portuário de Pecém e do roteiro da Interiorização das Universidades Públicas.

As ações constantes do documento foram agrupadas no horizonte temporal de curto, médio e longo prazo, assim concebido, respectivamente: 2012 – 2015; 2016 – 2018; 2019 em diante.

Nesse viés, para além das ações explicitamente voltadas para a pesquisa e para a formação, no Plano de Ação da Fundação há a intenção nítida de alinhamento ao estatuto do PNE, cuja essência é transformar a educação em instrumento privilegiado da inclusão, coesão e bem-estar sociais, aqui entendidos como insumos – básicos – do desenvolvimento, que só se torna sustentável se houver uma aliança estável, consolidada, entre o Estado e a sociedade civil. Na mesma perspectiva, as articulações e parcerias com instituições nacionais e internacionais, particularmente as representações da América Latina e dos países de língua portuguesa, serão destacadas em programas de intercâmbio que favoreçam a amplificação de ações de interesses comuns, nas áreas de pesquisa, formação , memória e cultura.

Chama-se a atenção para o trabalho em cooperação, no formato de rede, a ser adotado na execução do Plano. A Fundação busca alimentar um palco de discussão e reflexão em torno de temas caros à pauta nacional, junto com universidades públicas e privadas e centros de pesquisa, tendo em mente a importância da transferência dos achados da ciência para as práticas cotidianas da política, da economia e da administração, marcando a identidade da Instituição no seu papel de subsidiar a formulação de políticas públicas.

Vale ressaltar que o presente Plano de Ação deverá passar por avaliação bienal interna, considerando diagnóstico institucional prévio, sensível aos atendimentos das necessidades de ordem financeira, de pessoal e de infraestrutura por ele requeridas.

A metodologia utilizada para a elaboração do Plano de Ação da Fundação Joaquim Nabuco cuidou em suas etapas de envolver os servidores na construção de um documento que reflete mais do que um conjunto de desejos e intenções. Trata-se, também, de uma declaração conjunta de compromisso de todas e de todos com a plena realização do que aqui está proposto.

Nas reuniões e plenárias realizadas internamente, foi reafirmada a missão institucional de produzir, acumular e difundir conhecimentos; pesquisar, preservar e difundir a memória coletiva da

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sociedade brasileira; promover atividades científicas, culturais, educativas e de ensino, objetivando a compreensão e o desenvolvimento da sociedade brasileira, prioritariamente a do Nordeste do País. Missão que norteia as diretrizes abaixo relacionadas:

Ampliar a inserção das ações da Fundação Joaquim Nabuco no Plano Nacional de Educação (PNE) – 2011/2020 (PL 8035/2010), buscando confluência com o Plano Nacional de Cultura e a Política Nacional de Educação Ambiental; Pesquisar, formar e difundir são atividades institucionais da Fundação; Relacionar a inserção territorial da Fundação às transformações sociais, econômicas, culturais e políticas, que impactam nas formas de a Região Nordeste se articular com o País e com o mundo, priorizando, preferencialmente, os eixos de desenvolvimento da Bacia do São Francisco, da Transposição, da Transnordestina, do Complexo Industrial Portuário de Suape, do Complexo Industrial Portuário de Pecém, e das áreas onde foram implantados novos campi, oriundas do processo de Interiorização das Universidades Públicas; Promover a interiorização das ações da Fundação, especialmente nos eixos de desenvolvimento da região, elegendo temáticas e atividades que contribuam para o empoderamento da população e reforcem a atuação da Fundação nos municípios focados; Promover acessibilidade a produtos, serviços e espaços físicos a pessoas com deficiência, ampliando a participação da sociedade em suas ações.

Cumprida a sua feitura e ao término do processo interno de construção, o Plano de Ação da

Fundação Joaquim Nabuco foi levado à consulta externa, para agregar reflexão e contribuição de grupo constituído com o propósito de cooperação, composto de especialistas de notório reconhecimento profissional nas áreas de atuação da Fundação Joaquim Nabuco.

Para dar suporte às diretrizes, foram definidas cinco plataformas temáticas, a saber: Políticas Públicas da Educação; Educação e Sustentabilidade Socioambiental e Cultural; Educação, Cidadania e Direitos Humanos; Educação, Trabalho e Desenvolvimento Sustentável; e Educação, Cultura e Memória no Ambiente Educacional. Cada uma delas com suas linhas de ação, metas, atividades e estratégias, a seguir detalhadas, além da apresentação do cronograma físico de execução, dimensionamento dos recursos humanos e financeiros necessários à realização do Plano em todas as suas etapas.

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I. PLATAFORMA POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO Projetos e ações dirigidos prioritariamente a gestores e professores, visando contribuir para a formulação e avaliação de políticas públicas apoiadas no compromisso de fortalecer a gestão participativa, federativa, e a educação de qualidade, referentes à educação básica e profissional técnica. Linha de ação - Gestão Educacional e Avaliação de Políticas Públicas Meta 1 - Desenvolver oito Pesquisas Educacionais, a fim de contribuir para os processos de gestão educacional e para a formulação de políticas públicas. Pesquisa:

Participação sociopolítica e controle social: os conselhos gestores da educação no Nordeste; Pesquisa longitudinal de avaliação das políticas de educação do ensino básico na ótica dos atores envolvidos no Nordeste; Avaliação sobre a educação em tempo integral em municípios do Nordeste; Avaliação intersetorial das ações que o MEC desenvolve juntamente com outros Ministérios; Biblioteca nas escolas: diagnosticar as condições físicas, os acervos e os recursos humanos das bibliotecas escolares nos municípios polos da Bacia do Rio São Francisco, da Transposição, da Transnordestina, do Complexo Industrial Portuário de Suape e do Complexo Industrial Portuário de Pecém; Avaliação da educação profissional e técnica nos municípios polos de desenvolvimento do Nordeste; Avaliação do impacto do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) no acesso à educação superior no Nordeste; Avaliação da implantação da Educação Escolar Indígena (EEI) desenvolvida pelas Secretarias Estaduais de Educação.

