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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 Unidade Auditada: CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA Exercício: 2015 Processo: SEI nº 00190.105249/2016-96 Município: Brasília - DF Relatório nº: 201700097 UCI Executora: SFC/DG/CGEOB/Coordenação-Geral de Auditoria de Obras _______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Coordenador-Geral, Por meio deste relatório, apresentam-se os resultados do trabalho de Avaliação dos Resultados da Gestão no Sistema Confea/Crea realizado de acordo com os preceitos contidos na Ordem de Serviço n.º 201700097 e em atendimento ao inciso II do Art. 74, da Constituição Federal de 1988, de acordo com o qual cabe ao Sistema de Controle Interno: “comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal”. 1. Introdução Trata-se de levantamento de informações nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas) dos estados de Alagoas, Amazonas, Paraíba, Pará, Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Ceará, Amapá, Piauí, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Bahia e no Distrito Federal. O Conselho do Estado de Rondônia se recusou a enviar as informações. Esse levantamento foi realizado para subsidiar a elaboração do Relatório de Auditoria sobre as contas do exercício de 2015 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Assim, considerando que parte relevante das informações demandadas foram encaminhadas a este órgão de controle em momento posterior à conclusão do relatório de contas daquele ano, optou-se pela consolidação das informações recebidas no presente documento e endereçamento deste, em forma complementar, ao Tribunal de Contas da União

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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1

Unidade Auditada: CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA

Exercício: 2015

Processo: SEI nº 00190.105249/2016-96

Município: Brasília - DF

Relatório nº: 201700097

UCI Executora: SFC/DG/CGEOB/Coordenação-Geral de Auditoria de Obras

_______________________________________________ Análise Gerencial

Senhor Coordenador-Geral,

Por meio deste relatório, apresentam-se os resultados do trabalho de Avaliação

dos Resultados da Gestão no Sistema Confea/Crea realizado de acordo com os preceitos

contidos na Ordem de Serviço n.º 201700097 e em atendimento ao inciso II do Art. 74,

da Constituição Federal de 1988, de acordo com o qual cabe ao Sistema de Controle

Interno: “comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,

da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração

federal”.

1. Introdução

Trata-se de levantamento de informações nos Conselhos Regionais de

Engenharia e Agronomia (Creas) dos estados de Alagoas, Amazonas, Paraíba, Pará, Mato

Grosso, São Paulo, Goiás, Ceará, Amapá, Piauí, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande

do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Sergipe, Mato Grosso do Sul,

Bahia e no Distrito Federal. O Conselho do Estado de Rondônia se recusou a enviar as

informações. Esse levantamento foi realizado para subsidiar a elaboração do Relatório de

Auditoria sobre as contas do exercício de 2015 do Conselho Federal de Engenharia e

Agronomia (Confea). Assim, considerando que parte relevante das informações

demandadas foram encaminhadas a este órgão de controle em momento posterior à

conclusão do relatório de contas daquele ano, optou-se pela consolidação das informações

recebidas no presente documento e endereçamento deste, em forma complementar, ao

Tribunal de Contas da União

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Os levantamentos efetuados buscaram, por meio da verificação das ações

desenvolvidas pelos Creas para a defesa da sociedade frente ao mau exercício das

profissões jurisdicionadas a esses conselhos, avaliar a efetividade da supervisão

implementada pelo Confea sobre essas autarquias. Assim, foram levantadas informações

sobre: processos disciplinares dos profissionais de engenharia, registros de Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART), regulamentação do Livro de Ordem e emissão de

Certidão de Acervo Técnico (CAT) de profissionais registrados em Sociedades em Conta

de Participação (SCP).

2. Resultados dos trabalhos

Os resultados dos trabalhos estão consignados no anexo abaixo.

3. Conclusão

A defesa da sociedade frente o mau exercício da engenharia é o motivo mais

relevante a justificar a existência do sistema Confea/Crea. Tal assertiva é resultado da

leitura de diversos normativos dessas autarquias, inclusive da Visão Confea 2011/2022 –

“Ser reconhecido pela sociedade como uma instituição de excelência no julgamento e na

normatização da verificação, fiscalização e aperfeiçoamento do exercício e das

atividades profissionais, visando à defesa da sociedade e ao desenvolvimento sustentável

do país, observados os princípios éticos.”(grifou-se)

Por meio do trabalho, identificou-se, no que tange à abertura de processos

disciplinares e à aplicação de penalidades, que a supervisão do Confea sobre os Creas tem

baixa efetividade e é insuficiente para garantir a proteção da sociedade frente ao mau

exercício das profissões jurisdicionadas ao Sistema Confea/Crea.

Constatou-se, também, a ineficácia do sistema Confea/Crea na fiscalização do

correto exercício profissional, pois identificou-se um número significativo de

profissionais com registro de múltiplas ARTs em quantidade incompatível com a carga

horária aceitável para um correto acompanhamento técnico. Essa situação consubstancia-

se em infração definida na alínea “c” do art. 6º da Lei Federal nº 5.194/1966,

(acobertamento). Nessa situação, foram identificados raros casos de aplicação de

penalidade.

O levantamento efetuado identificou, para a maioria dos conselhos, a ausência

na regulamentação do Livro de Ordem no prazo previsto na Resolução do Confea nº

1.024, de 21 de agosto de 2009. Ressalta-se que, ao invés de promover ações para auxiliar

os Creas na regulamentação em comento, o Confea, por meio da Resolução nº 1.084, de

26 de outubro de 2016, tornou facultativo o uso do Livro de Ordem pelos Creas e pelos

profissionais. Frisa-se que a infração de “acobertamento” seria inibida com a

obrigatoriedade de utilização desse instrumento. Assim, entende-se que, apesar das

dificuldades, do custo da implantação e da Resolução do Confea nº 1.084, de 2016, a

obrigatoriedade dessa ferramenta poderia apresentar melhores resultados no que se refere

à fiscalização das atividades profissionais jurisdicionadas ao Sistema Confea/Crea.

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Ainda, em relação a ineficácia da fiscalização implementada por essas

autarquias, nos casos de Sociedade em Conta de Participação, foi constatada a emissão

de CAT pelos Creas a partir de atestados técnicos emitidos pela sócia ostensiva para

profissionais da sócia oculta, aquela que somente colabora com aporte financeiro. Dessa

maneira, a inexistência de vedação normativa implica a possibilidade de obtenção de CAT

por profissionais que não participaram efetivamente da execução das obras. Assim, esses

profissionais e empresas (sócias ocultas) poderão, em futuros certames licitatórios, serem

habilitados mesmo sem possuir o conhecimento técnico exigido pela entidade contratante.

Diante do exposto, entende-se ser necessária a implementação de diversas

ações pelo Sistema Confea/Crea para que essas autarquias se tornem efetivas no que tange

à defesa da sociedade frente ao mau exercício das profissões jurisdicionadas a esses

conselhos.

Brasília/DF, 27 de março de 2017.

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_______________________________________________ Ordem de Serviço nº 201700097

1 GESTÃO OPERACIONAL

1.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

1.1.1 EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS

1.1.1.1 CONSTATAÇÃO

BAIXA EFETIVIDADE NA APLICAÇÃO DE PENALIDADES

Fato

Inicialmente cabe registar que, de acordo com o inciso I do art. 4º da Resolução

do Confea nº 1.004, de 27 de junho de 2003, é atribuição da Comissão de Ética

Profissional do Crea iniciar o processo para apuração de infrações éticas ante notícia ou

indício de infração. Os procedimentos adotados nessa Resolução também se aplicam aos

casos previstos no art. 75 da Lei Federal nº 5.194, de 1966, conforme §1º do art. 1º

dessa Resolução.

Art. 75. O cancelamento do registro será efetuado por má conduta pública

e escândalos praticados pelo profissional ou sua condenação definitiva

por crime considerado infamante.

Segundo o inciso IV do art. 2º da Resolução do Confea nº 1.008, de 9 de

dezembro de 2004, o processo para apuração de outras infrações pode ter início no Crea

por iniciativa própria quando constatados, por qualquer meio à sua disposição, indícios

de infração à legislação profissional.

A CGU, por meio da Solicitação de Auditoria (SA) nº 9, de 29/06/2016, pediu

ao Confea lista dos processos instaurados de 2011 a 2015 para apuração de

responsabilidade de profissionais condenados em processos judiciais por crimes contra a

Administração Pública. Entende-se que essas condutas são passíveis de cancelamento do

registro nos termos do art. 75 da Lei Federal nº 5.194, de 1966. A tabela abaixo contém

extrato das informações recebidas.

Tabela 1 – Respostas dos Creas à Solicitação de Auditoria nº 9

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Crea Respostas

ACNão há processo instaurado em desfavor de profissionais condenados por crime contra a

Administração Pública.

ALNão há processo instaurado em desfavor de profissionais condenados por crime contra a

Administração Pública.

AMNão há processo instaurado em desfavor de profissionais condenados por crime contra a

Administração Pública.

APNão há processo instaurado em desfavor de profissionais condenados por crime contra a

Administração Pública.

