planejamento tributÁrio - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Ciências Economicas PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão financeira de micro e pequenas empresas: Estudo de Caso Euzébio Vieira Gimenes Belo Horizonte 2010 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.

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Page 1: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Ciecircncias Economicas

PLANEJAMENTO TRIBUTAacuteRIO - reflexos na gestatildeo financeira de micro e pequenas empresas Estudo de Caso

Euzeacutebio Vieira Gimenes

Belo Horizonte

2010

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1

Euzeacutebio Vieira Gimenes

PLANEJAMENTO TRIBUTAacuteRIO - reflexos na gestatildeo financeira de micro e pequenas empresas Estudo de Caso

Trabalho de Conclusatildeo de curso de poacutes-graduaccedilatildeo em Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas pela Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas da Universidade Federal de Minas Gerais

Orientador Hudson Fernandes Amaral

Belo Horizonte 2010

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2

( FOLHA DE APROVACcedilAtildeO )

Euzeacutebio Vieira Gimenes

PLANEJAMENTO TRIBUTAacuteRIO -seu reflexo na gestatildeo de financeira nas micro e pequenas

empresas

Trabalho de conclusatildeo do curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gestatildeo Estrateacutegica em financcedilas

apresentado ao corpo docente da Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas da Universidade Federal

de Minas Gerais

Belo Horizonte _______ de ______________ de _______

Professor Hudson Amaral

RESUMO DAS AVALIACcedilOtildeES

1 ndash Professor orientador _______

2 ndash Meacutedia da apresentaccedilatildeo oral _______

3 ndash Nota final _______

CONCEITO _______

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RESUMO O objetivo deste trabalho foi em analisar o atual sistema tributaacuterio brasileiro e seus reflexos para empresa nacional em especial as micros e pequenas empresas No referencial teoacuterico foram expostos os fundamentos conceituais da estrutura tributaacuteria brasileira vigente e analisar na oacutetica de financcedilas ou seja a variaccedilatildeo da carga tributaacuteria da cadeia produtiva ateacute o consumidor final e qual o papel do Estado na administraccedilatildeo e distribuiccedilatildeo dos recursos arrecadados Tambeacutem foi apresentado estudos onde se avalia a capacidade do governo brasileiro no incentivo aos investimentos no setor produtivo e criacuteticas agraves obrigaccedilotildees acessoacuterias tanto na capacidade de abrir quanto ao encerramento de uma empresa A utilizaccedilatildeo do planejamento tributaacuterio e as vantagens financeiras para empresas optantes pelo simples mesmo porque o resultado comparativo entre a modalidade de se apurar o seu resultado pelo lucro presumido apontou uma consideraacutevel elevaccedilatildeo na carga tributaacuteria da empresa Serraria Monteiro Ltda Palavras-chave Sistema tributaacuterio modalidade de apuraccedilatildeo simples

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LISTA DE QUADROSTABELAS

QUADRO 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos 18

QUADRO 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos 19

QUADRO 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais 21

QUADRO 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP 25

TABELA 01 Faturamento Anual 33

TABELA 02 Memoacuteria de caacutelculo do Pis ndash Lucro Presumido 34 TABELA 03 Memoacuteria de caacutelculo do Cofins ndash Lucro Presumido 35 TABELA 04 Memoacuteria de caacutelculo do CSLL ndash Lucro Presumido 36 TABELA 05 Memoacuteria de Contribuiccedilotildees sobre folha de pagamentondashLucro Presumido 36 TABELA 06 Memoacuteria de apuraccedilatildeo do ICMS opccedilatildeo Deacutebito e Creacutedito 37 TABELA 07 Memoacuteria de apuraccedilatildeo de IRPJ ndash Lucro Presumido 37 TABELA 08 Resumo demonstraccedilatildeo de tributaccedilatildeo ndash Lucro Presumido 38 TABELA 09 Caacutelculo para as empresa optantes pelo Simples 38

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LISTA DE SIGLAS CF - Constituiccedilatildeo Federal

COFINS - Contribuiccedilatildeo para o Financiamento da Seguridade Social

CPMF - Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

CSLL - Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

CTN - Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

DIEF - Declaraccedilatildeo anual das Informaccedilotildees Econocircmicas e Fiscais

DOE - Diaacuterio Oficial do Estado

DOU - Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

DRE - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

EPP - Empresa de Pequeno Porte

EUA - Estados Unidos da Ameacuterica

EVA - Valor Econocircmico Adicionado

FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviccedilo

ICMS - Imposto sobre operaccedilotildees relativas a Circulaccedilatildeo de Mercadorias e sobre Prestaccedilotildees de

Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

IE - Imposto sobre Exportaccedilotildees

II - Imposto sobre Importaccedilotildees

IMF - Imposto sobre a Movimentaccedilatildeo Financeira

INCRA - Instituto Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

IOF - Imposto sobre Operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores

mobiliaacuterios

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

IPTU - Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana

IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores

IR - Imposto sobre a Renda

IRPF - Imposto sobre a Renda da Pessoa Fiacutesica

IRPJ - Imposto sobre a Renda da Pessoa Juriacutedica

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IS - Imposto Seletivo

ISS - Imposto Sobre Serviccedilos

ITR - Imposto sobre propriedade Territorial Rural

LC - Lei Complementar

ME - Micro-Empresa

MRP - Planejamento dos Recursos de Materiais (Material Requirements Plannig)

OCDE - Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

PASEP - Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor Puacuteblico

PDGRNC - Princiacutepios de Direito Geralmente Reconhecidos pelas Naccedilotildees Civilizadas

PIB - Produto Interno Bruto

PIS - Programa de Integraccedilatildeo Social

PRODEC - Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense

REFIS - Programa de Recuperaccedilatildeo Fiscal

RICMSMG- Regulamento do ICMS do estado de Minas Gerais

RIPI - Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados

SAT - Seguro contra Acidente de Trabalho

SEBRAE - Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

SENAC - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAI - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Industrial

SESC - Serviccedilo Social do Comeacutercio

SESI - Serviccedilo Social da Induacutestria

SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuiccedilotildees das Microempresas

e das Empresas de Pequeno Porte

SRF - Secretaria da Receita Federal

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SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8 11 Contextualizaccedilatildeo 8

111 Objetivo geral 9

112 Objetivos especiacuteficos 9

113 Justificativa 9

2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 11 21 Tributos 11

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional 12

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees 14

2121 Impostos 15

2122 Taxas 15

2123 Contribuiccedilotildees 16

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas 18

23 Planejamento Tributaacuterio 22

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial 22

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas 24

3 Metodologia 30 31 Tipo de Pesquisa 30

33Universo ou amostra de pesquisa 31

5 Consideraccedilotildees Finais 41

REFEREcircNCIAS 42

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1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Contextualizaccedilatildeo

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional instituiacutedo em 1966 natildeo atende agrave atual conjuntura

econocircmica no que se refere ao peso dos impostos nos custos dos produtos e serviccedilos seja ele

destinado ao mercado interno ou externo Segundo a Receita Federal (2006) em ldquoFederalismo

Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentesrdquo satildeo apontados cerca de 61 tipos de

impostos contribuiccedilotildees e taxas que compotildeem a carga tributaacuteria bruta brasileira o que

corresponde a aproximadamente 35 do PIB

Segundo Albuquerque (1999) o Brasil aplica o modelo europeu acrescido de tributos

cumulativos O modelo tributaacuterio europeu ajusta-se agrave economia onde a legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute

culturalmente deficitaacuteria altos iacutendices de economia informal resultando em baixos niacuteveis de

arrecadaccedilatildeo aos cofres puacuteblicos O resultado do modelo europeu na economia brasileira eacute a

falta de integraccedilatildeo competitiva ao mercado globalizado pois os produtos e serviccedilos nacionais

tendem a ser mais caros que os oferecidos pelos paises desenvolvidos aleacutem do desestimulo ao

investimento no setor industrial do paiacutes

Em paiacuteses como Estados Unidos e Inglaterra o desenvolvimento econocircmico eacute medido

pela estabilidade econocircmica e o Estado natildeo interveacutem no mercado com tanta frequumlecircncia

proporcionando condiccedilotildees para os investimentos na melhoria de produccedilatildeo e no

desenvolvimento de novos produtos

O papel adequado da poliacutetica governamental para com a induacutestria do paiacutes eacute estimular esse dinamismo e aprimoramento O objetivo do governo deve ser criar um ambiente no qual as empresa possam melhorar as vantagens competitivas nas induacutestrias existentes introduzindo tecnologia e meacutetodos mais sofisticados e penetrando em segmentos mais avanccedilados A poliacutetica do governo deve tambeacutem apoiar a capacidade de as empresas do paiacutes entrarem em novas induacutestrias nas quais eacute possiacutevel e segmentos menos produtivos (POTER 1989 p 692)

O Brasil deixou de ser um paiacutes inflacionaacuterio e encontra-se em fase de estabilidade

econocircmica entretanto continua utilizando-se de uma poliacutetica intervencionista como forma de

controlar a economia do paiacutes ao contraacuterio deveria criar mecanismos para implementar

condiccedilotildees favoraacuteveis ao investimento aliado agrave reforma fiscal para impulsionar o

desenvolvimento econocircmico Considerando a importacircncia e a abrangecircncia econocircmica e social

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da questatildeo tributaacuteria nacional aborda-se nesse trabalho as principais caracteriacutesticas tributaacuterias

brasileiras e sua real capacidade competitiva perante o mercado internacional

A crise do Estado eacute certamente o principal tema brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos criando ganhadores e perdedores Isto provoca reaccedilotildees agraves mudanccedilas natildeo raro fundamentadas no temor do desconhecido (SANTrsquoANNA 1999 p 13)

111 Objetivo geral

Verificar qual seraacute a elevaccedilatildeo da carga tributaacuteria da empresa Serralheria Monteiro

Ltda empresa atualmente optante pelo simples Nacional que ao assinar um contrato de

prestaccedilatildeo de serviccedilo poderaacute ter que se enquadra na modalidade de apuraccedilatildeo no Lucro

presumido

112 Objetivos especiacuteficos

Apresentar as principais razotildees para o alto custo tributaacuterio brasileiro

Demonstrar os impactos do sistema tributaacuterio nos preccedilos dos produtos

Apresentar um estudo sobre o planejamento tributaacuterio na Micros e pequenas

empresas com ecircnfase no Simples suas vantagens e desvantagens

113 Justificativa

A questatildeo tributaacuteria eacute extremamente relevante como gestatildeo de negoacutecios isso se deve

ao fato de que um gestor em financcedilas ao analisar o quanto os impostos influenciam no

resultado financeiro de sua organizaccedilatildeo ou seja o peso dos tributos pagos ao governo pode

inibir o desenvolvimento da empresa o que natildeo deixaria de ser ocircnus para a economia

brasileira propiciando uma desigualdade competitiva com relaccedilatildeo aos produtos ofertados no

exterior por exemplo

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O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria ndash IBPT divulgou um estudo realizado

pelo Banco Mundial ldquoDoing Bussiness in 2006 Creating Jobs que tem como objetivo avaliar

o desempenho de 155 paiacuteses em relaccedilatildeo agrave capacidade de facilitar investimentos O Brasil

classificou-se em 140ordf foi apontado que o total de impostos brasileiros corresponde a 1479

do lucro bruto das empresas quase trecircs vezes maior que a meacutedia de 528 apontada no

estudo para toda Ameacuterica Latina

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte (2003) tambeacutem realizou uma pesquisa

internacional sobre tributaccedilatildeo entre 34 paiacuteses dentre eles o Brasil O resultado desde trabalho

demonstrou que a legislaccedilatildeo fiscal brasileira eacute extremamente onerosa para o setor produtivo

Um dado interessante apontado na pesquisa eacute em relaccedilatildeo agrave aliacutequota do IRPJ ndash Imposto de

Renda Pessoa Juriacutedica no Brasil que eacute de 34 superior agraves meacutedias globais de 3227 e

Ameacuterica Latina com 3079 A conclusatildeo principal da pesquisa foi que o atual sistema de

cobranccedila de impostos nos paiacuteses eacute uma concentraccedilatildeo de tributos sobre a renda produccedilatildeo e

consumo complementada com tributos sobre o faturamento bruto e sobre as movimentaccedilotildees

financeiras

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para aprimorar meus conhecimentos

sobre a legitimidade dos impostos e seu papel social no resultado financeiro das organizaccedilotildees

O que de certa forma vem de encontro ao curso de Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas

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2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 2: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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Euzeacutebio Vieira Gimenes

PLANEJAMENTO TRIBUTAacuteRIO - reflexos na gestatildeo financeira de micro e pequenas empresas Estudo de Caso

Trabalho de Conclusatildeo de curso de poacutes-graduaccedilatildeo em Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas pela Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas da Universidade Federal de Minas Gerais

Orientador Hudson Fernandes Amaral

Belo Horizonte 2010

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2

( FOLHA DE APROVACcedilAtildeO )

Euzeacutebio Vieira Gimenes

PLANEJAMENTO TRIBUTAacuteRIO -seu reflexo na gestatildeo de financeira nas micro e pequenas

empresas

Trabalho de conclusatildeo do curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gestatildeo Estrateacutegica em financcedilas

apresentado ao corpo docente da Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas da Universidade Federal

de Minas Gerais

Belo Horizonte _______ de ______________ de _______

Professor Hudson Amaral

RESUMO DAS AVALIACcedilOtildeES

1 ndash Professor orientador _______

2 ndash Meacutedia da apresentaccedilatildeo oral _______

3 ndash Nota final _______

CONCEITO _______

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3

RESUMO O objetivo deste trabalho foi em analisar o atual sistema tributaacuterio brasileiro e seus reflexos para empresa nacional em especial as micros e pequenas empresas No referencial teoacuterico foram expostos os fundamentos conceituais da estrutura tributaacuteria brasileira vigente e analisar na oacutetica de financcedilas ou seja a variaccedilatildeo da carga tributaacuteria da cadeia produtiva ateacute o consumidor final e qual o papel do Estado na administraccedilatildeo e distribuiccedilatildeo dos recursos arrecadados Tambeacutem foi apresentado estudos onde se avalia a capacidade do governo brasileiro no incentivo aos investimentos no setor produtivo e criacuteticas agraves obrigaccedilotildees acessoacuterias tanto na capacidade de abrir quanto ao encerramento de uma empresa A utilizaccedilatildeo do planejamento tributaacuterio e as vantagens financeiras para empresas optantes pelo simples mesmo porque o resultado comparativo entre a modalidade de se apurar o seu resultado pelo lucro presumido apontou uma consideraacutevel elevaccedilatildeo na carga tributaacuteria da empresa Serraria Monteiro Ltda Palavras-chave Sistema tributaacuterio modalidade de apuraccedilatildeo simples

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LISTA DE QUADROSTABELAS

QUADRO 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos 18

QUADRO 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos 19

QUADRO 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais 21

QUADRO 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP 25

TABELA 01 Faturamento Anual 33

TABELA 02 Memoacuteria de caacutelculo do Pis ndash Lucro Presumido 34 TABELA 03 Memoacuteria de caacutelculo do Cofins ndash Lucro Presumido 35 TABELA 04 Memoacuteria de caacutelculo do CSLL ndash Lucro Presumido 36 TABELA 05 Memoacuteria de Contribuiccedilotildees sobre folha de pagamentondashLucro Presumido 36 TABELA 06 Memoacuteria de apuraccedilatildeo do ICMS opccedilatildeo Deacutebito e Creacutedito 37 TABELA 07 Memoacuteria de apuraccedilatildeo de IRPJ ndash Lucro Presumido 37 TABELA 08 Resumo demonstraccedilatildeo de tributaccedilatildeo ndash Lucro Presumido 38 TABELA 09 Caacutelculo para as empresa optantes pelo Simples 38

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LISTA DE SIGLAS CF - Constituiccedilatildeo Federal

COFINS - Contribuiccedilatildeo para o Financiamento da Seguridade Social

CPMF - Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

CSLL - Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

CTN - Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

DIEF - Declaraccedilatildeo anual das Informaccedilotildees Econocircmicas e Fiscais

DOE - Diaacuterio Oficial do Estado

DOU - Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

DRE - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

EPP - Empresa de Pequeno Porte

EUA - Estados Unidos da Ameacuterica

EVA - Valor Econocircmico Adicionado

FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviccedilo

ICMS - Imposto sobre operaccedilotildees relativas a Circulaccedilatildeo de Mercadorias e sobre Prestaccedilotildees de

Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

IE - Imposto sobre Exportaccedilotildees

II - Imposto sobre Importaccedilotildees

IMF - Imposto sobre a Movimentaccedilatildeo Financeira

INCRA - Instituto Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

IOF - Imposto sobre Operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores

mobiliaacuterios

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

IPTU - Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana

IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores

IR - Imposto sobre a Renda

IRPF - Imposto sobre a Renda da Pessoa Fiacutesica

IRPJ - Imposto sobre a Renda da Pessoa Juriacutedica

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IS - Imposto Seletivo

ISS - Imposto Sobre Serviccedilos

ITR - Imposto sobre propriedade Territorial Rural

LC - Lei Complementar

ME - Micro-Empresa

MRP - Planejamento dos Recursos de Materiais (Material Requirements Plannig)

OCDE - Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

PASEP - Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor Puacuteblico

PDGRNC - Princiacutepios de Direito Geralmente Reconhecidos pelas Naccedilotildees Civilizadas

PIB - Produto Interno Bruto

PIS - Programa de Integraccedilatildeo Social

PRODEC - Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense

REFIS - Programa de Recuperaccedilatildeo Fiscal

RICMSMG- Regulamento do ICMS do estado de Minas Gerais

RIPI - Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados

SAT - Seguro contra Acidente de Trabalho

SEBRAE - Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

SENAC - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAI - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Industrial

SESC - Serviccedilo Social do Comeacutercio

SESI - Serviccedilo Social da Induacutestria

SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuiccedilotildees das Microempresas

e das Empresas de Pequeno Porte

SRF - Secretaria da Receita Federal

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SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8 11 Contextualizaccedilatildeo 8

111 Objetivo geral 9

112 Objetivos especiacuteficos 9

113 Justificativa 9

2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 11 21 Tributos 11

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional 12

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees 14

2121 Impostos 15

2122 Taxas 15

2123 Contribuiccedilotildees 16

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas 18

23 Planejamento Tributaacuterio 22

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial 22

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas 24

3 Metodologia 30 31 Tipo de Pesquisa 30

33Universo ou amostra de pesquisa 31

5 Consideraccedilotildees Finais 41

REFEREcircNCIAS 42

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1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Contextualizaccedilatildeo

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional instituiacutedo em 1966 natildeo atende agrave atual conjuntura

econocircmica no que se refere ao peso dos impostos nos custos dos produtos e serviccedilos seja ele

destinado ao mercado interno ou externo Segundo a Receita Federal (2006) em ldquoFederalismo

Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentesrdquo satildeo apontados cerca de 61 tipos de

impostos contribuiccedilotildees e taxas que compotildeem a carga tributaacuteria bruta brasileira o que

corresponde a aproximadamente 35 do PIB

Segundo Albuquerque (1999) o Brasil aplica o modelo europeu acrescido de tributos

cumulativos O modelo tributaacuterio europeu ajusta-se agrave economia onde a legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute

culturalmente deficitaacuteria altos iacutendices de economia informal resultando em baixos niacuteveis de

arrecadaccedilatildeo aos cofres puacuteblicos O resultado do modelo europeu na economia brasileira eacute a

falta de integraccedilatildeo competitiva ao mercado globalizado pois os produtos e serviccedilos nacionais

tendem a ser mais caros que os oferecidos pelos paises desenvolvidos aleacutem do desestimulo ao

investimento no setor industrial do paiacutes

Em paiacuteses como Estados Unidos e Inglaterra o desenvolvimento econocircmico eacute medido

pela estabilidade econocircmica e o Estado natildeo interveacutem no mercado com tanta frequumlecircncia

proporcionando condiccedilotildees para os investimentos na melhoria de produccedilatildeo e no

desenvolvimento de novos produtos

O papel adequado da poliacutetica governamental para com a induacutestria do paiacutes eacute estimular esse dinamismo e aprimoramento O objetivo do governo deve ser criar um ambiente no qual as empresa possam melhorar as vantagens competitivas nas induacutestrias existentes introduzindo tecnologia e meacutetodos mais sofisticados e penetrando em segmentos mais avanccedilados A poliacutetica do governo deve tambeacutem apoiar a capacidade de as empresas do paiacutes entrarem em novas induacutestrias nas quais eacute possiacutevel e segmentos menos produtivos (POTER 1989 p 692)

O Brasil deixou de ser um paiacutes inflacionaacuterio e encontra-se em fase de estabilidade

econocircmica entretanto continua utilizando-se de uma poliacutetica intervencionista como forma de

controlar a economia do paiacutes ao contraacuterio deveria criar mecanismos para implementar

condiccedilotildees favoraacuteveis ao investimento aliado agrave reforma fiscal para impulsionar o

desenvolvimento econocircmico Considerando a importacircncia e a abrangecircncia econocircmica e social

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da questatildeo tributaacuteria nacional aborda-se nesse trabalho as principais caracteriacutesticas tributaacuterias

brasileiras e sua real capacidade competitiva perante o mercado internacional

A crise do Estado eacute certamente o principal tema brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos criando ganhadores e perdedores Isto provoca reaccedilotildees agraves mudanccedilas natildeo raro fundamentadas no temor do desconhecido (SANTrsquoANNA 1999 p 13)

111 Objetivo geral

Verificar qual seraacute a elevaccedilatildeo da carga tributaacuteria da empresa Serralheria Monteiro

Ltda empresa atualmente optante pelo simples Nacional que ao assinar um contrato de

prestaccedilatildeo de serviccedilo poderaacute ter que se enquadra na modalidade de apuraccedilatildeo no Lucro

presumido

112 Objetivos especiacuteficos

Apresentar as principais razotildees para o alto custo tributaacuterio brasileiro

Demonstrar os impactos do sistema tributaacuterio nos preccedilos dos produtos

Apresentar um estudo sobre o planejamento tributaacuterio na Micros e pequenas

empresas com ecircnfase no Simples suas vantagens e desvantagens

113 Justificativa

A questatildeo tributaacuteria eacute extremamente relevante como gestatildeo de negoacutecios isso se deve

ao fato de que um gestor em financcedilas ao analisar o quanto os impostos influenciam no

resultado financeiro de sua organizaccedilatildeo ou seja o peso dos tributos pagos ao governo pode

inibir o desenvolvimento da empresa o que natildeo deixaria de ser ocircnus para a economia

brasileira propiciando uma desigualdade competitiva com relaccedilatildeo aos produtos ofertados no

exterior por exemplo

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O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria ndash IBPT divulgou um estudo realizado

pelo Banco Mundial ldquoDoing Bussiness in 2006 Creating Jobs que tem como objetivo avaliar

o desempenho de 155 paiacuteses em relaccedilatildeo agrave capacidade de facilitar investimentos O Brasil

classificou-se em 140ordf foi apontado que o total de impostos brasileiros corresponde a 1479

do lucro bruto das empresas quase trecircs vezes maior que a meacutedia de 528 apontada no

estudo para toda Ameacuterica Latina

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte (2003) tambeacutem realizou uma pesquisa

internacional sobre tributaccedilatildeo entre 34 paiacuteses dentre eles o Brasil O resultado desde trabalho

demonstrou que a legislaccedilatildeo fiscal brasileira eacute extremamente onerosa para o setor produtivo

Um dado interessante apontado na pesquisa eacute em relaccedilatildeo agrave aliacutequota do IRPJ ndash Imposto de

Renda Pessoa Juriacutedica no Brasil que eacute de 34 superior agraves meacutedias globais de 3227 e

