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DOCUMENTO RELATÓRIO N. R002_14 EMPREENDEDOR PREFEITURA MUNICIPAL DE COCALZINHO DE GOIÁS – GO GERENCIADOR SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE EMPREENDIMENTO PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGIRS PRODUTO 1: PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGIRS 1 PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGIRS COCALZINHO DE GOIÁS GOIÁS 2014 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Controle de Relatórios PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGIRS Contrato 078/2014 RELATÓRIO . IDENTIFICAÇÃO VERSÃO FOLHA Nº R001_14 RG:01 001 01 / 161 PRODUTO 1: VERSÃO FINAL - PGIRS DATA DE ELABORAÇÃO: 02/2014 a 03/2014 DATA DE ENTREGA: 20/03/2014

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PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS -

PGIRS

COCALZINHO DE GOIÁS

GOIÁS

2014

SISTEM A DE GESTÃO DA QUALIDADE

Controle de Relatórios

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGIRS

Contrato 078/2014

RELATÓRIO Nº. IDENTIFICAÇÃO VERSÃO FOLHA Nº

R001_14 RG:01 001 01 / 161

PRODUTO 1: VERSÃO FINAL - PGIRS

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SUMÁRIO

1. FIGURAS 6

2. QUADROS 7

3. APRESENTAÇÃO 8

4. EMPREENDEDOR 9

5. GERENCIADOR DO CONTRAT 9

6. EXECUTOR DOS TRABALHOS DE CONSULTORI 9

7. INTRODUÇÃO 10

8. OBJETIVO 10

8.1 GERAIS 10

8.2 ESPECIFICOS 10

9. METODOLOGIA 11

CAPITULO I – DIAGNÓSTICOS SOCIO-ECONOMICO URBANÍSTICO

10. DIAGNÓSTICO MEIO FÍSICO 13

10.1 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE COCALZINHO DE GOIÁS 14

10.2 CLIMA 20

10.3 GEOLOGIA E PEDOLOGIA 20

10.4 HIDROLOGIA 22

10.5 VEGETAÇÃO 27

11. DIAGNÓTICO SOCIO-URBANÍSTICO 27

11.1 O processo de ocupação do território 28

11.2 Dados Demográficos 31

11.3 Mortalidade Infantil 33

11.4 Educação 34

11.5 População Adulta 36

11.6 Renda 37

11.7 Trabalho 38

11.8 Habitação 39

11.9 Vulnerabilidade social 40

11.10 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM 41

11.11 Condições Urbanas e Sanitárias 42

11.11.1 Abastecimento de Água 43

11.11.2 Esgotamento Sanitário 43

11.11.3 Drenagem Pluvial 43

11.11.4 Resíduos Sólidos 44

11.11.5 Energia Elétrica 44

11.12 Diagnóstico Urbanístico 45

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CAPITULO II – DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

12. DADOS GERAIS E CARACTERIZAÇÃO 50

12.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 50

12.1.1 QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS AO MEIO AMBIENTE 50

12.1.2 QUANTO À SUA NATUREZA OU ORIGEM 51

12.1.3 QUANTO À SUA NATUREZA FÍSICA 57

12.1.4 QUANTO À SUA NATUREZA QUÍMICA 58

12.1.5 QUANTO ÀS SUAS CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS 59

13. GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS EM COCALZINHO DE GOIÁS 60

13.1 RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES – RSD 62

13.2 RESÍDUOS DE LIMPEZA PÚBLICA 66

13.3 RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO 68

13.4 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE 69

13.5 RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA OBRIGATÓRIA (ELETROELETRÔNICOS, PNEUS, PILHAS, BATERIAS, EMBALAGENS DE ÓLEOS LUBRIFICANTES E SEUS RESÍDUOS, LÂMPADAS FLUORESCENTES)

71

13.6 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO 80

13.7 RESÍDUOS SÓLIDOS CEMITERIAIS 80

13.8 RESÍDUOS DE ÓLEOS COMESTÍVEIS 81

13.9 RESÍDUOS INDUSTRIAIS 82

13.10 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTES 82

13.11 RESÍDUOS DA MINERAÇÃO 82

13.12 RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS ORGÂNICOS 83

13.13 RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS INORGÂNICOS 85

14. GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS 86

14.1 CARACTERIZAÇÃO GRAVIMÉTRICA DOS RESÍDUOS 86

14.2 RESULTADOS OBTIDOS 95

CAPITULO III – PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

15. PLANO DE SENSIBILIZAÇÃO E DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ASSOCIADO AOS PROGRAMAS DE COMPOSTAGENS E COLETA SELETIVA 103

15.1 INTRODUÇÃO 105

15.2 OBJETIVOS 105

15.3 FORMAS DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS 106

15.3.1. COLETA SELETIVA PORTA A PORTA 106

15.3.2. COLETA SELETIVA EM ESCOLAS E PRÓPRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS 106 15.3.3 COLETA SELETIVA EM GRANDES GERADORES E EM LOCAIS DE ENTREGA VOLUNTÁRIA – LEV’S 107

15.4 DIVULGAÇÃO DO PROGRAMA DE COLETA SELETIVA 108

15.5. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 108

15.5.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 110

15.6 O PAPEL DOS MULTIPLICADORES 110

15.6.1. O PAPEL DA ESCOLA 111

15.6.2 O PAPEL DA COMUNIDADE E O CONTROLE SOCIAL 111

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15.6.3 O PAPEL DOS GERADORES COMERCIAIS E INDUSTRIAIS 112

15.7 IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE COLETA SELETIVA 112

15.8 COOPERATIVAS 112

15.8.1 VEÍCULOS COLETORES 113

15.8.2 EQUIPAMENTOS DE PROPRIEDADE DA PREFEITURA MUNICIPAL 113

15.8.3 MÃO DE OBRA 114

15.8.4 METAS DO PROGRAMA 114

15.8.5 PLANO DE TRABALHO 114

15.8.6 FORMAS DE ATUAÇÃO 114

15.8.6.1 COLETA SELETIVA PORTA A PORTA (CONTRATO OU COOPERATIVAS) 116

15.8.6.2 COLETA SELETIVA EM ESCOLAS E PRÓPRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS 118

15.8.6.3 COLETA SELETIVA DE ÓLEOS VEGETAIS COMESTÍVEIS 119

15.8.6.4 COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS DOMICILIARES ESPECIAIS 120

15.8.6.5 CONTÊINERES DE PEAD DE 1,2 M³ 120

15.9 MOBILIZAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 122

15.9.1 SÍNTESE DAS ATIVIDADES DO SETOR DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA COORDENADORIA DE COLETA SELETIVA 122

15.9.1.1 PLANEJAMENTO: AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E MOBILIZAÇÃO SOCIAL 122 15.9.2 SÍNTESE DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA COORDENADORIA DE COLETA SELETIVA 124

15.9.2.1 (GRUPO DE 35 A 40 PESSOAS) 124

15.9.2.2 PALESTRA E VÍDEO (GRUPO DE 100 A 200 PESSOAS) 124

15.9.2.3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES: 124

15.10 PLANOS DE COLETA 125

15.10.1 PLANO DE COLETA SELETIVA PORTA A PORTA 125

15.10.1.1 CONCEPÇÃO 125

15.10.1.2 PLANEJAMENTO 125

15.10.2. PLANO DE COLETA SELETIVA EM ESCOLAS, PRÓPRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS, GRANDES GERADORES E LEV’S 126

15.11 CRONOGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA COLETA SELETIVA PORTA A PORTA 129

15.11.1.DADOS PARA IMPLANTAÇÃO DO CRONOGRAMA 129

15.12 CRONOGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA COLETA SELETIVA EM ESCOLAS E PRÓPRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS 130

CAPITULO IV – DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, AÇÕES E METAS PARA MANEJO DIFERENCIADO DOS RESÍDUOS

16.1 DIRETRIZES ESPECIFICAS 131

16.2 ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO EM REDES DE ÁREA DE MANEJO LOCAL OU REGIONAL 133

16.3 METAS QUANTITATIVAS, AÇÕES E PRAZOS 134

16.3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS - COLETA CONVENCIONAL E DESTINAÇÃO FINAL 134

16.3.2 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS - COLETA SELETIVA 136

16.3.3 RESÍDUOS DA LIMPEZA URBANA 140

16.3.3.1 VARRIÇÃO MANUAL 140

16.3.3.2 VARRIÇÃO MECANIZADA 141

16.3.3.3 LIMPEZA DE BOCA DE LOBO 141

16.3.4 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO (RDCC) 142

16.3.5 RESÍDUOS VOLUMOSOS 144

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16.3.6 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 145

16.3.7 RESÍDUOS TECNOLÓGICOS (LÂMPADAS, PILHAS, BATERIAS. ELETROELETRÔNICOS) – LOGISTICA REVERSA 147

16.3.8 RESÍDUOS ESPECIAIS (PNEUMÁTICOS, EMBALAGENS DE AGROTÓXICO E DE ÓLEOS LUBRIFICANTES) 147

16.3.9 ÁREAS DE PASSIVOS AMBIENTAIS 150

16.3.10 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS - COMPOSTAGEM 150

CAPITULO V – DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, AÇÕES E METAS PARA OUTROS ASPECTOS DO PLANO

17.1 DEFINIÇÃO DE ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO FINAL 152

17.2 REGRAMENTO DOS PLANOS DE GERENCIAMENTO OBRIGATÓRIOS 153

17.3 AÇÕES RELATIVAS AOS RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA 157

17.4 INDICADORES DE DESEMPENHO PARA OS SERVIÇOS PÚBLICOS 158

17.4.1 IMPLANTAÇÃO DA INFRAESTRUTURA PARA O SISTEMA OPERACIONAL DE DADOS, SEM ÔNUS PARA A CONTRATANTE. 159

17.4.2. ELABORAÇÃO DE MATERIAL PARA COMUNICAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS 159

17.4.3. SERVIÇO DE ATENDIMENTO A RECLAMAÇÕES DOS MUNÍCIPES (SAC) 160

17.5 INICIATIVAS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COMUNICAÇÃO 163

17.6. SISTEMA DE CÁLCULO DOS CUSTOS OPERACIONAIS E INVESTIMENTOS 164

17.7 FORMA DE COBRANÇA DOS CUSTOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS 166

17.8 INICIATIVAS PARA CONTROLE SOCIAL 166

17.9 SISTEMÁTICA DE ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES LOCAIS OU REGIONAIS 169

17.10 JUSTES NA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA 173

18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 176

19. RESPONSABILIDADE TÉCNICA 178

20. ANEXOS 180

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1. FIGURAS

FIGURA 01 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO

FIGURA 02 - MESORREGIÃO DO LESTE GOIANO

FIGURA 03 - MICRORREGIÃO DO ENTORNO DO DISTRITO FEDERAL

FIGURA 04 – VISTA DA CIDADE DE COCALZINHO DE GOIÁS

FIGURA 05 – LOTEAMENTO PATO SELVAGEM

FIGURA 06 – POVOADO BAIXA DO RIO VERDE

FIGURA 07 – ESQUEMA DA CONFORMAÇÃO TOPOGRÁFICA DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA HIPOTÉTICA.

FIGURA 08 – HIDROGRAFIA MUNICIPAL

FIGURA 09 – RIO CORUMBÁ

FIGURA 10 – MAPA LOCAL DE INFRA-ESTRUTURA

FIGURA 11 - VISTA PANORAMICA – COCALZINHO DE GOIÁS 2014

FIGURA 12 - PIRÂMIDES ETÁRIAS

FIGURA 13 – FLUXO ESCOLAR POR FAIXA ETÁRIA - COCALZINHO DE GOIÁS - GO – 2013

FIGURA 14 – FREQÜÊNCIA ESCOLAR DE 6 A 14 ANOS – COCALZINHO DE GOIÁS – GO - 2013

FIGURA 15 - FREQÜÊNCIA ESCOLAR DE 15 A 17 ANOS – COCALZINHO DE GOIÁS – GO – 2013

FIGURA 16 – FREQÜÊNCIA ESCOLAR DE 15 A 17 ANOS – COCALZINHO DE GOIÁS – GO – 2013

FIGURA 17 – PERFIL DE ESCOLARIDADE

FIGURA 18 – TAXA DE ATIVIDADE E DE DESOCUPAÇÃO 18 ANOS OU MAIS - 2013

FIGURA 19 - IDHM

FIGURA 20 – MAPA FISICO MUNCIPAL

FIGURA 21 – CAMINHÃO COMPACTADOR

FIGURA 22 – CAMINHAO COLETOR

FIGURA 23 – CARRINHO COLETOR

FIGURA 24 – DISTRIBUIÇÃO DOS MUNICIPIOS

FIGURA 25 – PADRÃO DE LIXEIRA

FIGURA 26 – DISTRIBUIÇÃO DAS FRAÇÕES EM MASSA – AMOSTRA 1

FIGURA 27 – DISTRIBUIÇÃO DOS RECICLAVEIS – AMOSTRA 1

FIGURA 28 – DISTRIBUIÇÃO EM VOLUME – AMOSTRA 1

FIGURA 29 -. DISTRIBUIÇÃO DAS FRAÇÕES EM MASSA – AMOSTRA 2

FIGURA 30 - DISTRIBUIÇÃO DOS RECICLAVEIS – AMOSTRA 2

FIGURA 31 - DISTRIBUIÇÃO EM VOLUME – AMOSTRA 2

FIGURA 32 – DISTRIBUIÇÃO DAS FRAÇÕES EM MASSA – AMOSTRA 3

FIGURA 33 - DISTRIBUIÇÃO DOS RECICLAVEIS – AMOSTRA 3

FIGURA 34 -. DISTRIBUIÇÃO EM VOLUME – AMOSTRA 2

FIGURA 35 - DISTRIBUIÇÃO DAS FRAÇÕES EM MASSA GERAL

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FIGURA 36 - DISTRIBUIÇÃO DAS FRAÇÕES EM VOLUME GERAL

FIGURA 37 – PESO ESPECÍFICO APARENTE

FIGURA 38 – VISTA PANORAMICA LIXÃO

FIGURA 39 – ACUMULO DE CHORUME NO LIXÃO

FIGURA 40 – PROCESSO DE ATENDIMENTO AO MUNICIPE

2. QUADROS

QUADRO 01 – PROPOSTA PARTILHA CORSAP

TABELA 02 – ESTATÍSTICAS POPULACIONAIS

QUADRO 03 – RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE - COCALZINHO DE GOIÁS – GO

QUADRO 04 – PORCENTAGEM DA RENDA APROPRIADA POR ESTRATOS DA POPULAÇÃO

QUADRO 05 - OCUPAÇÃO DA POPULAÇÃO DE 18 ANOS OU MAIS - COCALZINHO DE GOIÁS – GO

QUADRO 06 - INDICADORES DE HABITAÇÃO - COCALZINHO DE GOIÁS – GO

QUADRO 07 - VULNERABILIDADE SOCIAL - COCALZINHO DE GOIÁS – GO

QUADRO 08 - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL

QUADRO 09 - ENERGIA ELÉTRICA (POR NÚMERO DE CONSUMIDORES)

QUADRO 10 - ENERGIA ELÉTRICA (EM MWH DE CONSUMO)

QUADRO 11 – RESIDUOS DO SERVIÇO DE SAUDE

QUADRO 12 – CARACTERISTICAS FISICAS, QUIMICAS E BIOLOGICAS

QUADRO 13 – FUNCIONAMENTO MODELO LOGISTICA REVERSA PNEUS

QUADRO 14 – FUNCIONAMENTO MODELO LOGISTICA REVERSA OLEOS LUBRIFICANTES

QUADRO 15 – FUNCIONAMENTO MODELO LOGISTICA REVERSA EMBALAGENS AGROTOXICOS

QUADRO 16 – PERCENTUAL DE PESO

QUADRO 17 – GERAÇÃO DE RESIDUOS TOTAL

QUADRO 18 – QUANTIDADE DE CABEÇAS EM CADA REBANHO

QUADRO 19 – GERAÇÃO DE RESIDUOS EM ABATEDOUROS

QUADRO 20 – PLANILHA DE ANOTAÇÃO AMOSTRAGEM

QUADRO 21 – AMOSTRA 1

QUADRO 22 – AMOSTRA 2

QUADRO 23 – AMOSTRA 3

QUADRO 24 – PERCENTUAL DE CADA RESIDUO

QUADRO 25 – DENSIDADE MEDIA POR FRAÇÃO

QUADRO 26 – AMOSTRA RESIDENCIAL

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3. APRESENTAÇÃO

O Plano de Gestão de Resíduos Sólidos de Cocalzinho de Goiás, elaborado

pela Prefeitura Municipal, visa o atendimento à Lei n°. 12.305 de 02 de agosto de

2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – regulamentada

pelo Decreto n°.7.404 de 02 de agosto de 2010.

O Plano de Gestão de Resíduos Sólidos de Cocalzinho de Goiás reúne os

princípios, as diretrizes, os objetivos, os instrumentos, as metas e as ações a serem

adotadas pelo município, visando à gestão integrada e ao gerenciamento

ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.

O presente documento consolida os estudos técnicos de engenharia, jurídicos,

econômicos e financeiros, necessários à análise de viabilidade e estruturação da

Política Municipal de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Foi desenvolvido

em conformidade com a Lei 11.445/2007, que estabelece a Política Nacional de

Saneamento e, também, com a Lei Federal 12.305/2010, que estabelece a Política

Nacional de Resíduos Sólidos.

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4. EMPREENDEDOR

Nome: Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás

Registro Legal: CNPJ n. 36.985.463/0001-05

Endereço: Rua 03 Quadra 07, s/n, Área Especial

Telefone: 062 3339 1538

FAX: 062 3339 1538

5. GERENCIADOR DO CONTRATO

Nome: Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Registro Legal: CNPJ n. 36.985.463/0001-05

Endereço: Rua 03 Quadra 07, s/n, Área Especial

Telefone: 062 3339 1538

FAX: 062 3339 1538

e-mail: [email protected]

6. EXECUTOR DOS TRABALHOS DE CONSULTORIA

Nome: Geoplano Planejamento Urbano Ltda.

Registro Legal: CNPJ No 08.178.043/0001-73

Endereço: Rua 137,esq. Com a Av. 85 n. 556, Sala 01

Bairro: Setor Marista

CEP: 74.170-120

Telefone: 062 3946 6254

FAX: 062 3946 6254

Site: www.geoplano.com.br

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7. INTRODUÇÃO

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PGIRS permite ao

município programar e executar as atividades capazes de transformar a situação atual

da gestão dos resíduos sólidos para a condição esperada e manifestada pela

população. E também viável ao Poder Público, convertida em melhorias e avanços no

sentido de aumentar a eficácia e a efetividade da gestão de resíduos. (MENDES et. al,

2010).

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - PGIRS, deve

caminhar em perfeita sintonia com as diretrizes estipuladas na legislação – a

adequação da destinação dos resíduos coletados, a coleta seletiva com a inserção

dos catadores, logística reversa com responsabilidade compartilhada e destinação

adequada dos resíduos coletados.

8. OBJETIVO

8.1. Gerais

O objetivo geral deste documento é apresentar os diferentes aspectos

(técnicos, institucionais, administrativos, legais, sociais, educacionais e econômicos do

sistema de limpeza pública) do município de Cocalzinho de Goiás, de tal forma

estabelecer as diretrizes básicas e subsidiar a formulação e consolidação da “Política

de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de Cocalzinho de Goiás”.

8.2. Específicos Os objetivos específicos deste documento são elaborar e apresentar os

diagnósticos dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos

(conjunto de atividades, infraestrutura e instalações operacionais de coleta, transporte,

tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário de varrição e limpeza

de logradouros e vias públicas), a fim de possibilitar a elaboração do Plano de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos do Município de Cocalzinho de Goiás.

Para isso, serão levantados e sistematizados os dados disponíveis referentes

ao manejo atual dos resíduos sólidos urbanos gerados no município de Cocalzinho de

Goiás e, com base em tais informações:

(i) Formular prognósticos para diferentes temas e diferentes cenários temporais, de

curto (1 a 4 anos), médio (4 a 8 anos) e longo (8 a 20 anos);

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(ii) Apresentar o plano de metas (curto, médio e longo prazos) para as diferentes

ações de coleta e disposição final dos resíduos; para a implementação de programas

de educação ambiental formal e informal; para as ações de coleta seletiva e de

logística reversa, entre outras; e

(iii) Propor programas, projetos e ações direcionados para: (a) capacitação técnica; (b)

educação ambiental voltada às ações de não geração, redução, reutilização e de

reciclagem de resíduos; (c) controle e fiscalização da implementação e

operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos dos sistemas de

logística reversa / responsabilidade compartilhada.

9. METODOLOGIA

É exigência da Lei federal n° 12.305/2010 que a Política Nacional de Resíduos

Sólidos tenha:

• Vigência por prazo indeterminado e horizonte de 20 anos,

• Atualização a cada 4 anos, e

• Conteúdo mínimo (Art.15 da lei 12.305/2010).

No município de Cocalzinho de Goiás as revisões serão anuais ou seja,

primeira delas será no final de 2014. A revisão de 2018 balizara as escolhas técnicas

referentes ás metas médio e longo prazo.

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos de Cocalzinho de

Goiás foi desenvolvido conforme determina a PNRS-12305/10. A metodologia

adotada para o desenvolvimento do PGIRS está apoiada essencialmente no processo

de tomada de decisões coletivas e na sistematização contínua dos resultados do

processo.

Os trabalhos para a elaboração do PGIRS foram estruturados por fases,

desenvolvendo o diagnóstico e os prognósticos preliminares. As fases do trabalho

suscitaram em paralelo com a realização das Conferências Municipais de Saneamento

Ambiental e com a formação de grupo de trabalho local.

A Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás, através da Secretaria Municipal

de Meio Ambiente esteve em constante diálogo com o Consórcio Público de Manejo

de Resíduos Sólidos e das Águas Pluviais e da Região Integrada do Distrito Federal e

Goiás – CORSAP, no qual o município é integrante, a fim de promover o atendimento

aos preceitos, diretrizes e programas estipulados pelo consórcio para a dinâmica local

visando subsidiar o Plano Regional de Resíduos Sólidos.

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A premissa do novo modelo de gestão se caracteriza, dentre outras coisas, por

contemplar todas as exigências da lei em especial as questões de responsabilidade

compartilhada, hierarquia de gestão e logística reversa além de intensificar as

questões socioambientais.

A responsabilidade compartilhada no PGIRS de Cocalzinho de Goiás será

considerada através da criação de mecanismos de educação ambiental a todos os

atores envolvidos com a geração de RSU passando pelo setor produtivo, distribuidores

e importadores, setor de consumo (população) e a Prefeitura que por força da

constituição é a responsável pelos seus resíduos sólidos. A educação ambiental terá

que alcançar a todos os envolvidos, sobretudo as crianças em idade inicial da

formação escolar.

É assumido nesse estudo, também conforme entendimento de Instituto

Brasileiro de Administração Municipal (IBAM-2001), que o modelo de gestão dos

resíduos municipais deverá não somente permitir mas, sobretudo, facilitar a

participação da população na questão da limpeza urbana da cidade, para que esta se

conscientize das várias atividades que compõem o sistema e dos custos requeridos

para sua realização, e também que se conscientize de seu papel como agente

consumidor e, por conseqüência, gerador de lixo.

Também de encontro ao que recomenda IBAM (2001), entende-se que a base

para a ação política está na satisfação da população com os serviços de limpeza

urbana, cuja qualidade se manifesta na universalidade, regularidade e pontualidade

dos serviços de coleta e limpeza de logradouros, dentro de um padrão de

produtividade que denota preocupação com custos e eficiência operacional.

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CAPITULO I – DIAGNÓSTICOS SOCIO-ECONOMICO URBANÍSTICO

10. DIAGNÓSTICO MEIO FÍSICO

Para o Diagnóstico do Meio-Físico do município de Cocalzinho de Goiás foram

tomados como referências trabalhos já realizados no município, dentre eles o Plano

Municipal Integrado de Saneamento Básico. A área estudada tem os limites da sede

municipal e distritos, transformados em Unidades Territoriais de Planejamento - UTP a

fim de se facilitar e de propor elementos para o planejamento.

Figura 01 – Mapa de Localização

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EMPREENDEDOR

GERENCIADOR

EMPREENDIMENTO

PRODUTO 1: PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

10.1 LOCALIZAÇÃO DO

O município de Cocalzinho esta localizado nas coordenadas 15

(Latitude Sul) e 48°46´33´´, na Microrregião do Entorno do Distrito Federal, na

Mesorregião Leste Goiano.

A mesorregião do Leste Goiano

estado brasileiro de Goiás

duas microrregiões.

• Microrregião do Vão do Paranã

• Microrregião do Entorno do Distrito Federal

A microrregião do Entorno do Distrito Federal

estado brasileiro de Goiás

Microrregião, segundo o Censo de 2010 do

Compreende vinte municípios em uma área total de trinta e oi

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LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE COCALZINHO DE GOIÁS

O município de Cocalzinho esta localizado nas coordenadas 15

46´33´´, na Microrregião do Entorno do Distrito Federal, na

Mesorregião Leste Goiano.

mesorregião do Leste Goiano é uma das cinco mesorregiões

Goiás. É formada pela união de 32 municípios

Microrregião do Vão do Paranã

Microrregião do Entorno do Distrito Federal

Fonte: GeoEye

Figura 02 - Mesorregião do Leste Goiano

microrregião do Entorno do Distrito Federal é uma das microrregiões

pertencente à mesorregião Leste Goiano. A população da

Microrregião, segundo o Censo de 2010 do IBGE, é de 1.015.010 habitantes.

Compreende vinte municípios em uma área total de trinta e oito mil km²

N. R002_14

COCALZINHO DE GOIÁS – GO

MEIO AMBIENTE

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PGIRS

MUNICÍPIO DE COCALZINHO DE GOIÁS

O município de Cocalzinho esta localizado nas coordenadas 15°47´38´´

46´33´´, na Microrregião do Entorno do Distrito Federal, na

mesorregiões do

municípios agrupados em

microrregiões do

. A população da

, é de 1.015.010 habitantes.

km².

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15

Fonte: Ministério da Integração Nacional

Figura 03 - Microrregião do Entorno do Distrito Federal

Os municípios que integram essa microrregião são;

• Abadiânia

• Água Fria de Goiás

• Águas Lindas de Goiás

• Alexânia

• Cabeceiras

• Cidade Ocidental

• Cocalzinho de Goiás

• Corumbá de Goiás

• Cristalina

• Formosa

• Luziânia

• Mimoso de Goiás

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• Novo Gama

• Padre Bernardo

• Pirenópolis

• Planaltina

• Santo Antônio do Descoberto

• Valparaíso de Goiás

• Vila Boa

• Vila Propício

Destes municípios apenas 16 são integrantes da região de planejamento do

CORSAP, conforme demonstra a tabela abaixo, a saber.

Fonte CORSAP 2014 Quadro 1 – Municípios Consorciados

Segundo dados do IBGE 2013, os limites territoriais do município Cocalzinho

de Goiás delimitam uma área aproximada de 1.785 km², fazendo fronteira com os

municípios de Padre Bernardo, Vila Propicio, Corumbá de Goiás e Pirenópolis. O

acesso a Sede Municipal de COCALZINHO DE GOIAS e feito por via rodoviária,

partindo de Goiânia pela BR-153, até o entroncamento com a BR-414 em Anápolis,

daí seguindo por esta rodovia federal até a localidade de Cocalzinho de Goiás,

passado pela cidade de Corumbá de Goiás.

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Vale ressaltar que, apesar de o Município fazer parte da Região do Entorno e

de sofrer influências advindas desta região, no que se refere à área fundiária,

miscigenando a população rural, com a chegada de grandes proprietários rurais vindos

de outras localidades e ou regiões do país, os valores e a cultura local permanecem

inalterados, porque grande parte dos pequenos proprietários e até mesmo alguns dos

grandes são do próprio estado de Goiás.

Pode-se inferir que, mesmo o município recebendo pessoas de outras

localidades, não há, em Cocalzinho de Goiás crescimento desordenado. Fato oposto

quando se analisado o inchaço populacional no distrito de Girassol, influenciado pela

proximidade de Águas Lindas.

Assim podemos concluir que a população do Entorno do Distrito Federal vem

alterar a dinâmica do município, mas evidentemente, no distrito de Girassol. Já na

sede do município de Cocalzinho, isto se torna menos visível, pois seus maiores

contatos e utilização dos recursos de infra-estrutura, principalmente de saúde, se dá

com Anápolis.

Fonte: GeoEye - Spot Image 2011

Figura 04 – Vista da Cidade de Cocalzinho de Goiás Na zona rural, o município conta, com um loteamento rural denominado Pato

Selvagem (Figura 06), com lotes de até 10.000m² de área em propriedade particular.

Este povoado está estruturado irregularmente com vias ortogonais, está a 12

km de Girassol, sua população é composta por chacareiros e moradores das áreas

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urbanas de Girassol e Águas Lindas, é composto de aproximadamente 150 lotes,

conta apenas com uma igreja, onde a população se reúne para orações e encontros

sociais, e escola em estado bastante precário que atende a crianças da 1ª fase do

ensino fundamental. A maioria dos moradores possui transporte próprio.

Figura 05 – Loteamento Pato Selvagem

O Município conta, ainda, com os pequenos aglomerados denominados: Baixa

do Rio Verde, a 20 km de Girassol (Figura 07); Cocalzinho de Cima, do Meio e de

Baixo; Buriti Velho; Buriti dos Peixotos; Povoado de Lages; e, Povoado de Bocaina.

Figura 06 – Povoado Baixa do Rio Verde

Vale observar que os povoados não são abastecidos por água potável, nem

possuem saneamento básico, utilizam-se das nascentes e ou cisternas.

O Vilarejo “Baixa do Rio Verde” dista a 20 km de Girassol e consiste em um

povoado eminentemente rural, constituído por, aproximadamente, 30 famílias, com

lotes de tamanhos variados, menores que 10 ha, conta com um orelhão. A Prefeitura

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fornece apenas transporte escolar, os demais moradores utilizam-se de caronas. Para

seu abastecimento, utilizam-se da infra-estrutura de Girassol e Brazlândia, no DF.

Não há coleta de lixo, que segundo moradores, é queimado. Os moradores

promovem, no período de 15 a 17 de julho, a festa de São Sebastião. Apesar da

proximidade com o rio Verde, não o utilizam nem para lazer, em virtude do lançamento

de esgotos tratados de Brazlândia – DF, pela CAESB, fazendo uso de seus afluentes.

Esse vilarejo dispõem de uma escola municipal administrando o ensino

fundamental de 1ª a 4ª séries e de uma Associação Rural em processo de formação.

Conta com duas igrejas, uma católica e outra protestante, não há Posto de Saúde,

recebendo atendimento médico uma vez por mês, através do PSF.

Em Buriti Velho não há escola, os alunos são transportados para Peixotos.

Buriti dos Peixotos possui uma escola, uma igreja e um Centro Comunitário, não tem

Posto de Saúde. Toda a população recebe atendimento médico, apenas uma vez por

semana com a visita de um médico em unidade móvel. Enfrentam muitas dificuldades,

pois quando necessitam de assistência, carecem de meios de transportes e o acesso

é muito difícil devido à falta de estradas e respectivas manutenções. Para dar

continuidade aos estudos dos jovens ruralistas, a prefeitura oferece transporte escolar

para chegarem a Girassol, Sede de Cocalzinho e Edilândia.

O povoado de Lages é composto de aproximadamente 10 casas, possui uma

escola municipal do ensino fundamental – 1ª fase. Conta com uma igreja católica, não

tem posto de saúde, sua ligação para utilização de recursos de infra-estrutura é com a

sede de Cocalzinho.

O povoado de Bocaina é constituído por um loteamento rural espaçado, a 30

km de Girassol. Em sua grande maioria é constituído por chácaras de proprietários

residentes em Brasília que as utilizam para lazer. Não possui escolas, nem posto de

saúde. O transporte é fornecido apenas para estudantes que vão para outras

localidades, onde incorporam na infraestrutura mais próxima da localidade.

Cocalzinho de Goiás mostra uma dinâmica bastante interessante, observando

os dados oficiais fornecidos pelo Censo IBGE. Verifica-se que a população é

predominantemente rural, mas quando se observa a situação atual, com a elevação de

Girassol e Edilândia à categoria de Distrito, a população, antes tida como rural, torna-

se urbana. Girassol conta hoje com cerca de 6000 habitantes e Edilândia com 2000, o

que somados aos habitantes da sede, ficam poucos habitantes para compor os da

zona rural.

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Observa-se que a economia do município é baseada na agricultura e pecuária,

apesar da população viver na zona urbana. O município não tem grandes indústrias de

base e comércio que possam empregar essa população. A grande fonte de emprego é

a fábrica de cimento, Lafarge Cimento S.A.

A agricultura está baseada no cultivo do arroz, milho e feijão, para subsistência,

do algodão, em média escala, e da soja em grande escala. A soja é produzida pelos

grandes proprietários vindos de outras regiões.

A pecuária é desenvolvida em larga escala com um rebanho para cria e recria,

comercializada no mercado de Araçatuba e Presidente Prudente em São Paulo,

verifica-se também a criação de gado leiteiro. O leite é industrializado em um laticínio

localizado em Edilândia e Girassol, destacando a produção de queijos e iogurtes.

Segundo informações da população, com a expansão da agricultura e pecuária

em larga escala, as pequenas propriedades foram sendo incorporadas pelos grandes

proprietários, o que elevou ainda mais ao êxodo rural. Nota-se que neste caso, a

mecanização e alta tecnologia reduziu a oferta de vagas para a mão-de-obra

tradicional.

10.2 CLIMA

O município está situado na microrregião do Entorno do Distrito Federal, com

temperatura média anual de 220C, e uma precipitação média anual variando de 1.650

a 1.800mm.

Segundo os critérios de Köppen, o clima deve ser classificado como AW –

Tropical com estação seca no inverno. Tanto a uniformidade quanto a unidade

das condições climáticas são dadas pelos fatores climáticos dinâmicos.

O tipo climático predominante em Cocalzinho de Goiás é o Tropical Subúmido

com duas estações bem definidas a seca e a chuvosa.

Com base em dados dos postos pluviométricos da Agência Nacional de Águas

– ANA, as precipitações regionais variam em média de 1.500 a 1.750 mm. As chuvas

se concentram no verão, podendo ocorrer chuvas frontais no inverno, por causa da

influência da entrada da massa Polar Atlântica. Desta forma, a temperatura média

anual possui pequena variação sazonal, apresentando média de 25,2°C concentrando

os maiores valores no mês de outubro, com 24,5ºC, e os menores valores nos meses

de junho e julho, com aproximadamente 19,2ºC.

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10.3 GEOLOGIA E PEDOLOGIA

Conforme dados da CPRM (2003), A Microrregião do Entorno do Distrito

Federal está situada no amplo domínio do Planalto Central Brasileiro divididos em

níveis topográficos distintos sobre rochas cristalinas, com coberturas de períodos

terciários e quaternários. De maneira geral, no município de Cocalzinho de Goiás

encontramos os seguintes tipos geológicos:

• NPVSRP - SEQUENCIA METAVULCANOS SEDIMENTAR RIO DO PEIXE

• MPCP - FORMACÃO CHAPADA DOS PILÕES .

A NPVSRP - SEQUENCIA METAVULCANOS SEDIMENTAR RIO DO PEIXE é

uma denominação devida a Nascimento (1985) durante os trabalhos de prospecção

mineral no vale do rio homônimo. O autor divide a seqüência em dois grupos

litológicos. O inferior, vulcânico, e constituído de anfibolitos, rochas ultramaficas e

intercalações de rochas calcissilicaticas e metacherts. O superior, sedimentar, e

composto de quartzo xistos, quartzitos, xistos feldspaticos, micaxistos e anfibolitos

subordinados.

Thome Filho (1994) e Cuadros Justo (1994) estenderam a área de ocorrência

da unidade para as encostas das serras do Cocalzinho e Confisco e para a região de

Pirenópolis e Corumbá, onde ocorrem nos vales dos ribeirões São João, Tapiocanga e

Baião e dos rios das Almas, das Pedras e Corumbá.

Próximo a Jaraguá, as margens do Rio Saraiva, ocorre um conglomerado

polimitico com clastos de rochas desta seqüência na base do Grupo Araxá, sugestivo

de contato por discordância. Por outro lado, a seqüência também foi cartografada por

Radaelli (1994) nas cabeceiras Ribeirão Congonhas e nas margens do Córrego Bueno

e no Rio do Ouro, no município de Anápolis, onde foi dividida em duas unidades.

A Formação Chapada dos Pilões Ocorre em faixas alongadas de direção

preferencial NW nas regiões de Anápolis, Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás,

Taguatinga, Cristalina e Ribeirão Arrojado e a oeste de Abadiânia ate cerca de 3 km a

leste de Campo Alegre de Goiás. Na região central do estado, quartzitos sustentam

a Serra dos Pirineus alinhada E-W, desdobrada em nomes locais tais como Serra de

Água Limpa, do Bicame, do Olho D’água, São João e do Pedro (Thome Filho, 1994). A

Formação Chapada dos Pilões subdivide-se em duas litofacies:

• MPcp1 - Litofacies 1 - constituída de quartzo-sericita-clorita xistos com estreitas

intercalações de quartzitos micaceos, laminados, brancos e finos a médios e lentes de

mármore (MPcp1mm) e calcixisto (MPcp1cxt).

