pgtas oclusao plusss

24
OCLUSAO OCLUSAO OCLUSAO OCLUSAO 2005/2006 2005/2006 2005/2006 2005/2006 Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes PERGUNTAS DESENVOLVIMENTO PERGUNTAS DESENVOLVIMENTO PERGUNTAS DESENVOLVIMENTO PERGUNTAS DESENVOLVIMENTO 1- Filogenia e ontogenia- sua importância no SE. (1ªchamada) A filogenia é a ciência que estuda a evolução pela qual as formas vivas inferiores se vão modificando através dos tempos para produzirem outras cada vez mais complexas. A ontogenia corresponde ao estudo da formação e desenvolvimento do indivíduo em todas as fases da sua evolução. Deste modo a filogenia e ontogenia são conceitos importantes na medida que nos permitem idealizar o desenvolvimento das estruturas craneo-faciais nos vertebrados ao longo do tempo e também no indivíduo em todos os estádios do deu desenvolvimento. 2- Na evolução filogenética pode observar-se que a forma e função do sistema mastigatorio estiveram sempre intimamente associadas. Refira exemplos e justifique. As forças que deram forma ao nosso sistema mastigatorio funcionaram durante milhões anos e durante toda a evolução pode observar-se que a forma e função sempre se associaram mutuamente, isto é, a função define a forma e esta limita a função. Por exemplo no Homo Sapiens, com o desenvolvimento da cozinha os maxilares tornam-se menos robustos e os dentes mais pequenos, isto é, o facto de os alimentos serem menos duros influenciou a forma dos dentes e dos maxilares que foram adquirindo novas funções. Filogeneticamente a mandíbula exibiu sempre grande plasticidade e potencial durante o crescimento e adaptação. 3- Estruturas que constituem o gérmen dentário (1ª frequência) 4- Músculos da mastigação e sua função Os músculos da mastigação são: - Músculo Masséter Músculo curto e rectangular, que se origina no arco zigomático e se prolonga para baixo até ao bordo inferior do ângulo da mandíbula. É constituída por um feixe superficial de fibras tipo I (9%) e II que se dirigem para baixo e para trás e por um feixe profunda de fibras tipo I (90%) com direcção predominantemente vertical. As unidades motoras são constituídas por territórios focais com diferentes nervos primários, dando a ideia de compartimentalização funcional do músculo. É multipeniforme com 4 lâminas aponevróticas que variam consoante o individuo e morfologia craneofacial. As fibras do músculo masséter quando se contraem elevam a mandíbula levando os dentes a contacto. A porção superficial pode ajudar na protrusão e aquando desta, as fibras da porção profunda estabilizam os côndilos contra a eminência articular. - Músculo Temporal Músculo largo e bipenado que se origina da fossa temporal e superfície externa do crânio. Forma um tendão que se insere na apófise coronoide e ramo ascendente da mandíbula. Pode ser dividido em três porções distintas de acordo com a direcção das suas fibras e função que se aproximam para formar o tendão intermédio: Porção anterior, média e posterior. A porção anterior, constituída por fibras direccionadas verticalmente. Porção média, constituída por fibras que se direccionam obliquamente. Porção posterior constituída por fibras que se direccionam quase que horizontalmente vindo para a frente e juntando-se às dos feixes ant e médio que passam pelo arco zigomatico. De um modo geral, quando o músculo temporal se contrai, a mandíbula é elevada e os dentes entram em contacto. Quando a porção anterior se contrai, a mandíbula é elevada verticalmente. Quando a porção média se contrai eleva e retrui a mandíbula. - Músculo Pterigoideo Interno (medial): Músculo multipenado com feixe post e ant que se origina na fossa pterigoide e superfície medial da apófise pterigoide e se desloca para baixo, para trás e para fora para se inserir na superfície interna do ângulo da mandíbula e metade inferior da face medial do ramo ascendente. Quando as fibras se contraem, a

Upload: others

Post on 21-Jul-2022

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

PERGUNTAS DESENVOLVIMENTOPERGUNTAS DESENVOLVIMENTOPERGUNTAS DESENVOLVIMENTOPERGUNTAS DESENVOLVIMENTO

1- Filogenia e ontogenia- sua importância no SE. (1ªchamada) A filogenia é a ciência que estuda a evolução pela qual as formas vivas inferiores se vão modificando

através dos tempos para produzirem outras cada vez mais complexas.

A ontogenia corresponde ao estudo da formação e desenvolvimento do indivíduo em todas as fases da

sua evolução.

Deste modo a filogenia e ontogenia são conceitos importantes na medida que nos permitem idealizar o

desenvolvimento das estruturas craneo-faciais nos vertebrados ao longo do tempo e também no indivíduo em

todos os estádios do deu desenvolvimento.

2- Na evolução filogenética pode observar-se que a forma e função do sistema

mastigatorio estiveram sempre intimamente associadas. Refira exemplos e justifique.

As forças que deram forma ao nosso sistema mastigatorio funcionaram durante milhões anos e durante

toda a evolução pode observar-se que a forma e função sempre se associaram mutuamente, isto é, a

função define a forma e esta limita a função. Por exemplo no Homo Sapiens, com o

desenvolvimento da cozinha os maxilares tornam-se menos robustos e os dentes mais pequenos, isto é,

o facto de os alimentos serem menos duros influenciou a forma dos dentes e dos maxilares que foram

adquirindo novas funções.

Filogeneticamente a mandíbula exibiu sempre grande plasticidade e potencial durante o crescimento e

adaptação.

3- Estruturas que constituem o gérmen dentário (1ª frequência)

4- Músculos da mastigação e sua função

Os músculos da mastigação são:

- Músculo Masséter Músculo curto e rectangular, que se origina no arco

zigomático e se prolonga para baixo até ao bordo inferior do ângulo da

mandíbula. É constituída por um feixe superficial de fibras tipo I (9%) e II

que se dirigem para baixo e para trás e por um feixe profunda de fibras

tipo I (90%) com direcção predominantemente vertical. As unidades

motoras são constituídas por territórios focais com diferentes nervos

primários, dando a ideia de compartimentalização funcional do músculo. É

multipeniforme com 4 lâminas aponevróticas que variam consoante o individuo e morfologia

craneofacial. As fibras do músculo masséter quando se contraem elevam a mandíbula levando os dentes a

contacto. A porção superficial pode ajudar na protrusão e aquando desta, as fibras da porção profunda

estabilizam os côndilos contra a eminência articular.

- Músculo Temporal Músculo largo e bipenado que se origina da

fossa temporal e superfície externa do crânio. Forma um tendão que se

insere na apófise coronoide e ramo ascendente da mandíbula. Pode ser

dividido em três porções distintas de acordo com a direcção das suas

fibras e função que se aproximam para formar o tendão intermédio:

Porção anterior, média e posterior. A porção anterior, constituída por

fibras direccionadas verticalmente. Porção média, constituída por fibras que se direccionam obliquamente.

Porção posterior constituída por fibras que se direccionam quase que horizontalmente vindo para a frente

e juntando-se às dos feixes ant e médio que passam pelo arco zigomatico. De um modo geral, quando o

músculo temporal se contrai, a mandíbula é elevada e os dentes entram em contacto. Quando a porção

anterior se contrai, a mandíbula é elevada verticalmente. Quando a

porção média se contrai eleva e retrui a mandíbula.

- Músculo Pterigoideo Interno (medial): Músculo multipenado com

feixe post e ant que se origina na fossa pterigoide e superfície medial da

apófise pterigoide e se desloca para baixo, para trás e para fora para

se inserir na superfície interna do ângulo da mandíbula e metade inferior

da face medial do ramo ascendente. Quando as fibras se contraem, a

Page 2: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

mandíbula é elevada e os dentes entram em contacto. Este músculo é também activo na protrusão da

mandíbula. A contracção unilateral deste músculo causa um movimento mediotrusivo. A tensão do feixe

anterior causa um movimento para cima, para dentro e para diante. A tensão do feixe posterior causa

um movimento para cima, para dentro e mais para diante. Este músculo é responsável pelo controlo postural

e direccional da mandíbula por possuir um sinergismo estrutural com o masseter superficialmente.

- Musculo Pterigoideo Externo(lateral) Este músculo tem funcionalidades diferentes conforme se

trate do músculo pterigoideo lateral superior ou músculo pterigoideo lateral inferior. Músculo pterigoideo lateral

superior: origina-se na superfície infratemporal da grande asa do esfenóide, dirigindo-se quase

horizontalmente para trás e para fora para se inserir na cápsula articular, disco articular(porção antero

medial) e colo do côndilo. Este músculo é activo somente em conjunto com os músculos elevadores da

mandíbula, sendo em especial activo aquando de fortes mordidas ou quando os dentes são mantidos

juntos com força. Este músculo tracciona o disco anteriormente e internamente, sendo um extensor do disco.

- Músculo pterigoideo lateral inferior: origina-se na superfície externa da apófise pterigoideia externa e se

dirige para trás, para fora e para cima até ao colo do côndilo. Aquando da contracção simultânea, os

côndilos são trazidos para baixo, percorrendo a eminência articular, e a mandíbula é protruída. A

contracção unilateral leva a um movimento médiotrusivo do côndilo e a um movimento lateral do côndilo oposto.

Quando este músculo funciona com os depressores, a mandíbula é abaixada e os côndilos vêm para baixo e

para a frente percorrendo as eminências articulares. A tracção dos músculos pterigoideos externos no

disco e côndilo é significativamente interna. A maior parte das fibras que constituem os músculos

pterigoideos internos (80%) são fibras do tipo I, sendo por isso relativamente resistentes à fadiga. O

músculo digástrico, não é considerado músculo da mastigação, mas também intervém na função

madibular. Tem como função o abaixamento da mandíbula e elevação do osso hióide.

5- Diferença entre músculos mastigadores e músculos dos membros.

Todos os músculos esqueletais possuem uma constituição semelhante, com uma mistura de fibras

rápidas e lentas em proporções variáveis o que reflecte a sua função. Contudo os músculos

mastigadores são diferentes dos músculos dos membros dado

-serem multipenados formando vários ângulos com a direcção da força

- fibras do mesmo tipo (I) constituem aglomerados homogéneos ao contrario dos músculos membros

cujas fibras estão distribuídas pelo mesmo musculo

- terem teritórios com unidades motoras menores dando mais precisão à função muscular;

- existir separação intramuscular garantida pelas aponevroses resultando numa compartimentação

necessária para term função adequada nas várias posições mandibulares.

- a unidade motora não possui limiar recrutável estável e tem tarefas específicas.

6- Músculos pterigoideos externos têm importância fundamental para o equilíbrio do S.E.

Comentar.

Esta afirmação é verdadeira, na medida em que, estes músculos

desempenham funções importantes para o sistema estomatognático.

O músculo pterigoideo lateral superior é activo somente em conjunto com

os músculos elevadores da mandíbula, sendo em especial activo aquando

de fortes mordidas ou quando os dentes são mantidos juntos com

força. Este músculo tracciona o disco anteriormente e internamente, sendo um extensor do disco. É

assim responsável pelo correcto reposicionamento do disco articular entre as superfícies articulares,

rotacionando o disco para a frente do côndilo de modo a que a porção posterior mais espesso do disco

mantenha o contacto articular.

