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História de Santa Filomena Grande Taumaturga do Século XIX Padroeira do Rosário Vivo Padroeira dos Filhos de Maria - festa: 10 de agosto - No dia 25 de maio de 1802, os ossos de uma mulher entre 13 e 15 anos foi descoberto no cemitério de Santa Priscila, nas escavações das catacumbas em Roma. Uma inscrição próxima ao túmulo dizia “A paz seja contigo, Filomena”, junto com inscrições de uma âncora, três flechas e uma palma. Próximo aos ossos foi descoberto um vaso de vidro com um depósito de sangue ressequido. Por ser costume dos primeiros mártires deixar símbolos e sinais como estes, foi facilmente determinado que Santa Filomena havia sido uma virgem mártir. No reinado do Papa Pio VII, quando foram encontradas essas relíquias, o padre Francisco de Lúcia, da cidade de Mugnano dele Cardinale (Itália), desejou levar as relíquias de um santo para sua paróquia e foi à Santa Sé em Roma para solicitá-las. Quando estava na Capela do Tesouro (onde ficavam as sagradas relíquias), dentre tantas apenas três possuíam nomes: um adulto, uma criança e Santa Filomena. Quando ajoelhou-se diante das relíquias de Santa Filomena, sentiu- se possuído de uma alegria espiritual jamais experimentada. Sentiu também um incontrolável desejo de levar aquelas Sagradas Relíquias para sua igreja em Mugnano. Terminada essa visita, dirigiu-se ao Sr. Bispo de Potenza e ficou sabendo então que precisaria de uma graça muito especial, ou talvez um milagre. Não havia precedentes de a Santa Sé haver confiado tão preciosos tesouros à guarda de um simples sacerdote. E nesse caso seria praticamente

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Page 1: Pequeno Devocionário a Santa Filomena

História de Santa Filomena

Grande Taumaturga do Século XIXPadroeira do Rosário VivoPadroeira dos Filhos de Maria- festa: 10 de agosto -

No dia 25 de maio de 1802, os ossos de uma mulher entre 13 e 15 anos foi descoberto no cemitério de Santa Priscila, nas escavações das catacumbas em Roma. Uma inscrição próxima ao túmulo dizia “A paz seja contigo, Filomena”, junto com inscrições de uma âncora, três flechas e uma palma. Próximo aos ossos foi descoberto um vaso de vidro com um depósito de sangue ressequido. Por ser costume dos primeiros mártires deixar símbolos e sinais como estes, foi facilmente determinado que Santa Filomena havia sido uma virgem mártir.

No reinado do Papa Pio VII, quando foram encontradas essas relíquias, o padre Francisco de Lúcia, da cidade de Mugnano dele Cardinale (Itália), desejou levar as relíquias de um santo para sua paróquia e foi à Santa Sé em Roma para solicitá-las.

Quando estava na Capela do Tesouro (onde ficavam as sagradas relíquias), dentre tantas apenas três possuíam nomes: um adulto, uma criança e Santa Filomena. Quando ajoelhou-se diante das relíquias de Santa Filomena, sentiu-se possuído de uma alegria espiritual jamais experimentada. Sentiu também um incontrolável desejo de levar aquelas Sagradas Relíquias para sua igreja em Mugnano.

Terminada essa visita, dirigiu-se ao Sr. Bispo de Potenza e ficou sabendo então que precisaria de uma graça muito especial, ou talvez um milagre. Não havia precedentes de a Santa Sé haver confiado tão preciosos tesouros à guarda de um simples sacerdote. E nesse caso seria praticamente impossível, por se tratar das relíquias de uma virgem mártir cujo nome era conhecido.

Tendo caído gravemente enfermo, padre Francisco recoreu ao auxílio de Santa Filomena, prometendo tomá-la como especial Padroeira e levar suas relíquias para Mugnano, caso obtivesse autorização para tanto. Curado milagrosamente, retornou então à Santa Sé narrando a graça alcançada e obteve o pedido, levando triunfalmente as relíquias para sua paróquia. Assim que lá chegou começaram a acontecer tantos milagres que ia gente de toda a Itália e Europa a pedir e agradecer graças alcançadas.

Sua popularidade logo se espalhou, sendo seus mais memoráveis devotos São João

Vianney, Santa Madalena Sofia Barat, São Pedro Eymard, e São Pedro Chanel.

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Muitos Papas foram devotos de Santa Filomena. Entre eles, Pio IX, que no dia 7 de novembro de 1849 celebrou a Santa Missa no altar onde estão as Santas Relíquias e, no dia 15 de janeiro de 1857, concedeu ofício próprio com Missa. São Pio X, que em peregrinação a Mugnano doou à imagem da Virgem Mártir um riquíssimo anel. Leão XIII, que peregrinou ao Santuário de Mugnano duas vezes, e em 1884 aprovou, consagrou e indulgenciou o cordão de Santa Filomena.

Depois de ser curada milagrosamente, a Venerável Pauline Jaricot insistiu para que o Papa Gregório XVI iniciasse o exame para a canonização de Santa Filomena, que já estava sendo conhecida como grande

taumaturga.

