pequena histÓria pedolÓgica

17
108 PEQUENA HISTÓRIA PEDOLÓGICA OMAR NETO FERNANDES BARROS * A Pedologia busca apreender o solo, defi- nindo categorias básicas de descrição, classificação e mapeamento. Descreve-se o solo objetivando enquadrá-lo em um corpo de categorias definidas e conhecidas, atra- vés das quais este será classificado e sua ocorrência espacial representada. No inicio a ciência pedológica teve fortes 1i gações com a Geo 1 agi a, conseq\ientemente as primeiras tentativas classificatórias foram sobremo- do influenciadas por esta última. No Brasil, através do Instituto Agron6mico de Campinas, iniciou-se nos idos de 1948 os primeiros estudos sobre solos do Estado de são Paulo. Estes trabalhos desenvolvidos sob a orienta- ção de Váger1e l especialista alemão, tiveram base de classificaçao na Geologia. Os solos foram entao en- quadrados em IIGrandes Tiposll cujas denominações eram fortemente influenciadas pelas designações das forma- ções geológicas e também, por nomes populares. Aparece- ram assim os solos do Devoniano, do Glacial, do Arenito Bauru, Terra Roxa Estruturada, Terra Roxa Legitima; para citar alguns exemplos. (Demattê, 1979). A escola russa, iniciada por Dokuchgiev (1846-1903) de orientação essencialmente geneti- co-morfológica tem fundamental importância por estabe- lecer a primeira classificação tendo por base as pró- prias caracteristicas dos solos e os fatores de forma- ção genética, sobretudo o clima (Moniz, 1975). Talvez por trabalhar numa região onde os solos apresentam ca- madas bem individualizadas (Ucrânia e Gorki), Doku- chaiev tenha postulado enfaticamente que os solos são compostos de uma sucessão de camadas horizontais. Esta Docente do Depto de Mestre em Geografia Fisica.

Upload: lykhuong

Post on 08-Jan-2017

232 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

108

PEQUENA HISTOacuteRIA PEDOLOacuteGICA

OMAR NETO FERNANDES BARROS

A Pedologia busca apreender o solo defishynindo categorias baacutesicas de descriccedilatildeo classificaccedilatildeo e mapeamento Descreve-se o solo objetivando enquadraacute-lo em um corpo de categorias definidas e conhecidas atrashyveacutes das quais este seraacute classificado e sua ocorrecircncia espacial representada No inicio a ciecircncia pedoloacutegica teve fortes 1 i gaccedilotildees com a Geo 1 agi a conseqientemente as primeiras tentativas classificatoacuterias foram sobremoshydo influenciadas por esta uacuteltima No Brasil atraveacutes do Instituto Agron6mico de Campinas iniciou-se nos idos de 1948 os primeiros estudos sobre solos do Estado de satildeo Paulo Estes trabalhos desenvolvidos sob a orientashyccedilatildeo de Vaacuteger1e l especialista alematildeo tiveram su~ base de classificaccedilao na Geologia Os solos foram entao enshyquadrados em IIGrandes Tiposll cujas denominaccedilotildees eram fortemente influenciadas pelas designaccedilotildees das formashyccedilotildees geoloacutegicas e tambeacutem por nomes populares Apareceshyram assim os solos do Devoniano do Glacial do Arenito Bauru Terra Roxa Estruturada Terra Roxa Legitima soacute para citar alguns exemplos (Demattecirc 1979)

A escola russa iniciada por Dokuchgiev (1846-1903) de orientaccedilatildeo essencialmente genetishyco-morfoloacutegica tem fundamental importacircncia por estabeshylecer a primeira classificaccedilatildeo tendo por base as proacuteshyprias caracteristicas dos solos e os fatores de formashyccedilatildeo geneacutetica sobretudo o clima (Moniz 1975) Talvez por trabalhar numa regiatildeo onde os solos apresentam cashymadas bem individualizadas (Ucracircnia e Gorki) Dokushychaiev tenha postulado enfaticamente que os solos satildeo compostos de uma sucessatildeo de camadas horizontais Esta

Docente do Depto de G~oci~nciasCCEFUEL-LondrinaPRMestre em Geografia Fisica

postulaccedilatildeo teraacute forte influecircncia na caracterizaccedilatildeo e classificaccedilatildeo dos solos desenvolvidas posteriormente

degpensamento apresentado pela escola russa represe~ta um avanccedilo em relaccedilatildeo agraves postulaccedilotildees da escoshyla geologica desde seu inlcio enfatizou que rochas idecircnticas poderiam originar solos distintos desde que situadas em climas diferentes Uma outra contribuiccedilatildeo significativa desta escola estaacute na elaboraccedilatildeo das bases do trabalho de Marbut que teraacute influecircncia em todo o Ocidente (Moniz 1975)

Os trabalhos de Marbut deram origem agrave classhysificaccedilatildeo americana sendo a pedologia brasileira muishyto influenciada por esta escola Num primeiro momento adotou-se o sistema de slmbolos para denominaccedilatildeo das camadas ou horizontes do solo Estes slmbolos seguem uma orientaccedilatildeo geneacutetica e satildeo classicamente designados O A B C e R Posteriormente foi desenvolvido pelos americanos um sistema de classificaccedilatildeo mais detalhado que pretende ser de validade universal Este sistema estaacute contido no que convencionou-se chamar de 7ordf Aproshyximaccedilao

A 7ordf Aproximaccedilatildeo eacute a forma mais elaborada de uma seacuterie de pesquisas resultantes de vaacuterios trabashylhos e crlticas itas por vaacuterios pedoacutelogos do mundo todo (Demattecirc 1979) Para classificar-se solos atraveacutes deste sistema necessita-se uma enorme quantidade de dados morfoloacutegicos descritivos acrescidos de anaacutelises de laboratoacuterio e interpretaccedilotildees geneacuteticas tornando-o complicado e preconceituoso

A Aproximaccedilatildeo do Sistema Classificaccedilatildeo de Solos surgiu em 1980 e pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de

Brasileiro foi elaborada Pesquisa

de

Ashygro-Pecuaacuteria) Ela reflete uma tentativa de agrupar os conceitos expostos nas antigas classificaccedilotildees brasileishyras e na atual classificaccedilatildeo americana (7ordf Aproxima ccedilatildeo) como percebe-se pela proacutepria designaccedilatildeo do seu

109

110

nome (EMBRAPA 1980)

Neste momento seria interessante a verifishycaccedilatildeo de alguns conceitos baacutesicos em pedal agia O que entende-se por solos Qual a unidade fundamental de mashypeamento dos solos

Por Pedologia entende-se o estudo dos soshylos este fato ~arece ser sensQ comum no entanto um dos problemas basicos desta ciencia consiste em defishynir claramente o que seja solo Um trabalho de peso neste sentido eacute a tese de Livre-Docecircncia do Prof Zilshymar Ziller Marcos apresentada agrave Escola Superior de Ashygricultura Luiz de Queiroz Neste estudo conforme percebe-se pelo Quadro-OI extraldo do referido trabashylho 14 definiccedilotildees de solos satildeo apresentadas Pelo meshynos duas concepccedilotildees baacutesicas satildeo perceptlveis A primeishyra privilegia os constituintes granulomeacutetrishycos-petrograacuteficos como formadores do solo a segunda enquadra o solo como resultado de alteraccedilotildees sofridas pelas rochas no que resulta um material de boas caracshyterlsticas para o crescimento das plantas A primeira estaacute ligada a uma concepccedilatildeo geo16gica enquanto a segunshyda a uma visatildeo agronocircmica Tais concepccedilotildees satildeo facilshymente compreenslveis se lembrarmos que o inlcio dos esshytudos com solos foram efetuados por geoacutelogos e que grande parte dos ped610gos ao menos no Brasil tem sua formaccedilatildeo baacutesica ligada aos cursos de agronomia

Para tentar completar o quadro proposto por Marcos 1979 apresentamos a definiccedilatildeo enunciada por dois autores de llngua francesa Segundo Aubert e 1967

Boulaine

Le sol est le produit de alteacuteration du remashyniement et de 1 organisation des couches supeacuterieushyres de la croute terrestre sous laction de la vie de 1 atmosphere etdes eacutechanges deacutenergie qui sy manifestent

QUADRO 01

DEFINIccedilOES DE SOLO (S) E SEUS RESPECTIVOS AUTORES

NQ DE ORDEM AUTOR DEFINICcedilAtildeO

1 HILGARD (1914)

2 fWiINN (1928)

3 GLINKA (1931)

4 MARBUT (1935)

5 JOFFE (1936)

6 TERZAGHI (1948)

7 SOIL SURVEY STAFF (1951)

Solo eacute o material mais ou menos friaacutevel no qual as plantas por meio de suas raizes podem encon shytrar ou encontram sustentaccedilatildeo e nu trientes assim como outras condi= ccedilotildees para crescimento

O solo eacute a camada superior de inshytemperiacutezaccedilatildeo da crosta soacuteliacuteda da Terra

Os solos satildeo produtos do intempe shyrismo que permaneceram in situs

o solo consiacuteste na camada mats exshyterna crosta terrestre geral shymente consolidada variando em espe~sura desde um mero filme ateacute um maximo um tanto matar que 3 meshytros que do materiacuteal subja cente geralmente natildeo conso liacutedado em cor l textura estrutu = ra constituiacuteccedilao fisiacuteca composiacute shyccedilatildeo quiacutemiacuteca caracteriacutestiacutecas biolotilde gi~a~ e provav~lmente em ero~essos qUlmlcos reaccedilao e morfologla

O solo eacute um corpo natural diferen ciado em horizontes de constituin tes miacutenerais e orgacircniacutecos e que di= fere do material de origem subjashycente em morfologia1 propriedades fiacutesicas e constituiccedilao propriedashydes quiacutemicas e composiccedilatildeo e caracshyteriacutesticas bioloacutegicas

Solo eacute um agregado natural de gracircshynulos miacutenerais que podsm ser sepashyrados por agitaccedilatildeo em agua

Solo eacute a coleccedilatildeo de corpos natu rais que ocupam porccedilotildees da superfiacute cie da Terra que sustentam plan = tas e que tecircm propriedades devidas ao efeito integrado do clima e orshyganismos atuando sobre o materi shy

111

Continuaccedilatildeo QUADRO 01

NQ DE ORDEN AUTOR DEFINICcedilAtildeO

aI de origem este efeito eacute condici onado pelo relevo durante periacuteodos de tempo

8 PLYUSNIN (s data) Solo eacute a espessa camada superficial da litosfera (ateacute diversos metros) o habitat das raiacutezes possuidor de fertilidade e local onde ocorrem complexos processos bioloacutegicos e mi nerais formadores de solo -

9 WU (1966) Solos satildeo agregados de partiacuteculas que cobrem extensas parshy

da superfiacutecie terrestre

10 CRUICKSHANK (1972) O solo eacute simplesmente uma substacircn -cia na qual as plantas cresceratildeo eacute qualquer material em que as plantas podem crescer

11 BUNTING (1971) o solo eacute o resultado da modificaccedilatildeo de urna parcela do manto mineralpor parte de agentes geograacuteficos de mo do que ocorram diferentes horizon = tes de materiais

12 VIEIRA (1975) Solo eacute a superfiacutecie inconsolidada que recobre as rochas e manteacutem a vida animal e vegetal da Terra Eacute constituiacutedo de camadas que rem pela natureza fiacutesica mineraloacutegica e bioloacutegica que se desenvolvem com o tempo sob a influ ecircncia do clima e da proacutepria atividatilde de bioloacutegica

13 SOIL SURVEY

STAFF (1975)

Solo eacute a coleccedilatildeo de corpos naturais sobre a superfiacutecie da Terra em alshyguns lugares modificado e ateacute mesmo feito pelo utilizando terra contendo viva e sustentando ou capaz de sustentar plantas ao ar livre

14 TSYTOVICH (1976) Solos satildeo todos os depoacutesitos soltos da crosta intemperizada da manta ro chosa da terra

Frmtp 1gt1ARCOS (1979 e 19R)

112

Na definiccedilatildeo acima proposta dois elementos for~ativos aparecem a) o solo como produto de vaacuterios fenomenos b) o solo organizado em camadas

Retomando as definiccedilotildees do Quadro-OI pershycebe-se tambeacutem que o solo eacute definido como um corpo nashytural (Soil Survey Staff 1951 Soil Survey Staff 1975 Joffe 1936 e Terzaghi 1948) e diferenciado em horizontes (Joffe 1936 Bunting 1971 e Vieira 1975) Estes dois aspectos_contidos nas definiccedilotildees 0prais soshybre o objeto solo sao essenciais para o desenvolvimento da Pedologia O primeiro seraacute o motivador da expressatildeo - 0 solo eacute um continuum na natureza - o segundo orishyginaraacute a concepccedilatildeo de dividir-se o corpo-solo em vaacuterios

_

horizontes (camadas) e chama perfil do solo

os estudos destes no que se

No Quadro-02 satildeo aEresentadas seis definishyccediloes de horizonte Das definiccediloes contidas neste quadro percebe-se que natildeo existe discordacircncias entre os autoshyres no tocante a considerar os horizontes como camashydas aproximadamente paralelas agrave superflcie do solo diferenciadas a partir de suas caracterlsticas (constishytuiccedilatildeo e organizaccedilatildeo) sendo estas resultantes de proshycessos geneacuteticos (clima vegetaccedilatildeo animais percolaccedilatildeo daacutegua e outros) Ressaltamos que na definiccedilatildeo de Olishyveira 1975 o horizonte eacute entendido como a camada que manifesta a anisotropia vertical do solo Uma simplifishycaccedilatildeo desta definiccedilatildeo poderia conduzir a supervalorizashyccedilatildeo destas variaccedilotildees

No enunciado de Buckman ampBrady 1976 apashyrece a vinculaccedilatildeo entre o horizonte e o que os pedoacuteloshygos costumam chamar de perfil do solo Passemos agora a examinar as definiccedilotildees de perfil do solo apresentadas no Quadro-03

O conjunto de elementos formativos mais cashyracterlsticos nas definiccedilotildees contidas no Quadro-03 satildeo a) perfil como um corte vertical b) formado por camashy

113

QUADRO 02

DEFINIccedilotildeES DE HORIZONTE DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING

(1971)

LEPSCH

(1975)

OLIVEIRA

(1975)

VIEIRA

(1975)

BUCKNAti E BRADY

(1976)

Coleccedilatildeo Que SaiacutesshyJe Presse Univer siacutetaire de France-

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficos SA

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronomica Ceres

Natureza e edade dos Solos Biblioteca sitaacuteria Freitas Bastos

Danneacutee en sous lacshytion du climatdes vegetaux et des animauxsous I effet de la percolation par l eau de pluie et sous leffet de la pesanteurce sol sorgani se en couches de nature dif~ feacuterenteles horizons As diferentes camadas reshysultantes dos de horizontaccedilotildees no solo

Um horizonte pode ser nido como uma camada de soshylo aproximadamente paralela agrave superfiacutecie do mesmo e que

propriedades produzi pelos processos forma ~

dores do solo distintas das camadas adjacentes

satildeo as partes componentes dos perfis do solo que reshysultam da anisotropia apreshysentada pelos solos Os hoshyrizontes representam a anishysotropia vertical e os so shylos diferenciados entre si a anisotropia horizontal

Os horizontes satildeo zonas do solo aproximadamente parashylelas que possuem proprieshydades resultante dos efeishytos combinados dos proces shysos geneacuteticos

Camadas isoladas encontrashydas quando procede-se ao eshyxame do perfil do solo

Fonte FERNANDES BARROS (1985)

114

QUADRO 03

DEFINICcedilOtildeES DE PERFIL DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING (1971)

LEPSCH (1975)

OLIVEIRA (1975)

VIEIRA (1975)

BUCKMAN amp BRADY (1976)

Coleccedilatildeo Que SaisshyJePress Universi taire de France

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

in Elementos de Pedologia Livros Teacutecnicos e Cientl ficos SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronocircmica Ceres

