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Planejamento e produtividade na execução

de Pisos Industriais

Engº Ademir Teixeira dos Santos ATT Engenharia e Construções Ltda. Engenheiro Civil formado pela Universidade Mackenzie em 1982, atua desde 1985 na construção de edifícios residenciais e comerciais e desde 1989 também na área de pisos e pavimentos de concreto com tecnologia " The Face Company - USA" Atualmente é Sócio - Diretor Técnico da ATT Engenharia e Construções Ltda., empresa fundada em 1987, em São Paulo, e atuante no mercado de pisos de concreto em todo o território nacional.

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“ Si vis pacem , para bellum “ ( Publius Vegetius - Romano do Século V )

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“ MÃE ”

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A – Visão de orçamento

1- Depto. Comercial / Depto. Técnico devem ter pleno conhecimento das peculiaridades da obra a ser orçada quando trabalham na composição do preço final dos serviços.

2 – Orçamento não pode suscitar dúvidas. Deve ser claro, curto e

objetivo. 3 – Cliente não tem conhecimento técnico, portanto , se necessário for

“desenhe” o orçamento para ele. ( M.F.V) Por exemplo, nem todos os clientes sabem que um piso de concreto

apresenta nuances de cor. 4 – Mesmo com conhecimento técnico o cliente não conhece o

“verdadeiro” concreto para pisos. Oriente-o.

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B – Elaboração e Montagem do Orçamento

• 1 – Normalmente o cliente tem um projeto de piso. • 2 – Orçamento bom sabe “entender” e “atender” o projeto. • 3 – Sucesso do orçamento depende do respeito as especificações de

projeto. • 4 – Importante : Cronograma de execução / Solução técnica (Determinam o tamanho da equipe) • 5 – Execução contínua ou fracionada. (Determina a quantidade de mobilizações/desmobilizações)

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C – Dados Importantes para elaboração do orçamento (Práticas Executivas / Estrutura de apoio)

• Conhecendo a solução técnica; o tamanho da obra (M²) e o cronograma a ser seguido :

• 1 – Definir a prática executiva ( Larguras de faixa; tipo de espalhamento e adensamento do concreto; tipo de acabadoras; etc.) • 2 – Estudar a localização da obra (Distancia do seu depósito até a obra ; dificuldades de mobilização de veículos; etc.) • 3 – Definição do tipo de transporte : Próprio ou Frete • 4 – Definição de alojamento da equipe ou viagens diárias de ida e volta

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• 5 – Refeições ( Café; almoço; janta)

• 6 – Definição da equipe (tamanho) ; prováveis horas extras

• 7 – Depreciação dos equipamentos

• 8 – Previsão de materiais e ferramentas de consumo rápido (Jogos de pás;

discos de flotação; discos de corte; gasolina; luvas; epis; etc.)

• 9 – Encargos / Impostos ( Muito importante !!! ) / BDI

• Com a interação de todos estes itens, teremos o preço final do M²

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• Encargos Sociais – Junho de 2016 (Sinduscon)

• A – Encargos Sociais Básicos

• Total Grupo A : 37,80%

• A1 – INSS : 20,00% • A2 – FGTS : 8,00% • A3 – Salário Educação : 2,50% • A4 – Sesi : 1,50% • A5 - SENAI e SEBRAE : 1,60% • A6 – INCRA : 0,20% • A7 – Seguro contra riscos e acidentes : 3,00% • A8 – Seconci : 1,00%

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• B – Encargos que recebem incidência de A

• Total Grupo B : 52,93%

• B1 – Repouso semanal remunerado : 18,13% • B2 – Feriados : 4,91% • B3 – Férias + 1/3 : 15,10% • B4 – Auxilio Enfermidade e Acidentes do Trabalho : 2,58% • B5 – 13º Salario : 11,33% • B6 – Licença Paternidade : 0,13% • B7 – Faltas justificadas por motivos diversos : 0,76%