BAInstaurou comissão especial para analisar denúncia e apresentar relatório em 11/07/2016 à Câmara

Especializada de Engenharia Civil, que decidirá se instaura processo contra 1 profissional.

DF Não cancelou registros de profissionais condenados por crimes contra a Administração Pública.

GO Não há processo instaurado em desfavor de profissionais condenados por crime contra a

Administração Pública.

MG Não cancelou registros de profissionais condenados por crimes contra a Administração Pública.

MS Instaurou processos contra 6 profissionais.

MTEnviou planilha com processos instaurados, mas não é possível identificar se o motivo foi

condenação por crimes contra a Administração Pública.

PA

Não cancelou registros de profissionais condenados por crimes contra a Administração Pública.

Cancelou 2 registros por ordem judicial transitada em julgado. Cancelou outro registro conforme

Decisão Plenária 263/2012.

PB Não cancelou registros de profissionais condenados por crimes contra a Administração Pública.

PE Não cancelou registros de profissionais condenados por crimes contra a Administração Pública.

PRInformou que há 5 processos em andamento que até podem constituir crimes contra a

Administração Pública.

RJ Instaurou processos contra 2 profissionais.

RONão há processo instaurado em desfavor de profissionais condenados por crime contra a

Administração Pública.

RS Instaurou processos contra 2 profissionais.

SCNão há processo instaurado em desfavor de profissionais condenados por crime contra a

Administração Pública.

SENão há processo instaurado em desfavor de profissionais condenados por crime contra a

Administração Pública.

SPNão há processo instaurado em desfavor de profissionais condenados por crime contra a

Administração Pública.

TONão há processo instaurado em desfavor de profissionais condenados por crime contra a

Administração Pública.

O número de Creas que não instaurou processo em desfavor de profissionais

condenados judicialmente contrasta com o de escândalos de desvio de recursos públicos

rotineiramente noticiados pela imprensa brasileira.

Vale destacar que, com base em consulta realizada no dia 14/11/2016 no sítio

do Confea, profissionais condenados criminalmente em decorrência de desvios em obras

públicas apurados em operações da Polícia Federal noticiadas na mídia como “Operação

Navalha” e o ”caso da Construtora Delta” encontram-se com seus RNP ativos. Nem

mesmo condenação judicial em um dos maiores escândalos envolvendo profissionais de

engenharia na história brasileira, “Operação Lava Jato”, foi motivo suficiente para ação

dessas autarquias. Dentre catorze engenheiros já condenados em decorrência da operação

em comento, por meio da resposta à SA n° 9, de 29 de junho de 2016, somente foi possível

identificar a instauração de processos contra três profissionais, um no Crea/BA e dois no

Crea/RJ.

A resistência do sistema Confea/Crea para abertura de um processo disciplinar

pode ser exemplificada no Ofício OF/GP/Nº 496, de 7 de julho de 2016, do Presidente do

Crea/BA, conforme recorte abaixo.

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Figura 1 – Resposta Crea/BA à SA nº 9

No que diz respeito ao devido rigor na aplicação de penalidades, foram

analisados processos em grau de recurso em trâmite no Confea, bem como foi solicitado

aos conselhos relação dos processos disciplinares contra os profissionais do Sistema

Confea/Crea instaurados nos últimos cinco anos.

Conforme tabela 2 a seguir, percebe-se que o conselho que mais puniu foi o do

Estado do Paraná, seguido pelo de São Paulo.

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Tabela 2 – Penalidades aplicadas nos anos de 2015 e 2016.

Advertência

Reservada

Censura

Pública

Suspensão

temporária

do exercício

profissional

Cancelamento

definitivo de

Registro

AL - 1 3

AM 4 3 1

AP 0

BA 251 59 23

CE 50 16 27

DF 37 11 3

ES 70 4 1

GO 121 35 8

MG 467 30 12

MS 15 5 0

PA 56 19 12 1

PB 11 3 0

PE 30 11 2

PI 5 2 1

PR 970 297 57

RS - 54 16

SC 228 23 16

SE 9 4 2

SP 636 79 29 1 1

TO 9 5 1

∑ 2969 661 214 2 1

Crea Processos

Penalidade

Observa-se um número reduzido de punições mais rigorosas (três), suspenção

temporária e cancelamento definitivo de registro, em relação ao número de processos

abertos.

No que tange a dosimetria das penas, a Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro

de 1966, dispõe:

Art. 71. As penalidades aplicáveis por infração da presente lei são as

seguintes, de acôrdo com a gravidade da falta:

a) advertência reservada;

b) censura pública;

c) multa;

d) suspensão temporária do exercício profissional;

e) cancelamento definitivo do registro.

Parágrafo único. As penalidades para cada grupo profissional serão

impostas pelas respectivas Câmaras Especializadas ou, na falta destas,

pelos Conselhos Regionais.

Art. 72. As penas de advertência reservada e de censura pública são

aplicáveis aos profissionais que deixarem de cumprir disposições do

Código de Ética, tendo em vista a gravidade da falta e os casos de

reincidência, a critério das respectivas Câmaras Especializas

As condutas mais abrangentes dispostas no Código de Ética Profissional da

Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, aprovado pela

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Resolução do Confea nº 1.002, de 26 de novembro de 2002, foram consignadas no inciso

I do art. 10:

I - ante o ser humano e a seus valores:

a) descumprir voluntária e injustificadamente com os deveres do ofício;

b) usar de privilégio profissional ou faculdade decorrente de função de

forma abusiva, para fins discriminatórios ou para auferir vantagens

pessoais.

c) Prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer

ato profissional que possa resultar em dano às pessoas ou a seus bens

patrimoniais;

d) divulgar os conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos

inerentes à profissão.

A pena de suspensão temporária do exercício profissional será imposta, a

critério das Câmaras Especializadas, por prazos variáveis de seis meses a dois anos e,

pelos Conselhos Regionais em pleno, de dois a cinco anos, no caso de nova reincidência

das infrações previstas nos arts. 6º, 13, 14, 59, 60 e parágrafo único do art. 64 relacionadas

ao exercício da profissão de engenheiro.

Os atos ensejadores da aplicação de cancelamento definitivo de registro foram

dispostos no art. 75.

Merece nota o fato de que, a despeito do longo período decorrido da publicação

da Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, ainda há discussão, no âmbito do

Sistema Confea/Crea, sobre a forma de aplicação do dispositivo legal constante do art.

75.

A título exemplificativo dessa discussão, cita-se a Proposta nº 021/2014,

aprovada na 1ª reunião extraordinária da Coordenadoria Nacional de Comissões de Ética

dos Creas – CNCE – em Brasília no período de 29 a 31 de outubro de 2014. A proposta

solicita ao Confea orientação jurídica que defina os critérios, os procedimentos e as

definições a serem adotados pelos Creas com relação à aplicabilidade da pena de

cancelamento de registro. A proposta solicita, ainda, respostas quanto à validade do art.

75 da Lei Federal nº 5.194, pois a Constituição Federal vigente proíbe penas de caráter

perpétuo, conforme art. 5º, inciso XLVII, alínea “b”, e a Lei Federal nº 5.194 não

estabelece condições de reabilitação do profissional, diferentemente do que ocorre, a

título de exemplo, com o Estatuto da Advocacia, que, em seu art. 41, permite ao que tenha

sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a

reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento.

Cita-se, ainda, a Proposta nº 09/2016, aprovada na 2ª reunião extraordinária da

CNCE em Brasília no período de 24 a 26 de fevereiro de 2016. Essa proposta solicita

celeridade, por parte do Confea, na análise da proposta de resolução do Grupo de

Trabalho Ética 1, que apresentou Projeto de Resolução que define, no âmbito do Sistema

Confea/Crea/Mútua, os conceitos de crime infamante, má conduta pública e escândalo e

outras definições pertinentes ao processamento de infração ética capitulada no art. 75 da

Lei Federal nº 5.194/1966. A proposta cita que o processo administrativo do Confea nº

1.542/2014 encontra-se pendente de análise jurídica para continuidade do processo

legislativo.

Desse modo, transcorridos 50 anos da publicação da Lei Federal nº 5.194, a

omissão do Confea na implementação de ações para dirimir dúvidas sobre a

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aplicabilidade direta do art. 75 ou, caso necessário, na regulamentação desse dispositivo,

apresenta-se como um dos elementos a justificar o baixo número de cancelamento de

registros de profissionais envolvidos em grandes esquemas de desvios de recursos em

obras públicas. Registre-se que, no entender desta equipe de auditoria, a penalidade de

censura pública não é suficiente a coibir atos lesivos ao patrimônio público como os

citados neste relatório.

De todo o exposto, conclui-se que, no que tange à abertura de processos

disciplinares e à aplicação de penalidades, a supervisão do Confea sobre os Creas tem

baixa efetividade e é insuficiente para garantir a proteção da sociedade frente ao mau

exercício das profissões jurisdicionadas ao Sistema Confea/Crea.

##/Fato##

Causa

Inobservância de princípios e legislação pertinentes.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

O Confea apresentou justificativas para essa constatação no Ofício 182, de

24/1/2017, conforme abaixo.

