pesquisa global de gerenciamento de riscos€¦ · antes de analisarmos esses riscos, vamos voltar...
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Riscos. Resseguros. Recursos Humanos.
Pesquisa Global de Gerenciamento de RiscosSumário Executivo
2017
Índice
1Introdução ...........................................................................................................................
Sumário Executivo ................................................................................................................. 2
Perfil dos Entrevistados ......................................................................................................13
Os 10 Principais Riscos .......................................................................................................17Prontidão para os 10 principais riscos .......................................................................41
4410 principais riscos para os próximos três anos ...........................................................47
Fontes . .............................................................................................................................. 52
Metodologia ...................................................................................................................... 53
Contatos............................................................................................................................ 54
Perdas associadas aos 10 principais riscos...................................................................
Introdução
Vivemos em uma época de volatilidade sem precedentes. Tendências entre as três principais dimensões - econômica, demográfica e geopolítica -
combinadas com o avanço exponencial da revolução tecnológica, estão convergindo para criar uma nova realidade para organizações em todo o mundo. Ao mesmo tempo em que essas forças podem gerar novas e imprevisíveis oportunidades, podem também provocar novos riscos, os quais deverão ser administrados de modos diferentes.
Contra esse cenário, nossa Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017 foi desenvolvida para que as organizações possam competir nesse ambiente cada vez mais complexo de operações.
Realizada no quarto trimestre de 2016, a pesquisa reúne contribuições de quase 2.000 entrevistados de empresas públicas e privadas, de diferentes tamanhos e segmentos, tornando essa pesquisa a maior da história e uma das mais abrangentes do mundo. Os resultados da pesquisa de 2017 obtidas através da web revelam que as empresas estão lidando com novos riscos e que não existe um consenso em relação a priorização e modos de reação.
Pela segunda vez, o dano à marca e à reputação apareceu como um dos principais riscos da nossa pesquisa. Riscos/incertezas políticas apareceram novamente entre os 10 principais riscos neste ano e o risco cibernético atingiu a quinta posição. A conexão entre esses dois riscos foi destacada por uma série de eventos ao longo de 2016, acompanhada de um aumento no índice de crimes cibernéticos, com impacto direto nas instituições governamentais, partidos políticos e estruturas mundiais.
A natureza combinativa desse risco é destacada por dois outros classificados entre os dez mais importantes, que são a incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos e a incapacidade em inovar. Ninguém discute que as organizações se
encontram sob uma enorme pressão para atrair e reter os melhores talentos, e para maximizar a produtividade de seus funcionários. As empresas que não conseguirem motivar e incentivar seus colaboradores irão rapidamente perder espaço para seus concorrentes.
Aqui na Aon nós acreditamos no poder da informação e da análise, combinadas com opiniõesespecializadas, de modo a oferecer a nossos clientes as soluções mais inovadoras no controle da volatilidade, na redução dos riscos e na busca por oportunidades. Nós complementamos essas análises baseadas em informações com uma sólida inteligência empresarial, tal como foi a Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos; esperamos que todos encontrem inspiração nos resultados deste ano.
Caso queiram fazer qualquer pergunta ou comentário sobre a pesquisa, ou desejem simplesmente saber mais sobre a pesquisa, entre em contato com seu supervisor Aon ou acesse aon.com/2017GlobalRisk.
Cordialmente,
Greg CasePresident e CEO
Pesquisa Global 1 de Gerenciamento de Riscos 2017
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017 2
Sumário Executivo
Em se tratando de risco político, um dos pensamentos mais comuns envolve conflitos em mercados emergentes ou fronteiriços—guerras no Oriente Médio; golpes militares, trocas de regimes ou disputas territoriais na Ásia ou na África; ou ainda eleições tulmutuosas na América Latina. No entanto, essa percepção nem sempre é verdadeira, e a tendência está mudando.
Atualmente, para onde quer que se vá, seja na
Cracóvia ou em Cingapura, os assuntos mais
discutidos entre empresários passam inevitavelmente
pelas negociações do Brexit; as eleições na Holanda,
na França e na Alemanha; Presidente Donald Trump
e as políticas de imigração - políticas de centralização
comercial; sem esquecer do impeachment da
Presidente da Coréia do Sul. Curiosamente, as
nações desenvolvidas, tradicionalmente associadas
com estabilidade política, estão gradativamente
apresentando sinais de volatilidade e incertezas, o
que é prejudicial aos negócios, principalmente nos
mercados emergentes.
Sem dúvida, a globalização foi um fator contribuinte.
Ela gerou altíssima conectividade, permitindo que
pessoas, produtos e serviços pudessem se deslocar
livremente, aumentando a qualidade de vida,
principalmente para os habitantes de países em
desenvolvimento. Por outro lado, a globalização
também gerou comoção entre aqueles que se
sentiram prejudicados, fazendo com que líderes
populistas do Ocidente se retraíssem e protegessem
aquilo que acreditavam ser de interesse nacional.
Dessa forma, o crescimento do nacionalismo
econômico e ideológico no Ocidente, alinhado com
diferentes sinais de fervor nacionalista promovido por
lideranças políticas na Rússia, na China, nas Filipinas
e na Turquia, gerou o receio de possíveis guerras
comerciais, queda nos mercados de ação e das
moedas, disputas territoriais e conflitos militares.
Essas preocupações podem ser percebidas em nossa
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017,
na qual riscos/incertezas políticas figuraram em
primeiro lugar em preocupações das organizações mundiais. Ocupando a 15ª posição no ano de 2015,
riscos/incertezas políticas voltou a aparecer entre os
10 primeiros da lista.
Em âmbito regional, as organizações das regiões da
Ásia-Pacífico e América Latina foram as que mais
apontaram esse risco, muito mais que as da América
do Norte, provavelmente em função da maior
retração das plataformas políticas e das políticas de
protecionismo, capazes de afetar os negócios nessas
regiões.
A pesquisa da Aon, realizada a cada dois anos,
representa nossa colaboração para ajudar as
organizações a se manterem informadas sobre as
questões envolvendo gestão de risco, através de
análise e fatos detalhados obtidos de 1.843
empresas. As organizações entrevistadas,
representantes de 33 áreas industriais espalhadas em
64 países e regiões, foram convidadas a identificar e
classificar os principais riscos encontrados.
Nessa última pesquisa nós tivemos o maior índice de
entrevistados desde sua concepção, em 2007. Essa
alta quantidade de informações nos permitiu
mensurar com precisão as últimas tendências em gerenciamento de riscos. Algumas de nossas
descobertas são motivantes, enquanto outras nos
causaram preocupação. Por exemplo, apesar da
maior disponibilidade de informações e análises,
além das soluções oferecidas, as empresas
entrevistadas estão menos preparadas para enfrentar
os riscos. Prontidão para o risco se encontra na
última colocação desde 2007. Com maior rapidez de
mudanças em uma economia globalizada e maior
conectividade, o impacto de determinados riscos,
principalmente aqueles não seguráveis, estão se
tornando cada vez mais imprevisíveis e difíceis de
prevenir e minimizar.
Pesquisa Global 3 de Gerenciamento de Riscos 2017
Sumário Executivo
10 Principais riscos X Principais notíciasNossa Pesquisa Global de Gerenciamento de
Riscos 2017 revelou uma série de desafios
provocados pelo atual ambiente ao mesmo tempo
divisivo e interdependente. O foco foi mantido
nos 10 principais riscos para que haja uma
discussão mais aprofundada, sendo estes:
1. Dano à reputação/marca
2. Desaceleração econômica/recuperação lenta
3. Crescente concorrência
4. Mudanças regulatórias/legislativas
5. Riscos Cibernéticos
6. Incapacidade em inovar/atender àsnecessidades do cliente
7. Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
8. Interrupção de negócios
9. Riscos/Incertezas políticas
10. Responsabilidade civil profissional (inclusive E&O)
Antes de analisarmos esses riscos, vamos voltar
um pouco no tempo e observar os eventos que se
destacaram ao longo dos últimos 12 meses, antes do
início da nossa pesquisa. É interessante compararmos
a lista dos 10 principais riscos com os principais
eventos ocorridos em 2016, onde podemos provar a
forma como fatores externos podem influenciar a
percepção de riscos dos entrevistados:
• Mercado de ações—Argentina (45%), Brasil
(39%), Canadá (17,5%), Indonésia (15%),
Noruega (18%), Rússia (52%), Reino Unido
(14,4%) e EUA (13,4%);
• A economia norte-americana cresceu apenas
1,6% em 2016;
• Grandes corporações tiveram altos índices de
recall e foram alvos de investigações;
• Ocorrências de enchentes, terremotos e furacões
na China, Itália, Equador e países do Caribe;
• Retomada da cidade de Aleppo pelas tropas sírias;
• Saída do Reino Unido da União Europeia;
• O valor da libra inglesa voltou ao patamar de 31
anos atrás em relação ao dólar americano;
• Invasão ao sistema de e-mails do Comitê
Democrata americano;
• Ataques violentos em Bruxelas, Istambul,
Nice e Orlando;
• Pedido de falência por parte das empresas
americanas Sports Authority e Aeropostale, além
do fechamento de grandes distribuidoras;
• A China admitiu que sua economia ainda sofre
alta pressão;
• Eleição de Donald Trump como Presidente dos
EUA;
• Aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve
Bank americano;
• Invasão dos sistemas da Dyn, provocando queda
de acesso de grandes empresas;
• Queda nas taxas de desemprego nos EUA e na
zona do Euro;
• Testes de mísseis balísticos e nucleares pela Coreia
do Norte;
• Impeachment presidencial no Brasil e na
Coreia do Sul.
Se compararmos as duas listas, podemos perceber
uma correlação: o aumento no número de recalls de
produtos de grande destaque das empresas, nos
escândalos e na popularização das redes sociais
deixa a reputação das organizações cada vez mais
exposta a riscos. Ao mesmo tempo, mercados
flutuantes em todo o mundo e o aumento da taxa
de juros do Banco Central americano indicaram uma
melhor perspectiva econômica. Por outro lado, os
pequenos ganhos da economia global acabaram se
opondo à realidade econômica, principalmente se
observarmos que o consumo e os investimentos
permaneceram baixos, e a pressão na economia de
grandes nações como a China, a Índia e o Brasil
continua. Dessa forma, o risco desaceleração
econômica/recuperação lenta ainda preocupa as
lideranças empresariais.
Sumário Executivo
Além disso, o risco cibernético representa outro fator
de influência na percepção de riscos. Os
significativos ataques à organização Dyn e os
vazamentos de e-mails do Comitê Democrata
americano inevitavelmente conduziram o risco
cibernético à quinta posição. Os entrevistados da
América do Norte, onde ocorreram os maiores
ataques por hackers, elegeram esse risco como
primeiro colocado. Por sua vez, a globalização e as
conquistas tecnológicas intensificaram a
competitividade, fazendo com que empresas
tradicionais, como a Sports Authority e a Aeropostale
entrassem com pedido de falência. O grande
número de desastres naturais e provocados pelo
fator humano aumentou a percepção do risco de
interrupção de negócios.
A nova roupagem de antigos riscos
A maior parte dos principais riscos citados pela
pesquisa não é nenhuma novidade para os gestores
de risco. No entanto, um olhar mais atento pode
revelar novos riscos que contribuem para mascarar
os riscos tradicionais, exigindo ainda mais urgência e
aumentando a complexidade de antigos desafios.
Vejamos “dano à reputação” como um exemplo.
Ao longo dos últimos anos, ao mesmo tempo em
que defeitos de produtos, fraudes ou corrupção
ainda são altos riscos de dano à reputação, as novas
tecnologias midiáticas podem aumentar de forma
significativa um impacto negativo, tornando as
empresas mais vulneráveis. Em uma época de
popularização do Twitter e dos vídeos virais, o dano
à reputação pode vir em forma de uma postagem
inadequada por parte de um executivo ou um vídeo
divulgado por um funcionário afirmando ter sofrido
assédio sexual ou discriminação. De forma similar,
a divulgação de notícias falsas, iniciada como forma
de influenciar eleições pelas redes sociais, acabou
entrando no mundo corporativo. Uma história falsa
envolvendo uma pizzaria em Washington levou a um
disparo por arma de fogo em dezembro de 2016, após o boato ter circulado livremente pela Internet.
Assim, em função desses novos riscos, dano à
reputação/marca manteve sua primeira posição,
apesar da estimativa, de 2015, de atingir a quinta
colocação.
Ao mesmo tempo, os crimes cibernéticos, que
consistiam em roubo de informações pessoais e
créditos bancários, passaram a envolver ataques
coordenados a estruturas críticas. Por exemplo, uma
série de ataques aos sistemas de distribuição de três
companhias elétricas na Ucrânia demonstrou o lado
devastador e letal de um crime cibernético. A ameaça
cibernética acaba de se integrar a uma extensa lista de riscos tradicionais - como incêndios, enchentes e
greves - capazes de levar à interrupção de negócios,
através de corte de energia, desligamento de linhas
de montagem, impossibilidade de emissão de
pedidos pelo cliente e danos a equipamentos vitais
para o negócio da empresa. Isso explica o salto desse
risco no ranking, da nona posição, em 2015, para
quinta posição neste ano. Os entrevistados que
atuam como gestores de risco elegeram esse risco
como segundo colocado, provavelmente em função
da maior regularização das questões ligadas à rede,
uma vez que diversas empresas nos EUA e na Europa
foram submetidas à divulgação obrigatória de seus
dados. Exigências parecidas estão sendo introduzidas
na Europa e em outros locais. Dessa forma, as
preocupações nessa área deverão perdurar entre os
principais riscos.
Quanto a atração e retenção de talentos, as empresas
americanas e europeias sempre enfrentaram desafios
em função do envelhecimento da população, baixa
natalidade e queda do nível de desemprego durante o período de recuperação econômica. Os governos
dessas regiões costumavam contratar imigrantes
qualificados como solução temporária, porém as
políticas mais restritivas, aliadas ao sentimento anti-
imigratório, acabavam provocando maus resultados e
o agravamento do problema de escassez de talentos.
Uma vez que esses riscos tradicionais se transformam
continuamente, as empresas não podem mais se
basear em suas soluções tradicionais. As organizações
deverão concentrar seus esforços na gestão de risco e
descobrir novos meios para lidar com essas novas
complexidades.
Pesquisa Global 4 de Gerenciamento de Riscos 2017
Sumário Executivo
Novos riscosNa pesquisa de 2017 foi acrescentado o risco
tecnologia/inovação disruptiva, ficando em vigésimo
lugar no ranking. Esse risco, por volta de 2020,
deverá chegar à posição geral número 10, ou
número 2 no setor tecnológico e número 3 no setor
de telecomunicação e transmissões.
O termo "tecnologia disruptiva" foi apresentado pela
primeira vez em um livro escrito por um Professor de
Harvard chamado Clayton Christensen, classificando
as tecnologias como "sustentáveis" e “disruptivas”.
Enquanto o primeiro produz melhorias no
desempenho de produtos existentes, Christensen
sustenta que o segundo “tende a conquistar novos
mercados, permitindo rápido crescimento por seu
criador, e com melhorias tecnológicas capazes de
varrer todos os outros distribuidores do mercado.”
Um relatório elaborado pelo McKinsey Global Institute identificou 12 tecnologias com potencial de
profundas transformações econômicas e tecnológicas
nos próximos anos. A lista inclui avanços na robótica,
armazenamento de energia, impressão em 3D
e a Internet das Coisas. O relatório estima que a
aplicação dessas 12 tecnologias poderá provocar um
impacto econômico entre 14 e 33 trilhões de dólares
até 2025. Algumas dessas inovações, segundo o
relatório, podem mudar profundamente o status quo,
transformar o modo de vida e o trabalho das pessoas
e reorganizar as escalas de valor. Com um impacto
dessa grandeza, não surpreende que os entrevistados
antecipem que esse risco chegue a décima posição
em três anos.
As tecnologias/inovações disruptivas não são
simplesmente aplicadas ao setor tecnológico.
Na verdade, cada indústria possui seus próprios
potenciais revolucionários, e muitas descobertas
ainda estão a caminho. Segundo Jeffrey
Baumgartner, autor do livro “The Way of the Innovation Master”, as empresas mais realistas
não ignoram o fato de que invenções revolucionárias
podem transformar seu mercado. É essencial que as
lideranças políticas e administrativas compreendam
quais as tecnologias que se aplicam às suas empresas,
para que se preparem adequadamente. Esses líderes
deverão permanecer no mercado através de
mudança rápida de estratégia e produtos ou buscar
novos mercados baseados na experiência adquirida.
Outro novo risco na lista da Aon é "Falha crítica de
projeto", o qual a International Project Leadership Academy estima que pode custar à economia global
algumas centenas de bilhões de dólares ao ano. As
organizações entrevistadas classificaram esse risco na
posição 15, ou número 10 para as empresas da
região Ásia-Pacífico, uma vez que uma falha crítica de
projeto tem o potencial de prejudicar a reputação da
empresa ou, em alguns casos, levar a empresa à beira
de um pedido de falência.
Ao mesmo tempo em que a maioria das falhas
críticas de projeto é causada por fatores externos -
como troca de regime, ajuste na política
governamental, ataques terroristas ou desastres
naturais - alguns especialistas apontam elementos
internos, tais como falhas relacionadas ao mercado e
às estratégias, planejamento organizacional,
liderança e governança, erros de avaliação, previsão
de risco, qualificações, trabalho em equipe e comunicações. A mitigação do risco de falha crítica
de projeto exige esforços combinados a organização
como um todo.
