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PLANEJAMENTO AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DA REPRESA LARANJA DOCE (MARTINÓPOLIS – SP) Kátia Fernanda Pereira - [email protected] Antonio Cezar Leal - [email protected] Resumo: Este trabalho está sendo realizado no âmbito de projetos de políticas públicas e temático, desenvolvidos com apoio da FAPESP e CNPq. O objetivo principal é elaborar uma proposta de planejamento ambiental da bacia hidrográfica da Represa Laranja Doce, Martinópolis, São Paulo, que possa contribuir para sua gestão. Situada no oeste do Estado de São Paulo, na UGRHI Pontal do Paranapanema, nos municípios de Martinópolis e Rancharia, a bacia tem 210 km 2 . A represa é formada pelo Ribeirão da Laranja Doce, Ribeirão Alegrete e Córrego da Estiva, constituindo um importante balneário para o município de Martinópolis e região, com atividade predominantemente turística. Considerando a apropriação da paisagem pelo turismo e a importância deste para o crescimento de uma região, ao mesmo tempo se verificam pressões antrópicas e impactos gerados nessa represa. A metodologia de planejamento ambiental, baseada em Rodriguez (1994), Rodriguez et al. (2004) e Leal (1995) e, está organizada em quatro etapas: Inventário, Diagnóstico, Prognóstico e Propostas. Foram realizados: revisão bibliográfica, trabalhos de campo, interpretação de imagens Landsat, aplicação de questionários, entrevistas, elaboração de mapas temáticos, análise e sistematização de dados e informações e redação de relatório de pesquisa. Os resultados obtidos no Inventário foram analisados sistematicamente, com detalhamento para as unidades ambientais, em suas características específicas e inter- relacionadas, como base para o diagnóstico da bacia e geração do mapa do estado ambiental. Verificou-se a degradação das cabeceiras do Córrego Alegrete, localizado em área urbana do município, em razão do processo de ocupação irregular, agravado pela disposição inadequada de lixo, com formação de depósitos tecnogênicos, lançamento de esgoto clandestino, formação de ravinas e assoreamento de seu leito. A área da represa Laranja Doce não apresenta tratamento e afastamento do esgoto. Essa situação provoca impactos negativos na represa, na qualidade da água e na qualidade de vida dos moradores e usuários. Palavras-chave: Planejamento Ambiental, Bacia Hidrográfica, Represa Laranja Doce (Martinópolis – SP) ENVIRONMENTAL PLANNING OF LARANJA DOCE DAM RIVER BASIN (MARTINÓPOLIS – SP) Abstract: This work is being carried out in scope of projects of public policy and thematic, developed with support from FAPESP and CNPq. The main objective is preparing a draft environmental planning of the Laranja Doce Dam River Basin, Martinópolis, São Paulo, which may contribute to their management. Located in the west of São Paulo State, in UGRHI Pontal do Paranapanema, in the municipalities of Martinópolis and ranches, the basin is 210 km 2 . The dam is formed by the Laranja Doce, Estiva and Alegrete Stream, as an important resort for the city of Martinópolis and region, with predominantly tourist activity. Considering the ownership of the landscape and the importance of tourism to the growth of a region, at the same time there are anthropogenic pressures and impacts generated in this dam. The methodology of environmental planning, based on Rodriguez (1994), Rodriguez et al. (2004) and Leal (1995), is organized into four phases: Inventory, Diagnosis, Prognosis and Proposals. Were performed: a literature review, field work, interpretation of Landsat images, the application of questionnaires, interviews, preparation of thematic maps, analysis and systematization of information and writing the research report. The results were analyzed systematically in inventory, with details for the environmental units in their specific characteristics and inter-related, as the basis for the diagnosis of the basin and generation map of the environmental state. It was the degradation of the headwaters Alegrete Stream, located in an urban area of the municipality, because of the illegal occupation, aggravated by inadequate disposal of garbage, with the formation of technogenic deposits, illegal sewage release, formation of gullies, and siltation of his bed. The area of the Laranja Doce Dam has no treatment and removal of sewage. This causes negative impacts on the dam, in the water quality and in the quality of life of residents and users. Keywords: Environmental Planning, River Basin, Laranja Doce Dam (Martinópolis – SP)