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• C = A x B

• Total Grupo C : 20,01%

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• D – Encargos ligados a demissão do trabalhador

• Total Grupo D : 16,18%

• D1 – Aviso Prévio : 11,56%

• D2 – Deposito por despedida injusta : 3,08%

• D3 – Indenização adicional : 0,78%

• D4 – Adicional Lei Complementar 110/01 : 0,77%

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• D` : ( A – A2 – A8 ) x D1

• Total Grupo D` : 3,33%

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E : Outros

• Total Grupo E : 45,91%

E1 – Dias de chuva e outras atividades : 1,50%

E2 – Almoço : 20,16%

E3 – Jantar : 3,66%

E4 – Café da manha : 8,00%

E5 – Equipamentos de segurança : 6,14%

E6 – Vale transporte : 6,02%

E7 – Seguro de vida e acidentes : 0,44%

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• A + B + C + D + D`+ E

• Total : 176,15%

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O preço do M² ficou muito alto !

Não posso perder a obra !

Sou corajoso, vou diminuir um pouco o preço !

CUIDADO !

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Luva antivibração - Algodão com cloro neoprene

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OBRA GANHA ! Teremos de planejar as operações : 1- Marcar data de início (Lembre-se que é necessário um prazo de uns 10

a 15 dias para todas as ações a serem tomadas) 2- Providenciar toda a documentação necessária (Aso,etc) 3- Providenciar visita ao local da obra para contratação dos fornecimentos

de refeição; alojamento; combustíveis; materiais de apoio; verificação do estado do campo; etc .

3- Verificação dos equipamentos (funcionamento, manutenções) 4- Carregamento da carga (equipamentos; formas; ferramentas;etc) 5- Providenciar verba necessária para as ações (dinheiro para pedágios;

refeições na viagem; diversos)

6- Providenciar uniformes; epis; etc.

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• 7 – Providenciar peças de reposição para eventuais manutenções dos equipamentos no local (correias, velas, cordinhas de partida, cabos , etc.)

• 8 - Elaborar planilha de controle semanal “custo x produção”

• 9 – Providenciar jogo de plantas para o encarregado

• 10 – Providenciar diário de obra

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Corajoso : Nada de gastar com frete !

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• PRODUTIVIDADE

• O sucesso da obra está diretamente ligado aos bons resultados durante a execução, ou seja, cronograma seguido à risca; equipe bem treinada; bom

relacionamento com o contratante; serviços fiscalizados; escolhas acertadas quanto a técnica de operação ; controle de gastos e produção

diária de metragem executada.

• Sucesso da obra = Elevada qualidade do piso + Lucro

• Lucro = Alta produtividade + baixo custo

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• A produtividade desejada depende de algumas variáveis que temos que

conhecer e controlar.

• Na elaboração do orçamento já definimos a produtividade :

• Metragem quadrada / Número de dias = M²/dia Cabe ao executor fazer com que isto aconteça !

• Como ? Tomando algumas providências antes do início da obra .

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• PROVIDÊNCIAS • 1 – Definir o método de execução quanto ao espalhamento e adensamento do

concreto. (Régua vibratória; espalhadoras laser)

• 2 – Cobrar sempre do contratante a liberação das áreas para as produções prevista diárias.

• 3 – Cobrar do contratante que o fornecimento do concreto seja feito dentro das especificações do projeto e que atenda integralmente às necessidades do executor.

Esta é a providencia mais importante, pois não temos o controle sobre esta ação (fornecimento), e para tanto deve-se fazer uma reunião com a concreteira, com antecedência, na qual todos os detalhes serão abordados e explicados.