Riscos excluídos da lista dos principaisO risco dano à propriedade, que alcançou a posição
10 na pesquisa de 2015, caiu para a posição 13. Isso
talvez reflita uma mudança de prioridades. O risco
risco/incerteza política compreensivelmente passou a
ser o mais urgente. Porém, para as organizações
entrevistadas da América do Norte, esse risco
continua na posição número 10 devido às ameaças
constantes de catástrofes naturais, como foi o
Furacão Matthew, o mais severo e letal do ano, e
outros eventos meteorológicos que infligiram altos
prejuízos. De fato, as perdas econômicas com o
Matthew chegaram a 8 bilhões de dólares; uma
tempestade no Texas custou 3,5 bilhões e uma
enchente na Louisiana e no Mississippi causaram um
prejuízo de 10 bilhões.
Pesquisa Global 5 de Gerenciamento de Riscos 2017
Sumário Executivo
No Canadá, os incêndios foram responsáveis pelas
maiores perdas das seguradoras, com prejuízos
chegando a 3,9 bilhões de dólares.
Dois riscos associados também tiveram sua
diminuição no ranking - falha na distribuição ou na
cadeia de suprimentos, da posição 14 para 19, a
mais baixa desde 2009, quando chegou à posição
10; e falha no plano de recuperação de desastre,
passando da posição 21 para 28. Essas quedas
podem ter sido provocadas pela sobreposição com o
risco interrupção de negócios, o qual ficou em
oitavo lugar. A baixa classificação pode sugerir que
esses riscos não tenham sido bem avaliados.
Considerando o crescimento do nacionalismo na
economia, a interrupção ou falha na cadeia de
suprimentos deveria ocupar uma posição de maior
destaque na lista, uma vez que os índices fiscais e os
acordos comerciais não estão mais garantidos.
Divergência entre empresas, diferenças
regionais e prioridades dos entrevistadosA pesquisa deste ano revelou algumas divergências
nas perspectivas. Enquanto empresas com receitas
acima de USD 1 bilhão elegeram dano à reputação/
marca como risco principal, as empresas menores
demonstraram maior preocupação com os riscos de
desaceleração econômica e crescente concorrência.
O mesmo se aplica em relação ao risco cibernético -
o qual as empresas maiores consideram o segundo
maior, enquanto as pequenas empresas consideram
muito menos crítico. Ao mesmo tempo, o risco/
incerteza política nem chegou a entrar na lista dos
10 principais das empresas menores, apesar de ser um risco de alto impacto.
Especificamente por região, os riscos dano à
reputação/marca, desaceleração econômica/
recuperação lenta e mudanças regulatórias/
legislativas, representam os três riscos que todos os
entrevistados elegeram entre os 10 principais. Todas
as regiões, exceto a América Latina, elegeram os
riscos crescente concorrência, incapacidade em
inovar e risco cibernéticos entre os dez principais. A América Latina aparentemente possui um conjunto
diferente de prioridades. Em um ambiente onde a
confiança do público nas corporações é quase
sempre muito baixa, em função de diversos
escândalos de corrupção, as empresas procuram
cada vez mais se envolver com a comunidade e em projetos filantrópicos para recuperar sua
credibilidade. Isso explica o motivo pelo qual o risco
responsabilidade social/sustentabilidade recebe uma
classificação tão alta na América Latina. Dois outros
riscos, flutuação da taxa de câmbio e fluxo de caixa/
liquidez, estão relacionados com a alta desaceleração
econômica que atingiu a região nos últimos anos.
Curiosamente, o risco interrupção de negócios não
entrou na lista dos 10 principais pelas empresas
do Oriente Médio e África, que possuem um
histórico de incidentes que interromperam suas
operações comerciais. Os riscos flutuação cambial e
responsabilidade da diretoria/gerência apresentaram
um aumento no ranking.
O risco incapacidade em atrair ou reter os melhores
talentos não chegou a integrar a lista dos 10
principais na Europa e na América Latina. Na medida
em que a mão de obra diminui em tamanho (em função do envelhecimento populacional) e maior
restrição na política de imigração, torna-se
preocupante que as empresas dessas duas regiões
não tenham considerado esse risco como um dos
principais.
Compreensivelmente, os CEOs e CFOs classificaram
os seguintes riscos como altamente críticos, com implicações financeiras significativas - desaceleração
econômica/recuperação lenta e dano à reputação/
marca, enquanto seus gestores de risco elegeram os
riscos cibernéticos e riscos/Incertezas políticas. Essa
divergência de pontos de vista evidenciam a
importância do estudo cruzado de todas as partes
interessadas no processo de tomada de decisões,
uma vez que cada um oferece uma perspectiva
diferente. Também é crucial que os executivos e a
direção geral mantenham contato com os gestores
de riscos e que assumam uma postura ativa na
avaliação e previsão dos riscos da empresa, alinhadas
com as metas estratégicas.
Pesquisa Global 6 de Gerenciamento de Riscos 2017
Sumário Executivo
Projeções de risco
10 Principais Riscos de 2017 10 Principais Riscos Estimadas para 2020 Tendência
1. Dano à reputação/marca Desaceleração econômica/recuperação lenta
2. Desaceleração econômica/recuperação lenta Crescente concorrência
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Mudanças regulatórias/legislativas
Riscos cibernéticos
Dano à reputação/marca
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Riscos/Incertezas políticas
3. Crescente concorrência
4. Mudanças regulatórias/legislativas
5. Riscos cibernéticos
6. Incapacidade em inovar/atender àsnecessidades do cliente
7. Incapacidade em atrair ou reter osmelhores talentos
8. Interrupção de negócios
9. Riscos/Incertezas políticas Preço da matéria prima
10. Responsabilidade civil (inclusive E&O) Tecnologia/inovação revolucionária
Por ocasião de seu último relatório econômico, o
Fundo Monetário Internacional indicou:
Após um baixo desempenho em 2016, a atividade
econômica deverá ter um aquecimento em 2017
e 2018, principalmente nos mercados emergentes e
economias em desenvolvimento. No entanto,
há uma grande dispersão de resultados em potencial
nessas projeções, provocando incertezas na esfera
política da administração americana e suas
ramificações mundiais. Os principais riscos incluem
condições financeiras mais restritivas do que o
previsto, com possíveis interações com a
desaceleração em partes da zona do Euro e em
algumas economias emergentes, aumento das
tensões geopolíticas e alta desaceleração da China.
Perante um cenário econômico tão frágil e instável,
a desaceleração econômica deverá continuar como
uma das principais preocupações em 2020. Um risco
associado, flutuações no preço da matéria prima,
deverá entrar novamente na lista dos 10 principais
riscos. Ao mesmo tempo, o risco/incerteza política
deverá aumentar em função de um cenário político
mais dividido na Europa e nos EUA, além da tensão
geopolítica na Ásia, ameaças do grupo terrorista
ISIS, continuação da guerra civil na Síria e a situação
da Península da Coreia.
Além disso, conforme mencionado anteriormente,
o risco tecnologia/inovação disruptiva também
deverá integrar a lista dos 10 principais riscos.
Função do departamento de
gestão de riscosA maior parte das organizações entrevistadas
afirmou manter um departamento de gestão de
riscos/seguro. Quanto maior a receita da empresa,
mais necessária a presença de um departamento de
gestão de riscos. Independentemente da presença
desse departamento, o departamento mais associado
com as questões de risco é o financeiro ou a diretoria
executiva/presidência. As equipes designadas do
departamento de gestão de riscos são similares, com
75% de empresas entrevistadas afirmando manter
entre um e cinco funcionários. As entrevistadas
também indicaram, em uma escala subjetiva, que as
questões da gestão de riscos ainda são pouco
valorizadas pelas organizações.
Pesquisa Global 7 de Gerenciamento de Riscos 2017
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Sumário Executivo
Gestão de risco, avaliação de risco e
colaboração cruzada76% das empresas entrevistadas afirmaram ter
adotado uma abordagem de acompanhamento
e gestão de riscos em nível administrativo. As
empresas maiores, com receitas acima de 10 bilhões
de dólares, tendem a adotar meios mais
formalizados, com a participação da diretoria ou
do conselho administrativo através de políticas de acompanhamento e gestão de riscos (96%). Os
resultados são conhecidos, uma vez que muitas
dessas empresas realizam transações públicas, e estão
sujeitas a solicitações de divulgação de suas análises e práticas de gestão.
Aproximadamente 71% dos entrevistados afirmaram
que suas organizações aplicam a colaboração
cruzada na gestão de riscos, porém, o processo ainda
é bastante restritivo e algumas áreas não chegam a prestar sua contribuição.
Em relação aos métodos aplicados na identificação e
avaliação dos riscos, a maior parte dos entrevistados
afirmou aplicar dois ou mais métodos nesses
processos.
Durante a pesquisa, os entrevistados foram
convidados a classificar, em uma escala de um a dez,
a forma como suas organizações identificam, avaliam
e administram esses riscos. A pontuação média é
6, o que corresponde a “requer melhorias”. Ao
mesmo tempo em que esses resultados demonstram
um sólido comprometimento com a gestão de riscos
entre os entrevistados, os dados também sugerem a existência de uma "falha na eficácia", ao
examinarmos esses mesmos dados com as outras
descobertas da pesquisa.
Mecanismos de controle e mitigaçãoMenos de um quarto do total de entrevistados
afirmou acompanhar e administrar todos os
componentes de seus respectivos Custos Totais do
Risco, ou TCOR. Essa tendência preocupa, uma vez
que não é possível administrar aquilo que não é
medido. Caso esse procedimento básico não venha a
ser realizado, futuras dificuldades poderão ocorrer.
As organizações aplicam diferentes métodos combinados — consultores independentes,
corretores de seguros, julgamento e experiência da
gerência e relação custo-benefício de prêmio e limite
contratado — pra selecionar o nível apropriado de
limites. Nas empresas que operam em um ambiente
jurídico desfavorável (litigioso) ou que apresentem
exposições crescentes a catástrofes naturais de
grande escala, os gestores de risco se utilizam de
abordagens mais compreensivas do que os de outras
regiões, porque métodos isolados não conseguem
dar solução a esses desafios.
Pela segunda vez seguida, e sendo sua introdução
opcional, os termos e condições de cobertura da
seguradora são mencionados como principais
critérios nas escolhas da organização, seguidos pelos
serviços e contratos.
Avaliação e cobertura de riscos
cibernéticosComo resposta a essa nova ameaça, cada vez
mais empresas estão passando a avaliar seus riscos cibernéticos (53%), transferindo os riscos maiores às
seguradoras (33%) ou estudando medidas
alternativas de transferência de riscos (essas inclusões deverão aumentar entre 12% e 23% até 2020).
Por outro lado, apenas 23% das empresas aplicam
um valor financeiro em seu processo de avaliação de
risco cibernético. Sem as estatísticas financeiras, os gestores de risco irão encontras dificuldades para
priorizar adequadamente seus investimentos na mitigação dos riscos, ou em atrair atenção suficiente
do conselho administrativo.
Aproximadamente 33% das empresas entrevistadas passaram a adquirir cobertura contra ataques
cibernéticos, em relação aos 21% da pesquisa
anterior. No âmbito regional, esse aumento
permanece inconsistente. As empresas norte
americanas são as que mais adquiriram essa cobertura (68%) enquanto as latino americanas
permanecem com apenas 9%.
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
9
Sumário Executivo
CativasCativas continuam sendo uma forma popular de
financiamento de riscos, com considerável interesse
na formação de novos fundos cativos ou empresa de
célula protegida (PCC) nos próximos 5 anos na
América do Norte, na região da Ásia-Pacífico e do
Oriente Médio. Os setores ligados a saúde, energia,
bebidas e conglomerados, tendem a usar mais as
cativas. Danos materiais incluindo interrupção de
negócios e responsabilidade civil geral continuam a
ser as principais linhas na aplicação de fundos
cativos. Temos observado um grande interesse de
empresas que buscam modos de aplicação de seus
fundos cativos para a cobertura de riscos
cibernéticos.
Programas multinacionaisExposições a perdas, ou riscos, se direta ou
indiretamente relacionados a operações
internacionais, continuam a ser fator importante na
lista dos maiores desafios em nossa pesquisa em
2017. Dos 20 principais riscos identificados pelos
entrevistados, aproximadamente 16 podem ser
associados à exposição internacional, de forma
direta ou indireta.
Quase 49% de todos os entrevistados—o maior
grupo entre todos os entrevistados—afirmaram
exercer controle sobre os seguros adquiridos, em
âmbito corporativo e local, com um aumento de 4%
em relação a 2015. Esse controle declarado nos dois
âmbitos passou de 44% em 2015 para 41% em
2017.
Os riscos responsabilidade civil e danos à
propriedade permanecem as linhas mais
frequentemente adquiridas como programa multinacional, incluindo apólices globais e locais. Ao
serem solicitados a classificar os motivos da aquisição
de programas de seguro multinacional em ordem de importância, os entrevistados citaram desejo pela
cobertura no topo da lista.
Evolução e inovação na gestão de riscoAssim como nas pesquisas anteriores, gostaríamos
de chamar atenção à interdependência entre os
principais riscos e outros que ficaram de fora dos dez
principais. As redes sociais permitiram uma rápida
expansão na conexão entre grupos e entre
indivíduos, e maior velocidade de acesso. Por outro
lado, uma vez que mais pessoas utilizam essas redes
sociais para acessar informações e para divulgar suas
reclamações, a reputação das organizações acabou
se tornando mais vulnerável. Basta uma peça do
dominó cair para que todas caiam na sequência.
Uma empresa que tenha sua reputação atingida terá
menos capacidade de atrair e reter os melhores
talentos, resultando em incapacidade em inovar e
falha em atender as necessidades do cliente. A lista
não acaba aqui. O mesmo se aplica sobre risco/
incerteza política, com o envolvimento dos
investimentos da empresa, podendo levar a uma
desaceleração econômica.
Por sua vez, o baixo crescimento econômico pode
provocar o surgimento de políticas protecionistas,
com consequente disputas comerciais e maior
tensão política. Essa interdependência entre riscos
demonstra que as organizações não devem analisar
um risco de forma isolada, mas sim considerar suas
conexões.
Além disso, a pesquisa demonstra que os riscos que
podem ser incluídos no seguro, como interrupção de
negócios, responsabilidade civil e danos à
propriedade tendem a diminuir. Os riscos não
seguráveis estão surgindo como os principais
riscos das organizações em todo o mundo. Isso
significa que as seguradoras deverão desenvolver
mais inovações e expandir seus serviços para poder
enfrentar os novos e mais complexos desafios.
Vivemos em uma época de volatilidade sem
precedentes— crescimento instável e lento, queda
demográfica e maior tensão geopolítica, tudo isso
combinado com novas tecnologias—com a criação
de uma realidade desafiadora para nossos clientes.
Esses eventos geram oportunidades inimagináveis,
além de novas fronteiras a serem exploradas.
Pesquisa Global 6 de Gerenciamento de Riscos 2017
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
10
Sumário Executivo
Classificação dos riscos da Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
seguro parcial sem seguro segurado
1 Dano à reputação/marca 2 Desaceleração
econômica/recuperação lenta 3 Crescente
concorrência 4 Mudanças Regulatórias/Legislativas
5 Riscos cibernéticos 6 Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
7 Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos 8 Interrupção de
negócios
9 Riscos/Incertezas políticas 10 Responsabilidade
civil profissional (inclusive E&O) 11 Preço da matéria
prima 12 Fluxo de caixa/liquidez
13 Danos àpropriedade 14 Responsabilidade da
Diretoria/Gerência 15 Falha crítica deprojeto 16 Flutuação cambial
17 Responsabilidadesocial/sustentabilidade 18 Falha tecnológica/
falha do sistema 19 Falha na distribuiçãoou na cadeia de suprimentos 20 Tecnologia/
inovação revolucionária
21 capital/créditoDisponibilidade de 22 Crédito da outra
parte 23 Maior carga econsequências da governança/compliance
24 Desastresclimáticos/naturais
25 Falha naimplementação ou na comunicação do plano
26 Fusão/aquisição/reestruturação 27 Acidentes com
ferimentos 28 Falha no planode recuperação de desastres/continuidade empresarial
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
11
Sumário Executivo
seguro parcial sem seguro segurado
29 Perda de dados/propriedade intelectual 30 Escassez de mão de
obra 31 Risco ambiental 32 Crime/furto/fraude/ato ilegal de funcionário
33 Tecnologiainsuficiente para as necessidades comerciais
34 Plano de sucessãoinadequado 35 Recall de produtos 36 Altas concentrações
(produtos, pessoas, fatores geográficos)
37 Envelhecimentoda mão de obra e problemas de saúde 38 Mudanças em alta
velocidade dos fatores de mercado e ambiente de risco geopolítico
39 Flutuação da taxade juros 40 Globalização/
mercados emergentes
41 ComportamentoInadequado 42 Terceirização 43 Distribuição de
recursos 44 Terrorismo/sabotagem
45 Alterações climáticas 46 Volatilidade do valorde ativos 47 Escassez de recursos
naturais/matéria prima 48 Absenteísmo
49 Redes Sociais 50 Débito soberano 51 Pandemia/crise naárea de saúde 52 Volatilidade do
preços das ações
53 Fundo do plano depensão 54 Assédio/
discriminação 55 Sequestro compedido de resgate/extorsão
Classificação dos riscos da Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017 (cont.)
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
12
Perfil dos Entrevistados
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
13
Perfil dos Entrevistados
Aproximadamente 64% dos entrevistados
representam o setor privado e 23% organizações
públicas. Os demais representam órgãos
governamentais ou entidades sem fins lucrativos.
