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PIANO

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PIANO

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A HISTÓRIA DO PIANO

Piano (apócope derivado do italiano pianoforte) é um instrumento

musical de cordas, pelo sistema de classificação de Hornbostel-Sachs.

O som é produzido por peças feitas em madeira e cobertas por um

material (geralmente feltro) macio e designados martelos, e sendo ativados

através de um teclado, tocam nas cordas esticadas e presas numa estrutura

rígida de madeira ou metal. As cordas vibram e produzem o som. Como

instrumento de cordas percutidas por mecanismo ativado por um teclado, o

piano é semelhante ao clavicórdio e ao cravo. Os três instrumentos diferem no

entanto no mecanismo de produção de som. Num cravo as cordas

são beliscadas. Num clavicórdio as cordas são batidas por martelos que

permanecem em contacto com a corda. No piano o martelo afasta-se da corda

imediatamente após tocá-la deixando-a vibrar livremente.

Teve a sua primeira referência publicada em 1711, no "Giornale dei

Litterati d'Italia" por motivo da sua apresentação em Florença pelo seu

inventor Bartolomeo Cristofori. A partir desse momento sucede-se uma série de

aperfeiçoamentos até chegar ao piano atual. A essência da nova invenção,

residia na possibilidade de dar diferentes intensidades aos sons e por isso

recebeu o nome de "piano-forte" (que vai do pianíssimo ao fortíssimo) e mais

tarde, reduzido apenas para piano. Tais possibilidades de matrizes sonoras

acabaram por orientar a preferência dos compositores face ao clavicêmbalo.

Os pianos modernos, embora não se diferenciem dos mais antigos no

que se refere aos tons, trazem novos formatos estéticos e de materiais que

compõem o instrumento. Um piano comum tem, geralmente, oito lás, oito sis

bemóis, oito sis, oito dós, sete dós sustenidos, sete rés, sete mis bemóis,

sete mis, sete fás, sete fás sustenidos, sete sóis e sete sóis sustenidos,

formando um total de 88 notas musicais[6]. Se for um de 97 notas musicais, do

tipo Bösendorfer 290, ele terá nove dós, oito dós sustenidos, oito rés, oito mis

bemóis, oito mis, oito fás, oito fás sustenidos, oito sóis, oito sóis sustenidos,

oito lás, oito sis bemóis e oito sis.

O piano é amplamente utilizado na música ocidental, no jazz, para a

performance solo e para acompanhamento. É também muito popular como um

auxílio para compor. Embora não seja portátil e tenha um alto preço, o piano é

um instrumento versátil, uma das características que o tornou um dos

instrumentos musicais mais conhecidos pelo mundo.

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Tipos de piano

Existem duas versões do piano acústico moderno: o piano de cauda e o piano

vertical (piano armário).

Piano de cauda

Piano vertical

O piano de cauda tem a armação e as cordas colocadas

horizontalmente. Necessita por isso de um grande espaço pois é bastante

volumoso. É adequado para salas de concerto com tetos altos e boa acústica.

Existem diversos modelos e tamanhos, entre 1,8 e 3 m de comprimento e 620

kg. O piano vertical tem a armação e as cordas colocadas verticalmente. A

armação pode ser feita em metal ou madeira. Os martelos não beneficiam da

força da gravidade.

Pode considerar-se um outro tipo de piano: o piano automático

ou pianola. Trata-se de um piano com um dispositivo mecânico que permite

premir as teclas numa seqüência marcada num rolo.

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Alguns compositores contemporâneos, como John Cage, Toni

Frade e Hermeto Pascoal, inovaram no som do piano ao colocarem objetos no

interior da caixa de ressonância ou ao modificarem o mecanismo. A um piano

assim alterado chama-se piano preparado.

A Família Real portuguesa incentivou o uso do pianoforte no Brasil.

Há ainda o piano digital, que guarda em uma memória os sons a serem

reproduzidos. Difere dos teclados digitais por simular a sensação das teclas

dos pianos acústicos, e por simular também um piano comum em sua estrutura

externa. Apesar de sua estreita semelhança com os pianos acústicos no que

diz respeito ao som e às teclas, possui vantagens como a capacidade de

alterar o volume do piano e também permitir o uso de fones de ouvido.

Mecanismos

Teclado

Teclas do piano

Praticamente todos os pianos modernos têm 88 teclas (sete oitavas mais

uma terça menor, desde o lá0 (27,5 Hz) ao dó8 (4.186 Hz))[8]. Muitos pianos

mais antigos têm 84 teclas (exatamente sete oitavas, desde o lá0 (27,5 Hz) ao

lá7 (3.520 Hz)). Também existem pianos com oito oitavas, da marca austríaca

Bösendorfer. Tradicionalmente, as teclas das notas naturais

(dó, ré, mi, fá, sol, lá e si) são brancas, e as teclas dos acidentes (dó ♯, ré ♯, fá

♯, sol ♯ e lá ♯ na ordem dos sustenidos e as correspondentes ré ♭, mi ♭, sol ♭, lá

♭ e si ♭ na ordem dos bemóis) são da cor preta, feitas de madeira, sendo as

pretas revestidas geralmente por ébano e as brancas de marfim, já em desuso

e proibido no mundo, ou de material plástico.

Pedais

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Pedais são um componente importante do piano.Os pianos têm

geralmente dois ou três pedais, sendo sempre o da direita o que permite que

as cordas vibrem livremente, dando uma sensação de prolongamento do som.

Permite executar uma técnica designada legato, como se o som das notas

sucessivas fosse um contínuo. Compositores como Frédéric Chopin usaram

nas suas peças este pedal com bastante frequência.

O pedal esquerdo é o chamado una corda. Despoleta nos pianos de

cauda um mecanismo que desvia muito ligeiramente a posição dos martelos.

Isto faz com que uma nota que habitualmente é executada quando o martelo

atinge em simultâneo três cordas soe mais suavemente pois o martelo atinge

somente duas. O nome una corda parece assim errado, mas nos primeiros

pianos, mesmo do inventor Cristofori, o desvio permitia que apenas uma corda

fosse percutida. Nos pianos verticais o pedal esquerdo consegue obter um

efeito semelhante ao deslocar os martelos para uma posição de descanso mais

próxima das cordas.

O pedal central, chamado de sostenuto possibilita fazer vibrar livremente

apenas a(s) nota(s) cujas teclas estão acionadas no momento do acionamento

dos pedais. As notas atacadas posteriormente não soarão livremente,

interrompendo-se assim que o pianista soltar as teclas. Isso possibilita

sustentar algumas notas enquanto as mãos do pianista se encontram livres

para tocar outras notas, o que é muito útil ao realizar, por exemplo, passagens

em baixo contínuo. O pedal sostenuto foi o último a ser incrementado ao piano.

Atualmente, quase todos os pianos de cauda possuem esse tipo de pedal,

enquanto entre pianos verticais ainda há muitos que não o apresentam. Muitas

peças do século XX requerem o uso desse pedal. Um exemplo é "Catalogue

d'Oiseaux", de Olivier Messiaen.

Em muitos pianos verticais, nos quais o pedal central de sostenuto foi

abolido, há no lugar do pedal central um mecanismo de surdina, que serve

apenas para abafar o som do instrumento.

SP

Recentemente os chamados pianos elétricos passaram por uma grande

evolução. São chamados de SP (Stage Piano ou piano de palco). Têm

exatamente o mesmo número de teclas do piano acústico e aproximam-se

cada vez mais do seu som, onde nos mais atuais, possuem ate timbres de

gravações de alta fidelidade dos mais famosos pianos acústicos do mundo,

entre eles o Steinway, Yamaha, Bosendorfer, etc. Muitos possuem ainda sons

de outros instrumentos musicais, como no caso dos teclados eletrônicos. O

'som' do piano elétrico é na verdade uma gravação do 'som autêntico' de um

piano acústico, com amostras sonoras chamadas de "samples". Suas teclas

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são 'sensitivas', pois simulam a intensidade sonora do piano convencional.

Muitas vezes, nesse grupo do conjunto timbres, teclas e funções, não deixam

nada a desejar em relação a algumas marcas de pianos acústicos. Hoje a

popularização desses SP é muito grande no mundo face aos preços mais

acessíveis e grande poder de transporte.

A afinação de um piano

«Os afinadores de piano não afinam; desafinam-no (temperam-no) de uma

maneira controlada»

Os martelos e as cordas do piano

Não é possível num instrumento com teclado ou com trastos obter

quintas, terças e oitavas todas «justas» no sentido físico do termo, ou seja,

perfeitamente consonantes. Em outras palavras, se forem afinadas todas as

quintas sem batimento, haverá batimentos para a oitava. E as terças não serão

justas. Para chegar a oitavas perfeitas o afinador tem que encurtar uma ou

mais quintas. O temperamento de uma escala é exatamente o ajuste dos

intervalos entre as notas, afastando-os do seu valor natural «harmônico», para

fazer com que os intervalos caibam numa oitava.

