pisos - engegraut · 1. retraçıes informe que todo concreto quando en-tra em processo de secagem...

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 1 Como acontece o ataque químico no concreto em estruturas marítimas submersas. Dicas de como fazer uma boa pintura. Os melhores revestimentos para proteger o concreto. E mais: THOMASTEC 35 Pisos de Concreto Programe seu cliente para o piso que vocŒ irÆ fazer. Ano 7 Maio / Junho 2000 BSI Building Stone Institute BSI Building Stone Institute Post-Tensioning Institute Post-Tensioning Institute pti pti Preço da assinatura para Portugal. Anual : US$ 50,00 / bienal : US$ 90,00 — Mercosul: anual : US$ 50,00 / bienal : US$ 90,00.

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 1Como

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⇒⇒⇒⇒⇒Dicas de como fazer umaboa pintura.

⇒⇒⇒⇒⇒Os melhoresrevestimentos paraproteger o concreto.

E mais:

THOMASTEC

35

Pisosde

ConcretoPrograme seu cliente

para o piso que você irá fazer.

Ano 7 Maio / Junho 2000

BSIBuilding Stone

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RECUPERAR • Maio/Junho 20002

Corrosão no concreto armado e protendido é um processo eletroquímicosomente solucionável com técnica eletroquímica. A aplicação de massas eadesivos na superfície do concreto e/ou do aço nada mais é do que botarbandeide em ferida infectada. Corrosão é infecção. Infecção a gente tratacom proteção catódica. A MAZ tem o melhor custo benefício em matériade proteção catódica.

Fax

con

sulta

409

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TECNOLOGIA

Fitas e Especialidades Industriais

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 3

C A P A

P A T O L O G I A D A C O N S T R U Ç Ã O

S E Ç Õ E S

editorialAparentemente, sãofáceis de fazer. Umavez executados dão umproblema aqui, umprobleminha ali. Coma tecnologia existentehoje, então, tudo ficamais fácil. Estamosfalando de pisos deconcreto, na áreaindustrial e comercial.São muitas asinformações e casos quenos chegam, através defax ou e-mail, deproblemas acontecidosem pisos de concretocom uma diversidade desituações envolvendoempreiteira e cliente.Nota-se, de imediato, ograu de exigência dosdonos destas áreas.Destes, um caso ououtro foi parar nasmãos de advogados.Qual a solução? Danossa parte cabe-nosajudar no sentido detentar encontrar,tecnicamente, a causa ea melhor solução, nemsempre barata, para osproblemas que ocorrem,seja no projeto ou emsua execução,pertinentes ao domíniodo comportamento doconcreto frente a este ouaquele procedimento. Asituação não morre aí.Com o crescenteemprego deacabamentos epóxicosem pisos de concretoindustriais ecomerciais, o quadro depatologias assume umaenorme expressividade,enquadrando,basicamente, doiscontextos bem isolados

O comportamento do piso de concreto, após a sua execução, poderá ser motivo dedesentendimento com o cliente. Programe-o e tudo ficará mais fácil.

Nº 35 - Ano 7 - Maio / Junho 2000

• V o c ê s a b e i d e n t i f i c a r o s p r o t e t o r e s p e n e t r a n t e s ?• A n a l i s a n d o e s t r u t u r a s c o m e c o - i m p a c t o .• U m a f i b r a s i n t é t i c a q u e e s t á d a n d o o q u e f a l a r .

04

20

04 Pisos de concreto.O que o cliente deverá saber antes da execução do pisoindustrial ou comercial.

10 Indústrias químicas. Os melhoresrevestimentos para proteger o concreto.Conheça as características dos revestimentos que fazem aproteção por barreira no concreto, impedindo suacorrosão e destruição.

20 Dicas de como fazer uma boa pintura.Entenda a importância da espessura do filme a seraplicado e a cobertura desejada.

28 O ataque químico em estruturas marítimassubmersas.O porquê da vulnerabilidade do concreto armado emambiente tão hostil.

10

03 Carta do Editor17 Meu Problema17 Agenda

17 Vocabulário da Recuperar18 Vitrine

PISOSINDUSTRIAIS

PINTURA

ANÁLISE

ANÁLISE

28

P R Ó X I M A E D I Ç Ã O

de sintomas. Oprimeiro, em maiorquantidade, envolveaqueles pisos que, namaioria das vezes, noprazo de um ano, tema película epóxicadescolada ou facilmentearrancada. Nestasituação, depara-se compelículas resistentes,porém sem qualquerligação com o substrato.O segundo contexto desintomas, basicamentecondicionado a prazosque não passam de uma dois anos, refere-se apelículas simplesmentepulverizadas com otráfego imposto.O recurso aos pisosepóxicos (e aqui seenquadram também osvinílicos) não é umfenômeno isolado.Enquadra-se em umcontexto mundial quese caracterizaessencialmente pelapreocupação em relaçãoà umidade que advémdo piso, processandosua força, sejadescolando películasfortes e resistentes ousimplesmentedesestruturando filmesde baixa qualidade.Nossa colaboração àquestão é apresentadaem uma matéria decapa, com diversosenfoques: dapreparação do piso aoscuidados que antecedema aplicação do pisosintético e que, comcerteza, ajudarão oempreiteiro.Boa leitura.

RECUPERAR • Maio/Junho 2000 3

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RECUPERAR • Maio/Junho 20004

Pisos Industriais

É com muita freqüência que assistimos de-sentendimentos e causas na justiça, envol-vendo empresas que executam pisos industri-ais ou comerciais de concreto e seus clientes.Devido a este indesejável lugar comum, su-gerimos que as empresas deveriam informaraos seus clientes, detalhes importantes acer-ca do piso a ser executado, inclusive sobresua manutenção futura. Todas estas informa-ções, acreditamos, poderão reduzir em muitoos desentendimentos existentes, assim comoa presença de advogados na questão. Lista-mos, a seguir, uma série de informações quepoderão ser condensadas em um pequeno ma-nual ou disquete que deverá ser entregue aocliente, de preferência antes da obra.

1ª ParteDESCRIÇÃO DO PISO

1. O subleito e a sub-base

Descreva o material do subleito, seu teorde umidade quando compactado e o graude compactação. Se a sub-base estiverinclusa, descreva o material usado e seugrau de compactação. Inclua também omódulo do subleito ou da sub-base, ba-seado nos valores do teste do prato (pro-va de carga direta) ou do ensaio Califór-nia, ou mesmo em estimativas baseadasapenas na descrição ou classificação. Éimportante também, finalmente, se for o

caso, incluir uma estimativa do recalquediferencial e total. Praticamente, toda in-formação deste item poderá ser encon-trada no relatório de sondagem ou com aprópria empresa de sondagem/fundação.

2. Barreira ao vapor

Se for usar barreira contra o vapor, in-forme se é do tipo lona de polietileno,papel à base de fibras ou outra membra-na, mencionando sua espessura, se foiinstalada em contato com o concreto ouseparada por um colchão de material gra-nular. Caso seja usada a última opção,informe a espessura e a composição dacamada de material granular.

Carlos Carvalho Rocha

RECUPERAR • Maio/Junho 20004

Pisos de Concreto.Manual do cliente.

O que o cliente deverá saber,antes da execução do pisoindustrial ou comercial.

Características próprias do comportamento do pisopoderão dar motivo a desentendimentos.

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 5

3. Espessura da laje

Informe a espessura nominal do piso eas possíveis variações que possam ocor-rer. Por exemplo, se a espessura nominalé 12cm, significa que a espessura médiaé 12cm com desvio padrão de ..........cm.Preencha os pontinhos com o desvio pa-drão alcançado pela empresa em servi-ços similares.

4. Concreto

Apresente o traço, o tipo de cimento,aditivos e os agregados. Informe o ta-manho máximo nominal do agregadograúdo, a temperatura ambiente, quan-do da concretagem, e o slump. É muitoimportante relatar a data de concretageme as condições do tempo.

5. Resistência do concreto

Informe a resistência média à compres-são do concreto e as variações que ocor-reram nos corpos de prova para as datasde rompimento, detalhando se os corposde prova foram curados na obra ou nolaboratório de controle tecnológico.

6. Armaduras

Detalhe o posicionamento das armadu-ras, dando a quantidade e os diâmetrosutilizados.

7. Juntas

Informe, através de projeto, a posiçãodas juntas de dilatação e as juntas de

controle (serradas). Para esta última de-verá ser detalhado o período de esperaapós o acabamento, antes dos serviçosde corte da junta. É importante relatar aprofundidade do corte.

8. Método e duração da cura

Apresente o intervalo de tempo, em ho-ras, que ocorreu entre o final dos servi-ços de acabamento e o efetivo início dacura. Caso tenha utilizado alguma pelí-cula de cura, informe a marca do produ-

to e a taxa de utilização do produto emm2/litro. Se foi utilizado outro método decura, detalhe-o, inclusive a sua duração.

9. Os elastômeros (selantes)das juntas

Indique que elastômero foi usado nopreenchimento, informando a largura/profundidade da junta. O calafetamentodas juntas deverá ser feito, obrigatoria-mente, após um grande período de curado piso.

Melhor que metacrilatoNada de injeção e perda de tempo.

Preencher e monolitizar trincas e fissuras noconcreto estrutural ficou mais fácil com o revolucio-

nário sistema epóxico de baixa viscosidade PP50. Isento desolventes, com 100% de sólidos, possui viscosidade pratica-mente igual a da água. Basta verter e pronto. Sua estruturaestá novamente monolitizada. PP50 só tem dois componentes eé um potente monolitizador, superior ao metacrilato pelo preçoe pela facilidade de aplicação. Ideal para aplicação em estruturas com trincas efissuras como lajes, pisos industriais, lajes de vertedouros, etc.