A alta participação na pesquisa de 2017 permitiu à
Aon oferecer mais informações sobre as práticas de
gestão de riscos por fatores geográficos e industriais,
tendo validado todos os dados que representam os
riscos presentes em todos os setores.
Nossa Pesquisa Global de Gerenciamento de
Riscos 2017 foi realizada no quarto trimestre de
2016 em 11 idiomas. A pesquisa registrou as
respostas de 1.843 tomadores de decisão
distribuídos em 33 setores industriais, entre
empresas de grande, médio e pequeno porte,
sediadas em mais de 60 países em todo o
mundo.
Entrevistados por indústria
Setor Percentual Setor Percentual
Agronegócio 3% Fabricantes de Máquinas e Equipamentos 3%
Aviação 1% Usinagem e Produção de Metais 3%
Bancos 3% Produção de Veículos Terrestres 2%
Bebidas 1% Serviços de Transporte Terrestre 4%
Produtos Químicos 4% Sem Fins Lucrativos 2%
Conglomerados 2% Energia/Instalações 6%
Construção 8% Impressão e Publicações 1%
Produção de Bens de Consumo 4% Serviços Profissionais e Pessoais 5%
Educação 2% Mercado Imobiliário 3%
Energia (Petróleo, Gás, Mineração, Recursos Naturais)
4% Restaurantes 1%
Processamento e Distribuição de Alimentos 3% Distribuidoras 4%
Órgãos Governamentais 3% Borracha, Plásticos, Pedras e Cimento 1%
Assistência Médica 5% Tecnologia 4%
Hotéis e Hospedagem 1% Telecomunicações e Transmissões 2%
Seguros, Investimentos e Finanças 7% Têxteis 1%
Ciências Biológicas 1% Comércio Atacadista 4%
Madeira, Mobília, Papel e Embalagem 2%
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
14
Perfil dos entrevistados
Entrevistados por região
Entrevistados por receita (em dólares)
10%
25%
5%
55%
6%
<1B61%
1B−4.9B16%
5B−9.9B5%
9%
10B−14.9B3%
15B−19.9B1%
20B−24.9B1%
25B+3%
Europa
América do Norte
Divulgação não permitida
América Latina
Oriente Médio/África
Ásia-Pacífico
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
15
Perfil dos entrevistados
Entrevistados por número de países em que operam
Distribuição de empresas entrevistadas por número de funcionários
5%
5,00 0−49,9999%
5,00 0−14,99912%
2,50 0−4,99910%
500−2,49922%
250−49911%
0−24931%
50,000+
50+ países10%
1 país40%
2-5 países18%
6−10 países9%
11-15 países6%
16-25 países7%
26-50 países10%
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
16
Perfil dos entrevistados
Entrevistados por cargo
Posição Percentual
CEO 6%
Chefe do Conselho/Diretor Jurídico 3%
Chefe Executivo 3%
CFO 12%
Diretor de Operações 1%
Diretor de Riscos 7%
Secretário(a) 1%
Gerente Financeiro 7%
Gerente Geral de Negócios 2%
Diretor de Recursos Humanos 2%
Diretor Geral/Sócio 3%
Membro do Conselho Administrativo 1%
Presidente 1%
Consultor de Riscos 2%
Gestor de Riscos ou Gerente de Seguros 29%
Tesoureiro 3%
Outro cargo 18%
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
17
Os 10 Principais Riscos
1 Dano à Reputação/Marca
2 $ Desaceleração Econômica/Recuperação Lenta
3 12 3 Crescente Concorrência
4
5
6
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Riscos cibernéticos
Incapacidade em Inovar/Atender às Necessidades do Cliente
7Incapacidade em Atrair ou Reter os Melhores Talentos
8 Interrupção de Negócios
9 Riscos/Incertezas Políticas
10Responsabilidade Civil (Inclusive E&O)
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Os 10 Principais Riscos
18
Dano à Reputação/Marca
Um profissional técnico residente na China
adquiriu um produto eletrônico recém lançado
no mercado em Outubro de 2016; enquanto
estava sendo carregado, o produto incendiou-
se. Assustado e decepcionado, o dono do
produto filmou a ocorrência e divulgou em
uma sala de bate-papo. Dentro de apenas
algumas horas, o vídeo já havia sido assistido e
compartilhado alguns milhões de vezes por
usuários em todo o mundo. Algum tempo
depois, clientes de outras partes do mundo
começaram a relatar incidentes semelhantes
com o produto.
Apesar dos aparelhos defeituosos responderem
por menos de 0,1% do volume total fornecido, o vídeo espalhou o pânico entre usuários e
distribuidores, comprometendo a
confiabilidade do produto. Um mês após, o
fabricante desses aparelhos emitiu uma ordem
de recall geral e interrompeu sua produção. As
ações corretivas custaram aproximadamente 5
bilhões de dólares e fez com que despencasse
o preço das ações da empresa. Ironicamente,
essa empresa era reconhecida por sua
tecnologia de ponta no fornecimento de
produtos voltados ao compartilhamento de
informações, tendo se tornado uma vítima da
revolução tecnológica.
Esse curioso incidente, ocorrido pouco antes da
Aon realizar sua pesquisa bienal, ajuda a
compreender o motivo pelo qual o risco de
dano à reputação/marca alcançou mais uma
vez a primeira colocação entre os principais
riscos. Em uma época onde um incidente pode
se espalhar em escala mundial dentro de
poucas horas ou minutos, dado o alcance das
redes sociais, o risco de dano à reputação/
marca cresceu exponencialmente.
Em 2016, ao mesmo tempo em que produtos
defeituosos, falhas de atendimento ao
cliente, acidentes no local de trabalho, atos
corporativos ilegais, operações fraudulentas
e corrupção comprometiam a reputação das
empresas, as novas tecnologias ampliavam
significativamente seus efeitos negativos. Além
disso, o dano à reputação pode vir em forma
de uma postagem inadequada por parte de um
executivo ou de uma funcionária afirmando ter
sofrido assédio sexual ou discriminação.
Nesse sentido, as eleições americanas ocorridas
em Novembro de 2016 deram origem a uma nova tendência - muitas empresas ou CEOs
com opiniões políticas radicais estão sofrendo
ataques que podem ameaçar suas marcas
corporativas. Além disso, boatos originalmente
divulgados por partidos políticos como forma
de influenciar nos resultados passaram a se
espalhar pelo mundo corporativo. Uma vez que
as redes sociais não possuem qualquer medida
de controle, os boatos podem se espalhar de
forma incontrolável. Um boato divulgado em
Outubro de 2016 sobre um comentário feito
pelo CEO de uma conhecida empresa do setor
de bebidas provocou o boicote de alguns
consumidores.
1
Colocação nas pesquisas anteriores
2017 1
2015 1
2013 4
2011 4
2009 6
2007 1
Risco mais votado nos seguintes setores:
Bancos
Bebidas
Produção de Bens de Consumo
Processamento e Distribuição de Alimentos
Hotéis e Hospedagem
Seguros, Investimentos e Finanças
Produção de Veículos Terrestres
Serviços de Transporte Terrestre
Sem fins lucrativos
Serviços Profissionais e Pessoais
Distribuidoras
Telecomunicações e Transmissões
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
19
Apesar do reconhecimento da marca,
principalmente devido à lealdade do cliente,
ser considerado parte dos ativos intangíveis de
uma empresa, esses eventos causam
um impacto negativo nos resultados da
organização. Estudos anteriores da Aon
sugerem que há uma chance de 80% de uma
empresa pública perder 20% de seu valor
patrimonial em um único mês ao longo de um
período de 5 anos em função de um dano à
sua reputação.
Na pesquisa deste ano, o setor de serviços
financeiros, que ainda enfrenta desconfiança
em função da crise de 2008 e das investigações
governamentais ainda em andamento, também
considera o dano à reputação a principal
ameaça às empresas. Nesse momento, uma
série de recalls e uma campanha publicitária
negativa envolvendo um software de controle
de emissões aumentou a percepção desse risco
no setor de produção de veículos terrestres.
Para todas as empresas do setor
de produção de bens de consumo, bebidas,
processamento e distribuição de alimentos,
montadoras, hotéis e hospedarias, onde uma
análise desfavorável ou uma reclamação podem
provocar um impacto direto na lucratividade
ou nos negócios, não surpreende que dano à
reputação/marca seja o risco mais lembrado.
Classificação por regiões
Ásia-Pacífico 1
América Latina 1
América do Norte 2
Europa 2
Oriente Médio/África 5
Regionalmente, as organizações pesquisadas
sediadas na região Ásia-Pacífico e América
Latina também apontaram esse risco como
o mais crítico em função de uma série de
recalls de alta repercussão e escândalos de
corrupção e suborno altamente divulgados,
que ocorreram nessas duas regiões em 2016.
Uma vez que as questões envolvendo a
reputação geralmente chegam sem nenhum
tipo de aviso, as organizações se vêem
obrigadas a responder imediatamente e de
forma clara. Assim, é muito importante que
as empresas mantenham uma estratégia
minuciosa de controle de dano à reputação/marca, de forma a garantir a confiança de seus
clientes. Uma preparação meticulosa e um
treinamento dos executivos pode evitar que um
evento crítico se torne uma crise de proporções
incontroláveis, mantendo espaço para a
recuperação.
Os 10 Principais Riscos | Dano à Reputação/Marca
Parecer do especialista da Aon:
“ O setor de bebidas elegeu o risco dano à reputação/marca como o principalfator de risco. Esse setorsofre ataques constantesde consumidores eorganizações de saúde.Aparentemente, o açúcarse tornou o inimigopúblico número 1, nãoapenas nos EUA, masem todos os lugares domundo. Isso levou aoaumento da tributação derefrigerantes, restriçõespublicitáriase outras intervençõesgovernamentais—quepassaram a fazer parte dasmudanças normativas queas fabricantes de bebidasdevem atender.”
Tami Griffin, Líder Nacional da Prática de Alimento, Agrobusiness & Bebida, EUA
“Trata-se de estar bem preparado e com um plano claro para atender a quaisquer eventualidades que possam surgir. É tudo uma questão de comunicação.”
Tim Ward, CEO Quoted Companies Alliance
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Os 10 Principais Riscos
20
Desaceleração Econômica/Recuperação Lenta
Em meados de Dezembro de 2016, o Federal
Reserve americano elevou sua taxa básica
de juros em 0,25%, o segundo aumento desde
a crise financeira de 2008. Essa ação
representou a confiança do Fed na recuperação
da economia americana, apesar do baixo
crescimento de 1,6% em 2016, muito abaixo
da tímida média de 2,2% esperada.
Ao mesmo tempo, o Banco Mundial indicou
que a economia na zona do Euro fechou 2016
com uma taxa de crescimento de 1,7%,
devendo manter uma progressão estável. Esse
deficit orçamental deve continuar a diminuir e
a posição fiscal permanecer sem restrições. Na
região da Ásia-Pacífico, a China manteve sua
transição gradual para um crescimento menor
porém sustentável, passando de 6,7% em 2016
para 6,5% em 2017. Para as demais áreas dessa
região, o crescimento se manteve estável em
4,8% em média.
Esses índices moderados sugerem que as
organizações controlem seu otimismo. O risco desaceleração econômica/recuperação
lenta, classificado como principal risco
enfrentado pelas empresas desde 2009,
compreensivelmente ficou em segundo lugar pela segunda vez. A cada 10 entrevistados apenas três afirmaram manter um plano para
esse risco, e o percentual de organizações que
tiveram queda nas receitas nos últimos 12
meses diminuiu ligeiramente, passando de 46%
em 2015 para 45% na última pesquisa.
A percepção do risco desaceleração econômica/
recuperação lenta varia entre os setores.
Os setores de construção, mobília, papel
e embalagem, produção de máquinas e
equipamentos são os mais afetados pelo
custo de capital, e assim sendo, o risco de
desaceleração econômica/recuperação lenta
deveria ocupar a primeira posição. Nenhuma
surpresa. Uma análise econômica da Reuters
em 2016 indicou que governos e empresas que
estavam cortando ou reduzindo suas despesas
em 2016 ultrapassaram aquelas que
mantiveram seus gastos em uma proporção
acima de dois para um. Mediante o baixo
crescimento e as incertezas em nível mundial,
as empresas estão reduzindo seus gastos de
capital.
Ainda em 2016, com a alta queda do mercado
de matérias primas, a volatilidade dos
mercados financeiros (principalmente após a
votação pelo Brexit) e as baixas demandas dos
mercados emergentes afetaram todos os
setores relacionados. Entre eles podemos
incluir produtos químicos, usinagem e
produção de metais, produção de máquinas e
equipamentos e têxteis, que sofreram os
maiores impactos.
As incertezas na economia diminuíram a
confiança dos clientes, refletindo diretamente
nos setores de alimentação/fast food. Em Junho
de 2016, a Stifel divulgou um relatório
indicando que a queda no movimento dos
restaurantes é o sinal mais claro de uma
recessão setorial. Relatórios como esse lançam
alguma dúvida em nossa percepção para este
risco.
$
2
Colocação nas pesquisas anteriores
2017 2
2015 2
2013 1
2011 1
2009 1
2007 8
Risco mais votado nos seguintes setores:
Produtos Químicos
Construção
Hotéis e Hospedagem
Madeira, Mobília, Papel e Embalagem
Fabricantes de Máquinas e Equipamentos
Usinagem e Produção de Metais
Mercado Imobiliário
Restaurantes
Têxteis
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
21
Os 10 Principais Riscos | Desaceleração Econômica/Recuperação Lenta
Classificação por regiões
Ásia-Pacífico 5
Europa 1
América Latina 3
Oriente Médio/África 1
América do Norte 5
Como ocorreu em 2015, a distribuição
geográfica indica que o risco desaceleração
econômica/recuperação lenta permanece na
primeira colocação para os europeus. Naquele
continente, em meio a fortes discussões sobre
acordos comerciais, preocupações relativas ao
Brexit e instabilidade política na região, as empresas acreditam que suas economias
ainda passam por uma desaceleração. O
mesmo se aplica para as organizações sediadas
no Oriente Médio e na África, onde a
economia apresentou uma pequena
recuperação de 2,8% em 2016, embora
somente em alguns países. As demais regiões
ainda enfrentam conflitos armados, atos
terroristas e instabilidade política, com a
consequente redução da atividade econômica.
Olhando mais adiante, apesar de muitas
organizações considerarem a recuperação
global mito distante, o Banco Mundial e o
Federal Reserve fazem previsões otimistas. Nos
EUA, o Fed prevê que o PIB do país deverá
crescer entre 2% e 3%. Ao mesmo tempo,
atual programa de redução de impostos
corporativos e individuais passou a oferecer
maior facilidade, sendo que, caso suspensas
determinadas regulações, o crescimento seria
ainda mais estimulado.
Na Europa, o Banco Mundial acredita que os
ganhos e aumentos do mercado de trabalho em consumo podem fazer com que as
empresas superem as barreiras para a retomada
do crescimento. Em sua previsão para 2017, o
crescimento na zona do Euro deverá chegar em
1,5% e 1,7% em 2018. Na região da
Ásia-Pacífico, os especialistas acreditam que
a economia deverá permanecer resiliente ao
longo dos próximos três anos.
As preocupações com a economia mundial
devem permanecer por algum tempo, assim, as
organizações deverão aproveitar essas lições e
aplicá-las no longo prazo sob uma perspectiva
global. Não estamos mais isolados do resto do
mundo. Tudo aquilo que acontece no outro
lado do globo pode resultar em um impacto
direto nas organizações, tenham estas ramais
internacionais ou não.
Parecer do especialista da Aon:
“ Uma economia sólida e em expansão é essencial para o mercado imobiliário, principalmente na criação de mais postos de trabalho. Um mercado de trabalho em expansão demanda maior necessidade de espaços administrativos, postos de distribuição, áreas industriais e rede hoteleira. Até recentemente, a economia global apresentava um baixo crescimento em diversas regiões, assim, não surpreende que esse risco esteja entre as principais preocupações para esse setor.”
Kevin Madden, Líder da Prática Imobiliária, EUA
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Os 10 Principais Riscos
22
Crescente Concorrência
Ao analisarmos este risco na última pesquisa,
nós utilizamos o exemplo do Xiaomi, uma
plataforma para smartphone que havia surgido
para o mercado de games. Em 2015, a
empresa, então avaliada em 45 bilhões de
dólares, surpreendeu a todos pela venda de
mais de 60 milhões de aparelhos só na China,
com a intenção de entrar no mercado europeu
e americano.
No entanto, após um período de dois anos,
a empresa passou a enfrentar queda em
suas vendas em função do acirramento da
concorrência com outras gigantes do setor, tais
como Huawei, Apple e Samsung. Em 2016, sua
demanda por smartphones foi
tão baixa que a empresas optou por não
divulgar seus números, e vários de seus
executivos abandonaram a organização.
Consequentemente, sua estratégia de
participação mundial foi frustrada.
Em qualquer época que analisarmos, se
digitarmos "Crescente concorrência" no
Google, veremos centenas de páginas, a maior
parte delas com histórias semelhantes àquelas
que relatamos aqui— de empresas perdendo
receitas ou metas de venda, bem como perda
de talentos devido à "crescente concorrência."
