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Personagens ilustres Portuguesas Turma de 12º ano do Curso de Língua e Cultura Portuguesas Zurich 2010/2011

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trabalho alunos 12.

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Page 1: Personagens ilustres portuguesas

Personagens ilustres Portuguesas

Turma de 12º ano do Curso de Língua e Cultura Portuguesas

Zurich

2010/2011

Page 2: Personagens ilustres portuguesas

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José Saramago / Patrícia Almeida

Paula Rego / Daniel Gonçalves

António Feio / Tânia Soares

Álvaro Siza Vieira / Vera Santos

Graça Morais / Filipa Costa

Mª João Pires / Rita Valente

Nelson Évora / Diana Pereira

01/

02/

03/

04/

05/

06/

07/

08/

Amália Rodrigues / Jessica Esteves

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01/ Amália Rodrigues / Jessica Esteves

Amália da Piedade Rodrigues nasceu no dia 23 de julho de 1920 em Lisboa, no bairro da Pena. Ela foi a quinta de nove filhos de uma família de poucas riquezas. Com a idade de um ano Amália foi deixada ao cargo dos avós. Desde pequenina adorava cantar quando ia vender a fruta no mercado. As pessoas ficavam encantadas com a voz que ela tinha. Ela cantava-lhes de heróis, amor e deus. Foi neste tempo que Portugal passava por tempos difíceis, o tempo da ditadura de Salazar. Era um país com muita pobreza e isolamento. No meio de tanta miséria parecia nascer uma flor que iria representar o seu país em todo o mundo.No ano 1938, teve a sua primeira atuação em público, onde conheceu o seu primeiro marido, com quem se casou em 1940.

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A sua primeira atuação fora de Portugal foi no ano 1943 em Madrid. A partir de essa data o Fado que ela cantava com a sua voz encantadora sentiu-se até ao outro lado do Atlântico. Seguiram atuações no Brasil, num dos mais famosos casinos. Atuou em vários filmes e programas televisivos na Broadway.No ano 1956 teve a oportunidade de atuar num dos palcos mais desejados do mundo: no Olympia em Paris. Amália tinha chegado ao ponto mais alto da sua carreira. Ao lado de Edith Piaf, Eddie Fisher e em Hollywood, todo o mundo conhecia e adorava a Fadista. No ano 1961 casou com o brasileiro César Seabra e com ele passou um tempo no Brasil. Três anos mais tarde, Amália interpretou versos de Luís de Camões, o mais conhecido poeta da literatura portuguesa.Nos anos seguintes recebeu prémios como o MIDEM em Cannes, a condecoração “Isabel la Católica”, a condecoração de Infante D. Henrique e muitos outros em França e Itália.Atuou em palcos da África do Sul, Angola, Argélia, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Congo, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Israel, Inglaterra, Japão, Líbano, México,Moçambique, Suécia, Suíça, Tunísia, Roménia, Venezuela e muitos outros.Durante uma visita em Nova Iorque no ano 1984 diagnosticaram um tumor na Fadista.Amália disse: “Já morri por tantas vezes, talvez nem vou dar conta quando ela bater a minha porta”E assim foi. Na manhã do dia 6 de Outubro de 1999 encontram a Fadista morta na sua cama. O primeiro Ministro António Guterres declara 3 dias de luto nacional. Está enterrada no Pantéon Nacional de Lisboa. Se o fado é dor, é melodia, é poema, é amor, é vida, é fatalismo, é luz, é de pensar que Amália sentiu na sua alma algo que nunca poderá dizer.

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José Saramago / Patrícia Almeida02/

Nossa maior tragédia é não saber o que fazer com a vida.

O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas.

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José de Sousa Saramago conhecido como escritor com sucesso, dramaturgo e poeta nasceu em 1924 e faleceu no ano de 2010.

Grande parte da sua vida passou em Lisboa e demonstrou já cedo interesse pelos estudos e pela cultura. Formou-se numa escola técnica e começou por trabalhar de serralheiro mecânico. O seu interesse pela literatura disfrutava com muitas visitas à Biblioteca. Aos 25 anos publicou o seu primeiro romance. Daí continuou com muitos outros livros. Saramago escreveu principalmente romances mas também contos, poemas e teatro. Durante a ditadura construiu algumas escritas contra o regime - ” Há sempre um zarolho ou um esperto que nos governa.”