Natureza e Pro priedade dos So shy10sBiblioteca Ushyniversitaacuteria tas Bastos

Lensemble des horizons tue un profil de sol

bullbullbull Cada solo poderaacute ser elas shysificado segundo o grau de de shysenvolvimento de seu corte vershytical Este denominado do solo evolve de nltida com o decurso do tempo

O conjunto de horizontes situshyados em uma seccedilatildeo que vai da 8uperflcie o materishyal original eacute o perfil do 80 lo bull bullbullbull 0 perfil do solo eacute uma unishydade fundamental para seu estushydo

Perfil do solo eacute a de todos os horizontes

camadas orgatildenicas da e do material

solum que influenciam e no comportamento do pedologia os objetos que se pro cura classificar satildeo os solos ~ traveacutes de seus perfis

Chama-se perfil do solo a secshyccedilatildeo vertical que partindo da superflcie aprofunda-se ateacute onshyde chega a accedilatildeo do momostrandona maioria zesuma seacuterie de camadas tas horizontalmente horizontes

Se fossemos cortar uma deste solo de cima para baixo seriam encontradas as camadas horizontais refeshyridas Tal seccedilao ecirc denominada

e as camadas isoladas chamadas horizontes

115

116

Continuaccedilatildeo QUADRO 03

ORIGINALAUTOR FONTE

Deve - se entender por per fi 1 (1976) Edusp amp

HEcircNIN et alii Os Solos cultural o conjunto constitushy

rense Universit~ria Ido Dela sucessatildeo camadas de terra individualizadas peshyla intervenccedilatildeo instrumenshytos de cultivo as raIzes de

e os natu -

Fonte FERcANDES BARROS (1985)

das ou horizontes As definiccedilotildees de Vieira 1975 e L~psh 1975 estabelecem para o perfil do solo um limishyte inferior que eacute definido como a zona de encontro en tre o solo propriamente dito e seu material de origem-shyA definiccedilatildeo de Heacutenin et alii 1976 adquire um aspecto todo particular pois o perfil eacute adjetivado como cultu ral e o conceito exposto torna-se claramente a9ronocircm~ co Caberia ressaltar que Bunting 1971 considera o perfil do solo como uma categoria de classificaccedilatildeo No dicionaacuterio Larousse 1966 aleacutem de aparecer o perfil como uma categoria de descriccedilatildeo este eacute considerado co mo elemento principal de classificaccedilatildeo Finalizando ~ perfil do solo pode ser considerado como um conjunto de horizontes observaacuteveis em um corte verticalque per mite a descriccedilatildeo classificaccedilatildeo e a cartografia d~ solo

Objetivando uma melhor definiccedilatildeo e delimishytaccedilatildeo da unidade fundamental de estudo em Pedologia os americanos definiram uma outrrt categoria Pedon no Quadro-04 satildeo apresentadas cinco definiccedilotildees referen tes a este conceito A definiccedilatildeo de Boulaine 1969 ca~ racteriza-se por uma ideacuteia crono-espacial e volumeacutetrishyca do pedon apresentando-se tamceacutem de uma forma bem

ampla sem esta lecer limites para este volume elemenshytar Para Aubert ampBoulaine 1974 o pedon aparece como sendo o menor volume que pode ser chamado solo e suas dimensotildees passam a ser de nidas A dimensatildeo lateral deveraacute ser suficiente para permitir o estudo de todos os horizo~tes No~entanto res~ringe-se su~ expressatildeo em superfiacutecie ao maximo de 10 m Na definiccedilao da 7ordf Ashyproximaccedilatildeo 1960 - o limite inferior ~ apresentado como vago porem as dimensotildees em superfcie e lateralmente satildeo bem nidas seguindo uma orientaccedilatildeo natushyral-matem~tica isto ~ as delimitaccedilotildees propostas conshyseguem apreender as possveis variabilidades espaciais dos solos mas na sua expressatildeo concreta satildeo matematishycamente restritas no intervalo superficial 01 a la m Para a Soil Taxonomy 1975 que no seu aspecto geral assemelha-se bastante com a definiccedilatildeo da 7ordf Aero~imaccedilatildeo pode-se perceber uma maior precisa0 com relaccedilao as vashyriaccedilotildees cclicas mantendo-se contudo as limitaccedilotildees de expressatildeo superficial

Em todas as definiccedilotildees de pedon diferenteshymente do gue acontece com ~s de perfil percebe-se uma preocupaccedilao com as variaccediloes laterais entretanto o corpo-solo ~ considerado como uma associaccedilatildeo de pedons interligados (polipedons) 1 concepccedilatildeo nos parece efetiva um corte rgido neste corpo de natureza pedo16shygica No tocante a este fato Jones 1959 in Marcos 1979 eacute enf~tico

O conceito de perfil modal e posterigrmente de pedon e polipedon aparecem como artifiacutecios para contornar o problema da continuidade dos solos isto eacute para atribuir ao solo algo que por natushyreza natildeo tem unidades discretas como plantas e animais

Diante do exposto se necessario resgashytar a proposiccedilatildeo de catena proposta por Milne 1935 onde o solo ~ entendido como uma cadeia 9 com suas cashyractersticas ligadas como os elos de uma corrente

117

Nesta concepccedilatildeo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunshyto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA 1981)

Muitas satildeo as crlticas agraves concepccedilotildees apreshysentadas anteriormente sobremodo aos problemas decorshyrentes dos levantamentos classificatoacuterios dos solos como pode-se pe pelas consideraccedilotildees abaixo

Uma preocupaccedilatildeo geral dos teacutecnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos diz respeito agraves interpretaccedilotildees feitas dos levantamenshytos de solos que em geral satildeo pobres acad~micos e pouco informativos aos usuaacuterios (KLAMT 1984)

IISi la c1asificacioacuten pedo1oacutegica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos no hashybrla necesidad de clasiacuteficaciones de uso Las cashyracterlsticas maacutes importantes del punto de vista pedoloacutegico determinam tambieacuten las caracterlsticas agronoacutemicas ll (PAPADAKIS 1984)bull

Para superar-se esta situaccedilatildeo dois camishynhos estatildeo sendo seguidos Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior dentro da visatildeo claacutesshysica aquela de perfil e pedon o que chamamos uma evoluccedilatildeo reformista pois propotildee a reformulaccedilao dos conceitos seguindo a mesma orientaccedilatildeo anteriormente existente ou valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo Neste segundo caminho estaacute imp11cito num primeiro plano a valorizaccedilatildeo da diversidade lateral que parece ter sido esquecida sobremodo no conceito de perfil num segundo plano ao inveacutes de procurar-se cashytegorias centrais como a de perfil e pedon para represhysentar o solo procura-se estudar o solo globalmente buscando dados sobre as zonas de transiccedilatildeo passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo Concepccedilotildees semelhantes a esta uacuteltima visatildeo apreshy

118

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

postulaccedilatildeo teraacute forte influecircncia na caracterizaccedilatildeo e classificaccedilatildeo dos solos desenvolvidas posteriormente

degpensamento apresentado pela escola russa represe~ta um avanccedilo em relaccedilatildeo agraves postulaccedilotildees da escoshyla geologica desde seu inlcio enfatizou que rochas idecircnticas poderiam originar solos distintos desde que situadas em climas diferentes Uma outra contribuiccedilatildeo significativa desta escola estaacute na elaboraccedilatildeo das bases do trabalho de Marbut que teraacute influecircncia em todo o Ocidente (Moniz 1975)

Os trabalhos de Marbut deram origem agrave classhysificaccedilatildeo americana sendo a pedologia brasileira muishyto influenciada por esta escola Num primeiro momento adotou-se o sistema de slmbolos para denominaccedilatildeo das camadas ou horizontes do solo Estes slmbolos seguem uma orientaccedilatildeo geneacutetica e satildeo classicamente designados O A B C e R Posteriormente foi desenvolvido pelos americanos um sistema de classificaccedilatildeo mais detalhado que pretende ser de validade universal Este sistema estaacute contido no que convencionou-se chamar de 7ordf Aproshyximaccedilao

A 7ordf Aproximaccedilatildeo eacute a forma mais elaborada de uma seacuterie de pesquisas resultantes de vaacuterios trabashylhos e crlticas itas por vaacuterios pedoacutelogos do mundo todo (Demattecirc 1979) Para classificar-se solos atraveacutes deste sistema necessita-se uma enorme quantidade de dados morfoloacutegicos descritivos acrescidos de anaacutelises de laboratoacuterio e interpretaccedilotildees geneacuteticas tornando-o complicado e preconceituoso

A Aproximaccedilatildeo do Sistema Classificaccedilatildeo de Solos surgiu em 1980 e pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de

Brasileiro foi elaborada Pesquisa

de

Ashygro-Pecuaacuteria) Ela reflete uma tentativa de agrupar os conceitos expostos nas antigas classificaccedilotildees brasileishyras e na atual classificaccedilatildeo americana (7ordf Aproxima ccedilatildeo) como percebe-se pela proacutepria designaccedilatildeo do seu

109

110

nome (EMBRAPA 1980)

Neste momento seria interessante a verifishycaccedilatildeo de alguns conceitos baacutesicos em pedal agia O que entende-se por solos Qual a unidade fundamental de mashypeamento dos solos

Por Pedologia entende-se o estudo dos soshylos este fato ~arece ser sensQ comum no entanto um dos problemas basicos desta ciencia consiste em defishynir claramente o que seja solo Um trabalho de peso neste sentido eacute a tese de Livre-Docecircncia do Prof Zilshymar Ziller Marcos apresentada agrave Escola Superior de Ashygricultura Luiz de Queiroz Neste estudo conforme percebe-se pelo Quadro-OI extraldo do referido trabashylho 14 definiccedilotildees de solos satildeo apresentadas Pelo meshynos duas concepccedilotildees baacutesicas satildeo perceptlveis A primeishyra privilegia os constituintes granulomeacutetrishycos-petrograacuteficos como formadores do solo a segunda enquadra o solo como resultado de alteraccedilotildees sofridas pelas rochas no que resulta um material de boas caracshyterlsticas para o crescimento das plantas A primeira estaacute ligada a uma concepccedilatildeo geo16gica enquanto a segunshyda a uma visatildeo agronocircmica Tais concepccedilotildees satildeo facilshymente compreenslveis se lembrarmos que o inlcio dos esshytudos com solos foram efetuados por geoacutelogos e que grande parte dos ped610gos ao menos no Brasil tem sua formaccedilatildeo baacutesica ligada aos cursos de agronomia

Para tentar completar o quadro proposto por Marcos 1979 apresentamos a definiccedilatildeo enunciada por dois autores de llngua francesa Segundo Aubert e 1967

Boulaine

Le sol est le produit de alteacuteration du remashyniement et de 1 organisation des couches supeacuterieushyres de la croute terrestre sous laction de la vie de 1 atmosphere etdes eacutechanges deacutenergie qui sy manifestent

QUADRO 01

DEFINIccedilOES DE SOLO (S) E SEUS RESPECTIVOS AUTORES

NQ DE ORDEM AUTOR DEFINICcedilAtildeO

1 HILGARD (1914)

2 fWiINN (1928)

3 GLINKA (1931)

4 MARBUT (1935)

5 JOFFE (1936)

6 TERZAGHI (1948)

7 SOIL SURVEY STAFF (1951)

Solo eacute o material mais ou menos friaacutevel no qual as plantas por meio de suas raizes podem encon shytrar ou encontram sustentaccedilatildeo e nu trientes assim como outras condi= ccedilotildees para crescimento

O solo eacute a camada superior de inshytemperiacutezaccedilatildeo da crosta soacuteliacuteda da Terra

Os solos satildeo produtos do intempe shyrismo que permaneceram in situs

o solo consiacuteste na camada mats exshyterna crosta terrestre geral shymente consolidada variando em espe~sura desde um mero filme ateacute um maximo um tanto matar que 3 meshytros que do materiacuteal subja cente geralmente natildeo conso liacutedado em cor l textura estrutu = ra constituiacuteccedilao fisiacuteca composiacute shyccedilatildeo quiacutemiacuteca caracteriacutestiacutecas biolotilde gi~a~ e provav~lmente em ero~essos qUlmlcos reaccedilao e morfologla

O solo eacute um corpo natural diferen ciado em horizontes de constituin tes miacutenerais e orgacircniacutecos e que di= fere do material de origem subjashycente em morfologia1 propriedades fiacutesicas e constituiccedilao propriedashydes quiacutemicas e composiccedilatildeo e caracshyteriacutesticas bioloacutegicas

Solo eacute um agregado natural de gracircshynulos miacutenerais que podsm ser sepashyrados por agitaccedilatildeo em agua

Solo eacute a coleccedilatildeo de corpos natu rais que ocupam porccedilotildees da superfiacute cie da Terra que sustentam plan = tas e que tecircm propriedades devidas ao efeito integrado do clima e orshyganismos atuando sobre o materi shy

111

Continuaccedilatildeo QUADRO 01

NQ DE ORDEN AUTOR DEFINICcedilAtildeO

aI de origem este efeito eacute condici onado pelo relevo durante periacuteodos de tempo

8 PLYUSNIN (s data) Solo eacute a espessa camada superficial da litosfera (ateacute diversos metros) o habitat das raiacutezes possuidor de fertilidade e local onde ocorrem complexos processos bioloacutegicos e mi nerais formadores de solo -

9 WU (1966) Solos satildeo agregados de partiacuteculas que cobrem extensas parshy

da superfiacutecie terrestre

10 CRUICKSHANK (1972) O solo eacute simplesmente uma substacircn -cia na qual as plantas cresceratildeo eacute qualquer material em que as plantas podem crescer

11 BUNTING (1971) o solo eacute o resultado da modificaccedilatildeo de urna parcela do manto mineralpor parte de agentes geograacuteficos de mo do que ocorram diferentes horizon = tes de materiais

12 VIEIRA (1975) Solo eacute a superfiacutecie inconsolidada que recobre as rochas e manteacutem a vida animal e vegetal da Terra Eacute constituiacutedo de camadas que rem pela natureza fiacutesica mineraloacutegica e bioloacutegica que se desenvolvem com o tempo sob a influ ecircncia do clima e da proacutepria atividatilde de bioloacutegica

13 SOIL SURVEY

STAFF (1975)

Solo eacute a coleccedilatildeo de corpos naturais sobre a superfiacutecie da Terra em alshyguns lugares modificado e ateacute mesmo feito pelo utilizando terra contendo viva e sustentando ou capaz de sustentar plantas ao ar livre

14 TSYTOVICH (1976) Solos satildeo todos os depoacutesitos soltos da crosta intemperizada da manta ro chosa da terra

Frmtp 1gt1ARCOS (1979 e 19R)

112

Na definiccedilatildeo acima proposta dois elementos for~ativos aparecem a) o solo como produto de vaacuterios fenomenos b) o solo organizado em camadas

Retomando as definiccedilotildees do Quadro-OI pershycebe-se tambeacutem que o solo eacute definido como um corpo nashytural (Soil Survey Staff 1951 Soil Survey Staff 1975 Joffe 1936 e Terzaghi 1948) e diferenciado em horizontes (Joffe 1936 Bunting 1971 e Vieira 1975) Estes dois aspectos_contidos nas definiccedilotildees 0prais soshybre o objeto solo sao essenciais para o desenvolvimento da Pedologia O primeiro seraacute o motivador da expressatildeo - 0 solo eacute um continuum na natureza - o segundo orishyginaraacute a concepccedilatildeo de dividir-se o corpo-solo em vaacuterios

_

horizontes (camadas) e chama perfil do solo

os estudos destes no que se

No Quadro-02 satildeo aEresentadas seis definishyccediloes de horizonte Das definiccediloes contidas neste quadro percebe-se que natildeo existe discordacircncias entre os autoshyres no tocante a considerar os horizontes como camashydas aproximadamente paralelas agrave superflcie do solo diferenciadas a partir de suas caracterlsticas (constishytuiccedilatildeo e organizaccedilatildeo) sendo estas resultantes de proshycessos geneacuteticos (clima vegetaccedilatildeo animais percolaccedilatildeo daacutegua e outros) Ressaltamos que na definiccedilatildeo de Olishyveira 1975 o horizonte eacute entendido como a camada que manifesta a anisotropia vertical do solo Uma simplifishycaccedilatildeo desta definiccedilatildeo poderia conduzir a supervalorizashyccedilatildeo destas variaccedilotildees