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• MPcp2 - Litofacies 2 – predominam ortoquartzitos (MPcp2qt) médios a grossos com

intercalações de quartzo-sericita-clorita xistos e lentes de quartzito (MPcpqt).

Em zonas menos deformadas, os quartzitos possuem laminação cruzada

tabular de pequeno a médio porte, marcas onduladas, sigmóides, hummockys, flaser,

estratificação cruzada e granocrescencia ascendente.

O solo que predomina na área e o latossolo vermelho - amarelo em mais

avançado estado de pedogênese. A baixa fertilidade desses solos e a pequena

reserva de nutrientes na vegetação são conseqüências do alto grau de intemperismo e

escasso conteúdo de bases das rochas (quartzitos, ardosias, filitos e micaxistos).

Ocorrem também, nos vales junto aos cursos d’água, solos hidromórficos e nas

encostas de maior declividade verifica-se a presença de cambissolo, pois a alta taxa

de erosão impede a formação de um solo profundo. Conforme trabalho desenvolvido

por Oliveira (2002) no município, dentre os grandes grupos de solos, os Latossolos

correspondem a 74,83% da área pesquisada, enquanto os solos Litólicos ocupam uma

parcela pouco considerável, cerca de 2,00% deste mapeamento. Os Latossolos são

solos minerais, não hidromóficos, apresentando horizonte B latossólico, com poucas

variações de características físicas e químicas em relação às outras classes

encontradas na região. Observa-se que esta classe de solos está vinculada a

declividades muito fracas, ou seja, relevos planos ou suavemente ondulados.

Para o aproveitamento dos solos da região para agricultura, há necessidade de

calagem adequada, como primeira prática de “correção”, pois a calagem não somente

melhora as condições de pH natural, mas ainda se apresenta como fonte de cálcio e

magnésio para nutrição das plantas (LOPES, 1984). Também é necessária a correção

das deficiências de Nitrogênio, Fósforo, Potássio e Enxofre, uma vez que a deficiência

de enxofre é agravada pelas queimadas freqüentes nessas áreas para o cultivo

intensivo, esgotando-se assim a baixa reserva natural. Além disso, para a produção

satisfatória das culturas comerciais, recomenda-se a adição de muitos micronutrientes

ao solo e em cobertura. Lopes (1984), também, enfatiza a importância, além de outros

aspectos, da adubação correta para a conservação dos solos altamente suscetíveis à

erosão, como no caso das Areias Quartzosas.

10.4 HIDROLOGIA

A bacia hidrográfica é o conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus

afluentes e subafluentes. A idéia de bacia hidrográfica está associada à noção da

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existência de nascentes, divisores de águas e características dos cursos de água,

principais e secundários, denominados afluentes e subafluentes. Uma bacia

hidrográfica evidencia a hierarquização dos rios, ou seja, a organização natural por

ordem de menor volume para os mais caudalosos, que vai das partes mais altas para

as mais baixas (ANA, 2003).

Segundo a Política Nacional de Recursos Hídricos (1997), bacia hidrográfica é

a unidade territorial de gestão ambiental e dos recursos hídricos porque, enquanto

espaço geográfico, integra a maior parte das relações de causa e efeito a serem

consideradas na gestão deste recurso, entre elas as que dizem respeito à

contaminação devida a atividades antrópicas. A água flui através das redes de

drenagem da bacia, carreando os nutrientes da chuva e do solo pelos cursos d'água à

jusante do rio. Eventuais atividades degradantes, como aquelas com origem à

montante do rio, causam efeitos mais adiante, afetando a qualidade e quantidade de

água, independentemente do fato dos usuários à jusante tomarem todos os cuidados

necessários para não degradarem as águas (BERLINCK, 2003)

Figura 7 - Esquema da conformação topográfica de uma bacia hidrográfica hipotética.

Esta relação de causa e efeito ambiental dentro de uma bacia hidrográfica

pode ser ilustrada por Sá et al. (2003) baseados em estudos relacionados a ictiofauna

dos principais cursos d’água do Cerrado brasileiro. Para a compreensão dos diversos

componentes ambientais relacionados aos recursos hídricos e a distribuição da

biodiversidade, destaca-se a vegetação ripária que afeta de maneira preponderante na

estrutura e funcionamento dos ecossistemas aquáticos. A matéria orgânica

proveniente desta vegetação, como folhas mortas, é responsável por grande parte das

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fontes primárias de carbono orgânico para as cadeias alimentares. Assim, o fluxo das

águas em uma bacia hidrográfica influencia direta e indiretamente na produtividade de

todo o sistema.

O impacto gerado em função do desmatamento e da erosão, além de causar o

assoreamento dos rios e lixiviação do solo, a partir do efeito “jato de areia” (raspagem

promovida pelo fluxo de sedimentos), remove a biota aderida ao substrato (séssil),

eliminando ou reduzindo fontes de alimento para a fauna de vertebrados e

invertebrados. Isto é, alterações na cabeceira dos rios, como retirada da mata de

galeria e ciliar, altera toda a cadeia alimentar de um ecossistema, deixando sérias

lacunas na zoogeografia (Sá et al., 2003).

O município de Cocalzinho de Goiás está inserido nas Bacias Hidrográficas dos

rios Maranhão e Corumbá. Dessa forma, essas unidades hidrográficas serão

apresentadas a seguir:

Bacia do Rio Maranhão

O Rio Maranhão nasce na Lagoa Formosa (GO) e na Estação Ecológica de

Águas Emendadas (DF), após percorrer 281km deságua no reservatório da Usina

Hidrelétrica de Serra da Mesa (GO).

Os solos desta bacia são pouco desenvolvidos e das classes cambissolos,

coluvionares e aluvionares (GEO LÓGICA, 2002a). O clima predominantemente

tropical – Aw (classificação de Köppen) apresenta precipitação média variando entre

750 e 2000 mm³/ano, caracterizado pela sazonalidade de regime de chuvas, com um

inverno seco durando de 4 a 5 meses, e um verão chuvoso, com maior precipitação

nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. As altitudes variam entre 700 e 1300m.

Segundo estudos realizados nesta região pela GEOLÓGICA (2002a), a partir de

geoprocessamento, ainda restam nesta bacia fitofisionomias características do Bioma

Cerrado, embora muito fragmentada, como as formações florestais: Mata Ciliar, Mata

de Galeria, Mata Seca e Cerradão que ocupam cerca de 25% desta bacia, enquanto

que as formações savânicas, compostas por Cerrado Sensu Strictu, Murundu,

Palmeiral e Vereda, ocupam em torno de 36%, e as formações campestres como

Campo Rupestre, Campo Sujo e Campo Limpo, ocupam aproximadamente 20,5%. As

atividades antrópicas, divididas em área urbana, agricultura, reflorestamento e solo

exposto, representam em torno de 0,5%, 16%, 0,02% e 1%, respectivamente.

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Figura 8 – Hidrografia Municipal

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Bacia do Rio Corumbá

O rio Corumbá nasce nas proximidades da Serra dos Pirineus, a 1.200m de

altitude, próximo a divisa dos municípios de Cocalzinho e Pirenópolis (CTE, 1999),

recebendo as águas dos rios Descoberto e São Bartolomeu que nascem no Distrito

Federal. Esta bacia caracteriza-se por apresentar alta declividade, solos de baixa

fertilidade e com deficiência hídrica. A retirada da cobertura vegetal nativa tem

facilitado o processo de erosão e o transporte de sólidos nesta bacia.

Adicionalmente, o lançamento de esgotos sem prévio tratamento nos afluentes

do rio Corumbá é um sério problema para a manutenção da qualidade da água neste

manancial que está sendo estudado como futura fonte de abastecimento para o

Distrito Federal. Além disso, suas margens vêm sofrendo as conseqüências da

extração de areia e cascalho em diversos pontos, e suas matas ciliares vêm sendo

degradadas devido à atividade agrícola, que originam impactos negativos sobre toda a

extensão do rio (SILVA, 2003).

A importância desta bacia no cenário do turismo ecológico é destacada pelo

Parque Estadual da Serra dos Pirineus, pelas diversas cachoeiras e corredeiras,

ressaltando a do Salto do Corumbá, bem como pelas paisagens. Os principais

afluentes da margem esquerda são os rios: Areias, Descoberto e São Bartolomeu e,

da margem direita, os rios: das Antas, Peixe e Piracanjuba, constituindo importantes

sub-bacias (CTE, 1999).

O processo de antropização regional foi incrementado a partir da instalação do

Distrito Federal na década de 60 em território goiano, quando foi priorizada a

ocupação das áreas florestais situadas nos fundos de vales e encostas, considerados

como mais férteis. As formações de cerrado que recobriam as regiões de cotas mais

elevadas, foram bastante alteradas, encontrando-se geralmente substituídas por

lavouras e pastagens introduzidas (CTE, 1999).

Figura 9 – Rio Corumbá Fonte: Prefeitura Municipal

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No aspecto local, a sede municipal de Cocalzinho de Goiás e

entrecortada por diversos cursos d’água, conforme pode-se observar no mapa em

anexo, que tributam suas contribuições no Rio Corumbá, corpo hídrico de maior porte

que margeia a cidade ao longo de grande parte de sua extensão. De porte inferior ao

do Rio Corumbá, porém de grande importância para a população, o Córrego Água

Fria, situado a oeste do município, e o Vertente, situado a noroeste do município.

10.5 VEGETAÇÃO

O Cerrado é uma palavra de origem espanhola que significa fechado. No

entanto, atualmente, existem três acepções: a primeira, o Bioma do Cerrado, referente

ao Brasil Central, é preconizado por AB’ Saber (1996); o segundo, no sentido amplo,

“lato sensu”, o cerradão; a terceira, em sentido restrito, um dos tipos fitofisionômicos

que ocorre na formação savânica. Este Bioma corresponde a 23% do território

brasileiro, localizado em áreas contínuas no Planalto Central do Brasil, sendo o

segundo maior Bioma do país, apenas superado pela Floresta Amazônica.

Os Cerrados abrangem os estados de Goiás, Tocantins, Distrito Federal,

Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí,

Rondônia e São Paulo e pequenas áreas nos estados do Amapá, Amazonas, Pará,

Roraima e Paraná (RIBEIRO e WALTER, 1998).

A vegetação do Bioma Cerrado apresenta três características fisionômicas:

florestas, savanas e campestres. As florestas representam áreas com predominância

de espécies arbóreas, onde há formação de dossel; as formações savânicas;

apresentam áreas com árvores e arbustos espalhados sobre estrato graminoso, sem a

formação de dossel contínuo; as formações campestres, ou seja, os campos

apresentam espécies herbáceas e algumas arbustivas.

Hoje, cremos que a descrição que mais se aproxima do consenso, quanto à

fisionomia do Cerrado, é a realizada por Ribeiro e Walter (1998), na qual são

descritas três formações, divididas em onze tipos fitofisionômicos gerais, enquadrados

em Formações Florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão),

Savânicas (Cerrado sentido restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e

Campestres (Campo Sujo, Campo Rupestre e Campo Limpo), muitos desses tipos

fitofisionômicos apresentando subtipos com especificidades.

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11. DIAGNÓTICO SOCIO-URBANÍSTICO

Na elaboração do Diagnóstico Socio-Urbanístico foram realizadas reuniões do

Grupo de Trabalho com os atores estratégicos e trabalho de campo para a coleta de

dados na Prefeitura e no Cartório do município. Foram também inclusos novos atores

estratégicos para quantificar e qualificar as informações a serem coletadas. Foi

realizado um levantamento da história do lugar, da tipologia habitacional, das relações

regionais, da ocupação e parcelamento do solo, equipamentos urbanos e serviços

sociais.

11.1 O processo de ocupação do território

Conhecer a origem e o desenvolvimento do processo de ocupação do território

nos permite compreendê-lo de forma contextualizada e, assim, transformá-lo. As

ações serão melhor desencadeadas se houver o conhecimento mais aprofundado

desse processo e sua organização em relatórios, mapas e linha do tempo, destacando

as mudanças estruturais e conjunturais ocorridas neste território ao longo da história

do lugar.

Segundo Antonio Pimentel, em seu livro “Esboço Histórico de Cocalzinho de

Goiás”: o atual Município foi parte integrante do centenário município de Corumbá de

Goiás, e tem sua denominação primitiva “Cocalzinho”, vinculada, por eufemismo, ao

córrego Cocá ou Cocal, que mantém a sua nascente nas cercanias da sede do

município, ou mais precisamente em águas vertentes da fazenda Taquaral. Sendo que

este mesmo córrego, após receber as águas do Taquaral, desemboca no Bicame,

sem, contudo perder o seu nome, para prosseguir, já no perímetro urbano dessa

cidade, unir-se ao seu coirmão, o rio Corumbá, que depois de prestarem seus

salutares serviços a outros municípios goianos, juntar-se-á ao caudaloso Paranaíba, e,

ao final contribuírem para formação da bacia do Prata.

Cocalzinho, é co-hospedeira da nascente do imponente rio Corumbá e tem

como uma de suas encostas a serra dos Pirineus, além de vastas Cocalzinho de

Goiás e clima agradável. O leito de seus córregos e rios foi e são objeto de

minerações, embora sem nenhuma projeção maior.

Conta-se que o viajante Oscar Leal, ao transpor esta região quando de suas

visitas às grutas existentes na fazenda Buracão, nos dá conta da existência de um

morador de nome Ismael, que teria descoberto em suas proximidades uma mina de

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ouro da qual conservava a maior reserva de sigilo sobre o local onde apanhara as

suas primeiras pepitas.

Deixando narrado que: “vários mineiros já se haviam estabelecido por lá, na

expectativa de passarem a perna ao feliz descobridor, mas até essa ocasião só a

esperança animava os cobiçosos aventureiros”. Ou melhor, dizendo, até hoje não se

tem noticia exata de seu local.

No decorrer da década de trinta, toda esta região, por seus rios Corumbá,

Areia, Oliveira Costa, Jacaré, dentre outros contribuiu como grande fornecedora de

“Rutilo” (oxido de titânio), aos exportadores desse minério, tanto da cidade de

Corumbá de Goiás, como de Pirenópolis, para a capital de São Paulo. A mineração de

Rutilo fez com que ocorresse uma grande transformação econômica, que por quase

trinta anos, em toda essa região e circunvizinhanças, com saldos diversos da

garimpagem do ouro. Pois, enquanto esta era exercida por aventureiros errantes, a

outra tinha participação local, sem, contudo afastar o produtor rural de suas atividades.

Segundo narrativas dos senhores José Cardoso de Oliveira, o Zico Cardoso, e

José da Costa, o Zé Ventura, o primeiro morador e comerciante da região foi o Antonio

Inácio, que morava na fazenda Tapera Grande. O Segundo, no mesmo local, foi o Sr

Benedito Aquino Mendonça, também conhecido como Binduca. Esse local por

décadas, era ponto obrigatório de todos os tropeiros e viajantes da região, com destino

a Niquelândia e a boa parte do norte do estado de Goiás.

Como seu último proprietário, o Senhor Benício Apolônio Nascimento que

exercia, ainda o comercio e extração de areia, tendo esse mesmo Benício, aqui

deixado numerosa família, que ainda hoje convive neste meio.

O núcleo populacional de Cocalzinho teve seu inicio propriamente dito no

decorrer do ano de 1961, ou seja, quando da inauguração da fábrica de cimento Itaú,

vinculada ao grupo Votorantim, devido à existência de grandes jazidas de calcário na

região. Até o advento da fábrica toda esta Região era usada, em seu período de seca,

como pastaria de animais bovinos, tanto para fazendeiros de sua própria região, tais

como Deodato C. Campos, Henrique de Fontes, Anastácio Costa Campos e a família

Curado, como os de Pirenópolis, podendo ser destacado o Dr. Olavo Batista e Antonio

da Veiga (Tonico), dentre outros.

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Figura 10 – Mapa Local de Infra-Estrutura.

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Dado ao grande fluxo imigratório que para ali se aportava, foi projetado o seu

primeiro loteamento, denominado “Cidade dos Pireneus”, de propriedade de Sylvio

Rosário Curado Fleury, composto de 1.068 lotes, devidamente registrado no Cartório

de Registro de Imóveis de Corumbá de Goiás.

O processo de emancipação de Cocalzinho passou por muitos percalços e

embates entre a população residente e a administração do município de Corumbá de

Goiás, devido a interesses recíprocos.

Em 03 de julho de 1990, é sancionada a Lei 11.262, que dispunha sobre a

criação do Município de Cocalzinho de Goiás, tendo sua publicação ocorrida em

10.07.1990.

Mas embora a sanção da mesma Lei tenha ocorrido em julho de 1990, o seu

artigo 2, dispunha que a instalação somente se daria por ocasião da posse do Prefeito

Osvaldo Felício de Oliveira e de seu Vice-Prefeito e dos Vereadores eleitos, o que se

deu em 01 de janeiro de 1993.

Figura 11 – Vista Panorâmica – Cocalzinho de Goiás 2013

Fonte: Prefeitura Municipal

11.2 Dados Demográficos

Serão considerados os dados censitários existentes para constituição da serie

histórica e realização do estudo de projeção populacional.

As series históricas de população total para o município de Cocalzinho de

Goiás, segundo o IMB, são mostradas no que se segue:

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Quadro 02 – Estatísticas Populacionais. Fonte: Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos. 2013.

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Figura 12 – Pirâmides Etárias.

Fonte: PNUD, IPEA, FJP – 2013.

Com base nos dados acima, podemos estipular a taxa média de Crescimento

Geométrico Populacional Municipal, para os próximos anos na ordem de 1,66% a.a.

Sendo assim temos como resultado da projeção populacional para 2033, um

quantitativo de aproximadamente 25.000 habitantes para o município de Cocalzinho

de Goiás.

11.3 Mortalidade Infantil

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A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em

Cocalzinho de Goiás reduziu 52%, passando de 29,0 por mil nascidos vivos em 2000

para 13,8 por mil nascidos vivos em 2010. Segundo os Objetivos de Desenvolvimento

do Milênio das Nações Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo

de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado e

do país eram 14,0 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente.

Quadro 05 - Longevidade, Mortalidade e Fecundidade - Cocalzinho de Goiás – GO

1991 2000 2010

Esperança de vida ao nascer (em anos) 62,9 69,1 74,6

Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos)

34,9 29,0 13,8

Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos)

41,1 34,2 16,3

Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 3,9 2,8 2,1

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão

Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Em

Cocalzinho de Goiás, a esperança de vida ao nascer aumentou 11,6 anos nas últimas

duas décadas, passando de 62,9 anos em 1991 para 69,1 anos em 2000, e para 74,6

anos em 2010. Em 2010, a esperança de vida ao nascer média para o estado é de

74,6 anos e, para o país, de 73,9 anos.

11.4 Educação

No que tange à Educação a proporção de crianças e jovens freqüentando ou

tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a

população em idade escolar do município e compõe o IDHM Educação.

No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na

escola cresceu 56,50% e no de período 1991 e 2000, 231,47%. A proporção

de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino

fundamental cresceu 55,52% entre 2000 e 2010 e 159,16% entre 1991 e 2000.

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A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental

completo cresceu 46,95% no período de 2000 a 2010 e 79,94% no período de 1991 a

2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio

completo cresceu 153,11% entre 2000 e 2010 e 83,43% entre 1991 e 2000.

Figura 13 - Fluxo Escolar por Faixa Etária - Cocalzinho de Goiás - GO – 2013

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

Em 2010, 54,99% dos alunos entre 6 e 14 anos de Cocalzinho de Goiás

estavam cursando o ensino fundamental regular na série correta para a idade. Em

2000 eram 45,38% e, em 1991, 16,68%. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 20,85%

estavam cursando o ensino médio regular sem atraso. Em 2000 eram 13,66% e, em

1991, 3,11%. Entre os alunos de 18 a 24 anos, 6,33% estavam cursando o ensino

superior em 2010, 0,89% em 2000 e 0,00% em 1991. Nota-se que, em 2010 , 4,84%

das crianças de 6 a 14 anos não freqüentavam a escola, percentual que, entre os

jovens de 15 a 17 anos atingia 21,57%.

Figura 14 - Freqüência Escolar de 6 a 14 anos – Cocalzinho de Goiás – GO - 2013

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Figura 15 - Freqüência Escolar de 15 a 17 anos – Cocalzinho de Goiás – GO -

2013

11.5 População Adulta

A escolaridade da população adulta é importante indicador de acesso a

conhecimento e também compõe o IDHM Educação. Em 2010, 41,14% da população

de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental e 20,91% o

ensino médio. Em Goiás, 54,97% e 37,47% respectivamente. Esse indicador carrega

uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas e de menos

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escolaridade.

A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 20,23%

nas últimas duas décadas.

Figura 17 – Perfil de Escolaridade.

Fonte: PNUD, IDEA, FJP.

11.6 Renda

A renda per capita média de Cocalzinho de Goiás cresceu 87,19% nas últimas

duas décadas, passando de R$240,65 em 1991 para R$272,38 em 2000 e R$450,47

em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 13,19% no primeiro período e

65,38% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com

renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de

24,14% em 1991 para 15,42% em 2000 e para 5,91% em 2010.

A desigualdade diminuiu: o Índice de Gini passou de 0,59 em 1991 para 0,51

em 2000 e para 0,47 em 2010.

Quadro 03 - Renda, Pobreza e Desigualdade - Cocalzinho de Goiás - GO

1991 2000 2010

Renda per capita (em R$) 240,65 272,38 450,47

% de extremamente pobres 24,14 15,42 5,91

% de pobres 51,88 38,14 16,83

Índice de Gini 0,59 0,51 0,47

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

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Quadro 04 - Porcentagem da Renda Apropriada por Estratos da População - Cocalzinho de Goiás – GO

1991 2000 2010

20% mais pobres 2,99 3,24 4,04

40% mais pobres 9,58 11,60 13,12

60% mais pobres 20,57 24,53 26,99

80% mais pobres 37,38 44,69 48,30

20% mais ricos 62,62 55,31 51,70

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

11.7 Trabalho

Figura 18 - Taxa de Atividade e de Desocupação 18 anos ou mais - 2013

Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou

seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 61,87%

em 2000 para 62,33% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou

seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada)

passou de 14,39% em 2000 para 8,27% em 2010.

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39

Quadro 05 - Ocupação da população de 18 anos ou mais - Cocalzinho de Goiás – GO

2000 2010

Taxa de atividade 61,87 62,33 Taxa de desocupação 14,39 8,27 Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou

mais 32,68 46,45

Nível educacional dos ocupados

% dos ocupados com fundamental completo 25,58 48,62 % dos ocupados com médio completo 12,83 25,69

Rendimento médio

% dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. 58,09 22,41 % dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. 87,83 80,45

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais, 16,49%

trabalhavam no setor agropecuário, 3,25% na indústria extrativa, 4,74% na indústria de

transformação, 11,45% no setor de construção, 0,63% nos setores de utilidade

pública, 11,06% no comércio e 45,11% no setor de serviços.

11.8 Habitação

Quadro 06 - Indicadores de Habitação - Cocalzinho de Goiás - GO

1991 2000 2010

% da população em domicílios com água encanada

55,33 82,12 94,39

% da população em domicílios com energia elétrica

57,55 90,85 99,31

% da população em domicílios com coleta de lixo. *Somente para população urbana.

0,00 77,93 97,20

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

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40

Para maiores detalhes sobre a questão habitacional, segue em anexo o Plano

Municipal de Habitação de Interesse Social elaborado pelo Município em conjunto com

a Agência Goiana de Habitação.

11.9 Vulnerabilidade social

Quadro 7 - Vulnerabilidade Social - Cocalzinho de Goiás – GO

Crianças e Jovens 1991 2000 2010

Mortalidade infantil 34,90 29,00 13,80 % de crianças de 4 a 5 anos fora da

escola - 81,71 38,38

% de crianças de 6 a 14 anos fora da escola

35,77 10,21 4,84

% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza

- 24,07 17,79

% de mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos

0,00 0,00 0,00

% de mulheres de 15 a 17 anos que tiveram filhos

0,00 15,27 8,52

Taxa de atividade - 10 a 14 anos (%) - 9,24 5,01

Família

% de mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos menores de 15 anos

16,74 18,81 20,65

% de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de idosos

3,06 4,13 1,81

% de crianças extremamente pobres 27,88 20,85 7,11

Trabalho e Renda

% de vulneráveis à pobreza 79,37 67,23 42,62 % de pessoas de 18 anos ou mais sem

fundamental completo e em ocupação informal - 68,56 48,07

Condição de Moradia

% de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados

0,96 7,36 9,98

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

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41

11.10 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM

Figura 19 – IDHM Fonte: Pnud, Ipea e FJP

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Cocalzinho de

Goiás é 0,657, em 2010. O município está situado na faixa de Desenvolvimento

Humano Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais

cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,221), seguida por

Longevidade e por Renda. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em

termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,172), seguida por Longevidade

e por Renda.

Quadro 8 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes -

Cocalzinho de Goiás – GO

IDHM e componentes 1991 2000 2010

IDHM Educação 0,138 0,310 0,531

% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo

11,76 21,53 41,14

% de 5 a 6 anos frequentando a escola 15,57 51,61 80,77 % de 11 a 13 anos frequentando os

anos finais do ensino fundamental 21,62 56,03 87,14

% de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo

16,30 29,33 43,10

% de 18 a 20 anos com ensino médio completo

6,58 12,07 30,55

IDHM Longevidade 0,632 0,735 0,826

Esperança de vida ao nascer (em anos) 62,92 69,11 74,55

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IDHM Renda 0,547 0,567 0,648

Renda per capita (em R$) 240,65 272,38 450,47

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

Entre 2000 e 2010 o IDHM passou de 0,506 em 2000 para 0,657 em 2010 -

uma taxa de crescimento de 29,84%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a

distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido

em 30,57% entre 2000 e 2010.

Cocalzinho de Goiás teve um incremento no seu IDHM de 80,99% nas últimas

duas décadas, acima da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da média

de crescimento estadual (50,92%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a

distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido

em 46,15% entre 1991 e 2010.

Períodos Taxa de

Crescimento

Hiato de

Desenvolvimento

Entre 1991 e 2000 + 39,39% + 22,45%

Entre 2000 e 2010 + 29,84% + 30,57%

Entre 1991 e 2010 + 80,99% + 46,15%

Quadro 12 – Hiato de Desenvolvimento Fonte: Pnud, Ipea e FJP

Cocalzinho de Goiás ocupa a 2964ª posição, em 2010, em relação aos 5.565

municípios do Brasil, sendo que 2963 (53,24%) municípios estão em situação melhor e

2.601 (46,74%) municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 246 outros

municípios de Goiás, Cocalzinho de Goiás ocupa a 214ª posição, sendo que 213

(86,59%) municípios estão em situação melhor e 32 (13,01%) municípios estão em

situação pior ou igual.

11.11 Condições Urbanas e Sanitárias

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43

Visando fazer um pré-diagnóstico da situação técnica e operacional dos

sistemas de saneamento, buscou-se informações sobre os sistemas de abastecimento

de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, energia elétrica e manejo de

resíduos sólidos na área de abrangência do município.

Juntamente com o levantamento local foram verificadas informações em

bibliografia existente, sendo: o PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

publicada pelo IBGE para o ano de 2010 (notadamente para manejo de resíduos

sólidos); o Diagnóstico das Condições de Saneamento nos Municípios do Entorno de

Brasília-DF, referente ao ano 2013 e do SNIS - Sistema Nacional de Informações

sobre Saneamento, referente ao ano 2013, ambos pelo Programa de Modernização do

Setor de Saneamento – PMSS do Ministério das Cidades, e dados obtidos junto ao

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

11.11.1 Abastecimento de Água

O subsistema da SANEAGO, no município de Cocalzinho, é constituído de:

captação subsuperficial em drenos em área de nascente de curso d’água afluente do

rio Corumbá, complementado com quatro poços tubulares profundos; elevatória de

água bruta; adutora de água bruta; reservatório apoiado de 300 m³; dosador de cloro

(desinfecção da água); booster (para parte da rede de distribuição) e rede de

distribuição. Este subsistema da SANEAGO (concessão da Prefeitura) atende a sede

municipal e as localidades de Girasssol e Edilândia.

11.11.2 Esgotamento Sanitário

O município de Cocalzinho não possui sistema público de esgotamento

sanitário, sendo que a população local utiliza sistema independente, por meio de

disposição no solo, com fossas sépticas seguidas de sumidouros ou fossas

rudimentares.

Em virtude, principalmente, da falta de orientação técnica e de recursos

financeiros, foram observados escoamentos superficiais de esgotos domésticos em

algumas áreas dos distritos de Girassol e Edilândia.

11.11.3 Drenagem Pluvial

As vias da cidade são responsáveis pelo escoamento superficial das águas

pluviais que não se encontram devidamente disciplinadas em sarjetas. Mais de 80%

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44

das vias estão pavimentadas, a maioria delas com asfalto e a minoria com bloquetes

intertravados.

Existe parcialmente um sistema de microdrenagem estruturado com galerias

tubulares e grelhas metálicas, mas que se encontram parcialmente obstruídas e com

funcionalidades reduzidas. O escoamento superficial das águas pluviais e facilitado

pela conformação topográfica do espaço urbano.

11.11.4 Resíduos Sólidos

No tocante ao manejo de resíduos hospitalares, o município delegou a

responsabilidade sobre a coleta, transporte e destinação adequada dos resíduos

gerados a uma empresa terceirizada que realiza a incineração do mesmo. O resíduo

sólido urbano e coletado diariamente em horário comercial, por dois caminhões

compactadores com volume médio de 10m³ de lixo compactado cada. Após a coleta o

mesmo é transportado para o lixão municipal que se encontra a aproximadamente

3km da sede municipal.

11.11.5 Energia Elétrica

A Subestação (SE) Cocalzinho atende, atualmente, o município com um

transformador de 69/13,8 kV – 5,0 MVA e não possui a previsão de ampliação nos

próximos anos. A linha de transmissão após a subestação é de 13,8 kV em direção à

sede municipal, Edilândia e Girassol.

As informações coletadas junto à consumidores locais como moradores,

pequenos estabelecimentos comerciais, a oferta dessa fonte de energia no município

de Cocalzinho, apresenta problemas oriundos de oscilações na tensão do sistema.

Nesse sentido, observam-se dificuldades com a disponibilidade de energia

elétrica na agricultura e, notadamente, com sobre-elevação e quedas de energia. Os

quadros abaixo mostram a evolução nos últimos anos das ligações de energia elétrica

segundo as classes residencial, comercial, industrial e publica.

Quadro 9 – Energia Elétrica (por número de consumidores)

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45

Quadro 10 – Energia Elétrica (em MWH de consumo)

11.12 Diagnóstico Urbanístico

Como vimos o Município de Cocalzinho de Goiás situa-se na Mesorregião do

Leste Goiano, na Microrregião Geográfica do Entorno de Brasília, na bacia do rio

Tocantins, a uma altitude média em torno de 1.152 m. Dista 114 Km da cidade de

Brasília pela rodovia BR-070 e 119 km de Goiânia, pela BR-414, atravessando a

cidade de Anápolis.

Além da sede municipal, a cidade de Cocalzinho, possui duas principais áreas

de ocupação com características urbanas, os distritos de Girassol e Edilândia,

situadas ao longo da rodovia Br-070.

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Na zona rural, os principais povoados os loteamentos Pato Selvagem, Baixa do

Rio Verde, Cocalzinho de Cima, do Meio e de Baixo, Buriti Velho, Buriti dos Peixotos,

Lages, Bocaina, região do Areia e Macacos.

Quanto às áreas urbanas, o município de Cocalzinho de Goiás é formado por

três áreas, a cidade de Cocalzinho sede do município, o Distrito de Girassol, que já

ultrapassa a sede, tanto em área quanto em população e o povoado de Edilândia.

Estas áreas ainda carecem dos principais equipamentos e infra-estrutura

urbana como será verificado a seguir.

Contrariamente aos demais municípios do entorno do DF, a taxa de

urbanização do município, vem decrescendo nos últimos dez anos, de acordo com

dados do Anuário Estatístico de Goiás, muito embora a taxa de crescimento total da

população tenha um crescimento acima da média em relação aos demais municípios

do entorno do DF.

A área urbana que apresenta o maior crescimento é o distrito de Girassol que

surgiu e se desenvolve em função da proximidade com a cidade de Águas Lindas,

exercendo a função de cidade dormitório, já que a grande maioria da população

trabalha na cidade de Brasília.

As áreas do entorno da cidade de Cocalzinho, apresentam uso rural de

grandes fazendas com plantios extensivos e agropecuária e esta região apresenta

grande contraste, entre a serra do Pireneus e a planície onde se localiza a cidade e a

área rural do entorno.

Quanto à ocupação urbana, todos os três núcleos (Cocalzinho, Edilândia e

Girassol), estão localizados ao longo da BR 070, pouco distantes entre si, em torno de

27 Km.

Todas estas áreas ainda apresentam uma ocupação rarefeita, principalmente

nos bairros mais periféricos, que possuem muitos lotes vazios, vias sem pavimentação

e falta de infra-estrutura.

Quanto à localização, todas as áreas estão situadas em terrenos de baixa

declividade e a expansão das áreas urbanas vem se dando às margens da rodovia,

onde se apresentam mais adequadas a ocupação urbana.

A maior parte da ocupação urbana é com uso habitacional, seguindo-se o uso

comercial. Os usos comunitários e de serviços, encontram-se dispersos. A ligação

entre as áreas interioranas e as áreas centrais onde se situam os principais serviços e

equipamentos públicos, é feita de maneira precária, pois não existe sistema

organizado de transporte urbano de passageiros, publico ou privado.

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47

Sede Municipal – cidade de Cocalzinho

A cidade localiza-se às margens da rodovia, numa área de terreno plano e alto

(divisor de águas) o que facilita a sua expansão, a qual está se dando na direção da

serra dos Pireneus.

O sistema viário está configurado a partir da rodovia que ao atravessar a

cidade apresenta mão dupla, sendo que na margem esquerda (direção Brasília

Pirenópolis), a expansão é menor. A malha viária apresenta-se hierarquizada,

constituída por avenidas de mão dupla ou simples, as vias principais, além de vias

coletoras e vias locais.

No geral, a malha viária está bem dimensionada, com ruas e calçadas largas,

algumas já arborizadas. A grande maioria das calçadas não possuem nenhum

tratamento de piso e as vias dificultando o trânsito de pedestres.

Quanto aos usos, a maioria dos lotes possui uso residencial. O comércio local

e os serviços localizam-se ao longo das vias principais e da BR 070.

Distrito de Girassol

O Distrito de Girassol começou a se expandir a partir da década de 80, período

em que se vem se dando o maior crescimento do entorno do DF. O seu surgimento e

expansão devem-se aos parcelamentos de fazendas, inicialmente em chácaras e

posteriormente, com o adensamento a partir das margens da rodovia.

Está localizado no extremo leste do município, a cerca de 6 Km da cidade de

Águas Lindas de Goiás e a 75 km do Plano Piloto (Brasília). Situa-se numa área de

cota alta em relação ao entorno, com pouca declividade, às margens da BR-070, em

cota de nível inferior à da rodovia.

A ocupação se estende das partes altas (as cumeadas), através das áreas

planas, sendo que a maior expansão se dá na direção norte.

O sistema viário se desenvolve a partir da rodovia, constando de duas vias

paralelas a esta, com função de vias secundárias, e com traçado geral em tabuleiro de

xadrez. As ruas em grande parte já estão asfaltadas e de maneira geral apresentam-

se com boa largura, assim como também as calçadas, faltando apenas os meio-fios.

Na parte mais central do núcleo urbano, os terrenos têm dimensões em torno

de 13x28m.

Trata-se de uma cidade dormitório, visto faltarem no local postos de trabalho

para a grande maioria da população em idade ativa, sendo este um dos grandes

motivos da falta de segurança.

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48

Apresenta transporte público feito por ônibus circular, sendo que a ligação

principal é com a cidade de Taguatinga, no DF. O transporte público que liga a cidade

a Taguatinga é feito por uma única empresa de transporte, o que faz com que o

serviço prestado seja bastante deficiente, devido principalmente à falta de

concorrência. O deslocamento entre os núcleos urbanos municipais se dá por meio de

vãs.

Um dos problemas que a localidade apresenta refere-se à dispersão de

ocupação, o que onera a implantação dos serviços básicos, especialmente o

atendimento à população que se localiza nas áreas mais afastadas. Esta forma de

ocupação apresenta grande semelhança com outras áreas situadas na periferia das

grandes cidades.

A população estimada atual já ultrapassa em número de habitantes, a da

cidade sede, Cocalzinho.

Povoado de Edilândia

Este povoado surgiu depois da construção de Brasília, resultante de

parcelamentos de fazendas em chácaras e posteriormente pelo parcelamento destas e

dista cerca de 90 Km da cidade de Brasília e 29 km da sede municipal.

Apresenta ainda feições mais rurais do que urbanas, onde ainda predomina o

parcelamento em chácaras.

Entre os equipamentos comunitários possui: escola publica, posto policial,

posto de correios, viveiro de plantas nativas e posto de saúde.