Viu sempre as coisas com um olhar crítico e sempre teve a coragem de apresentar a sua opinião. Saramago muitas das vezes é conhecido pelo Pensador. Faz parte dos grandes escritores e foi galardoado com o Nobel de Literatura em 1998.

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António Feio / Tânia Soares03/

Nasceu no dia 6 de Dezembro de 1954 em Lourenço Marques, Moçambique e morreu no dia 29 de Julho 2010 em Lisboa. António foi um actor e encenador português.Viveu em Moçambique até aos sete anos, depois instalou-se com a família em Lisboa. Começou com onze anos a fazer teatro, com a peça de Miguel Torga, O Mar. Ele chegou cedo à televisão e ao cinema, participando ainda em folhetins na rádio.Em 1969 voltou a Moçambique, retirou-se dos palcos e começou a trabalhar como desenhador num atelier de arquitectos.

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Em 1974 está de novo no Teatro Experimental de Cascais de onde sai para formar, com Fernando Gomes, o Teatro Aquarius.Em 1993 inicia um trabalho em conjunto com José Pedro Gomes que durou até ao fim da sua vida.Começou a dirigir cursos de formação de actores no Centro Cultural de Benfica e formou com vários alunos alguns grupos: O Esquerda Baixa e o Pano de Ferro, e com eles faz alguns espectáculos.Em março 2009 António Feio fez alguns exames médicos e foi-lhe diagnosticado cancro do pâncreas. Nesse momento, António tinha apenas 54 anos. Seis meses depois morreu sua irmã por não resistir a uma doença, a mesma doença de que o actor padecia.António é pai de 4 filhos de duas relações diferentes. A filha mais velha Bárbara e Catarina são fruto da relação com a jornalista Lurdes Feio, Sara e Filipe do relacionamento com Cláudia Cadima.Depois de um ano complicado, António não podia estar mais contente com a chegado do seu primeiro neto. A filha mais velha do actor estava grávida. Foi o próprio artista quem divulgou a notícia através da rede social Facebook.No dia 29 de Julho 2010 morreu à noite no Hospital da Luz, em Lisboa. Seus amigos acham injusto que lhe tenha sido tirada a possibilidade de fazer o que ele fazia tão bem, que era dirigir pessoas, encenar peças e entrar nelas e fazer isso tudo com um grande sentido de humor. Também acham que a morte do actor foi cedo demais e que era um tipo muito activo e que pôs tanta gente a fazer coisas tão boas.A emoção marcou o funeral do actor. Realizou-se no cemitério dos Olivais. À saída do corpo do Palácio Galveias, amigos, familiares e desconhecidos homenagearam António Feio com um intenso e prolongado aplauso. O seu corpo foi cremado após uma cerimónia íntima e privada.

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Álvaro Siza Vieira / Vera Santos04/

Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira, nascido em Matosinhos no dia 25 de junho de 1933, internacionalmente conhecido por Siza Vieira, é o mais premiado arquiteto contemporâneo português.Siza Vieira estudou, entre 1949 e 1955, na Escola Superior de Belas Artes do Porto. Marcado pelas obras dos arquitetos Adolf Loos, Frank Lloyd Wright e Alvar Aalto, cedo ele conseguiu desenvolver a sua própria linguagem, embebida na forte tradição construtiva portuguesa.Siza Vieira criou verdadeiros marcos na história da arquitetura portuguesa e internacional, influenciando muitas gerações de arquitetos. Vejam-se as Piscinas de Marés (imagem 2) , o Museu de Serralves, a igreja de Marco de Canaveses, ou o museu para a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, no Brasil, onde Álvaro Siza retorna a umas das suas mais fortes influências de linguagem arquitetónica, Le Corbusier. Nos Países Baixos, Siza Vieira dirigiu, de 1985 a 1989, o Plano de Recuperação da Zona 5 de Schilderswijk, em A Haia; em 1995, concluiu o projeto para os blocos 6-7-8 de Ceramique Terrein, em Maastricht. Siza foi ainda professor visitante na Escola Politécnica Federal de Lausana (Suíça), na Universidade de Pensilvânia (USA) e na Universidade Harvard (USA) . Foi agraciado pela Universidade Técnica de Lisboa com o grau de Honoris Causa em 2010. As suas obras encontram-se por todo o mundo, desde América à Ásia, passando por países como Portugal, Espanha, Países Baixos, Bélgica, Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, entre outros.