No enunciado de Buckman ampBrady 1976 apashyrece a vinculaccedilatildeo entre o horizonte e o que os pedoacuteloshygos costumam chamar de perfil do solo Passemos agora a examinar as definiccedilotildees de perfil do solo apresentadas no Quadro-03

O conjunto de elementos formativos mais cashyracterlsticos nas definiccedilotildees contidas no Quadro-03 satildeo a) perfil como um corte vertical b) formado por camashy

113

QUADRO 02

DEFINIccedilotildeES DE HORIZONTE DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING

(1971)

LEPSCH

(1975)

OLIVEIRA

(1975)

VIEIRA

(1975)

BUCKNAti E BRADY

(1976)

Coleccedilatildeo Que SaiacutesshyJe Presse Univer siacutetaire de France-

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficos SA

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronomica Ceres

Natureza e edade dos Solos Biblioteca sitaacuteria Freitas Bastos

Danneacutee en sous lacshytion du climatdes vegetaux et des animauxsous I effet de la percolation par l eau de pluie et sous leffet de la pesanteurce sol sorgani se en couches de nature dif~ feacuterenteles horizons As diferentes camadas reshysultantes dos de horizontaccedilotildees no solo

Um horizonte pode ser nido como uma camada de soshylo aproximadamente paralela agrave superfiacutecie do mesmo e que

propriedades produzi pelos processos forma ~

dores do solo distintas das camadas adjacentes

satildeo as partes componentes dos perfis do solo que reshysultam da anisotropia apreshysentada pelos solos Os hoshyrizontes representam a anishysotropia vertical e os so shylos diferenciados entre si a anisotropia horizontal

Os horizontes satildeo zonas do solo aproximadamente parashylelas que possuem proprieshydades resultante dos efeishytos combinados dos proces shysos geneacuteticos

Camadas isoladas encontrashydas quando procede-se ao eshyxame do perfil do solo

Fonte FERNANDES BARROS (1985)

114

QUADRO 03

DEFINICcedilOtildeES DE PERFIL DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING (1971)

LEPSCH (1975)

OLIVEIRA (1975)

VIEIRA (1975)

BUCKMAN amp BRADY (1976)

Coleccedilatildeo Que SaisshyJePress Universi taire de France

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

in Elementos de Pedologia Livros Teacutecnicos e Cientl ficos SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronocircmica Ceres

Natureza e Pro priedade dos So shy10sBiblioteca Ushyniversitaacuteria tas Bastos

Lensemble des horizons tue un profil de sol

bullbullbull Cada solo poderaacute ser elas shysificado segundo o grau de de shysenvolvimento de seu corte vershytical Este denominado do solo evolve de nltida com o decurso do tempo

O conjunto de horizontes situshyados em uma seccedilatildeo que vai da 8uperflcie o materishyal original eacute o perfil do 80 lo bull bullbullbull 0 perfil do solo eacute uma unishydade fundamental para seu estushydo

Perfil do solo eacute a de todos os horizontes

camadas orgatildenicas da e do material

solum que influenciam e no comportamento do pedologia os objetos que se pro cura classificar satildeo os solos ~ traveacutes de seus perfis

Chama-se perfil do solo a secshyccedilatildeo vertical que partindo da superflcie aprofunda-se ateacute onshyde chega a accedilatildeo do momostrandona maioria zesuma seacuterie de camadas tas horizontalmente horizontes

Se fossemos cortar uma deste solo de cima para baixo seriam encontradas as camadas horizontais refeshyridas Tal seccedilao ecirc denominada

e as camadas isoladas chamadas horizontes

115

116

Continuaccedilatildeo QUADRO 03

ORIGINALAUTOR FONTE

Deve - se entender por per fi 1 (1976) Edusp amp

HEcircNIN et alii Os Solos cultural o conjunto constitushy

rense Universit~ria Ido Dela sucessatildeo camadas de terra individualizadas peshyla intervenccedilatildeo instrumenshytos de cultivo as raIzes de

e os natu -

Fonte FERcANDES BARROS (1985)

das ou horizontes As definiccedilotildees de Vieira 1975 e L~psh 1975 estabelecem para o perfil do solo um limishyte inferior que eacute definido como a zona de encontro en tre o solo propriamente dito e seu material de origem-shyA definiccedilatildeo de Heacutenin et alii 1976 adquire um aspecto todo particular pois o perfil eacute adjetivado como cultu ral e o conceito exposto torna-se claramente a9ronocircm~ co Caberia ressaltar que Bunting 1971 considera o perfil do solo como uma categoria de classificaccedilatildeo No dicionaacuterio Larousse 1966 aleacutem de aparecer o perfil como uma categoria de descriccedilatildeo este eacute considerado co mo elemento principal de classificaccedilatildeo Finalizando ~ perfil do solo pode ser considerado como um conjunto de horizontes observaacuteveis em um corte verticalque per mite a descriccedilatildeo classificaccedilatildeo e a cartografia d~ solo

Objetivando uma melhor definiccedilatildeo e delimishytaccedilatildeo da unidade fundamental de estudo em Pedologia os americanos definiram uma outrrt categoria Pedon no Quadro-04 satildeo apresentadas cinco definiccedilotildees referen tes a este conceito A definiccedilatildeo de Boulaine 1969 ca~ racteriza-se por uma ideacuteia crono-espacial e volumeacutetrishyca do pedon apresentando-se tamceacutem de uma forma bem

ampla sem esta lecer limites para este volume elemenshytar Para Aubert ampBoulaine 1974 o pedon aparece como sendo o menor volume que pode ser chamado solo e suas dimensotildees passam a ser de nidas A dimensatildeo lateral deveraacute ser suficiente para permitir o estudo de todos os horizo~tes No~entanto res~ringe-se su~ expressatildeo em superfiacutecie ao maximo de 10 m Na definiccedilao da 7ordf Ashyproximaccedilatildeo 1960 - o limite inferior ~ apresentado como vago porem as dimensotildees em superfcie e lateralmente satildeo bem nidas seguindo uma orientaccedilatildeo natushyral-matem~tica isto ~ as delimitaccedilotildees propostas conshyseguem apreender as possveis variabilidades espaciais dos solos mas na sua expressatildeo concreta satildeo matematishycamente restritas no intervalo superficial 01 a la m Para a Soil Taxonomy 1975 que no seu aspecto geral assemelha-se bastante com a definiccedilatildeo da 7ordf Aero~imaccedilatildeo pode-se perceber uma maior precisa0 com relaccedilao as vashyriaccedilotildees cclicas mantendo-se contudo as limitaccedilotildees de expressatildeo superficial

Em todas as definiccedilotildees de pedon diferenteshymente do gue acontece com ~s de perfil percebe-se uma preocupaccedilao com as variaccediloes laterais entretanto o corpo-solo ~ considerado como uma associaccedilatildeo de pedons interligados (polipedons) 1 concepccedilatildeo nos parece efetiva um corte rgido neste corpo de natureza pedo16shygica No tocante a este fato Jones 1959 in Marcos 1979 eacute enf~tico

O conceito de perfil modal e posterigrmente de pedon e polipedon aparecem como artifiacutecios para contornar o problema da continuidade dos solos isto eacute para atribuir ao solo algo que por natushyreza natildeo tem unidades discretas como plantas e animais

Diante do exposto se necessario resgashytar a proposiccedilatildeo de catena proposta por Milne 1935 onde o solo ~ entendido como uma cadeia 9 com suas cashyractersticas ligadas como os elos de uma corrente

117

Nesta concepccedilatildeo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunshyto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA 1981)

Muitas satildeo as crlticas agraves concepccedilotildees apreshysentadas anteriormente sobremodo aos problemas decorshyrentes dos levantamentos classificatoacuterios dos solos como pode-se pe pelas consideraccedilotildees abaixo

Uma preocupaccedilatildeo geral dos teacutecnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos diz respeito agraves interpretaccedilotildees feitas dos levantamenshytos de solos que em geral satildeo pobres acad~micos e pouco informativos aos usuaacuterios (KLAMT 1984)

IISi la c1asificacioacuten pedo1oacutegica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos no hashybrla necesidad de clasiacuteficaciones de uso Las cashyracterlsticas maacutes importantes del punto de vista pedoloacutegico determinam tambieacuten las caracterlsticas agronoacutemicas ll (PAPADAKIS 1984)bull

Para superar-se esta situaccedilatildeo dois camishynhos estatildeo sendo seguidos Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior dentro da visatildeo claacutesshysica aquela de perfil e pedon o que chamamos uma evoluccedilatildeo reformista pois propotildee a reformulaccedilao dos conceitos seguindo a mesma orientaccedilatildeo anteriormente existente ou valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo Neste segundo caminho estaacute imp11cito num primeiro plano a valorizaccedilatildeo da diversidade lateral que parece ter sido esquecida sobremodo no conceito de perfil num segundo plano ao inveacutes de procurar-se cashytegorias centrais como a de perfil e pedon para represhysentar o solo procura-se estudar o solo globalmente buscando dados sobre as zonas de transiccedilatildeo passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo Concepccedilotildees semelhantes a esta uacuteltima visatildeo apreshy

118

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

110

nome (EMBRAPA 1980)

Neste momento seria interessante a verifishycaccedilatildeo de alguns conceitos baacutesicos em pedal agia O que entende-se por solos Qual a unidade fundamental de mashypeamento dos solos

Por Pedologia entende-se o estudo dos soshylos este fato ~arece ser sensQ comum no entanto um dos problemas basicos desta ciencia consiste em defishynir claramente o que seja solo Um trabalho de peso neste sentido eacute a tese de Livre-Docecircncia do Prof Zilshymar Ziller Marcos apresentada agrave Escola Superior de Ashygricultura Luiz de Queiroz Neste estudo conforme percebe-se pelo Quadro-OI extraldo do referido trabashylho 14 definiccedilotildees de solos satildeo apresentadas Pelo meshynos duas concepccedilotildees baacutesicas satildeo perceptlveis A primeishyra privilegia os constituintes granulomeacutetrishycos-petrograacuteficos como formadores do solo a segunda enquadra o solo como resultado de alteraccedilotildees sofridas pelas rochas no que resulta um material de boas caracshyterlsticas para o crescimento das plantas A primeira estaacute ligada a uma concepccedilatildeo geo16gica enquanto a segunshyda a uma visatildeo agronocircmica Tais concepccedilotildees satildeo facilshymente compreenslveis se lembrarmos que o inlcio dos esshytudos com solos foram efetuados por geoacutelogos e que grande parte dos ped610gos ao menos no Brasil tem sua formaccedilatildeo baacutesica ligada aos cursos de agronomia

Para tentar completar o quadro proposto por Marcos 1979 apresentamos a definiccedilatildeo enunciada por dois autores de llngua francesa Segundo Aubert e 1967

Boulaine

Le sol est le produit de alteacuteration du remashyniement et de 1 organisation des couches supeacuterieushyres de la croute terrestre sous laction de la vie de 1 atmosphere etdes eacutechanges deacutenergie qui sy manifestent

QUADRO 01

DEFINIccedilOES DE SOLO (S) E SEUS RESPECTIVOS AUTORES

NQ DE ORDEM AUTOR DEFINICcedilAtildeO

1 HILGARD (1914)

2 fWiINN (1928)

3 GLINKA (1931)

4 MARBUT (1935)

5 JOFFE (1936)

6 TERZAGHI (1948)

7 SOIL SURVEY STAFF (1951)

Solo eacute o material mais ou menos friaacutevel no qual as plantas por meio de suas raizes podem encon shytrar ou encontram sustentaccedilatildeo e nu trientes assim como outras condi= ccedilotildees para crescimento

O solo eacute a camada superior de inshytemperiacutezaccedilatildeo da crosta soacuteliacuteda da Terra

Os solos satildeo produtos do intempe shyrismo que permaneceram in situs

o solo consiacuteste na camada mats exshyterna crosta terrestre geral shymente consolidada variando em espe~sura desde um mero filme ateacute um maximo um tanto matar que 3 meshytros que do materiacuteal subja cente geralmente natildeo conso liacutedado em cor l textura estrutu = ra constituiacuteccedilao fisiacuteca composiacute shyccedilatildeo quiacutemiacuteca caracteriacutestiacutecas biolotilde gi~a~ e provav~lmente em ero~essos qUlmlcos reaccedilao e morfologla

O solo eacute um corpo natural diferen ciado em horizontes de constituin tes miacutenerais e orgacircniacutecos e que di= fere do material de origem subjashycente em morfologia1 propriedades fiacutesicas e constituiccedilao propriedashydes quiacutemicas e composiccedilatildeo e caracshyteriacutesticas bioloacutegicas

Solo eacute um agregado natural de gracircshynulos miacutenerais que podsm ser sepashyrados por agitaccedilatildeo em agua

Solo eacute a coleccedilatildeo de corpos natu rais que ocupam porccedilotildees da superfiacute cie da Terra que sustentam plan = tas e que tecircm propriedades devidas ao efeito integrado do clima e orshyganismos atuando sobre o materi shy

111

Continuaccedilatildeo QUADRO 01

NQ DE ORDEN AUTOR DEFINICcedilAtildeO

aI de origem este efeito eacute condici onado pelo relevo durante periacuteodos de tempo

8 PLYUSNIN (s data) Solo eacute a espessa camada superficial da litosfera (ateacute diversos metros) o habitat das raiacutezes possuidor de fertilidade e local onde ocorrem complexos processos bioloacutegicos e mi nerais formadores de solo -

9 WU (1966) Solos satildeo agregados de partiacuteculas que cobrem extensas parshy

da superfiacutecie terrestre

10 CRUICKSHANK (1972) O solo eacute simplesmente uma substacircn -cia na qual as plantas cresceratildeo eacute qualquer material em que as plantas podem crescer

11 BUNTING (1971) o solo eacute o resultado da modificaccedilatildeo de urna parcela do manto mineralpor parte de agentes geograacuteficos de mo do que ocorram diferentes horizon = tes de materiais

12 VIEIRA (1975) Solo eacute a superfiacutecie inconsolidada que recobre as rochas e manteacutem a vida animal e vegetal da Terra Eacute constituiacutedo de camadas que rem pela natureza fiacutesica mineraloacutegica e bioloacutegica que se desenvolvem com o tempo sob a influ ecircncia do clima e da proacutepria atividatilde de bioloacutegica

13 SOIL SURVEY

STAFF (1975)

Solo eacute a coleccedilatildeo de corpos naturais sobre a superfiacutecie da Terra em alshyguns lugares modificado e ateacute mesmo feito pelo utilizando terra contendo viva e sustentando ou capaz de sustentar plantas ao ar livre

14 TSYTOVICH (1976) Solos satildeo todos os depoacutesitos soltos da crosta intemperizada da manta ro chosa da terra

Frmtp 1gt1ARCOS (1979 e 19R)

112

Na definiccedilatildeo acima proposta dois elementos for~ativos aparecem a) o solo como produto de vaacuterios fenomenos b) o solo organizado em camadas

Retomando as definiccedilotildees do Quadro-OI pershycebe-se tambeacutem que o solo eacute definido como um corpo nashytural (Soil Survey Staff 1951 Soil Survey Staff 1975 Joffe 1936 e Terzaghi 1948) e diferenciado em horizontes (Joffe 1936 Bunting 1971 e Vieira 1975) Estes dois aspectos_contidos nas definiccedilotildees 0prais soshybre o objeto solo sao essenciais para o desenvolvimento da Pedologia O primeiro seraacute o motivador da expressatildeo - 0 solo eacute um continuum na natureza - o segundo orishyginaraacute a concepccedilatildeo de dividir-se o corpo-solo em vaacuterios

