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OFÍCIO GS 184/2012 Secretaria da Mulher PERNAMBUCO GOVERNO DO ESTADO VCM REC 000034 Recife, 16 de abril de 2012 Exma Sra. JÔMORAES Presidenta da CPMI de Violência Contra a Mulher Assunto: Envio de Relatório referente aos trabalhos da Secretaria da Mulher para o Enfrentamento da Violência Contra a Mulher. Prezada Presidenta, Apresentando nossos cordiais cumprimentos, enviamos a V. Exa. O relatório referente aos trabalhos da Secretaria da Mulher para o Enfrentamento da Violência Contra a Mulher, para servir à CPMI dc Violência Contra a Mulher. Colocamo-nos à disposição para novos esclarecimentos que se fizerem necessária. Atenciosamente, Cais do Apolo. 222- 4° e SO andares - Bairro do Recife- RecifelPE - CEP: SO.030-90S [email protected] Fones: (081) 3183.29S0 - 3183.2990

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OFÍCIO GS N° 184/2012

Secretariada Mulher PERNAMBUCO

GOVERNO DO ESTADO

VCM REC

000034

Recife, 16 de abril de 2012

Exma Sra.JÔMORAESPresidenta da CPMI de Violência Contra a Mulher

Assunto: Envio de Relatório referente aos trabalhos da Secretaria da Mulher para o Enfrentamento daViolência Contra a Mulher.

Prezada Presidenta,

Apresentando nossos cordiais cumprimentos, enviamos a V. Exa. O relatório referente aostrabalhos da Secretaria da Mulher para o Enfrentamento da Violência Contra a Mulher, para servir à CPMI dcViolência Contra a Mulher.

Colocamo-nos à disposição para novos esclarecimentos que se fizerem necessária.

Atenciosamente,

Cais do Apolo. 222- 4° e SO andares - Bairro do Recife- RecifelPE - CEP: [email protected]: (081) 3183.29S0 - 3183.2990

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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCOSECRETARIA DA MULHER

RELATÓRIO PARA A COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DEINQUÉRITO - CPMI

Ementa: Relatório descritivo sobre as ações deenfrentamento à violência contra a mulher do Estadode Pernambuco para a CPMI criada peloRequerimento n° 4 de 2011 - CN. com finalidade deinvestigar a situação da violência contra a mulher noBrasil e apurar denúncias de omissão do poderpúblico com relação à aplicação de instrumentosinstituídos em lei para proteger as mulheres emsituação de violência.

Recife, abril de 2012.

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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCOSECRETARIA DA MULHER

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 03

2. BASES PARA AS POLíTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES 05

3. ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: UMA VERTENTEDA POLíTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA 07

4. PLANO ESTADUAL PARA PREVENIR, PUNIR E ERRADICAR A VIOLÊNCIACONTRA AS MULHERES 08

4.1 Acompanhando as Ações do Plano 094.1.1 A Prevenção 094.1.2 A Proteção 114.1.3 A Assistência 13

4.1.3.1 Assistência à saúde 134.1.4 A Punição 144.1.5 A Produção do Conhecimento 15

4.1.5.1 O Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero 15

5. ACESSO À JUSTiÇA 17

5.1 A Defensoria Pública Especializada 175.2 Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher dePernambuco 175.3 A Promotoria Especializada 18

6. RESUMO DAS ATIVIDADES E SERViÇOS DE APOIO ÀS MULHERES VíTIMAS DEViOLÊNCiA 19

7. INVESTIMENTOS REALIZADOS 20

8. DEMAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA SECMULHER 21

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 24

ANEXOS

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1. INTRODUÇÃO

o enfrentamento da violência contra as mulheres em Pernambuco começou nosprimeiros anos da década de 1980 com as denúncias e as exigências do movimentofeminista. Dirigindo-se aos governos de forma sistemática, as militantes clamaram,anos a fio, pela implementação de soluções para o gravíssimo problema de segurançadas mulheres e sugeriram a implantação de ações, normas, serviços especializados,bem como a criação do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e da SecretariaEstadual da Mulher.

Até o final de 2006, enquanto aumentavam os índices de femicídio1, os governos que

se sucederam mantiveram-se quase sempre alheios à questão, e aqueles poucos quequebraram o silêncio patriarcal o fizeram de forma pontual, sem gerar uma política deEstado.

Dessa feita, em resposta aos 20 e tantos anos de lutas feministas em Pernambuco,registramos, até aquela data, apenas a instalação de 04 (quatro) DelegaciasEspecializadas de Atendimento à Mulher (Deams), 02 (dois) Centros de Referência deAtendimento a Mulher Vítima de Violência2

, 01 (uma) Casa-Abrigo3, 05 (cinco)

organismos municipais de políticas para as mulheres4 e um serviço de saúdeespecializado em pronto-atendimento: o Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa.

A partir do ano de 2007, o atual Governo de Pernambuco passou a resgatar a imensadívida do Estado com as mulheres, investindo, também, na construção de uma redeespecializada de segurança, que a partir da articulação entre os poderes, passa aoferecer serviços nas áreas da prevenção, proteção, assistência, punição e geração deconhecimentos e do acesso à Justiça.

o quadro a seguir, referente à taxa de homicídio de mulheres por 100.000 habitantesem PE e posição do Estado entre as demais unidades da Federação, elaborado peloInstituto Sangari, ilustra os resultados já obtidos no campo da segurança das mulheresem Pernambuco, a partir dos investimentos realizados pelo Estado nos últimos cincoanos, conforme poderá ser avaliado das informações constantes deste relatório.

1 Femicfdio - termo utilizadoto para qualificar o assassinato de mulher justificado pelo gênero.

2 Centro de Referência Márcia Dangremon - OlindalPE e Centro de Referência Clarice Lispector - Recife/PE.

3 Casa-Abrigo Sempre Viva - Recife/PE. ---.~~

4 Recife, Olinda, Camaraglbe (desativado em 2007), Paulista e Moreno.

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2002 6,5 60 Luaar2003 6,4 60 Luaar2004 6,5 30 Luaar2005 6,5 4°Luaar2006 7,1 20 Luaar2007 6,5 50 LUQar2008 6,6 30 LUQar2009 6,8 50 LUQar2010 5,4 100 Lugar

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2. BASES PARA AS pOLíTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES

Em 2007, o governo de Eduardo Campos assumiu o enfrentamento da violência emPernambuco como questão prioritária de sua gestão e criou, em janeiro daquelemesmo ano, a Secretaria da Mulher (SecMulher), impulsionando-a a se debruçar sobreo diagnóstico do problema da violência contra as mulheres, bem como sobre oplanejamento de ações de enfrentamento. Ainda em fevereiro de 2007, foi lançada acampanha Violência contra a Mulher é Coisa de Outra Cultura e iniciada a pesquisasobre o atendimento às mulheres nas delegacias especializadas e de plantão noterritório estadual.