No sistema de temperamento igual, que (geralmente) é o adotado

atualmente no ocidente, os intervalos de quinta, terça e quarta não são

perfeitamente consonantes. Mas o seu batimento é bem suportável e o ouvido

contemporâneo já se habituou a ele. Só as oitavas são perfeitas. As quartas

aumentadas (ou quintas diminutas) ainda que não sejam consonantes, também

tem seu valor harmônico exato.

Hoje em dia, depois de afinarem bem cada quinta, os afinadores

encurtam-na ligeiramente temperando-a até que se ouça uma flutuação distinta

de volume que tem um som «ondulante» - o que se chama um batimento. Na

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oitava central do piano, as quartas e quintas devem soar com

aproximadamente um batimento (uma ondulação) por cada dois segundos,

enquanto as terceiras maiores e as terceiras menores devem criar

aproximadamente três batimentos por segundo.

Exceto as oitavas, nenhum outro intervalo fica a soar «puro»

acusticamente, embora a impureza seja suficientemente fraca para ser

tolerável pelo ouvido. Mas só assim é possível conseguir que uma mesma

melodia tocada em várias tonalidades soe do mesmo modo.

Além disso, os bons afinadores de piano aumentam as oitavas nos

graves e nos agudos, para terem em conta as características da perceção

auditiva humana. O que acontece é que o material com que são feitas as

cordas provoca a existência de harmônicos ligeiramente mais elevados do que

os que correspondem a razões de inteiros, o que faz com que uma oitava só

soe bem se for ligeiramente aumentada («stretched octave»). Tipicamente, as

oitavas mais graves acabam por ficar cerca de 35 cents mais curtas e as mais

agudas 35 cents mais longas do que a oitava central. O efeito é menor num

piano de cauda, por ter cordas mais longas.

E não se deve de fato usar um temperamento igual nos agudos. Porque,

com um temperamento igual, se executarmos passagens menos rápidas nas

regiões agudas, usando terças, já surgem cerca de 40 batimentos por segundo

o que cria uma espécie de linha de baixo fundamental abominável, muito perto

do verdadeiro baixo, que soa como se estivesse a ser tocada num instrumento

desafinado.

É de referir que um piano normalmente fica, pelo menos, ligeiramente

desafinado quando é transportado ou quando é sujeito a fortes correntes de ar.

Piano

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Informações

Classificação

Sachs

Extensão

Instrumentos relacionados

Clavicórdio

Cravo

Espineta

Órgão eletrônico

Pianola

Saltério

Virginal

Informações

ClassificaçãoHornbostel-

Sachs

314.122-4-

8

(cordofone

simples

com

teclado

com ação

por

martelos)

Instrumento

de teclado

Instrumento

de cordas

percutidas

Extensão

Instrumentos relacionados

Clavicórdio

Cravo

Espineta

Órgão eletrônico

Pianola

Saltério

Virginal

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O Clavicórdio é um instrumento de teclas europeu usado desde o final

da Idade Média, durante o Renascimento, Barroco e período Clássico.

Historicamente, era utilizado como um instrumento para praticar e como um

auxiliar de composição, já que não produzia um som com volume suficiente

para atuações. O clavicórdio produz som pelo beliscamento de cordas de

bronze ou ferro com pequenas lâminas de metal chamadas tangentes. As

vibrações são transmitidas através das pontes até à caixa de som. O nome

deriva do latim clavis, que significa "chave" (associado com o clavus, que

significa prego, taxa, etc) e chorda, que significa corda de um instrumento

musical.

Clavicórdio

História e uso

(um termo usado sobretudo para o cravo) e clavichordium, designando-os

como os melhores instrumentos para acompanhar melodias. Uma das

primeiras referências ao clavicórdio em Inglaterra acontece no reinado

de Henrique VII, pela rainha Isabel de York, numa entrada do seu diário de

Agosto de 1502:

"The same day, Hugh Denys for money by him delivered to a stranger that gave

the queen a payre of clavycordes. In crowns form his reward IIII libres."

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O clavicórdio foi muito popular entre os séculos XVI e XVIII, mas o seu

uso floresceu sobretudo nos países de língua alemã, Escandinávia e

a Península Ibérica, no final desse período. Em 1850 tinha caído em desuso.

No final da década de 1890, Arnold Dolmetsch reviveu a construção do

clavicórdio e Violet Gordon-Woodhouse, entre outros, ajudaram a popularizar o

instrumento. Embora muitos dos instrumentos construídos antes de 1730

fossem pequenos (4 oitavas, 1,2metros de comprimento), estes novos

instrumentos chegavam a ter mais de 2 metros e 6 oitavas de extensão. Hoje

em dia os clavicórdios são tocados especialmente pelos entusiastas da música

do Renascimento, Barroco e Clássica. Há muitos interessados e são por isso

produzidos mundialmente. Existem hoje em dia várias sociedades de

clavicordistas, e cerca de 400 gravações com o instrumento foram feitas nos

últimos 70 anos. Os executantes expoentes do instrumento incluem Derek

Adlam, Christopher Hogwood, Richard Troeger, e Miklos Spányi.

Música moderna

O clavicórdio também ganhou atenção noutros tipos de música, sob a

forma do clavinete, que é essencialmente um clavicórdio eléctrico que usa um

pickup magnético para produzir um sinal para amplificação. Stevie Wonder usa

um clavinete em muitas das suas canções, como "Superstition" e "Higher

Ground". Um clavinete tocado através de um amplificador com pedais de

efeitos de guitarra é muitas vezes associado com o rock dos anos 70, funk e

com influências disco. Guy Sigsworth tocou clavicórdio num projecto moderno

com Björk, notavelmente na gravação de estúdio de "All is Full of Love". Björk

também fez um uso alargado e até tocou o instrumento na canção "My

Juvenile" do seu álbum de 2007 Volta. Tori Amos usou o instrumento em "Little

Amsterdam" do álbum Boys for Pele e na canção "Smokey Joe" do seu álbum

de 2007 American Doll Posse. Amos também usou o clavinete no seu trabalho

de 2004 "Not David Bowie", lançado em 2006 como parte da sua caixa "A

Piano: The Collection". Em 1976, Oscar Peterson tocou (com Joe Pass na

guitarra acústica) canções de Porgy and Bess no clavicórdio. Keith

Jarrett também gravou um álbum inteiro chamado Book of Ways (1987), no

qual ele toca uma série de improvisações para clavicórdio. A canção "For No

One" (1966) dos Beatles inclui Paul McCartney a tocar o clavicórdio. Rick

Wakeman toca o clavicórdio na faixa "The Battle" do álbum Journey to the

Centre of the Earth.

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Estrutura e Ação

Diagrama esquemático do mecanismo do clavicórdio: A/B. Teclas.

1A/1B. Tangentes. 2A/2B. Alavancas das teclas 3. Corda 4. Caixa de som. 5.

parafuso da ponte, 6. Damping felt, next to hitch

é uma simplificação. No instrumento real, as cordas correm perpendiculares às

alavancas das teclas. Por outras palavras, as cordas correm ao comprimento

do instrumento.

No clavicórdio, as cordas correm transversalmente desde o fim

esquerdo, do carril do pino de engate, até às cavilhas de afinação à direita.

Perto do extremo direito elas passam sobre uma ponte de madeira curvada. A

acção é simples, com as teclas a funcionarem como alavancas com uma

pequena tangente de metal

tamanho e forma à cabeça de uma chave de fendas, no limite oposto. As

cordas, que normalmente são de bronze, ou de uma liga de bronze e ferro,

estão normalmente organizadas em pares, como num alaúde ou bandolim.

Quando a tecla é pressionada, a tangente atinge as cordas acima, fazendo

soar de forma semelhante à técnica de percussão das cordas da guitarra. Ao

contrário da acção de um piano, a tangente não faz ricochete da corda, pelo

contrário, ela fica em contacto

actuando ao mesmo tempo como o iniciador e o controlador do som. O volume

da nota pode ser mudado consoante a suavidade ou dureza do toque, e o tom

também pode ser afectado pela variação na força exercida sob

contra a corda (conhecida como Bebung). Quando a tecla é solta, a tangente

perde o contacto com a corda e a vibração desta é silenciada pelas tiras do

pano de amortecimento.

Diagrama esquemático do mecanismo do clavicórdio: A/B. Teclas.

