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PENSAR... Faz Bem

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PENSAR... Faz Bem

PENSAR... Faz Bem

PENSAR... Faz Bem

PENSAR... FAZ BEM GENILDO ALVES DE LIMA

LIMA, Genildo Alves - Pensar... Faz Bem São Sebastião – AL. Direitos Autorais reconhecidos sob o registro de Nº: 608,066 Livro:1.165

Folha 296

PENSAR... Faz Bem

Ninguém que queira escrever algo, sobre qualquer coisa, fará

bem se imaginar não enfrentar a crítica. Aliás, na própria

acepção da palavra, a crítica, em sua legitimidade, é sempre

bem vinda! Não há dúvida de que há lugar para ela nessa

modesta exposição de ideias. E toda crítica não será possível

senão pelo “pensar”; com maior ou menor grau de ajuste à

razão.

Genildo Alves de Lima

PENSAR... Faz Bem

AGRADECIMENTOS Agradeço ao Eterno e Grandioso Deus – o Deus de Abraão,

Isaque e Israel (o Deus da Bíblia) pelo dom da vida e todas

as bênçãos concedidas a mim. À minha esposa, amiga

inseparável e talentosa, que em poucas palavras consegue

dizer-me tudo que necessito para motivar-me, quer ativando

minha autoestima, quer levando-me a “moderá-la”. Aos

meus filhos e aos seus avôs, pela compreensão a mim

dispensada quando percebem que minha atenção não lhes

tem sido recíproca. Às pessoas amigas, dentre as quais posso

citar o amigo Valdir Salgueiro, educador credenciado, tanto

por instituições, quanto pelo dom de ser “ensinador” e

“sujeito ativo”, numa comunidade na qual é imprescindível

pessoas com sua força de vontade. E finalmente, agradeço a

todos os educadores da Escola José Félix de C. Alves, nos

quais incluem-se, não apenas professores, mas toda a equipe,

que nunca me negou seu apoio e motivação e, igualmente, se

empenha na árdua tarefa de passar a diante o conhecimento,

mesmo quando as circunstâncias são as mais desanimadoras.

PENSAR... Faz Bem

DEDICATÓRIA

Dedico este pequeno texto a todos os alunos do ENSINO

MÉDIO das Escolas Públicas, aos quais se dirige minha

preocupação, pois enfrentam salas superlotadas e outras

dificuldades que a atualidade lhes impõe.

A todos os professores que atuam nesta mesma área,

igualmente enfrentando dificuldades que vão desde um

salário desproporcional, até a falta de estrutura tão presente

na grande maioria das escolas.

PENSAR... Faz Bem

PREFÁCIO

Pensar é tarefa cotidiana; mais que isso, é privilégio que

nos faz humanos. O texto que tens em mãos caminha no

sentido provocativo de utilizarmos esta capacidade para

reflexão/ação dentro da realidade concreta da vida.

Convida-lhe a colocar-se, não como mero espectador dos

acontecimentos, mas como construtor co-responsável. São

palavras que incomodam, desafiam, e questionam nossa

passividade diante dos problemas e ainda nos propõem

caminhos. Que caminhos? Pensar... Pensar... Pensar...

Genildo nos convida, ou melhor, nos convoca a

pensar. Não em pensamento simples, mas um pensar

comprometido com um mundo melhor. Um pensar que gera

transformação e esperança. Portanto, leia, reflita e pense,

pois pensar faz bem.

Valdir Salgueiro da Silva

Professor de história

PENSAR... Faz Bem

APRESENTAÇÃO

Tem gente que... Sei não... Parece que não pensa! Já lhe

aconteceu de ouvir, ou até mesmo pronunciar essas palavras?

Pois é... e há um conhecido ditado popular que acrescenta:

“quando a cabeça não pensa, o corpo padece”. É possível

que você também já o tenha ouvido. Não quero com isso,

que você pense que eu penso que você não pensa! Não, não é

esse o meu pensamento. Quero, pelo contrário, lembrar-lhe

dessa grande faculdade que nos foi concedida: O pensar! E

pensar faz bem.

PENSAR... Faz Bem

ÍNDICE

Introdução__________________________09

Por que pensamos?___________________10

Um tempinho para as palavras __________15

Quem nos governa?__________________20

Quem educou os que me educam? ______ 29

O que faremos no futuro?______________36

Felicidade... Quanto você paga por ela?___40

Conclusão _________________________43

Bibliografia ________________________46

PENSAR... Faz Bem

PENSAR... Faz Bem

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INTRODUÇÃO Na apresentação do nosso livrinho, enfatizei que nos foi

concedida a faculdade de pensar. Então por que não

começarmos por aqui? Pensemos: a primeira coisa após os dois

pontos ( aqui após a palavra “pensemos”) já é, de fato, um

“pensamento”. Mas veja, em negrito, a frase acima diz que: “a

faculdade de pensar nos foi concedida”. E aí, nos vem uma

pergunta: Concedida por quem? Então, quando formulamos

essa pergunta, não temos mesmo dúvida de que, de fato,

pensamos. Ela é uma prova inconfundível. Sim, nós pensamos.

Mas... o que é o pensamento? Dar uma resposta a esta pergunta

pode levar muito espaço e tempo. Vamos tentar colocar isso da

maneira mais simples possível.

Depois de entendida a importância do pensamento, o

próximo passo é selecionar as questões mais urgentes. E

acredite: há algumas que têm implicações globais; mas as mais

urgentes têm implicações eternas!

Por isso, uma vez que “pensamos”, é natural que questionemos

quem nos governa, e a maneira como estamos sendo educados,

para que, então, possamos pensar com mais maturidade sobre o

futuro que nos aguarda. Além disso, até onde se estende a

palavra “futuro”? O fato de podermos pensar pode nos levar a

um futuro cujas implicações sejam eternas, e garantir o melhor

nesse futuro é o que, definitivamente, pode tornar alguém feliz.