A criação da SecMulher, com a definição de sua missão específica de contribuir para aefetivação dos direitos das mulheres e a nomeação de uma feminista para coordenar apasta, sinalizaram para um novo momento das mulheres em Pernambuco. Nesseprimeiro ato, o Governo Estadual reconhecia, concretamente, as desigualdades degênero; garantia seu compromisso de interlocução direta com o movimento social; einstituía uma voz governamental especializada para tratar dessas desigualdades dentrodo aparelho do Estado, abrindo um caminho institucional para a implantação e ocontrole de ações e serviços especializados no atendimento às mulheres.

Instituída a Secmulher, foi então criado no seu regulamento (ANEXO 01), a DiretoriaGeral de Enfrentamento da Violência de Gênero (DGEVG), responsável'pelo serviço deatendimento às mulheres em situação de violência, através de seu Núcleo deAbrigamento. Com essa estrutura, a SecMulher atua de forma a proteger as mulheresem situação de violência doméstica e com risco de morte, realizando o abrigamentonas 06 (seis) casas-abrigo, implantadas e distribuídas no Estado. Oferece também,para aquelas mulheres que desejam reconstruir suas vidas longe do local ondeocorreram as situações de violência, as condições necessárias para a transferência dedomicílio para outros bairros, municípios, estados ou até mesmo países.

A segunda decisão foi a criação - com o Decreto do Governador n° 30.252, de 08 demarço de 2007 - da Comissão Permanente de Políticas Integradas para oEnfrentamento da Violência Doméstica e Sexista (ANEXO 02), vinculada à SecMulher,envolvendo todas as áreas do Executivo estadual afetas ao enfrentamento da violênciacontra as mulheres, além de representações do Judiciário, do Ministério Público, daDefensoria Pública, do Legislativo estadual e da Ordem dos Advogados do Brasil ­Secção de Pernambuco. Tratava-se de algo inédito: (i) valorização da própria questão,(H) mobilização de poderes e interpoderes, (iH) reconhecimento da competência de umórgão da área social para articular questões de segurança, e (iv) ser esse órgãodestinado a tratar das questões das mulheres.

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o terceiro passo foi a criação, no mesmo ano, da Comissão Paritária para Análise eReformulação da Lei do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, formada pormembros do Governo do Estado e da sociedade civil (ANEXO 03), para analisar edefinir os caminhos para implantação do Órgão.

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3. ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: UMA VERTENTEDA pOLíTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA

Em maio de 2007, o Governo implantou o Pacto pela Vida - Plano Estadual deSegurança Pública, com o objetivo de prevenir, reduzir e controlar a criminalidade. Asdiscussões que precederam à formalização do documento - Pacto pela Vida ­abriram espaço para as questões da violência contra as mulheres, instaurando-se,naquele processo, um importante ponto de interlocução entre o movimento demulheres, o Governo Estadual e os demais poderes ligados à questão da violência.

o primeiro resultado significativo do Pacto pela Vida para as mulheres foi, então, ainclusão da questão da violência doméstica e sexista como objeto da segurançapública (ANEXO 04), diferenciando o novo governo do formato patriarcal de tudo o quehavia precedido. Pernambuco passava a ter um plano e uma estrutura de planejamentode segurança pública, dotados de referências teóricas e práticas, para enfrentar, deforma articulada, os altíssimos níveis de violência urbana, institucional, rural, cultural ede gênero. Por sua visão integral da violência e pelo processo participativo que lhe deuforma, o Pacto pela Vida ocupa um lugar histórico no âmbito do planejamento e daação de segurança em Pernambuco.

Em suma, a partir da combinação de ações afirmativas - criação da SecMulher e deduas comissões específicas - com procedimentos de transversalização consistentes- integração do enfrentamento da violência doméstica e sexista contra as mulheres noPlano Estadual de Segurança Pública -, o Governo de Pernambuco definia os pilaresde uma política de Estado para enfrentar a violência contra as mulheres e garantir osseus direitos em todos os campos.

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4. PLANO ESTADUAL PARA PREVENIR, PUNIR E ERRADICAR A VIOLÊNCIACONTRA AS MULHERES

Desdobrando a linha do Pacto pela Vida voltada para o enfrentamento da violênciacontra as mulheres, a SecMulher elaborou, com a colaboração da ComissãoPermanente de Políticas Integradas para o Enfrentamento da Violência Doméstica eSexista, o Plano Estadual para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra asMulheres (ANEXO 05). O documento alinhou-se às determinações da recémsancionada Lei Maria da Penha, às diretrizes da 11 Conferência Estadual de Políticaspara as Mulheres e ao Pacto Nacional pelo Enfrentamento da Violência contra aMulher, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência daRepública (SPM/PR), merecendo destaque, ainda nesse contexto, o fato dePernambuco ter sido o primeiro estado da Federação a assinar o Pacto Nacional.

Como escreveu o governador Eduardo Campos em seu prefácio, o Plano Estadualpara Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra as Mulheres Ué um pensarestratégico que traz uma visão de Estado, e não uma visão de mandato ou de umaárea" (Secretaria da Mulher, 2008). Assim, constam de suas propostas edeterminações desde o prazo de execução - 10 anos - até a definição conceitual e odiagnóstico do problema da violência contra as mulheres em Pernambuco, além dasdiretrizes políticas, dos programas, projetos e das estimativas de custos.

O Plano prevê, também, articulações dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,do Ministério Público, da Defensoria Pública e do movimento social para o alcance dasmetas estabelecidas nos cinco eixos temáticos: Prevenção, Proteção, Punição,Assistência e Produção de Conhecimento. O plano sinaliza, por fim, para a Secretariada Mulher como coordenadora, articuladora e mobilizadora da ação de enfrentamentoda violência de gênero contra as mulheres no Estado.

O Plano foi lançado em outubro de 2007, pelo chefe do Executivo estadual, com apresença de representantes dos poderes Judiciário e Legislativo, do Ministério Público,da Defensoria Pública e da sociedade civil. Teve uma tiragem de dez mil exemplares,distribuídos durante todo o ano de 2008, para as áreas governamentais e nãogovernamentais envolvidas com o enfrentamento da violência contra as mulheres noEstado.