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Paula Rego / Daniel Gonçalves05/

Numa ida a Londres, conheceu o pintor Jean Dubuffet, que acaba por ser uma referência determinante na sua criação artística, usualmente definida como Arte Bruta. Ao longo da década de 1960 assina exposições colectivas em Inglaterra e, em 1966, entusiasma a crítica ao expor individualmente, na Galeria de Arte Moderna da então Escola de Belas-Artes de Lisboa.Na década de 1970, com a falência da empresa familiar, vende a quinta da Ericeira e radica-se em Londres. Torna-se bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian para fazer pesquisa sobre contos infantis. Após ter passado algum tempo na pesquisa, ela acaba por voltar para a pintura, mais livre e mais directa, retratando o mundo intimista e infantil, inspirado em dados reais ou imaginários, com figuras de um teatro de crianças de Victor Willing (o macaco, o leão e o urso), interpretando as histórias que Rego inventa. Em 1987, Paula Rego assina com a galeria Marlborough Fine Art, o passo que faltava para a divulgação internacional.

Paula Rego iniciou seus estudos no Colégio Integrado Monte Maior, em Carcavelos, seguindo para a St. Julian’s School (Londres), onde os professores cedo lhe reconheceram o talento para a pintura. Frequentou a Slade School of Fine Art onde conheceu o pintor Victor Willing, com quem se casou.Depois do casamento, Rego viveu na Ericeira.

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A morte do seu marido é assinalada em obras como O Cadete e a Irmã, A Partida, A Família ou A Dança. O convite da National Gallery, em 1990, vai ocupar um atelier no museu e pintar várias obras inspiradas na colecção. Desse período destaca-se Tempo – Passado e Presente.Em 1994, realiza a série de pinturas a pastel intitulada Mulher Cão, que marca o início de um novo ciclo de mulheres simbólicas. Impõe a sua consciência cívica em Aborto, numa crítica ao resultado do primeiro referendo a essa matéria, realizado em Portugal em 1997.Das distinções que recebeu, salienta o Prémio Celpa/Vieira da Silva de Consagração e o Grande Prémio Soquil. Em Junho de 2010 recebeu da Rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau Dama Oficial, pela sua contribuição para as artes. A par de Maria Helena Vieira da Silva, Paula Rego é a pintora Portuguesa mais aclamada a nível internacional, estando colocada entre os quatro maiores pintores vivos em Inglaterra.

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Graça Morais / Filipa Costa06/

Maria da Graça Pinto de Almeida Morais nasceu no dia 17 de Março de 1948 em Vieiro, Trás-os-Montes. A partir de 1966 frequentou a Escola Superior de Belas Artes e viajou muito, muito para encher os olhos de cores, de formas e de emoções. Licenciou-se em 1971 em pintura pela ESBAP.Casou-se com o pintor Jaime Silva no início dos anos 70, altura em que começou a leccionar pintura na escola de Artes Decorativas Soares dos Reis.

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Mudou-se por estes anos para Guimarães para ensinar Educação Visual, onde os “miúdos” lhe mostraram o fascínio do desenho infantil.Durante algum tempo expôs dentro e fora do país, período em que se destaca a exposição no Salon de la Jeune Peinture em Paris. Entre 1976 e 1978 viveu em Paris como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian.Pintou Os cães, Vieiro, Delmina ou Maria já no Vieiro, altura em que desenvolveu o seu interesse pelo mundo rural.Graça Morais encontra-se representanda nalgumas colecções públicas: Centro de Arte Moderna (Fundação Calouste Gulbenkian), Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu do Abade de Baçal e Fundação Casa de Serralves, entre outras, e em colecções particulares como a de Manuel de Brito e a de José Pedro Paço d’Arcos.Recebeu vários prémios e condecorações, destacando-se o prémio da Galeria 111 (1987), o prémio SOCTIP — Artista do Ano (1991) e a condecoração, atribuída pelo Presidente da República, da Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.A pintura de Graça Morais é sobretudo uma procura de exprimir o Portugal rural que marcou a sua infância e que sempre encarnaram os seus desejos e receios. De traço forte onde é visível o fascínio por Chagal, Graça Morais cria um mundo de contrastes onde o figurativo é tratado com cuidado e mestria. Na oralidade, a pintora descreve qualquer coisa, e depois avança. Conta histórias, as que se escondem por trás da comunidade dos seus quadros. O que se lhe vai descobrindo na voz, mansa e pausada, é retirado pela cor das tintas e pela luz fornecida directamente das coisas do mundo, logo devolvidas ao seu próprio corpo esculpido por desejos, intuições, voos e quedas. Por um enorme gosto pela existência.

