perguntas para pp

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Questionário sem respostas Em que consiste a explicação do conhecimento “do semelhante pelo semelhante” própria dos naturalistas - algo que se tenho uma matéria só posso conhecer aquilo que é material Tb R: a)Os pré-socráticos exprimiam-se quanto ao conhecimento a partir do principio de que o conhecimento se dava com uma identificação, ou seja, conhece-se um objeto porque há semelhança entre os elementos do conhecimento e os elementos do objeto. Emperdocles dizia: “ Conhecemos a terra com a terra, a água com a água”. b) A sensação é o resultado de um contrato exercido por uma determinada configuração de átomos, “é uma espécie de tato”. c) O corpo experimenta uma modificação e julga respeito de uma determinada qualidade sensível. d) Para os gregos, ao perceber algo ( material algo se modifica em mim materialmente. Isso é a afeição corpórea. Quais são as duas objeções de Aristóteles aos naturalistas? Aristóteles apresenta uma concepção não naturalista. 1ª Objeção: Se fosse assim os órgãos conheceriam a si mesmos o Nenhum órgão tem a capacidade reflexiva o Não seria necessária a presença do objeto sensível para que acontecesse a reflexão 2ª objeção: “ A semelhança que resulta do conhecimento não por uma ação física do objeto no sujeito, senão por uma ação cognoscitiva do sujeito que capta seu objeto” o Somente os seres dotados de sensibilidade podem realizar o conhecimento sensível , porque não se trata de uma assimilação material do conhecimento.

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Page 1: Perguntas Para Pp

Questionário sem respostas

Em que consiste a explicação do conhecimento “do semelhante pelo semelhante” própria dos naturalistas- algo que se tenho uma matéria só posso conhecer aquilo que é material Tb

R:

a)Os pré-socráticos exprimiam-se quanto ao conhecimento a partir do principio de que o conhecimento se dava com uma identificação, ou seja, conhece-se um objeto porque há semelhança entre os elementos do conhecimento e os elementos do objeto. Emperdocles dizia: “ Conhecemos a terra com a terra, a água com a água”.

b) A sensação é o resultado de um contrato exercido por uma determinada configuração de átomos, “é uma espécie de tato”.

c) O corpo experimenta uma modificação e julga respeito de uma determinada qualidade sensível.

d) Para os gregos, ao perceber algo ( material algo se modifica em mim materialmente. Isso é a afeição corpórea.

Quais são as duas objeções de Aristóteles aos naturalistas?

Aristóteles apresenta uma concepção não naturalista.

1ª Objeção: Se fosse assim os órgãos conheceriam a si mesmoso Nenhum órgão tem a capacidade reflexivao Não seria necessária a presença do objeto sensível para que acontecesse a

reflexão

2ª objeção: “ A semelhança que resulta do conhecimento não por uma ação física do objeto no sujeito, senão por uma ação cognoscitiva do sujeito que capta seu objeto”

o Somente os seres dotados de sensibilidade podem realizar o conhecimento sensível , porque não se trata de uma assimilação material do conhecimento.

Qual a relação entre percepção e afeição corpórea?

Aristóteles distingue sete formas ou graus de conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição.

Enquanto Platão concebia o conhecimento como abandono de um grau inferior por um grau superior, para Aristóteles nosso conhecimento vai sendo formado e enriquecido por acúmulo das informações trazidas por todos os graus, de modo que, em lugar de

uma ruptura entre o conhecimento sensível e o intelectual, há uma continuidade entre eles.

Page 2: Perguntas Para Pp

Assim, as informações trazidas pelas sensações se organizam e permitem a percepção. As percepções, por sua vez, se organizam e permitem a imaginação. Juntas, percepção e imaginação conduzem à memória, à linguagem e ao raciocínio.