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Em relação à recomendação 2, o Confea, na Mensagem Eletrônica nº 012/2017, de

6/1/2017, complementou as justificativas conforme abaixo.

Em complementação à resposta encaminhada pelo Ofício n° 0182, de 24

de janeiro de 2017, deste Federal cumpre-nos informar que apesar de o

assunto já estar regulamentado, tramita neste Federal o Anteprojeto de

Resolução n° 008/2016 que “Dispõe sobre o cancelamento do registro

profissional por má conduta pública, escândalo ou crime infamante.”, que

fixa as definições de “má conduta pública, escândalo, crime infamante,

imperícia, imprudência e negligência” bem como tipifica alguns atos e

comportamentos que podem ser enquadráveis como má conduta pública

ou escândalo.

A explicitação de tais conceitos favorecerá mais assertividade nas

decisões adotadas pelos Creas e pelo Confea, uma vez que uniformizará o

entendimento sobre cada um dos preceitos previstos no art. 75 da Lei nº

5.194, de 1966, evitando, desse modo, interpretações dúbias.

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Em cumprimento aos ditames da Resolução n° 1.034, de 2011, que

regulamenta o processo legislativo de competência do Sistema

Confea/Crea, o anteprojeto de resolução passará ainda pelas seguintes

etapas:

- sistematização das contribuições;

- instrução técnico-jurídica das contribuições;

- análise de mérito pela Comissão de Ética e Exercício Profissional

(CEEP);

- análise dos aspectos procedimentais e legais pela Comissão de

Organização, Normas e Procedimentos (CONP); e

- apreciação e decisão do Plenário do Confea.

Assim, estima-se que o assunto deverá ser submetido ao plenário do

Plenário do Confea até 30/07/2017.

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Entre outras atribuições, compete ao Confea cumprir e fazer cumprir a legislação

relacionada ao exercício da engenharia e da agronomia e supervisionar o funcionamento

dos Creas conforme definido na alínea b do inciso V do art 2º, no inciso XXIII do art. 3º

e nos incisos I dos artigos 24 e 55, todos do Regimento Interno do Confea.

Entende-se que as justificativas apresentadas não indicam a forma que o Confea

dispõe para verificar o cumprimento do disposto no inciso I do art. 4º da Resolução nº

1.004, de 2003, que estipula que é atribuição da Comissão de Ética Profissional dos Creas

iniciar o processo ético ante notícia ou indício de infração.

As justificativas apresentam, por outro lado, projeto do Confea, decorrente da

Proposta nº 13/2014 da CNCE, de elaboração de banco de dados de ética do sistema

Confea/Crea, ação com especial importância para verificação do cometimento de

reincidências infracionais na aplicação da penalidade de suspensão conforme descreve o

art. 74 da Lei Federal nº 5.194, de 1966 e para gradação da pena consoante prevê o art.

72 da mesma lei.

Primeiramente, entende-se que o banco de dados não deve contemplar apenas as

infrações éticas. Ainda, conforme a citada proposta, os processos éticos só seriam

anotados no banco de dados do Confea após transitado em julgado, o que impede a

verificação da tempestividade da atuação das comissões de ética dos Creas. Assim, essa

ferramenta deve conter informações de todos os processos instaurados e não apenas

daqueles transitados em julgado e (ou) que resultaram em penalidades. Entende-se

também que, para registro de informações no banco de dados, a atuação dos Creas nos

processos éticos deve ser ativa, independentemente de provocação, conforme consta no

inciso IV do art. 2º de outra Resolução do próprio Confea, a nº 1.008, de 2004, que dispõe

sobre os procedimentos para instauração, instrução e julgamento dos processos de

infração e aplicação de penalidades. Segundo o dispositivo, o processo pode ter início no

Crea por iniciativa própria quando constatados, por qualquer meio à sua disposição,

indícios de infração à legislação profissional.

Entende-se que o banco de dados, ressalvados os casos de advertência reservada

e de outras possíveis informações sigilosos, pode ter um perfil de acesso ao público, pois,

além de a sociedade poder consultar o histórico da situação dos registros dos profissionais

que quer contratar, os próprios Creas já divulgam, em suas páginas na internet, relação de

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profissionais apenados com censura pública, informações que podem ser verificadas, a

título exemplificativo, na página do Crea-GO, disponíveis em:

http://www.creago.org.br/index.php/extras/censura-publica. Quanto às outras

penalidades, o próprio Confea expõe a situação dos registros dos profissionais, a exemplo

dos seguintes registros: ***0890***, ***1912***, ***3554*** e ***6289***, todos

cancelados por má conduta pública.

Ainda quanto à existência dessa publicidade da situação dos registros, registra-se

que, apesar de suspenso por dois anos por acobertamento profissional, infração epidêmica

conforme registra a Decisão Plenária do Confea nº 3.243, de 21 de dezembro de 2016, o

profissional registrado sob o nº ***0718***, em 10/02/17, ainda se encontra ativo na

página do Confea, ao passo que, no sítio do Crea-GO, já está em situação irregular.

Por último, registra-se que os Creas publicam os avisos de penalidade no Diário

Oficial da União conforme recorte da p. 120 da seção três do dia 16/11/2016.

Figura 2 – Aviso de Penalidade Crea-SE

Em reunião no dia 26/01/17 na sede do Confea, para corrigir informação constante

do Ofício 182, a equipe do Confea informou que o banco de dados de ética do Sistema

Confea/Crea estará finalizado até 30/06/17. A equipe do Confea informou também que o

banco de dados contemplará, inicialmente, apenas infrações éticas. Entendemos e

enfatizamos que, em uma segunda etapa, a ferramenta deve conter todos as penalidades

previstas na Lei Federal nº 5.194, de 1966.

Quanto aos esclarecimentos referentes à recomendação de edição de normativo

para regulamentação do art. 75 da Lei Federal nº 5.194, de 1966, realmente já há

normativos que tratam do cancelamento definitivo do registro profissional. Ocorre que a

legislação existente ainda não é suficiente para a aplicação completa da lei, o que gera

dúvidas nos regionais e possíveis descumprimentos do referido dispositivo legal por parte

do Sistema Confea/Crea.

Nesse sentido, a manifestação do Confea corrobora a necessidade de edição de

normativo que possibilite a atuação dos Creas ao citar o Anteprojeto de Resolução nº

008/2016, que caracteriza os conceitos de má conduta pública, escândalo e crime

infamante.

Na mesma reunião do dia 26/01/17, a equipe do Confea informou que, em 180

dias, o processo legislativo do referido ato administrativo normativo, que esteve em

consulta pública até 22/12/16, estará finalizado e o texto da resolução publicado.

Por fim, em 17/03/17, na reunião de busca conjunta de soluções, o Confea e a

CGU definiram o texto final das recomendações conforme abaixo.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Implementar mecanismos para monitorar a devida instauração de ofício

de processos a partir de notícias ou indícios de infrações éticas, por má conduta pública e

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escândalos praticados pelo profissional ou sua condenação definitiva por crime

considerado infamante.

Recomendação 2: Editar normativo para conceituar os casos previstos no art. 75 da Lei

Federal nº 5.194/66.

1.1.1.2 CONSTATAÇÃO

INEFICÁCIA NA FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Fato

Falta de crítica às ARTs recebidas

Em relação a esse aspecto, solicitou-se aos Creas uma planilha com a relação

dos dez profissionais de engenharia civil com maior número de ARTs de execução de

obra ou projeto registradas nos anos de 2015 e 2016. A tabela a seguir consigna o

número do Registro Nacional Profissional (RNP) de engenheiros com maior número de

ARTs por unidade da federação.

Tabela 3 – nº de ARTs registradas em 2015/2016.

CREA RNP TOTAL DE

ARTS

AL

***2487*** 277

***3140*** 259

***5619*** 165

AM

***0883*** 492

***5094*** 328

***7162*** 244

AP

***7098*** 49

***1112*** 47

***2637*** 35

BA

***5211*** 426

***2069*** 249

***4007*** 245

CE

***2191*** 857

***1803*** 504

***1133*** 326

DF

***4088*** 211

***0829*** 114

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CREA RNP TOTAL DE

ARTS

***6358*** 105

ES

***0139*** 213

***1059*** 176

***7131*** 163

GO

***0718*** 996

***0817*** 451

***5881*** 416

MG

***6290*** 327

***2162*** 207

***0469*** 144

MS

***6290*** 327

***2162*** 207

***0469*** 144

MT

***1004*** 1466

***4438*** 304

***2740*** 237

PB

***0853*** 840

***5999*** 537

***3686*** 536

PA

***1735*** 525

***1823*** 490

***0348*** 367

PE

***5885*** 169

***4306*** 58

PI

***0439*** 570

***3689*** 567

***5268*** 418

PR

***0574*** 1300

***0989*** 1057

***4573*** 512

RS ***1183*** 927

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CREA RNP TOTAL DE

ARTS

***5418*** 368

***1067*** 235

SC ***3009*** 110

SE

***2640*** 311

***0305*** 278

***9362*** 113

SP

***2327*** 63

***9593*** 47

***1921*** 46

TO

***2284*** 341

***6110*** 337

***3200*** 259

O número de ARTs por profissional, no curto período inferior a dois anos

consignados na tabela, é totalmente incompatível com a dedicação esperada de um

engenheiro quando este se responsabiliza pelo acompanhamento técnico de uma obra ou

projeto. Nesse sentido, é possível concluir que a maioria desses profissionais são apenas

responsáveis técnicos formais das obras, não estando presente no cotidiano da execução

dos empreendimentos como quer fazer crer as ARTs registradas em seus nomes. Esse fato

caracteriza indícios de exercício ilegal da profissão, conforme prescreve a alínea “c” do

art. 6º da Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966.

