pentateuco - a caminhada do povo de deus - lições bíblicas didaquê

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Todos nós estamos a caminho. Entretanto, é importante e necessário entender que não basta apenas caminhar. É preciso caminhar de maneira correia, na direção correia e sob motivações correias. A presente série de Estudos Bíblicos propõe uma abordagem contextualizadadas peregrinações dos filhos de Israel, desde a saída do Egito até à conquistada Terra Prometida. Analisando a trajetória desse povo que caminhou cerca de 40 anos pelo deserto, encontramos atitudes positivas e inspirativas para o povo de Deus hoje.Porém, encontramos também atitudes falhas e reprováveis, as quais devemser tomadas como um alerta ao povo de Deus hoje, a fim de que não venha a fracassar e a provocar o Senhor à ira. A dureza de coração do povo, muitas vezes fez o Senhor descer com juízo até eles. Segundo o Apóstolo Paulo, "estas cousas lhes sobrevieram como exemplos, e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos tem chegado (í Co 10.11).

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  • A CAMINHADDO KM

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    A SERVIO DO REINO

    MAR VERMELHO

    \S BBLICOS DIDAQUE VOLUME XVIII

  • DIDAQUECaixa Postal 22 - Rua Maria Olinda, 22

    M: (033) 341-1128CGC 22.691.901/0001-00

    36.970 MANHUMIRIM, MG

    "A SERVIO DO REINO"

    - Mapa da Capa fonte: "A Bblia Vida Nova" 1976 Edies Vida Nova S/R

    - Reproduo no todo ou em parte, somente com autorizaoexpressa da DIDAQUE.

    - A DIDAQUE no possui distribuidores. Pedidos diretamente entidade.

  • BIBLIOTECA DIDAQUEPr/. Antnio de PduaVolume;

    A CAMINHADA DO POVO DE DEUS

    Todos ns estamos a caminho. Entretanto, importante e necessrio en-tender que no basta apenas caminhar. preciso caminhar de maneira correia,na direo correia e sob motivaes correias.

    A presente srie de Estudos Bblicos prope uma abordagem contexluali-zada das peregrinaes dos filhos de Israel, desde a sada do Egito at con-quista da lerra Promelida.

    Analisando a irajclria desse povo que caminhou cerca de 40 anos pelodeserto, encontramos atitudes positivas e inspirativas para o povo de Deus ho-je. Porm, encontramos tambm atiludes falhas e reprovveis, as quais devemser lomadas como um alerta ao povo de Deus hoje, a fim de que no venha afracassar e a provocar o Senhor ira.

    A dure/a de corao do povo, muitas vezes fez o Senhor descer com juzoat eles. Segundo o Apstolo Paulo, "estas cousas lhes sobrevieram comoexemplos, e foram escritas para advertncia nossa, de ns oulros sobre quem osfins dos sculos tem chegado ( Co 10.11).

    Ao colocar disposio de todos o XVIII volume de Estudos Bblicos,bordando A CAMINHADA DO POVO DE DEUS, a DIDAQUE o faz nasrteza de que a bno do Senhor repousar sobre todos quantos buscam na

    Palavra a orientao para caminhar conforme a Sua vontade.Convictos de que "Na verdade, no lemos aqui cidade permanente, mas

    buscamos a que h de vir" (Hb 13.14), prossigamos!Sem abrir mo do propsito de continuar "a Servio do Reino",

    DIDAQUE

    Manhumrim, abril de 1992.

  • AUTORES DOS ESTUDOS

    * REV. AILTON GONALVES DIAS FILHO(Americana-SP)* REV. ANDERSON SATHLER(Alto Jequitib-MG)* REV. CARLOS DE OLIVEIRA ORLANDI JR.(Alto Jequitib-MG)* REV. CARLOS RIBEIRO CALDAS FILHO(Caratinga-MG)* REV. DIONEI FARIA(Alto Jequitib-MG)* REV. ENEZIEL PEIXOTO ANDRADE(Manhuau-MG)* REV. SRGIO PEREIRA TAVARES(Manhumirim-MG)* REV. WILSON EMERICK DE SOUZA(Campinas-SP)

    (Estudos 04 e 05)

    (Estudo 08)

    (Estudos 07 e 11)

    (Estudos 02 e 12)

    (Estudo 06)

    (Estudos 01 e 10)

    (Estudos 05 e 13;

    (Estudo 03)

  • NDICE

    N? TEMA PAG

    \J O. . O CHAMAMENTO DE MOISSProvidncia divina para o incio da caminhada 05

    02. AS DEZ PRAGASPoder libertador para o incio da caminhada 08

    03. O XODOCaminho para a liberdade - . . 11

    04. AS COLUNAS DE NUVEM E FOGOSinal da companhia divina na caminhada 14

    05. O CNTICO DE MOISSCelebrao da vitria conquistada na caminhada 17

    06. O PO DE CADA DIASinal da providncia divina durante a caminhada 20

    07. A NOMEAO DOS AUXILIARESDistribuio de tarefas entre o povo que caminha . 23OS DEZ MANDAMENTOS

    rientao divina para o xito da caminhada 2609. AS ADMOESTAES DO SENHOR

    Expresso do cuidado divino para com o povo que caminha 2910. AS FESTIVIDADES

    Celebraes de um povo que caminha 3211. O BEZERRO DE OURO

    O fracasso de um povo que caminha 3512. O TABERNCULO

    Sinal da consagrao do povo que caminha 3713. A DESPEDIDA DE MOISS

    Novos desafios na caminhada 41

  • SUGESTES PARA OS DIRIGENTESDOS ESTUDOS

    Estes estudos possuem a seguinte distribuio de matria:Leitura Diria: So textos bblicos que auxiliam na compreenso do assuntoe na vida devocional dos estudantes.Introduo: Objetiva levar o leitor ao assunto da lio, despertando seu inte-resse pelo mesmo.Viso do Texto: Perguntas diretamente ligadas ao texto-base, com o objetivode explorar melhor o conhecimento da passagem bblica que est sendoabordada. Isso significa a necessidade de uma leitura cuidadosa de todo o tex-to.Contexto: Tem a finalidade de oferecer subsdios para uma melhor e rnaisabrangente compreenso do texto-base.Atualizao: Serve para aplicar o assunto sob a perspectiva do texto-base,oferecendo lies prticas para o viver dirio.Discusso: So indagaes que proporcionam ao estudante oportunidade pa-ra um amplo debate do assunto e para assumir um posicionamento frente squestes abordadas.

    Cada dirigente (ou professor) deve elaborar pesquisas e anotaes necess-rias. Alm das informaes contidas em cada lio, os dirigentes devem bus-car em outras fontes subsdios para o enriquecimento dos estudos. Tenhaa Bblia como ponto principal de referncia.

    Apesar do dirigente ensinar uma lio de cada VQ?., bom que planeje o ensi-no de cada uma em relao s outras. Isso trar coerncia e nfase ao ensino.

    O dirigente deve relacionar a lio vida diria de cada um, a fim de que po-nha em prtica as verdades aprendidas.

    Evite fugir do assunto central. A abordagem no pretende ser a ltima pala-vra!

    Antes do trmino da lio, oriente os alunos quanto ao prximo estudo.Mostre as possibilidades de aprenderem novas verdades; incentive a leituradiria e o estudo do assunto durante a semana.

    Trabalhe com perguntas e respostas, permitindo a participao de todos.No se preocupe em oferecer respostas a todas as questes. No podemos teresta pretenso, mas, promova a discusso sadia, a reflexo e o compartilha-mento, sem temer as opinies divergentes.

    Lembre-se de que a melhor evidncia de xito do dirigente est nas trans-formaes na vida de seus alunos.

    Todo dirigente deve comear seu preparo com orao e dedicao a Deus. Aorao no deve ser uma formalidade sem sentido, mas um momento real deentrega liderana do Esprito Santo.

    Que Deus o capacite sempre!DIDAQU

  • ESTUDO BBLICO N- 01

    O CHAMAMENTO DE MOISSProvidncia divina para o incio da caminhada*

    Leia xodo 4.1-17

    2? Feira: xodo l32 Feira: xodo 242 Feira: xodo 3

    52 feira: xodo 56* feira: Isaas 6.1-8Sbado: Jeremias 1.1-10Domingo: Efsios 4.7-16

    O xito de qualquer empreendimen-to depende de pessoas dispostas, que seesforcem no sentido de se concentrarforas para a realizao da tarefa pro-posta.

    A participao de todos necess-ria. Cada um deve responder, partici-pando como pode.

    importante notar que, desde oprincpio da histria sagrada, Deus se va-ie de pessoas para a realizao de Suaobra.

    Para o incio do grande projeto di-vino da caminhada dos filhos de Israel,

    Egito Terra Prometida, Deus con-:ou um homem que se tornou um

    lmento-chave durante a caminhada de40 anos pelo deserto. Esse homem foiMoiss.

    Na caminhada do povo de Deus ho-je, o Senhor conta com voc tambm. Asua participao muito importante. Halgo que tm impedido voc de aceitar ocompromisso de um envolvimento maiore mais produtivo junto ao povo que ca-minha? Como voc tem respondido aochamado de Deus?

    VISO DO TEXTO1. Por que Deus concedeu poderes a

    Moiss?

    2. Qual foi a reao de Moiss diante dochamado de Deus?

    3. Que providncia final o Senhor tomoupara animar Moiss a aceitar amisso?

    CONTEXTO

    Conforme o captulo 3 de xodo, ocontexto do chamamento de Moiss pi-toresco. Ele se encontrava no MonteHorebe, chamado "monte de Deus",pastoreando o rebanho de Jetro, seu so-gro. Num determinado momento, o es-tranho fenmeno de uma sara que ardiano fogo, mas no se consumia, chama aateno de Moiss, e, do meio do fogoaparece-lhe o Anjo do Senhor.

    Em seguida, o Senhor d a conhecera -Moiss .o que estava acontecendo, re-velando-lhe o Seu plano de libertaodos filhos de Israel do Egito.

    Aps tomar conhecimento dos pla-nos de Deus, Moiss comea a recuarapresentando vrias desculpas para nose envolver na grande e desafiadoramisso. A preocupao de Moiss eraquanto aos recursos para levar a caboto importante misso. Mas a sadado povo estava nos planos de Deus. Aida de Moiss ao Egito estava nos planosde Deus. Tudo estava includo na divina

  • vidncia para que a caminhada do povoiniciasse.

    Esse perodo que antecede a cami-nhada do povo, quando Deus convocaMoiss, nos ajuda a entender melhorcomo podemos participar da caminhadado povo de Deus hoje, de maneira eficaz.

    ATUALIZAOTomando por base o contexto do

    chamamento de Moiss, que haveria decaminhar com os filhos de Israel, apren-demos:

    l.NAS EXPERINCIAS DA CAMI-NHADA, DEUS UTILIZA NOSSOSRECURSOS

    Moiss era um homem muito expe-riente. Havia passado 40 anos no palcioreal, onde adquiriu bastante conheci-mento (At 7.22). Segundo J. Davis, "o fi-lho adotivo de uma princesa deveria tereducao principesca e, por isso, foi eleinstrudo em toda a literatura dos egp-cios, que nesse tempo excediam em civi-lizao a qualquer outro povo do mun-do".

    Outros 40 anos de sua vida, Moisspassou em Mdia (regio situada no de-serto da Arbia), onde aprendeutambm os segredos da vida no deserto(At 7.23,30).

    Portanto, aos 80 anos, com muitaexperincia de vida, Moiss recebe ochamado de Deus. Certamente, esta ex-perincia que ele possua foi providen-ciada por Deus. E interessante notarporm, que quando o Senhor Se apre-sentou a Moiss no fez meno a estaexperincia. Apenas perguntou-lhe:"Que isso que tens na mo?". EMoiss respondeu: "Uma vara" (v.2).

    Era apenas uma vara. E depois, noversculo 17, Deus diz a Moiss: "Toma,pois, esta vara na mo, com a qual h defazer os sinais".

    Mas, que utilidade teria uma varadiante de um movimento libertacionistato grande como seria o xodo? Apa-rentemente, a vara era um recurso muito

    pequeno, mas era o que Moiss dispu-nha naquele momento. Ele s no sabiaque esta vara haveria de ser um instru-mento amplamente utilizado no Egito edurante a longa caminhada.

    preciso entender que Deus utilizanossos recursos, por mais insignificantesque paream, que sejam ou que os con-sideremos.