Ameacuterica Latina com 3079 A conclusatildeo principal da pesquisa foi que o atual sistema de

cobranccedila de impostos nos paiacuteses eacute uma concentraccedilatildeo de tributos sobre a renda produccedilatildeo e

consumo complementada com tributos sobre o faturamento bruto e sobre as movimentaccedilotildees

financeiras

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para aprimorar meus conhecimentos

sobre a legitimidade dos impostos e seu papel social no resultado financeiro das organizaccedilotildees

O que de certa forma vem de encontro ao curso de Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas

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2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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23

absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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25

Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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26

232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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27

Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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28

2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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37

Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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44

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GRECO Marco Aureacutelio Planejamento fiscal e interpretaccedilatildeo da lei tributaacuteria Satildeo Paulo Dialeacutetica 1998

HUCK Hermes Marcelo Evasatildeo e elisatildeo rotas nacionais e internacionais Satildeo Paulo Saraiva 1997

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45

INSTITULO BRASILEIRO DE PESQUISA TRIBUTAacuteRIA Doing Bussiness in 2006 Creating Jobs Disponiacutevel em lthttpwwwdoingbusinessorgdocumentsDoingBusines2006_fullreportpdfgt Acesso em 25 Set 2006

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LATORRACA Nilton Direito tributaacuterio imposto de renda das pessoas juriacutedicas 14ordf ed Satildeo Paulo Atlas 1998 62p

LEITE Joseacute Augusto Silva Planejamento Tributaacuterio (2008) Disponiacutevel em lt httpwwwoliveiraleiteadvbrpdfsplanejamento-tributariopdfgt Acesso em 01 Nov 2010

LIMA Edilberto Carlos Pontes Reflexatildeo sobre Tributaccedilatildeo e Reforma Tributaacuteria no Brasil (1999) Disponiacutevel em lt httpwwwipeagovbrpubpppppp20Parte5pdf gt Acesso em 03 Dez 2010 LONGARRAY Andreacute Andrade et al Como Elaborar Trabalho Monograacuteficos em

Contabilidade teoria e praacutetica Satildeo Paulo Atlas 2003 195p

MACHADO Hugo de Brito Curso de direito tributaacuterio 16 ed Satildeo Paulo Malheiros Editores 1999

MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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46

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SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 3: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

2

( FOLHA DE APROVACcedilAtildeO )

Euzeacutebio Vieira Gimenes

PLANEJAMENTO TRIBUTAacuteRIO -seu reflexo na gestatildeo de financeira nas micro e pequenas

empresas

Trabalho de conclusatildeo do curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gestatildeo Estrateacutegica em financcedilas

apresentado ao corpo docente da Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas da Universidade Federal

de Minas Gerais

Belo Horizonte _______ de ______________ de _______

Professor Hudson Amaral

RESUMO DAS AVALIACcedilOtildeES

1 ndash Professor orientador _______

2 ndash Meacutedia da apresentaccedilatildeo oral _______

3 ndash Nota final _______

CONCEITO _______

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3

RESUMO O objetivo deste trabalho foi em analisar o atual sistema tributaacuterio brasileiro e seus reflexos para empresa nacional em especial as micros e pequenas empresas No referencial teoacuterico foram expostos os fundamentos conceituais da estrutura tributaacuteria brasileira vigente e analisar na oacutetica de financcedilas ou seja a variaccedilatildeo da carga tributaacuteria da cadeia produtiva ateacute o consumidor final e qual o papel do Estado na administraccedilatildeo e distribuiccedilatildeo dos recursos arrecadados Tambeacutem foi apresentado estudos onde se avalia a capacidade do governo brasileiro no incentivo aos investimentos no setor produtivo e criacuteticas agraves obrigaccedilotildees acessoacuterias tanto na capacidade de abrir quanto ao encerramento de uma empresa A utilizaccedilatildeo do planejamento tributaacuterio e as vantagens financeiras para empresas optantes pelo simples mesmo porque o resultado comparativo entre a modalidade de se apurar o seu resultado pelo lucro presumido apontou uma consideraacutevel elevaccedilatildeo na carga tributaacuteria da empresa Serraria Monteiro Ltda Palavras-chave Sistema tributaacuterio modalidade de apuraccedilatildeo simples

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4

LISTA DE QUADROSTABELAS

QUADRO 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos 18

QUADRO 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos 19

QUADRO 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais 21

QUADRO 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP 25

TABELA 01 Faturamento Anual 33

TABELA 02 Memoacuteria de caacutelculo do Pis ndash Lucro Presumido 34 TABELA 03 Memoacuteria de caacutelculo do Cofins ndash Lucro Presumido 35 TABELA 04 Memoacuteria de caacutelculo do CSLL ndash Lucro Presumido 36 TABELA 05 Memoacuteria de Contribuiccedilotildees sobre folha de pagamentondashLucro Presumido 36 TABELA 06 Memoacuteria de apuraccedilatildeo do ICMS opccedilatildeo Deacutebito e Creacutedito 37 TABELA 07 Memoacuteria de apuraccedilatildeo de IRPJ ndash Lucro Presumido 37 TABELA 08 Resumo demonstraccedilatildeo de tributaccedilatildeo ndash Lucro Presumido 38 TABELA 09 Caacutelculo para as empresa optantes pelo Simples 38

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5

LISTA DE SIGLAS CF - Constituiccedilatildeo Federal

COFINS - Contribuiccedilatildeo para o Financiamento da Seguridade Social

CPMF - Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

CSLL - Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

CTN - Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

DIEF - Declaraccedilatildeo anual das Informaccedilotildees Econocircmicas e Fiscais

DOE - Diaacuterio Oficial do Estado

DOU - Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

DRE - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

EPP - Empresa de Pequeno Porte

EUA - Estados Unidos da Ameacuterica

EVA - Valor Econocircmico Adicionado

FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviccedilo

ICMS - Imposto sobre operaccedilotildees relativas a Circulaccedilatildeo de Mercadorias e sobre Prestaccedilotildees de

Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

IE - Imposto sobre Exportaccedilotildees

II - Imposto sobre Importaccedilotildees

IMF - Imposto sobre a Movimentaccedilatildeo Financeira

INCRA - Instituto Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

IOF - Imposto sobre Operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores

mobiliaacuterios

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

IPTU - Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana

IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores

IR - Imposto sobre a Renda

IRPF - Imposto sobre a Renda da Pessoa Fiacutesica

IRPJ - Imposto sobre a Renda da Pessoa Juriacutedica

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IS - Imposto Seletivo

ISS - Imposto Sobre Serviccedilos

ITR - Imposto sobre propriedade Territorial Rural

LC - Lei Complementar

ME - Micro-Empresa

MRP - Planejamento dos Recursos de Materiais (Material Requirements Plannig)

OCDE - Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

PASEP - Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor Puacuteblico

PDGRNC - Princiacutepios de Direito Geralmente Reconhecidos pelas Naccedilotildees Civilizadas

PIB - Produto Interno Bruto

PIS - Programa de Integraccedilatildeo Social

PRODEC - Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense

REFIS - Programa de Recuperaccedilatildeo Fiscal

RICMSMG- Regulamento do ICMS do estado de Minas Gerais

RIPI - Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados

SAT - Seguro contra Acidente de Trabalho

SEBRAE - Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

SENAC - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAI - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Industrial

SESC - Serviccedilo Social do Comeacutercio

SESI - Serviccedilo Social da Induacutestria

SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuiccedilotildees das Microempresas

e das Empresas de Pequeno Porte

SRF - Secretaria da Receita Federal

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7

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8 11 Contextualizaccedilatildeo 8

111 Objetivo geral 9

112 Objetivos especiacuteficos 9

113 Justificativa 9

2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 11 21 Tributos 11

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional 12

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees 14

2121 Impostos 15

2122 Taxas 15

2123 Contribuiccedilotildees 16

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas 18

23 Planejamento Tributaacuterio 22

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial 22

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas 24

3 Metodologia 30 31 Tipo de Pesquisa 30

33Universo ou amostra de pesquisa 31

5 Consideraccedilotildees Finais 41

REFEREcircNCIAS 42

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1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Contextualizaccedilatildeo

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional instituiacutedo em 1966 natildeo atende agrave atual conjuntura

econocircmica no que se refere ao peso dos impostos nos custos dos produtos e serviccedilos seja ele

destinado ao mercado interno ou externo Segundo a Receita Federal (2006) em ldquoFederalismo

Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentesrdquo satildeo apontados cerca de 61 tipos de

impostos contribuiccedilotildees e taxas que compotildeem a carga tributaacuteria bruta brasileira o que

corresponde a aproximadamente 35 do PIB

Segundo Albuquerque (1999) o Brasil aplica o modelo europeu acrescido de tributos

cumulativos O modelo tributaacuterio europeu ajusta-se agrave economia onde a legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute

culturalmente deficitaacuteria altos iacutendices de economia informal resultando em baixos niacuteveis de

arrecadaccedilatildeo aos cofres puacuteblicos O resultado do modelo europeu na economia brasileira eacute a

falta de integraccedilatildeo competitiva ao mercado globalizado pois os produtos e serviccedilos nacionais

tendem a ser mais caros que os oferecidos pelos paises desenvolvidos aleacutem do desestimulo ao

investimento no setor industrial do paiacutes

Em paiacuteses como Estados Unidos e Inglaterra o desenvolvimento econocircmico eacute medido

pela estabilidade econocircmica e o Estado natildeo interveacutem no mercado com tanta frequumlecircncia

proporcionando condiccedilotildees para os investimentos na melhoria de produccedilatildeo e no

desenvolvimento de novos produtos

O papel adequado da poliacutetica governamental para com a induacutestria do paiacutes eacute estimular esse dinamismo e aprimoramento O objetivo do governo deve ser criar um ambiente no qual as empresa possam melhorar as vantagens competitivas nas induacutestrias existentes introduzindo tecnologia e meacutetodos mais sofisticados e penetrando em segmentos mais avanccedilados A poliacutetica do governo deve tambeacutem apoiar a capacidade de as empresas do paiacutes entrarem em novas induacutestrias nas quais eacute possiacutevel e segmentos menos produtivos (POTER 1989 p 692)

O Brasil deixou de ser um paiacutes inflacionaacuterio e encontra-se em fase de estabilidade

econocircmica entretanto continua utilizando-se de uma poliacutetica intervencionista como forma de

controlar a economia do paiacutes ao contraacuterio deveria criar mecanismos para implementar

condiccedilotildees favoraacuteveis ao investimento aliado agrave reforma fiscal para impulsionar o

desenvolvimento econocircmico Considerando a importacircncia e a abrangecircncia econocircmica e social

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da questatildeo tributaacuteria nacional aborda-se nesse trabalho as principais caracteriacutesticas tributaacuterias

brasileiras e sua real capacidade competitiva perante o mercado internacional

A crise do Estado eacute certamente o principal tema brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos criando ganhadores e perdedores Isto provoca reaccedilotildees agraves mudanccedilas natildeo raro fundamentadas no temor do desconhecido (SANTrsquoANNA 1999 p 13)

111 Objetivo geral

Verificar qual seraacute a elevaccedilatildeo da carga tributaacuteria da empresa Serralheria Monteiro

Ltda empresa atualmente optante pelo simples Nacional que ao assinar um contrato de

prestaccedilatildeo de serviccedilo poderaacute ter que se enquadra na modalidade de apuraccedilatildeo no Lucro

presumido

112 Objetivos especiacuteficos

Apresentar as principais razotildees para o alto custo tributaacuterio brasileiro

Demonstrar os impactos do sistema tributaacuterio nos preccedilos dos produtos

Apresentar um estudo sobre o planejamento tributaacuterio na Micros e pequenas

empresas com ecircnfase no Simples suas vantagens e desvantagens

113 Justificativa

A questatildeo tributaacuteria eacute extremamente relevante como gestatildeo de negoacutecios isso se deve

ao fato de que um gestor em financcedilas ao analisar o quanto os impostos influenciam no

resultado financeiro de sua organizaccedilatildeo ou seja o peso dos tributos pagos ao governo pode

inibir o desenvolvimento da empresa o que natildeo deixaria de ser ocircnus para a economia

brasileira propiciando uma desigualdade competitiva com relaccedilatildeo aos produtos ofertados no

exterior por exemplo

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O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria ndash IBPT divulgou um estudo realizado

pelo Banco Mundial ldquoDoing Bussiness in 2006 Creating Jobs que tem como objetivo avaliar

o desempenho de 155 paiacuteses em relaccedilatildeo agrave capacidade de facilitar investimentos O Brasil

classificou-se em 140ordf foi apontado que o total de impostos brasileiros corresponde a 1479

do lucro bruto das empresas quase trecircs vezes maior que a meacutedia de 528 apontada no

estudo para toda Ameacuterica Latina

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte (2003) tambeacutem realizou uma pesquisa

internacional sobre tributaccedilatildeo entre 34 paiacuteses dentre eles o Brasil O resultado desde trabalho

demonstrou que a legislaccedilatildeo fiscal brasileira eacute extremamente onerosa para o setor produtivo

Um dado interessante apontado na pesquisa eacute em relaccedilatildeo agrave aliacutequota do IRPJ ndash Imposto de

Renda Pessoa Juriacutedica no Brasil que eacute de 34 superior agraves meacutedias globais de 3227 e

Ameacuterica Latina com 3079 A conclusatildeo principal da pesquisa foi que o atual sistema de

cobranccedila de impostos nos paiacuteses eacute uma concentraccedilatildeo de tributos sobre a renda produccedilatildeo e

consumo complementada com tributos sobre o faturamento bruto e sobre as movimentaccedilotildees

financeiras

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para aprimorar meus conhecimentos

sobre a legitimidade dos impostos e seu papel social no resultado financeiro das organizaccedilotildees

O que de certa forma vem de encontro ao curso de Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas

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2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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21

parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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22

SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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24

Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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36

Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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37

Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 4: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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RESUMO O objetivo deste trabalho foi em analisar o atual sistema tributaacuterio brasileiro e seus reflexos para empresa nacional em especial as micros e pequenas empresas No referencial teoacuterico foram expostos os fundamentos conceituais da estrutura tributaacuteria brasileira vigente e analisar na oacutetica de financcedilas ou seja a variaccedilatildeo da carga tributaacuteria da cadeia produtiva ateacute o consumidor final e qual o papel do Estado na administraccedilatildeo e distribuiccedilatildeo dos recursos arrecadados Tambeacutem foi apresentado estudos onde se avalia a capacidade do governo brasileiro no incentivo aos investimentos no setor produtivo e criacuteticas agraves obrigaccedilotildees acessoacuterias tanto na capacidade de abrir quanto ao encerramento de uma empresa A utilizaccedilatildeo do planejamento tributaacuterio e as vantagens financeiras para empresas optantes pelo simples mesmo porque o resultado comparativo entre a modalidade de se apurar o seu resultado pelo lucro presumido apontou uma consideraacutevel elevaccedilatildeo na carga tributaacuteria da empresa Serraria Monteiro Ltda Palavras-chave Sistema tributaacuterio modalidade de apuraccedilatildeo simples

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LISTA DE QUADROSTABELAS

QUADRO 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos 18

QUADRO 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos 19

QUADRO 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais 21

QUADRO 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP 25

TABELA 01 Faturamento Anual 33

TABELA 02 Memoacuteria de caacutelculo do Pis ndash Lucro Presumido 34 TABELA 03 Memoacuteria de caacutelculo do Cofins ndash Lucro Presumido 35 TABELA 04 Memoacuteria de caacutelculo do CSLL ndash Lucro Presumido 36 TABELA 05 Memoacuteria de Contribuiccedilotildees sobre folha de pagamentondashLucro Presumido 36 TABELA 06 Memoacuteria de apuraccedilatildeo do ICMS opccedilatildeo Deacutebito e Creacutedito 37 TABELA 07 Memoacuteria de apuraccedilatildeo de IRPJ ndash Lucro Presumido 37 TABELA 08 Resumo demonstraccedilatildeo de tributaccedilatildeo ndash Lucro Presumido 38 TABELA 09 Caacutelculo para as empresa optantes pelo Simples 38

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LISTA DE SIGLAS CF - Constituiccedilatildeo Federal

COFINS - Contribuiccedilatildeo para o Financiamento da Seguridade Social

CPMF - Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

CSLL - Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

CTN - Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

DIEF - Declaraccedilatildeo anual das Informaccedilotildees Econocircmicas e Fiscais

DOE - Diaacuterio Oficial do Estado

DOU - Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

DRE - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

EPP - Empresa de Pequeno Porte

EUA - Estados Unidos da Ameacuterica

EVA - Valor Econocircmico Adicionado

FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviccedilo

ICMS - Imposto sobre operaccedilotildees relativas a Circulaccedilatildeo de Mercadorias e sobre Prestaccedilotildees de

Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

IE - Imposto sobre Exportaccedilotildees

II - Imposto sobre Importaccedilotildees

IMF - Imposto sobre a Movimentaccedilatildeo Financeira

INCRA - Instituto Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

IOF - Imposto sobre Operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores

mobiliaacuterios

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

IPTU - Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana

IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores

IR - Imposto sobre a Renda

IRPF - Imposto sobre a Renda da Pessoa Fiacutesica

IRPJ - Imposto sobre a Renda da Pessoa Juriacutedica

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IS - Imposto Seletivo

ISS - Imposto Sobre Serviccedilos

ITR - Imposto sobre propriedade Territorial Rural

LC - Lei Complementar

ME - Micro-Empresa

MRP - Planejamento dos Recursos de Materiais (Material Requirements Plannig)

OCDE - Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

PASEP - Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor Puacuteblico

PDGRNC - Princiacutepios de Direito Geralmente Reconhecidos pelas Naccedilotildees Civilizadas

PIB - Produto Interno Bruto

PIS - Programa de Integraccedilatildeo Social

PRODEC - Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense

REFIS - Programa de Recuperaccedilatildeo Fiscal

RICMSMG- Regulamento do ICMS do estado de Minas Gerais

RIPI - Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados

SAT - Seguro contra Acidente de Trabalho

SEBRAE - Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

SENAC - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAI - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Industrial

SESC - Serviccedilo Social do Comeacutercio

SESI - Serviccedilo Social da Induacutestria

SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuiccedilotildees das Microempresas

e das Empresas de Pequeno Porte

SRF - Secretaria da Receita Federal

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SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8 11 Contextualizaccedilatildeo 8

111 Objetivo geral 9

112 Objetivos especiacuteficos 9

113 Justificativa 9

2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 11 21 Tributos 11

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional 12

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees 14

2121 Impostos 15

2122 Taxas 15

2123 Contribuiccedilotildees 16

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas 18

23 Planejamento Tributaacuterio 22

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial 22

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas 24

3 Metodologia 30 31 Tipo de Pesquisa 30

33Universo ou amostra de pesquisa 31

5 Consideraccedilotildees Finais 41

REFEREcircNCIAS 42

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1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Contextualizaccedilatildeo

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional instituiacutedo em 1966 natildeo atende agrave atual conjuntura

econocircmica no que se refere ao peso dos impostos nos custos dos produtos e serviccedilos seja ele

destinado ao mercado interno ou externo Segundo a Receita Federal (2006) em ldquoFederalismo

Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentesrdquo satildeo apontados cerca de 61 tipos de

impostos contribuiccedilotildees e taxas que compotildeem a carga tributaacuteria bruta brasileira o que

corresponde a aproximadamente 35 do PIB

Segundo Albuquerque (1999) o Brasil aplica o modelo europeu acrescido de tributos

cumulativos O modelo tributaacuterio europeu ajusta-se agrave economia onde a legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute

culturalmente deficitaacuteria altos iacutendices de economia informal resultando em baixos niacuteveis de

arrecadaccedilatildeo aos cofres puacuteblicos O resultado do modelo europeu na economia brasileira eacute a

falta de integraccedilatildeo competitiva ao mercado globalizado pois os produtos e serviccedilos nacionais

tendem a ser mais caros que os oferecidos pelos paises desenvolvidos aleacutem do desestimulo ao

investimento no setor industrial do paiacutes

Em paiacuteses como Estados Unidos e Inglaterra o desenvolvimento econocircmico eacute medido

pela estabilidade econocircmica e o Estado natildeo interveacutem no mercado com tanta frequumlecircncia

proporcionando condiccedilotildees para os investimentos na melhoria de produccedilatildeo e no

desenvolvimento de novos produtos

O papel adequado da poliacutetica governamental para com a induacutestria do paiacutes eacute estimular esse dinamismo e aprimoramento O objetivo do governo deve ser criar um ambiente no qual as empresa possam melhorar as vantagens competitivas nas induacutestrias existentes introduzindo tecnologia e meacutetodos mais sofisticados e penetrando em segmentos mais avanccedilados A poliacutetica do governo deve tambeacutem apoiar a capacidade de as empresas do paiacutes entrarem em novas induacutestrias nas quais eacute possiacutevel e segmentos menos produtivos (POTER 1989 p 692)

O Brasil deixou de ser um paiacutes inflacionaacuterio e encontra-se em fase de estabilidade

econocircmica entretanto continua utilizando-se de uma poliacutetica intervencionista como forma de

controlar a economia do paiacutes ao contraacuterio deveria criar mecanismos para implementar

condiccedilotildees favoraacuteveis ao investimento aliado agrave reforma fiscal para impulsionar o

desenvolvimento econocircmico Considerando a importacircncia e a abrangecircncia econocircmica e social

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da questatildeo tributaacuteria nacional aborda-se nesse trabalho as principais caracteriacutesticas tributaacuterias

brasileiras e sua real capacidade competitiva perante o mercado internacional

A crise do Estado eacute certamente o principal tema brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos criando ganhadores e perdedores Isto provoca reaccedilotildees agraves mudanccedilas natildeo raro fundamentadas no temor do desconhecido (SANTrsquoANNA 1999 p 13)

111 Objetivo geral

Verificar qual seraacute a elevaccedilatildeo da carga tributaacuteria da empresa Serralheria Monteiro

Ltda empresa atualmente optante pelo simples Nacional que ao assinar um contrato de

prestaccedilatildeo de serviccedilo poderaacute ter que se enquadra na modalidade de apuraccedilatildeo no Lucro

presumido

112 Objetivos especiacuteficos

Apresentar as principais razotildees para o alto custo tributaacuterio brasileiro

Demonstrar os impactos do sistema tributaacuterio nos preccedilos dos produtos

Apresentar um estudo sobre o planejamento tributaacuterio na Micros e pequenas

empresas com ecircnfase no Simples suas vantagens e desvantagens

113 Justificativa

A questatildeo tributaacuteria eacute extremamente relevante como gestatildeo de negoacutecios isso se deve

ao fato de que um gestor em financcedilas ao analisar o quanto os impostos influenciam no

resultado financeiro de sua organizaccedilatildeo ou seja o peso dos tributos pagos ao governo pode

inibir o desenvolvimento da empresa o que natildeo deixaria de ser ocircnus para a economia

brasileira propiciando uma desigualdade competitiva com relaccedilatildeo aos produtos ofertados no

exterior por exemplo

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O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria ndash IBPT divulgou um estudo realizado

pelo Banco Mundial ldquoDoing Bussiness in 2006 Creating Jobs que tem como objetivo avaliar

o desempenho de 155 paiacuteses em relaccedilatildeo agrave capacidade de facilitar investimentos O Brasil

classificou-se em 140ordf foi apontado que o total de impostos brasileiros corresponde a 1479

do lucro bruto das empresas quase trecircs vezes maior que a meacutedia de 528 apontada no

estudo para toda Ameacuterica Latina

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte (2003) tambeacutem realizou uma pesquisa

internacional sobre tributaccedilatildeo entre 34 paiacuteses dentre eles o Brasil O resultado desde trabalho

demonstrou que a legislaccedilatildeo fiscal brasileira eacute extremamente onerosa para o setor produtivo