1A/1B. Tangentes. 2A/2B. Alavancas das teclas 3. Corda 4. Caixa de som. 5.

parafuso da ponte, 6. Damping felt, next to hitch-pin. (Notar que este esquema

é uma simplificação. No instrumento real, as cordas correm perpendiculares às

alavancas das teclas. Por outras palavras, as cordas correm ao comprimento

No clavicórdio, as cordas correm transversalmente desde o fim

esquerdo, do carril do pino de engate, até às cavilhas de afinação à direita.

Perto do extremo direito elas passam sobre uma ponte de madeira curvada. A

acção é simples, com as teclas a funcionarem como alavancas com uma

pequena tangente de metal, uma pequena peça de metal semelhante em

tamanho e forma à cabeça de uma chave de fendas, no limite oposto. As

cordas, que normalmente são de bronze, ou de uma liga de bronze e ferro,

estão normalmente organizadas em pares, como num alaúde ou bandolim.

ando a tecla é pressionada, a tangente atinge as cordas acima, fazendo

soar de forma semelhante à técnica de percussão das cordas da guitarra. Ao

contrário da acção de um piano, a tangente não faz ricochete da corda, pelo

contrário, ela fica em contacto com a corda enquanto a tecla está pressionada,

actuando ao mesmo tempo como o iniciador e o controlador do som. O volume

da nota pode ser mudado consoante a suavidade ou dureza do toque, e o tom

também pode ser afectado pela variação na força exercida sobre a tangente

contra a corda (conhecida como Bebung). Quando a tecla é solta, a tangente

perde o contacto com a corda e a vibração desta é silenciada pelas tiras do

Diagrama esquemático do mecanismo do clavicórdio: A/B. Teclas.

1A/1B. Tangentes. 2A/2B. Alavancas das teclas 3. Corda 4. Caixa de som. 5.

Notar que este esquema

é uma simplificação. No instrumento real, as cordas correm perpendiculares às

alavancas das teclas. Por outras palavras, as cordas correm ao comprimento

No clavicórdio, as cordas correm transversalmente desde o fim, no lado

esquerdo, do carril do pino de engate, até às cavilhas de afinação à direita.

Perto do extremo direito elas passam sobre uma ponte de madeira curvada. A

acção é simples, com as teclas a funcionarem como alavancas com uma

, uma pequena peça de metal semelhante em

tamanho e forma à cabeça de uma chave de fendas, no limite oposto. As

cordas, que normalmente são de bronze, ou de uma liga de bronze e ferro,

estão normalmente organizadas em pares, como num alaúde ou bandolim.

ando a tecla é pressionada, a tangente atinge as cordas acima, fazendo-as

soar de forma semelhante à técnica de percussão das cordas da guitarra. Ao

contrário da acção de um piano, a tangente não faz ricochete da corda, pelo

com a corda enquanto a tecla está pressionada,

actuando ao mesmo tempo como o iniciador e o controlador do som. O volume

da nota pode ser mudado consoante a suavidade ou dureza do toque, e o tom

re a tangente

contra a corda (conhecida como Bebung). Quando a tecla é solta, a tangente

perde o contacto com a corda e a vibração desta é silenciada pelas tiras do

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A ação do clavicórdio é única entre todos os instrumentos de teclas, já

que uma das partes da acção simultaneamente inicia a vibração sonora ao

mesmo tempo que define o final da vibração da corda, e por isso o seu tom.

Por causa deste contacto íntimo entre a mão do tocador e a produção de som,

o clavicórdio já foi referido como o mais íntimo dos instrumentos de cordas.

Apesar das suas muitas (e sérias) limitações, incluindo o volume extremamente

baixo, o instrumento tem um considerável poder expressivo, já que o tocador

consegue controlar o ataque, a duração, o volume, e até criar certos efeitos

subtis de alteração de tom e um tipo de vibrato único.

Fretting

Clavicórdio não fretado com 5 oitavas de Paul Maurici, baseado num de J.A.

Hass

Uma vez que as cordas vibram desde a ponte apenas até à tangente, teclas

múltiplas com tangentes múltiplas podem ser atribuídas a uma mesma corda.

Isto é chamado fretting. Os primeiros clavicórdios tinham frequentemente

muitas notas tocadas na mesma corda.

Cravo

Cravo

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Cravo é a designação dada a qualquer dos membros de uma família

europeia de instrumentos musicais

comumente chamados de cravos, mas também os menores:

muselar e a espineta. Todos esses instrumentos pertencem ao grupo das

cordas pinçadas, ou seja, geram o som tangendo ou beliscando uma

invés de percuti-la como no

de instrumentos desse tipo se originou quando um teclado foi anexado a

um saltério, fornecendo um meio mecânico para tange

instrumento que em português, é chamado de

de clavicembalo ou simplesmente

também é geralmente utilizada em alemão. A palavra francesa tipicamente

usada é clavecin. Confusamente, a palavra mais utilizada na Espanha para o

cravo é clavicordio, gerando confusão com o

círculos musicais espanhóis, os locutore

comumente, a palavra francesa.

Um cravista é um músico que toca o cravo.

História

é a designação dada a qualquer dos membros de uma família

instrumentos musicais de tecla, incluindo os grandes instrumentos

cravos, mas também os menores: virginal, o vi

. Todos esses instrumentos pertencem ao grupo das

cordas pinçadas, ou seja, geram o som tangendo ou beliscando uma

la como no piano ou no clavicórdio. Acredita-se que a família

de instrumentos desse tipo se originou quando um teclado foi anexado a

, fornecendo um meio mecânico para tanger as cordas. O tipo de

instrumento que em português, é chamado de cravo é geralmente chamado

ou simplesmente cembalo em italiano, e esta última palavra

também é geralmente utilizada em alemão. A palavra francesa tipicamente

. Confusamente, a palavra mais utilizada na Espanha para o

clavicordio, gerando confusão com o clavicórdio. Por essa razão, nos

círculos musicais espanhóis, os locutores utilizam a palavra italiana ou, mais

comumente, a palavra francesa.

Um cravista é um músico que toca o cravo.

é a designação dada a qualquer dos membros de uma família

, incluindo os grandes instrumentos

, o virginal

. Todos esses instrumentos pertencem ao grupo das

cordas pinçadas, ou seja, geram o som tangendo ou beliscando uma corda ao

e que a família

de instrumentos desse tipo se originou quando um teclado foi anexado a

r as cordas. O tipo de

é geralmente chamado

em italiano, e esta última palavra

também é geralmente utilizada em alemão. A palavra francesa tipicamente

. Confusamente, a palavra mais utilizada na Espanha para o

. Por essa razão, nos

s utilizam a palavra italiana ou, mais

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Virginal, provavelmente inglês, fins do século XVII

A origem do cravo é obscura, mas sabe-se que surgiu em algum

momento da alta Idade Média ou na Idade Média tardia. As mais antigas

referências escritas ao instrumento datam dos anos 1300 e é possível que o

cravo tenha sido inventado naquele século. Esta era uma época na qual os

avanços na fabricação de mecanismos e outras formas de antigas máquinas

pré-modernas estavam sendo desenvolvidas e, portanto, uma época

apropriada para a invenção daqueles aspectos que diferenciam o cravo

do saltério. Um manuscrito latino sobre instrumentos musicais, de autoria

de Henri Arnault de Zwolle, c. 1440, inclui diagramas detalhados de um

pequeno cravo e de três tipos de movimentos de ação dos ganchos.

Itália

O cravo mais antigo, completo, ainda preservado, veio da Itália, o exemplar

mais velho tendo sido datado de 1521. A Real Academia de Música em

Londres possui um instrumento de curiosa forma vertical. Infelizmente, ele não

funciona. Entretanto, esses primitivos instrumentos italianos não lançam

qualquer luz sobre a origem do cravo uma vez que representam uma forma já

bastante aperfeiçoada do instrumento. Os fabricantes italianos do cravo

construíram instrumentos de manual simples (um único teclado), de construção

muito leve e relativamente pouca tensão nas cordas. Este desenho sobreviveu

entre os fabricantes italianos durante séculos, com muito pouca alteração. Os

instrumentos italianos são considerados agradáveis mas discretos quanto ao

seu tom e são apropriados para acompanhamento de cantores ou outros

instrumentos. Próximo ao final do período histórico, instrumentos maiores e

mais elaborados foram construídos, principalmente por Bartolomeo Cristofori.