Meta 2 - Implantar um Curso de Mestrado, um Curso de Especialização e dois Cursos de Curta Duração, todos dirigidos a técnicos de educação, gestores e professores, com o propósito de fortalecer a gestão educacional. Formação:

Curso de Mestrado em Educação, Desigualdade e Desenvolvimento; Curso de Especialização em Gestão Educacional; Cursos de Curta Duração anuais, presenciais e a distância, para capacitação de profissionais da Educação em Gestão de Bibliotecas Escolares; Cursos de Curta Duração anuais para professores sobre a inclusão da história e cultura indígenas no currículo escolar dos ensinos fundamental e médio.

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Meta 3 - Instituir dois Prêmios de estímulo à produção de monografias, dissertações e teses sobre a realidade do Nordeste. Difusão:

Prêmio Nelson Chaves nacional e anual de estímulo à produção de monografias, dissertações e teses sobre a realidade do Nordeste; Prêmio nacional anual para professores e gestores de Educação e Cultura sobre memória, patrimônio histórico e cultural do Nordeste.

Linha de ação - Formação dos Profissionais da Educação Meta 4 - Desenvolver sete Pesquisas de modo a contribuir para a formação dos profissionais da Educação, nas suas práticas e trajetórias. Pesquisa:

Avaliação da política de formação de professores para a Educação Básica no Nordeste; Avaliação da política de formação de professores para a Educação Profissional Técnica no Nordeste; Mapeamento da utilização de produtos culturais como recursos pedagógicos nas redes de ensino público e privado nos níveis fundamental e médio no Nordeste; Mapeamento do consumo cultural de professores das redes de ensino público e privado nos níveis fundamental e médio no Nordeste; Trajetórias escolares nos meios populares de jovens estudantes no Nordeste; Novas tecnologias educacionais no processo de formação de professores;

Pesquisa e produção de textos temáticos apoiados nas matrizes curriculares para divulgação no Projeto Pesquisa Escolar On-Line.

Meta 5 - Implantar dois Cursos de Especialização e um Curso de Curta Duração para professores do ensino médio, visando contribuir na formação dos profissionais da educação. Formação:

Curso de Especialização em Sociologia; Curso de Especialização em Metodologia da Pesquisa; Curso de Curta Duração anual em contação de História.

Meta 6 - Realizar quatro Eventos Científicos e Culturais e copatrocinar um evento, visando difundir o conhecimento, de modo a reforçar a formação dos profissionais da Educação. Difusão:

Participar como copatrocinador do Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste (Epenn);

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Realizar a cada dois anos o Encontro Pesquisa Educacional de Pernambuco (Epep); Promover Seminário Qualidade Social da Educação; Seminário Nacional de Historiografia e Ensino de História; Realizar anualmente o Simpósio de Contação de Histórias e Literatura Infanto-Juvenil.

II. PLATAFORMA EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E CULTURAL Projetos e ações com foco nas políticas públicas de meio ambiente e ênfase na educação ambiental e patrimonial, considerando a interdependência entre os elementos do meio natural e os aspectos socioeconômicos, políticos e histórico-culturais, sob o enfoque da educação sustentável. Linha de ação - Educação Ambiental Meta 7 - Desenvolver três Pesquisas na ótica da Educação Ambiental, de modo a contribuir para a educação e sustentabilidade socioambiental. Pesquisa:

Educação para a convivência e sua aplicação em educação contextualizada nos municípios da Bacia do Rio São Francisco; Impactos ambientais decorrentes da Transposição do Rio São Francisco, da implantação da Transnordestina, do Complexo Industrial Portuário de Suape e do Complexo Industrial Portuário de Pecém; Avaliação da política nacional de educação ambiental no Nordeste.

Meta 8 - Implantar dois Cursos de Mestrado, um Curso de Especialização e um Curso de Curta Duração, de modo a contribuir para os processos de formação que privilegiem a educação ambiental e a educação contextualizada. Formação:

Curso de Mestrado em Ciências Sociais; Curso de Mestrado em Rede em Gestão Ambiental, na área geográfica da Bacia Hidrográfica do São Francisco, com ênfase na convivência com o semiárido; Curso de Especialização em Educação Ambiental; Curso de Curta Duração anual em Elaboração de Programas e Projetos em Educação Ambiental.

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Meta 9 - Produzir seis Materiais Audiovisuais e Impressos, de apoio pedagógico, sobre práticas de educação para a convivência com o semiárido, e de educação ambiental. Difusão:

Produção de material de apoio pedagógico relacionado às práticas de educação para a convivência com o semiárido; Produção de material pedagógico relacionado a práticas de educação ambiental.

Linha de ação - Educação e Gestão Patrimoniais Meta 10 - Desenvolver duas Pesquisas que avaliem a educação e a gestão patrimoniais, de modo a contribuir na educação e na sustentabilidade socioambiental e cultural. Pesquisa:

Impactos do desenvolvimento econômico e social sobre a memória e o patrimônio histórico e cultural na Bacia do Rio São Francisco, na Transposição, na Transnordestina, no Complexo Industrial Portuário de Suape e no Complexo Industrial Portuário de Pecém; Desenvolvimento sustentável e identidade cultural: os casos dos indígenas e quilombolas nas áreas da Bacia do Rio São Francisco, na Transposição, na Transnordestina, no Complexo Industrial Portuário de Suape e no Complexo Industrial Portuário de Pecém.

III. PLATAFORMA EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

Projetos e ações que contribuam para a superação das desigualdades educacionais, por meio de ações de inclusão sociocultural e de defesa dos direitos humanos. Linha de ação - Promoção da consciência da cidadania e respeito à diversidade Meta 11 - Realizar duas Pesquisas que contribuam para reforçar a reflexão sobre cidadania e diversidade. Pesquisa:

Relações étnico-raciais e escolarização no Nordeste; Estudos sobre a distribuição e incidência dos temas de História Africana e Afro-Brasileira nos livros didáticos.