Um dado interessante apontado na pesquisa eacute em relaccedilatildeo agrave aliacutequota do IRPJ ndash Imposto de

Renda Pessoa Juriacutedica no Brasil que eacute de 34 superior agraves meacutedias globais de 3227 e

Ameacuterica Latina com 3079 A conclusatildeo principal da pesquisa foi que o atual sistema de

cobranccedila de impostos nos paiacuteses eacute uma concentraccedilatildeo de tributos sobre a renda produccedilatildeo e

consumo complementada com tributos sobre o faturamento bruto e sobre as movimentaccedilotildees

financeiras

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para aprimorar meus conhecimentos

sobre a legitimidade dos impostos e seu papel social no resultado financeiro das organizaccedilotildees

O que de certa forma vem de encontro ao curso de Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas

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2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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36

Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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37

Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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44

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 5: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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LISTA DE QUADROSTABELAS

QUADRO 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos 18

QUADRO 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos 19

QUADRO 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais 21

QUADRO 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP 25

TABELA 01 Faturamento Anual 33

TABELA 02 Memoacuteria de caacutelculo do Pis ndash Lucro Presumido 34 TABELA 03 Memoacuteria de caacutelculo do Cofins ndash Lucro Presumido 35 TABELA 04 Memoacuteria de caacutelculo do CSLL ndash Lucro Presumido 36 TABELA 05 Memoacuteria de Contribuiccedilotildees sobre folha de pagamentondashLucro Presumido 36 TABELA 06 Memoacuteria de apuraccedilatildeo do ICMS opccedilatildeo Deacutebito e Creacutedito 37 TABELA 07 Memoacuteria de apuraccedilatildeo de IRPJ ndash Lucro Presumido 37 TABELA 08 Resumo demonstraccedilatildeo de tributaccedilatildeo ndash Lucro Presumido 38 TABELA 09 Caacutelculo para as empresa optantes pelo Simples 38

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LISTA DE SIGLAS CF - Constituiccedilatildeo Federal

COFINS - Contribuiccedilatildeo para o Financiamento da Seguridade Social

CPMF - Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

CSLL - Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

CTN - Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

DIEF - Declaraccedilatildeo anual das Informaccedilotildees Econocircmicas e Fiscais

DOE - Diaacuterio Oficial do Estado

DOU - Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

DRE - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

EPP - Empresa de Pequeno Porte

EUA - Estados Unidos da Ameacuterica

EVA - Valor Econocircmico Adicionado

FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviccedilo

ICMS - Imposto sobre operaccedilotildees relativas a Circulaccedilatildeo de Mercadorias e sobre Prestaccedilotildees de

Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

IE - Imposto sobre Exportaccedilotildees

II - Imposto sobre Importaccedilotildees

IMF - Imposto sobre a Movimentaccedilatildeo Financeira

INCRA - Instituto Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

IOF - Imposto sobre Operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores

mobiliaacuterios

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

IPTU - Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana

IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores

IR - Imposto sobre a Renda

IRPF - Imposto sobre a Renda da Pessoa Fiacutesica

IRPJ - Imposto sobre a Renda da Pessoa Juriacutedica

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IS - Imposto Seletivo

ISS - Imposto Sobre Serviccedilos

ITR - Imposto sobre propriedade Territorial Rural

LC - Lei Complementar

ME - Micro-Empresa

MRP - Planejamento dos Recursos de Materiais (Material Requirements Plannig)

OCDE - Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

PASEP - Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor Puacuteblico

PDGRNC - Princiacutepios de Direito Geralmente Reconhecidos pelas Naccedilotildees Civilizadas

PIB - Produto Interno Bruto

PIS - Programa de Integraccedilatildeo Social

PRODEC - Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense

REFIS - Programa de Recuperaccedilatildeo Fiscal

RICMSMG- Regulamento do ICMS do estado de Minas Gerais

RIPI - Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados

SAT - Seguro contra Acidente de Trabalho

SEBRAE - Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

SENAC - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAI - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Industrial

SESC - Serviccedilo Social do Comeacutercio

SESI - Serviccedilo Social da Induacutestria

SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuiccedilotildees das Microempresas

e das Empresas de Pequeno Porte

SRF - Secretaria da Receita Federal

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SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8 11 Contextualizaccedilatildeo 8

111 Objetivo geral 9

112 Objetivos especiacuteficos 9

113 Justificativa 9

2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 11 21 Tributos 11

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional 12

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees 14

2121 Impostos 15

2122 Taxas 15

2123 Contribuiccedilotildees 16

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas 18

23 Planejamento Tributaacuterio 22

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial 22

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas 24

3 Metodologia 30 31 Tipo de Pesquisa 30

33Universo ou amostra de pesquisa 31

5 Consideraccedilotildees Finais 41

REFEREcircNCIAS 42

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1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Contextualizaccedilatildeo

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional instituiacutedo em 1966 natildeo atende agrave atual conjuntura

econocircmica no que se refere ao peso dos impostos nos custos dos produtos e serviccedilos seja ele

destinado ao mercado interno ou externo Segundo a Receita Federal (2006) em ldquoFederalismo

Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentesrdquo satildeo apontados cerca de 61 tipos de

impostos contribuiccedilotildees e taxas que compotildeem a carga tributaacuteria bruta brasileira o que

corresponde a aproximadamente 35 do PIB

Segundo Albuquerque (1999) o Brasil aplica o modelo europeu acrescido de tributos

cumulativos O modelo tributaacuterio europeu ajusta-se agrave economia onde a legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute

culturalmente deficitaacuteria altos iacutendices de economia informal resultando em baixos niacuteveis de

arrecadaccedilatildeo aos cofres puacuteblicos O resultado do modelo europeu na economia brasileira eacute a

falta de integraccedilatildeo competitiva ao mercado globalizado pois os produtos e serviccedilos nacionais

tendem a ser mais caros que os oferecidos pelos paises desenvolvidos aleacutem do desestimulo ao

investimento no setor industrial do paiacutes

Em paiacuteses como Estados Unidos e Inglaterra o desenvolvimento econocircmico eacute medido

pela estabilidade econocircmica e o Estado natildeo interveacutem no mercado com tanta frequumlecircncia

proporcionando condiccedilotildees para os investimentos na melhoria de produccedilatildeo e no

desenvolvimento de novos produtos

O papel adequado da poliacutetica governamental para com a induacutestria do paiacutes eacute estimular esse dinamismo e aprimoramento O objetivo do governo deve ser criar um ambiente no qual as empresa possam melhorar as vantagens competitivas nas induacutestrias existentes introduzindo tecnologia e meacutetodos mais sofisticados e penetrando em segmentos mais avanccedilados A poliacutetica do governo deve tambeacutem apoiar a capacidade de as empresas do paiacutes entrarem em novas induacutestrias nas quais eacute possiacutevel e segmentos menos produtivos (POTER 1989 p 692)

O Brasil deixou de ser um paiacutes inflacionaacuterio e encontra-se em fase de estabilidade

econocircmica entretanto continua utilizando-se de uma poliacutetica intervencionista como forma de

controlar a economia do paiacutes ao contraacuterio deveria criar mecanismos para implementar

condiccedilotildees favoraacuteveis ao investimento aliado agrave reforma fiscal para impulsionar o

desenvolvimento econocircmico Considerando a importacircncia e a abrangecircncia econocircmica e social

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da questatildeo tributaacuteria nacional aborda-se nesse trabalho as principais caracteriacutesticas tributaacuterias

brasileiras e sua real capacidade competitiva perante o mercado internacional

A crise do Estado eacute certamente o principal tema brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos criando ganhadores e perdedores Isto provoca reaccedilotildees agraves mudanccedilas natildeo raro fundamentadas no temor do desconhecido (SANTrsquoANNA 1999 p 13)

111 Objetivo geral

Verificar qual seraacute a elevaccedilatildeo da carga tributaacuteria da empresa Serralheria Monteiro

Ltda empresa atualmente optante pelo simples Nacional que ao assinar um contrato de

prestaccedilatildeo de serviccedilo poderaacute ter que se enquadra na modalidade de apuraccedilatildeo no Lucro

presumido

112 Objetivos especiacuteficos

Apresentar as principais razotildees para o alto custo tributaacuterio brasileiro

Demonstrar os impactos do sistema tributaacuterio nos preccedilos dos produtos

Apresentar um estudo sobre o planejamento tributaacuterio na Micros e pequenas

empresas com ecircnfase no Simples suas vantagens e desvantagens

113 Justificativa

A questatildeo tributaacuteria eacute extremamente relevante como gestatildeo de negoacutecios isso se deve

ao fato de que um gestor em financcedilas ao analisar o quanto os impostos influenciam no

resultado financeiro de sua organizaccedilatildeo ou seja o peso dos tributos pagos ao governo pode

inibir o desenvolvimento da empresa o que natildeo deixaria de ser ocircnus para a economia

brasileira propiciando uma desigualdade competitiva com relaccedilatildeo aos produtos ofertados no

exterior por exemplo

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O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria ndash IBPT divulgou um estudo realizado

pelo Banco Mundial ldquoDoing Bussiness in 2006 Creating Jobs que tem como objetivo avaliar

o desempenho de 155 paiacuteses em relaccedilatildeo agrave capacidade de facilitar investimentos O Brasil

classificou-se em 140ordf foi apontado que o total de impostos brasileiros corresponde a 1479

do lucro bruto das empresas quase trecircs vezes maior que a meacutedia de 528 apontada no

estudo para toda Ameacuterica Latina

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte (2003) tambeacutem realizou uma pesquisa

internacional sobre tributaccedilatildeo entre 34 paiacuteses dentre eles o Brasil O resultado desde trabalho

demonstrou que a legislaccedilatildeo fiscal brasileira eacute extremamente onerosa para o setor produtivo

Um dado interessante apontado na pesquisa eacute em relaccedilatildeo agrave aliacutequota do IRPJ ndash Imposto de

Renda Pessoa Juriacutedica no Brasil que eacute de 34 superior agraves meacutedias globais de 3227 e

Ameacuterica Latina com 3079 A conclusatildeo principal da pesquisa foi que o atual sistema de

cobranccedila de impostos nos paiacuteses eacute uma concentraccedilatildeo de tributos sobre a renda produccedilatildeo e

consumo complementada com tributos sobre o faturamento bruto e sobre as movimentaccedilotildees

financeiras

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para aprimorar meus conhecimentos

sobre a legitimidade dos impostos e seu papel social no resultado financeiro das organizaccedilotildees

O que de certa forma vem de encontro ao curso de Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas

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2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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25

Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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26

232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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27

Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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28

2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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36

Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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37

Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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44

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HUCK Hermes Marcelo Evasatildeo e elisatildeo rotas nacionais e internacionais Satildeo Paulo Saraiva 1997

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MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 6: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

5

LISTA DE SIGLAS CF - Constituiccedilatildeo Federal

COFINS - Contribuiccedilatildeo para o Financiamento da Seguridade Social

CPMF - Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

CSLL - Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

CTN - Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

DIEF - Declaraccedilatildeo anual das Informaccedilotildees Econocircmicas e Fiscais

DOE - Diaacuterio Oficial do Estado

DOU - Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

DRE - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

EPP - Empresa de Pequeno Porte

EUA - Estados Unidos da Ameacuterica

EVA - Valor Econocircmico Adicionado

FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviccedilo

ICMS - Imposto sobre operaccedilotildees relativas a Circulaccedilatildeo de Mercadorias e sobre Prestaccedilotildees de

Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

IE - Imposto sobre Exportaccedilotildees

II - Imposto sobre Importaccedilotildees

IMF - Imposto sobre a Movimentaccedilatildeo Financeira

INCRA - Instituto Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

IOF - Imposto sobre Operaccedilotildees de creacutedito cacircmbio e seguro ou relativas a tiacutetulos ou valores

mobiliaacuterios

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

IPTU - Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana

IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores

IR - Imposto sobre a Renda

IRPF - Imposto sobre a Renda da Pessoa Fiacutesica

IRPJ - Imposto sobre a Renda da Pessoa Juriacutedica

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6

IS - Imposto Seletivo

ISS - Imposto Sobre Serviccedilos

ITR - Imposto sobre propriedade Territorial Rural

LC - Lei Complementar

ME - Micro-Empresa

MRP - Planejamento dos Recursos de Materiais (Material Requirements Plannig)

OCDE - Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

PASEP - Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor Puacuteblico

PDGRNC - Princiacutepios de Direito Geralmente Reconhecidos pelas Naccedilotildees Civilizadas

PIB - Produto Interno Bruto

PIS - Programa de Integraccedilatildeo Social

PRODEC - Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense

REFIS - Programa de Recuperaccedilatildeo Fiscal

RICMSMG- Regulamento do ICMS do estado de Minas Gerais

RIPI - Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados

SAT - Seguro contra Acidente de Trabalho

SEBRAE - Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

SENAC - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAI - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Industrial

SESC - Serviccedilo Social do Comeacutercio

SESI - Serviccedilo Social da Induacutestria

SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuiccedilotildees das Microempresas

e das Empresas de Pequeno Porte

SRF - Secretaria da Receita Federal

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7

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8 11 Contextualizaccedilatildeo 8

111 Objetivo geral 9

112 Objetivos especiacuteficos 9

113 Justificativa 9

2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 11 21 Tributos 11

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional 12

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees 14

2121 Impostos 15

2122 Taxas 15

2123 Contribuiccedilotildees 16

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas 18

23 Planejamento Tributaacuterio 22

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial 22

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas 24

3 Metodologia 30 31 Tipo de Pesquisa 30

33Universo ou amostra de pesquisa 31

5 Consideraccedilotildees Finais 41

REFEREcircNCIAS 42

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8

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Contextualizaccedilatildeo

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional instituiacutedo em 1966 natildeo atende agrave atual conjuntura

econocircmica no que se refere ao peso dos impostos nos custos dos produtos e serviccedilos seja ele

destinado ao mercado interno ou externo Segundo a Receita Federal (2006) em ldquoFederalismo

Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentesrdquo satildeo apontados cerca de 61 tipos de

impostos contribuiccedilotildees e taxas que compotildeem a carga tributaacuteria bruta brasileira o que

corresponde a aproximadamente 35 do PIB

Segundo Albuquerque (1999) o Brasil aplica o modelo europeu acrescido de tributos

cumulativos O modelo tributaacuterio europeu ajusta-se agrave economia onde a legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute

culturalmente deficitaacuteria altos iacutendices de economia informal resultando em baixos niacuteveis de

arrecadaccedilatildeo aos cofres puacuteblicos O resultado do modelo europeu na economia brasileira eacute a

falta de integraccedilatildeo competitiva ao mercado globalizado pois os produtos e serviccedilos nacionais

tendem a ser mais caros que os oferecidos pelos paises desenvolvidos aleacutem do desestimulo ao

investimento no setor industrial do paiacutes

Em paiacuteses como Estados Unidos e Inglaterra o desenvolvimento econocircmico eacute medido

pela estabilidade econocircmica e o Estado natildeo interveacutem no mercado com tanta frequumlecircncia

proporcionando condiccedilotildees para os investimentos na melhoria de produccedilatildeo e no

desenvolvimento de novos produtos

O papel adequado da poliacutetica governamental para com a induacutestria do paiacutes eacute estimular esse dinamismo e aprimoramento O objetivo do governo deve ser criar um ambiente no qual as empresa possam melhorar as vantagens competitivas nas induacutestrias existentes introduzindo tecnologia e meacutetodos mais sofisticados e penetrando em segmentos mais avanccedilados A poliacutetica do governo deve tambeacutem apoiar a capacidade de as empresas do paiacutes entrarem em novas induacutestrias nas quais eacute possiacutevel e segmentos menos produtivos (POTER 1989 p 692)

O Brasil deixou de ser um paiacutes inflacionaacuterio e encontra-se em fase de estabilidade

econocircmica entretanto continua utilizando-se de uma poliacutetica intervencionista como forma de

controlar a economia do paiacutes ao contraacuterio deveria criar mecanismos para implementar

condiccedilotildees favoraacuteveis ao investimento aliado agrave reforma fiscal para impulsionar o

desenvolvimento econocircmico Considerando a importacircncia e a abrangecircncia econocircmica e social

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9

da questatildeo tributaacuteria nacional aborda-se nesse trabalho as principais caracteriacutesticas tributaacuterias

brasileiras e sua real capacidade competitiva perante o mercado internacional

A crise do Estado eacute certamente o principal tema brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos criando ganhadores e perdedores Isto provoca reaccedilotildees agraves mudanccedilas natildeo raro fundamentadas no temor do desconhecido (SANTrsquoANNA 1999 p 13)

111 Objetivo geral

Verificar qual seraacute a elevaccedilatildeo da carga tributaacuteria da empresa Serralheria Monteiro

Ltda empresa atualmente optante pelo simples Nacional que ao assinar um contrato de

prestaccedilatildeo de serviccedilo poderaacute ter que se enquadra na modalidade de apuraccedilatildeo no Lucro

presumido

112 Objetivos especiacuteficos

Apresentar as principais razotildees para o alto custo tributaacuterio brasileiro

Demonstrar os impactos do sistema tributaacuterio nos preccedilos dos produtos

Apresentar um estudo sobre o planejamento tributaacuterio na Micros e pequenas

empresas com ecircnfase no Simples suas vantagens e desvantagens

113 Justificativa

A questatildeo tributaacuteria eacute extremamente relevante como gestatildeo de negoacutecios isso se deve

ao fato de que um gestor em financcedilas ao analisar o quanto os impostos influenciam no

resultado financeiro de sua organizaccedilatildeo ou seja o peso dos tributos pagos ao governo pode

inibir o desenvolvimento da empresa o que natildeo deixaria de ser ocircnus para a economia

brasileira propiciando uma desigualdade competitiva com relaccedilatildeo aos produtos ofertados no

exterior por exemplo

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10

O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria ndash IBPT divulgou um estudo realizado

pelo Banco Mundial ldquoDoing Bussiness in 2006 Creating Jobs que tem como objetivo avaliar

o desempenho de 155 paiacuteses em relaccedilatildeo agrave capacidade de facilitar investimentos O Brasil

classificou-se em 140ordf foi apontado que o total de impostos brasileiros corresponde a 1479

do lucro bruto das empresas quase trecircs vezes maior que a meacutedia de 528 apontada no

estudo para toda Ameacuterica Latina

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte (2003) tambeacutem realizou uma pesquisa

internacional sobre tributaccedilatildeo entre 34 paiacuteses dentre eles o Brasil O resultado desde trabalho

demonstrou que a legislaccedilatildeo fiscal brasileira eacute extremamente onerosa para o setor produtivo

Um dado interessante apontado na pesquisa eacute em relaccedilatildeo agrave aliacutequota do IRPJ ndash Imposto de

Renda Pessoa Juriacutedica no Brasil que eacute de 34 superior agraves meacutedias globais de 3227 e

Ameacuterica Latina com 3079 A conclusatildeo principal da pesquisa foi que o atual sistema de

cobranccedila de impostos nos paiacuteses eacute uma concentraccedilatildeo de tributos sobre a renda produccedilatildeo e

consumo complementada com tributos sobre o faturamento bruto e sobre as movimentaccedilotildees

financeiras

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para aprimorar meus conhecimentos

sobre a legitimidade dos impostos e seu papel social no resultado financeiro das organizaccedilotildees

O que de certa forma vem de encontro ao curso de Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas

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2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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36

Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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GRECO Marco Aureacutelio Planejamento fiscal e interpretaccedilatildeo da lei tributaacuteria Satildeo Paulo Dialeacutetica 1998

HUCK Hermes Marcelo Evasatildeo e elisatildeo rotas nacionais e internacionais Satildeo Paulo Saraiva 1997

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LATORRACA Nilton Direito tributaacuterio imposto de renda das pessoas juriacutedicas 14ordf ed Satildeo Paulo Atlas 1998 62p

LEITE Joseacute Augusto Silva Planejamento Tributaacuterio (2008) Disponiacutevel em lt httpwwwoliveiraleiteadvbrpdfsplanejamento-tributariopdfgt Acesso em 01 Nov 2010

LIMA Edilberto Carlos Pontes Reflexatildeo sobre Tributaccedilatildeo e Reforma Tributaacuteria no Brasil (1999) Disponiacutevel em lt httpwwwipeagovbrpubpppppp20Parte5pdf gt Acesso em 03 Dez 2010 LONGARRAY Andreacute Andrade et al Como Elaborar Trabalho Monograacuteficos em

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MACHADO Hugo de Brito Curso de direito tributaacuterio 16 ed Satildeo Paulo Malheiros Editores 1999

MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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REZENDE Fernando Propostas de Reforma do Sistema Tributaacuterio Nacional Mai 1996 Disponiacutevel em httpwwwipeagovbrpubtd1996td_0420pdf

Rossetti Jose Paschoal Paulo Gontijo et al Financcedilas Corporativas ndash Teoria e praacutetica empresarial no Brasil Rio de Janeiro Elservier2008 SANTrsquoANNA Gilson Carlos Novas Regras do Jogo A Reforma Tributaacuteria do Governo Fernando Henrique Cardoso (19952002) Rio de Janeiro Impressa Oficial 1999 SAMPAIO Joseacute Adeacutercio Leite A constituiccedilatildeo reinventada pela jurisdiccedilatildeo constitucional Belo Horizonte Del Rey 2002

SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 7: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

6

IS - Imposto Seletivo

ISS - Imposto Sobre Serviccedilos

ITR - Imposto sobre propriedade Territorial Rural

LC - Lei Complementar

ME - Micro-Empresa

MRP - Planejamento dos Recursos de Materiais (Material Requirements Plannig)

OCDE - Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

PASEP - Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor Puacuteblico

PDGRNC - Princiacutepios de Direito Geralmente Reconhecidos pelas Naccedilotildees Civilizadas

PIB - Produto Interno Bruto

PIS - Programa de Integraccedilatildeo Social

PRODEC - Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense

REFIS - Programa de Recuperaccedilatildeo Fiscal

RICMSMG- Regulamento do ICMS do estado de Minas Gerais

RIPI - Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados

SAT - Seguro contra Acidente de Trabalho

SEBRAE - Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

SENAC - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAI - Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Industrial

SESC - Serviccedilo Social do Comeacutercio

SESI - Serviccedilo Social da Induacutestria

SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuiccedilotildees das Microempresas

e das Empresas de Pequeno Porte

SRF - Secretaria da Receita Federal

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7

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8 11 Contextualizaccedilatildeo 8

111 Objetivo geral 9

112 Objetivos especiacuteficos 9

113 Justificativa 9

2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 11 21 Tributos 11

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional 12

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees 14

2121 Impostos 15

2122 Taxas 15

2123 Contribuiccedilotildees 16

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas 18

23 Planejamento Tributaacuterio 22

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial 22

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas 24

3 Metodologia 30 31 Tipo de Pesquisa 30

33Universo ou amostra de pesquisa 31

5 Consideraccedilotildees Finais 41

REFEREcircNCIAS 42

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8

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Contextualizaccedilatildeo

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional instituiacutedo em 1966 natildeo atende agrave atual conjuntura

econocircmica no que se refere ao peso dos impostos nos custos dos produtos e serviccedilos seja ele

destinado ao mercado interno ou externo Segundo a Receita Federal (2006) em ldquoFederalismo

Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentesrdquo satildeo apontados cerca de 61 tipos de

impostos contribuiccedilotildees e taxas que compotildeem a carga tributaacuteria bruta brasileira o que

corresponde a aproximadamente 35 do PIB

Segundo Albuquerque (1999) o Brasil aplica o modelo europeu acrescido de tributos

cumulativos O modelo tributaacuterio europeu ajusta-se agrave economia onde a legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute

culturalmente deficitaacuteria altos iacutendices de economia informal resultando em baixos niacuteveis de

arrecadaccedilatildeo aos cofres puacuteblicos O resultado do modelo europeu na economia brasileira eacute a

falta de integraccedilatildeo competitiva ao mercado globalizado pois os produtos e serviccedilos nacionais

tendem a ser mais caros que os oferecidos pelos paises desenvolvidos aleacutem do desestimulo ao

investimento no setor industrial do paiacutes

Em paiacuteses como Estados Unidos e Inglaterra o desenvolvimento econocircmico eacute medido

pela estabilidade econocircmica e o Estado natildeo interveacutem no mercado com tanta frequumlecircncia

proporcionando condiccedilotildees para os investimentos na melhoria de produccedilatildeo e no

desenvolvimento de novos produtos

O papel adequado da poliacutetica governamental para com a induacutestria do paiacutes eacute estimular esse dinamismo e aprimoramento O objetivo do governo deve ser criar um ambiente no qual as empresa possam melhorar as vantagens competitivas nas induacutestrias existentes introduzindo tecnologia e meacutetodos mais sofisticados e penetrando em segmentos mais avanccedilados A poliacutetica do governo deve tambeacutem apoiar a capacidade de as empresas do paiacutes entrarem em novas induacutestrias nas quais eacute possiacutevel e segmentos menos produtivos (POTER 1989 p 692)

O Brasil deixou de ser um paiacutes inflacionaacuterio e encontra-se em fase de estabilidade

econocircmica entretanto continua utilizando-se de uma poliacutetica intervencionista como forma de

controlar a economia do paiacutes ao contraacuterio deveria criar mecanismos para implementar

condiccedilotildees favoraacuteveis ao investimento aliado agrave reforma fiscal para impulsionar o

desenvolvimento econocircmico Considerando a importacircncia e a abrangecircncia econocircmica e social

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9

da questatildeo tributaacuteria nacional aborda-se nesse trabalho as principais caracteriacutesticas tributaacuterias

brasileiras e sua real capacidade competitiva perante o mercado internacional

A crise do Estado eacute certamente o principal tema brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos criando ganhadores e perdedores Isto provoca reaccedilotildees agraves mudanccedilas natildeo raro fundamentadas no temor do desconhecido (SANTrsquoANNA 1999 p 13)

111 Objetivo geral

Verificar qual seraacute a elevaccedilatildeo da carga tributaacuteria da empresa Serralheria Monteiro

Ltda empresa atualmente optante pelo simples Nacional que ao assinar um contrato de

prestaccedilatildeo de serviccedilo poderaacute ter que se enquadra na modalidade de apuraccedilatildeo no Lucro

presumido

112 Objetivos especiacuteficos

Apresentar as principais razotildees para o alto custo tributaacuterio brasileiro

Demonstrar os impactos do sistema tributaacuterio nos preccedilos dos produtos

Apresentar um estudo sobre o planejamento tributaacuterio na Micros e pequenas

empresas com ecircnfase no Simples suas vantagens e desvantagens

113 Justificativa

A questatildeo tributaacuteria eacute extremamente relevante como gestatildeo de negoacutecios isso se deve

ao fato de que um gestor em financcedilas ao analisar o quanto os impostos influenciam no

resultado financeiro de sua organizaccedilatildeo ou seja o peso dos tributos pagos ao governo pode

inibir o desenvolvimento da empresa o que natildeo deixaria de ser ocircnus para a economia

brasileira propiciando uma desigualdade competitiva com relaccedilatildeo aos produtos ofertados no

exterior por exemplo

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10

O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria ndash IBPT divulgou um estudo realizado

pelo Banco Mundial ldquoDoing Bussiness in 2006 Creating Jobs que tem como objetivo avaliar

o desempenho de 155 paiacuteses em relaccedilatildeo agrave capacidade de facilitar investimentos O Brasil

classificou-se em 140ordf foi apontado que o total de impostos brasileiros corresponde a 1479

do lucro bruto das empresas quase trecircs vezes maior que a meacutedia de 528 apontada no

estudo para toda Ameacuterica Latina

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte (2003) tambeacutem realizou uma pesquisa

internacional sobre tributaccedilatildeo entre 34 paiacuteses dentre eles o Brasil O resultado desde trabalho

demonstrou que a legislaccedilatildeo fiscal brasileira eacute extremamente onerosa para o setor produtivo

Um dado interessante apontado na pesquisa eacute em relaccedilatildeo agrave aliacutequota do IRPJ ndash Imposto de

Renda Pessoa Juriacutedica no Brasil que eacute de 34 superior agraves meacutedias globais de 3227 e

Ameacuterica Latina com 3079 A conclusatildeo principal da pesquisa foi que o atual sistema de

cobranccedila de impostos nos paiacuteses eacute uma concentraccedilatildeo de tributos sobre a renda produccedilatildeo e

consumo complementada com tributos sobre o faturamento bruto e sobre as movimentaccedilotildees

financeiras

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para aprimorar meus conhecimentos

sobre a legitimidade dos impostos e seu papel social no resultado financeiro das organizaccedilotildees

O que de certa forma vem de encontro ao curso de Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas

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11

2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

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REZENDE Fernando Propostas de Reforma do Sistema Tributaacuterio Nacional Mai 1996 Disponiacutevel em httpwwwipeagovbrpubtd1996td_0420pdf

Rossetti Jose Paschoal Paulo Gontijo et al Financcedilas Corporativas ndash Teoria e praacutetica empresarial no Brasil Rio de Janeiro Elservier2008 SANTrsquoANNA Gilson Carlos Novas Regras do Jogo A Reforma Tributaacuteria do Governo Fernando Henrique Cardoso (19952002) Rio de Janeiro Impressa Oficial 1999 SAMPAIO Joseacute Adeacutercio Leite A constituiccedilatildeo reinventada pela jurisdiccedilatildeo constitucional Belo Horizonte Del Rey 2002

SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 8: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

7

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8 11 Contextualizaccedilatildeo 8

111 Objetivo geral 9

112 Objetivos especiacuteficos 9

113 Justificativa 9

2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 11 21 Tributos 11

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional 12

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees 14

2121 Impostos 15

2122 Taxas 15

2123 Contribuiccedilotildees 16

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas 18

23 Planejamento Tributaacuterio 22

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial 22

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas 24

3 Metodologia 30 31 Tipo de Pesquisa 30

33Universo ou amostra de pesquisa 31

5 Consideraccedilotildees Finais 41

REFEREcircNCIAS 42

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8

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Contextualizaccedilatildeo

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional instituiacutedo em 1966 natildeo atende agrave atual conjuntura

econocircmica no que se refere ao peso dos impostos nos custos dos produtos e serviccedilos seja ele

destinado ao mercado interno ou externo Segundo a Receita Federal (2006) em ldquoFederalismo

Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentesrdquo satildeo apontados cerca de 61 tipos de

impostos contribuiccedilotildees e taxas que compotildeem a carga tributaacuteria bruta brasileira o que

corresponde a aproximadamente 35 do PIB

Segundo Albuquerque (1999) o Brasil aplica o modelo europeu acrescido de tributos

cumulativos O modelo tributaacuterio europeu ajusta-se agrave economia onde a legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute

culturalmente deficitaacuteria altos iacutendices de economia informal resultando em baixos niacuteveis de

arrecadaccedilatildeo aos cofres puacuteblicos O resultado do modelo europeu na economia brasileira eacute a

falta de integraccedilatildeo competitiva ao mercado globalizado pois os produtos e serviccedilos nacionais

tendem a ser mais caros que os oferecidos pelos paises desenvolvidos aleacutem do desestimulo ao

investimento no setor industrial do paiacutes

Em paiacuteses como Estados Unidos e Inglaterra o desenvolvimento econocircmico eacute medido

pela estabilidade econocircmica e o Estado natildeo interveacutem no mercado com tanta frequumlecircncia

proporcionando condiccedilotildees para os investimentos na melhoria de produccedilatildeo e no

desenvolvimento de novos produtos

O papel adequado da poliacutetica governamental para com a induacutestria do paiacutes eacute estimular esse dinamismo e aprimoramento O objetivo do governo deve ser criar um ambiente no qual as empresa possam melhorar as vantagens competitivas nas induacutestrias existentes introduzindo tecnologia e meacutetodos mais sofisticados e penetrando em segmentos mais avanccedilados A poliacutetica do governo deve tambeacutem apoiar a capacidade de as empresas do paiacutes entrarem em novas induacutestrias nas quais eacute possiacutevel e segmentos menos produtivos (POTER 1989 p 692)

O Brasil deixou de ser um paiacutes inflacionaacuterio e encontra-se em fase de estabilidade

econocircmica entretanto continua utilizando-se de uma poliacutetica intervencionista como forma de

controlar a economia do paiacutes ao contraacuterio deveria criar mecanismos para implementar

condiccedilotildees favoraacuteveis ao investimento aliado agrave reforma fiscal para impulsionar o

desenvolvimento econocircmico Considerando a importacircncia e a abrangecircncia econocircmica e social

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9

da questatildeo tributaacuteria nacional aborda-se nesse trabalho as principais caracteriacutesticas tributaacuterias

brasileiras e sua real capacidade competitiva perante o mercado internacional

A crise do Estado eacute certamente o principal tema brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos criando ganhadores e perdedores Isto provoca reaccedilotildees agraves mudanccedilas natildeo raro fundamentadas no temor do desconhecido (SANTrsquoANNA 1999 p 13)

111 Objetivo geral

Verificar qual seraacute a elevaccedilatildeo da carga tributaacuteria da empresa Serralheria Monteiro

Ltda empresa atualmente optante pelo simples Nacional que ao assinar um contrato de

prestaccedilatildeo de serviccedilo poderaacute ter que se enquadra na modalidade de apuraccedilatildeo no Lucro

presumido

112 Objetivos especiacuteficos

Apresentar as principais razotildees para o alto custo tributaacuterio brasileiro

Demonstrar os impactos do sistema tributaacuterio nos preccedilos dos produtos

Apresentar um estudo sobre o planejamento tributaacuterio na Micros e pequenas

empresas com ecircnfase no Simples suas vantagens e desvantagens

113 Justificativa

A questatildeo tributaacuteria eacute extremamente relevante como gestatildeo de negoacutecios isso se deve

ao fato de que um gestor em financcedilas ao analisar o quanto os impostos influenciam no

resultado financeiro de sua organizaccedilatildeo ou seja o peso dos tributos pagos ao governo pode

inibir o desenvolvimento da empresa o que natildeo deixaria de ser ocircnus para a economia

brasileira propiciando uma desigualdade competitiva com relaccedilatildeo aos produtos ofertados no

exterior por exemplo

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O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria ndash IBPT divulgou um estudo realizado

pelo Banco Mundial ldquoDoing Bussiness in 2006 Creating Jobs que tem como objetivo avaliar

o desempenho de 155 paiacuteses em relaccedilatildeo agrave capacidade de facilitar investimentos O Brasil

classificou-se em 140ordf foi apontado que o total de impostos brasileiros corresponde a 1479

do lucro bruto das empresas quase trecircs vezes maior que a meacutedia de 528 apontada no

estudo para toda Ameacuterica Latina

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte (2003) tambeacutem realizou uma pesquisa

internacional sobre tributaccedilatildeo entre 34 paiacuteses dentre eles o Brasil O resultado desde trabalho

demonstrou que a legislaccedilatildeo fiscal brasileira eacute extremamente onerosa para o setor produtivo

Um dado interessante apontado na pesquisa eacute em relaccedilatildeo agrave aliacutequota do IRPJ ndash Imposto de

Renda Pessoa Juriacutedica no Brasil que eacute de 34 superior agraves meacutedias globais de 3227 e

Ameacuterica Latina com 3079 A conclusatildeo principal da pesquisa foi que o atual sistema de

cobranccedila de impostos nos paiacuteses eacute uma concentraccedilatildeo de tributos sobre a renda produccedilatildeo e

consumo complementada com tributos sobre o faturamento bruto e sobre as movimentaccedilotildees

financeiras

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para aprimorar meus conhecimentos

sobre a legitimidade dos impostos e seu papel social no resultado financeiro das organizaccedilotildees

O que de certa forma vem de encontro ao curso de Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas

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11

2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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19

comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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BECKER Alfredo Joseacute Teoria Geral do Direito Tributaacuterio Satildeo Paulo Saraiva 2001

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 9: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Contextualizaccedilatildeo

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional instituiacutedo em 1966 natildeo atende agrave atual conjuntura

econocircmica no que se refere ao peso dos impostos nos custos dos produtos e serviccedilos seja ele

destinado ao mercado interno ou externo Segundo a Receita Federal (2006) em ldquoFederalismo

Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentesrdquo satildeo apontados cerca de 61 tipos de

impostos contribuiccedilotildees e taxas que compotildeem a carga tributaacuteria bruta brasileira o que

corresponde a aproximadamente 35 do PIB

Segundo Albuquerque (1999) o Brasil aplica o modelo europeu acrescido de tributos

cumulativos O modelo tributaacuterio europeu ajusta-se agrave economia onde a legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute

culturalmente deficitaacuteria altos iacutendices de economia informal resultando em baixos niacuteveis de

arrecadaccedilatildeo aos cofres puacuteblicos O resultado do modelo europeu na economia brasileira eacute a

falta de integraccedilatildeo competitiva ao mercado globalizado pois os produtos e serviccedilos nacionais

tendem a ser mais caros que os oferecidos pelos paises desenvolvidos aleacutem do desestimulo ao

investimento no setor industrial do paiacutes

Em paiacuteses como Estados Unidos e Inglaterra o desenvolvimento econocircmico eacute medido

pela estabilidade econocircmica e o Estado natildeo interveacutem no mercado com tanta frequumlecircncia

proporcionando condiccedilotildees para os investimentos na melhoria de produccedilatildeo e no

desenvolvimento de novos produtos

O papel adequado da poliacutetica governamental para com a induacutestria do paiacutes eacute estimular esse dinamismo e aprimoramento O objetivo do governo deve ser criar um ambiente no qual as empresa possam melhorar as vantagens competitivas nas induacutestrias existentes introduzindo tecnologia e meacutetodos mais sofisticados e penetrando em segmentos mais avanccedilados A poliacutetica do governo deve tambeacutem apoiar a capacidade de as empresas do paiacutes entrarem em novas induacutestrias nas quais eacute possiacutevel e segmentos menos produtivos (POTER 1989 p 692)

O Brasil deixou de ser um paiacutes inflacionaacuterio e encontra-se em fase de estabilidade

econocircmica entretanto continua utilizando-se de uma poliacutetica intervencionista como forma de

controlar a economia do paiacutes ao contraacuterio deveria criar mecanismos para implementar

condiccedilotildees favoraacuteveis ao investimento aliado agrave reforma fiscal para impulsionar o

desenvolvimento econocircmico Considerando a importacircncia e a abrangecircncia econocircmica e social

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da questatildeo tributaacuteria nacional aborda-se nesse trabalho as principais caracteriacutesticas tributaacuterias

brasileiras e sua real capacidade competitiva perante o mercado internacional

A crise do Estado eacute certamente o principal tema brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos criando ganhadores e perdedores Isto provoca reaccedilotildees agraves mudanccedilas natildeo raro fundamentadas no temor do desconhecido (SANTrsquoANNA 1999 p 13)

111 Objetivo geral

Verificar qual seraacute a elevaccedilatildeo da carga tributaacuteria da empresa Serralheria Monteiro

Ltda empresa atualmente optante pelo simples Nacional que ao assinar um contrato de

prestaccedilatildeo de serviccedilo poderaacute ter que se enquadra na modalidade de apuraccedilatildeo no Lucro

presumido

112 Objetivos especiacuteficos

Apresentar as principais razotildees para o alto custo tributaacuterio brasileiro

Demonstrar os impactos do sistema tributaacuterio nos preccedilos dos produtos

Apresentar um estudo sobre o planejamento tributaacuterio na Micros e pequenas

empresas com ecircnfase no Simples suas vantagens e desvantagens

113 Justificativa

A questatildeo tributaacuteria eacute extremamente relevante como gestatildeo de negoacutecios isso se deve

ao fato de que um gestor em financcedilas ao analisar o quanto os impostos influenciam no

resultado financeiro de sua organizaccedilatildeo ou seja o peso dos tributos pagos ao governo pode

inibir o desenvolvimento da empresa o que natildeo deixaria de ser ocircnus para a economia

brasileira propiciando uma desigualdade competitiva com relaccedilatildeo aos produtos ofertados no

exterior por exemplo

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O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria ndash IBPT divulgou um estudo realizado

pelo Banco Mundial ldquoDoing Bussiness in 2006 Creating Jobs que tem como objetivo avaliar

o desempenho de 155 paiacuteses em relaccedilatildeo agrave capacidade de facilitar investimentos O Brasil

classificou-se em 140ordf foi apontado que o total de impostos brasileiros corresponde a 1479

do lucro bruto das empresas quase trecircs vezes maior que a meacutedia de 528 apontada no

estudo para toda Ameacuterica Latina

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte (2003) tambeacutem realizou uma pesquisa

internacional sobre tributaccedilatildeo entre 34 paiacuteses dentre eles o Brasil O resultado desde trabalho

demonstrou que a legislaccedilatildeo fiscal brasileira eacute extremamente onerosa para o setor produtivo

Um dado interessante apontado na pesquisa eacute em relaccedilatildeo agrave aliacutequota do IRPJ ndash Imposto de

Renda Pessoa Juriacutedica no Brasil que eacute de 34 superior agraves meacutedias globais de 3227 e

Ameacuterica Latina com 3079 A conclusatildeo principal da pesquisa foi que o atual sistema de

cobranccedila de impostos nos paiacuteses eacute uma concentraccedilatildeo de tributos sobre a renda produccedilatildeo e

consumo complementada com tributos sobre o faturamento bruto e sobre as movimentaccedilotildees

financeiras

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para aprimorar meus conhecimentos

sobre a legitimidade dos impostos e seu papel social no resultado financeiro das organizaccedilotildees

O que de certa forma vem de encontro ao curso de Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas

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2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 10: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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da questatildeo tributaacuteria nacional aborda-se nesse trabalho as principais caracteriacutesticas tributaacuterias

brasileiras e sua real capacidade competitiva perante o mercado internacional

A crise do Estado eacute certamente o principal tema brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos criando ganhadores e perdedores Isto provoca reaccedilotildees agraves mudanccedilas natildeo raro fundamentadas no temor do desconhecido (SANTrsquoANNA 1999 p 13)

111 Objetivo geral

Verificar qual seraacute a elevaccedilatildeo da carga tributaacuteria da empresa Serralheria Monteiro

Ltda empresa atualmente optante pelo simples Nacional que ao assinar um contrato de

prestaccedilatildeo de serviccedilo poderaacute ter que se enquadra na modalidade de apuraccedilatildeo no Lucro

presumido

112 Objetivos especiacuteficos

Apresentar as principais razotildees para o alto custo tributaacuterio brasileiro

Demonstrar os impactos do sistema tributaacuterio nos preccedilos dos produtos

Apresentar um estudo sobre o planejamento tributaacuterio na Micros e pequenas

empresas com ecircnfase no Simples suas vantagens e desvantagens

113 Justificativa

A questatildeo tributaacuteria eacute extremamente relevante como gestatildeo de negoacutecios isso se deve

ao fato de que um gestor em financcedilas ao analisar o quanto os impostos influenciam no

resultado financeiro de sua organizaccedilatildeo ou seja o peso dos tributos pagos ao governo pode

inibir o desenvolvimento da empresa o que natildeo deixaria de ser ocircnus para a economia

brasileira propiciando uma desigualdade competitiva com relaccedilatildeo aos produtos ofertados no

exterior por exemplo

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O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria ndash IBPT divulgou um estudo realizado

pelo Banco Mundial ldquoDoing Bussiness in 2006 Creating Jobs que tem como objetivo avaliar

o desempenho de 155 paiacuteses em relaccedilatildeo agrave capacidade de facilitar investimentos O Brasil

classificou-se em 140ordf foi apontado que o total de impostos brasileiros corresponde a 1479

do lucro bruto das empresas quase trecircs vezes maior que a meacutedia de 528 apontada no

estudo para toda Ameacuterica Latina

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte (2003) tambeacutem realizou uma pesquisa

internacional sobre tributaccedilatildeo entre 34 paiacuteses dentre eles o Brasil O resultado desde trabalho

demonstrou que a legislaccedilatildeo fiscal brasileira eacute extremamente onerosa para o setor produtivo

Um dado interessante apontado na pesquisa eacute em relaccedilatildeo agrave aliacutequota do IRPJ ndash Imposto de

Renda Pessoa Juriacutedica no Brasil que eacute de 34 superior agraves meacutedias globais de 3227 e

Ameacuterica Latina com 3079 A conclusatildeo principal da pesquisa foi que o atual sistema de

cobranccedila de impostos nos paiacuteses eacute uma concentraccedilatildeo de tributos sobre a renda produccedilatildeo e

consumo complementada com tributos sobre o faturamento bruto e sobre as movimentaccedilotildees

financeiras

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para aprimorar meus conhecimentos

sobre a legitimidade dos impostos e seu papel social no resultado financeiro das organizaccedilotildees

O que de certa forma vem de encontro ao curso de Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas

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2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 11: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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O Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria ndash IBPT divulgou um estudo realizado

pelo Banco Mundial ldquoDoing Bussiness in 2006 Creating Jobs que tem como objetivo avaliar

o desempenho de 155 paiacuteses em relaccedilatildeo agrave capacidade de facilitar investimentos O Brasil

classificou-se em 140ordf foi apontado que o total de impostos brasileiros corresponde a 1479

do lucro bruto das empresas quase trecircs vezes maior que a meacutedia de 528 apontada no

estudo para toda Ameacuterica Latina

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte (2003) tambeacutem realizou uma pesquisa

internacional sobre tributaccedilatildeo entre 34 paiacuteses dentre eles o Brasil O resultado desde trabalho

demonstrou que a legislaccedilatildeo fiscal brasileira eacute extremamente onerosa para o setor produtivo

Um dado interessante apontado na pesquisa eacute em relaccedilatildeo agrave aliacutequota do IRPJ ndash Imposto de

Renda Pessoa Juriacutedica no Brasil que eacute de 34 superior agraves meacutedias globais de 3227 e

Ameacuterica Latina com 3079 A conclusatildeo principal da pesquisa foi que o atual sistema de

cobranccedila de impostos nos paiacuteses eacute uma concentraccedilatildeo de tributos sobre a renda produccedilatildeo e

consumo complementada com tributos sobre o faturamento bruto e sobre as movimentaccedilotildees

financeiras

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para aprimorar meus conhecimentos

sobre a legitimidade dos impostos e seu papel social no resultado financeiro das organizaccedilotildees

O que de certa forma vem de encontro ao curso de Gestatildeo Estrateacutegica em Financcedilas

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2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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18

Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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19

comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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20

De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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22

SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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23

absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

ALENCAR Francisco CARPI L E Ribeiro Histoacuteria da Sociedade Brasileira 3ed Rio de Janeiro Livro Teacutecnico SA 1981 216p ASSEF Roberto Guia praacutetico de formaccedilatildeo de preccedilos aspectos mercadoloacutegicos tributaacuterios e financeiros para pequenas e meacutedias empresas Rio de Janeiro Campus 1997 AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 12: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA

21 Tributos

Segundo Barros (1999)1 os impostos existem desde as civilizaccedilotildees mais antigas e as

primeiras evidecircncias datam de 2000 aC na Babilocircnia Os Babilocircnios tinham o haacutebito de

emprestar sementes e outros produtos agriacutecolas e cobravam um acreacutescimo pelo empreacutestimo