Flandres

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Uma dama em pé junto a um virginal, de Jan Vermeer van Delft

Um revolução na técnica de construção do cravo ocorreu

em Flandres em algum momento durante 1580 com o trabalho de Hans

Ruckers e seus descendentes, inclusive Ioannes Couchet. O cravo Ruckers era

construído de maneira mais resistente do que os italianos. Devido ao fato de

utilizarem cordas mais longas (sempre os dois conjuntos básicos de cordas:

uma de 2,5 metros (8 pés) e outra de 1,3 metros (4 pés), embora

ocasionalmente pudessem utilizar duas cordas de 2,5 metros (8 pés)), maior

tensão nas cordas e uma caixa mais pesada junto com uma caixa de

ressonância de abeto, bastante esbelta e responsiva. O tom era mais

sustentável do que o do cravo italiano e foi largamente copiado pelos

fabricantes de cravo na maioria das outras nações. Os fabricantes flamengos

também desenvolveram um tipo de cravo de manual duplo (dois teclados) que

inicialmente era usado meramente para permitir a fácil transposição, no

intervalo de quarta, ao invés de aumentar a faixa expressiva do instrumento.

Entretanto, mais tarde, no século XVII, o manual adicional foi também usado

para contraste do tom, com a possibilidade de duplicar os registros de ambos

os manuais para se obter um som mais cheio. Os cravos flamengos com

freqüência são elaboradamente pintados e decorados.

França

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Cravo Ruckers-Taskin, (Paris, Musée de la Musique)

O instrumento flamengo foi mais desenvolvido na França, no século

XVIII, principalmente com o trabalho da família Blanchet e seu

sucessor, Pascal Taskin. Estes instrumentos franceses imitaram o projeto

flamengo mas tiveram a extensão seu teclado aumentada de cerca de quatro

para cerca de cinco oitavas. Adicionalmente, os instrumentos franceses de

manual duplo além de usarem seus manuais para transposição, os

empregavam também para variar a combinação de paradas sendo utilizadas

(isto é, a corda a ser beliscada). O cravo francês do século XVIII é

freqüentemente considerado um dos apogeus do projeto do cravo e é

largamente adotado na construção dos instrumentos modernos.

Um aspecto impressionante da tradição francesa do século XVIII era sua

quase obsessão com pelos cravos Ruckers. Num processo conhecido

como grand ravalement, muitos dos instrumentos Ruckers sobreviventes foram

montados e remontados com novo material de ressonância e construção da

caixa que acrescentou uma oitava à extensão original do teclado. Considera-se

que muitos dos cravos que, na época, se diziam resutaurações Ruckers eram

fraudulentos a despeito de poderem ser, de direito, considerados instrumentos

soberbos. Um processo mais básico foi o chamado petit ravalement, no qual os

teclados e os conjuntos de cordas, mas não a caixa, foram modificados.

Inglaterra

Para a Inglaterra, o cravo teve relevância durante a Renascença para o

grande grupo de compositores importantes que escreveram para ele, mas,

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aparentemente, muitos dos instrumentos, na época, eram importados da Itália.

Os cravos construídos na Inglaterra só ganharam notoriedade no século XVIII,

com o trabalho de dois fabricantes emigrantes, Jacob Kirckman (da Alsácia)

e Burkat Shudi (da Suíça). Os cravos destes fabricantes, construídos para uma

elite social próspera e em expansão, eram notáveis por seu tom poderoso e

exótico devido às caixas de madeira compensada. O som dos cravos Kirckman

e Shudi impressionaram muitos ouvintes, mas o sentimento de que eles

afetavam negativamente a música, fez com que muito poucos instrumentos

tenham sido fabricados segundo o seu modelo. A firma Shudi passou para o

genro de Shudi, John Broadwood, que o adaptou para a fabricação de pianos e

se tornou uma força criadora no desenvolvimento daquele instrumento.

Alemanha

Os fabricantes alemães de cravos adoptaram ligeiramente o modelo

francês, mas com interesse especial em conseguir uma variedade de

sonoridades, talvez porque alguns dos mais eminentes construtores alemães

fossem também construtores do órgão de tubos. Alguns cravos alemães

incluem um coro de cordas de 2 pés, isto é, cordas afinadas duas oitavas

acima do conjunto primário. Uns poucos chegaram mesmo a incluir um

registros de 16 pés, afinados uma oitava abaixo dos coros principais de 8 pés.

Um cravo alemão preservado, tem até manual triplo para controlar as muitas

combinações de cordas que estavam disponíveis. Os registros de 2 pés e de

16 pés do cravo alemão, não são apreciados pelos cravistas modernos que

tendem a preferir o tipo francês de instrumento.

Obsolescência e Renascimento

No ponto máximo de seu desenvolvimento, o cravo perdeu para

o piano o favoritismo que desfrutava. O piano rapidamente evoluiu a partir de

suas origens semelhantes ao cravo e o conhecimento tradicional, acumulado,

dos construtores de cravo gradualmente se dissipou.

No início do século XX, um interesse despertado por interpretações de

época, tendo a renomada, energética e atualmente, algumas vezes,

controversa Wanda Landowska como sua porta-voz, resultou no renascimento

do cravo. Nas primeiras décadas de seu renascimento, os cravos então

construídos foram fortemente influenciados pelo moderno piano de cauda,

principalmente quanto ao uso de pesadas armações de metal, de longe muito

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mais robustas do que o necessário para suportar a tensão das cordas do cravo.

Este foi o instrumento que os fabricantes

piano Pleyel construíram para Mme. Landowska. Os construtores incluíram

registros de 16 pés nesses instrumentos para abafar o som, uma prática

relativamente incomum dos construtores alemães do século XVIII.

A partir de meados do século XX, a construção de cravos tomou um

novo ímpeto quando uma nova geração de fabricantes procurou os métodos de

projeto e construção dos séculos passados. Este movimento foi liderado, entre

outros por Frank Hubbard

Dolmetsch, sediado em

trabalhando em Bremen, Alemanha

inspecionaram muitos instrumentos

período histórico, disponível, sobre cravos. Hoje os cravos que se baseiam nos

princípios redescobertos dos antigos fabricantes dominam o cenário e são

construídos em oficinas ao redor do mundo. As oficinas tamb

constroem kits que são montados na sua forma final por amadores entusiastas.

Funcionamento

O modo de funcionar é o mesmo em todos os cravos:

Visão esquemática de um cravo 2x8 de manual simp

nome, 3) placa do nome 4) pinos de afinação, 5) porca, 6) trilho do saltador, 7)

registros superiores, 8) corda , 9) cavalete, 10) pino de sustentação, 11)

revestimento, 12) curvatura lateral, 13) moldura, 14) placa de som, 15)

16) trilho interno superior, 17) saltador, 18) trilho interno inferior, 19) base, 20)

cavalete, 21) pino guia, 22) registros inferiores, 23) prancha de afinação, 24)

pino balanceador, 25) estrutura do teclado.

mais robustas do que o necessário para suportar a tensão das cordas do cravo.

Este foi o instrumento que os fabricantes parisienses

struíram para Mme. Landowska. Os construtores incluíram

registros de 16 pés nesses instrumentos para abafar o som, uma prática

relativamente incomum dos construtores alemães do século XVIII.

A partir de meados do século XX, a construção de cravos tomou um

novo ímpeto quando uma nova geração de fabricantes procurou os métodos de

projeto e construção dos séculos passados. Este movimento foi liderado, entre

Frank Hubbard e William Dowd, trabalhando em Boston

, sediado em Surrey no Reino Unido e Martin Skowroneck

Alemanha. Estes peritos-construtores estudaram e

inspecionaram muitos instrumentos antigos e consultaram o material escrito no

período histórico, disponível, sobre cravos. Hoje os cravos que se baseiam nos

princípios redescobertos dos antigos fabricantes dominam o cenário e são

construídos em oficinas ao redor do mundo. As oficinas tamb

que são montados na sua forma final por amadores entusiastas.