Esse risco diz respeito a organizações de todos
os tipos e tamanhos, desde empresas
consolidadas de telecomunicação até pequenas
distribuidoras e institutos de ensino. A situação
atual é refletida nos resultados da pesquisa
deste ano, na qual muitos entrevistados
elegeram a crescente concorrência como o
maior fator de risco, saltando uma posição em
relação à pesquisa de 2015. De fato, naquela
ocasião, diversos entrevistados estimaram que
esse risco apareceria na primeira colocação.
Os resultados servem como um lembrete para
que as organizações percebam a volatilidade
do ambiente empresarial. Segundo o The
Global Competitiveness Report 2016–2017
publicado pelo WEF, sigla do Fórum Econômico
Mundial, uma nova onda de convergência
tecnológica e digitalização aumentou ainda
mais a pressão sobre as organizações para o
lançamento de novos produtos e serviços. Em
uma economia de livre mercado, onde as
empresas podem
se beneficiar de mão de obra abundante e
transferência de tecnologia, decorrentes de
importações e investimentos estrangeiros, essas
mesmas empresas enfrentam forte concorrência
internacional. Novas empresas hoje concorrem
com líderes do mercado, apesar de possuírem
marcas consagradas, a lealdade de clientes e
diversos outros recursos.
Como resultado, o percentual de empresas que
saiu das primeiras três posições de seu mercado
aumentou em quase sete vezes ai longo das
últimas cinco décadas, segundo a pesquisa
Harvard Business Review. A liderança no
mercado está se tornando um “prêmio
de duas faces”. Essa incerteza representa um
enorme desafio para as políticas tradicionais, as
quais funcionavam muito bem em um mundo
relativamente estável e previsível. Em muitos
casos, a concorrência se tornou tão acirrada
que é praticamente impossível aos executivos
identificar qual o segmento e quais as empresas
concorrentes.
Os fabricantes de veículos terrestres, na maioria
montadoras, elegeram o risco crescente
concorrência como o principal, em função da
guerra pela participação no mercado
com outras grandes montadoras, devido as
diferenças tecnológicas e padrões de qualidade,
sem falar de novos fabricantes da China e Índia.
Ao mesmo tempo, as empresas do setor ainda
enfrentam a concorrência pela minimização do
tempo e do custo de transporte entre a
unidade de produção e o ponto de venda.
Pequenas transportadoras hoje concorrem com
grandes empresas integradas, que dispõe de
alto volume de recursos financeiros e técnicos,
12 3
3
Colocação nas pesquisas anteriores
2017 3
2015 4
2013 3
2011 3
2009 4
2007 4
Risco mais votado nos seguintes setores:
Produção de Veículos Terrestres
Serviços de Transporte Terrestre
Distribuidoras
Comércio Atacadista
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
23
Os 10 Principais Riscos | Crescente Concorrência
enquanto o aumento do preço do óleo diesel
acirrou a concorrência entre o transporte
rodoviário e ferroviário. Segundo artigo do
Wall Street Journal de Junho de 2016, grandes
empresas americanas do setor de transporte
rodoviário tiveram queda de movimento
nos dois primeiros trimestres daquele ano em
função da maior concorrência e menor
demanda em relação ao ano anterior.
O risco crescente concorrência,
compreensivelmente, é considerado a
maior ameaça aos entrevistados do setor de
distribuição e vendas no atacado, uma vez que o sistema de pedido digital está cada vez
mais popular, e a dependência do público
pelas lojas físicas tradicionais está
rapidamente diminuindo.
Na Europa e na região da Ásia-Pacífico, a
crescente concorrência é considerado como o
terceiro maior risco, tendo obtido a segunda
colocação nas pesquisas anteriores. As
empresas europeias operam em um ambiente
altamente competitivo, uma vez que a região
tem apresentado baixo crescimento, e a UE
possui leis bastante restritivas contra práticas
e fusões anti-competitivas. Além de
competirem entre si dentro da UE, essas
organizações ainda enfrentam as grandes
multinacionais norte americanas e novos
concorrentes asiáticos.
Na região da Ásia-Pacífico, a abundância de
mão de obra, fácil capacidade de entrada
e maturidade de riscos das multinacionais
aumentou sua competitividade. Além disso,
crescimento da China apresentou um novo
desafio para as economias já estabelecidas
da região, como Austrália, Japão, Coreia,
Cingapura e Taiwan. Como se não bastasse,
muitos desses novos concorrentes são
empresas financiadas pelo governo, com
acesso a capitais de baixo custo.
Classificação por regiões
Ásia-Pacífico 3
Europa 3
América Latina 12
Oriente Médio/África 7
América do Norte 7
Em um nível macroeconômico, as lideranças do
WEF acreditam que as novos avanços
tecnológicos, tais como inteligência artificial,
biotecnologia, robótica, Internet das coisas
e impressão em 3D deverão favorecer uma
concorrência saudável entre as organizações.
No entanto, uma vez que as maiores
economias mundiais enfrentam atualmente
grandes dificuldades com menor crescimento
de produção e maior desigualdade de renda,
seus administradores tendem a adotar políticas
mais internalizadas e protecionistas. “A menor
abertura da economia global está pondo em
risco a competitividade e tornando a tarefa dos
líderes em sustentabilidade cada vez mais
difícil”, afirma Klaus Schwab, fundador do WEF
e diretor executivo.
Para as empresas que desejarem adquirir uma
vantagem competitiva, os autores do artigo
Harvard Business Review orientam maior foco
na adaptabilidade através de acompanhamento
periódico de suas estratégias comerciais,
realizando os ajustes necessários e conduzindo
análises e emitindo estimativas e metas. As
empresas que tiverem essa adaptabilidade
estarão mais aptas e compreender e reagir a
qualquer sinal de mudança, conforme o artigo.
Essas organizações deverão aprender a lição da
experimentação, não apenas para produtos e
serviços, mas também para modelos, processos
e estratégias empresariais.
Parecer do especialista da Aon:
“ Para a área do ensino superior, esse risco encontra-se subestimado na 5ª posição. A maior concorrência para uma quantidade reduzida de alunos tradicionais e a crescente incapacidade de recrutamento em alguns países estão sendo refletidas nas receitas, ameaçando a sobrevivência de algumas instituições."
Leta Finch, Líder Nacional da Prática de Educação, EUA
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Os 10 Principais Riscos
24
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Em relação a regulamentos, os especialistas
americanos sempre citam a Lei Dodd-Frank
de 2010 para ilustrar a carga tributária que
as normas impuseram aos empresários. A lei
Dodd- Frank chegou na esteira da crise
financeira mundial com um objetivo nobre—
evitar que os bancos assumissem riscos
excessivos para que não ocorresse outro
desastre financeiro. Com quase 281 páginas, a
lei, permeada de exigências de difícil
comprovação e divulgação, envolvendo cinco
órgãos federais, acabou se tornando um fator
de risco para os negócios.
Em 2016, Bloomberg citou o American
Action Forum para dizer que o custo de
implementação da legislação, o maior na
história judicial americana, chegou a 36 bilhões
de dólares e 76 milhões de horas em
documentação em um período de seis anos.
Entre 2000 e 2007, segundo a revista Forbes,
os bancos das economias mais desenvolvidas
atingiram um retorno médio de capital na
ordem de 26%. Hoje, o índice de retorno de
muitos desses bancos pode ser expressa em um
único dígito; consequentemente, a maior parte
destes se viu forçada a reduzir seu tamanho/
alcance. Um estudo elaborado pela Harvard
Kennedy School of Government concluiu que a
Lei Dodd- Frank Act acelerou a queda dos
bancos comunitários dos EUA.
Organizações de diferentes segmentos e em
outras partes do mundo enfrentam dificuldades
similares nesse mundo pós-recessão. Por
exemplo, em Julho de 2016, a UE adotou uma
legislação que impõe a adoção de proteção
cibernética e obrigações de divulgação para
alguns setores, como bancos, área de energia,
transporte e assistência à saúde, bem como
mecanismos de busca e mercados online. Leis
semelhantes estão sendo implementadas em
outros países, tais como Austrália e EUA (no
Estado de NovaYork). Empresas somente no
Reino Unido poderão receber multas
regulatórias que podem chegar a 122 bilhões
de libras, caso seja aprovada a nova legislação
UE em 2018.xiv
Isso explica o motivo pelo qual alguns
entrevistados da pesquisa votaram com tanta
consistência no risco mudanças regulatórias/
legislativas como um grande risco ao longo da
última década. De fato, na Europa, região da
Ásia-Pacífico e América do Norte, as normas
criaram tanto retrocesso que diversos políticos
favoráveis a essas empresas fizeram dessa
questão um ponto central em sua plataforma.
Os esforços do Reino Unido para sair da UE
foram parcialmente devidos ao que muitos
consideram uma imposição dos "governos
mediadores e ditatoriais de Bruxelas”. Nos EUA, o Presidente Trump mais de uma vez prometeu
a rejeição dessas normas aos empresários.
Ao longo dos últimos dois anos, lideranças de
países como Canadá, Austrália e o Reino
Unido, implementaram políticas que
flexibilizassem as normas regulatórias para as
organizações. No Reino Unido, para cada nova
norma emitida, o governo determina que três
normas existentes sejam eliminadas. The Hill,
uma página política online dos EUA, informou
que as novas regulamentações do governo do
Reino Unido já economizou 885 milhões de
libras das organizações, entre 5 de Maio de
2015 e 26 de Maio de 2016.
Essas mudanças positivas e graduais no cenário
regulatório mundial estão refletidas em nossa
pesquisa de 2017, na qual os entrevistados
elegeram esse risco na posição quatro, uma
abaixo da posição três obtida na pesquisa 2015
e posição dois nas pesquisas anteriores. Ao
mesmo tempo, o nível de adaptação para
mudanças regulatórias/legislativas por parte
das empresas é citado por 44% do total de
entrevistados, abaixo dos 53% da edição de
2015.
4
Colocação nas pesquisas anteriores
2017 4
2015 3
2013 2
2011 2
2009 2
2007 2
Risco mais votado nos seguintes setores:
Assistência Médica
Ciências Biológicas
Energia/Instalações
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
25
Os 10 Principais Riscos | Mudanças Regulatórias/Legislativas
Como pudemos observar em pesquisas
anteriores, empresas no setor de assistência
médica, farmacêuticas e biotecnologia, as quais
foram submetidas a ampla e minuciosa
investigação a partir da descoberta de
novos medicamentos e testes laboratoriais,
consideram o risco mudanças regulatórias/
legislativas como a maior ameaça aos negócios.
Os segmentos de energia/instalações
apresentam preocupações semelhantes, em
função de normas cada vez mais restritivas
sobre qualidade da água e do ar.
Curiosamente, o segmento bancário não
pontuou esse risco—as recentes investigações
de importantes instituições bancárias tornou a
mitigação de dano à reputação/marca sua
maior prioridade. É possível que os bancos
estejam se adaptando a uma série de mudanças
normativas e legais desde 2008. Além disso, a
eleição de Donald Trump e outras lideranças
pró-mercado em todo o mundo, com
promessas de redução das regulamentações,
deu mais segurança às instituições financeiras.
Na Ásia, onde os especialistas afirmam que o
cenário legal se tornou claramente mais volátil
em função das mudanças políticas,
os entrevistados elegeram esse risco na posição
número dois. Na China, as agências
reguladoras intensificaram sua atuação ao
longo dos últimos três anos, aumentando a
pressão sobre empresas locais e multinacionais
contra denúncias de monopólio, falta de
segurança, corrupção e suborno. Essa situação
provavelmente contribuiu para essa percepção.
Classificação por regiões
Ásia-Pacífico 2
Europa 4
América Latina 5
Oriente Médio/África 6
América do Norte 4
Para empresas na América do Norte e Europa,
as mudanças estão a caminho. Alguns dias
após a tomada de posse do Presidente Trump,
este seguiu as lideranças do Reino Unido
e Canadá e assinou uma ordem executiva para
que as agências federais identificassem pelo
menos duas normas existentes para que
fossem substituídas por uma nova norma que o governo pretende implementar. Essa ordem
também requer que os custos das novas
normas editadas em 2017 sejam
compensadas pela eliminação das normas
existentes. Em outra solicitação, ele citou a
criação de força tarefa para atualização das
normas regulatórias e para identificar aquelas
prejudiciais aos interesses da economia
americana, para que sejam revogadas ou
atualizadas.
Independentemente dos desdobramentos, as
empresas hoje reconhecem que as questões
regulatórias não mais representam um risco
urgente, porém, esse risco é levado em
consideração no planejamento dos negócios.
Ao invés de perceber esse risco como um
peso, as organizações entendem esse risco
como uma oportunidade de criação de uma
vantagem competitiva sobre concorrentes que
não cumpram esse processo.
Parecer do especialista da Aon:
“O risco mudanças regulatórias/legislativas terá sempre uma posição de destaque para o setor de assistência médica, principalmente após as últimas eleições e as mudanças na composição do legislativo e do executivo, além da nova indicação para a Suprema Corte. Uma possível revogação da ACA e uma nova legislação poderão gerar um alto grau de incerteza no cenário regulatório.”
Dominic Colaizzo, Chairman Nacional da Prática de Saúde, EUA
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Os 10 Principais Riscos
26
Risco Cibernético
Em Março de 2016, hackers se passaram por
prestadores de serviços da Internet e enviaram um e-mail ao Comitê Democrata, dizendo que
o sistema de senhas estava comprometido e
em seguida orientaram os usuários a abrir um
falso link e ali alterar suas senhas.
Enquanto a maioria dos usuários apagava esse
e-mail, um auxiliar da campanha de Hillary
Clinton acidentalmente abriu o e-mail em
função de uma falha de comunicação com o
departamento de TI. Essa falha permitiu que
os hackers tivessem acesso a 60.000 e-mails
do auxiliar e, logo após sua divulgação no site
Wikileaks, houveram protestos na corrida
presidencial dos EUA. Independentemente de
política partidária, todos têm receio dos danos
provocados por esses ataques cibernéticos.
Essa ocorrência já havia sido prevista pela
Stroz Friedberg, uma afiliada da Aon e líder
mundial em segurança cibernética. Em seu
artigo 2016 Cyber Security Predictions, a Stroz
Friedberg não apenas previu que os hackers
poderiam provocar uma guerra de
informações e de influência nas eleições
americanas como também os riscos
envolvidos em sistemas online desprotegidos,
tais como aquele ocorrido em Outubro de
2016, quando uma série de ataques a um
provedor de serviços baseado nos EUA
interrompeu o acesso ao conteúdo dos
Websites de e-commerce, mídia eletrônica e
redes sociais mais populares.xvi
Sem dúvida esses incidentes provocaram
mudanças na percepção dos entrevistados da
pesquisa em relação a esse assunto, dadas as
circunstâncias desastrosas desse risco. Nessa
última pesquisa, o risco cibernético saltou
para a quinta posição. A primeira vez que esse
risco entrou nas lista dos 10 maiores (em
nono lugar) foi em 2015.
As preocupações são justificáveis. A organização
de proteção de dados Ponemon Institute
lançou recentemente seu último estudo de
segurança cibernética, envolvendo 237
organizações distribuídas em seis países.
Segundo esse estudo, os ataques cibernéticos
notificados cresceram 64% em 2015 em
comparação com 2014. O custo médio anual
de um incidente cibernético em 2016 passou a
ser de 9,5 milhões de dólares, um aumento de
24% em relação ao ano anterior. Praticamente
todas as organizações entrevistadas do estudo
Ponemon sofreram algum tipo de ataque
por malware, com ligações com outros ataques
ao longo de um período de quatro semanas. O
vírus Ransomware é o mais novo exemplo de
malware e hoje acredita-se ser um futuro
problema. Ataques de phishing e de
engenharia social tiveram um aumento
significativo, passando de 62% em 2015 para
70% em 2016.
Enquanto isso, segundo um recente relatório
Aon Benfield, tem havido um significativo
aumento na demanda por seguro contra ciber-
ataques, principalmente pelo aumento dos
casos críticos. Com prêmios aproximados de
1,7 bilhões de dólares, o crescimento anual da
cobertura de seguro contra ciber-ataques pode
chegar entre 30% a 50%.xviii
Em Julho de 2016, executivos da Agência
European Aviation Safety revelaram que os
sistemas de aviação de todo o mundo estão
sujeitos a uma média de 1.000 ataques
por mês. Ataques de malware ou violações
de segurança envolvendo aeronaves nos
EUA, Turquia, Espanha, Suécia e Polônia já
provocaram atrasos e perdas de informações.
Atualmente existe o receio de futuros ataques
terroristas através de ataques cibernéticos. Esse
receio reflete a gravidade do risco enfrentado
pelo setor da aviação, que considerou esse risco
como a principal ameaça durante a pesquisa.xixc
5
Colocação nas pesquisas anteriores
2017 5
2015 9
2013 18
2011 18
2009 25
2007 19
Risco mais votado nos seguintes setores:
Aviação
Educação
Órgãos Governamentais
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
27
Os 10 Principais Riscos | Risco Cibernético
Classificação por regiões
Ásia-Pacífico 7
Europa 6
América Latina 18
Oriente Médio/África 8
América do Norte 1
O mesmo se aplica a entidades
governamentais, as quais têm sofrido cada vez
mais ataques. Só nos EUA, um estudo do
Departamento de Government Accountability
entrevistou 24 agências federais e constatou
que entre 2006 e 2015 a quantidade de ciber-
ataques aumentou em 1.300%—passando de
5.500 para mais de 77.000 a cada ano.xx
Em relação a violação de dados, as instituições
educacionais não têm recebido a devida atenção
da mídia. No entanto, o crescente número
de incidentes tem aumentado a preocupação
entre as instituições pesquisadas. De acordo
com o site, University Business, desde 2005 as
instituições de educação superior americanas
têm sido alvos de 539 violações, envolvendo
quase 13 milhões de registros de alunos.xxi No
Reino Unido, uma recente pesquisa demonstrou
que a cada hora, um terço das universidades
sofre um ciber-ataque.xxii Em Maio de 2016,
hackers japoneses invadiram os sistemas de 444
escolas simultaneamente.