Meta 12 - Implantar um Curso de Especialização e dois Cursos de Curta Duração. Formação:

Curso de Especialização em Direitos Humanos, com ênfase em Defesa Social; Curso de Curta Duração anual em Direitos Humanos para professores do ensino básico; Curso de Curta Duração anual para professores sobre aplicação da Lei 10.639, que trata da obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana e afro-brasileira.

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Meta 13 - Produzir quatro Materiais de Apoio Pedagógico que tratem das temáticas africanas e afro-brasileiras, de modo a contribuir para a disseminação dessas questões nas escolas. Difusão:

Produção de material de apoio pedagógico nos temas de história africana e afro-brasileira. Linha de ação - Promoção da cultura da não violência Meta 14 - Realizar uma Pesquisa e um Seminário que reforcem a cultura da não violência. Pesquisa:

Os sentidos da escola para jovens: relações entre desigualdade, subjetividade e violência no Nordeste.

Difusão:

Seminário sobre A cidadania dentro e fora da escola.

IV. PLATAFORMA EDUCAÇÃO, TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Projetos e ações de formação e pesquisa em educação, trabalho e desenvolvimento sustentável, que contribuam para a superação das desigualdades regionais. Linha de ação - Políticas de formação para o mercado de trabalho Meta 15 - Realizar uma pesquisa para contribuir na formulação de políticas de formação voltadas ao mercado de trabalho. Pesquisa:

Diagnóstico da mão de obra nos polos de desenvolvimento regional da Bacia do Rio São Francisco, da Transposição, da Transnordestina, do Complexo Industrial Portuário de Suape e do Complexo Industrial Portuário de Pecém.

Meta 16 - Realizar vinte e dois Cursos anuais de Curta Duração de Formação Técnica continuada nas áreas de cultura e memória. Formação:

Vinte e um Cursos de Curta Duração anuais voltados para formação em técnica audiovisual; Curso de Curta Duração anual, presencial e a distância, voltado para formação em gestão de acervos.

Linha de ação - Desenvolvimento regional sustentável Meta 17 - Realizar uma Pesquisa que considere os impactos do desenvolvimento da Região Nordeste, sob a ótica da sustentabilidade.

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Pesquisa:

Subsídios para a formulação de políticas públicas de implantação de medidas de adaptação ao aquecimento global na Região Nordeste.

Meta 18 - Implantar um Curso de Mestrado e um Curso de Especialização que tratem do desenvolvimento sustentável. Formação:

Curso de Mestrado em Economia Ecológica; Curso de Especialização em Desenvolvimento Regional Sustentável.

Meta 19 - Implantar um fórum bienal sobre Educação e Desenvolvimento Regional no Nordeste Difusão:

Instalação do fórum bienal sobre Educação e Desenvolvimento Regional no Nordeste. V. PLATAFORMA EDUCAÇÃO, CULTURA E MEMÓRIA NO AMBIENTE EDUCACIONAL Ambiente educacional Projetos e ações que contribuam para a superação das desigualdades educacionais e de acesso à produção cultural, para a melhoria da qualidade do ensino pela criação, discussão e difusão de conteúdos, culturais e artísticos, estimulando a compreensão da importância da arte no ambiente educacional e na construção da cidadania. Linha de ação - Pesquisa e preservação do patrimônio histórico e cultural Meta 20 - Realizar quatro Pesquisas com enfoque na preservação do patrimônio histórico e cultural. Pesquisa:

Escola, cultura e memória: identificar os potenciais educativos presentes nos espaços de cultura e memória visando estimular a articulação entre esses espaços e as escolas de tempo integral, nos municípios localizados na Bacia do Rio São Francisco, na Transposição, na Transnordestina, no Complexo Industrial Portuário de Suape e no Complexo Industrial Portuário de Pecém; Engenho Massangana: história, patrimônio e educação, com vistas a analisar e sistematizar as fontes históricas do acervo da Fundação Joaquim Nabuco e de outros acervos, objetivando subsidiar e redefinir um plano de educação patrimonial; Movimentos sociais urbanos: efeitos identitários da globalização e as identidades emergentes no Nordeste; Identificação das paisagens etnográficas do Nordeste, sob o viés dos três eixos da cultura material: alimentação, habitação e vestuário.

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Meta 21 - Implantar um Curso de Especialização e dois Cursos de Curta Duração com enfoque na preservação do patrimônio histórico e cultural. Formação:

Programa de Especialização em Documentação e Memória (PEDM), nas linhas de pesquisa de Gestão de Acervos, Conservação Preventiva, História Brasileira e Identidade Patrimonial do Nordeste, e Museologia Social; Curso de Curta Duração anual sobre Educação Patrimonial e História aplicada a partir das pesquisas sobre o Engenho Massangana; Curso de Curta Duração anual de capacitação em atividades educativo-culturais desenvolvidas pelo Museu do Homem do Nordeste, para professores do Ensino Fundamental da rede de ensino pública e privada.

Meta 22 - Realizar seis Projetos de apoio educativo e cultural focados no patrimônio histórico e cultural. Difusão:

Criação do Centro Regional do Açúcar e da Energia Sustentável, como espaço educativo-cultural, no Engenho Massangana; Documentário sobre Educação Patrimonial; Criação de uma Revista Brasileira de Museologia Social, em versão eletrônica e impressa, visando difundir conceitos e práticas museológicas da museologia social no Brasil; Criação e instalação do Portal Colaborativo (Wiki) para o registro da memória da Região Nordeste; Elaboração e produção de materiais de apoio pedagógico que contribuam para promoção da memória coletiva e salvaguarda do patrimônio histórico e cultural; Elaboração e produção de materiais pedagógicos que promovam a cultura dos povos indígenas e das comunidades quilombolas.

Linha de ação - Educação, Cultura e Arte Meta 23 - Realizar duas Pesquisas, seis Cursos anuais de Curta Duração, um Seminário bienal, Ciclo de Debates bianual, cinco Mostras anuais de artes visuais, uma Mostra anual de filmes, dois Documentários e quatro Concursos anuais. Pesquisa:

Investigação do legado da ideia de educar a partir do campo da arte. Buscam-se novas respostas para as perguntas: o que é educação? O que é educar pela arte? Contribuição das linguagens artísticas na dinâmica de geração e produção de conhecimento.