O músculo pterigoideo lateral inferior aquando da contracção simultânea, os côndilos são trazidos para

baixo, percorrendo a eminência articular, e a mandíbula é protruída. A contracção unilateral leva a um

movimento médiotrusivo do côndilo e a um movimento lateral do côndilo oposto. Quando este músculo funciona

com os depressores, a mandíbula é abaixada e os côndilos vêm para baixo e para a frente percorrendo as

eminências articulares. A tracção dos músculos pterigoideos externos no disco e côndilo é

significativamente interna. A maior parte das fibras que constituem os músculos pterigoideos internos

(80%) são fibras do tipo I, sendo por isso relativamente resistentes à fadiga. O músculo digástrico, não é

considerado músculo da mastigação, mas também intervém na função madibular. Tem como função o

abaixamento da mandíbula e elevação do osso hióide.

7- Músculos que contribuem para o movimento de abertura da

boca?

Os músculos são: digástrico(porção inferior), suprahioideus e infrahioideus

conjuntamente com o músculo pterigoideo externo inferior.

Page 3: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

8- Que músculos participam no movimento de encerramento forçado da mandíbula?

Os músculos elevadores da mandíbula são o masséter, o temporal e o músculo ptérigoideo interno.

O músculo pterigoideu externo superior é activo somente em conjunto com os músculos elevadores da

mandíbula, sendo em especial activo aquando de fortes mordidas ou quando os dentes são mantidos

juntos com força.

9- Quais os músculos que participam no movimento de lateralidade?

A contracção unilateral do músculo pterigoideo externo inferior causa um movimento de lateralidade

para o dado oposto.

A contracção unilateral do músculo pterigoideo interno produz um movimento mediotrusivo.

A contracção dos músculos temporal anterior; masséter e digástrico provocam lateralidade da

mandíbula para o mesmo lado.

10- Período de silencio dos músculos de mastigação. Sua importância.

Quando músculos contraem os feixes musculares encurtam o que faz com que o desempenho da

actividade aferente dos fusos cesse. Se o potencial eléctrico da actividade eferente desses fusos for

monotorizado um período de silencio sem actividade eléctrica é registado. A actividade eferente

gama pode influenciar esse período:

- uma intensa actividade eferente gama causa a contracção das fibras intrafusais o que diminui o tempo

em que o fuso é bloqueado durate a contracção muscular

- uma diminuição na actividade eferente gama aumenta esse período de silencio.

11- Como classifica ATM? O que a distingue de todas as outras articulações do corpo

humano? (1ª frequência)

A ATM é uma articulação sinovial composta dado possuir 4 superficies articulares:

- 2 osteosuportadas: condilo mandibular e cavidade glenoide do temporal

- 2 pertencentes ao disco articular que funciona como um osso articular não calcificado.

A ATM é uma articulação Ginglimo Diartrodial Composta.

È Ginglimoidal, porque proporciona um movimento em dobradiça em torno de um plano ou seja um

movimento de rotação entre condilo e disco, rodando o condilo em torno de um eixo num simples

plano e a ele limitado pelos seus ligamentos colaterais.

È diartrodial pois proporciona um movimento de deslize ou seja um movimento de translacção entre o

complexo disco e componente temporal. O termo composta é devido ao facto de existirem um disco

articular interposto entre o osso temporal e o côndilo da mandíbula servindo para duas articulações.

Distingue-se das outras articulações pois as suas superfícies articulares são revestidas por tecido

conjuntivo denso fibroso em vez de cartilagem hialina. As fibras de tecido conjuntivo denso suportam

melhor as forças do movimento, têm maior capacidade de regeneração e têm menor tendência de

envelhecimento.

Anatomicamente é constituída por uma cápsula articular única, um disco articular e um tecido

retrodiscal muito vascularizado que supre as necessidades metabólicas e nutritivas.

Do ponto de vista funcional tem capacidade de executar movimentos de translação sem que ocorra luxação.

12- A ATM, é constituída por várias estruturas anatómicas, enumera essas estruturas.

Superfícies articulares: Côndilo mandibular, Fossa mandibular (ou cavidade glenoide) do osso

temporal,eminência articular do temporal.

Disco articular

Cápsula articular

Tecido retrodiscal

Membranas sinoviais

Ligamentos principais: colaterais, capsular e temporomandibular

Ligamentos acessórios: esfenomandibular e estilomandibular

Músculos.

13-Em termos fisiológicos quais as diferenças entre as superfícies articulares da ATM

osteosuportadas e as superfícies articulares do disco?

A ATM é uma articulação sinovial composta dado possuir 4 superficies articulares:

- 2 osteosuportadas: condilo mandibular e cavidade glenoide do temporal

- 2 pertencentes ao disco articular que funciona como um osso articular não calcificado.

Page 4: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

14- Quais os componentes anatómicos que exercem forças sobre o disco?

Estruturas ósseas:

- superfície articular do côndilo – na zona intermédia de menor espessura circundada por bordos

anteriores e posteriores mais espessos onde ocorre pressão na função mastigação

- eminência articular

Feixe superior do ligamento bilaminar – única estrutura capaz de

traccionar o disco posterior. Estende-se da fissura petrotimpanica ao

bordo posterior superior do disco. São formadas por tecido conjuntivo

com fibras elásticas para contrariar a tracção Antero inferior do

pterigoideu externo superior.

Músculo pterigoideu externo superior- estende-se da fossa infratemporal e asa do esfenoide ao

colo da mandíbula e porção Antero medial do disco articular. Como tem predominantemente fibras

tipo IIb executa movimentos rápidos sobre o disco. Faz tracção Antero inferior no disco na posição de

repouso e movimentos de encerramento forçado.

15- Porque é que o disco translaciona com o côndilo?

Devido à sua morfologia, à morfologia das superfícies articulares e à pressão interarticular.

Como o disco está inserido no condilo pelo ligamento colateral so pode ocorrer rotação do disco no

condilo. O complexo condilo disco funciona contra a superfície da fossa não estando fortemente

inserido, o que permite a translacção quando mandíbula se move para a frente.

16- Diferenças entre disco e menisco.

Por definição o menisco tem uma forma crescente de cunha de fibrocartilagem inserido em cada lado da

cápsula articular e não é inserido no outro lado, estendendo-se livremente dentro do espaço articular.

O menisco não divide a cavidade articular isolando o fluido sinovial nem serve como determinante do

movimento articular, mas sim funciona passivamente para facilitar o movimento entre as partes ósseas.

Ex: joelho

Na ATM o disco articular funciona como uma verdadeira superfície articular ou seja é um osso articular

não calcificado. Participa activamente nos movimentos articulares, está totalmente encapsulado

determinando 2 cavidades articulares e possui as suas próprias superfícies articulares superior e inferior.

Tem ainda um sistema de motricidade e mobilidade independente do condilo e eminência articular.

17-Quais as funções da componente sinovial da ATM?

As membranas sinoviais poduzem o liquido sinovial que preenchem as cavidades. O liquido sinovial é um

meio de:

- prover as necessidades metabólicas dos tecidos e função de fagocitose;

- lubrificação entre as superfícies articulares

- minimização da fricção no movimento das superfícies articulares.

18- Qual a função dos componentes do liquido sinovial?

Lubrificação; nutrição; fagocitose; suporte metabólico

19- Quais os ligamentos constituintes da anatomia

da ATM?

Ligamentos principais:

Ligamento colateral - Ligamento colateral interno e

externo. Prendem os bordos laterais e mediais do disco

aos bordos laterais e mediais do côndilo. Dividem a

articulação médio lateralmente em 2 cavidades superior e

inferior. São verdadeiros ligamentos com tecido conjuntivo

fibroso colagenoso. São inervados e vascularizados.

Restringem o movimento do disco para fora do côndilo,

fazendo com que o disco se mova anteriormente e

posteriormente acompanhando o côndilo. Responsáveis

pelo movimento de abertura da mandibula.

Ligamento capsular – Envolvem toda a articulação retendo liquido sinovial. O ligamento capsular

superior insere-se nas superfícies articulares da fossa mandibular e eminência articular. O ligamento capsular

inferior insere-se no colo do côndilo mandibular. Como principal função, tende a resistir a forças internas,

externas, inferiores que tendem a separar ou deslocar as superfícies articulares. Ligamento bem inervado

proporcionando estímulo proprioceptivo sobre posição e movimento articulação. Controlam ainda a

extensão de rotação do disco em relação ao condilo no sentido Antero posterior.

Ligamento temporo-mandibular - Constituído por um feixe horizontal interno e feixe obliquo

externo. A porção horizontal interna estende-se da superfície externa da eminência articular e processo

zigomático até ao pólo externo do côndilo e disco articular. Limita o movimento posterior do côndilo e

Page 5: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

disco, protegendo os tecidos retrodiscais de trauma criado pelo deslocamento posterior do côndilo.

Protege ainda os m.pterigoideos laterais de estiramento. A porção obliqua externa estende-se da superfície

externa da eminência articular e processo zigomático até à superfície externa do colo do côndilo. Impede a

queda excessiva da mandíbula, limitando a excessiva abertura da mandíbula. No movimento de rotação

está tenso e para a mandíbula continuar a abertura faz fulcro na sua inserção no colo do condilo o que

obriga à translacção. Contribui para a estabilidade da mandíbula nos mov de translacção.

Ligamentos acessórios:

Ligamento esfeno-mandibular- desde a espinha do

esfenoide dirigindo-se para baixo para a proeminência óssea

na superfície medial do ramo da mandíbula (lingula). Não

tem significado como limitante movimento da mandíbula.

e Ligamento estilo-mandibular – desde apófise estiloide

dirigindo-se para baixo e para a frente até ângulo do bordo

post da mandíbula. Torna-se rígido quando mandíbula e

protruida e é relaxado na abertura limitando movimentos

protrusivos excessivos da mandíbula.

Na zona entre a face posterior condilo e parede timpânica está a

zona bilaminar ou retrodiscal com lamina superior que é

capaz de traccionar posteriormente o disco contra a tracção

Antero inferior do musculo pterigoideo externo superior. A sua

lamina inferior limita o movimento anterior do disco. Limitam

ambas também o deslocamento anterior do condilo.

20- Função dos ligamentos da ATM?

Os ligamentos da ATM têm muita importância na protecção das estruturas. São feitos de tecido

conjuntivo colagenoso e não se estiram. Não actuam activamente na articulação, mas agem

passivamente como agentes limitadores ou de restrição de movimentos.

21-Histomorfologia, funçao e nutrição das superfícies funcionais da ATM

As superfícies articulares são constituídas por 4 camadas:

- zona Articular

É a camada mais superficial adjacente à cavidade articular e formando a superfície funcional mais

exterior, sendo chamada de zona articular. Constituída por tecido conjuntivo denso fibroso em vez de

cartilagem hialina. As fibras são firmemente arranjadas e capazes de suportar as forças de movimento.

As fibras de colagéneo dispostas paralelamente à superfície articular apresentam vantagens em relação

às fibras de hialina. São geralmente menos susceptíveis que a cartilagem hialina para os efeitos de

envelhecimento, além de terem maior capacidade de reparo.