É preciso ressaltar que a discrepância apresentada foi apurada a partir de rápido

levantamento efetuado pelos Creas em seus sistemas informatizados. Assim resta

materializada a discrepância entre a notória eficiência do Sistema Confea/Crea em autuar

os profissionais que exercem a profissão sem o devido registro da ART e a inação na

promoção de críticas desses registros como forma de resguardar a sociedade contra o mau

exercício da engenharia e da agronomia.

Por último, registra-se que é possível que os profissionais que estão atuando

como responsáveis técnicos, independentemente da efetiva atuação nas obras, podem

estar recebendo CAT pelos serviços não prestados.

Desvalorização do Livro de Ordem

Registra-se que, a despeito da Resolução do Confea nº 1.024, de 21 de agosto

de 2009, que dispôs sobre a obrigatoriedade de adoção do Livro de Ordem pelos Creas

até 1º de janeiro de 2011, apenas os Conselhos Regionais dos estados de São Paulo,

Distrito Federal e Acre possuem ato normativo regulamentador homologado pelo Confea.

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Os Conselhos Regionais dos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul,

Paraná e Goiás até editaram o ato normativo, mas o Confea não os homologou. Nos

estados de Tocantins, Piauí e Amapá, o processo de regulamentação do Livro de Ordem

está em andamento. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará decidiu,

em 9 de agosto de 2016, regulamentar o Livro de Ordem conforme Decisão nº 036/2016

da Diretoria. Os demais conselhos não editaram ato normativo.

O Livro de Ordem funciona como instrumento auxiliar de fiscalização que

possibilita verificar a autoria dos projetos e a existência do responsável técnico pelas

obras e serviços, além de constatar a efetiva e real participação do profissional nas

atividades e empreendimentos de engenharia e agronomia, conforme define documento

do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo, intitulado

Livro de Ordem.

A Decisão Plenária do Confea nº 1.094/2016, de 29 de setembro de 2016,

firmou entendimento de que, para efeito de auditoria, não caberá penalizar os conselhos

regionais que não adotarem o Livro de Ordem de obras e serviços. Essa Decisão também

definiu que a Comissão de Exercício e Ética Profissional do Confea (CEEP) deverá

elaborar proposta de alteração da Resolução nº 1.024, de 2009.

Novamente, considera-se que o Livro de Ordem se constitui em ferramenta

com potencial de auxiliar na fiscalização a ser exercida pelo sistema Confea/Crea na

mitigação da irregularidade descrita no subitem 2.2.1, qual seja, existência de

responsáveis técnicos de obras que não acompanham efetivamente a execução das

atividades, o que caracteriza indícios de exercício ilegal da profissão, conforme prescreve

a alínea “c” do art. 6º da Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966.

A partir da constatação da falta de importância que o sistema Confea/Crea vem

dando à implementação dessa ferramenta de fiscalização, buscaram-se elementos para

corroborar a necessidade do Livro de Ordem. Nesse contexto, apresenta-se tabela com o

quantitativo consolidado de Relatórios Matriz de Ocorrência (RMO) e de Autos de

Infrações (AIN) no anexo I e outros resultados dos setores de fiscalização dos conselhos

no anexo II. O RMO é o documento elaborado pelo fiscal do conselho após a verificação

in loco ou não das ocorrências relacionadas ao exercício das profissões fiscalizadas pelo

Sistema Confea/Crea.

De acordo com o disposto no anexo I, observa-se que, entre os conselhos

avaliados, a maioria dos RMOs, 63%, não resulta em Autos de Infração. Essa discrepância

contraria o disposto na Decisão Normativa do Confea nº 95, de 24 de agosto de 2012.

Segundo esse normativo, constitui princípio a ser observado pelos Creas o da

Assertividade, segundo o qual o fiscal deve envidar esforços na fase de coleta de dados,

a fim de que as informações que constarão do relatório de fiscalização expressem a

veracidade dos fatos constatados, uma vez que as notificações e autuações não podem ser

baseadas em meros indícios de irregularidade. Assim, nos parece que a exigência do livro

de ordem traria informações necessárias para qualificação das fiscalizações realizadas

pelos Creas nos Estados.

Conforme previa a Decisão Plenária do Confea nº 1.094/2016, ainda durante

os trabalhos de levantamento de informações, o Confea alterou a Resolução 1.024, de

2009, por meio da Resolução nº 1.084, de 26 de outubro de 2016, que tornou facultativo

o uso do Livro de Ordem pelos Creas e pelos profissionais. Entende-se que o uso dessa

ferramenta deveria ser obrigatório, porque, ressalta-se, possibilita mitigar os fatos

descritos no subitem 2.2.1 Em outras palavras, o Livro de Ordem objetiva confirmar,

juntamente com a ART, a efetiva participação do profissional na execução dos trabalhos

da obra ou serviço, de modo a permitir a verificação da medida dessa participação,

inclusive para a expedição de CAT, conforme art. 3º da Resolução 1.024, de 2009, não

alterado pela Resolução 1.084.

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Por fim, os fatos aqui relatados conduzem a conclusão de que a demora

registrada na regulamentação do Livro de Ordem e a flexibilização de seu uso são mais

um indício da pouca efetividade da atuação do sistema Confea/Crea em defesa da

sociedade.

Fragilidade na Emissão de Certidões de Acervo Técnico possibilitando que

profissionais de empresas não envolvidas diretamente na execução das obras recebam

CAT

Conforme art. 47 da Resolução do Confea nº 1.025, de 30 de outubro de 2009,

o acervo técnico é o conjunto das atividades desenvolvidas ao longo da vida do

profissional compatíveis com suas atribuições e registradas no Crea por meio de

Anotações de Responsabilidade Técnica.

Conforme art. 991 do Código Civil, Lei Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de

2002, na SCP, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio

ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade,

participando os demais dos resultados correspondentes. Os sócios participantes, ou

ocultos, são simples investidores. Nesse sentido, Maria Helena Diniz em sua obra Curso

de Direito Civil Brasileiro – Direito de Empresa, 2a edição, fl. 178, esclarece:

A sociedade em conta de participação é a que, não tendo

personalidade jurídica, nem existência perante terceiros, se

constitui pelo sócio ostensivo, que por entrar com o capital

e o trabalho, pratica, em seu nome individual, atos de

gestão, adquire direitos e assume obrigação com terceiros,

respondendo pessoal e ilimitadamente pelos débitos sociais

e pelos sócios participantes (prestadores de capital), que

contribuem, formando patrimônio especial, apenas com

capital, participando dos lucros e perdas, conforme o

combinado no contrato de participação, podendo, por isso,

exigir prestação de contas. [...](grifou-se)

Nessa linha, Fábio Ulhoa Coelho afirma “(...) a conta de participação, a rigor,

não passa de um contrato de investimento comum, que o legislador, impropriamente,

denominou sociedade” (Curso de direito comercial. São Paulo: Saraiva, 2010, 14a, v. 2,

p. 491).

Cabe observar que o contrato que constitui a SCP não precisa de registro em

cartório ou qualquer outra formalidade/publicidade, o que permite que esse contrato seja

facilmente simulado.

Consonante com a lógica que amparou a normatização do CAT, entende-se que

o contratante das obras e serviços deve emitir atestado técnico no qual conste apenas os

profissionais da sócia ostensiva como executores dos serviços. Por consequência, o

conselho regional respectivo, provocado pelo profissional, deve emitir a Certidão de

Acervo Técnico apenas para os profissionais da sócia ostensiva. Contudo, há indícios de

que o instituto da SCP pode estar sendo utilizado para “transferências” de atestados de

capacidade técnica entre profissionais de empresas distintas e de suas respectivas CATs.

Observa-se que, em alguns conselhos, editou-se procedimento de cadastro de

SCP com a orientação de que quem emite o atestado para a sócia oculta é a sócia

ostensiva. Ocorre que, conforme parágrafo único do art. 57 da Resolução do Confea nº

1.025, de 2009, a contratante é quem emite os atestados técnicos, que atestam a execução

da obra ou prestação de serviço, para quem efetivamente realizou as atividades, o que não

acontece em relação aos sócios ocultos.