PP50 na sua estrutura!

PP50é só verter.

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○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Figura 1 - Pisos espessos retraem muito lentamente. Isto em relação aos pisos mais finos. Um piso deconcreto de 20cm pode, ao final de um ano, ainda não ter alcançado 50% de sua retração máxima.

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a re

traçã

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áxim

a

Tempo (meses)

0

20

40

60

80

6 12 18 24

100

piso com 5cm

10cm

15cm

20cm

25cm

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RECUPERAR • Maio/Junho 20006

nhecimento. Dever-se-á apresentar uma notado tipo “Pisos de concreto são executadossegundo técnicas padronizadas internacio-nalmente. No entanto, não está livre da sur-gência de trincas e fissuras aleatórias, depequenas variações em seu nivelamento ede regiões que poderão apresentar baixa re-sistência superficial”.

1. Retrações

Informe que todo concreto quando en-tra em processo de secagem retrai e, ge-nericamente, quanto mais espesso o pisomais lentos os efeitos da retração. É in-teressante apresentar uma cópia da fi-gura 1.

2. Levantamento (empenamento)

A região superior dos pisos de concre-to retrai mais que sua região inferior.Conseqüentemente, nas extremidades ounos cantos das juntas ocorrerão levan-tamentos. Explique que estes pequenosempenamentos são fenômenos naturaisem pisos de concreto. Apresente a figu-ra 2.

3. Recalques diferenciais

Explique que pisos de concreto podemapresentar pequenos recalques, devi-do a acomodações no terreno, com re-flexos no subleito ou propriamente nasub-base. O recalque diferencial pode-rá causar alguns fissuramentos ou trin-cas, além de outras imperfeições (asso-

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Figura 2 - Quando um piso de concreto seca maisrapidamente em sua superfície do que em seu fun-do, o processo de retração provoca o levantamen-to em suas extremidades, sendo que este sintoma émais visível no cruzamento de juntas.

Contaminação no concreto armado eprotendido é fatal. O que se pode fa-zer para sabermos se o concreto estáou não contaminado? CHLOR-TEST éa única maneira de verificarmos se háou não contaminação por íons clore-tos, esses �bichinhos� que ativam amassa do concreto, tornando-a um�inferno� para o aço. CHLOR-TEST éum teste high-tec que, em apenas 3minutos, o informa da existência da-queles bichinhos e sua quantidade.CHLOR-TEST é vendido em 3 versões:CHLOR-TEST �S� - para averiguar o

estado de contaminação de su-perfícies de concreto e metáli-cas.

CHLOR-TEST �W� - para checar a pre-sença de concentrações perni-ciosas de cloretos na água deamassamento.

CHLOR-TEST �A� - para verificar sesua areia de jateamento está ounão contaminada com cloretos.

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nº 4

02

CAUSA DA MORTE:

Contaminação por Cloretos

OUTROS FATORES:Tratamento Inadequado

PROFISSÃO:Gerente de Obras

Contaminado já basta o aí de cima

Use CHLOR-TESTCHLOR-TEST

ELE ESTAVA TODOCONTAMINADO...

ELE ESTAVA TODOCONTAMINADO...

10. Outras informações

Descreva qualquer outro tratamentoque o piso tenha recebido (inclusivese foi dado o tratamento com nível zero)e o equipamento utilizado para aferi-lo.Informe se foram utilizados produtospara o endurecimento químico do piso,especificando onde foram utilizados, ataxa de aplicação e a marca do produto. Éinteressante relatar as cargas (de proje-to) que serão aplicadas sobre o piso, demodo a que, no futuro, caso o piso fiquesujeito a outras cargas que não a especi-ficada e, naturalmente, haja problemas nopiso, você fique resguardado.

Parte 2COMPORTAMENTO DO PISO

DE CONCRETO

Esta seção apresenta algumas das caracte-rísticas principais do piso de concreto que,necessariamente, o cliente deverá ter co-

RECUPERAR • Maio/Junho 20006

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 7

A invenção da fibrade aço foi

sensacional háalguns anos atrás...

POLISTEEL é uma revolucionáriafibra híbrida polimérica de altaperformance que oferece todasas qualidades da fibra de aço (eda tela eletrosoldada), para pisosindustriais, revestimentos detúneis, construção de taludes,etc.Não corrói e não é magnética.Mais, todos aqueles problemasque você tem com a fibrametálica, na execução de suaobra, vão deixar de existir com aPOLISTEEL. Solicite amostra ecomprove o revolucionário designde...

POLISTEELa rainha das fibras.

Fax

con

sulta

412

...hoje a novidade éPOLISTEEL.

PARECE AÇO MASNÃO É.

Figura 4 - Excluindo-se os casos de pisos de concreto com fator água/cimento (A/C) extremamente baixos,poder-se-á necessitar cerca de 3 meses até que o piso atenda à exigência da taxa de emissão de vapord’água de 1,5kg/90m 2/24 horas. Muitos projetistas, nos EUA, utilizam o intervalo de 1,5kg a 3kg comolimite.

Taxa

de

seca

gem

(kg

/90m

2 /24h

)

Tempo (dias)

36,00

32,00

27,00

23,00

18,00

13,00

9,00

4,00

0

A/C = 0,40A/C = 0,50A/C = 0,60A/C = 0,70A/C = 0,80A/C = 0,90A/C = 1,00

3 7 14 28 60 90 180 365

ciadas a diferenças na altura do pisojunto às fissuras ou nas juntas).

4. Trincas e fissuras

Informe que tanto a retração quanto oslevantamentos (item 2) que possam ocor-rer induzem à formação de tensões detração no piso. O comportamento doconcreto à tração é muito fraco. Logo,quando aquelas tensões excedem a re-sistência de tração do concreto ocorremtrincas ou mesmo fraturas. Dever-se-áapresentar uma cópia da figura 3. Paraminimizar a surgência de trincas e fissu-ras incorporam-se juntas ao piso, demodo a criarem-se planos de fraquezaque absorvem estes sintomas, casoocorram. Mesmo assim, dever-se-á es-perar por algumas fissuras ou trincas,mesmo utilizando-se dispositivos paracontrolá-las. Estes dispositivos são aspróprias armaduras e fibras sintéticas,que minimizam a surgência de trincas e,no caso de aparecerem, limitam em mui-to sua abertura, assim como seu deslo-camento vertical.

Parte 3A PREPARAÇÃO PARA

O ACABAMENTO

1. A remoção da película decura

Caso tenha utilizado película de cura, re-mova-a de forma apropriada, de acordocom as instruções do fabricante.

2. O tempo de secagem

É muito importante informar ao clienteque o futuro revestimento é absoluta-mente sensível à presença de umidade.A norma ASTM F1869-98, “Método pa-drão para cálculo da taxa de emissão deumidade por vapor d’água para pisosde concreto, usando o cloreto de cálcioanidro”, especifica a taxa de transmis-são da umidade pelo vapor d’água, emquilos d’água, transmitidos através do

Figura 3 - Uma vez ocorrendo o levantamento dopiso nas juntas, aparecerão também tensões detração em sua superfície, na medida que veículosou cargas passam nesta região. Quando estas ten-sões ultrapassam a resistência de tração do con-creto ocorrem trincas ou mesmo fraturas próximasàs juntas.

zona de tensões{

trinca ou fratura no piso

RECUPERAR • Maio/Junho 2000 7

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RECUPERAR • Maio/Junho 20008

piso em uma área de 90m2, durante umperíodo de 24 horas. Este teste é feitocom o dispositivo chamado TVA-OK.A umidade do piso, na forma de vaporque vem do solo e/ou do próprio con-creto, antes de se aplicar qualquer pin-tura ou revestimento, não poderá exce-der a taxa de 1,5kg por 90m2 de área por24 horas. Para maiores informaçõesconsulte RECUPERAR nº 30. Generica-mente falando, pisos de concreto se-cam lentamente. Logo, a obtenção dotempo de secagem necessário e da taxapoderá levar semanas até meses. De-ver-se-á relatar os testes com o TVA-OK, incluindo-se as datas das leiturase a evolução das taxas. Apresente umacópia da figura 4.

3. O pH de superfície e o reves-timento a ser aplicado

Para o revestimento ser aplicado, sejaepóxico, vinílico ou outros, costuma-seexigir um pH para a superfície do con-creto, isto é, um valor que não seja su-perior a 8, sob risco de comprometer orevestimento. O pH do concreto variade 11 a 12. A medida que o dióxido decarbono (CO

2) do ar atmosférico reage

com a superfície, diminui o pH. O testedo pH é feito com o lápis medidor de pH.Exija sempre revestimentos com 100%de sólidos.

Parte 4MANUTENÇÃO

1. As juntas

Evidencie que, como o concreto retrai,as juntas efetivamente abrem (a umataxa decrescente), podendo ocorrer o

O problema resume-se em manchas, bolhas e desplacamentos. Enfim, o piso epóxicoque você aplicou logo, logo estará comprometido. Por que? A questão resume-se em umteste obrigatório que deveria ter sido feito antes da aplicação da pintura: o teste datransmissão do vapor d�água (TVA), conforme recomenda a norma ASTM F1869-98.Sem o TVA-OK, todo seu investimento poderá estar sofrendo com as tensões originadaspela saída do vapor d�água do piso de concreto. Só o TVA-OK identifica o maior causadorde problemas em pisos epóxicos.Não arrisque mais. Faça hoje mesmo o TVA-OK.