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Formação:

Realização de quatro Cursos anuais de Curta Duração sobre Educação e Arte na Contemporaneidade; Realização de dois Cursos anuais de Curta Duração sobre a contribuição das linguagens artísticas na dinâmica de geração e produção de conhecimento.

Difusão:

Realização de seminário internacional bienal sobre Educação e Arte; Realização de ciclo de debates bianual com artistas, educadores, gestores, pensadores, críticos, curadores, para discussão e proposições sobre Educação e Arte; Realização de cinco mostras anuais de artes visuais que contribuam para a discussão da linha de ação Educação e Arte; Realização de uma mostra anual de filmes que, além de apontar para novas tendências estéticas, suscite reflexões sobre a realidade e fortaleça o debate acerca de Educação e Arte; Realização de um produto audiovisual sobre a contribuição das linguagens artísticas na dinâmica de geração e produção de conhecimento; Realização de um documentário sobre Educação e Arte; Realização de quatro concursos anuais e nacionais que englobem produtos, como vídeos, ensaios e mostras artísticas para uso em ambientes educacionais e que contribuam para a discussão sobre a importância das linguagens artísticas na dinâmica de geração e produção de conhecimento.

Meta 24 - Realizar seis Projetos voltados à difusão de conteúdos em arte e cultura, com o propósito de estimular e incentivar a imaginação criadora no ambiente educacional. Difusão:

Produção de quatro publicações (quadrinhos e filmes de animação), a partir de obras poéticas de autores brasileiros de renome nacional com disponibilização em DVD e arquivos on-line para a rede de educação pública do Nordeste; Seminário anual sobre Educação e Arte na Escola, compreendendo as linguagens: literatura, música, artes plásticas e artes cênicas; Ações educativas, envolvendo práticas e produtos culturais para professores da rede pública; Capacitação anual de professores da rede pública de ensino para utilizar a cinematografia nacional integrada aos conteúdos dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), por meio de material de apoio pedagógico produzido especialmente para este fim (Cine-Educação); Sessões de cinema gratuitas para professores no cinema da Fundação Joaquim Nabuco. Realização de oito Encontros Anuais, visando explorar e difundir arte e cultura no ambiente educacional.

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Meta 25 - Implantar um Curso de Mestrado, três Cursos de Especialização, dois Cursos de Curta Duração e realizar oito Encontros Anuais de difusão da arte e cultura no ambiente educacional. Formação:

Mestrado em Gestão de Políticas Culturais; Curso de Especialização em Gestão de Políticas Culturais; Curso de Especialização em Economia da Cultura; Curso de Especialização em Mediação Cultural; Cursos anuais de Curta Duração introdutórios e de Aperfeiçoamento em Arte e Cultura Contemporâneas; Cursos anuais de Curta Duração transdisciplinares, com foco no papel político da arte;

Linha de ação - Memória da Educação Meta 26 - Realizar um Projeto de Memória da Educação no sentido de preservar e difundir o conhecimento acumulado. Pesquisa:

No campo das ideias: Memória da Educação em Pernambuco; Memória dos movimentos de educação popular no Nordeste: o Movimento de Cultura Popular, o Movimento de Educação de Base e a Campanha de Pé no Chão também se Aprende a Ler.

Difusão:

Seminário e Exposição Memória da Educação em Pernambuco; Série Memórias da Educação em DVD; Elaboração e desenvolvimento do Projeto Museu Virtual da Educação; Realização anual de dez produtos audiovisuais sobre a ideia e atuação de personalidades que contribuíram para a construção da educação no Brasil e no mundo.

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ESTRATÉGIAS As estratégias gerais da Fundação, reordenadas a partir do processo de construção deste Plano, reforçam a consecução das metas aqui estabelecidas, e serão desdobradas em estratégias específicas, de acordo com a ação a ser desenvolvida. 1. Estimular os processos de pactuação entre dirigentes e servidores para o planejamento e a

execução de políticas, projetos e atividades a serem implementados. Definir políticas de:

Pesquisa; Formação; Seleção e capacitação continuada de servidores; Difusão (editorial, divulgação científica e cultural); Acervo; e Tecnologia da informação.

2. Estimular articulação em rede e atuação em parcerias, tanto nacionais como internacionais, para o

desenvolvimento das ações:

Definir política de cooperação internacional; Articular parcerias com organismos internacionais, a exemplo da Unesco, OEI e Pnud, para o desenvolvimento de programas e projetos; Criar programa de bolsas de pesquisas com apoio da Facepe, Capes e CNPq; Estimular a integração de redes escolares e comunitárias de reconhecimento da diversidade étnico-social e de promoção da sustentabilidade ambiental; Articular parcerias com instituições nacionais a exemplo dos Ministérios da Cultura, Ciência e Tecnologia, Integração Nacional, das Relações Internacionais, Universidades, SES, Fóruns de Secretários de Educação e Cultura, Conselhos de Educação e Cultura, entre outras.

3. Estimular o uso de novas tecnologias aplicadas nas atividades de formação e promover a atuação interinstitucional para a formação de quadros:

Mapear recursos técnicos, humanos e financeiros, em articulação com outras instituições, na busca de meios complementares para implantação de cursos de especialização e mestrado; Capacitar o quadro de servidores para as novas metodologias de ensino; Utilizar a modalidade de Educação a Distância (EAD) para a capacitação de profissionais da educação e da cultura, selecionando conteúdos de cursos presenciais oferecidos pela Fundação e desenvolvendo outros, com vistas à atualização de professores e gestores da rede pública do Nordeste.

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4. Requalificar os Campi para ampliação do acesso da população:

Manter e ampliar a reconhecida expertise em Memória, Documentação e Cultura, para a consolidação de seus núcleos e laboratórios como ambientes de pesquisa e formação; Disponibilizar os espaços institucionais e apoiar o desenvolvimento de ações das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e Cultura; Ampliar o aporte tecnológico da Fundação Joaquim Nabuco para qualificá-la como um Repositório Digital de referência no Nordeste; Instalar um Laboratório de Imagem e História Oral, com vistas a ampliar a articulação entre Pesquisa, Formação, Memória e Documentação.