Gregório XVI, tendo recebido o parecer favorável da Sagrada Congregação dos Ritos à canonização de Santa Filomena, elevou-a à honra dos altares, instituindo ofício próprio para o culto e a festa, proclamando-a A Grande Taumaturga do Século XIX, Padroeira do Rosário

Vivo e Padroeira dos Filhos de Maria.

As relíquias de Santa Filomena ainda são preservadas em Mugnano, na Itália.

A vida de Santa Filomena.

O que sabemos historicamente sobre Santa Filomena, resume-se ao que foi descoberto nas catacumbas de Roma: uma jovem entre 13 e 15 anos, que morreu mártir pela fé. A revelação de sua vida foi feita de maneira extraordinária, tendo a Santa aparecido de maneira particular a três pessoas. Essa narrativa recebeu o "imprimatur" (autorização) da Congregação do Santo Ofício para divulgação. O relato mais detalhado, aqui reproduzido, foi concedido à Irmã Maria Luísa de Jesus:  Santa Filomena era filha de um rei da Grécia, e sua mãe era também de sangue real; como não lhes vinham filhos, ofereciam sacrifícios e preces constantemente a seus falsos deuses para consegui-los. Providencialmente, o médico do palácio, de nome Públio, era cristão. Penalizado pela cegueira espiritual de seus soberanos e inspirado pelo Divino Espírito Santo, falou-lhes da nossa Fé, garantindo-lhes que suas orações seriam ouvidas se abandonassem os falsos deuses e abraçassem a Religião Cristã.

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Impressionados com o que ouviram, e tocados pela Graça, resolveram receber o Batismo, após o qual lhes nasceu uma linda filhinha no dia 10 de janeiro do ano seguinte. Imediatamente, chamaram-na de Lumena ou luz, por ter nascido à luz da fé. Na pia batismal deram-lhe o nome de Filomena, isto é, Filha da Luz, da Luz Divina que lhe iluminou a alma por meio desse Augusto Sacramento. Aos cinco anos de idade recebeu pela primeira vez a Sagrada Comunhão e desde então lhe aumentavam os desejos de íntima união com o Divino Redentor, até que, na idade de 11 anos, a Ele se consagrou por voto de virgindade perpétua. Contava 13 anos quando seu pai foi ameaçado de uma injusta guerra pelo Imperador Diocleciano, obrigando-o a ir a Roma numa tentativa de paz. Acompanharam-no na viagem a esposa e a filha, que era de ambas inseparável. O Imperador os admitiu imediatamente à sua presença, para impor, sem dúvida, seus cruéis objetivos em relação à soberania da pequena Grécia. Mas ao ver a Princesa, tudo se mudou em sua mente doentia. A beleza da menina-moça o encantou e de pronto concordou, não só com uma paz duradoura, mas com uma sincera amizade complementada com privilégios políticos e econômicos, desde que lhe fosse dada a mão da linda princesinha por esposa. Seus pais sentiram-se aliviados e de imediato concordaram com a interessante proposta imperial. De regresso à Grécia, em lágrimas, declarou Santa Filomena, que tudo fizera para convencer seus pais a retirarem a aprovação dada a Diocleciano, que seu coração já pertencia a outro Senhor, o único Soberano, o Rei dos Reis, Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem se consagrara por voto de virgindade quando completara 11 anos de idade. E que nada deste mundo, nem mesmo a morte, a impediria de cumprir sua promessa. Seus pais ficaram arrasados. Amavam-na demasiadamente e sabiam que tal recusa ao Imperador trar-lhes-ia, no mínimo, a morte da sua única e adorada filhinha, dor que certamente não teriam forças para suportar. Então, seu pai, com doçura, procurou convencê-la que seu voto, aos 11 anos, não tinha nenhum valor, porque nessa idade não podia dispor de si. Era um voto nulo. Fora esta, talvez, a parte mais difícil do seu martírio. Enquanto seu pai esforçava-se por dissuadi-la, sua mãe com o rosto encostado ao seu, banhava-o com abundantes lágrimas... Mas que fazer? Seu coração ansiava por encontrar-se com seu Celeste Esposo e, depois, era também por amor a eles - seus pais - que fazia aquele sacrifício, pois queria recebê-los, um dia, no Céu. Entretanto, seu pai, vendo esgotados todos os seus argumentos, aplicou o último recurso. Valeu-se de sua autoridade moral e legal. Disse que a forçaria a obedecer-lhe. Mas o bom Jesus não abandona quem a Ele se consagra de verdade. Dera-lhe forças para, sem ferir a susceptibilidade dos pais, permanecer irredutível. O Imperador considerou a recusa da jovem princesa como um pretexto de deslealdade ao Império e ordenou que a trouxessem a sua presença. Seus pais, antes de levá-la, atiraram-se aos seus pés e suplicaram-lhe que se apiedasse deles e do seu reino. Respondeu-lhes que o único reino pelo qual deveriam lutar era o Reino dos Céus, e que lá os esperaria. Encerrara aqui a primeira batalha do seu martírio.

