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PESQUISA EXPLORATÓRIA: CONSULTA AOS GESTORES MUNICIPAIS PARA O ESTABELECIMENTO DE POLÍTICA PARA OS HOSPITAIS COM ATÉ 50 LEITOS.

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Page 1: Pesquisa Exploratória:Consulta aos Gestores municipais para o estabelecimento de Política para os Hospitais com até 50 Leitos

PESQUISA EXPLORATÓRIA:CONSULTA AOS GESTORES MUNICIPAIS PARA O ESTABELECIMENTO DE POLÍTICA PARA OS HOSPITAIS COM ATÉ 50 LEITOS.

Page 2: Pesquisa Exploratória:Consulta aos Gestores municipais para o estabelecimento de Política para os Hospitais com até 50 Leitos

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Objetivos

• Conhecer as opiniões dos gestores municipais acerca de questões que envolvem a definição de políticas desenvolvidas para os estabelecimentos hospitalares com até 50 leitos, notadamente, com respeito ao papel na Rede de Atenção à Saúde, ao Financiamento, aos Recursos Humanos e Logística.

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Número de pesquisas completas

Região geográfica n %

Norte 15 14,4

Nordeste 31 29,8

Sudeste 22 21,2

Sul 21 20,2

Centro-Oeste 15 14,4Brasil 104 100

Métodos• Pesquisa realizada através de Entrevistas Telefônicas Assistidas por Computador

(ETAC)• A amostra foi intencional, contemplando municípios de todos os estados brasileiros,

diferentes regiões de saúde, diferentes portes populacionais e com hospitais de diferentes esferas administrativas.

• 109 municípios brasileiros (104 respondentes). 70% dos respondentes foram os Secretários Municipais de Saúde.

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Distribuição dos municípios pesquisados

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Resultados Definição de Políticas

Gestores Municipais que atribuem grau “muito importante” (4 e 5) às estratégias citadas para a política para hospitais

até 50 leitos por região

 Itens

MUITO IMPORTANTE(%)

Brasil N NE SE S CO

Definição do papel dos hospitais com até 50 leitos na Rede de Atenção da Região de Saúde

89,4 86,7 93,5 86,4 90,5 86,7

Recursos financeiros 90,4 86,7 96,8 90,9 81 93,3

Regulação ( menor rigidez na normatização: assistencial, relativa ao teto, relativa ao local para referenciamento, relativa aos protocolos)

78,8 80 87,1 68,2 76,2 80

Contratação de recursos humanos (médicos) 90,4 86,7 96,8 86,4 85,7 93,3

Ampliação de ações e serviços (ambulatório de especialidades)

85,6 80 96,8 81,8 71,4 93,3

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Resultados Definição de Políticas – Papel na rede de atenção a saúde

Gestores Municipais que atribuem grau “muito importante” (4 e 5) nas estratégias abaixo para definição de uma política para os hospitais com até 50 leitos em

relação ao papel dos hospitais na rede de atenção da região

 Itens MUITO IMPORTANTE

(%)Brasil N NE SE S CO

Aumentar o número de leitos, mantendo as especialidades básicas existentes 56,7 60 61,3 45,5 47,6 73,3

Aumentar o número de leitos, ampliando para outras especialidades 76,9 100 83,9 63,6 61,9 80

Estabelecer protocolos de referenciamento 83,7 73,3 90,3 90,9 71,4 86,7

Definir o que os hospitais irão atender junto às Redes prioritárias (Urgência, Cegonha, Psicossocial, Deficiência, Crônicas)

91,3 93,3 93,5 95,5 76,2 100

Definir quais hospitais serão referência para os hospitais com até 50 leitos 84,6 93,3 83,9 81,8 71,4 100

Definir a relação dos hospitais com a Atenção Básica 90,4 93,3 90,3 95,5 81 93,3

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Resultados Definição de Políticas – Contratação de RH

Gestores Municipais que atribuem grau “muito importante” (4 e 5) na definição de uma política para os hospitais com até 50 leitos em relação à

contratação de recursos humanos

 Itens

MUITO IMPORTANTE(%)

Brasil N NE SE S CO

Provimento de médicos (clínica básica)

93,3 93,3 96,8 90,9 90,5 93,3

Provimento de médicos (especialistas)

88,5 93,3 100 68,2 90,5 86,7

Provimento de pessoal de enfermagem

80,8 73,3 83,9 72,7 81 93,3

Contratação de profissionais pelo Estado

76,9 66,7 87,1 81,8 71,4 66,7

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Resultados Definição de Políticas – Recursos Financeiros

Como o(a) senhor(a) avalia o grau de importância dos itens abaixo na definição de uma política para os hospitais com até 50 leitos em relação aos

recursos financeiros?