_

horizontes (camadas) e chama perfil do solo

os estudos destes no que se

No Quadro-02 satildeo aEresentadas seis definishyccediloes de horizonte Das definiccediloes contidas neste quadro percebe-se que natildeo existe discordacircncias entre os autoshyres no tocante a considerar os horizontes como camashydas aproximadamente paralelas agrave superflcie do solo diferenciadas a partir de suas caracterlsticas (constishytuiccedilatildeo e organizaccedilatildeo) sendo estas resultantes de proshycessos geneacuteticos (clima vegetaccedilatildeo animais percolaccedilatildeo daacutegua e outros) Ressaltamos que na definiccedilatildeo de Olishyveira 1975 o horizonte eacute entendido como a camada que manifesta a anisotropia vertical do solo Uma simplifishycaccedilatildeo desta definiccedilatildeo poderia conduzir a supervalorizashyccedilatildeo destas variaccedilotildees

No enunciado de Buckman ampBrady 1976 apashyrece a vinculaccedilatildeo entre o horizonte e o que os pedoacuteloshygos costumam chamar de perfil do solo Passemos agora a examinar as definiccedilotildees de perfil do solo apresentadas no Quadro-03

O conjunto de elementos formativos mais cashyracterlsticos nas definiccedilotildees contidas no Quadro-03 satildeo a) perfil como um corte vertical b) formado por camashy

113

QUADRO 02

DEFINIccedilotildeES DE HORIZONTE DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING

(1971)

LEPSCH

(1975)

OLIVEIRA

(1975)

VIEIRA

(1975)

BUCKNAti E BRADY

(1976)

Coleccedilatildeo Que SaiacutesshyJe Presse Univer siacutetaire de France-

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficos SA

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronomica Ceres

Natureza e edade dos Solos Biblioteca sitaacuteria Freitas Bastos

Danneacutee en sous lacshytion du climatdes vegetaux et des animauxsous I effet de la percolation par l eau de pluie et sous leffet de la pesanteurce sol sorgani se en couches de nature dif~ feacuterenteles horizons As diferentes camadas reshysultantes dos de horizontaccedilotildees no solo

Um horizonte pode ser nido como uma camada de soshylo aproximadamente paralela agrave superfiacutecie do mesmo e que

propriedades produzi pelos processos forma ~

dores do solo distintas das camadas adjacentes

satildeo as partes componentes dos perfis do solo que reshysultam da anisotropia apreshysentada pelos solos Os hoshyrizontes representam a anishysotropia vertical e os so shylos diferenciados entre si a anisotropia horizontal

Os horizontes satildeo zonas do solo aproximadamente parashylelas que possuem proprieshydades resultante dos efeishytos combinados dos proces shysos geneacuteticos

Camadas isoladas encontrashydas quando procede-se ao eshyxame do perfil do solo

Fonte FERNANDES BARROS (1985)

114

QUADRO 03

DEFINICcedilOtildeES DE PERFIL DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING (1971)

LEPSCH (1975)

OLIVEIRA (1975)

VIEIRA (1975)

BUCKMAN amp BRADY (1976)

Coleccedilatildeo Que SaisshyJePress Universi taire de France

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

in Elementos de Pedologia Livros Teacutecnicos e Cientl ficos SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronocircmica Ceres

Natureza e Pro priedade dos So shy10sBiblioteca Ushyniversitaacuteria tas Bastos

Lensemble des horizons tue un profil de sol

bullbullbull Cada solo poderaacute ser elas shysificado segundo o grau de de shysenvolvimento de seu corte vershytical Este denominado do solo evolve de nltida com o decurso do tempo

O conjunto de horizontes situshyados em uma seccedilatildeo que vai da 8uperflcie o materishyal original eacute o perfil do 80 lo bull bullbullbull 0 perfil do solo eacute uma unishydade fundamental para seu estushydo

Perfil do solo eacute a de todos os horizontes

camadas orgatildenicas da e do material

solum que influenciam e no comportamento do pedologia os objetos que se pro cura classificar satildeo os solos ~ traveacutes de seus perfis

Chama-se perfil do solo a secshyccedilatildeo vertical que partindo da superflcie aprofunda-se ateacute onshyde chega a accedilatildeo do momostrandona maioria zesuma seacuterie de camadas tas horizontalmente horizontes

Se fossemos cortar uma deste solo de cima para baixo seriam encontradas as camadas horizontais refeshyridas Tal seccedilao ecirc denominada

e as camadas isoladas chamadas horizontes

115

116

Continuaccedilatildeo QUADRO 03

ORIGINALAUTOR FONTE

Deve - se entender por per fi 1 (1976) Edusp amp

HEcircNIN et alii Os Solos cultural o conjunto constitushy

rense Universit~ria Ido Dela sucessatildeo camadas de terra individualizadas peshyla intervenccedilatildeo instrumenshytos de cultivo as raIzes de

e os natu -

Fonte FERcANDES BARROS (1985)

das ou horizontes As definiccedilotildees de Vieira 1975 e L~psh 1975 estabelecem para o perfil do solo um limishyte inferior que eacute definido como a zona de encontro en tre o solo propriamente dito e seu material de origem-shyA definiccedilatildeo de Heacutenin et alii 1976 adquire um aspecto todo particular pois o perfil eacute adjetivado como cultu ral e o conceito exposto torna-se claramente a9ronocircm~ co Caberia ressaltar que Bunting 1971 considera o perfil do solo como uma categoria de classificaccedilatildeo No dicionaacuterio Larousse 1966 aleacutem de aparecer o perfil como uma categoria de descriccedilatildeo este eacute considerado co mo elemento principal de classificaccedilatildeo Finalizando ~ perfil do solo pode ser considerado como um conjunto de horizontes observaacuteveis em um corte verticalque per mite a descriccedilatildeo classificaccedilatildeo e a cartografia d~ solo

Objetivando uma melhor definiccedilatildeo e delimishytaccedilatildeo da unidade fundamental de estudo em Pedologia os americanos definiram uma outrrt categoria Pedon no Quadro-04 satildeo apresentadas cinco definiccedilotildees referen tes a este conceito A definiccedilatildeo de Boulaine 1969 ca~ racteriza-se por uma ideacuteia crono-espacial e volumeacutetrishyca do pedon apresentando-se tamceacutem de uma forma bem

ampla sem esta lecer limites para este volume elemenshytar Para Aubert ampBoulaine 1974 o pedon aparece como sendo o menor volume que pode ser chamado solo e suas dimensotildees passam a ser de nidas A dimensatildeo lateral deveraacute ser suficiente para permitir o estudo de todos os horizo~tes No~entanto res~ringe-se su~ expressatildeo em superfiacutecie ao maximo de 10 m Na definiccedilao da 7ordf Ashyproximaccedilatildeo 1960 - o limite inferior ~ apresentado como vago porem as dimensotildees em superfcie e lateralmente satildeo bem nidas seguindo uma orientaccedilatildeo natushyral-matem~tica isto ~ as delimitaccedilotildees propostas conshyseguem apreender as possveis variabilidades espaciais dos solos mas na sua expressatildeo concreta satildeo matematishycamente restritas no intervalo superficial 01 a la m Para a Soil Taxonomy 1975 que no seu aspecto geral assemelha-se bastante com a definiccedilatildeo da 7ordf Aero~imaccedilatildeo pode-se perceber uma maior precisa0 com relaccedilao as vashyriaccedilotildees cclicas mantendo-se contudo as limitaccedilotildees de expressatildeo superficial

Em todas as definiccedilotildees de pedon diferenteshymente do gue acontece com ~s de perfil percebe-se uma preocupaccedilao com as variaccediloes laterais entretanto o corpo-solo ~ considerado como uma associaccedilatildeo de pedons interligados (polipedons) 1 concepccedilatildeo nos parece efetiva um corte rgido neste corpo de natureza pedo16shygica No tocante a este fato Jones 1959 in Marcos 1979 eacute enf~tico

O conceito de perfil modal e posterigrmente de pedon e polipedon aparecem como artifiacutecios para contornar o problema da continuidade dos solos isto eacute para atribuir ao solo algo que por natushyreza natildeo tem unidades discretas como plantas e animais

Diante do exposto se necessario resgashytar a proposiccedilatildeo de catena proposta por Milne 1935 onde o solo ~ entendido como uma cadeia 9 com suas cashyractersticas ligadas como os elos de uma corrente

117

Nesta concepccedilatildeo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunshyto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA 1981)

Muitas satildeo as crlticas agraves concepccedilotildees apreshysentadas anteriormente sobremodo aos problemas decorshyrentes dos levantamentos classificatoacuterios dos solos como pode-se pe pelas consideraccedilotildees abaixo

Uma preocupaccedilatildeo geral dos teacutecnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos diz respeito agraves interpretaccedilotildees feitas dos levantamenshytos de solos que em geral satildeo pobres acad~micos e pouco informativos aos usuaacuterios (KLAMT 1984)

IISi la c1asificacioacuten pedo1oacutegica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos no hashybrla necesidad de clasiacuteficaciones de uso Las cashyracterlsticas maacutes importantes del punto de vista pedoloacutegico determinam tambieacuten las caracterlsticas agronoacutemicas ll (PAPADAKIS 1984)bull

Para superar-se esta situaccedilatildeo dois camishynhos estatildeo sendo seguidos Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior dentro da visatildeo claacutesshysica aquela de perfil e pedon o que chamamos uma evoluccedilatildeo reformista pois propotildee a reformulaccedilao dos conceitos seguindo a mesma orientaccedilatildeo anteriormente existente ou valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo Neste segundo caminho estaacute imp11cito num primeiro plano a valorizaccedilatildeo da diversidade lateral que parece ter sido esquecida sobremodo no conceito de perfil num segundo plano ao inveacutes de procurar-se cashytegorias centrais como a de perfil e pedon para represhysentar o solo procura-se estudar o solo globalmente buscando dados sobre as zonas de transiccedilatildeo passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo Concepccedilotildees semelhantes a esta uacuteltima visatildeo apreshy

118

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

QUADRO 01

DEFINIccedilOES DE SOLO (S) E SEUS RESPECTIVOS AUTORES

NQ DE ORDEM AUTOR DEFINICcedilAtildeO

1 HILGARD (1914)

2 fWiINN (1928)

3 GLINKA (1931)

4 MARBUT (1935)

5 JOFFE (1936)

6 TERZAGHI (1948)

7 SOIL SURVEY STAFF (1951)

Solo eacute o material mais ou menos friaacutevel no qual as plantas por meio de suas raizes podem encon shytrar ou encontram sustentaccedilatildeo e nu trientes assim como outras condi= ccedilotildees para crescimento

O solo eacute a camada superior de inshytemperiacutezaccedilatildeo da crosta soacuteliacuteda da Terra

Os solos satildeo produtos do intempe shyrismo que permaneceram in situs

o solo consiacuteste na camada mats exshyterna crosta terrestre geral shymente consolidada variando em espe~sura desde um mero filme ateacute um maximo um tanto matar que 3 meshytros que do materiacuteal subja cente geralmente natildeo conso liacutedado em cor l textura estrutu = ra constituiacuteccedilao fisiacuteca composiacute shyccedilatildeo quiacutemiacuteca caracteriacutestiacutecas biolotilde gi~a~ e provav~lmente em ero~essos qUlmlcos reaccedilao e morfologla

O solo eacute um corpo natural diferen ciado em horizontes de constituin tes miacutenerais e orgacircniacutecos e que di= fere do material de origem subjashycente em morfologia1 propriedades fiacutesicas e constituiccedilao propriedashydes quiacutemicas e composiccedilatildeo e caracshyteriacutesticas bioloacutegicas

Solo eacute um agregado natural de gracircshynulos miacutenerais que podsm ser sepashyrados por agitaccedilatildeo em agua

Solo eacute a coleccedilatildeo de corpos natu rais que ocupam porccedilotildees da superfiacute cie da Terra que sustentam plan = tas e que tecircm propriedades devidas ao efeito integrado do clima e orshyganismos atuando sobre o materi shy

111

Continuaccedilatildeo QUADRO 01

NQ DE ORDEN AUTOR DEFINICcedilAtildeO

aI de origem este efeito eacute condici onado pelo relevo durante periacuteodos de tempo

8 PLYUSNIN (s data) Solo eacute a espessa camada superficial da litosfera (ateacute diversos metros) o habitat das raiacutezes possuidor de fertilidade e local onde ocorrem complexos processos bioloacutegicos e mi nerais formadores de solo -

9 WU (1966) Solos satildeo agregados de partiacuteculas que cobrem extensas parshy

da superfiacutecie terrestre

10 CRUICKSHANK (1972) O solo eacute simplesmente uma substacircn -cia na qual as plantas cresceratildeo eacute qualquer material em que as plantas podem crescer

11 BUNTING (1971) o solo eacute o resultado da modificaccedilatildeo de urna parcela do manto mineralpor parte de agentes geograacuteficos de mo do que ocorram diferentes horizon = tes de materiais

12 VIEIRA (1975) Solo eacute a superfiacutecie inconsolidada que recobre as rochas e manteacutem a vida animal e vegetal da Terra Eacute constituiacutedo de camadas que rem pela natureza fiacutesica mineraloacutegica e bioloacutegica que se desenvolvem com o tempo sob a influ ecircncia do clima e da proacutepria atividatilde de bioloacutegica

13 SOIL SURVEY

STAFF (1975)

Solo eacute a coleccedilatildeo de corpos naturais sobre a superfiacutecie da Terra em alshyguns lugares modificado e ateacute mesmo feito pelo utilizando terra contendo viva e sustentando ou capaz de sustentar plantas ao ar livre

14 TSYTOVICH (1976) Solos satildeo todos os depoacutesitos soltos da crosta intemperizada da manta ro chosa da terra

Frmtp 1gt1ARCOS (1979 e 19R)

112

Na definiccedilatildeo acima proposta dois elementos for~ativos aparecem a) o solo como produto de vaacuterios fenomenos b) o solo organizado em camadas

Retomando as definiccedilotildees do Quadro-OI pershycebe-se tambeacutem que o solo eacute definido como um corpo nashytural (Soil Survey Staff 1951 Soil Survey Staff 1975 Joffe 1936 e Terzaghi 1948) e diferenciado em horizontes (Joffe 1936 Bunting 1971 e Vieira 1975) Estes dois aspectos_contidos nas definiccedilotildees 0prais soshybre o objeto solo sao essenciais para o desenvolvimento da Pedologia O primeiro seraacute o motivador da expressatildeo - 0 solo eacute um continuum na natureza - o segundo orishyginaraacute a concepccedilatildeo de dividir-se o corpo-solo em vaacuterios

_

horizontes (camadas) e chama perfil do solo

os estudos destes no que se

No Quadro-02 satildeo aEresentadas seis definishyccediloes de horizonte Das definiccediloes contidas neste quadro percebe-se que natildeo existe discordacircncias entre os autoshyres no tocante a considerar os horizontes como camashydas aproximadamente paralelas agrave superflcie do solo diferenciadas a partir de suas caracterlsticas (constishytuiccedilatildeo e organizaccedilatildeo) sendo estas resultantes de proshycessos geneacuteticos (clima vegetaccedilatildeo animais percolaccedilatildeo daacutegua e outros) Ressaltamos que na definiccedilatildeo de Olishyveira 1975 o horizonte eacute entendido como a camada que manifesta a anisotropia vertical do solo Uma simplifishycaccedilatildeo desta definiccedilatildeo poderia conduzir a supervalorizashyccedilatildeo destas variaccedilotildees

No enunciado de Buckman ampBrady 1976 apashyrece a vinculaccedilatildeo entre o horizonte e o que os pedoacuteloshygos costumam chamar de perfil do solo Passemos agora a examinar as definiccedilotildees de perfil do solo apresentadas no Quadro-03

O conjunto de elementos formativos mais cashyracterlsticos nas definiccedilotildees contidas no Quadro-03 satildeo a) perfil como um corte vertical b) formado por camashy

113

QUADRO 02

DEFINIccedilotildeES DE HORIZONTE DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING

(1971)

LEPSCH

(1975)

OLIVEIRA

(1975)