- A percepção é um dos graus do conhecimento na teoria do conhecimento de Aristóteles( o segundo, logo depois da sensação)

- A afeição corpórea é a marca empírica no corpo que é alterado por algo externo, tal alteração física garante tanto a existência real do conteúdo perceptivo, quanto a sua objetividade.(no sentido que traduz o objeto enquanto tal); Sendo assim, as alterações fisiológicas que sofre o órgão sensível como que garantem que o movimento que o atingiu veio, sem dúvida, de fora

Graus do conhecimento:

Sensação – aquilo que nos dá as qualidades exteriores dos objetos e e interiores dos efeitos que eles produzem em nós.

Percepção – associação de sensações.

Memória – a retenção de percepções.

Imaginação – reprodução e criação a partir de percepções retidas pela memória.

Linguagem – nomeação daquilo que foi sentido, percebido, memorizado e imaginado.

Raciocínio – Identificação e diferenciação a partir da linguagem do que foi sentido, percebido, memorizado e imaginado.

Intuição intelectual – conhecimento das causas ou princípios de um objeto.  

Em que sentido os sentidos são infalíveis?

Os sentidos são infalíveis no sentido em que eles operam e captam sem erro o que eles podem captar. É uma operação intuitiva. Direta

R:

a) -- Os sentidos são infalíveis no conhecimento do seu objeto próprio. Eles não erram quando captam o sensível próprio, mas apenas por acidente (por alguma indisposição do seu órgão)

b) -- Os sentidos não são infalíveis no conhecimento dos sensíveis comuns e acidentais.

Quais são as 4 objeções que podem apresentar-se ao realismo indireto, que buscou demonstrar a realidade do sensível? Por que era uma empresa fadada ao fracasso? (falta elaborar)

---------O realismo não pode ser indireto: O realismo não se demonstra, suas respostas estão na evidência. O objeto aparece como dado quando na realidade esta posta. Assim o realismo o é imediato ou não é realismo. 179 livro

Page 3: Perguntas Para Pp

1- Malebranche:2- Leibniz, Berkeley e hume.3- Pelo principio de causalidade4- Critério de racionalidade das impressões sensíveis(Leibniz, Descartes e Kant)

O que captam as sensações?R: Uma sensação capta a existência e a natureza de alguma coisa. Ela é a apreensão de um objeto existente e presente.

-Ela nos faz presentes as coisas como elas são em si.- não é um estado puramente subjetivo, senão um ato pelo qual a consciência se abre ao mundo.- ela é intencional, de algum modo no coloca fora de nós mesmos.-Presença recíproca do homem e do mundo pela qual o homem percebe o mundo e pela qual correlativamente o mundo aparece ao homem.- a sensação é imaterial, e não tem extensão.

Ela capta o seu objeto próprio que é o homem mesmo e o mundo lá fora. -Este é captado como algo existente, extenso, situado, em repouso ou em movimento.-captam, percebem a existência e a natureza singular das coisas.( contato como esse)

Sem duvida a inteligência capta a existência “absolutamente”. Mas o que significa isso? Que compreende o que é em geral a existência. Capta, pois, a essência da existência, ou si se prefere, a existência como essência, mas não o ato de existir, que é sempre singular, hic et hoc

O objeto dos sentidos é sempre o singular, os acidentes, os corpos, as qualidades

O espírito humano se conhece a si mesmo, como dizia S. Agostinho?Sim,

R: Sto. Agostinho dizia: “Mens seipsam novit per seipsam quoniam est incorpore”(a mente se conhece a si mesma através de si mesma, uma vez que é incorpórea).Mente aqui deve ser entendida com o sujeito da faculdade que esta operando

A inteligência só conhece aquilo que esta em ato, portanto ela esta em potencia. A medida que conhece outras coisas ela se torna capaz de conhecer-se.

Qual é a ordem natural do conhecimento segundo S. Tomas de Aquino?Do sensível ao intelectual?

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R: No que se refere ao conhecimento humano, o Aquinate diz que o mesmo tem início no nível sensitivo, que é a base ou condição de todo conhecimento, passando, em seguida, ao intelectivo.