    Alm da experincia de Moiss, aBblia nos fala tambm de um jovem quetinha apenas cinco pes e dois peixinhos(Jo 6.5-13); uma viva pobre que tinhaapenas duas moedas (Lc 21.1-4), dentreoutros. Pequenos recursos que foutilizados por Deus. Ningum devegligenciar a sua participao na cami-nhada, a sua colaborao na obra deDeus, pelo fato de no dispor de grandese notveis recursos (Ec 9.10; I P 4.10).2. NAS EXPERINCIAS DA CAMI-

    NHADA, DEUS APERFEIOA NOS-SOS RECURSOS

    Os versculos 3 e 4 apresentam oaperfeiamento do modesto recurso deMoiss. Agora a vara j no era mais umsimples pedao de madeira. Ela foi aper-feioada, transformando-se num podero-so instrumento de comunicao do po-der de Deus, o que levaria o povo aacreditar que o Senhor tinha aparecido aMoiss (v.l). O recurso de que Moissdispunha era agora um recursocoado.

    Em seu dilogo com Deus, Moissalega ser imperfeito em se tratando decomunicao. Mas Deus contesta Moisse se dispe a aperfeioar a sua comuni-cao, garantindo que seria com a suaboca e lhe ensinaria o que falar(w.10-12).

    Isaas tambm, ao ser convocado,sentiu-se imperfeito e incapacitado paraa misso, mas ele foi aperfeioado (Is6.5-7). O mesmo aconteceu com Jere-mias que, ao ser chamado, disse que nopassava de uma criana e no sabia falar,mas Deus cuidou do aperfeioamento(Jr 1.6-8). Ambos tornaram-se depoisgrandes profetas.

  • Diante dos desafios da caminhadahoje, e de nossas limitaes, devemos es-tar convencidos de que o Deus que con-voca conhece as deficincias e, exata-mente por isso, Ele aperfeioa os nossosrecursos (Is 40.29). O poder de Deus seaperfeioa na fraqueza, testemunha oapstolo Paulo (II Co 12.9-10):

    O Deus que chama o Deus que ca-pacita. Aos Seus filhos Ele distribui hojetalentos e dons, a fim de proporcionarcondies para a realizao da obra (Ef4.11,12).

    Algum j disse que "Deus neme chama os capacitados, mas sem-

    capacita os chamados".

    3. NAS EXPERINCIAS DA CAMI-NHADA, DEUS CONCEDE OUTROSRECURSOS

    Alm da vara poderosa, Moiss dis-punha de um outro recurso que era a le-pra que surgia em sua mo quando ele ametia no peito, e que desaparecia instan-taneamente quando ele tornava a met-la no peito (w.6,7).

    Se isso no fosse suficiente para fa-zer o povo acreditar que a misso deMoiss era divina, o Senhor concederiaoutro recurso, a saber, o poder para atransformao da gua em sangue(w.8,9).

    Esses recursos extraordinrios se-riam as credenciais de Moiss. Porm, seovo e Fara no dessem ateno,

    is concederia outros sinais, como por

    exemplo, o poder para fazer aparecer edesaparecer rs, piolhos, moscas, pestesnos animais, lceras, chuva de pedras,gafanhotos, poder para dividir o mar, pa-ra tirar gua da rocha, etc.} como se veri-ficou mais tarde.

    Por falta de recursos, Moiss nodeixaria de ir ao Egito para comear acaminhada com o povo, pois, Deus pro-veria todos quantos a tarefa exigisse.

    Porm, mesmo diante do creden-ciamento divino, Moiss tentou esqui-var-se da misso (v. 13). Mas, ainda queirado, o Senhor concedeu outro recursoa Moiss, ou seja, Aro, que seria o seuporta-voz no Egito (w.14-16; 27-31).

    Ns que fazemos parte do povo deDeus, precisamos entender que o Deusde Moiss o mesmo Deus que, aindahoje, prov os meios e os recursos ne-cessrios para que faamos a Sua obrano decorrer da caminhada.

    Os grandes servos de Deus no pas-sado lograram xito em sua misso e fi-guram nas pginas sagradas como gran-des heris, exatamente porque Deus lhesconcedia recursos extraordinrios, con-forme as necessidades da misso.

    Elias pode ser tomado como exem-plo de algum que recebeu da parte doSenhor recursos extras para alcanar avitria (I Rs 17.1; 18.1,42; Tg 5.17,18).

    Ser que temos contado hoje apenascom os nossos limitados recursos natu-rais, ou temos experimentado o aperfei-oamento e a concesso de recursos so-brenaturais da parte do Senhor?

    1. Por que tantas pessoas hoje se recusam a participar de maneira mais produtiva dacaminhada do povo de Deus?

    2. O que preciso fazer para Deus utilizar e aperfeioar nossos recursos, e concederainda outros?

    3. Podemos dizer que ainda hoje, em sua providncia, Deus chama pessoas para a con-tinuidade da caminhada? Justifique sua resposta.

  • ESTUDO BBLICO N9 02

    AS DEZ PRAGASPoder libertador para o incio da caminhada

    Leia xodo 7.1-13

    LEITURA DIRIA29 Feira: xodo 7.14-2539 Feira: xodo S49 Feira: xodo 9.1-12

    5* feira: xodo 9.13-3562 feira: xodo 10Sbado: xodo 11Domingo: xodo 12.29-36

    Como um povo desorganizado e es-cravizado poderia libertar-se de uma su-per-potncia? Como vencer a resistnciadaqueles que se oporiam totalmente aosjustos anseios de Uberdade de uni povo?S mesmo com intervenes especiais deDeus que isto seria possvel. E foi oque aconteceu com Israel no Egito. Osegpcios no libertariam jamais seus es-cravos israelitas de livre e espontneavontade. S o fariam se fossem obriga-dos por um poder superior. Este podersuperior o poder de Deus, manifestadonas dez pragas enviadas contra a terra doEgito.

    VISO DO TEXTO1. Com que objetivo Deus enviou as pra-

    gas ao Egito?2. Que sinais da soberania de Deus po-

    dem ser vistos no texto?3. Que sinal mostra a superioridade do

    poder de Deus sobre o poder huma-no?

    CONTEXTO

    Sculos antes dos fatos do xodo te-rem lugar no drama da histria, Deushavia prometido a Abrao que seus des-cendentes possuiriam uma terra (Gn

    13.14-18). Anos de passaram e por cir-cunstncias diversas, os descendentes deAbrao foram do Egito, l se estabelece-ram, cresceram e foram escravizados (x1.1-14). Eles clamaram ao Senhor por li-bertao, at que finalmente foram ou-vidos (x 2.24,25). Deus chamou e co-missionou Moiss para libertar o povo.No seria tarefa fcil. Os egpcios noseriam facilmente convencidos a libertarsua mo-de-obra gratuita. Por isso con-cedeu poderes especiais a Moiss (x4.1-17). Estes poderes no eram mgi-cos, mas demonstravam a soberania deDeus. O episdio das pragas lanadascontra a terra do Egito uma mani^fttaco clara da justa e santa ira divinalanada contra uma nao pecadora.Mas, tambm, uma revelao de Suasoberania. Vejamos em detalhes comox 7.14-11 apresenta a soberania di-vina proporcionando a liberdade do po-vo, para sua caminhada.

    ATUALIZAO

    i. DEUS SOBERANO SOBRE OSFALSOS DEUSES

    O que aconteceu no episdio dasdez pragas foi, na verdade, uma luta deJav, o Deus Eterno, contra os falsos

    S

  • deuses adorados pelos egpcios, ou seja,um "encontro de poderes". Isto porquepor detrs de cada elemento envolvidonas pragas havia uma pretensa divindadecultuada pelo povo egpcio. Cada supos-ta divindade foi ferida de morte pelo Se-nhor, e assim ficou clara e inegavelmentedemonstrada a impotncia e inutilidadedesses deuses. Os egpcios eram superio-res aos israelitas em tecnologia, conhe-cimento cientfico e preparo militar, epensavam por isso que seus deuses erammais poderosos que o nico Deus cul-tuado por seus escravos. Mas, para sur-

    e vergonha deles, o Deus doslidos esmagou os deuses dos Opres-

    sores.Assim, Hp, o deus-Nilo, ao invs

    de produzir prosperidade, trouxe morte(x 7.17-21); as rs, smbolo de Hequite,deusa da fertilidade, trouxeram calami-dades (x 8.1-6); o deus-sol, Ra, no po-de mostrar sua clareza quando o Senhorenviou trevas (x 10.21-23); pis, odeus-touro, fo atacado nas pragas dospiolhos (x 8.16,17), peste nos animais(x 9.3-6) e lceras (x 9.9,10); Npri, odeus dos cereais, fo derrotado com aspragas da chuva de pedras (x 9.23-25) ede gafanhotos (x 10.13-15). E final-mente a ltima praga, a mais terrvel detodas, que dizimou todos os primogni-tos do Egito (x 12.29) foi contra Hrus,que os egpcios adoravam corno deus do*., acreditavam ser o ancestral da

    i real.>ta luta de Jav contra os falsos

    deuses reaparece nas pginas do AntigoTestamento vrias vezes. Citamos ape-nas dois exemplos: nos dias do SacerdoteEli (I Sm 5.1-12) quando o deus filisteuDagom foi derrotado; e no memorvelconfronto de Elias com os profetas deBaal (I Rs 18.20-40). Isto nos lembra arealidade que muitos esquecem, que es-tamos envolvidos em um combate con-tra as foras espirituais do mal (Ef6.10-20). Mas, assim como no passado osfalsos deuses foram derrotados, hoje po-demos ter certeza absoluta que em Crs-to nossa vitria certa e garantida. A lu-ta difcil, mas cremos que "o Deus da

    paz em breve esmagar debaixo dos(nossos) ps a Satans (Rrnl6.20).2. DEUS SOBERANO SOBRE A NA-TUREZA

    A Bblia ensina claramente queDeus criou e a terra (Gn 1.1). Portanto,a natureza est nas Suas mos, e Ele temdireito e autoridade para us-la de ma-neira que sirva aos Seus propsitos. Orelato das pragas nos mostra isso, espe-cialmente nas primeiras nove pragas.Todas elas esto ligadas a fenmenos na-turais, conhecidos e observados no Eglo(no vale do rio Nilo) e na Palestina.Mortandade de peixes e de gado, aumen-to no nmero de rs, piolhos e moscas,lceras, chuvas de pedras e tempestadesde areia ofuscando a luz do sol, eram co-nhecidas das pessoas naqueles dias. En-tretanto, isto no quer dizer que foramsimples fenmenos naturais. O que tor-na as pragas miraculosas sua intensi-dade, a ocasio em que aconteceram esua durao, alm de seu aspecto selett-vo, isto , no atacaram os israelitas. Ca-da praga s aconteceu depois queMoiss, por ordem divina, disse queaquilo iria acontecer, e parava apsMoiss orar pedindo seu fim. Isto negauma interpretao puramente "natura-lista" do texto, pois fica claro que Deusinterferiu na natureza para salvar e liber-tar seu povo.

    Assim devemos entender vrios re-latos de milagres na Escritura: Deus uti-liza a natureza para cumprir Seus prop-sitos. Ele "o Deus que intervm", eno est preso s leis da natureza comons estamos. H muitos que no aceitamde maneira alguma que isto tenha acon-tecido no passado, e possa acontecerno presente, ou no futuro. Mas, inde-pendentemente dos ataques e crticasdos incrdulos, nosso Deus continuasendo soberano sobre a natureza quecriou, dirige e sustenta, e dela se uti-liza para cumprir Sua vontade, que sempre boa, perfeita e agradvel (Rm12.2). A natureza que proclama a glriade deus (SI 19.1) Sua serva, est no

  • momento aguardando a Sua redenocompleta em Cristo (Rm 8.19-25). im-portante ressaltar a soberania divina so-bre a natureza, nestes dias de preocu-pao ecolgica em que muitos chegamao extremo pecamyioso de prestar culto criao - na verdade, a natureza queadora a Deus. por isso que Joo viu"toda criatura que h no cu e sobre aterra, debaixo da terra e sobre o mar etudo o que neles h, estava dizendo:"quele que est sentado no trono e aoCordeiro, seja o louvor, e a honra, e aglria, e o domnio pelos sculos dos s-culos" (Ap 5.13).3. DEUS SOBERANO SOBRE AS VI-

    DAS HUMANAS

    O relato das pragas, as "grandesmanifestaes de julgamento" (Ex 7.4)que o Senhor enviou contra o Egito en-sina tambm a soberania divina sobre asvidas humanas. uma verdade inques-tionvel que Deus dotou o ser humanoque criou com capacidade de escolher:"Vede que proponho ; hoje a vida e obem, a morte e o mal... escolhe, pois, avida, para que vivas, tu e a tua des-cendncia" (Dt 30.15-19). Mas, tambm verdade que Deus soberanosobre as vidas e decises humanas.Quem l com ateno o relato do xodoreferente s pragas, encontra dez re-ferncias ao endurecimento do coraodo Fara (7.13,22; 8.15,19,32; 9.7,12,35;10.20,27), ou seja, aquele rei via demons-traes poderosssimas do poder de Jav

    e mesmo assim insistia em no deixarsair o povo. Algumas vezes se diz que oSenhor endureceu o corao de Fara(x9.12; 10.20,27; 11.10), mas nas outraspassagens o prprio Fara se endureceu,tornando-se insensvel ao do Senhorna histria.

