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SECÇÃO ASSUNTOS DO MAR PESCAS

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Page 1: PESCAS - Partido Social Democrata · dos produtos da pesca, bem como da aplicação do acervo comunitário, o choque dessas políticas ... Opta-se por tratar, por outro lado, as questões

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SECÇÃO ASSUNTOSDO MAR

PESCAS

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ÍNDICE

1. Enquadramento .....................................................................................................................................................................................

2. Principais instrumentos jurídicos ...............................................................................................................................................

3. Outros instrumentos internacionais .........................................................................................................................................

4. Realidade europeia e nacional ....................................................................................................................................................

5. Evolução internacional recente ..................................................................................................................................................

6. Sustentabilidade, biodiversidade e proteção dos recursos marinhos .............................................................

7. “Portugal e o Mar” .................................................................................................................................................................................

8. Perspetivas futuras ...............................................................................................................................................................................

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As atividades tradicionais relacionadas com o mar – aqui consideradas como a pesca e aquacultura –

em Portugal sofreram ao longo das últimas décadas profundas alterações. Desde logo no tempo que

mediou desde o 25 de abril até à adesão de Portugal à CEE, em 1986, registaram-se adaptações de

governação institucional e a reconversão estrutural do setor mereceu soluções incompletas.

Importa assinalar nesse sentido, a alteração de perfil da economia portuguesa e os efeitos de nature-

za económica e social que se registaram sendo que, após a entrada na CEE, por força da adoção da

política comum de pescas, seja por eliminação de direitos aduaneiros, do principio de livre circulação

dos produtos da pesca, bem como da aplicação do acervo comunitário, o choque dessas políticas

foi de muito difícil absorção por um tecido empresarial incipiente, cuja fileira revelava deficiente arti-

culação entre a produção, a indústria transformadora e a comercialização. Os agentes económicos,

por seu lado, resistiram muitas vezes a alterações de natureza qualitativa e, em face disso, não foram

incomuns os casos em que se multiplicaram abates de frota e a venda de embarcações a capitais

estrangeiros, tendência que se verificou com particular enfoque nos palangreiros na pesca de ar-

rasto do atlântico sul, mas também teve incidência na pesca costeira. Desse modo, registou-se uma

acentuada quebra na produção pesqueira, claramente em contraciclo com o reforço significativo da

economia Portuguesa que registou nesse período progressos muito significativos.

Por outro lado, o exponencial crescimento turístico colaborou no abandono da atividade, a par da

persistência de práticas de fuga à lota e da quebra de preços da primeira venda, assim como das

regras que impunham a redução do esforço de pesca. Além disso, as ajudas à paragem provisória

de embarcações, a modernização e o abate de navios, bem como os casos de incentivos aos arma-

dores a procurarem pesqueiros alternativos conduziu a uma contração desregulada que penalizou o

setor. A desenfreada corrida aos fundos comunitários – que se deviam ter concentrado em resolver

problemas estruturais das pescas portuguesas, que se tinham acumulado – acabou por precipitar

uma correção da frota, por ventura maior do que aquela que seria necessária. Dito isto, não se pode

perder de vista que os programas de restruturação foram essenciais para promover um caminho

de desenvolvimento tecnológico da frota e da sua adequação aos recursos disponíveis. Não seria,

provavelmente, possível manter a frota intacta, pois a inovação tecnológica imprimiu uma dimensão

predatória às embarcações que não permitiria assegurar a manutenção de stocks saudáveis. Importa

sublinhar a este respeito que o mar português usufrui de grande diversidade, não apenas nas espé-

cies capturadas – embora muitas delas não tenham significativo valor económico - na diversidade das

artes e marcada por um elevado consumo no mercado interno de quase sessenta quilos por habitan-

te, sendo que a produção nacional não consegue atingir um terço desse volume. A par deste retrato,

foi necessário estabelecer planos de gestão de stock, muitas vezes discutidos e submetidos à apre-

ciação de Bruxelas, os quais não poderiam deixar de ter relevantes impactos sociais, sobretudo em

zonas costeiras, especializadas em pescaria pouco diversificada e nas quais a pesca se afirma como

o sustentáculo da vivência dessas comunidades. O exemplo mais notório, e por ventura mediatica-

Enquadramento1.