TVA-OK Fax

con

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358

O problema em pisos epóxicos começa localizado.Logo, logo torna-se disseminado.

A solução é o

TVA-OK

descolamento do elastômero (selante)aplicado, seja em uma ou em ambas asfaces da junta. Como regra geral, se oelastômero descolar de uma das facesda junta mais do que a espessura deum cartão de crédito, torna-se neces-sário preencher este vazio com o mes-mo elastômero. Caso ocorra o desco-lamento em ambas as faces da junta,

dever-se-á remover o elastômero, pre-enchendo novamente a junta.

2. A limpeza do piso

Dever-se-á instruir o cliente para não uti-lizar produtos ácidos ou fortemente al-calinos na limpeza do piso, pois atacama pasta de cimento, desestruturando o

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O kit do TVA-OK para indicar a taxa de vapor d’águainclui um prato que contém o cloreto de cálcio,uma cobertura plástica e um rolo de fita paravedação de cobertura plástica.

RECUPERAR • Maio/Junho 20008

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 9

Para ter mais informaçõessobre Pisos de Concreto.

Click aqui:http://www.recuperar.com.br

Fax consulta nº 419

REFERÊNCIAS

• Carlos Carvalho Rocha é engenheiro civil,especialista em serviços de recuperação.

• Boyd Ringo and Robert Anderson, DesigningFloor Slabs on Grade, 2nd ed.

• Armand H. Gustaferro, “Are ThicknessTolerances for Concrete Floors on GradeRealistic?”

• Willian F. Perenchio, “The Drying ShrinkageDilemma”.

• Bruce A. Suprenant and Ward R. Malisch, “AreYour Slabs Dry Enough for Floor Coverings?”

• Steve Metzger, “A Closer Look at IndustrialFloor Joints”.

MOVIMENTODA UMIDADE

CAPILAR

ESTRUTURA EXAGERADADOS POROS DENTRO DAMATRIZ DO CONCRETO(PASTA).

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DET. A

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PISO DE CONCRETO

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SOLO COMPACTADO

PISO DE CONCRETO

DET. A

RECUPERAR • Maio/Junho 2000 9

concreto. Se o piso de concreto ficarsujeito a tráfego de caminhões ou ou-tros veículos, não poderá haver sujeiragrossa ou fragmentos sobre a superfí-cie, já que provocam danos no piso.

Parte 5RECUPERAÇÃO

A inspeção de rotina

Pisos sujeitos a desgaste severo deverãoser inspecionados com freqüência. Dever-

se-á alertar o cliente para que fiscalize seupiso contra a surgência de pequenas defle-xões nas juntas (empenamentos ou outrasimperfeições), trincas, descolamentos doelastômero aplicado nas juntas, riscos, ero-são excessiva e desplacamentos. Instrua oproprietário que, detectando estes proble-mas em sua fase inicial, poder-se-á repará-los de forma econômica e rápida. De outromodo haverá um encadeamento de proble-mas e prejuízos

Duas situações típicas em um piso de concreto

1 2

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○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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RECUPERAR • Maio/Junho 200010

Vigas de umaestrutura offshore em

estado de corrosão. A proteção por barreira é fundamental. Mas

nos serviços de recuperaçãoestrutural exigir-se-á, adicionalmen-

te, pastilhas de zinco parainterromper a corrosão.

RECUPERAR • Maio/Junho 200010

Michelle Batista

Efetivamente, é mais difícil proteger o con-creto da ação de agentes químicos do quepropriamente o aço. Isto pelo fato do con-creto ser um material feito no local e, por-tanto, sujeito a uma enorme quantidade devariáveis que o tornam suscetível de umasérie de patologias. Sua superfície, apre-sentando baixa resistência de tração, ofe-rece baixa adesão às tintas e revestimen-tos e, adicionalmente, devido à grande po-rosidade, rugosidade e alcalinidade exis-tentes, promove descontinuidades no fil-me, além de incompatibilidades com o ma-terial aplicado. Sem uma proteção por bar-reira, a superfície do concreto é facilmentecontaminada. Com isso, passa a oferecerum ambiente químico pernicioso às arma-duras imersas em sua massa.De um modo geral, desconsiderando osproblemas inerentes à aplicação das tintase revestimentos, poder-se-á exigir três ca-racterísticas básicas fundamentais para aproteção, por barreira, a ser aplicada sobreo concreto, de modo a agüentar o trancodo ambiente químico agressivo existentenas indústrias de processamento químico.

Indústrias químicas.Os melhores revestimentos paraproteger o concreto.Conheça as características dos revestimentos que fazem a proteção por barreira noconcreto, impedindo sua corrosão e destruição.

O restante deste artigo discute o significa-do destes três itens, suas características,

• Ser física e quimicamente resistente aoambiente para o qual foi escalado.

• Para ser durável, precisará oferecer umabarreira absolutamente livre de furos eimperfeições, formando uma películacom espessura adequada e constantena superfície do concreto.

• Precisará estar firme e permanentemen-te aderida à superfície do concreto.

Análise

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 11

Fax

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271

Corrosão bacteriológica?O epóxi 28 é a melhor resposta à ação bacteriológica em

estações de tratamento de esgoto. O concreto não resiste à ação do esgoto.O EPÓXI 28 sim.

além de promover os procedimentos de con-

trole de qualidade específicos que assegu-

rem a melhor performance para o revesti-

mento aplicado.

A seleção do revestimentoespecífico ao ambiente químico

A película do revestimento que forma a bar-reira de proteção do concreto à ação das

substâncias químicas, seja por imersão to-tal ou atmosférica, com direito a respingosou contato direto, deverá oferecer total re-sistência, considerando-se as diversas tem-peraturas do ambiente circundante. A im-

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Neste tanque de uma estação de tratamento de esgoto, há uma perfeita barreira contra a ação química, por dentro e por fora.

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permeabilidade deverá ser total, de modo aimpedir o ataque das substâncias químicasem sua retaguarda, isto é, na interface dorevestimento com o concreto, interferindoem sua adesão. Abrasão e impacto serãooutras características exigíveis para se man-ter firme por longo tempo. Para se selecio-nar um revestimento ou pintura que faça umaverdadeira proteção por barreira em ambi-ente tão agressivo, jamais se poderá consi-derar o aspecto preço como parâmetro prin-cipal. Deve-se sim observar as seguintes di-retrizes:

• Que seja quimicamente estável à ação dosprodutos químicos que fará contato.

• Que tenha antecedentes de aplicação emsituações similares.

• Atenda a testes laboratoriais, observan-do-se todas as características daquele am-biente, principalmente no tocante à tem-peratura.

Na tabela 1, apresentamos uma grande vari-edade de informações que poderão ser cru-zadas com o intuito de se alcançar o materi-al desejado. Uma vez ensaiadas e selecio-

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nadas as amostras na própria indústria, exi-ja do fabricante ou distribuidor um atestadode que o revestimento estará apto ao servi-ço, estabelecendo um tempo de garantia.

O problema dos furose a espessura ideal

A principal característica, além da resis-tência química, da película do revestimen-to que formará a barreira de proteção aoambiente químico agressivo é que sejacontínua, absolutamente livre de furos etenha uma espessura sobre o concretoque assegure durabilidade. Em estrutu-ras metálicas costuma-se exigir espessu-ras de filme seco (EFS) que variem de 350a 500 micrômetros, obtendo-se barreirasabsolutamente intransponíveis a todaação de produtos químicos. Infelizmen-te, com estes números, não se pode tra-balhar em superfícies de concreto já quediferem totalmente das superfícies metá-licas. Sua rugosidade e porosidade for-mam uma superfície absolutamente dife-rente que necessita de maior espessurapara compensar as reentrâncias e protu-berâncias existentes. A aplicação de pro-dutos específicos, com 100% de sólidos,costuma exigir de 5000 a 1.000 micrôme-tros de espessura, sendo comum a exi-gência de maiores espessuras. O próprio“Guide for the use of waterproofing, prote-

Fax consulta nº 364

Só existe uma maneira de interromper aREATIVIDADE ÁLCALI-SÍLICA...

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A película deste revestimento sobre concreto apresenta furos como resultado do contato direto com produtosquímicos ricos em sulfeto de hidrogênio (H

2S). A referência é uma caneta e o tempo de exposição é de 18 meses.

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tive and decorative barrier systems for con-crete” do American Concrete Institute, es-pecifica espessuras de 500 a 9500 micrôme-tros para atendimento a ambientes quími-cos intermediários e severos respectivamen-te. Por outro lado, o município de Los An-geles, na Califórnia, o principal estado pes-quisador e com maior experiência em siste-mas de proteção por barreira de estações detratamento de esgotos, estabeleceu um pro-cedimento padrão entitulado “Evaluatingprotective coatings for concrete exposed tosulfite generation in wastewater treatmentfacilities” no qual especifica que para resis-tir ao ataque do gás sulfeto de hidrogênio(H

2S) dever-se-á ter espessuras da ordem

de 2.000 micrômetros, independendo se orevestimento é epóxico, poliéster, epóxi al-catrão ou estervinílico. Para prevenir o blo-

* FPVD - fluoreto de polivinilideno; PVCC - cloreto de polivinila cloratado.** Se o teor ácido estiver abaixo de 5%, dever-se-á usar um epóxi a base de alcatrão.