Resumindo, em meados do segundo semestre de 2007, Pernambuco havia construídoos elementos estratégicos essenciais à implementação de uma política estadual deenfrentamento da violência contra as mulheres, quais sejam: um órgão articulador, ainserção da questão na Política de Segurança do Estado, um plano de ação, umacomissão inter e intrapoderes e uma comissão paritária: Estado e sociedade civil. 1J5~FI2D

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4.1 Acompanhando as Ações do Plano

4.1.1 A Prevenção

A dimensão da Prevenção do plano vem sendo desenvolvida pela SecMulher atravésde três grandes linhas:

a) Campanhas educativas e informativas;b) Formação dos profissionais da rede de serviços e de atendimento àsmulheres vítimas de violência; e,c) Apoio à criação de Núcleos de Estudos de Gênero e Enfrentamento àViolência contra a Mulher nas Instituições de Ensino Superior e nas Escolas deReferência em Ensino Médio.

a) AS CAMPANHAS

As campanhas educativas e informativas sobre as questões da violência de gênero,desenvolvidas pelo Governo de Pernambuco e coordenadas pela SecMulher, são asseguintes:

1. Violência contra a Mulher é Coisa de Outra Cultura;2. Basta de Violência contra a Mulher, e,3. Violência contra a Mulher é Jogo Sujo.

Cruzando os períodos, os públicos e os objetivos específicos a que cada uma sedestina, observamos o caráter permanente da ação preventiva do Governo Estadual,sua perspectiva universalista e seu compromisso com a desconstrução da cultura daviolência contra as mulheres no Estado.

O arranjo institucional para a realização das referidas campanhas é o de parceria coma Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), com aCasa Civil e com a Secretaria de Esportes, respectivamente, além do envolvimento dosorganismos municipais de políticas para as mulheres, do próprio movimento demulheres e do apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência daRepública. Resumindo, as campanhas são construídas e mobilizadas mediante aintegração entre Estado, União e municípios, como recomenda a Lei Maria da Penha.

Nesta linha foram produzidas cerca de 5 milhões de peças, entre 2007 e 2011. Ascampanhas, utilizando educadoras e educadores locais, já chegaram a todos osmunicípios do Estado, nas zonas rurais e urbanas, e no distrito de Fernando deNoronha, através do contato direto, das mídias falada, escrita e televisionada, bemcomo das redes sociais, atingindo, anualmente, cerca de 7,5 milhões de pessoas. Essetrabalho de divulgação e orientação tem fortalecido a sociedade para a quebra das_

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suas amarras patriarcais e, assim, poder intervir de forma decisiva no enfrentamento daviolência contra as mulheres.A partir do segundo semestre de 2012, o formato das campanhas será revisto, edeverão ser incorporadas, ao apoio tradicional, contribuições de setores da iniciativaprivada. Assim, as ações educativas, de sensibilização, informação e prevenção daviolência contra as mulheres são de grande relevância, têm apresentado muitarepercussão social e, ao manterem uma continuidade, vêm sendo aperfeiçoadas ano aano e sendo apropriadas paulatinamente pela população.

b) A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

Outra atividade importante de prevenção executada pela SecMulher é a capacitação deprofissionais da Rede de Serviços e de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violênciae tem por objetivo oferecer-lhes as condições para dominar os dispositivos da Lei Mariada Penha e, consequentemente, aplicá-los de forma adequada. No período entre 2009e 2012, foram capacitados 84 profissionais da Rede de Abrigamento e 1.300 da Redede Atendimento (Serviços de Segurança Pública, Saúde e Centros de Referência).

Ainda nessa perspectiva, a SecMulher participa das capacitações realizadas pelaSecretaria de Defesa Social para os profissionais de segurança pública, principalmentepara aqueles lotados no Departamento de Polícia da Mulher (DPMUL), dando o recortede gênero, raça/etnia e enfrentamento à violência contra as mulheres.

c) O APOIO À CRIAÇÃO DE NÚCLEOS DE ESTUDOS DE GÊNERO EENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Por entender que a educação é uma área em processo de inclusão da temática degênero, principalmente, no que se refere à violência contra as mulheres, a SecMulherinvestiu no estímulo à criação de Núcleos de Estudos de Gênero e Enfrentamento àViolência contra a Mulher no âmbito da educação formal, nas Instituições de EnsinoSuperior (IES) e nas Escolas de Referência em Ensino Médio (EREM). Esses núcleostêm por objetivo promover a formação em gênero de agentes multiplicadores,acelerando, assim, a quebra de paradigmas e de preconceitos contra as mulheres.Dessa forma, em 2012, o Estado de Pernambuco conta com 16 (dezesseis) núcleosimplantados5

, sendo 11 (onze) nas IES e 05 (cinco) nas EREM.

5 Universidade Católica de Pernambuco - Recife; Faculdade Santa Cruz - Santa Cruz do Capibaribe; Instituto

Superior de Educação de Santa Cruz· Santa Cruz do Capibaribe; Faculdade Osman Lins - Vitória de Santo Antão;

Faculdade Santa Helena - Recife; Facuidade Guararapes - Jaboatão dos Guararapes; Facuidade de Ciências

Humanas e Sociais de igarassu - Igarassu; Faculdades Integradas Barros Melo - Olinda; Faculdade de Filosofia,

Ciências e Letras de Caruaru - Caruaru; Instlluto Superior de Educação de Floresta - Floresta; Universidade do

Vale do Acaraú - Carpina; EREM de Bezerros - Bezerros; EREM Monsenhor Antônio de Pádua Santos - Alo a~sF12:,?' D.",-< 10 '~J~ FI. 1t'.~L):

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4.1.2 A Proteção

A dimensão da Proteção do Plano vem sendo desenvolvida pela SecMulher através detrês grandes ações:

a) Casa·Abrigo;b) Ouvidoria da Mulher; e,c) Apoio aos governos municipais.

a) AS CASAS-ABRIGO: Uma Rede Estadual em Pernambuco

Criadas, em finais de 2008, 06 (seis) casas·abrig06 estaduais, com endereçossigilosos, são administradas pela SecMulher. Aprofundando a institucionalização dosserviços dessa área. A Lei Estadual n° 13.977, de 16 de dezembro de 2009 (ANEXO07), estadualizou a Rede de Casas-Abrigo e normatizou o serviço de abrigamento,atendimento e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar sobrisco de morte no Estado, seja para acolher as mulheres nas casas-abrigo, seja paraseu deslocamento para outros municípios, estados da Federação ou até mesmo para oexterior. Ressalta·se, porém, que a Secretaria da Mulher, mesmo antes da implantaçãoda Rede de Casas·Abrigo do Estado, já prestava atendimento às mulheres querecorriam a esses serviços, abrigando·as em hotéis ou viabilizando os meios para oseu deslocamento e o de sua família, como filhas e filhos, ao município que desejassee lhe garantisse segurança, dentro ou fora do Estado de Pernambuco.