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Mª João Pires / Rita Valente07/

Maria João Pires nasceu em Lisboa, no dia 23 de Julho de 1944 e é uma pianista portuguesa, actualmente a residir no Brasil.Muito cedo aprendeu a tocar piano: aos cinco anos deu o seu primeiro recital e aos sete tocou publicamente concertos de Mozart. Com nove anos recebeu o prémio da Juventude Musical Portuguesa. Entre 1953 e 1960 estudou com o Professor Campos Coelho no Conservatório de Lisboa. Fez estudos musicais na Alemanha, primeiro na Musikakademie em Munique com Rosl Schmid e depois em Hannover com Karl Engel.Maria João Pires torna-se reconhecida internacionalmente ao vencer o concurso internacional do bicentenário de Beethoven em 1970, que se realizou em Bruxelas.

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Fez na sua carreira numerosas digressões onde interpretou obras de Bach, Beethoven, Schumann, Schubert, Mozart, Brahms, Chopin e muitos outros compositores dos períodos clássicos e românticos. Maria João Pires foi convidada com regularidade pelas grandes orquestras mundiais para tocar nas melhores salas de concerto, apresentando-se regularmente na Europa, Canadá, Japão, Israel e nos Estados Unidos.É a fundadora e dirigente do Centro de Belgais para o Estudo das Artes, no concelho de Castelo Branco, de cariz pedagógico, cultural e social.Em 2006 a pianista mudou-se para o Brasil, por ter sofrido muito em Portugal devido ao seu projecto, o Centro de Belgais para o Estudo das Artes. No Brasil adquiriu uma casa nos arredores da cidade de Salvador, capital do estado da Bahia.

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Nelson Évora / Diana Pereira08/

Nelson Évora nasceu na Costa do Marfim no dia 20 de Abril de 1984. Seu pai é cabo-verdiano e sua mãe costa-marfinense. Nelson Évora acabou por ficar com nacionalidade cabo-verdiana. Seu pai queria dar uma boa educação aos seus filhos, por isso quando se reformou, trouxe-os para Portugal. Nessa altura Nelson Évora tinha apenas 5 anos.Em Portugal foram viver para Odivelas. Como o destino nos traz surpresas, foram morar para o mesmo apartamento de João Ganço, antigo recordista de salto em altura que foi o primeiro português a passar os 2 metros. David, filho mais velho de João Ganço, tornou-se melhor amigo de Nelson que era apenas 1 ano mais novo que ele.

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Vendo seu filho David a brincar com Nelson à porta do prédio, sugeriu que ele praticasse atletismo como o David. Assim, começou a carreira desportiva de Nelson Évora.Nelson conseguia resultados espectaculares no salto em altura - 1,98m. No salto em comprimento faz 6,46 metros e no triplo salto, salta 14,35 metros. Aos 15 anos sofreu uma grave lesão no joelho. Por causa dessa lesão ficou com medo do salto em altura, por isso dedicou-se aos saltos horizontais. Contudo, melhorava cada vez mais seus resultados. No salto em comprimento aproximava-se dos 7 metros e no triplo quase 15 metros.Aos 18 anos Nelson opta por se naturalizar português, porque a maior parte da sua vida foi passada em Portugal e sente-se mais português do que cabo-verdiano ou marfinense.Como júnior vai para o FC Porto e começa a escrever recordes nacionais portugueses.Aí se mostra como um atleta de futuro ao nível mundial.Em 2005 conquista no triplo-salto a medalha de bronze no campeonato da Europa em Erfurt na Alemanha. Um ano depois Nelson Évora bate o recorde nacional de Carlos Calado e fica algum tempo como líder mundial com a marca de 17,19 metros.Em Agosto de 2007, nos Mundiais de Osaka (Pequim), Nelson Évora torna-se campeão do Mundo de triplo salto com a marca de 17,74 metros e também recorde nacional.Em 2009 no Campeonato do Mundo no Brasil, Nelson ganhou pela primeira vez uma medalha de prata em competições internacionais.Com apenas 25 anos, Nelson Évora já atingiu os títulos mais importantes que há numa carreira de um atleta. E como o próprio atleta diz, quem pensa que ele vai ficar por aqui engana-se, porque “ o sonho continua…”