 Itens

MUITO IMPORTANTE(%)

Brasil N NE SE S CO

Completar a tabela 93,3 86,7 100 90,9 90,5 93,3

Ampliar recursos para custeio 98,1 100 100 100 90,5 100

Ampliar recursos de equipamento/área física 95,2 100 100 90,9 85,7 100

Financiamento por valor global 95,2 100 96,8 90,9 90,5 100

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Resultados Papel Assistencial na Rede % dos gestores municipais que avalia como “muito importante” (4 e 5) as funções assistenciais citadas numa politica para os

hospitais com até 50 leitos no do seu município por região

Funções AssistenciaisMUITO IMPORTANTE (%)

Brasil N NE SE S COHospital dia 83,5 73,3 93,3 77,3 76,2 93,3Urgência e emergência 99 93,3 100 100 100 100

Apoio às ações de Atenção Básica 93,3 93,3 93,5 90,9 95,2 93,3

Atendimento ambulatorial nas clínicas básicas (médica, pediátrica e obstétrica)

87,4 86,7 87,1 81 85,7 100

Atendimento ambulatorial especializado 88,3 86,7 90 86,4 81 100

Saúde bucal (em especial para atenção às urgências odontológicas) 78,6 80 87,1 72,7 71,4 78,6

Pequenas cirurgias (retirada de corpos estranhos, suturas, etc) 91,3 86,7 96,8 95,5 85,7 86,7

Internação clínica 94,2 93,3 96,8 90,9 95,2 93,3

Apoio diagnóstico (exames laboratoriais e de imagem) 98,1 100 100 100 90,5 100

Materno infantil (maternidade) 91,3 93,3 83,3 100 90,5 93,3

Apoio a desospitalização dos oriundos dos hospitais de referencia (Caminho de Casa/hospital de retaguarda)

87,5 86,7 93,5 86,4 85,7 80

Apoio ao atendimento de saúde mental 70,9 86,7 73,3 63,6 71,4 60

Unidade de atendimento a cuidados prolongados 84,3 86,7 93,5 72,7 70 100

Formação de Recursos Humanos (graduação, nível técnico) 92,2 93,3 96,7 90,9 81 100

Formação: residência médica e ou multiprofissional 88,3 80 93,3 90,9 76,2 100

Atender apenas a localidades com escassez de serviços e/ou de difícil acesso

50,5 60 58,1 50 35 46,7

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Resultados Financiamento e custeio

Fatores que mais pesam no custo

• Cerca de 92% dos gestores atribuíram como principal fator os recursos humanos (notadamente médicos).

• Outros gastos: manutenção, exames e medicamentos (principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.)

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Resultados Problemas

• Financiamento: a grande maioria indicou que o financiamento é insuficiente.

• Papel na rede: principal problema identificado foi a dificuldade de encaminhamento. No entanto, cerca de 1/3 dos gestores não refere este problema.

• Capacitação: os principais problemas foram a falta de recursos e baixa oferta de cursos. Cerca de 1/3 dos gestores informou que não há problemas.

• Contratação: principais problemas incluíram a falta recursos, altos salários de médicos, dificuldade de atração e escassez de profissionais (médicos).

• Relação de sobrecarga com municípios vizinhos: 64% indicaram não haver problemas.

• Gestão: 56,7% afirmaram não ter problemas relacionados à gestão

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Nome do projeto 13

Resultados Problemas Financiamento

• Defasagem dos valores das AIHs;

• Defasagem nos valores praticados pelo repasse via contratualização dos HPPs;

• Dificuldades e demora burocrática para o repasse de recursos para custeio, equipamentos e reformas;

• Necessidade dos municípios complementarem os recursos financeiros (HPP)

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Nome do projeto 14

Resultados Problemas Papel na Rede

• dificuldades no encaminhamento para hospitais de maior complexidade,

• não cumprimento da Programação Pactuada e Integrada (PPI),

• ausência de consultas especializadas,

• ausência de vagas para internação, inclusive leitos de UTI,

• demora na obtenção da vaga,

• ausência de profissionais médicos

• desinformação da população em relação ao papel da Atenção Básica e dos Hospitais, ocorrendo duplicidade de ações.

63,5% dos respondentes

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Nome do projeto 15

Resultados Problemas CapacitaçãoRH

• falta de recursos financeiros para a execução,

• baixa qualificação/inadequação dos cursos ofertados,

• oferta de cursos insuficientes notadamente para “não médicos”,

• dificuldades em liberar o profissional sem substitui-lo para frequentar os cursos,

• alta rotatividade dos profissionais médicos implicando em reiteradas execuções de cursos.