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Page 1: PLANEJAMENTO AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DA … · ... como base para o diagnóstico da bacia e geração do mapa do ... futuros para a bacia da represa Laranja Doce considerando-se

PLANEJAMENTO AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DA REPRESA LARANJA DOCE (MARTINÓPOLIS – SP)

Kátia Fernanda Pereira - [email protected] Antonio Cezar Leal - [email protected] Resumo: Este trabalho está sendo realizado no âmbito de projetos de políticas públicas e temático, desenvolvidos com apoio da FAPESP e CNPq. O objetivo principal é elaborar uma proposta de planejamento ambiental da bacia hidrográfica da Represa Laranja Doce, Martinópolis, São Paulo, que possa contribuir para sua gestão. Situada no oeste do Estado de São Paulo, na UGRHI Pontal do Paranapanema, nos municípios de Martinópolis e Rancharia, a bacia tem 210 km2. A represa é formada pelo Ribeirão da Laranja Doce, Ribeirão Alegrete e Córrego da Estiva, constituindo um importante balneário para o município de Martinópolis e região, com atividade predominantemente turística. Considerando a apropriação da paisagem pelo turismo e a importância deste para o crescimento de uma região, ao mesmo tempo se verificam pressões antrópicas e impactos gerados nessa represa. A metodologia de planejamento ambiental, baseada em Rodriguez (1994), Rodriguez et al. (2004) e Leal (1995) e, está organizada em quatro etapas: Inventário, Diagnóstico, Prognóstico e Propostas. Foram realizados: revisão bibliográfica, trabalhos de campo, interpretação de imagens Landsat, aplicação de questionários, entrevistas, elaboração de mapas temáticos, análise e sistematização de dados e informações e redação de relatório de pesquisa. Os resultados obtidos no Inventário foram analisados sistematicamente, com detalhamento para as unidades ambientais, em suas características específicas e inter-relacionadas, como base para o diagnóstico da bacia e geração do mapa do estado ambiental. Verificou-se a degradação das cabeceiras do Córrego Alegrete, localizado em área urbana do município, em razão do processo de ocupação irregular, agravado pela disposição inadequada de lixo, com formação de depósitos tecnogênicos, lançamento de esgoto clandestino, formação de ravinas e assoreamento de seu leito. A área da represa Laranja Doce não apresenta tratamento e afastamento do esgoto. Essa situação provoca impactos negativos na represa, na qualidade da água e na qualidade de vida dos moradores e usuários. Palavras-chave: Planejamento Ambiental, Bacia Hidrográfica, Represa Laranja Doce (Martinópolis – SP)

ENVIRONMENTAL PLANNING OF LARANJA DOCE DAM RIVER BASIN (MARTINÓPOLIS – SP)

Abstract: This work is being carried out in scope of projects of public policy and thematic, developed with support from FAPESP and CNPq. The main objective is preparing a draft environmental planning of the Laranja Doce Dam River Basin, Martinópolis, São Paulo, which may contribute to their management. Located in the west of São Paulo State, in UGRHI Pontal do Paranapanema, in the municipalities of Martinópolis and ranches, the basin is 210 km2. The dam is formed by the Laranja Doce, Estiva and Alegrete Stream, as an important resort for the city of Martinópolis and region, with predominantly tourist activity. Considering the ownership of the landscape and the importance of tourism to the growth of a region, at the same time there are anthropogenic pressures and impacts generated in this dam. The methodology of environmental planning, based on Rodriguez (1994), Rodriguez et al. (2004) and Leal (1995), is organized into four phases: Inventory, Diagnosis, Prognosis and Proposals. Were performed: a literature review, field work, interpretation of Landsat images, the application of questionnaires, interviews, preparation of thematic maps, analysis and systematization of information and writing the research report. The results were analyzed systematically in inventory, with details for the environmental units in their specific characteristics and inter-related, as the basis for the diagnosis of the basin and generation map of the environmental state. It was the degradation of the headwaters Alegrete Stream, located in an urban area of the municipality, because of the illegal occupation, aggravated by inadequate disposal of garbage, with the formation of technogenic deposits, illegal sewage release, formation of gullies, and siltation of his bed. The area of the Laranja Doce Dam has no treatment and removal of sewage. This causes negative impacts on the dam, in the water quality and in the quality of life of residents and users. Keywords: Environmental Planning, River Basin, Laranja Doce Dam (Martinópolis – SP)