VIEIRA

(1975)

BUCKNAti E BRADY

(1976)

Coleccedilatildeo Que SaiacutesshyJe Presse Univer siacutetaire de France-

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficos SA

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronomica Ceres

Natureza e edade dos Solos Biblioteca sitaacuteria Freitas Bastos

Danneacutee en sous lacshytion du climatdes vegetaux et des animauxsous I effet de la percolation par l eau de pluie et sous leffet de la pesanteurce sol sorgani se en couches de nature dif~ feacuterenteles horizons As diferentes camadas reshysultantes dos de horizontaccedilotildees no solo

Um horizonte pode ser nido como uma camada de soshylo aproximadamente paralela agrave superfiacutecie do mesmo e que

propriedades produzi pelos processos forma ~

dores do solo distintas das camadas adjacentes

satildeo as partes componentes dos perfis do solo que reshysultam da anisotropia apreshysentada pelos solos Os hoshyrizontes representam a anishysotropia vertical e os so shylos diferenciados entre si a anisotropia horizontal

Os horizontes satildeo zonas do solo aproximadamente parashylelas que possuem proprieshydades resultante dos efeishytos combinados dos proces shysos geneacuteticos

Camadas isoladas encontrashydas quando procede-se ao eshyxame do perfil do solo

Fonte FERNANDES BARROS (1985)

114

QUADRO 03

DEFINICcedilOtildeES DE PERFIL DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING (1971)

LEPSCH (1975)

OLIVEIRA (1975)

VIEIRA (1975)

BUCKMAN amp BRADY (1976)

Coleccedilatildeo Que SaisshyJePress Universi taire de France

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

in Elementos de Pedologia Livros Teacutecnicos e Cientl ficos SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronocircmica Ceres

Natureza e Pro priedade dos So shy10sBiblioteca Ushyniversitaacuteria tas Bastos

Lensemble des horizons tue un profil de sol

bullbullbull Cada solo poderaacute ser elas shysificado segundo o grau de de shysenvolvimento de seu corte vershytical Este denominado do solo evolve de nltida com o decurso do tempo

O conjunto de horizontes situshyados em uma seccedilatildeo que vai da 8uperflcie o materishyal original eacute o perfil do 80 lo bull bullbullbull 0 perfil do solo eacute uma unishydade fundamental para seu estushydo

Perfil do solo eacute a de todos os horizontes

camadas orgatildenicas da e do material

solum que influenciam e no comportamento do pedologia os objetos que se pro cura classificar satildeo os solos ~ traveacutes de seus perfis

Chama-se perfil do solo a secshyccedilatildeo vertical que partindo da superflcie aprofunda-se ateacute onshyde chega a accedilatildeo do momostrandona maioria zesuma seacuterie de camadas tas horizontalmente horizontes

Se fossemos cortar uma deste solo de cima para baixo seriam encontradas as camadas horizontais refeshyridas Tal seccedilao ecirc denominada

e as camadas isoladas chamadas horizontes

115

116

Continuaccedilatildeo QUADRO 03

ORIGINALAUTOR FONTE

Deve - se entender por per fi 1 (1976) Edusp amp

HEcircNIN et alii Os Solos cultural o conjunto constitushy

rense Universit~ria Ido Dela sucessatildeo camadas de terra individualizadas peshyla intervenccedilatildeo instrumenshytos de cultivo as raIzes de

e os natu -

Fonte FERcANDES BARROS (1985)

das ou horizontes As definiccedilotildees de Vieira 1975 e L~psh 1975 estabelecem para o perfil do solo um limishyte inferior que eacute definido como a zona de encontro en tre o solo propriamente dito e seu material de origem-shyA definiccedilatildeo de Heacutenin et alii 1976 adquire um aspecto todo particular pois o perfil eacute adjetivado como cultu ral e o conceito exposto torna-se claramente a9ronocircm~ co Caberia ressaltar que Bunting 1971 considera o perfil do solo como uma categoria de classificaccedilatildeo No dicionaacuterio Larousse 1966 aleacutem de aparecer o perfil como uma categoria de descriccedilatildeo este eacute considerado co mo elemento principal de classificaccedilatildeo Finalizando ~ perfil do solo pode ser considerado como um conjunto de horizontes observaacuteveis em um corte verticalque per mite a descriccedilatildeo classificaccedilatildeo e a cartografia d~ solo

Objetivando uma melhor definiccedilatildeo e delimishytaccedilatildeo da unidade fundamental de estudo em Pedologia os americanos definiram uma outrrt categoria Pedon no Quadro-04 satildeo apresentadas cinco definiccedilotildees referen tes a este conceito A definiccedilatildeo de Boulaine 1969 ca~ racteriza-se por uma ideacuteia crono-espacial e volumeacutetrishyca do pedon apresentando-se tamceacutem de uma forma bem

ampla sem esta lecer limites para este volume elemenshytar Para Aubert ampBoulaine 1974 o pedon aparece como sendo o menor volume que pode ser chamado solo e suas dimensotildees passam a ser de nidas A dimensatildeo lateral deveraacute ser suficiente para permitir o estudo de todos os horizo~tes No~entanto res~ringe-se su~ expressatildeo em superfiacutecie ao maximo de 10 m Na definiccedilao da 7ordf Ashyproximaccedilatildeo 1960 - o limite inferior ~ apresentado como vago porem as dimensotildees em superfcie e lateralmente satildeo bem nidas seguindo uma orientaccedilatildeo natushyral-matem~tica isto ~ as delimitaccedilotildees propostas conshyseguem apreender as possveis variabilidades espaciais dos solos mas na sua expressatildeo concreta satildeo matematishycamente restritas no intervalo superficial 01 a la m Para a Soil Taxonomy 1975 que no seu aspecto geral assemelha-se bastante com a definiccedilatildeo da 7ordf Aero~imaccedilatildeo pode-se perceber uma maior precisa0 com relaccedilao as vashyriaccedilotildees cclicas mantendo-se contudo as limitaccedilotildees de expressatildeo superficial

Em todas as definiccedilotildees de pedon diferenteshymente do gue acontece com ~s de perfil percebe-se uma preocupaccedilao com as variaccediloes laterais entretanto o corpo-solo ~ considerado como uma associaccedilatildeo de pedons interligados (polipedons) 1 concepccedilatildeo nos parece efetiva um corte rgido neste corpo de natureza pedo16shygica No tocante a este fato Jones 1959 in Marcos 1979 eacute enf~tico

O conceito de perfil modal e posterigrmente de pedon e polipedon aparecem como artifiacutecios para contornar o problema da continuidade dos solos isto eacute para atribuir ao solo algo que por natushyreza natildeo tem unidades discretas como plantas e animais

Diante do exposto se necessario resgashytar a proposiccedilatildeo de catena proposta por Milne 1935 onde o solo ~ entendido como uma cadeia 9 com suas cashyractersticas ligadas como os elos de uma corrente

117

Nesta concepccedilatildeo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunshyto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA 1981)

Muitas satildeo as crlticas agraves concepccedilotildees apreshysentadas anteriormente sobremodo aos problemas decorshyrentes dos levantamentos classificatoacuterios dos solos como pode-se pe pelas consideraccedilotildees abaixo

Uma preocupaccedilatildeo geral dos teacutecnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos diz respeito agraves interpretaccedilotildees feitas dos levantamenshytos de solos que em geral satildeo pobres acad~micos e pouco informativos aos usuaacuterios (KLAMT 1984)

IISi la c1asificacioacuten pedo1oacutegica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos no hashybrla necesidad de clasiacuteficaciones de uso Las cashyracterlsticas maacutes importantes del punto de vista pedoloacutegico determinam tambieacuten las caracterlsticas agronoacutemicas ll (PAPADAKIS 1984)bull

Para superar-se esta situaccedilatildeo dois camishynhos estatildeo sendo seguidos Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior dentro da visatildeo claacutesshysica aquela de perfil e pedon o que chamamos uma evoluccedilatildeo reformista pois propotildee a reformulaccedilao dos conceitos seguindo a mesma orientaccedilatildeo anteriormente existente ou valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo Neste segundo caminho estaacute imp11cito num primeiro plano a valorizaccedilatildeo da diversidade lateral que parece ter sido esquecida sobremodo no conceito de perfil num segundo plano ao inveacutes de procurar-se cashytegorias centrais como a de perfil e pedon para represhysentar o solo procura-se estudar o solo globalmente buscando dados sobre as zonas de transiccedilatildeo passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo Concepccedilotildees semelhantes a esta uacuteltima visatildeo apreshy

118

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

Continuaccedilatildeo QUADRO 01

NQ DE ORDEN AUTOR DEFINICcedilAtildeO

aI de origem este efeito eacute condici onado pelo relevo durante periacuteodos de tempo

8 PLYUSNIN (s data) Solo eacute a espessa camada superficial da litosfera (ateacute diversos metros) o habitat das raiacutezes possuidor de fertilidade e local onde ocorrem complexos processos bioloacutegicos e mi nerais formadores de solo -

9 WU (1966) Solos satildeo agregados de partiacuteculas que cobrem extensas parshy

da superfiacutecie terrestre

10 CRUICKSHANK (1972) O solo eacute simplesmente uma substacircn -cia na qual as plantas cresceratildeo eacute qualquer material em que as plantas podem crescer

11 BUNTING (1971) o solo eacute o resultado da modificaccedilatildeo de urna parcela do manto mineralpor parte de agentes geograacuteficos de mo do que ocorram diferentes horizon = tes de materiais

12 VIEIRA (1975) Solo eacute a superfiacutecie inconsolidada que recobre as rochas e manteacutem a vida animal e vegetal da Terra Eacute constituiacutedo de camadas que rem pela natureza fiacutesica mineraloacutegica e bioloacutegica que se desenvolvem com o tempo sob a influ ecircncia do clima e da proacutepria atividatilde de bioloacutegica

13 SOIL SURVEY

STAFF (1975)

Solo eacute a coleccedilatildeo de corpos naturais sobre a superfiacutecie da Terra em alshyguns lugares modificado e ateacute mesmo feito pelo utilizando terra contendo viva e sustentando ou capaz de sustentar plantas ao ar livre

14 TSYTOVICH (1976) Solos satildeo todos os depoacutesitos soltos da crosta intemperizada da manta ro chosa da terra

Frmtp 1gt1ARCOS (1979 e 19R)

112

Na definiccedilatildeo acima proposta dois elementos for~ativos aparecem a) o solo como produto de vaacuterios fenomenos b) o solo organizado em camadas

Retomando as definiccedilotildees do Quadro-OI pershycebe-se tambeacutem que o solo eacute definido como um corpo nashytural (Soil Survey Staff 1951 Soil Survey Staff 1975 Joffe 1936 e Terzaghi 1948) e diferenciado em horizontes (Joffe 1936 Bunting 1971 e Vieira 1975) Estes dois aspectos_contidos nas definiccedilotildees 0prais soshybre o objeto solo sao essenciais para o desenvolvimento da Pedologia O primeiro seraacute o motivador da expressatildeo - 0 solo eacute um continuum na natureza - o segundo orishyginaraacute a concepccedilatildeo de dividir-se o corpo-solo em vaacuterios

_

horizontes (camadas) e chama perfil do solo

os estudos destes no que se

No Quadro-02 satildeo aEresentadas seis definishyccediloes de horizonte Das definiccediloes contidas neste quadro percebe-se que natildeo existe discordacircncias entre os autoshyres no tocante a considerar os horizontes como camashydas aproximadamente paralelas agrave superflcie do solo diferenciadas a partir de suas caracterlsticas (constishytuiccedilatildeo e organizaccedilatildeo) sendo estas resultantes de proshycessos geneacuteticos (clima vegetaccedilatildeo animais percolaccedilatildeo daacutegua e outros) Ressaltamos que na definiccedilatildeo de Olishyveira 1975 o horizonte eacute entendido como a camada que manifesta a anisotropia vertical do solo Uma simplifishycaccedilatildeo desta definiccedilatildeo poderia conduzir a supervalorizashyccedilatildeo destas variaccedilotildees

No enunciado de Buckman ampBrady 1976 apashyrece a vinculaccedilatildeo entre o horizonte e o que os pedoacuteloshygos costumam chamar de perfil do solo Passemos agora a examinar as definiccedilotildees de perfil do solo apresentadas no Quadro-03

O conjunto de elementos formativos mais cashyracterlsticos nas definiccedilotildees contidas no Quadro-03 satildeo a) perfil como um corte vertical b) formado por camashy

113

QUADRO 02

DEFINIccedilotildeES DE HORIZONTE DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING

(1971)

LEPSCH

(1975)

OLIVEIRA

(1975)

VIEIRA

(1975)

BUCKNAti E BRADY

(1976)

Coleccedilatildeo Que SaiacutesshyJe Presse Univer siacutetaire de France-

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficos SA

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronomica Ceres

Natureza e edade dos Solos Biblioteca sitaacuteria Freitas Bastos

Danneacutee en sous lacshytion du climatdes vegetaux et des animauxsous I effet de la percolation par l eau de pluie et sous leffet de la pesanteurce sol sorgani se en couches de nature dif~ feacuterenteles horizons As diferentes camadas reshysultantes dos de horizontaccedilotildees no solo

Um horizonte pode ser nido como uma camada de soshylo aproximadamente paralela agrave superfiacutecie do mesmo e que

propriedades produzi pelos processos forma ~

dores do solo distintas das camadas adjacentes

satildeo as partes componentes dos perfis do solo que reshysultam da anisotropia apreshysentada pelos solos Os hoshyrizontes representam a anishysotropia vertical e os so shylos diferenciados entre si a anisotropia horizontal

Os horizontes satildeo zonas do solo aproximadamente parashylelas que possuem proprieshydades resultante dos efeishytos combinados dos proces shysos geneacuteticos

Camadas isoladas encontrashydas quando procede-se ao eshyxame do perfil do solo

Fonte FERNANDES BARROS (1985)

114

QUADRO 03

DEFINICcedilOtildeES DE PERFIL DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING (1971)

LEPSCH (1975)

OLIVEIRA (1975)

VIEIRA (1975)

BUCKMAN amp BRADY (1976)

Coleccedilatildeo Que SaisshyJePress Universi taire de France

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

in Elementos de Pedologia Livros Teacutecnicos e Cientl ficos SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronocircmica Ceres

Natureza e Pro priedade dos So shy10sBiblioteca Ushyniversitaacuteria tas Bastos

Lensemble des horizons tue un profil de sol

bullbullbull Cada solo poderaacute ser elas shysificado segundo o grau de de shysenvolvimento de seu corte vershytical Este denominado do solo evolve de nltida com o decurso do tempo

O conjunto de horizontes situshyados em uma seccedilatildeo que vai da 8uperflcie o materishyal original eacute o perfil do 80 lo bull bullbullbull 0 perfil do solo eacute uma unishydade fundamental para seu estushydo

Perfil do solo eacute a de todos os horizontes

camadas orgatildenicas da e do material

solum que influenciam e no comportamento do pedologia os objetos que se pro cura classificar satildeo os solos ~ traveacutes de seus perfis

Chama-se perfil do solo a secshyccedilatildeo vertical que partindo da superflcie aprofunda-se ateacute onshyde chega a accedilatildeo do momostrandona maioria zesuma seacuterie de camadas tas horizontalmente horizontes