- zona Proliferativa

Zona celular com tecido mesenquimatoso indiferenciado e é responsável pela proliferação da cartilagem

articular em resposta às demandas funcionais colocadas nas superfícies articulares durante a carga

funcional.

- zona fibrocartilaginosa

Matriz formada por fibras de colagéneo tipo II arranjadas em faixas num padrão cruzado, embora

algumas em orientação radial. È constituída ainda por proteoglicanas e glicoproteinas. A fibrocartilagem

aparece num padrão aleatório, dando o aspecto de uma cadeia tridimensional que oferece resistência

contra forças compressivas e laterais.

- Zona calcificada

Zona mais profunda constituída por condrócitos e condroblastos. Os condrócitos produzem colageneo,

proteoglicanas, glicoproteinas e enzimas que formam a matriz. Tornam-se hipertrofiados e morrem

formando células ósseas dentro da cavidade medular. A superfície da estrutura da matriz extracelular

proporciona um lado activo para uma actividade remodeladora.

CARTILAGEM CALCIFICADA

OSSO (CABEÇA DA MANDÍBULA)

CAMADA PROLIFERATIVA

TEC.CONJUNTIVO DENSO

FIBROCARTILAGEM

Page 6: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

22-Os GAG são macromoleculas sintetizadas pelas células do tecido conjuntivo das

superfícies articulares. Quais as suas funções e importância para a função da ATM.

A cartilagem articular é constituída por condrócitos e matriz intercelular. Os condrócitos

produzem o colagéneo, proteoglicanos, glicoproteínas que formam a matriz.

Os proteoglicanos sºao moléculas complexas que se agregam constituindo uma grande proteína da

matriz. São constituídos de um núcleo proteico e uma cadeia de glicosaminoglicanos (GAGs), encontrando-se

conectados a uma cadeia de ácido glicurónico. Estes agregados são muito hidrofílicos e entrelaçados com

uma cadeia de colagéneo. Uma vez que estes agregados tendem a ligar a água, a matriz se expande e

aumenta a tensão dos agregados proteoglicanos. Quando a carga articular aumenta, o fluído tecidual

extravasa, para fora até que um novo equilíbrio seja alacançado. Na medida que a carga é diminuída o

fluído é reabsorvido. Isto constitui a base da lubrificação saturada. Assim ajudam o liquido sinovial a

suportar a carga na articulação. Principais funções:

- fornecem as necessidades metabólicas aos tecidos

- minimizam atrito (lubrificação)

- fagocitose

- nutrição

Proteoglicanos – (núcleo proteico + cadeia de GAGs) Ligados a cadeia de ácido glicurónico

23- Quais os factores que determinam a estabilidade da ATM?

Os factores são: a

- guia anterior incisiva- movimentos devem ser guiados pela vertente palatina dos incisivos superiores

- pterigoideo externo superior – importante no repouso e movimento de encerramento forçado

- oclusão dentária – articulação está estável quando dentes estão em intercuspidação maxima

- disco articular - a sua morfologia é importante pois tem de preencher o espaço intraarticular

determinado pela oclusãodentaria. Permite o contacto simultâneo e constante de todos os

componentes articulares.

- ligamento têmporo-mandibular.- as fibras obliquas externa estabilizam durante abertura

- músculos mastigadores – masseter, temporal e pterigoideo interno estabilizam a mandíbula puxando-a

para uma posição Antero superior.

24- Quais os pré-requisitos funcionais para que a ATM funcione correctamente?

-Superfícies lisas, arredondadas, estruturalmente compatíveis e lubrificadas.

-Movimentos simétricos das ATMs direita e esquerda.

-Movimentos deslizantes entre as superfícies articulares não devem ser feitas quando a pressão

interarticular é suficientemente grande de modo a causar fricção.

- Deve existir boa coordenação muscular

- Função das ATMs deve ser sempre limitada dentro da capacidade estrutural das ATMs

24- Descrever o ciclo de abertura e encerramento da boca nos aspectos neuromio-

articulares.

O disco articular e o côndilo, intimamente associados pelos ligamentos discais internos e externos,

constituem o complexo côndilo-disco, em que os únicos movimentos que se registam são movimentos

de rotação.

O complexo côndilo-disco articula com a fossa mandibular em que movimentos livres de deslizamento

(translação) são permitidos.

A estabilidade da articulação é mantida por uma constante actividade dos músculos que traccionam a

articulação, principalmente os elevadores. Quando a actividade muscular aumenta, o côndilo é forçado

com maior intensidade contra o disco e este contra a fossa mandibular, resultanto num aumento de

pressão interarticular.

O contorno e movimento do disco permitem um contacto constante das superfícies articulares da articulação, o

que é necessário para a estabilização articular.

Inserido no bordo posterior do disco articular encontram-se os tecidos retrodiscais, em que a lâmina

retrodiscal superior é constituída por tecido conjuntivo elástico. Quando a boca se fecha, a tracção elástica no

disco é mínima ou nenhuma. Contudo quando a boca abre, quando o côndilo é traccionado para a

frente, a lâmina retrodiscal superior gera forças que retraem o disco. Esta lâmina retrodiscal superior é a

única capaz de retrair o disco posteriormente no côndilo.

No bordo anterior do disco insere-se o músculo pterigoideo externo superior. Quando este músculo se

encontra activo, as suas fibras traccionam o disco anteriormente e internamente. Sendo pois um músculo

extensor do disco. Este músculo é activo somente em conjunto com os músculos elevadores da mandíbula.

Durante a translação, a combinação da morfologia do disco e a pressão interarticular mantêm o côndilo na

zona intermédia e o disco é obrigado a transladar para a frente com o côndilo.Na posição articular de

repouso, a força anterior e interna gerada pelo músculo pterigoideo externo superior excede a força de

Page 7: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

retracção elástica da lâmina elástica superior, o que quer dizer que em repouso, o côndilo é posicionado

em contacto com a zona intermédia e posterior do disco. Aquando da mastigação de um alimento duro, há

um aumento da pressão articular do lado de trabalho e uma diminuição da pressão articular na

articulação contralateral, podendo levar à separação das superfícies articulares. Para evitar este

acontecimento, o músculo pterigoideo externo superior torna-se activo e rotaciona o disco para a frente do

côndilo. Quando a pressão interarticular aumenta, o disco rotaciona posteriormente de modo a que a

zona intermédia ocupe o espaço.

Posição de Repouso: O contacto íntimo das superfícies articulares é mantido pela reacção dos

músculos elevadores ao efeito da queda da mandíbula por acção da gravidade. O aumento de tonacidade

faz com que o disco se encontre rodado para diante por intermédio do músculo pterigoideo externo

superior, pois o espaço interarticular está ligeiramente aumentado e o feixe bilaminar está sem tensão.

Em repouso a estabilidade dos côndilos é adquirida através do músculo temporal posterior que exerce uma

tracção vertical nos côndilos pressionando-os contra a vertente posterior da eminência articular. A medida que

este efeito diminui, a contracção do músculo pterigoideo externo inferior continua a garantir o contacto entre

as superfícies articulares durante a fase do movimento de translação.

No ciclo de translação da mastigação unilateral o pterigoideo externo inferior do lado de trabalho

precede ligeiramente o do lado oposto, presumivelmente para reforçar a estabilidade e preparar a

mandíbula para o encerramento forçado que vem a seguir.

No encerramento forçado há uma contracção marcada sucessiva do músculo pterigoideo interno, masséter e

pterigoideo externo superior.

O encerramento normal inicia-se com a contracção marcada sucessiva do músculo pterigoideo interno,

masséter e com pequeno aumento da actividade dos pterigoideos externos superiores e temporais anteriores.

25- Biomecânica do movimento livre da boca

Separação dos maxilares

A separação dos maxilares é feita inicialmente por um movimento de rotação do côndilo sob a acção dos

músculos milohioideu e digástrico em conjunto com o pterigoideu externo inferior. À medida que

o pterigoideo externo inferior se contrai, o côndilo é traccionado para diante. O pterigoideo externo superior

vai relaxar, o que permite que as fibras elásticas do feixe superior do ligamento bilaminar, ligado à parte

posterior do disco, o vão rodando no cimo do côndilo, à medida que este vai descendo ao longo da eminência

articular. A tracção do disco articular para posterior, é limitada quando o disco alcança o limite posterior

da superfície articular, ou quando o ligamento capsular antero-inferior se encontra tenso.

Encerramento dos maxilares

Logo que o encerramento comece, o pterigoideo externo inferior relaxa permitindo que o côndilo seja

traccionado ao longo da eminência articular, para cima e para trás, pela acção dos músculos elevadores.

O pterigoideo externo superior contrai-se de modo a que o disco seja traccionado para anterior. O

ligamento bilaminar superior mantém tensão, contrariando a tracção por parte do pterigoideo externo

superior. No fim do encerramento o feixe bilaminar superior encontra-se de novo tenso, impedindo a rotação

exagerada anterior do disco.

26-Biomecânica. Sistema de alavancas e sua importância.

Alavanca é uma barra usada para exercer pressão ou sustentar um peso num ponto do seu

comprimento por aplicação de uma força num segundo ponto e girando em torno de um terceiro

ponto fixo (fulcro).

São classificadas em classe I, II e III de acordo com o relacionamento variável dos factores componentes:

fulcro F, potencia P e trabalho ou resistência T.

A alavanca do tipo III – interpotente representa a forma de funcionamento ideal do sistema

mastigatorio uma vez que exerce menor pressão sobre os dentes e estruturas osseas. Como a força

muscular dos elevadores (P) {temporal, masseter, pterigoideo lateral superior e interno} se encontra

entre o condilo (F) e os dentes (T) a ATM funciona normalmente como alavanca interpotente. Quanto

mais longe do F é realizado o T, menor a eficiência da alavanca ou seja a F exercida pelos músculos

resulta em menor T, ajudando a dissipar a F sobre os dentes anteriores que não estão anatomicamente

aptos a suportar.

A alavanca do tipo II – interresistente pode ser estabelecido na cavidade bucal nos casos em que há

contacto dos dentes no lado de balanceio. ( Note-se que quando a boca é abert e a mandíbula desliza

para o lado direito para mastigar os alimentos o condilo esquerdo desliza na eminência articular para

baixo, frente e diante, e o condilo direito fica assente na cavidade glenoide, iniciando os músculos

elevadores o encerramento da mandíbula.Se nestas condições as vertentes dos molares do lado

esquerdo sofrem contactos prematuros temos a alavanca tipo II. O condilo direito ou de trabalho é o F.

o musculo elevador esquerdo dá a potencia e os dentes do lado direito que estão entre o condilo e a

potencia representa o T). Quando a F compressiva nas articulações é maior (mordida dos alimentos na

zona incisal) menor essa carga à medida que a mastigação se faz progressivamente sobre os dentes

posteriores bilateralmente de tal forma que mordendo sobre os 2º e 3º molares (T) funciona como

alavanca interesistente. Daqui resulta F de distracção inferior dos condilos, a qual é resistida pelo

Page 8: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

ligamento temporomandibular. Pode tambem haver um sistema funcional de alavanca interfixa quando

existem interferências nos movimentos excursivos mandibulares.