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Chegada à presença do Imperador, este usou a mesma tática do seu pai. Primeiramente, empregou todos os recursos possíveis para convencê-la a ser Imperatriz de Roma. Fez-lhe mil lisonjas e promessas, mas como seu esforço foi inútil, enfureceu-se, e ordenou que a encarcerassem nos subterrâneos do Palácio. Todavia, ia visitá-la diariamente na prisão, na esperança de, galanteando-a, conseguir quebrar sua resistência. Durante tais visitas, permitia que a aliviassem das correntes e lhe dessem um pouco de água e pão, Mas sem nada conseguir, retirava-se, cada vez mais enfurecido e ordenando que se lhe aumentassem as torturas. Impossível era que, uma frágil menina de apenas 13 anos, que vivera sempre cercada do máximo conforto e desvelo no Palácio de seus pais, resistir a tantas torturas, não fora a proteção especial que lhe dispensavam seu Divino Esposo e a Virgem Santíssima, os quais visivelmente encorajavam-na com freqüentes aparições. Decorridos 37 dias em que se encontrava em tão lastimável estado, a Rainha do Céu lhe apareceu aureolada por uma deslumbrante luz, trazendo desta vez, em seus braços, o Deus-Menino, e disse-lhe que, depois de mais três dias, iria ser retirada daquele cárcere, quando então teria que sofrer cruéis tormentos por amor ao seu Divino Filho. Tal aviso deixou a "Princesinha do Paraíso" apavorada. Mas a Celeste Rainha encorajou-a com as seguintes palavras:

“Minha filha, tu me és mais querida acima de todas, porque trazes o meu nome e o do meu Filho. Tu te chamas Lumena. Meu Filho, teu Esposo, chama-se Luz, Estrela, Sol. E eu me chamo Aurora, Estrela, Luz, Sol. Serei o teu amparo. Agora é o momento transitório da fraqueza e da humilhação humanas; quando chegar, porém, a hora extrema do teu julgamento, da tua decisão ante os horríveis tormentos que te serão impostos, receberás a graça da divina força. Além do teu Anjo da Guarda, terás a teu lado o Arcanjo São Gabriel, cujo nome significa "a Força do Senhor". Quando eu estava na terra era ele o meu protetor. Mandá-lo-ei agora àquela que é a minha mais querida filha.” 

   

Após tão maravilhosa visita, a Rainha dos Céus desapareceu deixando a jovem prisioneira reanimada, disposta mesmo a sofrer os maiores tormentos por amor ao Divino Filho de Maria que por ela dera a vida no madeiro da Cruz. Ao enlevo em que ficara pela presença da Mãe de Deus, juntara-se um celeste perfume com o qual a Excelsa Senhora a inebriara e que permaneceu no cárcere enquanto lá esteve prisioneira. Passados os três dias, cumpriu-se o que a Celeste Rainha anunciara. O Imperador vendo-se irremediavelmente derrotado pela firmeza da princesa, resolveu mandá-la

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torturar publicamente. O primeiro dos suplícios foi o dos açoites, acompanhado por horrorosas blasfêmias. O corpo da menina ficou reduzido a uma única chaga e, já agonizante, foi a mesma atirada na escura prisão onde deveria exalar os últimos suspiros. Mas quando julgava haver chegado o momento de se apresentar ante seu Celeste Esposo, dois formosos Anjos lhe apareceram, ungiram seu dilacerado corpo com um bálsamo celeste e deixaram-na completamente curada. Na manhã seguinte, o Imperador, ao tomar conhecimento da assombrosa notícia, ordenou que a levassem à sua presença. Ao vê-la mais encantadora que nunca, desmanchou-se em lisonjas procurando convencê-la de que fora o deus Júpiter que a havia curado por destiná-la a ser Imperatriz de Roma. Iluminada pelo Divino Espírito Santo, a Princesa Mártir repeliu firmemente o sofisma e respondeu ao tirano que seus deuses coisa alguma poderiam fazer. Eram simples estátuas de matéria inerte, cujos ilusórios trunfos não passavam de frutos da imaginação doentia dos homens que os criaram. Advertiu-o que se despertasse e procurasse ver o único Deus existente, Criador do Universo, dos Anjos e dos homens, o Deus que os cristãos adoram e diante do qual também ele, Imperador, teria de comparecer um dia para prestar contas dos seus atos. Diocleciano, vendo-se mais uma vez derrotado, louco de raiva por não poder responder aos argumentos sensatos da princesinha cristã face à impotência dos deuses do Império, ordenou que lhe amarrassem uma âncora no pescoço e a lançassem no rio Tibre. Entretanto, o Divino Redentor veio em socorro da sua consagrada, confundindo seus inimigos e convertendo a muitos: no exato momento em que a mesma estava sendo atirada no rio Tibre, dois Anjos apareceram, cortaram a corda que prendia a âncora, e a transportaram para a outra margem, sem que as águas lhe tocassem sequer as vestes. Esse grandioso milagre foi presenciado por centenas de pessoas, das quais muitas se converteram, inclusive os soldados que a lançaram no Tibre. O Imperador, porém, mais obstinado que Faraó, atribuiu o maravilhoso prodígio a algum poder mágico da menina, declarou-a feiticeira e ordenou que fosse arrastada pelas principais ruas da

cidade e depois transpassada por setas. Mortalmente ferida, foi abandonada no cárcere como se já estivesse morta. Mas seu Celeste Esposo fê-la cair num sono reparador, despertando-a mais tarde completamente curada e mais formosa que nunca. O Imperador, no entanto, ao invés de se curvar ante a evidência do indiscutível poder do Deus único e verdadeiro, enfureceu-se ainda mais e ordenou que a flechassem ininterruptamente até ficar comprovadamente morta. Mas, que maravilha! Por mais que se esforçassem os arqueiros, nenhuma seta saiu dos respectivos arcos. Julgou ainda o Imperador, que tal fato se verificara em razão do forte poder mágico de que era possuidora a princesa, o qual só poderia ser vencido pelo fogo. Determinou então que todas as setas fossem

colocadas numa fornalha até ficarem totalmente rubras. Mas o Divino Esposo da sua