Esse serviço de proteção e abrigamento das mulheres em situação de violência e riscode morte realizado pela SecMulher está, como dito anteriormente, regimentalmenteligado à Diretoria Geral de Enfrentamento à Violência de Gênero (DGEVG), através doNúcleo de Abrigamento, criado para esse fim. Dessa forma, o governo estadual temgarantido a saída das mulheres brasileiras, pernambucanas ou não, residentes noEstado do seu local de residência para um local seguro, dentro do território nacional, etambém o apoio às estrangeiras, através de abrigamento e negociação com aembaixada de seus países, cumprindo o que está previsto no ar!. 35 da Lei Maria daPenha.

Salienta·se, ainda, que a rede de casas-abrigo do Estado atua em parceria com osserviços de saúde, educação, segurança, justiça, habitação, emprego e renda, dentreoutros, favorecendo o exercício da condição de cidadã pelas mulheres, resgatando e

da Ingazeira; EREM Professor Barros Guimarães - Glória do Goitá; EREM Oliveira Lima - São José do Egito; EREM

Ginásio Pernambucano - Recife.

• Casa-Abrigo Júlia Santiago, Casa-Abrigo Carlota de Queiroz, Casa-Abrigo Cristina Tavares, Casa-Abrigo Marici

Amador, Casa-Abrigo Adalgisa Rodrigues e Casa-Abrigo Jerusa Mendes.

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fortalecendo sua autoestima e possibilitando que elas se tornem protagonistas de suashistórias.

A tabela abaixo apresenta o número de mulheres em situação de violência doméstica,familiar e sexista atendidas e abrigadas, pelo Núcleo de Abrigamento da SecMulher, noperíodo de 2007 a março de 2012.

2007 26 012008 74 112 16 252009 80 142 15 352010 105 175 64 1132011 107 149 81 1492012 25 52 21 52Total 417 630 198 374

b) A OUVIDORIA DA MULHER

Em Pernambuco, a Ouvidoria da Mulher é administrada pela Secretaria da Mulher. Éum espaço de escuta qualificado dirigido às mulheres urbanas e rurais de todo oEstado. O objetivo da ouvidoria é orientar a população feminina sobre os seus direitos,encaminhar as mulheres aos serviços oferecidos pelo Estado e pelos municípios eindicar as medidas cabíveis à solução do problema, bem como ouvir críticas,reclamações, sugestões ou até mesmo elogios em relação aos serviços oferecidos eprestados às mulheres.

A Secretaria da Mulher, com o objetivo de facilitar e ampliar o acesso das mulheres emgeral, e em especial daquelas que sofrem violência doméstica, familiar e sexista, aoserviço de ouvidoria, tornará, no primeiro semestre de 2012, a ligação gratuita atravésda implantação de um número 0800. Esse canal de escuta gratuito é ferramentaindispensável ao enfrentamento da violência contra as mulheres.

c) O APOIO AOS GOVERNOS MUNICIPAIS

A presença de ações e serviços de proteção às mulheres em situação de violênciadoméstica e familiar no espaço das administrações municipais reveste-se de umsentido estratégico sem precedentes, uma vez que é no município que o crimeacontece, devendo as autoridades locais serem despertadas para o quanto a suaatuação é prioritária para salvaguardar a vida e a dignidade de suas cidadãs.

7 Mulheres abrigadas, do total de mulheres atendidas.

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Com essa compreensão, o Governo Estadual apoiou, entre 2007 e 2012, a criação de117 (cento e dezessete) organismos municipais de políticas para as mulheres (ANEXO08) e a implantação de 10 (dez) centros de referência especializados no atendimentoàs mulheres em situação de violência8

. Entre os apoios da SecMulher a essesmunicípios, destaca-se a realização de 08 (oito) encontros do Fórum Estadual deGestoras de Organismos Governamentais de Políticas para as Mulheres. Esse espaçode discussão política garante a capacitação continuada sobre as questões de gênero,raça/etnia e políticas públicas, bem como a orientação das gestoras na administraçãodos serviços de atendimento às mulheres em situação de violência.

4.1.3 A Assistência

Na dimensão da Assistência, o Plano tem balizado toda uma relação entre o GovernoEstadual e os governos municipais em um formato de articulação quadrangular:SecMulher, Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSDH),Organismo Municipal de Política para as Mulheres e Secretaria Municipal deAssistência Social. São essas secretarias que articulam para as mulheres em situaçãode violência os serviços de saúde, educação, moradia, trabalho e renda, dentre outros.

Ressalta-se que, em casos de deslocamento da mulher e sua família para outrasunidades da Federação, essa articulação tem sido feita pela SecMulher com o outrogoverno estadual e com o município daquele estado, ampliando a rede de atendimentoàs mulheres em situação de violência do país. A maturidade nessa relação de tantosagentes e a incorporação da perspectiva de gênero pela assistência são metasimportantes da política de enfrentamento dessa violência, pois é através delas que asmulheres podem acessar uma série de benefícios necessários ao recomeço de suasvidas.

4.1.3.1 Assistência à saúde

Ainda na dimensão de Assistência, estão incorporadas as ações prioritárias de saúdeda mulher desenvolvidas pelo Governo do Estado através da parceria entre aSecMulher e a Secretaria Estadual de Saúde, conforme prevê o Termo de CooperaçãoTécnica, assinado em fevereiro de 2012, que tem por objeto a implementação do PlanoIntersetorial de Atenção Integral à Saúde da Mulher (ANEXO 08), elaborado pelaSecretaria da Mulher e validado pelo Comitê Técnico do Plan09

8 Afora Recife e Olinda que já existiam anteriormente, a SecMulher apoiou os seguintes Centros de Referência:

Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Goiana, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe,

Palmares, Ribeirão, Petrolina e Granito.