Os laticínios constitui num dos principais produtos de produção e

comercialização.

Possui ainda, posto varejista de combustível e empresa de representação e serviços

relacionados ao ecoturismo.

Possui uma população estimada em torno de 2.000 habitantes. Em alguns

pontos do núcleo nota-se a existência de processos erosivos devido ao lançamento de

resíduos sólidos em locais impróprios, como as linhas d´água.

Na avaliação das áreas intraurbanas do município, a utilização de parâmetros e

índices urbanísticos de acordo com o uso do solo, é recomendado para um

desenvolvimento sustentável e harmonioso das áreas urbanas e do município em

geral e a satisfação das diversas funções e usos do solo existentes. Para a adequação

a estes padrões urbanísticos, é desejável em alguns casos à reorientação de usos,

bem como a utilização de Leis de Posturas Municipais e Código de obras do

município.

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49

Entre os usos existentes, podem ser citados algumas medidas e instrumentos a

serem utilizados.

• Uso Residencial – área mínima de permeabilidade nos lotes em perímetro

urbano, afastamento e recuos mínimos necessários;

• Uso Comercial - tipo de atividade segundo grau de incomodo no entorno de

áreas comerciais;

• Uso Serviços – Saúde, Educação, Assistência Social, Cultura, Institucional,

Infraestrutura urbana, (implementação e localização de equipamentos urbanos

de acordo com índices urbanísticos);

• Uso público e coletivo - Áreas verdes e áreas livres destinadas ao uso

recreativo e esportivo, Jardins e Praças (implementação e localização nas

várias áreas residenciais);

• Uso de circulação - hierarquia viária no sistema viário, e arborização urbana

nas calçadas de pedestres.

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CAPITULO II – DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Neste capítulo será apresentada a situação dos resíduos sólidos gerados na

cidade de Cocalzinho de Goiás bem como nos distritos de Edilândia e Girassol com

intuito de conhecer a situação atual dos mesmos para então avaliar a necessidade de

melhorias e propor um novo modelo gestão de resíduos. No entanto para melhor

embasamento, entendimento e estruturação, antes disto, serão apresentados

incialmente os dados gerais e caracterização dos resíduos sólidos.

12. DADOS GERAIS E CARACTERIZAÇÃO

Segundo a ABNT (2004), resíduos sólidos são definidos como resíduos nos

estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de comunidade de origem

industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição,

inclusive lodos que não são passíveis de serem lançados em rede pública de esgotos

ou corpos de água.

12.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Existem diversas formas de classificação dos resíduos sólidos. IPT/CEMPRE

(2000), destaca as seguintes:

• por sua natureza física: seco e molhado;

• por sua composição química: matéria orgânica e inorgânica;

• por sua origem; e

• pelos riscos potenciais ao meio ambiente: perigosos, não inertes e inertes

(ABNT, 2004)

Tais classificações serão apresentadas de forma sucinta a seguir, uma vez o

entendimento das mesmas é essencial e relevante para a escolha da estratégia de

gerenciamento mais viável.

12.1.1 QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS AO MEIO AMBIENTE

A ABNT (2004), a partir do potencial risco que os resíduos podem apresentar

ao ambiente e saúde pública, os classifica da seguinte maneira:

Resíduos Classe I – Perigosos: são aqueles que apresentam risco à saúde pública e

ao meio ambiente apresentando uma ou mais das seguintes características:

periculosidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e

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patogenicidade.(ex.: baterias, pilhas, óleo usado, resíduo de tintas e pigmentos,

resíduo de serviços de saúde, resíduo inflamável, etc.)

Resíduos Classe II A – Não Inertes: Aqueles que não se enquadram nas

classificações de resíduos classe I – perigosos ou de resíduos classe II B – inertes,

nos termos da NBR 10. 004. Eles podem ter propriedades tais como:

biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. (ex.: restos de

alimentos, resíduo de varrição não perigoso, sucata de metais ferrosos, borrachas,

espumas, materiais cerâmicos, etc.)

Resíduos Classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma

forma representativa, segundo ABNT NBR 10.007, e submetidos a um contato

dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente,

conforme ABNT NBR 10.006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados

a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se

aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. (ex.: rochas, tijolos, vidros, entulho/construção

civil, luvas de borracha, isopor, etc.).

12.1.2 QUANTO À SUA NATUREZA OU ORIGEM

A origem é o principal elemento para a caracterização dos resíduos sólidos. De

acordo com IBAM (2001), e segundo este critério, os diferentes tipos de lixo podem ser

agrupados em cinco classes, a saber:

(i) Lixo doméstico ou residencial;

(ii) Lixo comercial;

(iii) Lixo público;

(iv) Lixo domiciliar especial, incluindo os entulhos de obras (RCC), pilhas e baterias,

lâmpadas fluorescentes e pneus;

(v) Lixo de fontes especiais, incluindo o lixo industrial, radioativo, de portos, aeroportos

e terminais rodoferroviários, agrícola e os resíduos de serviços de saúde.

• Doméstico ou Residencial

São os resíduos gerados das atividades diária nas residências e também

conhecidos como resíduos domiciliares. Apresentam em torno de 50% a 60% de

composição orgânica (cascas de frutas, verduras e sobras, etc.), sendo o restante

formado por embalagens em geral (jornais e revistas, garrafas, latas, vidros, papel

higiênico, fraldas descartáveis e uma grande variedade de outros itens).

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A taxa “média” diária de geração de resíduos domésticos por habitante em

áreas urbanas é de 0,5 a 1 Kg/habitante por dia para cada cidadão, dependendo do

poder aquisitivo da população, nível educacional, hábitos e costumes.

• Comercial

Os resíduos variam de acordo com a atividade dos estabelecimentos

comerciais e de serviço.

No caso de restaurantes, bares e hotéis predominam os resíduos orgânicos, já

os escritórios, bancos e lojas os resíduos predominantes são o papel, plástico, vidro

entre outros.

Os resíduos comerciais podem ser divididos em dois grupos dependendo da

sua quantidade gerada por dia. O “pequeno gerador” de resíduos pode ser

considerado como o estabelecimento que gera até 120 litros por dia; o “grande

gerador” é o estabelecimento que gera um volume superior a esse limite.

• Público

São os resíduos provenientes dos serviços de limpeza urbana (varrição de vias

públicas, limpeza de praias, galerias, córregos e terrenos, restos de podas de árvores,

corpos de animais, etc.), limpeza de feiras livres (restos vegetais diversos,

embalagens em geral, etc.). Também podem ser considerados os resíduos

descartados irregularmente pela própria população, como entulhos, papéis, restos de

embalagens e alimentos.

È importante destacar que, de forma geral, nas atividades de limpeza urbana,

os tipos de lixo "doméstico" e "comercial" constituem o chamado "lixo domiciliar", que,

junto com o lixo “público”, representam a maior parcela dos resíduos sólidos

produzidos nas cidades.

O grupo de lixo comercial, assim como os entulhos de obras, pode ser dividido

em subgrupos chamados de "pequenos geradores" e "grandes geradores". O

regulamento de limpeza urbana do município poderá definir precisamente os

subgrupos de pequenos e grandes geradores.

Pode-se adotar como parâmetro: (i) pequeno gerador de resíduos comerciais é

o estabelecimento que gera até 120 litros de lixo por dia; e (ii) o grande gerador de

resíduos comerciais é o estabelecimento que gera um volume de resíduos superior a

esse limite.

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Analogamente, pequeno gerador de entulho de obras é a pessoa física ou

jurídica que gera até 1.000kg ou 50 sacos de 30 litros por dia, enquanto grande

gerador de entulho é aquele que gera um volume diário de resíduos acima disso.

• Domiciliar Especial:

Este grupo que compreende os entulhos de obras, as pilhas e baterias, as

lâmpadas fluorescentes, os óleos lubrificantes e os pneus.

Destaca-se que os entulhos de obra, também conhecidos como resíduos da

construção civil (RDCC), só estão enquadrados nesta categoria por causa da grande

quantidade de sua geração e pela importância que sua recuperação e reciclagem que

vêm assumindo no cenário nacional.

No presente estudo os resíduos da construção civil e de demolição (RDCC)

são entendidos como uma mistura de materiais inertes provenientes de construções,

reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, tais como tijolos, blocos

cerâmicos, concreto em geral, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados,

forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações,

fiação elétrica etc., freqüentemente chamados de entulhos de obras, além daqueles

resultantes da preparação e da escavação de terrenos (solos e rochas).

De acordo com a CONAMA nº. 307/02, os resíduos da construção civil são

classificados da seguinte forma:

Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

- De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de

infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

- De construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes

cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, entre outros), argamassa e

concreto;

- De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto

(blocos, tubos, meios fios, entre outros) produzidas nos canteiros de obras.

Classe B: são materiais recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,

papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.

Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou

aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais

como os produtos oriundos do gesso.

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Classe D: são os resíduos “perigosos” oriundos do processo de construção, tais

como: tintas, solventes, óleos, ou aqueles contaminados oriundos de demolições,

reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais.

• Fontes Especiais:

Os resíduos especiais são assim considerados em função de suas

características tóxicas, radioativas e contaminantes e merecendo, por tal motivo,

cuidados especiais em seu manuseio, acondicionamento, estocagem, transporte e sua

disposição final. Dentro da classe de resíduos de fontes especiais, merecem destaque

os seguintes resíduos: as embalagens de agrotóxicos, os resíduos radioativos e os

resíduos sólidos dos serviços de saúde.

Embalagens de Agrotóxicos: Os agrotóxicos são insumos agrícolas, produtos

químicos usados na lavoura, na pecuária e até mesmo no ambiente doméstico

(inseticidas, fungicidas, acaricidas, nematicidas, herbicidas, bactericidas, vermífugos).

As embalagens de agrotóxicos são resíduos oriundos dessas atividades e possuem

materiais tóxicos que representam grandes riscos para a saúde humana e de

contaminação do meio ambiente.

Radioativo: São resíduos provenientes das atividades nucleares, relacionadas com

urânio, césios, tório, radônio, cobalto, entre outros, que devem ser manuseados de

forma adequada utilizando equipamentos específicos e técnicos qualificados.

No presente estudo, destaque especial será dado aos resíduos dos serviços de

saúde, e que segundo a Resolução RDC nº 306/04 da ANVISA e a Resolução nº.

358/05 do CONAMA, “são todos aqueles provenientes de atividades relacionados com

o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive de assistência domiciliar e de

trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios;

funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento; serviços de

medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimento de

ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores

de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e

controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços

de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares”.

Ainda de acordo com essas mesmas resoluções, os resíduos de serviços de

saúde são classificados conforme a Tabela 11, a seguir.

Tabela 11 - Resíduos de Serviços de Saúde – Classificação

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GRUPO DESCRIÇÃO

Grupo A (Potencialmente Infectante)

A1

Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco quatro, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido. Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta. Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

A2

Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnostica.

A3

Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor cientifico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiar.

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A4

similares. Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco quatro, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons. Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo. Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica. Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações. Bolsas transfusionas vazia ou com volume residual pós-transfusão.

A5

Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfuro cortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.

Grupo B (Químicos)

Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomodulares; anti-retrovirais, quando descartados por serviço de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlado pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações. Resíduos de saneantes, desinfetantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores). Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clinicas. Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e

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reativos).

Grupo C (Rejeitos Radioativos)

Quaisquer materiais resultante de atividades humanas que contenham radionuclideos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclideos, provenientes de laboratórios de análise clinicas, serviço de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05.

Grupo D (Resíduos Comuns)

Papel de uso sanitário e fralda, absorvente higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não classificados como A1. Sobras de alimentos e do preparo de alimentos. Resto alimentar de refeitórios. Resíduos provenientes das áreas administrativas. Resíduos de varrição, flores, podas e jardins. Resíduos de gesso provenientes de assistências à saúde.

Grupo E (Perfurocortantes)

Materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

12.1.3 QUANTO À SUA NATUREZA FÍSICA

As principais características dos resíduos sólidos quanto à sua natureza física

estão apresentadas a seguir:

• Geração per capita

A "geração per capita" relaciona a quantidade de resíduos urbanos gerada

diariamente e o número de habitantes de determinada região. Muitos técnicos

consideram de 0,5 a 0,9kg/hab./dia como a faixa de variação média para Brasil.

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• Composição Gravimétrica

A composição gravimétrica traduz o percentual de cada componente em

relação ao peso total da amostra de lixo analisada.

• Peso Específico Aparente

O peso específico aparente é o peso do lixo solto em função do volume

ocupado livremente, sem qualquer compactação, expresso em kg/m³. Sua

determinação é fundamental para o dimensionamento de equipamentos e instalações.

Na ausência de dados mais precisos, podem se utilizar os valores de 230 kg/m³ para o

peso específico do lixo domiciliar, de 280 kg/m³ para o peso específico dos resíduos

de serviços de saúde e de 1.300 kg/m³ para o peso específico de entulho de obras.

• Teor de Umidade

O teor de umidade representa a quantidade de água presente no lixo, medida

em percentual do seu peso. Este parâmetro se altera em função das estações do ano

e da incidência de chuvas, podendo-se estimar um teor de umidade variando em torno

de 40 a 60%.

• Compressividade

A compressividade é o grau de compactação ou a redução do volume que uma

massa de lixo pode sofrer quando compactada. Submetido a uma pressão de 4

kg/cm², o volume do lixo pode ser reduzido de um terço (1/3) a um quarto (1/4) do seu

volume original.

12.1.4 QUANTO À SUA NATUREZA QUÍMICA

As principais características dos resíduos sólidos quanto à sua natureza

química estão apresentadas a seguir:

• Poder Calorífico

Esta característica química indica a capacidade potencial de um material

desprender determinada quantidade de calor quando submetido à queima. O poder

calorífico médio do lixo domiciliar se situa na faixa de 5.000 kcal/kg.

• Potencial Hidrogeniônico (pH)

O potencial hidrogeniônico indica o teor de acidez ou alcalinidade dos resíduos. Em

geral, situa-se na faixa de 5 a 7.

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• Composição Química

A composição química consiste na determinação dos teores de cinzas, matéria

orgânica, carbono, nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo, resíduo mineral total, resíduo

mineral solúvel e gorduras.

• Relação Carbono / Nitrogênio (C:N)

A relação carbono/nitrogênio indica o grau de decomposição da matéria

orgânica do lixo nos processos de tratamento/disposição final. Em geral, essa relação

encontra-se na ordem de 35/1 a 20/1.

12.1.5 QUANTO ÀS SUAS CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS

As características biológicas do lixo são aquelas determinadas pela população

microbiana e dos agentes patogênicos presentes no lixo que, ao lado das suas

características químicas, permitem que sejam selecionados os métodos de tratamento

e de disposição final mais adequados.

O conhecimento das características biológicas dos resíduos tem sido muito

utilizado no desenvolvimento de inibidores de cheiro e de retardadores/aceleradores

da decomposição da matéria orgânica, normalmente aplicados no interior de veículos

de coleta para evitar ou minimizar problemas com a população ao longo do percurso

dos veículos.

Da mesma forma, estão em desenvolvimento processos de destinação final e

de recuperação de áreas degradadas com base nas características biológicas dos

resíduos.

Apenas a título ilustrativo, apresenta-se a seguir a Tabela 12, mostrando a

importância da plena caracterização dos resíduos sólidos em relação ao planejamento

de um sistema de limpeza urbana ou sobre o projeto de determinadas unidades que

compõem tal sistema.

Tabela 12 - Importância das características físicas, químicas e biológicas do lixo na

limpeza urbana.

CARACTERÍSTICAS IMPORTÂNCIA

Geração Per Capita

Fundamental para poder projetar as quantidades de resíduos a coletar e a dispor. Importante no dimensionamento de veículos. Elemento básico para a determinação da taxa de coleta, bem como para o correto dimensionamento de todas as unidades que compõem o Sistema de Limpeza Urbana.

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Composição Gravimétrica

Indica a possibilidade de aproveitamento das frações recicláveis para comercialização e da matéria orgânica para a produção de composto orgânico. Quando realiza por regiões da cidade, ajuda a se efetuar um cálculo mais justo da tarifa de coleta e destinação final.

Peso Específico Aparente Fundamental para o correto dimensionamento da frota de coleta, assim como de contêineres e caçambas estacionárias.

Teor de Umidade

Tem influência direta sobre a velocidade de decomposição da matéria orgânica no processo de compostagem. Influencia diretamente o poder calorífico e o peso específico aparente do lixo, concorrendo de forma indireta para o correto dimensionamento de incineradores e usinas de compostagem. Influencia diretamente o cálculo da produção de chorume e o correto dimensionamento do sistema de coleta de percolados.

Compressividade Muito importante para o dimensionamento de veículos coletores, estações de transferência com compactação e caçambas compactadoras estacionárias.

Poder Calorífico Influencia o dimensionamento das instalações de todos os processos de tratamento térmico (incineração, pirólise e outros).

Ph

Indica o grau de corrosividade dos resíduos coletados, servindo para estabelecer o tipo de proteção contra a corrosão a ser usado em veículos, equipamentos, contêineres e caçambas metálicas.

Composição Química Ajuda a indicar a forma mais adequada de tratamento para os resíduos coletados.

Relação C:N Fundamental para se estabelecer a qualidade do composto produzido.

Características Biológicas Fundamentais na fabricação de inibidores de cheiro e de aceleradores e retardadores da decomposição da matéria orgânica presente no lixo.

Fonte: CETESB 2013.

13. GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS EM COCALZINHO DE

GOIÁS

Em virtude de sua população, características socioeconômicas culturais, cujos

detalhamentos já foram devidamente abordados no capítulo 1 do presente plano, o

município de Cocalzinho de Goiás apresenta características de uma cidade de porte

pequeno, produzindo um volume heterogêneo de resíduos sólidos, de origem variada,

em atividades diversas no setor produtivo e no setor de consumo, podendo ser

destacados os seguintes resíduos:

Resíduos Domiciliares;

Resíduos Comerciais;

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Resíduos Industriais;

Resíduos de Serviços de Saúde;

Resíduos de Posto Combustível;

Resíduos da Construção Civil;

Resíduos de Limpeza Urbana;

Resíduos tecnológicos;

Resíduos Verdes; e

Resíduos Agrícolas.

É conveniente salientar que de acordo com a classificação dos resíduos

sólidos, apresentada na lei federal da PNR-12.305/10, art. 13º são considerados

resíduos sólidos urbanos os resíduos domiciliares, os resíduos comerciais e os

resíduos provenientes dos serviços de limpeza urbana que são constituídos por

resíduos de varrição de vias, resíduos de jardins, resíduos volumosos, etc.

Atualmente, a execução dos serviços pertinentes à coleta dos resíduos sólidos

urbanos é de responsabilidade do poder público municipal que executa todos os

serviços que constituem o sistema municipal de limpeza urbana gerenciada pela

Secretaria de Obras.

Reitera-se que os resíduos industriais, resíduos de posto combustível, resíduos

da construção civil, resíduos tecnológicos, resíduos de transporte, resíduos de

grandes geradores de e resíduos agrícolas são de responsabilidade do próprio

gerador cabendo a eles o desenvolvimento de planos de gerenciamento específicos.

O município de Cocalzinho de Goiás produz diariamente 18,89 toneladas de

resíduos sólidos gerados nas mais diversificadas fontes apresentando resíduos de

várias classes com diferentes características físicas, químicas e biológicas sendo que

muitos deles apresentam periculosidade.

Com o objetivo de se obter uma noção global da quantidade de resíduos

sólidos gerados no município, independente de quem seja a responsabilidade pela

gestão do mesmo, a seguir apresenta-se um diagnóstico especifico de cada tipo

desses resíduos gerados no município.

O Diagnóstico dos resíduos sólidos, compreende a avaliação de todos os

resíduos conforme a tipologia descrita abaixo:

Os tipos de resíduos avaliados foram:

Domiciliares e comerciais – RSD;

Limpeza publica ,(varrição e poda);

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Saúde;

Construção civil;

Logística reversa,

Transportes;

Mineração;

Agrossilvopastoris orgânicos e resíduos da zona rural;

Agrossilvopastoris inorgânicos;

13.1 RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES - RSD

Os resíduos sólidos domiciliares são aqueles gerados na zona urbana do

município. A Figura a seguir apresenta uma imagem da área urbana de Cocalzinho de

Goiás, bem como dos distritos de Edilândia e Girassol.

Figura 20 - Mapa Físico Municipal.

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O planejamento básico das atividades relacionadas à coleta domiciliar decorre

das características específicas dos serviços a executar, em função do volume de

resíduos a coletar diariamente nas áreas e freqüências de coleta pré-determinadas

associadas ao sistema de limpeza pública.

Assim sendo, as informações fornecidas, aliadas ao conhecimento das

condições locais, tornaram possível a definição da estratégia proposta para a

realização dos serviços de coleta, abrangendo o universo estabelecido pela Prefeitura

Municipal de Cocalzinho de Goiás.

A coleta domiciliar é executada porta a porta em todas as vias públicas oficiais

da sede municipal em condições de tráfego para os caminhões coletores

compactadores em marcha reduzida, abertas à circulação. São empregados 8 (oito)

funcionários nas atividades de coleta domiciliar e comercial.

A metodologia de execução para coleta de resíduos sólidos domiciliares

acompanha uma sistemática de rotina consagrada na prática e que, no presente caso,

tem sua rotina diária iniciada trinta minutos antes do horário estabelecido para a saída

dos veículos, quando motoristas e coletores se apresentam devidamente

uniformizados, onde serão recepcionados pelos seus respectivos superiores.

Todo deslocamento é feito através de itinerários pré-estabelecidos, os quais

somente podem ser interrompidos em casos de acidentes de trânsito ou

congestionamentos de tráfego que poderão atrasar os serviços. Com a chegada da

equipe ao setor de trabalho, é iniciada a coleta de resíduos em obediência ao itinerário

e ao mapa que estará em poder do motorista, começando o serviço sempre pela

mesma via pública.

As técnicas básicas de trabalho que são executadas pelos coletores podem ser

resumidas nas seguintes observações:

− Os coletores devem pegar e transportar os recipientes com precaução, esvaziando-

os completamente, com os cuidados necessários para não danificá-los e evitar a

queda dos resíduos nas vias públicas;

− Os coletores devem pegar e transportar os resíduos que estiverem em sacos de lixo

com cuidado redobrado e sempre afastado do corpo;

− Os resíduos que tiverem sido depositados nas vias públicas pelos moradores e que

tiverem tombado dos recipientes ou que caírem durante a coleta, devem ser varridos e

recolhidos;

− É vedado transferir o conteúdo de um recipiente para outro ou projetá-lo de um

coletor a outro, bem como atirá-lo de volta ao passeio;

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− O vasilhame vazio, quando for o caso, deve ser recolocado onde se encontrava, de

pé; e

− Todas as operações deverão ser executadas sem ruído e sem danificar os

recipientes.

Para a realização da coleta em vilas e ruas sem saída, desde que a largura das

vias permita a passagem do caminhão compactador, este é conduzido em marcha ré

até o final da via, efetuando-se a coleta na medida em que o mesmo vai sendo dirigido

ao ponto inicial.

Em se tratando de vilas ou ruas sem saída ou inacessível ao veículo, este

ficará estacionado no início das vias, sendo os resíduos coletados e transportados até

o caminhão pelos coletores. Ao completar a carga do caminhão, o motorista conduz o

veículo ao seu destino final, localizado na Fazenda Monte distante cerca de 3,0 km do

perímetro urbano. O trajeto em questão se dará sempre através de percursos pré-

determinados.

Ao concluir a primeira viagem do dia, a equipe geralmente reservará um

intervalo para refeição e repouso. A segunda viagem será executada de forma

semelhante à primeira.

Ao completar o serviço de coleta de resíduos sólidos domiciliares do seu setor,

o motorista retorna às Instalações Operacionais.

Não obstante, como os trabalhos são realizados em regime de tarefas diárias a

cumprir, são fixados apenas os horários de início das atividades, estendendo-se o

período de trabalho pelo tempo necessário ao cumprimento total da coleta em cada

setor.

O responsável pelo setor efetua um controle diário das operações realizadas,

identificando setores de trabalho, equipes e caminhões coletores mobilizados, horários

de início e término das operações, horários de cada viagem e distâncias percorridas,

além do volume de resíduos efetivamente coletado.

A equipe empregada na coleta de resíduos domiciliares é constituída de:

Sede Cocalzinho de Goiás

− 02 Caminhões Coletor Compactador

− 02 Motoristas

− 10 Coletores

− Ferramentas para a execução dos serviços

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Distrito de Edilândia

− 01 Caminhão Coletor Compactador

− 01 Motoristas

− 02 Coletores

− Ferramentas para a execução dos serviços

Distrito de Girassol

− 01 Caminhão Coletor Compactador

− 01 Motoristas

− 02 Coletores

− Ferramentas para a execução dos serviços

Quanto às jornadas, turnos e viagens previstas para cada veículo, tem-se:

− 02 turnos/dia (período matutino – das 03:00h até as 10:00h / período vespertino –

das 15:00h até ás 22:00h)

− 01 jornada por turno

− 02 viagens por jornada para cada veículo

- Coleta

- Sede Cocalzinho de Goiás - diária – exceção de domingos.

- Distrito de Edilândia – duas vezes por semana

- Distrito de Girassol – três vezes por semana

A seguir pode-se verificar o tipo de veículos utilizada na coleta

domiciliar/comercial da área urbana.

Figura 21: Caminhão Compactador.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás – 2013.

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13.2 RESÍDUOS DE LIMPEZA PÚBLICA

A limpeza pública atualmente é de responsabilidade dos Municípios, sendo

relativa aos serviços públicos de coleta e remoção de resíduos sólidos de geração

difusa e de seu transporte, tratamento e destinação final, e aos serviços públicos de

limpeza em logradouros públicos e corpos d'água e de varrição de ruas.

A varrição desses logradouros, juntamente com a manutenção da população

vegetal, é primordial para que o recinto seja encarado como destino de visita

constante e diversificado, fazendo que o equipamento de lazer tenha vida.

As podas seguem um regime de periodicidade condizente com as espécies,

que nessas ações agudas de manutenção perfazem um volume extra, diferente do

serviço cotidiano, com geração de resíduos verdes. Dividir com o administrador

público, a responsabilidade de manter agradável e seguro esse espaço de repouso e

lazer, pode gerar iniciativas de interesse comum, exigindo parcela de investimento

proporcionalmente pequena diante do ganho na imagem do parceiro privado que se

envolva nesse tipo de iniciativa.

As vias públicas da Sede Municipal bem como dos Distritos de Edilândia e

Girassol, possuem áreas pavimentadas e sem pavimentação, conforme demonstra os

mapas em anexo. O que pode facilitar a limpeza da cidade e dos distritos é a

topografia da região, pois nas áreas urbanas pode ser caracterizada em 82% como

plana e não há favelas no município.

Para manter uma paisagem urbana de qualidade, a Prefeitura Municipal

mantém profissionais distribuídos roteiros de varrição com percurso que chega a 95%

de toda a malha viária da cidade. A Prefeitura Municipal realiza a varrição das

principais vias publicas de Cocalzinho de Goiás e nos Distritos de Edilândia e Girassol,

como praças, ruas, avenidas, calçadões e terminais urbanos,removendo o lixo publico,

inclusive animais de pequeno porte, a partir de roteiros predeterminados e

organizados.

O turno de trabalho tem inicio ás 07:00 horas e término ás 11:00 horas do

período matutino. Os equipamentos utilizados são vassouras, pás e sacos de lixo

acoplados dentro de carrinhos desenvolvidos para esta finalidade.

Na sede municipal os serviços de varrição manual são realizados por equipes

constituídas por:

− 02 Varredores;

- 01 Caminhão Coletor do Tipo Caçamba;

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- 04 Carrinhos de Coleta;

- 02 Conjuntos de utensílios e ferramentas (01 vassoura, 01 vassourão, 01 pazinha e

sacos plásticos).

Figura 22: Caminhão Coletor de Resíduos de Varrição Urbana

Fonte: Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás – 2013.

Figura 23: Carrinho Coletor de Resíduos de Varrição Urbana Fonte: Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás – 2013.

Conforme já exposto, a varrição é realizada por equipes integradas por dois

varredores, sendo que um se encarrega de operar com o vassourão, varrendo e

juntando os resíduos, enquanto o outro os recolherá no carrinho coletor tipo coletor.

O carrinho de mão simples é guarnecido com sacos plásticos especiais,

suficientemente resistentes (de acordo com NBR 9190 da ABNT), de modo a evitar o

derramamento dos resíduos no passeio enquanto não forem recolhidos pelo veículo

coletor. Os sacos destinados aos serviços de varrição são diferenciados possibilitando

a sua identificação para efeito de coleta.

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Os varredores executam as varrições, sempre que possível, em sentido

contrário ao do tráfego, realizando o trabalho numa só mão de direção, prevenindo-se,

assim, contra possíveis acidentes. Quando completada a capacidade do carrinho

coletor, o resíduo é convenientemente fechado em saco plástico preto e levado ao

ponto de concentração, para posterior coleta. Os resíduos resultantes da varrição, são

retirados da via pública e transportados para a destinação final em no máximo 12

horas após a realização dos serviços.

13.3 RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO

"A gestão e manejo de resíduos da construção e demolição estão disciplinados,

desde 2002, pela Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente –

CONAMA. As legislações recentes, que regram o saneamento básico e definem a

política nacional para os resíduos sólidos incorporaram as diretrizes gerais desta

resolução e posicionam suas definições no que tange o saneamento e gestão do

conjunto dos resíduos". (CONAMA/2002)

Um dos resíduos sólidos urbanos mais comuns é o chamado “entulho”, ou

resíduos de construção e demolição – RCD ou de construção civil - RCC, aqui definido

como o conjunto de resíduos da indústria da construção civil, e oriundo de demolições

ou sobras de construções. Apresenta como características particulares a

predominância de materiais inertes e passíveis de reaproveitamento, além de

condições diferenciadas de geração, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e

disposição final.

De acordo com a Resolução do CONAMA nº 307/2002, os resíduos da

construção civil são provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de

obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos,

tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas,

colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento

asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de

entulhos de obras, caliça ou metralha

Segundo dados coletados em 2014, o manejo de resíduos de construção e

demolição – RCD em Cocalzinho de Goiás, assim como a maioria das cidades

brasileiras, não vem propiciando um manejo adequado aos RCD/RCC, assim como

não vêem seguindo as diretrizes da Resolução CONAMA nº 307 e das normas da

ABNT.

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No município a maior parte desses resíduos vem sendo depositada em bota-

foras clandestinos e em terrenos baldios. Destaca-se que esse destino inadequado

pode provocar o entupimento e o assoreamento de cursos d'água, de bueiros e

galerias, estando diretamente relacionado às constantes enchentes e à degradação de

áreas urbanas, além de propiciar o desenvolvimento de vetores de doenças.

Alguns impactos são plenamente visíveis e revelam um extenso

comprometimento da qualidade do ambiente e da paisagem local e regional. É o caso

dos prejuízos às condições de tráfego de pedestres e de veículos. Já os impactos em

relação à drenagem urbana são mais extensos, ocorrendo desde a drenagem

superficial, até a obstrução de córregos, um dos componentes mais importantes do

sistema de drenagem, de forma que esta poluição dos recursos hídricos tem se

tornado constante nas grandes cidades afetando diretamente o meio ambiente.

Assim, percebe-se que o manejo de resíduos de construção e demolição no

município de Cocalzinho de Goiás necessita ser organizado, de maneira que incentive

a redução desses resíduos, assim como incentive a reciclagem e contribua para a

redução de sua geração. Nesse sentido, deve-se promover, ou incentivar, políticas

públicas que levem à conscientização e preparação do setor produtivo (empresas

construtoras e coletoras de entulho) por meio da implantação de procedimentos que

viabilizem a coleta seletiva de resíduos sólidos nos canteiros de obras, assim como

seja instituído um aparato jurídico, que permita a elaboração e implantação dessas

políticas e que levem à minimização da quantidade de RCD gerado.

É importante ressaltar que entulhos depositados em via pública é de

responsabilidade do proprietário e não do município. Ficando apenas a

responsabilidade do município em fiscalizar e aplicar as diretrizes o código de postura

municipal.

13.4 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por resíduo de serviço de

saúde entenda-se: "Todo aquele gerado por prestadores de assistência médica,

odontológica, laboratorial, farmacêutica, instituições de ensino e pesquisa médica,

relacionados à população humana, bem como veterinário, possuindo potencial de

risco, em função da presença de materiais biológicos capazes de causar infecção,

produtos químicos perigosos, objetos perfurocortantes efetiva ou potencialmente

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contaminados e mesmo rejeitos radiativos, necessitando de cuidados específicos de

acondicionamento, transporte, armazenamento, coleta e tratamento".

Em Goiás, as principais formas de tratamento e destinação final para os

resíduos de serviço de saúde, como pode ser visto na imagem a seguir, são

incineração e vazadouro, que juntos representam 72% do total.

Figura 24 - Distribuição dos Municípios em Função do Tratamento e Destinação Final dada aos RSS Coletados - Fonte: CENTROESTE AMBIENTAL, 2014.

A coleta dos resíduos de serviços de saúde no Hospital Municipal e PSFs da

rede municipal de Cocalzinho de Goiás, é realizada pela Empresa Incinera Tratamento

de Resíduos Ltda. Por mês, são recolhidos em média 300 quilos em roteiros

realizados duas vezes ao mês. Os resíduos de saúde gerados são acondicionados em

locais adequados e seguros, não permitindo contato com a população em geral,

conforme demonstra as imagens abaixo, a saber;

Figura 25: Padrão Lixeira para Resíduos de Saúde

Fonte: Geoplano – 2013.

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O recolhimento nos postos em ambas as Unidades Territoriais de

Planejamento é feito por um veiculo utilitário moderno, com carroceria em fibra e

adequadamente vedada, com gari que usa uniforme e equipamento de segurança

especial, inclusive mascara.

Dos postos, o material e transportado ate o seu destino final no Município de

Senador Canedo onde existe um armazenamento externo em conformidade com as

especificações da Resolução 306/2004 da ANVISA.

Atualmente, segundo dados do SNIS/SUS (2013) no município existem 07

estabelecimentos de saúde, incluindo o hospital municipal e postos de saúde.

13.5 RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA OBRIGATÓRIA

(ELETROELETRÔNICOS, PNEUS, PILHAS, BATERIAS, EMBALAGENS DE ÓLEOS

LUBRIFICANTES E SEUS RESÍDUOS, LÂMPADAS FLUORESCENTES)

Conforme SOUZA al.2009, o termo logística reversa não possui uma definição

‘universal’. É considerado bastante apropriado o conceito apresentado pelo Reverse

Logistics Executive Council (RLEC), que define a logística reversa como:

Processo do planejamento, implementação e controle da eficiência e custo do fluxo de

matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e as informações

correlacionadas do ponto do consumo ao ponto de origem com o propósito de

recapturar valor ou para uma disposição apropriada. (RLEC, 2004)

As atividades de logística reversa variam desde a simples revenda de um

produto até processos que abrangem inúmeras etapas como: coleta, inspeção,

separação, levando a uma remanufatura ou reciclagem. A logística reversa envolve

todas as operações relacionadas à reutilização de produtos e materiais, na busca de

uma recuperação sustentável.

Como procedimento logístico, trata-se também do fluxo de materiais que

retornam por algum motivo – devolução de clientes retorna de embalagens, retorno de

produtos e/ou materiais para atender à legislação etc. A logística reversa não trata

apenas do fluxo físico de produtos, mas também de todas as informações envolvidas

nesse processo. Hoje, as definições de logística reversa dependem da companhia, ou

do segmento da indústria que define esse conceito.

Nas últimas décadas, a atenção dada à logística reversa cresceu bastante

pelos mais variados motivos. Inicialmente a atenção a ela provinha de preocupações

com meio ambiente e reciclagem, e com o passar do tempo, razões econômicas

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expressas pela competição e pelo marketing tornaram-se grandes responsáveis pelo

desenvolvimento da logística reversa. O aumento de retornos pode ser facilmente

notado em indústrias, processos de recall, termos de garantia, serviços de retorno,

descarte adequado ao final da vida útil, e assim por diante (SOUZA al.2009).

Segundo REIDLER et. al. (2007), logo antes da grande explosão da indústria

eletrônica, na década de 80, utilizava-se, para uso doméstico, na grande maioria das

vezes, as baterias em forma de bastonetes de vários tamanhos, principalmente as de

zinco-carvão. Devido ao surgimento de uma série de novos equipamentos movidos à

bateria, como aparelhos de surdez, ferramentas elétricas sem fio, máquinas

fotográficas, microcomputadores portáteis, apareceram novos tipos de pilhas e

baterias: baterias do tipo botão, do tipo cassete, do tipo fixa e acoplada ao aparelho,

entre outros.

Pilhas e Baterias

Abaixo a descrição dos principais tipos de pilhas e baterias segundo REIDLER et. al. (2007).

• Baterias Automotivas • Baterias Industriais • Baterias de Telefonia Celular

Hoje existem mais aparelhos celulares que habitantes, segundo a Agência

Nacional de Telecomunicações – ANATEL, no Brasil tem 123,87 celulares para cada

cem habitantes (2013).