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mente de maior relevo, foram as impressionantes quebras nos stocks de sardinha que num espaço

de 20 anos retraíram-se em mais de 500%, pondo em causa toda a pesca do cerco. Além do mais, os

acordos com Marrocos e com outros países também tiveram impactos na frota industrial, reduzindo-

-a, fazendo cair o número de pescadores e redefinindo o sector, muitas vezes pouco integrado, sem

lógica empresarial ou cooperativa e exposto a insuficiente formação e reforço das condições de com-

petitividade. Esta é ainda uma questão candente, a qual tem sido adiada por recurso a subsídios por

paragem de atividade – muitas vezes por recurso a fundos comunitários – e menos com a valorização

de outras espécies, desiderato fundamental que convoca uma política de promoção e reeducação

dos consumidores que regista frágeis traços de empenho.

A aquacultura tem emergido como uma solução complementar – embora sofrendo alguma estagna-

ção durante décadas e vítima das condições de mar da costa atlântica – a qual tem maior expressão

no algarve e na Madeira, também limitada por um quadro regulatório incompleto, burocratizado, que

levanta dúvidas e muitas vezes faz retrair investidores. Além do mais, nas soluções off-shore, a costa

ocidental é muito batida o que causa dificuldades acrescidas para que se assegure um sólido desen-

volvimento da actividade. Tem-se registado, porém, ainda no caso dos off-shore, culturas de ostra,

entre outras, que face aos nutrientes do mar português são casos de crescimento de maior rapidez e

maior rentabilidade, atraindo, por isso, investidores.

Todavia, o quadro jurídico não se adapta ao ritmo necessário. Se é verdade que, através de largo con-

senso, foi possível assegurar a feitura da lei de Bases de Ordenamento e Gestão do Espaço Marítimo

– cuja principal missão seria a de desburocratizar, dar segurança jurídica e disciplinar o uso dos espa-

ços segundo as suas vocações – o facto é os plano de situação, alicerce de todo este edifício, ainda

não estão em vigor, persistindo a discricionariedade que afasta o aproveitamento deste potencial e

surge como um estorvo para que se mobilizem recursos para a área. Em comparação com outras

países, Portugal está atrasado na aquicultura, sendo necessário – como noutras actividades relacio-

nadas com o mar – estabelecer esta área como prioridade política, entendendo-a como o saudável

aproveitamento de recursos endógenos que se encontram à nossa disposição, diminuindo o défice

da balança comercial e procurando alternativas de matéria- prima e de inovação de produto para a

essencial preservação da indústria conserveira, a qual, ao longo dos anos, soube progredir, não obs-

tante as dificuldades assinaladas.

Embarcações de pesca – com e sem motor

Estabelecimentos de aquicultura

Peixe capturado PescadoresReceitas da venda em lota

1980 19326 2004 1481 1973 375413t 1982 47529 1994 394940

2018 7855 2017 1532 2017 128348t 2018 16154 2019 291715

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Principais espécies de peixe capturado – por categorias:

i) Água doce e salobra – Sável e Lampreia num total de 169 toneladas. Número que baixou em

comparação com o ano passado, mas tem vindo a aumentar desde 2002.

ii) Peixes Marinhos – Principalmente Cavala seguida do Carapau num total de 107.996 toneladas.

Nota para o decréscimo constante da pesca da Sardinha.

iii) Crustáceos – Gamba e Caranguejo lideram num total de 1.393 toneladas, maior número desde

2013.

iv) Moluscos – Berbigão e Polvo. Total 18.707 toneladas – número que se tem vindo a manter re-

lativamente constante.

Peixe produzido em aquicultura:

i) Truta – total 698 toneladas – tem vindo a diminuir.

ii) Pregado e Dourada – total 4708 – com oscilações acaba por estar na média dos últimos anos.

iii) Ameijoa – total 7093 – tem vindo a aumentar bastante.