PENSAR... Faz Bem

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POR QUE PENSAMOS?

Por que pensamos? Quem nos concedeu essa

capacidade? Pois de todos os seres, somente o homem possui.

Ei, espere um pouco! Talvez você pense, há animais muito

inteligentes, que parecem, até mesmo, pensar. Como é o caso

dos cães policiais e alguns chimpanzés que já saíram de

situações complicadas e passaram em testes numéricos. Como

se explica isso? A resposta a essa questão está na distinção

entre “pensamento” e “instinto de sobrevivência”.

Pensamento é a capacidade de formular conceitos,

ideias; como isso que você acaba de fazer ao expor o

argumento acima, trazendo exemplos de alguns animais que,

supostamente, seriam inteligentes. Só o homem é capaz de

fazer isso – de pensar! Para “pensamento” o dicionário Aurélio

traz a seguinte definição: “Ato ou efeito de pensar, refletir,

meditar; processo mental que se concentra nas

ideias”(Dicionário Aurélio século XXI).

Instinto é uma coisa bem diferente de pensamento, é um

dispositivo concedido aos que não têm a capacidade de pensar (

embora os homens também o tenham). Ele é um dispositivo de

sobrevivência. Vejamos o que diz o nosso dicionarista:

[Do lat. instinctu.]

S. m. 1. Fator inato do comportamento dos

animais, variável segundo a espécie, e que se

caracteriza, em determinadas condições, por

atividades elementares e automáticas: o instinto

migratório de certas aves; o instinto de sucção dos

mamíferos.

2. Forças de origem biológica inerentes ao

homem e aos animais superiores, e que atuam, em

geral, de modo inconsciente, mas com finalidade

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precisa, e independentemente de qualquer

aprendizado: instinto gregário; instinto sexual;

instinto maternal.

3. Tendência natural; aptidão inata. Possui

instinto musical; É conciliador por instinto.

4. Impulso espontâneo e alheio à razão;

intuição: Escolheu, por instinto, a pessoa indicada

para o cargo; Seu instinto o levou a cancelar a

viagem. (Dicionário Aurélio Digital Século XXI)

Como visto, o dicionarista, em suas exaustivas

pesquisas, não encontrou uma definição para instinto que o

confundisse com pensamento – desde “fator inato” a impulso

espontâneo e “alheio à razão”, podemos ver que instinto não é

pensamento, e é instinto apenas, o que resta aos animais: um

dispositivo de sobrevivência. Por isso os treinadores de animais

sempre usam alimentos como troféu para motivar seus alunos

que, depois de realizarem seus feitos, recebem sua recompensa

e, com repetições e mais repetições, acabam por associar

odores e formas, e eliminações de alguns obstáculos aos

prêmios que receberam (alimento) nos treinos, e então, quando

expostos novamente a uma situação similar, utilizam-se dessa

ferramenta; que não é pensamento. Aliás, se eles pensassem,

ficariam revoltados ao saberem que foram literalmente

manipulados!

UMA HISTORINHA

Conta-se que um homem queria demonstrar o quanto sua

“macaquinha” era inteligente, na verdade, para ele, essa

inteligência era uma prova de que um dia o ser humano

também já havia sido um “macaquinho”; ou pelo menos um

“priminho dele”. Onde será que ele teve essa ideia? Talvez na

escola! Imagino que você notou a exclamação. Sim, achei

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apropriado colocá-la, porque... Na escola?...! Bom... mais

adiante falaremos um pouco sobre isto. Voltemos à

“macaquinha inteligente”.

CACOS DE UMA TENTATIVA

Voltando ao proprietário da macaquinha “inteligente”,

um dia ele levou alguém em sua casa, alguém a quem ele

queria exibir a inteligência de sua “priminha”; e o fez. (ou

pensou fazê-lo): – macaquinha faça isso. E lá foi ela. – faça

aquilo. E ela foi... Em um dado momento, lá vem a macaquinha

coberta de elogios e trazendo uma pilha de pratos de porcelana

– uma prova inconfundível de confiança – para mostrar ao

visitante o quanto ela era... capaz!

Seu visitante não era um “cientista”, era um homem

simples; mas não precisava de nada diferente do que qualquer

ser humano precisa – bom senso. E foi o que ele usou:

rapidamente ele viu uma linda “palma de banana” em cima da

geladeira e, usando “o pensar”, tirou-a dali e mostrou-a a

esperta macaquinha que, sem perda de tempo, soltou os pratos

ali mesmo onde estava, e correu em busca de seu precioso

alimento! E quanto aos pratos?? Ficaram “aos cacos”, assim

como a engenhosa argumentação de seu dono; o qual percebeu

(eu espero!) que chimpanzés não pensam; não são capazes de

formar ideias, um simples conceito de prioridades.

E AGORA?

Conclui-se, pois, que pensamento não é o mesmo que

instinto, nem, tampouco, é um movimento de átomos no

cérebro, como alguns querem que acreditemos. Pensamentos

são manifestações além da física, estão muito além de uma

estrutura cerebral! Nem tudo que tem cérebro pensa. Como é o

PENSAR... Faz Bem

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caso “da macaquinha da história”. De onde, pois, veio a

capacidade de pensar concedida unicamente ao homem? Ela

não veio do acaso. Não pode ter vindo do “nada”!

Se a faculdade do pensamento não nos foi concedida

por alguém infinitamente sábio, de onde ela poderia ter vindo?