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PLANEJAMENTO AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DA REPRESA LARANJA DOCE (MARTINÓPOIS – SP)

Kátia Fernanda Pereira, Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP, campus de Presidente Prudente, São Paulo – [email protected] Antonio Cezar Leal, Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP, campus de Presidente Prudente, São Paulo – [email protected] INTRODUÇÃO

Neste trabalho apresenta-se a proposta de planejamento ambiental da bacia hidrográfica da

Represa Laranja Doce, localizada no oeste do Estado de São Paulo, desenvolvida como pesquisa de

iniciação científica articulada a projetos temático e de políticas públicas, com apoio da FAPESP e do

CNPq.

A metodologia de trabalho está baseada em Rodiguez (1994), Rodriguez et al (2004) e Leal

(1995), a qual subsidiou os levantamentos e mapeamentos de diferentes características naturais e

sociais na bacia, visando identificar as unidades ambientais, analisar seu estado ambiental, com

prioridade para a elaboração de inventário e diagnóstico das características do meio físico, uso e

ocupação do solo e impactos ambientais.

Ao adotar-se a bacia hidrográfica como área de estudo, pensou-se em sua dinamicidade em

agrupar diversos aspectos, como os da natureza, da sociedade, da economia e da política. Para Leal

(1995) “(...) os limites naturais tornam-se dinâmicos e flexíveis e a bacia passa a constituir um espaço

de vivência, de conflitos e de organização de novas relações sociais” (LEAL, 1995), destacando que as

relações homem-natureza são dependentes e complementares, sendo explícitas na bacia hidrográfica.

Primeiramente, descrever-se-á o Inventário – a investigação para subsidiar o diagnóstico da

bacia, com a definição das unidades físicas (geologia, geomorfologia, solos, vegetação e aspectos

climáticos) e de uso e ocupação do solo (malha urbana, áreas de uso rural e industrial), para o

estabelecimento das unidades ambientais. Posteriormente, será ilustrado o Diagnóstico ambiental, na

qual são analisados os dados e informações coletadas e sistematizados no inventário, somados a novos

levantamentos e mapas, que por sua vez foram inseridos na temática dos problemas ambientais da

bacia da represa Laranja Doce.

Na fase do Prognóstico, serão apresentados os cenários futuros para a bacia da represa Laranja

Doce considerando-se as tendências atuais de pressão antrópica e se forem adotada as políticas de

proteção pelo poder público. Para finalizar, apresentar-se-ão as Propostas elaboradas visando a

alteração da situação ambiental, priorizando a recuperação, a conservação e a preservação da área

estudada. As propostas serão feitas considerando-se a bacia da represa e as unidades ambientais

identificadas.

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MATERIAL E MÉTODO

Inicialmente foi realizado o levantamento e a revisão bibliográfica sobre o tema e área da

pesquisa em bibliotecas, órgãos públicos e na Internet, incluindo autores como: Almeida et AL.

(1999), Araújo et AL. (2007), Cunha e Guerra (2000), Cruz (2003), Leal (2000), Lanna (1997),

Christofoletti (1974), Mota (1995), Santos (2004) e Tundisi (2003).