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eleita fez com que as setas em brasa se voltassem contra os que as haviam lançado, seis dos quais tiveram morte instantânea. Esse extraordinário prodígio foi causa de numerosas conversões, passando o povo a reverenciar a fé e a reconhecer o ilimitado poder do Deus dos cristãos que tão bem protegia a sua mártir. Temendo o Imperador maiores conseqüências, e já bastante confuso, ordenou que a Princesa fosse imediatamente decapitada. Mas ainda desta vez nenhum poder teria o tirano, não fora a vontade do Altíssimo permitir a consumação do martírio, a fim de que a "Princesinha do Céu" - conforme a chamara a Virgem Santíssima - pudesse receber na Glória o prêmio eterno da sua incondicional fidelidade a Cristo Jesus. Assim, a Virgem Mártir doou sua vida por amor ao divino Filho da Virgem Santíssima, transformando seu precioso sangue virginal em semente fecunda que haveria de gerar milhões de almas para o eterno serviço de Deus. Colheu a palma do martírio numa sexta-feira, às três horas da tarde, sendo 10 de agosto o dia. 

História da vida de Santa Filomena.

Segundo as revelações a Madre Maria Luisa de Jesus.

"Eu sou a filha de um príncipe que governava um pequeno estado da Grécia. Minha Mãe era também da realeza. Eles não tinham meninos. Eram idolatras e continuamente ofereciam orações e sacrifícios à seus deuses falsos. Um doutor de Roma chamado Publio vivia no palácio ao serviço de meu pai. Este doutor havia professado o cristianismo. Vendo a aflição de meus pais e por um impulso do Espírito Santo lhes falou acerca de nossa fé e lhes prometeu orar por eles, se consentissem em batizarem-se.

A graça que acompanhava suas palavras, iluminaram o entendimento de meus pais e triunfou sobre sua vontade. Se fizeram cristãos e obtiveram seu esperado desejo de ter filhos. Ao momento de nascer me puseram o nome de Lumena, em alusão à luz da fé, da qual era fruto. No dia de meu batismo me chamaram Filomena, filha da luz (filia luminis) porque nesse dia havia nascido à fé. Meus pais me tinham grande carinho e sempre me tinham com eles. Foi por isso que me levaram a Roma, em uma viagem que meu pai foi obrigado a fazer devido a uma guerra injusta.

Eu tinha treze anos. Quando chegamos a capital nos dirigimos ao palácio do imperador e fomos admitidos para uma audiência. Tão pronto como Diocleciano me viu fixo os olhos em mim. O imperador ouviu toda a explicação do príncipe, meu pai. Quando este acabou e não querendo ser já mais molestado lhe disse: eu porei a tua disposição toda a força de meu império. Eu só desejo uma coisa em troca, que é a mão de tua filha. Meu pai deslumbrado com uma honra que não esperava, atende imediatamente a proposta do imperador e quando regressamos a nossa casa, meu pai e minha mãe fizeram todo o possível para induzir-me a que cedesse aos desejos do imperador e os seus. Eu chorava e lhes dizia: vocês desejam que pelo amor de um homem eu rompa a promessa que fiz a Jesus Cristo? Minha virgindade pertence a ele

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e eu já não posso dispor dela. Mas sois muito jovem para esse tipo de compromisso - Me diziam - e juntavam as mais terríveis ameaças para fazer-me aceitar casar com o imperador.

A graça de Deus me fez invencível. Meu pai não podendo fazer o imperador ceder e para desfazer-se da promessa que havia feito, foi obrigado por Diocleciano a levar-me a sua presença. Antes tive que suportar novos ataques da parte de meus pais até o ponto, que de joelhos ante mim, imploravam com lágrimas em seus olhos, que tivesse piedade deles e de minha pátria. Minha resposta foi: Não, não, Deus e o voto de virgindade que lhe fiz, vem primeiro que vocês e minha pátria. Meu reino é o Céu. Minhas palavras os fez desesperar e me levaram ante a presença do imperador, o qual fez todo o possível para ganhar-me com suas atrativas promessas e com suas ameaças, as quais foram inúteis. Ele ficou furioso e, influenciado pelo demônio, me mandou a um dos cárceres do palácio onde fui encadeada. Pensando que a vergonha e a dor iam me debilitar o valor que meu Divino Esposo me havia inspirado. Me vinha ver todos os dias e soltava minhas cadeias para que pudesse comer a pequena porção de pão e água que recebia como alimento, e depois renovava seus ataques, que se não houvesse sido pela graça de Deus não teria resistido.