Não resta nenhuma explicação razoável! Inteligência só pode

vir de alguém que já a tenha. Informação necessita de um

“informante”. É por essa razão que a teoria da evolução

ensinada tão insistentemente nas escolas tem caído em

descrédito. Qualquer pessoa que faça uso do simples “bom

senso” perceberá que nada que tenha existido para ser

“naturalmente selecionado” tem capacidade de pensar! E se

nossos pensamentos não passam de meras reações químicas e

átomos em movimentos aleatórios (já que átomos não pensam),

como nós confiaremos neles? Até mesmo o maior dos

pensadores evolucionistas teria seu pensamento reduzido a

nada!

Pensamos! É fato. Não pensamos apenas porque

existimos, mas porque fomos criados para pensar! Somos

homens. Criados à imagem e à semelhança de Deus! Os nossos

pensamentos são uma das inúmeras razões para nunca nos

esquecermos disto. Algumas pessoas que acham o ateísmo

“chique” findam por segurar-se na “pedra solta” da teoria da

evolução, e aí acabam caindo na escalada em busca da verdade!

Não existe possibilidade de toda perfeição do universo e a

complexidade da vida terem surgido do nada e por acaso!

Pense nisso. O pensar é tão importante que até mesmo Charles

Darwin, quando considerava o problema da “mente” (do modo

que ele a conceituava), ficou perturbado: “será que a mente do

homem, que se desenvolveu, conforme creio piamente, a partir

de uma mente tão primitiva quanto à do menor dos animais,

pode ser confiável...? não posso fingir fornecer a menor luz

PENSAR... Faz Bem

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que seja para problemas de difícil compreensão.” (Hunt

Dave,2012,p.142,143)1

Claro que Darwin percebeu a enrascada em que estava

se metendo! Mas... a essa altura, penso eu, o orgulho já

atrapalhava um retorno deste pensador que parecia abandonar a

razão pelo desejo de aparecer! Penso que o que ele precisava

era “pensar melhor” sobre “o porquê do pensamento”! Não é

possível que nossa capacidade de pensar seja a herança de seres

inferiores, os quais, segundo a proposta de Darwin, evoluíram

de outros e outros, a uma regressão até a um pequenino átomo,

que não pode pensar ou decidir coisa alguma! Esses átomos

jamais poderiam ler este pequeno texto. É na certeza de que

nossa faculdade de pensar nos foi concedida pelo Supremo

Criador que este livrinho chega até você. Tudo que virá depois,

só será possível se nós pensarmos. Pensar... faz bem!

Você e eu estamos sempre pensando algo; e, às vezes,

precisamos decidir se pensaremos ou não em alguma coisa em

particular (note que se pensamentos fossem meros movimentos

de átomos não teríamos esse controle). Daqui em diante,

procuraremos falar de coisas que seriam melhores se

pensássemos melhor.

1 Charles Darwin, from his autobiography, HTTP:// skeptically. Ort.thinkersonreligion/id17. Citado por Hunt Dave, Cosmos,criador e o destino humano, p.142,143

PENSAR... Faz Bem

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UM TEMPINHO PARA AS PALAVRAS... (Você pode até chamar de poemas; se quiser)

Existência... Pensamento

Quando penso, penso: por que pensamos?

Já pensei em não pensar

E foi algo impensável.

Penso que...

Pensar é algo que transcende o pensamento.

Pensamos por que existimos?

Mas também existem... Pedras...!

E pedras não pensam!

Existem... Flores... Não pensam!

Logo, não existimos porque pensamos

Nem pensamos apenas porque existimos.

E isso prova que existe

Emanando da consciência

Algo maior que explique,

Tanto o pensamento,

Quanto a existência

Genildo Alves de Lima

20 de fevereiro de 2011

PENSAR... Faz Bem

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Parcialmente Nublado

Numa tarde sem sol e sem chuva,

estou eu a tentar pensar um pouco,

e na indecisão que está o tempo,

eu também já me sinto um tanto tenso

no calor do mormaço, no sufoco...

Mesmo assim, é possível lembrar-me

que os dias são todos coloridos,

e se hoje é cinza, ele vem falar-me

do valor de sua cor aos meus ouvidos.

Aqui tudo é labuta, tudo bem...

E eu preciso lembrar constantemente

que as batalhas a nada suavizam

mas as dificuldades valorizam

as vitórias que teremos mais à frente.

Genildo Alves de Lima

25 de dezembro de 2011

PENSAR... Faz Bem

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Desencontro Encontrado

Quando ando não paro...

Sim, não paro de pensar.

Em que penso?? Vou falar:

Penso no penso que é torto,

no torto dito ser certo;

Quando em busca do “mais perto”,

fazem o certo “empensar.”

Ao amargo, chamam doce.

As trevas chamam de luz.

Perverte-se o que é direito,

capricham em fazer malfeito,

fogem do caminho estreito,

ignora-se a “cruz”

Quando pensando, não ando...

Não ando tão apressado.

E se corro?

Com paciência o faço.

E passando no rio, rio

do relativismo frio,

do encontro desencontrado.

Genildo Alves de Lima

18 de dezembro de 2011

PENSAR... Faz Bem

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O Jardim É O Bastante Oi! Disse o pobre; rico de alegria.

Tim! Uma ideia na cabeça; e passou a noite em...

Claro. Em claro por conta da “conta”, e, por pouco ficou...

Vivo!

Vivo, assim, passando a noite em claro.

A riqueza o diz: Oi, e, num tolo momento, ele

Tim! Uma ideia. Uma falsa ideia!

Falsa, porque dizer alô numa caixinha não me faz...

Rico, nem garante significativa mudança.

Aliás, quem me levou à “caixinha” quer mesmo é ouvir o...

“tim” das minhas moedinhas, e...