Os entrevistados da América do Norte
classificaram o risco cibernético como a
principal ameaça. O resultado é consistente
com uma pesquisa recente conduzida pelo
Pew Research Center, indicando que os
americanos consideram os ciber-ataques como
a segunda maior ameaça aos EUA, ficando
somente atrás do grupo terrorista ISIS.xxiii Esse
risco já está se tornando uma crescente
ameaça às empresas europeias. No Reino
Unido, a Beaming, um prestador de serviços
de Internet que entrevistou 540 empresas em
relação à segurança cibernética, informou que
o custo desses ataques pode ter chegado a 30
bilhões de libras para as empresas em
2016.xxiv
Em seu último relatório, a Stroz Friedberg
emitiu seis previsões para 2017 como auxílio
aos profissionais da área e às lideranças:
1. Uso de dispositivos IoT como botnets para
ataques a infraestruturas.
2. Atos de espionagem cibernética e guerra
de informações mundiais e de estratégia
política.
3. Aumento dos ataques contra a integridade
de dados.
4. Evolução das táticas de phishing e
engenharia social, tornando-se mais
dirigidas e mais avançadas.
5. Pressões normativas pressionando o padrão
de excelência global, com o
desenvolvimento de talentos em segurança
cibernética como o pricipal desafio.
6. Líderes dos segmentos adotando a
segurança cibernética prá-M&A.xxv
Tendo os crimes cibernéticos se tornado mais
constantes, mais caros e mais complexos,
as empresas deverão aprimorar seu nível de
prontidão. Isso, segundo a Stroz Friedberg,
exigirá que as empresas recrutem e qualifiquem
as equipes de segurança com todos os recursos
possíveis, e que aceitem a gestão de risco
cibernético como parte integrante dos negócios.
Coberturas de seguro especificamente elaboradas
para proteger contra a perda de dados e perdas
financeiras resultantes de um ataque. Enquanto
algumas categorias de perdas podem ser
cobertas, algumas situações não previstas podem
ocorrer. Os gestores de risco deverão atuar
juntamente com seus corretores de seguro para
analisar suas apólices para determinar se há
alguma potencial lacuna nas coberturas
existentes, uma vez que eventos de ataque
cibernético podem impactar várias linhas de
seguros/coberturas.
Parecer do especialista da Aon:
“ O risco cibernético foi classificado na sexta posição pelos entrevistados do setor de distribuição, curiosamente baixo para esse segmento. Na pesquisa de 2015 esse risco chegou a ocupar o terceiro lugar. A questão da segurança cibernética pode ter atingido um limite de tolerância aos distribuidores, no entanto, um ataque pode ser prejudicial a suas marcas e reputação. Uma rápida reação após um ataque deverá ser o foco para proteção da marca.”
MaryAnne Burke, Líder Nacional da Prática de Varejo, EUA
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Os 10 Principais Riscos
28
Incapacidade em Inovar/Atender às Necessidades do Cliente
Em Maio de 2016, o site Aol Finance publicou
30 fotos antigas retratando as empresas e
marcas mais icônicas dos EUA que foram
desaparecendo aos longo dos últimos trinta
anos - Woolworths, Polaroid, Alta Vista, Kodak,
Blockbuster, Borders, Compaq, MCI e General
Foods. A lista não acaba aqui. Existe um risco
subjacente nas empresas retratadas - elas
acreditavam que seus produtos e serviços
não teriam fim, assim, ao perderem sua
competitividade, foram obrigadas a fechar suas
portas. Essas fotos transmitem uma dura
mensagem - inovar ou desaparecer.xxvi
Independentemente da urgência e do volume
de investimentos, a inovação segue sendo o
objetivo final de todas as empresas do mundo.
Em todas as pesquisas da Aon, os entrevistados
sempre incluíram o risco incapacidade em inovar
e falha em atender às necessidades do cliente.
Daqui a partir de três anos, espera-se que esse
risco chegue à quarta posição do ranking.
A inovação representa um desafio especial ao
setor de desenvolvimento biológico, o qual
ainda sente os efeitos da redução de recursos
para P&D apartir da crise de 2008, uma onda
de perdas de patente dos medicamentos
mais populares e a concorrência dos produtos
genéricos. Dessa forma, a ênfase em P&D para
retomada da produção de novos medicamentos
é uma questão de sobrevivência.
O segmento de impressão e publicações passa
por uma pressão sem precedentes,
uma vez que as tendências do mercado e os
anunciantes estão migrando para a plataforma
digital, os preços de impressão estão maiores e
os anunciantes estão diminuindo. Enquanto
algumas empresas apostam em cortes radicais,
muitas estão investindo em inovação, em novos
produtos editoriais e modelos de negócio, para
que possam se manter no mercado.
Para o setor de borracha, plástico, pedra
e cimento, a necessidade de inovação de
materiais, processos de produção e tecnologias
nunca foi tão urgente quanto agora, buscando
atender às necessidades do cliente, padrões
ambientais mais rígidos, prazos mais curtos e
preços mais baixos.
Conforme ocorria nas pesquisas anteriores, o risco incapacidade em inovar e falha em
atender às necessidades do cliente representa a
maior ameaça aos entrevistados do setor
de tecnologia, onde a curva de vida dos
produtos é cada vez menor, a concorrência
é mais acirrada e as necessidades do cliente
estão sempre mudando. O site de pesquisas
FindtheCompany, recentemente publicou uma
lista das “30 empresas que podem desaparecer
em 2017” Empresas de tecnologia e de
informática são as que mais aparecem na lista,
com nove representantes.xxvii Porém, ao mesmo
tempo, as empresas de tecnologia também
contribuem com o risco inovação. Em pesquisa
recente sobre as empresas mais inovadoras
divulgada pelo Boston Consulting Group,
empresas de tecnologia como Apple, Google,
Microsoft e Facebook ocuparam as primeiras
posições do ranking.xxviii Esses resultados
ilustram a volatilidade dessas empresas, que
podem atingir índices altíssimos ou cair perante
um concorrente mais inovador.
6
Colocação nas pesquisas anteriores
2017 6
2015 6
2013 6
2011 6
2009 15
2007 14
Risco mais votado nos seguintes setores:
Ciências Biológicas
Impressão e Publicações
Borracha, Plásticos, Pedras e Cimento
Tecnologia
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
29
Os 10 Principais Riscos | Incapacidade em Inovar/Atender às Necessidades do Cliente
Ao mesmo tempo em que empresas de
mercados emergentes sediados, por exemplo,
no Oriente Médio, África e Ásia, aproveitaram as
vantagens das tecnologias disponíveis e da
experiência em gestão de países desenvolvidos,
estas agora percebem o grau de criticidade da
inovação para manutenção de sua vantagem
competitiva. Por exemplo, Dubai - onde novos
conceitos se baseavam em modelos empresariais
de sucesso de mercados mais adiantados - está
se tornando um centro de inovação para
diferentes localidades, segundo especialistas.
Na lista 2016 Global Innovation Index, a China
passou a integrar o ranking das 25 economias
mais inovadoras do mundo. Ao mesmo tempo,
Cingapura, Coreia do Sul, Nova Zelândia e
Austrália ganharam algumas posições. A Ásia é
também o destino final para P&D, respondendo
por 35% do total regional, incluindo o mercado
doméstico e estrangeiro.xxix
Teoricamente, inovações bem sucedidas
promovem vantagens competitivas, permitindo
maior posicionamento e diferenciação, além de
vantagens à reputação e maior lucratividade.
Porém, muitas vezes, falhas na inovação trazem
resultados bastante negativos, e os funcionários
mais inovadores muitas vezes não conseguem
manter seu desempenho.
No livro, Unrelenting Innovation, de autoria do
Professor Gerard Tellis da University of Southern California, é dito, durante uma
entrevista com a Time Magazine que as
empresas correm principais riscos quando
atingem o ponto mais alto, uma vez que
tendem a proteger seus produtos atuais. A
mudança deve ser constante, e a proteção dos
produtos atuais é a fórmula para o desastre.
Classificação por regiões
Ásia-Pacífico 4
Europa 5
América Latina 22
Oriente Médio/África 3
América do Norte 6
Tellis acredita que a inovação constante requer
a exposição a riscos por parte das organizações.
Em caso de falha na inovação, as pessoas
devem analisar o que houve de errado para
tentar mais uma vez e criar a próxima sensação
do mercado. O CEO da Amazon, Jeff Bezos,
confirmou essa visão em discussão recente. “Na
Amazon, precisamos crescer com nossas falhas
na mesma velocidade do crescimento de nossa
empresa”, afirmou. “Precisamos cometer falhas
maiores e mais frequentes - caso contrário,
nenhuma delas será corrigida.”xxxi
O Professor Tellis afirma que uma pessoa
inovadora geralmente vem de outra
organização - os funcionários apresentam as
melhores ideias a partir de sua experiência
e conhecimento adquiridos com os clientes.
As empresas podem promover o poder da
inovação pelo reconhecimento e incentivo
do talento inerente das pessoas. A inovação
pode vir de iniciativas como feiras de ideias,
concursos, apresentação de protótipos e outros
eventos competitivos internos, ao invés de
reunir um grupo fixo.xxxii
Parecer do especialista da Aon:
“ Falhas na inovação e tecnologias revolucionárias, associadas com atração e retenção de talentos, crescente concorrência e riscos à marca provavelmente permanecerão sendo as cinco maiores preocupações do setor de Tecnologia. Esses riscos também deverão ser mais valorizados pelos segmentos ligados em atividades de digitalização e tecnologias de ponta.”
Eric Boyum, Líder Nacional da Prática de Tecnologia, EUA
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Os 10 Principais Riscos
30
Incapacidade em Atrair ou Reter os Melhores Talentos
As profundas mudanças nos cenários econômico
e político aumentaram a necessidade de análise
dos impactos macro-ambientais e suas
consequências às organizações em relaçao ao
risco de incapacidade em atrair ou reter os
melhores talentos.
1. Fatores econômicos: em 2016, enquanto a
economia mundial lentamente se recuperava
da crise de 2008, a taxa de desemprego nas
maiores economias caía profundamente,
chegando a 4,6% nos EUA, 4,8% no Reino
Unido, 4,2% na Alemanha e 5,6% na Austrália.
O maior desempenho da economia resultou
em maior demanda por talentos.
Enquanto isso, na Índia e na China, o rápido
desenvolvimento ao longo da década
anterior levou a uma maior necessidade de
empregos e mão de obra qualificada. Apesar
desses dois países aparentemente contarem
com mão de obra abundante, uma grave fuga
de cérebros—a partida de cientistas e
trabalhadores técnicos altamente qualificados e
treinados para as nações industrializadas—
resultou em um déficit de talentos.
2. Fatores demográficos: o envelhecimento
da população em nações industrializadas
como o Japão, onde 26,3% do total já passou
dos 65 anos de idade, acabou retirando
profissionais do mercado de trabalho com
velocidade maior do que o tempo de sua
reposição. Ao mesmo tempo, países como a
Espanha e Grécia enfrentam perda de mão de
obra qualificada por conta de condições
econômicas desfavoráveis e incompatibilidade
de habilidades entre os mais jovens.
3. Fatores políticos: os governos dos EUA e
Europa sempre incentivaram a entrada de
talentos estrangeiros como força temporária
para cobrir a falta de profissionais no mercado
interno. No entanto, a falta de reformas na
política de imigração reverteu os ganhos, com
transferência de profissionais para áreas como
tecnologia, assistência médica e finanças.
4. Fatores de Ambiente Profissional: segundo
estudo da Aon People Trends 2017, o local de
trabalho se transformou com a chegada da
geração que iniciou sua vida profissional no ano
2000, com diferentes expectativas profissionais,
aumento de contingente temporário e limites
de trabalho. Aproximadamente uma em cada
cinco empresas de tecnologia afirmaram que
25% de seus funcionários são temporários.
Ao mesmo tempo, a nova classe média
em mercados emergentes exige que as
organizações reconsiderem suas posições e
estratégias de recrutamento.xxxiii
Sem dúvida, esses fatores aumentaram as
preocupações das empresas, trazendo mais
complexidade ao risco "Incapacidade em atrair
ou reter os melhores talentos”. Na pesquisa de
2017, os entrevistados elegeram esse risco como
número sete.
Por outro lado, os entrevistados do setor de
tecnologia consideraram esse risco como
número três. Os especialistas atribuem a
gravidade desse risco ao fato que o setor
de tecnologia passa por extrema pressão na
entrega de soluções complexas e específicas em
curto prazo, criando uma demanda por alta
flexibilidade com qualificações específicas. Nos
EUA, as estatísticas do governo demonstram
que 500.000 postos de trabalho na área de
informática encontram-se desocupados, porém,
apenas 50.000 profissionais são formados a
cada ano.xxxv
A partir de uma perspectiva regional, os
entrevistados norte americanos classificaram esse
risco como número três. O baixo nível de
desemprego coincidiu com um ciclo de pouca
qualificação, em função da alta velocidade
das mudanças tecnológicas, resultando em
dificuldades no preenchimento das vagas. Essa
escassez é particularmente visível em áreas como
produção, construção, transporte e educação.
7
Colocação nas pesquisas anteriores
2017 7
2015 5
2013 5
2011 7
2009 10
2007 7
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
31
Os 10 Principais Riscos | Incapacidade em Atrair ou Reter os Melhores Talentos
No Oriente Médio e na África, onde se
encontram as maiores transformações
econômicas, as empresas classificaram esse
como o maior risco, uma vez que a região é
conhecida por sua escassez de talentos. Sem
o devido acesso à educação, os mais jovens não
recebem o treinamento e o desenvolvimento
necessários para contribuir de forma produtiva
com a economia regional e mundial. Além
disso, a instabilidade política afastou vários
profissionais qualificados, que migraram para
nações mais industrializadas da Europa e
América do Norte.
A incapacidade em atrair ou reter os melhores
talentos ameaça o desenvolvimento econômico
futuro e põe em risco a competitividade e
lucratividade das empresas. Enquanto diversos
riscos estão além do controle das empresas,os
especialistas afirmam que as empresas podem
tomar algumas medidas para minimizar esse risco.
Uma dessas medidas inclui a criação e
manutenção de um ambiente ético e amigável.
Segundo a Corporate Responsibility Magazine,
86% das mulheres entrevistadas e 67% dos
homens afirmaram que não trabalhariam
em uma empresa de má reputação. Por sua
vez, muitas pessoas aceitariam trabalhar por
um salário menor em uma empresa de boa
reputação e com uma cultura ética.
Para atrair talentos, os especialistas da Aon
recomendam aos profissionais de RH que
utilizem ferramentas analíticas para medir
o capital humano, em termos de capacidade
e vigor. Por sua vez, as empresas deverão
oferecer treinamentos específicos e programas
de desenvolvimento para novos contratados e
funcionários mais antigos. Esses treinamentos
podem incluir codificação, programação, análise
de dados, comunicação e negociação.
Classificação por regiões
Ásia-Pacífico 8
Europa 13
América Latina 16
Oriente Médio/África 4
América do Norte 3
Para retenção, a gerência e o RH deverão
reavaliar suas propostas. Um estudo recente da
Aon indica que 43% dos profissionais mais
jovens planeja trocar de emprego em 2015,
pois perceberam que os valores de seus
empregadores se baseavam somente em
assuntos relacionados à organização, como
trabalho em grupo, lucratividade e satisfação do
cliente, e não em valores relacionados às
pessoas, como equilíbrio pessoal/profissional,
reconhecimento profissional, lealdade e
respeito.
Outro assunto relacionado, porém
negligenciado, é o reconhecimento. O estudo
da Aon People Trends
2017 - indica que um programa de
reconhecimento é capaz de gerar até 40% a
mais em comprometimento. Algumas empresas
passaram a se concentrar em formas de
compensar seus funcionários, enquanto outras
planejam outras opções. As organizações que
oferecerem maior equilíbrio pessoal-profissional
terão mais opções de flexibilizar-se. Em resumo,
as organizações que implementarem com
sucesso as estratégias de atração de talentos
terão mais vantagens nessa frente.
As organizações que não se adequarem aos
novos padrões de retenção de talentos poderão
perder sua competitividade. Ao mesmo tempo,
aquelas que implementarem com sucesso as
estratégias de atração de talentos terão mais
vantagens nessa frente.
Parecer do especialista da Aon:
“O risco incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos não foi pontuado entre os 10 principais pelo setor de energia na pesquisa deste ano. Em meu ponto de vista, isso torna esse risco sub-avaliado pelo setor, em função do foco maior em questões ambientais. Por outro lado, a retenção de talentos associada com inovação é um fator importante nesse setor, e continuará a ser um tema muito importante no longo prazo.”