5. Definir política de recursos humanos, visando recompor, ampliar e planejar a qualificação do

quadro de servidores:

Preencher os cargos vagos disponíveis na Fundação Joaquim Nabuco; Ampliar o quadro de pesquisadores, analistas e assistentes de C&T, considerando as competências requeridas para a consecução do Plano de Ação; Viabilizar contratos temporários para atividades de apoio.

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DIMENSIONAMENTO DOS RECURSOS HUMANOS

O quadro de pessoal da Fundação Joaquim Nabuco é composto por três categorias, a saber: Pesquisador, Analista em Ciência & Tecnologia e Assistente em Ciência & Tecnologia. Tais categorias concentram um efetivo total de 342 servidores, sendo desse universo 66 pesquisadores, 102 analistas e 174 assistentes.

Projetando-se a análise do quadro atual de pessoal da Fundação, observa-se, no curto prazo (para efeito do Plano 2011-2015), uma expectativa de aposentadoria de 25 pesquisadores, 42 analistas e 70 assistentes, totalizando 137 servidores. No médio prazo (2016 a 2018), identifica-se uma expectativa de aposentadoria de 7 pesquisadores, 14 analistas e 26 assistentes. Na análise de longo prazo (2019-2020), percebe-se uma expectativa de aposentadoria de 10 pesquisadores, 18 analistas e 22 assistentes, assim demonstrada na Tabela 1.

Tabela 1 - Expectativa de aposentadoria* de servidores da Fundação Joaquim Nabuco no curto, médio e longo prazo, considerando o tempo para execução do Plano de Ação

Unidade Cargo Lotação

Atual

Análise de Curto Prazo

Análise de Médio Prazo

Análise de Longo Prazo

(2011 a 2015) (2016 a 2018) (2019 a 2020)

Aposentadoria e Necessidade

Aposentadoria e Necessidade

Aposentadoria e Necessidade

GABINETE DA PRESIDÊNCIA

Pesquisador 3 2 1 0

Analista 8 4 3 1

Assistente 23 11 4 1

DIPLAD

Pesquisador 0 0 0 0

Analista 28 12 5 3

Assistente 59 19 5 6

DIDOC

Pesquisador 2 1 1 2

Analista 28 8 2 10

Assistente 42 14 11 13

DIC

Pesquisador 1 0 0 0

Analista 21 10 2 0

Assistente 36 17 4 0

DIPES

Pesquisador 60 22 5 8

Analista 17 8 2 4

Assistente 14 9 2 2

TOTAL/ CARGO

Pesquisador 66 25 7 10

Analista 102 42 14 18

Assistente 174 70 26 22 TOTAL 342 137 47 50

* A expectativa de aposentadoria corresponde ao direito do servidor, completado o tempo de serviço relativo à contribuição e idade, de poder continuar na ativa, recebendo por sua permanência abono pecuniário até completar setenta anos, exigidos pela aposentadoria compulsória.

Ainda na leitura do quadro de pessoal da Instituição, vale destacar o número de cargos

vagos existente nas três categorias, dados de outubro de 2011, que apontam 34 cargos vagos de pesquisador, 34 de analista e 39 de assistente, representando um total de 107 cargos disponíveis. No cômputo geral, registra-se uma expectativa de cargos vagos, até 2020, de 76 pesquisadores, 108 analistas e 157 assistentes, perfazendo 341 servidores, compreendendo nesse total os cargos já vagos, conforme Tabela 2. A expectativa de cargos vagos foi estimada pela expectativa de aposentadorias até 2020.

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Tabela 2 - Número de cargos vagos, expectativa de aposentadorias e expectativa de cargos vagos de servidores da Fundação Joaquim Nabuco

Cargos Nº Cargos Vagos em

julho/2011 (A)

Expectativa de Aposentadorias no

Período (B)

Expectativa de Cargos Vagos até 2020 (A + B)

Pesquisador 34 42 76

Analista 34 74 108

Assistente 39 118 157

Total 107 234 341 (*) Quadro de pessoal considerando os ocupantes de cargos das Carreiras de Ciência e Tecnologia, excetuando três servidores de carreira distinta (PGPE)

Os dados indicam situação de precariedade e vulnerabilidade da Fundação, no que se refere

a sua força de trabalho. Para fazer face à realidade que se apresenta, com base no diagnóstico realizado, foi construído um cenário que contempla a reposição dos cargos, levando em consideração a situação atual e sua escalada a médio e longo prazos, e, ainda, uma expansão de 25% do quadro de pessoal. Cenário - Para além da reposição

Este cenário considera o cumprimento do Plano ora apresentado, que institui novas funções e atividades, em atendimento ao Plano Nacional da Educação. Neste caso, para assegurar a execução das atividades aqui propostas, há de se expandir o quadro de pessoal, a fim de que se possa implementar, em especial, o Programa de Formação (ensino) nele destacado, bem como desenvolver as ações de pesquisa, memória e cultura, em sua integralidade. A Tabela 3 apresenta o cenário da expansão do quadro de pessoal até 2020, considerando reposição e ampliação nos percentuais de 70%, 20% e 10% em cada categoria.

Tabela 3 – Expansão do quadro de pessoal da Fundação Joaquim Nabuco

Categoria 2012 2016 2019 Total

Pesquisador 67 19 9 95

Analista 80 35 20 135

Assistente 137 39 20 196

Total 284 93 49 426*

* Reposição e expansão de 25% do quadro de pessoal no período 2012-2020

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ORÇAMENTO PARCIAL E GLOBAL I. Recursos humanos

A Tabela 4 apresenta o incremento orçamentário nas despesas de pessoal ativo, considerando-se a reposição e a expansão do quadro para os anos de 2012, 2016 e 2019.