Historiadores afirmam que os impostos foram motivos de grandes conflitos sociais

que marcaram a humanidade os fatos histoacutericos mostraram que o dinheiro arrecadado tinha

um destino bem diferente da finalidade proposta a princiacutepio Para ser mais especiacutefico servia

para sustentar o padratildeo de vida dos nobres e do clero a arrecadaccedilatildeo do impostos tinha o

propoacutesito de demonstrar o poder de riqueza dos governantes perante seus rivais A populaccedilatildeo

vivia em condiccedilotildees precaacuterias possuiacuteam apenas o necessaacuterio para sua subsistecircncia Agrave medida

que o comercio crescia e os camponeses foram migrando para os centros urbanos os impostos

evoluiacuteram de forma consideraacutevel principalmente a partir do advento do capitalismo que se

caracterizou pela troca da produccedilatildeo artesanal para produccedilatildeo em escala e os detentores dos

meios de produccedilatildeo passaram a cobrar maior participaccedilatildeo do Estado na criaccedilatildeo de infra-

estrutura para escoar a produccedilatildeo industrial Assim os tributos arrecadados pelo Estado

passaram a ser tambeacutem revertido em benefiacutecio para a sociedade e natildeo somente financiar os

gastos do governo

No Brasil vigora a regra da liberdade de iniciativa na ordem econocircmica A atividade econocircmica eacute entregue agrave iniciativa privada A natildeo ser nos casos especialmente previstos na Constituiccedilatildeo o exerciacutecio direto da atividade econocircmica soacute eacute permitido ao Estado quando necessaacuterio aos imperativos da seguranccedila nacional ou em face de relevante interesse coletivo conforme definidos em lei (Constituiccedilatildeo Federal art 173) Natildeo eacute proacuteprio do Estado portanto o exerciacutecio da atividade econocircmica que eacute reservada ao setor privado onde o Estado obteacutem os recursos financeiros de que necessita Diz-se junto de atos que o Estado pratica na obtenccedilatildeo na gestatildeo e na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins A tributaccedilatildeo eacute sem sombra de duacutevida o instrumento de que se tem validado a economia capitalista para sobreviver Sem ela natildeo poderia o Estado realizar os seus fins sociais a natildeo ser que monopolizasse toda a atividade econocircmica O tributo eacute inegavelmente a grande e talvez a uacutenica arma contra a estatizaccedilatildeo da economia

1 BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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19

comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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BALTHAZAR Ubaldo Cesar et al Reforma Tributaacuteria amp Mercosul Belo Horizonte Del Rey 1998 255p

BAUMANN et al O Brasil e a Economia Global 8ordm Ed Rio de Janeiro Editora Campos 1996 292 p

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BECKER Alfredo Joseacute Teoria Geral do Direito Tributaacuterio Satildeo Paulo Saraiva 2001

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BREMAEKER Franccedilois E J de A Reforma Tributaacuteria Implicaccedilotildees nas financcedilas Municipais Rio de Janeiro Fev 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwibamorgbrpubliquemediaesp046ppdfgt Acesso em 23 Jan 2010 CATELLI Armando GUERREIRO Reinaldo GECON x ABC Revista Brasileira de Contabilidade Satildeo Paulo SP Janfev 1993

COEcircLHO Sacha Calmon Navarro Curso de Direito Tributaacuterio Brasileiro 9ed Rio de Janeiro Forense 2006 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais Satildeo Paulo Atlas 1981 255 p

FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 FEDERAL Receita Federalismo Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentes Disponiacutevel emlthttpwwwreceitafazendagovbrgt Acesso em 10 Nov 2010 FRANCO Vera Helena de Mello CARRAZZA Roque Antocircnio Coacutedigo Comercial Coacutedigo Tributaacuterio Nacional Constituiccedilatildeo Federal 8ed Satildeo Paulo RT 2006 1694p

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GRECO Marco Aureacutelio Planejamento fiscal e interpretaccedilatildeo da lei tributaacuteria Satildeo Paulo Dialeacutetica 1998

HUCK Hermes Marcelo Evasatildeo e elisatildeo rotas nacionais e internacionais Satildeo Paulo Saraiva 1997

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 13: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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Justifica-se o poder de tributar conforme a concepccedilatildeo que se adote do proacuteprio Estado A ideacuteia mais generalizada parece ser a de que os indiviacuteduos pos seus representantes consentem na instituiccedilatildeo do tributo como de resto na elaboraccedilatildeo de todas as regras que regem a naccedilatildeo (MACHADO 1999 p 3-5)

Conforme Barros (1999) quanto a arrecadaccedilatildeo de tributos no Brasil registrou-se no

seacuteculo XVI o primeiro sistema tributaacuterio eacute de 1534 portanto 34 anos depois das caravelas

de Cabral terem ancorado nas costas brasileiras Apoacutes sua criaccedilatildeo natildeo parou de crescer

sempre em direccedilatildeo ao bolso do contribuinte Diante da anaacutelise de Barros deduz-se que o

contribuinte brasileiro sempre foi penalizado com altas taxas de impostos restringindo o

crescimento econocircmico As restriccedilotildees alfandegaacuterias impostas neste periacuteodo com a cobranccedila

abusiva de tributos no Brasil ocasionaram no paiacutes conflitos da populaccedilatildeo daquela eacutepoca A

inconfidecircncia Mineira corrida em 1798 foi a principal manifestaccedilatildeo contra as cobranccedilas

abusivas de tributos por parte de Portugal

o rendimento anual do quinto deveria ser de 100 arrobas O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago de qualquer forma quando o rei decidisse numa vila escolhida arbitrariamente e de surpresa para evitar levante Era a derrama que tanto atemorizava a populaccedilatildeo d capitania de Minas (ALENCAR CARPI E RIBEIRO 1981 p 74)

Os impostos foram sofrendo modificaccedilotildees de acordo com as necessidades de cada

plano econocircmico brasileiro No artigo ldquoBrasil campeatildeo mundial dos impostosrdquo Barros

(1999) afirma que a Histoacuteria Tributaacuteria do Brasil eacute uma das mais ricas do mundo em

eventos marcantes em interesse teacutecnico e abundacircncia de fontes e documentos Realmente

nenhuma naccedilatildeo teve nos uacuteltimos cinco seacuteculos tantos ciclos econocircmicos tantas mudanccedilas

de poliacutetica tributaacuteria e tantos regimes fiscais

211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional

O atual Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi introduzido atraveacutes da Lei 5172 de 25 de

outubro de 1966 com 218 artigos onde estatildeo previsto as competecircncias tributaacuterias os

impostos o creacutedito tributaacuterio administraccedilatildeo tributaacuteria e disposiccedilotildees finais e transitoacuterias que

ldquoDispotildee sobre o Sistema Tributaacuterio Nacional e institui normas gerais de direito tributaacuterio

aplicaacuteveis aacute Uniatildeo Estados e Municiacutepiosrdquo(FRANCO 2006 p 393)

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Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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22

SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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23

absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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24

Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 14: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

13

Pode-se observar que o CTN data de mais de 40 anos que estaacute vigente e que precisa

passar por algumas reformas para que possa atender agraves necessidades atuais

O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional foi quando introduzido em nosso ordenamento juriacutedico um momento da mais alta importacircncia Contudo passamos mais de quarenta anos estaacute a exigir profundas alteraccedilotildees Em sua estrutura baacutesica eacute uma condensaccedilatildeo de teses doutrinaacuterias por autores europeus cujos sistemas juriacutedicos diferem do nosso e que introjetamos em nossa ordenaccedilatildeo em razatildeo dos profundos conhecimentos que os nossos juristas tinham dessas peregrinas (COEcircLHO 2006 p 413)

Coelho (2006 p413) afirma que ldquoO CTN eacute um documento compromissoacuterio

acomodando contrapostasrdquo ou seja haacute existecircncia de contradiccedilotildees juriacutedicas

O fato eacute que existem hoje correntes fortes tanto no meio empresarial e juriacutedico que

defendem uma mudanccedila significativa no atual CTN pois eacute considerada obsoleta e natildeo

acompanha os modelos tributaacuterios adotados em os outras economias mundial Todavia ldquoa

hipoacutetese de uma reforma tributaacuteria profunda natildeo eacute uma tarefa faacutecil pois no Brasil os

interesses dos Estados que compotildeem a federaccedilatildeo sobrepotildee-se aos econocircmicos juriacutedicos e

administrativordquo (VIEIRA 1999 p 168)

ldquoA preocupaccedilatildeo dos governos estaduais gira em torno da fragilizaccedilatildeo do pacto

federativo da viabilidade financeira dos Estados-Membros como consequumlecircncia de uma

reforma tributaacuteria que retire receita ou competecircncia legislativa dos estadosrdquo(VIEIRA21999

p 165)

Tornaacute-lo moderno seria verificar o niacutevel da carga tributaacuteria o alcance dos impostos

e a diminuiccedilatildeo do custo na cadeia produtiva desburocratizaccedilatildeo legislativa no que se refere agraves

obrigaccedilotildees acessoacuterias agrave instabilidade das normas agrave aplicaccedilatildeo correta dos tributos por parte do

governo uma vez que a falta de clareza no repasse desses recursos pode ser uma forma de

incentivo aacute sonegaccedilatildeo por parte do contribuinte

Entende-se que o governo tambeacutem contribui para que ocorra para o natildeo cumprimento

das obrigaccedilotildees fiscais seja para o pagamento do imposto apurado seja pelas informaccedilotildees

acessoacuterias pertinentes ao contribuinte ou melhor estabelecidas pelo Estado

Eacute faacutecil identificarmos como cidadatildeos comuns nos dias atuais o reflexo em nosso setor

produtivo e podemos citar como exemplo o crescente aumento da economia informal

Paulo Afonso Evangelista Vieira - Governador de Santa Catarina fiscal de Tributos Estaduais ex-Professor Substituto de Direito Tributaacuterio da Faculdade de Direito da UFSC

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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23

absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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25

Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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26

232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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27

Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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28

2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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37

Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 15: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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formada pelas empresas natildeo personificadas3 popularmente conhecidos como ldquoCamelocircsrdquo que

em funccedilatildeo de sua condiccedilatildeo natildeo faz nenhum tipo de recolhimento de tributos

Com base na histoacuteria de nossa legislaccedilatildeo tributaacuteria eacute possiacutevel pesquisar nosso

meacutetodo fiscal seus pontos fortes e fracos e seu reflexo na economia brasileira

212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees

Latorraca (1998) afirma que o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais ou seja tem como objetivo em financiar os gastos do Estado

por exemplo em Educaccedilatildeo Sauacutede e seguranccedila Devolver os investimentos em benefiacutecio aos

cidadatildeos

A atividade financeira do Estado visa agrave obtenccedilatildeo arrecadaccedilatildeo administraccedilatildeo e emprego dos meios que lhe possibilitaratildeo o desempenho das demais atividades que constituem a sua finalidade proacutepria poliacuteticas sociais econocircmicas administrativas educacionais e todas as necessaacuterias agrave realizaccedilatildeo do interesse puacuteblico (LATORRACA 1998 p 23)

De acordo com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (BRASIL 1988) em seu capiacutetulo I do

Tiacutetulo VI em que trata do Sistema Tributaacuterio Nacional e no artigo 147 determina que Uniatildeo

Estado Municiacutepios e o Distrito Federal poderatildeo instituir os seguintes tributos

Impostos

Taxas

Contribuiccedilotildees

A Constituiccedilatildeo Federal atribui a competecircncia tributaacuteria assim cada esfera de

governo Uniatildeo Estados Municiacutepios e o Distrito Federal cobram impostos que lhes foram

atribuiacutedos pela carta magna Satildeo cobrados sobre os produtos produzidos eou serviccedilos os

impostos contribuiccedilotildees e taxas ao todo somam 61 tipos tributos

3 Art 986 Enquanto natildeo inscritos os atos constitutivos reger-se-aacute a sociedade exceto por accedilotildees em organizaccedilatildeo pelo disposto neste Capiacutetulo observadas subsidiariamente e no que com ele forem compatiacuteveis as normas da sociedade simplesCoacutedigo Civil Lei 104062002

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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19

comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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23

absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 16: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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2121 Impostos

O Artigo 16 do CTN define os impostos como ldquotributo cuja obrigaccedilatildeo tem como fato

gerador uma situaccedilatildeo independente de qualquer atividade estatal especiacutefica relativa ao

contribuinterdquo Segundo Latorraca (1998) o imposto eacute o tributo que se destina a cobrir as

necessidades puacuteblicas gerais o que o distingue da taxa cuja caracteriacutestica eacute a sua vinculaccedilatildeo

agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Impostos

ICMS (Impostos sCirculaccedilatildeo de Mercadorias e Serviccedilos) - Estadual

Imposto de Renda (IR pessoa fiacutesica e juriacutedica) ndash Federal

Imposto sobre a Exportaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Importaccedilatildeo ndash Federal

Imposto sobre a Propriedade de Veiacuteculos Automotores ndash Estadual

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ndash Municipal

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ndash Federal

Imposto sobre operaccedilotildees de Creacutedito ndash Federal

Imposto sobre Serviccedilos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Bens Intervivos ndash Municipal

Imposto sobre Transmissatildeo Causa Mortis e Doaccedilatildeo ndash Estadual

IPI ndash Imposto sobre Produtos Industrializados ndash Federal

Quadro 01 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

Observa-se que os impostos alcanccedilam tanto as pessoas fiacutesicas como juriacutedicas Que

aleacutem de custear os gastos puacuteblicos tambeacutem eacute usado para investimentos em obras Os

impostos Incidem sobre a renda (salaacuterios lucros ganhos de capital) e patrimocircnio (terrenos

casas carros etc) das pessoas fiacutesicas e juriacutedicas

2122 Taxas

As taxas estatildeo vinculadas agrave prestaccedilatildeo de serviccedilos pelo poder puacuteblico conforme

afirma Latorraca (1998) taxa tem como fato gerador o exerciacutecio regular do poder de poliacutecia

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ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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23

absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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24

Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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25

Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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28

2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 17: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

16

ou utilizaccedilatildeo efetiva ou potencial de serviccedilo puacuteblico especiacutefico e disponiacutevel prestado ao

contribuinte ou posto agrave sua disposiccedilatildeo

Considera-se poder de poliacutecia atividade da administraccedilatildeo puacuteblica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a praacutetica de ato ou a abstenccedilatildeo de fato em razatildeo de interesse puacuteblico concernente agrave seguranccedila agrave higiene agrave ordem aos costumes agrave disciplina da produccedilatildeo e do mercado ao exerciacutecio de atividades econocircmicas dependentes de concessatildeo ou autorizaccedilatildeo do poder puacuteblico agrave tranquumlilidade puacuteblica ou ao respeito agrave propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (LATORRACA 1998 pg 27)

Taxas

Taxa Adicional de Frete para Renovaccedilatildeo da Marinha Mercante

Taxa Ambiental

Taxa de autorizaccedilatildeo do trabalho Estrangeiro

Taxa de Coleta de Lixo

Taxa de Combate a Incecircndios

Taxa de Conservaccedilatildeo e Limpeza Puacuteblica

Taxa de emissatildeo de Documentos (niacuteveis municipais estaduais e federais)

Taxa de Iluminaccedilatildeo Puacuteblica

Taxa de Licenciamento e Alvaraacute Municipal

Taxas ao Conselho Nacional de Petroacuteleo

Taxas CVM (Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios)

Taxas de Outorgas (Radiodifusatildeo Telecomunicaccedilotildees Transporte Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio

etc)

Taxas de Registro do Comeacutercio (Juntas Comerciais)

Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Taxas de Fiscalizaccedilatildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

Taxas de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 50399)

Quadro 02 Lista de Impostos Contribuiccedilotildees Taxas e Fundos Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

As taxas se diferem dos impostos pois estatildeo vinculadas a um serviccedilo puacuteblico

especiacutefico prestado ao contribuinte

2123 Contribuiccedilotildees

De acordo com Fornazari (2007) as contribuiccedilotildees estatildeo sob o manto do Texto

Constitucional devendo obedececirc-lo em sua iacutentegra tanto quanto aos princiacutepios

fundamentais tais como o federativo legalidade isonomia seguranccedila juriacutedica e

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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36

Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 18: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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propriedade como os de natureza exclusivamente tributaacuteria como a estrita legalidade

anterioridade natildeo confisco isonomia tributaacuteria e capacidade contributiva bem como as

regras constitucionais de imunidade Melhor dizendo todo o texto constitucional deveraacute ser

respeitado ressalvando-se tambeacutem a inalterabilidade das claacuteusulas peacutetreas

O artigo 149 da Constituiccedilatildeo Federal (BRASIL 1998) outorga competecircncia tributaacuteria

para que a Uniatildeo crie contribuiccedilotildees sociais de intervenccedilatildeo do domiacutenio econocircmico e de

interesses de categorias profissionais e econocircmicas as quais como tambeacutem jaacute visto estatildeo

sujeitas agraves regras do Sistema Tributaacuterio Nacional

Fornazari (2007) afirma que as contribuiccedilotildees previstas no artigo 149 da Constituiccedilatildeo

Federal de forma geneacuterica possuem um elevado niacutevel de complexidade em razatildeo de suas

peculiaridades

Estas contribuiccedilotildees parafiscais satildeo pois tributos mas nada tecircm que ver com a contribuiccedilatildeo de melhoria Como a natureza especiacutefica de cada tributo eacute determinada pelo fato gerador da respectiva obrigaccedilatildeo (CTN art4ordm) eacute o exame do fato gerador de cada espeacutecie de contribuiccedilatildeo que poderaacute demonstrar em cada caso se trata de um imposto de uma taxa ou de consorciaccedilatildeo destas duas categorias(1) (FORNAZARI 2007)

Contribuiccedilotildees

Contribuiccedilatildeo agrave direccedilatildeo de Portos e Costas

Contribuiccedilatildeo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Contribuiccedilatildeo ao Instituto de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria

Contribuiccedilatildeo ao Seguro Acidente de Trabalho

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo de Apoio a Pequena Empresa

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Comercial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado dos transportes

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Industrial

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Nacional de Aprendizado Rural

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social da Industria

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social do Comeacutercio

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo social do Cooperativismo

Contribuiccedilatildeo ao Serviccedilo Social dos Transportes

Contribuiccedilatildeo Confederativa Laboral

Contribuiccedilatildeo Confederativa Patronal

Contribuiccedilatildeo Provisoacuteria sobre Movimentaccedilatildeo Financeira

Contribuiccedilatildeo Sindical Laboral

Contribuiccedilatildeo Sindical Patronal

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Faturamento

Contribuiccedilatildeo Social sobre o Lucro Liacutequido

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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25

Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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26

232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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27

Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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28

2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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37

Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 19: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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Contribuiccedilatildeo aos Oacutergatildeos de Fiscalizaccedilatildeo Profissional

Contribuiccedilotildees de Melhoria

Contribuiccedilatildeo Previdenciaacuteria ndash INSS Empregados Autocircnomos Empresaacuterios e Patronal

Programa de Integraccedilatildeo Social (PIS) e Programa de Formaccedilatildeo do Patrimocircnio do Servidor

Puacuteblico(PASEP)

Contribuiccedilatildeo ao Funrural

Contribuiccedilatildeo de 10 sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei

Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de 05 sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nordm 1112001)

Contribuiccedilatildeo de Intervenccedilatildeo no Domiacutenio Econocircmico ndash CIDE sobre Combustiacuteveis Royalties e

Energia Eleacutetrica

Quadro 03 Lista de Contribuiccedilotildees de Melhorias e Sociais Fonte Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributaacuteria (2003)

22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas

A poliacutetica econocircmica adotada por um paiacutes pode de acordo com Baumann (1996)

direcionar de forma eficiente os investimentos que mostra-se de suma importacircncia para o

crescimento e direcionamento a outros mercados ou seja esse novo cenaacuterio globalizado abre

caminho para oportunidades de negoacutecios

A globalizaccedilatildeo econocircmica evidencia a atuaccedilatildeo estatal em promover incentivos

econocircmicos que estimule e atraia investimento na produccedilatildeo de bens e serviccedilos contribuindo

para a elevaccedilatildeo do niacutevel de emprego possibilitando tambeacutem uma reduccedilatildeo no custo

administrativo empresarial

O dado novo da globalizaccedilatildeo traz eacute a ecircnfase no fato de que toda a orientaccedilatildeo da accedilatildeo do Estado e dos demais agentes deve estar orientada para tornar possiacutevel o alcance e manutenccedilatildeo de niacuteveis internacionais de competitividade em termos sistecircmicos isto eacute por parte dos diversos setores da economia (BAUMANN 1996 p 49)

Para Viceconti e Neves (2003) o governo deve apresentar a sociedade quais satildeo as

suas funccedilotildees e quais as realizaccedilotildees de seus projetos em benefiacutecio dos cidadatildeos O Estado

deve manter a economia estaacutevel e protege-la das flutuaccedilotildees internas e externas evitando

assim eventuais crises econocircmicas que diminuam a produccedilatildeo e a oferta de emprego Diante

de uma crise econocircmica eminente seja ela gerada por fatores internos ou externo uma das

ferramentas que o Estado utiliza eacute a poliacutetica fiscal O Governo pode utilizar a poliacutetica fiscal

no sentido de evitar as flutuaccedilotildees intensas do niacutevel de produccedilatildeo do emprego e dos preccedilos

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comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 20: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

19

comprometendo o crescimento do paiacutes e favorecendo o desemprego criando um ambiente

propiacutecio para recessatildeo

SantrsquoAna (1999) afirma que a crise do Estado eacute certamente o principal tema

brasileiro da deacutecada de 90 Dentre as questotildees debatidas a reforma fiscal continua a ser uma

das mais resistentes a soluccedilatildeo pois afeta a todos os agentes econocircmicos

Verifica-se que o governo brasileiro com a atual poliacutetica fiscal vem contribuir para o

crescimento da desigualdade social ferindo assim o princiacutepio da Equidade que estabelece que

o sistema tributaacuterio deve ser justo onde o Estado retorna em benefiacutecio social proporcional ao

que ele arrecadou Deve-se observar tambeacutem a capacidade de pagamento do cidadatildeo ou

seja quanto maior a renda maior seraacute sua capacidade de pagamento e vice-versa Portanto o

pagamento de impostos natildeo deve significar para o setor produtivo do paiacutes prejuiacutezo aos lucros

obtidos ou incentivar a sonegaccedilatildeo mais fortalecer e ampliar a induacutestria nacional contribuir

para uma melhor distribuiccedilatildeo de renda disponibilizar a populaccedilatildeo uma melhor qualidade e

igualdade em seus serviccedilos sociais como na sauacutede educaccedilatildeo transporte moradia e

seguranccedila

221 A Finalidade Social e Econocircmico do tributo

O Sistema Tributaacuterio Nacional tem princiacutepios previstos na Constituiccedilatildeo Federal de

1988 diferentemente do que ocorre em outros paiacuteses onde o imposto natildeo eacute visto como forma

de soberania nacional tendo seu reflexo na economia do paiacutes

Nos paiacuteses pesquisados pela empresa de Consultoria Price Waterhouse (1999) ficou

constatado que a preocupaccedilatildeo maior eacute com a arrecadaccedilatildeo tributaacuteria ou seja geraccedilatildeo de

receita para que o Estado possa ter recursos para cobrir os gastos sociais como por exemplo

educaccedilatildeo e sauacutede de sua populaccedilatildeo Mesmo natildeo tendo princiacutepios constitucionais as normas

tributaacuterias dos paiacuteses em estudo satildeo eficazes instrumentos de defesa do contribuinte e

constante intervenccedilatildeo fiscal dos governos como forma de controlar o desequiliacutebrio entre

receitas e despesas puacuteblicas

Segundo Balthazar (1998 p 9) ldquoContribuiccedilotildees foram criadas ao arrepio do texto

constitucional para financiar obras substituir institutos trabalhistas cobrir os rombos do

Tesouro etcrdquo

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De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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BECKER Alfredo Joseacute Teoria Geral do Direito Tributaacuterio Satildeo Paulo Saraiva 2001