A alavanca classe I resulta da alavanca classe II. Após o contacto mediotrusivo resultante dum

movimento lateralidade continua-se a exercer uma P que passa a ter como fulcro os dentes que

contactam mediotrusivamente, o T passa a ser os dentes do lado oposto e P continua a ser exercido

pelo musculo.

27- Determinantes fisiológicos da ATM

Para ATM funcionar fisiologicamnete deve haver contacto intimo das suas superfícies articulares em

todas as posições pelo que a morfologia do disco, ligamentos e músculos desempenham papel

fundamental. A posição de repouso e contacto intimo são mantidos pelo reflexo miotatico dos

músculos no efeito de queda da mandibula pela acção da gravidade. O musculo pterigoideo lateral

superior também ajuda a contacto traccionando o disco Antero inferiormente. Em repouso durante o

movimento de translacçao livre a estabilização é garantida pelo musculo temporal posterior que exerce

uma tracção vertical nos condilos premindo contra a vertente posterior da eminência articular.

À medida que este efeito diminui a contracção do musculo pterigoideo externo inferior continua a

granatir um contacto intimo durante a translacção. No ciclo de translacçao da mastigação unilateral o

pterigoideo externo inferior do lado do T permite o do lado oposto. No enecerramento forçado há

contracção muscular sucessiva do musculo pterigoideo interno, masseter e pterigoideo externo

superior.

28- Descrever fenómeno da deglutição. (1ª frequência)

A deglutição é uma série de contracções musculares coordenadas que movem o bolo alimentar através do

esófago para o estômago. Consiste de actividade voluntária, involuntária e reflexo muscular.Depende de:

- grau de diluição da comida

- integração do sabor

- grau de lubrificação do bolo alimentar

- estado de vigília

Durante a deglutição, os lábios fecham-se e os dentes encontram-se em máxima intercuspidação,

estabilizando a mandíbula.

Este fenómeno é dividido em 3 estágios:

Fase oral: estágio voluntário em que se forma o bolo alimentar. O bolo alimentar é colocado no dorso

da língua e ligeiramente pressionado contra o palato duro. Os lábios fecham-se e os dentes entram em contacto.

A língua pressiona o bolo alimentar para trás que devido à acção dos milohiodeio, acção peristatltica,

constritor da faringe e velamento nasofaringe e vai até à faringe.

Fase faríngea: O bolo alimentar atinge a faringe e inicia-se um movimento peristáltico causado pela

contracção do músculo constritor da faringe que desloca o bolo até ao esófago. O palato mole eleva-se para

fechar a passagem nasal, com a contracção do elevador do m.palato, constritor sup faringe e parte

faríngea da lingua. A epiglote bloqueia a passagem de ar para a traqueia e mantém o alimento no esófago.

A actividade muscular faríngea abre o orifício faríngeo do tubo auditivo.

Fase esofágica: Neste estágio o bolo alimentar atinge o cárdia e este relaxa, devido aos movimentos

peristálticos. Ao abrir deixa passar o alimento para o estômago. Entretanto o palato mole relaxa, a glote

abre, laringe baixa, língua move-se para a frente e a mandíbula volta a posição de repouso,

restabelecendo-se a respiração.

29- Tipos de deglutição

Existem dois tipos de deglutição:

deglutição somática ou infantil – baseada em reflexo não condicionado dirigido pelo nervo facial VII. A

mandíbula é estabilizada pela interposição da língua .

deglutição visceral ou adulta – começa a ocorrer quando erupcionamos os dentes post deciduos. Os

dentes são utilizados para manter a estabilidade. Quando a mandíbula é estabilizada ela é retruída

ocupando uma posição posterior. Ocorre por contracção músculos mastigação.

A transição de infantil para adulta pode não ocorrer devido a:

Page 9: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

- falta de suporte dentes

- dentes mal posicionados

- má posição dos arcos

- desconforto quando há contacto dentário

30- Musculos da deglutição

Milohioideo genihioideo tirohioideo cricotiroideo

posterior da língua Palato faríngeo constritor da faringe m.esq esófago

m.extrinsecos língua m.faciais m.elevadores mandibula

31- Funções dos tecidos moles da mastigação

Lábios: encerram a cavidade bucal; guiam e ajudam a controlar a ingestão alimentar

Língua: paldar; inicia processo divisão do alimento apertando-o contra o palato duro e empurrando o

alimento contra as superfícies oclusais recolocando-o sobre os dentes

32- Ciclo mastigatório

33- Fases do ciclo mastigatório e estruturas intervenientes. (1ª chamada)

34- Descreva o fenómeno da mastigação.

A mastigação é um fenómeno constituído por uma fase de abertura e uma fase de fechamento. Este

movimento completo tem a forma de uma gota. O movimento de fechamento subdivide-se numa fase de

amassar e triturar.

A mastigação analisada no plano frontal: na fase de abertura a mandíbula desce da posição de

intercuspidação a um ponto onde os bordos incisais dos dentes estão entre 16 a 18mm umas das outras.

A mandíbula então movimenta-se lateralmente numa distância de 5 a 6mm da linha média aquando do início

do movimento de fechamento.

A primeira fase do fechamento segura a comida entre os dentes e é chamada de amassamento.

Quando os dentes se aproximam uns dos outros o deslocamento lateral é diminuído de tal modo que,

quando eles estão separados cerca de 3mm, a mandíbula ocupa uma posição de cerca de 3 a 4mm lateral à

posição do início da mordida.

Durante a fase de trituração, a mandíbula é dirigida pelas superfícies oclusais dos dentes, de volta à

posição de intercuspidação.

Nos planos sagitais, a fase de abertura é anterior à fase de fechamento.

Aquando da mastigação, dois tipos de contactos dentários ocorrem: de deslizamento e simples. Os

primeiros ocorrem as vertentes das cúspides se cruzam na fase de abertura. Os segundos ocorrem na

posição de máxima intercuspidação.

Frequência: 590 vezes por 24 horas

50 vezes durante o sono

146 vezes durante a alimentação

394 vezes entre refeições

NOTA: 1º abertura obliqua: det lado do trabalho (inferiores)

2º movimentos rápidos e amplos – esmagamento e redução alimento (PM)

3º caninos continuam a actuar – ciclos mais regulares e pequenos (molares)

35- Componentes anatómicos do sistema estomatognatico.

Dentes e estruturas de suporte

Músculos: masseter, temporal, pterigoideo interno e externo, digastrico , supra e infrahioideos

ATM’s

Ossos: maxila, mandíbula e hioide

Ligamentos

36- Funções do S.E.

R: Funções primárias: fonação, deglutição e mastigação.

Funções secundárias: respiração e expressão facial.

37- Contacto com alimento.

A qtd e qld de contacto dentário depende da informação sensorial enviada pelo SNC sobre o tipo de

mordida que varia consoante o tipo de movimento (nucelo motor par V). isto permite alterar a

mastigação consoante o tipo de alimento.

Existem dois tipos de contacto:

- deslizamento: quando vertentes das cúspides cruzam-se durante abertura e fase trituração

- simples – na posição máxima de intercuspidaçao

Dependem então:

- Etapa de mastigação: importante para higienizaçao, F oclusais, aproximação dos dentes e permite

restos dos alimentos serem retirados das superfícies oclusais através dos sulcos de escape.

Page 10: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

- Tipo de alimento

- organização aracadas dentarias (curvas Spee e Wilson)

- características do individuo

À medida que o alimento é fragmentado os contactos aumentam.

38- O que são contrações isotónicas e isométricas? A sua importância para a disfunção

crâneo mandibular?

Contracção isotónica ocorre quando as unidades motoras são estimuladas e ocorre contracção ou

encurtamento do músculo. É um tipo de encurtamento sob carga constante. A força gerada pelo musculo

é menor que F máxima. Por ex: ocorre no masseter quando mandíbula é elevada forçando os dentes

através do bolo alimentar.

A contracção que ocorre sem encurtamento é designada de contracção isométrica. Portanto é a

contracção em oposição a uma F aplicada sem variação de comprimento muscular. Ex: carregar objecto

muito pesado nos braços ou um objecto entre os dentes.

O equilíbrio e função crâneo mandibular é resultado de um jogo de forças musculares de estabilização.

Se a cabeça é virada para um lado, alguns músculos encurtam ( contracção isotónica ) outros relaxam

(relaxamento controlado) e outro devem estabilizar (contracção isométrica).

De salientar que a actividade isotonica permite o adequado fluxo sanguíneo para oxigenar os tecidos e eliminar

produtos de metabolizaçao. A actividade isométrica faz com que haja inibição do fluxo sanguíneo normal dos

tecidos e como resultado há um aumento de produção de metabolitos nas células do tecido muscular criando

sintomas de dor, fadiga e espamos. É o que acontece na actividade parafuncional.

39- Receptores sensoriais do sistema estomatognático. Classificação, localização e função.

O sistema mastigatório utiliza 6 tipos de receptores sensoriais: fusos neuromusculares ( receptores

encontrados nos tecidos musculares); órgãos tendinosos de Golgi ( tendões); Corpúsculos de Paccini

( tendões, articulações, periósteo, fascia e tecidos subcutâneos) Corpúsculos de Ruffini Nociceptores

( todos os tecidos do sistema mastigatório) e Extremidades nervosas livres.

Fusos neuromusculares: Receptor capsulado não adaptavel localizado nos músculos. Função:

monotorizaçao da tensão no musculo.

As fibras musculares são constituídas de fibras

extrafusais ( contrácteis) e fibras intrafusais (pouco

contrácteis). Os fusos neuromusculares são

constituídos por um conjunto de fibras intrafusais

unidas por um invólucro de tecido conjuntivo. Os fusos

neuromusculares têm a função de monitorizar a tensão

das fibras musculares. Os núcleos das fibras intrafusais

Page 11: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

estão dispostas de duas maneiras: em forma de saco ou em coluna. As fibras intrafusais recebem inervação

eferente através das fibras gamma, que se originam no SNC e levam à contracção das fibras intrafusais o

que causa estiramento dos sacos nucleares e coluna nuclear , o que dá origem a um estiramento

generalizado do músculo. Do ponto de vista funcional, o fuso neuromuscular actua como um sistema

monitor de alongamento. Aquando do estiramento, há estimulação das terminações nervosas dos nervos

eferente do grupo I e II em direcção ao SNC. Quando os neurónios motores eferentes alfa são estimulados

as fibras extrafusais dos músculos se contraem e o músculo encurta..

Órgãos tendinosos de Golgi: mecanoreceptor capsulado de adaptação lenta. localizam-se no tendão

muscular e cápsula ATM. Basicamente monitorizam a contracção muscular. A tensão no tendão estimula

os receptores do órgão de Golgi.

Corpúsculos de Paccini: Receptor capsulado adaptável do tipo On OFF .Localizados frequentemente

nas superfícies articulares (cápsula da ATM), ligamentos, derme, tecido subcutâneo e são responsáveis

principalmente pela percepção do movimento e da pressão firme, indicam o grau de fecho e abertura da boca.