    A compreenso da soberania divinasobre as vidas humanas era clara para oproverbista que disse: "Como ribeiros deguas, assim o corao do rei nas mosdo Sen"hor; este, segundo o seu querer oinclina" (Pv 21.1). Assim, entende-seque, conquanto Deus seja soberano, ohomem inteiramente responsveltodas as decises que toma; isto signique o homem no pode culpar ou res-ponsabilizar a soberania divina pelas fal-tas que comete. Este , sem dvida, as-sunto de difcil compreenso. Mas, nodizer do Rev. John Stott, " revelaodivina e no especulao humana". Sealgum no se conformar com isto, lem-bre-se da sbia pergunta feita h quasedois milnios pelo Apstolo Paulo:"Quem tu, homem, para discutirescom Deus?!...1' (Rm 9.20). Neste mesmocontexto, Paulo cita o caso de fara (Rm9.14-18), que se tornou exemplo clssicona Bblia da soberania divina sobre asvidas humanas.

    Deus soberano. A doutrina da so-berania divina sobre as vidas humanasdeve ser enfatizada em nossas Igrejas,pois muitos querem dominar a sims e aos outros, esquecendo-se quesus Cristo o Senhor, e a este Senh"sempre devemos obedecer.

    DISCUSSO

    1. H necessidade hoje de demonstrar a soberania divina sobre os falsos deuses? De quemaneira?

    2. O movimento ecolgico, to popular atualmente, confunde preservao da naturezacom adorao natureza? Comente.

    3. Como entender a necessidade da evangelizao diante da soberania de Deus sobre asvidas humanas?

    10

  • ESTUDO BBLICO N- 03

    O XODOCaminho para a liberdade

    Leia xodo 12.37 a 13.16

    LEITURA DIRIA25 Feira: Gnesis 12.1-93? Feira: xodo 6.1-1349 Feira: xodo 12.1-36

    Si-1 feira: Nmeros 3.1-1363 feira: Deuleronmio 6Sbado: Salmo 78.1-13Domingo: Mateus 26.17-30

    "Pessoas oprimidas no podempermanecer oprimidas para sempre" -esta frase, de autoria do Rev. Martin Lu-ther King Jr, que lutou contra o precon-ceito racial nos Estados Unidos e mor-reu por causa de seus ideais cristos,confirma a histrica experincia do povode Deus que, aps longos anos de escu-rido sob a opresso do Fara, parte embusca da to sonhada liberdade na TerraPrometida. Caminhar para a liberdade!- eis o grande desafio da experinciacom Deus! E quantas lies preciosasdesse passado distante servem ao povo-1- Oeus ainda hoje! Vamos conhec-las?

    VISO BBLICA1. Por que a noite da matana dos pri-

    mognitos se tornou a principal datado calendrio judaico?

    2. Que responsabilidade os israelitas ti-nham em relao s geraes futurasquanto celebrao da Pscoa?

    3. Que condio teria que ser respeita-da?

    VISO DO TEXTONo texto principal encontra-se o re-

    gistro da vitria final do Senhor sobre oFara e a sada definitiva do Egito. Todo

    o movimento libertador liderado porMoiss chega ao seu clmax, quando oFara se convence de que no h comoguerrear contra Jav. No meio da "noiteda morte", aterrorizado, o Fara chamaa Moiss e a Aro e autoriza a sada ur-gente do povo. O fara toma a conscin-cia de que a teimosia e o seu corao en-durecido resultaram em mortes por to-das as casas egpcias. E os egpcios, apa-vorados, pressionam a sada dos israeli-tas, temerosos de que eles prprios mor-reriam (12.33) e permitem que o povoescravo leve os seus despojos como pro-viso para a longa caminhada.

    O povo, feliz, celebra a vitria doSenhor com a Pscoa, e a consagraodos primognitos - celebraes estasque seriam incorporadas para sempre vida religiosa dos filhos de Israel. Estetexto traa a linha divisria da transioentre o tempo de escravatura e a liber-dade prometida pelo Senhor. CitandoMartin North, o Pastor George Pixley,em seu precioso comentrio diz que "oxodo o ncleo do Pentateuco... sem oacontecimento do xodo no existirianem o povo de Israel nem o Pentateu-co".

    Portanto, para o presente estudo oimportante ressaltar a vitria do Se-nhor que conduz o Seu povo para o ca-

    11

  • minho da liberdade na terra prometida,"terra que mana leite e mel".

    ATUALIZAOA sada para a nova terra o XO-

    DO propriamente dito. Historicamente,aqui comea o caminho para a liberdade;este percurso se identifica com a trajet-ria do povo de Deus nos dias atuais. Po-de-se aprender da que:

    1. CAMINHAR PARA A LIBERDADE,IMPLICA EM RECORDAR OS FEI-TOS DO SENHOR

    O povo de Deus jamais poder per-der de vista a ao do Senhor em seu fa-vor ao longo dos sculos e milnios, mastambm no dia~a-dia da caminhada. Opovo livre precisa ter uma memria. Opassado bem sucedido motivar o pre-sente e o fu turo do povo que caminhaem liberdade de vida. A instituio dapscoa e a santificao dos primognitospretendiam ser um "estatuto perptuo"para todas as pocas. Os filhos, quandoperguntavam aos pais a respeito dessesritos, aprendiam que deveriam preservarem suas memrias os feitos do Senhor,passando-os s geraes vindouras.

    Que lio valiosa para quantos seacham esquecidos e no tom a lembran-a viva do Deus que age! Por isto, muitosencontram-se escravizados pelos opres-sores dos dias atuais. o Senhor queinstaura os novos tempos da liberdadede Israel. esta a mensagem afirmada erememorada na Pscoa crist, na Ceia doSenhor, a expresso mxima das come-moraes pascais. Comer o po e bebero vinho uma celebrao para os queandam no caminho da liberdade crist efazem isto "em memria de Mim", comoensinou o Senhor Jesus, que o cordeiropascal (Z Co 5.7,8).

    S conseguiro viver em plena li-berdade os que so capazes de recordarsempre os feitos do Senhor que continuasoprando ventos de liberdade pelo mun-do a fora. Da as expresses repetidas dotexto: "observareis esta determinao

    para sempre" (12.24), "lembrai-vos destedia" (13.3), dentre outras, que retratam anecessidade de manter viva a chama delembrana dos feitos do Senhor na ca-minhada do povo.

    2. CAMINHAR PARA A LIBERDADE,IMPLICA EM CELEBRAR A VIT-RIA DO SENHOR

    Mesmo s pressas, as celebraesocuparam lugar de importncia no xo-do de Israel, comemorando a vitria fi-nal do Senhor sobre o inimigo. Ao loneodas geraes o significado dos pesms, das ervas amargas, da carne asssno fogo, da dedicao dos primognita,foi preservado como reconhecimento dolivramento concedido pelo Senhor.

    A noite que traz a morte e o deses-pero dos egpcios se transforma em vig-lia festiva para os que se acham protegi-dos pelo sangue do cordeiro. Todo o po-vo fica desperto para celebrar a liberda-de conquistada por Jav. Na intimidadede cada casa, as celebraes se vestiamde familiaridade para todo o Israel. Atos filhos - normalmente esquecidos emoutros momentos - tomavam parte atvadas comemoraes, principalmentecopm a perghunta que compumha o cul-to festivo ("que rito este?"), quandoreafirmava-se a vitria do Senhor sobreos opressores.

    Quem vive da liberdade, sente-se fe-liz e desejoso de comemorar o Autortoda a libertao. O povo livre temtivos para a sua celebrao, exaltando aoSenhor. Eles experimentam a "alegria deser livre" - utilizando a sugestiva ex-presso do livro do telogo da esperan-a, Jurgen Moltmann.

    Atualmente, a vida complicada ecorrida tem conduzido as pessoas a ou-tras situaes de opresso nas quais per-dem a vontade de festejar a alegria da li-berdade que o Senhor oferece. O povomais feliz da terra j experimentou averdadeira liberdade que o Senhor Deusoferece c no pode estar a viver sem acelebrao da vitria, que j est assegu-rada para todos. Afinal, "tudo o que

  • nascido de Deus vence o mundo; e esta a vitria que vence o mundo, a nossa f"( Jo 5.4). "Graas a Deus que nos d avitria por intermdio do nosso SenhorJesus Cristo" (I Co 15.57; Veja tambmRm 8.37). "A vitria do Senhor certa,Aleluia!"

    3. CAMINHAR PARA A LIBERDADE,IMPLICA EM CUMPRIR OS PLA-NOS DO SENHOR

    *

    ;

    A princpio, quando Deus levou oSeu plano por intermdio de Moiss e

    ao, surgiram muitos problemas paraescravos, inclusive com o aumento da

    carga horria de trabalho e produo. Asdez pragas tambm fizeram parte doplano de Deus. Ento, finalmente o Fa-ra, que mantinha endurecido o seu co-rao, termina por se moldar aos planoslibertadores do Senhor.

    Atravs de cada ato, o Senhor mos-tra ao povo que Seus planos no podemser frustrados, Compete a cada pessoa seadequar ao projeto divino com obedin-cia e fidelidade. Liberdade no liberti-nagem. A verdadeira liberdade envolveresponsabilidade. E h cuidados a seremobservados no projeto libertador deJav. Isto significa que a liberdade temum preo. Os estatutos do Senhor deve-riam ser observados por todos, mesmopelos estrangeiros e forasteiros (12.38,'10 49). O xito da caminhada no de-

    ider do povo, nem de Moiss ou

    Aro, mas do Senhor. Muitas vezes opovo sentiu a tentao de voltar escra-vido egpcia. E o Senhor lhes apontou ocaminho da liberdade na terra de Cana.

    A comemorao anual seria o me-morial do pacto de. Deus com o povo.Acontecendo sempre no 1 ms, a ps-coa a festa da primavera, que desafia opovo a renovar o seu compromisso como Senhor, dedicando-lhe fidelidade eobedincia, conforme exemplifica o ver-so 24 (e seguintes): "Observareis esta de-terminao como decreto para vs e vos-sos filhos para sempre". O texto instru-tivo e contm a lio normativa para opovo que caminha para a liberdade:obedincia irrestrita e incondicional. ,portanto, uma celebrao educativa comensinamentos para serem passados degerao em gerao. Assim, o filho maisvelho (o primognito), era o responsvelpelos demais e, ao consagr-lo ao Se-nhor, os israelitas reconheciam Jav co-mo nico Senhor e preservador da vida.O captulo 12 termina com a compensa-dora informao de que "todos os filhosde Israel fizeram como o Senhor ordena-ra..." (12.50).

    No caminho para a liberdade tosonhada, o povo precisa pagar o preoimposto pelo Senhor: obedincia. Assim,ser confirmada a palavra de Deus: "se oFilho vos libertar, verdadeiramente se-reis livres" (Jo 8.36). Afinal, voc esttrilhando pelo caminho da liberdade?

    DISCUSSO1. Existem opressores ainda hoje que poderiam ser chamados de "modernos faras"?

    Justifique a sua resposta.

    2. Quais as principais foras opressoras atuantes no mundo, e como alcanar a liber-tao?

    3. Que distores podem ser verificadas hoje nas comemoraes da Pscoa e como cor-rigi-las?

    13

  • ESTUDO BBLICO N? 04

    AS COLUNAS DE NUVEM E FOGO* Sinal da companhia divina na caminhada

    Leia xodo 13.17-22

    LEITURA DIRIA23 Feira: Gnesis 28.10-173* Feira: xodo 17.1-742- Feira: Deuteronmio 21.1-9

    5? feira: Salmo 2462 feira: Salmo 46Sbado: Isaas 43.1-13Domingo: Joo 14.16-31

    "Dize-me com que andas e eu l di-rei quem s".

    "Antes s do que mal acompanha-do".

    Esses ditados apontam para a im-portncia da companhia.

    O Senhor Jesus ao enviar os 70discpulos, os enviou de 2 em 2. Natu-ralmente porque um incentivaria o ou-tro.

    A Bblia est repleta de promessasde Deus ao Seu povo. Uma delas a res-peito da companhia poderosa e constan-te do Senhor.

    Ele, que est sempre preocupadocom a assistncia aos Seus filhos, lhesconcede sinais (provas) de que Suas pa-lavras so fiis e verdadeiras.

    O povo que caminha precisa dacompanhia constante do Senhor e, almdesta realidade, recebe o sinal dessacompanhia alentadora atravs das colu-nas de nuvem e fogo.