Claro, não quer nem saber se para tê-las

Vivo dizendo constantemente

Ôoi!...

Pobre continua sendo... Pobre,

Rico continua sendo rico;

Burguês é burguês. Sabe vender até... Sonhos.

Quer aprender? Eles também vendem o “ensino”.

Você é pobre? Gostaria de não ser?

O burguês fabricou sonhos pra te vender!

Como?? Autoajuda, ora!

Autoajuda que lhe diz que...

Você pode “ter” pra então, “ser”.

E quer saber... Eu já sou.

Não compro mais fiado;

Crediário é o que tenho.

Velhacar?? Isso não me pertence

Talvez... talvez inadimplente...

PENSAR... Faz Bem

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Mas “sou”. Sou muito visado.

Pois já posso “ter”...

Ter TV LCD ...

Visado por 12 meses.

Na “gastura” da fatura,

Tendo e devendo 10 vezes!

É assim... Quem não tem...

Visa... e se sente o...

Máster! E fica...

Hiper feliz. Nem percebe que está se inserindo no...

Diners Club dos devedores!

Mas... há quem diga que dever é nosso... “Dever”;

E “quem não deve não tem”.

Eu?? Eu ouvi de um grande sábio:

Que “quem toma emprestado

é servo de quem empresta”.

Por isso, digo “de testa”

(sei que alguém me entende), não “quem não deve não tem”,

Mas: “quem não deve, não teme”.

Entretanto (alguns), percebem que não são ricos,

Apenas pisaram em seus “jardins”...

E já é o bastante!

Pois quando muito se insiste,

Vai-se aos trancos e barrancos,

O nato burguês persiste,

Vende o que “sequer existe”,

E antes que alguém hesite...

Acaba preso em seus... Bancos!

Genildo Alves de Lima

28 de junho de 2012

PENSAR... Faz Bem

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QUEM NOS GOVERNA?

Vivemos em sociedade, somos pessoas que se organizam em

grupos e montam sua estrutura com base na hierarquia (Na

verdade, a própria natureza sugere tal estrutura). Esses grupos

criam para si um governo que assume formas distintas, de

acordo como procedem para com os governados. Por exemplo,

a monarquia tem um rei, o presidencialismo tem um presidente

e o parlamentarismo tem um primeiro-ministro e os demais.

Independentemente do tipo de governo e sua intensidade no

governar, o governo de tudo está na mão de Deus; Ele está,

absolutamente, no controle.

Mas quanto à esfera terrena, como e quem nos governa?

São pessoas ou sistemas? Naturalmente sistemas são

compostos por pessoas, mas há um diferencial: pessoas têm

sentimentos, ou emoções, e sistemas não; são meramente

guiados por um propósito frio e calculista! Mas como não seria

assim? É verdade, é uma pergunta importante! Se os homens se

organizam em certa hierarquia, inevitavelmente tem-se um

sistema! Então o problema não pode ser atribuído a ele; não

necessariamente. O problema a ser encontrado em um sistema

não pode ser atribuído ao sistema em si, mas no propósito que

o guia: se ele visa o bem de todos ou se é corporativista e sua

estrutura tende a favorecer “membros privilegiados”.

QUEM COMPÕE ESSE SISTEMA?

Quando respondendo a esta pergunta, naturalmente somos

levados a pensar que, no caso da chamada “democracia” de

nosso presidencialismo, todos nós somos integrantes desse

sistema. E de certa forma... sim. Aí, nesse caso, nossa pergunta

seria “como nos governamos”, ao invés de “quem nos

governa”. Então, numa primeira análise, teríamos que:

PENSAR... Faz Bem

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governamos-nos pondo alguém para nos governar! Espere!

Mas isso nos leva novamente à pergunta de partida – quem nos

governa?

De volta à necessidade de saber quem nos governa, nos

damos conta de que tais pessoas ou tal sistema podem estar

governando bem, mal, ou fazendo o melhor que podem. E

mais: como fazer esta avaliação? Como ter a certeza de que

estão fazendo o que podem? Como garantir que não poderia ser

feito melhor? E o que fazer se descobrirmos que não estão nos

governando bem?

NÓS OS ELEGEMOS?

Para efeito técnico nós somos os responsáveis pelos

nossos governantes; fomos nós quem os colocamos lá. Bom,

pelo menos é o que se deduz pelo processo “democrático”

eleitoral: quem obteve mais votos (em alguns casos, na

verdade, foi o partido e não o candidato quem os obteve) é

quem ocupa o cargo. Mas na prática, isso é discutível. E como

é discutível.

O QUE É MESMO VOTAR?

Votar é, numa simples definição, escolher (e isso, até os

órgãos do governo afirmam em suas propagandas ). Mas é

necessário que pensemos quais as motivações que devem levar

a essa escolha. Por que se escolhem certos candidatos e não

outros?

Você já deve ter ouvido falar em voto comprado e

vendido. Pois é; isso é uma realidade. O voto vendido “não é

PENSAR... Faz Bem

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voto”, mas elege. Como se explica isso? O engraçado é que

para muitos candidatos o voto comprado é voto sim; e

disputado entre eles. De fato, quem vende o voto não vota, na

verdade, ao se fazer isso, abre-se mão do direito de votar, pois

não realiza sua legítima vontade de escolha de um candidato,

mas, a escolha de quem lhe ofereceu “o pagamento”.