Bruce Jefferis, CEO Energy & Mining. EUA
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Os 10 Principais Riscos
32
Interrupção de Negócios
Em recente estudo, a equipe da Aon de
Previsão de Impactos registrou 315 casos de
catástrofes naturais em 2016 com perdas
financeiras da ordem de 210 bilhões de
dólares. Apesar disso, apenas 26% (54,6 bilhões) foram cobertos por seguro. Os
principais riscos—terremotos (Japão),
enchentes (China e o Estado da Louisiana), e
fenômenos climáticos (Furacão Matthew e
nevascas nos EUA)— responderam por 70% de
todas as perdas.xxxviii Em relatório da Swiss Re,
as perdas financeiras resultantes de desastres
não naturais em 2016 foram estimadas em 7
bilhões de dólares.xxxix
Durante essas calamidades, a interrupção
de negócios geralmente responde por altas
proporções do total de perdas, muito superior
em relação a 10 anos atrás. Segundo um estudo da Allianz Global Corporate & Specialty,
a sinistralidade interrupção de negócios de
grandes empresas já excedeu 2,4 milhões de
dólares, 36% a mais em relação à cobertura
por danos à propriedade.xi
Esses eventos revelam a grave ameaça da
interrupção de negócios, um risco comum para
diversas organizações mundiais. A interrupção
de negócios é classificada entre os 10 principais
riscos desde a primeira pesquisa, em 2007,
quando ficou em segundo lugar. Ao longo dos
anos, esse risco foi perdendo posições, uma vez
que as organizações perceberam que podem exercer melhor controle devido a crescente
conscientização, esforços mais assertivos das
gerências em ações preventivas e preparação,
melhores análises/modelagem de cenários
catastróficos e disponibilidade de opções de
transferência de risco mais robustas.
No entanto, a medida que a cadeia de
suprimentos se torna global, houve um
aumento da interdependência entre as
empresas. Esse ambiente pode ser
profundamente afetado pelas incertezas com
potencial de se transformar em interrupções
inesperadas. Além disso, o maior foco na
redução de estoques e cadeias de suprimento
mais enxutas ampliaram esse potencial. Por
exemplo, a cidade de Tianjin, na China, onde
se localiza o terceiro maior porto do mundo,
abriga também escritórios de mais da metade
de todas as empresas citadas na Fortune 500,
bem como montadoras de veículos, peças de
aeronaves e telefones celulares. Como se pode
deduzir, as graves explosões ocorridas em 2015
provocaram interrupções na cadeia de
suprimento de empresas de todas as partes do
planeta.xii
Além disso, a proliferação de ataques
cibernéticos exigiu ainda mais urgência.
Os ciber-ataques modernos são capazes de
interromper o fornecimento elétrico, desligar
linhas de montagem, impedir a emissão de
pedidos pelo cliente e danificar equipamentos
vitais para o negócio da empresa. Executivos da
Lloyd estimam que interrupções causadas por
ciber-ataques podem custar às empresas até
400 bilhões de dólares ao ano.xiii No artigo da Aon “Cyber - the fast moving target” lançado
em Abril de 2016, os entrevistados classificaram
a interrupção de negócios, durante e após,
como a maior preocupação relacionada a
ataques cibernéticos.xiiii
Além desses, ninguém pode desconsiderar
outras ameaças, como incêndio criminoso,
ameaça de bomba ou corte de energia,
todos capazes de provocar uma interrupção
equivalente a um desastre natural ou um
ataque terrorista coordenado. Em 2014,
um funcionário ateou fogo em uma central
de controle em um aeroporto em Chicago,
causando o cancelamento de mais de
2.000 vôos. Esses incidentes demonstram a
vulnerabilidade desses sistemas.
8
Colocação nas pesquisas anteriores
2017 8
2015 7
2013 7
2011 5
2009 3
2007 2
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
33
Os 10 Principais Riscos | Interrupção de Negócios
Classificação por regiões
Ásia-Pacífico 5
Europa 9
América Latina 2
Oriente Médio/África 13
América do Norte 8
Os entrevistados que atuam no setor da aviação -
áreas vulneráveis às condições climáticas, falhas
nos computadores, problemas mecânicos,
ataques terroristas, quedas de energia e clientes
revoltados - classificaram o risco interrupção de
negócios como número dois. Essa mesma
classificação foi dada pelo setor de madeira,
móveis, papel e embalagens, que dependem
muito dos recursos naturais e das condições
climáticas. Tanto para fornecedores quanto para
clientes, esse setor é mais suscetível a
interrupções que podem resultar em alto custo
financeiro e perda de clientes.
Em âmbito regional, as organizações da América
Latina classificaram esse risco na posição dois,
uma vez que a região passou por uma série de
catástrofes naturais, incluindo falta de chuvas,
terremotos, furacões, incêndios florestais,
tsunamis e vulcões. Segundo o relatório de
2016 da USAID, os furacões El Niño e La Niña,
periodicamente pioram as condições climáticas
da região. Expansão urbana mal planejada,
degradação ambiental e uso inadequado do
solo pioram ainda mais a vulnerabilidade da
população a desastres naturais.
Empresas da região da Ásia-Pacífico também
conhecem bem esses riscos - os terremotos
no Japão, com perdas da ordem de 31 bilhões de
dólares, e as enchentes de verão na China, com
prejuízos de 20 bilhões de dólares -
provavelmente contribuíram para essa percepção.
Conforme as mudanças climáticas acontecem,
as catástrofes naturais podem se tornar
ainda mais frequentes e imprevisíveis.
Consequentemente, as interrupções trariam
mais prejuízo. A interconexão entre as
economias globalizadas potencializa o impacto
negativo de uma simples interrupção
localizada. Ao mesmo tempo, com o
surgimento dos ciber-ataques, as organizações
não podem mais contar com as soluções
tradicionais para sanar uma interrupção.
Soluções mais inovadoras serão necessárias.
Apesar da imprevisibilidade dos desastres,
naturais ou não, a preparação de um plano de
continuidade de negócios pode ajudar a
minimizar o impacto dos danos associados às
interrupções. Além disso, os gestores de risco
deverão ter uma visão geral dos riscos,
tradicionais ou emergenciais, e proceder de
forma coordenada e eficaz.
A preparação prévia permite às organizações
manter suas atividades mesmo durante um
desastre natural ou um ciber-ataque. Enquanto
a cobertura do seguro pode garantir algumas
perdas de propriedade e operacionais,
nada pode ser feito em relação à perda de
participação no mercado, dano à reputação/
marca, perda de confiabilidade ou queda no
preço das ações em função de uma
interrupção. Assim, um plano eficiente de
continuidade deverá manter a resiliência da
organização em caso de interrupção.
Parecer do especialista da Aon:
“ O risco de interrupção de negócios integra a lista dos principais riscos em função da alta complexidade dos processos de produção e interligação com redes de suprimento de alcance mundial.”
Mike Stankard, Líder Nacional da Prática de Heavy Industry/Manufacturing, EUA
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Os 10 Principais Riscos
34
Riscos/Incertezas Políticas
Os riscos/incertezas políticas são umas das
maiores ameaças aos negócios. Esse risco
aumenta o custo das operações e dos
investimentos no longo prazo, e decisões
comerciais não podem ser tomadas sob uma
condição de incerteza.
Os entrevistados de nossa Pesquisa 2017
certamente compartilham dessa visão. O
risco riscos/incertezas políticas, classificado na
posição 15 em 2015, voltou a integrar os 10
maiores, agora na posição nove. Ao mesmo
tempo, a prontidão ao risco diminuiu,
passando de 39% em 2015 para 27% em
2017.
A classificação no ranking e a redução do grau
de prontidão pode ser atribuída à escalada de
tumultos de 2016, que a CNBC chamou “um
dos maiores anos de riscos políticos.
”Curiosamente, as nações desenvolvidas,
tradicionalmente associadas com estabilidade
política, estão gradativamente apresentando
sinais de volatilidade e incertezas, o que é
prejudicial aos negócios.
A longa estagnação econômica e a recente
crise dos refugiados na Europa provocou a
volta do populismo, ou movimentos radicais
conservadores, podendo ter efeitos nas eleições
de países como França, Alemanha e Itália.
Naturalmente, as incertezas decorrentes do
Brexit não apenas causaram turbulências no
mercado financeiro como também
aumentaram as preocupações sobre o futuro
da UE. Nos EUA, o Presidente Trump apela ao
"equilíbrio" comercial com os demais países -
sua decisão de sair da Parceria Transpacífico,
ou TPP, que tinha o objetivo de reduzir tarifas e
promover o comércio entre 12 países da Ásia e
América do Norte, e sua tentativa de
renegociação da NAFTA - aumentou a
apreensão de uma guerra comercial global.
Classificação por regiões
Ásia-Pacífico 10
Europa 15
América Latina 5
Oriente Médio/África 2
América do Norte 21
Na Rússia, a abordagem nacionalista de
Vladimir Putin agora ameaça os Estados
Bálticos. Enquanto isso, as ações da China
em suas águas meridionais estremecem as
relações com o Japão. A iniciativa americana de
instalação de um sistema de defesa anti-mísseis
conhecido como THAAD para proteger a Coreia
do Sul contra um ataque da Coreia do Norte
acabou gerando um uma fonte de tensão para
os EUA e para a China. O governo chinês
também iniciou uma série de retaliações contra
empresas da Coreia do Sul, fazendo com que
estas interrompessem suas operações em
algumas cidades chinesas. Enquanto isso, no
Oriente Médio, a guerra civil em andamento na
Síria continua a aprofundar a crise dos
refugiados na Europa e países vizinhos.
Sem dúvida, esses eventos deterioram a
confiança nos negócios, suspendem os
investimentos, interrompem operações e
dificultam a aquisição de talentos.
No âmbito regional, as empresas do Oriente Médio elegeram o risco risco/incerteza política
na segunda colocação, uma vez que a região foi
devastada pelo extremismo islâmico,
deteriorando a autoridade e a influência do
Estado, desestabilizando o preço do petróleo.
Para as organizações sediadas na América Latina, o risco risco/incerteza política ficou
em quinta posição. No México, as mudanças
políticas americanas causaram preocupações na
comunidade empresarial e provocaram
flutuações da moeda. No Brasil, os escândalos
de corrupção estagnaram as reformas
econômicas, enquanto na Venezuela as
dificuldades econômicas provocaram desordem
social e instabilidade em toda a América Latina.
9
Colocação nas pesquisas anteriores
2017 9
2015 15
2013 10
2011 14
2009 18
2007 21
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
35
Os 10 Principais Riscos | Riscos/Incertezas Políticas
Classificação por setores
Energia (Petróleo, Gás, Mineração, Recursos Naturais)
2
Órgãos Governamentais 3
Agronegócio 5
Os entrevistados da região Ásia-Pacífico
classificaram o risco riscos/incertezas políticas
como número 10 em meio ao aumento da
tensão comercial entre a China e o Japão e
disputas territoriais na região do Mar do Sul da
China. A Coreia do Sul deverá passar por uma
nova eleição após o Impeachment de sua
presidente. Ao mesmo tempo, a Coreia do
Norte ameaça a estabilidade daquela região
com seus testes de mísseis balísticos e nucleares,
enquanto a nova política anti-americana das
Filipinas transforma o cenário geopolítico.
As empresas europeias classificaram esse risco
na posição 15. No entanto, uma análise mais
minuciosa indica que para todos os países europeus,
excetuando-se a Itália, a classificação média desse
risco ficaria na sétima posição; a Itália classificou esse
risco na posição 33. Isso demonstra que as
incertezas políticas criadas pela votação do Brexit e
as novas eleições em andamento provocaram
impactos na percepção desse risco. Os entrevistados
da Itália, muitos deles representando pequenas
empresas, apresentam maior tolerância para
agitações políticas, provavelmente devido a
familiaridade adquirida com esse fenômeno ao
longo dos últimos anos; além disso, suas prioridades
estão mais associadas com recuperação econômica,
imigração, concorrência e escassez de talentos.
As empresas americanas também percebem
o risco riscos/incertezas políticas como um
risco não-imediato, em função da confiança
depositada nas instituições e pelo apoio
de diversas organizações aos esforços do
Presidente Trump em reduzir os tributos
corporativos, aumentar os investimentos em
infraestrutura e simplificar as regulamentações.
Especificamente por segmentos, o setor de
energia classificou o risco riscos/incertezas
políticas como número dois, em função das
recentes agitações políticas e atos violentos
associados à produção de petróleo e exploração
mineral nos países mais desenvolvidos. Os
Mapas de Risco Político, Violêcia Política e
Terrorismo 2017 da Aon, revelam que esse
setor foi o mais afetado pelas ações terroristas
em 2016, tendo sido alvo de 42% do total
geral dos ataques, assim, essa posição não
surpreende. As organizações governamentais
classificam esse risco na posição três, uma vez
que distúrbios políticos provocam um impacto
direto nessas organizações, tanto em termos de
prioridades quanto de receitas e reputação.
O risco riscos/incertezas políticas deverá
continuar a preocupar as empresas ao longo
dos próximos anos. A maior fonte de riscos/
incertezas políticas pode estar nos próprios
EUA, onde as novas iniciativas do Presidente
Trump podem provocar mais polêmicas tanto
no país quanto no exterior.
Enquanto isso, os movimentos populistas da
Europa estão ganhando mais espaço através
partidos nacionalistas e separatistas em países
como França, Alemanha e possivelmente Itália.
Com o início do processo de saída do Reino
Unido da UE em Março de 2017, um quadro
ainda maior de incertezas é esperado na Europa.
As relações entre EUA e Rússia, e entre Rússia
e UE permanecem voláteis. Na Ásia, o partido
comunista chinês deverá escolher suas novas
lideranças em 2017, e as tensões desse país com
seus vizinhos poderá levar a conflitos geopolíticos.
O crescimento do populismo e do protecionismo
comercial deverá resultar em importantes
implicações econômicas e sociais em todo o
mundo, segundo diversos analistas políticos.
Dessa forma, as empresas deverão avaliar
permanentemente esses riscos em todos os países
e regiões onde operam ou mantém negócios,
permitindo a tomada de decisões fundamentadas
e protegendo suas operações e investimentos.
Parecer do especialista Aon:
“ Ao longo dos últimos anos, o ranking permaneceu relativamente estável em relação ao setor público, baseado unicamente nosriscos que podem ameaçarsuas operações. Os órgãosgovernamentais deverãomanter sua preocupaçãocom o risco riscos/incertezas políticas, osquais podem interromperserviços essenciais.“
William Becker, Líder Nacional da Prática de Setor Público, EUA
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Os 10 Principais Riscos
36
Responsabilidade Civil (inclusive E&O)
Pelo segundo ano consecutivo, o risco
responsabilidade civil - ferimentos, perdas ou
danos causados a terceiros resultantes de ação,
omissão ou negligência - foi lembrado como
um grande risco para as organizações em todo
o mundo, neste ano na posição 10.
Como em outros anos, as flutuações desse
risco no ranking (número três em 2007
passando pela posição treze em 2013 e
posição dez neste ano) tem pouco a ver com
uma redução geral de reclamações de
responsabilidade civil. Na verdade, essas
flutuações refletem uma mudança nos
objetivos empresariais. Na medida em que a
economia desacelera ou cresce, os objetivos
empresariais se alteram e outros riscos passam
a assumir maior prioridade.
Os especialistas avaliam que as preocupações
com responsabilidade civil indicam uma
tendência geral de aumento de reclamações
judiciais. Enquanto as empresas sediadas nos
EUA são conhecidas por operar em um
ambiente judicialmente mais agressivo (um
cidadão americano gasta aproximadamente
2,2% do PIB, aproximadamente 310 bilhões
de dólares ao ano, ou quase 1.000 dólares por
pessoa em ações litigiosas, o maior índice
mundial,xivi), essa tendência está cada vez
mais evidente em locais como Austrália,
Europa e América Latina.
Na medida em que a “cultura da
compensação” avança, aumenta a tendência
de "judicialização" entre o público,
principalmente após os governos de
economias emergentes terem ampliado as leis
de defesa do consumidor e terem
determinado responsabilidades mais rigorosas
para produtores e prestadores
de serviço. Como resultado, ações judiciais
coletivas ou individuais e pagamento de
indenizações são cada vez mais frequentes em
países fora dos EUA.
Na pesquisa de 2016 Litigation Trends Annual
Survey, a Norton Rose Fulbright, um escritório
de advocacia internacional entrevistou mais de
600 advogados de empresas espalhadas em 24
países. Os entrevistados da América do Norte e
Austrália classificaram os processos de ação
coletiva como principais fontes de litígio. O
Reino Unido classificou como principal
preocupação o aumento do número de
processos litigiosos - incluindo ações frívolas.xlvii
Ao mesmo tempo, independentemente da
região, as organizações que exportam produtos
e serviços aos EUA também estão sujeitas
a maior exposição, devendo considerar o
impacto em seu perfil de riscos.
Classificação por setores
Conglomerados 1
Órgãos Governamentais 6
Produtos Químicos 7
Assistência Médica 7
Restaurantes 7
Conforme esperado, a responsabilidade
civil é percebida como a maior ameaça por
entrevistados que representam
conglomerados, os quais já estão familiarizados
com ações judiciais por responsabilidade civil,
não apenas em nações desenvolvidas, mas
também em mercados emergentes, onde as
reformas judiciais favoreceram a abertura de
processos. Além disso, a pesquisa Norton Rose Fulbright revelou uma ligação entre a receita
das empresas e seu gasto com ações litigiosas,
com um índice médio de 0,1% da receita total.
10
Colocação nas pesquisas anteriores
2017 10
2015 8
2013 13
2011 13
2009 9
2007 3
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
37
Os 10 Principais Riscos | Responsabilidade Civil
Os órgãos governamentais também
consideram o risco responsabilidade civil como
um alto risco, em função do aumento de ações
legais. Por exemplo, a publicação Governing
Magazine afirma que a cidade de Nova York
gasta 720 milhões de dólares em processos a
cada ano, sendo que, em 2016, a cidade de
Los Angeles foi convocada a emitir 70 milhões
de dólares em títulos para cobrir uma parte de
suas ações legais. Ao mesmo tempo, um grupo
de advogados chineses está processando
o governo da China por não ter controlado a
poluição em Beijing.