    VISO DO TEXTO1. Por que Deus no escolheu o caminho

    mais perto para o povo?2. Durante a caminhada, em algum mo-

    mento, o Senhor deixou de estar juntocom o povo?

    3. Qual era a certeza de Jos, que viveu

    centenas de anos antes do xodo,quanto ao futuro do povo de Deus?

    CONTEXTO

    Aps a dcima praga (morte dosprimognitos), Fara resolve concederao povo a liberdade to aguardada. Opovo, ento, inicia uma caminhada rumo terra prometida. J no so mais pes-soas escravas no Egito, agora so pes-soas libertas. A mudana de escravo paralivre exige uma nova e profunda edu-cao. Deus, ento, escolhe o desertocomo o lugar de aprendizagem e ''"amadurecimento da vida em liberdad

    Deus, como havia prometido, cnh junto ao Seu povo, guiando-o uu-rante o dia com uma coluna de nuvem edurante a noite com uma coluna de fogo.Estas colunas so sinais visveis da pre-sena de Deus durante a caminhada ru-mo terra prometida. Vejamos agora al-guns benefcios desta companhia divina.

    1. A COMPANHIA DIVINA LUZ PA-RA A CAMINHADA

    A presena da coluna de fogo,acompanhando os Israelitas no deserto,ilumina o caminho que seria trilhado.Caminhar noite, sem a luz, algo

    14

  • extremamente difcil e, em certas regiese circunstncias, praticamente imposs-vel. Por isso, a coluna de fogo sinal dacompanhia de Deus, iluminando a tra-jetria do povo.

    A figura da luz, representando ailuminao c orientao de Deus para acaminhada de Seus filhos, sempre cita-da nas Escrituras Sagradas, onde o pr-prio Deus 6 visto como sendo a Luz queafugenta as trevas c apresenta o caminhoa ser seguido. O salmista declara: "O Se-nhor a ninha luz e a minha salvao; dequem terei medo...? (SI 27.1). A escu-

    o provoca medo e pnico, razo pelaquase ningum gosta de caminhar

    ou passar por lugares onde no existaluz. Os filhos de Israel no precisavaminterromper a caminhada noite, poisDeus estava com eles.

    Uma palavra de nimo e encoraja-mento dada queles que so chamadospor Deus para caminhar a Seu lado."...porque o Senhor ser a tua luz perp-tua, e os dias do teu luto findaro" (Is60.20).

    Tal qual aconteceu com os israelitas,podemos caminhar hoje, pois temos ofarol, a luz que ilumina. A igreja conti-nua a marcha do povo de Deus, pois Eleest sempre presente. Ele Se manifestouna vida de Seu Filho Jesus, que Se referea Si mesmo como sendo a luz do mundo."...Eu sou a luz do mundo; quem me se-

    *

    no andar nas trevas, pelo contr-, ter a luz da vida" (Jo 8.12).

    2. A COMPANHIA DIVINA INCEN-TIVO PARA A CAMINHADA

    O sinal da companhia divina,atravs da coluna de nuvem e de fogo, seconstituiu num fator estimulador para acaminhada no deserto. O povo revigora-do e encorajado por este sinal, conse-guindo vencer os obstculos e as vriasocasies de lutas. Quando o Deus davitria est presente, possvel caminharde modo firme e esperanoso.

    Quando Jesus morreu, os discpulose tantas outras pessoas ficaram abatidose sentiram dificuldades em continuar

    caminhando. No foi esta a experinciados discpulos no caminho de Emas?Mas, a partir do momento em que oCristo ressurreto se colocou no meio de-les, a fora, o nimo e a alegria retorna-ram aos seus coraes. Eles chegaram aclamar: "Fica conosco", e Jesus entroupara ficar com eles (Lc 24.13-35).

    H muitos que esto sem nimo ouincentivo para continuar caminhando.Alguns chegam a pensar no prpriosuicdio. Existem aqueles que esto des-motivados e completamente desiludidosneste mundo. O que ser o que est cau-sando esta triste realidade? E a ausnciado EMANUEL (Deus conosco), Poisquando Ele caminha junto com as pes-soas, esta trajetria marcada de espe-rana e muito desejo de viver de modopleno.

    Vale a pena relembrar as palavrassbias do profeta: "Faz forte ao cansado,e multiplica as foras ao que no temnenhum vigor" (Is 40.29).

    Portanto, o xito de uma caminhadarepleta de entusiasmo a companhia doSenhor.3. A COMPANHIA DIVINA, REALI-

    DADE PERMANENTE NA CAMI-NHADA

    Os versculos 21 c 22 nos apresen-tam um importamnte relato quanto companhia do Senhor junto ao Povo. Acoluna de nuvem durante o dia e a colu-na de fogo durante a noite, evidenciam arealidade da presena do Senhor. H noversculo 22 uma informao por demaissignificativa, a qual nos faz entender quea companhia do Senhor no circuns-tancial. Diz a passagem bblica que"Nunca se apartou do povo a coluna denuvem durante o dia, nem a coluna defogo durante a noite". O Senhor nuncadesampara o Seu povo.

    preciso entender que o nossoDeus Deus presente; em Cristo Ele oEmanuel, o "Deus conosco" (Mt 1.23).A companhia divina realidade perma-nente na caminhada.

    A promessa do Senhor Jesus a deuma companhia constante junto aos

    15

  • Seus (Mt 28.18-20). Ao se despedir dos demos caminhar cantando com o poetadiscpulos, Jesus promete o outro Con- cristo:solador, garantindo-lhes que no fica- "Peregrinando por sobre os montesriam rfos (Jo 14.16-18). e pelos vales, sempre na luz.

    Na certeza de que a companhia di- Cristo promete nunca deixar-me:vina uma realidade permanente, p- Eis-me convosco, dise Jesus."

    DISCUSSO

    1. A luz que ilumina a mesma que incomoda. Por qu?

    2. Se Deus garante a Sua companhia, por que tantos esto desanimados?

    3. possvel Deus se afastar do Seu povo?

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  • ESTUDO BBLICO N^ 05

    O CNTICO DE MOISSCelebrao da vitria conquistada na caminhada

    Leia xodo 15.1-21

    'LEITURA DIRIA25 Feira: Deuteronmio 32.1-93a Feira: Salmo 2749 Feira: Salmo 37.1-15

    52 feira: Salmo 1156a feira: Salmo 118Sbado: Isaas 12Domingo: Apocalipse 15.1-4

    As exploses de alegria, aps umaexperincia de vitria ou triunfo, soacontecimentos que podem ser observa-dos frequentemente. Conseguir aquilopelo qual se luta algo que traz manifes-taes espontneas de felicidade, taiscomo: cantar, gritar, rir, levantar os bra-os, cerrar os punhos, pular, etc.

    As vitrias que Deus concede aoSeu povo, mais do que em qualquer ou-tra circunstncia da vida, so ocasiesnas quais os "vivas de jbilo" precisamser vistos, como sinal de sincera gratidopelos feitos do Senhor, na vida daquelesque O amam.

    Essa foi a experincia de Moiss e

    israelitas aps a travessia do Marmelho.VISO DO TEXTO

    1. Que motivao teve o povo para lou-var ao Senhor?

    2. Qual era a esperana de Moiss quan-to terra prometida?

    3. Como foi expresso o louvor de Miri edas outras mulheres?

    CONTEXTOO Cntico de Moiss apresenta-se

    como uma manifestao autntica degratido pelos feitos miraculosos deDeus. A passagem do Mar Vermelho sinal da salvao de Deus e expressoclara da liberdade conquistada. As guas

    do Mar Vermelho separavam, os he-breus dos egpcios, e eles encontravam-se do outro lado como um povo inteira-mente libertado ef portanto, puderamlouvar ao Senhor, fervorosamente. Ateste momento no h registro de louvor,o que havia era um clamor angustiadopela libertao, enquanto sofriam aopresso dos egpcios. Antes de atraves-sar o mar, diante de uma situao quelhes parecia insupervel, os israelitasapresentaram o seu brado de increduli-dade. Foi somente quando estavam namargem do outro lado, vendo os inimi-gos derrotados, que inrrompeu o cnti-co triunfal de um povo liberto.

    O terna do Cntico a salvao doSenhor. o mais antigo e famoso cnti-co dos israelitas. O Cntico est divididoem duas partes. Os versculos l a 12 des-crevem o xodo, isto , as vitrias sobreas tropas do Fara, A segunda parte,versculos 13 a 16, apresenta a conquistade Cana, ou seja, a vitria sobre os reisde Cana. uma viso do passado e dofuturo.

    Este cntico se reveste de tanta im-portncia na histria da redeno queApocalipse 15.3 apresenta os anjos en-toando-o na presena de Deus.

    Neste texto, que celebra a vitriaconquistada na caminhada, podemosdestacar os seguintes ensinamentos:

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  • 1. DEUS CONDUZ O SEU POVO EMTRIUNFO

    O impossvel acontece. Cerca deseiscentos mil homens, sem contar asmulheres e as crianas, tm diante de sias guas do mar e aj.rs as tropas do Fa-ra. impossvel escapar. No entanto, oDeus que os tirou do Egito o Deus dosimpossveis (Ml 19.26; Lc 1.37 e 18.27).

    No texto que est sendo estudado,Moiss apresenta dois motivos especiaispara o louvor. No versculo l, o queDeus Tez: "...Cantarei ao Senhor, porqueele triunfou gloriosamente; lanou nomar o cavalo e o seu cavaleiro". Noversculo 3, ele declara o que Deus : "OSenhor homem de guerra; Senhor oSeu nome".

    Em seu cntico, Moiss reconheceque a vitria de Deus. Ele quem con-duz o povo de Sua escolha ao triunfo.Aqui, o ego esquecido, as circunstn-cias so deixadas de lado e um s ocentro de todo o louvor, e esse o pr-prio Senhor, no Seu carter e-em Suasobras.

    A Viso do passado e do futuro uma viso de triunfo. At o versculo 12,Moiss canta as vitrias de Deus no xo-do. A partir do versculo 13 at o 18, otriunfo sobre os reis de Cana.

    Ns somos o povo de Deus em mar-cha. Estamos numa peregrinao e en-frentamos obstculos, inimigos,presses, oposies, ctc.; mas precisoter plena certeza de que Deus est diri-gindo a vida de Seu povo, e este precisaapresentar-se diante Dele com cnticode louvor e gratido, porque esta a lin-guagem de um povo resgatado que cele-bra a vitria do prprio Deus sobre osSeus inimigos.

    O Apstolo Paulo, diante das difi-culdades que enfrentava no ministrio,declara: "Graas, porm, a Deus que emCristo sempre nos conduz em triunfo..."(II Co 2.14). Em Romanos 8.37 cie dizque "somos mais do que vencedores pormeio daquele que nos amou".

    Podemos ter a certeza de que Deusnunca falhou e no falhar. Podemosdescansar Nele porque os Seus feitos do

    passado nos garantem que Ele conti-nuar agindo em favor dos Seus escolhi-dos. Ele no mudou nada. "Jesus Cristo o mesmo ontem, hoje e o ser parasempre" (Hb 13.9).2. DEUS FRUSTRA OS PLANOS DOS

    HOMENSPara conduzir o Seu povo em triun-

    fo, Deus frustra um a um dos planos dosinimigos. O Fara do Egito deixou os is-raelitas sarem, porm, o seu plano erapersegu-los e alcan-los. O versculo 9revela qual era a inteno dos inimigos:"O inimigo dizia: Perseguirei, alcanarei,repartirei os despojos; a minha alma j^tfartar deles, arrancarei a minha espacBpa minha mo os destruir". Esse era oplano de Fara, que j estava certo deque tudo aconteceria como havia plane-jado. No entanto, Deus frustra os seusplanos, utilizando-Se do Mar Vermelhopara mostrar que Ele dirige e controla aHistria.

    O Cntico de Moiss est centrali-zado em Deus e em tudo aquilo que Elefez, demonstrando Seu poder e propsi-tos. Moiss no fica impressionado corno que fez, mas com o que Deus fez des-truindo por completo o exrcito raivosoque vinha para devorar e levar de voltapara o cativeiro. No foi contra Moiss,nem mesmo contra os filhos de Israelque o Fara lutou. Foi contra Deus. Porisso foi aniquilado. "Na grandeza da Suaexperincia derribas os que se levamcontra ti; envias o teu furor, que os csome como restolhos" (v.7).

    Isso nos faz lembrar que no soapenas os planos dos mpios que Deusfrustra, mas tambm os planos de Seusfilhos, porque nem sempre "os nossoscaminhos so os caminhos de Deus" (Is55.8). Nem sempre o que planejamos fa-zer o que Deus quer que faamos. "Ocorao do homem pode fazer planos,mas a resposta certa dos lbios vem doSenhor" (Pv 16.1).