Corpúsculos de Ruffini: Receptor capsulado não adaptável. localizam-se no tecido celular sub-cutâneo

e cápsula articular. Sensíveis à pressão direccional, transmitem a noção de ângulo de abertura da boca.

Nociceptores: Receptor não capsulado.São receptores sensoriais que são estimulados por dano e

transmitem esta informação ao SNC através das fibras nervosas aferentes. Monotorizam a condição,

posição e movimentos do S.E.

Extremidades nervosas livres: Receptor não capsulado.Mediadores da dor nas fibras musculares,

tendões fáscias e articulações. Sensíveis à dor, toque, frio e pressão, têm uma função protectora.

40- Descrever um potencial de acção. Definir somação temporal e espacial

O potencial de acção gera-se através da despolarização das membranas excitáveis dos neurónios. Se se

atingir o limiar de excitabilidade ocorre uma despolarização da membrana causada pela entrada de iões

sódio para o interior da célula pela abertura dos canais de sódio dependentes da voltagem. Os canais de

sódio fecham e saem iões potássio para o exterior o que causa uma repolarização e mais tarde uma

hiperpolarização. Desta maneira os potenciais de acção são conduzidos.

Somação espacial: Somatório de vários estímulos provindos de vários estímulos em simultâneo

Somação temporal: Vários estímulos provindos do mesmo neurónio.

41- Fuso neuromuscular. (1ª frequência)

Ver atras

42- Como podem ser estimuladas as fibras aferentes dos fusos neuromusculares?

Do ponto de vista funcional, o fuso neuromuscular actua como um sistema monitor de alongamento.

Aquando do estiramento, há estimulação das terminações nervosas dos nervos eferente do grupo I e II

em direcção ao SNC.

43- Quais são os receptores neuromusculares que conheces? Enumera-os e descreve as

suas funções.

Os receptores neuromusculares dividem-se em Extrareceptores; intraceptores e proprioceptores.

Extraceptores: reagem a estímulos externos, localizam-se na pele lábios e mucosa e recebem uma

sensibilidade grosseira.

Intraceptores: receptores viscerais que reagem a estímulos internos

Proprioceptores: reagem a alterações do órgão onde se encontram ( pressão, posição e movimento).

Localizam-se nos músculos, tendões, ligamentos e articulações.

43- Reflexo miotatico.O que é e sua importância?

44- O conhecimento da actividade reflexa do S.E. é fundamental para o seu

funcionamento. Que reflexos conhece? Descreva o mecanismo neuromuscular de

um deles.

Reflexo miotático (estiramento), reflexo nociceptor (Flexor), Circuito γ-loop, Reflexo do estiramento inverso,

Reflexo mandibular sem carga e Reflexo mandibular horizontal..

Acção Reflexa: Uma acção reflexa é a resposta resultante de um estímulo que passa como um impulso

no neurónio aferente e vai até à raiz posterior do nervo espinhal ou até seu equivalente craniano, onde

é então transmitido a um neurónio eferente que o leva de volta ao músculo esquelético. A acção reflexa

pode ser monossinaptica ou polissinaptica.

Page 12: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

Reflexo miotático ou de estiramento: Reflexo mandibular monossinaptico. Quando um músculo

esquelético é estirado repentinamente, este reflexo protector é iniciado e gera contracção do músculo

estirado. O estiramento repentino do fuso neuromuscular aumenta o impulso aferente do fuso. Os impulsos

são encaminhados ao tronco encefálico através do núcleo mesencefálico do trigémio. As fibras aferentes

fazem sinapse no núcleo motor do trigémio com os neurónios motores eferentes Alfa que os conduzem de

volta às fibras extrafusais do músculo que foi estirado.

IMPORTANCIA: O reflexo miotático é um determinante importante do tónus muscular dos músculos

elevadores da mandíbula. É importante na determinação de posição de descanso da mandíbula.

Enquanto a gravidade puxa a mandíbula para baixo os músculos elevadores vão ser passivamente

estirados o que também será o estiramento dos feixes musculares. Esta informação é reflexamente

transferida a partir dos neurónios

aferentes dos músculos Ic e II para os

neurónios motores alfa que retornam

às fibras extrafusais dos músculos

elevadores. Desta forma o

estiramento passivo provoca uma

contracção reaccionária que alivia o

estiramento do fuso neuromuscular.

Reflexo nociceptivo ou flexor: é uma acção reflexa polissinaptica a um estímulo nocivo. As fibras do

nervo aferente primário conduzem a informação para o núcleo sensitivo do V par, onde fazem sinapse com

interneurónios que enviam a informação para o núcleo motor do trigémio. A resposta motora gerada é mais

complexa que no reflexo miotatico, na medida em que a actividade de vários músculos deve ser

coordenada para produzir a resposta motora desejada.

O reflexo miotático protege o sistema mastigatório do repentino estiramento de um músculo, enquanto que o

reflexo nociceptivo protege os dentes e as estruturas de suporte dos danos criados por uma força súbita muito

pesada.

Circuito γγγγ-loop: No circuito γ-loop ocorre uma estimulação do fuso neuromuscular, sem distenção

muscular. Neste tipo de acção reflexa, devido a variados factores ( ansiedade ou stress) os neurónios γ

são estimulados e provocam um estímulo das fibras intrafusais que levam ao estiramento da porção central do

fuso. Esse estiramento provoca uma estimulação dos receptores aferentes, em que as fibras aferentes

transportam o estímulo que é encaminhado pelo núcleo mesencefálico do V par até ao núcleo motor, onde

o neurónio aferente faz sinapse com a fibra aferente α que provoca a contracção do músculo.

Reflexo do estiramento inverso: Este reflexo, é um reflexo protector, desencadeado para impedir a

desinserção do músculo na sua origem aquando de uma contracção muito forte. O mecanismo pelo qual

este reflexo se processa é o seguinte: Uma contracção muito forte leva ao estiramento dos tendões ( órgão

de Golgi) Os Neurónios Ib são estimulados e levam essa informação até à medula onde ocorre uma sinapse

com o interneurónio inibitório Ib que vão inibir os motoneurónios α, logo vai haver um relaxamento muscular.

Reflexo mandibular sem carga: É um reflexo protector. Provoca a interrupção da função mastigatória e

impede o contacto dentário violento, quando uma substância dura, presa entre os dentes fractura

subitamente.

Reflexo mandibular horizontal: Resposta reflexa protectora contra interferências oclusais, maloclusão e

inflamação articular.

45- Actividade reflexa e oclusão. Relacione.

Uma acção reflexa é a resposta resultante de um estímulo que passa como um impulso no neurónio

aferente e vai até à raiz posterior do nervo espinhal ou até seu equivalente craniano, onde é então

transmitido a um neurónio eferente que o leva de volta ao músculo esquelético. A acção reflexa pode

ser monossinaptica ou polissinaptica.

INCOMPLETA…

46- O conhecimento do reflexo do estiramento inverso é muito importante para o estudo

da disfunção craneomandibular. Quais os receptores que iniciam esse reflexo e como

actuam.

Este reflexo, é um reflexo protector, desencadeado para impedir a desinserção do músculo na sua origem

aquando de uma contracção muito forte. O mecanismo pelo qual este reflexo se processa é o seguinte:

Uma contracção muito forte leva ao estiramento dos tendões ( órgão de Golgi) Os Neurónios Ib são

estimulados e levam essa informação até à medula onde ocorre uma sinapse com o interneurónio inibitório Ib

que vão inibir os motoneurónios α, logo vai haver um relaxamento muscular.

Page 13: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

47- De que forma pode o cerebelo funcionar no controlo da função dos músculos

esqueléticos?

As principais funções do cerebelo são:

- coordenação de movimentos

- manutenção do equilíbrio

- tonus muscular

- linguagem e funções cognitivas

Processa a informação vinda de outras áreas do cérebro, medula e receptores sensoriais de modo a

indicar o tempo exacto para realizar movimentos coordenados e suaves do sistema muscular

esquelético. E também um reflector que actua na coordenaçao e manutenção do equilíbrio.

48- Tipos de dor

Dor primária – origem e locais variados , mas o local real é onde o paciente diz que dói.

Dor heterotopica – origem e local da dor são diferentes.

Central: emana de estruturas do NC e é sentida perifericamente como dor het

Projectada: sentida na distancia periférica da mesma raiz nervosa que medeia

estimulo primário nociceptivo

Reflexa: dor het sentida numa área incurvada por um nervo diferente do que medeia

a dor 1ª

Hiperalgesia 2ª – corresponde a maior sensibilidade nos tecidos sem causa local. È diferente de dor

reflexa.

49- Os acufenos são sintomas de infecções temporomandibulares sobreponiveis a

sintomas de problemas de otorrinolaringologia. Descreva o fenómeno.

Os acufenos reduzem a acuidade auditiva e perturbação do equilíbrio. A trompa de eustáquio vai da

boca ate ao ouvido médio e do lado da boca esta o m.tensor do palato mole que quando tem

hipertonicidade causar este fenómeno do lado do ouvido médio (no m.tensor tímpano) provocando

dores constantes no paciente. Quando o m.tensor tímpano contrai o tímpano e flexionado e apertado.

Este m. em conjunto com o m.palatino tensor do palato é inervado pelo trigemio. Uma dor profunda

em qq estrutura inervado pelo trigemio pode alterar a função auditiva criando sensações e efeitos

excitatorios centrais.

50- O estudo e a compreensão da dor crónica teve um maior avanço apos o

conhecimento da função da neuroplasticidade. Explicite esse fenómeno

O conceito de plasticidade neural diz respeito ao facto da estrutura do SNC não ser fixa ou

impermeável à influencia do ambiente e padrões de actividade funcional. O conceito de que os padrões

de actividade influenciam a estrutura do SN é resumido sob a forma de expressão plasticidade

dependente de actividade.

Existem evidencias de que células nervosas centrais podem regenerar ou ate formar-se de novo e uma

destas regiões onde esta forma de plasticidade se expressa com mais frequência é o hipocampo. As

sinapses são também as estruturas com amior potencial para remodelação em função da estimulação

ambiental e do nível de actividade.

Portanto neuroplasticidade é a capacidade adaptativa do SNC em modificar a sua organização estrutural

e funcional, que visa proteger o organismo vivo visando a reestruturação das funções comprometidas.

“ a forma (anatomia) tem função (fisiologia) e é a função que define a forma. Isto significa que torna-se

aquilo que faz. O sistema neuromuscular é adptavel a mudanças em seu meio tanto interno como

externo, e a isto denomina.se plasticidade”(Gjeksvik)

51- O tálamo é formado por duas massas simétricas situada na base dos hemisférios. Qual

a sua função na coordenação do SNC?

O tálamo está inserido no centro do cérebro e age como uma estação de mudança para muitas das

comunicações entre o tronco encefálico, o cerebelo e o cérebro. Conforme os impulsos sobem, este executa

avaliações e dirige os impulsos para regiões apropriadas nos centros superiores para interpretação e resposta,

nomeadamente coordena e direcciona os estímulos nervosos para o córtex.

52-Em que consiste a convergência dos neurónios aferentes e qual a importância para o

contributo no estudo e compreensão do processamento da dor.