9 Secretaria da Mulher; Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIMlPE); Secretaria Estaduai de S L(ct,;;~F:t:"

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Esse Plano de ação compreende atividades de atenção integral à saúde da mulher emtodo o território estadual de forma cooperada entre os três níveis de gestão do SistemaÚnico de Saúde, e, constitui um instrumento orientador das estratégias de integraçãodas ações da SecMulher e da Secretaria Estadual de Saúde, no período 2011/2014,direcionadas à melhoria da qualidade de vida das mulheres em Pernambuco. Éimportante destacar que uma das ações prioritárias do Plano está voltada para aassistência integral da mulher vítima de violência doméstica.

Ainda nessa perspectiva da assistência à saúde, a Secretaria da Mulher, em parceriacom a Secretaria Estadual de Saúde, construiu o Plano Estadual de Prioridades deEnfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e outras DSTs. Esse Plano temum capítulo voltado para a correlação entre a violência contra as mulheres e aAids/DST, com o propósito de promover e implantar ações de prevenção, diagnóstico etratamento das mulheres em situação de violência sexual no Estado de Pernambuco.

4.1.4 A Punição

No âmbito da Punição, o governo de Pernambuco reformulou a Lei na 13.457, de 03 dejunho de 2008, através da Lei na 13.964, de 15 de dezembro de 2009 ampliando onúmero de delegacias especializadas de atendimento à mulher para 14 (quatorze)lO.Dentre essas, procedeu à reforma e ao reaparelhamento de quatro e instalou mais três.Cuidou, ainda, para que essas delegacias se tornassem mais visíveis, ou seja,ocupassem lugares centrais dentro do espaço urbano, o que melhorava o acesso dasmulheres ao serviço, ao mesmo tempo em que chamava a atenção da população parao governo como um ente deslegitimador da violência contra as mesmas.Compreendendo a complexidade da relação das mulheres com a denúncia e suasdesconfianças diante dos efetivos masculinos, as normas técnicas e as orientações daSecMulher sobre a implantação das delegacias especializadas prevêem seufuncionamento em espaços exclusivos, distantes de outros serviços da polícia.

Ainda no âmbito da Polícia Civil, o Governo Estadual implantou, em 19 de setembro de2008, através do Decreto na 32.366, que regulamentou a Lei na 13.457, de 03 de maiode 2008 (ANEXO 09), o Departamento de Polícia da Mulher (DPMUL), com a função degerenciar as delegacias de polícia especializadas no atendimento às mulheres em

Programa Estadual DST/Aids, Gerência de Atenção à Saúde da Mulher, LACEN, Hemope, Coordenação de Atenção

à Saúde da População Negra e Doença Falciforme, Gerência de Atenção à Saúde do Trabalhador, Coordenação de

Vigilância de Acidentes e Violência; Secretaria de Defesa Social: Instituto Médico Legal (IML).

10 Locais das delegacias instaladas: Santo Amaro, Prazeres, Petrolina, Caruaru, Paulista, Surublm e Garanhuns.

Locais definidos para instalação das novas delegacias: Ipojuca, Goiana, Vitória de Santo Antão, Salgueiro, Ouricurí, .-'=~'-

Afogados da Ingazelra e Cabo de Santo Agostinho. <'I'ÔO Ft~

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situação de violência.

De forma articulado, a Secretaria de Defesa Social e a SecMulher apresentaram umprojeto junto a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República(SPM/PR), captando recursos para a reforma de um imóvel o qual será instalada asede da DPMUL.

4.1.5 A Produção do Conhecimento

No campo da Produção de Conhecimento, a política estadual de enfrentamento daviolência doméstica e familiar contra as mulheres é compreendida como o espaço paratrabalhar mudanças de mentalidades por excelência, a partir de conhecimento geradona observação da prática. Inclui desde a realização de reflexões coletivas por gruposde profissionais relacionados à rede de atendimento até a elaboração de pesquisas,passando pela produção de material educativo e pela construção de propostas paradesenvolvimento de cursos de especialização e aperfeiçoamento em gênero elegislação específica sobre crimes contra as mulheres.

Para essa proposta, foi criado um grupo de trabalho formado pela Fundação deAmparo a Ciência e Tecnologia de Pernambuco - FACEPE, Universidade Federal dePernambuco (UFPE), Universidade Rural Federal de Pernambuco (UFRPE),Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Universidade de Pernambuco (UPE)e o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher da Universidade Federal deBahia (NEIM-UFBA).

Além dessas ações, essa área do enfrentamento da violência ocupa-se da realizaçãode prêmios, seminários, fóruns, conferências e oficinas sobre as questões de gênero,gestão pública e enfrentamento da violência, levando de forma qualificada a reflexãosobre a problemática para os municípios de Pernambuco, principalmente para aquelesmais distantes da capital.

4.1.5.1 O Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero

Merece destaque neste relatório o Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero,criado em 2007, pelo Governo do Estado e executado pela Secretaria da Mulher, emparceria com a Secretaria de Educação, Secretaria de Ciência e Tecnologia, Fundaçãode Amparo a Ciência e Tecnologia de Pernambuco - FACEPE, Fundação doPatrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - FUNDARPE, Fundação JoaquimNabuco - FUNDAJ, Companhia Editora de Pernambuco - CEPE e o Instituto Federalde Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco -IFPE (ANEXO 10).

O

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recorte de raça/etnia nas instituições de ensino, uma vez que a educação é o espaçoprivilegiado para a promoção de mudanças sociais. Assim, o diálogo estabelecido nostextos publicados promove o encontro da produção de estudantes, professoras eprofessores de espaços educacionais diferentes, mas que dedicam seus escritos àdenúncia das desigualdades de gênero e à reivindicação de ações coletivas de respeitoe acolhimento às diferenças.

Com relação aos temas propostos nos editais do Prêmio ao longo das quatro edições2007-2011, observou-se uma predominância pela abordagem sobre a ViolênciaDoméstica e Sexista, sendo a segunda temática mais abordada por estudantes,professoras e professores, com um total de 409 trabalhos inscritos nas quatro edições.

o quadro a seguir apresenta um resumo dos esforços do Governo do Estado naprodução do conhecimento, referente às áreas de gênero e violência.