    Em todos os nossos empreendimen-tos Deus precisa estar frente. No po-demos blasfemar contra Deus quandoalguns dos nossos planos so frustrados. por essa razo que Tiago declara: "Em

    18

  • vez disso deveis dizer: Se o Senhor qui-ser, no s viveremos como faremos issoou aquilo".

    A semelhana daqueles que nos diasdo profeta Malaquias perguntavam sevalia pena servir ao Senhor (Ml3.13-18), muitos cristos, ao observarema prosperidade dos mpios fazem a mes-ma pergunta. Os mpios prosperam, vode vento em popa, e Deus no os impedenem os frustra, dizem muitos. precisolembrar que chegar o dia quando Deusdefinitivamente frustrar os desgniosdos mpios. "Ento vereis outra vez a di-

    ena entre o justo e o perverso, entre|ue serve a Deus e o que no O serve"(Ml 3.18).3. DEUS NO SE CONFUNDE COM

    OS DEUSES CRIADOS PELOSHOMENS

    Os egpcios e os moradores de Ca-na tinham os seus prprios deuses. Osisraelitas conviveram com a religio pagdo Egito cerca de 400 anos, e convive-ram com a idolatria e as supersties alireinantes. O Cntico de Moiss vem re-forar na mente e no corao dos filhosde Israel que nenhum dos deuses criadospelos homens semelhante ao Deus queos libertou do Egito e os fez passar a penxuto pelas guas do Mar Vermelho." Senhor, quem como tu entre osdeuses? Quem como tu glorificado emsantidade, terrvel em feitos gloriosos,que operas maravilhas?" (v.ll). A per-ta que Moiss levanta revela a singu-clade de Deus. Todos os sinais que os

    magos do Egito fizeram, na tentativa demostrar que os seus deuses eram to po-derosos quanto o Deus de Moiss, foram

    inteis. Eles no puderam tiraras tropasdo Fara da fria do mar.

    Os reis de Cana, vendo e ouvindo oque Deus estava realizando em favor doSeu povo, estremeceram, ficaram emgrandes agonias, e perturbados e cheiosde temor, foram tomados de grande pa-vor (w.14-10). Tudo isto revela queDeus no pode ser confundido com ou-tros deuses.

    O Salmo 115 mostra que Deus to-do-poderoso e est sempre trabalhandoem benefcio de Seu povo, enquanto queos dolos dos pagos, embora sejam bemvisveis, no tm poder algum. So do-los vos.

    As muitas religies com seus deuses,tm afrontado o Deus verdadeiro. Sopessoas que se esquecem da impossibili-dade de representar o Deus vivo e ver-dadeiro com imagens, objetos e atmesmo com ideias.

    Observa-se que com muito fervor ededicao, milhares de pessoas se re-nem para a adorao de seus deuses, gas-tam muito dinheiro em seus rituais epassam horas cantando, danando e ofe-recendo os seus sacrifcios. E a Igreja,como tem manifestado vida de louvor aDeus? O Cntico de Moiss cheio defervor, alegria, entusiasmo e reconheci-mento dos feitos de Deus. Cada cristotem motivos suficientes para louvar aDeus pelos Seus atos. Tudo o que Eletem feito por ns deve nos impulsionarao louvor da Sua glria. "O Senhor aminha fora e o meu cntico; ele me foipor salvao; este o meu Deus, portan-to, eu o louvarei..." (v.2).

    DISCUSSO1. Se Deus frustra os planos dos homens, corno explicar a prosperidade dos mpios?

    2. Que fatos concretos na vida da Igreja tem evidenciado que Deus conduz o Seu povoem triunfo?

    3. Deus pode operar sinais e maravilhas? Explique.

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  • ESTUDO BBLICO N9 06

    . O PO DE CADA DIASinal da providncia divina durante a caminhada

    Leia xodo 16

    LEITURA DIRIA25 Feira: Gnesis 41.37-5732 Feira: Deuteronmio 84'-' Feira: l Reis 17.1-7

    5* feira: Salmo 12762 feira: Mateus 6.25-34Sbado: Joo 6.1-15Domingo: Joo 6.22-59

    Falar a respeito de alimentao considerar um assunto to antigo quantoa origem do prprio homem.

    Todos os seres vivos dependem dealimento para a sua subsistncia. Quan-do h falta, o organismo sofre, e muitasdoenas aparecem.

    Sabe-se que a produo de alimento suficiente para alimentar toda a popu-lao do rnundo. Mas, como entenderque h milhares de pessoas morrendo defome? Vrios contrastes so verificados:Enquanto milhes de pessoas passamfome, outras tm o luxo de escolher asua comida; enquanto muitos fazem tra-tamento para engordar, outros fazem re-gime para emagrecer. H aqueles queutilizam alimentos dietticos; htambm, aqueles que passam por cirur-gias para eliminar o excesso de gorduras.

    No presente Estudo ser abordada ainterveno divina no sentido de provero alimento dirio para um povo que ca-minha rumo a uma terra prometida.

    VISO BBLICA1. Quando os israelitas murmuraram

    contra o Senhor, Moiss e Aro, queargumentos apresentaram?

    2. Que critrios Deus estabeleceu para orecolhimento do man?

    3. Durante quanto tempo o povo de Is-rael se alimentou do man, como reve-lao da providncia divina?

    CONTEXTO

    A caminhada dos filhos de Israel es-tava acontecendo no deserto de Sin, en-tre Elim e o Monte Sinai, s margens doMar Vermelho. O deserto de Sin se es-tende at ao Sul da Pennsula do Sinai.O povo que caminha j est liberto dojugo de Fara, por meio da manifestaopoderosa de Deus e da lideranaMoiss; essa manifestao est evidciada, principalmente na travessia doMar Vermelho. Naquele local desertoDeus prov a manuteno para esse po-vo que caminha.

    O Senhor envia o man, que se ori-gina de uma expresso hebraica que sig-nifica "Que isto?". Era branco e comsabor de bolos de mel (v.31). Sua ob-teno foi orientada por Deus, sendoque Josu 5.12 declara que ele cessou.Cada membro da famlia tinha direito auma poro diria de l mer (aproxima-damente 3,5 litros). O man derramado referido pelo salmista como "trigo ce-lestial, po dos anjos e po do cu" (SI78.24,25; 105.40).

    20

  • Alm do man, Deus providenciouas codornizes, que eram pssaros mi-grantes, que voavam baixo, em grandenmero, impelidos pelos ventos do mar.Sabe-se que bandos de pssaros migramda frica para a regio do mar Bltico,na Europa, para evitar o excesso de calorno vero; uma das rotas escolhidas pelascodornizes passa justamente pelo MonteSinai, onde os israelitas estavam (Nm11.31-35).

    Esses alimentos, milagrosamenteconcedidos ao povo, demonstram o cui-dado paternal de Deus, Aquele que su-

    as necessidades dos que Nele con-. possvel se aprender lies para a

    caminhada de hoje luz desta narrativa:l.A PROVISO DIVINA OBJETWA

    ATENDER S NECESSIDADES DOPOVO

    O povo que j estava fora do Egitopor algumas semanas, tinha as provisesque levara consigo quase esgotadas. Aregio por onde passava produzia poucoou nada para seu sustento, e a fome erauma ameaa bem prxima. Essa situaolevou muitos murmurao contraDeus, Moiss e Aro, pois diversas pes-soas ainda carregavam alguns costumesnegativos do tempo da escravido.Porm, a bondade de Deus no se medepela fraqueza, ou desconfiana dos Seusfilhos. Ele veio em socorro dos queixo-

    . Deus envia de modo miraculoso,e codornizes para atender s ne-

    cessidades daqueles peregrinos.Cada indivduo neste mundo passa

    por uma espcie de xodo para a terraprometida, e se pode provar diariamenteque Deus utiliza Suas leis naturais paraabenoar os que Nele confiam. Atravsdo progresso da tecnologia na rea daagricultura se pode observar o quanto aterra produz para o sustento dos povos. bom recordar que: quem faz a sementegerminar Deus (I Co 3.6).

    Deus j providenciou os recursospara atender s necessidades, sendo queJesus o Po da Vida (Jo 6.35). atravs do alimento espiritual - JESUS

    CRISTO - que se recebe estas bnos(Jo 6.57). Portanto, durante nossa cami-nhada terrena, Deus revela sua pro-vidncia especial por meio de Cristo,o po vivo que desceu do cu.

    2. A PROVISO DIVINA E EXTENSI-VA A TODO O POVO

    No texto-base se observa que o reco-lhimento do man era para cada famlia,mas em quantidade suficiente para cadapessoa. direito de se alimentar eraigual para todos. No era permitido re-colher demais; o acmulo era reprovado.Assim, o povo aprendeu que devia con-fiar, diariamente, no Deus da proviso.

    Para o Pastor Russel Shedd, "a horado aperto no hora de ambies, decompeties e de gula" (1x3.11).

    Nota-se, portanto, que a colheita doman deveria obedecer a uma distri-buio igualitria. lamentvel a si-tuao atual quando milhes de pessoasso vtimas da desigualdade na distri-buio dos recursos, chegando a provo-car a morte de tanta gente. Aqui preci-so perguntar: por que h tanta desigual-dade na utilizao dos recursos? Sabe-seque o egosmo, a ganncia, o furto, soalgumas causas geradoras dessa situao.

    Deus continua provendo alimentopara toda a humanidade. Entretanto, haqueles que tm recolhido para si maisdo que l mer, isto , mais do que podecomer, tm acumulado alm do necess-rio, enquanto outros no tm o que co-mer. Talvez esta seja a principal causa dedesigualdades e da escassez de comidaem tantas mesas.

    preciso que a Igreja lute contraessas injustias, proclamando a igualda-de, ou seja, o direito de cada um recebera poro necessria para seu sustento.Algumas providncias tm sido tomadaspela Igreja e outras entidades, mas serque as verdadeiras causas geradoras des-sas desigualdades esto sendo atacadas?

    21

  • 3. A PROVISO DIVINA ENVOLVE APARTICIPAO DO POVO

    Para se obter o man era necessriosair ao redor do arraial (acampamento)e recolher, pois hv/ia um local e umhorrio para este ato. A proviso divinarequeria a cooperao do povo. Deus co-locou a Sua bno ao alcance de Seusfilhos, mas, estes deveriam ir em buscadesse grande benefcio. Alm do reco-lhimento, o povo deveria preparar a co-mida, pois era exigida uma participaohumana. O fato que Deus dava, mas aohomem cumpria recolher e preparar.

    Assim Jesus ensinou quando disse:"Buscai e achareis" (Mt 7.7). Ele ensi-

    nou a pedir o po de cada dia (Mt 6.9).Na multiplicao dos pes Ele exigiu quese verificasse o que havia para o sustentoda multido; os apstolos se movimenta-ram em busca dos recursos (5 pes e 2peixes); at mesmo durante a distri-buio, a cooperao humana foi decisi-va. Deus sempre quer utilizar a Sua cria-tura para executar os Seus propsitos, osquais esto direcionados em benefcio doSeu povo.

    Muitas pessoas, hoje, querem rece-ber ou ganhar sem buscar e, outros, que-rem comer sem trabalhar. Veja Gnesis3.19 e II Tessalonicenses 3.10. Algugfcutilizam meios imprprios no sentido c9conseguir recursos para a manutenodiria (He 2.9).

    DISCUSSO

    1. Se nosso Deus o Deus previdente, por que hoje tantas pessoas esto morrendo defome?

    2. Que atitude correta sua comunidade tem demonstrado diante das pessoas carentesespecialmente de alimento?

    3. Qual deve ser o procedimento do cristo quando tem o que comer, e nas circunstn-cias nas quais no se tem alimento?

    22

  • ESTUDO BBLICO N? 07

    A NOMEAO DOS AUXILIARESDistribuio da tarefa entre o povo que caminha*

    Leia xodo 18.13-27

    ~~~" LEITURA DIRIA2- Feira: Neemias 339 Feira: Eclesiastes 4.9-124^ Feira: Lucas 5.1-11

    5'-' feira: Lucas 10.1-12 e 17-206? feira: Atos6.1-7Sbado: Filipenses 2.19-30Domingo: I Timteo 3.1-13

    "A medida do sucesso de um lder o grau em que ele capaz de delegar edistribuir trabalhos". A pessoa em cargode liderana que no sabe delegar, estconstantemente envolvida num emara-nhado de pequenos detalhes que noapenas a sobrecarregam, mas, desviam-na de suas responsabilidades primor-diais. Porm, mesmo diante deste ator,muitos lderes teimam, insistem e nosabem compartilhar e distribuir o traba-lho, centralizam-no todo em torno desua pessoa e, sempre exaustos, esto arealiz-lo sozinhos.

    Quando a liderana no reparte asponsabifdades, o povo no caminha,no se organiza e no cresce.