Se fossemos cortar uma deste solo de cima para baixo seriam encontradas as camadas horizontais refeshyridas Tal seccedilao ecirc denominada

e as camadas isoladas chamadas horizontes

115

116

Continuaccedilatildeo QUADRO 03

ORIGINALAUTOR FONTE

Deve - se entender por per fi 1 (1976) Edusp amp

HEcircNIN et alii Os Solos cultural o conjunto constitushy

rense Universit~ria Ido Dela sucessatildeo camadas de terra individualizadas peshyla intervenccedilatildeo instrumenshytos de cultivo as raIzes de

e os natu -

Fonte FERcANDES BARROS (1985)

das ou horizontes As definiccedilotildees de Vieira 1975 e L~psh 1975 estabelecem para o perfil do solo um limishyte inferior que eacute definido como a zona de encontro en tre o solo propriamente dito e seu material de origem-shyA definiccedilatildeo de Heacutenin et alii 1976 adquire um aspecto todo particular pois o perfil eacute adjetivado como cultu ral e o conceito exposto torna-se claramente a9ronocircm~ co Caberia ressaltar que Bunting 1971 considera o perfil do solo como uma categoria de classificaccedilatildeo No dicionaacuterio Larousse 1966 aleacutem de aparecer o perfil como uma categoria de descriccedilatildeo este eacute considerado co mo elemento principal de classificaccedilatildeo Finalizando ~ perfil do solo pode ser considerado como um conjunto de horizontes observaacuteveis em um corte verticalque per mite a descriccedilatildeo classificaccedilatildeo e a cartografia d~ solo

Objetivando uma melhor definiccedilatildeo e delimishytaccedilatildeo da unidade fundamental de estudo em Pedologia os americanos definiram uma outrrt categoria Pedon no Quadro-04 satildeo apresentadas cinco definiccedilotildees referen tes a este conceito A definiccedilatildeo de Boulaine 1969 ca~ racteriza-se por uma ideacuteia crono-espacial e volumeacutetrishyca do pedon apresentando-se tamceacutem de uma forma bem

ampla sem esta lecer limites para este volume elemenshytar Para Aubert ampBoulaine 1974 o pedon aparece como sendo o menor volume que pode ser chamado solo e suas dimensotildees passam a ser de nidas A dimensatildeo lateral deveraacute ser suficiente para permitir o estudo de todos os horizo~tes No~entanto res~ringe-se su~ expressatildeo em superfiacutecie ao maximo de 10 m Na definiccedilao da 7ordf Ashyproximaccedilatildeo 1960 - o limite inferior ~ apresentado como vago porem as dimensotildees em superfcie e lateralmente satildeo bem nidas seguindo uma orientaccedilatildeo natushyral-matem~tica isto ~ as delimitaccedilotildees propostas conshyseguem apreender as possveis variabilidades espaciais dos solos mas na sua expressatildeo concreta satildeo matematishycamente restritas no intervalo superficial 01 a la m Para a Soil Taxonomy 1975 que no seu aspecto geral assemelha-se bastante com a definiccedilatildeo da 7ordf Aero~imaccedilatildeo pode-se perceber uma maior precisa0 com relaccedilao as vashyriaccedilotildees cclicas mantendo-se contudo as limitaccedilotildees de expressatildeo superficial

Em todas as definiccedilotildees de pedon diferenteshymente do gue acontece com ~s de perfil percebe-se uma preocupaccedilao com as variaccediloes laterais entretanto o corpo-solo ~ considerado como uma associaccedilatildeo de pedons interligados (polipedons) 1 concepccedilatildeo nos parece efetiva um corte rgido neste corpo de natureza pedo16shygica No tocante a este fato Jones 1959 in Marcos 1979 eacute enf~tico

O conceito de perfil modal e posterigrmente de pedon e polipedon aparecem como artifiacutecios para contornar o problema da continuidade dos solos isto eacute para atribuir ao solo algo que por natushyreza natildeo tem unidades discretas como plantas e animais

Diante do exposto se necessario resgashytar a proposiccedilatildeo de catena proposta por Milne 1935 onde o solo ~ entendido como uma cadeia 9 com suas cashyractersticas ligadas como os elos de uma corrente

117

Nesta concepccedilatildeo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunshyto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA 1981)

Muitas satildeo as crlticas agraves concepccedilotildees apreshysentadas anteriormente sobremodo aos problemas decorshyrentes dos levantamentos classificatoacuterios dos solos como pode-se pe pelas consideraccedilotildees abaixo

Uma preocupaccedilatildeo geral dos teacutecnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos diz respeito agraves interpretaccedilotildees feitas dos levantamenshytos de solos que em geral satildeo pobres acad~micos e pouco informativos aos usuaacuterios (KLAMT 1984)

IISi la c1asificacioacuten pedo1oacutegica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos no hashybrla necesidad de clasiacuteficaciones de uso Las cashyracterlsticas maacutes importantes del punto de vista pedoloacutegico determinam tambieacuten las caracterlsticas agronoacutemicas ll (PAPADAKIS 1984)bull

Para superar-se esta situaccedilatildeo dois camishynhos estatildeo sendo seguidos Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior dentro da visatildeo claacutesshysica aquela de perfil e pedon o que chamamos uma evoluccedilatildeo reformista pois propotildee a reformulaccedilao dos conceitos seguindo a mesma orientaccedilatildeo anteriormente existente ou valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo Neste segundo caminho estaacute imp11cito num primeiro plano a valorizaccedilatildeo da diversidade lateral que parece ter sido esquecida sobremodo no conceito de perfil num segundo plano ao inveacutes de procurar-se cashytegorias centrais como a de perfil e pedon para represhysentar o solo procura-se estudar o solo globalmente buscando dados sobre as zonas de transiccedilatildeo passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo Concepccedilotildees semelhantes a esta uacuteltima visatildeo apreshy

118

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

Na definiccedilatildeo acima proposta dois elementos for~ativos aparecem a) o solo como produto de vaacuterios fenomenos b) o solo organizado em camadas

Retomando as definiccedilotildees do Quadro-OI pershycebe-se tambeacutem que o solo eacute definido como um corpo nashytural (Soil Survey Staff 1951 Soil Survey Staff 1975 Joffe 1936 e Terzaghi 1948) e diferenciado em horizontes (Joffe 1936 Bunting 1971 e Vieira 1975) Estes dois aspectos_contidos nas definiccedilotildees 0prais soshybre o objeto solo sao essenciais para o desenvolvimento da Pedologia O primeiro seraacute o motivador da expressatildeo - 0 solo eacute um continuum na natureza - o segundo orishyginaraacute a concepccedilatildeo de dividir-se o corpo-solo em vaacuterios

_

horizontes (camadas) e chama perfil do solo

os estudos destes no que se

No Quadro-02 satildeo aEresentadas seis definishyccediloes de horizonte Das definiccediloes contidas neste quadro percebe-se que natildeo existe discordacircncias entre os autoshyres no tocante a considerar os horizontes como camashydas aproximadamente paralelas agrave superflcie do solo diferenciadas a partir de suas caracterlsticas (constishytuiccedilatildeo e organizaccedilatildeo) sendo estas resultantes de proshycessos geneacuteticos (clima vegetaccedilatildeo animais percolaccedilatildeo daacutegua e outros) Ressaltamos que na definiccedilatildeo de Olishyveira 1975 o horizonte eacute entendido como a camada que manifesta a anisotropia vertical do solo Uma simplifishycaccedilatildeo desta definiccedilatildeo poderia conduzir a supervalorizashyccedilatildeo destas variaccedilotildees

No enunciado de Buckman ampBrady 1976 apashyrece a vinculaccedilatildeo entre o horizonte e o que os pedoacuteloshygos costumam chamar de perfil do solo Passemos agora a examinar as definiccedilotildees de perfil do solo apresentadas no Quadro-03

O conjunto de elementos formativos mais cashyracterlsticos nas definiccedilotildees contidas no Quadro-03 satildeo a) perfil como um corte vertical b) formado por camashy

113

QUADRO 02

DEFINIccedilotildeES DE HORIZONTE DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING

(1971)

LEPSCH

(1975)

OLIVEIRA

(1975)

VIEIRA

(1975)

BUCKNAti E BRADY

(1976)

Coleccedilatildeo Que SaiacutesshyJe Presse Univer siacutetaire de France-

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficos SA

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronomica Ceres

Natureza e edade dos Solos Biblioteca sitaacuteria Freitas Bastos

Danneacutee en sous lacshytion du climatdes vegetaux et des animauxsous I effet de la percolation par l eau de pluie et sous leffet de la pesanteurce sol sorgani se en couches de nature dif~ feacuterenteles horizons As diferentes camadas reshysultantes dos de horizontaccedilotildees no solo

Um horizonte pode ser nido como uma camada de soshylo aproximadamente paralela agrave superfiacutecie do mesmo e que

propriedades produzi pelos processos forma ~

dores do solo distintas das camadas adjacentes

satildeo as partes componentes dos perfis do solo que reshysultam da anisotropia apreshysentada pelos solos Os hoshyrizontes representam a anishysotropia vertical e os so shylos diferenciados entre si a anisotropia horizontal

Os horizontes satildeo zonas do solo aproximadamente parashylelas que possuem proprieshydades resultante dos efeishytos combinados dos proces shysos geneacuteticos

Camadas isoladas encontrashydas quando procede-se ao eshyxame do perfil do solo

Fonte FERNANDES BARROS (1985)

114

QUADRO 03

DEFINICcedilOtildeES DE PERFIL DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING (1971)

LEPSCH (1975)

OLIVEIRA (1975)

VIEIRA (1975)

BUCKMAN amp BRADY (1976)

Coleccedilatildeo Que SaisshyJePress Universi taire de France

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

in Elementos de Pedologia Livros Teacutecnicos e Cientl ficos SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronocircmica Ceres

Natureza e Pro priedade dos So shy10sBiblioteca Ushyniversitaacuteria tas Bastos

Lensemble des horizons tue un profil de sol

bullbullbull Cada solo poderaacute ser elas shysificado segundo o grau de de shysenvolvimento de seu corte vershytical Este denominado do solo evolve de nltida com o decurso do tempo

O conjunto de horizontes situshyados em uma seccedilatildeo que vai da 8uperflcie o materishyal original eacute o perfil do 80 lo bull bullbullbull 0 perfil do solo eacute uma unishydade fundamental para seu estushydo

Perfil do solo eacute a de todos os horizontes

camadas orgatildenicas da e do material

solum que influenciam e no comportamento do pedologia os objetos que se pro cura classificar satildeo os solos ~ traveacutes de seus perfis

Chama-se perfil do solo a secshyccedilatildeo vertical que partindo da superflcie aprofunda-se ateacute onshyde chega a accedilatildeo do momostrandona maioria zesuma seacuterie de camadas tas horizontalmente horizontes

Se fossemos cortar uma deste solo de cima para baixo seriam encontradas as camadas horizontais refeshyridas Tal seccedilao ecirc denominada

e as camadas isoladas chamadas horizontes

115

116

Continuaccedilatildeo QUADRO 03

ORIGINALAUTOR FONTE

Deve - se entender por per fi 1 (1976) Edusp amp

HEcircNIN et alii Os Solos cultural o conjunto constitushy

rense Universit~ria Ido Dela sucessatildeo camadas de terra individualizadas peshyla intervenccedilatildeo instrumenshytos de cultivo as raIzes de

e os natu -

Fonte FERcANDES BARROS (1985)

das ou horizontes As definiccedilotildees de Vieira 1975 e L~psh 1975 estabelecem para o perfil do solo um limishyte inferior que eacute definido como a zona de encontro en tre o solo propriamente dito e seu material de origem-shyA definiccedilatildeo de Heacutenin et alii 1976 adquire um aspecto todo particular pois o perfil eacute adjetivado como cultu ral e o conceito exposto torna-se claramente a9ronocircm~ co Caberia ressaltar que Bunting 1971 considera o perfil do solo como uma categoria de classificaccedilatildeo No dicionaacuterio Larousse 1966 aleacutem de aparecer o perfil como uma categoria de descriccedilatildeo este eacute considerado co mo elemento principal de classificaccedilatildeo Finalizando ~ perfil do solo pode ser considerado como um conjunto de horizontes observaacuteveis em um corte verticalque per mite a descriccedilatildeo classificaccedilatildeo e a cartografia d~ solo

Objetivando uma melhor definiccedilatildeo e delimishytaccedilatildeo da unidade fundamental de estudo em Pedologia os americanos definiram uma outrrt categoria Pedon no Quadro-04 satildeo apresentadas cinco definiccedilotildees referen tes a este conceito A definiccedilatildeo de Boulaine 1969 ca~ racteriza-se por uma ideacuteia crono-espacial e volumeacutetrishyca do pedon apresentando-se tamceacutem de uma forma bem

ampla sem esta lecer limites para este volume elemenshytar Para Aubert ampBoulaine 1974 o pedon aparece como sendo o menor volume que pode ser chamado solo e suas dimensotildees passam a ser de nidas A dimensatildeo lateral deveraacute ser suficiente para permitir o estudo de todos os horizo~tes No~entanto res~ringe-se su~ expressatildeo em superfiacutecie ao maximo de 10 m Na definiccedilao da 7ordf Ashyproximaccedilatildeo 1960 - o limite inferior ~ apresentado como vago porem as dimensotildees em superfcie e lateralmente satildeo bem nidas seguindo uma orientaccedilatildeo natushyral-matem~tica isto ~ as delimitaccedilotildees propostas conshyseguem apreender as possveis variabilidades espaciais dos solos mas na sua expressatildeo concreta satildeo matematishycamente restritas no intervalo superficial 01 a la m Para a Soil Taxonomy 1975 que no seu aspecto geral assemelha-se bastante com a definiccedilatildeo da 7ordf Aero~imaccedilatildeo pode-se perceber uma maior precisa0 com relaccedilao as vashyriaccedilotildees cclicas mantendo-se contudo as limitaccedilotildees de expressatildeo superficial

Em todas as definiccedilotildees de pedon diferenteshymente do gue acontece com ~s de perfil percebe-se uma preocupaccedilao com as variaccediloes laterais entretanto o corpo-solo ~ considerado como uma associaccedilatildeo de pedons interligados (polipedons) 1 concepccedilatildeo nos parece efetiva um corte rgido neste corpo de natureza pedo16shygica No tocante a este fato Jones 1959 in Marcos 1979 eacute enf~tico

O conceito de perfil modal e posterigrmente de pedon e polipedon aparecem como artifiacutecios para contornar o problema da continuidade dos solos isto eacute para atribuir ao solo algo que por natushyreza natildeo tem unidades discretas como plantas e animais

Diante do exposto se necessario resgashytar a proposiccedilatildeo de catena proposta por Milne 1935 onde o solo ~ entendido como uma cadeia 9 com suas cashyractersticas ligadas como os elos de uma corrente

117

Nesta concepccedilatildeo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunshyto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA 1981)

Muitas satildeo as crlticas agraves concepccedilotildees apreshysentadas anteriormente sobremodo aos problemas decorshyrentes dos levantamentos classificatoacuterios dos solos como pode-se pe pelas consideraccedilotildees abaixo

Uma preocupaccedilatildeo geral dos teacutecnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos diz respeito agraves interpretaccedilotildees feitas dos levantamenshytos de solos que em geral satildeo pobres acad~micos e pouco informativos aos usuaacuterios (KLAMT 1984)

IISi la c1asificacioacuten pedo1oacutegica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos no hashybrla necesidad de clasiacuteficaciones de uso Las cashyracterlsticas maacutes importantes del punto de vista pedoloacutegico determinam tambieacuten las caracterlsticas agronoacutemicas ll (PAPADAKIS 1984)bull

Para superar-se esta situaccedilatildeo dois camishynhos estatildeo sendo seguidos Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior dentro da visatildeo claacutesshysica aquela de perfil e pedon o que chamamos uma evoluccedilatildeo reformista pois propotildee a reformulaccedilao dos conceitos seguindo a mesma orientaccedilatildeo anteriormente existente ou valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo Neste segundo caminho estaacute imp11cito num primeiro plano a valorizaccedilatildeo da diversidade lateral que parece ter sido esquecida sobremodo no conceito de perfil num segundo plano ao inveacutes de procurar-se cashytegorias centrais como a de perfil e pedon para represhysentar o solo procura-se estudar o solo globalmente buscando dados sobre as zonas de transiccedilatildeo passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo Concepccedilotildees semelhantes a esta uacuteltima visatildeo apreshy

118

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

QUADRO 02

DEFINIccedilotildeES DE HORIZONTE DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING

(1971)

LEPSCH

(1975)

OLIVEIRA

(1975)

VIEIRA

(1975)

BUCKNAti E BRADY

(1976)