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Pesquisa sobre o atendimento às mulheres nas delegaciasO 1

especializadas e de plantão no território estadualPesquisa sobre "Gravidez na adolescência" O 1Pesquisa sobre "Mulher idosa em Pernambuco: empoderamento

O 1e seus entraves"Plano Estadual para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra

O 1as MulheresLivro sobre a Violência contra as Mulheres "Das Lutas à Lei" O 1Vídeo-aulas sobre a Violência contra as Mulheres "Das Lutas à

O 1Lei"Núcleo de Estados em Gênero e Violência contra as Mulheres em

O 11Instituições de Ensino SuperiorNúcleo de Estados em Gênero e Violência contra as Mulheres em

O 5Escolas de Referência em Ensino MédioTrabalho sobre Violência Doméstica e Sexista contra as Mulheres

O 409- Prêmio Naíde TeodósioComissão para apoio à implantação de cursos de pós graduação

O 1em gênero

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5. ACESSO À JUSTiÇA

o acesso das mulheres à justiça, de acordo com as disposições da Lei Maria daPenha, inclui obrigatoriamente um aumento e especialização dos serviços do PoderJudiciário, da Defensoria Pública e do Ministério Público. Em outras palavras, esseacesso das mulheres à justiça, depende diretamente da oferta adequada de serviçosjurídicos especializados.

5.1 Defensoria Pública Especializada

o Núcleo de Defensoria Pública Especializada na Defesa da Mulher em Situação deViolência (DEPEDDIM) foi instituído pelo Decreto n° 30.535, em 11 de junho de 2007(ANEXO 11), sendo Pernambuco o 9° estado brasileiro a ter uma defensoria públicaespecializada nesta área. Salienta-se que, apenas em 2008, a Defensoria Pública doEstado de Pernambuco obteve, na gestão do Governador Eduardo Campos, suaautonomia administrativa e funcional, através da Lei Complementar n° 124 de02/07/2008, cerca de dez anos após a sua instituição (Lei Complementar Estadual n°20, de 09/06/1998).

Nesse sentido, as mulheres de Recife, Olinda, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, eCabo de Santo Agostinho contam, desde 2007, com um atendimento jurídico específicopara os casos de violência doméstica, familiar e sexista praticados contra elas. Oserviço presta assistência jurídica integral e gratuita, contando com uma equipemultidisciplinar integrada por advogados, assistente social e psicólogo.

5.2 Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher dePernambuco

O primeiro Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Pernambuco,regulamentado pela Lei n° 13.169, de 22 de dezembro de 2006 (ANEXO 12), foitambém o primeiro do Nordeste e o terceiro do Brasil. Ele foi instalado em 08 de marçode 2007, na comarca da Capital, para atender a demanda de processos envolvendomulheres em situação de violência doméstica, familiar e sexista no Recife. Desdeentão, foram tramitados mais de oito mil processos.

A Lei Complementar Estadual n° 143/2009 criou outros Juizados de ViolênciaDoméstica e Familiar contra a Mulher em Pernambuco. O segundo Juizado já foiimplantado, em 2010, também na cidade do Recife. Nos próximos anos, deverão serimplantados na Região Metropolitana do Recife (RMR) mais 05 (cinco) juizados paraatender os demais treze municípios da Região. Um no Cabo de Santo Agostinhoatendendo também Ipojuca, um em Camaragibe atendendo também São Lourenço.A"l"r,<:;,c:rr ....,o

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Mata, um em Igarassu incluindo também Abreu e Lima, Itapissuma, Itamaracá eAraçoiaba, um em Jaboatão dos Guararapes atendendo Moreno, e, um em Olindaatendendo também Paulista.

Buscando para os outros serviços jurídicos a mesma regionalização dentro da áreametropolitana do Recife, a SecMulher em parceria com o Poder Judiciário elaborou umprojeto de integração dos serviços do Judiciário, da Defensoria e do Ministério Públicoagrupando naqueles seis polos o atendimento especializado às mulheres em situaçãode violência, facilitando o seu acesso à justiça. Tal projeto foi apresentado ao ProgramaNacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) tendo sido aprovado osrecursos necessários à implantação dos centros integrados de atendimento jurídicopara as mulheres.

5.3 A Promotoria Especializada

A defesa da mulher vítima de violência e o fortalecimento da Lei Maria da Penha noâmbito do Ministério Público têm sido atendida através da criação dos Núcleos deApoio à Mulher (NAM), por força do Convênio n° 11/2008, celebrado entre oPRONASCI/Ministério da Justiça e o Ministério Público de Pernambuco. Tem comoobjetivo apoiar o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, atuandodiretamente nos Juizados, em efetivação ao disposto na Lei Maria da Penha. Suacriação possibilitou o desenvolvimento de um processo cultural e de gestão doconhecimento, que permite aos Promotores de Justiça realizar intervenções judiciais eextrajudiciais em defesa da mulher vítima de violência.

A essa Promotoria Especializada cabe mover ação penal pública, solicitar que a policiacivil inicie ou dê prosseguimento às investigações e solicitar ao juiz a concessão dasmedidas protetivas de urgência nos casos de violência contra a mulher, podendo ainda,fiscalizar os estabelecimentos públicos e privados de atendimento à mulher emsituação de violência.

Os dois Juizados de Violência Doméstica contra a Mulher da Comarca da Capital, osúnicos em Pernambuco, atuam diretamente na redução dos índices de homicídio,contribuindo com o programa estadual Pacto pela Vida. De 2008 a agosto de 2011 oMPPE ajuizou 10.664 denuncias contra agressores de mulheres. No mesmo períodoforam devolvidos às Delegacias de Polícia 6.669 inquéritos, para a realização de novasdiligências, e foram solicitados 2.253 arquivamentos. Resultado desse trabalho é aredução em 17,41% de fernicídios no período de 2009 a 2010, refletindo a eficácia daLei e a sintonia entre órgãos e instituições envolvidas no enfrentamento da violênciacontra as mulheres.

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6. RESUMO DOS SERVIÇOS DE APOIO ÀS MULHERES VíTIMAS DE VIOLÊNCIAIMPLANTADOS

o resultado das atividades desenvolvidas pelo Governo do Estado, entre 2007-2012,em benefício das mulheres vítimas de violência doméstica, familiar e sexista, sejaatravés da articulação entre a SecMulher com as demais secretarias do Estado, com osMunicípios e com os demais Poderes, seja pelo desenvolvimento e implantação deatividades e serviços, pode ser visualizado, quando comparado o número de serviçosde apoio às mulheres existentes em 2006, com os existentes até 2012, conformedemonstrado na tabela, abaixo.