Eu não cessava de encomendar-me a Jesus e sua Santíssima Mãe. Meu cativeiro durou trinta e sete dias, e no meio de uma luz celestial, vi a Maria com seu Divino Filho em seus braços, a qual me disse: "Filha, três dias mais de prisão e depois de quarenta dias, se acabará este estado de dor ." As felizes noticias fizeram meu coração bater de alegria, mas como a Rainha dos Anjos havia dito, deixaria a prisão, para sustentar um combate mais terrível que os que já havia tido. Passei da alegria a uma terrível angustia, que pensava me mataria. Filha, tem valentia, disse a Rainha dos Céus e me recordou meu nome, o qual havia recebido em meu Batismo dizendo-me: "Vós sois LUMENA, e Vosso Esposo é chamado Luz. Não tenhais medo. Eu ajudarei no momento do combate, a graça virá para dar-vos força. O anjo Gabriel virá a socorrer, eu lhe recomendarei especialmente a ele, vosso cuidado".

As palavras da Rainha das Virgens me deram ânimo. A visão desapareceu deixando a prisão cheia de um perfume celestial. O que me havia anunciado, logo se realizou. Diocleciano perdendo todas as suas esperanças de fazer-me cumprir a promessa de meu pai, tomou a decisão de torturar-me publicamente e o primeiro tormento era ser flagelada. Ordenou que me tirassem meus vestidos, que fosse atada a uma coluna em presença de um grande número de homens da corte, fez com que me flagelassem com tal violência, que meu corpo se banhou em sangue, e luzia como uma só ferida aberta. O tirano pensando que eu ia desmaiar e morrer, me fez arrastar a prisão para que morresse.

Dois Anjos brilhantes como a luz, me apareceram na obscuridade e derramaram um bálsamo em minhas feridas, restaurando em mim a força, que não tinha antes de minha tortura. Quando o imperador foi informado da mudança que em mim havia ocorrido, me fez levar ante sua presença e trato de fazer-me ver que minha cura se devia a Júpiter o qual desejava que eu fosse a imperatriz de Roma.

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O Espírito Divino, ao qual lhe devia a constância em perseverar na pureza, me encheu de luz e conhecimento, e a todas as provas que dava da solidez de nossa fé, nem o imperador nem sua corte podiam achar resposta. Então, o imperador frenético, ordenou que me afogassem, com um âncora atada ao pescoço nas águas do rio Tiber. A ordem foi executada imediatamente, mas Deus permitiu que não acontecesse. No momento no qual ia ser precipitada ao rio, dois Anjos vieram em meu socorro, cortando a corda que estava atada a âncora, a qual foi parar ao fundo do rio, e me transportaram gentilmente a vista da multidão, nas margens do rio. O milagre fez que um grande número de espectadores se convertessem ao cristianismo.

O imperador, alegando que o milagre se devia a magia, me fez arrastar pelas ruas de Roma e ordenou que me fosse disparada uma chuva de flechas. O sangue brotou de todas as partes de meu corpo e ordenou que fosse levada de novo a meu cárcere. O céu me honrou com um novo favor. Entrei em um doce sono e quando despertei estava totalmente curada. O tirano cheio de raiva disse: Que seja traspassada com flechas afiadas. Outra vez os arqueiros dobraram seus arcos, colheram todas as suas forças, mas as flechas se negaram a sair. O imperador estava presente e ficou furioso e pensando que a ação do fogo podia romper o encanto, ordenou que se pusesse a esquentar no forno e que fossem dirigidas ao meu coração. Foi obedecido, mas as flechas, depois de ter percorrido parte da distância, tomaram a direção contrária e regressaram a ferir a aqueles que a haviam atirado. Seis dos arqueiros morreram. Alguns deles renunciaram ao paganismo e o povo começou a dar testemunho público do poder de Deus que me havia protegido.

Isto enfureceu ao tirano. Este determinou apressar minha morte, ordenando que minha cabeça fosse cortada com um machado. Então, minha alma voou até meu Divino Esposo, o qual me deu a coroa da virgindade a palma do martírio.

Novena a Santa Filomena

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Composta pelo Cura d'Ars, São João Batista Maria Vianney.

Oração Final para todos os dias Ó Deus, que entre os outros milagres do Vosso poder, também ao sexo frágil destes a vitória do martírio, concedei propício que nós, celebrando o natalício de Santa Filomena, Vossa Virgem e Mártir, pelos seus exemplos, cheguemos por ela a Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém

Meditação para o Primeiro Dia 1- Considerai que Santa Filomena foi Virgem.. Virgem em meio ao mundo. Virgem não obstante a perseguição. Virgem até a morte. Que modelo! Posso contemplá-la sem confusão? Qual será o remédio? 2- Humilhai-vos muitas vezes pelo que vos confundiu, considerando a sua pureza virginal.

3- Assisti à Santa Missa em sua honra.

Meditação para o Segundo Dia 1- Considerai que Santa Filomena foi e não deixou de ser Virgem.Porque soube mortificar os corruptos desejos da carne, conservar, no uso dos sentidos, a modéstia de Jesus Cristo,conservar-se afastada de um mundo enganador e das ocasiões perigosas.Será que a imitastes em tudo isso? Quais as fontes das vossas tentações, das vossas fraquezas, das vossas inquietações, das vossas quedas. Procurai analisá-las. 2- Fugi do que vos causou dano, praticai o que tivestes a desgraça de negligenciar relativamente à castidade.