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O sócio oculto executa atividades de aporte financeiro, que não são objeto de

fiscalização por parte dos Creas. O Confea já se manifestou sobre o assunto em questão,

conforme Decisão Plenária Confea nº 781/2015, ao determinar a conselho regional a

anulação de ART de profissional de engenharia responsável técnico de empresa

integrante de SCP na condição de sócia oculta. No caso concreto, essa sócia oculta

participou das atividades da SCP ao realizar aporte financeiro e fornecer máquinas e

equipamentos.

De fato, se, em algum caso concreto, a sócia oculta realizou alguma atividade

técnica, estar-se-á diante de uma afronta ao Código Civil, que determina expressamente

que as atividades serão executadas única e exclusivamente pela sócia ostensiva, em seu

nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade. Logo, não pode o Sistema

Crea/Confea referendar relação social em desconformidade com a legislação civil.

Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade

constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo

sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e

exclusiva responsabilidade, participando os demais dos

resultados correspondentes.

Por fim, a Decisão Plenária Confea nº 1.229/2015 determinou à CEEP que, por

ocasião da análise do projeto de resolução que altera a Resolução do Confea nº 336, de

1989, que trata do registro de pessoas jurídicas nos Creas, inclua a normatização do

registro das SCPs. Entende-se que essa revisão, até a data de encerramento do presente

relatório ainda não efetivada, deve enfatizar que as certidões de acervo técnico

profissional só serão emitidas pelos Creas aos responsáveis técnicos das sócias ostensivas

das SCPs, e em nome exclusivo das sócias ostensivas em observância ao disposto no art.

991 do Código Civil.

##/Fato##

Causa

Inobservância de princípios e legislação pertinentes.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

O Confea apresentou justificativas para essa constatação no Ofício 182, de

24/1/2017, conforme abaixo.

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Em relação à recomendação 1, o Confea, na Mensagem Eletrônica nº 012/2017,

de 6/1/2017, complementou as justificativas conforme abaixo.

Em complementação à resposta encaminhada pelo Ofício n° 0182, de 24

de janeiro de 2017, deste Federal cumpre-nos esclarecer que a Resolução

nº 1.025, de 2009, prevê diversas classificações de ARTs:

“Art. 9º Quanto à tipificação, a ART pode ser classificada em:

I – ART de obra ou serviço, relativa à execução de obras ou prestação de

serviços inerentes às profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;

II – ART de obra ou serviço de rotina, denominada ART múltipla, que

especifica vários contratos referentes à execução de obras ou à prestação

de serviços em determinado período; e

III – ART de cargo ou função, relativa ao vínculo com pessoa jurídica para

desempenho de cargo ou função técnica.”

“Art. 10. Quanto à forma de registro, a ART pode ser classificada em:

I – ART complementar, anotação de responsabilidade técnica do mesmo

profissional que, vinculada a uma ART inicial, complementa os dados

anotados nos seguintes casos:

a) for realizada alteração contratual que ampliar o objeto, o valor do

contrato ou a atividade técnica contratada, ou prorrogar o prazo de

execução; ou

b) houver a necessidade de detalhar as atividades técnicas, desde que não

impliquem a modificação da caracterização do objeto ou da atividade

técnica contratada.

II – ART de substituição, anotação de responsabilidade técnica do mesmo

profissional que, vinculada a uma ART inicial, substitui os dados anotados

nos casos em que:

a) houver a necessidade de corrigir dados que impliquem a modificação

da caracterização do objeto ou da atividade técnica contratada; ou

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b) houver a necessidade de corrigir erro de preenchimento de ART.”

“Art. 11. Quanto à participação técnica, a ART de obra ou serviço pode

ser classificada da seguinte forma:

I – ART individual, que indica que a atividade, objeto do contrato, é

desenvolvida por um único profissional;

II – ART de coautoria, que indica que uma atividade técnica caracterizada

como intelectual, objeto de contrato único, é desenvolvida em conjunto

por mais de um profissional de mesma competência;

III – ART de corresponsabilidade, que indica que uma atividade técnica

caracterizada como executiva, objeto de contrato único, é desenvolvida

em conjunto por mais de um profissional de mesma competência; e

IV – ART de equipe, que indica que diversas atividades complementares,

objetos de contrato único, são desenvolvidas em conjunto por mais de um

profissional com competências diferenciadas.”

Assim, o número de ARTs emitidas por um profissional não permite, por

si só, concluir a infringência à legislação profissional ou o exercício ilegal

da profissão, podendo servir de alerta às câmaras especializadas dos

Creas, as quais, diante de indícios de ilegalidade, devem apurar, em

conjunto com a fiscalização do regional, a veracidade das informações

anotadas pelos profissionais e, se for o caso, decidir acerca do processo

administrativo de anulação da ART.

Ademais, ressaltamos que o arcabouço normativo existente sobre a

matéria não prevê o instituto de homologação de ARTs e a inclusão desta

etapa pode acarretar morosidade e obstaculizar o exercício profissional,

o que não é o intuito do Sistema Confea/Crea.

Entretanto, também entendemos que o registro de ARTs constitui-se numa

fonte relevante de dados que podem subsidiar a atividade de fiscalização

dos Creas de forma a verificar a efetiva participação dos profissionais e

mitigar o acobertamento profissional.

Nesse sentido, não há que se falar de revisão da Resolução n° 1.025, de

2009, mas sim de regulamentação de procedimentos com o intuito de

verificar a participação efetiva do profissional, a partir de informações

constantes das ARTs de execução de obras.

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Em relação à recomendação 2, o Confea, na Mensagem Eletrônica nº 012/2017,

de 6/1/2017, complementou as justificativas conforme abaixo.

Em complementação à resposta encaminhada pelo Ofício n° 0182, de 24

de janeiro de 2017, deste Federal cumpre-nos informar que já está sendo

estudada a pertinência de repristinação da Resolução n° 1.024, de 2009

que regulamentou a obrigatoriedade da adoção do Livro de Ordem.

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Entretanto, destacamos que há relatos de dificuldades na implantação do

livro de ordem para outras modalidades profissionais que não sejam a

Engenharia Civil. Por isso, deve ser repensada sua aplicabilidade na

Engenharia Química, Agronomia, Meteorologia, Geografia, e outras, uma

vez que tais profissões também albergadas pelo Sistema Confea/Crea.

Neste sentido, devemos informar que eventual proposta de normativo a ser

apresentada, também deverá seguir o rito legislativo estabelecido pela

Resolução nº 1.034, de 2011.

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Em relação à recomendação 3, o Confea, na Mensagem Eletrônica nº 012/2017,

de 6/1/2017, complementou as justificativas conforme abaixo.

Em complementação à resposta encaminhada pelo Ofício n° 0182, de 24

de janeiro de 2017, deste Federal cumpre-nos informar que a

recomendação em tela não enseja na alteração da Resolução n° 336, de

1989, que dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos Creas, pois a

emissão de Certidão de Acervo Técnico – CAT é objeto de regulamentação

por outro conjunto de normativos:

- Resolução nº 1.025, de 30 de outubro de 2009, que dispõe sobre a

Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional,

e dá outras providências;

- Resolução nº 1.050, de 13 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a

regularização de obras e serviços de Engenharia e Agronomia concluídos

sem a devida Anotação de Responsabilidade Técnica – ART; e

- Decisão Normativa nº 085, de 31 de janeiro de 2011, aprovando o

manual de procedimentos operacionais para aplicação da Resolução nº

1.025, de 2009.

Não obstante, reconhecemos a importância de incluir em normativo do

Confea que trata da CAT procedimentos específicos para emissão de

Certidão de Acervo Técnico – CAT nos casos de Sociedade em Conta de

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Participação – SCP, devendo ser objeto de análise mais criteriosa pelos

Creas eventuais emissões de CAT em nome da sócia ostensiva, que em

regra é apenas investidora e não executora das obras e serviços.

Por fim, por se tratar de alteração de normativos, informamos que

eventual proposta a ser apresentada também deverá seguir o rito

legislativo estabelecido pela Resolução nº 1.034, de 2011.

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Quanto às manifestações relativas às Anotações de Responsabilidade Técnica,

registra-se que o levantamento dos documentos registradas em 2015/2016 refere-se a

ARTs individuais e iniciais de autoria de projetos e (ou) execução de obras.

Recente ato do Confea já citado, a Decisão Plenária nº 3.243, de 2016, que puniu,

por acobertamento, profissional de engenharia que registrou, entre outras, 2.998

Anotações de Responsabilidade Técnica de projetos e execuções de obras residenciais

somente no exercício de 2011, corrobora a argumentação consignada neste relatório no

que se refere ao levantamento das ARTs registradas no período de 2015/2016.

Apesar de não ser possível limitar o número de ARTs, – registra-se que, nos casos

de contratos de edificações, em virtude da edição do Ato Normativo nº 02/81 do Crea-

GO, nesse estado, a limitação ocorreu até 2009 após a revogação do ato pela Decisão

Plenária nº 91, de 16 de março de 2009 – é dever do profissional jurisdicionado ao sistema

Confea/Crea identificar-se e dedicar-se com zelo à profissão e desempenhar sua

profissão ou função nos limites de suas atribuições e de sua capacidade pessoal de

realização conforme registra o inciso II do art. 9º do Código de Ética Profissional da

Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, Resolução do

Confea nº 1.002, de 2002.