    VISO DO TEXTO

    1. Com que objetivo o povo se dirigia aolder Moiss?

    2. Que consequncias desastrosas advi-riam para Moiss e para o povo comoresultado de uma liderana centraliza-da apenas em Moiss?

    3. Qual a sugesto apresentada por Jetropara que Moiss tornasse mais eficaz asua liderana?

    CONTEXTO

    Uma notvel ilustrao Bblica so-bre a delegao de responsabilidade oconselho de Jetro a seu genro Moiss. Is-rael havia sado do Egito como grupodesorganizado de escravos. Por esta po-ca, desenvolvia-se uma conscincia na-cional, e o povo estava tornando-se umanao organizada. Os desgastantes far-dos administratrivos que esse desenvol-vimento impunha sobre Moiss, motiva-ram o excelente conselho de Jetro. Des-de a alvorada at ao anoitecer, Moissfatigava-se ouvindo e aconselhando arespeito dos interminveis problemassurgidos durante a caminhada.

    Jetro observou que Moiss no po-deria suportar a presso indefinidamen-te, e apresentou duas fortes razes emfavor da delegao de algumas de suasresponsabilidades: "desfalecers tu";"desfalecer teu povo" (v. 18). Moissacata ento a sugesto de Jetro paraaplic-la ao povo em marcha. A no-meao de auxiliares, demonstra a dis-tribuio da tarefa entre o povo e ocompartilhar das responsabiidaces nocaminho.

    Dentro desta realidade, vejamos al-gumas orientaes:

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  • LA NOMEAO DE AUXILIARESSURGE DIANTE DE UMA REALNECESSIDADE

    Somos tentados a imaginar muitasvezes que, para jjm povo caminhartranquilo seria necessrio apenas "po,carne e gua". Mas, h necessidadetambm de uma liderana. No bastavaao povo uma liderana forte e carismti-ca como a de Moiss, para que a cami-nhada transcorresse calmamente.

    Havia a necessidade do povo ser.or-ganizado, distribudo, responsabilizadotambm pela caminhada.

    Moiss estava ficando exausto detanto ouvir e aconselhar o povo em suasdvidas. O texto expressa essa realidade:" pesado demais para ti" (v.18). Comtodos esses afazeres infindveis, Moissestava se desgastando, fsica e mental-mente, sem que os resultados fossem al-terados.

    Por estar sozinho frente do povo,Moiss realizava um esforo tremendo,mas que no atendia a expectativa e ne-cessidade popular.

    Se por um lado Moiss se esforavapara dar conta de atender a todos, poroutro, o povo estava insatisfeito com aliderana, apesar dos esforos.

    Jetro, sogro de Moiss, observa estareal necessidade que aos poucos levava opovo e o lder ao desfalecimento e suge-re, ento, a distribuio das responsabi-1 idades.

    Em Atos 6.1-7 vemos que em virtu-de de no conseguirem atender as me-sas, servir a todos, os Apstolos se viamenvolvidos com uma real necessidade:pessoas que exeram o servio. Dianteda real necessidade institui-se o minist-rio diaconal. Outro exemplo o doApstolo Paulo, que desenvolveu oseu ministrio sempre auxiliadopor pessoas que supriram suas necessi-dades na obra do Senhor (Cl 4.10-17).Na Jgreja, hoje, h uma real necessi-dade do envolvimento de todos (Mt9.37).

    importante que o lder no sejamonopolizador, e que o povo, por sua

    vez, esteja disposto a colaborar com a li-derana.

    2. A NOMEAO DE AUXILIARESDEVE RECAIR SOBRE PESSOASQUALIFICADAS

    Os versculos 21 e 22, caracterizamde forma clara quem estava apto para as-sumir a responsabilidade da cooperaona liderana do povo. A mera existnciada necessidade, no justifica a diviso ri ntrabalho com gente desqualificada pmisso.

    O grande problema diante do de-senvolvimento do trabalho, a escolhade pessoas desqualificadas, que, ao invsde fortalecer a liderana, de cooperar naadministrao e soluo dos problemas,acabam tornando-se verdadeiros empeci-lhos e o centro de todos os problemas.

    A liderana do povo de Deus nopode ser exercida por qualquer um. Pre-cisam ser homens capazes, pessoas (con-forme a orientao do texto) que po-dero exercer o trabalho "sem dar traba-lho".

    "Homens tementes a Deus, homensde verdade e que aborream a avareza".A Palavra exorta quanto s qualidadesexigidas de um lder. No adianta terquantidade de pessoas frente do traba-lho. preciso ter, acima de tudo, lde qualidade.

    Paulo escreve a Timteo dizendo arespeito das qualificaes dos presbte-ros e diconos (I Tm 3); escrevendo a Ti-lo, ele relembra os deveres e qualifi-caes dos ministros (Tt 1.5-9); ao escre-ver a Joo, distingue o lder de valor,Demtrio, do ambicioso e desqualificadoDitrefes(iriJo9-12).

    O trabalho deve ser distribudo en-tre pessoas qualificadas. importantelembrar que a boa vontade e consa-grao se constituem nas principais qua-

    ces.

    24

  • 3. A NOMEAO DE AUXILIARESOBJETIVA MAIOR PRODUTIVI-DADE

    O problema levantado pelo texto,era que o trabalho estava tendo poucoresultado. A produtividade era lenta e osesforos no rendiam o necessrio. Aonomear os auxiliares, o objetivo era deuma maior produtividade, um melhorrendimento dos esforos.

    Porm, a produtividade s seria al-canada se esta equipe de lderes expres-

    ,sse qualidade. Quanto melhor a se-'ente, melhor a produtividade.

    Com os auxiliares nomeados, dividi-dos em categorias, responsabilizados porgrupos de ao, o povo seria melhor as-sistido, suas dvidas sedam esclarecidas

    mais rapidamente e Moiss, o grande l-der dos filhos de Israel, poderia preocu-par-se com questes mais profundas.

    Desta forma, o povo poderia cami-nhar, a liderana no continuaria exaus-ta e seus esforos redundariam em me-lhores resultados.

    Muitas Igrejas hoje em dia, esto es-tagnadas, perdidas nos emaranhados dedetalhes, porque sua liderana exclusi-vista, no sabe delegar funes, esto au-xiliados por pessoas incompetentes edesqualificadas para a misso. No estointeressados em facilitar a vida do povo,no esto preocupados com produtivi-dade.

    Na parbola dos talentos, Jesus re-crimina aquele que nada produziu. Voctem colaborado para uma liderana pro-dutiva em sua igreja?

    DISCUSSO1. Que prejuzos pode trazer Igreja uma liderana centralizadora?

    2. Como caracterizar uma liderana qualificada?

    3. O que fazer para que sua igreja produza com qualidade?

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  • ESTUDO BBLICO N- 08

    .OS DEZ MANDAMENTOSOrientao divina para o xito da caminhada

    Leia xodo 20.1-17

    LKITURAJJ1ARIA

    29 Feira: xodo 34-1 -939 Feira: Deuteronmio 5.1-2142 Feira: Mateus 5.17-20

    55 feira: Marcos 10.17-226a- feira: Marcos 12.28-34Sbado: Joo 13.31-35; 15.1-14Domingo: Tiago 2. 1-13

    bem verdade que todos os pasespossuem as suas leis, que servem parainstruir o povo, promover a ordem, apaz, a justia e o bem estar dos cidados.

    Imagine voc, se no houvesse asleis. Por exemplo, no trnsito as leis sosuper-necessrias, pois sem elas haveriauma confuso total, com muitos aciden-tes e terrveis complicaes.

    Mas, a desobedincia s leis temacarretado prejuzos constantes. Notrnsito, muitos morrem por causa destadesobedincia aos regulamentos existen-tes. Alguns excedem na velocidade, ou-tros ultrapassam em locais proibidos eexistem aqueles que dirigem embriaga-dos.

    Deus, objetivando a felicidade doser humano, especialmente na caminha-da rumo terra prometida, apresentamandamentos, como normas que preci-sam ser obedecidas. sobre o DEC-LOGO (dez leis) que este estudo apre-sentado com o propsito de oferecer es-clarecimentos a respeito dos mandamen-tos do Senhor.

    VISO DO TEXTO1. Que ao da parte de Deus comprova

    o Seu amor para com o povo de Is-rael?

    2. Quais as recompensas que existem pa-ra aqueles que guardam os manda-

    mentos? E quanto aos que negligen-ciam?

    3.0 que os Mandamentos ensinamquanto adorao?

    CONTEXTOAps Jetro orientar seu genro

    Moiss quanto necessidade de escolhade auxiliares, visando a Justia e o bomgoverno para o povo, Deus oferece o c-digo civil e religioso, mostrando ao povoos princpios bsicos do direito e do de-ver.

    num vale, ao p do monte Sinai(Horeb), que Moiss recebe os Manda-mentos de Deus. O declogo foi gravadoem duas tbuas de pedra, escrito pejjprprio Deus (x 24.12; 32.15-16).ddiva dos Dez Mandamentos se tornouuma experincia profunda e, para alguns,at assustadora da presena de Deus, aponto do povo pedir a Moiss que lhe fa-lasse em lugar de Deus. Portanto, comMoiss, neste episdio, pela primeira vezo povo reconhece que necessitava de ummediador. Estava-se, ento, preparandoo caminho para Jesus Cristo, Aquele que o nico mediador entre Deus e os ho-mens (x 20.18-21 e I Tm 2.5).

    Assim sendo, aps a libertao daescravido, Deus oferece estas sbias eoportunas orientaes para o povo quecaminha, de modo a conservar a liberda-de e a vida. preciso, porm, analisar

    26

  • ainda a interpretao correta dos man-damentos, seus valores e necessidades deobedec-los.

    ATUALJZAO1. ORIENTAO QUE REQUER IN-

    TERPRETAO CORRETAAo se estudar os dez mandamentos,

    necessrio que exista uma interpre-tao correta desta orientao divina,pois h muita ideia falsa por a, que temgerado tristezas, opresses e at medo.

    O declogo possui lies ou prop-sitos benficos para o povo ainda hoje.Uma perspectiva correia na abordagem

    ; mandamentos fornecer os ensinosdaderos para o povo de Deus. Aquies to alguns aspectos desta i n terp re-lao, ou da maneira como se deve veros mandamentos:1.1. Interpretao no punitiva -Apesarda palavra "no" anteceder alguns man-damentos, no significa que se est dian-te de um cdigo punitivo, autoritrio ouproibitivo. AJguns, pela forma negativa -no - chegam a deixar de lado seus pre^-ciosos e edificantes ensinamentos. preciso entender que o negativo umaforma de expresso da lei verdadeira-mente universal. Uma proibio veda aao em apenas uma rea, deixando to-das as outras livres. O Deus que amor,est presente, no para punir, mas paraorientar o povo em sua jornada; desdeque exista obedincia s leis por Ele da-das.

    t Interpretao preventiva - H umido que expressa assini: " melhorprevenir do que remediar". Deus conce-de os mandamentos para proporcionarao povo uma oportunidade de se desviardos erros. A funo maior da lei no punir, mas PREVENIR; evitando assimaquelas terrveis consequncias que soreais quando no h uma orientao cor-reta. nesta perspectiva que se deveanalisar os mandamentos. Deus ofereceleis para evitar derrota total. Durante 40anos o povo caminhou e conseguiu mu-tas vitrias, pois, atravs dos ensinos ce-lestiais houve condies de se evitar osfracassos e derroias. Isso aconleciaquando os mandamenlos mereciam a

    devida considerao dos filhos de Israel.1.3. Interpretao crist - sob a pers-pectiva do ensino de Jesus que se com-preende verdadeiramente os mandamen-tos. Jesus veio no para destruir a lei,mas para cumpri-la Ml 5J.7). luz doensino cristo, compreende-se at mes-mo a estrutura providencial dos manda-mentos. Os 4 primeiros se referem aosdeveres do homem para com Deus e osoutros 6 traiam dos deveres do homempara com os seus semelhantes. Da, possvel entender o que Jesus disse:"Amars o Senhor leu Deus e o teu pr-ximo como a ti mesmo" (Mc 12.28-34).Assim sendo, Jesus amplia a interpre-tao dos mandamentos, dando uma no-va viso destes ensinos. Agora os Dezmandamentos esto resumidos em 2. Orelacionamento com Deus se constituinos fundamentos para a tica, ou seja, aqualidade do relacionamento entre Deuse o homem, determinadas qualidades dasrelaes humanas. por meio doAMOR que se cumpre e se compreendeverdadeiramente os mandamentos.2. ORIENTAO QUE EXPRIME VA-