Total: 21 toneladas, produção quase insignificante

Nota: O número total de peixe produzido em aquicultura tem vindo a aumentar desde 2004,

atingindo o valor mais alto em 2017, quase duplicando o valor inicial.

Receitas da venda em lota:

Apesar de ter subido consideravelmente no último ano e de ter vindo a subir ininterruptamente desde

2015, a verdade é que, os valores, expressos em milhares de euros têm permanecido sem grandes

oscilações desde 1998.

A principal espécie vendida em lota é a dos peixes marinhos, destacando-se a Sardinha e o Carapau.

A venda de moluscos também assume relevância sobressaindo o Polvo.

Quanto às receitas do peixe de aquicultura, o valor tem vindo a aumentar desde 2004 atingindo o valor

mais alto em 2017 com 83.151, valor expresso em milhares de euros e onde se destacam nos peixes

marinhos o pregado, e nos crustáceos a ameijoa.

Opta-se por tratar, por outro lado, as questões relacionadas com a naútica de recreio, as quais, por

força do crescimento que se tem verificado, e também pela estratégica posição do país, podem cons-

tituir-se não apenas como uma força motriz de criação de riqueza, mas de recriação da relação dos

portugueses com o mar. Trata-se dum mercado que regista crescimentos significativos e que, em

Portugal, tem cerca de 10000 postos de amarração. Deve ser assinalado, todavia, que, em razão da

insuficiência de resposta de outros países e dos estimados efeitos diretos e indiretos na criação de

emprego por posto de amarração, urge, até no recente quadro de descentralização de competências,

ponderar a abertura de concessões de marinas, portos de recreio e de abrigo, revitalizando áreas de-

gradadas, reconvertendo edílicos sem função portuária atribuída e maximizando os sectores conexos.

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1. Aumento da competitividade e sustentabilidade dos sectores tradicionais, com prioridade para a

pesca costeira e artesanal, e para a modernização dos equipamentos - como resulta da posição

recentemente aprovada pelo Parlamento Europeu para o FEAMP (Fundo Europeu dos Assuntos

Marítimos e das Pescas).

2. Ordenamento do espaço marítimo salvaguardando as áreas de maior potencial piscatório, bem

como o desenvolvimento tecnológico que promova a aceleração da aquicultura off-shore, cui-

dando, todavia, que tal não se faça por recurso a espécies de crescimento rápido e potencial-

mente invasivas que perturbem o ecossistema.

3. Casar os aspetos sociais ligados à política das pescas, com os de vocação ambiental e econó-

mica, assente no reforço do incremento das competências dos pescadores e a diversificação do

seu rendimento através de atividades complementares, bem como a responsabilidade coletiva

pela preservação e sustentabilidade dos recursos e do meio ambiente aquático.

4. Reforçar a náutica de recreio, tornando-o um pilar de ligação com mar e crescimento económico

Objectivos2.

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• Identificação de pesqueiros de forma a melhorar a seletividade das artes de pesca e gerir as cap-

turas.

• Fomentar a instalação de unidades de aquicultura verticalmente integradas e de apoio ao repo-

voamento, sobretudo de espécies mais ameaçadas.

• Fomentar a existência de estruturas de transformação do pescado atlântico, identificando solu-

ções de economia de escala para o setor.

• Criar um sistema de certificação de qualidade dos produtos.

• Revisitar o regime de primeira venda em lota, de modo a procurar assegurar uma melhor redistri-

buição dos proventos da actividade;

• Promoção da colocação de recifes artificiais protegidos, os quais funcionem como santuários ma-

rinhos e garantam o crescimento da biomassa;

• Diversificação das espécies e valorização das mesmas;

• Reforçar as ações de fiscalização;

• Rever o Acordo de pescas Portugal – Espanha, no sentido de atribuir licenças a embarcações com

menor pegada ambiental;

• Elaborar um plano estratégico com vista a criar uma cadeia de apoios necessários à navegação de

recreio – portos de escala, de estadia e de hibernação – potenciando as infraestruturas existentes

e identificando novos locais, possíveis fontes de financiamento e potenciais investidores e, ainda,

promovendo a integração destes espaços na envolvente urbana existente.