• 4 – Elaborar planilha de controle semanal de produção e custos

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1 – Relatório de reunião técnica com a Concreteira RELATÓRIO DE REUNIÃO TÉCNICA Obra : ............. / Construtora : .............. / Concreteira :................ / Executor :............... Participantes : ...................................... Conforme conversado, seguem as recomendações inerentes às nossas necessidades durante a operação de concretagem do piso : 1- Inicio das concretagens, no máximo até as 8:00 h. 2- Slump de descarga na boca de saída da tubulação entre 10 cm e 12 cm. 3-Intervalos máximos de 10 minutos entre termino de descarga de caminhão e inicio do caminhão seguinte. 4- Desejável não acrescentar água na obra para obtenção do slump para que não haja variações entre caminhões e pegas diferenciadas entre os mesmos. Pegas diferenciadas não permitem a obtenção do FF desejado. 5- Caminhões que apresentarem slump acima do determinado serão descartados, não sendo possível sua utilização mesmo que “redosados”.

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• 6- Caminhões que apresentem desgaste muito grande nas facas de mistura não deverão ser

utilizados.

• 7- Teor de argamassa desejado entre 48 e 50 %. Acima de 50% aumentam as chances de delaminações durante o processo final do acabamento.

• 8- Preferencialmente não usar cimento CP III, pois o mesmo quase sempre apresenta inicio de pega bastante demorado e também ocorrência de “pó” após o período inicial de cura.

• 9- Não promover troca de tipo e marca do cimento ate o termino da obra, evitando-se assim diferenças de cor e comportamento do concreto.

• 10- Cuidar para que não haja falta de cimento e conseqüente utilização de cimentos recém chegados e sem “ descanso” (Famoso cimento quente) .

• 11- Necessitamos de tempo de trabalhabilidade de 3,5 a 4,0 horas (Período de tempo entre o inicio da descarga do concreto e entrada do equipamento de acabamento superficial.) para que se possa fazer todo o trabalho com as ferramentas intermediarias ao acabamento propriamente dito.

• 12- Teor de ar incorporado de, no máximo, 3 % e exsudação idem.

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• 13- Motoristas orientados a não interferir no ajuste do concreto sem autorização competente.

• 14- Não utilizar equipamentos de terraplenagem(Rolo vibratório) a menos de 60 metros da faixa em concretagem e antes dos sete dias de cura inicial.

• 15- No dia da execução da faixa teste deveremos ter a presença de um representante do corpo técnico da concreteira para acompanhamento e eventuais ajustes que se fizerem necessários para o dia seguinte caso o comportamento do concreto não se mostre conforme o desejado e definido em reunião.

• 16- Na segunda concretagem, caso as eventuais solicitações de ajustes não sejam observadas e ou não surtirem os efeitos propostos, a ATT solicitara a paralisação dos serviços para que nova reunião seja feita no intuito de analisar e resolver os problemas.

• 17- No caso de a programação de fornecimento de concreto, em determinado dia em que se possa prever antecipadamente e que por qualquer motivo não puder ser feita da forma solicitada, a concreteira devera dar ciência aos interessados para que juntos possam decidir sobre o adiamento ou não do serviço.

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• 18- No caso de cura úmida, durante o processo de cura das placas concretadas feitas com água em abundancia, deve-se tomar cuidados para que a mesma não seja exposta a operações da obra que possam sujá-la.

• 19- Durante as concretagens deve-se cuidar para que não haja a incidência de raios solares e vento diretamente na faixa, evitando-se assim a ocorrência de pegas diferenciadas localizadas e prováveis delaminações.

• 20- A medição dos números Ff e Fl devem ser feitas no dia seguinte ao da concretagem para que as correções que se façam necessárias (concreto ou operação) sejam providenciadas para a próxima concretagem.

• 21- As condições de entrega e descarga do concreto devem ser analisadas na obra com

antecedência para que não haja problemas e atrasos durante as concretagens.

• OBSERVAÇÃO : Todas as recomendações acima tem por objetivo atingir um elevado nível de qualidade no resultado

final do piso para que se possa atender com superação a expectativa do cliente.

Si vis pacem , para bellum. (Parceria)

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Obrigado !