Com a grande dificuldade de controle sobre os descartes junto aos resíduos

domiciliares, é necessário que se realize uma campanha de educação ambiental com

a população, considerando as características tóxicas e poluidoras dessa tipologia, e,

concomitantemente, tratá-los e dispô-los como resíduos Classe I. Hoje há empresas

especializadas na reciclagem desses produtos.

Não há em Cocalzinho de Goiás e nos Distritos de Edilândia e Girassol, pontos

de coleta para pilhas e baterias, porém próximo ao município, na cidade de Brasília há

postos de recolhimento de celulares, suas baterias, carregadores e acessórios.

Lâmpadas Fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e luz mista

Segundo dados do Instituto de Artes da Unicamp-SP (2012), existem alguns

tipos de lâmpadas, tais como:

• Lâmpadas fluorescentes compactas

• Lâmpadas fluorescentes Tubulares

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• Lâmpadas de descarga de vapor sódio, alta pressão

• Lâmpadas de descarga de vapor de sódio, baixa pressão

• Lâmpadas de descarga de vapor mercúrio

• Lâmpadas de luz mista

Em Cocalzinho de Goiás, foram encontradas lâmpada fluorescentes dispostas

no depósito a céu aberto (lixão).

Produtos Eletroeletrônicos e seus componentes

Conforme NATUME-2011, em meio à grande quantidade de resíduos sólidos

gerados, um tipo específico merece um foco especial pela sua característica de

periculosidade ao meio ambiente, que são os Resíduos de Equipamentos Elétricos e

Eletrônicos, também denominados Resíduos Eletroeletrônicos (REE's), Resíduos

Tecnológicos, e resíduos ou popularmente lixo eletrônico.

“Lixo eletrônico é o nome dado aos resíduos da rápida obsolescência de

equipamentos eletrônicos, que incluem computadores e eletrodomésticos, entre outros

dispositivos. Tais resíduos, descartados em lixões, constituem se num sério risco para

o meio ambiente, pois possuem em sua composição metais pesados altamente

tóxicos, como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo. Em contato com o solo estes metais

contaminam o lençol freático e, se queimados, poluem o ar alem de prejudicar a saúde

dos catadores que sobrevivem da venda de materiais coletados em lixões”.

Em Cocalzinho de Goiás não se tem a coleta periódica dos resíduos

eletroeletrônicos.

Contudo, O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal possui pontos de

coleta de produtos eletrônicos que já não são mais usados ou estão estragados. No total, há

13 locais espalhados pela cidade que recebem estes equipamentos e, em alguns casos, os

repassa para cooperativas especializadas neste tipo de material.

É considerado lixo qualquer equipamento eletrônico que não possua utilidade. De

acordo com o SLU, é necessário depositar os aparelhos usados em um dos pontos de

coleta, pois, assim, é possível reaproveitar materiais que ainda tenham vida útil.

Se for descartado de maneira incorreta, o lixo eletrônico pode contaminar o solo e a

água, capaz de danificar o meio ambiente e colocar em risco a saúde humana próxima ao

local de despejo.

O SLU informou que recebe telefones, tanto fixos quanto celulares, aparelhos de

televisão, monitores, computadores, impressoas, carregadores, pilhas e baterias,

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transformadores, mouses, teclados, aparelhos de som, batedeiras, torradeiras, câmeras

filmadoras, fotográficas, liquidificadores, entre vários outros produtos.

De acordo com o serviço, não são aceitas lâmpadas fluorescentes e produtos da

chamada “linha branca”, como geladeiras, máquinas de lavar e fogões.

Segundo o SLU, os produtos eletrônicos coletados são encaminhados para

cooperativas que os desmontam, os reutilizam ou reciclam parte dos equipamentos.

Abaixo segue a lista com os endereços onde há núcleos regionais de limpeza no

DF:

Asa Sul

Avenida das Nações, S/N, às margens do Lago Paranoá

(61) 3213-0193

Asa Norte

SGAIN Lote 23

(61) 3213-0194

Gama

Avenida Contorno, Área Especial Lote 2 – Setor Norte

(61) 3556-1442

Taguatinga

QNG 47 Área Especial nº 9 – Taguatinga Norte

(61) 3354-3140

Sobradinho

Área Especial para Indústria nº 3 Lotes 4 a 6

(61) 3591-6723

Brazlândia

Área Especial nº 2 Lotes I,J,K,L – Setor Norte

(61) 3391-1206

Ceilândia

QNN 29 Módulos G a K Área Especial – Ceilândia Norte

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(61) 3585-2711

Samambaia

Área Especial S/N QS 302 – Centro Urbano – Samambaia Sul

(61) 3358-2414

Paranoá e Itapoã

Quadra 05 Área Especial “D” Lotes 1 e 2

(61) 3369-4595

São Sebastião

Quadra 305 Conjunto 14 – Área Especial

(61) 3335-9038

Planaltina

Área Especial Norte Lotes 11 e 12

(61) 3389-1018

Recanto das Emas

Avenida Vargem da Benção Chácara nº 3

(61) 3333-3733

Santa Maria

CL 408 Bloco “A” Área Especial – Santa Maria Sul

(61) 3392-1298

Pneus

No Brasil, as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam

obrigadas a coletar e dar destinação final ambientalmente adequada aos pneus

inservíveis (Resolução CONAMA nº 416/09). Hoje há empresas especializadas na

reciclagem desses produtos.

Hoje no município não se tem um local para descarte ambientalmente correto

de pneus. Contudo hoje existe um ponto de coleta de pneus inservíveis cadastrado

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pela Associação Nacional da Indústria Pneumática (Anip) no Distrito Federal. O

mesmo está localizado no Setor Sul, em Ceilândia.

De lá, são levados para a fábrica de cimento Tocantins, na Fercal, onde são

incinerados.

• Reciclanip

- Brasília/Ceilândia: (61) 3377-5402 / 3213-0178

O funcionamento da logística reversa de pneus no Brasil, tem uma série de

atores, cujos, possuem um papel e formas de controle, conforme tabela a seguir.

Tabela 13 - Funcionamento do modelo de logística reversa de pneus inservíveis no

Brasil

Atores Papel e formas de controle

Fabricantes e importadores

Implantar pontos de coleta, gerir e financiar o transporte dos pneus inservíveis até empresas de reciclagem, organizar campanhas de conscientização sobre a destinação ambientalmente adequada e financiar estudos e pesquisas.

Distribuidores, revendedores e borracheiros

Os distribuidores e as revendas devem fazer a coleta dos pneus inservíveis quando deixados de forma voluntária pelo cliente no momento da troca e encaminhá-los para empresas de triagem e seleção ou destinação final. Os borracheiros devem levar os pneus inservíveis até um ponto de coleta.

Consumidores

Ao trocar o pneu inservível por um novo, o consumidor tem duas opções: deixá-lo na loja para destinação final correta ou levá-lo para casa. Em ambos os casos, a informação deve constar na nota fiscal. E, no segundo, acrescida do ponto de coleta mais próximo para destinação final.

Empresas de triagem e seleção

Classificar os pneus como servíveis ou inservíveis. Os servíveis são vendidos como pneus meia-vida ou encaminhados para empresas de recauchutagem. Os inservíveis são destinados a empresas que fazem o pré-tratamento. Para venda ou envio, devem emitir nota fiscal.

Órgão ambiental federal

O IBAMA deve fazer fiscalização, controle e publicação das metas de reciclagem por meio do registro dos fluxos de pneus inservíveis coletados e destinados adequadamente, obtidos por meio do CTF e da Secex.

Órgão ambiental municipal

As prefeituras, por meio de convênio com os fabricantes, podem ceder espaço adequado para o armazenamento temporário dos pneus inservíveis.

Fonte: Lixo Zero, 2014.

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Óleos Lubrificantes, seus resíduos e embalagens

Segundo SILVA et. al. 2011, óleos lubrificantes, sintéticos ou não, são

derivados de petróleo, apresentam alta viscosidade e longas cadeias de

hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos empregados em fins automotivos ou

industriais, que após o período de uso recomendado pelos fabricantes dos

equipamentos, deterioram-se parcialmente, formando compostos oxigenados (ácidos

orgânicos e cetonas), compostos aromáticos polinucleares de viscosidade elevada (e

potencialmente carcinogênicos), resinas e lacas.

Além dos produtos de degradação do óleo básico, estão presentes no óleo

usado os aditivos que foram acrescidos ao básico no processo de formulação de

lubrificantes, e que ainda não foram consumidos, e também metais de desgaste dos

motores e das máquinas lubrificadas e contaminantes diversos, tais como água,

combustível, poeira e outras impurezas. O óleo lubrificante usado pode ainda conter

produtos químicos que, por vezes, são inescrupulosamente adicionados ao óleo e

seus contaminantes característicos.

O artigo dois da Resolução n. 362/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente

(Conama) estabelece alguns conceitos para os óleos lubrificantes:

(I) óleo lubrificante básico: principal constituinte do óleo lubrificante acabado,

que atenda a legislação pertinente;

(II) óleo lubrificante acabado: produto formulado a partir de óleos lubrificantes

básicos, podendo conter aditivos; e

(III) óleo lubrificante usado ou contaminado: óleo lubrificante acabado que, em

decorrência do seu uso normal ou por motivo de contaminação, tenha se

tornado inadequado à sua finalidade original.

Em visita a um posto de combustível que realiza troca de óleo lubrificante, foi

informado que as embalagens são descartados no lixo juntamente com os outros

resíduos do estabelecimento.

O funcionamento da logística reversa de óleos lubrificantes no Brasil, tem uma

série de atores, cujos, possuem um papel e formas de controle, conforme tabela a

seguir.

Tabela 14 - Funcionamento do modelo de logística reversa de óleos lubrificantes no

Brasil

Atores Papel e formas de controle

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Fabricantes e importadores

Custear a coleta de Oluc e informar aos consumidores e geradores suas obrigações e os riscos ambientais decorrentes do descarte ilegal do produto. O percentual de coleta tem de estar adequado ao volume mínimo fixado pelos Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia. Prestar informações ao IBAMA e ao órgão ambiental estadual (Oluc comercializado, coleta contratada, Oluc adquirido por rerrefinador).

Geradores

Entregar o Oluc ao ponto de recolhimento (revendedor) ou coletor autorizado. Durante o processo de armazenamento. Durante o processo de armazenamento, adotar as medidas necessárias para impedir que o óleo venha a ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e outras substâncias, evitando a inviabilização do rerrefino; e não contaminar o meio ambiente.*

Revendedores

medidas que evitem a inviabilização do rerrefino e a contaminação do meio ambiente. Alienar o Oluc recebido para coletadores autorizados pela ANP. Emitir certificado de coleta. Informar aos clientes s cuidados necessários com o óleo e a necessidade de retorno do produto e suas embalagens.

Coletores Realizar a atividade de coleta de Oluc, entregando-o ao rerrefinador, e emitir certificado de coleta.

Rerrefinadores

Remover os contaminantes do resíduo perigoso e produzir óleo lubrificante básico conforme especificação da ANP, emitir certificado de recolhimento e prestar informações ao IBAMA e ao órgão ambiental estadual (volume recebido, volume refinado, produzido e comercializado).

Órgãos ambientais (IBAMA e estaduais)

Fazer a fiscalização, controle e registro dos fluxos de Oluc comercializados, coletados e destinados adequadamente e publicar as metas de rerrefino.

Fonte: Lixo Zero, 2014.

* Alguns geradores (especiais) de Oluc, pela natureza de sua atividade ou aplicação,

não possuem meios de levar seus equipamentos a um ponto de troca: donos de

colheitadeiras, tratores, barcos, frotistas e indústrias em geral. Nesses casos, o

gerador deve possuir uma equipe técnica treinada para efetuar a substituição do óleo

lubrificante com segurança ou contratar um serviço especializado.

Agrotóxicos

A Lei nº 9.974 de 06 de Junho de 2000, altera a Lei nº 7.802, de 11 de Julho de

1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e

rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda

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comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e

embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de

agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

No município de Cocalzinho de Goiás não há unidades de recebimento desses

produtos, porém há 2 unidades próximas em outras cidades, Anápolis e Planaltina,

como pode ser verificado a seguir.

UNIDADE POSTO - ANÁPOLIS

Endereço da Central

Rod. Anápolis

Joanápolis Km 8 à direita

Gerenciador (nome da associação)

ARIARA - Associação dos Revendedores de Insumos Agrícolas da Região de

Anápolis

UNIDADE POSTO - PLANALTINA (PARANOÁ - PAD/DF)

Endereço da Central

ROD. BR 251 KM 07 Próximo da COOPA/DF

Gerenciador (nome da associação)

AEAGRO - Associação das Empresas de Agronegócio

O funcionamento da logística reversa de embalagens de agrotóxicos no Brasil,

tem uma série de atores, cujos, possuem um papel e formas de controle, conforme

tabela a seguir.

Tabela 15 - Funcionamento do modelo de logística reversa de embalagens de

agrotóxicos no Brasil

Atores Papel e formas de controle

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Agricultor

Fazer a tríplice lavagem e lavagem sob pressão; inutilizar a embalagem, evitando reaproveitamento; fazer o armazenamento temporário na propriedade; devolver a embalagem na unidade de recebimento indicada na nota fiscal até um ano após a compra; manter os comprovantes de entrega das embalagens por um ano.

Canais de distribuição

Ao vender o produto, indicar o local de entrega na nota fiscal; disponibilizar e gerenciar o local de recebimento das embalagens; emitir comprovante de entrega; orientar e conscientizar o agricultor.

Fabricantes e importadores

Recolher as embalagens vazias devolvidas às unidades de recebimento; dar a correta destinação final (reciclagem e/ou incineração); orientar e conscientizar o agricultor, arcar com os custos de funcionamento do sistema, que não faz parte da estrutura municipal de limpeza pública.

Poder público

Fiscalizar o funcionamento do sistema de destinação final das embalagens; emitir as licenças de funcionamento para as unidade de recebimento de acordo com os órgãos competentes de cada Estado; apoiar os esforços de educação e conscientização do agricultor quanto às suas responsabilidades dentro do processo.

Fonte: Inpev, 2014.

13.6 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO

"São os resíduos resultantes dos processos aplicados em Estações de

Tratamento de Água (ETAs) e Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), ambos

envolvendo carga de matéria orgânica. Correspondem também aos resíduos dos

sistemas de drenagem, com predominância de material inerte proveniente

principalmente do desassoreamento de cursos d’água". (SANEAGO 2014)

Segundo a SANEAGO, no que tange as ETAs, tanto na Sede Municipal como

nos Distritos de Edilândia e Girassol, não há sistema de tratamento para os resíduos

derivados do serviço de abastecimento de água.

Já em se tratando de esgotamento sanitário, por o município ainda apresentar

95% do sistema de tratamento na forma de fossa rudimentar, todo o resíduo gerado

por esse sistema é percolado no solo atingindo o lençol freático. Tal situação tem

provocado a contaminação das águas subterrâneas, em especial no Distrito de

Girassol, o que levará em um futuro breve a não potabilidade da água.

13.7 RESÍDUOS SÓLIDOS CEMITERIAIS

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"Os resíduos sólidos cemiteriais são formados pelos materiais particulados de

restos florais resultantes das coroas e ramalhetes conduzidos nos féretros, vasos

plásticos ou cerâmicos de vida útil reduzida, resíduos de construção e reforma de

túmulos e da infraestrutura, resíduos gerados em exumações, resíduos de velas e

seus suportes levados no dia a dia e nas datas emblemáticas das religiões, quando se

dá uma concentração maior de produção de resíduos". (I&T Gestão de Resíduos)

A separação destes resíduos, hoje tem grande importância, devido a

necessidade da destinação dos diversos materiais, mas é também uma questão de

organização da própria área, para que sua qualidade receptiva aos visitantes seja

ponto de excelência daquele ambiente de homenagens.

A manutenção do cemitério é feita diariamente pelos funcionários do município.

O lixo é coletado também diariamente, essa coleta é feita manualmente, lembrando

que se esses materiais são flores, velas, capim, coroas, vasos e etc. Exceto restos

mortais todo esse lixo vai para o lixão.

13.8 RESÍDUOS DE ÓLEOS COMESTÍVEIS

São os resíduos de óleos gerados no processo de preparo dos alimentos.

Provém de fábrica de produtos alimentícios, do comércio especializado (restaurantes,

bares e congêneres) e também de domicílios. Apesar de não serem sólidos,

ultimamente vêm sendo gerido em conjunto com os resíduos sólidos em geral, devido

aos impactos que provocam nas redes de saneamento e nos cursos d’água.

Atualmente, estes resíduos vêm recebendo mais atenção e já existem algumas

estimativas sobre a taxa de geração entre 0,1 e 0,5 litros mensais por família das

Classes A e B e taxa de geração entre 1 e 1,5 litros mensais por família das Classes C

e D(INSTITUTO PNBE, 2011).

A Ecóleo - Associação Brasileira Para Sensibilização, Coleta e Reciclagem de

Resíduos Óleo Comestível, promove pontos de coleta em todo Brasil sendo que dois

deles, se encontram próximos de Cocalzinho de Goiás.

Anápolis

4 Elementos

(63) 3098-1470

Brasília

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Ecobras

SHIS QI 26 bloco B lojas 110 a 115

(61) 3367 5264

Atualmente não existe no município nenhuma iniciativa de reaproveitamento de

óleos comestíveis, sendo estes lançados no depósito à céu aberto ou nas fossas

rudimentares individuais.

13.9 RESÍDUOS INDUSTRIAIS

De acordo com a nova ordem colocada através de uma série de acordos

ambientais nacionais e internacionais com os quais o Brasil corrobora e com a nova

legislação vigente, o setor industrial deverá se adequar às metas do Plano de Ações

para Produção e Consumo Sustentáveis, o que inclui a P+L (Produção mais Limpa) e

conforme explicitado em capítulos anteriores e com o Plano Nacional de Mudança do

Clima, além da Política Nacional de Saneamento Básico e Política Nacional de

Resíduos Sólidos.

Em Cocalzinho de Goiás o setor industrial refere-se à área de mineração e

também à agropecuária.

13.10 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTES

Os resíduos de serviços de transporte correspondem aos gerados em

atividades de transportes: rodoviário, aéreo, ferroviário e de portos.

Não há ferrovias, aeroportos e nem portos no município, resíduos de transporte

rodoviário são coletados pela prefeitura e não se apresentam significativamente.

13.11 RESÍDUOS DA MINERAÇÃO

São classificados como estéreis e rejeitos. Os estéreis são os materiais

retirados da cobertura ou das porções laterais de depósitos mineralizados pelo fato de

não apresentarem concentração econômica no momento da extração. Os rejeitos são

os resíduos provenientes do beneficiamento dos minerais, para redução de

dimensões, incremento da pureza ou outra finalidade. Somam-se a esses, os resíduos

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das atividades de suporte: materiais utilizados em desmonte de rochas, manutenção

de equipamentos pesados e veículos, atividades administrativas e outras relacionadas.

Segundo da ANEPAC (Associação Nacional das Entidades de Produtores de

Agregados para Construção Civil) a areia é constituída predominantemente por

quartzo de granulação fina e pode ser obtida a partir de depósitos de leitos de rios e

planícies aluviais, rochas sedimentares e mantos de alteração de rochas cristalinas.

De forma geral, os bens mais requeridos no Município são os minerais da

Classe II (areia, cascalho, brita e argila), calcário e ouro.

13.12 RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS ORGÂNICOS

Foi avaliada a existência de resíduos sólidos orgânicos gerados no setor

agrossilvopastoril no município, nos segmentos de agricultura e pecuária.

Agricultura:

Os principais produtos produzidos em Cocalzinho de Goiás em lavoura

permanente de acordo com o IBGE (2013) são:

• Arroz

• Milho

• Soja

• Banana

• Limão

Para determinar a produção das diferentes culturas agrícolas em Cocalzinho de

Goiás, e posterior cálculo da geração de resíduos, foram utilizados dados do IBGE

sobre a produção do ano de 2010.

Através de pesquisa bibliográfica, foram levantados dados de literatura sobre

peso de resíduos gerados (para cada produto processado nas agroindústrias

associadas as principais culturas). Com esses dados, foi estimado o fator residual.

Multiplicando-se este fator residual o total da produção obtida no ano de 2010,

estimou-se o montante de resíduos gerados.

Tabela 16 - Percentual em peso de geração de resíduos sólidos na agricultura

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Produto Taxa de geração de resíduos em peso

Fonte

Banana (cacho) 50% SILVA et al. 2009 Soja 43% ABIB, 2011

Limão 50% ALEXANDRINO, 2007 Arroz (em casca) 20% MATOS, 2005

Milho 58% ABIB, 2011 Fonte: Adaptado dos autores citados na tabela.

A partir dos dados da tabela apresentada anteriormente, e dados de produção

agrícola do IBGE, foi possível realizar uma estimativa de geração de resíduos dos

principais produtos agrícolas de Cocalzinho de Goiás, e o total gerado.

Tabela 17 - Geração de resíduos total e por produto agrícola

Produto Produção anual (tonelada)

Resíduos gerados (t/ano)

Banana (cacho) 3.200 1.600 Soja 16.200 6.966

Limão 130 65 Arroz (em casca) 560 112

Milho 4.480 2.598 Total de resíduos gerados 11.341

Fonte: IBGE, 2013.

Pecuária

Os dados da pecuária municipal indicam a existência de rebanhos de bovinos,

bubalinos, caprinos, aves, muares e ovinos, como pode ser visto na tabela a seguir

(IBGE, 2013).

Tabela 18 - Quantidade de cabeças em cada rebanho

Bovinos - efetivo dos rebanhos 91.204 cabeças

Bubalinos - efetivo dos rebanhos 48 cabeças

Caprinos - efetivo dos rebanhos 60 cabeças

Equinos - efetivo dos rebanhos 2.330 cabeças

Aves - efetivo dos rebanhos 85.000 cabeças

Muares - efetivo dos rebanhos 291 cabeças

Ovinos - efetivo dos rebanhos 650 cabeças Fonte: IBGE, 2013.

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Não há um abatedouro oficial no município, por isso, eles são nas próprias

fazendas. Devido à ausência de dados referentes ao número de animais abatidos no

município, segue abaixo memorial de resíduos para essa atividade, conforme a

CETESB 2003.

Tabela 19 - Geração de resíduos em abatedouros de bovinos e suínos

13.13 RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS INORGÂNICOS

Os resíduos sólidos inorgânicos gerados no setor agrossilvipastoril, no

município de Cocalzinho de Goiás, são nos segmentos de:

• Embalagens de agrotóxicos;

• Embalagens de fertilizantes;

• Insumos farmacêuticos veterinários na pecuária;

O consumo de agrotóxicos e fertilizantes está vinculado à produção agrícola no

Brasil, porque estas culturas que demandam o consumo destes e geram as

embalagens.

Devem respeitar a NBR 10.004/2004, por possuírem resíduos tóxicos no seu

interior, as embalagens deste composto são classificadas como resíduos perigosos,

devido sua toxidade.

A Lei 4.074/2002 (BRASIL, 2002) regulamenta as responsabilidades dos

fabricantes, revendas, agricultores (usuários) e o poder público (fiscalizador), para a

destinação adequada das embalagens vazias já utilizadas.

Na prática foi verificado tanto na Sede Municipal quanto nos Distritos de

Edilândia e Girassol a inexistência de postos de coleta de embalagens de agrotóxicos

Resíduos (origem) Quantidade (kg/cabeça,

bovino de 250 kg de peso vivo)

Quantidade (kg/cabeça, suíno de 90 kg de peso

vivo) Esterco (currais/pocilgas) 4,5 1,6 Pelos/ partículas de couro

(depilação) - 1,0

Material não comestível para graxaria (ossos, gorduras,

cabeça, partes condenadas, etc. -abate)

95 18

Conteúdo estomacal e intestinal (bucharia e triparia)

20 2,7

Sangue (abate) 15 3

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e fertilizantes. Como também não foi verificado coleta de embalagens produtos

veterinários e farmacêuticos.

14. GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

A amostragem de resíduos sólidos no município ocorreu no período mês de

março com a participação e supervisão da equipe técnica Geoplano.

Os resultados e indicadores apurados foram analisados bem como serão

utilizados para a fase de prognóstico do Plano municipal, auxiliando a tomada de

decisões, estratégias e diretrizes a serem traçadas por grupo de resíduos aqui

identificados e quantificados.

Com as pesagens dos resíduos de coleta foi possível aferir a geração em cada

UTP (Sede Municipal, Distritos de Edilândia e Girassol), bem como de todo o

município.

14.1 CARACTERIZAÇÃO GRAVIMÉTRICA DOS RESÍDUOS

Para a amostragem de resíduos fez-se necessária uma análise prévia da rotina

da limpeza urbana no município. Para tal foram analisados os roteiros de coleta de

resíduos domiciliares e dos demais RSU, expostos neste relato.

Fatores como itinerários, freqüência e abrangência foram analisados para

determinar a melhor metodologia a ser adotada, bem como determinar uma rotina de

trabalho que permitisse a análise de todos os setores de coleta do município, desta

maneira todos os bairros e o distrito de Brejo do Amparo (único distrito com coleta

regular) foram amostrados.

Após esta análise a seguinte rotina de operação para a amostragem foi

adotada:

• Uma lona plástica de aproximadamente 15 m² foi disposta no chão e ao seu

redor tambores com identificação de tara, altura, diâmetro e resíduo a ser

disposto foram colocados ao seu redor. Uma balança para pesagem também

foi disposta no local e foram disponibilizados quatro técnicos e dois catadores

para triagem das amostras.

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87

• Após a coleta os veículos selecionados para retirada da amostra seguiram para

o local da amostragem, despejando uma fração do que foi recolhido nas UTPs

na lona plástica;

• Com a amostra a disposição a triagem foi realizada e os resíduos colocados

em tambores identificados com tara, altura, diâmetro e resíduo;

• Por fim os tambores foram pesados e no caso dos que não se encontravam

totalmente preenchidos a “borda livre” (espaço faltante para o preenchimento)

foi medida.

Os dados apurados foram anotados conforme a tabela abaixo:

Tabela 35 - Planilha de anotação de dados da amostragem

Fonte: Geoplano, 2014.

Como exposto após a coleta de amostras e preparação do ambiente, a triagem

foi efetuada e os dados apurados anotados na planilha que permitiu não só analisar os

dados referentes à triagem, bem como aferir peso, volume e identificação da amostra

e condições de recolhimento.

Todos os setores foram amostrados e com a pesagem de todos os veículos no

período de amostragem, foi possível correlacionar os dados da amostra com o total de

resíduos do município.

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Serão aqui expostos os resultados por UTPs de coleta, os indicadores aqui

apresentados são:

• composição gravimétrica – traduz o percentual de cada componente ou fração

existente em relação ao volume e peso total dos resíduos;

• densidade aparente – traduz o peso dos resíduos em função do volume por

eles ocupados. Sua determinação é fundamental para o dimensionamento de

equipamentos e instalações. Expresso em (kg/m³);

• geração per capita – relaciona a quantidade de resíduos gerados diariamente e

o número de habitantes de uma determinada região. Importante na estimativa

de geração de resíduos, no planejamento dos roteiros, bem como no

dimensionamento da frota de veículos e equipamentos a serem utilizados na

coleta. É expresso em (kg/hab./dia).

Amostra 1

UTP: Sede Municipal

Período de coleta: Manhã e tarde.

Resultados Amostra 01

A amostra 01 apresentou as seguintes características:

Tabela 21 - Amostra 01

Frações Peso (Kg) Volume (m³) Densidade (kg/m³) Matéria Orgânica

Putrescível

386,400 0,750 559,992

Recicláveis

114,300 1,988 87,453

Rejeitos

43,300 0,375 115,433

Outros

5,700 0,070 81,227

Fonte: Geoplano, 2014.

Um total de cerca de 550 kg foram amostrados o que correspondeu a um

volume de cerca de 3 m³. Os resultados, em massa, correspondentes são expostos

nos gráficos a seguir. Esta amostra apresentou o maior percentual de recicláveis com

18% e também o de orgânicos dentre as demais.

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Figura 26- Distribuição das frações em massa da amostra 01

Fonte: Geoplano, 2014.

Há predominância da matéria orgânica, correspondendo a

recicláveis correspondem a

respectivamente. Como demonstrado na planilha de amostragem uma triagem mais

refinada dos recicláveis foi re

Figura 27 - Distribuição dos recicláveis em massa da Amostra 01

Recicláveis18%

36%

4%4%

3%

2%

Distribuição dos Recicláveis em Massa

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Distribuição das frações em massa da amostra 01

ncia da matéria orgânica, correspondendo a 69% da amostra, já os

recicláveis correspondem a 18 % do total, rejeitos e outros correspondem a 8 e 5

Como demonstrado na planilha de amostragem uma triagem mais

refinada dos recicláveis foi realizada e seus resultados seguem na figura

Distribuição dos recicláveis em massa da Amostra 01 Fonte: Geoplano, 2014.

Matéria Orgânica Putrecível

69%

Recicláveis18%

Rejeitos8%

Outros5%

Distribuição das Frações em Massa

6%

16%

13%

12%

3%

2%2%

2%

Distribuição dos Recicláveis em Massa

Papel Branco

Vidros

PEBD Filme

PEAD Duro

Papelões

Embalagem Longa Vida

PET

Ferrosos

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% da amostra, já os

os e outros correspondem a 8 e 5%

Como demonstrado na planilha de amostragem uma triagem mais

alizada e seus resultados seguem na figura abaixo:

Fonte: Geoplano, 2014.

Distribuição das Frações em Massa

Embalagem Longa

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Dentre os recicláveis há pred

vidro com 16%, depois d

respectivamente e pelo papel branco, com 6

Observa-se que há potencial para que os catadores, após uma maior

estruturação, possam coletar e processar estes materiais para outros centros,

Entorno do Distrito Federal

Já a distribuição das frações em volume foi a seguinte:

Figura 28 - Distribuição das frações em volume (m³)Fonte: Geoplano, 2014

Apenas 10 % do total amostrado corresponde a Rejeitos, sendo a matéria

orgânica e os recicláveis somados correspondendo a 90

recuperação.

O percentual de recicláveis de 55

Amostra 2

UTP: Distrito de Girassol

Período de coleta: Manhã.

Resultados Amostra 02

Tabela 22 - Amostra 02

Recicláveis55%

Distribuição das Frações

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Dentre os recicláveis há predominância do papelões com 36%, seguido pelo

%, depois das frações de PEAD e PEBD com 12

respectivamente e pelo papel branco, com 6% de representatividade.

se que há potencial para que os catadores, após uma maior

estruturação, possam coletar e processar estes materiais para outros centros,

Distrito Federal.

Já a distribuição das frações em volume foi a seguinte:

Distribuição das frações em volume (m³) da Amostra 01

% do total amostrado corresponde a Rejeitos, sendo a matéria

veis somados correspondendo a 90 %, ambos passíveis de

percentual de recicláveis de 55%, também foi o maior dentre as amostras.

Período de coleta: Manhã.

Matéria Orgânica Putrecível

35%

Recicláveis55%

Rejeitos10%

Distribuição das Frações

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ominância do papelões com 36%, seguido pelo

AD e PEBD com 12% e 13%

se que há potencial para que os catadores, após uma maior

estruturação, possam coletar e processar estes materiais para outros centros, como o

% do total amostrado corresponde a Rejeitos, sendo a matéria

%, ambos passíveis de

%, também foi o maior dentre as amostras.

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Frações

Matéria Orgânica Putrecível

Recicláveis

Rejeitos

Outros

Fonte: Geoplano, 2014.

A segunda amostra totalizou

Os resultados se apresentam nos gráficos abaixo:

A maior massa de orgânicos foi identificada nesta amostra, sendo

também apresentou o menor percentual de Rejeitos com 9

Figura 29 - Distribuição das frações em massa da a

Fonte: Geoplano, 2014.

Diferentemente da amostra anterior,

fração, com 72%. Os recicláveis totalizam 19

Recicláveis19%

Distribuição das Frações em Massa

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Peso (Kg) Volume (m³) Densidade (kg/m³)

100,800 0,611

32,400 0,823

151,600 0,857

0,000 0,000

A segunda amostra totalizou 284,8 kg e 2,3 m³

Os resultados se apresentam nos gráficos abaixo:

massa de orgânicos foi identificada nesta amostra, sendo

enor percentual de Rejeitos com 9%.

Distribuição das frações em massa da amostra 02

Diferentemente da amostra anterior, a matéria orgânica representam a maior

72%. Os recicláveis totalizam 19%.

Matéria Orgânica Putrecível

72%

Recicláveis19%

Rejeitos9%

Distribuição das Frações em Massa

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Densidade (kg/m³)

198,476

71,276

176,815

0,000

massa de orgânicos foi identificada nesta amostra, sendo 72%, esta

representam a maior

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Figura 30 - Distribuição dos recicláveis em massa da Amostra 02

Fonte: Geoplano, 2014.

Considerando apenas a fração dos recicláveis o pre

com 40%, seguidos das frações de

13% 3 14% respectivamente

Os metais foram os menos representativos, sendo o alumínio com 2% e a

sucata com 3%.

Figura 31 - Distribuição em volume Fonte:Geoplano, 2014.

Papelões40%

Embalagem Longa Vida

5%

Recicláveis36%

Distribuição das Frações em Volume

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Distribuição dos recicláveis em massa da Amostra 02

siderando apenas a fração dos recicláveis o predominante são os papelões

%, seguidos das frações de Vidro com 18% e depois pelo PEAD e PEBD com

3 14% respectivamente.

Os metais foram os menos representativos, sendo o alumínio com 2% e a

Distribuição em volume (m³) da Amostra 02

Vidros 18%

PEBD Filme14%

PEAD Duro13%

Papelões40%

Embalagem PET5%

Ferrosos3%

Alumínio2%

Distribuição dos Recicláveis em Massa

Matéria Orgânica Putrecível

27%

Recicláveis36%

Rejeitos37%

Distribuição das Frações em Volume

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dominante são os papelões

e depois pelo PEAD e PEBD com

Os metais foram os menos representativos, sendo o alumínio com 2% e a

Distribuição dos Recicláveis em Massa

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Já no caso desta amostra, 37% do total são de rejeitos e apenas 36 % (menor

valor dentre as amostras) de recicláveis em volume.

Amostra 3

UTP: Distrito de Edilândia

Período de coleta: tarde.

Resultados Amostra 03

Tabela 23 - Amostra 03

Frações Matéria Orgânica

Putrecível

Recicláveis

Rejeitos

Outros

Fonte: Geoplano, 2014.

Amostrados cerca de 132 kg, correspondendo a cerca de 1,2 m³ A fração da matéria orgânica da amostra de quinta

representativa com 62%. Os recicláveis, apesar de

vieram em seguida. E por último

Figura 32 - Distribuição das frações em massa da amostra 03

Recicláveis21%

Rejeitos

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Já no caso desta amostra, 37% do total são de rejeitos e apenas 36 % (menor

valor dentre as amostras) de recicláveis em volume.

Peso (Kg) Volume (m³) Densidade (kg/m³)

93,000 0,385

20,900 0,595

8,700 0,102

9,500 0,084

Amostrados cerca de 132 kg, correspondendo a cerca de 1,2 m³

A fração da matéria orgânica da amostra de quinta-feira foi a

%. Os recicláveis, apesar de ainda baixo percentual (

em seguida. E por último com 5% a fração outros.

Distribuição das frações em massa da amostra 03. Fonte: Geoplano, 2014.

Matéria Orgânica Putrecível

62%

Recicláveis21%

Rejeitos10%

Outros5%

Distribuição das Frações em Massa

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Já no caso desta amostra, 37% do total são de rejeitos e apenas 36 % (menor

Densidade (kg/m³)

236,883

64,181

85,235

112,816

Amostrados cerca de 132 kg, correspondendo a cerca de 1,2 m³

feira foi a menos

baixo percentual (21%)

Fonte: Geoplano, 2014.

Distribuição das Frações em Massa

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Observa-se também que

rejeitos, 10%.

Já o gráfico a seguir demonstra a d

Figura 33 - Distribuição dos recicláveis em massa da Amostra 03

Fonte: Geoplano, 2014.

Os papelões voltam a ser a fração mais representativa, com 39%. Seguido dos

vidros (17%), PEBD (14%) e PEAD (13%). Os metais nem apar

PET com uma significância de 5%.

Figura 34 - Distribuição em volume

Papelões39%

Embalagem Longa Vida

5%

Distribuição dos Recicláveis em Massa

Rejeitos9%

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se também que esta amostra apresentou o maior percentual de

Já o gráfico a seguir demonstra a distribuição dos recicláveis:

Distribuição dos recicláveis em massa da Amostra 03

Os papelões voltam a ser a fração mais representativa, com 39%. Seguido dos

vidros (17%), PEBD (14%) e PEAD (13%). Os metais nem aparecem na amostra e o

PET com uma significância de 5%.

Distribuição em volume (m³) da Amostra 03. Fonte:Geoplano, 2014.

Papel Branco7%

Vidros 17%

PEBD Filme14%

PEAD Duro13%

Papelões

Embalagem Longa Vida

PET5%

Distribuição dos Recicláveis em Massa

Matéria Orgânica Putrecível

33%

Recicláveis51%

Rejeitos9%

Outros7%

Distribuição das Frações em Volume

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esta amostra apresentou o maior percentual de

Os papelões voltam a ser a fração mais representativa, com 39%. Seguido dos

ecem na amostra e o

Fonte:Geoplano, 2014.