A fim de coletar os dados para o Inventário Ambiental, foram realizados trabalhos de campo,

visitas a estabelecimentos públicos, como a Prefeitura Municipal de Martinópolis, CATI, Caiuá Rede

Energia, Secretaria do Ambiente, Departamento de Água e Esgoto de Martinópolis (DAEM), e foram

entrevistados o historiador José Carlos Daltozo e membros do poder público. A aplicação de

questionários com a população possibilitou sua caracterização sócio-econômica e contribuiu para a

discussão acerca do estado ambiental da bacia. As áreas de interesse foram: Jardim Alegrete e Jardim

São Martins, Vila Jackelaites e Assentamento Nova Conquista e Bartira.

Para a elaboração das cartas temáticas, a primeira etapa constitui-se na aquisição da base

topográfica digital existente, obtida na Prefeitura Municipal de Martinópolis. Estas foram digitalizadas

em formato DXF, a partir das cartas topográficas na escala 1:50.000 do IBGE – SF-22-Y-B-III-2

(Folha Martinópolis) e SF-22-Y-B-III-4 (Folha Cabeceiras do Jaguaretê).

A edição das cartas foi feita a partir do software AutoCad versão 2006. Assim, os layers foram

renomeados (a fim de melhor distinguir as camadas do mapa) e as isolinhas unidas, tendo em vista que

algumas se encontravam desconexas. Este processo facilitou a importação destas linhas para o SIG,

pois facilitou o procedimento de atribuição de valores às cotas.

Antes de importar os dados vetoriais, foi necessário criar um Banco de Dados e um projeto,

adotando a projeção UTM/Córrego Alegre (de acordo com a base), definindo o retângulo envolvente e

escolhendo coordenadas planas. Posteriormente, foram criadas as categorias para a manipulação dos

dados. Assim, a base cartográfica editada foi importada para o software SPRING versão 4.3.3 para o

preparo dos produtos cartográficos em ambiente SIG.

O primeiro passo consistiu na edição topológica dos valores das curvas de nível, tendo em vista

que o programa só gera modelos numéricos envolvendo dados altimétricos, se as linhas possuírem

valores. O procedimento foi executado para toda a base cartográfica e não somente para a área de

estudo. Foram elaborados cartas temáticas, cuja realização não seria possível, sem os trabalhos de

campo, o sensor GPS e a aplicação de questionários, que subsidiaram a averiguação da realidade a ser

transposta em um ambiente SIG.

Os dados e informações coletados em campo e em fontes oficiais (IBGE e SEADE, entre

outros) foram sistematizados e analisados para comporem o Inventário e o Diagnóstico Ambiental da

bacia, bases para a elaboração das etapas de prognóstico e propostas. Os resultados foram organizados

em textos, mapas, gráficos, tabelas e quadros, alguns dos quais apresentados neste trabalho.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Bacia Hidrográfica da Represa Laranja Doce situa-se na Unidade de Gerenciamento de

Recursos Hídricos Pontal do Paranapanema (UGRHI 22), em sua maior parte no município de

Martinópolis, com uma porção menor no município de Rancharia, possuindo área de 210 km2. É

formada pelo Ribeirão da Laranja Doce, Ribeirão Alegrete e Córrego da Estiva (Figura 1).

Figura 1: Localização da bacia hidrográfica da represa Laranja Doce- Martinópolis – SP

A represa possui área de 1,46 Km2, praia de 4 km de extensão e localiza-se a cerca de 12

quilômetros de distância da cidade de Martinópolis.

Em relação ao clima da bacia, Köppen o classifica como AW. Segundo Boin (2000), a área

sofre a atuação das massas polar atlântica, tropical continental e tropical Atlântica, chovendo em média

1200 a 1300 mm.

A história da represa iniciou-se quando a Companhia Elétrica Caiuá comprou as terras

pertencentes à Fazenda Indiana e construiu a Usina Laranja Doce (que ainda gera energia nos horários

de pico), inaugurada em 1930. Somente a partir da década de 1950 que surgiram os primeiros clubes,

tais como o Clube Municipal e o Clube Recreativo. A Cidade Balneária (loteamentos no entorno da

represa) foi construída no início da década de 70, em terras da Companhia Cima (Foto 1).