Coleccedilatildeo Que SaiacutesshyJe Presse Univer siacutetaire de France-

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficos SA

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronomica Ceres

Natureza e edade dos Solos Biblioteca sitaacuteria Freitas Bastos

Danneacutee en sous lacshytion du climatdes vegetaux et des animauxsous I effet de la percolation par l eau de pluie et sous leffet de la pesanteurce sol sorgani se en couches de nature dif~ feacuterenteles horizons As diferentes camadas reshysultantes dos de horizontaccedilotildees no solo

Um horizonte pode ser nido como uma camada de soshylo aproximadamente paralela agrave superfiacutecie do mesmo e que

propriedades produzi pelos processos forma ~

dores do solo distintas das camadas adjacentes

satildeo as partes componentes dos perfis do solo que reshysultam da anisotropia apreshysentada pelos solos Os hoshyrizontes representam a anishysotropia vertical e os so shylos diferenciados entre si a anisotropia horizontal

Os horizontes satildeo zonas do solo aproximadamente parashylelas que possuem proprieshydades resultante dos efeishytos combinados dos proces shysos geneacuteticos

Camadas isoladas encontrashydas quando procede-se ao eshyxame do perfil do solo

Fonte FERNANDES BARROS (1985)

114

QUADRO 03

DEFINICcedilOtildeES DE PERFIL DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING (1971)

LEPSCH (1975)

OLIVEIRA (1975)

VIEIRA (1975)

BUCKMAN amp BRADY (1976)

Coleccedilatildeo Que SaisshyJePress Universi taire de France

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

in Elementos de Pedologia Livros Teacutecnicos e Cientl ficos SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronocircmica Ceres

Natureza e Pro priedade dos So shy10sBiblioteca Ushyniversitaacuteria tas Bastos

Lensemble des horizons tue un profil de sol

bullbullbull Cada solo poderaacute ser elas shysificado segundo o grau de de shysenvolvimento de seu corte vershytical Este denominado do solo evolve de nltida com o decurso do tempo

O conjunto de horizontes situshyados em uma seccedilatildeo que vai da 8uperflcie o materishyal original eacute o perfil do 80 lo bull bullbullbull 0 perfil do solo eacute uma unishydade fundamental para seu estushydo

Perfil do solo eacute a de todos os horizontes

camadas orgatildenicas da e do material

solum que influenciam e no comportamento do pedologia os objetos que se pro cura classificar satildeo os solos ~ traveacutes de seus perfis

Chama-se perfil do solo a secshyccedilatildeo vertical que partindo da superflcie aprofunda-se ateacute onshyde chega a accedilatildeo do momostrandona maioria zesuma seacuterie de camadas tas horizontalmente horizontes

Se fossemos cortar uma deste solo de cima para baixo seriam encontradas as camadas horizontais refeshyridas Tal seccedilao ecirc denominada

e as camadas isoladas chamadas horizontes

115

116

Continuaccedilatildeo QUADRO 03

ORIGINALAUTOR FONTE

Deve - se entender por per fi 1 (1976) Edusp amp

HEcircNIN et alii Os Solos cultural o conjunto constitushy

rense Universit~ria Ido Dela sucessatildeo camadas de terra individualizadas peshyla intervenccedilatildeo instrumenshytos de cultivo as raIzes de

e os natu -

Fonte FERcANDES BARROS (1985)

das ou horizontes As definiccedilotildees de Vieira 1975 e L~psh 1975 estabelecem para o perfil do solo um limishyte inferior que eacute definido como a zona de encontro en tre o solo propriamente dito e seu material de origem-shyA definiccedilatildeo de Heacutenin et alii 1976 adquire um aspecto todo particular pois o perfil eacute adjetivado como cultu ral e o conceito exposto torna-se claramente a9ronocircm~ co Caberia ressaltar que Bunting 1971 considera o perfil do solo como uma categoria de classificaccedilatildeo No dicionaacuterio Larousse 1966 aleacutem de aparecer o perfil como uma categoria de descriccedilatildeo este eacute considerado co mo elemento principal de classificaccedilatildeo Finalizando ~ perfil do solo pode ser considerado como um conjunto de horizontes observaacuteveis em um corte verticalque per mite a descriccedilatildeo classificaccedilatildeo e a cartografia d~ solo

Objetivando uma melhor definiccedilatildeo e delimishytaccedilatildeo da unidade fundamental de estudo em Pedologia os americanos definiram uma outrrt categoria Pedon no Quadro-04 satildeo apresentadas cinco definiccedilotildees referen tes a este conceito A definiccedilatildeo de Boulaine 1969 ca~ racteriza-se por uma ideacuteia crono-espacial e volumeacutetrishyca do pedon apresentando-se tamceacutem de uma forma bem

ampla sem esta lecer limites para este volume elemenshytar Para Aubert ampBoulaine 1974 o pedon aparece como sendo o menor volume que pode ser chamado solo e suas dimensotildees passam a ser de nidas A dimensatildeo lateral deveraacute ser suficiente para permitir o estudo de todos os horizo~tes No~entanto res~ringe-se su~ expressatildeo em superfiacutecie ao maximo de 10 m Na definiccedilao da 7ordf Ashyproximaccedilatildeo 1960 - o limite inferior ~ apresentado como vago porem as dimensotildees em superfcie e lateralmente satildeo bem nidas seguindo uma orientaccedilatildeo natushyral-matem~tica isto ~ as delimitaccedilotildees propostas conshyseguem apreender as possveis variabilidades espaciais dos solos mas na sua expressatildeo concreta satildeo matematishycamente restritas no intervalo superficial 01 a la m Para a Soil Taxonomy 1975 que no seu aspecto geral assemelha-se bastante com a definiccedilatildeo da 7ordf Aero~imaccedilatildeo pode-se perceber uma maior precisa0 com relaccedilao as vashyriaccedilotildees cclicas mantendo-se contudo as limitaccedilotildees de expressatildeo superficial

Em todas as definiccedilotildees de pedon diferenteshymente do gue acontece com ~s de perfil percebe-se uma preocupaccedilao com as variaccediloes laterais entretanto o corpo-solo ~ considerado como uma associaccedilatildeo de pedons interligados (polipedons) 1 concepccedilatildeo nos parece efetiva um corte rgido neste corpo de natureza pedo16shygica No tocante a este fato Jones 1959 in Marcos 1979 eacute enf~tico

O conceito de perfil modal e posterigrmente de pedon e polipedon aparecem como artifiacutecios para contornar o problema da continuidade dos solos isto eacute para atribuir ao solo algo que por natushyreza natildeo tem unidades discretas como plantas e animais

Diante do exposto se necessario resgashytar a proposiccedilatildeo de catena proposta por Milne 1935 onde o solo ~ entendido como uma cadeia 9 com suas cashyractersticas ligadas como os elos de uma corrente

117

Nesta concepccedilatildeo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunshyto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA 1981)

Muitas satildeo as crlticas agraves concepccedilotildees apreshysentadas anteriormente sobremodo aos problemas decorshyrentes dos levantamentos classificatoacuterios dos solos como pode-se pe pelas consideraccedilotildees abaixo

Uma preocupaccedilatildeo geral dos teacutecnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos diz respeito agraves interpretaccedilotildees feitas dos levantamenshytos de solos que em geral satildeo pobres acad~micos e pouco informativos aos usuaacuterios (KLAMT 1984)

IISi la c1asificacioacuten pedo1oacutegica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos no hashybrla necesidad de clasiacuteficaciones de uso Las cashyracterlsticas maacutes importantes del punto de vista pedoloacutegico determinam tambieacuten las caracterlsticas agronoacutemicas ll (PAPADAKIS 1984)bull

Para superar-se esta situaccedilatildeo dois camishynhos estatildeo sendo seguidos Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior dentro da visatildeo claacutesshysica aquela de perfil e pedon o que chamamos uma evoluccedilatildeo reformista pois propotildee a reformulaccedilao dos conceitos seguindo a mesma orientaccedilatildeo anteriormente existente ou valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo Neste segundo caminho estaacute imp11cito num primeiro plano a valorizaccedilatildeo da diversidade lateral que parece ter sido esquecida sobremodo no conceito de perfil num segundo plano ao inveacutes de procurar-se cashytegorias centrais como a de perfil e pedon para represhysentar o solo procura-se estudar o solo globalmente buscando dados sobre as zonas de transiccedilatildeo passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo Concepccedilotildees semelhantes a esta uacuteltima visatildeo apreshy

118

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

QUADRO 03

DEFINICcedilOtildeES DE PERFIL DO SOLO

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1967)

BUNTING (1971)

LEPSCH (1975)

OLIVEIRA (1975)

VIEIRA (1975)

BUCKMAN amp BRADY (1976)

Coleccedilatildeo Que SaisshyJePress Universi taire de France

Geografia do Solo Editora Zahar

in Elementos de Pedologia Teacutecnicos e ficas SA

in Elementos de Pedologia Livros Teacutecnicos e Cientl ficos SA

Manual de Ciecircncia do Solo Editora Agronocircmica Ceres

Natureza e Pro priedade dos So shy10sBiblioteca Ushyniversitaacuteria tas Bastos

Lensemble des horizons tue un profil de sol

bullbullbull Cada solo poderaacute ser elas shysificado segundo o grau de de shysenvolvimento de seu corte vershytical Este denominado do solo evolve de nltida com o decurso do tempo

O conjunto de horizontes situshyados em uma seccedilatildeo que vai da 8uperflcie o materishyal original eacute o perfil do 80 lo bull bullbullbull 0 perfil do solo eacute uma unishydade fundamental para seu estushydo

Perfil do solo eacute a de todos os horizontes

camadas orgatildenicas da e do material

solum que influenciam e no comportamento do pedologia os objetos que se pro cura classificar satildeo os solos ~ traveacutes de seus perfis

Chama-se perfil do solo a secshyccedilatildeo vertical que partindo da superflcie aprofunda-se ateacute onshyde chega a accedilatildeo do momostrandona maioria zesuma seacuterie de camadas tas horizontalmente horizontes

Se fossemos cortar uma deste solo de cima para baixo seriam encontradas as camadas horizontais refeshyridas Tal seccedilao ecirc denominada

e as camadas isoladas chamadas horizontes

115

116

Continuaccedilatildeo QUADRO 03

ORIGINALAUTOR FONTE

Deve - se entender por per fi 1 (1976) Edusp amp

HEcircNIN et alii Os Solos cultural o conjunto constitushy

rense Universit~ria Ido Dela sucessatildeo camadas de terra individualizadas peshyla intervenccedilatildeo instrumenshytos de cultivo as raIzes de

e os natu -

Fonte FERcANDES BARROS (1985)

das ou horizontes As definiccedilotildees de Vieira 1975 e L~psh 1975 estabelecem para o perfil do solo um limishyte inferior que eacute definido como a zona de encontro en tre o solo propriamente dito e seu material de origem-shyA definiccedilatildeo de Heacutenin et alii 1976 adquire um aspecto todo particular pois o perfil eacute adjetivado como cultu ral e o conceito exposto torna-se claramente a9ronocircm~ co Caberia ressaltar que Bunting 1971 considera o perfil do solo como uma categoria de classificaccedilatildeo No dicionaacuterio Larousse 1966 aleacutem de aparecer o perfil como uma categoria de descriccedilatildeo este eacute considerado co mo elemento principal de classificaccedilatildeo Finalizando ~ perfil do solo pode ser considerado como um conjunto de horizontes observaacuteveis em um corte verticalque per mite a descriccedilatildeo classificaccedilatildeo e a cartografia d~ solo

Objetivando uma melhor definiccedilatildeo e delimishytaccedilatildeo da unidade fundamental de estudo em Pedologia os americanos definiram uma outrrt categoria Pedon no Quadro-04 satildeo apresentadas cinco definiccedilotildees referen tes a este conceito A definiccedilatildeo de Boulaine 1969 ca~ racteriza-se por uma ideacuteia crono-espacial e volumeacutetrishyca do pedon apresentando-se tamceacutem de uma forma bem

ampla sem esta lecer limites para este volume elemenshytar Para Aubert ampBoulaine 1974 o pedon aparece como sendo o menor volume que pode ser chamado solo e suas dimensotildees passam a ser de nidas A dimensatildeo lateral deveraacute ser suficiente para permitir o estudo de todos os horizo~tes No~entanto res~ringe-se su~ expressatildeo em superfiacutecie ao maximo de 10 m Na definiccedilao da 7ordf Ashyproximaccedilatildeo 1960 - o limite inferior ~ apresentado como vago porem as dimensotildees em superfcie e lateralmente satildeo bem nidas seguindo uma orientaccedilatildeo natushyral-matem~tica isto ~ as delimitaccedilotildees propostas conshyseguem apreender as possveis variabilidades espaciais dos solos mas na sua expressatildeo concreta satildeo matematishycamente restritas no intervalo superficial 01 a la m Para a Soil Taxonomy 1975 que no seu aspecto geral assemelha-se bastante com a definiccedilatildeo da 7ordf Aero~imaccedilatildeo pode-se perceber uma maior precisa0 com relaccedilao as vashyriaccedilotildees cclicas mantendo-se contudo as limitaccedilotildees de expressatildeo superficial

Em todas as definiccedilotildees de pedon diferenteshymente do gue acontece com ~s de perfil percebe-se uma preocupaccedilao com as variaccediloes laterais entretanto o corpo-solo ~ considerado como uma associaccedilatildeo de pedons interligados (polipedons) 1 concepccedilatildeo nos parece efetiva um corte rgido neste corpo de natureza pedo16shygica No tocante a este fato Jones 1959 in Marcos 1979 eacute enf~tico

O conceito de perfil modal e posterigrmente de pedon e polipedon aparecem como artifiacutecios para contornar o problema da continuidade dos solos isto eacute para atribuir ao solo algo que por natushyreza natildeo tem unidades discretas como plantas e animais

Diante do exposto se necessario resgashytar a proposiccedilatildeo de catena proposta por Milne 1935 onde o solo ~ entendido como uma cadeia 9 com suas cashyractersticas ligadas como os elos de uma corrente

117

Nesta concepccedilatildeo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunshyto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA 1981)

Muitas satildeo as crlticas agraves concepccedilotildees apreshysentadas anteriormente sobremodo aos problemas decorshyrentes dos levantamentos classificatoacuterios dos solos como pode-se pe pelas consideraccedilotildees abaixo

Uma preocupaccedilatildeo geral dos teacutecnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos diz respeito agraves interpretaccedilotildees feitas dos levantamenshytos de solos que em geral satildeo pobres acad~micos e pouco informativos aos usuaacuterios (KLAMT 1984)

IISi la c1asificacioacuten pedo1oacutegica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos no hashybrla necesidad de clasiacuteficaciones de uso Las cashyracterlsticas maacutes importantes del punto de vista pedoloacutegico determinam tambieacuten las caracterlsticas agronoacutemicas ll (PAPADAKIS 1984)bull

Para superar-se esta situaccedilatildeo dois camishynhos estatildeo sendo seguidos Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior dentro da visatildeo claacutesshysica aquela de perfil e pedon o que chamamos uma evoluccedilatildeo reformista pois propotildee a reformulaccedilao dos conceitos seguindo a mesma orientaccedilatildeo anteriormente existente ou valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo Neste segundo caminho estaacute imp11cito num primeiro plano a valorizaccedilatildeo da diversidade lateral que parece ter sido esquecida sobremodo no conceito de perfil num segundo plano ao inveacutes de procurar-se cashytegorias centrais como a de perfil e pedon para represhysentar o solo procura-se estudar o solo globalmente buscando dados sobre as zonas de transiccedilatildeo passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo Concepccedilotildees semelhantes a esta uacuteltima visatildeo apreshy