PelículaFresca (ºC)

PelículaSeca (ºC)

Tabela 1 - Os candidatos a revestimentosTemperatura Máxima

Resistência para serviços de RevestimentoFilmes e Revestimentos Específicos em Serviço

Estrutura Tipo e Concentração Descrição Concentração Exposição Temperatura (ºC)

Tanque 98% Ácido Sulfúrico Estervinílico ou 80-98% Imersão 71 71 121de (H

2SO

4) epóxi novolac

Ácido com manta

Tanque 50% Hidróxido de Sódio 1-mm), 50% Imersão 54 54 93de (NaOH) Estervinílico comCáusticos flocos

Tanques que 98% Ácido Sulfurico Epóxi novolac 98% HsSO4 Respingos 54 54 64contém ácidos 50% Hidróxido de Sódio armado com 50% NaOHe cáusticos manta de poliéstercombinados

Tanque de 15% Hipoclorito de 1 - revestimento ester- 17% Respingos 38 54 93hipocloreto Sódio (NaOCl) vinílico com flocosde sódio ou películas de

FPVD, PVC, or PVCC*

Bacia de 2-20% Ácido Sulfurico ou 1,2-mm, 2-20% Respingos 54 54 93neutralização** Hidróxido de Sódio epóxi novolac ester- H

2SO

4Imersão 54

vinílico com flocos 50%ou epóxi alcatrão NaOH

com 100% de sólidoscurado com amina

Tanque de 2-20% Ácido Sulfúrico ou 1-mm, 2-20% Respingos 54 54 93água Hidróxido de Sódio estervinílico H2SO4 Imersão 54desmineralizada rico em flocos 50% NaOH

Tanque de Óleo lubrificante 1-mm, Gasolina Imersão 38 54 93óleo ester vinílico Imersão 38lubrificante rico em flocos

Tanque do 5-10% Fosfato, 1-mm, 54 93 �boiler de alimen- 2-5% Ciclohexilamina, estervinílico sem dadosção química 1-5% Ácido Isoascórbico rico em flocos

Tanque de Diesel 2 demãos de Diesel Imersão 38 � �diesel epóxi

elastomérico

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O uso de epoxis específicos torna-se importante.

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ca (de 8 a 12% de sua compressão), nadacomparada à do aço, a adesão do revesti-mento é plenamente limitada, oferecendo,no teste do arrancamento (pull test), valo-res em torno de 2,5 a 4,5MPa para concretoscom resistência à compressão de 35MPa.Indiferentemente de qual seja a resistênciada superfície base, se o revestimento nãoestiver perfeitamente aderido ao substrato

queio do solvente entre demãos, fatal àdurabilidade do revestimento, pois ocasio-na a formação de bolhas e descascamentoda película, todo e qualquer revestimento,mesmo contendo ínfimo percentual de sol-vente, só deverá ser aplicado em múltiplasdemãos (bem finas), de modo a atender aEFS obrigatória. Os revestimentos que pos-suem 100% de sólidos (ausência de solven-tes) podem ser aplicados em uma ou duasdemãos, já que não oferecem este perigo. Aespessura desejada (EFS) deverá ser rigo-rosamente medida.

Melhorando a superfíciedo concreto

Mesmo desconsiderando-se a EFS, o reves-timento líquido que formará a barreira deproteção sobre o concreto certamente apre-sentará furos se aplicado sobre uma super-fície com grandes vazios ou com agregadosexpostos. Para tanto, exigir-se-á duas alter-nativas para correção após a limpeza ou re-moção da nata superficial:

• Correção dos buracos existentes comuma pasta epóxica, aplicada com espátu-la. Antes, dever-se-á aplicar um primerepóxico.

• Correção dos buracos com uma pasta ci-mentícia modificada com estireno-butadi-eno (EBD) aplicado na espátula. Antesdever-se-á saturar a superfície com água.O processo de secagem (úmida) será detrês a sete dias, seguindo-se mais três ousete dias de cura, antes da aplicação dorevestimento. Atenção, pois alguns reves-timentos à base de solventes poderãoamolecer a pasta aplicada na interface como revestimento resultando no descolamen-to do sistema.

A adesão do revestimento

A película que formará a proteção por bar-reira precisará estar firmemente aderida àsuperfície do concreto para promover umescudo protetor por muito tempo. Todo tipode revestimento, especialmente aqueles queformam fortes barreiras à entrada de corro-são no concreto, impõe tensões na interfa-ce revestimento/substrato, na medida que aresina sofre retração durante sua cura. De-vido às diferenças entre os coeficientes dedilatação (contração) térmica da película dorevestimento e o substrato (concreto) ocor-rem também tensões à medida que a tempe-ratura ambiente varia. Como a resistência àtração do concreto é significativamente fra-

Acima: Vista em corte de uma grande cavidadeapós o hidrojateamento com areia.

Abaixo: Outras cavidades após o hidrojateamento.

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a ruína ocorrerá na superfície do concreto.A adesão do revestimento no concreto éafetado por uma série de variáveis, como acaracterística do revestimento, do primer, aforma de aplicação de ambos, a presença/ausência de contaminantes no ou dentrodo substrato e, finalmente, a maneira comoa superfície é preparada para receber o re-vestimento. Como dissemos anteriormen-te, cada concreto possui variáveis própri-as em função do local onde é moldado.Logo, torna-se importante, sempre, exigirtestes de arrancamento naquela que seriaa superfície final a ser revestida, antes deprosseguir com os trabalhos de aplicaçãodo revestimento.

O controle de qualidade

Todo serviço requer um controle de quali-dade que, para a situação que está sendopreparada, definirá uma espessura de filmeseco adequada (EFS), a ausência total defuros ou micro-furos e uma perfeita adesãoao substrato.

Medindo a espessura do filme

Embora os medidores ultrassônicos sejambem precisos para medir sobre superfícies

lisas, estabelecem, em relação à superfície doconcreto, formada por protuberâncias e re-entrâncias, uma média entre estas duas situ-ações que compromete a verdadeira medida

Acima: T este de arrancamento de películas com medi-dor hidráulico.

Abaixo: O equipamento chegou a arrancar parte damassa do concreto com uma pressão de 33MPa.

da espessura da película aplicada, tornando-as inadequadas para este tipo de trabalho.Da mesma forma ocorre com os instrumen-tos eletromagnéticos medidores de espes-sura e aqueles chamados “eddy current”.Desta forma, a única maneira de medir a EFSé procedendo a testes destrutivos confor-me recomenda a norma ASTM D 4138, “Mé-todo padrão de medição de EFS de revesti-mentos protetores por meios destrutivos”.O instrumento padrão (Tooke Gauge) queexecuta este teste também é inadequadopara superfícies de concreto porque na lâ-mina de corte também quebra o concreto,invalidando o teste, já que torna impossívelvisualizar a interface revestimento/concre-to. A solução foi pela modificação deste ins-trumento, instalando-se um pequeno motorque aciona a lâmina de corte, impedindo ofraturamento do substrato, permitindo umaperfeita visualização da interface concreto/revestimento.

Verificando-se a existência de furos

O uso do “Holiday Detector” de alta volta-gem serve a dois propósitos: localizar furosque comprometeriam a performance do re-vestimento e permitir ao aplicador do reves-timento estabelecer técnicas de aplicação

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Fax consulta nº 421

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cada vez melhores, de modo a evitar a pre-sença dos furos comprometedores.O uso do “Holiday Detector” em revestimen-tos aplicados sobre superfícies metálicas éperfeitamente compreendido. No entanto,para o caso do concreto como base torna-secomplicado porque a condutividade do con-creto varia enormemente segundo seu per-centual de umidade, a junção de aditivos eprincipalmente pela presença ou falta de ar-maduras. Logo, por possuir condutividadesmuito variáveis, torna-se difícil saber de an-temão qual voltagem aplicar para localizarfuros, sem afetar o revestimento. Contudo,ainda assim, é recomendado testar a volta-gem a ser empregada na obra, fazendo umfurinho numa área do revestimento que te-nha espessura conhecida. Deve-se ajustar avoltagem a ser aplicada a partir do menor ní-vel existente no aparelho, de maneira a de-tectar o furo feito anteriormente. Desta for-ma, poder-se-á detectar qualquer outro furoexistente no revestimento. Para grandes su-perfícies, poder-se-á necessitar de uma sériede furos e vários ajustes na voltagem, demodo a compensar as diferentes condutivi-dades que poderão aparecer no substrato,em função dos diferentes teores de umidadee densidades de armaduras que poderão exis-tir. Claro que o revestimento deverá estar per-feitamente seco e curado, antes da execuçãodos testes com o “Holiday Detector”.O teste com o “Holyday Detector” deveráser feito em períodos pré-determinados, demodo a atestar a performance do revestimen-to à ação dos produtos químicos atuantes.De outra forma, estará se condenando o re-vestimento e todo o trabalho executado. Emoutras palavras, é uma péssima estratégiaentender que o revestimento resistirá parasempre ou até que seja destruído. Seu moni-toramento torna-se mais econômico. Todosnós sabemos da dificuldade da indústria pa-rar sua produção para se analisar o revesti-mento. Contudo, ainda assim, justifica-setodo o empenho e precisão após a aplicaçãodo revestimento.

Medindo a adesão do revestimento

Existem diversos equipamentos, a partir doteste de arrancamento, para medir a adesãodo revestimento em substratos como o cha-mado “Pull Out”. Este equipamento deveráter as seguintes características:

• Tamanho da área do testeO American Concrete Institute, através docomitê 503, elaborou o relatório “Use ofepoxy compounds with concrete” que, no

apêndice “A” fala sobre “A field test forsurface soundness and adhesion”, exigin-do um aparelho que tenha 5cm de diâmetroou uma área superior a 19cm2, justificandoque com esta área diminui-se qualquerefeito, seja por vazios ou alguma pedraque possa ter sobre o resultado.