Matéria Orgânica Putrecível

Distribuição das Frações em Volume

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Mais uma vez os recicláveis predominam em volume, correspondendo a 51%,

já os rejeitos representam apenas 9% do total, o

14.2 RESULTADOS OBTIDOS

Analisando-se a média geral do município de

urbana, em massa, percebe

total, a de materiais orgânicos

O baixo índice de recicláveis pode se justificar por vários fatores, dentre eles a

relação entre as formas de coleta já existentes, o baixo IDH do município de 0,658

(IBGE, 2010) e a queima de resíduos

A distribuição volumétrica, composição gravimétrica, dos resíduos na média

geral é a seguinte:

Figura 35 - Distribuição das frações em massa Fonte: Geoplano, 2014.

Com relação ao volume, os recicláveis são os mais representativos, com

do total amostrado. A matéria orgânica

resultados podem ser visualizados no gráfico abaixo.

Recicláveis18%

Rejeitos

Distribuição das Frações em Massa

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Mais uma vez os recicláveis predominam em volume, correspondendo a 51%,

já os rejeitos representam apenas 9% do total, o menor entre todos os analisados.

14.2 RESULTADOS OBTIDOS

se a média geral do município de Cocalzinho de Goiás

urbana, em massa, percebe-se que a fração de recicláveis corresponde a 18

total, a de materiais orgânicos 69% e a de rejeitos 8,4%.

O baixo índice de recicláveis pode se justificar por vários fatores, dentre eles a

relação entre as formas de coleta já existentes, o baixo IDH do município de 0,658

(IBGE, 2010) e a queima de resíduos em alguns casos.

volumétrica, composição gravimétrica, dos resíduos na média

Distribuição das frações em massa – Cocalzinho de Goiás

Com relação ao volume, os recicláveis são os mais representativos, com

do total amostrado. A matéria orgânica vem em seguida, representando 31,

resultados podem ser visualizados no gráfico abaixo.

Matéria Orgânica Putrecível

69%

Recicláveis18%

Rejeitos8%

Outros5%

Distribuição das Frações em Massa

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Mais uma vez os recicláveis predominam em volume, correspondendo a 51%,

menor entre todos os analisados.

Cocalzinho de Goiás em sua área

de recicláveis corresponde a 18% do

O baixo índice de recicláveis pode se justificar por vários fatores, dentre eles a

relação entre as formas de coleta já existentes, o baixo IDH do município de 0,658

volumétrica, composição gravimétrica, dos resíduos na média

Com relação ao volume, os recicláveis são os mais representativos, com 47,3%

vem em seguida, representando 31,6%. Os

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Figura 36 - Distribuição das frações em volume Fonte: Geoplano, 2014.

A tabela a seguir demonstra

nas amostragens:

Tabela 24 - Percentual de cada resíduo identificado

RESÍDUO Restos de Alimentos

Restos de Podas Papel Branco Papel Colorido

Jornal Revistas

Embalagem Longa Vida Papelões

PET (refrig., oleo, etc) PEBD – Filme PEAD – Duro

PP PVC

Ferrosos Alumínio Vidros Trapos Madeira Entulho

Fraldas, guardanapos etcBorracha, isopor e etc

TOTAL Fonte: Geoplano, 2014.

Distribuição das Frações em Volume

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Distribuição das frações em volume – Cocalzinho de Goiás

A tabela a seguir demonstra o peso e percentual de cada resíduo identificado

Percentual de cada resíduo identificado

PESO (KG) PERCENTUAL (%)470,20 48,63110,00 11,3716,70 1,725,00 0,510,00 0,000,00 0,00

21,10 2,245,60 4,7112,10 1,2515,50 1,6025,90 2,670,00 0,000,00 0,003,00 0,312,60 0,20,20 2,0836,90 3,8162,30 6,44104,40 10,79

Fraldas, guardanapos etc 15,20 1,570,00 0,00

966,70 100,00

Matéria Orgânica Putrecível

32%

Recicláveis47%

Rejeitos19%

Outros3%

Distribuição das Frações em Volume

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o peso e percentual de cada resíduo identificado

PERCENTUAL (%) 48,63 11,37 1,72 0,51 0,00 0,00 2,28 4,71 1,25 1,60 2,67 0,00 0,00 0,31 0,26 2,08 3,81 6,44 10,79 1,57 0,00

100,00

Matéria Orgânica Putrecível

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GERENCIADOR

EMPREENDIMENTO

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Peso Específico Aparente

Quanto ao peso específico apar

demonstram:

Figura 37 - Peso Específico Aparente Fonte: Geoplano, 2014.

Tabela 25 - Densidade média por fração

FraçõesMatéria Orgânica Putrecível

RecicláveisRejeitosOutros

Fonte: Geoplano, 2014.

O peso específico aqui apresentado é de extrema importância para a fase de

prognósticos e para definições acerca dos sistemas de gestão, desde o

acondicionamento, passando pelas formas de coleta, tratamento e

Geração total e per capita

Para a identificação dos resíduos sólidos gerados no Município de

de Goiás, a escolha das residências e dos comércios para a coleta dos resíduos foi

feita de forma aleatória. Destarte, foram colet

de 09 (nove) comércios.

Matéria Orgânica Putrecível

580,20

Peso Específico Aparente (Kg)

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Peso Específico Aparente

Quanto ao peso específico aparente (densidade) a figura e a tabela

Peso Específico Aparente

Densidade média por fração

Frações Densidade (kg/m³) Matéria Orgânica Putrecível 580,00

Recicláveis 168,00 Rejeitos 204,00 Outros 15,00

O peso específico aqui apresentado é de extrema importância para a fase de

prognósticos e para definições acerca dos sistemas de gestão, desde o

acondicionamento, passando pelas formas de coleta, tratamento e disposição final.

Geração total e per capita

Para a identificação dos resíduos sólidos gerados no Município de

, a escolha das residências e dos comércios para a coleta dos resíduos foi

feita de forma aleatória. Destarte, foram coletados resíduos de 11 (onze) residências e

Recicláveis Rejeitos Outros

167,70203,60

15,20

Peso Específico Aparente (Kg)

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PGIRS

ente (densidade) a figura e a tabela abaixo o

O peso específico aqui apresentado é de extrema importância para a fase de

prognósticos e para definições acerca dos sistemas de gestão, desde o

disposição final.

Para a identificação dos resíduos sólidos gerados no Município de Cocalzinho

, a escolha das residências e dos comércios para a coleta dos resíduos foi

ados resíduos de 11 (onze) residências e

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Conforme os dados coletados e dispostos nas tabelas abaixo, é possível

identificar a quantidade de lixo gerado por cada pessoa em sua residência/comércio

em um dia.

Quadro 26 – Amostra Residencial. Prefeitura Municipal – 2014.

Quadro 27 – Amostra Comercial. Prefeitura Municipal – 2013.

Pela pesquisa de campo realizada no Município de Cocalzinho de Goiás, dos

11 domicílios selecionados com um total de 32 moradores, foram coletados 26,490 kg

de lixo, correspondendo a uma média diária de 0,828 kg por pessoa. Já no comércio,

dos 09 estabelecimentos selecionados com um total de 19 pessoas, foram coletados

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16,930 kg, correspondendo a uma média diária de 0,891 kg por pessoa. Com base na

coleta por amostragem realizada na cidade, temos que:

• De um total de 51 pessoas, foram coletados 43,420 kg em um dia;

• Calculando-se a média geral, temos que: 43,420 / 51 = 0,851 kg de lixo por

pessoa;

Para cálculo da geração de resíduos diária foi considerada a estimativa fruto do

processo de avaliação com base nas amostras residenciais coletadas de geração de

resíduos per capita de 0,851 kg por pessoa.

Em virtude da contagem populacional do IBGE feita pelo Censo 2010

apresentar um déficit significativo em relação ao contingente populacional real no

município optou-se, neste projeto para fins de verificação do quantitativo de resíduos

sólidos urbanos gerados diariamente, a estimativa adotada pela Prefeitura Municipal

obtida pela relação entre o número de domicílios existente nas UTPs e a média

fornecida pelo o IBGE para a densidade habitacional, ou seja, 3,8 habitantes por

domicilio para o município.

Assim chegou ao quantitativo populacional de 22.230 habitantes localizados

nas três UTPs.

Quadro 28 – Resíduos Coletados

População Resíduos Coletados

(ton./dia) (ton./mês) (ton./ano)

22.230* habitantes 18,89 585,59 7.027,08

Obs. *População Estimada Prefeitura Municipal.

Fonte: Prefeitura Municipal – 2013.

Por mês são recolhidas em media 585,59 toneladas de resíduos domiciliares,

comerciais, públicos e industriais. Todo o resíduo coletado em Cocalzinho de Goiás é

encaminhado ao lixão municipal, localizado entre o encontro da rodovia GO 414 e a

BR 070 a aproximadamente 3km do centro municipal, para ser devidamente disposto.

Analisando a situação atual da área de disposição de resíduos sólidos urbanos,

do tipo depósito a céu aberto, observou-se a necessidade de outro local para

acondicionamento dos resíduos, uma vez que a mesma além de não estar em

conformidade com a legislação especifica, não conseguirá atender a demanda pelos

próximos anos. Essa situação já foi resolvida com a entrada do Município ao

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Consórcio Público de Manejo de Resíduos Sólidos e das Águas Pluviais da Região

Integrada do Distrito Federal e Goiás - CORSAP.

Figura 38: Depósito de Resíduos a Céu Aberto Fonte: Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás – 2013.

O local supracitado, não pertence à parte de diretrizes de crescimento urbano,

cabendo ao Poder Público local o controle quanto ao planejamento futuro de

recuperação ambiental da área.

Figura 39: Acumulo de Chorume Fonte: Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás – 2013.

Nas localidades de Edilândia e Girassol, existe uma coleta de resíduos sólidos

duas a três vezes por semana por caminhão-compactador e o destino dos mesmos

antigamente era um vazadouro a céu aberto, situado a 1,5 km da zona urbana de

Girassol.

Esse vazadouro não possui área cercada, possui a presença de animais

silvestres e está localizado em cota altimétrica elevada, ou seja, quando da ocorrência

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101

de chuvas intensas ocorre o escoamento superficial com carreamento de resíduos

sólidos para áreas mais baixas (espalhamento de resíduos no meio ambiente). Tal

situação fez com que fossem paradas as atividades de deposição neste local.

A coleta de resíduos sólidos nas localidades menores como Baixa do Rio

Verde e Pato Selvagem não existe, pois a população ainda possui hábitos rurais.

Assim, os resíduos produzidos em tais locais ou é enterrado ou despejado em valas e

queimado.

Na Cidade de Deus existia um aterro sanitário o qual foi desativado. Os

resíduos produzidos nessa localidade são encaminhados para o aterro sanitário da

sede municipal.

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102

CAPITULO III – PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

15. PLANO DE SENSIBILIZAÇÃO E DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ASSOCIADO

AOS PROGRAMAS DE COMPOSTAGENS E COLETA SELETIVA

A implementação do programa de coleta seletiva de Cocalzinho de Goiás

representa para a administração pública, uma gama de objetivos relevantes quanto

aos aspectos sociais, econômicos e ambientais. Esses fatores são assim,

considerados de suma relevância na justificativa de implantação da coleta seletiva em

qualquer comunidade.

Embora atinja valores ainda não expressivos, existe no município iniciativas

individuais de coletores de material reciclável, porém sem o compromisso de

atendimento e principalmente sem a conscientização da população na importância

ambiental do processo de reciclagem de resíduos domiciliares.

A escassez de áreas adequadas para implantação de aterros sanitários

está cada vez mais presente no cotidiano mundial, ocorrendo notadamente nas

grandes concentrações urbanas, onde podemos contextualizar a Região Integrada

do Entorno do Distrito Federal e o eminente esgotamento das áreas para

implantação de Aterros Sanitários.

Em se tratando do Município de Cocalzinho de Goiás é fundamental

atentarmos para a inexistência de áreas municipais, dado aos fatores impeditivos

do Macro Zoneamento Ambiental.

Nesse cenário atual também existe a preocupação com a obrigação de

atendimento a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS (Lei 12305 de 2010)

que determina que a partir de 2014 não se descarte nos aterros quaisquer

resíduos com valor econômico ou com condições de reciclabilidade.

Assim, a segregação na fonte geradora dos resíduos recicláveis torna-se de

fundamental importância para a redução das quantidades de detritos encaminhadas

para a destinação final em aterros, prolongando assim a vida útil dos

empreendimentos existentes e salvaguardando novas áreas destinadas a esta

finalidade.

Os custos evitados ou minimizados de operação, monitoramento e recuperação

do aterro sanitário, e a não necessidade de abertura de novas áreas para destinação

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103

de resíduos em solo pelo aproveitamento dos recicláveis, além dos custos evitados do

consumo de água e energia na produção de novas embalagens de materiais a partir

da matéria prima reciclável; incluindo-se ainda a poupança de recursos naturais,

permitem um balanço ambiental muito positivo dessa implantação.

A geração de renda para uma camada da sociedade excluída, formada por

desempregados, carrinheiros e carroceiros que, isoladamente ou organizados em

cooperativas, encontra nos resíduos sólidos urbanos uma forma de subsistência.

Neste sentido, a coleta seletiva vem proporcionar uma melhor oportunidade de

geração de renda e reinclusão social para esta fatia da população.

Portanto, não há como não considerar a implantação do programa de coleta

seletiva e reciclagem de resíduos secos e úmidos como sendo de suma importância,

agora não somente sob o aspecto da redução dos resíduos como também sob os

pontos de vista econômico, ambiental e social.

15.1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho compreende a elaboração de um plano de coleta seletiva,

que contemple a ampliação da área de abrangência da coleta seletiva porta a porta, a

sistematização da coleta seletiva em escolas, próprios públicos municipais e grandes

geradores; além da implantação de postos e locais para entrega voluntária de resíduos

Hoje inexiste no município a coleta seletiva porta a porta. Esta deve ser

ampliada gradativamente até atingir 100% da malha urbana, enquanto que a coleta em

grandes geradores deverá contemplar todos estabelecimentos integrantes das redes

de ensino municipal, dos centros de saúde, das unidades de inclusão social, paço e

departamentos descentralizados; além de empresas privadas, órgãos da

administração pública, parques, condomínios residenciais e outros que serão

devidamente caracterizados mais adiante neste trabalho.

No entanto há que se considerar que, previamente à implementação de um

programa de coleta seletiva, deva se conhecer o potencial de reaproveitamento dos

resíduos presentes no lixo domiciliar, assim como a existência de mercado para tais

produtos, garantindo-se assim que nenhum resíduo com valor comercial venha ser

descartado no futuro Aterro Sanitário Regional a ser instalado em Planalmira de Goiás.

Em complementação a Política Municipal de Saneamento Básico, o programa

Integrado de Coleta Seletiva para minimização e reciclagem de resíduos em

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elaboração para futura implementação pela Prefeitura de Cocalzinho de Goiás,

atendendo a PNRS, compreende ainda outros projetos:

• Compostagem de resíduos orgânicos gerados nos serviços de poda e

capinação, em feiras livres e em grandes geradores.

• Coleta de óleos vegetais comestíveis servidos, para posterior transformação

em biodiesel.

• Implantação dos Ecopontos e Pontos Verdes, locais licenciados, cercados,

dotados de vigilância e estruturados com caçambas metálicas e contêineres

para acondicionamento de resíduos domiciliares de pequena geração

compreendendo: podas, galharias, entulhos, recicláveis e resíduos especiais.

• Reciclagem de resíduos de construção civil na URM (Usina de Reciclagem de

Materiais) através de um britador a ser localizado conforme as diretrizes do

CORSAP. Esta unidade deverá receber o material das administrações locais e

de particulares, dos ecopontos e das entregas diretas por caçambeiros, que

após processamento, serve para produção de material granulado a ser

utilizado pela Prefeitura Municipal como material de sub-base de pavimentação

e de produção de blocos, tijolos entre outros.

• Implantação da gestão de resíduos especiais pela responsabilização

compartilhada entre Prefeitura de Cocalzinho de Goiás, Fabricantes,

Importadores, Revendedores e Consumidores de pilhas, baterias,

pneumáticos, embalagens de agrotóxicos e de óleos de lubrificação, resíduos

tecnológicos além de lâmpadas fluorescentes gerados em domicílios ou em

pequenos geradores e os descartados pela população junto aos Ecopontos

Municipais, os recolhidas em mutirões de limpeza, cata bagulho e campanhas

de combate a dengue.

• Elaboração e celebração dos acordos setoriais com as empresas fabricantes e

toda a cadeia de distribuição e consumo, para garantia da logística reversa,

tratando e destinando de forma ambientalmente adequada e socialmente justa

todos os resíduos sólidos urbanos.

• Implantação e sistematização de programa de educação ambiental e

fiscalização com atuação intersetorial e transversal, que garanta a minimização

da geração de resíduos, segregação efetiva na fonte, descarte com coletas

seletivas de cada parcela dos resíduos, com destinação social dos recicláveis e

tratamento e destinação final adequada dos especiais.

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• Garantia do Controle Social de todos os planos de trabalho e de toda

gestão e manejo dos RSU, através da atuação conjunta com o CORSAP,

Conselhos Locais de Saúde e Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Meio

Ambiente, etc.

15.2 OBJETIVOS

O Sistema Integrado de Coleta Seletiva a ser implantado no Município tem os

seguintes objetivos:

• Reduzir, até neutralizar, o volume de resíduos domiciliares, comerciais e

industriais classificados como classe IIA, segundo a NBR 10.004, e com valor

comercial, que são encaminhados diariamente para o depósito a céu aberto

(lixão).

• Atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos Urbanos – PNRS (Lei 12305

de 2010).

• Promover a inserção social de catadores e carrinheiros através de cooperativas

de triagem, reciclagem, capacitação continuada, estruturação para coleta e

comercialização dos resíduos potencialmente recicláveis.

• Garantir a destinação ambientalmente adequada dos resíduos especiais, pelos

acordos setoriais locais e através da responsabilização compartilhada que

permita implantar todo manejo de logística reversa.

• Promover a educação ambiental para efetivação de todo o Plano Municipal de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos, garantindo controle social nas ações

propostas.

15.3 FORMAS DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

A coleta seletiva do município de Cocalzinho de Goiás, embora tenha o objetivo

de possibilitar a remoção diferenciada dos resíduos domiciliares, comerciais e

industriais (classe II-A), será executada segundo as três diferentes metodologias que a

seguir encontram-se elencadas:

• Coleta porta a porta (pelo contrato e gradativamente pela atuação direta das

cooperativas, recebendo pela coleta);

• Coleta regular em escolas, próprios públicos municipais e em estabelecimentos

considerados grandes geradores; e

• Coleta através de locais de entrega voluntária – LEV’s.

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106

Para efeito operacional serão considerados dois planos de coleta seletiva,

assim concebidos:

15.3.1. COLETA SELETIVA PORTA A PORTA

A coleta porta a porta consiste na operação de recolhimento dos materiais

potencialmente recicláveis gerados em cada domicílio, numa atividade semelhante à

da coleta domiciliar regular, porém com caminhões gaiolas e em dias e/ou horários

diferenciados, de modo a evitar a disponibilização simultânea pela população dos

resíduos orgânicos (úmidos) e recicláveis (secos).

Estes materiais, compostos por papel, papelão, vidros, metais, multicamadas e

plásticos em suas mais variadas formas, que assim segregados possuem maior valor

agregado, serão coletados e encaminhados para cooperativas ou coletados por elas,

para posterior triagem, acondicionamento, armazenagem e finalmente comercialização

e reciclagem, tornando-se novamente matéria prima.

15.3.2. COLETA SELETIVA EM ESCOLAS E PRÓPRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

Diferente do sistema anterior, na coleta seletiva em escolas e próprios públicos

municipais, não há o deslocamento continuo de veículos coletores porta a porta, mas

sim o recolhimento de resíduos adequadamente armazenados em estabelecimentos

pré-estabelecidos. Para esses serviços o contrato disponibilizará equipe própria e

veículo específico de coleta (caminhão compactador dotado de lift), além do

fornecimento de contêineres de PEAD de 1,2 m³ cada.

15.3.3 COLETA SELETIVA EM GRANDES GERADORES E EM LOCAIS DE

ENTREGA VOLUNTÁRIA – LEV’S

Na coleta seletiva em grandes geradores e em locais de entrega voluntária

também não há o deslocamento continuo de veículos coletores porta a porta, mas sim

o recolhimento de resíduos adequadamente armazenados em estabelecimentos pré-

estabelecidos. Para esses serviços a Prefeitura Municipal através do contrato ou pela

parceria com as cooperativas, disponibilizará equipe própria e veículo específico de

coleta (caminhões poliguindastes, carrocerias ou gaiolas).

Todos os resíduos coletados, seja pelo sistema de coleta porta a porta, em

escolas ou próprios públicos municipais, em grandes geradores e LEV’s serão

destinados aos centros de triagem de responsabilidade das cooperativas de

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107

reciclagem a serem criadas, legitimadas após cadastro junto à Secretaria Municipal de

Meio Ambiente.

15.4 DIVULGAÇÃO DO PROGRAMA DE COLETA SELETIVA

A divulgação à população do serviço a ser implantado é condição de vital

importância para que o mesmo seja bem sucedido. Na realização da coleta seletiva,

boa parte das responsabilidades recai sobre a própria comunidade, a quem compete a

separação prévia dos materiais secos, a lavagem dos recipientes, o

acondicionamento, o armazenamento, e finalmente, a disponibilização para a coleta

nos dias e horários pré estabelecidos.

Desta forma, os planos de trabalho e as metas a serem atingidas, bem como

todas as rotinas e responsabilidades da administração pública e da população deverão

ser amplamente divulgados e redivulgados a cada três meses durante a vigência do

contrato. As alterações julgadas necessárias também deverão ser precedidas de

comunicados a população, concedendo-se um tempo suficiente para adaptação à

nova rotina.

Para a divulgação do plano de trabalho, será utilizado um programa de

mobilização social e em complemento ao plano de coleta seletiva aqui apresentado.

Poderá, a critério e disponibilidade da Prefeitura Municipal, vir ser utilizado

outros veículos de comunicação disponíveis como rádio, televisão, jornais, folhetos

explicativos, seminários e simpósios, além de palestras em escolas, igrejas e

associações, incluindo-se o desenvolvimento do programa de educação ambiental da

Secretaria Municipal de Meio Ambiente, além dos recursos que serão acionados

sistematicamente durante a vigência do contrato de limpeza urbana municipal. O

essencial é que toda a população tenha acesso às informações que deverão ser

passadas de forma clara, objetiva e eficiente.

No tocante aos estabelecimentos considerados como grandes geradores,

geralmente integrados por indústrias, condomínios, escolas, próprios públicos

municipais e outros, torna-se necessário o desenvolvimento de um trabalho de

conscientização com relação ao valor social e ambiental da coleta seletiva, de modo a

fazer com que estes empreendimentos destinem seus resíduos às cooperativas de

triagem e valorização dos recicláveis.

15.5. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

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108

A fim de que este objetivo seja atingido, deverá ser desenvolvido um trabalho

educativo junto ao corpo técnico municipal, oriundo das secretarias de educação,

saúde, obras e meio ambiente, que serão os responsáveis pela multiplicação do

trabalho de educação ambiental proposto a comunidade escolar e entidades civis.

O programa de educação ambiental tem por objetivo principal levar o cidadão a

participar, de forma consciente, das questões relativas ao meio ambiente e no caso

em questão, ressaltando o problema da não geração, minimização, reuso, reciclagem

e destinação final dos resíduos sólidos.

Os objetivos propostos contemplam a participação de três grupos de agentes, a

saber: multiplicadores, escolas e comunidades. Estes agentes sociais deverão ser

detentores de um nível de informação e consciência que lhes possibilite atuar junto à

comunidade em conjunto e de forma direta, levando-a a perceber a realidade que a

cerca.

15.5.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS DO PROGRAMA

DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Apresentação

O Programa de Educação Ambiental da Secretaria Municipal Meio Ambiente

tem como eixo de trabalho conhecer todos os ambientes (área urbana, áreas verdes,

área rural) que constituem a o Município de Cocalzinho de Goiás como forma de se

propagar ou estimular o pertencimento dos alunos da Rede Municipal de Ensino como

cidadãos e como usuários/responsáveis por todos os espaços que a cidade comporta.

Desta forma, pretende-se tratar tanto das questões regionais ou dos entornos

escolares como de questões ambientais abrangentes que tornam a cidade um só

espaço a ser estudado. Dentre tais questões abrangentes, situa-se a produção de lixo

e de resíduos sólidos, uma vez que independente de quantidade ou tipo de resíduo ou

classe social, todos nós o produzimos. Ressalta-se a necessidade de se trabalhar

conceitos como consumo/consumismo, sustentabilidade, pertencimento, sujeito

ecológico como tema transversal a partir de qualquer componente curricular do projeto

pedagógico das escolas, conforme sinalizam as diretrizes curriculares elaboradas pela

Secretaria Municipal de Educação.

Formas de atuação

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Foram elaboradas duas formas de atuação para tratar da temática juntamente

com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente:

a) Diretamente com as unidades escolares:

1. O Programa de Educação Ambiental fará um convite eletrônico a todas as unidades

escolares reafirmando a urgência de se problematizar o consumo de bens com as

gerações que lá estão inseridas.

2. As escolas interessadas deverão agendar a visita diretamente na Secretaria

Municipal de Meio Ambiente.

3. O Programa de Educação Ambiental solicitará mensalmente SEMMA a planilha das

escolas municipais agendadas para dar continuidade ao que na visitação foi

explanado.

4. Esta continuidade poderá ser em um encontro para debater o papel socioambiental

dos catadores, sobre a necessidade de se incorporar novos ou esquecidos valores na

formação ética, moral e cidadã dos alunos.

5. O Programa de Educação Ambiental indica a priorização das visitas com as turmas

dos ciclos III (alunos de 11 a 12 anos) e IV (alunos de 13 a 14 anos), por entendê-los

como potenciais consumidores em curto prazo.

6. Para os demais ciclos, a indicação é que as visitas aconteçam e posteriormente

sejam utilizados recursos didáticos impressos e/ou virtuais para a incorporação de

hábitos e valores ambientalmente desejáveis.

b) Atrelada aos cursos de formação do Programa de Educação Ambiental

Semestralmente serão oferecidos cursos pela SEMMA nas mais diversas áreas

do conhecimento e, dentre elas, a de Educação Ambiental (EA), pela qual somos

responsáveis. Nos cursos de EA serão discutidos conceitos teóricos articulados com

as práticas de sala de aula, onde se revelam valores, significados e vivências dos

profissionais que trabalham o “Meio Ambiente”. De maneira simplificada, podemos

afirmar que as ações e as discussões que acontecem nas escolas ficam aquém do

desejado em relação às questões ambientais por nós elencadas como primordiais:

valores éticos, desigualdades socioambientais, consumo consciente e solidário,

autovalorização como sujeito e como cidadão.

Daí a necessidade de aproximar o professor do poder público, notadamente da

SEMMA em função da gestão dos resíduos e dos diversos tipos de lixo tanto pela

questão em si como para apresentar a ele o Plano Municipal de Gestão de Resíduos

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Sólidos. A idéia é que, mobilizados pela realidade vista de perto, possam diversificar

as abordagens didáticas sobre o tema com os alunos para também mobilizá-los para a

redução dos problemas atualmente enfrentados.

Consideramos que ações compartilhadas como as apresentadas neste texto

possibilitam um novo olhar sobre as questões socioambientais que a cidade de

Cocalzinho de Goiás tem como desafio a ser encarado pelo poder público em sintonia

com a sociedade além de entender a escola como espaço privilegiado para tais

discussões.

15.6 O PAPEL DOS MULTIPLICADORES

Cada cidadão deve transformar-se em agente multiplicador de informações

sobre as questões ambientais vivenciadas no seu dia a dia, levar informações àqueles

que não tem, facilitar o desenvolvimento de suas potencialidades, permitindo-lhes a

descoberta do meio em que vive e do qual é parte integrante.

Estes atores deverão formar um grupo interdisciplinar (educação, saúde, meio

ambiente e infraestrutura), devendo ser capacitados a responsabilizarem-se pelo

desenvolvimento dos trabalhos de educação ambiental no município.

15.6.1. O PAPEL DA ESCOLA

A escola é o espaço destinado a transmitir conhecimentos e atitudes. É

também um espaço destinado a gerar novos comportamentos. Por isso, é essencial

que ela incorpore a seus programas as questões que afetam a vida da população em

seu conjunto.

É importante salientar que as crianças e adolescentes podem assimilar o que é

ensinado nas escolas, mas somente com a colaboração dos adultos é que poderão ter

uma atuação referente aos problemas sócioambientais.

Nessa medida, é fundamental que os professores e pais de alunos

sensibilizem-se e comprometam-se com a preservação e recuperação do meio

ambiente e, portanto, com a melhoria da qualidade de vida da população.

O papel do multiplicador neste caso é o de estimulador do debate para esta

questão, subsidiando e colaborando no desenvolvimento deste tema. Porém, só a

escola, através de seus educadores, tem condições de propor a melhor pedagogia de

trabalho, pois ela está inserida na realidade social da comunidade.

É preciso levar o aluno a compreender que o lixo não é apenas algo rejeitável e

degradante, mas algo do qual podemos tirar benefícios para a sociedade, gerando

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trabalho e renda para população em condição de exclusão social, preservando o meio

ambiente, valorizando a escola, as questões de cidadania, etc.

Desta forma, é indispensável a realização de trabalho especifico sobre a coleta

seletiva nas escolas, inclusive com a implantação da containerização, além de uma

discussão mais aprofundada sobre a participação de todos no sistema hoje em

funcionamento, porque significará uma realidade concreta para a participação do

aluno, assim como um convite à adoção de novos hábitos e postura frente aos

resíduos sólidos que todos geramos.

Este novo ator, na sua ação cotidiana, desempenhará não só o papel de novo

multiplicador na comunidade, mas também de agente transformador junto aos seus

familiares, na mudança de hábitos em relação ao lixo.

Para o desempenho das atividades junto aos professores e alunos, será

necessária a elaboração de material de apoio, como cartilha, folheto, vídeo, etc.

15.6.2 O PAPEL DA COMUNIDADE E O CONTROLE SOCIAL

A educação ambiental é uma forma de participação através da qual se dá a

formação de cidadãos conscientes e preocupados com o meio ambiente, onde a

atitude da comunidade é de compromisso com sua preservação, controle e

recuperação.

Uma comunidade informada e educada, que tem consciência de sua cidadania,

participará conjuntamente com os organismos municipais da formação de políticas

públicas concernentes à melhoria de sua condição de vida, garantirá fiscalização e

controle social nas políticas e programas adotados pela municipalidade.

Neste sentido, o multiplicador atuará diretamente na comunidade, através de

suas organizações, informando e fornecendo o debate sobre as diversas questões

inerentes ao meio ambiente.

15.6.3 O PAPEL DOS GERADORES COMERCIAIS E INDUSTRIAIS

A educação ambiental fomentada junto aos grandes geradores de resíduos e

geradores de resíduos especiais, no sentido de garantir as premissas da Política

Nacional de Resíduos Sólidos, compreendendo minimização e segregação na fonte, e

para garantia do aproveitamento de todos os resíduos com valor comercial, pelos

processos de reciclagem e de transformação, além dos manejos de responsabilização

compartilhada e da logística reversa.

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15.7 IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE COLETA SELETIVA

Qualquer que seja a forma de execução dos serviços, a implantação do

programa de coleta seletiva requer muito além do comprometimento de diversos

setores da administração pública, ou seja, alocação de infraestrutura integrada por:

instalações, mão de obra e equipamentos necessários à boa execução dos serviços.

Neste sentido, compete a Secretaria Municipal de Meio Ambiente promover o

comprometimento dos diversos agentes envolvidos no processo, quais sejam: a

população, a entidade executora dos serviços, os técnicos integrantes da

administração pública e outros, além de promover a disponibilização da infraestrutura

necessária.

15.8 COOPERATIVAS

Inicialmente o programa de coleta seletiva contará com uma cooperativa a ser

cadastrada pela Prefeitura Municipal, sendo que esta fará a coleta diretamente ou

receberá todos os recicláveis coletados.

Essa cooperativa deve ser estruturada mediante um processo de capacitação

continuada, além de dispor de instalações adequadas e equipamentos necessários:

mesa adequada para catação e triagem dos materiais, prensas, balanças industriais e

carrinhos para transporte e elevação das cargas de recicláveis.

15.8.1 VEÍCULOS COLETORES

Para a implantação dos programas de coleta seletiva serão disponibilizados os

seguintes equipamentos:

Equipamentos de propriedade da Prefeitura Municipal e posteriormente da

cooperativa, detentora dos serviços de coleta seletiva porta a porta, em escolas e

próprios públicos municipais, do óleo vegetal comestível e dos resíduos domiciliares

especiais:

a) Coleta seletiva porta a porta

• (05) cinco carros coletores gaiolas.

Obs: Esse serviço será gradativamente estruturado para coleta direta pelas

cooperativas, que receberão por essa atuação.

b) Coleta Seletiva em escolas e próprios públicos municipais

• (01) um veículo coletor e compactadore de 15 m³ dotados de sistema hidráulico

de içamento e tombamento de contêineres.

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Obs: Esses equipamentos deverão ser utilizados à partir da possibilidade de

containerização desses próprios resíduos.

c) Coleta seletiva de óleos vegetais comestíveis

• (01) um veículo utilitário tipo furgão com compartimento de carga fechado e

capacidade de até 1635 Kg.

d) Coleta de resíduos domiciliares especiais

• (01) um veículo utilitário tipo furgão com compartimento de carga fechado e

capacidade de até 1635 Kg.

15.8.2 EQUIPAMENTOS DE PROPRIEDADE DA PREFEITURA MUNICIPAL

a) Coleta seletiva em grandes geradores e locais de entrega voluntária

• (01) um caminhão basculante;

Observação: Frota de veículos municipais sujeita a remanejamento interno para

atender departamentos descentralizados, garantindo entretanto, estrutura para a

coleta direta de grandes geradores, locais de entrega voluntária, rejeito das

cooperativas, reclamações, apoio a operações municipais de limpeza urbana e manejo

de recicláveis entre as cooperativas e a futura central.

15.8.3 MÃO DE OBRA

Os serviços de coleta seletiva porta a porta serão executados com utilização da

mão de obra contratada ou pelas cooperativas, que deverá alocá-la em quantidade e

qualidade condizente com as necessidades.

Os serviços de coleta seletiva em escolas e próprios públicos municipais, de

coleta seletiva de resíduos domiciliares especiais e de coleta seletiva do óleo vegetal

comestível serão executados com utilização de mão de obra contratada, que deverá

alocá-la em quantidade e qualidade condizente com as necessidades.

Os serviços de coleta seletiva em grandes geradores e LEV’s, coleta de rejeitos

nas cooperativas, reclamações e de manejo de resíduos recicláveis entre as

cooperativas e a futura central serão realizados por servidores da municipalidade,

contratada ou pelas próprias cooperativas.

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15.8.4 METAS DO PROGRAMA

Para que se possa avaliar a eficácia deste projeto foi fixada uma meta onde se

estima atingir o recolhimento de 25 % dos resíduos potencialmente recicláveis ou

7,5% dos resíduos sólidos urbanos domiciliares, dentro de um prazo de quatro anos,

com metas gradativas de ampliação.

Assim sendo, tomando-se por base de cálculo a quantidade de 18,89 toneladas

de resíduos domiciliares geradas diariamente no município de Cocalzinho de Goiás,

fixou-se a meta inicial e de curto prazo (1 a 4 anos), em 1,20 toneladas por dia das

4,81 toneladas/dia de resíduos potencialmente recicláveis. As demais metas, de médio

e longo prazo, estão detalhadas em capítulo adiante.

15.8.5 PLANO DE TRABALHO

Dada a diversidade de variantes e características intrínsecas a execução dos

serviços de coleta seletiva, o plano de trabalho ora apresentado encontra-se

organizado em dois tópicos à saber:

• Plano de coleta seletiva porta a porta

• Plano de coleta seletiva em escolas, próprios públicos municipais, grandes

geradores e através de LEV’s

Cumpre destacar que este trabalho contemplará as atividades de coleta

seletiva desenvolvidas pelas cooperativas, a coleta seletiva porta a porta e a coleta

seletiva em escolas e próprios públicos municipais executadas pela contratada, além

da eventual coleta seletiva em grandes geradores e LEV’s executadas pelo DLU.

15.8.6 FORMAS DE ATUAÇÃO

15.8.6.1 COLETA SELETIVA PORTA A PORTA (CONTRATO OU COOPERATIVAS)

Especificações técnicas

O serviço de coleta seletiva porta a porta compreende o recolhimento regular

de todo material que tenha condições de reaproveitamento, reciclabilidade e que seja

apresentado pelos domicílios e estabelecimentos devidamente embalados em sacos

plásticos, em conformidade com a especificação da NBR 9191 da ABNT, tais como:

• Papel: jornais, revistas, listas telefônicas, folhetos comerciais, folhas de

caderno e rascunho, papéis de embrulho, caixas de papelão e de brinquedo e

caixas longa vida ou multicamada;

• Vidro: garrafas, cacos, vasilhames e lâmpadas incandescentes;

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• Metal: sucata ferrosa e não ferrosa, latinhas de cerveja e refrigerantes,

enlatados, objetos de cobre, alumínio, lata, chumbo, bronze, ferro e zinco;

• Plástico: embalagens de produtos de limpeza, garrafas plásticas, tubos, potes,

baldes, bacias, isopor, sacos e sacolas; e

• Outros materiais, desde que tenham condições de reciclagem.