118

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

116

Continuaccedilatildeo QUADRO 03

ORIGINALAUTOR FONTE

Deve - se entender por per fi 1 (1976) Edusp amp

HEcircNIN et alii Os Solos cultural o conjunto constitushy

rense Universit~ria Ido Dela sucessatildeo camadas de terra individualizadas peshyla intervenccedilatildeo instrumenshytos de cultivo as raIzes de

e os natu -

Fonte FERcANDES BARROS (1985)

das ou horizontes As definiccedilotildees de Vieira 1975 e L~psh 1975 estabelecem para o perfil do solo um limishyte inferior que eacute definido como a zona de encontro en tre o solo propriamente dito e seu material de origem-shyA definiccedilatildeo de Heacutenin et alii 1976 adquire um aspecto todo particular pois o perfil eacute adjetivado como cultu ral e o conceito exposto torna-se claramente a9ronocircm~ co Caberia ressaltar que Bunting 1971 considera o perfil do solo como uma categoria de classificaccedilatildeo No dicionaacuterio Larousse 1966 aleacutem de aparecer o perfil como uma categoria de descriccedilatildeo este eacute considerado co mo elemento principal de classificaccedilatildeo Finalizando ~ perfil do solo pode ser considerado como um conjunto de horizontes observaacuteveis em um corte verticalque per mite a descriccedilatildeo classificaccedilatildeo e a cartografia d~ solo

Objetivando uma melhor definiccedilatildeo e delimishytaccedilatildeo da unidade fundamental de estudo em Pedologia os americanos definiram uma outrrt categoria Pedon no Quadro-04 satildeo apresentadas cinco definiccedilotildees referen tes a este conceito A definiccedilatildeo de Boulaine 1969 ca~ racteriza-se por uma ideacuteia crono-espacial e volumeacutetrishyca do pedon apresentando-se tamceacutem de uma forma bem

ampla sem esta lecer limites para este volume elemenshytar Para Aubert ampBoulaine 1974 o pedon aparece como sendo o menor volume que pode ser chamado solo e suas dimensotildees passam a ser de nidas A dimensatildeo lateral deveraacute ser suficiente para permitir o estudo de todos os horizo~tes No~entanto res~ringe-se su~ expressatildeo em superfiacutecie ao maximo de 10 m Na definiccedilao da 7ordf Ashyproximaccedilatildeo 1960 - o limite inferior ~ apresentado como vago porem as dimensotildees em superfcie e lateralmente satildeo bem nidas seguindo uma orientaccedilatildeo natushyral-matem~tica isto ~ as delimitaccedilotildees propostas conshyseguem apreender as possveis variabilidades espaciais dos solos mas na sua expressatildeo concreta satildeo matematishycamente restritas no intervalo superficial 01 a la m Para a Soil Taxonomy 1975 que no seu aspecto geral assemelha-se bastante com a definiccedilatildeo da 7ordf Aero~imaccedilatildeo pode-se perceber uma maior precisa0 com relaccedilao as vashyriaccedilotildees cclicas mantendo-se contudo as limitaccedilotildees de expressatildeo superficial

Em todas as definiccedilotildees de pedon diferenteshymente do gue acontece com ~s de perfil percebe-se uma preocupaccedilao com as variaccediloes laterais entretanto o corpo-solo ~ considerado como uma associaccedilatildeo de pedons interligados (polipedons) 1 concepccedilatildeo nos parece efetiva um corte rgido neste corpo de natureza pedo16shygica No tocante a este fato Jones 1959 in Marcos 1979 eacute enf~tico

O conceito de perfil modal e posterigrmente de pedon e polipedon aparecem como artifiacutecios para contornar o problema da continuidade dos solos isto eacute para atribuir ao solo algo que por natushyreza natildeo tem unidades discretas como plantas e animais

Diante do exposto se necessario resgashytar a proposiccedilatildeo de catena proposta por Milne 1935 onde o solo ~ entendido como uma cadeia 9 com suas cashyractersticas ligadas como os elos de uma corrente

117

Nesta concepccedilatildeo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunshyto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA 1981)

Muitas satildeo as crlticas agraves concepccedilotildees apreshysentadas anteriormente sobremodo aos problemas decorshyrentes dos levantamentos classificatoacuterios dos solos como pode-se pe pelas consideraccedilotildees abaixo

Uma preocupaccedilatildeo geral dos teacutecnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos diz respeito agraves interpretaccedilotildees feitas dos levantamenshytos de solos que em geral satildeo pobres acad~micos e pouco informativos aos usuaacuterios (KLAMT 1984)

IISi la c1asificacioacuten pedo1oacutegica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos no hashybrla necesidad de clasiacuteficaciones de uso Las cashyracterlsticas maacutes importantes del punto de vista pedoloacutegico determinam tambieacuten las caracterlsticas agronoacutemicas ll (PAPADAKIS 1984)bull

Para superar-se esta situaccedilatildeo dois camishynhos estatildeo sendo seguidos Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior dentro da visatildeo claacutesshysica aquela de perfil e pedon o que chamamos uma evoluccedilatildeo reformista pois propotildee a reformulaccedilao dos conceitos seguindo a mesma orientaccedilatildeo anteriormente existente ou valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo Neste segundo caminho estaacute imp11cito num primeiro plano a valorizaccedilatildeo da diversidade lateral que parece ter sido esquecida sobremodo no conceito de perfil num segundo plano ao inveacutes de procurar-se cashytegorias centrais como a de perfil e pedon para represhysentar o solo procura-se estudar o solo globalmente buscando dados sobre as zonas de transiccedilatildeo passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo Concepccedilotildees semelhantes a esta uacuteltima visatildeo apreshy

118

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

ampla sem esta lecer limites para este volume elemenshytar Para Aubert ampBoulaine 1974 o pedon aparece como sendo o menor volume que pode ser chamado solo e suas dimensotildees passam a ser de nidas A dimensatildeo lateral deveraacute ser suficiente para permitir o estudo de todos os horizo~tes No~entanto res~ringe-se su~ expressatildeo em superfiacutecie ao maximo de 10 m Na definiccedilao da 7ordf Ashyproximaccedilatildeo 1960 - o limite inferior ~ apresentado como vago porem as dimensotildees em superfcie e lateralmente satildeo bem nidas seguindo uma orientaccedilatildeo natushyral-matem~tica isto ~ as delimitaccedilotildees propostas conshyseguem apreender as possveis variabilidades espaciais dos solos mas na sua expressatildeo concreta satildeo matematishycamente restritas no intervalo superficial 01 a la m Para a Soil Taxonomy 1975 que no seu aspecto geral assemelha-se bastante com a definiccedilatildeo da 7ordf Aero~imaccedilatildeo pode-se perceber uma maior precisa0 com relaccedilao as vashyriaccedilotildees cclicas mantendo-se contudo as limitaccedilotildees de expressatildeo superficial

Em todas as definiccedilotildees de pedon diferenteshymente do gue acontece com ~s de perfil percebe-se uma preocupaccedilao com as variaccediloes laterais entretanto o corpo-solo ~ considerado como uma associaccedilatildeo de pedons interligados (polipedons) 1 concepccedilatildeo nos parece efetiva um corte rgido neste corpo de natureza pedo16shygica No tocante a este fato Jones 1959 in Marcos 1979 eacute enf~tico

O conceito de perfil modal e posterigrmente de pedon e polipedon aparecem como artifiacutecios para contornar o problema da continuidade dos solos isto eacute para atribuir ao solo algo que por natushyreza natildeo tem unidades discretas como plantas e animais

Diante do exposto se necessario resgashytar a proposiccedilatildeo de catena proposta por Milne 1935 onde o solo ~ entendido como uma cadeia 9 com suas cashyractersticas ligadas como os elos de uma corrente

117

Nesta concepccedilatildeo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunshyto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA 1981)

Muitas satildeo as crlticas agraves concepccedilotildees apreshysentadas anteriormente sobremodo aos problemas decorshyrentes dos levantamentos classificatoacuterios dos solos como pode-se pe pelas consideraccedilotildees abaixo

Uma preocupaccedilatildeo geral dos teacutecnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos diz respeito agraves interpretaccedilotildees feitas dos levantamenshytos de solos que em geral satildeo pobres acad~micos e pouco informativos aos usuaacuterios (KLAMT 1984)

IISi la c1asificacioacuten pedo1oacutegica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos no hashybrla necesidad de clasiacuteficaciones de uso Las cashyracterlsticas maacutes importantes del punto de vista pedoloacutegico determinam tambieacuten las caracterlsticas agronoacutemicas ll (PAPADAKIS 1984)bull

Para superar-se esta situaccedilatildeo dois camishynhos estatildeo sendo seguidos Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior dentro da visatildeo claacutesshysica aquela de perfil e pedon o que chamamos uma evoluccedilatildeo reformista pois propotildee a reformulaccedilao dos conceitos seguindo a mesma orientaccedilatildeo anteriormente existente ou valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo Neste segundo caminho estaacute imp11cito num primeiro plano a valorizaccedilatildeo da diversidade lateral que parece ter sido esquecida sobremodo no conceito de perfil num segundo plano ao inveacutes de procurar-se cashytegorias centrais como a de perfil e pedon para represhysentar o solo procura-se estudar o solo globalmente buscando dados sobre as zonas de transiccedilatildeo passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo Concepccedilotildees semelhantes a esta uacuteltima visatildeo apreshy

118

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

Nesta concepccedilatildeo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunshyto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA 1981)

Muitas satildeo as crlticas agraves concepccedilotildees apreshysentadas anteriormente sobremodo aos problemas decorshyrentes dos levantamentos classificatoacuterios dos solos como pode-se pe pelas consideraccedilotildees abaixo

Uma preocupaccedilatildeo geral dos teacutecnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos diz respeito agraves interpretaccedilotildees feitas dos levantamenshytos de solos que em geral satildeo pobres acad~micos e pouco informativos aos usuaacuterios (KLAMT 1984)

IISi la c1asificacioacuten pedo1oacutegica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos no hashybrla necesidad de clasiacuteficaciones de uso Las cashyracterlsticas maacutes importantes del punto de vista pedoloacutegico determinam tambieacuten las caracterlsticas agronoacutemicas ll (PAPADAKIS 1984)bull

Para superar-se esta situaccedilatildeo dois camishynhos estatildeo sendo seguidos Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior dentro da visatildeo claacutesshysica aquela de perfil e pedon o que chamamos uma evoluccedilatildeo reformista pois propotildee a reformulaccedilao dos conceitos seguindo a mesma orientaccedilatildeo anteriormente existente ou valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo Neste segundo caminho estaacute imp11cito num primeiro plano a valorizaccedilatildeo da diversidade lateral que parece ter sido esquecida sobremodo no conceito de perfil num segundo plano ao inveacutes de procurar-se cashytegorias centrais como a de perfil e pedon para represhysentar o solo procura-se estudar o solo globalmente buscando dados sobre as zonas de transiccedilatildeo passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo Concepccedilotildees semelhantes a esta uacuteltima visatildeo apreshy

118

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras cienshycias conforme percebe-se pelas colocaccedil6es abaixo

110 passo seguinte foi dado nos anos 70 quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estushydadas eram as interfaces ou seja as zonas de enshycontro de diferentes ecossistemas e que esses ecossistemas formaram um todo chamado biosfera ll bull

(CASTRI 1981)

Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com vashyrias categorias definidas com limites estritos os ndios operam com demarcaccedil~es mais flexfveis e liberais mais pr6ximas da realidade da natureza ll bull

(POSEY 1984)

119

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

QUADRO 04

DEFINICcedilOtildeES DE PEacuteDON

l I()R DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

est donc au le ecirctre

d t

1-)- 111 r Clh O R bull T O~l (jlh() s5r P~dol vaI

IX nC 1 1982 30

BOULAINE Cah ORSTOM (1969) ser P~dol vol

XIX nordm 1 1982 31

un cristal Un dishymensions Sa limite inf~rieure est la limi vague plus ou moshy

arbitraire entre sol non sol Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l~tude la natu re de les horizons car unz

epaissellr bull La surshy

face varie 1 agrave 10 selon la variabilit~ des horizonsLorshy

horizons pus ou agrave des 2 agrave

lhorizon agrave de cette petite zone

est inf~rieur 2 IlIOl Ciuand horizons sont continus

constante le

de mellle de lhoshy

cette pet du p~don est

hexagonale Une lat~rale ne devrait

fortement diff~rente de autre (Traduction bel

la 7ordf Approximation1962)

Volume ~leacutellentaire n~cessaire et suffisant deacutefinir agrave un insshytant donne tensemble des caracshyteacuteres structuraux et de consti shy

120

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGINAL

AUBERT amp BOULAINE (1974)

Soil Taxonomy (1975)

LEPSCH (1975)

Cah ORSTOM ser Peacutedol vol XIX nordm 1 1982 30

ORSLOH ser Peacutedo1 Vol XIX nordm 1 1982 30

in Elementos de Pedologia

volume sol Les

trales en sont suffisamment pour permettre leacutetude de

nature de tous horizons La surface varie de un ~ m~tres carreacutesUn dimensi shyonsI1 hexago shynal

Le est une portion de sol formant a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations

du sol La la surface varie de

gt deacutepend de la nature de la variabi1iteacute du sol Quand l amplitude des variations est in shyfeacuterieure agrave deux m~tres et quand tous les sont continus

presque uni surface d

m le I 3 962 re 10 horizons sont cliques mais reeroduisen~

des intervalles superieurs a 7m le peacutedon Iun volume I dune surface de 1 m- et il y a dans chaque cycle deux ou p~usieshy

urs soIs qui sont

Os perfis mostram as caracteriacutes ticas do solo numa direccedilatildeo ou se

Se a tais ca - forem acrescentadas

ocorrem nas duas dimens5es

121

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

122

Continuaccedilatildeo QUADRO 04

AUTOR FONTE DEFINICcedilAtildeO ORIGIAI

do solo e o menor volume [H pushyde ser chamado de um solo ( dlshynominado pedon

------__-----shy

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

BIBLIOGRAFIA

01 AUBERT G BOULAINE J La peacutedQlogie Paris PVF nordm 3521967 (Coleccedilao lfQue SaisshyJe)

02 BARROS O N F Anaacutelise Estrutural e Cartoshygrafia Detalhada de Solos em Marilia Esta do de Sao Paulo Ensino Metodologico Sao Paulo USP 1985 145 p Dissertaccedil~o (Messhytrado na FFLCH Departamento de Geoshygrafia USP)

03 CASTRI F di Ecologia gecircnese de uma ciecircnshycia do homem e da natureza O Correio da ~nesco v 9 nQ 6 p 6-11

04 CUNHA N G da Classificaccedilatildeo e Fertilidade de Solos da Planlcie Sedimentar do Rio Tashyquari Pantanal Matogrossense Circular Teacutecnica n 14 58 p 1981 (EM8RAPA - Uni

Execuccedilatildeo e Pesquisa d~ Acircmbito Esta dual de Corumbaacute-MS)

05 D E MATT Ecirc J L fi caccedilatildeo de Solos rac demicos Luiz de Queiroz 1979 mimeo

06 EMBRAPA Sistema Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Solos (lordf Aproximaccedilao) Rf6de Jam~iro 1980 73 p mimeo

I -=-C~urs=-0----7-=--~=------=-~____

07

08 MARCOS Z Z Ensaio sobre E istemoloqia Peshydoloacutegica S~o Paulo USP 1979 Tese obshytenccedilao do titulo de Livre Docen ) ESALQ USP 1979

123

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124

09 MARCOS Z Z Ensaio sobre Epistemologia Peshydo1oacutegica Cah ORST M seacuter peacutedol v 19 n

10 MILNE G Some suggested units of c1assifi shycation and mapping particulary for East African soils Supplementsto the Qrocee dings of the Internationa1 Society of Soi1 Sciene v 4 n 3 p 183-189 1935

11 MONIZ A C (coord) Elementos de Pedoloshy~ Rio de Janeiro Livros Tec e Cienti shyficos 1975 459 p

12 PAPADAKIS J Errares en la ciecircncia de nuesshytros dlas maacutes es ia1mente en ciecircncia de1 suelo ecologla y agronomiaCahORS T OM seacuter peacutedo1 v 19 n 1 p 91-104 1982

13 POSEY D A Os Kayapoacute e a natureza Ciecircncia Hoje v 2 n 12 p 12 p 34-41 ma jun 1984

124