Meditação para o Terceiro Dia 1- Considerai que Santa Filomena conservou e aumentou o amor pela Virgindade com a oração, fonte abundante da vida sobrenatural, com os Sacramentos, pelos quais a alma se leva no Sangue de Jesus Cristo e se alimenta com o Sagrado Corpo, germe divino da virgindade cristã, com a lembrança de que seus membros eram os membros do Corpo de Jesus Cristo e de que seu corpo era templo do Espírito Santo.Não tendes porventura os mesmos meios?Que uso deles fazeis? 2- Redobrai de fervor em todas as vossas orações.

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Dizei de quando em quando a vós mesmos: meus membros são os de Jesus Cristo, o templo do Espírito Santo.

Meditação para o Quarto Dia 1- Considerai que Santa Filomena foi Mártir, que teve de sofrer, sofrer muito, sofrer até a morte, e que mostrou nesses tormentos uma insuperável paciência. Estão em vós indissoluvelmente ligados o sofrimento e a paciência. Muitas vezes tendes que sofrer, que sofrer pouco, jamais que morrer em conseqüência. Donde provém tanta debilidade?Não quereis talvez dar-lhe remédio?Que meios escolheis portanto? 2- Sofrer com paciência as poucas dores, contrariedades e penas que aprouver ao Senhor enviar-nos neste dia. Para se obter uma graça difícil é necessário estar em estado de graça através de uma confissão bem feita ao sacerdote e, se for possível, comungar nove dias em honra de Santa Filomena. Outro meio eficaz é a vigília.

Meditação para o Quinto Dia 1- Considerai que Santa Filomena sofreu o martírio por Jesus Cristo.Queriam arrebatar-lhe a fé, queriam fazer com que violasse os votos de seu Batismo, induzi-la a seguir os exemplos dos idólatras ou dos apóstatas. E que desejam de vós, em tantas ocasiões, o demônio, o mundo, a carne e o vosso próprio coração, senão semelhantes infidelidades?Estas se reduzem à ofensa a Deus.Não são talvez os vãos temores que vos fazem faltar agora aos vossos deveres e trair a vossa fé?Ó Deus, que vergonhosa tibieza! Recuperai finalmente a coragem. 2- Vencei algum respeito humano.Dizei de quando em quando a vós mesmos: É melhor agradar a Deus que aos homens.

Meditação para o Sexto Dia 1- Considerai que Santa Filomena, morrendo por Jesus Cristo, teve de pôr em prática esta máxima do Salvador: "Aquele que ama mais o Pai, a mãe, o Filho ou a filha e a própria vida que a Mim, não é digno de Mim" (Mt 10,38-39).Ela não hesitou.

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Tudo sacrificou, conquanto o sangue e a natureza erguessem a sua voz; em ocasiões menos difíceis, mostrar-nos-íamos dignos de Cristo? Se nos aparecer alguma vez uma escolha entre Deus e as criaturas, entre a graça e a natureza, entre o amor de Deus e as afeições às criaturas, a quem daremos a preferência? Oh!, não mais desçamos no futuro, da nossa dignidadde de Filhos de Deus e de discípulos de Jesus Cristo. 2- Esforcemo-nos neste dia por não agradar senão a Deus ou às criaturas somente por Deus.

Meditação para o Sétimo Dia 1- Considerai que Santa Filomena, morrendo por Jesus Cristo, teve de tolerar as zombarias, os sarcasmos, os ultrajes de seus perseguidores, de seus algozes e da maior parte dos espectadores de seu suplício.Ela não foi menos generosa, menos constante, menos alegre na confissão pública de sua fé.Se o mundo vos der a beber em semelhante cálice, tereis bastante coragem para tragar-lhe a amargura com iguais sentimentos? Oh!, que importam as suas burlas, os seus desprezos, as suas mais injustas e mais sanguinolentas perseguições? Pode jamais ser desonrado aquele que por Deus é honrado? Não temais, Segui o vosso caminho.Ele terminará na posse da glória eterna. 2- Não deixeis que se perturbe o vosso coração se vos disserem alguma palavra desabrida, grosseira, mordaz, ofensiva, etc.

Meditação para o Oitavo Dia 1- Considerai que Santa Filomena, morrendo por amor de Jesus Cristo a todas as coisas deste mundo abjeto, entrou no gozo da vida eterna. Sim, estou certa, dizia em seu coração, de que o Supremo Juiz me concederá, em troca dos bens passageiros que sacrifico por Seu amor, a coroa de justiça que me prometeu. Ela morre, e ei-la no tabernáculo de Deus, com os Santos a seguir o Cordeiro.São estes os pensamentos que procuro ter quando me acho diante de algum sacrifício?Que impressão causam a minha alma os sacrifícios? Para que lado fazem cair a balança? Ah! os Santos para tudo possuir, tudo diziam, perdiam tudo, e que direi eu? 2-Façamos neste dia algum sacrifício voluntário. Façamos prontamente e de boa vontade os que estão unidos aos nossos deveres, etc.

Meditação para o Nono Dia 1- Considerai que Santa Filomena, depois de tudo haver sacrificado neste miserável mundo por amor a Jesus Cristo, d'Ele recebeu, mesmo neste mundo, mais do cêntuplo de quanto havia dado.