O modo de funcionar é o mesmo em todos os cravos:

Visão esquemática de um cravo 2x8 de manual simples. 1) tecla, 2) batente do

nome, 3) placa do nome 4) pinos de afinação, 5) porca, 6) trilho do saltador, 7)

registros superiores, 8) corda , 9) cavalete, 10) pino de sustentação, 11)

revestimento, 12) curvatura lateral, 13) moldura, 14) placa de som, 15)

16) trilho interno superior, 17) saltador, 18) trilho interno inferior, 19) base, 20)

cavalete, 21) pino guia, 22) registros inferiores, 23) prancha de afinação, 24)

pino balanceador, 25) estrutura do teclado.

mais robustas do que o necessário para suportar a tensão das cordas do cravo.

parisienses de

struíram para Mme. Landowska. Os construtores incluíram

registros de 16 pés nesses instrumentos para abafar o som, uma prática

A partir de meados do século XX, a construção de cravos tomou um

novo ímpeto quando uma nova geração de fabricantes procurou os métodos de

projeto e construção dos séculos passados. Este movimento foi liderado, entre

Boston, Arnold

tin Skowroneck,

construtores estudaram e

antigos e consultaram o material escrito no

período histórico, disponível, sobre cravos. Hoje os cravos que se baseiam nos

princípios redescobertos dos antigos fabricantes dominam o cenário e são

construídos em oficinas ao redor do mundo. As oficinas também

que são montados na sua forma final por amadores entusiastas.

les. 1) tecla, 2) batente do

nome, 3) placa do nome 4) pinos de afinação, 5) porca, 6) trilho do saltador, 7)

registros superiores, 8) corda , 9) cavalete, 10) pino de sustentação, 11)

revestimento, 12) curvatura lateral, 13) moldura, 14) placa de som, 15) folga,

16) trilho interno superior, 17) saltador, 18) trilho interno inferior, 19) base, 20)

cavalete, 21) pino guia, 22) registros inferiores, 23) prancha de afinação, 24)

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A tecla é um pivô simples que oscila e

O Saltador é uma peça de madeira, fina, retangular que se assenta sobre a

extremidade final da tecla. É mantido no lugar por duas guias (superior e

inferior) que são duas longas peças de madeira com furos através dos qua

saltadores possam passar.

Parte superior de um saltador. 1) corda, 2)eixo da lingüeta, 3) lingüeta, 4)

plectro, 5) amortecedor.

No saltador, um plectro projeta

plectro está colocado num pequeno ângulo para cima) e passa sob a corda.

Historicamente, os plectros eram fabricados de penas de

embora a maioria dos cravos m

Quando a parte da frente da tecla é pressionada (2) a parte de trás é

levantada, o saltador é levantado e o plectro faz a corda vibrar (3).

é um pivô simples que oscila em torno de um pino que a atravessa.

é uma peça de madeira, fina, retangular que se assenta sobre a

extremidade final da tecla. É mantido no lugar por duas guias (superior e

inferior) que são duas longas peças de madeira com furos através dos qua

Parte superior de um saltador. 1) corda, 2)eixo da lingüeta, 3) lingüeta, 4)

projeta-se quase horizontalmente (normalmente, o

plectro está colocado num pequeno ângulo para cima) e passa sob a corda.

Historicamente, os plectros eram fabricados de penas de corvo

embora a maioria dos cravos modernos utilizem um plástico (delrin or

te da tecla é pressionada (2) a parte de trás é

levantada, o saltador é levantado e o plectro faz a corda vibrar (3).

m torno de um pino que a atravessa.

é uma peça de madeira, fina, retangular que se assenta sobre a

extremidade final da tecla. É mantido no lugar por duas guias (superior e

inferior) que são duas longas peças de madeira com furos através dos quais os

Parte superior de um saltador. 1) corda, 2)eixo da lingüeta, 3) lingüeta, 4)

nte (normalmente, o

plectro está colocado num pequeno ângulo para cima) e passa sob a corda.

ou couro

celcon).

te da tecla é pressionada (2) a parte de trás é

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Funcionamento do saltador. A) Saltador na posição normal. O

amortecedor está encostado à corda para evitar sua vibração. B) Quando uma

tecla é pressionada, o saltador é levantado e o plectro toca a corda e começa a

se dobrar. C) O plectro tange a corda, que emite uma vibração (som). O

saltador atinge o trilho do saltador. D) Quando a mão do intérprete libera a

tecla, o saltador cai de volt

para trás, para permitir que passe pela corda sem tocá

feltro, 3) amortecedor, 4) corda, 5) plectro, 6) lingüeta, 7) eixo da lingüeta, 8)

mola, 9) saltador, 10) rotação da ling

Quando a tecla volta à sua posição de repouso, o saltador cai, descendo

pela ação do próprio peso, e os pivôs do plectro se curvam para trás permitindo

que ele passe pela corda (4) sem tocá

plectro está fixado a uma lingüeta que, por sua vez, está presa por uma

articulação e uma mola ao corpo do saltador.

Na parte de cima do saltador, um amortecedor de feltro encosta na

corda impedindo-a de vibrar quando a tecla não está pressionada (1).

Controlando múltiplos coros

Funcionamento do saltador. A) Saltador na posição normal. O

amortecedor está encostado à corda para evitar sua vibração. B) Quando uma

ecla é pressionada, o saltador é levantado e o plectro toca a corda e começa a

se dobrar. C) O plectro tange a corda, que emite uma vibração (som). O

trilho do saltador. D) Quando a mão do intérprete libera a

tecla, o saltador cai de volta, sob a ação do próprio peso e o plectro se inclina

para trás, para permitir que passe pela corda sem tocá-la. 1) trilho superior, 2)

feltro, 3) amortecedor, 4) corda, 5) plectro, 6) lingüeta, 7) eixo da lingüeta, 8)

mola, 9) saltador, 10) rotação da lingüeta.

Quando a tecla volta à sua posição de repouso, o saltador cai, descendo

pela ação do próprio peso, e os pivôs do plectro se curvam para trás permitindo

que ele passe pela corda (4) sem tocá-la. Isto se torna possível porque o

a lingüeta que, por sua vez, está presa por uma

articulação e uma mola ao corpo do saltador.

Na parte de cima do saltador, um amortecedor de feltro encosta na

a de vibrar quando a tecla não está pressionada (1).

Controlando múltiplos coros de cordas

Funcionamento do saltador. A) Saltador na posição normal. O

amortecedor está encostado à corda para evitar sua vibração. B) Quando uma

ecla é pressionada, o saltador é levantado e o plectro toca a corda e começa a

se dobrar. C) O plectro tange a corda, que emite uma vibração (som). O

trilho do saltador. D) Quando a mão do intérprete libera a

a, sob a ação do próprio peso e o plectro se inclina

la. 1) trilho superior, 2)

feltro, 3) amortecedor, 4) corda, 5) plectro, 6) lingüeta, 7) eixo da lingüeta, 8)

Quando a tecla volta à sua posição de repouso, o saltador cai, descendo

pela ação do próprio peso, e os pivôs do plectro se curvam para trás permitindo

la. Isto se torna possível porque o

a lingüeta que, por sua vez, está presa por uma

Na parte de cima do saltador, um amortecedor de feltro encosta na

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Num aspecto em que os cravos variam muito, é nos mecanismos que

controlam que coro de cordas deverá soar quando as teclas forem

pressionadas. Geralmente um conjunto de cordas pode ser "desligado"

movendo um pouco para os lados o registro superior (através do qual seus

saltadores deslizam), impedindo desse modo que o plectro toque as cordas.

Nos instrumentos mais simples, esta função é real

medida que o cravo evoluiu, surgiram várias invenções que facilitaram a

mudança dos registros, por exemplo, com alavancas próximas ao teclado,

alavancas na altura dos joelhos e pedais.

Em instrumentos que tivessem mais de um manual

fabricantes freqüentemente arranjaram disposições em que as notas de um

manual podiam, opcionalmente, ser tocadas com o outro manual. O sistema

mais flexível foi o sistema francês de acoplamento por empurra, no qual o

manual mais baixo pode deslizar para frente e para trás, e, na posição para

trás, ganchos presos à superfície superior do manual inferior agarram a

superfície inferior das teclas do manual superior, fazendo

Dependendo da escolha do teclado e da posição de acoplamento,

poderia selecionar o conjunto de saltadores rotulados como A, B ou C ou todos

os três.

Acoplamento francês por empurra. 1) pino de balanceamento, 2)&5) guia

inferior (fixa), 3) saltadores, 4) gancho de acoplamento, S) tecla superior, I)

tecla inferior. À esquerda: teclados não acoplados. A tecla superior pressionada

levanta o saltador. A tecla inferior pressionada levanta os saltadores B e C. À

direita: O teclado superior está acoplado ao inferior ao se puxar este último. Ao

ser pressionada tecla superior, o saltador A é levantado. Ao pressionar o

teclado inferior, são levantados os saltadores A, B e C.

Num aspecto em que os cravos variam muito, é nos mecanismos que

controlam que coro de cordas deverá soar quando as teclas forem

adas. Geralmente um conjunto de cordas pode ser "desligado"

movendo um pouco para os lados o registro superior (através do qual seus

saltadores deslizam), impedindo desse modo que o plectro toque as cordas.

Nos instrumentos mais simples, esta função é realizada manualmente, mas à

medida que o cravo evoluiu, surgiram várias invenções que facilitaram a

mudança dos registros, por exemplo, com alavancas próximas ao teclado,

alavancas na altura dos joelhos e pedais.