ESCOLHER NÃO TER ESCOLHA

No comércio eleitoreiro, quem está “por trás do

balcão” (o vendedor) é quem está em desvantagem, porque sua

atitude só demonstra que ele “escolheu não escolher”. Se votar

é manifestar sua opinião na escolha de quem deve assumir um

cargo público, podemos fazer uma modesta ilustração para

entendermos se, de fato, as nossas eleições são realmente

delimitadas pela livre escolha:

Suponhamos que eu lhe ofereça a possibilidade de

escolher entre um refrigerante gelado e um copo de suco de

caju em temperatura natural. E aí, presumo que você olhe com

água na boca para aquela garrafa geladinha de refrigerante, e

até já a imagine sendo posta em seus lábios, e derramando seu

conteúdo refrescante e delicioso em sua garganta; bom, pode

ser que você prefira canudo, eu sei lá... Não importa. Mas aí, de

repente, alguém interessado em alguma vantagem lhe pergunta

“por que não escolher o copo de suco de caju”. “Seria melhor”-

Garante-lhe ele. E ainda lhe diz: Eu mesmo o escolheria. E diz

mais: Se você o escolher lhe pago um sanduíche! E agora,

voltando ao nosso momento de escolha legítima, vamos rever

sua escolha: você preferia o refrigerante não? Se agora mudar

de opinião para o suco de caju, não será sua escolha, será “o

abrir mão dela”. Para onde vai toda aquela história da

garrafinha geladinha sendo posta em seus lábios, conteúdo

PENSAR... Faz Bem

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refrescante, e etc.? Esqueceu-se de tudo? Apenas por um

sanduiche?! Bom, se você for honesto vai se lamentar dizendo:

que chato! Eu queria mesmo aquele refrigerante gelado.

Notemos então, que escolher um presidente, senador,

governador, deputado, prefeito ou vereador, é uma

responsabilidade bem maior que escolher entre um refrigerante

e um copo de suco de caju! “Vender” sua escolha de

refrigerante por um sanduíche e tomar um suco de caju em

temperatura natural é algo que só você pode provar; mas

vender sua escolha de um governo que seria o melhor para

todos... é algo que levará amargor para toda uma sociedade, e

por uma grande porção de tempo!

De posse desta realidade – a de existir “uma escolha

que não é escolha” – nos perguntamos sobre a validade das

nossas eleições. Até onde elas têm legitimidade? Sempre que

chegam os dias da eleição, a maioria das cidades fica agitada,

há uma correria de cabos eleitorais que parecem preocupado

com a possibilidade de seus candidatos não serem os

“escolhidos”. Naturalmente(talvez você pense)! Afinal de

contas, são eles que vão pagar seus salários! Mas o ponto em

questão é: se o povo vai escolher, eles necessitam apenas saber

quem são os candidatos, não é mesmo? Mas a tal correria de

seus cabos eleitorais parece não confiar nesse princípio; ou na

escolha do povo! Parece haver alguém, ou alguns dispostos a

influenciar na decisão. Pagariam até alguns “sanduíches” para

que prefiram o “suco de caju quase quente” ao refrigerante

geladinho.

PENSAR... Faz Bem

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QUEM VENDERIA O SEU VOTO, E POR QUÊ? Já observamos que quem vende o voto abre mão do

direito de votar, ou seja, “escolhe não escolher”. Então quem

escolhe por ele? Provavelmente, só pode ser alguém que tenha

“o poder do capital em suas mãos”. Mas isso não responde a

pergunta: Por que alguém venderia seu voto?

Vender o voto é algo que jamais deveria acontecer,

mas há um ditado dos mais velhos, que diz que “ a necessidade

é irmã da covardia”; e é aí que mora o problema. Apesar de

sabermos que a venda do voto envolve uma questão moral, não

podemos deixar de admitir que se houvesse uma melhor

distribuição de renda, as pessoas não esboçariam a mesma

reação diante do “comprador”. É a necessidade imposta pelo

desemprego e baixos salários, a falta de oportunidades dada aos

nossos jovens, a deficiência de estruturas que não possibilitam

uma boa prestação de serviços no campo da saúde e da

educação, que findam, por isso, funcionando como armadilhas

que encurralam o “eleitor” para esse terrível desfecho!

QUANTO PAGAM POR UM “VOTO?”

Como é que um candidato pode comprar votos se é, por lei,

proibido, e ele pode ser penalizado? Bom, quem faz as leis?

Eles mesmos! Será que eles não deixam nem uma “brechinha”

nessa lei? E, se compram, quanto eles chegam a pagar por um?

Há cidadãos (alguns são chamados especificamente de

“eleitores”, como se vivesse em função disto) que batem no

peito e dizem: “Voto não tem preço!” votei em seu Fulano de

Tal; mas não foi por dinheiro nenhum. “Foi por um favor que

ele me fez”! Permita-me propor mais uma pergunta: Será que

PENSAR... Faz Bem

25

favor não pode ser uma moeda na compra de votos? Vamos ver

algumas formas tradicionalmente usadas para obter votos em

nossa região:

Existe aquele corre-corre da véspera da eleição, onde

candidatos mais ousados, e desprovidos dos valores morais

mais básicos, tentam achar pessoas de igual índole, e arriscar

um acordo. Essa compra de votos é a mais evitada, pois, se

denunciada, pode implicar na perda do mandato.

Alguns candidatos, aproveitando-se do sistema, como já

mencionado acima, ofertam ajuda a famílias carentes ( o que

não faltam em todo o nordeste). É aí onde o velho ditado “a

necessidade é irmã da covardia”, cai bem. No entanto, não seria

inapropriado dizer que ao aproveitar-se da situação deplorável

dessas carentes famílias, tal candidato é o praticante do maior

ato de covardia!

E ainda há uma “jogada” muito sutil (pelo menos é o

que parece): os governantes preferem contratar, mesmo

havendo leis que determinem os concursos públicos. Por que

será? Será porque um funcionário contratado teme perder seu

contrato caso descubra-se que não votou em quem queriam que

ele votasse? Outra questão a ser analisada é: por que de

repente, quando faltam pouco mais de seis meses para as

eleições, principalmente municipais, uma grande quantidade de

pessoas são contratadas? Seria isto uma estratégia eleitoreira?