63% dos respondentes

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Nome do projeto 16

Resultados Problemas Contratação RH

• salários são considerados “baixos” pelos profissionais,

• escassez da profissionais, em particular algumas especialidades (ortopedia, cirurgia e outras),

• dificuldade para contratação de plantonistas de 24 horas,

• desinteresse do profissional para atuar em municípios pequenos ou áreas remotas,

• alta rotatividade do profissional,

• dificuldade de “fixar” o profissional,

• dificuldade de obtenção de recursos financeiros para contratação de RH.

75% dos respondentes

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Resultados Problemas Relação com municípios vizinhos

• município sobrecarregado devido a insuficiência e/ou precariedade ou falta de recursos financeiros do município vizinho, em especial na área de urgência (finais de semana),

• dificuldades de encaminhamentos para hospitais de maior porte,

• dificuldades na pactuação regional,

• ausência de integração/articulação regional,

• dificuldades na relação com as centrais de regulação, grande distância territorial para contato com o município vizinho.

40% dos respondentes

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Nome do projeto 18

Resultados Problemas Gestão

• contratação/qualificação/manutenção das equipes;

• acompanhamento dos serviços, inclusive monitoramento e avaliação;

• financiamento das atividades; • contratação de médicos;• execução de protocolos clínicos; • gestão da atenção; e

• gestão de equipamentos.

40,3% dos respondentes

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Resultados Problemas

Avalie as afirmativas abaixo sobre os problemas em relação aos hospitais de até 50 leitos, segundo o grau de importância

Problemas

MUITO IMPORTANTE (%)

Brasil N NE SE S CO

Os recursos existem, mas estão mal distribuídos entre as regiões 61,2 60 63,3 72,7 52,4 53,3Os recursos são insuficientes e estão mal distribuídos entre as regiões 87,5 100 90,3 86,4 76,2 86,7Existe organização da assistência, mas os recursos são insuficientes 82,7 93,3 96,8 72,7 66,7 80

Existem organização e recursos, mas a política regional impede implementação de políticas específicas 69,2 60 71 72,7 61,9 80

Não existe clareza sobre o papel desses hospitais por parte do Estado 79,6 86,7 74,2 86,4 75 80Os gestores municipais não conseguem definir o papel desses hospitais 62,1 73,3 54,8 68,2 60 60

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Resultados Problemas

Avalie as afirmativas abaixo sobre os problemas em relação aos hospitais de até 50 leitos, segundo o grau de importância

ProblemasMUITO IMPORTANTE (%)

Brasil N NE SE S COOs recursos existem, mas estão mal distribuídos entre as regiões 61,2 60 63,3 72,7 52,4 53,3

Os recursos são insuficientes e estão mal distribuídos entre as regiões 87,5 100 90,3 86,4 76,2 86,7

Existe organização da assistência, mas os recursos são insuficientes 82,7 93,3 96,8 72,7 66,7 80

Existem organização e recursos, mas a política regional impede implementação de políticas específicas 69,2 60 71 72,7 61,9 80

Não existe clareza sobre o papel desses hospitais por parte do Estado 79,6 86,7 74,2 86,4 75 80

Os gestores municipais não conseguem definir o papel desses hospitais 62,1 73,3 54,8 68,2 60 60

Existem impedimentos orçamentários e contratuais para os gestores estaduais e municipais 89,4 100 87,1 86,4 85,7 93,3

As regiões não conseguem se organizar adequadamente (dificuldade na pactuação) 71,6 78,6 64,5 77,3 66,7 78,6

Não existe priorização no nível federal para esse segmento 85,6 86,7 87,1 90,9 81 80

Ao priorizar as UPAs, esses hospitais perderam seu papel na atenção 70,5 80 82,1 66,7 50 69,2

Não existe uma definição clara do papel dos hospitais de até 50 leitos junto à atenção básica 71,8 64,3 74,2 86,4 66,7 60

Falta de articulação desses hospitais com a Atenção Básica 76 60 77,4 90,9 61,9 86,7

A Portaria 1044/2004 não foi implantada no Estado 61,3 55,6 68 52,6 50 80

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Resultados Levando em consideração escala e modelos assistenciais, os Hospitais com até 50 leitos deveriam existir?

  Sim, deveriam Não deveriam

  n % n %

Norte 14 93,3 1 6,7

Nordeste 31 100 0 0

Sudeste 21 95,5 1 4,5

Sul 18 85,7 3 14,3

Centro-Oeste 15 100 0 0

Brasil 99 95,2 5 4,8

Dos 05 municípios que responderam negativamente, dois justificaram: • Transformar em pronto atendimento ou outro modelo. • Porque não tem resolutividade real junto a atenção como um todo.

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Estação de Pesquisa de Sinais de MercadoObservatório de Recursos Humanos em Saúde do NESCON/ FM / UFMG

http://epsm.nescon.medicina.ufmg.br/

Obrigada!

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