• Quando a via pública não possibilitar o tráfego ou manobra do caminhão, os

coletores deverão se deslocar até o local onde os resíduos estão posicionados,

para coletá-los e transportá-los manualmente até o caminhão. O caminhão

deverá ser carregado de maneira que os materiais não transbordem na via

pública.

• Esgotada a capacidade de coleta do equipamento compactador, os caminhões

deverão dirigir-se, ao centro de triagem.

Por ocasião da entrega no Centro de Triagem, será emitido um comprovante

de operação (ticket) em, no mínimo, 03 (três) vias, sendo que: a primeira via será

entregue à Coordenadoria de Coleta Seletiva, para conferência; a segunda via ao

destinatário final (Central de Triagem – Cooperativas); e a terceira via à Contratada, no

ato da entrega dos resíduos.

A Contratada manterá arquivado o registro de cada operação em sistema

informatizado (via eletrônica), de modo a qualquer momento poder reproduzir os

dados de cada operação, até o inicio da coleta direta pelas cooperativas.

A descarga dos materiais será feita nos locais indicados pela Secretaria de

Meio Ambiente, representados pelas centrais de triagem operadas por cooperativas

participantes.

Deverão ser obedecidas as normas de conduta e procedimentos operacionais

determinados pelas unidades de destinação final, onde for descarregar os materiais

coletados.

Para este serviço, deverão ser mobilizadas equipes compostas por, no mínimo,

02 (dois) coletores e 01 (um) motorista, acompanhados de 01 (um) caminhão caçamba

e munidos de ferramentas adequadas, como vassourão, pá e garfo, respeitando os

quantitativos mínimos estabelecidos.

O serviço de coleta seletiva porta a porta deverá ser realizado em todos os

domicílios e estabelecimentos localizados dentro do perímetro urbano, ampliando

gradativamente de 75% para 100% da malha urbana do Município de Cocalzinho de

Goiás.

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A periodicidade com que deverá ser executado este serviço varia entre 02 dias

não sequenciais por semana nos setores de coleta domiciliar diária e 01 dia por

semana nos setores de coleta domiciliar alternada.

O serviço será executado de 2ª feira a sábado, podendo ser estendido para

domingos e feriados por ocasião de grandes eventos em locais públicos, no período

diurno das 08:00 às 16:20 h ou noturno das 18:00 às 02:20 h.

A programação do serviço de coleta seletiva porta a porta, em hipótese

alguma, poderá coincidir com o mesmo período do serviço de coleta regular.

A contratada ou as cooperativas deverão desenvolver e executar um plano de

sensibilização para os domicílios atendidos, a ser aprovado pela Secretaria Municipal

de Meio Ambiente, visando a aumentar gradativamente o volume dos recicláveis a

serem coletados. A eficácia desse plano será auferida pela redução da porcentagem

dos rejeitos (produtos não reciclados) sobre a quantidade bruta de resíduos coletados,

que correntemente está em aproximadamente 25%.

A contratada ou as cooperativas deverão apresentar um cronograma de

sensibilização para descarte seletivo dos resíduos sólidos domiciliares em cada setor

implantado ou em expansão, com periodicidade semestral, a contar da data de início

desse serviço.

As despesas decorrentes de todo o processo de divulgação, incluindo

elaboração do material, impressão, distribuição e outros serviços são de inteira

responsabilidade da Contratada.

A Contratada deverá implantar e divulgar as campanhas de sensibilização e

conscientização elaboradas pela SEMMA, com ênfase em segregação de resíduos na

fonte e para aproveitamento dos recicláveis gerados, com o objetivo de garantir a

implantação de novos serviços e ampliação do existente.

A Contratada deverá realizar ainda, às suas expensas, no mínimo duas vezes

por ano, pesquisa de opinião pública a respeito da qualidade dos serviços prestados

de acordo com uma metodologia a ser aprovada pela SEMMA.

15.8.6.2 COLETA SELETIVA EM ESCOLAS E PRÓPRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

Especificações técnicas

Define-se, como coleta seletiva em escolas municipais e próprios públicos, a

coleta de materiais que tenham condições de reaproveitamento, tais como:

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• Papel: jornais, revistas, listas telefônicas, folhetos comerciais, folhas de

caderno e rascunho, papéis de embrulho, caixas de papelão e de brinquedo e

caixas longa vida ou multicamada;

• Vidro: garrafas, cacos, vasilhames e lâmpadas incandescentes;

• Metal: sucata ferrosa e não ferrosa, latinhas de cerveja e refrigerantes,

enlatados, objetos de cobre, alumínio, lata, chumbo, bronze, ferro e zinco;

• Plástico: embalagens de produtos de limpeza, garrafas plásticas, tubos, potes,

baldes, bacias, isopor, sacos e sacolas; e

• Outros materiais que tenham condições de reciclagem.

Os materiais recicláveis deverão ser estocados em contêineres posicionados

em locais de fácil acesso, para que possam ser coletados mecanicamente através de

caminhões coletores dotados de equipamento específico para içamento e tombamento

dos mesmos. Não deverá ser permitida, em hipótese alguma, a utilização dos

contêineres para outras atividades, sobretudo para depósito de resíduos orgânicos.

O caminhão deverá ser carregado de maneira que os materiais não

transbordem, mas, se isto vir ocorrer, os próprios coletores deverão realizar a limpeza

imediata do local, devidamente fiscalizados pelo motorista.

Esgotada a capacidade de coleta do equipamento compactador, os caminhões

deverão dirigir-se, aos Centros de Triagem.

Por ocasião da entrega dos resíduos será emitido um comprovante de

operação (ticket) em, no mínimo 03 (três) vias, sendo que: a primeira via será entregue

à Coordenadoria Setorial de Coleta Seletiva, para conferência; a segunda via ao

destinatário final (Central de Triagem – Cooperativas); e a terceira via à Contratada no

ato da entrega dos resíduos.

A Contratada manterá arquivado o registro de cada operação no sistema

informatizado (via eletrônica), de modo a qualquer momento poder reproduzir os

dados de cada operação, até a transferência gradativa desses serviços às

cooperativas

A descarga dos materiais será feita nos locais indicados pela SEMMA,

representados pelas centrais de triagem operadas por cooperativas participantes.

Para este serviço, a Contratada deverá mobilizar equipes compostas por, no

mínimo, 02 (dois) coletores e 01 (um) motorista, acompanhados de 01 (um) caminhão

coletor compactador de 15 m³ dotado de sistema hidráulico de içamento e

tombamento de contêineres (lift) e munidos de ferramentas adequadas, como

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vassourão, pá e garfo. Fica a Contratada obrigada a observar, no dimensionamento da

guarnição, essa composição mínima da equipe para este serviço.

O fornecimento dos contêineres, a serem dimensionados nas quantidades

necessárias para cada estabelecimento, bem como sua manutenção, serão providos

pela contratada ou em parcerias com empresas através dos acordos locais para

logística reversa.

As unidades deverão disponibilizar, às suas expensas, um local de fácil

acesso, com aproximadamente 04 m² por contêiner, dotado de piso de concreto liso

para não prejudicar o sistema de rodízio por ocasião da movimentação.

A execução dos serviços será feita mediante orientação da SEMMA, nas

escolas municipais, unidades de serviço de saúde e outros próprios públicos

municipais indicados na Relação a ser apresentada a SEMMA.

Deverá ser implantado 01 contêiner para cada local relacionado, conforme sua

demanda.

A periodicidade com que deverá ser executado este serviço deverá ocorrer

pelo menos 01 dia por semana.

O serviço será executado de 2ª feira a sábado, desde que o expediente da

unidade permita, e somente no período diurno, das 08:00 às 16:20 h.

A Contratada deverá executar o plano de trabalho devidamente aprovado pela

SEMMA, dando ciência prévia a todas as unidades, dos dias e horários em que o

serviço será executado, através da distribuição da informação em impresso próprio.

As despesas decorrentes de todo o processo de divulgação, incluindo

elaboração do material, impressão, distribuição e o mais que se fizer necessário para

a perfeita divulgação, são de inteira responsabilidade da Contratada.

15.8.6.3 COLETA SELETIVA DE ÓLEOS VEGETAIS COMESTÍVEIS

Especificações técnicas

O serviço de coleta seletiva de óleos vegetais comestíveis compreende o

recolhimento regular de óleos mistos servidos que, gerados em cozinhas domiciliares

e industriais, tenham condições de destinação para cooperativa de transformação em

biodiesel e posterior comercialização junto às empresas que tenham potencial de

utilização de energia renovável.

A coleta desses óleos se dará em domicílios, pontos de entrega voluntária e

em grandes geradores.

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No caso dos domicílios e grandes geradores, o material deverá ser

apresentado em vasilhames estanques, para que possa ser despejado em bombonas

de PEAD de 200 litros, posicionadas no veículo coletor e, em seguida, devolvido aos

geradores, caso assim queiram.

Esgotada a capacidade de coleta do equipamento compactador, os caminhões

deverão dirigir-se, aos Centros de Triagem.

Por ocasião da entrega dos resíduos será emitido um comprovante de

operação (ticket) em, no mínimo 03 (três) vias, sendo que: a primeira via será entregue

à Coordenadoria Setorial de Coleta Seletiva, para conferência; a segunda via ao

destinatário final (Central de Triagem – Cooperativas); e a terceira via à Contratada no

ato da entrega dos resíduos.

A Contratada manterá arquivado o registro de cada operação no sistema

informatizado (via eletrônica), de modo a qualquer momento poder reproduzir os

dados de cada operação, até a transferência gradativa desses serviços às

cooperativas

A descarga dos materiais será feita nos locais indicados pela SEMMA,

representados pelas centrais de triagem operadas por cooperativas participantes.

Para este serviço, a Contratada deverá mobilizar equipes compostas por, no

mínimo, 01 (um) coletor e 01 (um) motorista, acompanhados de 01 (um) veículo

utilitário tipo furgão, com compartimento de carga fechado, com capacidade de até

1.635 Kg e munidos de acessórios adequados, como vassourão, balde de metal,

material tensoativo, detergente e bombona de 200 litros com boca larga e tampa.

A implantação do plano de coleta seletiva de óleos vegetais comestíveis será

executada conforme Relação inicial de Endereços apresentada à SEMMA e de forma

gradativa em função da adesão de outros geradores.

Para isso, a Contratada deverá implantar e divulgar os planos de sensibilização

e conscientização com ênfase em segregação (separação) dos óleos na fonte

geradora, com o objetivo de garantir a implantação de novos atendimentos e

ampliação dos existentes.

A periodicidade com que deverá ser executado este serviço deverá ser definida

a partir das quantidades geradas em cada local no decorrer do contrato, ocorrendo no

mínimo um dia por semana, de 2ª feira a sábado e no período diurno das 08:00 às

16:20 h. O serviço somente poderá ser interrompido nos feriados civis e religiosos,

mediante autorização prévia e expressa da SEMMA.

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A Contratada deverá executar o plano de trabalho devidamente aprovado pela

SEMMA, dando ciência prévia, através de panfletos e outros meios de comunicação, a

todos os domicílios e estabelecimentos comerciais, dos dias e horários em que o

serviço será executado, através da distribuição da informação em impresso próprio,

aprovado pela SEMMA.

As despesas decorrentes de todo o processo de divulgação, incluindo

elaboração do material, impressão, distribuição e o mais que se fizer necessário para

a perfeita divulgação, são de inteira responsabilidade da Contratada.

15.8.6.4 COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS DOMICILIARES ESPECIAIS

Especificações técnicas

Define-se como coleta de resíduos domiciliares especiais, em pontos de

entrega voluntária, em pequenos geradores, nos ecopontos e os gerados por desovas

clandestinas, a coleta de materiais que sejam caracterizados:

• Classe I (perigosos) NBR 10.004 ABNT, e

• Classe A, B e E (resíduos infectantes, químicos e perfurocortantes) CONAMA

358 de 29/04/05 e da Resolução ANVISA RDC 306 de 07/12/04,

• Resoluções 257 e 258 para Pneumáticos inservíveis e Pilhas e Baterias

respectivamente, tais como: pilhas, baterias, pneumáticos descartados,

lâmpadas fluorescentes, medicamentos vencidos, resíduos químicos, sucatas

eletrônicas e resíduos tecnológicos,

• Resíduos definidos nas seis classes de especiais (lâmpadas fluorescentes,

pilhas e baterias, embalagens de agrotóxicos e de óleos lubrificantes,

pneumáticos, tecnológicos e de serviços de saúde)

Esses resíduos serão destinados ao ecoponto municipal (Central de

Estocagem Temporária, localizada de acordo com a conveniência da SEMMA) para

garantir a gestão ambientalmente segura de recebimento, acondicionamento

provisório, estocagem e posterior destinação final; estabelecida pela contratante e em

parceria com as associações que congreguem as empresas responsáveis pela

fabricação ou importação desses materiais; após acordos setoriais visando

responsabilização compartilhada e logística reversa.

Esgotada a capacidade de coleta do equipamento compactador, os caminhões

deverão dirigir-se, aos Centros de Triagem.

Por ocasião da entrega dos resíduos será emitido um comprovante de

operação (ticket) em, no mínimo 03 (três) vias, sendo que: a primeira via será entregue

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121

à Coordenadoria Setorial de Coleta Seletiva, para conferência; a segunda via ao

destinatário final (Central de Triagem – Cooperativas); e a terceira via à Contratada no

ato da entrega dos resíduos.

A Contratada manterá arquivado o registro de cada operação no sistema

informatizado (via eletrônica), de modo a qualquer momento poder reproduzir os

dados de cada operação, até a transferência gradativa desses serviços às

cooperativas

A descarga dos materiais será feita nos locais indicados pela SEMMA,

representados pelas centrais de triagem operadas por cooperativas participantes.

Para este serviço, a Contratada deverá mobilizar equipe compostas por, no

mínimo, 01 (um) coletor, 01 (um) motorista, acompanhado de 01 (um) veículo utilitário

tipo furgão, com compartimento de carga fechado, com capacidade de até 1.635 Kg e

munido de ferramentas adequadas, como vassourão, pá e bombona de 200 litros.

A periodicidade com que deverá ser executado este serviço será definida a

partir das quantidades geradas em cada local, ocorrendo no mínimo em 1 dia por

semana.

Deverá ser prevista a utilização do veículo utilitário (tipo furgão) como um ponto

rotativo de entrega voluntária de resíduos especiais, devendo obedecer a um

cronograma de divulgação, pela Contratada, que venha prever a setorização deste

atendimento.

O plano de sensibilização e de utilização desta equipe deverá atender, pela

Contratada, a mesma setorização de coleta estabelecida no serviço de coleta seletiva

em escolas e próprios públicos municipais; locais que serão equipados pela

Contratante para acondicionamento destes resíduos.

O serviço será executado de 2ª feira a sábado, e somente no período diurno,

das 08:00 às 16:20 h. Portanto, o serviço de coleta de resíduos perigosos em pontos

de entrega voluntária, pequenos geradores e das desovas clandestinas só poderá ser

interrompido nos feriados civis e religiosos, mediante autorização prévia e expressa da

SEMMA.

As despesas decorrentes de todo o processo de divulgação, incluindo

elaboração do material, impressão, distribuição e o mais que se fizer necessário para

a perfeita divulgação, são de inteira responsabilidade da Contratada.

15.8.6.5 CONTÊINERES DE PEAD DE 1,2 M³

Especificações técnicas

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122

Os contêineres com capacidade volumétrica de 1,2 m³ deverão ser utilizados

para a armazenagem e coleta de material reciclável dentro do processo de coleta

seletiva nas escolas municipais e nos próprios públicos.

Em relação às unidades escolares, seu fornecimento se restringirá às escolas

públicas municipais e deverá observar as seguintes especificações técnicas:

Os contêineres deverão ser de PEAD (Polietileno de Alta Densidade)

compostos de tampa, corpo, rodízio e dispositivos para permitir o içamento pelos

caminhões coletores compactadores. O PEAD deverá apresentar matéria prima

aditivada com anti-UV.

Todos os elementos de fixação das ferragens e de peças metálicas, tais como

eixos, rodízios e pinos serão fabricados em aço com tratamento anticorrosivo através

de eletrozincagem ou similar.

Os contêineres deverão ser dotados de duas rodas de aro de 20 cm, fabricadas

em PEAD virgem e bandagem de borracha maciça e um eixo maciço, com dispositivo

antifurto e engato automático para as rodas.

A manutenção dos contêineres deverá ser executada periodicamente nas

unidades ou quando a fiscalização exigir, incluindo a utilização de produtos

específicos, como detergentes e aromatizantes.

15.9 MOBILIZAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

15.9.1 SÍNTESE DAS ATIVIDADES DO SETOR DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA

COORDENADORIA DE COLETA SELETIVA

15.9.1.1 PLANEJAMENTO: AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E MOBILIZAÇÃO

SOCIAL

1- Desenvolvimento e implantação de planilhas de controle:

1.1-1. Atividades mensais de educação ambiental e mobilização social

1.1-2. Atividades mensais de utilização de transporte municipal na educação ambiental

1.1-3. Síntese mensal de todas as atividades da supervisão de educação ambiental

2- Desenvolvimento e descrição das atividades

2.1-1. Roteiro de palestras e exposições

2.1-2. Roteiro de sensibilização de munícipes para coleta seletiva porta a porta.

3- Desenvolvimento de conteúdo de palestras de educação ambiental:

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123

3.1-1. Minimização, reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos urbanos

3.1-2. Resíduos especiais (pneus, pilhas, baterias, lâmpadas, embalagens de óleo

lubrificante, etc)

3.1-3. Resíduos de óleos comestíveis pós consumo

3.1-4. Coleta seletiva

3.1-5. Desenvolvimento sustentável das cooperativas

3.1-6. Criação do Departamento de Limpeza Urbana

3.1-7. Resíduos da construção civil (entulho)

3.1-8. Aspectos técnicos, premissas e atendimento à Politica Nacional de Resíduos

Sólidos.

3.1-9. Compostagem

4- Controle dos serviços do contrato de limpeza urbana (planejamento, execução,

medições, educação ambiental, fiscalização).

4.1-1. Coleta seletiva em próprios públicos municipais

4.1-2. Contêineres de PEAD – 1,2 m³ p

5- Montagem de Kit’s de reciclagem:

5.1-1. folhetos

5.1-2. cartilhas

5.1-3. brindes (Bottons, imãs de geladeira, camisetas, etc)

5.1-4. painéis

6- Estruturação da Supervisão de Educação Ambiental (Edificações e equipamentos)

7- Atividades complementares (parcerias)

7.1-1. Teatro Escolar

7.1-2. Filme institucional

7.1-3. Portal Prefeitura Municipal

7.1-4. Diário Oficial do Município

7.1-5. Oficinas de reciclagem

7.1-6. Capacitação pessoal

8- Capacitação pessoal

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124

8.1- Participação em cursos, eventos, palestras que capacitem funcionários para as

atividades de gestão de resíduos, cooperativismo, meio ambiente e educação

ambiental

8.2- Visitas técnicas a municípios, cooperativas, empresas de reciclagem e/ ou

transformação

8.3- Capacitação continuada das cooperativas

8.4- Implantação de Grupo intersetorial de Educação Ambiental, com participação das

Secretarias de Educação, Meio Ambiente, Saúde, Obras, Turismo entre outras;

15.9.2 SÍNTESE DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA

COORDENADORIA DE COLETA SELETIVA

15.9.2.1 (GRUPO DE 35 A 40 PESSOAS)

• Oferecido inicialmente aos coordenadores, aos professores e diretores; além

de funcionários (representantes) e alunos (representantes):

• Trajeto: SEMMA/Escola (palestra e vídeo)/ Cooperativas (unidades de triagem

e valorização dos recicláveis)

15.9.2.2 PALESTRA E VÍDEO (GRUPO DE 100 A 200 PESSOAS): oferecido na

escola para atividades em massa.

• confecção e distribuição de folhetos / cartazes / faixas e cartilhas (escola /

SEMMA / parcerias com os comércios e condomínios locais).

15.9.2.3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES:

• Gincanas

• Premiação em concurso de cartazes e frases

• Estudo do meio

• Formação de agentes ambientais (representantes por classe)

• Peça teatral

• Câmbio verde: permuta de recicláveis por mudas de árvores ou livros ou

brindes.

• Brinquedoteca com recicláveis

• Oficina de reciclagem de papel

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125

Obs.: atividades a serem desenvolvidas pela escola e acompanhada pela SEMMA.

15.10 PLANOS DE COLETA

15.10.1 PLANO DE COLETA SELETIVA PORTA A PORTA

15.10.1.1 CONCEPÇÃO

Este plano de trabalho consiste na consolidação do plano de coleta seletiva

porta a porta já implantado na cidade de Cocalzinho de Goiás assim como na

ampliação de sua área de abrangência de modo a contemplar os bairros de maior

potencial de geração de resíduos recicláveis. Uma vez que o plano em epígrafe foi

concebido com base na divisão setorial do plano de coleta de resíduos sólidos

domiciliares, sua área de abrangência passa a cobrir cerca de 75% com ampliação

gradativa para 100% da região atendida pela coleta domiciliar.

Como meta, estima-se atingir o total de 36 toneladas por mês de resíduos

recicláveis dentro do prazo de quatro anos da vigência do contrato.

15.10.1.2 PLANEJAMENTO

Frequência e períodos de execução dos serviços

A execução dos serviços foi programada de modo a evitar a coincidência com

os dias e horários da coleta domiciliar regular evitando assim, a disponibilização

simultânea dos resíduos secos (recicláveis) e os úmidos (orgânicos) pela população.

Neste sentido os serviços serão executados em dois períodos, diurno e noturno

e de acordo com as freqüências a serem estipuladas pela SEMMA em conjunto com a

Secretaria de Obras.

Equipamento a ser utilizado

Para a execução da coleta seletiva será utilizado:

• Veículo coletor composto por caminhão leve, chassi toco, equipado com

caçamba gaiola.

Guarnições

As equipes de coleta são compostas por:

(01) um motorista

(02) dois coletores

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126

Metodologia de trabalho

O serviço será realizado de maneira manual com recolhimento porta a porta

dos resíduos disponibilizados pelos munícipes nos dias e horários pré-estabelecidos

no plano de trabalho.

Plano de trabalho

O plano de trabalho inicial foi estabelecido de acordo com a divisão setorial do

plano de coleta de resíduos domiciliares onde se procurou fundir dois ou três setores

para formação de cada setor de coleta seletiva porta a porta; devendo ser

gradativamente implantado o plano de cada setor seletiva equivalente ao setor de

coleta regular.

Quantidade inicial de mão de obra a ser empregada

De acordo com a quantidade de equipamentos necessários e composição

de guarnição a ser definida, será estipulado o contingente de mão de obra

necessário em conformidade com a SEMMA.

15.10.2. PLANO DE COLETA SELETIVA EM ESCOLAS, PRÓPRIOS PÚBLICOS

MUNICIPAIS, GRANDES GERADORES E LEV’S

Concepção

O plano de trabalho em questão consiste na coleta de resíduos recicláveis

disponibilizados por estabelecimentos considerados grandes geradores e em locais de

entrega voluntária.

Inicialmente o plano proposto deverá contemplar as escolas e prédios públicos

municipais. À medida que novos estabelecimentos sejam contemplados pelos

serviços, estes novos pontos serão incluídos no plano de trabalho; com previsão de

implantação até o final 2014 de todos os pontos de prédios públicos municipais,

atingindo ainda, grandes geradores.

Planejamento

Para planejamento das atividades de coleta seletiva em grandes geradores e

em locais de entrega voluntária foram definidos os parâmetros a seguir elencados,

sobre os quais delineou-se o plano de trabalho.

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127

Classificação dos estabelecimentos Quadro de classificação de

grandes geradores

Código Classificação Abrangência

01 Estabelecimentos de

saúde

-Hospitais

-Postos de saúde

-Centros de saúde

02 Rede municipal de

ensino – RME

-EM

-CEMEI

Creche municipal

03 Rede estadual de ensino

– REE

-EE

-Escolas de ensino

superior

04 Rede particular de

ensino – RPE

-Escola de ensino

infantil

-Escola de ensino

médio

-Escola de ensino

superior

-Universidades

05 Administração municipal

-Departamentos e

Secretarias da

Administração

municipal

06 Parques e bosques Áreas verdes

municipais

07 Autarquias e empresas

públicas

-Órgãos da

administração pública

estadual

- Órgãos da

Administração pública

federal

08 Comércios - Centros comerciais

09 Mercados - Mercearias

-Supermercados

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128

-Varejões

10 Empresas privadas –

comerciais

-Entidades da

iniciativa privada

11 Condomínios

residenciais

-Condomínios

residenciais

formalizados

horizontais ou

verticais

12 Comunidades

organizadas

- Bairros,vilas,

associações de

moradores e outros

desde que

comunitariamente

organizados

13 ONG´s

14 Clubes, hotéis e motéis

15 LEV’s -Locais de entrega

voluntária

16 Geradores de resíduos

compostáveis

Quadro 29 – Classificação dos Resíduos.

Freqüências e períodos de execução dos serviços

Para estabelecimento da freqüência de coleta em cada unidade geradora

procurou-se conciliar as necessidades de cada estabelecimento em função do tipo e

da quantidade gerada, das condições de acondicionamento interno dos recicláveis;

com as freqüências e períodos de suas coletas regulares.

Neste sentido está prevista a execução dos serviços em dois períodos (diurno

e noturno) em freqüências 6, 3, 2 ou 1 vez por semana; de acordo com a característica

de cada gerador.

Equipamento a ser utilizado

a) Equipamentos de propriedade do Contrato, para executar serviços de coleta

em escolas e próprios públicos municipais:

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129

Para a execução da coleta em escolas e próprios públicos municipais foi

considerada a disponibilidade dos seguintes equipamentos de propriedade da

contratada:

(01) um veículo coletor compactador, com lift para basculamento dos contêineres.

(10) dez contêineres de PEAD de 1,2 m³ cada.

b) Equipamentos de propriedade da Prefeitura Municipal, para executar serviços

em grandes geradores:

Para a execução da coleta em grandes geradores, LEV’s, do rejeito das

cooperativas e das reclamações foi considerada a disponibilidade dos seguintes

equipamentos de propriedade municipal:

um caminhão basculante;

Guarnições

As equipes de coleta serão compostas por:

(01) um motorista

(02) dois coletores

Plano de trabalho

Relação das escolas e próprios públicos municipais (a ser implantado)

Deve ser entregue a SEMMA no prazo de 30 (trinta) dias a relação dos

estabelecimentos a serem contemplados no plano de trabalho para escolas e prédios

públicos municipais, concebido de acordo com as diretrizes definidas neste projeto.

15.11 CRONOGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA COLETA SELETIVA

PORTA A PORTA

15.11.1.DADOS PARA IMPLANTAÇÃO DO CRONOGRAMA

População estimada de Cocalzinho de Goiás: 22.230 habitantes

Coleta regular média estimada: 585,59 ton/mês

Coleta regular média estimada: 18,89 ton/dia

Médias de dias de coleta regular (setores diários): 12/mês

Média de dias de coleta regular (setores alternados): 8/mês

N° de habitantes estimado por residência: 3,88 habitantes/ residência

Taxa média de geração de resíduos sólidos estimada: 0,851g/hab/dia

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130

Considere-se:

média de 12 dias de educação ambiental por mês.

necessidade, com a estrutura de mobilização social toda disponibilizada, de 03 dias

para divulgação de cada setor de coleta.

Concluímos com isso, o seguinte:

Possibilidade de divulgar 4 setores de coleta seletiva porta a porta/ mês.

Possibilidade de divulgar todos os setores de coleta seletiva porta a porta em 02

meses.

15.12 CRONOGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA COLETA SELETIVA EM ESCOLAS E PRÓPRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

Considere-se:

setores de coleta seletiva em escolas e próprios públicos municipais que divididos

por distritos dará os setores de coleta para divulgação.

média de 12 dias de educação ambiental por mês.

necessidade, com a estrutura de mobilização social toda disponibilizada, de 01 dia

para divulgação de cada prédio municipal.

Concluímos com isso, o seguinte:

Possibilidade de divulgar 12 PPM/ mês integrada junto aos técnicos de cada

Secretaria envolvida.

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131

CAPITULO IV – DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, AÇÕES E METAS

PARA MANEJO DIFERENCIADO DOS RESÍDUOS

16.1 DIRETRIZES ESPECIFICAS

O sistema de limpeza urbana de uma cidade deve ser institucionalizado

segundo um modelo de gestão que, na medida do possível e da realidade local, seja

capaz prioritariamente de promover a sustentabilidade econômica das operações;

preservar o meio ambiente e a qualidade de vida da população e, ainda, contribuir

para a solução dos aspectos sociais envolvidos com a questão.

Em todos os segmentos operacionais do sistema de limpeza deverão, assim,

ser escolhidas as melhores alternativas que atendam simultaneamente a duas

condições fundamentais: que sejam as mais econômicas e que sejam tecnicamente

corretas para o ambiente e para a saúde da população.

É assumido nesse estudo, também conforme entendimento do Instituto

Brasileiro de Administração Municipal (IBAM-2013), que o modelo de gestão dos

resíduos municipais deverá não somente permitir mas, sobretudo, facilitar a

participação da população na questão da limpeza urbana da cidade, para que esta se

conscientize das várias atividades que compõem o sistema e dos custos requeridos

para sua realização, e também que se conscientize de seu papel como agente

consumidor e, por conseqüência, gerador de lixo.

A conseqüência direta dessa participação popular poderá se traduzir, de fato,

na real possibilidade de se dar pleno atendimento à determinadas diretrizes

previamente estabelecidas pelos gestores públicos, quais sejam: (i) redução da

geração de lixo; (ii) manutenção dos logradouros limpos; (iii) acondicionamento e

disposição para a coleta adequados, e, como resultado final, (v) operações dos

serviços menos onerosas.

Também de encontro ao que recomenda IBAM (2013), entende-se que a base

para a ação política está na satisfação da população com os serviços de limpeza

urbana, cuja qualidade se manifesta na universalidade, regularidade e pontualidade

dos serviços de coleta e limpeza de logradouros, dentro de um padrão de

produtividade que denota preocupação com custos e eficiência operacional.

Assume-se no presente estudo que a gestão integrada de resíduos sólidos do

município de Cocalzinho de Goiás tem como princípio básico a prevenção, a

precaução, o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade socioambiental.

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Como “regras fundamentais” para a gestão dos resíduos, assegurando a saúde

da população e a proteção do ambiente, bem como a garantia de regularidade,

continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de

limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, adotam-se as seguintes prioridades:

• a não geração;

• a redução;

• o reuso;

• a reciclagem;

• a recuperação, incluindo a valorização energética e compostagem; e

• o tratamento e a destinação final adequadas.

Nesse sentido e considerando os preceitos contidos na legislação federal, para

o desenvolvimento de novos modelos de gestão de RSU a Prefeitura Municipal de

Cocalzinho de Goiás estabelece as seguintes diretrizes específicas:

• Promoção da responsabilidade compartilhada através da criação de

mecanismos de educação ambiental a todos os atores envolvidos com a

geração de RSU passando pelo setor produtivo, distribuidores e importadores,

setor de consumo (população), entre outros;

• Hierarquização da gestão passando pela implantação de sistemas que priorize

a redução dos resíduos na fonte de geração através da criação de mecanismos

de apoio institucional que incentive a utilização de matéria prima “limpa” com o

objetivo de gerar menos resíduos. Após a redução na fonte serão priorizados,

em ordem decrescente de importância, os processos de reutilização e

reciclagem de resíduos seguidos de implantação de sistemas de tratamento

para minimizar a destinação final para o aterro sanitário de apenas rejeito;

• Implantação de sistemas de tratamento de resíduos fundamentados em

processos que envolvam tecnologia de ultima geração com o mínimo de

impactos ambientais devidamente mitigados passando pela reciclagem

mecânica dos materiais, reciclagem biológica da matéria orgânica e reciclagem

energética dos materiais não recicláveis cumprindo assim plenamente a

legislação que exige a destinação em aterros somente de rejeito dos processos

de tratamento;

• Implantação do programa da coleta seletiva e logística reversa, reduzindo os

percentuais de rejeitos para a disposição final ambientalmente adequada;

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• Inclusão e fortalecimento da organização de catadores em forma de

cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais

reutilizáveis e recicláveis como forma de inclusão social; e

• Promover o envolvimento e o apoio da população, das empresas, da entidade

do terceiro setor, de todos os setores públicos municipais, das organizações

não governamentais e das empresas prestadoras de serviço de limpeza

urbana.

16.2 ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO EM REDES DE ÁREA DE MANEJO

LOCAL OU REGIONAL

A partir das características intrínsecas ao município, especialmente pelas

atuais condições do sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, foi

possível traçar as seguintes estratégias, em escala de prioridade macro, visando a

viabilização do novo sistema de gestão, conforme preconiza a Lei Federal:

• Fomentação de dispositivos legais municipais voltados ao adequado manejo e

trato com os resíduos sólidos e cujas diretrizes estejam relacionadas ao Plano

de Gerenciamento;

• Aquisição de infraestrutura necessária para a promoção de atividades de

educação ambiental bem como para prover a adequação e melhoria dos

sistemas de coleta, tratamento e disposição final de resíduos;

• Implementação de mecanismos de monitoramento e controle dos sistemas de

tratamento e disposição final do depósito a céu aberto a ser encerrado, do

aterro previsto para entrar em operação, bem como para os novos sistemas de

disposição final de rejeitos a serem implantados;

• Implantação do programa de coleta seletiva a fim de otimizar a eficiência de

coleta e aumento gradativo do material coletado, utilizando a participação de

cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais

reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda;

• Criar locais ou sistemas de estocagem temporária de materiais recicláveis

através de ecopontos, visando incentivar e promover a logística reversa; e

• Intensificação da participação das cooperativas no sistema de gestão de RSU,

não somente na triagem dos materiais oriundo da coleta seletiva mas também

na permissão de atuar no sistema com coleta própria devendo ser remunerada

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por todos os serviços desenvolvidos com relação a coleta, triagem e educação

ambiental que será realizado porta a porta pelas cooperativas.

16.3 METAS QUANTITATIVAS, AÇÕES E PRAZOS

Neste momento serão apresentadas as diretrizes especificas para atendimento

ao novo sistema de gestão. Tendo em vista a projeção de um horizonte de 20 (vinte)

anos foram traçadas metas contemplando cenários de curto (1 a 4 anos), médio (4 a 8

anos) e longo (8 a 20 anos) prazos.

Para cada meta estão especificadas as respectivas ações a serem

implementadas.

16.3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS - COLETA CONVENCIONAL E

DESTINAÇÃO FINAL

Cenário Atual:

A utilização dos serviços de coleta pública por parte da população de

Cocalzinho de Goiás e de seus distritos (frequência média de 3 vezes por semana)

apresenta, segundo o SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento,

atingiu o índice de 98% no ano de 2013. Com a intensificação dos programas

relacionados a gestão dos resíduos sólidos e ações de sensibilização da população

para a disposição adequada dos resíduos considera-se que vem sendo mantido o

atendimento satisfatório neste serviço.

Quanto ao transporte dos resíduos, até a área de destinação final atual - Lixão,

entende-se que as distâncias percorridas tendem a se manter nos níveis atuais, para

os diferentes cenários de prazo aqui estabelecidos.

O plano de encerramento do lixão será objeto de estudo específico focando os

monitoramentos necessários e o uso futuro da área.

Diretriz 01: Elevar a eficácia e otimizar o serviço de coleta convencional de resíduos

sólidos urbanos domiciliar

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Mecanização da coleta atingindo 20% do município.

Médio Prazo (4 a 8 anos): Mecanização da coleta atingindo 50% do município.

Longo Prazo (8 a 20 anos): Mecanização da coleta atingindo 100% do município.

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Diretriz 02: Ampliar a coleta de resíduos sólidos domiciliares na área rural, atingindo a

100% desta área

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Atingir a coleta regular em 60% da área rural do

município.

Médio Prazo (4 a 8 anos): Atingir a coleta regular em 80% da área rural do

município.

Longo Prazo (8 a 20 anos): Atingir a coleta regular em 100% da área rural do

município.