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Foto 1: Represa Laranja Doce. Fonte: DALTOZO (1999).

A carta de uso e ocupação do solo da Bacia Hidrográfica da Represa Laranja Doce (Figura 2)

ilustra como foi dada a ocupação do território da Bacia. As áreas urbanas são constituídas pelo distrito

sede (“cidade”) e o entorno da represa. Nas nascentes do Córrego do Alegre está o Bairro Alegrete,

que se caracteriza pela ocupação da população de baixa renda e por intensas pressões antrópicas sobre

a montante do córrego.No entorno da represa estão construções destinadas ao lazer ou segunda

moradia. Na margem direita a estão localizadas as casa de veraneio e na margem direita, as

construções da Cidade Balneária e todo o complexo turístico instalado para livre acesso ao público.

Na área do Córrego Alegrete e na Represa, o lixo é coletado, na freqüência de três e duas vezes

por semana, respectivamente. Na área dos assentamentos, o lixo é enterrado ou queimado, em razão da

inexistência da coleta de lixo. A coleta seletiva é realizada pela ACAMART (Associação de Catadores

de Materiais Recicláveis de Martinópolis), inaugurada em março de 2007 e composta por ex-catadores

e ex-desempregados. A população que alega não participar da coleta seletiva (14%) atesta a falta de

tempo. Parte dos entrevistados, dizem entregar os materiais recicláveis aos catadores.

Em relação à qualidade da água, foram feitas análises nos córregos Alegrete e Barreiro

(afluente do Ribeirão Laranja Doce) para a elaboração do Plano Diretor do Município (UNESP, 2005),

constatando-se que o Córrego do Barreiro apresentou valores de oxigênio dissolvido fora dos padrões

permitidos.Ao analisar-se o nitrogênio e o fósforo, os dois córregos apresentaram altos valores – sendo

os esgotos sanitários as maiores fontes de nitrogênio orgânico e presença de fósforo, encontrado nos

detergentes. Os córregos foram classificados como classe 2.

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Figura 2: Uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica da Represa Laranja Doce

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O abastecimento de água atende 100% da população de Martinópolis e o tratamento é feito pela

própria prefeitura, possuindo 6.228 pontos de consumo envolvendo residências, comércios, indústrias

e imóveis públicos.

Na área da represa, de acordo com o DAEM, não há um sistema de distribuição e tratamento de

água, existindo duas captações subterrâneas por poços profundos. O poço de captação, na área pública,

se direciona ao uso dos sanitários, sem possuir nenhum tratamento de água. Os demais locais da

represa possuem poços particulares de água, também sem tratamento preliminar de água.

A área de estudo tem o predomínio de rochas do Grupo Bauru (Figura 3), formação

Adamantina. Formada pela unidade Ka4, apresenta arenitos finos a muito finos, quartzozos com

freqüente intercalações de arigilitos e siltitos, formando bancos espessos. Localmente, arenitos com

pelotas de argila. Há presença moderada de cimentação carbonática.

Na porção nordeste, leste e sul, encontram-se os solos latossolos vermelho-escuros (Figura 4),

principalmente nas cabeceiras do Córrego do Potrinho, do Barreiro, do Burrinho, dos Ramos, do

Faxinal e Ribeirão Laranja Doce. Este tipo de solo representa aproximadamente 60% da área. Já na

porção norte e leste, são encontrados os solos podzólicos, envolvendo toda a área do Córrego Alegrete

e os médios cursos do Córrego da Estiva, o Ribeirão Laranja Doce e seus tributários.