• Reforçar o papel de Portugal nas rotas de cruzeiros, quer através do aumento da componente

porto de partida/chegada, quer através da criação de produtos turísticos que associem às viagens

de cruzeiro atividades complementares que permitam aumentar tempos de estadia em terra. –

Articulação com a TAP e com companhias aéreas low cost para cruzeiros de pequena e média

dimensão.

• Reforçar os cruzeiros de curto e media duração, não apenas nos portos, mas também em rios e

estuários, recorrendo ao regime de licenças e concessões para o efeito;

• Estabelecer um plano de dragagens e procurar que o mesmo recorra às mais evoluídas tecnolo-

gias para não gerar microplásticos que venham a ser depositados no mar;

• Navegabilidade de rios e estuários de qual são exemplo o arade, o tejo e guadiana, de modo a

poder rentabilizar a náutica de recreio nessas localizações privilegiadas, bem como cruzeiros de

curta dimensão;

Medidas a discutir3.

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• Instalação de rampas para permitir aos utentes da naútica de recreio colocar e retirar os barcos da

água;

• Aperfeiçoar o regime de cartas de marinheiro de modo a salvaguardar a segurança, preocupação

que foi secundarizada em alteração recente;.

• Avaliar a capacidade de carga – canalizando a produção científica das universidades - de estuá-

rios, rias e rios de modo a assegurar a compatibilidade da exploração económica com a preserva-

ção ambiental, designadamente criando mecanismos para a adoção de embarcações movidas a

fontes de energia alternativa, bem como, coordenar este processo com o reforço e especialização

da construção e reparação naval de pequena média dimensão.

Assegurar a conclusão de projetos que já foram previstos, constantes na Estratégia Nacional para o

Mar, mas não foram concluídos, alguns nem iniciados, designadamente:

Projeto | Clubes de Mar Fase: Planeamento

Objetivos:

1. Apoiar o desenvolvimento dos clubes náuticos.

2. Contribuir para a educação dos jovens e a sua formação, através de atividades escolares liga-

das à náutica (Classes de Mar).

3. Apoiar, através das atividades náuticas, iniciativas que visam sensibilizar a população para os

temas ligados ao Mar.

4. Familiarizar os jovens com a prática da vela oceânica.

5. Implementar uma monitorização do ambiente marinho e da biodiversidade suportada em ati-

vidades dos jovens e do seu contacto com o Mar.

Tarefas:

1. Desenvolver programas de treino e formação de voluntários para apoio à promoção de ativi-

dades que incentivam o contacto com o Mar.

2. Democratizar o acesso ao Mar.

3. Apetrechar os clubes de desportos náuticos/grupos de voluntários com instrumentos para

promover oportunidades e projetos de carreira junto dos jovens.

4. Incentivar a prática dos desportos náuticos junto da população que habita em zonas desfavo-

recidas.

5. Desenvolver programas de intercâmbio entre clubes náuticos e estabelecimentos de ensino

para participação em competições desportivas e atividades marítimo-culturais.

6. Implementação de ciclos/campanhas de sensibilização para a náutica e para as profissões

ligadas ao Mar.

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7. Promover a supervisão da manobra e gestão da monitorização ambiental e da biodiversidade,

a bordo, em parceria com universidades e organizações ambientalistas.

8. Colocar o turismo acessível como uma das marcas do acesso ao mar português, em parceria

com as autarquias;

9. Valorizar o património submerso, de modo a favorecer actividades de mergulho, as quais po-

dem ser muito atrativas e economicamente rentáveis.

Projeto | Polos do Mar: Componente NáuticaFase: Planeamento

Objetivos:

1. Criar uma rede nacional de polos de mar, com componentes náuticas, permitindo tirar partido

das sinergias regionais e locais e promover a coesão territorial e a qualidade da oferta e desta

forma fortalecer a imagem nacional ligada à náutica e a todas as atividades que esta envolve

(ex. serviços, investigação e formação).