Tabela 4 - Estimativa do custo da reposição/ampliação do quadro de pessoal ativo a partir dos anos de 2012, 2016 e 2019

Cargos Valor

vencimento mês

2012 2016 2019

Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Pesquisador Doutor 9.905 67 8.627.255 19 2.446.535 9 1.158.885

Analista 4.549 80 4.730.960 35 2.069.795 20 1.182.740

Assistente 2.504 137 4.459.624 39 1.269.528 20 651.040

Custo da reposição/ampliação por ano 284 17.817.839 93 5.785.858 49 2.992.665

Na Tabela 5 buscou-se apresentar o incremento anual das despesas com pessoal para o

período 2012-2020. Assim, será considerada despesa financeira com pessoal o montante de R$ 26.596.362,00 (vinte e seis milhões, quinhentos e noventa e seis mil, trezentos e sessenta e dois reais). Tabela 5 – Projeção do aumento das despesas de pessoal a partir da reposição e ampliação do quadro no período 2012-2020

Cargos

Período de 2012-2015 Período de 2016-2018 Período de 2019-2020

Pesquisador Doutor

8.627.255 11.073.790 12.232.675

Analista 4.730.960 6.800.755 7.983.495

Assistente 4.459.624 5.729.152 6.380.192

Valor por ano para o período

17.817.839 23.603.697 26.596.362

II. Investimento e custeio Readequação dos espaços físicos

A Fundação Joaquim Nabuco em termos de espaços físicos se encontra distribuída em três campi: Apipucos, Casa Forte e Derby. Além desses, tem sob sua responsabilidade o Engenho Massangana, localizado no município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, cedido pelo Governo do Estado de Pernambuco em comodato. Para efeito das principais necessidades de obras e readequações dos espaços citados, estão apresentados na Tabela 6 valores para investimento e manutenção destes espaços físicos no intervalo 2012-2020, totalizando R$ 24.000.000,00 (vinte e quatro milhões de reais).

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Tabela 6 - Obras e readequações nos espaços físicos da Fundação Joaquim Nabuco (2012-2020)

Campi Unidade Valor estimado da obra (R$)

Apipucos Auditório Roquette Pinto 4.000.000

Casa Forte Memorial Joaquim Nabuco 3.000.000

Casa Forte Sala Carlos Pena Filho 1.000.000

Derby Ulysses Pernambucano 8.000.000

Engenho Massangana Recuperação e restauração 8.000.000

Total 24.000.000

Equipamentos

O dimensionamento das necessidades de equipamentos considerou a expansão que a Fundação sofrerá nos próximos nove anos. A Tabela 7 distribui os equipamentos em quatro itens, a saber: informática, equipamentos de imagem e som, equipamentos diversos e veículos, totalizando, para os nove anos, o equivalente a R$ 24.600.000,00 (vinte e quatro milhões e seiscentos mil reais). Tabela 7 - Equipamentos necessários ao desenvolvimento do plano de ação da Fundação Joaquim Nabuco (2012- 2020)

Ano/Item Informática Equipamentos de imagem e

som

Equipamentos diversos

Veículos Total

2012 1.600.000 400.000 200.000 800.000 2.400.000

2013 1.600.000 400.000 200.000 200.000 2.400.000

2014 1.600.000 400.000 200.000 200.000 2.400.000

2015 4.000.000 400.000 200.000 200.000 5.400.000

2016 1.600.000 400.000 200.000 200.000 2.400.000

2017 1.600.000 400.000 200.000 200.000 2.400.000

2018 1.600.000 400.000 200.000 200.000 2.400.000

2019 1.600.000 400.000 200.000 200.000 2.400.000

2020 1.600.000 400.000 200.000 200.000 2.400.000

Total (R$) 16.800.000 3.600.000 1.800.000 2.400.000 24.600.000

Custeio

As despesas de custeio foram divididas em despesas operacionais e despesas das ações finalísticas. Como observado na Tabela 8, o custeio operacional será da ordem de R$ 28.800.000,00 (vinte e oito milhões e oitocentos mil reais) e o custeio das ações finalísticas de R$ 31.845.000,00 (trinta e um milhões, oitocentos e quarenta e cinco mil reais), conforme Tabela 9.

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Tabela 8 - Despesas de custeio operacional para execução do Plano de Ação da Fundação Joaquim Nabuco (2012-2020)

Item Despesas Operacionais *

2012 2.400.000

2013 2.600.000

2014 2.800.000

2015 3.000.000

2016 3.200.000

2017 3.400.000

2018 3.600.000

2019 3.800.000

2020 4.000.000

Total (R$) 28.800.000

* Compreende despesas com energia, telefone, água, vigilância, limpeza e combustível

Tabela 9 - Despesas de custeio das ações finalísticas do Plano de ação da Fundação Joaquim Nabuco (2012-2020)

Produtos Quantidade Total (R$)

Pesquisa 33 4.500.000

Auxílio e Bolsas de Pesquisa - 5.400.000

Premiação 17 340.000

Publicação/ Material pedagógico 16 8.000.000

Audiovisuais 10 1.350.000

Eventos 11 200.000

Mostra de artes 05 75.000

Mostra de filmes 09 180.000

Cine-educação (DVD + encarte) 01 6.000.000

Funcionamento de Curso de Mestrado (Bolsa) 300 360.000

Funcionamento de Curso de Especialização (Turmas) 40 2.640.000

Curso de Curta Duração (Turmas) 112 2.800.000

Total Geral 31.845.000

A Tabela 10 consolida o orçamento necessário no período considerado pelo Plano de Ação – 2012-2020 dos custos de investimento e custeio. Já a Tabela 11 apresenta o cronograma de desembolso financeiro para a execução das ações.