• Corte em torno da área de testeEste corte torna-se necessário para ga-rantir que a força de arrancamento sejaaplicada diretamente sobre a região do tes-te, o que é particularmente importantequando se quer testar películas de reves-timentos espessos ou que tenham algu-ma fibra fazendo armação, de modo a es-truturá-la. Pode-se imaginar o quão seráintensa a força de arrancamento sobre ofilme e nas áreas adjacentes. Assim, paraimpedir a surgência de fissuras ou mesmotrincas na película, deve-se proceder umcorte preciso em torno da região a ser tes-tada.

• O arrancamento será perpendicular à su-perfícieSegundo os especialistas, a forma comoo filme é puxado é um dos maiores intro-dutores de erro neste teste, já que não étão fácil sincronizar a força de puxamentoou arrancamento perpendicular ao planodo revestimento a ser testado. O que ocor-re é que mesmo pequenos desalinhamen-tos resultarão na aplicação adicional deum momento fletor, causando tensiona-mentos perniciosos ao teste, podendoocorrer o descolamento do filme acompa-nhado de fraturas em torno da área a sertestada. Claro que este procedimento con-duzirá a resultados errados.

• Aplicação uniforme de uma força de ar-rancamentoO problema é que o concreto, nesta situa-ção, comporta-se de maneira frágil e que-bradiça. Torna-se, pois, importante apli-car uma força bem uniforme e cuidadosa,de modo a produzir resultados consisten-tes e precisos. O fato é que se o filme,como conseqüência da força imposta,soltar-se facilmente oferecendo resulta-dos baixos (da ordem de 2Mpa) poder-se-á ter os seguintes problemas:– O serviço de preparação da superfície

foi inadequado.– A superfície encontra-se contaminada

com uma oleosidade invisível, provo-cada por óleo, gordura ou qualquer pro-duto químico.

Para ter mais informaçõessobre Revestimentos.

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Fax consulta nº 422

REFERÊNCIAS

• Michelle Batista é Química.• ACI 515.1R, ACI Manual of Concrete Practi-

ce, revised. American Concrete Institute.• J.A. Redner; E.J. Esfandi, and R.P. Hsi, “Eva-

luating Protective Coatings for Concrete Ex-posed to Sulfide Generation in WastewaterTreatment Facilities.

• J. Steele, “Coating Film Thickness in Concre-te Sanitary Sewers: How Much Is Enough?

• J. Steele, “Application of Protective CoatingsTo Uncured (Green) Concrete”.

• Portland Cement Association, Design andControl of Concrete Mixtures.

• ASTM D 4787, Continuity Verification ofLiquid of Sheet Linings Applied to ConcreteSubstrates, gets around the issue of variablecontinuity of the concrete substrate by ins-talling a conductive underlayment beneath thecoating film.

• J. Steele, “Testing Adhesion of Coatings Ap-plied to Concrete”.

– O revestimento aplicado é incompatívelcom a superfície.

– A superfície (do concreto) apresenta-sefraca demais.

Obter-se-á valores de adesão significativosse, e somente, se proceder a uma preparaçãoadequada para a superfície do concreto. Re-tirando-se aquela nata superficial, desconta-minando, conseqüentemente, a superfíciecom vapor ou detergentes específicos e, fi-nalmente, aplica-se uma ou duas demãos deprimer que seja bem penetrante, algo com vis-cosidade não superior a 50cps.

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Hidrólise - Dupla reação de decomposição envolven-do a divisão da água em seus íons e a formação de umabase fraca ou ácido fraco ou ambos.Logarítimo - Artifício matemático que consiste nacapacidade através da qual um número base pode seraumentado. Por exemplo, o logarítimo para a base de10, de 102, é 2. Assim, o logarítimo de 100 é 2, de 1.000é 3, de 10.000 é 4, etc.Estireno butadieno (EB) (emulsão) - Tintaslátex feitas com EB usualmente apresentam mais bri-lho, mas amarelam mais facilmente que as tintas feitascom polímeros comuns acrílicos ou de PVA. EB curapor oxidação, em 30 dias, deixando o filme resistente à

água. É monoxidante, resistente a álcalis fortes, umi-dade e mofo.Tensão (stress) - Pressão. Força que produz outende a produzir deformação no corpo, medida atra-vés da força aplicada pela unidade de área.Depolimerização - Separação de uma moléculacomplexa em moléculas simples.Elastômero - Material emborrachado que retorna,em curto tempo, às suas dimensões originais, após tersofrido grande quantidade de deformação.Hypalon - Polietileno sintético clorosulfonatado usa-do como base de elastômeros que tenham solvente emsua formulação.

VocabulárioMastique - O termo “mastique” usualmente refere-se a consistência de um determinado material ou subs-tância não elastomérica.Selante - Termo muito antigo (e inadequado) utilizadopara aqueles produtos próprios para preencher umvazio (ou junta) entre materiais iguais ou diferentes.Usado também para produtos de imprimação antes datinta de acabamento, além de outras denominações.Pot life - Tempo durante o qual a tinta, revestimentoou o elastômero, após a mistura de seus (dois) compo-nentes, permanece adequada para aplicação. Vem dotermo inglês “potential open time”.

Classificação da corrosãoMeu Problema

Engº Juvenal Siqueira Filho - SP

PerguntaSou engenheiro de manutenção industrial em uma grandeempresa de montagem em São Paulo, situada nas ime-diações de Santos. Nos próximos meses estaremosduplicando nossas instalações e gostaria de saber comopoderia classificar o ambiente quanto a corrosividade.Estamos também selecionando as tintas de proteçãodas instalações. Assim sendo gostaria de saber comoobter a melhor impermeabilidade com o objetivo deproteger as instalações contra a corrosão das peçasmetálicas e do concreto.

RespostaPodemos classificar o ambiente atmosférico em quatrocategorias � marítima, industrial, urbana e rural � natu-ralmente associadas aos contaminantes aéreos que con-tribuem para o efeito da corrosividade. No ambientemarinho, caracterizado pela proximidade do mar, a im-pregnação do ar pela maresia produz sérios processosde corrosão galvânica, promovendo a deterioração ace-lerada dos revestimentos de proteção. O principal culpa-do, num ambiente industrial, associado a um monte deindústrias produzindo poluentes, são os óxidos de enxo-fre (SOx, como o SO2 e SO3), pequenas quantidades deóxidos de nitrogênio (NOx, como o NO2), amônia e seussais (NH3, NH+

4 ) e sulfeto de hidrogênio (H2S). Só paracomplementar, teríamos, no ambiente urbano, a presen-ça principal da linha de contaminantes caracterizada pelasespécies NOx, derivada da fumaça do escape dos car-ros, possivelmente também a especial SOx. No ambienterural não há uma caracterização específica. Uma sériede outros fatores devem, também, serem consideradosjá que contribuem notavelmente em todos os processosde corrosão. A freqüência das chuvas e o seu pH, assim

como a direção dos ventos, a umidade relativa e o pontode orvalho. Além destes fatores somar-se-ão a radiaçãoda luz ultravioleta e solar, a temperatura das superfíciese a massa térmica, as quais afetam a condensação eevaporação da umidade absorvida. Na prática, estesfatores não operam como entidades isoladas e sim emcomplexas interações.

Atividades do Cl- e SOx para vários ambientes

mg cl-/m2/dia mg SOx/m2/dia

Marinho 25/150 0-50

Industrial � 50-200

Urbano � 50-400

Rural � 0-200

Referência: Metals Handbook

Por outro lado, é preciso entender que a corrosão é umprocesso eletroquímico, formado pela reação de oxida-ção/redução entre dois metais diferentes, mas eletri-camente contínuos, ou numa mesma região do metaltendo pequenas diferenças em seus potenciais eletro-químicos, além do eletrolito que os interliga. O metal ouregião menos estável (que tem o potencial eletroquími-co mais ativo) oxidará e formará o anodo da pilhaeletroquímica, dissolvendo-se em contato com o ele-trólito. À medida que o metal se dissolve, libera elé-trons que migram para a região mais estável, o catodo,devido a contigüidade da ligação do metal. A película datinta, uma vez seca, e não contendo pigmentos metáli-cos, possui uma alta resistência elétrica. No entanto,uma vez molhada ou imersa, ocorrerá uma conduçãoeletrolítica através da dissociação iônica do materialdentro da película ou após o ingresso do eletrólito ioni-

zado dentro da película. Acontece que a absorção d�águaé um pré-requisito para a absorção iônica, sendo deaceitação geral que os ions emigrantes adotam osmesmos caminhos difusivos estabelecidos pelo ingres-so e transporte da água. Estudos comprovam que saiscomo o cloreto de sódio movem-se através da películade tinta a partir de soluções aquosas dissociadas naforma de ions, situadas do lado de fora. Da mesmaforma identificou-se uma relação linear entre a perme-abilidade iônica da resina e a condutividade eletrolíticada película. Torna-se, portanto, muito importante con-siderar esta relação quando se deseja fazer uma prote-ção por barreira, já que o controle da corrosão é nor-malmente dependente da alta resistência elétrica (ele-trolítica) da película da tinta ou revestimento. Se o filmeadere bem e oferece forte resistência ao transporteiônico, a passagem externa da corrente de corrosãoentre as regiões anódicas e catódicas é interrompidaacima, através e abaixo da película, impedindo a corro-são. A melhor proteção por barreira, formada por tin-tas e revestimentos, tem alta resistência elétrica (mai-or do que 108ohms/cm2). Quando há resistências infe-riores a 106ohms/cm2 quase sempre ocorre corrosão.Todas as películas de tinta são, virtualmente, permeá-veis à água. Logo, torna-se importante considerar to-das as etapas da pintura como um jogo em que apenasuma estrela (uma excelente tinta) não é condição sufi-ciente para a vitória. Sugerimos consultar as ediçõesde nos 6, 7, 9, 15, 19 e 22 da RECUPERAR.