Outros segmentos que classificaram o
risco responsabilidade civil na lista dos 10
principais riscos incluem - fabricantes de
produtos químicos, assistência médica e
ciências biológicas, serviços profissionais e
pessoais, construção, usinagem e produção de
metais - todos reconhecidos por sua alta
exposição,tanto através de seus produtos
quanto através dos serviços prestados. Por
exemplo, estudos demonstram que empresas
de ciências biológicas e assistência médica em
todo o mundo são os maiores alvos de ações
legais nos últimos anos.
Geograficamente, a responsabilização civil
permanece sendo uma preocupação constante
para empresas locais e multinacionais na América
Latina. O órgão americano U.S. Chamber Institute of Legal Reform emitiu recentemente
dois estudos sobre as novas mudanças no código
de direito civil na América Latina e seus prováveis
impactos. O estudo identificou diversos pontos
preocupantes, incluindo emendas que permitem
ações legais de mérito duvidoso, incentivos
financeiros com potencial de provocar ações
litigiosas em massa e um sistema de justiça civil
desigual, que desequilibra a balança entre os
demandantes e os réus.xllv
Classificação por regiões
Ásia-Pacífico 16
Europa 12
América Latina 4
Oriente Médio/África 23
América do Norte 12
Em geral, os especialistas afirmam que o
número de processos civis deverá continuar a
aumentar. Fatores externos, tais como emendas
à legislação na Europa, na região Ásia-Pacífico
e América Latina poderão aumentar ainda
mais o alcance dos processos legais. Além
disso, a proliferação dos fundos para ações
civis (patrocínio de indivíduos e empresas a
demandantes que não dispõe de recursos para
mover a ação) deverão certamente piorar a
situação em termos de frequência e gravidade.
Enquanto o mercado de seguros voltado a
questões de responsabilidade civil permanece
estável e ativo à exposição de riscos, as
organizações deverão aplicar uma combinação
de técnicas eficazes de gestão de riscos e
uma sólida política de seguro complementar,
para proteção contra o risco de processos por
responsabilidade civil.
Parecer do especialista da Aon:
“ Tradicionalmente, restaurantes são os estabelecimentos mais sujeitos a ações por responsabilidade civil, seja por intoxicações, danos pessoais, discriminação, bebidas alcoólicas ou outros motivos. Além da exposição, um franqueador pode ser responsabilizado pelos atos de um franqueado, daí a importância em administrar adequadamente esse risco.”
Tami Griffin, Líder Nacional da Prática de Alimento, Agrobusiness & Bebida, EUA
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
38
Os 10 Principais Riscos
Os 10 Principais Riscos
2017 2015 2013 2011 2009 2007
1 Dano à reputação/marca
Dano à reputação/marca
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Desaceleração econômica
Desaceleração econômica
Dano à reputação/marca
2 Desaceleração econômica/recuperação lenta
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Interrupção de negócios
3 Crescente concorrência
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Crescente concorrência
Crescente concorrência
Interrupção de negócios
Responsabilidade civil
4 Mudanças Regulatórias/Legislativas
Crescente concorrência
Dano à reputação/marca
Dano à reputação/marca
Crescente concorrência
Falha na distribuição ou na cadeia de suprimentos
5 Risco cibernético Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Interrupção de negócios
Preço da matéria prima
Ambiente de mercado
6 Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Dano à reputação/marca
Mudanças Regulatórias/Legislativas
7 Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Interrupção de negócios
Interrupção de negócios
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Fluxo de caixa/liquidez
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
8 Interrupção de negócios
Responsabilidade civil Preço da matéria prima
Preço da matéria prima
Falha na distribuição ou na cadeia de suprimentos
Riscos de mercado (financeiros)
9 Riscos/Incertezas políticas
Risco cibernético Fluxo de caixa/liquidez
Falha tecnológica/falha do sistema
Responsabilidade civil Danos físicos
10 Responsabilidade Civil (inclusive E&O)
Danos à propriedade Riscos/Incertezas políticas
Fluxo de caixa/liquidez
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Fusão/aquisição/ restruturação Falha no plano de recuperação
10 Principais Riscos por região
Ásia-Pacífico Europa América Latina Oriente Médio/África América do Norte
1 Dano à reputação/marca Desaceleração econômica/recuperação lenta
Dano à reputação/marca Desaceleração econômica/recuperação lenta
Riscos cibernéticos
2 Mudanças Regulatórias/Legislativas
Dano à reputação/marca Interrupção de negócios Riscos/Incertezas políticas Dano à reputação/marca
3 Crescente concorrência Crescente concorrência Desaceleração econômica/recuperação lenta
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
4 Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Responsabilidade Civil (inclusive E&O)
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Mudanças Regulatórias/Legislativas
5 Desaceleração econômica/recuperação lenta
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Responsabilidade social/sustentabilidade
Dano à reputação/marca Desaceleração econômica/recuperação lenta
6 Interrupção de negócios Riscos cibernéticos Riscos/Incertezas políticas Mudanças Regulatórias/Legislativas
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
7 Riscos cibernéticos Preço da matéria prima Mudanças Regulatórias/Legislativas
Crescente concorrência Crescente concorrência
8 Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Crédito da outra parte Flutuação cambial Riscos cibernéticos Interrupção de negócios
9 Falha crítica de projeto Interrupção de negócios Risco ambiental Flutuação cambial Desastres climáticos/naturais
10 Riscos/Incertezas políticas Responsabilidade da Diretoria/Gerência
Fluxo de caixa/liquidez Responsabilidade da Diretoria/Gerência
Danos à propriedade
Observação: Ao haver empate na votação dos riscos, a lista "Todos entrevistados" foi utilizada para determinar qual o maior risco.
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
39
Os 10 Principais Riscos
3 principais riscos por setor
Setor Risco 1 Risco 2 Risco 3
Agronegócio Preço da matéria prima Desastres climáticos/naturais Mudanças Regulatórias/Legislativas
Aviação Riscos cibernéticos Interrupção de negócios Falha crítica de projeto
Bancos Dano à reputação/marca Mudanças Regulatórias/Legislativas Riscos cibernéticos
Bebidas Dano à reputação/marca Mudanças Regulatórias/Legislativas Falha na distribuição ou na cadeia de suprimentos
Produtos Químicos Desaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrência Interrupção de negócios
Conglomerados Responsabilidade Civil(inclusive E&O)
Dano à reputação/marca Desaceleração econômica/recuperação lenta
Construção Desaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrência Falha crítica de projeto
Produção de Bens de Consumo Dano à reputação/marca Desaceleração econômica/recuperação lenta
Flutuação cambial
Educação Riscos cibernéticos Dano à reputação/marca Mudanças Regulatórias/Legislativas
Energia (Petróleo, Gás, Mineração, Recursos Naturais)
Preço da matéria prima Mudanças Regulatórias/Legislativas Riscos/Incertezas políticas
Processamento e Distribuição de Alimentos
Dano à reputação/marca Preço da matéria prima Interrupção de negócios
Órgãos Governamentais Riscos cibernéticos Dano à reputação/marca Riscos/Incertezas políticas
Assistência Médica Mudanças Regulatórias/Legislativas Dano à reputação/marca Crescente concorrência
Hotéis e Hospedagem Dano à reputação/marca Desaceleração econômica/recuperação lenta
Riscos cibernéticos
Seguros, Investimentos e Finanças Dano à reputação/marca Mudanças Regulatórias/Legislativas Riscos cibernéticos
Ciências Biológicas Mudanças Regulatórias/Legislativas Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Dano à reputação/marca
Madeira, Mobília, Papel e Embalagem
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Interrupção de negócios Preço da matéria prima
Fabricantes de Máquinas e Equipamentos
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrência Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Usinagem e Produção de Metais Desaceleração econômica/recuperação lenta
Preço da matéria prima Crescente concorrência
Produção de Veículos Terrestres Dano à reputação/marca Crescente concorrência Desaceleração econômica/recuperação lenta
Serviços de Transporte Terrestre Dano à reputação/marca Crescente concorrência Desaceleração econômica/recuperação lenta
Sem Fins Lucrativos Dano à reputação/marca Mudanças Regulatórias/Legislativas Desaceleração econômica/recuperação lenta
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
40
Os 10 Principais Riscos
3 principais riscos por setor (cont.)
Setor Risco 1 Risco 2 Risco 3
Energia/Instalações Mudanças Regulatórias/Legislativas Riscos cibernéticos Dano à reputação/marca
Impressão e Publicações Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Dano à reputação/marca Desaceleração econômica/recuperação lenta
Serviços Profissionais e Pessoais Dano à reputação/marca Desaceleração econômica/recuperação lenta
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Mercado Imobiliário Desaceleração econômica/recuperação lenta
Dano à reputação/marca Danos à propriedade
Restaurantes Desaceleração econômica/recuperação lenta
Dano à reputação/marca Crescente concorrência
Distribuidoras Dano à reputação/marca Crescente concorrência Desaceleração econômica/recuperação lenta
Borracha, Plásticos, Pedras e Cimento
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Crescente concorrência Preço da matéria prima
Tecnologia Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Dano à reputação/marca Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Telecomunicações e Transmissões Dano à reputação/marca Crescente concorrência Riscos cibernéticos
Têxteis Desaceleração econômica/recuperação lenta
Crédito da outra parte Dano à reputação/marca
Comércio Atacadista Crescente concorrência Desaceleração econômica/recuperação lenta
Crédito da outra parte
Observação: Ao haver empate na votação dos riscos, a lista "Todos entrevistados" foi utilizada para determinar qual o maior risco.
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
41
Os 10 Principais Riscos
Nível de prontidão para os 10 principais riscos
A maior parte das empresas possui planos de reação
contra os riscos previstos. No entanto, a tendência
de baixa percebida na última pesquisa foi
confirmada: a prontidão média para os 10 principais
riscos passou de 58% em 2015 para 53% em 2017.
Essa queda foi de 6% desde a pesquisa de 2013,
quando registrou 59%.
Uma vez que a última pesquisa incluiu o maior
número de entrevistados, incluindo diversos setores e
áreas demográficas, este resultado é preocupante.
Basicamente, entrevistamos mais pessoas do que
antes, e estas parecem estar menos preparadas para
reagir aos 10 principais riscos.
A maior queda na prontidão contra o risco entre
2013 e 2017 foi registrada no risco desaceleração
econômica/recuperação lenta, que passou de
54% para 30%. Uma explicação poderia ser a
imprevisibilidade da recuperação da economia global, o que dificultaria uma preparação mais
adequada para a mitigação dos impactos. Ao mesmo
tempo, a prontidão contra a crescente concorrência
também apresentou uma queda, passando de 65%
para 45% - a globalização e aumento da
interconectividade através da Internet das coisas
intensificaram a concorrência em escala mundial.
Cabe aqui lembrar que o nível de prontidão para os
dois riscos seguráveis - interrupção de negócios e
responsabilidade civil - mantiveram-se acima da
média. Ao mesmo tempo, o risco cibernético, um
risco parcialmente segurável, registrou o maior índice
de prontidão (79%). Esse poderia ser o resultado da
melhor preparação das áreas de segurança de
informações nos últimos anos.
Curiosamente, as organizações pesquisadas
aparentam baixa preparação contra o risco riscos/
incertezas políticas, também parcialmente
seguráveis. O índice ficou em 27%, uma queda de
12% em relação a 2015. Isso pode ser o reflexo de
uma série de eventos recentes, tais como o Brexit, as
eleições americanas, os escândalos políticos na
América Latina, e os conflitos no Oriente Médio,
cada um contribuindo com mais incertezas políticas
ao redor do mundo.
Especificamente por setor, a indústria da aviação aumentou seu grau de prontidão em 6%, enquanto
o setor de madeira, móveis, papel e embalagens e
vendas no atacado mantiveram seus índices. Por
outro lado, todos os demais segmentos
apresentaram quedas em seus índices de prontidão.
Essa queda pode ser resultante dos desafios
enfrentados pelas lideranças corporativas na
administração de riscos cada vez mais graves e
imprevisíveis.
Localmente, o grau de prontidão na região da Ásia-
Pacífico aumentou, enquanto as demais regiões
apresentarm queda. A América Latina ficou em
último lugar em protidão contra os riscos.
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
42
Os 10 Principais Riscos
Nível de prontidão para os 10 principais riscos 2017 2015
Dano à reputação/marca 51%56%
30%39%
45%49%
44%53%
79%82%8%
59%60%
57%60%
67%73%
70%
27%39%
73%
0 20 40 60 80 100
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrência
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Riscos cibernéticos
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Interrupção de Negócios
Riscos/Incertezas políticas
Responsabilidade Civil (inclusive E&O)
Nível médio de prontidão para os 10 principais riscos por região
Região 2017 2015 2013
Ásia-Pacífico 66% 64% 63%
América do Norte 63% 69% 60%
Europa 47% 58% 55%
América Latina 46% 57% 55%
Oriente Médio/África 58% 68% 75%
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
43
Os 10 Principais Riscos
Nível médio de prontidão para os 10 principais riscos por setor
Setor 2017 2015 Tendência
Agronegócio 46% 66% -20%
Aviação 66% 60% 6%
Bancos 59% 69% -11%
Bebidas 55% N/A N/A
Produtos Químicos 50% 65% -14%
Conglomerados 54% 71% -17%
Construção 40% 51% -11%
Produção de Bens de Consumo 49% 63% -15%
Educação 55% N/A N/A
Energia (Petróleo, Gás, Mineração, Recursos Naturais) 62% 72% -10%
Processamento e Distribuição de Alimentos 52% 62% -10%
Órgãos Governamentais 41% 59% -18%
Assistência Médica 53% 74% -21%
Hotéis e Hospedagem 56% 60% -4%
Seguros, Investimentos e Finanças 64% 60% 4%
Ciências Biológicas 44% 68% -24%
Madeira, Mobília, Papel e Embalagem 64% 64% 0%
Fabricantes de Máquinas e Equipamentos 51% 66% -14%
Usinagem e Produção de Metais 50% 58% -7%
Produção de Veículos Terrestres 50% 56% -6%
Serviços de Transporte Terrestre 47% 50% -3%
Sem Fins Lucrativos 50% N/A N/A
Energia/Instalações 59% 70% -11%
Impressão e Publicações 35% N/A N/A
Serviços Profissionais e Pessoais 51% 62% -10%
Mercado Imobiliário 53% 68% -15%
Restaurantes 46% N/A N/A
Distribuidoras 59% 72% -12%
Borracha, Plásticos, Pedras e Cimento 49% 58% -10%
Tecnologia 59% 66% -7%
Telecomunicações e Transmissões 49% 69% -20%
Têxteis 41% N/A N/A
Comércio Atacadista 41% 41% 0%
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
44
Os 10 Principais Riscos
Perdas associadas aos 10 principais riscos
Diferentemente da percepção geral de que a queda
na prontidão corresponde a um aumento da perda
de rendimentos, a pesquisa demonstra que as perdas
diminuíram, passando de 27% em 2015 para 24%
em 2017, o percentual mais baixo desde a primeira
edição da pesquisa.
A falta de uma correlação direta entre o grau de
prontidão e a perda de rendimentos pode ser
atribuída às interconexões e à dificuldade em
quantificar as perdas associadas a alguns desses
riscos. Ao mesmo tempo, alguém poderia citar o
risco "sorte estatística", uma vez que nossa pesquisa é
baseada em um período de 12 meses apenas.
Uma análise mais minuciosa das perdas associadas
aos 10 principais riscos indica que a maior parte dos riscos total ou parcialmente seguráveis - interrupção
de negócios, responsabilidade civil e riscos/incertezas políticas - tiveram reduções em perdas de
rendimentos.
Para o risco crimes cibernéticos, contudo, as perdas
tiveram um leve aumento. As frequências e níveis
desse risco estão crescendo tão rapidamente (os
hackers passaram a utilizar métodos mais
sofisticados) que as soluções ainda não puderam ser
desenvolvidas a tempo para evitar ou mitigar as
perdas.
Por outro lado, em comparação com os demais
riscos, esse risco representou as menores perdas,
juntamente com danos à marca/reputação,
com apenas 10%. As perdas decorrentes desses
riscos podem estar subestimadas, uma vez que
sua identificação e mensuração não são simples. Mais
uma vez, a divulgação pública e os esforços
empenhados pelas empresas na implementação de
técnicas de mitigação de riscos também podem ser
fatores contribuintes.
Se analisarmos as pesquisas anteriores quanto a
perda de rendimentos associada a dano à reputação/
marca, teremos uma curiosa trajetória: Quase 9%
dos entrevistados citou perda de rendimentos por
dano à reputação/marca em 2009. O percentual
passou de 60% em 2011 para 40% em 2013 antes
de cair para 7% em 2015 e 10% em 2015.
Essa curva do risco dano à reputação/marca
corresponde aproximadamente a um ciclo
econômico. No momento seguinte à recessão de
2009, as organizações se concentraram no risco
dano à reputação/marca, as quais ficaram
comprometidas por uma série de investigações do
governo e afirmações públicas contra as empresas e
demissões em massa. Na medida em que a
economia se recupera, a percepção pública vai se
transformando, e as empresas se tornam mais
proativas na gestão dos riscos à reputação.