A sensação: primeiro nível do conhecimento humano1.1 Os sentidos externos: primeiro momento da sensação1.2 Os sentidos internos: segundo momento da sensação

O conhecimento intelectivo: segundo momento do conhecimento humano

2.1 O intelecto agente: primeiro momento do conhecimento intelectivo2.2 O intelecto possível: último momento do conhecimento intelectivo

Quais são as duas funções da consciência segundo Wojtyla(cite três características de cada uma delas)

As duas funções da consciência são:a. Função reflexiva: formação da vivencia; formação da experiência; é onde estão

as minhas ações, eu mesmo; é onde os conteúdos da consciência serão “interiorizados” ou “subjetivizados”.

b. Função refletiva: é aonde as coisas objetivas, o conteúdo objetivo do auto conhecimento estão.

É interessante dizer que refletir ainda não é uma das funções da consciência.

Em que consiste a emocionalização da consciência.

É o nome que Wojtila dá ao processo que acontece na consciência quando o homem é muito afetado pela emoção e não consegue racionalizar a sua experiência, função reflexiva se vê incapaz de operar, se dando assim a emocionalização da consciência.

a. O fenômeno da emocionalização da consciência começa quando o autoconhecimento é ineficiente na sua função de objetivizar as emoções e suas reações com o “eu”. Neste processo ocorre que a pessoa é consciente de suas emoções mas(porém) como “algo que acontece” e não como “algo que acontece em mim”. Falta, nesta consciência, um distanciamento que possibilite um primeiro domínio cognoscitivo sobre as emoções.

b. Nesta emocionalização de reflexo, o homem é consciente de suas emoções, mas não do seus significados e de sua relação como o seu “eu” pessoal. Não as compreende objetivamente e, como conseqüência disto “é dominado por elas”.

c. Afeta as duas funções da consciência. E no lugar de vivenciar as suas emoções o homem apenas deixa que elas vivam nele de uma maneira impessoal. Não é possível destacar nelas o perfil da subjetividade pessoal do homem e,

Page 5: Perguntas Para Pp

portanto, não há propriamente vivencia( este destaque da subjetividade pessoal e condição para qualquer vivencial.

d. As causas da emocionalização são a intensidade das emoções, a rapidez na sucessão das emoções e a ineficiência do autoconhecimento para objetivizar e compreender as emoções.

Algunas consecuencias prácticas: 

Un primer paso para el dominio de las propias emociones es un distanciamiento de las mismas por medio de la objetivación: ellas deben ser comprendidas no apenas como algo que sucede, sino como algo que sucede en mí. Este paso de objetivación es realizado por el autoconocimiento, es decir, a nivel cognoscitivo. 

o La comprensión de las emociones como "algo que sucede en mí" implica ya un primer distanciamiento y dominio de las emociones. 

o Este distanciamiento alcanza un ulterior desarrollo en la vivencia de las emociones, en que se encuentra destacada, en esta

experiencia, mi subjetividad personal. Puedo decir entonces: "Yo" no soy mis sentimientos, pero el que yo los tenga tiene un hondo significado para mí y toda mi realidad personal.

o El pleno dominio sobre los sentimientos se da posteriormente, a nivel de la voluntad, cuando "yo" decido qué hacer con los

sentimientos. Ellos son, en este sentido, la materia sobre la cual versan mis decisiones, acciones y virtudes. 

Dicho dominio implicará a veces en lo que Von Hildebrand llama "decapitación del sentimiento": mi voluntad le dice no a un sentimiento, decapitándolo. Al realizar esta decapitación, la voluntad ejerce lo que Von Hildebrand llama "libertad cooperadora". A diferencia de las acciones, las acciones no son obra de la voluntad, pero sólo pueden prosperar con su venia y consentimiento. 

Wojtyla, siguiendo a Aristóteles y Santo Tomás, considera que la voluntad ejerce un dominio político sobre las emociones, siempre buscando convencerlas hacia el bien. Pero esto no niega que en algunas instancias deba ejercer este dominio de manera absoluta (decapitando, como dice Von Hildebrand, ciertos sentimientos que con fuerza lo alejan del bien práctico). 

(cf. Persona y acción, p. 100-105).