Perguntas para a seção MEU PROBLEMAatravés do fax (21) 493-5553, pelo

e-mail: [email protected] oupela internet:www.recuperar.com.br

informando o endereço

� Tenth International Congress on Polymers in Con-crete (ICPIC)May 21-24, 2001Sheraton Waikiki HotelHonolulu, HawaiiPhone: 248-848-3820Fax: 248-848-3801

E-mail: [email protected]� 4º Conferência Internacional de Recuperação e Ino-

vações do ACIACI�s Fourth International Conference - Seul, Co-réia, 19 a 22 de Setembro de 2000

� Advances in Cement and ConcreteAugust 20-25, 2000

United Engineering FoundationMont-Tremblant, Quebec, CanadaPhone: 212-591-7836Fax: 212-591-7441E-mail: [email protected]/engfnd/0ax.html

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ENGº JOAQUIM RODRIGUESDiretor Editorial

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Conselheiros

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PROF. PAULO HELENE

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 19

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RECUPERAR • Maio/Junho 200020

Carlos Alberto Monge

Entenda a importância da espessura do filme a seraplicado e a cobertura desejada.

Você tem que fazer uma pintura de proteção,fundamental para a durabilidade da estrutu-ra. Então aparecem aquelas questões cha-tas: Qual a quantidade de tinta que você vaigastar? A resposta a esta pergunta implicana execução de alguns números e cálculosnecessários à obtenção da espessura do fil-me fresco, espessura do filme seco, sólidospor volume e cobertura teórica. São as qua-tro respostas que você necessita para qual-quer trabalho sério de proteção por barrei-ra, utilizando tintas específicas, e claro, deboa qualidade. Não é difícil. Acompanhe aseguir a resolução de cada uma destas ques-tões.

Sólidos por volume

Todas as tintas têm sólidos que formam ofilme que revestirá a superfície, quando omaterial aplicado secar ou curar. O teor desólidos pode ser dado em peso ou volume.O fabricante da tinta precisa conhecer o teorde sólidos por peso da tinta a ser formuladopara desenvolvê-la e saber se a tinta foi bemfeita. A empresa que irá aplicar a tinta preci-sa saber o teor de sólidos por volume paracalcular a espessura de filme seco e a áreade cobertura. Sólidos por volume são nor-malmente dados em porcentagem do volu-me total da tinta. Vamos dar um exemplo.Suponha que você tem um litro de tinta e aquantidade de sólidos por volume é 75%.Isso significa que 25% de sua tinta vai eva-porar ou, simplesmente, aquilo que vocêcomprou não vai ficar com você. Em outrosnúmeros, significa que após a aplicaçãovocê só vai ficar com 750ml da tinta compra-da. É uma questão muito séria porque osfabricantes das tintas não costumam infor-

Pintura

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20

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 21

...se o que está dentro está contaminado e �infectado� com corrosão.

Queremos dizer que encamisar estacas de pontes marítimas ou piers comprocesso ativo de corrosão é prejuízo na certa, já que todo o processo decorrosão passará para as novas armaduras do encamisamento, ao mesmotempo em que cada vez mais adentra para o miolo das estacas, comprome-tendo-as. Encamisar é condenar a estaca. Não recupere apenas os efeitos dacorrosão, vá de encontro à causa, instalando a JAQUETA G. Proteçãocatódica com anodo de sacrifício com pelo menos 25 anos de garantia.

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Encamisamentos com políme-ros ou com jaqueta metálica éextremamente perigoso.

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 21

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RECUPERAR • Maio/Junho 200022

2% 5% 7% 10% 12% 15% 17% 20% 25% 30% 35%100% 98 95 93 91 89 87 85 83 80 77 7495% 93 90 89 86 85 83 81 79 76 73 7090% 88 86 84 82 80 78 77 75 72 69 6785% 83 81 79 77 76 74 73 71 68 65 6380% 78 76 75 73 71 70 68 67 64 62 5975% 74 71 70 68 67 65 64 63 60 58 5670% 69 67 65 64 63 61 60 59 56 54 5265% 64 62 61 59 58 57 56 54 52 50 4860% 59 57 56 55 54 52 51 50 48 46 4455% 54 52 51 50 49 48 47 46 44 42 4150% 49 48 47 46 45 44 43 42 40 39 3745% 44 43 42 41 40 39 38 37 36 35 3340% 39 38 37 36 36 35 34 33 32 31 3035% 34 33 32 31 31 30 30 29 28 27 2630% 29 29 28 27 27 26 26 25 24 23 2225% 24 24 23 23 22 22 21 21 20 19 19

Solvente adicionado

Teor

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sólid

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rigin

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o so

lven

te

Tabela 1: Teor de sólidos após diluição

Fax

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427

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A utilização de airless aumenta muito a produçãoacarretando, no entanto, perdas maiores.

Utilizando o exemplo anterior, multiplicare-mos a EFF (100µm) pelos sólidos por volu-me (75% ou 0,75) para obter a EFS (75µm).A medição da EFF é facilmente feita com osmedidores em forma de lâminas.É claro que se você adicionar qualquer tipode solvente, seja água ou algum sintéticoespecífico, o valor “sólido por volume” irádiminuir. A fórmula para determinar o teorde sólidos da tinta, após a sua diluição, émuito mais complicada do que aquela aci-ma. Assim, por questões de conveniência,usa-se diretamente a tabela 1 que já resu-me toda a trabalheira de cálculo.Para exercitarmos, vamos aceitar que vocêcomprou uma tinta com 75% de sólidos e

mar este número. Porque? Pense um pouco.Continuando com o raciocínio, você apli-cou então aquele litro de tinta e formou umabela película de 100 micrômetros de espes-sura que denominamos espessura de fil-me fresco (EFF). Após algumas horas, atinta secou e aí, se você medir, terá umaespessura de filme seco (EFS) de apenas75 micrômetros. Logo, se você necessitade maior proteção ou maior EFS, haveránecessidade de mais demãos.Existe uma fórmula simples que poderáser aplicada para a obtenção da EFS de-sejada:

EFS = EFM x sólidos por volume

deseja dilui-la 10%. Para saber seu novoteor de sólidos, basta encontrar, na colunada esquerda, a linha referente ao teor de75% cruzando com a coluna de 10% desolvente adicionado. O valor encontrado é68%, que corresponde ao novo teor desólidos da tinta, agora modificada pela adi-ção dos 10% de solvente.

A espessura de película seca(EFS)

Agora que você diluiu a tinta, passando ater um teor de sólidos de 68%, poderá deter-minar a espessura de aplicação, isto é, a es-pessura da película fresca (EPF) que deverá

RECUPERAR • Maio/Junho 200022

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 23

executar para ter a espessura de película seca(EPS) especificada pelo projetista ou pelanorma específica. Lembramos ainda que asespecificações de espessura de película sãotodas baseadas na EPS. Logo, com base nafórmula anteriormente mencionada (EPS =EPF x sólidos por volume), você terá, na ta-bela 2, a EPF, isto é, a espessura do filmeque você realmente deverá aplicar para que,após a secagem da película, você tenha aEPS, que é o que importa. Fácil, não? Natabela 2 você notou que não existe o valorde 68%. Logo, poderá arredondar para ovalor mais próximo que é 70%. Se existir umaespecificação, para a tinta que você irá apli-car, exigindo uma EPS de 400 micrômetros,olhando na tabela 2, encontrará 571 micrô-metros. Resumindo, você terá que aplicar571µm de EPF para ter a EPS especificadade 400µm.

Espessura de filme seco (EFS) (micrômetros)

Teor

de

sólid

os a

pós

dilu

ição

Tabela 2: As exigências para as espessuras de filme fresco (EFF)

50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425100% 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 42595% 53 80 105 132 158 184 211 237 263 290 342 352 368 395 421 44790% 56 83 111 139 167 194 222 250 278 306 361 361 389 417 444 47285% 59 88 118 147 177 206 235 265 294 324 382 382 412 441 471 50080% 63 94 125 156 188 219 250 281 313 344 406 406 438 469 500 53175% 67 100 133 167 200 233 267 300 333 367 433 433 467 500 533 56770% 71 107 143 179 214 250 286 321 357 393 464 464 500 536 571 60765% 77 115 154 192 231 269 308 346 385 423 462 500 539 577 615 65460% 83 125 167 208 250 292 333 375 417 45855% 91 136 182 227 273 318 364 409 45550% 100 150 200 250 300 350 400 45045% 111 167 222 278 333 389 44440% 125 188 250 313 375 43835% 143 214 286 357 42930% 167 250 333 41725% 200 300 400

Espessura de filme seco (EPS) necessária por demão (micrômetros)