Ações para as diretrizes 1 e 2:

• Analisar os dados obtidos dos censos periódicos do IBGE e do Departamento

de Projetos / Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás;

• Promover a criação dos planos de coleta e mapas de coleta, de forma a

adequar e atender a demanda;

• Promover a reavaliação periódica e as adequações necessárias (incluindo

inovações tecnológicas) relativas aos quantitativos de veículos e/ou

equipamentos coletores e da mão de obra alocada;

• Promover adequações e ampliações na área e nas estruturas físicas e/ou

equipamentos coletores e mão de obra alocada;

• Desenvolver ações e direcionar o trabalho de educação ambiental para as

regiões com deficiência de uso do serviço e para as famílias de baixa renda;

• Desenvolver programas de divulgação dos serviços de limpeza pública e

sensibilização dos usuários;

• Alteração da concepção básica dos serviços atualmente praticados, mudando

a coleta de manual para mecanizada – conteinerização

Diretriz 03:

Ampliar as alternativas de tratamento dos resíduos sólidos urbanos, utilizando

tecnologias limpas;

Implantar sistemas que visam o tratamento mecânico, biológico e térmico;

Somente dispor em aterro sanitário os rejeitos do processo.

Metas:

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Curto Prazo (1 a 4 anos):

Implantação do novo Aterro a ser localizado em Abadiândia/GO;

Implantação de Unidade de Segregação, reciclagem e trituração – USBE a ser

definida pelo CORSAP;

Médio Prazo (4 a 8 anos):

Viabilização de uma Parceria Público Privada (PPP), para viabilidade econômico

financeira.

Longo Prazo (8 a 20 anos):

Operação de Unidade de Compostagem para os resíduos orgânicos compostáveis.

Ações:

• Obtenção das Licenças Ambientais para o novo Aterro;

• Elaboração de Plano de Encerramento do lixão;

• Estudar a viabilidade técnica e financeira das novas tecnologias, para a

seleção da mais adequada.

16.3.2 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS - COLETA SELETIVA

Cenário Atual:

Em Cocalzinho de Goiás não é feito o processo de coleta seletiva do tipo porta

a porta. Esta tende a ser criada com o intuito de abranger de forma inicial 50% dos

bairros da área urbana, com frequência de pelo menos 3 vezes por semana, sendo

realizados em dias específicos que não coincidem com os serviço de coleta domiciliar

regular conforme plano de trabalho.

Atualmente são coletados no município cerca 4,81 t/dia de materiais recicláveis

os quais não são reaproveitados, sendo descartado no lixão municipal. Tais valores

foram obtidos a partir de estudos gravimétricos realizados pelo SEMMA.

Diretriz 01:

Criação e Implementação do Programa de Coleta Seletiva, com a Inclusão social, a

partir da contratação de cooperativas pela Prefeitura Municipal;

Metas

Curto Prazo (1 a 4 anos):

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Atingir a quantia de 1,20 t/dia de resíduos recicláveis coletados (25% do potencial)

Contratação de Cooperativas - Remuneração

Instalação de equipamentos destinado à triagem e separação primária de

recicláveis, a ser instalado nas áreas pré-delimitadas pela SEMMA, de forma a

complementar as ações das cooperativas de reciclagens, atingindo as metas

propostas.

Médio Prazo (4 a 8 anos):

Atingir a quantia de 3,36 t/dia de resíduos recicláveis coletados (70% do potencial)

Longo Prazo (8 a 20 anos):

Atingir a quantia de 4,81t/dia de resíduos recicláveis coletados (100% do potencial)

Zerar os índices de rejeito nas unidades de triagem, dos 5% para 0%;

Ações:

• Divulgação do Programa de Coleta Seletiva e Mobilização Social;

• Implantação de Programa de Educação Ambiental, voltado à otimização da

coleta seletiva no município, conforme especificado no CAPITULO III deste

Plano.

• Implantação, pela Prefeitura Municipal, de toda a estrutura necessária ao

funcionamento das cooperativas – construção de barracão adequado à função,

com ventilação, em alvenaria, instalação dos equipamentos necessários

(prensas, balanças, carros para transporte, empilhadeiras e esteira de triagem,

fornecimento dos EPIs adequados, com investimentos que poderão ser

oriundos das esferas municipal, federal e privada.

• Implantação de equipamento destinado à triagem e separação primária de

recicláveis, a ser instalado no Centro Municipal de Triagem, de forma a

complementar as ações das cooperativas de reciclagens, de forma a atingir as

metas propostas.

• Prospectar Grandes Geradores para parceria e destinação de seus recicláveis

às cooperativas municipais, obtendo material com grande volume e melhor

qualidade;

• Prospectar geradores comerciais e industriais para parceria na capacitação

voluntária, na estruturação das cooperativas e na confecção de material de

educação ambiental;

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• Fomentar apoio técnico, administrativo e legal necessários para a adequação e

habilitação das cooperativas, que deverão estar devidamente adequadas

seguindo minimamente as seguintes condições;

As cooperativas serão contratadas a partir do momento em que se habilitarem

e atenderem a legislação, criando assim um fluxo contínuo, de acordo com as

seguintes leis, normas e procedimentos:

LEI 12.305/10:

Capítulo III- Das responsabilidades dos geradores e do poder público

Seção II – Da responsabilidade Compartilhada

Artigo 36 ...gestão integrada de resíduos sólidos

Parágrafo 1º. Para o cumprimento do disposto nos incisos I a IV da caput , o titular dos

serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos PRIORIZARÁ A

ORGANIZAÇÃO E O FUNCIONAMENTO DE COOPERATIVAS OU DE OUTRAS

FORMAS DE ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS REUTILIZÁVEIS E

RECICLÁVEIS FORMADAS POR PESSOAS FÍSICAS DE BAIXA RENDA, BEM

COMO SUA CONTRATAÇÃO.

Parágrafo 2º. A contratação prevista é dispensável de licitação...

Entendimento: Cabe ao contratante (Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás)

prover os recursos financeiros necessários para a organização e o funcionamento da

cooperativa

Investimentos mínimos: técnicos operacionais (prensa, mesa e/ou esteira, reformas,

empilhadeira, EPI etc.

CONDIÇÕES PARA A CONTRATAÇÃO DA COOPERATIVA

1. Condições legais

2. Condições técnicas

3. Condições econômicas

4. Condições de controle

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1. Condições legais (Lei n° 5.764 /71)

Atas de fundação, estatuto, registro na JUCEG, registro na RF, certidões

negativas de débitos públicos e processos trabalhistas, inexistência de grau de

parentesco(até 2º. Grau) da diretoria, comprovantes individuais de GRPS,

comprovantes de existência dos fundos obrigatórios, conta bancária, atas de

assembléias e funcionamento há mais de 2 meses.

2. Condições técnicas

5 membros*(pelo menos), corpo técnico de apoio, espaço condizente, equipamentos

mínimos, plano organizacional, EPIs, EPC’s, ergonomia, plano de contenção de

pragas e alvará de funcionamento.

3. Condições econômicas

• Plano de negócio

• Capacidade de produção

• Volume necessário de investimento

• Estratégia de reposição dos equipamentos

• Plano de capacitação técnica dos membros da cooperativa

• Estratégia de remuneração

• Valor médio mensal das remunerações

• Composição dos fundos

4. Condições controle

• Entrega de documentos mensal, trimestral, semestral e anual:

• Comprovantes de pagamento/rendimentos

• Atestados de saúde ocupacional

• Atas de assembleias

FORMA DE CONTRATAÇÃO DA COOPERATIVA

Contrato de prestação de serviços:

Item 1: Investimentos necessários - Aporte inicial total ou aporte parcelado

Item 2: Pagamento pelos serviços de coleta, triagem e destino dos recicláveis -

Pagamento por tonelada/produção mensal – meta de produção ajustada

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16.3.3 RESÍDUOS DA LIMPEZA URBANA

A execução dos serviços de limpeza urbana atinge atualmente 80% dos bairros

da sede municipal bem como dos distritos, com frequência variável que vai de uma

vez por semana a diária, dependendo da região da cidade.

Complementarmente aos serviços de varrição manual, também estão aqui

incluídos os serviços de manutenção e conservação de áreas verdes, com resíduos

que se caracterizam por aparas de gramados, galhos e troncos provenientes de

atividades de jardinagem.

16.3.3.1 VARRIÇÃO MANUAL

Cenário Atual: A varrição de vias e logradores percorre aproximadamente 95% de

toda a rede municipal, parques e praças, terminais rodoviários, áreas comerciais,

eventos culturais e esportivos, grandes avenidas e em locais de grande fluxo de

pessoas.

Diretriz: Atender 100% das áreas comerciais do município, principais entradas e

saídas da cidade e locais de grande fluxo de pessoas

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Atingir 35% das áreas comerciais localizadas nos bairros

(Distritos de Girassol e Edilândia)

Médio Prazo (4 a 8 anos): Atingir 70% das áreas comerciais localizadas nos bairros

(Distritos de Girassol e Edilândia)

Longo Prazo (8 a 20 anos): Atingir 100% das áreas comerciais localizadas nos

bairros (Distritos de Girassol e Edilândia)

Ações:

• Implantação de papeleiras em todas as áreas atendidas pelo setor de varrição

manual;

• Aumento das equipes de serviços de varrição

16.3.3.2 VARRIÇÃO MECANIZADA

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Cenário Atual: Este serviço não é contemplado atualmente pelo sistema de limpeza

urbana do município.

Diretriz: Implantar varrição mecanizada em grandes avenidas, corredores de ônibus e

calçadões

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Atingir 25% das grandes avenidas, corredores de ônibus e

calçadões

Médio Prazo (4 a 8 anos): Atingir 50% das grandes avenidas, corredores de ônibus

e calçadões

Longo Prazo (8 a 20 anos): Atingir 100% das grandes avenidas, corredores de

ônibus e calçadões

Ações: Contratação de serviços de equipamentos mecânicos.

16.3.3.3 LIMPEZA DE BOCA DE LOBO

Cenário Atual: Atualmente o município não conta com uma equipe para a limpeza de

boca de lobo e coleta de seus resíduos.

Diretriz: Elevar a eficiência de limpeza coleta em todo o município

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Melhorar a eficiência do serviço com a utilização de 1

equipe.

Médio Prazo (4 a 8 anos): Melhorar a eficiência do serviço com a utilização de 2

equipes.

Longo Prazo (8 a 20 anos): Melhorar a eficiência do serviço com a utilização de 3

equipes.

Ações: Contratação de equipes para a execução e aprimoramento dos serviços

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16.3.3.4 LIMPEZA E LAVAGEM DE FEIRAS LIVRES

Cenário Atual: Atualmente no município o serviço de limpeza e lavagem de feiras

livres encontra-se eficiente. Nas coletas de feira livre não há qualquer tipo de

segregação dos resíduos coletados, sendo que os mesmos são encaminhados ao

lixão.

Diretriz 01: Containerização do Serviço

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Conteinerização de 50% do total de feiras livres

Médio Prazo (4 a 8 anos): Conteinerização de 100% do total de feiras livres

Ações: Contratação de equipes para a execução e aprimoramento dos serviços

Diretriz 02: Segregação dos diferentes tipos de resíduos gerados com intuito de

encaminhar os restos de vegetais para a compostagem e os resíduos recicláveis para

as centrais de triagem.

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Implantação de coleta seletiva em 50% do total de feiras

livres

Médio Prazo (4 a 8 anos): Implantação de coleta seletiva em 100% do total de feiras

livres

Ações para as diretrizes 1 e 2:

• Programa de Educação Ambiental / Mobilização Social

• Destinação do material orgânico para unidades de compostagem a serem

implantadas

16.3.4 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO (RDCC)

Cenário Atual: Atualmente não se tem ações concretas de reciclagem de resíduos de

construção civil no município. Cabe ao CORSAP definir o local para a construção de

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143

uma unidade que irá receber material dos estabelecimentos públicos dos municípios

participantes do consórcio, de particulares, dos ecopontos e pontos verdes e das

entregas diretas por caçambeiros.

Após processamento este servirá para produção de material granulado

utilizado como material de sub-base de pavimentação e recuperação de estradas

vicinais e artefatos de cimento sem responsabilidade técnica.

Outro aspecto importante a ser considerado é o fato de que grande parte dos

geradores são moradores e comerciantes que fazem pequenas obras e reformas.

Estes geradores ainda não têm conhecimento e nem estímulo para lidar de

forma adequada com este tipo de resíduo temporário. A prática corrente e adotada

pela grande maioria ainda é a de contratar uma caçamba para deposição de todos os

tipos de resíduos e rejeitos, sem qualquer preocupação com a segregação ou a

destinação destes resíduos.

Este é, portanto, um dos grandes desafios a ser enfrentado pelo município,

quando se fala no controle do RCD; ou seja, as propostas apresentadas para

desenvolvimento deste tema, deverão contemplar aspectos legais, institucionais,

organizacionais, operacionais, além do componente de educação ambiental, voltado a

informar, esclarecer e capacitar os diferentes atores envolvidos.

Os geradores e os agentes de transporte destes resíduos encaminham os

mesmos para o depósito a céu aberto no município.

Também existem disposições finais destes resíduos em botas fora, de forma

ilegal e inadequada.

Diretriz:

- Regularizar a situação destes resíduos, conforme determina a RESOLUÇÃO

CONAMA 307/2002.

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos):

Regularizar a situação destes resíduos, conforme a RESOLUÇÃO CONAMA

307/2002.

Aprovação e implantação efetiva de Lei Municipal

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Médio e Longo Prazo (4 a 20 anos): As metas para médio e longo prazo serão

definidas após a aprovação da Lei e seu decreto regulamentador, que Implementa o

Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

Ações:

Cadastramento do gerador e do agente responsável pelo transporte, conforme

modelo municipal.

Apresentação de um Plano de Gestão dos Resíduos da Construção Civil, contendo

(CONAMA 307):

Medidas de não geração dos resíduos

Medidas de redução da geração

Medidas de reutilização e reciclagem

Medidas de segregação na obra, para os resíduos classificados de A a D conforme

CONAMA 307.

Propostas de destinações finais

Somente aceitar resíduos dos geradores / agentes de transporte, mediante

apresentação de MANIFESTO DE CARGA.

Somente receber classes A e B, devidamente separadas.

Fiscalização visual na entrada e na descarga do resíduo.

Desconformidades serão devolvidas ao gerador / agente de transporte, com as

devidas justificativas (relatório fotográfico)

Eliminar o passivo existente, através de seleção, classificação granulométrica e

britagem, com reciclagens e reusos dos materiais obtidos.

Dar disposição final adequada aos rejeitos gerados.

16.3.5 RESÍDUOS VOLUMOSOS

Cenário Atual: Atualmente o município de Cocalzinho de Goiás não conta equipes

específicas para a coleta de resíduos volumosos, sendo que a coleta é abrangente a

toda a área urbana. No entanto, em virtude da grande geração destes resíduos, esta

coleta não é eficiente, atendendo apenas de 15 a 20% do total de demanda. Estes

resíduos coletados são dispostos no lixão municipal.

Diretriz 01: Elevar a eficiência de coleta de resíduos volumosos em todo o município

Metas:

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Curto Prazo (1 a 4 anos): Atingir 40% do total da demanda gerada no município, com a

utilização de 1 equipe.

Médio Prazo (4 a 8 anos): Atingir 70% do total da demanda gerada no município, com

a utilização de 2 equipes.

Longo Prazo (8 a 20 anos): Atingir 100% do total da demanda gerada no município,

com a utilização de 3 equipes.

Ações: Contratação de equipes para a execução e aprimoramento dos serviços

Diretriz 02: Triar material passível de ser reutilizado ou reciclado e consequentemente

reduzir a quantidade de destinação de resíduos volumosos dispostos no novo aterro

sanitário.

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Separar 20% do total de resíduos volumosos coletados e

encaminhar para reutilização ou reciclagem

Médio Prazo (4 a 8 anos): Separar 40% do total de resíduos volumosos coletados e

encaminhar para reutilização ou reciclagem

Longo Prazo (8 a 20 anos): Separar 60% do total de resíduos volumosos coletados e

encaminhar para reutilização ou reciclagem.

Ações: Criar centrais de triagem para separação dos materiais passíveis de

reciclagem.

16.3.6 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)

Cenário Atual: No município a coleta de resíduos de saúde atende apenas as

unidades de saúde públicas.

As coletas tem freqüência quinzenal em razão da geração de resíduos de cada

gerador.

Os resíduos são levados ao município de Senador Canedo onde são tratados

em fornos de micro-ondas, sendo que os resíduos devidamente tratados e

descontaminados são devidamente dispostos em Aterro Sanitário.

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Diretrizes:

Manter 100% de coleta nos grandes e pequenos geradores, tanto Públicos com

Privados, para os Resíduos de Classes: A (Infectantes), D (comuns) e E

(perfurocortantes);

Realizar o controle e manejo da gestão dos resíduos de Classe B(químicos), para

medicamentos vencidos; e

Garantir 100% de atendimento as legislações Municipais, Estaduais e Federais,

para todo manejo da: sensibilização, segregação e acondicionamentos internos até as

destinações finais adequadas.

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos):

Aprimorar a segregação dos diferentes grupos de resíduos, oferecendo os diversos

serviços indicados em legislação;

Regularizar as inadequações e ilegalidades apontadas pela fiscalização da SEMMA,

pela Vigilância em Saúde, pela empresa contratada e pelos geradores.

Médio Prazo (4 a 8 anos):

Manter o correto e eficiente manejo dos RSS oferecido aos estabelecimentos

geradores, com a devida cobrança de preço público.

Longo Prazo (8 a 20 anos):

Manter o correto e eficiente manejo dos RSS oferecido aos estabelecimentos

geradores, com a devida cobrança de preço público

Ações:

• Padronizar e normatizar procedimentos internos junto a agentes de saúde e

fiscais de limpeza pública quanto a: descarte, armazenamento provisório,

coleta, transporte, tratamento e destinação final de RSS em pequenos e

grandes geradores;

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147

• Atender as respectivas legislações municipais, estaduais e federais,

capacitando tecnicamente os agentes públicos para implantação dos Planos de

Resíduos e a Política Nacional de Resíduos Sólidos;

• Conscientizar pequenos e grandes geradores quanto ao melhor manejo

interno, descarte e acondicionamento provisório de seus resíduos de saúde,

com foco a minimização e segregação na fonte;

• Treinar agentes públicos para a valorização da fiscalização dos serviços de

coleta de RSS no contrato de limpeza urbana, avaliando: setores, periodicidade

de coleta, monitorando as possíveis falhas de acondicionamento e descarte

nos geradores, bem como no atendimento de coleta e no tratamento e

destinação final desses resíduos;

• Apoiar a educação ambiental intersetorial no desenvolvimento de cartilhas,

folhetos, outdoor, vídeos que possam ser distribuídos e trabalhados junto aos

funcionários dos serviços de saúde e população em geral, visando a

minimização da geração e reciclagem dos resíduos sólidos urbanos com

ênfase aos RSS.

• Estudar providências de cobrança de preço público pela prestação do serviço

de coleta, transporte e tratamento de RSS em pequenos geradores privados,

por serem responsáveis pela gestão de seus resíduos; e

• Avaliar técnica e operacionalmente a viabilidade de instalação de balanças e

impressoras individuais para cada veículo coletor de RSS em pequenos

geradores privados, para efetivar a cobrança por peso de cada

estabelecimento gerador de RSS;

16.3.7 RESÍDUOS TECNOLÓGICOS (LÂMPADAS, PILHAS, BATERIAS.

ELETROELETRÔNICOS) – LOGISTICA REVERSA

Cenário Atual: No município não ocorre a coleta de resíduos tecnológicos, no qual

são incluídos lâmpadas, pilhas, baterias, e materiais eletroeletrônicos.

Diretrizes:

Realizar o controle e manejo da gestão dos resíduos tecnológicos;

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Garantir 100% de coleta dos resíduos tecnológicos de origem domiciliar, e de todo

manejo da: sensibilização, segregação e acondicionamentos internos até as

destinações finais adequadas; através de estruturação no contrato de limpeza urbana

e de parcerias junto aos fabricantes, importadores e distribuidores desses resíduos;

garantindo-se assim responsabilização compartilhada e a logística reversa

preconizadas na PNRS.

Fomentar a coleta dos resíduos tecnológicos de origem comercial e industrial, além

de contribuir para garantia de todo manejo adequado nesses geradores, desde a:

sensibilização, segregação e acondicionamentos internos até ao tratamento e

destinação final; respeitando-se as legislações ambientas pertinentes.

Efetuar ações e gestões junto ao setor produtivo e respectivas associações, para a

destinação final adequada destes resíduos, conforme determinam os princípios da

LOGISTICA REVERSA mencionados na Lei Federal 12305/2010, para quem os

setores produtivos são os responsáveis pelas ações de coleta, armazenamento e

destinação final dos mesmos.

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Implantação de 1 Ecoponto em cada UTP, cuja localização

será definida pela SEMMA.

Médio Prazo (4 a 8 anos): Implantação de 2 novos Ecopontos em cada UTP, cuja

localização será definida pela SEMMA.

Longo Prazo (8 a 20 anos): a ser avaliado e dimensionado durante a avaliação deste

Plano.

Ações:

• Ampliação do programa de coleta seletiva, conforme detalhado em item

específico deste trabalho;

• Implantar os equipamentos necessários à coleta, ao armazenamento e ao

transporte dos mesmos.

16.3.8 RESÍDUOS ESPECIAIS (PNEUMÁTICOS, EMBALAGENS DE AGROTÓXICO

E DE ÓLEOS LUBRIFICANTES)

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Cenário Atual: No município não se tem a coleta de resíduos especiais, no qual são

incluídos pneumáticos, embalagens de agrotóxicos e de óleos lubrificantes.

Diretrizes:

Realizar o controle e manejo da gestão dos resíduos especiais;

Garantir 100% de coleta dos resíduos pneumáticos de origem domiciliar ou de

pequenos geradores, e de todo manejo da: sensibilização, segregação e

acondicionamentos internos até as destinações finais adequadas; através de

estruturação no contrato de limpeza urbana e de parcerias junto aos fabricantes,

importadores, a ANIP (Associação Nacional das Indústrias de Pneumáticos) e

distribuidores desses resíduos; garantindo-se assim responsabilização compartilhada

e a logística reversa preconizadas na PNRS.

Fomentar a coleta dos resíduos especiais (embalagens de agrotóxicos e de

lubrificantes) de origem comercial e industrial, além de contribuir para garantia de todo

manejo adequado nesses geradores, desde a: sensibilização, segregação e

acondicionamentos internos até ao tratamento e destinação final; respeitando-se as

legislações ambientas pertinentes.

Efetuar ações e gestões junto ao setor produtivo e respectivas associações, para a

destinação final adequada destes resíduos, conforme determinam os princípios da

LOGISTICA REVERSA mencionados na Lei Federal 12305/2010, para quem os

setores produtivos são os responsáveis pelas ações de coleta, armazenamento e

destinação final dos mesmos.

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Implantação de 02 Ecopontos a serem distribuídos pela

SEMMA.

Médio Prazo (4 a 8 anos): Implantação de 04 novos Ecopontos a serem distribuídos

pela SEMMA.

Longo Prazo (8 a 20 anos): a ser avaliado e dimensionado durante a avaliação deste

Plano.

Ações:

• Ampliação do programa de coleta seletiva, conforme detalhado em item

específico deste trabalho;

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16.3.9 ÁREAS DE PASSIVOS AMBIENTAIS

Cenário Atual: Os passivos ambientais caracterizados pelos lixões a serem

encerrados ainda em operação situados no município devem iniciar a fase de

reabilitação, podendo ser destacadas as seguintes ações a serem adotadas:

I – lixão: área deve ser desativada e cercada, concluídas as etapas de investigações

confirmatória e detalhada, bem como o estudo de avaliação de risco, com

continuidade de monitoramento ambiental periódico – gases, águas superficiais e

subterrâneas.

Diretrizes:

• Dar inicio às ações de revitalização das áreas do lixão de modo a tornar as áreas

aptas ao uso atual e futuro.

Metas

Curto Prazo (1 a 4 anos):

Atender as exigências técnicas constantes na legislação federal;

Médio Prazo (4 a 8 anos) e Longo Prazo (8 a 20 anos):

Dar continuidade nas ações de monitoramento do local.

Estratégias:

Implantar e manter medidas operacionais adequadas como também licitar as obras

e serviços necessários.

16.3.10 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS - COMPOSTAGEM

Cenário Atual: Não se tem registros de processos de compostagem oferecidas pelo

município.

Metas

Curto Prazo (1 a 4 anos):

Elaborar o Plano Municipal de Compostagem e otimizar a coleta dos resíduos

oriundos das podas.

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151

Médio Prazo (4 a 8 anos):

Diminuição dos índices de rejeito nas unidades de compostagem, dos 15% para 5%;

Aquisição e implantação da usina de compostagem para todos os resíduos com

características orgânicas recebidos no aterro.

Longo Prazo (8 a 20 anos):

Zerar os índices de rejeito nas unidades de compostagem, dos 5% para 0%;

Estabelecer metas quantitativas em função dos resultados de avaliação deste

Plano.

Ações:

• Divulgação do Programa de Coleta Seletiva e Mobilização Social para

segregação de orgânicos, visando a compostagem;

• Implantação de Programa de Educação Ambiental para compostagem, voltado

à otimização deste serviço no munícipio de Cocalzinho de Goiás, conforme

especificado no CAPITULO III deste Plano.

• Implantação de equipamento destinado à triagem e separação primária de

recicláveis e consequentemente dos orgânicos domiciliares, a ser instalado no

novo aterro, de forma a complementar as ações das cooperativas de

reciclagem, da ampliação dos índices de compostagem, atingindo as metas

propostas.

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CAPITULO V – DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, AÇÕES E METAS

PARA OUTROS ASPECTOS DO PLANO

17.1 DEFINIÇÃO DE ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO FINAL

Para a disposição final dos rejeitos será implantado um novo aterro sanitário no

município de Abadiânia.

O Aterro será implantado em área a ser definida pela equipe técnica do

CORSAP, apresentando zoneamento especifico de uso e ocupação do solo.

Conforme já especificado, o local do novo aterro deverá ser criado através de

Lei Municipal que deve instituir o conceito de Central de Tratamento de Resíduos

devidamente protegidos por envoltórias de restrição urbana no entorno da área do

Complexo, alterando o uso e ocupação do solo do local e entorno permitindo na

primeira envoltória somente reflorestamento e na segunda apenas indústria com

exceção de alimentícias e farmacêuticas.

De acordo com o CONAMA, serão necessários estudos técnicos e científicos

elaborados por equipe multidisciplinar, que além de oferecer instrumentos para a

análise da viabilidade ambiental do empreendimento ou atividade, destinam-se a

avaliar sistematicamente as conseqüências consideradas efetiva ou potencialmente

causadoras de significativa degradação do meio ambiente e a propor medidas

mitigadoras e/ou compensatórias com vistas à sua implantação.

O Aterro deverá ser projetado para contemplar todas as medidas

protecionistas, dentre elas é possível destacar:

Sistema de impermeabilização e regularização da base;

Sistema de drenagem de líquidos percolados;

Sistema de drenagem de gases;

Sistema de drenagem superficial;

Emissário para o envio de percolado ao STAR existente;

Cinturão verde; e

Sistema viário de acessos permanentes e provisórios.

A vida útil do novo Aterro deverá ser calculada par um horizonte mínimo de 20

anos, considerando que a totalidade dos resíduos sólidos urbanos gerados pela

microrregião fossem ali dispostos, no entanto tendo em vista o novo modelo de gestão

que está sendo proposto, em que serão priorizadas a não geração, a redução, o

reuso, a reciclagem, a recuperação, incluindo a valorização energética e

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153

compostagem e somente por ultimo o tratamento e a destinação final adequadas, tem-

se que a vida útil do novo Aterro será elevada significativamente.

17.2 REGRAMENTO DOS PLANOS DE GERENCIAMENTO OBRIGATÓRIOS

De acordo com o estabelecido na Lei nº12.305/2010, os responsáveis pela

geração de resíduos oriundos das atividades industriais; agrosilvopastoris;

estabelecimentos de serviços de saúde; serviços públicos de saneamento básico;

empresas e terminais de transporte; mineradoras; construtoras, e os grandes

estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços deverão ser orientados pelo

órgão municipal responsável sobre o manejo ambientalmente adequado de seus

resíduos gerados.

Ainda de acordo com a lei, os responsáveis pelo plano de gerenciamento

deverão disponibilizar ao órgão municipal competente, ao órgão licenciador do

SISNAMA e às demais autoridades competentes, com periodicidade anual,

informações completas e atualizadas sobre a implementação e a operacionalização do

plano, consoante as regras estabelecidas pelo órgão coordenador do SINIR, por meio

eletrônico.

A elaboração de programas de gerenciamento ambiental específico, são

exigidos de forma a garantir a sistemática anual de atualização, visando o controle e a

fiscalização, e monitorados por meio das metas elaboradas para o cumprimento dos

deveres relacionados ao tema.

Os Planos de Gerenciamento são instrumentos de trabalho para os grandes

geradores no tocante ao manejo ambientalmente adequado dos resíduos gerados,

mas também são instrumentos de monitoramento e fiscalização das atividades por ele

realizadas por parte do poder público.

Os Planos de Gerenciamento devem ser elaborados de acordo com a Lei

nº12.305/2010 e monitorados por meio das metas elaboradas para o cumprimento dos

deveres relacionados ao tema.

Diante disto os gerados de resíduos oriundos das atividades industriais;

agrosilvopastoris; estabelecimentos de serviços de saúde; serviços públicos de

saneamento básico; empresas e terminais de transporte; mineradoras; construtoras, e

os grandes estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços serão orientados

pela Prefeitura Municipal, através da SEMMA quanto a estes procedimentos, e quanto

às penalidades aplicáveis pelo seu não cumprimento dos mesmos. As diretrizes,

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154

metas, ações e agentes a serem envolvidos neste processo estão apresentados a

seguir.

Diretriz 01: garantir a sistemática anual de atualização de dados dos resíduos sólidos

gerados nas atividades industriais; agrosilvopastoris; estabelecimentos de serviços de

saúde; serviços públicos de saneamento básico; empresas e terminais de transporte;

mineradoras; construtoras, e os grandes estabelecimentos comerciais e de prestação

de serviços , visando o controle, a fiscalização e monitoramento dos mesmos

Diretriz 02: Mobilização dos geradores, públicos ou privados, sujeitos à elaboração de

Planos de Gerenciamento visando estabelecer uma simetria de informações entre os

gestores públicos da política de resíduos e os geradores, fator de ajuste das

expectativas quanto a prazos, responsabilidade compartilhada e demais exigências da

Política Nacional de Resíduos sólidos;

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Estabelecer procedimentos e prazos para que os geradores

apresentem os Planos de Gerenciamento, iniciando assim o sistema declaratório

através de rotina anual de renovação da informação.

Médio Prazo (4 a 8 anos): Estabelecer mecanismos suficientes (recursos físicos, mão

de obra e infraestrutura necessária) para o perfeito funcionamento e operacionalização

dos dados e informação entre geradores e órgão público; e Inclusão no banco de

dados municipais de cadastros e informações já existentes nas estâncias federais e

estaduais, assim como dos diversos setores municipais de Atividades Geradoras no

município, sujeitas a comporem seus Planos de Gerenciamento;

Longo Prazo (8 a 20 anos): Dar continuidade na rotina das renovações dos dados e

aprimoramento de fontes de dados.

Ações:

• Estruturar e divulgar os procedimentos para o correto gerenciamento dos

resíduos produzidos; estabelecendo regras para o transporte e destinação

adequados;

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• Analisar os dados obtidos dos censos periódicos do IBGE e da SEMMA /

Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás;

• Divulgar procedimentos e metas para atendimentos às respectivas legislações

municipais, estaduais e federais, capacitando tecnicamente os agentes

públicos para implantação dos Planos de Resíduos e a Política Nacional de

Resíduos Sólidos;

• Identificar todos os geradores de resíduos, bem como as tipologias de resíduos

geradas, classificação, tipo de tratamento e destinação final utilizadas e a partir

daí, promover a reavaliação periódica das demandas e responsabilidades de

cada agente envolvido, visando melhor atendimento dos aspectos de

responsabilidade municipal como planos de coleta , quantitativos de veículos

e/ou equipamentos coletores e da mão de obra alocada;

• Estabelecer um canal de comunicação continuada entre os diversos agentes

envolvidos visando a avaliação e proposição de ações conjuntas que visem à

implantação de políticas de gestão para os diversos tipos de resíduos gerados;

• Padronizar e normatizar procedimentos internos junto aos agentes públicos

quanto ao descarte, armazenamento provisório, coleta, transporte, tratamento

e destinação final dos resíduos;

• Conscientizar os geradores quanto ao melhor manejo interno, descarte e

acondicionamento provisório de seus resíduos, com foco a minimização e

segregação na fonte;

• Apoiar a educação ambiental intersetorial no desenvolvimento de cartilhas,

folhetos, outdoor, vídeos que possam ser distribuídos e trabalhados junto aos

funcionários e população em geral, visando a minimização da geração e

reciclagem dos resíduos;

• Realizar cadastramento de todas as atividades geradoras de resíduos com

potencial de riscos; e

• Criar um grupo técnico intersetorial que avalie os marcos legais e os modelos

de gestão, contribuindo para a consolidação do plano municipal de gestão

integrada de resíduos sólido.

Agentes Envolvidos:

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Órgãos municipais: Secretaria Municipal de Administração, Secretaria Municipal de

Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Finanças, Secretaria Municipal de Obras,

Secretaria Municipal de Educação e Secretaria de Saúde

Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA: Considerando a implantação de

um Sistema Municipal de Informações integrado ao Sistema Nacional de Informações

sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR; com o Sistema Nacional de Informação

sobre Meio Ambiente – SINIMA no âmbito do Sistema Nacional de Meio Ambiente;

Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH:

Comitês de Bacias Hidrográficas;

CORSAP;

Municípios vizinhos pertencente à mesma bacia hidrográfica, através de parcerias

visando ações de monitoramento e controle da lógica de – produção / circulação /

deposição irregular – de produtos perigosos é reconhecidamente um problema de

âmbito regional; e

Geradores sujeitos à elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos;

Ministério Público.

Instrumentos de Gestão:

Os instrumentos de gestão a serem utilizados para o perfeito regramento dos planos

podem ser assim elencados:

Dispositivos Legais (normas e procedimentos)

• Constituir Acervo Municipal dos Cadastros Federais e Estaduais de Atividades

Sujeitas à Elaboração de Planos de Gerenciamento, no Sistema Municipal de

Informações sobre Resíduos Sólidos;

• Condicionar a exigência de apresentação do Plano de Gerenciamento de

Resíduos, durante o processo de licenciamento ou regularização municipal

(Licenças, Alvarás, Certificados) dos empreendimentos enquadrados como

geradores de atividades industriais; agrosilvopastoris; estabelecimentos de

serviços de saúde; serviços públicos de saneamento básico; empresas e

terminais de transporte; mineradoras; construtoras, e os grandes

estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, os quais estarão

sujeitos à ação de fiscalização que certifique a implantação e observância do

mesmo;

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157

Instrumentos Físicos

• Cadastrar todas as instalações, edificações e sistemas de tratamento de

resíduos, com georeferenciamento dos locais, visando a elaboração de um

Plano Estratégico de Prevenção de riscos;

• Prover a municipalidade (seu corpo de bombeiros) de instrumentos e equipes

aptas ao manejo de equipamentos de contenção de produtos perigosos em

eventos ou acidentes no território municipal;

Monitoramento e Controle (fiscalização)

• Constituir legislação municipal para Resíduos Sólidos que organize as posturas

descritas na Política Nacional moldado sob a ótica das ações municipais;

oferecendo diretrizes de compreensão dos hábitos e cultura locais; linguagem

condizente com as posturas municipais e que dialogue com outros códigos

como o de Edificações e o Sanitário, visando uma postura simétrica das várias

autoridades atuantes no município;

• Atividades regradas pela Lei 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos

Sólidos –, responsáveis pela elaboração de Planos de Gerenciamento de

resíduos sólidos, deverão disponibilizar à Prefeitura Municipal de Cocalzinho

de Goiás seus respectivos números de cadastro e sua atualização nos órgãos

Federais e Estaduais competentes;

• Os planos de gerenciamento deverão obedecer ao "Procedimento Municipal

para a Mobilidade e Estacionamento das Cargas Perigosas";

• Garantir a inclusão da temática em Conselho Municipal do Meio Ambiente com

representação da sociedade civil.

17.3 AÇÕES RELATIVAS AOS RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA

O tema “logística reversa” é ainda uma novidade em nosso meio e a sua

efetiva implementação necessita, ainda, ser consolidada de forma plena.

Ainda que já se tenha alguma experiência mais difundida, de forma geral, com

a logística reversa aplicada aos pneus inservíveis, este conceito irá requerer, por parte

dos mais diversos atores envolvidos (ou seja, a cadeia de fabricantes, importadores,

distribuidores, comerciantes e consumidores) muita reflexão quanto à

“responsabilização compartilhada”.

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Cenário Atual:

Não se tem nenhuma ação concreta por parte da municipalidade em relação aos

resíduos passíveis de logística reversa.

Diretriz:

Atender e fazer cumprir os artigos respectivos constantes da Lei Federal 12305/2010,

mediante os acordos setoriais.

Metas:

Curto Prazo (1 a 4 anos): Otimizar a coleta, o recebimento, o armazemento e a

disposição adequada dos mesmos.

Médio Prazo (4 a 8 anos): Mecanização da coleta atingindo 50% do município.

Longo Prazo (8 a 20 anos): Mecanização da coleta atingindo 100% do município.