Não se trata de obstaculizar e tornar o exercício profissional moroso nem de

anular, apenas, ARTs já registradas indevidamente, mas de estabelecer mecanismos que

identifiquem profissionais suspeitos de acobertamento profissional e que esses, para que

possam registrar novas anotações, tenham que provar, perante a Câmara Especializada

respectiva, sua capacidade material de prestar assistência técnica às obras ou serviços

mediante a apresentação de informações e dados quanto à forma como realiza a direção

e administração das atividades conforme já enunciava o referido Ato Normativo nº 02/81

do Crea-GO.

Assim, para conciliar os direitos e deveres e para cumprir e fazer cumprir a

legislação profissional ora vigente, urge a necessidade do Confea de estabelecer

procedimentos que verifiquem a participação efetiva do profissional a partir de

informações decorrentes do monitoramento sistemático da etapa de registro das ARTs, a

exemplo da quantidade de registros por profissional, simultaneidade dos prazos de

execução das atividades, localidade das atividades técnicas entre outras.

Por fim, em relação a esse assunto, cita-se trecho do Manual de Procedimentos

Operacionais Nova ART e Acervo Técnico:

Neste caso, quando o número de ARTs registradas estiver em desacordo

com os limites ou critérios fixados pelas câmaras especializadas, o

sistema poderá gerar relatório para que seja verificada a efetiva

participação do profissional nas atividades técnicas relacionadas na obra

ou serviço.

Após a fiscalização, se caracterizado indício de exercício ilegal da

profissão, o Crea deve instaurar processo administrativo e encaminhá-lo

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à câmara especializada competente para análise e julgamento, conforme

resolução específica.

Entendemos necessário: primeiro, uma supervisão mais efetiva do Confea sobre

os Regionais ou mesmo realização de auditoria para verificação da existência, pertinência

e uniformidade desses limites ou critérios fixados pelas câmaras especializadas; segundo,

verificação quanto à existência de fiscalização e de instauração de processos quando

caracterizado indício de exercício ilegal da profissão.

Quanto aos esclarecimentos referentes à obrigatoriedade do uso do Livro de

Ordem, entende-se que, mais prudente que a ação de tornar facultativo o uso dessa

ferramenta pelos profissionais diante das diversas solicitações dos entes do Sistema

Confea/Crea, o Confea pode atuar de forma mais ativa e estabelecer critérios de uso do

Livro de Ordem para cada uma das modalidades profissionais a depender dos aspectos

intrínsecos ao exercício de cada uma das áreas abrangidas pelo sistema.

Conforme argumentação já descrita e diante da possibilidade de repristinação da

Resolução do Confea n° 1.024, de 2009, fato que, segundo informado na reunião do dia

26/01/17 na sede do Confea, ocorrerá até 31/12/17, a recomendação será mantida no que

tange à execução e fiscalização de obras.

Quanto aos esclarecimentos referentes à emissão de CAT nos casos de SCP,

entendemos que, conforme art. 4º da Resolução do Confea nº 1.034, de 2011, que estipula

que o ato administrativo normativo não conterá matéria estranha ao objeto a ser

normatizado, não há que se falar sobre CAT mediante revisão da Resolução do Confea nº

336, de 1989, que trata do registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais, ou seja,

assunto estranho à emissão de CAT. De fato, os atos que tratam de acervo técnico

profissional são a Resolução do Confea nº 1.025, de 2009 e a Decisão Normativa do

Confea nº 85, de 31 de janeiro de 211. Esses normativos, porém, em nenhum momento,

estabelecem critérios de emissão de CAT para casos de SCP, capazes de evitar a situação

descrita na constatação, qual seja, emissão de CAT para profissionais de sócia oculta.

Assim, entendemos que o assunto ainda não se encontra exaustivamente normatizado.

Desse modo, após apreciar as justificativas do Confea, entendemos pertinente

alterar o texto da recomendação no sentido de que o Confea regulamente procedimentos

para emissão de CAT nos casos de SCP, de forma a estabelecer que, em observância ao

disposto no art. 991 do Código Civil, essa emissão não ocorra para profissionais de sócias

ocultas, que, em regra, são apenas investidores e não executores das obras e serviços.

Por fim, em 17/03/17, na reunião de busca conjunta de soluções, o Confea e a

CGU ajustaram as recomendações conforme abaixo.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Elaborar Plano de Ação para instituição de um banco de dados que

contemple as ARTs registradas em âmbito nacional.

Recomendação 2: Com base nas informações constantes das ARTs registradas

nacionalmente, regulamentar critérios com o objetivo de priorizar a fiscalização de

profissionais suspeitos da prática de acobertamento.

Recomendação 3: Tornar obrigatória a adoção do Livro de Ordem para emissão de CATs

aos profissionais responsáveis pela execução e fiscalização de obras.

Recomendação 4: Regulamentar procedimentos para emissão de CAT nos casos de SCP

de forma a estabelecer que, em observância ao disposto no art. 991 do Código Civil, essa

emissão não ocorra para profissionais de sócias ocultas, que, em regra, são apenas

investidores e não executores das obras e serviços.

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ANEXO I

Crea

RMOs que

resultaram

em Autos

de Infração

RMOs que não

resultaram em

Autos de

Infração

Total de

Relatórios de

Fiscalização

AIN

lavrados

pela

fiscalização

Notificações

AIN/Multas

AIN/Multas

Arquivados

após 1ª defesa

do profissional

AIN/Multas

Arquivados

na Câmara

Especializada

AIN/Multas

Arquivados

no Plenário

do Crea

AIN/Multas

Arquivados

no Plenário

do Confea

Total de Multas

pagas ou execução

decorrentes dos

Relatórios de

Fiscalização

Crea-AP 1.463 279 1.742 1.528 1.378 208 208 12 0 700

Crea-AM 567 2.678 3.245 805 131 4 69 1 1 181

Crea-BA 7.315 18.559 25.874 7.315 7.315

Crea-CE 4.005 8.069 12.074 4.005 37 40 9 0 594

Crea-DF 2.212 580 2.792 5.117 0 11 8 0 0 123

Crea-ES 9.869 12.459 22.328 9.869 2.919

Crea-GO 6.825 48.191 55.016 7.332 43.431 1.682 2.972 76 18 4.298

Crea-MG 3.778 56.631 60.409 3.778 27.850 338 40 16 333

Crea-MS 2.750 13.164 15.914 2.750 - - 422 268 9

Crea-MT 3.611 13.804 17.415 3.611 3.611 389 389 85 8 R$ 1.471.054,06

Crea-PA 2.339 4.859 7.198 2.339 87 0 0 R$ 253.445,87

Crea-PB 2.256 5.772 8.028 2.256 0 0 15 2 2 494

Crea-PE 960 45 1.005 960 1.005 53 7 0 0 80

Crea-PI 3.360 798 4.158 3.360 0 60 0 0 0 559

Crea-PR 8.615 36.132 44.747 9.946 9.553 373 20 15 0 3.387

Crea-RS 2.203 62.083 64.286 2.203 136 88 32 2.921

Crea-SC 1.663 57.340 59.003 1.663 10.048 - 891 102 29 551

Crea-SE 987 1.786 2.773 987 987 0 0 0 0 16

Crea-SP 2.957 10.112 26.868 2.957 13.069 257 914

Crea-TO 1.461 2.823 4.284 1.461 9 0 31 7 0 R$ 89.012,01

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ANEXO II

Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Crea-BA

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

33,98 33,77 61,69 29,41 13,62 0,57 1,56 17,72 86,32 61,76 19,85 65,91 35,51

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

22,68 0,00 28,07 72,50 9,60 0,32 0,09 0,30 0,23 0,84 21,17 6,64 13,54

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 15 21 5 26 7 0 27 28 18 25 3 12 16

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 46 140 27 12 37 533 3.800 750 1.750 286 0 0 615

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

6 101 30 20 156 40 3.950 100 4.580 160 6 0 762

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0 0 0 0 0 0 125 86 170 79 2 2 39

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

90 90 90 89 90 90 90 89 90 90 90 90 90

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

43 7 28 8 2 0 0 0 0 0 7 3 8

Crea-

AM

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

4,21 2,00 0,93 0,14 0,14 0,07 0,07 0,29 0,14 0,50 0,00 0,86 0,78

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

2,57 1,57 1,29 0,86 0,64 1,07 1,21 0,49 1,57 0,21 0,71 0,79 1,08

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 6,07 2,50 1,29 2,43 4,14 4,00 6,64 4,57 9,29 6,71 3,57 5,36 4,71

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 0% 0% 100% 93% 94% 100% 93% 100% 100% 93% 100% 75% 79%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 0,00% 0,00% 0,71% 0,33% 1,57% 0,68% 1,51% 2,90% 0,95% 0,77% 6,56% 0,65% 1,39%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00% 0,00% 0,28% 0,15% 1,48% 0,22% 1,26% 2,25% 0,00% 0,37% 6,01% 0,22% 1,02%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00% 0,00% 0,43% 0,18% 0,09% 0,46% 0,25% 0,65% 0,95% 0,40% 0,55% 0,43% 0,37%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,03% 0,00% 1,42% 4,19% 1,33% 0,58%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