2. Criar uma rede de centros de atividades náuticas, de excelência em termos de infra-estruturas,

energia e qualidade ambiental, multiuso, e com capacidade e qualidade para receção de todo

o tipo de público, incluindo adaptação para utilização por público com mobilidade condiciona-

da (Centros Atlânticos de Atividades Náuticas).

3. Promover as futuras motorizações nos centros náuticos e nas marinas; supervisão das ativida-

des, passeios-natureza, descoberta do ambiente marinho, e aluguer.

Tarefas:

1. Promover os desportos ligados ao mar como elemento diferenciador da oferta turística.

2. Criar as condições para o melhor aproveitamento do mar e zona costeira, apostando na quali-

dade e diversidade da oferta dos produtos e criar complementaridade com outros setores, de-

signadamente a componente da formação e investigação, permitindo fortalecer a economia e

a oferta turística associada ao Mar e à náutica.

3. Identificar os locais, à escala nacional, com melhor aptidão para a localização de componentes

náuticas dos polos de mar.

4. Identificar as especificidades regionais e as sinergias e complementaridades funcionais e te-

máticas a estabelecer ao nível da rede de polos de mar.

5. Apoiar a inovação (novas portas de entrada por mar e melhoria das acessibilidades).

6. Constituir uma gama de produtos de alta-qualidade com a etiqueta Portugal-Náutico/Atlânti-

co-Náutico.

7. Criação de Guias de Turismo Náutico contendo roteiros nas vertentes natureza e cultura (por

Regiões).

8. Desenvolver redes marinas e assegurar a sua coordenação multinacional.

9. Implementação de novas infra-estruturas, ou reabilitação de estruturas existentes.

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Projeto | Embarcações tradicionaisFase: Planeamento

Objetivos:

1. Reconhecimento do interesse nacional e regional das embarcações tradicionais como teste-

munho das vivências das comunidades ribeirinhas e parte da identidade nacional marítima.

2. Criação de condições para a promoção das profissões ligadas à construção naval e de novas

oportunidades para os jovens, num quadro de promoção da coesão social.

Tarefas:

1. Conceptualização do projeto-piloto, definição da incidência geográfica e identificação dos par-

ceiros e principais beneficiários do projeto. Preparação de um acordo envolvendo a Adminis-

tração do Porto de Lisboa (APL), DGPM, Câmara Municipal de Lisboa (CML), e os restantes

municípios do Estuário do Tejo mais representativos, a Associação de Turismo de Lisboa (ATL)

o Turismo de Portugal, e representante das embarcações tradicionais do Tejo.

2. Enquadramento administrativo e legislativo das embarcações tradicionais atenta ao quadro

legal em vigor e a possibilidade da sua utilização na atividade marítimo-turística. Identificação

dos constrangimentos e oportunidades, apresentação de uma proposta de alteração dos ins-

trumentos legais em vigor. Criação de um grupo de trabalho para apresentação de uma pro-

posta, envolvendo representantes dos proprietários das embarcações tradicionais.

3. Criação de Rotas e Guias de Apoio para os percursos promovendo a vivência e o contacto

com os valores ambientais e culturais e das populações ribeirinhas, recriando as dinâmicas e a

ligação entre margens e entre o meio rural e urbano num quadro atual. Promoção do turismo

natureza e do turismo náutico. Criação de uma proposta para a área abrangida pelo projeto

piloto (Tejo).

4. Estender o projeto a outras zonas do país.

Projeto | Cadeia de Valor dos Recursos Vivos MarinhosFase: Planeamento

Objetivos:

1. Desenvolver atividades de investigação e de inovação tecnológica no âmbito do apoio à fileira

da pesca e aquicultura, numa perspetiva de qualificação dos produtos de origem marinha.

Desenvolvimento: Pretende-se dar continuidade à obtenção de bases científicas de aconse-

lhamento, colaborar na preparação de normas e regulamentos, disponibilizar, transferir conhe-

cimento para as empresas e para a sociedade e contribuir para uma produção e consumo mais

responsáveis.