Page 29: Plano de ação da fundaj para o pne 2011 2012

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Tabela 10 - Consolidação do orçamento necessário para execução do Plano de Ação da Fundação Joaquim Nabuco (2012-2020)*

Item Total 2012-2020 (R$)

Obras e readequações 24.000.000

Equipamentos 24.600.000

Despesas de custeio operacional 28.800.000

Despesas de custeio das ações finalísticas

31.845.000

Total Geral 109.245.000

* excetuadas despesas de pessoal

Tabela 11 - Cronograma financeiro de desembolso para implementação do Plano de Ação da Fundação Joaquim Nabuco (Em R$)

Ano Espaços Físicos Equip. Custeio

Operacional Custeio Ações

Finalísticas Total Ano

2012 8.000.000 2.400.000 2.400.000 4.500.000 17.300.000

2013 8.000.000 2.400.000 2.600.000 4.500.000 17.500.000

2014 8.000.000 2.400.000 2.800.000 4.500.000 17.700.000

2015 - 5.400.000 3.000.000 4.500.000 12.900.000

2016 - 2.400.000 3.200.000 3.000.000 8.600.000

2017 - 2.400.000 3.400.000 3.000.000 8.800.000

2018 - 2.400.000 3.600.000 3.000.000 9.000.000

2019 - 2.400.000 3.800.000 2.845.000 9.045.000

2020 - 2.400.000 4.000.000 2.000.000 8.400.000

Total 24.000.000 24.600.000 28.800.000 31.845.000 109.245.000

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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO Cronograma da Meta Pesquisa – considera-se uma distribuição de 60% das pesquisas no curto prazo, de 30% no médio prazo e de 10% no longo prazo.

Meta/Pesquisa

Curto prazo Médio prazo Longo prazo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Avaliação das políticas de educação do ensino básico na ótica dos atores envolvidos no Nordeste

Participação sociopolítica e controle social: os conselhos gestores da educação no Nordeste

Avaliação do impacto do ENEM e do SISU no acesso à educação superior no Nordeste

Pesquisa e produção de textos temáticos apoiados nas matrizes curriculares para divulgação no projeto pesquisa escolar

on line

Educação para a convivência e sua aplicação em educação contextualizada nos municípios da Bacia do Rio São Francisco

Escola, cultura e memória: identificar os potenciais educativos presentes nos espaços de cultura e memória na Bacia do Rio São Francisco, na Transposição, na Transnordestina, no Complexo Industrial Portuário de Suape e Porto de Pécem

Identificação das paisagens etnográficas do Nordeste, sob o viés dos três eixos da cultura material: alimentação, habitação e vestuário

Investigação do legado da ideia de educar a partir do campo da arte. Buscam-se novas respostas para as perguntas: O que é educação? O que é educar pela arte?

No campo das ideias: Memória da Educação em Pernambuco

Avaliação sobre educação tempo integral em municípios do Nordeste

Avaliação intersetorial das ações que o MEC desenvolve juntamente com outros ministérios

Trajetórias escolares nos meios populares de jovens estudantes no Nordeste

Relações étnico-raciais e escolarização no Nordeste

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Meta/Pesquisa

Curto prazo Médio prazo Longo prazo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Subsídios para a formulação de políticas públicas de implantação de medidas de adaptação ao aquecimento global na região Nordeste

Engenho Massangana: história, patrimônio e educação, com vistas a analisar e sistematizar as fontes históricas do acervo da Fundação Joaquim Nabuco e de outros acervos

Mapeamento da utilização de produtos culturais como recursos pedagógicos nas redes de ensino público e privado nos níveis fundamental e médio no Nordeste

Mapeamento do consumo cultural de professores das redes de ensino público e privado nos níveis fundamental e médio no Nordeste

Avaliação da Política Nacional de Educação Ambiental no Nordeste

Impactos do desenvolvimento econômico e social sobre a memória e o patrimônio histórico e cultural na Bacia do Rio São Francisco, na Transposição, na Transnordestina, no Complexo Industrial Portuário de Suape e no Porto de Pécem

Estudos sobre a distribuição e incidência dos temas de História Africana e Afrobrasileira nos livros didáticos

Os sentidos da escola para jovens: relações entre desigualdade, subjetividade e violência no Nordeste

Movimentos sociais urbanos: efeitos identitários da globalização e as identidades emergentes no Nordeste

Contribuição das linguagens artísticas na dinâmica de geração e produção de conhecimento

Avaliação da implantação da Educação Escolar Indígena (EEI) desenvolvida pelas Secretarias Estatuais de Educação

Novas tecnologias educacionais no processo de formação de professores

Diagnóstico da mão de obra nos pólos de desenvolvimento regional da Bacia do Rio São Francisco, da Transposição, da Transnordestina, do Complexo Industrial Portuário de Suape e do Porto de Pecém

Page 32: Plano de ação da fundaj para o pne 2011 2012

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Meta/Pesquisa

Curto prazo Médio prazo Longo prazo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Biblioteca nas escolas: diagnosticar as condições físicas, os acervos e os recursos humanos das bibliotecas escolares nos municípios polos da Bacia do Rio São Francisco, da Transposição, da Transnordestina, do Complexo Industrial Portuário de Suape e do Porto de Pecém

Avaliação da política de formação de professores para Educação Básica no Nordeste

Avaliação da política de formação de professores para Educação Profissional Técnica no Nordeste

Desenvolvimento sustentável e identidade cultural: os casos dos indígenas e quilombolas nas áreas da Bacia do Rio São Francisco, da Transposição, da Transnordestina, do Complexo Industrial Portuário de Suape e do Porto de Pecém

Impactos ambientais decorrentes da Transposição do Rio São Francisco, da implantação da Transnordestina, do Complexo Industrial Portuário de Suape e do Porto de Pecém

Avaliação da Educação Profissional e Técnica nos municípios pólos de desenvolvimento do Nordeste

Memória dos movimentos de Educação Popular no Nordeste: o Movimento de Cultura Popular, o Movimento de Educação de Base e a Campanha Pé no Chão também se Aprende a Ler

Page 33: Plano de ação da fundaj para o pne 2011 2012

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Meta/Formação

Curto prazo Médio prazo Longo prazo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Curso de Mestrado em Educação, Desigualdade e Desenvolvimento