53-Descrever o trajecto nervoso de estimulação nociceptiva que ocorre no dermatoma do

V par craneano.

54- Explique o fenómeno de convergência e diz quais as estruturas que convergem para o

trato espinhal do V par

O fenómeno da convergência é uma explicação para o efeito excitatório central. O efeito excitatório

central é uma explicação da dor heterotópica reflexa, em que um certo estímulo ao SNC pode criar um efeito

excitatório em outros interneurónios não associados. O fenómeno da convergência diz que muitos neurónios

Page 14: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

podem fazer sinapse com um único interneurónio. Este único interneurónio pode em si ser um dos muitos

neurónios que convergem para fazer sinapse com o próximo interneurónio ascendente. Este fenómeno pode

complicar a avaliação por parte do córtex da localização precisa do estímulo.

Neurónios do nervo trigémio e dos nervos cranianos VII, IX e X compartilham no mesmo conjunto de

neurónios com neurónios da espinha cervical superior.

As estruturas que convergem para o núcleo do tracto

espinhal do V par são os impulsos sensoriais

conduzidos pelo V par a partir da face e boca. O

nucleo do tracto espinhal está dividido em subnucleo

oral, interpolar e caudal.

Os neurónios aferentes da polpa do dente vão para 3

subnucleos. O subnucleo caudal tem sido

especialmente importantes nos mecanismos

nociceptores e o subnucleo oral parece ser uma base

significativa nesse complexo trigeminal do tronco

encefálico para mec dos oral.

55- Em que consiste o fenómeno da modulação da dor e como é processada essa

modulação?

Modulação da dor significa que, impulsos vindos de um estímulo nocivo, o qual é primeiramente

conduzido por neurónios aferentes dos nociceptores, podem ser alterados antes de chegar ao córtex.

Esta alteração pode ter um efeito excitatório, que aumenta o estímulo nocivo, ou um efeito inibitório, que

diminui o estímulo nocivo. As condições que afectam a modulação do estímulo nocivo podem ser

psicológicas (estado emocional da pessoa) ou físicas (cansaço).

Sistema de modulação cutânea não dolorosa: sistema este em que se as fibras de maior diâmetro

forem estimuladas ao mesmo tempo que as de menor diâmetro, as maiores iriam mascarar os estímulos

das menores.

Um estímulo nocivo que atinja a medula espinhal, pode também vir a sofrer alterações nas sinapses ao

longo do trajecto ascendente. Esta modulação da dor é atribuída ao sistema inibidor descendente. Papel

primordial do sistema inibidor descendeste é impedir que o estímulo não seja percebido no córtex

como sendo dor. O neurotransmissor primordial é a serotonina.

Sistema de estimulação dolorosa intermitente: Consiste na estimulação de áreas com grande

concentração de nociceptores e baixa impedância eléctrica, o que faz com que sejam libertadas endorfinas

que vão para a circulação sistémica e reduzem a dor.

Sistema de modulação psicológica: Sistema em que os estados psicológicos modulam a dor, quer

acentuando-a quer reduzindo-a.

56- Definir dor de acordo com a Assoc.Internac. para estudo da dor e explicitar conceitos

contidos nessa definição.

57- Diferença neurológica e neuroquimica entre dor aguda e dor crónica.

Page 15: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

58- Movimento de rotação, translação e rototranslaçao do SE

Rotação: movimento de um corpo em torno do seu eixo. É uma linha imaginaria que une os centros

cinemáticos dos 2 condilos. Quando estão em posição mais usp na fossa

artic e o condilo rotaciona para a boca abrir ocorre rotação na cavidade

inferior da ATM entre a sup superior condilo e sup inf disco.Não existe

rotação pura no SE. Executa-se em três planos:

- eixo horizontal rotação –movimento de charneira. abre e fecha

- eixo frontal vertical rotação – 1 condilo move-se anteriormente p

fora da posição terminal de rotação enquanto o eixo frontal do

condilo oposto permanece na posição terminal de rotação: não

ocorre naturalmente devido à iclinaçao da eminência articular.

- eixo sagital rotação – 1 condilo move-se para baixo e o outro

permanece na posição de charneira terminal. Não ocorre

naturalmente pq os lig e musc impedem deslize para baixo do

condilo. So ocorre com outros mov.

Translação- movimento de um corpo em torno de um

eixo. Não se pode realizar c a boca fechada. Ocorre dentro

da cavidade articular superior entre superficie superior do

complexo condilo disco e face inf cavidade glenoide.

Rototranslação- tipo de mov mais frequente. Pode realizar-se de boca aberta ou fechada.

Normalmente rotação e translação ocorrem simultaneamente enquanto mandibula roda sobre um eixo

que se movimenta no espaço.

59- Como se chama o traçado dos movimentos

bordejantes no plano horizontal? Descreva-o

Estes movimentos são registados com um aparelho

designado de Arco Gótico. Neste plano registam-se 4

componentes de movimentos distintos: movimento

lateral esquerdo; movimento lateral esquerdo com

protrusão; movimento lateral direito e

movimemento lateral direito com protrusão.

Movimento bordejante lateral esquerdo: Os côndilo

parte de uma posição de relação cêntrica. Com a

contracção do músculo pterigoideo lateral linferior direito

fará com que o côndilo direito se desloque para a frente,

para o meio e para baixo. O côndilo esquerdo

permanecerá em relação cêntrica. O côndilo esquerdo é

chamado de côndilo de rotação ou de trabalho e o côndilo

direito será chamado de côndilo orbitante ou de não

trabalho.

Movimento bordejante lateral esquerdo continuado

com protrusão: Com a mandíbula na posição bordejante

lateral esquerda, uma contração do músculo pterigoideo

lateral inferior esquerdo juntamente com a contração do

direito irá fazer com que o côndilo esquerdo se desloque

para a frente e para a direita, colocando-se na sua posição

anterior máxima, causando um deslize na linha média da

face.

Movimento bordejante lateral direito: idem

Page 16: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

Movimento bordejante lateral direito continuado com protrusão: idem

Movimentos funcionais:

60- O que é o ângulo de Bennet?

Angulo formado pela trajectória do côndilo de não trabalho e o plano mediossagital

61- O que é o movimento de Bennet?

Corresponde ao deslocamento transversal do condilo de trabalho no movimento de lateralidade da

mandíbula em relação ao plano sagital

62- Qual a função do ângulo de Bennet nos traçados latero e mediotrusivo?

63- Relacione o ângulo de Bennet com morfologia oclusal.

ângulo formado pela trajectória do côndilo de não trabalho e o plano mediossagital. Portanto

corresponde ao condilo oposto a realizar trabalho para baixo dentro e frente. Quanto maior for o

ângulo maior a qtd de movimento de translação lateral. Com o aumento desse mov o desvio do corpo

da mandíbula determina que nas cúspides post sejam mais baixas para permitir a translação lateral sem

causar contactos entres os dentes. O aumento do ângulo bennet tb influencia a localização das cúspides

sulcos e cristas. Com maior qtd mov translação lat o ângulo formado entre os trajectos latero e

mediotrusivo aumentam cúspides centricas.

64- Descreva a influencia do movimento lateral do corpo da mandíbula na morfologia

dentaria.

O movimento lateral do corpo da mandíbula é também designado de movimento de Bennett. Durante

a excursão lateral o côndilo orbitante move-se para baixo para dentro e para a frente em redor dos eixos

localizados no côndilo oposto. Quanto mais interna a parede, do pólo interno do côndilo orbitante maior a

quantidade de movimento de translação lateral. Conforme aumenta o movimento de translação lateral o

desvio do corpo da mandíbula determina que as cúspides posteriores sejam mais curtas para permitir translação

lateral sem causar contactos entre os dentes posteriores superiores e inferiores. Quanto maior o movimento mais

baixas as cúspides posteriores. Quanto mais superior o movimento de rotação do côndilo mais baixas as

cúspides posteriores e quanto maior o deslocamento mais baixas as cúspides posteriores.

Efeito da direcção do movimento de translação lateral na altura da cúspide: Os movimentos

podem ser látero superiores, látero inferiores, látero anteriores e látero posteriores. Um movimento látero

superior do côndilo de rotação vai requeres cúspides posteriores menores. Um movimento látero inferior

vai requeres cúspides posteriores maiores.

Efeito do período do movimento de translação na altura da cúspide: se o período do movimento

ocorrer muito cedo no movimento látero-trusivo a quantidade e direcção do movimento irão

influenciar a morfologia oclusal. Quando o movimento de translação lateral ocorre precocemente, pode

ser observado um deslocamento antes do côndilo transladar da fossa, isto é chamado de side shift

imediato.

Se isto ocorre em conjunto com um movimento excêntrico denomina-se side shift progressivo.

Quanto mais imediato o deslocamento, menores serão os dentes posteriores.(movimento de

lateralidade do lado de não trabalho: condilo movimenta-se para baixo, frente e dentro. Relação directa

entre anatomia da parede interna fossa glenoide e altura cúspides)

65- Qual a influencia da distancia intercondilar nos traçados latero e mediotrusivos.

Com aumento da dist intercondilar aumenta a distancia entre os dentes e condilos da arcada o que vai

fazer com que haja uma maior angulaçao entre os trajectos latero e mediotrusivos. No entanto essa

maior distancia intercondilar faz com que os dentes fiquem situados mais perto do plano sagital em

relação à dist do plano sagital do condilo que rotaciona, o que vai fazer com que diminua os ângulos

entre os trajectos. O ultimo factor anula o 1º a ponto do efeito real aumentar a dist intercondilar e

diminuir o ângulo entre os traçados latero e mediotrusivo.

A dist interc det a abertura dos arcos descritos pl condilos de não trabalho influenciando a orientação

dos sulcos dentários.

Page 17: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

66- Como se chama o traçado dos movimentos mandibulares bordejantes no plano

sagital? Descreva-o

67- Descrever o diagrama de Posselt no plano sagital (1ª frequência)

O diagrama de Posselt representa os movimentos bordejantes no plano sagital, representando 4 tipos

de componentes móveis distintos: abertura posterior bordejante; abertura anterior bordejante;

abertura superior bordejante e movimento

funcional.

Movimento do Extremo posterior ABERTURA

Abertura posterior bordejante: Ocorre em 2

estádios.

No primeiro e em relação cêntrica, ocorre rotação

do côndilo ao redor do eixo horizontal até uma

distância de 20 a 25mm entre os bordos incisais.

Numa segunda fase ocorre translação em que o

eixo de rotação se desloca. A abertura máxima

varia entre 40 e 60mm de distância entre os bordos

incisais.

Movimento do Extremo anterior FECHO EM

PROTRUSÃO

Abertura anterior bordejante: o fechamento

acompanhado da contração dos músculos

pterigoideos externos inferiores produz o

movimento bordejante de abertura anterior. Os

côndilos encontram-se estabilizados numa

posição anterior. A posição condilar está mais

anterior na abertura máxima, mas não na protrusão

máxima.

Movimento De Limite Superior

Movimentos bordejantes de contacto superior: Estes movimentos são determinados pelas

características oclusais dos dentes.

Posição limitada por ligamentos e definida por morfologia oclusal. Depende: variação entre RC e IM, do

ângulo cuspideo dos dentes posteriores, overbite e overjet e morfologia lingual dos incisivos.