    LORES NORTEADORES inegvel o grande valor dos Man-

    damentos para o bem estar do povo deDeus. Aquilo que Deus oferece aos Seus,possui propsitos benficos. Deus sem-pre fa?, o melhor para os Seus filhos, queso sempre alvos do Seu amor. Vejamosalguns destes valores.2.1, Direo - O povo, em sua trajetria,carece de uma direo correta e deprincpios norteadores. Deus deseja queexisla ordem e direo correta, pois Eleno um Deus de confuso (I Co 14.33).Os mandamentos se constituem emprincpios universais e bsicos, para ofe-recer direo segura. O salmista declaraque a Palavra de Deus luz e lmpadaque oferecem direo na estrada da vida(SI 119.105). Seguir os mandamentos caminhar na direo certa.2.2. Liberdade - O Prof. Waller Harrel-son, cm seu livro "Os dez mandamentose os direitos humanos", diz: "Os man-damentos orientam para que o homemconserve a liberdade e a vida, e expri-

    27

  • mem a resposta certa que o homem dao Deus que liberta. Eles surgiram com afinalidade de favorecer e defender os di-reitos fundamentais da pessoa. So ex-presso do amor de Deus pelo Seu po-vo". Portanto, ele% so libertadores eno opressores. O no cumprimentodestes princpios escravizar as pessoasno pecado, mas a sua correia observn-cia sempre promover a libertao, ouseja, uma vida de gozo e plena paz (SI119.165).2.3. Comunho - Os mandamentos en-focam o relacionamento do homem comDeus e com ele prprio. Quando h per-feita observncia dos mandamentos,imediatamente esta comunho se estabe-lece. O propsito de Deus que existaplena harmonia entre os povos, por isso,Ele concedeu o declogo. Muitos rela-cionamentos esto quebrados, pois hfalta de cumprimento destas leis. Algunsesto matando, outros adulterando, ou-tros dizendo aquilo que falso, etc. Tu-do isto e muito mais proporciona o dis-tanciamento entre as pessoas. A prprialei possui propsito restaurador (SI19.7).3. ORIENTAO QUE EXIGE OBE-

    DINCIAA Bblia afirma que os mandamen-

    tos do Senhor no so penosos (l Jo 5.3).Os Salmos l e 119 revelam que a lei eraamada pelos israelitas, os quais medita-vam nela de dia e de noite. Deus esperaum compromisso de obedincia do Seupovo, pois as leis existem para ser cum-pridas. No basta t-las na memria, exigido que se pratique todas elas dia-riamente. Hoje, no preciso maiorquantidade de leis, e sim mais obe-dincia quelas j existentes. "Vs soismeus amigos, se fazeis o que eu vosmando" (Jo 15.14). Mas, aqui esto al-guns aspectos desta obedincia:

    3.1. Obedincia integral - Deus requer ocumprimento de todos os mandamentos.Todos eles foram dados para ser cum-pridos de forma integral. Assim declaraTiago: "Pois, qualquer que guarda toda alei, mas tropea em um s ponto, se tor-na culpado de todos" (Tg 2.10). bomlembrar o exemplo do jovem rico quesaiu triste da presena de Jesus, pois noresolveu obedecer a todos os mandamen-tos dados pelo Mestre (Mc 10.17-22), da vontade divina que exista integralida-de na observncia dos mandamentos.3.2. Obedincia voluntria - Deus es"p-ra, tambm, uma obedincia voluntou seja, espontnea de Seus filhos. Ise deve obedecer por fora e nem debai-xo de imposies. Paulo obedecia ospreceitos do Senhor no por imposio,mas por amor (II Co 5.14). bem-aven-turado aquele que se dispe, volunta-riamente, a guardar os preceitos do Se-nhor (Ap 1.3).3.3. Obedincia constante - O apstoloJoo recomendou Igreja de Esmirna oseguinte: "S fiel at a morte, e dar-te-eia coroa da vida" (Ap 2.10). Alguns, infe-lizmente, obedecem ou seguem ao Se-nhor por um perodo pequeno de tempo.Outros seguem s naqueles momentosem que tudo vai bem. Mas, a verdadeiraobedincia implica numa atitude de per-sistncia, seja qual for a situao da vida.

    Alguns, ainda hoje, tentam obedeceros Mandamentos visando ganhar a sal-vao. Para Joo Calvno, osmentos no so para a nossasim para o nosso comportamento, para anossa conduta de vida. Mesmo estandodebaixo da graa necessrio obedeceros mandamentos do Senhor de maneiraINTEGRAL, VOLUNTRIA eCONSTANTE.

    DISCUSSO1. possvel ao ser humano guardar todos os mandamentos, hoje? Explique.2. Qua] deve ser a motivao para se guardar as leis de Deus?3. Como entender o resumo dos mandamentos no amor a Deus e ao prximo, como en-

    sina Jesus?

    28

  • ESTUDO BBLICO N- 09

    AS ADMOESTAES DO SENHORExpresso do cuidado divino para com o povo que caminha

    Leia Deutoronmio 8

    LEITURA DIRIA2"- Feira: Deuieronmio 6 5* feira: Salmos 193S Feira: Deuteronmio 7.1-11 6a- feira: Salmos 119.1-244a- Feira: Deuteronmio 10.12-ll.Sbado: Salmos 119.105-119

    Domingo: Hebreus 12.4-13

    Qual o pai ou a me que nunca ad-moestou o seu filho? quase impossvelque no existam pais que no relaciona-mento com o filho nunca o disciplinarampor alguma falha. O ato de chamar aateno ou corrigir um filho no expres-sa tirania ou autoritarismo, expressa,sim, o cuidado e zelo dos pais. Logica-mente, isso deve ser feito com muitaprudncia, pois no adianta s mostrar oerro, preciso corrigir com sabedoria.

    Nas inmeras experincias de Israelcom o Senhor, h sempre uma nfaseacerca da importncia das suas admoes-taes que, na verdade, revelam, o cuida-do divino para com o povo que caminha.alavra admoestar significa: "Censu-

    repreender com brandura; aconse-lhar, exortar, advertir, lembrar, avisar". o que acontece no texto em apreo ho-je: Moiss exorta o povo a obedecer e alembrar-se das admoestaes do Senhor.

    VISO DO TEXTO1. Quais os perigos da prosperidade?2. Qual a finalidade das provaes que

    vm da parte do Senhor?3. Qual o perigo de se esquecer de Deus?

    CONTEXTOO livro de Deuteronmio todo di-

    vidido em discursos. Discursos que

    Moiss proferiu nas campinas de Moabe,lugar no qual os israelitas estavam reu-nidos para a travessia do Jordo, paraentrar na terra prometida. A caminhadado povo de Deus rumo terra prometidachegara ao fim. Moiss, em seus discur-sos, prepara o povo para tomar posse daterra. Ele sempre relembra o passado,exorta quanto ao futuro e d leis paratodos os tempos.

    O povo vivia uma poca de tran-sio. Transio para uma nova gerao,para uma nova morada, para uma novaexperincia, para um novo estilo de vidana terra que "mana leite e mel". Moiss,ento, exorta o povo a obedecer e lem-brar-se dos benefcios do Senhor, apre-sentando a possibilidade de prosperida-de, advertindo contra o perigo de esque-cer-se de Deus. Preparando o povo parauma nova aliana com o Senhor Deus,como confirma o captulo 29 de Deute-ronmio. Vejamos alguns aspectos dasadmoestaes do Senhor ao Seu povo,que se constituem em expresses que re-velam o cuidado divino para o povo quecaminha.

    ATUALIZAO1. AS ADMOESTAES DO SENHOR

    SE TRADUZEM EM MANDAMEN-TOS

    29

  • As admoestaes dadas por Deus aopovo, na verdade, se tornam mandamen-tos. Estes mandamentos devem ser ob-servados e quando so obedecidos, tra-zem bnos ao povo de Deus que cami-nha. Vejamos: 1.1. Proporcionam vida (v.l) - O verso ldiz: "cuidareis de cumprir todos os man-damentos que hoje vos ordeno, para quevivais...'1 A vida do povo dependia documprimento daqueles mandamentos.Assim so os mandamentos do Senhor:proporcionam alegria, nimo, coragem,entusiasmo, componentes da verdadeiravida. O salmista assim se expressa:"Nunca me esquecerei dos teus precei-tos, visto que por eles me tens dado vi-da" (SI 119.93).1.2. Proporcionam crescimento (v.l) -Se os mandamentos do Senhor propor-cionam vida, conseqiientemente,tambm proporcionam crescimento:"cuidareis de cumprir todos os manda-mentos que hoje vos ordeno, para que...vos multipliqueis..." O povo precisavacrescer. At ento era um povo nmadeno deserto, isto , sem morada fixa, ago-ra eles teriam uma terra fixa e precisa-riam crescer numericamente, e este cres-cimento tambm est ligado ideia deobedincia aos mandamentos do Senhor.1.3. Proporcionam vitria (v.l) - Todacaminhada do povo de Deus tem umpropsito. O de Israel era a terra prome-tida por Deus e, agora, depois de anoscomo peregrinos no deserto, eles esta-vam diante da terra almejada. Pareceque a vitria j est assegurada. No en-tanto, a vitria plena s viria como frutoproporcionado pelas admoestaes quese traduzem em mandamentos de umDeus zeloso para com o Seu povo. Avitria final s pertencer queles queamam os mandamentos do Senhor (Js1.7-8).2. AS ADMOESTAES DO SENHOR

    ENVOLVEM DISCIPLINAAs admoestaes do Senhor so

    atos de autntica disciplina. A disciplinado Senhor visa orientar o povo nos seusretos caminhos. De acordo com o texto,

    a disciplina do Senhor importante,pois:2.1. Desafia a fidelidade (v.2) - Deus le-vou o povo a tomar caminhos diferentesat chegar terra prometida, visandotestar e desafiar a fidelidade do povo. svezes, a disciplina do Senhor vem sobrenossa vida para ver "o que est em nossocorao"; um desafio nossa fidelida-de. Qual tem sido a sua reao diante deum ato disciplinador de Deus? Voc temsido fiel diante da disciplina? (Ver Tg1.2-4).2.2. Incentiva a dependncia (v.3) - npovo precisava ser disciplinado paraconhecer o quanto dependia de DMoiss afirma: "Ele te humilhou e iedeixou ter fome... para te dar a entenderque no s de po viver o homem, masde tudc) que procede da boca do Se-nhor". s vezes, no nosso dia-a-dia cor-rido, somos levados a esquecer estagrande realidade: ns dependemos deDeus (Jo 15.5).2.3. Visa a educao (v.5) - Deus pai eSua disciplina tem o propsito de refor-mar e instruir (Dt 32.6; Hb 12.5-11). Adisciplina um ato educativo de Deus.

    3. AS ADMOESTAES DO SENHORPRODUZEM BENEFCIOS

    Todo ato de Deus visa algo bom,agradvel e justo. Quando Deus admoes-ta Seu povo, Ele o faz trazendo benef-cios. Vejamos estes benefcios:3.1. Revelam-se no cumprimentopromessa (v.7) - Toda caminhada aopovo de Deus est baseada na Sua pr-pria palavra. O povo tinha uma promes-sa dada pelo prprio Deus, a promessada terra. Deus sempre guiou o povo nes-ta caminhada, dando Suas orientaes,leis, admoestaes, etc. Todas, se obede-cidas, so seguidas de benefcios, e agorao povo recebe um de seus benefcios: apromessa do Senhor cumprida e o po-vo entra na terra, "...porque o Senhorteu Deus te faz entrar numa boa terra..."(v.7).3.2. Revelam-se na fartura da terra(v>-8-9) - Quando Moiss descreve a be-leza da terra, parece que algum diz:

    30

  • "Valeu pena! Que beleza de terra!".Os versculos 7 a 10 descrevem a "boaterra" que aquele povo, depois de longacaminhada, recebe como benefcio doSenhor. Os benefcios do Senhor soreais. A terra um dos maiores benef-cios proporcionados por Deus. Deuscaminhou ao lado do povo sem terra pa-ra lhes dar uma terra de fartura.3.3. Revelam-se na fora para viver(w.17-18) - "Tudo posso naquele queme fortalece" e "Tudo provm de Deus",diz Paulo (Fp 4.13 e II Co 5.18). Deusconcedeu a Israel a fora para viver. A

    benefcio divino (At 17.25), almais, todas as bnos que a nao

    desfrutava eram o resultado da presenade Deus na vida do povo. Voc tem sesentido desanimado? No tem encontra-do fora para viver? Saiba que dos mui-tos benefcios de Deus, a fora para vivera vida um deles.