Seria tal contrato uma moeda de troca para uma

eventual compra de votos?

Hoje, com o salário mínimo de R$ 678,00, um contrato

de seis meses custaria pouco mais de 4 mil reais. Isso parece

um voto muito caro? Bom, não será caro para o candidato! Ele

está usando o dinheiro que não lhe pertence. Sai muito caro

sim, para o cidadão, que tem seus impostos usados

indevidamente, além de não ter garantia de que tal

administrador prestará o devido serviço à comunidade.

PENSAR... Faz Bem

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Diante destas questões, talvez ainda nos reste uma

esperança. Podemos repetir o que nossa democracia nos

convence a pensar: “Somos nós que escolhemos nossos

governantes”. Temos o poder de votar! O voto é uma arma

contra a corrupção presente em nossa política! (hoje já se

admite que a corrupção existe). Mas uma modesta analogia

possivelmente nos ajude a pensar sobre esta batalha onde voto

e corrupção enfrentam-se:

Imagine um cenário onde uma personagem chamada

Corrupção Política empunha uma METRALHADORA

enquanto aguarda seu oponente. Aí vem ele. Ele é um pacato

cidadão, traz em sua mão uma pequena FACA DE COZINHA!

E aí...? Parece um tanto exagerada nossa analogia? A

corrupção do nosso sistema de governo usa armas que, se

comparada com a “ação de votar”, tem a proporção de uma

metralhadora para uma simples faca de cozinha? Como isso se

explica? Como este livrete, repito, não se propõe a responder

perguntas, mas a fomentar suas respostas estimulando o

pensamento, vamos pensar:

Temos que votar em alguém, certo? E votar é escolher,

certo? Mas, quais os critérios dessa escolha? Não é a troca de

favores, ok? Não é a garantia do contrato de trabalho

individual, certo? Não é em troca de 50 ou 100 reais, não é?

Bom, e agora...? Quem garante que a quantidade de votos que

elegeu o candidato “A” foi, legitimamente, maior que a do

candidato “B”, que não conseguiu ser eleito? Veja como

exemplo o voto de legenda. Funciona mais ou menos assim: a

quantidade de votos que um partido adquire elegerá seu

candidato mais votado (Vamos chamá-lo de candidato “A”),

mesmo que ele não tenha conseguido uma quantidade de votos

PENSAR... Faz Bem

27

conquistada pelo candidato B, de outro partido. Por ser de um

partido pequeno, o candidato “B”, honesto, trabalhador e

aparentemente capaz, não pôde ser eleito. Ao passo que seu

oponente, “estrategista fino”, articulou grandes alianças, nas

quais se inclui todo tipo de barganha; usou a “Metralhadora” de

nossa “quase exagerada analogia”. Seu partido pode contar as

facilidades do sistema: não tem médicos nos hospitais, que

bom! Assim, ele pode ofertar uma carona para outro. Não tem

empregos disponíveis, que bom! Ele pode contratar

provisoriamente, para sua rede de lojas, ou até mesmo para o

serviço público, e constranger pessoas a votarem. E etc., etc.,

etc.

Ei! Mas isso é trapaça! Somos tentados a exclamar.

Somos também levados a perguntar: por que nos dão o direito

de votar e ao mesmo tempo o tornam obsoleto, nos impondo tal

poder? Essa resposta deve ser tratada com muita seriedade.

Quem nos governa não é apenas uma pessoa ou um grupo de

pessoas, mas um sistema alimentado por interesses egoístas;

defeitos de seres humanos, presente em todos os homens, em

todas as épocas. Entretanto, são para os que se negam a buscar

o conhecimento, que se reservam as maiores opressões desse

sistema.

Nosso voto não é tanto quanto propagam, mas é “quase

tudo” que temos. Faz-se necessário, além de votar (e me refiro

ao legítimo voto), na medida do possível, levantar a voz em

denúncia a tudo que é moralmente reprovável! Afinal de

contas, nos dizem que quem nos governa presta-nos serviço.

Mas como estar ciente do que é “denunciável?” como

não ser um alienado da moral? Ou melhor: como não ser um

PENSAR... Faz Bem

28

ignorante dos direitos já arduamente conquistados? Somente

uma educação legítima poderia proporcionar respostas

positivas para estas questões; e é esse tema que ocupará nosso

pensar nas próximas linhas.

PENSAR... Faz Bem

29

QUEM EDUCOU OS QUE ME EDUCAM?

A educação é um dos principais temas da mesa de

discussões da atualidade. Sempre que vemos um debate de

candidatos a cargos do executivo, ou uma propaganda no

horário eleitoral gratuito, o candidato e/ou o partido não abre

mão de enfatizar sua “preocupação” com a educação. Mas o

que é educação? Será que os responsáveis por nossa educação

nos oferecem uma educação de qualidade? E o que seria

mesmo educação de qualidade? A tentativa de responder a

estas perguntas pode nos trazer surpresas!

Você já parou para pensar (e pensar faz bem) e se

perguntar, por exemplo, quem e com quais critérios seleciona

nosso currículo escolar? Ou seja, quem decide “o que” e “por

que” devemos estudar aquilo que estudamos? Por que não

lemos um pouco a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da

Educação? Bom, talvez nem haja mesmo incentivo por parte do

governo para que o povo saiba da existência dessa lei! Apesar

de todas estas perguntas serem realmente importantes,

responder o que é EDUCAÇÃO é muito mais urgente. Eis

algumas definições que você pode encontrar no famoso site de

pesquisa Google:

“Meio em que hábitos, costumes e valores são

transmitidos a gerações; processo contínuo das faculdades

físicas, intelectuais e morais; processo que visa o

desenvolvimento...; Processo de aquisição de conhecimentos e

aptidões e etc.”