A geomorfologia da área de estudo (Figura 5) está embasada em formações

predominantemente areníticas. O relevo é composto por colinas amplas, em aproximadamente 80% da

área, com topos extensos e aplainados, interflúvios com área superior a 4 Km² (SP-SMA,1999) e

vertentes com perfis retilíneos a convexos. A segunda feição, localizada na porção sul da bacia

hidrográfica da Laranja Doce, é a denominada colina média, com topos aplainados, vertentes com

perfis convexos a retilíneos e interflúvios menores que as colinas amplas.

As altimetrias do município variam de 440 metros a 600 metros (Figura 6). Na porção sudeste

do município predominam as altitudes maiores, entre 500 metros e 600 metros. Próximo à cabeceira do

Ribeirão Alegrete encontram-se também áreas mais elevadas.

A carta de declividade (Figura 7) evidencia que a bacia caracteriza-se em sua maior parte por

áreas de até 5%, apresentando relevo plano, de 5% a 12% nas áreas próximas ao canal fluvial, de 12%

a 30% na vertente do córrego da Estiva, Ribeirão Laranja Doce e próximo à confluência do Ribeirão

Laranja deste com o córrego do Potrinho, determinadas localidades do Ribeirão Alegrete e próximo às

curvas de nível de 600 m e de 30 a 47% próximo à confluência do Ribeirão Laranja Doce e Córrego do

Faxinal. Em sua elaboração foram adotada a proposta de De Biasi (1992).

A carta de vegetação (Figura 8) delimita as áreas de APP, compostas de 30 metros em todo o

seu curso e 50 metros, nas áreas de nascentes, de acordo como o Código Florestal. De acordo com o

Plano Diretor do Município de Martinópolis, são propostos 500 metros de APP na área da Represa

Laranja Doce, sendo neste mapa, determinadas conforme esta lei.

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Figura 3. Esboço Geológico da Bacia Hidrográfica da Represa Laranja

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Figura 4. Esboço Pedológico da Bacia Hidrográfica da Represa Laranja

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Figura 5. Esboço Geomorfológico da Bacia Hidrográfica da Represa Laranja

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Figura 6. Carta Hipsométrica da Bacia Hidrográfica da Represa Laranja

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Figura 7. Carta Clinográfica da Bacia Hidrográfica da Represa Laranja Doce

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Figura 8. Carta de Vegetação da Bacia Hidrográfica da Represa Laranja Doce

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Em virtude da dificuldade em se obter informações em nível de detalhe sobre a vegetação na bacia,

na carta de vegetação foi generalizada a cobertura vegetal, nomeada como “vegetação remanescente” na

legenda. Não obstante, essa vegetação é composta por cerrados, cerradões, matas e capoeiras, entre outros,

na área da Bacia Hidrográfica da Represa Laranja Doce.

A carta de Unidades Ambientais (Figura 9), de acordo com Leal (1995), consiste no resultado do

“processo de investigação detalhada que tem o propósito de obter amplo conhecimento sobre a área, para

o estabelecimento do diagnóstico ambiental e das propostas de melhoria do Estado Ambiental”. Assim,

foram organizadas em nove unidades: Área Urbana Administrativa, Alegrete, Área Urbana Especial,

Represa, Assentamentos, Colinas com áreas preparadas para cultivo, Colinas com pastagem, Morros com

altitudes entre 500 metros e 560 metros e Vegetação Remanescente.

De acordo com a Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986 (Art. 6º), o diagnóstico

ambiental é a “completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem,

de modo a caracterizar a situação ambiental da área”.

Em evidência na carta de Impactos Ambientais (Figura 10) verificam-se duas áreas bem afetadas: a

área urbana, onde se encontra a nascente do córrego Alegrete, e a área da Represa. É bastante perceptível,

ainda, a quantidade de impactos provocados pela ação antrópica na área dos assentamentos,

caracterizando-se principalmente por áreas em que houve a supressão de mata ciliar e por assoreamento

dos cursos d’água.