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia Senado 1988 168p BRASIL Coacutedigo Tributaacuterio Nacional Lei 517666 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt httpwwwreceitafazendagovbrLegislacaoCodTributNacictnhtmgt Acesso em 05 Mai 2008 BRASIL Regulamento do Imposto de Renda ndash RIR99 Decreto 300099 Disponiacutevel em lt httpwwwreceitafazendagovbrLegislacaoRIRdefaulthtmgt Acesso em 01 Out 2010

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BREMAEKER Franccedilois E J de A Reforma Tributaacuteria Implicaccedilotildees nas financcedilas Municipais Rio de Janeiro Fev 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwibamorgbrpubliquemediaesp046ppdfgt Acesso em 23 Jan 2010 CATELLI Armando GUERREIRO Reinaldo GECON x ABC Revista Brasileira de Contabilidade Satildeo Paulo SP Janfev 1993

COEcircLHO Sacha Calmon Navarro Curso de Direito Tributaacuterio Brasileiro 9ed Rio de Janeiro Forense 2006 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais Satildeo Paulo Atlas 1981 255 p

FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 FEDERAL Receita Federalismo Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentes Disponiacutevel emlthttpwwwreceitafazendagovbrgt Acesso em 10 Nov 2010 FRANCO Vera Helena de Mello CARRAZZA Roque Antocircnio Coacutedigo Comercial Coacutedigo Tributaacuterio Nacional Constituiccedilatildeo Federal 8ed Satildeo Paulo RT 2006 1694p

FORNAZARI Marjory Artigo - Federal - 20071403 Contribuiccedilotildees Sociais Disponiacutevel em lt httpwwwfiscosoftcombrindexphpPID=150138gt Acesso em 07 Mar 2008

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 21: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

20

De acordo com Bifano (2007) consultora da Price Waterhouse mesmo os Estados

Unidos e Inglaterra que tem uma carga tributaacuteria elevada o retorno em termos de benefiacutecio ao

cidadatildeo tambeacutem eacute alto ou seja os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede educaccedilatildeo seguranccedila

saneamento satildeo eficientes

A falta de controle nos gastos puacuteblicos aliado ao excesso de impostos eacute um incentivo agrave

sonegaccedilatildeo De acordo com Balthazar (1998) a eficiecircncia fiscal depende de uma seacuterie de

medidas de modernizaccedilatildeo e racionalizaccedilatildeo dos mecanismos de arrecadaccedilatildeo

O verdadeiro flagelo nacional nesta aacuterea eacute fato conhecido denomina-se sonegaccedilatildeo Para combatecirc-la rigorosamente falando natildeo precisamos de reforma constitucional Como bem lembra a economista Maria da Conceiccedilatildeo Tavares em recente artigo o essencial das reformas econocircmicas deve recair nos aspectos fiscais inexplicavelmente postergados ateacute agora pelo governoA abordagem destes aspectos requer uma poliacutetica global que articule justiccedila e eficiecircncia fiscal com o controle e justiccedila fiscal(BALTHAZAR1998pg 255)

Entende-se que quando a arrecadaccedilatildeo do governo cai em funccedilatildeo da sonegaccedilatildeo e este

mesmo governo natildeo consegue fiscalizar cria por si um efeito contraacuterio no que se refere ao

desenvolvimento econocircmico ou seja o crescimento econocircmico do paiacutes fica comprometido

222 O Custo Tributaacuterio sobre os Produtos Brasileiros

Na atual ordem econocircmica eacute de suma importacircncia que os meios de produccedilatildeo ofereccedilam

ao mercado produtos em que o preccedilo de venda seja um fator de competiccedilatildeo A correta

formaccedilatildeo do preccedilo de venda depende do desenvolvimento econocircmico de uma empresa Sabe-

se que os efeitos tributaacuterios no preccedilo de um produto podem deixaacute-lo na contramatildeo da

globalizaccedilatildeo

De acordo com a reportagem de Silva Rydlewski e Carina (2005) o secretaacuterio do

Tesouro Nacional Joaquim Levy admitiu pela primeira vez que a carga tributaacuteria federal

cresceu ainda mais em 2004 Arrecadamos mais gastamos mais mas economizamos uma

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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36

Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 22: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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parte disse Com isso o peso dos impostos nacionais subiram de 355 do PIB para 365

calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributaacuterio IBPT o maior volume de impostos

em 505 anos de histoacuteria brasileira

A Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado de Satildeo Paulo FIESP em parceria com a

Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas do Rio de Janeiro elaboraram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o impacto da incidecircncia dos impostos sobre o valor da produccedilatildeo industrial

brasileira O foco da pesquisa foram PISPASEP COFINS e CPMF que satildeo cobrados em

cascata ou seja de maneira cumulativa incidindo sobre todas as fases de fabricaccedilatildeo de um

produto ao longo da cadeia produtiva aumentando pesadamente os custos do produto final A

pesquisa apontou que de que os impostos em cascata ferem diretamente a isonomia

competitiva dos produtos brasileiros Os impostos em cascata estimulam a concentraccedilatildeo

vertical da produccedilatildeo industrial desencorajando a terceirizaccedilatildeo adotada hoje mundialmente

Como tambeacutem afetam de forma negativa as micro e pequenas empresas pois segundo a

opiniatildeo dos teacutecnicos que elaboram a pesquisa as grandes empresas satildeo capazes de se

verticalizar e economizar tributos em oposiccedilatildeo agraves menores empresas Aleacutem disso os

impostos em cascata representam grande incentivo agrave sonegaccedilatildeo e agrave informalidade

Desestimulam tambeacutem os investimentos das empresas porque incidem sobre os bens de

capital ou seja as novas maacutequinas e os novos equipamentos das faacutebricas A induacutestria

nacional aleacutem ter de oferecer produtos diferenciados tem como grande desafio o controle de

seus custos operacionais e tributaacuterios como meio de sobrevivecircncia

No entendimento de Isiri et al (2001) quando na emissatildeo da nota fiscal ou da

apresentaccedilatildeo do cupom fiscal na maioria dos casos quando muito encontra-se o valor do IPI

ou a aliacutequota do ICMS Que segundo dados do Governo Federal 13 do PIB se refere a

impostos e esse mesmo nuacutemero pode se atribuir como impostos na formaccedilatildeo dos preccedilos A

estimativa da incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP e CPMF se faz por

atividade econocircmica tendo em vista a cadeia produtiva ou seja a incidecircncia das

contribuiccedilotildees na formaccedilatildeo de preccedilo de mateacuteria prima e insumos

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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36

Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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37

Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 23: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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SETOR IMPACTO DIRETO

+ INDIRETO

SETOR IMPACTO DIRETO +

INDIRETO

Siderurgia 1039 Extrativa Mineral 771 Veiacuteculos e peccedilas 940 Refino de Petroacuteleo 763 Material Eleacutetrico 913 Induacutestria de Laticiacutenios 759 Metalurgia 899 Induacutestria de Cafeacute 738 Industria Tecircxtil 874 Maacutequinas e Tratores 715 Industria da Borracha 858 Farmacecircutica e Perfumaria 697 Industria do Accediluacutecar 843 Abate de Animais 689 Quiacutemicos Diversos 820 Equipamentos Eletrocircnicos 655 Fab de Oacuteleos Vegetais 816 Madeira e Mobiliaacuterio 654 Fabricaccedilatildeo de Calccedilados 815 Extraccedilatildeo de Petroacuteleo e Gaacutes 620 Papel e Graacutefica 805 Transportes 569 Produtos Alimentares 803 Comeacutercio 535 Minerais natildeo metaacutelicos 802 Construccedilatildeo Civil 528 Artigos plaacutesticos 778 Instituiccedilotildees Financeiras 517 Comunicaccedilotildees 491 Serviccedilos Prestados agraves

Empresas 367

Agropecuaacuteria 245 Aluguel de Imoacuteveis 157 Serv Privados natildeo mercantis 073

Quadro 04 Estimativa de incidecircncia direta e indireta da COFINS PISPASEP Fonte Isiri et al (2001)

Conforme demonstrado os produtos industriais satildeo os que sofrem maiores impactos

fiscais em seus custos Diante desta anaacutelise natildeo haacute duacutevida de que a induacutestria brasileira natildeo

consegue oferecer ao mercado consumidor preccedilos menores em funccedilatildeo da carga tributaacuteria O

resultado eacute baixa demanda pelos produtos nacionais no mercado externo

23 Planejamento Tributaacuterio

231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial

A necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas

nacionais utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-se

de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 24: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (2007) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo legal

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (2007) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p 189 )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

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Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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36

Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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BECKER Alfredo Joseacute Teoria Geral do Direito Tributaacuterio Satildeo Paulo Saraiva 2001

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 25: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

24

Machado (2007) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (2007) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas

Quando falamos sobre planejamento tributaacuterio e contaacutebil as micro e pequenas

empresas amparadas pela lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA INTEGRADO DE

PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MICRO E PEQUENASEMPRESAS ndash

SIMPLES)mostras aspectos interessantes em termos de financcedilas ou seja o empreendedor

consegue aplicar melhor os seus recursos e sem duacutevida nenhuma foi um passo importante no

que se refere agrave legislaccedilatildeo tributaacuteria Para ASSEF (1997) ldquo a estrutura tributaacuteria vigente no

Brasil eacute extremamente complexa e eacute bastante comum a duacutevida sobre quais os impostos que

incidem nos preccedilos pois impostos confundem-se facilmente com encargos sociaisrdquo

Entende-se a afirmaccedilatildeo acima refere-se a incidecircncia dos encargos sociais na base de

caacutelculo dos tributos desta forma o empresaacuterio na percebe essa diferenccedila num expressatildeo

teacutecnica porque os tributos deveriam incidem somente sobre faturamento e os encargos

sociais incidem sobre a folha de pagamento Em sua maioria percebe-se que ao compor sua

planilha de preccedilo de venda o empresaacuterio considerar somente os tributos e estes satildeo

considerados em seus custos como despesas variaacuteveis diferentemente dos encargos sociais

que entram em sua planilha como despesas fixas

O simples nacional eacute um imposto federal que consiste num sistema integrado de

pagamento de impostos e contribuiccedilotildees de microempresas e empresas de pequeno porte sob

os seguintes paracircmetrossalvo exceccedilotildees previstas na lei

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Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 26: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

25

Tipo Faturamento Anual (em R$)

Pelo Estatuto Pelo Simples

Microempresa ateacute 12000000 ateacute 24400001

Empresa de pequeno porte de 24400001 a 120000000 de 12000001 ateacute 120000000

O Simples incide sobre a receita bruta mensal das empresas optantes descontando-se vendas

canceladas e descontos concedidos nas aliacutequotas contidas na seguinte tabela

FATURAMENTO (R$ano) CLASSIFICACcedilAtildeO ALIacuteQUOTA ()

Ateacute R$ 6000000 Microempresa 30

De R$ 6000000 a R$ 9000000 Microempresa 40

De R$ 9000100 a R$ 12000000 Microempresa 50

De R$ 12000100 a R$ 24000000 Pequeno porte 54

De R$ 24000100 a R$ 36000000 Pequeno porte 58

De R$ 36000100 a R$ 48000000 Pequeno porte 62

De R$ 48000100 a R$ 60000000 Pequeno porte 66

De R$ 60000100 a R$ 72000000 Pequeno porte 70

De R$ 72000100 a R$ 84000000 Pequeno porte 74

De R$ 84000100 a R$ 96000000 Pequeno porte 78

De R$ 96000100 a R$ 108000000 Pequeno porte 82

De R$ 108000100 a R$ 120000000 Pequeno porte 86

Fonte Extraiacutedo de ASSEF Roberto Guia Praacutetico de Formaccedilatildeo de Preccedilos 6e Rio de Janeiro Campus 1997 p14 com comentaacuterios sobre o acreacutescimo das aliacutequotas baseados em FERREIRA 1997

As aliacutequotas deveratildeo ser acrescidas de

05 na hipoacutetese de abrangerem o IPI

05 em caso de contribuinte do ICMS e do ISS e de ateacute 1 se contribuinte

NOTA Importante ressaltar que somente o ICMS na hipoacutetese de o Estado em que a

empresa esteja estabelecida tenha aderido ao Simples e no que tange o ISS a empresa

deve observar se o municiacutepio ao qual esta instalada aderiu ao Simples

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26

232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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27

Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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28

2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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37

Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 27: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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232 Apuraccedilatildeo para optantes do Simples

A sistemaacutetica de apuraccedilatildeo da base de caacutelculo ao qual seraacute aplicado os percentuais

constantes na tabela acima seraacute a receita bruta4 auferida no mecircs imediatamente anterior

entretanto o percentual a ser aplicado refere-se agrave receita bruta acumulada ateacute o proacuteprio mecircs

A Lei 931796 disponiacutevel no site da receita federal determina que as principais

obrigaccedilotildees das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos

impostos e contribuiccedilotildees em uma uacutenica guia e o contribuinte deveraacute entregar uma uacutenica

obrigaccedilatildeo acessoacuteria anualmente e possuir livro caixa livro de registro de inventaacuterio de todos

os documentos nos quais se baseia a escrituraccedilatildeo desses livros

233 Tributos unificados pelo Simples

2331 ICMS ndash Circulaccedilatildeo de Mercadorias e Sobre Prestaccedilotildees de Serviccedilos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaccedilatildeo

O ICMS eacute um imposto de competecircncia estadual e do Distrito Federal e tem como fato

gerador a circulaccedilatildeo de mercadorias e serviccedilos de transporte interestadual intermunicipal e de

comunicaccedilotildees nas fases de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da mercadoria e prestaccedilatildeo de serviccedilos

de comunicaccedilatildeo Como regra geral o ICMS incide sobre o preccedilo de venda sendo este incluso

no preccedilo de venda do produto (base de caacutelculo) nesse sentido o imposto jaacute se encontra

embutido no preccedilo final do produto ldquo O ICMS eacute certamente um dos mais importante tributos

do atual sistema tributaacuterio nacionalrdquo afirma Gontijo (2008 pg 190)

O ICMS eacute um imposto seletivo e natildeo-cumulativo ou seja incidente sobre o valor

agregado em cada operaccedilatildeo de circulaccedilatildeo realizada entende-se assim que desde a produccedilatildeo

venda de varejo ateacute o consumidor final

4 A receita bruta compreende o produto da venda de mercadoria ou produtos e o preccedilo dos serviccedilos prestados natildeo computados os valores correspondentes agraves vendas canceladas agraves devoluccedilotildees de vendas aos descontos incondicionados concedidos aos impostos natildeo-cumlativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviccedilos seja mero depositaacuterio(IPI e ICMS pago por substituiccedilatildeo tributaacuteria (Gontijo et al pg 2112008)

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Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

ALENCAR Francisco CARPI L E Ribeiro Histoacuteria da Sociedade Brasileira 3ed Rio de Janeiro Livro Teacutecnico SA 1981 216p ASSEF Roberto Guia praacutetico de formaccedilatildeo de preccedilos aspectos mercadoloacutegicos tributaacuterios e financeiros para pequenas e meacutedias empresas Rio de Janeiro Campus 1997 AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 28: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

27

Por forccedila de dispositivo expresso na Constituiccedilatildeo Federal ao ICMS tambeacutem se aplica o principio da natildeo cumulatividade compensando-se o imposto que for devido em cada operaccedilatildeo relativa a circulaccedilatildeo de mercadoria ou prestaccedilatildeo de serviccedilos com o montante cobrado nas operaccedilotildees anteriores pelo mesmo ou outro estado ou Distrito Federal(Gontijo2008 pg 192)

2332 Impostos sobre Produtos industrializados ndash IPI

O IPI eacute de competecircncia da uniatildeo tendo como fato gerador os produtos

industrializados Em seu entendimento FABRETTI5 afirma que na realidade o contribuinte

deste imposto eacute na realidade o consumidor final Essa conclusatildeo se deve ao fato de que o

estabelecimento industrial cobra do proacuteximo elo da cadeia de produccedilatildeocomercializaccedilatildeo e

assim sucessivamente ateacute o consumidor final

2333 Contribuiccedilotildees PIS e Cofins

Instituiacutedo pela Lei Complementar 071970 Programa de Integraccedilatildeo Social - PIS de

competecircncia federal e incide sobre as receitas da induacutestria comeacutercio e serviccedilos A

Constituiccedilatildeo Federal88 em seu artigo 195 I ldquobrdquo criou a Contribuiccedilatildeo para financiamento da

Seguridade Social ndash COFINS tambeacutem como fato gerador as receitas ou faturamento das

pessoas juriacutedicas ldquoEmbora sejam dois tributos distintos eacute flagrante a semelhanccedila que

guardam entre si as contribuiccedilotildees PISCOFINS seja em termos gerais seja em termos de

apuraccedilatildeo da base de caacutelculordquo (Gontijo 2008 pg 201)

Ambos os impostos dispotildee de duas modalidades de tributaccedilatildeo que eacute o Regime

cumulativo e natildeo-cumulativo O primeiro a aliacutequota do PIS eacute de 065 (zero virgula sessetna

cinco por cento) e a COFINS de 3 (Trecircs por cento) jaacute no segundo eacute de 165 (um virgula

sessenta cinco por cento) para o PIS e 760 (sete virgula sessenta por cento) para a COFINS

5 FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 p 152-153

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28

2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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LEITE Joseacute Augusto Silva Planejamento Tributaacuterio (2008) Disponiacutevel em lt httpwwwoliveiraleiteadvbrpdfsplanejamento-tributariopdfgt Acesso em 01 Nov 2010

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MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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REZENDE Fernando Propostas de Reforma do Sistema Tributaacuterio Nacional Mai 1996 Disponiacutevel em httpwwwipeagovbrpubtd1996td_0420pdf

Rossetti Jose Paschoal Paulo Gontijo et al Financcedilas Corporativas ndash Teoria e praacutetica empresarial no Brasil Rio de Janeiro Elservier2008 SANTrsquoANNA Gilson Carlos Novas Regras do Jogo A Reforma Tributaacuteria do Governo Fernando Henrique Cardoso (19952002) Rio de Janeiro Impressa Oficial 1999 SAMPAIO Joseacute Adeacutercio Leite A constituiccedilatildeo reinventada pela jurisdiccedilatildeo constitucional Belo Horizonte Del Rey 2002

SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 29: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

28

2334 Imposto de Renda das Pessoas Juriacutedicas ndash IRPJ

A6 partir do ano-calendaacuterio de 1997 o Imposto de Renda das pessoas juriacutedicas passou

a ser determinado com base no lucro real presumido ou arbitrado

2335 Lucro presumido

O contribuinte que optar pelo o Lucro Presumido onde a base de caacutelculo eacute obtida por

meio de aplicaccedilatildeo de percentual definido em lei sobre a receita bruta Ou seja o caacutelculo e

feito sobre a presunccedilatildeo de lucro que por determinaccedilatildeo legal ficam dispensadas a escrituraccedilatildeo

contaacutebil desde que mantido o livro livro-caixa De acordo com Pinto (2009) ldquoas aliacutequotas

encontradas para base de caacutelculo conforme RIR99 nas vendas de mercadorias aplica-se uma

aliacutequota de 8 sobre agraves revenda de combustiacutevel 16 nos transporte de passageiros 16

sobre prestaccedilatildeo de serviccedilos 32Ao final do ano calendaacuterio o valor total das receitas natildeo

podem ser superior a R$ 4800000000 (Quarenta e oito milhotildees de reais)

2336 Lucro arbitrado

ldquoCaso seja conhecida a receita bruta a pessoa juriacutedica poderaacute optar pela tributaccedilatildeo

pelo criteacuterio de lucro arbitradordquo PINTO (2009)

O arbitramento tem caracteriacutesticas semelhante ao presumido desta forma a legislaccedilatildeo

do imposto de renda determina que se estime um valor mensal de receita e o IR eacute apurado nos

mesmos moldes do lucro presumido acrescido acreacutescimo de 20 sobre as bases

correspondentes ao lucro presumido

6 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 65

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29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

ALENCAR Francisco CARPI L E Ribeiro Histoacuteria da Sociedade Brasileira 3ed Rio de Janeiro Livro Teacutecnico SA 1981 216p ASSEF Roberto Guia praacutetico de formaccedilatildeo de preccedilos aspectos mercadoloacutegicos tributaacuterios e financeiros para pequenas e meacutedias empresas Rio de Janeiro Campus 1997 AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 30: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

29

2337 Lucro real

7O Lucro real eacute o resultado liacutequido do periacuteodo das empresas que por exigecircncia da lei

obtveram uma receita bruta anual acima de R$24 milhotildees O resultado contaacutebil apurado pela

empresa (lucro ou prejuiacutezo) ajustado para fins tributaacuterios de acordo com a legislaccedilatildeo Estes

ajustes podem implicar em lucro real maior ou menor que o que foi contabilizado

2338 CSLL

8Instituida pela CF88 a Contribuiccedilatildeo Social Sobre o Lucro e tem o mesmo fato

gerador para o caacutelculo do imposto de renda Sua representatividade no preccedilo de venda tem

uma meacutedia ponderada de 150 (Um virgula cinquumlenta por cento) para os os optantes do

lucro presumido ou arbitrado e ara as empresas sob regime de lucro real a contribuiccedilatildeo social

eacute calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR) com uma aliacutequota de 12

2337 Contribuiccedilotildees sobre a folha de salaacuterios

A contribuiccedilatildeo sobre a folha de salaacuterios mais onerosa eacute o INSS dos empregados que

natildeo sofre alteraccedilotildees devido agrave Lei do Simples Escreve FABRETTI (20005) que o Simples

unifica o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e as contribuiccedilotildees para terceiros

(SebraeSenaiSenac Sesi Sesc etc) Totaliza 58

7 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 66 8 PINTO Joatildeo Roberto Domingues Imposto de Renda Contribuiccedilotildees Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples17 ed Rio Grande do Sul CRCS 2009 p 205

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3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 31: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

30

3 Metodologia

De acordo com Demo (1981 p07) metodologia significa ldquoetimologicamente o

estudo dos caminhos dos instrumentos usados para se fazer ciecircncia Eacute uma disciplina

instrumental a serviccedilo da pesquisardquo

a seleccedilatildeo do instrumental metodoloacutegico estaacute portanto diretamente relacionado com o problema a ser estudado a escolha dependeraacute dos vaacuterios fatores relacionados com a pesquisa ou seja a natureza dos fenocircmenos o objeto da pesquisa os recursos financeiros a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigaccedilatildeo (MARCONI E LAKATOS 2003 p163)

Diante disso a partir da anaacutelise dos objetivos e do problema apresentado neste estudo

seraacute delineada a seguir a maneira pela qual foi desenvolvida a pesquisa

31 Tipo de Pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas em vaacuterias categorias Segundo Vergara (2007) as

pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e quanto aos meios levando-se em

consideraccedilatildeo os seus objetivos e os procedimentos necessaacuterios para executaacute-la

Dessa forma Longaray et al (2003 p 80) afirma que ldquoquanto aos objetivos o

estudante poderaacute enquadrar seu trabalho monograacutefico como pesquisa exploratoacuteria descritiva

ou explicativardquo Eacute importante destacar que a partir dos objetivos estabelecidos na pesquisa eacute

que se iraacute determinar o enquadramento da pesquisa em exploratoacuteria descritiva ou explicativa

Ao analisar a pesquisa exploratoacuteria Gil (1999 p 43) cita que ldquosatildeo desenvolvidas com

o objetivo de proporcionar visatildeo geral do tipo aproximado acerca de determinado fatordquo

A caracterizaccedilatildeo do estudo como pesquisa exploratoacuteria normalmente ocorre quando haacute pouco conhecimento sobre a temaacutetica a ser abordada Por meio do estudo exploratoacuterio busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornaacute-lo mais claro ou construir questotildees importantes para a conduccedilatildeo da pesquisa (LONGARAY ET AL 2003 p 80)