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Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher 4 7Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher O 2Defensoria Pública Especializada no Atendimento à Mulher O 1Promotoria Especializada de Apoio à Mulher O 1Casas-Abrigo 111 6Organismos Municipais de Políticas para Mulheres 5 117Centro Municipal de Referência da Mulher 2 12Serviço de Saúde de Apoio à Mulher 1 2

11 Casa-Abrtgo Sempre Viva - Prefeitura do Recife - PE.

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7. INVESTIMENTOS REALIZADOS

Com a criação da SecMulher, em 2007, deu-se início aos investimentos sistemáticos econstantes, pelo Governo do Estado, em atividades voltadas para o desenvolvimentodas mulheres, e em específico, ao enfrentamento da violência de gênero e sexista.Nesse mesmo ano, iniciou-se, também, a captação de recursos junto ao GovernoFederal, destinados à implementação de ações de empoderamento das mulheres, bemcomo, a articulação e o estabelecimento de parcerias com instituições internacionaispara o desenvolvimento de ações conjuntas, tais como, o Fundo das Nações Unidaspara o Desenvolvimento das Mulheres - UNIFEM (hoje ONU-Mulheres).

A tabela a seguir, apresenta a síntese dos investimentos realizados pela Secretaria daMulher em atividades relacionadas ao enfrentamento da violência de gênero e sexista,no período de 2007 a março de 2012, diferenciados por fonte de recurso e poratividades. Do total de R$ 11.699.825,18 de recursos investidos, coube ao Estado omontante de R$ 5.086.301,46, enquanto o montante captado em Convênios celebradoscom ao Governo Federal totalizou R$ 6.613.523,72.

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Equipe de profissionais da DGEVG 2.003.684,27Casas-Abrigo 3.751.446,11Campanhas de Enfrentamento da Violência 2.656.884,00Capacitação de Profissionais 3.053.230,80Produção de Material Didático 234.580,00

Total 11.699.825,18

Por sua vez, observando a tabela apresentada abaixo, é possível constatar umaumento gradual na disponibilidade orçamentária, que, ao se considerar assuplementações e destaques, em 2011 foi nove vezes maior do que a dotação inicial, oque favoreceu, consideravelmente, a ampliação das políticas públicas para asmulheres.

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2007 3.000.000

2008 6.054.336

2009 15.254.399

2010 23.211.362

2011 28.219.945

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8. DEMAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA SECMULHER

Além das atividades de enfrentamento à violência de gênero contra as mulheres,relatadas acima, a SecMulher tem desenvolvido ações em conformidade com aspolíticas de Produção de Conhecimento, Informação e Formação em Gênero; deEmpoderamento e Municipalização das Ações de Gênero; de Promoção dos Direitosdas Mulheres nas Áreas de Trabalho e Renda, Saúde, Habitação, Cultura, Esporte eTurismo; e de Reforço Estratégico para os Segmentos de Mulheres Rurais eMetropolitanas. Os resultados alcançados de 2007 a 2011 constam na tabela a seguir.

Chapéu de Palha da Zona Canavieira / Capacitação emCidadania e Políticas Públicas para as Mulheres Rurais e O 13.716Cursos ProfissionalizantesChapéu de Palha da Fruticultura Irrigada / Capacitação emCidadania e Políticas Públicas para as Mulheres Rurais e O 24.985Cursos ProfissionalizantesConvergir Mulher/Capacitação em Cidadania e PolíticasPúblicas para as Mulheres Rurais e CursosProfissionalizantes (Mulheres dos municípios de menor O 723IDH; Mandiocultoras, Pescadoras e Agricultoras Familiaresdo Sertão do Pajeú)Fortalecimento da Comissão de Mulheres Rurais /Capacitação para a implementação do I Plano de Políticas O 19Públicas ara Mulheres Rurais: oficinas e semináriosCAMPANHA NENHUMA PERNAMBUCANA SEM

O 6.270DOCUMENTO - Educadoras Sociais FormadasCAMPANHA NENHUMA PERNAMBUCANA SEMDOCUMENTO - Documentos emitidos (Carteira de O 64.361Identidade; Carteira de Trabalho; Certidão de NascimentoQuantidade de LIVROS Distribuídos / Trabalhados -

O 12.500Nenhuma Pernambucana Sem DocumentoQuantidade de LIVROS Distribuídos / Trabalhados - O 30.000Mulheres Semeando CidadaniaQuantidade de LIVROS Distribuídos / Trabalhados - O 20.000Mulheres Construindo a I ualdadeQuantidade de LIVROS Distribuídos / Trabalhados - Prêmio

O 8.000Naíde Teodósio de Estudos de GêneroQuantidade de LIVROS Distribuídos / Trabalhados - I PlanoEstadual de Políticas Públicas Para as Mulheres Rurais de O 13.260Pernambuco

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Quantidade de LIVROS Distribuídos / Trabalhados - PlanoEstadual Para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência O 10.000Contra a MulherQuantidade de LIVROS Distribuídos / Trabalhados -

O 12.000Anuários 2007,2008,2009,2010,2011 e 2012Quantidade de LIVROS Distribuídos / Trabalhados - Anais O 2.000da 111 Conferência Estadual de Políticas ara as MulheresQuantidade de LIVROS Distribuídos / Trabalhados - Anais O 2.000da II Conferência Estadual de Políticas ara as MulheresQuantidade de LIVROS Distribuídos / Trabalhados - O 1.000Catálo o de Artesanato das Mulheres da Ilha de DeusQuantidade de LIVROS Distribuídos / Trabalhados - Brasil

O 600120 Anos de Re úblicaPrêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero - Quatro

O 1.536edi ões total de número de inseri õesSeminários de divulgação do Prêmio Naíde Teodósio deEstudos de Gênero nas 17 Gerências Regionais de Ensino