Foi diagnosticada, em trecho próximo a nascente do Córrego Alegrete, uma área com muitos

problemas ambientais: erosão por drenagem urbana, disposição inadequada de lixo urbano e de entulho,

desmatamentos, processos erosivos, assoreamento, deslizamentos e desmoronamento de encosta, práticas

agrícolas inadequadas, falta de infra-estrutura, ocupações em áreas de preservação permanente e ligações

clandestinas de esgoto. Frente a esta situação no córrego Alegrete, o poder público e a Prefeitura

apontaram a solução de canalizar o córrego. As obras vêm sendo realizadas há aproximadamente um (1)

ano e têm a previsão de finalização neste ano de 2009.

Na Bacia do Córrego Alegrete, nota-se assoreamento intenso em córregos, ao longo de

propriedades rurais. De acordo com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada (CATI), somando-

se ao assoreamento nos canais fluviais ao longo das propriedades existentes na área, já se contabilizou a

perda de aproximadamente 3000 mudas.

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Figura 9 – Unidades Ambientais da Bacia Hidrográfica da Represa Laranja Doce

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Figura 10 – Impactos Ambientais na Bacia Hidrográfica da Represa Laranja Doce

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Na área da represa Laranja Doce, vem ocorrendo: o assoreamento da represa causado pelos

processos erosivos do córrego Alegrete e carreamento do solo da Cidade Balneária e dos

assentamentos. Somando-se a isto, constatou-se o desperdício de água na margem da represa,

proveniente de cano furados, comprometendo o uso racional da água, bocas de lobo sem proteção, a

existência de calçadas quebradas, ocasionando más condições de caminhada e riscos à população

Em geral, o inventário e o diagnóstico apontaram vários problemas ambientais na bacia da

Represa Laranja Doce, decorrentes das ações antrópicas que desconsideram as potencialidades e

fragilidades naturais da área, resultando em queimadas, desmatamentos, poluição da água por resíduos

sólidos e líquidos.

Nesse contexto, passou-se para a fase de Prognóstico, a qual, segundo Leal (1995), “trata-se

de um exercício que nos permite pré-visualizar o futuro, em vários cenários, considerando a ocorrência

ou não de determinados fatores.” Foram elaborados dois cenários:

Cenário 1. De degradação ambiental, se mantida a situação atual

Alteração da qualidade da água da represa Laranja Doce em função dos despejos clandestinos

de esgotos e da disposição inadequada de entulhos no córrego Alegrete;

Agravamento do assoreamento na Represa Laranja Doce, devido aos processos erosivos do

córrego Alegrete e carreamento do solo da Cidade Balneária e dos assentamentos;

Comprometimento do lazer dos banhistas na represa Laranja Doce, em razão do assoreamento

e da má qualidade da água;

Supressão da mata nativa existente no entorno da Represa Laranja Doce;

Maior quantidade de queimadas na bacia;

Assoreamento da represa, causado pela impermeabilização do solo na área envoltória, que

aumenta o escoamento das águas pluviais e pela deficiência do sistema de drenagem e ausência

de pavimentação na Cidade Balneária;

O pastoreio e a agricultura existentes ao longo do acesso que liga a cidade à represa podem

aumentar os processos erosivos, através da retirada da vegetação e manejo inadequado das

áreas. Pode ainda gerar o empobrecimento do solo.

Poluição do solo e da água na área dos assentamentos próximos ao Ribeirão Laranja Doce,

devido à má utilização de defensivos agrícolas;

Redução de áreas verdes e do espelho d’água, em virtude da canalização do Córrego Alegrete;

Aumento das enchentes no período de cheias, devido à canalização do Córrego Alegrete;

Entupimento das bocas de lobo, pelo lançamento irregular de lixo nas ruas;

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Aumento dos problemas com disposição final de resíduos sólidos, pois é grande a existência de

terrenos baldios;

Crescimento do número de desempregados, pois de acordo com o questionário aplicado, a

população possui baixo nível escolar, tendendo à diminuição, também, da qualidade de vida;

Desaceleração do turismo à represa Laranja Doce, caso não melhore os serviços de recepção

aos visitantes e a qualidade ambiental na área.