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Projeto | MacroalgasFase: Previsto

Objetivos:

1. Avaliar os recursos de macroalgas da costa portuguesa.

2. Implementar o programa de monitorização dos recursos de macroalgas.

3. Avaliar quais as espécies mais interessantes para a sua produção em aquicultura.

Tarefas:

1. Fazer um levantamento dos recursos macroalgais da costa portuguesa.

2. Fazer uma quantificação da produtividade anual das principais espécies com valor comercial

atual e potencial.

3. Fazer um levantamento das principais fases de vida: crescimento, reprodução, morte para es-

sas espécies para determinar melhores épocas de colheita.

4. Determinar programa de monitorização dos recursos macroalgais identificados.

5. Fazer levantamento dos métodos e práticas de colheita já utilizados e das suas vantagens e

inconvenientes.

6. Fazer um levantamento das limitações para a expansão das espécies mais interessantes e

possibilidade de produção pela aquicultura.

Resultados esperados:

1. Mapeamento e quantificação da biomassa dos povoamentos das principais algas com uso

potencial como recurso.

2. Quantificação da produtividade anual por espécies.

3. Determinação das melhores épocas para apanha.

4. Determinação das melhores técnicas e artes para a apanha sustentável de cada espécie.

5. Determinação de indicadores de abundância para cada espécie e plano de monitorização.

Tarefas:

1. Avaliar os benefícios e riscos do consumo de pescado e impacto na saúde pública.

2. Ampliar a informação nutricional sobre os produtos da pesca e aquicultura mais consumidos,

avaliação dos principais perigos biológicos e químicos, no contexto da qualidade.

3. Realizar estudos sobre a bioacessibilidade de alguns nutrientes existentes em produtos da

pesca e aquacultura, como os ácidos gordos do tipo ómega 3, em cru e após tratamento culi-

nário, com recurso a modelos de digestão de modo a avaliar a qualidade destes produtos.

4. Garantir a qualidade e higiene alimentar de produtos da pesca e aquicultura, incluindo crustá-

ceos, moluscos bivalves e gastrópodes.

5. Desenvolver novas tecnologias de processamento de moluscos bivalves e crustáceos.

6. Aplicar novas ferramentas no controlo da rastreabilidade e da rotulagem genética do pescado.

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6. Primeiro modelo de capacidade de expansão da produção de espécies de interesse por meio

de cultivo no mar.

Projeto | Seletividade da Pesca e Minimização de Capturasacessórias e de RejeiçõesFase: Previsto

Objetivos:

1. Minimização das capturas acessórias e as rejeições com reforço da importância da compo-

nente tecnológica no que respeita à seletividade para uma gestão integrada e sustentável dos

stocks de pesca.

Tarefas:

1. Estudo da seletividade de redes de arrasto, redes de emalhar e tresmalhos.

2. Desenvolvimento e teste, a bordo dos navios de investigação do IPIMA e de arrastões da pesca

comercial, de diversos tipos de mecanismos (Bycatch Reduction Devices – BRDs) que promo-

vem o escape das capturas acessórias, na pesca de arrasto para crustáceos e peixes, assegu-

rando a sobrevivência dos indivíduos que escapam.

3. Avaliação da sobrevivência do lagostim que escapa das redes regulamentares versus redes

com alterações.

Resultados esperados:

1. Promoção de uma pesca mais sustentável e redução das capturas acessórias;

2. Melhoria na gestão dos stocks de pesca.

Projeto | Eficiência EnergéticaFase: Previsto

Objetivos:

1. Definição de novas estratégias operacionais e de opções técnicas visando redução do consu-

mo de combustível a bordo de arrastões costeiros.

Tarefas:

1. Participação ativa de amadores da pesca costeira do arrasto em estratégias de otimização do

consumo de energia em arrastões portugueses.

2. Testes experimentais a bordo de vários arrastões costeiros e testes com modelos reduzidos

de redes de arrasto em canal de ensaios (canal de Boulogne-sur-Mer, (IFREMER) tendo como

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objetivo melhorar o desempenho das artes de pesca e minimizar o consumo de combustível

nas diferentes fases operacionais que surgem no decurso da viagem de um arrastão costeiro.

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