O 3.000(GRE's) - 2009/2010/2011 (gestores/as e educadores/asdas GRE'sSeminário Internacional Mulheres e Re úblicas O 250I Seminário Internacional Gênero, Educação e DireitosHumanos em Países de Língua Portuguesa e de Língua O 200Es anhola11 Seminário Internacional Gênero, Educa ão e Ciência O 200Capacitação em gênero e enfrentamento à violência paraos profissionais da Rede de Atendimento à Mulher Vítima 500de ViolênciaAcompanhamento e monitoria das oficinas de capacitaçãoe unificação dos conceitos de gênero, com recorte de raça,etnia, classe social e orientação sexual, para educadoras e O 300recreadoras dos Projetos Chapéu de Palha Mulher e AçãoConver ir Mulher - Zona da Mata, A reste e SertãoPalestras sobre Gênero, no Treinamento deDesenvolvimento Profissional para servidores/prestadores O 20de servi os da SecMulher - Recife/RMR/A reste/SertãoMonitoria do Encontro de Educadoras e Recreadoras O 300Sociais Rurais - Garanhuns/A restePlanejamento, acompanhamento e monitoramento doPrimeiro Encontro do Comitê de Promotoras Legais O 150Po ulares de Pernambuco - Recife/RMRPalestra sobre Gênero na 11 Semana Cultural por umaPolítica de Desenvolvimento - Gênero e Desenvolvimento. O 50Associa ão dos Ami os do Nascedouro - OIinda/RMR

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o 200

O 300

O 50

O 50

900692

(participaramdo seminário)

344(concluíram

cursos

200

456262

1.200

355

Oficinas para Educadoras Sociais do Chapéu de Palha ­Petrolina

Realização da Oficina Conversando sobre Gênero, Raça eEtnia, e participação no Seminário de Encerramento doPro"eto Mulheres da Ilha de Deus - Recife/RMR

Aula Inaugural do curso de capacitação em Gênero ­Palmares

Forúm da Mulher Idosa

PTEM - Programa Pernambuco: Trabalho eEmpreendedorismo da Mulher

Monitoramento do curso oferecido pela Unicap emparcerialSecMulher - Arcoverde

Projeto Cidadania Feminina, Trabalho e Renda da Ilha deDeusQualifica ão Profissional em arceria com SENAI/STQE

Apoio à participação de grupo de mulheres na FENEARTEe em feiras de artesanato nacionaisCa acita ões na área de saúde

Oficina em arceria com Camar o Correia I SESI

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em resumo, Pernambuco avança na política de proteção às mulheres ao compreendere definir quais são as obrigações do Governo Estadual em termos de prestação deserviços às comunidades, de aperfeiçoamento de suas ações de segurança para asmulheres e de integração com os demais poderes. Esse mesmo nível de consciênciase expressa ao reconhecer suas responsabilidades junto aos municípios, apoiando-ospara que possam exercer o seu papel protagônico.

Por fim, Pernambuco avança quando propõe à União aprofundar o debate sobre ofinanciamento da política de enfrentamento da violência contra as mulheres, mostrandoque cabe ao poder central, mais do que definir as diretrizes, indicar e prover recursospara os estados e municípios, de forma contínua e sistemática, não deixando aimplementação dessa política dependente da aprovação de projetos, com recursos eperíodos de execução limitados e sujeitos a longas tramitações burocráticas.

Em outras palavras, são os pilares da política de enfrentamento da violência doméstica,familiar e sexista contra as mulheres em Pernambuco a divisão de responsabilidades, adescentralização, a interiorização, a integração, a municipalização, a participaçãosocial e o controle institucional. Processos estes exigentes de tempo, o que justifica oprazo de 10 anos para sua consolidação.

Para finalizar, podemos afirmar que a missão de implantar uma política de segurançapara as mulheres no Estado de Pernambuco está cumprida. Essa política, no entanto,não foi ainda completamente efetivada, mesmo que em momento algum tenha sidodesviada de seus objetivos e metas, mantendo-se, assim, fiel às determinações dasconferências municipais, estaduais e nacionais de políticas para as mulheres e doPacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, do qual Pernambuco ésignatário. Os rumos desse processo e seu aprimoramento têm sido garantidos peloexercício do controle institucional, feito pela Comissão Permanente de PolíticasIntegradas para o Enfrentamento da Violência Doméstica e Sexista, e pela instituiçãodo controle social, a ser exercido pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher(CEDIM/PE).

Atenciosamente,

CRISTINA BUARQUESecretária da Mulher de Pernambuco

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Cais do Apolo, 222- 4° e 5° andar - Baírro do Recife- Recife/pE - CEP: [email protected]

Fones: (081) 3183.2950 - 3183.2990

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ANEXOS AO RELATÓRIO CPMI

Ementa: Relatório descritivo sobre as ações deenfrentamento à violência contra a mulher do Estado dePernambuco para a CPMf criada pelo Requerimento nO 4 de2011 - CN, com finalidade de investigar a situação daviolência contra a mulher no Brasil e apurar denúncias deomissão do poder público com reiação à aplicação deinstrumentos instituídos em lei para proteger as mulheresem situação de vioiência.

ANEXO 01 - Decreto nO 36.659, de 14 de junho de 2011 - Aprova o Regulamento da

Secretaria da Mulher de Pernambuco.

ANEXO 02 - Decreto do Governador nO 30.252, de 08 de março de 2007 - Comissão

Permanente de Políticas Integradas para o Enfrentamento da Violência Doméstica e

Sexista.

ANEXO 03 - Portaria da Comissão Paritária para Análise e Reformulação da Lei do

Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM/PE).

ANEXO 04 - Programa de Segurança Pública: Pacto pela Vida.

ANEXO 05 - Plano Estadual para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra as

Mulheres.

ANEXO 06 - Lei Estadual nO 13.977, de 16 de dezembro de 2009 - Serviço de

Abrigamento.

ANEXO 07 - Listas dos Organismos Municipais de Políticas para as Mulheres.

ANEXO 08 - Plano Intersetorial de Atenção Integral à Saúde da Mulher

ANEXO 09 - Decreto nO 32.366, que regulamentou a Lei nO 13.457, de 03 de maio de

2008, o Departamento de Polícia da Mulher (DPMUL). ;Jf!S 1'2:6<,<:;.,"'-. l-I • ,;;>

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ANEXO 10 - Protocolo de Intenções do Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de

Gênero.

ANEXO 11 - Decreto nO 30.535, em 11 de junho de 2007 - Criação da DEPEDDIM.

ANEXO 12 - Lei n° 13.169 de 22 de dezembro de 2006 - Criação do Juizado de

Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Pernambuco.

ANEXO 13 - CO com as fotos das campanhas de enfrentamento à violência contra as

mulheres.

ANEXO 14 - CO com as peças publicitárias das campanhas de enfrentamento à

violência contra as mulheres.

ANEXO 15 - Anuários da Secretaria da Mulher de Pernambuco.

Cais do Apolo, 222- 4° e 5° andar - Bairro do Recife- Recife/PE - CEP: [email protected]

Fones: (081) 3183.2950 - 3183.2990