Curso de Mestrado em Ciências Sociais

Curso de Mestrado em Rede em Gestão Ambiental

Curso de Mestrado em Economia Ecológica

Curso de Mestrado em Gestão de Políticas Culturais

Curso de Especialização em Gestão Educacional

Curso de Especialização em Sociologia

Curso de Especialização em Metodologia da Pesquisa

Curso de Especialização em Educação Ambiental

Curso de Especialização em Direitos Humanos, com ênfase em Defesa Social

Curso de Especialização em Desenvolvimento Regional Sustentável

Programa de Especialização em Documentação e Memória nas linhas de pesquisa de Gestão de Acervos, Conservação Preventiva, História Brasileira e Identidade Patrimonial do Nordeste, e Museologia Social

Curso de Especialização em Gestão de Políticas Culturais

Curso de Especialização em Economia da Cultura

Curso de Especialização em Mediação Cultural

Curso de Curta Duração anual, presencial e a distância, para capacitação de profissionais da educação em gestão de bibliotecas escolares

Curso de Curta Duração anual para professores sobre a inclusão da história e cultura indígenas no currículo escolar dos ensinos fundamental e médio

Curso de Curta Duração anual em Contação de História

Curso de Curta Duração anual em elaboração de Programas e Projetos em Educação Ambiental

Curso de Curta Duração anual em Direitos Humanos para professores do ensino básico

Curso de Curta Duração anual sobre a aplicação da Lei nº 10.639, que trata da obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira

Page 34: Plano de ação da fundaj para o pne 2011 2012

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Meta/Formação

Curto prazo Médio prazo Longo prazo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Curso de Curta Duração anual para formação em técnica audiovisual

Curso de Curta Duração anual, presencial e a distância, voltado para formação em gestão de acervos

Curso de Curta Duração anual sobre a Educação Patrimonial e História Aplicada a partir das pesquisas sobre o Engenho Massangana

Curso de Curta Duração anual de capacitação em atividades educativas-culturais desenvolvidas pelo Museu do Homem do Nordeste, para professores do Ensino Fundamental da rede de ensino pública e privada

Cursos de Curta Duração anuais sobre Educação e Arte na Contemporaneidade

Cursos de Curta Duração anuais sobre a contribuição das linguagens artísticas na dinâmica de geração e produção de conhecimento

Cursos de Curta Duração anuais introdutórios e de aperfeiçoamento em arte e cultura contemporâneas

Cursos de Curta Duração anuais transdisciplinares com foco no papel político da arte

Page 35: Plano de ação da fundaj para o pne 2011 2012

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Meta/Difusão

Curto prazo Médio prazo Longo prazo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Prêmio Nelson Chaves nacional e anual de estímulo à produção de Monografias, Dissertações e Teses sobre a realidade do Nordeste

Prêmio nacional anual para professores e gestores de Educação e Cultura sobre memória, patrimônio histórico e cultural do Nordeste

Participar como co-patrocinador do Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste - EPENN

Realizar a cada dois anos o Encontro Pesquisa Educacional de Pernambuco - EPEP

Promover Seminário Qualidade Social da Educação

Seminário nacional de Historiografia e Ensino da História

Realizar anualmente o Simpósio de Contação de Histórias e Literatura Infanto Juvenil

Produção de material de apoio pedagógico relacionado às práticas de educação para a convivência com o semiárido

Produção de material pedagógico relacionado a práticas de educação ambiental

Produção de material de apoio pedagógico nos temas de história africana e afrobrasileira

Seminário bienal sobre a cidadania dentro e fora da escola

Criação do Centro Regional do Açúcar e da Energia Sustentável, como espaço educativo-cultural, no Engenho Massangana

Documentário sobre educação patrimonial

Revista Brasileira de Museologia Social, em versão eletrônica e impressa, visando difundir conceitos e práticas museológicas da museologia social no Brasil

Criação e instalação do Portal Colaborativo (Wiki), para o registro da memória da Região Nordeste

Elaboração e produção de materiais de apoio pedagógico que contribuam para promoção da memória coletiva e salvaguarda do patrimônio histórico e cultural

Page 36: Plano de ação da fundaj para o pne 2011 2012

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Meta/Difusão

Curto prazo Médio prazo Longo prazo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Elaboração e produção de materiais pedagógicos que promovam a cultura dos povos indígenas e das comunidades quilombolas

Seminário internacional bienal sobre Educação e Arte

Ciclo de debates bianual com artistas, educadores, gestores, pensadores, críticos, curadores, para discussão e proposições sobre Educação e Arte

Cinco mostras anuais de artes visuais que contribuam para a discussão da linha de ação Educação e Arte

Mostra anual de filmes que, além de apontar para novas tendências estéticas, suscite reflexão sobre a realidade e fortaleça o debate acerca de Educação e Arte

Audiovisual sobre a contribuição das linguagens artísticas na dinâmica de geração e produção de conhecimento

Documentário sobre Educação e Arte

Concursos anuais e nacionais que englobem produtos, como vídeos, ensaios e mostras artísticas para uso em ambientes educacionais e que contribuam para a discussão sobre a importância das linguagens artísticas na dinâmica de geração e produção de conhecimento

Publicações (quadrinhos e filmes de animação) a partir de obras poéticas de autores brasileiros de renome nacional, com disponibilização em DVD e arquivos on-line para rede de educação pública do Nordeste

Seminário anual sobre Educação e Arte na Escola, compreendendo as linguagens: literatura, música, artes plásticas e artes cênicas

Ações educativas, envolvendo práticas e produtos culturais para professores da rede pública

Capacitação anual de professores da rede pública de ensino para utilizar a cinematografia nacional integrada aos conteúdos de Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), por meio de material de apoio pedagógico produzido especialmente para este fim (Cine-Educação)

Sessões de cinema gratuitas para professores no cinema da Fundação Joaquim Nabuco

Page 37: Plano de ação da fundaj para o pne 2011 2012

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Meta/Difusão

Curto prazo Médio prazo Longo prazo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Encontros Anuais, visando explorar e difundir arte e cultura no ambiente educacional

Série Memória da Educação em DVD

Elaboração e desenvolvimento do projeto Museu Virtual da Educação

Audiovisuais sobre a ideia e atuação de personalidades que contribuíram para a construção da educação no Brasil e no mundo