Sendo assim tomando por base os objetivos e o problema levantado pela pesquisa

quanto aos fins esta foi classificada como exploratoacuteria pois se restringe a explicitar e entender

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31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 32: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

31

o alto custo dos tributos cobrados no Brasil e elaborar um planejamento tributaacuterio e contaacutebil

para as micro e pequenas empresas ancorado na lei 9 317 de 051296 (LEI DO SISTEMA

INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS DAS MI CRO E

PEQUENASEMPRESAS ndash SIMPLES Apoacutes a delineaccedilatildeo dos fins da pesquisa seratildeo

avaliados os meios pelos quais ela foi desenvolvida Dessa forma quanto aos meios de

exploraccedilatildeo da pesquisa esta foi do tipo bibliograacutefica documental

Longaray et al (2003 p 86) salientam que ldquopor ser de natureza teoacuterica a pesquisa

bibliograacutefica eacute parte obrigatoacuteria da mesma forma como em outros tipos de pesquisa haja

vista que eacute por meio dela que tomamos conhecimento sobre a produccedilatildeo cientiacutefica existenterdquo

Como meio de consulta bibliograacutefica foi utilizado o acervo da biblioteca da Faculdade

de Ciecircncias Econocircmicas - UFMG em seus diversos campos aleacutem de artigos relativos ao

tema bem como em publicaccedilotildees divulgadas na Internet

Esse tipo de pesquisa visa assim selecionar tratar e interpretar a informaccedilatildeo bruta buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor podendo desse modo contribuir com a comunidade cientiacutefica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel (LONGARAY ET AL 2003 p 89)

33Universo ou amostra de pesquisa

O universo ou populaccedilatildeo engloba o conjunto de todos os elementos que possuem

elementos em comum O universo da pesquisa ou populaccedilatildeo eacute o conjunto de seres animados

ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracteriacutestica em comum A amostra eacute uma

porccedilatildeo ou parcela convenientemente selecionada do universo eacute um subconjunto do universo

(SILVA 2003)

Seguindo estes conceitos esta pesquisa teve por populaccedilatildeo ou universo o sistema

tributaacuterio nacional no intuito de se analisar com maiores detalhes o seu reflexo na atividade

econocircmica nas micro e pequenas empresas Como exemplo o estudo a seguir seraacute sobre a

empresa Marcenaria Monteiro Ltda situada no Bairro Amazonas na Cidade de Contagem-

MG optante pelo simples mesmo com pouco tempo de constituiccedilatildeo a empresa vem

conseguindo obter bons contratos na aacuterea de prestaccedilatildeo de serviccedilos por encomenda na aacuterea de

caldeiraria desta forma se fez necessaacuterio um breve estudo no reflexo da carga tributada sobre

os seus serviccedilos

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32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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35

Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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36

Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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37

Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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38

Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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39

Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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40

Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

ALENCAR Francisco CARPI L E Ribeiro Histoacuteria da Sociedade Brasileira 3ed Rio de Janeiro Livro Teacutecnico SA 1981 216p ASSEF Roberto Guia praacutetico de formaccedilatildeo de preccedilos aspectos mercadoloacutegicos tributaacuterios e financeiros para pequenas e meacutedias empresas Rio de Janeiro Campus 1997 AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997

BALTHAZAR Ubaldo Cesar et al Reforma Tributaacuteria amp Mercosul Belo Horizonte Del Rey 1998 255p

BAUMANN et al O Brasil e a Economia Global 8ordm Ed Rio de Janeiro Editora Campos 1996 292 p

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 33: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

32

4 Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise do Estudo de Caso da Serralheira Monteiro Ltda(ME)

Frequumlentemente sabemos que os profissionais da aacuterea de financcedilas natildeo deve soacute explicar

suas decisotildees de investimentos mas tambeacutem ter conhecimento sobre o impacto que os

impostos e contribuiccedilotildees sociais podem causa em seu fluxo de caixa e uma ferramenta eficaz

para isso eacute o planejamento tributaacuterio (colocar citaccedilatildeo)

Apresento a seguir quadros comparativos distintos para tentar exemplificar como se da

a tributaccedilatildeo na modalidade de lucro presumido e na modalidade simples Cada forma

apresenta trata-se de um processo de avaliaccedilatildeo individual e ao final anaacutelise comparativa

DADOS

Fundada em 2003 em Contagem a Serralheria Monteiro Ltda eacute uma pequena

metaluacutergica que fabrica e retifica peccedilas e reparos para prensas e compressores de meacutedio porte

A empresa eacute familiar (quatro irmatildeos) e tem apenas um funcionaacuterio atualmente registrado e

atualmente a empresa eacute optante pelo simples Poreacutem a empresa recentemente assinou um

contrato de industrializaccedilatildeo por encomenda onde o contratante iraacute fornecer a mateacuteria prima e

algumas peccedilas extras seraacute fabricadas e vendias ao contratante como peccedilas de reposiccedilatildeo O

Montante do valor do contrato natildeo foi informado todavia jaacute eacute sabido pelos soacutecios que seratildeo

desenquadrados do simples e por este motivo solicitaratildeo um estudo tributaacuterio para saber

quanto que a mudanccedila da modalidade iraacute impactar em seu caixa

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42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 34: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

33

42 Demonstrativos Quantitativos

Tabela 1 ndash FATURAMENTO ANUAL ndash Serralheria Monteiro Ltda(ME)

RECEITA BRUTA DEVOLUCcedilOtildeES

RECEITA LIacuteQUIDA

JAN

1900000

98000

1802000

FEV

2400000

135000

2265000

MAR

2250000

105000

2145000

ABR

2634000

150350

2483650

MAI

2150000

100000

2050000

JUN

2650000

189000

2461000

JUL

2798150

213365

2584785

AGO

2045590

199500

1846090

SET

2309045

123478

2185567

OUT

2971122

311111

2660011

NOV

2709856

48977

2660879

DEZ

2888100

90177

2797923

TOTAL

29705863

1763958

27941905

Fonte Dados extraiacutedos da Demonstraccedilatildeo de Resultado 2009

O resultado financeiro apurado no exerciacutecio de 2009 demonstrado na tabela acima

demonstra que a empresa atende as exigecircncias legais no enquadramento de empresa de

pequeno porte e a aliacutequota para efeito de tributaccedilatildeo foi de 580 (cinco virgula oitenta por

cento) que serviraacute de analise para projeccedilatildeo do impacto que uma possiacutevel mudanccedila de

enquadramento tributaacuterio na modalidade de Lucro Presumido no resultado da organizaccedilatildeo em

estudo

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34

Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 35: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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Tabela 2 ndash MEMORIA DE CAacuteLCULO DO PIS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA PIS

JAN 1900000 065

12350

FEV 2400000 065

15600

MAR 2250000 065

14625

ABR 2634000 065

17121

MAI 2150000 065

13975

JUN 2650000 065

17225

JUL 2798150 065

18188

AGO 2045590 065

13296

SET 2309045 065

15009

OUT 2971122 065

19312

NOV 2709856 065

17614

DEZ 2888100 065

18773

TOTAL 29705863

193088 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Ao se enquadrar no lucro presumindo os impostos deveratildeo ser apurados

separadamente em suas respectivas aliacutequotas no caso do PIS e COFINS conforme tabelas 2 e

3 Foi aplicado as respectivas aliacutequotas 065 (Zero virgula sessenta cinco por cento) para o

PIS e 3 (Trecircs por cento) para a COFINS

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

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SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

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XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 36: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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Tabela 3 ndash MEMOacuteRIA DE CAacuteLCULO ndash COFINS ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA COFINS

JAN 1900000 300

57000

FEV 2400000 300

72000

MAR 2250000 300

67500

ABR 2634000 300

79020

MAI 2150000 300

64500

JUN 2650000 300

79500

JUL 2798150 300

83945

AGO 2045590 300

61368

SET 2309045 300

69271

OUT 2971122 300

89134

NOV 2709856 300

81296

DEZ 2888100 300

86643

TOTAL 29705863

891176 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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GRECO Marco Aureacutelio Planejamento fiscal e interpretaccedilatildeo da lei tributaacuteria Satildeo Paulo Dialeacutetica 1998

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MACHADO Hugo de Brito Curso de direito tributaacuterio 16 ed Satildeo Paulo Malheiros Editores 1999

MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 37: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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Tabela 4 ndash MEMOacuteRIA DE CALCULO ndash CSLL ndash LUCRO PRESUMIDO

RECEITA ALIQUOTA CSLL

JAN 342000 9

30780

FEV 432000 9

38880

MAR 405000 9

36450

ABR 474120 9

42671

MAI 387000 9

34830

JUN 477000 9

42930

JUL 503667 9

45330

AGO 368206 9

33139

SET 415628 9

37407

OUT 534802 9

48132

NOV 487774 9

43900

DEZ 519858 9

46787

TOTAL 5347055 481235

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 5 ndash TABELA DE CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

CONTRIBUICcedilOtildeES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

DESPESA COM SALAacuteRIO

VALOR MENSAL 60000

VALOR ANUAL 720000

13ordm SALAacuteRIO 60000

TOTAL ANO 780000

ALIacuteQUOTA 2780

CONTRIB A RECOLHER 216840

Fonte Recibos e Livro de Registro de empregados

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Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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41

tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 38: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

37

Tabela 6 ndash TABELA APURACcedilAtildeO DE ICMS OPCcedilAtildeO DE DEacuteBITO E CREacuteTIDO

RECEITA CMV ICMS SAIDA ICMS

ENTRADA ICMS A RECOLHER

JAN 1900000 1273000

342000

- 228000 114000

FEV 2400000 1608000

432000

- 288000 144000

MAR 2250000 1507500

405000

- 270000 135000

ABR 2634000 1764780

474120

- 316080 158040

MAI 2150000 1440500

387000

- 258000 129000

JUN 2650000 1775500

477000

- 318000 159000

JUL 2798150 1874761

503667

- 335778 167889

AGO 2045590 1370545

368206

- 245471 122735

SET 2309045 1547060

415628

- 277085 138543

OUT 2971122 1990652

534802

- 356535 178267

NOV 2709856 1815604

487774

- 325183 162591

DEZ 2888100 1935027

519858

- 346572 173286

TOTAL 29705863 19902928 5347055

- 3564704 1782352

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Tabela 7 ndash TABELA DE APURACcedilAtildeO DO IRPJ ndash LUCRO PRESUMIDO

1ordm TRIMESTRE 2ordm

TRIMESTRE 3ordm TRIMESTRE 4ordm

TRIMESTRE

Receita Bruta

6550000

7434000

7152785 8569078

Deduccedilotildees

338000

502365

634089 1903112

RECEITA LIacuteQUIDA

6212000

6931635

6518696 6665966

BASE TRIBUTAacuteVEL

496960

554531

521496 533277

IRPJ (15)

74544

83180

78224 79992

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exerciacutecio 2009

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
Page 39: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - reflexos na gestão ......inibir o desenvolvimento da empresa, o que não deixaria de ser ônus para a economia brasileira, propiciando uma desigualdade

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Tabela 8 ndash RESUMO DEMONSTRATIVO DE TRIBUTACcedilAtildeO - LUCRO PRESUMIDO

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

IRPJ 315940

CSLL 481235

PIS 193088

COFINS 891176

ICMS 1782352

CONTFOLHA 216840

TOTAL 3880630

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Na tabela acima temos uma visatildeo geral quantitativa que os impostos significaratildeo em

seu fluxo de caixa Vale apena ressaltar que neste estudo natildeo entrar-se no meacuterito das

obrigaccedilotildees assessorias exigidas por cada categoria acima a empresa deveraacute cumprir perante o

legislador

ANAacuteLISE VERTICAL

RECEITA LIacuteQUIDA 26328297

IMPOSTOS E CONTRIBUICcedilOtildeES

3880630

FATOR REPRESENTATIVO 1474 Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Eacute importante tambeacutem enquanto um gestor financeiro avaliar a representatividade que

os impostos tem sobre seu resultado O percentual de 1474 (Quatorze virgula setenta quatro

por cento) sobre a receita do ano 2009 eacute relativamente aceitaacutevel poreacutem levando em conta

que a empresa tributa uma aliacutequota de 580 (Cinco virgula oitenta por cento) houve um

acreacutescimo de 894 (Oito virgula noventa quatro por cento)

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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

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Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

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MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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46

lthttpwwwpwccombrextwebpwcpublicationsnsfartigosartigosaspID=112 06CBDgt Acesso em 30 Mai 2007

REZENDE Fernando Propostas de Reforma do Sistema Tributaacuterio Nacional Mai 1996 Disponiacutevel em httpwwwipeagovbrpubtd1996td_0420pdf

Rossetti Jose Paschoal Paulo Gontijo et al Financcedilas Corporativas ndash Teoria e praacutetica empresarial no Brasil Rio de Janeiro Elservier2008 SANTrsquoANNA Gilson Carlos Novas Regras do Jogo A Reforma Tributaacuteria do Governo Fernando Henrique Cardoso (19952002) Rio de Janeiro Impressa Oficial 1999 SAMPAIO Joseacute Adeacutercio Leite A constituiccedilatildeo reinventada pela jurisdiccedilatildeo constitucional Belo Horizonte Del Rey 2002

SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
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Tabela 9 ndash CALCULO PARA AS EMPRESAS OPTANTES PEacuteLO SIMPLES

RECEITA ALIQUOTA IMPOSTO UacuteNICO

JAN 1900000 3 57000

FEV 2400000 540 129600

MAR 2250000 3 67500

ABR 2634000 540 142236

MAI 2150000 3 64500

JUN 2650000 540 143100

JUL 2798150 580 162293

AGO 2045590 3 61368

SET 2309045 4 92362

OUT 2971122 580 172325

NOV 2709856 580 157172

DEZ 2888100 580 167510

TOTAL 29705863 1416965

QUADRO COMPRATIVO

LUCRO PRESUMIDO 3880630

(-) OPTANTES PELO SIMPLES 1416965

DIFERENCcedilA A MAIOR 2463666

Fonte Demonstraccedilatildeo de Resultado do Exercacutecio 2009

Fica evidente a preocupaccedilatildeo dos soacutecios da Serralheria Monterio Ltda ao observarmos

o resultado obtido na simulaccedilatildeo um acreacutescimo financeiro de 3651 (Trinta seis virgula

cinquumlenta um por cento) Essa despesas maior pode comprometer os investimentos

planejados pelos gestores aleacutem de comprometer o fluxo de caixa aleacutem de aumentar os seus

custos o que pode tornaacute-lo pouco competitivo em seu segmento

Daiacute a necessidade de se adequar agraves inovaccedilotildees comerciais faz com que as empresas de

modo geral utilizem o Planejamento Tributaacuterio como forma de reduzir legalmente utilizando-

se de estrateacutegias de elisatildeo fiscal o impacto dos tributos sob os produtos e serviccedilos

comercializados

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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

ALENCAR Francisco CARPI L E Ribeiro Histoacuteria da Sociedade Brasileira 3ed Rio de Janeiro Livro Teacutecnico SA 1981 216p ASSEF Roberto Guia praacutetico de formaccedilatildeo de preccedilos aspectos mercadoloacutegicos tributaacuterios e financeiros para pequenas e meacutedias empresas Rio de Janeiro Campus 1997 AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997

BALTHAZAR Ubaldo Cesar et al Reforma Tributaacuteria amp Mercosul Belo Horizonte Del Rey 1998 255p

BAUMANN et al O Brasil e a Economia Global 8ordm Ed Rio de Janeiro Editora Campos 1996 292 p

BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

BECKER Alfredo Joseacute Teoria Geral do Direito Tributaacuterio Satildeo Paulo Saraiva 2001

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia Senado 1988 168p BRASIL Coacutedigo Tributaacuterio Nacional Lei 517666 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt httpwwwreceitafazendagovbrLegislacaoCodTributNacictnhtmgt Acesso em 05 Mai 2008 BRASIL Regulamento do Imposto de Renda ndash RIR99 Decreto 300099 Disponiacutevel em lt httpwwwreceitafazendagovbrLegislacaoRIRdefaulthtmgt Acesso em 01 Out 2010

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BREMAEKER Franccedilois E J de A Reforma Tributaacuteria Implicaccedilotildees nas financcedilas Municipais Rio de Janeiro Fev 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwibamorgbrpubliquemediaesp046ppdfgt Acesso em 23 Jan 2010 CATELLI Armando GUERREIRO Reinaldo GECON x ABC Revista Brasileira de Contabilidade Satildeo Paulo SP Janfev 1993

COEcircLHO Sacha Calmon Navarro Curso de Direito Tributaacuterio Brasileiro 9ed Rio de Janeiro Forense 2006 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais Satildeo Paulo Atlas 1981 255 p

FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 FEDERAL Receita Federalismo Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentes Disponiacutevel emlthttpwwwreceitafazendagovbrgt Acesso em 10 Nov 2010 FRANCO Vera Helena de Mello CARRAZZA Roque Antocircnio Coacutedigo Comercial Coacutedigo Tributaacuterio Nacional Constituiccedilatildeo Federal 8ed Satildeo Paulo RT 2006 1694p

FORNAZARI Marjory Artigo - Federal - 20071403 Contribuiccedilotildees Sociais Disponiacutevel em lt httpwwwfiscosoftcombrindexphpPID=150138gt Acesso em 07 Mar 2008

GIL Antocircnio Carlos Como elaborar projetos de pesquisa 4ed Satildeo Paulo Atlas 1999 175p

GRECO Marco Aureacutelio Planejamento fiscal e interpretaccedilatildeo da lei tributaacuteria Satildeo Paulo Dialeacutetica 1998

HUCK Hermes Marcelo Evasatildeo e elisatildeo rotas nacionais e internacionais Satildeo Paulo Saraiva 1997

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INSTITULO BRASILEIRO DE PESQUISA TRIBUTAacuteRIA Doing Bussiness in 2006 Creating Jobs Disponiacutevel em lthttpwwwdoingbusinessorgdocumentsDoingBusines2006_fullreportpdfgt Acesso em 25 Set 2006

ISIRI Adrian et al Cenaacuterio Tributaacuterio Brasileiro (2001) Disponiacutevel em httpwwwberbelprobrcenario_ tributario_iiihtmgtAcesso em 04 de Nov 2010 IUDIacuteCIBUS Seacutergio de Joseacute Carlos Marion Elias Pereira Dicionaacuterio de Termos de Contabilidade 2ordf ed Satildeo Paulo Atlas 2003 245p

LATORRACA Nilton Direito tributaacuterio imposto de renda das pessoas juriacutedicas 14ordf ed Satildeo Paulo Atlas 1998 62p

LEITE Joseacute Augusto Silva Planejamento Tributaacuterio (2008) Disponiacutevel em lt httpwwwoliveiraleiteadvbrpdfsplanejamento-tributariopdfgt Acesso em 01 Nov 2010

LIMA Edilberto Carlos Pontes Reflexatildeo sobre Tributaccedilatildeo e Reforma Tributaacuteria no Brasil (1999) Disponiacutevel em lt httpwwwipeagovbrpubpppppp20Parte5pdf gt Acesso em 03 Dez 2010 LONGARRAY Andreacute Andrade et al Como Elaborar Trabalho Monograacuteficos em

Contabilidade teoria e praacutetica Satildeo Paulo Atlas 2003 195p

MACHADO Hugo de Brito Curso de direito tributaacuterio 16 ed Satildeo Paulo Malheiros Editores 1999

MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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lthttpwwwpwccombrextwebpwcpublicationsnsfartigosartigosaspID=112 06CBDgt Acesso em 30 Mai 2007

REZENDE Fernando Propostas de Reforma do Sistema Tributaacuterio Nacional Mai 1996 Disponiacutevel em httpwwwipeagovbrpubtd1996td_0420pdf

Rossetti Jose Paschoal Paulo Gontijo et al Financcedilas Corporativas ndash Teoria e praacutetica empresarial no Brasil Rio de Janeiro Elservier2008 SANTrsquoANNA Gilson Carlos Novas Regras do Jogo A Reforma Tributaacuteria do Governo Fernando Henrique Cardoso (19952002) Rio de Janeiro Impressa Oficial 1999 SAMPAIO Joseacute Adeacutercio Leite A constituiccedilatildeo reinventada pela jurisdiccedilatildeo constitucional Belo Horizonte Del Rey 2002

SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
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Eacute aspiraccedilatildeo naturaliacutessima e intimamente ligada agrave vida econocircmica a de se procurar determinado resultado econocircmico com a maior economia isto eacute com a menor despesa (e os tributos que incidiratildeo sobre os atos e fatos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo daquele resultado econocircmico satildeo parcelas que integraratildeo a despesa) Ora todo indiviacuteduo desde que natildeo viole regra juriacutedica tem a indiscutiacutevel liberdade de ordenar seus negoacutecios de modo menos oneroso inclusive tributariamente Aliaacutes seria absurdo que o contribuinte encontrando vaacuterios caminhos legais (portanto liacutecitos) para chegar ao mesmo resultado fosse escolher justamente aquele meio que determinasse pagamento de tributo mais elevado (BECKER 2001 p 122)

Para Machado (1999) o Planejamento Tributaacuterio natildeo eacute apenas a escolha da opccedilatildeo lega

menos onerosa mas tambeacutem o controle do Fluxo de Caixa dos pagamentos futuros e mesmo

suas influecircncias na estrutura de custos e despesas da empresa o que inclui a formaccedilatildeo do

preccedilo final Oliveira citado por Machado (1999) pressupotildee que a falta de um Planejamento

Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito aos investimentos futuros

comprometendo o Fluxo de Caixa com desembolsos desnecessaacuterios ou em momento

inoportuno

Segundo Torres (1997) o principal problema que ocorre no processo de recolher os

impostos no Brasil eacute o curto prazo entre o fato gerador e o recolhimento Verifica-se que

muitos gestores tem dificuldade de caixa em funccedilatildeo de sua insuficiecircncia por atrasos no

recebimento por exemplo e com isto os dirigentes da organizaccedilatildeo optam pelo natildeo

recolhimento dos tributos pois a prioridade eacute pelo pagamento aos fornecedores para que natildeo

seja interrompida a produccedilatildeo Os impostos devem ser recolhidos no mecircs subsequumlente ao fato

gerador entretanto os recebimentos em sua maioria natildeo satildeo agrave vista e tambeacutem se deve contar

com a inadimplecircncia

Vamos supor que vocecirc emitiu uma nota fiscal para um grande cliente e faturou este pagamento para 60 dias O problema eacute que vocecirc soacute vai receber o dinheiro do cliente daqui a 60 dias mas jaacute no mecircs que vem vocecirc seraacute obrigado a recolher o ISS (empresas de serviccedilos) o ICMS (empresas de vendas) o PIS o COFINS e eventualmente o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuiccedilatildeo Social (CSLL) se o mecircs seguinte for abril julho outubro ou dezembro Ou seja o empresaacuterio vai ter que bancar do proacuteprio bolso o pagamento dos impostos que ele ainda natildeo recebeu do cliente(TORRES 1997 p )

O Planejamento Tributaacuterio pode tornar-se uma ferramenta importante para previsatildeo do

fluxo de caixa e controle nos custos para formaccedilatildeo de preccedilos Para as empresas brasileiras a

maior taxaccedilatildeo estaacute no Imposto de Renda da Pessoa Juriacutedica - IRPJ e a Contribuiccedilatildeo Social

Sobre o Lucro Liquido - CSLL que pela Lei 300099 (BRASIL 1999) prevecirc duas opccedilotildees de

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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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42

O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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43

AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

ALENCAR Francisco CARPI L E Ribeiro Histoacuteria da Sociedade Brasileira 3ed Rio de Janeiro Livro Teacutecnico SA 1981 216p ASSEF Roberto Guia praacutetico de formaccedilatildeo de preccedilos aspectos mercadoloacutegicos tributaacuterios e financeiros para pequenas e meacutedias empresas Rio de Janeiro Campus 1997 AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997

BALTHAZAR Ubaldo Cesar et al Reforma Tributaacuteria amp Mercosul Belo Horizonte Del Rey 1998 255p

BAUMANN et al O Brasil e a Economia Global 8ordm Ed Rio de Janeiro Editora Campos 1996 292 p

BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

BECKER Alfredo Joseacute Teoria Geral do Direito Tributaacuterio Satildeo Paulo Saraiva 2001

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia Senado 1988 168p BRASIL Coacutedigo Tributaacuterio Nacional Lei 517666 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt httpwwwreceitafazendagovbrLegislacaoCodTributNacictnhtmgt Acesso em 05 Mai 2008 BRASIL Regulamento do Imposto de Renda ndash RIR99 Decreto 300099 Disponiacutevel em lt httpwwwreceitafazendagovbrLegislacaoRIRdefaulthtmgt Acesso em 01 Out 2010

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BREMAEKER Franccedilois E J de A Reforma Tributaacuteria Implicaccedilotildees nas financcedilas Municipais Rio de Janeiro Fev 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwibamorgbrpubliquemediaesp046ppdfgt Acesso em 23 Jan 2010 CATELLI Armando GUERREIRO Reinaldo GECON x ABC Revista Brasileira de Contabilidade Satildeo Paulo SP Janfev 1993

COEcircLHO Sacha Calmon Navarro Curso de Direito Tributaacuterio Brasileiro 9ed Rio de Janeiro Forense 2006 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais Satildeo Paulo Atlas 1981 255 p

FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 FEDERAL Receita Federalismo Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentes Disponiacutevel emlthttpwwwreceitafazendagovbrgt Acesso em 10 Nov 2010 FRANCO Vera Helena de Mello CARRAZZA Roque Antocircnio Coacutedigo Comercial Coacutedigo Tributaacuterio Nacional Constituiccedilatildeo Federal 8ed Satildeo Paulo RT 2006 1694p

FORNAZARI Marjory Artigo - Federal - 20071403 Contribuiccedilotildees Sociais Disponiacutevel em lt httpwwwfiscosoftcombrindexphpPID=150138gt Acesso em 07 Mar 2008

GIL Antocircnio Carlos Como elaborar projetos de pesquisa 4ed Satildeo Paulo Atlas 1999 175p

GRECO Marco Aureacutelio Planejamento fiscal e interpretaccedilatildeo da lei tributaacuteria Satildeo Paulo Dialeacutetica 1998

HUCK Hermes Marcelo Evasatildeo e elisatildeo rotas nacionais e internacionais Satildeo Paulo Saraiva 1997

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INSTITULO BRASILEIRO DE PESQUISA TRIBUTAacuteRIA Doing Bussiness in 2006 Creating Jobs Disponiacutevel em lthttpwwwdoingbusinessorgdocumentsDoingBusines2006_fullreportpdfgt Acesso em 25 Set 2006

ISIRI Adrian et al Cenaacuterio Tributaacuterio Brasileiro (2001) Disponiacutevel em httpwwwberbelprobrcenario_ tributario_iiihtmgtAcesso em 04 de Nov 2010 IUDIacuteCIBUS Seacutergio de Joseacute Carlos Marion Elias Pereira Dicionaacuterio de Termos de Contabilidade 2ordf ed Satildeo Paulo Atlas 2003 245p

LATORRACA Nilton Direito tributaacuterio imposto de renda das pessoas juriacutedicas 14ordf ed Satildeo Paulo Atlas 1998 62p

LEITE Joseacute Augusto Silva Planejamento Tributaacuterio (2008) Disponiacutevel em lt httpwwwoliveiraleiteadvbrpdfsplanejamento-tributariopdfgt Acesso em 01 Nov 2010

LIMA Edilberto Carlos Pontes Reflexatildeo sobre Tributaccedilatildeo e Reforma Tributaacuteria no Brasil (1999) Disponiacutevel em lt httpwwwipeagovbrpubpppppp20Parte5pdf gt Acesso em 03 Dez 2010 LONGARRAY Andreacute Andrade et al Como Elaborar Trabalho Monograacuteficos em

Contabilidade teoria e praacutetica Satildeo Paulo Atlas 2003 195p

MACHADO Hugo de Brito Curso de direito tributaacuterio 16 ed Satildeo Paulo Malheiros Editores 1999

MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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lthttpwwwpwccombrextwebpwcpublicationsnsfartigosartigosaspID=112 06CBDgt Acesso em 30 Mai 2007

REZENDE Fernando Propostas de Reforma do Sistema Tributaacuterio Nacional Mai 1996 Disponiacutevel em httpwwwipeagovbrpubtd1996td_0420pdf

Rossetti Jose Paschoal Paulo Gontijo et al Financcedilas Corporativas ndash Teoria e praacutetica empresarial no Brasil Rio de Janeiro Elservier2008 SANTrsquoANNA Gilson Carlos Novas Regras do Jogo A Reforma Tributaacuteria do Governo Fernando Henrique Cardoso (19952002) Rio de Janeiro Impressa Oficial 1999 SAMPAIO Joseacute Adeacutercio Leite A constituiccedilatildeo reinventada pela jurisdiccedilatildeo constitucional Belo Horizonte Del Rey 2002

SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
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tributaccedilatildeo que eacute apuraccedilatildeo pelo Lucro Real ou Presumido facultado as empresas pelo melhor

opccedilatildeo

Machado (1999) afirma que os gestores ao optarem por uma forma de tributaccedilatildeo

devem analisar seus impactos na estrutura de custos e despesas e suas influecircncias na formaccedilatildeo

do preccedilo final Oliveira Perez Junior e Silva citado por Machado (1999) pressupotildeem que a

falta de um Planejamento Tributaacuterio pode deixar a empresa mal preparada no que diz respeito

aos investimentos futuros comprometendo o fluxo de caixa devido aos desembolsos

desnecessaacuterios para cobertura de impostos que natildeo estavam previstos

5 Consideraccedilotildees Finais

Ao final deste estudo conclui-se que os soacutecios da empresa Serralheira Monteiro Ltda

natildeo previram em suas planilhas de custos a real tributaccedilatildeo ao qual a empresa estaraacute sujeita no

momento que iniciar o contrato de prestaccedilatildeo de serviccedilo Neste momento percebeu-se que a

margem de lucro natildeo soacute estava comprometida como tambeacutem ao rever sua planilha de custo

apontou-se uma variaccedilatildeo negativa no resultado final jaacute que a empresa optou por uma margem

de lucro menor que geralmente pratica com outros clientes

Mesmo sendo uma empresa pequena os seus soacutecios trabalham com recursos proacuteprios

e utiliza-se de um ciclo financeiro eficaz em sua atividade porque no setor ao qual atual tem

uma presenccedila muito forte de concorrentes o que de certa forma dificulta trabalhar como uma

margem de lucro muito alta assim O fato eacute que uma nova planilha de custo foi elaborada e

levada para anaacutelise do cliente que ao enviar para anaacutelise junto ao setor de controladoria

constataram o equivoco na planilha anterior e um aditivo foi assinado por ambas as partes

Vale a pena ressaltar neste sentido que em um cenaacuterio competitivo exige que as

organizaccedilotildees tenham decisotildees raacutepidas e eficazes diante de seus concorrentes e o atual sistema

fiscal brasileiro estaacute na contramatildeo da real necessidade das pessoas juriacutedicasou seja eacute

excessivamente onerosa para o setor produtivo nacional Criando assim dificuldades para que

as empresas possam minimizar seus custos melhores acompanhamento de seu fluxo de caixa

criar possibilidades de investimentos e ateacute mesmos as exportaccedilotildees

Este estudo teve como objetivo avaliar os custos dos impostos dentro de uma uma

pequena metaluacutergica familiar que atualmente esta enquadrada pelo simples e que deveraacute se

desenquadra por forccedila de lei em funccedilatildeo do aumento da receita que teraacute no exerciacutecio seguinte

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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

ALENCAR Francisco CARPI L E Ribeiro Histoacuteria da Sociedade Brasileira 3ed Rio de Janeiro Livro Teacutecnico SA 1981 216p ASSEF Roberto Guia praacutetico de formaccedilatildeo de preccedilos aspectos mercadoloacutegicos tributaacuterios e financeiros para pequenas e meacutedias empresas Rio de Janeiro Campus 1997 AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997

BALTHAZAR Ubaldo Cesar et al Reforma Tributaacuteria amp Mercosul Belo Horizonte Del Rey 1998 255p

BAUMANN et al O Brasil e a Economia Global 8ordm Ed Rio de Janeiro Editora Campos 1996 292 p

BARROS Benedicto Ferri Brasil campeatildeo dos impostos Jornal de Tributos Satildeo Paulo 08 mai 1999 Disponiacutevel emlt httpwwwsecrelcombrtributosbfbarroshtml gt Acesso em 10 mai 2006

BECKER Alfredo Joseacute Teoria Geral do Direito Tributaacuterio Satildeo Paulo Saraiva 2001

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia Senado 1988 168p BRASIL Coacutedigo Tributaacuterio Nacional Lei 517666 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt httpwwwreceitafazendagovbrLegislacaoCodTributNacictnhtmgt Acesso em 05 Mai 2008 BRASIL Regulamento do Imposto de Renda ndash RIR99 Decreto 300099 Disponiacutevel em lt httpwwwreceitafazendagovbrLegislacaoRIRdefaulthtmgt Acesso em 01 Out 2010

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BREMAEKER Franccedilois E J de A Reforma Tributaacuteria Implicaccedilotildees nas financcedilas Municipais Rio de Janeiro Fev 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwibamorgbrpubliquemediaesp046ppdfgt Acesso em 23 Jan 2010 CATELLI Armando GUERREIRO Reinaldo GECON x ABC Revista Brasileira de Contabilidade Satildeo Paulo SP Janfev 1993

COEcircLHO Sacha Calmon Navarro Curso de Direito Tributaacuterio Brasileiro 9ed Rio de Janeiro Forense 2006 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais Satildeo Paulo Atlas 1981 255 p

FABRETTI Laacuteudio Camargo Coacutedigo Tributaacuterio Nacional comentado 5 ed ver e atual Satildeo Paulo Atlas 2005 FEDERAL Receita Federalismo Fiscal no Brasil Evoluccedilatildeo e Experiecircncias Recentes Disponiacutevel emlthttpwwwreceitafazendagovbrgt Acesso em 10 Nov 2010 FRANCO Vera Helena de Mello CARRAZZA Roque Antocircnio Coacutedigo Comercial Coacutedigo Tributaacuterio Nacional Constituiccedilatildeo Federal 8ed Satildeo Paulo RT 2006 1694p

FORNAZARI Marjory Artigo - Federal - 20071403 Contribuiccedilotildees Sociais Disponiacutevel em lt httpwwwfiscosoftcombrindexphpPID=150138gt Acesso em 07 Mar 2008

GIL Antocircnio Carlos Como elaborar projetos de pesquisa 4ed Satildeo Paulo Atlas 1999 175p

GRECO Marco Aureacutelio Planejamento fiscal e interpretaccedilatildeo da lei tributaacuteria Satildeo Paulo Dialeacutetica 1998

HUCK Hermes Marcelo Evasatildeo e elisatildeo rotas nacionais e internacionais Satildeo Paulo Saraiva 1997

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INSTITULO BRASILEIRO DE PESQUISA TRIBUTAacuteRIA Doing Bussiness in 2006 Creating Jobs Disponiacutevel em lthttpwwwdoingbusinessorgdocumentsDoingBusines2006_fullreportpdfgt Acesso em 25 Set 2006

ISIRI Adrian et al Cenaacuterio Tributaacuterio Brasileiro (2001) Disponiacutevel em httpwwwberbelprobrcenario_ tributario_iiihtmgtAcesso em 04 de Nov 2010 IUDIacuteCIBUS Seacutergio de Joseacute Carlos Marion Elias Pereira Dicionaacuterio de Termos de Contabilidade 2ordf ed Satildeo Paulo Atlas 2003 245p

LATORRACA Nilton Direito tributaacuterio imposto de renda das pessoas juriacutedicas 14ordf ed Satildeo Paulo Atlas 1998 62p

LEITE Joseacute Augusto Silva Planejamento Tributaacuterio (2008) Disponiacutevel em lt httpwwwoliveiraleiteadvbrpdfsplanejamento-tributariopdfgt Acesso em 01 Nov 2010

LIMA Edilberto Carlos Pontes Reflexatildeo sobre Tributaccedilatildeo e Reforma Tributaacuteria no Brasil (1999) Disponiacutevel em lt httpwwwipeagovbrpubpppppp20Parte5pdf gt Acesso em 03 Dez 2010 LONGARRAY Andreacute Andrade et al Como Elaborar Trabalho Monograacuteficos em

Contabilidade teoria e praacutetica Satildeo Paulo Atlas 2003 195p

MACHADO Hugo de Brito Curso de direito tributaacuterio 16 ed Satildeo Paulo Malheiros Editores 1999

MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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lthttpwwwpwccombrextwebpwcpublicationsnsfartigosartigosaspID=112 06CBDgt Acesso em 30 Mai 2007

REZENDE Fernando Propostas de Reforma do Sistema Tributaacuterio Nacional Mai 1996 Disponiacutevel em httpwwwipeagovbrpubtd1996td_0420pdf

Rossetti Jose Paschoal Paulo Gontijo et al Financcedilas Corporativas ndash Teoria e praacutetica empresarial no Brasil Rio de Janeiro Elservier2008 SANTrsquoANNA Gilson Carlos Novas Regras do Jogo A Reforma Tributaacuteria do Governo Fernando Henrique Cardoso (19952002) Rio de Janeiro Impressa Oficial 1999 SAMPAIO Joseacute Adeacutercio Leite A constituiccedilatildeo reinventada pela jurisdiccedilatildeo constitucional Belo Horizonte Del Rey 2002

SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
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O que mais preocupa o soacutecios eacute os tributos ICMS e IPI que teratildeo maior peso em seus custos

aleacutem claro das obrigaccedilotildees acessoacuterias

O resultado eacute que a legislaccedilatildeo brasileira contribui para essa falta de agilidade e

ineficaacutecia da induacutestria local Verificou-se a partir da simulaccedilatildeo demonstrada no decorrer

deste trabalho que a partir do momento que os impostos apresentam uma maior participaccedilatildeo

na composiccedilatildeo dos preccedilos dos produtos nacionais incentiva a evasatildeo fiscal De fato a lei

complementar 12306 veio trazer um tratamento diferenciado as micros e pequenas empresas

quando uniformizar o recolhimentos de vaacuterios impostos em um uacutenico

Com isto o Planejamento Tributaacuterio vem se tornando imprescindiacutevel para as

organizaccedilotildees seja ela optante pelo simples presumido real ou arbitrado como forma de

detectar os efeitos do tributo em seu fluxo de caixa

Eacute um grande desafio abrir uma pequena empresa no Brasil e o sucesso do

empreendimento vai depender em planejar o presente os resultados positivos pelos soacutecios

num futuro vaacuterios satildeo os fatores que podem influenciar em suas decisotildees seja por fatores

internos ou externos e o controle tributaacuterio pode ser fator preponderante na reduccedilatildeo dos

custos e serviccedilos da organizaccedilatildeo A comparaccedilatildeo da forma de tributaccedilatildeo apresentada

demonstra claramente o ajuste que a empresa deveraacute fazer em sua planilha de custos assim

poderatildeo administrar melhor os seus recursos

REFEREcircNCIAS

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AMARAL Gilberto Luiz Pesquisa revela carga tributaacuteria ideal para a competitivade das empresa Disponiacutevel em httpwwwfenaconorgbrfenacon_informativostributariotributario2000112003htmgt Acesso em 20 Out 2006 ALBUQUERQUE Marcos Cintra Cavalcante de Imposto Uacutenico ndash Emenda 4799 e PEC 183(1999) Disponiacutevel em lthttpwwwmarcoscintraorgnovogeralaspiquestid=131ampveja=1gtAcesso em 29 Ago2006

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FORNAZARI Marjory Artigo - Federal - 20071403 Contribuiccedilotildees Sociais Disponiacutevel em lt httpwwwfiscosoftcombrindexphpPID=150138gt Acesso em 07 Mar 2008

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GRECO Marco Aureacutelio Planejamento fiscal e interpretaccedilatildeo da lei tributaacuteria Satildeo Paulo Dialeacutetica 1998

HUCK Hermes Marcelo Evasatildeo e elisatildeo rotas nacionais e internacionais Satildeo Paulo Saraiva 1997

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Rossetti Jose Paschoal Paulo Gontijo et al Financcedilas Corporativas ndash Teoria e praacutetica empresarial no Brasil Rio de Janeiro Elservier2008 SANTrsquoANNA Gilson Carlos Novas Regras do Jogo A Reforma Tributaacuteria do Governo Fernando Henrique Cardoso (19952002) Rio de Janeiro Impressa Oficial 1999 SAMPAIO Joseacute Adeacutercio Leite A constituiccedilatildeo reinventada pela jurisdiccedilatildeo constitucional Belo Horizonte Del Rey 2002

SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
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VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
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COEcircLHO Sacha Calmon Navarro Curso de Direito Tributaacuterio Brasileiro 9ed Rio de Janeiro Forense 2006 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais Satildeo Paulo Atlas 1981 255 p

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Contabilidade teoria e praacutetica Satildeo Paulo Atlas 2003 195p

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SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
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INSTITULO BRASILEIRO DE PESQUISA TRIBUTAacuteRIA Doing Bussiness in 2006 Creating Jobs Disponiacutevel em lthttpwwwdoingbusinessorgdocumentsDoingBusines2006_fullreportpdfgt Acesso em 25 Set 2006

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LATORRACA Nilton Direito tributaacuterio imposto de renda das pessoas juriacutedicas 14ordf ed Satildeo Paulo Atlas 1998 62p

LEITE Joseacute Augusto Silva Planejamento Tributaacuterio (2008) Disponiacutevel em lt httpwwwoliveiraleiteadvbrpdfsplanejamento-tributariopdfgt Acesso em 01 Nov 2010

LIMA Edilberto Carlos Pontes Reflexatildeo sobre Tributaccedilatildeo e Reforma Tributaacuteria no Brasil (1999) Disponiacutevel em lt httpwwwipeagovbrpubpppppp20Parte5pdf gt Acesso em 03 Dez 2010 LONGARRAY Andreacute Andrade et al Como Elaborar Trabalho Monograacuteficos em

Contabilidade teoria e praacutetica Satildeo Paulo Atlas 2003 195p

MACHADO Hugo de Brito Curso de direito tributaacuterio 16 ed Satildeo Paulo Malheiros Editores 1999

MARCONI Marina de Andrade LAKATOS Eva Maria Fundamentos de metodologia cientiacutefica 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 311p

MARTINS Ives G da Silva et al O princiacutepio da moralidade do direito tributaacuterio 2ordf ed Satildeo Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MIRANDA FILHO Aloysio Mirelles O Horizonte de Reduccedilatildeo do Custo Tributaacuterio (2006) Disponiacutevel em htppdoigbussinessorgdocuments2006-country-tablespdfgt Acesso em 10 mai 2006 WATERHOUSE Price O custo tributaacuterio brasileiro em busca de soluccedilotildees Por Elidie Palma Bifano Abril 2007 Disponiacutevel em

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lthttpwwwpwccombrextwebpwcpublicationsnsfartigosartigosaspID=112 06CBDgt Acesso em 30 Mai 2007

REZENDE Fernando Propostas de Reforma do Sistema Tributaacuterio Nacional Mai 1996 Disponiacutevel em httpwwwipeagovbrpubtd1996td_0420pdf

Rossetti Jose Paschoal Paulo Gontijo et al Financcedilas Corporativas ndash Teoria e praacutetica empresarial no Brasil Rio de Janeiro Elservier2008 SANTrsquoANNA Gilson Carlos Novas Regras do Jogo A Reforma Tributaacuteria do Governo Fernando Henrique Cardoso (19952002) Rio de Janeiro Impressa Oficial 1999 SAMPAIO Joseacute Adeacutercio Leite A constituiccedilatildeo reinventada pela jurisdiccedilatildeo constitucional Belo Horizonte Del Rey 2002

SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997
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lthttpwwwpwccombrextwebpwcpublicationsnsfartigosartigosaspID=112 06CBDgt Acesso em 30 Mai 2007

REZENDE Fernando Propostas de Reforma do Sistema Tributaacuterio Nacional Mai 1996 Disponiacutevel em httpwwwipeagovbrpubtd1996td_0420pdf

Rossetti Jose Paschoal Paulo Gontijo et al Financcedilas Corporativas ndash Teoria e praacutetica empresarial no Brasil Rio de Janeiro Elservier2008 SANTrsquoANNA Gilson Carlos Novas Regras do Jogo A Reforma Tributaacuteria do Governo Fernando Henrique Cardoso (19952002) Rio de Janeiro Impressa Oficial 1999 SAMPAIO Joseacute Adeacutercio Leite A constituiccedilatildeo reinventada pela jurisdiccedilatildeo constitucional Belo Horizonte Del Rey 2002

SILVA Antocircnio Carlos Ribeiro da Metodologia da pesquisa aplicada agrave contabilidade orientaccedilotildees de estudos projetos artigos relatoacuterios monografias dissertaccedilotildees teses Satildeo Paulo Atlas 2003 181p SILVA Adriano da Noacutebrega O Dever fundamental do Imposto de Renda a Pagar no Reino Unido Prismas Dir Pol Pub e Mundial Brasiacutelia v 3 n 1 p181-194 janjun 2006 SILVA Chrystiane Carlos Rydlewski Carina Nucci Licenccedila para gastar2005 Disponiacutevel em httpwwwadur-rjorgbr5compop-upL_licenca_para_gastarhtmgt Acesso em 26 Mar 2008 TOcircRRES Heleno A Pluritributaccedilatildeo Internacional sobre a Renda das Empresa Satildeo Paulo Ed Revista dos Tributos 1997 198p VERGARA Sylvia Constant Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo 8 ed Satildeo Paulo Atlas 2007 96p

VICECONTI Paulo E V NEVES Silveacuterio das Introduccedilatildeo agrave Economia 6ed Satildeo PauloFrase2003 578p

XAVIER Alberto Direito tributaacuterio internacional do Brasil Tributaccedilatildeo das operaccedilotildees internacionais 5 ed Rio de Janeiro Forense 1998

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • 11 Contextualizaccedilatildeo
      • 111 Objetivo geral
      • 112 Objetivos especiacuteficos
      • 113 Justificativa
          • 2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
            • 21 Tributos
              • 211 O Coacutedigo Tributaacuterio Nacional
              • 212 Impostos Taxas e Contribuiccedilotildees
                • 2121 Impostos
                • 2122 Taxas
                • 2123 Contribuiccedilotildees
                    • 22 A Influecircncia do Estado nas Atividades Econocircmicas
                    • 23 Planejamento Tributaacuterio
                      • 231 O Planejamento tributaacuterio como ferramenta gerencial
                      • 232 Tributaccedilatildeo das Micro e Pequenas Empresas
                          • 3 Metodologia
                            • 31 Tipo de Pesquisa
                            • 33Universo ou amostra de pesquisa
                              • 5 Consideraccedilotildees Finais
                              • REFEREcircNCIAS
                                • AZEVEDO Seacutergio de MELO Marcus Andreacute A Poliacutetica da Reforma Tributaacuteria Federalismo e Mudanccedila Constitucional Revista Brasileira de Ciecircncias Sociais Satildeo Paulo v12 n35 fev 1997