Quanto à etimologia, educação é apresentada no site

http://etimologias.dechile.net como “uma palavra de origem

latina que foi usada pela primeira vez no vocabulário

PENSAR... Faz Bem

30

eclesiástico do século XVI, e vem do verbo latim educare –

„criar‟, „alimentar‟. Se forma mediante o prefixo e ex – „fora‟, e

o verbo ducere -„guiar‟, „conduzir;‟ originado do indo-europeu

deuk.” 2 Educação portanto, é tirar e conduzir na direção do

conhecimento.

No entanto, há quem apresente a educação sob outro

ponto de vista: “Educação é um condicionamento dado a

indivíduos, com a finalidade de fazê-los receptíveis a uma

forma de vida pré-determinada (por uma classe dominante).”

Essa apresentação da educação a vê como uma “falsa

ideia”, ou seja: os ministérios, secretarias e instituições de

ensino, na verdade, estariam a serviço de interesses de grupos

dominantes; “donos do capital”. Essa visão é oriunda do

marxismo, e aponta o capitalismo como sendo a causa

inevitável para uma educação dessa natureza. Mas por que

haveria grupos dominantes interessados numa perversão da

educação? E como esta educação serviria aos seus interesses?

São perguntas cujas respostas podem nos levar a pensamentos

interessantes... e pensar faz bem. Este pequeno livrete não se

propõe a responder perguntas, mas a estimular pensamentos.

Então vamos elaborar algumas perguntas que talvez nos

ajudem a pensar nas respostas:

Quais seriam os interesses de grupos dominantes em

nos apresentar uma falsa ideia de educação?

A. Seria uma medida protecionista? Ou seja: Se

todos recebessem a “boa educação”, aumentaria

a concorrência pelos melhores empregos

2 http://etimologias.dechile.net/? educar (site espanhol)

Acessado em 20 de março de 2013

PENSAR... Faz Bem

31

(aqueles que possibilitam melhores salários) e os

filhos, ou demais familiares destes grupos

dominantes estariam ameaçados, e por isso eles

(os grupos) articulam ideias que impeçam o

acesso de outros a uma boa educação?

B. A pergunta “A” nos leva à “B”: Como esses

grupos agiriam para que o acesso à boa

educação fosse limitado a alguns? O que

poderiam fazer?

Bom, talvez o melhor caminho para pensar sobre isso,

seja partir de outras perguntas, por exemplo: “Uma vez que

nossos candidatos gastam tanto dinheiro em suas campanhas, é

justo perguntar quem os financiam?” Creio que sua resposta é

sim! Mas aí vem a próxima: Quem os financiam? Infelizmente,

uma parte é os “nossos impostos”, afinal (nos dizem) que eles

“estarão ao nosso serviço!” Mas a maior parte? Quem financia?

Deixe-me dar um chute:

Empresários?

Usineiros?

Latifundiários?

Se meu chute estiver na direção certa... Bem... Podemos

fazer uma sucinta encenação:

Era uma vez um empresário, ou usineiro, ou um

latifundiário, que estava financiando a campanha de certo

candidato, e disse-lhe: se você for eleito, deve lembrar,

naturalmente, que eu tenho grande participação. Mas é claro,

disse o candidato. Então – continua o financiador da campanha

– dê um jeitinho de “maneirar” a concorrência com meus filhos

PENSAR... Faz Bem

32

e apadrinhados; você sabe que não tem como dividir os

melhores empregos com tanta gente! Bom, isso é apenas uma

simulação hipotética. Talvez faça algum sentido. Faz..?

A escola, às vezes, parece ter como única função

promover uma corrida em busca de empregos (isso desvirtua o

real significado do aprendizado), e aí, a deficiência na

distribuição de professores, bem como nas condições de

trabalho e salários oferecidos na esfera pública, parece ser

empecilho para as camadas sociais menos favorecidas.

E quanto aos governantes? Como eles se sairiam se o

povo fosse “devidamente” educado? Digo devidamente porque

já mencionamos uma educação que é conceituada como falsa

ideia. Há um ditado popular, ou como dizem: “um ditado dos

mais velhos”, que diz: “Na terra de cego quem tem um olho é

Rei”. Ainda é atualíssima essa afirmação. Talvez ela fosse uma

boa explicação para a hipótese de que os governantes realmente

não tenham interesse por um grau de conhecimento

razoavelmente elevado para os seus governados. Talvez um

povo que melhor conhecesse seus direitos, por exemplo, desse-

lhe muito trabalho, uma vez que lhes exigiriam mais.

Quando olhamos para a situação de nossas escolas

públicas, nos perguntamos: por que faltam professores de

várias disciplinas para nossos filhos? Ou ainda: por que um

professor ganha tão pouco? (de fato, na região do agreste

alagoano, um funcionário que trabalha no campo cortando cana

de açúcar chega a ganhar o mesmo ou supera a um professor).

Não está se dizendo aqui que um professor seja superior a um

cortador de cana, mais que, todo o esforço demandado pelo

professor para conseguir sua licenciatura parece ter ido de água

abaixo; o que, de fato não gera motivação alguma para que haja

futuros aspirantes a essa profissão. Também não está se

dizendo que o cortador de cana ganha tão bem! Na verdade, o

PENSAR... Faz Bem

33

professor no Brasil ganha “tão mal”! E aí vem mais perguntas

(elas são inevitáveis):

Será que isto é assim porque se eles ganhassem

melhor ensinariam melhor? Será que isso seria

ruim para o governo, que teria dificuldade para

governar um povo que não fosse “cego”, mas

que, pelo contrário, tivesse os dois olhos bem

abertos?