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Quanta reputação! Quanto poder! Quanta glória! Quanta grandeza humilhada a seus pés! Que numerosa afluência de peregrinos a seus diversos santuários! Quantas festas em sua honra! Que testemunhos de veneração lhe são tributados! Assim exatamente cumpre Deus as suas promessas. Oh!, se com igual fidelidade guardássemos as nossas para com Ele!Mas privando-O de Sua glória, não viremos talvez a privar-nos também de tantos méritos e favores, seja neste mundo seja no outro?Coragem, portanto. Sede fiéis, para que Deus o seja convosco. 2- Fazei hoje alguma obra de misericórdia em honra de Santa Filomena. Disponde-vos por uma boa confissão a receber dignamente Nosso Senhor Jesus Cristo.

Novena a Santa Filomena. Rezar por nove dias seguidos:

Oh! grande Santa Filomena, virgem e mártir, realizadora de maravilhas de nossa era, dou as mais fervorosas graças a Deus pelos dons milagrosos outorgados a Vós, e vos suplico concedei-me uma parte das graças e benções das quais vos haveis sido o canal para tantas almas. Pela heróica fortaleza com a qual confrontastes a fúria de tiranos e o desgosto dos poderosos antes que desviasse de vossa aliança com o Rei do Céu , obtende para mim pureza de corpo e alma, pureza de coração e desejo, pureza de pensamento e afeto. Por vossa paciência sob sofrimentos multiplicados, obtende para mim uma aceitação submissa de todas as aflições que possa comprazer a Deus enviar-me e como vós escapastes milagrosamente ilesa das águas do Tibre, no qual fostes arrojada por ordem de vosso perseguidor, assim também eu possa passar através das águas da tribulação sem detrimento a minha alma. Além destes favores, obtende para mim, Oh! esposa fiel de Jesus, a necessidade particular que ardentemente vos recomendo neste momento. Oh! virgem pura e mártir santa, dignai dirigir um olhar de piedade desde o Céu sobre vosso devoto servo, consolai-me na aflição, assisti-me no perigo, sobre tudo vinde em meu auxílio na hora de minha morte. Guardai os interesses da Igreja de Deus, rezai por sua exaltação e prosperidade, a extensão da Fé, pelo Soberano Pontífice, pelo clero, pela perseverança do justo, a conversão dos pecadores, e o sufrágio das almas do Purgatório, especialmente meus entes queridos. Oh! grande Santa, cujo triunfo celebramos na terra , intercedei por mim, para que um dia possa contemplar a coroa de Glória outorgada a vós no Céu e bendizer a Quem liberalmente recompensa por toda a eternidade os sofrimentos suportados por Seu amor durante esta curta vida. Amém.

Page 13: Pequeno Devocionário a Santa Filomena

Oração a Santa Filomena.

Oh! Puríssima virgem, gloriosa mártir Santa Filomena, a quem Deus em Seu poder eterno parece ter revelado ao mundo nestes dias desastrosos para reviver a fé, sustentar a esperança e inflamar a caridade em almas cristãs. Contemplai-me prostrado a vossos pés. Dignai-vos, Oh! virgem cheia de bondade e virtude,receber minhas humildes orações e obter para mim essa pureza pela qual sacrificastes os prazeres mais atrativos do mundo, essa fortaleza de alma que vos fez resistir aos mais terríveis ataques e esse ardente amor por nosso Senhor Jesus Cristo que os mais temidos tormentos não puderam extinguir em vós. Assim que, imitando-vos nesta vida, possamos algum dia estar convosco no Céu. Amém.

Santa Filomena, patrona dos Filhos de Maria, rogai por nós.

Oração a Santa Filomena.

Ó gloriosa Virgem e Mártir Santa Filomena, que do Céu onde reinais vos comprazeis em fazer cair sobre a Terra benefícios sem conta, eis-me aqui prostrado a vossos pés para implorar-vos socorro para minhas necessidades que tanto me afligem, vós que sois tão poderosa junto a Jesus, como provam os inumeráveis prodígios que se operam por toda parte onde sois invocada e honrada.

Alegro-me ao ver-vos tão grande, tão pura, tão santa, tão gloriosamente recompensada no céu e na terra.

Atraído por vossos exemplos à prática de sólidas virtudes e cheio de esperança à vista das recompensas concedidas aos vossos merecimentos, eu me proponho de vos imitar pela fuga do pecado e pelo perfeito cumprimento dos mandamentos do Senhor.

Ajudai-me, pois, ó grande e poderosa Santinha, nesta hora tão angustiante em que me encontro, alcançando-me a graça que vos peço e sobretudo uma pureza inviolável, uma fortaleza capaz de resistir a todas as tentações, uma generosidade de que não recuse a Deus nenhum sacrifício e um amor forte como a morte pela fé em Jesus Cristo, uma grande devoção e amor a Maria Santíssima e ao Santo Padre, e ainda a graça de viver santamente a fé para um dia estar contigo no céu por toda a eternidade.

Pai-Nosso... Ave-Maria... Glória...