Teor

de

sólid

os e

m v

olum

e

Tabela 3: Cobertura teórica em m2 por litro

25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400100% 40 20 13,3 10 8 6,7 5,7 5 4,4 4 3,6 3,3 3,1 2,9 2,7 2,595% 38 19 12,6 9,5 7,6 6,4 5,4 4,8 4,2 3,8 3,4 3,1 3 2,8 2,6 2,490% 36 18 12 9 7,2 6,1 5,1 4,5 4 3,6 3,2 3 2,8 2,6 2,4 2,385% 34 17 11,3 8,5 6,8 5,7 4,9 4,3 3,7 3,4 3,1 2,8 2,6 2,5 2,3 2,180% 32 16 10,6 8 6,4 5,4 4,6 4 3,5 3,2 2,9 2,6 2,5 2,3 2,2 275% 30 15 10 7,5 6 5 4,3 3,8 3,3 3 2,7 2,5 2,3 2,2 2 1,970% 28 14 9,3 7 5,6 4,7 4 3,5 3,1 2,8 2,5 2,3 2,2 2 1,9 1,865% 26 13 8,7 6,5 5,2 4,4 3,7 3,3 2,9 2,6 2,3 2,2 2 1,9 1,8 1,660% 24 12 8 6 4,8 4 3,4 3 2,6 2,4 2,2 2 1,9 1,7 1,6 1,555% 22 11 7,3 5,5 4,4 3,7 3,1 2,8 2,4 2,2 2 1,8 1,7 1,6 1,5 1,450% 20 10 6,7 5 4 3,4 2,9 2,5 2,2 2 1,8 1,7 1,6 1,5 1,4 1,345% 18 9 6 4,5 3,6 3 2,6 2,3 2 1,8 1,6 1,5 1,4 1,3 1,2 1,140% 16 8 5,3 4 3,2 2,7 2,3 2 1,8 1,6 1,4 1,3 1,2 1,2 1,08 135% 14 7 4,7 3,5 2,8 2,3 2 1,8 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1 0,95 0,930% 12 6 4 3 2,4 2 1,7 1,5 1,3 1,2 1,1 1 0,9 0,9 0,81 0,825% 10 5 3,3 2,5 2 1,7 1,4 1,3 1,1 1 0,9 0,8 0,78 0,7 0,68 0,6

Estruturas de concreto e metálicas necessitam o máximo de proteção. É preciso, pois, conhecer perfeita-mente o que se está aplicando.

RECUPERAR • Maio/Junho 2000 23

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RECUPERAR • Maio/Junho 200024

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A cobertura

Agora, conhecendo os sólidos por volumeda tinta e a EPS desejada ou especificada,poderá estimar, com alguma precisão, quan-ta tinta você irá precisar. Para tanto, bastaráusar a tabela 3. Pegando o exemplo anterior,em que os sólidos por volume, após a dilui-ção, são 68% e a EPS especificada é de400µm, obterá na tabela 3 que 1 litro destatinta deverá cobrir 1,8m2 da sua estrutura. Épreciso entender que a tabela 3 informa nú-meros correspondentes a uma área teóricacoberta, isto é, um litro da tinta cobrirá 1,8m2,caso se utilize todo o conteúdo do balde,não podendo haver perda no rolo, trinchaou na mangueira da bomba airless, muitomenos respingos e aplicando uma película

absolutamente lisa. Convenhamos, não éuma situação realista. Para obter então umacobertura real deverá incluir no cálculo ochamado “fator de perda” que, dependen-do das condições poderá ser pequeno, daordem de 5%, ou grande, em torno de 50%,ou até maior. Uma perda considerada nor-mal fica situada entre 15 e 20%. Pegando osvalores do exemplo anterior, isto é, 1,8m2 econsiderando uma perda de 20% multiplica-rá 1,8m2 por 0,20, subtraindo o resultado(0,36m2) de 1,8m2. A área real a ser cobertaserá de 1,44m2, correspondendo a uma taxade cobertura real de 1,44m2 por litro de tinta.Quantos litros de tinta serão necessáriospara cobrir uma determinada superfície? Aresposta será medindo a área desta superfí-cie e dividindo-a pela taxa de cobertura real.

Por exemplo, se a área da superfície a serpintada é de 800m2 e a taxa de cobertura éde 1,44m2 por litro, haverá necessidade de556litros de tinta. Neste exemplo admitimosum fator de perda de 20% para calcular acobertura real. O fator de perda é muito im-portante para estimar a quantidade de tinta

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RECUPERAR • Maio/Junho 200024

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 25

necessária para o serviço. Pode-se afirmarque usando rolo ou trincha, normalmentehaverá uma perda muito pequena. Ao pas-so que com a aplicação de spray (com air-less) haverá um fator de perda variável en-tre 15 e 20%, principalmente da tinta querebate da superfície (rebound). De um modogeral, quanto mais difícil a pintura, comoaquelas estruturas metálicas à base de per-fis, maior a perda. Nas estruturas metálicaslimpas com jato abrasivo, gasta-se mais pri-mer devido à superfície adicional criada pe-las reentrâncias e protuberâncias feitaspelo jato.

Conclusão

Tintas caras, clientes exigentes, garantias aserem cumpridas, ausência de informações

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

sobre as características de tintas, mão deobra pouco qualificada, ausência de garan-tia por parte de determinados fabricantesde tintas, tudo isso deverá ser revisto ao sefazer uma pintura de proteção. Se você co-nhecer o teor de sólidos da tinta que vaiusar e houver uma EFS para o serviço, maisdo que nunca deverá seguir as orientaçõesaqui expostas.

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Fax consulta nº 428

REFERÊNCIAS

• Carlos Alberto Monge é engenheiro civil,especialista em serviços de recuperação.

Não perca

nº 36

RECUPERAR • Maio/Junho 2000 25

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RECUPERAR • Maio/Junho 200026

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 27

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RECUPERAR • Maio/Junho 200028

Joaquim Rodrigues

O ataque químico em estruturasmarítimas submersas.O porquê da vulnerabilidade do concreto armado emambinte tão hostil.

Análise

Estruturas de concreto armado submersasno mar ficam vulneráveis a reações quími-cas entre a água salgada e os produtos dehidratação do cimento, resultando na perdada seção das peças e, conseqüentemente,na diminuição de sua resistência. Adicio-nalmente, ter-se-á também a deterioraçãodas peças devido a impactos e a abrasãodevido às correntes marítimas. Para prose-guirmos precisamos analisar o cimento por-tland após a sua hidratação.

Como é o cimentoportland hidratado

Os principais produtos da hidratação do ci-mento portland o C

2S (silicato dicálcico) e o

C3S (silicato tricálcico), uma vez saturados

com água salgada podem entrar em decom-posição e desintegração, devido à presen-ça de substâncias como o CO

2, MgCl

2 e o

MgSO4 existentes naquele líquido, ocorren-

do como produto da reação duas formas dehidratos cristalinos, o hidróxido de cálcioCa(OH

2) e o hidrato disilicato tricálcico,

3CaO.2SiO2.3H

2O (ou C

3S

2H

3).

Oceano AtlânticoTeor de cloretos naágua do mar (ppm) 20.000Salinidade total (ppm) 35.537Concentração de sais solúveis(g por 100cm3)Sódio 1110Potássio 0,040Cálcio 0,043Magnésio 0,121Cloretos 2.000Sulfatos 0,218Total 3.537

A hidratação, na presença de gesso, doaluminato tricálcico (C

3A) do cimento

portland, produz o hidrato monosulfatocristalino (3CaO.Al

2O

3.CaSO

4.18H

2O),

responsável pela expansão reativa queenvolve a formação da etringita quandoa pasta de cimento portland endurecidaentra em contato com águas ricas emsulfatos. Logicamente, o hidrato mono-sulfato não está presente nos produtosde hidratação dos cimentos resistentesa sulfatos, devido ao baixo teor de me-nos de 3,5% de C

3A, permitido nestes

cimentos. Cimentos comuns contendomais de 10%, em peso de C

3A ficam tre-

mendamente vulneráveis ao ataque dossulfatos.

O dióxido de carbono (CO2)

O pH da água do mar está em torno de 8,contendo pequenas quantidades de CO

2 dis-

solvido devido ao contato com o ar atmosfé-rico. Quase que invariavelmente, nossaságuas costeiras contêem matéria orgânica emdecomposição, aumentando substancialmen-te a concentração do CO

2, tornando a água

ácida com valores de pH em torno de 7 oumenores. Nestas condições, ocorrem rea-ções de carbonatação com todos os produ-

Estrutura de concreto armado de uma plataforma de extração de petróleo na zona de variação da maré.Esta região costuma ser a mais atingida pelo ataque químico desenvolvido pela água do mar.

RECUPERAR • Maio/Junho 200028

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 29

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tos que formam a matriz cimentícia, poden-do conduzir à desintegração da pasta aglo-merante. Aproveitando o gancho, podemoscitar aqui as reações de carbonatação queocorrem nas estruturas submersas em águasfreáticas ou do subsolo que contenham altaconcentração de CO

2 e baixo pH. As rea-

ções de carbonatação conduzem à forma-ção da aragonita, segundo a fórmula:

CO2 + Ca(OH)

2 ⇒ CaCO

3 + H

2O

Aragonita

Com grandes quantidades de CO2, a água

do mar poderá converter a aragonita em hi-drogencarbonato de cálcio e gesso, abso-lutamente solúveis e passíveis de serem li-xiviados pela água, ocasionando a perda de

material, com formação de grandes buracos,perda de resistência, etc.

O ataque dos sais de magnésio

Na água do mar, o teor padrão de MgCl2 está

em torno de 3.200 ppm, o que é mais do quesuficiente para desintegrar os hidratos docimento portland, devido ao ataque do íonMg2+, com produção da brucita (Mg(OH)

2) e

CaCl2. Este último lixiviado pela água.

O ataque dos sulfatos

Não é incomum termos ataque por sulfatos,ocasionado pela água do mar e por águasfreáticas, promovendo a desintegração depastas e de concretos de cimento portland.