Em instrumentos que tivessem mais de um manual (teclado), os

fabricantes freqüentemente arranjaram disposições em que as notas de um

manual podiam, opcionalmente, ser tocadas com o outro manual. O sistema

mais flexível foi o sistema francês de acoplamento por empurra, no qual o

deslizar para frente e para trás, e, na posição para

trás, ganchos presos à superfície superior do manual inferior agarram a

superfície inferior das teclas do manual superior, fazendo-as tocar.

Dependendo da escolha do teclado e da posição de acoplamento, o executante

poderia selecionar o conjunto de saltadores rotulados como A, B ou C ou todos

Acoplamento francês por empurra. 1) pino de balanceamento, 2)&5) guia

inferior (fixa), 3) saltadores, 4) gancho de acoplamento, S) tecla superior, I)

a inferior. À esquerda: teclados não acoplados. A tecla superior pressionada

levanta o saltador. A tecla inferior pressionada levanta os saltadores B e C. À

direita: O teclado superior está acoplado ao inferior ao se puxar este último. Ao

ecla superior, o saltador A é levantado. Ao pressionar o

teclado inferior, são levantados os saltadores A, B e C.

Num aspecto em que os cravos variam muito, é nos mecanismos que

controlam que coro de cordas deverá soar quando as teclas forem

adas. Geralmente um conjunto de cordas pode ser "desligado"

movendo um pouco para os lados o registro superior (através do qual seus

saltadores deslizam), impedindo desse modo que o plectro toque as cordas.

izada manualmente, mas à

medida que o cravo evoluiu, surgiram várias invenções que facilitaram a

mudança dos registros, por exemplo, com alavancas próximas ao teclado,

(teclado), os

fabricantes freqüentemente arranjaram disposições em que as notas de um

manual podiam, opcionalmente, ser tocadas com o outro manual. O sistema

mais flexível foi o sistema francês de acoplamento por empurra, no qual o

deslizar para frente e para trás, e, na posição para

trás, ganchos presos à superfície superior do manual inferior agarram a

as tocar.

o executante

poderia selecionar o conjunto de saltadores rotulados como A, B ou C ou todos

Acoplamento francês por empurra. 1) pino de balanceamento, 2)&5) guia

inferior (fixa), 3) saltadores, 4) gancho de acoplamento, S) tecla superior, I)

a inferior. À esquerda: teclados não acoplados. A tecla superior pressionada

levanta o saltador. A tecla inferior pressionada levanta os saltadores B e C. À

direita: O teclado superior está acoplado ao inferior ao se puxar este último. Ao

ecla superior, o saltador A é levantado. Ao pressionar o

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O sistema inglês de saltadores tipo "perna de cão" ("dogleg") era menos

flexível, na medida em que os manuais ficavam imóveis. O formato em pe

de cão do conjunto de saltadores rotulados como A, permitiam que os

saltadores A fossem tocados por ambos os teclados, mas o manual inferior

tocava obrigatoriamente os três conjuntos e não podia tocar apenas o conjunto

B e C, como no caso do acoplament

Saltador perna de cão, Sistema inglês de acoplamento. 1) pino balanceador, 2)

registro inferior (fixo), 3) saltador com "perna de cão" 4) saltadores, S) tecla

superior, I) tecla inferior. Quando pressionada, a tecla superior levant

saltador tipo "perna de cão" (saltador A). A tecla inferior levanta os três

saltadores A, B e C.

Variações

Embora os termos utilizados para denotar os vários membros da família

estejam hoje praticamente padronizados, nos dias do apogeu do cravo este

não era o caso.

Cravo

Atualmente, cravo pode designar todos os elementos que compõem a

família do instrumento ou, mais especificamente, o instrumento no f

um piano de cauda como uma caixa de forma quase triangular acomodando à

esquerda cordas longas para o

O sistema inglês de saltadores tipo "perna de cão" ("dogleg") era menos

flexível, na medida em que os manuais ficavam imóveis. O formato em pe

de cão do conjunto de saltadores rotulados como A, permitiam que os

saltadores A fossem tocados por ambos os teclados, mas o manual inferior

tocava obrigatoriamente os três conjuntos e não podia tocar apenas o conjunto

B e C, como no caso do acoplamento francês por empurra.

perna de cão, Sistema inglês de acoplamento. 1) pino balanceador, 2)

registro inferior (fixo), 3) saltador com "perna de cão" 4) saltadores, S) tecla

superior, I) tecla inferior. Quando pressionada, a tecla superior levant

saltador tipo "perna de cão" (saltador A). A tecla inferior levanta os três

Embora os termos utilizados para denotar os vários membros da família

amente padronizados, nos dias do apogeu do cravo este

pode designar todos os elementos que compõem a

família do instrumento ou, mais especificamente, o instrumento no formato de

como uma caixa de forma quase triangular acomodando à

esquerda cordas longas para o baixo e, à direita, cordas curtas soprano

O sistema inglês de saltadores tipo "perna de cão" ("dogleg") era menos

flexível, na medida em que os manuais ficavam imóveis. O formato em perna

de cão do conjunto de saltadores rotulados como A, permitiam que os

saltadores A fossem tocados por ambos os teclados, mas o manual inferior

tocava obrigatoriamente os três conjuntos e não podia tocar apenas o conjunto

perna de cão, Sistema inglês de acoplamento. 1) pino balanceador, 2)

registro inferior (fixo), 3) saltador com "perna de cão" 4) saltadores, S) tecla

superior, I) tecla inferior. Quando pressionada, a tecla superior levanta o

saltador tipo "perna de cão" (saltador A). A tecla inferior levanta os três

Embora os termos utilizados para denotar os vários membros da família

amente padronizados, nos dias do apogeu do cravo este

pode designar todos os elementos que compõem a

ormato de

como uma caixa de forma quase triangular acomodando à

soprano à

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direita; Caracteristicamente tem um perfil mais alongado do que o do piano de

cauda e o lado em curva com maior raio de curvatura (bentside).

Um cravo pode ter de uma a três - e algumas vezes até mesmo mais,

cordas por nota. Normalmente, uma está afinada a quatro pés, isto é uma

oitava acima do fundamental. Quando existem dois coros de oito pés, um deles

tem seu ponto de vibração próximo ao cavalete criando uma tonalidade mais

"nasal", enfatizando os harmônicos superiores.

Manuais simples ou teclados, são comuns, especialmente nos cravos

italianos. Manuais duplos, que permitem maior controle sobre que cordas são

beliscadas são encontrados em instrumentos mais elaborados. Há uns poucos

exemplos de manuais triplos em cravos alemães.

Virginais

Virginal flamengo (Paris, Musée de la Musique)

O virginal ou virginals é um cravo pequeno de forma retangular (que se

parece com um clavicórdio (ver também clavicórdio - em inglês), com apenas

uma corda para cada nota fixada paralelamente ao teclado no lado comprido

da caixa. Identificado com esse nome por volta de 1460, era tocado sobre o

colo ou, mais comumentoe colocado sobre uma mesa. embora o nome venha

da mesma raíz que o adjetivo "virginal" a razão para lhe ter sido dado este

nome é obscura. Observe-se que no Período elisabetano era utilizado para

designar qualquer tipo de cravo não, como acontece hoje, apenas os virginais.

Portanto, as obras primas de William Byrd e seus contemporâneos foram

tocadas freqüentemente num cravo, no estilo italiano e não nos instrumentos

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que hoje chamamos de virginais. Os virginais são descritos como espineta

virginal (o tipo comum) ou virginal muselar.

Espineta Virginal

Na espineta virginal o teclado é colocado do lado esquerdo e as cordas

são beliscadas numa das extremidades, como nos demais membros da família

cravo. Este é o arranjo mais comum e um instrumento descrito simplesmente

como um "virginal" é uma espineta virginal.

Virginais Muselares

Num virginal muselar (em flamengo, muselaar), o teclado é colocado á

direita ou no meio da caixa, de modo que as cordas são beliscadas no centro

de seu comprimento sonoro. Isto produz um som quente e rico, mas a um

preço, o funcionamento para a mão esquerda é colocado no meio da placa de

som do instrumento, resultando que qualquer ruído originário deste tipo de

funcionamento é amplificado. Um comentarista do século XVIII disse que os

muselares "grunhem nos baixos como leitões". Em adição ao ruído mecânico, o

ponto de vibração no baixo torna a repetição difícil porque o movimeno da

corda, que ainda permanece vibrando, interfere com a habilidade do plectro

conectar novamente. Portanto o muselar é mais apropriado

para música com acordes e melodias sem partes complexas para a mão

esquerda.