Cenário 2. De Preservação e Conservação Ambiental: tendo em vista a implementação de medidas de

proteção pelo Poder Público

Programa de Microbacias Hidrográficas – Córrego Alegrete: recuperação das áreas

degradadas e preservação permanente, bem como a melhoria na qualidade e a quantidade das

águas, com a participação e envolvimento produtores amparados pelo projeto e da sociedade.

Companhia de Desenvolvimento Agrícola do Estado de São Paulo – CODASP: reversão do

quadro erosivo da estrada MTO-030 e readequação das estradas, criação de bacias de

contenção, dentre outros benefícios.

Programa Água Limpa: construção de estações de tratamento de esgotos (ETE) para melhorar

a qualidade da água (área da represa Laranja Doce).

Programas de Conscientização Ambiental: sensibilização ambiental dos moradores,

professores e estudantes, bem como dos turistas para mobilização social em defesa da proteção

ambiental desta bacia.

Na sequência, passou-se para a fase de Propostas, sugerindo-se que a situação ambiental na

bacia poderá melhorar significativamente se forem implementadas as seguintes propostas:

Recomposição da mata ciliar na margem do Ribeirão Laranja Doce, Córrego do Potrinho,

Córrego do Burrinho e Córrego do Barreiro, já que ainda não existe nenhuma ação proposta

pela Secretaria do Meio Ambiente;

Pavimentação das ruas de terra, preferencialmente com paralelepípedos ou algum tipo de

pavimento que permita maior infiltração do que o asfalto convencional;

Instalação de postes para iluminação pública na área dos assentamentos;

Criação de campanhas de conscientização ambiental com os moradores;

Limpeza de terrenos baldios;

Regularização das bocas de lobo, com a existência de grades de proteção;

Implantação de áreas de lazer, para melhoria da qualidade de vida da população e revitalização

de áreas desmatadas;

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Melhoria do sistema de transportes que liga a cidade à Represa Laranja Doce, possibilitando

assim, maior acesso da população à área do Balneário;

Plantio de árvores nas calçadas;

Conservação dos solos, com terraceamento e bacias de contenção da água nas áreas rurais;

Fiscalização e controle de queimadas, principalmente em cabeceiras de drenagem;

Tratamento de resíduos urbanos (líquidos e sólidos);

Emprego de práticas de manejo agropastoril e agrícola adequados;

Tratamento diferenciado aos imóveis ocupados por população de baixa renda (como a Vila

Alegrete e a Vila Jackelaits), em prol da justiça social e da proteção do patrimônio ambiental e

cultural;

Implantação de galerias pluviais próximas à canalização do Córrego Alegrete, a fim de facilitar

o escoamento;

Promoção de cursos de alfabetização e cursos de formação profissional para a população não

habilitada;

Aumento do número de escolas e creches.

CONCLUSÕES

Tendo em vista a análise integrada da paisagem, considera-se que todos os problemas

ocorridos em determinada área interferem na bacia hidrográfica como um todo, causando impactos

ambientais, redução da qualidade ambiental e na qualidade de vida da população.

O inventário realizado permitiu subsidiar o diagnóstico da bacia hidrográfica da Represa

Laranja Doce, a qual se encontra em um processo de degradação nas cabeceiras do Córrego Alegrete e

na área dos assentamentos rurais e no entorno da represa, respectivamente por problemas no

parcelamento e ocupação do solo urbana, falta de conservação do solo nas áreas rurais e por pressões

antrópicas manifestadas pelo turismo.

Foram estabelecidas propostas para a reversão do quadro ambiental, após ser identificado seu

estado ambiental. Algumas medidas já estão sendo implementadas na área, como o controle da erosão

em estrada rural e a otimização dos serviços de esgoto na represa.

Contudo, ressalta-se que a participação popular é essencial ao se pensar em transformações

sociais e ambientais. Assim, será fundamental o desenvolvimento de processo educativo e de

mobilização social que garanta a integração deste segmento.

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