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Saudação a Santa Filomena. (Oração muito poderosa e querida a Santa Filomena, composta pela Serva de Deus Irmã Maria Luisa de Jesus)

Saúdo-vos, Filomena, Virgem e Mártir de Jesus Cristo, e peço-vos oreis a Deus pelos justos, para que se conservem em sua justiça e cresçam diariamente de virtude em virtude. Creio em Deus Pai...

Saúdo-vos, Filomena, Virgem e Mártir de Jesus Cristo, e peço-vos oreis a Deus pelos pecadores, para que se convertam e vivam a vida da graça.Creio em Deus Pai...

Saúdo-vos, Filomena, Virgem e Mártir de Jesus Cristo, e peço-vos oreis a Deus pelos heréticos e infiéis, para que venham à verdadeira Igreja e sirvam ao Senhor em espírito e verdade.Creio em Deus Pai...

Glória ao Pai... (3 vezes, à Santíssima Trindade, em ação de graças pelos favores concedidos a tão ilustre Virgem Mártir heroína do Evangelho)

Uma Salve Rainha (à Virgem das Dores, para agradecer-lhe a suprema fortaleza que lhe alcançou nos seus múltiplos e cruéis martírios).

Coroinha de Santa Filomena.

A Coroinha de Santa Filomena é um pequeno rosário formado por contas brancas e vermelhas. Reza-se assim: 1 Credo... (na medalha)3 Pai-Nossos (nas contas brancas) em honra da Santíssima Trindade, por cuja glória Santa Filomena deu a vida.13 Ave-Marias (nas contas vermelhas) em louvor dos 13 anos em que viveu na terra a Virgem Mártir.A cada Ave-Maria acrescenta-se a jaculatória:

Santa Filomena, pelo sangue que derramastes por amor a Jesus Cristo, alcançai-me a graça que vos peço.

ou:

Santa Filomena, pelo Vosso amor por Jesus e Maria, rogai por nós.

Termina-se a coroinha na medalha triangular, com uma oração a Santa Filomena:

Page 15: Pequeno Devocionário a Santa Filomena

Ó gloriosa Princesa da Corte Celestial, Santa Filomena, prostrado diante de vós, rememorando as vossas virtudes e prodígios, minha alma engrandece ao Senhor que operou em vós tamanha maravilha de santidade.Querida Protetora, vinde em meu auxílio para conduzir-me pelos caminhos da virtude, para ser minha fortaleza em face do inimigo infernal, para me trazer do Coração de Jesus a riqueza dos auxílios divinos que são pra este devoto a saúde, a paz do coração, a solução de minhas dificuldades, o bem-estar de minha família e o consolo em toda tribulação.Milagrosa Santa Filomena, em Vós confio! Amém.

(também se reza a Ladainha e uma Salve Rainha) Aprovada+ Delfim, Bispo DiocesanoLeopoldina, 8-3-1960

Ladainha de Santa Filomena(composta pelo Cura d'Ars, São João Batista Maria Vianney)

Senhor, tende piedade de nós.Jesus Cristo, tende piedade de nós.Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.Jesus Cristo, atendei-nos.

Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.Filho de Deus, Redentor do Mundo, tende piedade de nós.Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, Rainha das Virgens, rogai por nós.

Santa Filomena, cheia de abundantes graças desde o berço, rogai por nós.Santa Filomena, fiel imitadora de Maria, rogai por nós.Santa Filomena, modelo das Virgens, rogai por nós.Santa Filomena, templo da perfeita humildade, rogai por nós.Santa Filomena, abrasada no zelo da glória de Deus, rogai por nós.Santa Filomena, vítima do amor de Jesus, rogai por nós.Santa Filomena, exemplo de força e de perseverança, rogai por nós.Santa Filomena, espelho das mais heróicas virtudes, rogai por nós.Santa Filomena, firme e intrépida em face dos tormentos, rogai por nós.Santa Filomena, flagelada como o vosso Divino Esposo, rogai por nós.Santa Filomena, que preferistes as humilhações da morte aos esplendores do trono, rogai por nós.Santa Filomena, que convertestes as testemunhas do vosso martírio, rogai por nós.Santa Filomena, que cansastes o furor dos algozes, rogai por nós.Santa Filomena, protetora dos inocentes, rogai por nós.

Page 16: Pequeno Devocionário a Santa Filomena

Santa Filomena, padroeira da juventude, rogai por nós.Santa Filomena, asilo dos desgraçados, rogai por nós.Santa Filomena, saúde dos doentes e enfermos, rogai por nós.Santa Filomena, nova luz da Igreja peregrinante, rogai por nós.Santa Filomena, que confundia a impiedade do século, rogai por nós.Santa Filomena, cujo nome é glorioso no Céu e formidável para o inferno, rogai por nós.Santa Filomena, ilustre pelos mais esplêndidos milagres, rogai por nós.Santa Filomena, poderosa junto de Deus, rogai por nós.Santa Filomena, que reinais na glória, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

Rogai por nós, Santa Filomena,para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

OraçãoNós Vos suplicamos, Senhor, que nos concedais o perdão dos nossos pecados pela intercessão de Santa Filomena, Virgem Mártir, que foi sempre agradável aos vossos olhos pela sua eminente castidade e exercício de todas as virtudes.

Santa Filomena, rogai por nós. (3 x)

A.M.D.G.