Os muselares foram populares nos séculos XVI e XVII mas caíram em desuso

no século XVIII.

Espineta

Finalmente, um cravo com o conjunto de cordas inclinado de um ângulo

(geralmente cerca de 30º) em relação ao teclado é chamado espineta. Neste

instrumentos as cordas estão muito próximas para se colocar os saltadores

entre elas do modo normal, em vez disso, as cordas são dispostas aos pares e

os saltadores são colocados no espaço maior entre os pares de cordas e são

instalados com suas faces voltadas para direções opostas, beliscando as

cordas adjacentes a esse espaço.

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Clavicítero

Um clavicítero é um cravo que é montado verticalmente. Foram

construídos poucos exemplares. O mesmo conceito de economia de espaço foi

posteriormente incorporado ao piano vertical. Seu funcionamento na vertical foi

possibilitado, modificando-se a forma dos saltadores para um corpo curvo,

como um setor circular de 45º (um quarto de círculo). Um modelo do século XV

pode, por exemplo, ser encontrado no Royal College of Music en Londres). O

clavicítero foi utilizado até o século XVIII. Variações[editar | editar código-fonte]

Para um instrumento que foi produzido em larga escala ao longo de três

séculos, não surpreende que exista um grande número de variantes entre os

cravos.

Em adição às formas variadas e as diferentes disposições

ou registros que podem ser adaptados ao cravo, como foi visto anteriormente,

a gama de variações é muito grande.

Geralmente, os cravos mais antigos têm uma extensão menor e os

modelos posteriores têm uma extensão maior, embora possa haver exceções.

Em geral, os cravos maiores têm uma extensão acima de cinco oitavas e os

menores, uma extensão abaixo de quatro oitavas. Usualmente, estende-se os

menores teclados usando a técnica da "pequena oitava".

No século XVI, foram construídos vários cravos com os teclados

bastante modificados, como o arquicímbalo, para acomodar sistemas variados

de afinação demandados pelas práticas composicionais e experimentação

teórica.

Música para o cravo

Histórico

A primeira música escrita especificamente para solo de cravo foi

publicada em meados do século XVI. Compositores que escreveram solos de

cravo foram bastante numerosos durante todo o período Barroco na Itália,

Alemanha, Portugal, Espanha, Inglaterra e França. Os gêneros favoritos para o

solo de cravo incluem as suites de danças a fantasia e a fuga. Além das obras

solo, o cravo foi largamente utilizado para acompanhamento no estilo de baixo

contínuo (uma função mantida na ópera mesmo no século XIX). No século XIX

o cravo foi considerado como tendo vantagens e desvantagens com relação ao

piano.

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Durante o século XIX o cravo foi ignorado pelos compositores tendo sido

suplantado pelo piano. No século XX, entretanto, graças aos esforços e

pioneirismo de Wanda Landowska, o crescente interesse em música antiga e a

busca dos compositores por novos sons, mais uma vez passou-se a se

escrever novamente obras para o cravo. Concertos para o instrumento foram

escritos por Francis Poulenc (o Concert champêtre, 1927-28), Manuel de

Falla e mais tarde por Henryk Górecki, Philip Glass e Roberto

Carnevale. Bohuslav Martinů escreveu um concerto e uma sonata para ele e

o Double Concerto de Elliott Carter é para cravo, piano e duas orquestras de

câmara. Na música de câmara, György Ligeti escreveu um pequeno número de

peças solo para o instrumento, incluindo o "Continuum" enquanto que "Les

Citations" (1991) de Henri Dutilleux é uma composição para cravo, oboé,

contrabaixo e percussão. Ambos Dmitri Shostakovich em Hamlet (1964)

e Alfred Schnittke (Symphonia No.8, 1998) utilizaram o cravo como parte da

textura orquestral. Mais recentemente, o cravista Hendrik Bouman compôs, no

estilo dos séculos XVII e XVIII, 75 peças, das quais 37 foram composições para

solo de cravo, duas são concertos para cravo, duas composições tinham o

cravo obbligato e 36 composições incluíam o cravo como baixo contínuo em

sua música de câmara e música orquestral.

Música popular

Como no caso da maioria dos instrumentos da música clássica, o cravo

tem sido adaptado às obras populares. O número de tais usos é enorme; para

uma lista parcial ver O cravo na cultura popular

Espineta

Espineta

Uma Espineta

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Espineta é um instrumento musical de cordas beliscadas, dotado

de teclado, da família dos cravos. As cordas são beliscadas com uma pena de

ave.

Seu uso foi muito difundido na Europa, paralelamente ao do cravo, desde o

final do século XV até o século XVIII. Cravo e espineta eram praticamente

sinônimos, na França. Na região de Flandres, no século XVII, um virginal era

chamado "espineta".

História

Em 1503, Giovanni Spinetti, em Veneza, constrói um instrumento de

forma alongada, com cordas compridas de latão e um grande tampo harmônico

abrangendo a totalidade do espaço disponível, o que fazia aumentar o volume

de som. Neste instrumento as cordas não eram agitadas por um tangente, mas

sim postas em vibração por um plectro acoplado a um saltarelo. O plectro era

feito de pena de pato e colocado na ponta do saltarelo de modo a beliscar a

corda ao passar por ela. O saltarelo era uma peça de madeira fina e com cerca

de 10 centímetros de comprimento, que ficava apoiada na extremidade da

tecla, acompanhando o movimento da mesma. Uma pequena peça de feltro

acoplada na ponta do saltarelo fazia as funções de abafador, impedindo a

corda de continuar a vibrar após a tecla voltar à posição de repouso. Esse

instrumento chamou-se espineta.

Apesar do sistema de funcionamento da espineta não permitir qualquer

expressividade relacionada com o controle da intensidade, foi um instrumento

que se tornou muito popular graças ao fato de produzir maior volume de som

que o clavicórdio.

As espinetas variam o seu tamanho entre 1 metro e 17 centímetros

aproximadamente. As mais pequenas podiam ser colocadas diretamente sobre

uma mesa, o que aumentava ainda um pouco mais o volume sonoro.

Giovanni Spinnetti fazia as suas espinetas com o teclado exterior à caixa

de ressonância, tal como acontece nos pianos atuais. Mas, em 1550, Rossi de

Milão construiu espinetas em que o teclado estava inserido na caixa, tal como

acontecia nos clavicórdios, o que tornava o instrumento mais compacto e mais

facilmente transportável.

Naturalmente, vários construtores de espinetas na Itália,

na Alemanha mas especialmente os ingleses experimentaram formas de

incrementar o volume de som. No fim do Séc XVI Rimbault experimentou algo

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que parece a união de um teclado com uma harpa, que pode ser considerado

uma espécie de protótipo do formato do piano vertical. Esse instrumento

certamente teria um mecanismo de grande complexidade, cuja construção não

estaria facilmente ao alcance dos meios técnicos disponíveis naquela época.

Para alguns historiadores esta estranha espineta inglesa seria o virginal.

Pelos exemplares de espinetas que se conhecem, parece razoável concluir-se

que os construtores da Europa continental preferiam construí-las com a caixa

de forma triangular, enquanto os ingleses as construíam com a caixa

retangular, mais à semelhança dos clavicórdios. A caixa em forma de asa

(tipo piano de cauda ) parece ter sido usada pela primeira vez pelo construtor

Gerónimo de Bolonha em 1521.

O órgão electrónico (português europeu) ou eletrônico (português

brasileiro) (AO 1990: eletrónico / eletrônico) é um instrumento

musical destinado a substituir o órgão, mas cujo som é produzido integralmente

através de meios eletrónicos.

Os órgãos eletrónicos começaram a surgir na década de 1970,

aproveitando as mesmas inovações que se iam aplicando ao sintetizador. Com

o desenvolvimento da tecnologia eles se foram tornando cada vez mais

complexos, com possibilidades de imitação de vários instrumentos (e não

apenas de órgãos), dotados de uma secção rítmica e, com o advento da

tecnologia digital, foram dotados de uma memória que permitiu que tivessem

uma secção com um arranjador (que permite efetuar automaticamente um

acompanhamento completo) e/ou um sequenciador. Na década de 1980,

versões destinadas ao grande público (incluindo crianças) foram criadas para

uso doméstico, desenvolvendo-se no instrumento que é hoje conhecido como

teclado electrónico ou simplesmente teclado.

Um antigo órgão eletrónico da marca Vox.

Note-se as barras fónicas à esquerda, para imitar órgãos eletromecânicos.