    4. AS ADMOESTAES DO SENHORSO REFORADAS COM RECO-MENDAES

    O povo em marcha agora levado aconsiderar as recomendaes do Senhor.Estas recomendaes so:4.1. Para evitar a desobedincia (v.ll) -O verso 11 diz: "Guarda-te no te esque-as do Senhor teu Deus, no cumprindoos seus mandamentos..." O povo deveriaestar consciente de que os mandamentosso para serem cumpridos, no poderia

    laneira alguma esquecer esta reali-

    dade. Voc tem acatado esta recomen-dao do Senhor? Voc tem vivido cons-ciente de que os mandamentos no po-dem ser esquecidos?4.2. Para evitar o orgulho (v.17) - O Se-nhor tambm estava preocupado com oorgulho do povo quando este entrasse naterra de Cana. Muitas pessoas se enri-quecem na vida porque so abenoadaspor Deus, mas nunca reconhecem isto,pelo contrrio, gloriam-se em si mesmas,esquecendo que "tudo vem de Deus".Voc orgulhoso? Aquilo que voc temna vida resultado de seu prprio esfor-o ou voc reconhece que bno deDeus?4.3. Para evitar o esquecimento (v.19) -As recomendaes do Senhor so umapelo nossa memria. Ao invs do or-gulho, precisamos, sim, lembrar de que oSenhor quem nos reveste de foras.Deus admoesta ao povo, recomendan-do-lhe que se lembre: "Se te esqueceresdo Senhor teu Deus e andares aps ou-tros deuses, e os servires, e os adorares,protesto hoje contra vs outros que pe-recereis" (v.19). Voc tem se lembradode Deus?

    Em sntese, o verdadeiro povo deDeus a caminho, um povo que cumpreos mandamentos do Senhor, se submetes disciplinas do Senhor, experimenta osbenefcios do Senhor e considera todasas Suas recomendaes. Temos ns, co-mo povo de Deus, caminhado assim?

    DISCUSSO1. Que explicao h para aquelas pessoas que cumprem os mandamentos do Senhor e,

    contudo, sofrem as piores tribulaes?

    2. O Evangelho pregado atualmente enfatiza a disciplina do Senhor Deus sobre o Seupovo?

    3. Como Deus admoesta hoje o Seu povo?

    31

  • ESTUDO BBLICO N? 10

    AS FESTIVIDADESCelebraes de um povo que caminha

    Leia Deutoronmio 16.1-17

    LEITURA DIRIA2a-Feira: xodo 12.1-28y- Feira: xodo 12.37-5142 Feira: xodo 34.18-28

    53 feira: Levlico 23.4-146 feira: Levtico 23.15-32Sbado: Levtico 23.33-44Domingo: Deuteronmio 31.9-13

    O abatimento, o desnimo e a mur-murao, no devem ser atitudes do po-vo de Deus. O povo de Israel, por diver-sas vezes foi censurado pelo Senhor porcausa desse tipo de comportamento.

    O povo de Deus deve, necessaria-mente, ser um povo festivo, pois, "Comefeito, grandes cousas fez o Senhor porns; por isso estamos alegres" (SI 126.3).

    Nas palavras de S. Amsler "a festareatualiza o evento histrico para cadagerao do povo de Deus".

    As trs grandes festas de Israel foca-lizam razes fundamentais pelas quais opovo de Deus deve celebrar ao Senhor.

    VISO DO TEXTO1. Com que finalidade se celebrava a

    Pscoa?2. Como deveria ser celebrada a Festa

    das Semanas (ou Pentecostes)?3. De que maneira as pessoas deviam se

    apresentar ao Senhor por ocasio dasFestas?

    CONTEXTO

    O Antigo Testamento nos apresentatrs importantes festas que eram cele-bradas pelo povo de Israel todos os anos.Havia outras festas menos relevantes.

    Porm, nesta abordagem vamos conside-rar apenas as trs principais festas, dasquais todo israelita tinha a obrigao departicipar. So elas:

    a) Festa da PscoaTambm conhecida pelo nome de

    Festa dos pes asmos, esta primeira festajudaica comemorava a libertao dos is-raelitas do cativeiro egpcio. Expressavatambm o reconhecimento de que aBno do Senhor se fazia continuamen-te presente atravs das provises mate-riais. Era a mais significativa das festasde Israel. Foi celebrada pela primeiravez na noite em que os israelitasdo Egito; pela segunda vez, umpois da sada; posteriormente, em Ca-na, comemorada todo ano, no comeoda colheita da cevada. Estendia-se porum perodo de 07 dias (vv.1-8).

    b) Festa do PentecostesA Festa do Pentecostes conhecida

    tambm pelo nome de: Festa da Sega,das Primcias e das Semanas.

    Esta segunda festa expressava gra-tido e era motivada pelas evidncias daproviso do Senhor atravs dos frutos daterra e dos rebanhos. Era celebrada 50dias aps a Festa da Pscoa e aps a co-

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  • Iheita do trigo. Tinha durao de apenas01 dia (w.9-12).c) Festa dos Tabernculos

    A Festa dos Tabernculos conhe-cida tambm pelos nomes de: Festa doSenhor, Festa da Colheita e a Festa.

    Esta terceita festa, motivada peloreconhecimento das bnos recebidas,era um chamado consagrao, reno-vao de votos, para que o ano seguintefosse, igualmente, um ano cheio debnos. Era tambm uma recordaodas provises divinas durante o xodo,uido os filhos de Israel habitaram emWRlas. A cada 07 anos a Lei do Senhorera lida publicamente durante essa festa,cuja comemorao acontecia no final doano (w.13-15).

    ATUALIZAOA nossa nfase recair no tanto no

    aspecto cerimonial e histrico das festas,mas no seu significado original. Com opassar do tempo, o contedo das festasfoi ampliado e at mesmo modificado,porm, concentraremos a nossa atenono significado original das festas, enten-dendo que o mesmo deve ser redescober-to e contextualizado pelo povo de Deushoje. Vejamos pois, o que nos sugeremas festas:

    tSCOA: UMA FESTA DE LIBER-TAO

    A comemorao da Pscoa era umato atravs do qual o povo se lembravada aflio experimentada no Egitoatravs da escravido, e da grande obralibertadora efetuada pelo Senhor (x12.14,17,24,27). O sentido da Pscoa es-tava intimanente ligado ao xodo(wl-3).

    A libertao dos israelitas daopresso egpcia era algo que deveria sercelebrado. importante salientar que afesta possui no s aspectos histricos,mas tambm teolgicos. A Pscoa possuivrios elementos prefigura tivos que

    apontavam para a pessoa de Cristo e ne-le se cumpriram (x 12.5,7,13,46).

    A Igreja de Cristo, que caminha ho-je, a exemplo do antigo Israel um povolivre e que possui fortes razes para ce-lebrar a sua libertao no pelo perodode l ou 7 dias, como acontecia, mas du-rante a vida toda.

    Conforme o ensino bblico a verda-deira libertao est em Cristo Jesus (Jo8.32,36). Jesus o nosso cordeiro pascal(I Co 5.7,8).

    A libertao que temos em Cristono apenas da opresso de Fara, mas a libertao da ignorncia, de ideolo-gias, de sistemas, de filosofias, dos vcios,das crendices, das superties, da idola-tria, dos falsos ensinos, enfim, do jugoimposto por Satans.

    O povo de Deus tem, portanto,razes importantes para ser um povoalegre e festivo. No se justifica aexistncia na igreja, de pessoas derrota-das, carrancudas e mal-humoradas. Opovo de Deus um povo alegre. (SI64.10; Fp 4.4.)

    2. PENTECOSTES: UMA FESTA DEGRATIDO

    Em sua origem o Pentecostes erauma festa essencialmente ligada co-lheita. Era ocasio de se aiegrar cornao de graas pelos frutos da terra, es-pecialmente a colheita da cevada, que ti-nha incio quando a foce era lanada pe-la primeira vez na plantao (v.9).

    Nessa festa o povo expressava gra-tido pelas bnos de Deus evidencia-das na colheita (v.10). Sendo uma festade colheita, naturalmente todos os parti-cipantes eram envolvidos por um intensosentimento de jbilo (v.ll).

    O sentido dessa festa, em que se re-conhecia a ao providencial de Deus,precisa ser redescoberto hoje. No mundoatual, onde o homem perde o conlatocom a terra - de onde vem o sustento -, muito fcil cair no esquecimento aideia de que Deus quem possibilita aproduo.

    33

  • No inundo industrializado e comer-cial de hoje, as pessoas vo s feiras e sedo apenas ao trabalho de escolher osalimentos; entram nos supermercados eignorando se o tempo est bom ou nopara a agricultura, se est chovendo mui-to ou pouco, se est faltando sol ou no,tendo dinheiro, escolhem entre muitafartura, alimentos de todos os tipos: en-latados, empacotados, congelados, in-dustrializados, etc. bem provvel queao comprar tais alimentos, ningum selembre de que Deus o grande res-ponsvel pela sua existncia. Muitospensam que tm o alimento garantidoem suas casas, porque tm o dinheiropara comprar. Porm, se Deus no aben-oar a terra e faz-la produzir, o dinhei-ro para nada servir. Todos precisam re-conhecer isto (SI 65.9-13).

    A gratido pelas provises - no sna hora das refeies - deve ser a sinceraexpresso do povo de Deus, inclusive deforma participativa e envolvente comoacontecia por ocasio da festa do Pente-costes (v.ll).3. TABERNCULOS: UMA FESTA DECONSAGRAO

    A festa dos Tabernculos eratambm uma festa agrcola, porm, elase constitua numa oportunidade para a

    reflexo em torno da lei, que era lidapublicamente a cada 7 anos, havendo as-sim uma renovao de votos.

    Afirma J. Nelis que a festa dos Ta-bernculos "inclua provavelmente umarenovao de aliana do Sinai. Tal reno-vao se enquadrava muito bem no ou-tono: os dons recebidos inspiravam gra-tido, mas sentia-se tambm a necessi-dade de garantir a bno de Jav quepelo dom das chuvas devia possibilitar acolheita do prximo ano".

    O prprio Moiss ordenou a leiturada lei a cada 7 anos nessa festa, para quetodos pudessem ouvir, aprender, temqcumprir a Lei do Senhor, comopresso de profunda e verdadeira consa-grao (Dt 31.10-13). Um sinal evidentedessa consagrao que ningum apare-cia de mos vazias perante o Senhor(w.16-17).

    A consagrao ao Senhor algo quese espera de cada cristo hoje. Sern con-sagrao no h bno (Ex 32.29; Js3.5).

    No precisamos hoje voltar a co-memorar as trs festas, como fazia o an-tigo Israel. Entretanto, a libertao, agratido e a consagrao, elementos pre-sentes nas festas, so experincias pecu-liares ao povo de Deus, so expressesde um povo alegre e festivo que vai ca-minhando e cantando.

    DISCUSSO1. Como voc analisa as vrias comemoraes da Igreja hoje, em termos de importn-

    cia?

    2. Voc acha que o povo de Deus hoje um povo festivo? Justifique sua resposta.

    3. Que sugestes voc daria para levar todo o povo a expressar gratido pelos frutos daterra?

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  • ESTUDO BBLICO N9 11

    O BEZERRO DE OUROO fracasso de um povo que caminha

    Leia xodo 32

    LEITURA DIRIA29 Feira: xodo 20.1-1732 Feira: Deuteronmio 4.1-2045 Feira: Josu 7

    S* feira: I Reis 12.25-3362 feira: Lucas 12.13.-21S bado:Atos 19.23-40Domingo: Apocalipse 21.1-8

    Nas circunstncias da vida somosobrigados, pela nossa prpria naturezade seres cados, a conviver com o fracas-so.

    No existe nenhum ser humanonormal que j no tenha experimentadoem sua existncia, uma situao de fra-casso, quer seja profissional, emocional,sentimental, familiar, educacional, reli-giosa, esportiva ,_eto_r~Torm, Deus no nos criou para

    sermos destinados ao fracasso. Muitaspessoas se abalam, se envergonham, e/outras tentam o suicdio quando se de-naram com o fracasso.^B Deus nos d"~capacidade, fora eorientao para que at mesmo nosmomentos de derrota, de fracasso, pos-samos tirar lies para nossas vidas. desta forma que Paulo diz: "Todas ascoisas cooperam para o bem daquelesque amam a Deus" (Rm 8.28). Isto por-que Paulo aprendeu a transformar asderrotas em vitrias.

    VISO DO TEXTO1. O que motivou o povo a construir o

    bezerro de ouro?2.0 que comprova a indignao de

    Moiss diante da construo do bezer-ro de ouro?

    '3/Qual a tribo dos filhos de Israel quepermaneceu fiel ao Senhor, qual a suaatitude diante dos israelitas e qual arecomendao que recebeu deMoiss?

    CONTEXTO

    Muitas vezes, somos inclinados aobservar a Israel, seus lderes e persona-gens, como uma super-raa que nas suaslutas, fadigas e preocupaes nunca ex-perimentariam o fracasso.

    esta a ideia que alguns tm quan-do im determinado