Durante este movimento existe sempre contacto oclusal. No inicio, em relação cêntrica, uma força

aplicada na mandíbula promove um deslocamento antero-superior até atingir a máxima intercuspidação.

Quando a mandíbula é protruída o contacto entre os bordos incisais dos dentes antero-inferiores e

as faces palatinas dos dentes antero-superiores causam um movimento antero-inferior da

mandíbula. Este movimento é cessado quando os dentes se encontram topo-a-topo. O movimento

horizontal continua até o bordo incisal dos dentes Antero-inferiores ultrapassar o bordo incisal dos

dentes Antero-superiores. A superfície oclusal dos dentes posteriores vai determinar o trajecto

restante até à máxima protrusão.

Movimentos funcionais: Partindo de IM a mandíbula dirige-se para baixo e para anterior ate a posição

desejada.no fecho segue um retorno de trajecto mais posterior.A maioria das actividades funcionais

requerem intercuspidação máxima e sendo assim geralmente começam de intercuspidação máxima.

Quando a mandíbula se encontra em repouso eles se localizam a cerca de 2 a 4 mm abaixo da posição

de máxima intercuspidação. Esta posição foi chamada de posição clínica de repouso.

Os movimentos são limitados por características oclusais dependem: ângulo entre Rc e Im, angulaçao

das vertentes das cúspides, qtd de trespasse vertical e horizontal, overbite e overjet , morfologia

palatina dentes ant e sup e interrelaçao arcada dentaria.

Page 18: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

68- Movimentos bordejantes no plano frontal? Descreva-o

traçado horizontal concavo condicionao pl contactos dentes e

lig articular

traçado convexo do mov p baixo (abertura). Mov limitado pl

lig que obrigam a mand a deslizar na

linha mediana

mov mandíbula para a dta (=ao esq). No ponto inf abertura

Max coincide c diagrama de Posselt.

Juntar 3 mov.Durante 3 mov há um simples mov lat em torno

de cada eixo e simultaneamente cd eixo fica a oscilar para

acomodar os mov q estão a ocorrer em torno dos outros

eixos. Tudo ocorre dentro do envelope e é controlado pl

sistema neuronal p evitar danos a outras est orais.

69- Quais são os determinantes anteriores e posteriores da morfologia oclusal?

Determinantes ant: Guia anterior; dentes incisivos

sup e inf

Determinante posts: 2 ATM e guia condilar

NOTA: Os pontos de olcusao são um padrao pré

determinado de relações dentarias harmoniosas e

perfeitas

Cúspides de suporte

1º grupo: cúspides vestibulares de M e PMI

2º grupo: cúspides e bordos incisais de CI

3º grupo: cúspides palatinas de M e PMS

Pontos de apoio oclusais primários

: incisivos- bordos incisais dos II contra a face palatina dos IS

Canino- bordo da vertente distal do canino inferior contra a vertente mesial da face palatina do canino

superior

Pré molares – cúspides V dos PMI contra fossas marginais dos PMS

Molares- cúspides mesio palatina dos MS contra as fossas centrais dos MI

Pontos de apoio oclusais intermediários

Cúspides mesio vestibular do 1ºPMI contra fossas marginais do 2ºPM e 1ºPMS

Pontos de apoio oclusais secundarios:

PM – cúspides palatinas dos PMS contra fossas marginais dos PMI

Molares- cúspides vestibulares dos MI contra os sulcos centrais dos MS

Cúspides guia orientam mov mandíbula

– cúspides linguais de PM e MI;

- bordos incisais dos I e CS;

- cúspides vestibulares de PM e MS

70- Quais são os determinantes da morfologia oclusal e qual a sua relação?

Os determinantes anteriores e posteriores da morfologia oclusal dos dentes dividem-se em

determinantes verticais e determinantes

horizontais.

Page 19: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

Determinantes verticais: Guia condilar; Guia Anterior; Plano de Oclusão; Curva de Spee; Movimento

de translação lateral.

Determinantes horizontais: Distância do côndilo de rotação; Distância do plano mediossagital;

Movimento de translação lateral; Distância intercondilar.

71- Análise da Guia anterior – overbite e overjet´

Overjet: sobreposição horizontal. Corresponde a distancia horizontal pela qual os dentes anteriores se

sobrepõem aos inferiores ou seja a distancia entre o bordo incisal do incisivo sup e superfície vestibular

dos incisivos inferiores.

Overbite: sobrepoisçao vertical pela qual os dentes sup se sobrepõem aos inf ou seja a dist entre os

bordos dos dentes ant sup e inf (3-5 mm)

Page 20: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

72- Factores anteriores de oclusão.

O movimento mandibular é afectado pela guia anterior. As mudanças no overjet e overbite dos dentes

anteriores causam mudanças no movimento vertical da mandíbula.um aumento no overjet leva a

diminuição do ângulo da guia anterior, menos componentes verticais do movimento mandibular e

cúspides post mais baixas. Um aumento no overbite causa aumento do ângulo da guia anterior, mais

componentes verticais no mov mandibular e cúspides posteriores mais altas.

73- Ponto de contacto. Comentar.

74- Diga o que se oferece dizer sobre o ponto de contacto interproximal.

Os pontos de contacto transmitem forças, estabilizam ameia correcta para papila gengival intacta,

impedem a impactaçao dos alimentos e estabilizam a arcada. Anatomicamente deslocam-se de

incisal/oclusal para cervical à medida que se avança para distal. A perda de um ente leva à mesialização

do dente distal com subsequente perda do ponto de contacto, o que origina inflamação gengival e/ou

reabsorção óssea.

75- Como a curva de compensação de Spee influencia a morfologia oclusal dos dentes?

(plano sagital)

A curva de Spee é uma curva antero-posterior que se estende da ponta do canino inferior ao longo das

cúspides vestibulares dos dentes póstero-inferiores. A curvatura é analisada consoante o raio da mesma.

Com um raio curto a curva será mais aguda do que com um raio comprido. O grau de curvatura das

cúspides influencia a altura das cúspides posteriores. Quanto mais aguda a curva mais baixas serão

as cúspides vestibulares. Tb vai influenciar a forma como a altura da cúspide de dente post individual é

afectada. Quanto mais plano o ângulo de oclusão maior o ângulo no qual os dentes postero inf se

distarão dos dentes postero sup e mais altas serão as cúspides.

76- Curva Wilson (plano frontal)

E a linha imaginaria traçada dos pontos das cúspides vestibulares e linguais dos dentes post. Com

curvatura convexa na arcada inf e concava na arcada sup. Deve ser uma linha paralela entre os condilos

e linha papilar.

77- Descrever os critérios de uma oclusão ideal

Posição articular ortopedicamente estável; contactos funcionais ideais dos dentes ( direcção das

forças oclusais aplicadas aos dentes; quantidade da força aplicada aos dentes)

Posição articular ortopedicamente estável: Relação cêntrica é uma posição articular

ortopedicamente estável, os côndilos estão posicionados antero-superiormente na fossa articular,

apoiados na vertente posterior da eminência articular. Os discos articulares encontram-se interpostos

entre os côndilos e as superfícies da eminência articular. Posição músculo-esquelética estável. Os

músculos temporais posicionam os côndilos superiormente na fossa. Os masséteres e pterigoideos internos

posicionam os côndilos numa posição ântero-superior. O tónus muscular do pterigoideu lateral inferior

posiciona o côndilo anteriormente contra a eminência articular.

Contactos funcionais ideais dos dentes: A posição músculo-esquelética estável ( relação cêntrica ) é

somente mantida quando em harmonia com uma oclusão estável. Uma condição oclusal ideal durante

o fechamento mandibular deve ser fornecida pelo contacto simultâneo e homogéneo de todos os dentes

possíveis.

Direcção das forças aplicadas aos dentes: Como os dentes recebem constantemente forças de

oclusão um ligamento periodontal encontra-se presente entre a raiz do dente e o osso alveolar. Este

tem a capacidade de transformar forças de pressão (destrutíveis) em forças de tensão

(aceitáveis). Existem forças verticais e horizontais. O ligamento periodontal tem as suas fibras

direccionadas maioritariamente na direcção vertical, daí que forças oclusais verticais sejam mais

toleradas do que forças horizontais. A carga axial é o processo de dirigir as forças oclusais ao longo do

eixo do dente. Existem dois métodos de conseguir a carga axial: desenvolvimento dos contactos dentários em

qualquer das pontas das cúspides ou em superfícies planas que se encontram perpendiculares ao longo eixo do

dente ou pelo método da tripodização que requer que cada cúspide que contacta uma fossa oposta

esteja de tal maneira desenvolvida que produza 3 contactos ao redor da cúspide verdadeira.

Quantidade de força aplicada aos dentes: A ATM permite movimentos protrusivos e laterais. Os

movimentos laterais permitem que forças horizontais sejam aplicadas aos dentes. As forças horizontais

não são bem aceites no pelas estruturas de suporte e sistema neuromuscular. O sistema mastigatório

assemelha-se a um sistema de alavancas. Em que a ATM é o fulcro do sistema de alavancas. Se uma noz

Page 21: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

muito dura tiver que ser quebrada, a posição melhor será entre os dentes posteriores. O que vai

acontecer é que a mandíbula é capaz de se mover para baixo e para a frente de modo a obter o

relacionamento oclusal ideal para o desempenho da sua função. O movimento dos côndilos gera uma

posição mandibular instável.

As forças horizontais devem ser aplicadas aos dentes anteriores. Os caninos têm uma grande

capacidade para resistir a forças horizontais, pois têm raízes muito cumpridas e maiores. A guia canina

é a capacidade de os caninos aquando dos movimentos laterotrusivos contactarem e dissiparem as forças

horizontais enquanto os dentes posteriores desocluem. Função de Grupo: Alternativa mais favorável além da

guia canina, em que aquando de movimentos laterotrusivos o contacto dos dentes do lado de trabalho apenas

ocorre nos dentes desde o canino, pré molares e cúspide mesiovestubular o 1º molar. Os contactos

laterotrusivos ( guia canina e função de grupo ) devem oferecer uma guia adequada para desocluir os

dentes no lado oposto. Nos movimentos anteriores, os dentes anteriores devem fornecer uma guia

anterior de modo a dissipar as forças horizontais e a desocluirem os dentes posteriores.

Resumo: Quando a boca se fecha, os côndilos estão numa

posição Antero superior apoiados nas vertentes posteriores

das eminências articulares com os discos interpostos. Nesta

posição há contactos homogéneos e simultâneos de todos os

dentes posteriores, os dentes anteriores também

contactam porém estão sujeitos a forças menores. Todos

os contactos dentários dirigem as forças oclusais ao longo do

grande eixo do dente (carga axial). Quando a mandíbula

executa movimentos de laterotrusividade existem guias

dentárias para desocluir o lado mediotrusivo (guia canina).

Quando a mandíbula se move numa posição protrusiva,

existem contactos dentários anteriores apropriados para

desocluir todos os dentes posteriores.

78- Relação centrica. Definição e importância.

79- Em que consiste a oclusão mutuamente protegida.