Localmente, a região do Oriente Médio e África
foi a única a registrar aumento da perda de
rendimentos nesses 12 meses, provavelmente à lenta
recuperação econômica, à volatilidade do mercado
de matéria prima e aumento dos riscos políticos.
As outras regiões registraram as menores perdas de
rendimentos associadas aos 10 principais riscos.
Especificamente por setor, os entrevistados da área
de produtos químicos, conglomerados, energia,
seguradoras, investimentos e finanças, serviços de
transporte por veículos terrestres e áreas ligadas à
tecnologia tiveram menores perdas de rendimentos.
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
45
Os 10 Principais Riscos
Perdas associadas aos 10 principais riscos 2017 2015
Dano à reputação/marca 10%7%
45%46%
42%49%
24%28%
10%8%
25%25%
19%18%
17%22%
34%23%
30%26%
0 10 20 30 40 50
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrência
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Riscos cibernéticos
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Interrupção de Negócios
Riscos/Incertezas políticas
Responsabilidade Civil (inclusive E&O)
Nível médio de perdas de receita associadas aos 10 principais riscos por região
Região2017 - Perda média
associada aos 10 principais riscos nos últimos 12 meses
2015 - Perda média associada aos 10 principais
riscos nos últimos 12 meses
2013 - Perda média associada aos 10 principais
riscos nos últimos 12 meses
América Latina 22% 27% 39%
Europa 23% 25% 42%
Ásia-Pacífico 23% 29% 41%
América do Norte 24% 29% 43%
Oriente Médio/África 31% 28% 50%
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
46
Os 10 Principais Riscos
Nível médio de perdas de receita associadas aos 10 principais riscos por setor
Setor2017 - Perda média
associada aos 10 principais riscos nos últimos 12 meses
2015 - Perda média associada aos 10 principais
riscos nos últimos 12 mesesTendência
Agronegócio 18% 34% -17%
Aviação 18% 28% -10%
Bancos 23% 33% -10%
Bebidas 21% N/A N/A
Produtos Químicos 22% 18% 4%
Conglomerados 23% 20% 3%
Construção 18% 30% -12%
Produção de Bens de Consumo 25% 24% 1%
Educação 24% N/A N/A
Energia (Petróleo, Gás, Mineração, Recursos Naturais)
30% 24% 6%
Processamento e Distribuição de Alimentos 23% 29% -5%
Órgãos Governamentais 17% 25% -8%
Assistência Médica 29% 31% -2%
Hotéis e Hospedagem 27% 32% -5%
Seguros, Investimentos e Finanças 27% 18% 9%
Ciências Biológicas 19% 23% -4%
Madeira, Mobília, Papel e Embalagem 26% 29% -3%
Fabricantes de Máquinas e Equipamentos 28% 28% 0%
Usinagem e Produção de Metais 23% 27% -5%
Produção de Veículos Terrestres 21% 25% -4%
Serviços de Transporte Terrestre 28% 27% 1%
Sem Fins Lucrativos 21% N/A N/A
Energia/Instalações 25% 27% -2%
Impressão e Publicações 34% N/A N/A
Serviços Profissionais e Pessoais 26% 28% -2%
Mercado Imobiliário 19% 20% 0%
Restaurantes 31% N/A N/A
Distribuidoras 27% 33% -6%
Borracha, Plásticos, Pedras e Cimento 19% 31% -12%
Tecnologia 26% 22% 4%
Telecomunicações e Transmissões 24% 30% -6%
Têxteis 21% N/A N/A
Comércio Atacadista 16% 22% -6%
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
47
Os 10 Principais Riscos
Os 10 principais riscos para os próximos três anos
Em nossa pesquisa, solicitamos ao entrevistado para
que enumere os 10 principais riscos enfrentados por
sua organização nos três anos seguintes. Trata-se de
uma proposta interessante, uma vez que suas
estimativas não apenas nos permite perceber aquilo
que está por vir mas também comparar suas
previsões com os resultados reais, e analisar a forma
como as percepções podem variar e quais os fatores
que provocam essa variação.
Na pesquisa de 2015, os entrevistados previram
corretamente uma desaceleração econômica na
segunda colocação, e riscos/incertezas políticas na
posição nove. No entanto, dois riscos - preço da
matéria prima e governança corporativa/compliance - foram estimadas como presentes na lista dos
10 maiores, tendo figurado nas posições 11 e 23
respectivamente.
Outros riscos da pesquisa de 2017 foram previstos
corretamente, apesar de não estarem na ordem
correta. Por exemplo, o entrevistados acreditavam
que o risco dano à marca/reputação ficaria em
quinto lugar, porém, a primeira posição foi mantida
mais uma vez em 2017. O risco cibernético,
ocupante da nona posição em 2015 e previsto para
ocupar a posição sete, na verdade passou para a
quinta posição na última pesquisa. As empresas
norte americanas elegeram esse como o maior risco. Isso reflete o rápido desenvolvimento das questões
de ciber-segurança e as crescentes preocupações
com perda de dados sofrida por algumas empresas
desde a última pesquisa.
Olhando à frente, para os próximos três anos, incluímos na lista um novo risco - tecnologia/
inovação disruptiva - um novo produto ou solução
que modificaria toda a indústria ou criaria um
mercado completamente novo. Esse risco foi
classificado na posição 20 na lista deste ano, porém,
com o rápido avanço tecnológico, os entrevistados
podem aguardar mais recursos, tais como a Internet
das coisas ou a revolução dos drones pelos próximos
três anos. Compreensivelmente, as indústrias de
tecnologia e telecomunicações/transmissões estimam
que esse risco ocupará a segunda posição.
Para 2020, os entrevistados estimam o risco
desaceleração econômica/recuperação lenta em
primeiro lugar. Isso pode indicar sua baixa confiança
na economia atual. Muitas organizações acreditam
que outra recessão poderia ocorrer novamente,
seguida de um período de recuperação de 10 anos,
com alta desaceleração em países emergentes como
a China. Outras previsões de riscos proeminentes
incluem: crescente concorrência, incapacidade em
inovar/atender às necessidades do cliente e riscos/
incertezas políticas. Tendo em vista a maior
frequência e extensão dos ataques, risco cibernético
deverá permanecer na lista dos 10 principais riscos.
Por outro lado, o risco dano à reputação/marca
deverá passar da posição um para posição seis até
2020.
Por uma perspectiva industrial, 31 dos 33 segmentos
estimaram uma alteração em sua própria classificação
de riscos, incluindo os cibernéticos e riscos/incertezas políticas, além de tecnologia/inovação disruptiva,
evidenciando o fato que os riscos estão em constante
mudança, e as organizações devem acompanhar e avaliar permanentemente as tendências, e tomar as
medidas adequadas.
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
48
Os 10 Principais Riscos
2017 Estimativa 2020
1Dano à reputação/
marca
4Mudanças
Regulatórias/Legislativas
9Riscos/Incertezas
políticas
3Crescente concorrência
8Interrupção de
Negócios
2Desaceleração econômica/
recuperação lenta
7Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
5Riscos cibernéticos
6Incapacidade em inovar/atender às necessidades do
cliente
10Responsabilidade
Civil (inclusive E&O)
1+1
Desaceleração econômica/recuperação lenta
4=
Mudanças Regulatórias/Legislativas
9+2 Preço da
matéria prima
3+3
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
8+1
Riscos/Incertezas políticas
2+ 1 Crescente
concorrência
7=
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
5= Riscos cibernéticos
6-5
Dano à reputação/marca
10+10
Tecnologia/inovação revolucionária
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
49
Os 10 Principais Riscos
Projeção dos 10 principais riscos para os próximos 3 anos
Descrição Classificação Estimativa para daqui a 3 anos
Dano à reputação/marca 1 6
Desaceleração econômica/recuperação lenta 2 1
Crescente concorrência 3 2
Mudanças Regulatórias/Legislativas 4 4
Riscos cibernéticos 5 5
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente 6 3
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos 7 7
Interrupção de Negócios 8 21
Riscos/Incertezas políticas 9 8
Responsabilidade civil (inclusive E&O) 10 16
Os 5 principais riscos para os próximos três anos por região
Ásia-Pacífico Europa América LatinaOriente Médio/África América do Norte
1 Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Riscos cibernéticos
2 Dano à reputação/marca
Crescente concorrência
Riscos/Incertezas políticas
Riscos/Incertezas políticas
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
3 Mudanças Regulatórias/Legislativas
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Flutuação cambial Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
4 Crescente concorrência
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Desaceleração econômica/recuperação lenta
5 Desaceleração econômica/recuperação lenta
Preço da matéria prima
Dano à reputação/marca
Crescente concorrência
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Observação: Ao haver empate na votação dos riscos, a lista "Todas Estimativas" foi utilizada para determinar qual o maior risco.
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
50
Os 10 Principais Riscos
Os 3 principais riscos para os próximos três anos por setor
Setor Risco 1 Risco 2 Estimativa para daqui a 3 anos
Agronegócio Preço da matéria prima Desastres climáticos/naturais Crescente concorrência
Aviação Escassez de mão de obra Crescente concorrênciaRiscos cibernéticos
BancosMudanças Regulatórias/Legislativas
Riscos cibernéticosDano à reputação/marca
Bebidas Dano à reputação/marcaDesaceleração econômica/recuperação lenta
Preço da matéria prima
Produtos Químicos Crescente concorrênciaDesaceleração econômica/recuperação lenta
Preço da matéria prima
ConglomeradosDesaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrência Falha crítica de projeto
ConstruçãoDesaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrência Escassez de mão de obra
Produção de Bens de Consumo
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrênciaIncapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
EducaçãoRiscos cibernéticos
Dano à reputação/marcaMudanças Regulatórias/Legislativas
Energia (Petróleo, Gás, Mineração, Recursos Naturais)
Preço da matéria primaMudanças Regulatórias/Legislativas
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Processamento e Distribuição de Alimentos
Dano à reputação/marcaIncapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Preço da matéria prima
Órgãos Governamentais Dano à reputação/marcaRiscos cibernéticos Incapacidade em atrair ou
reter os melhores talentos
Assistência MédicaMudanças Regulatórias/Legislativas
Riscos cibernéticos Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Hotéis e Hospedagem Desaceleração econômica/recuperação lenta
Riscos cibernéticosRiscos/Incertezas políticas
Seguros, Investimentos e Finanças
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Riscos cibernéticos
Ciências BiológicasMudanças Regulatórias/Legislativas
Fusão/aquisição/reestruturação
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Madeira, Mobília, Papel e Embalagem
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Preço da matéria prima Riscos/Incertezas políticas
Fabricantes de Máquinas e Equipamentos
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrênciaGlobalização/mercados emergentes
Usinagem e Produção de Metais
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Preço da matéria prima Crescente concorrência
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
51
Os 10 Principais Riscos
Os 3 principais riscos para os próximos três anos por setor (cont.)
Setor Risco 1 Risco 2 Risco 3
Produção de Veículos Terrestres
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Recall de produtos
Serviços de Transporte Terrestre
Crescente concorrênciaDesaceleração econômica/recuperação lenta
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Sem Fins Lucrativos Riscos/Incertezas políticasIncapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Mudanças Regulatórias/Legislativas
Energia/InstalaçõesMudanças Regulatórias/Legislativas
Riscos cibernéticosFalha crítica de projeto
Impressão e PublicaçõesIncapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Fluxo de caixa/liquidez
Serviços Profissionais e Pessoais
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Dano à reputação/marca
Mercado ImobiliárioDesaceleração econômica/recuperação lenta
Danos à propriedadeIncapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
RestaurantesDesaceleração econômica/recuperação lenta
Dano à reputação/marca Escassez de mão de obra
DistribuidorasDesaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrênciaIncapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Borracha, Plásticos, Pedras e Cimento
Desaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrênciaIncapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
TecnologiaIncapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Tecnologia/inovação revolucionária
Incapacidade em atrair ou reter os melhores talentos
Telecomunicações e Transmissões
Incapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Crescente concorrênciaTecnologia/inovação revolucionária
TêxteisDesaceleração econômica/recuperação lenta
Crescente concorrênciaIncapacidade em inovar/atender às necessidades do cliente
Comércio Atacadista Crescente concorrênciaDesaceleração econômica/recuperação lenta
Preço da matéria prima
Observação: Ao haver empate na votação dos riscos, a lista "Todas Estimativas" foi utilizada para determinar qual o maior risco.
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
52
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Meeting%20 Documents/Our-Changing-Planet_FY-2016_full_.pdfxlv Alexandra Gibbs, http://www.cnbc.com/2017/01/04/2017-may-be-the-biggest-year-for-political-risk-since-the-end-of-world-war-ii-expert.htmlxlvi Paul Rubin, More Money Into Bad Suits, New York Times, November 16, 2010xlvii Norton Rose Fulbright, http://www.nortonrosefulbright.com/news/142350/norton-rose-fulbright-releases-2016-litigation-trends-annual-surveyxlviii Phoebe Stonbely, “Governing: Municipalities Spend Millions of Dollars a Year on Settlements and Claims From Citizens,” Governing Magazine, November 4, 2016xlix http://www.instituteforlegalreform.com/resource/new-us-chamber-reports-highlight-growing-danger-of-lawsuit-abuse-in-latin-america
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
53
Metodologia
A presente pesquisa baseou-se em aspectos qualitativos e
quantitativos. Gestores de risco, CROs, CFOs, tesoureiros e outros
profissionais ofereceram feedback e opiniões baseadas em suas
administrações relativas a seguradoras e gestão de riscos,
interesses e preocupações.
O Centro de Inovação e Análise da Aon realizou, adquiriu e
tabulou as respostas fornecidas. Outros especialistas em seguro e
áreas industriais da Aon ofereceram análises de apoio e
auxiliaram na interpretação das informações.
Todas as respostas individuais serão mantidas em sigilo, tendo
sido divulgado somente valores consolidados no presente estudo.
Alguns valores percentuais podem não somar exatos 100%
devido ao arredondamento ou pelo fato dos entrevistados
poderem selecionar mais de uma resposta. Todos os valores
financeiros são expressos em dólares americanos.
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
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George M. ZsolnayVice-PresidenteUS BrokingAon [email protected]+1.312.381.3955
Tina ReschkeDiretora de MarketingAon Global Risk Consulting [email protected]+44.20.7086.0384
Brasil
Alexandre Botelho Diretor da Aon Global Risk ConsultingAon Brasil [email protected]+55 11 3058-4872
Assessoria de imprensa
Cybil RoseDiretor de Contabilidade [email protected]+1.312.755.3537
Donna MirandolaDiretoria SêniorExternal [email protected]+1.312. 381.1532
Brasil
Danylla CamposGerente de Comunicação e MarketingAon [email protected]
Juliana PalavrasAnalista Sênior de Comunicação e MarketingAon [email protected]
Contato
Referente ao relatório
Rory MoloneyCEOAon Global Risk Consulting [email protected]
Dr. Grant FosterDiretor GeralAon Global Risk Consulting [email protected]+44.20.7086.0300
Kieran StackCCOAon Global Risk Consulting [email protected]+1.312.381.4778
Sobre a Aon Global Risk Consulting e Centros de Inovação e Análise da Aon
Com mais de 1.100 profissionais distribuídos em mais de 50
países, a Aon Global Risk Consulting (AGRC), a empresa de
consultoria de risco da Aon plc, oferece soluções de gestão
de riscos especialmente desenvolvidas para otimizar os perfis
de risco dos clientes. Nosso conjunto de serviços inclui
consultoria e controle de riscos e gestão de cativas.
A AGRC auxilia seus clientes a compreender melhor e otimizar
seu perfil de risco. Fazemos isso identificando e quantificando os
riscos enfrentados, auxiliando os clientes na seleção e
implementação das soluções adequadas de transferência,
retenção e mitigação de riscos e garantindo a continuidade das
operações por meio da consultoria de riscos.
Os Centros de Inovação e Análise da Aon em Dublin e Cingapura
são os pilares do nosso investimento global de mais de 350
milhões de dólares em análises. Os Centros oferecem sugestões
baseadas em informações certificadas para soluções de riscos
dirigidas às pessoas.
Fundado em 2009, o Dublin Centre é formado por mais de 140
profissionais, para análise de milhões de informações a cada dia.
Como responsável pela Global Risk Insights Platform (GRIP®), um
dos maiores repositórios de informações relativas a riscos e
seguro do mundo, nós analisamos todo o fluxo de informações
da Aon para identificar soluções inovadoras e sugestões
abalizadas, além de relatórios, para que as organizações e partes
interessadas possam oferecer o melhor valor agregado a seus
clientes, em todo o mundo. Nós valorizamos os resultados
pelo processamento das informações recebidas diretamente do
campo e outras fontes, para oferecermos análises prontas.
Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2017
Sobre a Aon
A Aon plc (NYSE:AON) é uma das líderes globais
em gerenciamento de risco, e oferece serviços de
corretagem de seguros e resseguros e soluções
em recursos humanos. Através de suas afiliadas
em todo o mundo, a Aon capacita resultados
para clientes em mais de 120 países, através de
soluções inovadoras de risco e pessoas. Para mais
informações e para saber como capacitamos os
resultados para nossos clientes, acesse:
http://aon.com/brasil
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geral e não se destinam a abordar as circunstâncias de qualquer
indivíduo ou entidade em particular. Apesar dos esforços em fornecer
informações precisas e usar fontes que consideramos confiáveis, não
podemos garantir que essas informações sejam precisas a partir da
data em que são recebidas, ou que continuarão válidas no futuro. Não
agir com base nessas informações sem o aconselhamento profissional
adequado após uma análise aprofundada da situação.
GDM01732
Riscos. Resseguros. Recursos Humanos.