0,34% 0,86% 0,00% 0,00% 0,00% 0,31% 0,09% 0,00% 1,49% 0,49% 0,00% 0,37% 0,33%

Crea-MS

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

14,00 54,00 85,00 65,00 98,00 83,00 87,00 82,00 65,00 90,00 113,00 80,00 76,33

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

14,00 54,00 85,00 65,00 98,00 83,00 87,00 82,00 65,00 90,00 113,00 80,00 76,33

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 14,00 54,00 85,00 65,00 98,00 83,00 87,00 82,00 65,00 90,00 113,00 80,00 76,33

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 75% 79% 83% 90% 81% 69% 74% 86% 82% 85% 88% 79% 81%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 66% 71% 58% 69% 79% 81% 85% 61% 46% 31% 72% 67% 66%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

106 129 18 0 96 26 178 0 45 106 166 0 73

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

50 54 0 0 132 26 178 0 18 82 43 0 49

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

221 47 438 434 375 58 307 0 180 0 330 77 206

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

55 182 102 241 33 39 53 211 320 100 0 0 111

Crea-SE

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

16,75 23,50 25,00 34,75 17,50 22,50 40,00 45,00 19,25 18,50 168,50 15,25 37,21

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

4,75 12,75 18,75 20,25 22,00 15,00 30,50 35,25 11,00 6,25 4,25 66,00 20,56

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 4,75 12,75 18,75 20,25 22,00 15,00 30,50 35,25 11,00 6,25 4,25 66,00 20,56

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 1,43% 5,14% 3,43% 3,43% 1,71% 0,00% 5,14% 6,28% 5,14% 1,43% 10,28% 1,71% 3,76%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 1,92% 5,17% 7,60% 8,21% 8,91% 6,08% 12,36% 14,29% 4,46% 2,53% 1,72% 26,75% 8,33%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00% 0,00% 0,87% 0,87% 0,87% 0,87% 0,87% 0,87% 0,87% 2,61% 0,00% 0,00% 0,73%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,11% 0,00% 0,51% 0,61% 2,03% 2,33% 0,47%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Crea-TO

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

6,00 7,62 7,87 11,75 23,87 19,25 11,78 12,75 30,12 20,00 12,87 18,75 15,22

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

6,00 7,62 7,87 11,75 23,87 19,25 11,78 12,75 30,12 20,00 12,87 18,75 15,22

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 6,00 7,62 7,87 11,75 23,87 19,25 11,78 12,75 30,12 20,00 12,87 18,75 15,22

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 0,00% 0,00% 0,00% 1,00% 1,00% 3,00% 1,00% 5,00% 9,00% 4,00% 55,00% 15,00% 7,83%

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 0,00%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

65,00% 99,00% 20,00% 58,00% 41,00% 78,00% 38,00% 67,00% 67,00% 0,00% 20,00% 46,08%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

27,00% 47,00% 46,00% 10,00% 16,00% 24,00% 59,00% 26,00% 4,00% 23,00% 18,00% 78,00% 31,50%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

100,00% 100,00% 100,00% 75,00% 100,00% 75,00% 100,00% 54,05% 73,00% 64,75%

Quantidade de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

8,00 28,00 3,00 9,00 6,00 1,00 14,00 7,00 2,00 4,00 6,83

Crea-SC

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

10,63 12,83 19,15 15,61 16,17 14,93 24,78 16,17 16,78 16,52 14,04 8,48 15,51

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

1,94 2,43 2,69 2,69 3,00 2,39 2,89 2,04 2,65 2,91 2,91 2,28 2,57

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 0,04 0,04 0,05 0,05 0,06 0,04 0,05 0,04 0,05 0,05 0,05 0,04 0,05

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 6,63% 8,27% 8,72% 9,26% 8,81% 7,99% 8,99% 7,81% 8,99% 8,27% 8,54% 7,72% 8,33%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 6,25% 7,79% 8,63% 8,63% 9,64% 7,67% 10,11% 7,14% 8,51% 8,03% 9,46% 8,15% 8,33%

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

68,36% 50,63% 61,62% 63,97% 50,74% 66,00% 50,64% 77,55% 0,00% 67,61% 80,91% 0,00% 53,17%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

31,64% 49,37% 38,38% 36,03% 49,26% 34,00% 49,36% 22,45% 100,00% 32,39% 19,09% 100,00% 46,83%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

6,95% 1,45% 2,18% 10,48% 43,05% 31,74% 0,00% 0,00% 0,10% 3,11% 0,00% 0,93% 8,33%

Quantidade de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

168,00 4,00 91,00 0,00 83,00 7,00 0,00 173,00 0,00 265,00 1,00 0,00 66,00

Crea-PR

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

44,00 44,00 55,00 50,00 45,00 47,00 42,00 38,00 37,00 41,00 33,00 27,00 41,92

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

11,00 13,00 18,00 16,00 14,00 16,00 12,00 12,00 12,00 13,00 12,00 7,00 13,00

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 14,00 14,00 19,00 18,00 17,00 17,00 13,00 12,00 13,00 14,00 12,00 7,00 14,17

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 58,90% 64,00% 74,30% 66,90% 71,10% 77,70% 79,50% 77,20% 80,80% 81,30% 98,60% 90,90% 76,77%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

28,00% 23,00% 19,00% 21,00% 36,00% 22,00% 16,00% 14,00% 8,00% 9,00% 18,00% 20,00% 19,50%

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

28,00% 34,00% 34,00% 35,00% 36,00% 30,00% 29,00% 26,00% 20,00% 18,00% 27,00% 17,00% 27,83%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

91,00% 90,00% 93,00% 93,00% 95,00% 94,00% 95,00% 96,00% 98,00% 97,00% 94,00% 98,00% 94,50%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

34,00% 39,00% 34,00% 40,00% 31,00% 27,00% 32,00% 39,00% 40,00% 40,00% 46,00% 40,00% 36,83%

Crea-

MG

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

21,40 62,70 85,80 58,10 74,00 83,80 69,00 88,60 82,60 85,10 68,70 64,98

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

2,40 3,30 2,40 2,00 2,70 2,00 3,40 6,40 7,00 9,90 5,30 3,90

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 2,40 3,30 2,40 2,00 2,70 2,00 3,40 6,40 7,00 9,90 5,30 3,90

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 91,67%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 91,67%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,20% 1,00% 0,60% 0,50% 0,30% 0,20% 0,10% 0,40% 1,00% 2,00% 1,40% 0,64%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,30% 0,60% 0,80% 0,50% 0,30% 0,40% 0,40% 0,90% 1,00% 0,70% 1,10% 0,58%

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,30% 4,40% 7,50% 10,30% 3,60% 2,50% 6,10% 3,60% 2,80% 2,70% 3,60% 3,95%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Crea-RS

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

14,85 14,76 24,89 19,80 20,82 23,55 20,11 20,76 25,80 22,88 21,32 16,91 20,54

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

2,67 2,15 2,79 2,36 2,32 2,44 2,88 2,88 3,44 3,23 3,95 2,27 2,78

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 2,67 2,15 2,79 2,36 2,32 2,44 2,88 2,88 3,44 3,23 3,95 2,27 2,78

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 22,38% 82,00% 84,04% 89,85% 100,00% 80,48% 83,11% 81,71% 78,68% 80,28% 89,42% 93,65% 80,47%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 0,00%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,00%

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

0,00%

Crea-ES

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

178,88 128,79 203,00 129,57 132,00 149,57 176,92 149,08 143,00 136,29 135,07 102,46 147,05

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

587,00 704,00 856,00 862,00 1.249,00 821,00 811,00 660,00 1.200,00 600,00 644,00 875,00 822,42

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 73,38 50,29 71,33 61,57 89,21 58,64 67,58 55,00 92,31 42,86 46,00 67,31 64,62

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 6,82% 3,79% 6,82% 0,00% 3,79% 9,09% 25,76% 9,09% 10,61% 3,03% 9,85% 11,36% 8,33%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 4,94% 5,64% 8,12% 7,62% 10,44% 8,41% 8,74% 8,65% 9,80% 8,34% 8,68% 10,62% 8,33%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00% 0,00% 0,00% 0,74% 4,44% 4,81% 24,07% 17,04% 7,04% 11,85% 4,81% 25,19% 8,33%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00% 0,00% 6,27% 1,50% 5,26% 8,77% 5,76% 11,28% 38,10% 7,27% 8,27% 7,52% 8,33%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,00%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

3,38% 6,20% 4,00% 8,84% 12,48% 7,38% 5,76% 10,33% 6,81% 6,11% 7,78% 20,92% 8,33%

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Crea-PE

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

0,57 2,36 4,96 2,32 2,29 4,89 5,25 2,43 3,43 2,11 1,93 1,75 2,86

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

0,57 2,36 4,96 2,32 2,29 4,89 5,25 2,43 3,43 2,11 1,93 1,75 2,86

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 0,57 2,36 4,96 2,32 2,29 4,89 5,25 2,43 3,43 2,11 1,93 1,75 2,86