Os íons sulfatos existentes na água do marreagem com os hidratos do cimento portland,ocasionando a desintegração da pasta oudo concreto, segundo a reação:

MgSO4 + Ca(OH)

2 ⇒ Mg(OH)

2 + CaSO

4 + 2H

2O

Brucita gesso

A alta concentração de NaCl na água domar aumenta a solubilidade do gesso, doCa(OH)

2 e do Mg(OH)

2, impedindo a rápida

cristalização dessas substâncias, resultan-do num processo de lixiviação, tornando amatriz (pastas) dos concretos deficientes deresistência ou mesmo com sintomas de de-sintegração.

MgSO4 + {Ca(OH)

2 + 3CaO.Al

2O

3.CaSO

4.18H

2O}

⇒ Mg(OH2) + 3CaO.Al

2O

3.3CaSO

4.32H

2O

Etringita

Concreto dentro de um aquário de água salgada. Testes sendo executados.

RECUPERAR • Maio/Junho 2000 29

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RECUPERAR • Maio/Junho 200030

MgSO4+{Ca(OH)

2 + 3CaO.2SiO

2.3H

2O}

⇒ 4MgO.SiO2.8H

2O + CaSO

4.2H

2O

Gesso

A formação da etringita pode causar a ex-pansão e a formação de fissuras, principal-mente quando a pasta ou o concreto estive-rem confinados em solos com sulfatos. Noambiente submerso marinho é diferente.Devido à solubilidade da água do mar, ocor-

rerá a lixiviação da etringita, assim como dogesso, a partir da massa do concreto.Uma outra diferença em relação àquele ata-que de sulfatos provocado pelo solo é apresença do sulfato de magnésio na águado mar, que destrói a estrutura da pasta,detonando o hidrato disilicato tricálcico docimento. Logo, o quadro patológico do ata-que de sulfatos provocado pela água do maré a surgência de uma superfície, seja da pas-

Hidratosde silicato demagnésio comferrita.

Formação debrucita

O miolo damatriz (pasta) apresenta-se descalcificada

Formação degesso e/oubrucita

O ataquedo MgSO 4

Para medir os potenciais decorrosão no concreto armado,agora se dispõe do novo conjuntosemi-pilha CPV-4 com voltímetrodigital.A semi-pilha CPV-4 é umrevolucionário instrumento quemede os potenciais de corrosão emsuperfícies de concreto armado eprotendido. Com este equipamentopoder-se-á levantar ou monitorar,de tempos em tempos, possíveisestados de corrosão e a suaevolução, antes que a estruturaapresente sinais de ruína porsintomas de corrosão.

Semi-PilhaCPV4

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351

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Continua. na pág. 32

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 31

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RECUPERAR • Maio/Junho 200032

Após a limpeza...

Estes são os epóxis que efetivamente fazem o melhor trabalho de proteção em sua obra. Fax

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274

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Promovem uma efetiva e segura proteção para superfícies de concreto expostas a toda sorte de contaminação do tipo salmouras, gasolina, óleos e produtos cáusticos.Protege superfícies expostas a agentes corrosivos como maresia e ambientes industriais, particularmente sujeitas a ataques de ácido sulfúrico. Indicado exclusivamentepara uso profissional em água doce ou salgada. Material com 100% de sólidos.

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acelera a destruição da estrutura existente.Um outro agravante que pode ser adiciona-do ao menu das reações químicas atuantes éa introdução do íon Mg2+ do sulfato de mag-nésio no hidrato disilicato tricálcico, em subs-tituição ao íon Cálcio2+, originando silicatosde magnésio extremamente porosos, pioran-do ainda mais a estrutura. Uma outra forma(modificada) de etringita, com conteúdo su-

A forma mais dissemi-nada de ataque quími-co ao concreto é pe-los sulfatos presentesna água do subsolo,no próprio solo e naágua do mar. A causamaior da expansão épela conversão das fa-ses dos monosulfatosem fases de etringita,acompanhada por umgrande aumento novolume da peça. Nes-tas fotos feitas de ima-gens por retroespalha-mento de elétrons emmicroscopia por varre-dura, evidencia-se aruína da pasta de ci-mento, após a imersãoem solução MgSO

4. Na

parte superior esquer-da das fotos há a formação de hidratos de silicato de magnésio com alguma ferrita. As veias situadasabaixo são gesso. Na parte superior direita há uma camada compacta de gesso e do lado de fora,fracamente perceptível, brucita. A pasta de cimento abaixo está levemente escurecida, devido a descalci-ficação.

ta ou de um concreto de cimento portland,mole e perfeitamente desintegrável. A lixivia-ção daquelas substâncias, aliada àquele es-tado facilmente desintegrável é, ainda, agra-vado pela presença dos cloretos na água domar. De um modo geral, o ataque por sulfatosé menos atuante na região submersa do quena região de variação da maré, onde o fre-qüente processo de molhagem e secagem

perior a 5% e 0,2%, respectivamente, de SiO2

e cloretos, tem sido constatada em algumaspatologias marinhas.

O ataque ácidocausado por bactérias

Temperaturas em torno dos 30ºC, água semmuita movimentação e muita contaminação

RECUPERAR • Maio/Junho 200032

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Concreto armado na zona de variação da maré. Corrosão nas armaduras e destruição do concreto oudestruição do concreto e corrosão nas armaduras. A ordem não importa.

Para ter mais informaçõessobre Corrosão.

Click aqui:http://www.recuperar.com.br

Fax consulta nº 429

REFERÊNCIAS

• Joaquim Rodrigues é engenheiro civil, mem-bro de diversos institutos nos EUA, em assun-tos de patologia da construção. É editor e dire-tor da RECUPERAR, além de consultor técni-co de diversas empresas.

• Wilkins, N.J.M. and Lawrence P.F. Thecorrosion of steel reinforcements in concreteimmerserd in sea water.

por matéria orgânica.Pronto, está feito o ce-nário para a entrada emcena das bactérias quepromoverão uma ativi-dade microbiana, tan-

to na condição aeróbica quanto anaeróbica,resultando na geração de enormes quantida-des de sulfato de hidrogênio (H2S). Nas regi-ões onde não há, praticamente, movimenta-ção da água, haverá consumo de oxigêniopelas famílias de bactérias que estarão em fasede crescimento, resultando na formação dedióxido de carbono e redução do pH. Estamodificação de ambiente produz condiçõessuficientes para o crescimento de bactériasredutoras de sulfatos (bactérias anaeróbicas),produzindo-se aí o H2S. A modificação do am-biente da matriz (pasta) pela redução do seupH com a contaminação pelo H2S é absoluta-mente crítico para o concreto armado, não sen-do exagero afirmar que será o início de seu fim.Como vimos nas edições anteriores da RECU-PERAR (nos 24 e 32), o H2S, em contato com asuperfície do concreto, é dissolvido pela umi-dade presente, formando ácido sulfúrico que,por sua vez, promoverá uma dissolução gra-dual da pasta de cimento (Ca(OH)2) e, conse-qüentemente, a destruição do concreto.Torna-se obrigatória, portanto, além do usodo cimento de alto forno juntamente commateriais pozolânicos, a instalação de ano-dos de sacrifício em forma de pastilha den-tro do concreto, fixados às armaduras, quan-do da concretagem das estruturas (ou du-rante sua recuperação) e a execução de bar-reiras protetoras com epóxis resistentes àação das bactérias.

• Wilkins, N.J.M. Localised corrosion ofreinforcement in marine concrete, inCorrosion of Reinforcement in Concrete.

• Hamilton, W.A. and Sanders, P.F. Sulphate-reducing bacteria and aerobic corrosion, inCorrosion and Marine Growth on OffshoreStructures.

• Wilkins, N.J.M. and Lawrence, P.F. Funda-mental Mechanisms of Corrosionof SteelReinforcements in Concrete Immersed in Sea-Water. Concrete in the Oceans Technical ReportNo. 6, Cement and Concrete Association.

• Wilkinson, T.G. Biological mechanisms leadingto potential corrosion problems, in Corrosionand Marine Growth of Offshore Structures.

RECUPERAR • Maio/Junho 2000 33

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RECUPERAR • Maio/Junho 200034

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nº 4

10

MFCa melhor

associação da fibrade carbono com

os epóxisestruturantes.

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RECUPERAR • Maio/Junho 2000 35

O Princípio é o Mesmo...A corrosão que existe nas arma-

duras do concreto armado e protendido

é um processo semelhante ao encontra-

do em pilhas comuns. Uma região posi-

tiva (catodo) interligada, através de um

eletrolito (concreto), a uma região nega-

tiva (anodo), gera corrente e voltagem

elétricas. Ao longo das armaduras ou

cordoalhas formam-se milhares de pi-

lhas como esta, funcionando até o limite

em que o aço é corroído ou se rompe. Na

maioria dos casos, não adianta recupe-

ração, pois não desliga o processo

eletroquímico causador da corrosão.

A única maneira 100% eficiente

de tratar a corrosão é aplicando uma

outra pilha em que o zinco corrói, ao in-

vés do aço.

Aplique Zinco Termo Projetado

(ZTP) e pare de dar pilha aos processos

de corrosão em sua obra de concreto ar-

mado, protendido ou de estrutura metá-

lica, independente do ambiente, seja in-

dustrial ou marítimo. O plano de garan-

tia é superior a vinte anos e não custa

um centavo de manutenção. Pense na

sua tranqüilidade.

Não dê pilha à corrosão.Dê pilha de proteção.

ZTP

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nº 3

55

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RECUPERAR • Maio/Junho 200036

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Tratamentos de superfície dão problema.Trate profundamente.

Injete PH FLEX.

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nº 3

28

Quando o Assuntoé Impermeabilização

Contra a Carga Hidrostática.

Quando o Assuntoé Impermeabilização

Contra a Carga Hidrostática.

MERGULHEFUNDO