80- Relação centrica, oclusão em relação centrica, oclusão centrica, oclusão mutuamente

protegida, deslizamento entre centricas, oclusão balenceada. Conceitue e diferencie. (1ª

chamada)

81- Que tipos de oclusão conhece?

Relação cêntrica é uma posição articular ortopedicamente estável, os côndilos estão posicionados o

mais antero-superiormente na fossa articular, apoiados na vertente posterior da eminência articular. Os

discos articulares encontram-se devidamente interpostos entre os côndilos e as superfícies da eminência

articular. Posição músculo-esquelética estável. È det pelo tonus m. elevadores mandíbula e pp anatomia.

Importante para a fabrico próteses.

Oclusão cêntrica corresponde a oclusão em intercuspidação máxima. Com o máximo de contactos

dentarios

Oclusão mutuamente protegida refere-se à capacidade de os dentes anteriores guiarem os dentes

posteriores em movimentos de protrusão e ao facto de os dentes posteriores aceitarem melhor as

forças horizontais e laterais durante o fechamento do que os post. Os dentes post estão melhor

adpatados a receberem e dissparem F verticais (por ex na MI protegendo detes ant). Portanto os ant

protegem os post de interf fazendo desoclusao nos mov mandibulares e post protegem ant de cargas

oclusais.

Oclusão em relação centrica – quando existe um ou mais contactos dentários e conceito RC… Oclusão balenceada – conceito utilizado em próteses totais. Há contactos bilaterais durante mov lateralidade e protrusao. Este conceito foi passado para a dentição natural o que levou a uma falência porque exigiam maior dimensão vertical, levavam a instabilidade da oclusão e desgaste dos dentes e restaurações. Existe nas crianças de 4-6 anos que possuem uma curva de Spee mais acentuada com maior idade e menor guia canina e maior função de grupo – oclusão balenceada fisiológica. Oclusão individual dinâmica – abrange o funcionamento do SE como um todo e não numa configurçaao oclusal especifica. Esta é a oclusão de cada um de nos enquanto se compensar a si próprio e uma oclusão funcional. Deslizamento entre centricas???

82- Em que consiste o fenómeno de Christensen?

Fenómeno que ocorre durante o movimento de protrusão e que leva a perda de contacto dos dentes

posteriores com os seus antagonistas, devido ao contacto topo-a-topo dos incisivos aquando da

protrusão. ( a partir do IM os incisivos inf deslizam sobre a face palatna dos incisvos sup até alcançarem

a posição topo a topo) Esta desoclusao dos dentes post na posição de protrusao contactante é

denominada fenomeno de Christ.

Page 22: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

83- Prematuridade e interferência oclusal. Defina, diferencie e exemplifique.

A prematuridade corresponde a um contacto não fisiológico entre dentes antagonistas que impede e

dificulta o fecho mandibular completo ou provoca desvios.

A interferência oclusal refere-se a um contacto oclusal entre dentes oponentes que dificulta ou

impede de movimentos excursivos mandibulares.

84- Guia canina e função de grupo. Caracterize.

A guia canina é a capacidade de os caninos aquando dos movimentos laterotrusivos, contactarem e

dissiparem as forças horizontais enquanto os dentes posteriores desocluem. (são estes os dentes pois os

caninos suportam, coordenam e dissipam melhor as F q p outros dentes seriam mt prejudiciais)

Características que promovem a guia canina:

- cuspide robusta

- longo eixo

- dente de transição ( em posição estratégica em relação ao SE para se poder ter boa guia)

- Osso da bossa canina mais resistente

Função de Grupo: Alternativa mais favorável além da guia canina, onde nos movimentos laterotrusivos

o contacto dos dentes do lado de trabalho apenas ocorre nos dentes desde o canino, prémolares e

cúspide mesiovestibular do 1º molar inferior.

Desvantagens: maior atrito e solicitação de maior numero de fibras musculares o que implica

dificuldades em manter GC com o tempo. Na FG há contactos do lado de trabalho e desoclusao do

lado de não trabalho.

85- Que guias existem nos movimentos mandibulares? Vantages, desvantagens e

indicações de cada um. (1ª chamada)

Guia canina

Funçao de Grupo

Guia de lateralidade - relacionado com contactos lateroprotrusivos. Devem oferecer guia adequado

por desocluir os dentes no lado oposto do arco. Os contctos mediotrusivos podem ser destrutivos

para SE devido as F que podem ser aplicadas. Inibe a actividade muscular e devido a existirem

proprioceptores e nociceptores no lig periodontal há resposta inibitória – actividade desce.

Guia anterior – dentes post so contactam se a inclinação do canino for de tal modo que a trajectória

o pemita e proteja os dentes post.

86- Inclinação incisiva, altura cuspidea e inclinação condilar. Defina e relacione.

Inclinação Incisiva: inclinação dos incisivos em relação ao plano frontal. Vai determinar a boa ou má

guia anterior (responsável pela altura cuspidea). Quanto maior for o ângulo da guia ant relacionado com

overjets maiores vão ser as cúspides posteriores.

Altura cuspídea: altura das cúspides cêntricas dos dentes posteriores

Inclinação condilar: inclinação da vertente posterior da eminência articular.

A inclinação incisiva terá de ser maior que a inclinação molar e a inclinação condilar de modo a que a

força de trabalho seja exercida pelos dentes e não sobre a articulação.

A inclinação condilar vai det como é feita a guia post ou condilar que tb tem influencia na altura

cuspidea. Qt mais angulosa for a eminência articular mais o condilo é forçado a mover-se inferiormente

resultando num maior movimento vertical do condilo, mandíbula e dentes inf o que permite cúspides

post mais baixas.

87- Diga quais as cúspides que conhece e as funções que elas desempenham.

As cúspides dividem-se em cúspides de suporte, de encerramento ou cêntricas e em cúspides guia,

secundárias ou não cêntricas.

As primeiras são responsáveis pela dimensão vertical de oclusão e esmagamento.

As segundas guiam o posicionamento da arcada correctamente na posição de máxima intercuspidação. Têm

também como função, a protecção dos tecidos moles e a manutenção do alimento na mesa oclusal.

88- Como é classificada de acordo com a ANGLE a relação intermaxilar?

A relação intermaxilar de acordo com Angle é classificada em três classes: Classe I, Classe II, e Classe III.

Classe I: A classe I é classe padrão normal. A cúspide mesiovestibular do primeiro molar inferior oclui na

área da ameia entre o segundo prémolar superior e primeiro molar superior. A cúspide mesio vestibular do

primeiro molar superior oclui no sulco vestibular do primeiro molar inferior. A cúspide mesiolingual do

primeiro molar superior oclui na fossa central do primeiro molar inferior.

Classe II: Nesta classe, a arcada superior é maior em relação à arcada inferior, ou é projectada

anteriormente, ou pode ocorrer que a arcada inferior seja menor ou posicionada posteriormente.

Page 23: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

Neste caso, a cúspide mesio vestibular do primeiro molar inferior oclui na área da fossa central do primeiro

molar superior. A cúspide mesio vestibular do primeiro molar inferior encontra-se alinhada com o sulco vestibular

do primeiro molar superior. A cúspide disto lingual do primeiro molar superior oclui na área da fossa central do

primeiro molar inferior.

Classe III: Nesta classe existe um crescimento predominante da mandíbula.

Neste caso a cúspide disto vestibular do primeiro molar inferior, oclui na ameia entre o segundo e

primeiro prémolares superiores. A cúspide mesio vestibular do primeiro molar superior na ameia entre o

primeiro e segundos premolares inferiores. A cúspide mesio lingual do primeiro molar superior está situada na

fossa mesial do segundo molar inferior.

89- O que é o espaço neutro? Explique a importância do conceito.

O alinhamento dos dentes nos arcos dentários, ocorre como resultado de forças multidireccionais

que actuam nos dentes durante e após a erupção. As principais forças opostas são geradas a partir da

musculatura circundante. Na parte vestibular encontram-se os lábio e bochechas e na parte lingual a

língua. Quando estas forças se equilibram gera-se o espaço neutro e então ocorre a estabilidade

do dente na arcada. Este conceito é importante para saber em que momento as forças se equilibram e para

saber que forças actuam e influenciam na posição dentária.

90- Quais as forças que actuam durante a erupção dentária?

As forças que actuam nos dentes durante a erupção dentária dividem-se em forças linguais e forças

vestibulares.

As forças linguais são representadas pelas forças da língua. As forças vestibulares são representadas

pelas forças exercidas pelos lábios e bochecha (músculo buccinador)

91-Dimensão vertical. Conceitue.

A dimensão vertical de oclusão é a distância entre a maxila e a mandíbula. Esta distância é

sustentada pela relação das cúspides cêntricas ou cúspides de suporte. As cúspides vestibulares dos

dentes inferiores posteriores e as cúspides linguais dos dentes posteriores superiores ocluem nas áreas

das fossas centrais opostas

Dimensao vertical de oclusão – altura do andar inf da face qd dentes encontram-se em MI mantidas

pl cúspides centricas

Dimensão vertical de repouso – altura do andar inf fa face qd a mand se encontra na posição

derepouso

Espaço livre interoclusal - define dist (2-3 mm) entre os dentes da maxila e mandíbula qd esta

assume a posição de repouso.

Causas de perda de DVO: perda contacto dentes post por

- perda dentes

- desgaste oclusal (hábitos parafuncionais, anomalias congénitas , abrasão e erosão)

- cáries, migração dentes e edoença periodontal

Consequencias perda DVO: fractura dentes anteriores sujeita a maior F mastigatorias, menor tonus

muscular, contacto oclusal mais ant, menor espessura lábios, abatimento comissuras labiais,

desorganização bloco ant, deslocamento post língua, massa muscular acentuada nos ângulos mandíbula.

92- Importância dos dentes anteriores no SE e na manutenção da sua integridade.

Desenvolver, utilizando temas como: movimentos excêntricos, relação corono-raiz e guia

canina. (1ª chamada)

Page 24: pgtas Oclusao plusss

OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006

Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes

PERGUNTAS PERGUNTAS PERGUNTAS PERGUNTAS ESCOLHA MULTIPLAESCOLHA MULTIPLAESCOLHA MULTIPLAESCOLHA MULTIPLA

1ª FREQUENCIA

1ª CHAMADA V/F - idade do desenvolvimento dentário; - arcos faríngeos – a que dá origem o 1º arco; - que tipo de células formam a mielina; - os dentes posteriores são mais afectados pelas ATMs, ou os anteriores? - filogenia e ontogenia; - corpúsculos de Paccioni; - fenómeno de Christensen; - lista de etapas do enceramento progressivo; - a que corresponde, nos côndilos, o eixo terminal de charneira? (se é ao pólo externo, p.e.); - o que é o eixo cinemático dos côndilos (se é a linha que vai dos côndilos ao foramen magnum); - movimento imediato (side shift); - se há movimento protrusivo no diagrama de Posselt num indivíduo com classe III de Angle; - músculos da deglutição visceral; - a fase faríngea da deglutição é voluntária ou não? - que tipo de alavanca é o SE; - curva de Spee e de Wilson; - somação temporal e espacial (slides do Sistema Nervoso)