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 0,00% 0,00% 100,00% 8,33%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 64,30% 5,36%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00% 7,10% 3,60% 21,40% 92,90% 10,42%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00% 10,70% 28,60% 35,70% 64,30% 78,60% 78,60% 24,71%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,00% 17,90% 32,10% 57,10% 8,93%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

6,00% 10,00% 10,00% 8,00% 8,00% 16,00% 16,00% 10,00% 8,00% 6,00% 6,00% 10,00% 9,50%

Crea-PI

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

20,00 20,00 24,00 33,00 23,00 24,00 32,00 21,00 25,00 19,00 21,00 27,00 24,08

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

15,00 16,00 22,00 29,00 16,00 19,00 24,00 18,00 21,00 17,00 19,00 24,00 20,00

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 15,00 16,00 22,00 29,00 16,00 19,00 24,00 18,00 21,00 17,00 19,00 24,00 20,00

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 0,00%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 0,00%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,00%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

0,00%

Crea-AP

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 107,00 403,00 133,00 53,58

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

9,70 60,50 22,50 48,00 47,33 78,33 81,50 42,60 37,70 25,70 29,30 68,00 45,93

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 9,70 60,50 22,50 48,00 47,33 78,33 81,50 42,60 37,70 25,70 29,30 68,00 45,93

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 67,80% 57,80% 33,60% 80,40% 61,00% 71,00% 30,97%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

41,30% 69,80% 47,20% 40,00% 24,90% 82,00% 81,40% 48,00% 43,20% 40,20% 43,17%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

18,20% 53,30% 34,40% 30,30% 20,40% 22,90% 53,10% 60,20% 53,20% 52,30% 18,10% 34,70%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

66,10% 65,60% 66,90% 32,80% 14,30% 62,80% 36,40% 97,70% 27,00% 39,13%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

0,00% 72,70% 2,20% 5,20% 0,70% 0,00% 66,90% 4,70% 0,00% 15,90% 0,00% 14,03%

Crea-CE

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

23,40 21,50 24,60 23,60 26,80 35,70 29,70 31,10 30,30 31,60 20,20 15,70 26,18

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

6,20 5,10 7,30 7,30 8,70 14,80 11,90 11,70 10,80 12,00 5,30 3,10 8,68

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 6,20 5,10 7,30 7,30 8,70 14,80 11,90 11,70 10,80 12,00 5,30 3,10 8,68

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 43,00% 15,00% 7,00% 47,00% 46,00% 39,00% 20,00% 46,00% 32,00% 36,00% 46,00% 29,00% 33,83%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 0,00%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

5,09% 2,74% 2,37% 1,99% 0,22% 3,42% 4,51% 3,52% 1,74% 2,19% 3,42% 2,60%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

1,40% 1,50% 1,56% 1,50% 1,49% 1,52% 1,60% 1,30% 1,51% 1,51% 1,24%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,60% 0,59% 0,54% 0,61% 0,62% 0,60% 0,70% 0,61% 0,59% 0,50% 0,50%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

1,47% 2,62% 1,59% 3,27% 2,37% 4,81% 5,44% 4,21% 4,59% 3,59% 4,24% 3,18%

Crea-GO

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no

empreendimento/média por fiscal

106,00 92,00 95,00 72,00 83,00 93,00 104,00 89,00 118,00 81,00 139,00 85,00 96,42

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa/média por fiscal

21,00 13,00 15,00 21,00 14,00 16,00 21,00 17,00 17,00 22,00 17,00 19,00 17,75

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados/média por fiscal 30,00 13,00 23,00 17,00 20,00 14,00 25,00 17,00 16,00 17,00 22,00 18,00 19,33

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 82,00% 86,00% 83,00% 73,00% 68,00% 61,00% 72,00% 72,00% 87,00% 86,00% 81,00% 79,00% 77,50%

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

47,00% 56,00% 59,00% 67,00% 54,00% 67,00% 53,00% 77,00% 75,00% 34,00% 70,00% 48,00% 58,92%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

47,00% 36,00% 32,00% 23,00% 40,00% 28,00% 34,00% 18,00% 19,00% 50,00% 26,00% 49,00% 33,50%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

61,00% 78,00% 80,00% 24,00% 47,00% 65,00% 66,00% 77,00% 63,00% 68,00% 52,42%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Crea-SP

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento 862,00 1.014,00 1.181,00 991,00 1.345,00 1.286,00 1.211,00 1.314,00 1.069,00 1.035,00 1.018,00 743,00 1.089,08

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa

99,00 90,00 81,00 100,00 139,00 103,00 134,00 196,00 503,00 525,00 534,00 453,00 246,42

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados 99,00 90,00 81,00 100,00 139,00 103,00 134,00 196,00 503,00 525,00 534,00 453,00 246,42

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 0,00%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 0,00%

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,00%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

0,00%

Crea-MT

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento 35,23 45,15 45,92 49,50 32,73 43,15 42,65 44,30 40,50 44,11 42,00 33,19 41,54

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa

9,84 12,42 21,42 4,69 8,57 9,07 8,34 11,30 11,03 12,34 9,80 9,88 10,73

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados 9,84 12,42 21,42 4,69 8,57 9,07 8,34 11,30 11,03 12,34 9,80 9,88 10,73

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 0,00%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 0,00%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00% 54,17% 73,51% 40,90% 60,65% 61,62% 24,76% 50,40% 68,79% 63,31% 68,60% 43,75% 50,87%

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

100,00% 45,83% 26,49% 59,10% 39,35% 38,38% 75,24% 49,60% 31,21% 36,69% 31,50% 56,25% 49,14%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,00%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

0,00%

Crea-PA

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento 2,61 1,89 1,75 3,43 6,68 5,39 3,61 3,61 3,57 2,68 3,14 2,71 3,42

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa

0,89 1,32 2,29 1,79 3,71 3,14 3,79 4,18 2,18 3,14 2,29 3,07 2,65

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados 2,61 1,89 1,75 3,43 6,68 5,39 3,61 3,61 3,57 2,68 3,14 2,71 3,42

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 88,89% 64,00% 32,43% 52,38% 32,43% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 46,81% 76,41%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00% 300,00% 0,00% 0,00% 200,00% 300,00% 800,00% 2700,00% 400,00% 300,00% 300,00% 100,00% 450,00%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00%

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

8,24% 8,68% 8,24% 6,26% 13,34% 8,49% 9,60% 9,99% 6,94% 7,91% 6,01% 6,30% 8,33%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

7,69% 5,38% 12,31% 16,92% 6,92% 3,85% 6,92% 2,31% 10,00% 16,15% 0,77% 10,77% 8,33%

Crea-AL

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento 18,00 20,00 40,00 16,00 29,00 9,00 6,00 16,00 30,00 46,00 25,00 14,00 22,42

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa

4,00 12,00 19,00 9,00 22,00 8,00 4,00 6,00 14,00 20,00 10,00 6,00 11,17

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados 4,00 12,00 19,00 9,00 22,00 8,00 4,00 6,00 14,00 20,00 10,00 6,00 11,17

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 60,00% 65,00% 20,00% 60,00% 40,00% 55,00% 40,00% 40,00% 60,00% 45,00% 35,00% 80,00% 50,00%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 58,00% 66,00% 57,00% 36,00% 23,00% 22,00% 34,00% 26,00% 31,00% 8,00% 16,00% 9,00% 32,17%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00%

Percentagem de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

0,00%

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,00%

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Crea Itens de Controle Meses

Média Descrição JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

0,00%

Crea-PB

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Quantidade de Relatórios que apontam

irregularidades no empreendimento e

que geraram multa

9,00 6,00 12,00 12,00 12,00 13,00 8,00 13,00 11,00 13,00 18,00 6,00 11,08

Quantidade de Autos de Infração

Lavrados 9,00 6,00 12,00 12,00 12,00 13,00 8,00 13,00 11,00 13,00 18,00 6,00 11,08

Percentagem de denúncias apuradas no

prazo de até 20 dias 29,27% 9,76% 2,44% 53,66% 24,39% 17,07% 21,95% 48,78% 43,90% 19,51% 36,59% 9,76% 26,42%

Percentagem de notificações de auto de

infrações conferidas 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Percentagem de processos sem defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

70,73% 73,45% 77,31% 84,58% 75,59% 81,78% 81,51% 79,74% 78,17% 72,10% 74,07% 81,48% 77,54%

Quantidade de processos com defesas

encaminhadas ao departamento técnico

no prazo de 20 dias

48,00 30,00 49,00 33,00 52,00 43,00 27,00 46,00 43,00 65,00 49,00 20,00 42,08

Percentagem de processos com decisão

favorável à notificação de auto de

infração em julgamento de colegiado

0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Percentagem de processos com decisão

transitada em julgado e encaminhados a

cobrança no prazo de 20 dias

0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%