Ações:

• Para as pilhas e baterias; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio, mercúrio

e de luz mista; e produtos eletroeletrônicos e seus componentes, serão

estabelecidos convênios com associações de classes e geradores, no sentido

de serem atingidas as metas estipuladas.

• Para os resíduos de pneumáticos, otimizar os serviços atualmente prestados,

no sentido de aumentar a sua eficácia.

17.4 INDICADORES DE DESEMPENHO PARA OS SERVIÇOS PÚBLICOS

Dentro do principio da transparência e da busca da melhoria contínua dos

serviços de limpeza pública, a Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás estará

traduzindo a qualidade dos serviços prestados, através de um índice de desempenho

que será denominado IQLP – INDICE DE QUALIDADE DE LIMPEZA PÚBLICA.

O conjunto aqui proposto de indicadores foi direcionado para a gestão pública

de RSU no município, de forma que a geração e a divulgação sistemática de

resultados – a partir de sua aplicação periódica – podem tornar as características

desta gestão mais transparentes à sociedade em geral.

Em síntese, este sistema constará de um sistema operacional de dados, que

buscará o registro do munícipe e da sua reclamação ou solicitação, o seu

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159

encaminhamento imediato para a realização das medidas cabíveis, e o retorno ao

cidadão, do serviço prestado. Ao mesmo tempo, os dados serão registrados, de forma

a comporem as informações necessárias ao cálculo do IQLP mencionado.

17.4.1 IMPLANTAÇÃO DA INFRAESTRUTURA PARA O SISTEMA OPERACIONAL

DE DADOS, SEM ÔNUS PARA A CONTRATANTE.

A Contratada deverá implantar toda infraestrutura de um sistema operacional

de dados, para viabilização de uma Base de Dados que possibilite o recebimento,

análise e o trato das demandas recebidas dos canais de comunicação com os

Munícipes (SAC/internet/Redes Sociais), da fiscalização da CONTRATANTE, e dos

dados fornecidos pelos apontamentos das deficiências encontradas e comprovadas

por meio de relatório.

A CONTRATADA deverá implantar um sistema operacional equipado com uma

infraestrutura de equipamentos de informática, que permita o controle operacional das

ações a serem executadas, onde serão compiladas e analisadas informações

precisas.

É de competência exclusiva da CONTRATADA, fornecer toda a infraestrutura

necessária à execução dos serviços, bem como é de sua responsabilidade a

manutenção dessa infraestrutura, que deverá estar em boas condições de uso por

toda a vigência do contrato.

Todos os recursos de hardware e software utilizados deverão garantir os níveis

de operação dos serviços desejados pelo Departamento de Limpeza Urbana, bem

como estar de acordo com os padrões exigidos pela Prefeitura Municipal de

Cocalzinho de Goiás.

Todos os dados gerados deverão ser disponibilizados para Secretaria

Municipal de Meio Ambiente, respeitando o acesso delegado.

O Departamento de Limpeza Urbana a ser criado, será responsável pela

operação do Sistema da Base de Dados, elaborando mensalmente relatório de

conformidade dos serviços.

17.4.2. ELABORAÇÃO DE MATERIAL PARA COMUNICAÇÃO DOS SERVIÇOS

PRESTADOS

A CONTRATADA deverá providenciar, em conformidade com a legislação

pertinente, a mais ampla divulgação do horário, freqüência e locais em que os serviços

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160

contratuais serão executados a fim de conscientizar ambientalmente a população,

visando o controle dos serviços.

A divulgação dos programas e serviços de limpeza urbana poderá também ser

realizada mediante visita às residências e eventos. O programa deverá contemplar os

seguintes itens:

a) Informação detalhada sobre os serviços;

b) Relação entre saúde pública, meio ambiente e qualidade de vida;

c) Conscientização da população quanto à necessidade da limpeza da cidade;

d) Informação sobre a constituição dos resíduos, sua importância e seus impactos no

meio ambiente;

e) Informação e orientação à população sobre a minimização da geração de resíduos;

f) Informação e orientação sobre a forma correta com que os resíduos devem ser

acondicionados para coleta, conforme suas características e classificação.

Todo material de divulgação deverá ser previamente aprovado pela Prefeitura

Municipal de Cocalzinho de Goiás.

A CONTRATADA deverá elaborar relatório contendo a avaliação pela

população dos serviços prestados.

A CONTRATADA deverá disponibilizar na INTERNET os dados atualizados

contendo a identificação das ruas dos circuitos a serem varridos, constando o nome

das ruas, horário e a freqüência dos serviços.

Os dados deverão ser atualizados e a disposição da população, para o

acompanhamento e controle dos serviços.

17.4.3. SERVIÇO DE ATENDIMENTO A RECLAMAÇÕES DOS MUNÍCIPES (SAC)

A CONTRATADA deverá disponibilizar um sistema de atendimento ao

contribuinte (SAC), com linha exclusiva operando no sistema 0800, para recebimento

de reclamações, sugestões e demais manifestações da população quanto aos

serviços objeto do presente contrato.

O serviço deverá ser prestado por atendentes devidamente treinados, operado

através de sistema informatizado e que permita a transmissão concomitante das

ocorrências registradas para o Departamento de Limpeza Urbana.

O serviço de atendimento deverá estar disponível de segunda a sábado no

horário comercial.

Para tanto a CONTRATADA deverá criar um Serviço de Atendimento que

deverá contemplar:

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a) CallCenter, com uma quantidade suficiente de linhas e atendentes para que

nenhuma ligação seja atendida em um prazo superior a 2 min – 0800 - DLU.

b) Página na Internet com sistema de registro das solicitações dos munícipes – FALE

CONOSCO - DLU.

Tanto o atendente do callcenter, quanto a página da Internet deverão registrar

o nome do munícipe, CPF, o telefone, endereço ou localização do evento, data e hora

do contato, logradouro, número, complemento, CEP e bairro.

O usuário deverá receber como confirmação de seu atendimento um código de

registro, pelo qual poderá acompanhar as atitudes tomadas pela CONTRATADA.

As ligações deverão ser gravadas e armazenadas para possibilitar um melhor

controle de qualidade no atendimento e rastreamento do atendimento realizado.

Solicitação de Informações: Munícipes que solicitam informações deverão ser

respondidos prontamente ou, caso isso não seja possível, algum representante da

CONTRATADA deverá entrar em contato no menor prazo possível, sendo o prazo

máximo de 48 horas.

Sugestões deverão ser anotadas e a CONTRATADA deverá entrar em contato

com o munícipe no menor prazo possível respondendo se a sugestão foi adotada ou a

razão da impossibilidade dela ser adotada.

Solicitação de serviços: O munícipe poderá solicitar a realização dos seguintes

serviços:

a) Retirada de grandes objetos depositados por desconhecidos nas ruas e logradouros

públicos

b) Retirada de animais mortos de donos desconhecidos das ruas e logradouros

públicos

c) Remoção de entulho depositado nas ruas e logradouros públicos por desconhecidos

d) Remoção de faixas e propagandas não autorizadas pela administração municipal.

e) Limpeza de ruas e logradouros públicos após a ocorrência de fato inusitado (Ex.

enchente, manifestação, incêndio, etc.).

f) Sugestão de inclusão de via no plano de varrição

g) Sugestão de alteração da frequência de varrição de vias

h) Sugestão de instalação e manutenção de lixeiras

i) Limpeza de bocas de lobo.

j) Raspagem de terra e areia das sarjetas.

k) Capinação e roçada do leito das vias e pintura de meio fio

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162

l) Retirada de resíduos dos Ecopontos

As Reclamações deverão ser registradas, averiguadas e respondidas por um

plano de ação e melhoria. A CONTRATADA deverá manter bases de dados dos

serviços solicitados, das reclamações justificadas e das reclamações não justificadas

que serão disponibilizados em tempo real para as Subprefeituras e o Departamento de

Limpeza Urbana.

Serão consideradas reclamações não justificadas as situações descritas

abaixo:

a) Solicitações ou reclamações de serviços que não se encontram no escopo do

objeto do contrato da CONTRATADA.

b) Solicitações de um serviço já solicitado pelo mesmo munícipe dentro do prazo

determinado para o serviço.

c) Solicitações de um serviço já solicitado por outro munícipe, desde que dentro do

prazo determinado para o serviço.

d) Reclamações comprovadamente infundadas quando da averiguação das condições

no local pela CONTRATADA, desde que devidamente documentadas,

obrigatoriamente por fotos com coordenadas, data e hora.

As reclamações não justificadas deverão ser registradas indicando os dados do

munícipe, local, data, hora e a justificativa pela qual foi considerada não justificada.

O Departamento de Limpeza Urbana será responsável pela fiscalização da

qualidade de atendimento do SAC, elaborando mensalmente relatório de

conformidade do serviço e calculando o IQLP - Índice de Qualidade de Limpeza

Pública. O IQLP será calculado através da seguinte fórmula:

IQLP = número de ocorrências atendidas no prazo x 100 número total de

ocorrências

O IQLP será classificado como:

a) Ótimo - igual ou superior a 90,00%

b) Bom – de 75,00% a 89,99%

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c) Regular - de 60,00% a 74,99%

d) Ruim - de 40,00% a 59,99%

e) Péssimo - inferior a 40,00%

A ocorrência de IQLP Bom, Regular, Ruim ou Péssimo implicará na aplicação

das penalidades previstas em contrato.

No caso de permanecer a situação do IQLP do item anterior por 03 (três)

meses consecutivos ou alternados a cada período de 12 (doze) meses, a partir do

efetivo início dos trabalhos, sujeitará a CONTRATADA às mesmas penalidades

previstas no item anterior, além de autorizar a CONTRATANTE a iniciar o

procedimento administrativo de rescisão contratual.

Até o décimo dia de cada mês, o Departamento de Limpeza Urbana

comunicará à CONTRATADA o IQLP do mês anterior, acompanhada de eventual

notificação de penalidades contratuais, quando for o caso.

De forma a facilitar a interpretação pela CONTRATADA dos critérios definidos

acima, foi desenvolvido o desenho de processo abaixo.

Figura 40– Desenho do processo de atendimento ao munícipe

17.5 INICIATIVAS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COMUNICAÇÃO

Este assunto, para a Prefeitura de Cocalzinho de Goiás, é considerado vital

para o atingimento das metas propostas neste Plano.

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164

Por esta razão, o mesmo encontra-se destacado e mencionado, em sua

totalidade, no Capitulo III deste Plano.

17.6. SISTEMA DE CÁLCULO DOS CUSTOS OPERACIONAIS E INVESTIMENTOS

Considerando os estudos efetuados para elaboração deste Plano de Gestão de

Resíduos Sólidos Urbanos, este item pretende elaborar uma Avaliação Técnica -

Econômico acerca da adequação econômica do Instrumento da PPP (Parceria

Público-Privada) ou Concessão para o manejo de resíduos sólidos urbanos e limpeza

urbana no município.

Os investimentos em limpeza urbana e no manejo de resíduos sólidos e o

aperfeiçoamento de tal conjunto de atividades de limpeza pública são essenciais para

o Município. Além disso, a crescente preocupação da população com a questão

ambiental tem tornado os governantes mais preocupados em um dar destino final aos

resíduos com, se viável, nenhum impacto sobre o meio ambiente.

Paralelamente, dispor os resíduos urbanos de forma adequada requer o uso de

tecnologias avançadas, na maioria das vezes, aprimoradas em outros países mais

desenvolvidos, com sociedades mais avançadas e com longa preocupação com o

meio ambiente. Um aterro sanitário, com o tratamento correto de efluentes, não é tão

simples quanto parece.

Poucos municípios dispõem de aterro sanitário construído e operado com

tecnologia adequada. Pelo simples fato de até recentemente só se dispor da Lei

8.666/93 para a contratação de empresas para a disposição dos resíduos sólidos

urbanos, já tornava inviável a construção de aterros sanitários com tecnologia

adequada para ser operado no longo prazo.

A referida Lei não permite contratos superiores a cinco anos. Entretanto, para

que os aterros sejam viáveis economicamente, os prazos de funcionamento devem ser

superiores, sem levar em conta que seu manejo tem que ser feito de forma adequada

por vários anos após o encerramento de suas operações.

Outro fator cada vez mais crítico na construção e operação de aterros está

relacionado com a dificuldade crescente de se encontrar terrenos urbanos adequados

para sua implantação. O preço e a dificuldade de se encontrar áreas adequadas levam

a construção de aterro em zonas rurais ou de expansão urbana, em geral, distantes do

centro urbano, o que encarece o custo do transporte dos resíduos.

O que se observa atualmente é que mais tecnologia tem que ser incorporada à

construção dos aterros sanitários de forma a minimizar o custo de implantação e

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165

operação, para garantir que o meio ambiente não seja comprometido. O custo da

adoção de tecnologias de tratamento adequado dos resíduos fica cada vez maior,

assim como o tempo necessário à sua construção e instalação. As prefeituras têm que

atender os pré-requisitos constitucionais de gastos orçamentários com saúde e

educação, o que torna cada vez mais difícil a realização desses investimentos. Ou

seja, com dificuldades orçamentárias persistentes, os municípios têm que reduzir

outros serviços, também importantes, para que esses investimentos possam ser

realizados.

Mas, com a Lei da Parceria Público-Privada (PPP) tornou-se possível um alívio

na restrição orçamentária intertemporal dos municípios, permitindo assim o tratamento

dos resíduos urbanos com tecnologias que permitem reduzir seus impactos negativos

sobre o meio ambiente.

Como os serviços de limpeza pública e os investimentos para seu

aperfeiçoamento são de essencial importância para o Município, pretende-se neste

avaliar, econômica e financeiramente, a viabilidade da extensão dos investimentos

dentro do orçamento da Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás.

A análise dos prós e contras e da própria adequação do instrumento da

concessão administrativa somente é completa após a incorporação da noção de custo

de oportunidade na decisão de investimento do Poder Público, reconhecendo assim a

escassez de recursos orçamentários diante da enorme gama de atividades a cargo da

Prefeitura Municipal, que deverá ser objeto de estudo específico.

Com o objetivo de nortear as tomadas de decisões pela Administração Pública,

este Plano de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos pretende demonstrar cenários

para o Sistema Integrado de Limpeza Urbana, baseados nas seguintes premissas:

Cenario I - Implantação e operação de unidade de segregação, reciclagem e

trituração, ora denominada USBE.

Para este cenário, estima-se um investimento da ordem de R$ 5.000.000,00

(cinco milhões de reais), somente no que se relaciona aos custos de implantação. Este

serviço será objeto de contratação através da modalidade prestação de serviços, para

um período de 48 meses e de acordo com a Lei Federal 8666/1992.

Cenario II – Mantêm a usina de segregação, reciclagem e trituração, e acrescenta-se

a usina de compostagem anaeróbica.

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166

Cenário III – Mantêm o Cenário II e acrescenta-se a unidade de tratamento térmico,

cuja especificação técnica será feita à época de sua viabilização pela Prefeitura

Municipal.

Os investimentos referentes aos cenários II e III serão devidamente

dimensionados às épocas de suas viabilizações pela Prefeitura Municipal, e dentro

das especificações técnicas e legais vigentes.

17.7 FORMA DE COBRANÇA DOS CUSTOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

O município de Cocalzinho de Goiás inclui os custos com os serviços de

manejo de resíduos nas alíquotas do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU),

através da taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Lixo, taxa esta instituída por Lei

Municipal.

A taxa tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, do serviço de

coleta, remoção e destinação de lixo, prestado ao contribuinte ou posto à sua

disposição.

O sujeito passivo da taxa é o proprietário, o titular do domínio útil ou o

possuidor, a qualquer título, de bem imóvel, edificado ou não, lindeiro à via ou

logradouro público, abrangido pelo serviço de coleta, remoção e destinação de lixo.

Ficam isentos os imóveis residenciais e terrenos, localizados dentro do

perímetro urbano da cidade, em áreas não dotadas de infraestruturas básicas como

pavimentação, redes de água, luz e esgoto, que não se utilizem, de qualquer forma,

dos serviços da Coleta de Lixo.

A base de cálculo da taxa é o valor estimado da prestação do serviço.

São critérios de rateio da taxa:

I - A freqüência do serviço prestado ou posto à disposição do contribuinte;

II - o volume da edificação, para os imóveis edificados;

III - a testada do terreno, para os imóveis não edificados;

IV - a localização do imóvel.

17.8 INICIATIVAS PARA CONTROLE SOCIAL

A Política Nacional de Resíduos Sólidos para ser construída a nível local

necessita da ampla participação da população e da sociedade e para isso é preciso

incentivar o debate público, estabelecendo uma agenda de seminários e conferências

participativas com pauta de discussão sobre a Política Nacional e que envolva pontos

que necessitem de maior conhecimento.

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167

Objetivo: Colocar como eixo prioritário um programa de estímulo à participação e

controle social, valorizando as discussões da sociedade organizada e dos conselhos

municipais, organizando seminários e conferências participativas com pauta de

discussão sobre a Política Nacional e que envolva pontos que necessitem amplo

debate público; Formar conselheiros que promovam a discussão da Política Nacional,

da questão dos resíduos sólidos, dos planos diretores do município, etc., nos

Conselhos Municipais de Meio Ambiente e Saúde, através da qualificação,

promovendo espaços de reflexão das práticas de participação popular e da educação

permanente é imprescindível para implantar a PNRS.

É necessário estabelecer um programa que paute essas questões com

planejamento monitoramento, acompanhamento e avaliação dos resultados.

Metas: Implantar até 2014 todas as ações previstas.

Ações:

• Mobilizar a sociedade para o debate e o cumprimento Política Nacional de

Resíduos Sólidos e Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos;

• Disponibilizar os dados do Sistema Municipal de Informações de Resíduos

Sólidos para organizações e cidadãos usuários;

• Manter a página no site da Prefeitura atualizada, com as informações sobre o

manejo dos resíduos no município e a forma de participação do cidadão no

processo de redução, reutilização e disposição para a coleta seletiva, além das

instruções e endereços dos Pontos e dos Locais de Entrega Voluntária; e

• Divulgar os serviços de ouvidoria para denúncias dos Serviços Públicos de

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos.

Detalhamento das Ações:

Participação Social:

• Envolver todas as Secretarias Municipais;

• População em geral: escola, supermercado, comércio, restaurante, praças,

feiras livres etc., para dar continuidade aos encontros realizados com a

coletividade para discussão das diretrizes da política no seu dia-a-dia.

• Sociedade Civil Organizada: visando formação para a responsabilidade

compartilhada;

• Conselhos Municipais;

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168

• Inserir as diretrizes da política de resíduos sólidos nos programas já existentes

da Prefeitura, em todas as áreas de atividades;

• Inserir todos os agentes envolvidos no debate para o equacionamento dos

investimentos em novos processos de tratamento de resíduos para redução e

destinação e novas tecnologias de controle e monitoramento – Orçamento

Participativo

Normas e procedimentos

No processo de elaboração do Plano de Gestão Integrada dos Resíduos

Sólidos a validação dos resultados das discussões junto às instâncias de participação

social locais ou regionais (Conselhos Locais de Meio Ambiente, Saúde e outros),

deverá garantir a introdução dos mecanismos de controle social e introduzir o

conteúdo da discussão da institucionalização do controle, como prevista no Decreto

7.217/2010, no documento final.

Os mecanismos que poderão ser adotados, segundo Art. 34, para instituir o

controle social dos serviços de saneamento e, logicamente, dos serviços públicos de

limpeza urbana e manejo de resíduos são os debates e audiências públicas, as

consultas públicas, as conferências municipais e, a participação de órgãos colegiados

de caráter consultivo.

A temática precisa estar pautada nas audiências e conferências, para conferir

maior legitimidade aos resultados das discussões.

Para os órgãos colegiados é assegurada a participação dos seguintes

representantes: dos titulares dos serviços; dos órgãos governamentais relacionados

ao setor; dos prestadores de serviços públicos; dos usuários dos serviços; e das

entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor.

Outras medidas:

• Criar um canal aberto com a população, através de ligações gratuitas, do tipo

disque-denuncias, para sugestões e reclamações, em pontos de grande

movimentação ou através de serviços do 0800. As ligações serão registradas

por uma central de atendimento e utilizadas como indicador de eficiência e

sustentabilidade;

• Criar a rede de coletores específicos para logística reversa de lâmpadas,

pilhas, baterias, entre outros, em parceria com fabricantes e distribuidores

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desses produtos, tais como redes de supermercados, farmácias, lojas de

matérias elétricos, indústrias do ramos, etc;

• Criar ouvidoria e disque denúncia com atendimento telefônico municipal

gratuito; registrar as informações/denúncias e posteriormente utilizar estes

dados para definir os indicadores de desempenho para os serviços públicos de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

Por fim, envolver entidades de representações trabalhistas, instituições

acadêmicas, secretarias municipais, legislativo municipal, ministério público, rede

municipal de estudo, ONGs, enfim, todos os setores organizados da sociedade em:

• Seminários e conferências participativas para discutir a Política Nacional

Focando pontos que necessitem de amplo debate público;

• Encontros para a discussão ambiental estratégica para discutir a temática dos

resíduos sólidos;

• Conferências participativas, que possui uma metodologia de participação muito

utilizada atualmente para a contribuição da sociedade, através de dinâmicas e

debates setoriais, para atender problemas existentes e criar soluções e pactos

que satisfaça os interesses e necessidades dos participantes, em torno de

temas específicos que fazem parte de políticas nacionais, estaduais, regionais

e municipais. Esse tipo de evento é promovido pelo gestor público considerado

a autoridade no assunto em debate.

17.9 SISTEMÁTICA DE ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES LOCAIS OU

REGIONAIS

A Política Nacional de Resíduos Sólidos exige que haja uma integração de

dados e informações para o novo modelo de gestão proposta no Plano Municipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, através de um Sistema Municipal de

Informações de Resíduos Sólidos, que deve dialogar com outros bancos de dados e

sistemas de informação.

O perfil industrial é o fator relevante para a construção do Sistema Municipal de

Informações de Resíduos Sólidos de Cocalzinho de Goiás, com importante

participação das atividades potencialmente poluidoras que exigem severo esforço de

monitoramento e controle ambiental. Também, de suma importância para a construção

do Sistema Municipal de Informações é o papel das Universidades, onde são

desenvolvidos e estudados projetos relacionados a questão dos Resíduos Sólidos.

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170

O motivo para eleger o projeto como prioritário na agenda dos problemas

ambientais locais/regionais está ligado ao fato de não haver, hoje, um sistema de

informações que estabeleça um nexo entre as várias fontes produtoras e dispersoras

de dados, sejam elas locais, regionais e de âmbito estadual.

A instalação de um Sistema de Informação pode vir a contribuir para a

definição de uma agenda ambiental local/regional que hoje dá os primeiros passos nas

discussões sobre a problemática dos resíduos sólidos, preparando os municípios do

CORSAP para um estágio de maioridade nessa questão, considerando a Política

Nacional em curso.

O potencial de um Sistema de Informações para promover ou induzir outros

projetos ambientais de interesse local e regional está ligado ao empenho do maior

desses municípios na gestão dos resíduos sólidos, podendo ajudar a formar posturas

por intermédio do seu acervo de experiências e procedimentos como paradigma de

qualidade e inspiração para a elaboração de outros projetos ambientais.

O potencial do projeto como estímulo pedagógico para a atuação em rede e

para a gestão ambiental integrada se credencia pela área geográfica em que o projeto

se insere, território conhecido como berço das águas e palco de graves problemas

ambientais, o que poderá ser fator de transformações positivas em termos de melhoria

do contexto socioambiental.

Objetivos:

• Criar e implantar o Sistema Municipal de Informações de Resíduos Sólidos,

com relacionamentos locais e regionais que somem interesses, de modo a

democratizar as informações ambientais produzidas na cidade e região, além

de estabelecer indicadores para monitoramento e fiscalização do manejo dos

resíduos sólidos.

A implantação do sistema traria benefícios ao município e região, ao incentivar

o diálogo entre sistemas de dados inteligentes e potencializar o papel de autoridade

ambiental dos gestores públicos em nível local.

Estrutura:

O Sistema Municipal de Informações de Resíduos Sólidos é uma ferramenta

municipal de acesso público e deverá conter dados ambientais de todo o município,

será alimentado pela Prefeitura Municipal, em todas as suas representações,

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171

possibilitando o cruzamento de informações relativas à gestão pública municipal e

gerando indicadores de qualidade importantes para todos os itens abordados.

Parte relevante deste Sistema, deve apresentar o seguinte conteúdo mínimo no

referido instrumento de trabalho:

• Cadastro de transportadores de todas as tipologias de resíduos sólidos;

• Cadastro de receptores de todas as tipologias de resíduos sólidos;

• Cadastro dos grandes geradores de todas as tipologias de resíduos sólidos;

• Cadastro de distribuidores de resíduos sólidos;

• Código de rastreamento de veículos por meio de dispositivo eletrônicos;

• Relatórios mensais dos transportadores, receptores e distribuidores de

resíduos sólidos;

• Localização e fluxos dos Ecopontos;

• Localização e fluxos dos Galpões de Triagem;

• Localização e fluxos das Cooperativas de Reciclagem contratadas;

• Planos de Gerenciamento;

• Quantidades de resíduos encaminhados ao Aterro Sanitário;

• Listagem de agentes em situação irregular;

• Autuações dos fiscais;

• Sugestões e Reclamações da população;

• Itinerários e frequências das coletas porta a porta;

• Ocorrências da limpeza corretiva;

• Dados das logísticas reversas aplicas no município.

Objetivos

• Criação e implantação de um Sistema Municipal de Informação, que possibilite

cruzar dados sobre ocupação do território e sua qualidade ambiental, a Gestão

dos Resíduos Sólidos e os dados consolidados da Secretaria de Meio

Ambiente e Secretaria de Saúde;

• Apresentação da proposta de convênio com o Ministério do Meio Ambiente

visando a implantação do Sistema Municipal de Informações;

• Mobilização dos envolvidos para elaboração de propostas para o Ministério do

Meio Ambiente.

Metas

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Curto Prazo (1 a 4 anos):

2014 -Elaboração do projeto;

2015 - Produção da proposta de indicadores; apresentação de proposta de convênio

com Ministério do Meio Ambiente;

2016 – Implantação do Sistema Municipal de Informações – SMI;

2017 – Revisão dos procedimentos, visando o aperfeiçoamento do SMI, em

conjunto com a revisão do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

de Cocalzinho de Goiás.

Médio Prazo: (4 a 8 anos):

Revisão dos procedimentos, visando o aperfeiçoamento do SMI, em conjunto com a

revisão do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Cocalzinho

de Goiás.

Longo Prazo (8 a 20 anos):

Revisão dos procedimentos, visando o aperfeiçoamento do SMI, em conjunto com a

revisão do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Cocalzinho

de Goiás.

Ações:

Para concretizar a implantação do Sistema Municipal de Informação dos

Resíduos Sólidos de Cocalzinho de Goiás, será formado um grupo, com

representantes de órgãos ligados à gestão de Resíduos Sólidos no município, com o

objetivo analisar as informações e somar conhecimentos e práticas, tais como:

• Prefeitura Municipal: Gabinete do Prefeito e todas as demais Secretarias;

• Gestores de informação dos serviços públicos: dos setores da educação, da

saúde, do planejamento, meio ambiente, saneamento e manutenção da cidade.

• Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA: Fazer com que o Sistema

Municipal de Informações trabalhe integrado ao Sistema Nacional de

Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR; com o Sistema

Nacional de Informação sobre Meio Ambiente – SINIMA; no âmbito do Sistema

Nacional de Meio Ambiente;

• Apresentar projeto de Lei que estabeleça o papel do sistema com as suas

diretrizes;

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173

• Criar uma estrutura para alocação de agentes responsáveis pela alimentação

do sistema;

• Criar uma estrutura gerencial e administrativa; equipe técnica; rede de relações

institucionais e tecnológicas etc.

• Implantar uma estrutura física para alocar a base do Sistema Municipal de

Informações, onde servirá de espaço de debate e estruturação de agendas

gerenciais e de planejamento estratégico para construção de indicadores;

instalações de painéis de acompanhamento; alimentação do banco de dados;

formulação, monitoramento e gestão das informações.

• Elaborar relatórios mensais gerais regionalizados provenientes da análise de

desempenho para os serviços públicos a partir do Sistema;

• Identificar os indicadores regionais da Secretaria de Saúde, que tenha relação

com os serviços de Limpeza Urbana;

• Fazer o acompanhamento da base de dados estatísticos da secretaria de

saúde;

Como estratégia de divulgação sobre o Sistema e suas ações, serão realizados

eventos de apresentação e debates com a representação de todos os setores

envolvidos. De maneira participativa este encontro proporcionará a oportunidade de se

expor à estrutura de alimentação e análise, para que qualquer cidadão possa ter

acesso e nutrir-se de informações ambientais sem intermediários ou “tradutores”.

Também serão usados recursos como divulgação por cartazes, mídia, cartilhas

e site institucional da Prefeitura.

17.10 AJUSTES NA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA

Elaborar Regulamento de Limpeza Urbana.

Operacionais:

• Proteger, obrigatoriamente, os registros de todos os dados produzidos através

dos Serviços Públicos de Limpeza e Manejo de Resíduos Sólidos, e importa-

los para um Sistema Municipal de Informações;

• Fazer um planejamento para os serviços de podas da arborização urbana, de

parques e jardins;

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174

• Regulamentar os procedimentos de manejo de óleos comestíveis e pneus,

visando a logística reversa.

Posturas

• Pequenos geradores devem seguir regras e receber penalidades se não

cumprirem horários, acondicionar corretamente e dispor os resíduos da coleta

e da entrega voluntária em dia e locais determinados, em conformidade com a

Operação dos Serviços Públicos e o Manejo de resíduos sólidos, e de acordo

com a linha de conduta da responsabilidade compartilhada e a logística

reversa, para todos os tipos de resíduos;

• Grandes geradores, devem seguir as mesmas regras acima, ou seja,

penalidades se não cumprirem horários, correto acondicionamento e agenda

determinada, com data e local, para o manejo dos resíduos gerados, de acordo

com o Plano de Gerenciamento e acordos setoriais, além de seguirem as

regras da responsabilidade compartilhada e logística reversa;

• Divulgar nas distribuidoras de materiais para construção a existência dos

Ecopontos, além dos transportadores e receptores desses produtos;

• Ajustar a legislação, com adendo específico sobre as Feiras Livres e o manejo

dos resíduos gerados.

Diretrizes de Manejo

• Os serviços Públicos de Limpeza devem seguir padrões de qualidade

estabelecidos;

• Estabelecer procedimento de controle e fiscalização regulares para ações

corretivas e penalidades cabíveis;

• Os usuários dos serviços públicos devem ter acesso aos dados e informações

sobre o manejo dos resíduos sólidos, do Sistema Municipal de Informações;

• Definir os limites de coleta para estabelecimentos unitários e para condomínios

comerciais e mistos,considerados grandes geradores;

• Apresentação dos Relatórios Mensais de Controle, exigidos para os grandes

geradores, transportadores e receptores,

• Previsão e agendamento do serviço de coleta diferenciada de resíduos para

grandes geradores;

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175

• Relatórios de destinação de resíduos e de rastreamento de veículos

transportadores para previsão e agendamento dos serviços públicos prestados

aos transportadores e grandes geradores.

Gestão

• Apresentar proposta do Grupo de Trabalho para novas áreas de disposição

final, ambientalmente adequada no município, na oportunidade da revisão do

Plano Diretor de Cocalzinho de Goiás;

• Tornar obrigatório o encaminhamento dos números de cadastros de controle

federal dos Planos de Gerenciamento ao órgão municipal competente, para

efeito de controle e monitoramento;

• Regulamentação de incentivo às iniciativas em parceria.

• Recuperação dos custos pelos Serviços Públicos de Limpeza e Manejo

prestados através do estabelecimento dos procedimentos municipais para

atender as diretrizes da PNRS,;

• Definir mecanismos de recuperação dos custos das iniciativas a serem

implementadas, especialmente no tocante à Taxa de Manejo de Resíduos

Sólidos Domiciliares e à Taxa de Fiscalização de Atividades, em consonância

com diretrizes das leis federais 11.445/2007 e 12.305/10,;

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176

18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBEJANTE,José Roberto C. A dimensão social e educativa das soluções para o

destino final de resíduos sólidos. Seminário Panorama da Gestão dos Resíduos

Sólidos na Região Metropolitana de Cocalzinho de Goiás. Cocalzinho de Goiás, 2009.

CETESB - COMPANHIA DE TECNOLOGIA E SANEAMENTO AMBIENTAL.

Inventário de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo 2010. São Paulo: SMA/

CETESB, 2010. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/solo/residuos.

CETESB (2010): Relatórios de Qualidade Ambiental. Secretaria do Meio Ambiente,

SP, (CD-ROM).

DEMAJOROVIC, J. Da política tradicional de tratamento de lixo à política de

gestão de resíduos sólidos: as novas prioridades. Revista de Administração de

Empresas. São Paulo, SP, v. 35, n. 3, p 88 - 93, 1995.

EMPLASA. Metrópoles em dados. Disponível em:

<http://www.emplasa.sp.gov.br/portal7.asp>.

EMTUSP - Empresas Metropolitanas de Transportes Urbanos de São Paulo S.A.

Região Metropolitana de Cocalzinho de Goiás. Disponível em:

<http://www.emtusp.com.br/Cocalzinho de Goiás0.htm.

FERRAZ, José Lázaro. Modelo para a Avaliação da Gestão Municipal Integrada de

Resíduos Sólidos Urbanos. Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade

Estadual de Cocalzinho de Goiás, 2008p. Tese (Doutorado).

IBAM – Instituto Brasileiro de Administração Municipal. Manual de Gerenciamento

Integrado de Resíduos Sólidos. Disponível em:

<http://www.ibam.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm>

INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINSITRAÇÃO MUNICIPAL – IBAM. Manual de

Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos / José Henrique Penido Monteiro

...[et al.]; coordenação técnica Victor Zular Zveibil. Rio de Janeiro: IBAM, 2001. 200 p.;

21,0 x 29,7cm

INSTITUTO FLORESTAL. Inventário Florestal do Estado de São Paulo. São Paulo.

Instituto Florestal. 199p. 1993.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Indicadores de

Indicadores de Desenvolvimento Sustentável: Brasil 2004. Brasília, DF, 2004.

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS IPT 2000. Lixo Municipal: manual de

Gerenciamento Integrado / Coordenação: Maria Luiza Otero D’Almeida, André

Vilhena – 2.ed. São Paulo: IPT/CEMPRE, 2000. – (Publicação IPT 2622).

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177

LIXOCIDADANIA. Fórum Nacional Lixo & cidadania. Projeto & Lixo Cidadania.

Disponível em: <http://www.lixoecidadania.org.br/Files/m_promotor/O_projeto.doc

MILANEZ, B. Resíduos sólidos e sustentabilidade: princípios, indicadores e

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MMA . MINISTÉRIO DE MEIO AMBIENTE. Agenda 21 Brasileira. Disponível em:

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PHILIPPI, Jr. A.; ALVES, A.C.; ROMÉRO, M. de A.; BRUNA, G. C. Meio ambiente,

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PHILIPPI, Jr. A.; MAGLIO, I.; COIMBRA,J.; e, FRANCO, R. (orgs). Municípios e Meio

ambiente: perspectivas para municipalização da gestão ambiental no Brasil. São

Paulo: Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente, 1999.

POLAZ, C.N.M. & TEIXEIRA, B.A.N. Indicadores de sustentabilidade como

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POLAZ, C.N.M. & TEIXEIRA, B.A.N. Utilização de indicadores de sustentabilidade

para a gestão de Resíduos Sólidos Urbanos no município de São Carlos/SP. In:

Anais do 24º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Belo

Horizonte, MG. 2007 TEIXEIRA, Eglé Novaes. Redução na fonte de resíduos

sólidos: embalagens e matéria orgânica. In: PROSAB – Lixo: Metodologias e

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Janeiro: ABES, 1999c

UBIRATAN, Pedro. O papel do Estado na formulação de Políticas Públicas para

as soluções ambientais na área de resíduos. Seminário “Panorama da Gestão dos

Resíduos Sólidos na Região Metropolitana de Cocalzinho de Goiás. Cocalzinho de

Goiás, 2009.

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19. RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Declaramos, para os devidos fins, que todas as informações aqui prestadas

são verdadeiras, e ainda que este Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de

Cocalzinho de Goiás encontre-se registrado no CREA.

Marcos David Gonçalves

Eng. Civil e Geógrafo – CREA22509/D-GO Coordenador da Equipe Técnica

Nidiane de Assis Silva

Assistente Social - CRES 2425 GO/TO

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Prefeitura Municipal de Cocalzinho de Goiás

Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Geoplano

Cocalzinho de Goiás, 20 de março de 2014.

________________________________________ Alair Gonçalves Ribeiro

Prefeito Municipal Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico

________________________________________ José Francisco dos Santos Silva

Secretario Municipal de Meio Ambiente Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico

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20. ANEXOS

• Anexo 1 – Regimento Interno do CORSAP;

• Anexo 2 – Ata Reunião CORSAP;

• Anexo 3 – Anotação de Responsabilidade Técnica;

• Anexo 4 - Mapa de Pavimentação Sede Municipal;

• Anexo 5 - Mapa de Pavimentação Distrito de Edilândia;

• Anexo 6 - Mapa de Pavimentação Distrito de Girassol.