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A designação órgão eletrónico é às vezes incorretamente aplicada

ao órgão elétrico ou ao órgão eletromecânico. Mesmo assim, alguns modelos

de órgãos electrónicos modernos destinam-se especialmente para imitar (visual

e acusticamente) os antigos órgãos eletromecânicos (por exemplo, os novos

modelos CX-3 e BX-3 da Korg, a série XB da Hammond–Suzuki, a série VK

da Roland, etc). Esses novos instrumentos são apelidados em inglês

de clonewheel organs.

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Pianola

Pianola Chase & Baker (Buffalo, EUA), de 1885.

A Pianola, também chamada piano mecânico, é um piano que executa

músicas automaticamente, por meio de

mecanismos pneumáticos ou eletromecânicos que operam o piano através

de rolos de pianola, que são feitos de papel perfurado, ou, mais raramente, de

metal. Versões mais modernas do instrumento podem incluir implementos

usando música gravada em formato MIDI, que é armazenada em discos

rígidos ou flexíveis, ou ainda em CDs. Frequentemente o instrumento permite

determinadas regulações, que são executadas por um músico através de

pedais e alavancas manuais.

Pianola Steinway. Gravação do pianista inglês Harold Victor

Bauer tocando o Concerto para piano n. 2 em G menor, Op. 22, de Saint-Saëns

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O instrumento cresceu com a produção em massa de pianos

domésticos, entre o final do século XIX e o começo do século XX.[1] As vendas

atingiram seu ápice em 1924, e depois disso gradualmente declinaram devido

ao aperfeiçoamento do fonógrafo e de gravações. Posteriormente, a

popularização de aparelhos de rádio reduziu sensivelmente o mercado para

esses instrumentos, que finalmente tiveram sua produção interrompida devido

à crise econômica de 1929.

Origens

Rolo de papel perfurado alimentando uma pianola.

O mecanismo original, patenteado em 1897 pelo engenheiro

americano Edwin S. Votey, era instalado diante do teclado e consistia num rolo

de papel perfurado com a notação da peça que se pretendia executar,

acionado pelos pedais. Cada perfuração abaixava uma tecla e impulsionava o

respectivo martelo, o que substituía a ação dos dedos. Mais tarde o mecanismo

foi incorporado ao instrumento, que passou a possibilitar uma considerável

variação de dinâmica e andamento.

Entre outras obras, a pianola inspirou o Estudo para pianola,

de Stravinski, em 1917, e a Toccata de Hindemith, composta em 1926. Para

esse insólito instrumento de teclado, os músicos escreviam peças sem cuidado

com as limitações impostas pelo tamanho da mão do executante.

Também conhecida como piano mecânico, a pianola ganhou vasta

popularidade por volta da primeira guerra mundial. Algumas companhias

fabricavam rolos que reproduziam com bastante exatidão as interpretações de

músicos famosos, como Cortot e Debussy. Apesar do sucesso que fez no início

do século XX, a pianola caiu em desuso logo a seguir.

Na década de 1990 passaram a ser produzidos pianos mecânicos que,

utilizando dados armazenados num disquete de computador, são capazes de

gravar e reproduzir com fidelidade uma execução real.

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Um saltério é um livro contendo o Livro dos Salmos (150 Salmos),

muitas vezes com prática devocional, cristã para ser usada como nos

Mosteiros e Conventos para o Ofício Divino na recitação das Horas Canônicas

desde as épocas em que o monaquismo foi estabelecido pelo Patriarca São

Bento de Núrsia. Até a emergência da era da Idade Média houve-se livro de

horas, saltérios eram os livros mais amplamente propriedade de leigos ricos e

eram comumente usado para aprender a ler.E estes livros eram

ricamente iluminados e incluem alguns dos exemplos mais espetaculares de

cultura e da arte medieval. Ele também é usado na cultura judaica.

O Saltério Católico

O Saltério da Igreja Católica foi desenvolvido no Ocidente no início do

século VIII. E foi amplamente ilustrado sendo que o Saltério é um dos mais

importantes e permanentes manuscritos carolíngios que exerceu uma grande

influência sobre o desenvolvimento posterior do povo na Dinastia Carolíngia, de

Carlos Magno. Na Idade Média os saltérios estavam entre os mais populares

tipos de livros de iluminuras, só rivalizado pelo Livro dos Evangelhos, do qual

assumiu progressivamente como o tipo de manuscrito escolhido para as

iluminuras de luxo. A Partir do final do século XI tornou-se particularmente

difundido e popular o livro, pois Salmos eram recitados pelo Clero em vários

pontos da Liturgia, assim os saltérios eram uma parte essencial do Material

litúrgico-devocional nas grandes Igrejas. Vários esquemas diferentes existiram

para o arranjo dos Salmos em grupos, pois como os 150 salmos dos saltérios

medievais, frequentemente incluídos a um calendário, uma Ladainha de Todos

os Santos, Cânticos do Antigo Testamento e do Novo Testamento, e

textos devocionais entre outros. A seleção dos Santos mencionados

no calendário e na ladainha variaram muito e muitas vezes podem dar pistas

quanto à propriedade original do manuscrito, uma vez em que os Mosteiros de

diferentes Ordens Religiosas podiam estabelecer especial recitação litúrgica-

salmódica para seus Santos Patronos.

Saltérios foram muito profusamente iluminados com iluminuras e

capitulares na página inteira, assim como as iniciais bem decoradas. Das

iniciais o mais importante é normalmente o chamado "Beatus inicial", com base

na letra "B" das palavras Beatus Omnes … ("Bem-aventurado é o homem…")

no início do Salmo 1. Este foi dado geralmente a decoração mais elaborada em

um saltério iluminado, com muitas vezes levando uma página inteira para a

letra inicial ou duas primeiras palavras. Iniciais historiadas ou de página inteira

também foram usadas para marcar o início das três divisões principais dos

Salmos, ou as várias leituras diárias, que podem ter ajudado os usuários a

navegar para a parte relevante do texto (livros medievais quase nunca tinha

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números de páginas). Nos Saltérios, especialmente a partir do século XII,

incluíram ricamente decorado "ciclos prefaciais" – uma série de iluminações de

página inteira anterior a um Salmo, geralmente ilustrando a história da Vida

Bíblica de Cristo ou da Virgem Maria, embora alguns também com narrativa

do Antigo Testamento. Essas imagens ajudaram a elevar o status do livro, mas

que também servem como auxiliares para a contemplação na prática da

devoção pessoal, e para ajudar a compreender o texto já que

o analfabetismo na era Medieval era alto.

O Saltério também foi usado na Liturgia das Horas, o Ofício Divino recitando os

150 Salmos em duas semanas ou em quatro, seguindo as Horas

Canônicas: Vigílias, Laudes, Terça, Sexta, Noa, Vésperas e Completas.

O Saltério calvinista

Uma das principais mudanças propostas pelos reformadores do século

XVI foi relativa a aspectos da liturgia e da música. Lutero defendeu o canto

congregacional e a forma coral, especialmente com a criação de

hinos. Calvino tinha visão diferente, pois defendia que "somente a palavra de

Deus é digna de ser cantada". Para tanto empreendeu a produção de um

'Saltério' em francês, que ficou conhecido como "Saltério Genebrino", devido à

cidade em que Calvino atuou como reformador. Tal coletânea consistiu em

traduções para o francês dos Salmos bíblicos (disponíveis em hebraico ou em

latim), que receberam versões metrificadas de poetas como Clement Marot e

música de compositores como Louis Bourgeois, sobre as quais Claude

Goudimel compôs obras estilizadas. Durante a maior parte do tempo as igrejas

de tradição calvinista mantiveram-se fiéis ao uso exclusivo do "Saltério

Genebrino" como livro de cânticos litúrgicos. Somente ao final do século XVIII é

que a realidade dos avivamentos proporcionou a introdução dos hinários nas

igrejas de matriz calvinista (como os presbiterianos, congregacionais, batistas,

anglicanos e metodistas).

Virginal

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Virginal é um instrumento musical de cordas, da família do cravo.

Constitui-se de um conjunto de cordas dispostas em uma caixa de ressonância

de modo que cada corda produz uma única nota. A execução é feita por

pinçamento através de um teclado.

O virginal é a mais simples variação do cravo. Possui uma caixa

pequena e retangular, diferentemente dos cravos modernos que possuem

caixa grande e triangular. As cordas (uma para cada nota) são montadas

paralelamente ao teclado, sobre o lado mais longo da caixa. Possui um único

teclado e em geral apenas um plectro por corda. A origem do nome é obscura.

Na Inglaterra Elizabetana a palavra virginal era usada para designar qualquer

tipo de cravo. Assim, as obras de William Byrd e seus contemporâneos eram

tocadas em cravos de estilo italiano e não em virginais como são chamados

hoje.