Será que seu compromisso com seus

financiadores de campanhas o impede de

comprometer-se com a boa educação?

Será que é mais fácil enviar computadores, carteiras e cadeiras (quando enviam), estantes e

até mesmo livros, que enviar professores,

porque fazendo assim se pode barganhar o

apoio desses fornecedores, enquanto que

professores não garantiriam o mesmo apoio? Se

é assim, poderíamos dizer que é honesta essa

atitude dos governantes?

Bom, pelo menos “na tv” temos visto que os governos

parecem se preocuparem com a educação. Recentemente um

programa do governo federal comemorava e conclamava a

todos para atingirem uma meta: “toda criança precisava

aprender ler até seus oito anos”. Bem, mas aprender ler seria

resolver o problema da educação? É de fato um grande passo

na direção certa. Mas será que esta é a motivação? Hoje, não

saber ler é um empecilho para nosso sistema capitalista: Sem

ler não se pode usar celular, não se joga videogame, não se

acessam redes sociais e, consequentemente, não se lêem

PENSAR... Faz Bem

34

propagandas. Que poder de convencimento teriam os outdoors

com anúncios para crianças se só os adultos o lessem?

Em momento algum, este livrete sequer insinua qualquer

culpa de nossos professores, mas sente a necessidade de se

fazer e, se possível, responder à pergunta: quem educou os que

me educam? Nossos educadores seguem um currículo, e é

verdade que até podem “elaborar” um PPP para suas escolas,

mas uma gestão democrática ainda é tema de acirrada

discussão no meio acadêmico. Uma possibilidade real, e que

deve ser razão de nos fazer pensar, é que a educação a nós

oferecida seja, de fato, como já mencionado, “um

condicionamento dado ao indivíduo, com a finalidade de fazê-

lo receptível a uma forma de vida pré-determinada (por uma

classe dominante).” E isto, a fim de fazê-lo “obediente” a um

sistema, contra o qual espera-se que ele jamais se rebele.

Ah! Mas nós temos visto alguns, que mesmo sendo

pessoas carentes têm tido êxito em seus estudos, e conquistado

o mesmo lugar no pódio com pessoas consideradas de alto

poder aquisitivo. Mesmo estudando em escolas públicas com

todas as suas dificuldades. É verdade. O menos favorecido

financeiramente não é menos capaz que o filho do empresário;

ambos podem chegar ao pódio. Mas, se imaginarmos essa

competição comparando-a a uma corrida de barco, precisamos

fazer uma pequena distinção: o “filhinho de papai” vai de barco

a motor, enquanto o filho do assalariado vai de barco à vela, e

ainda lhe faltam bons ventos; portanto, ele também chega, mais

precisa por as mãos no remo, sem reservas; precisa fazer mais

força!

Portanto, se “quem educou os que nos educam”, ou seja,

quem elaborou o sistema curricular, e o patrocina, não parece

estar preocupado com uma legítima educação; e ainda por

PENSAR... Faz Bem

35

cima, a educação oferecida permanece elitizada; cabe ao aluno

pensar sobre isso, e dobrar seu esforço, para não perder espaço

no mundo do trabalho. Não se distrair com os brinquedos

eletrônicos que a atualidade oferece; por incrível que pareça,

eles também parecem conspirar contra a boa educação.

Se o leitor é um desses alunos que enfrentou as

dificuldades de nossas escolas públicas, não há necessidade de

desdenhar-se. Você também pode chegar ao pódio. Porém,

como já dito, lhe será necessário maior dose de esforço.

Lembre-se: seu barco é à vela, e há muitos a motor na mesma

competição!

PENSAR... Faz Bem

36

O QUE FAREMOS NO FUTURO?

O futuro já chegou! Quem ainda não ouviu essa frase? O futuro

já chegou, em que sentido? Geralmente usa-se tal expressão

como um sintoma de “autossuficiência tecnológica.” É uma

maneira de dizer que temos a tecnologia que parece coisa de

ficção! E que, por isso, estamos muitos anos à frente nesse

quesito. Na realidade, o futuro está tão à frente quanto o

passado está bem atrás. E uma coisa deveria ser a nossa

preocupação: Onde e como viveremos?

Ocupamo-nos de questões que nos fazem pensar sobre

formas de governos, a educação que nos é proporcionada e,

mesmo, no que seria, de fato, “educação”. Tudo isso só foi

possível porque somos seres pensantes; fomos privilegiados

com a faculdade de pensar. Conduzimos inteligência e,

naturalmente, não podemos ter vindo de nada além de um

Criador inteligente.

O futuro terá muitas surpresas, mas no presente somos

constantemente convidados a batalhar por um futuro melhor.

Não obstante todas as questões levantadas neste pequeno

livrete exigirem uma ação, tanto individual quanto coletiva, há

uma ação que só pode ser individual! É a ação que diz respeito

ao nosso ser na eternidade. Mas há mesmo uma eternidade?

Talvez você pergunte. Bom, se chegamos a um acordo quanto à

capacidade de pensar, e percebemos que temos uma “mente”

que é não- física e que, por isso, está além do cérebro,

deveríamos sentir a curiosidade de saber o que acontecerá a ela

quando este corpo físico se for!

Todos; não importa sua nacionalidade ou religião,

almejam um futuro feliz. E também podemos fazer algumas

coisas que contribuam para nossa felicidade e a dos demais.

Podemos começar em casa, dar continuidade na escola ou no

trabalho. Pode-se fazer isso a partir de algum conhecimento e

PENSAR... Faz Bem

37

da força de vontade. Mas é preciso que se entenda o que é

mesmo felicidade para que haja um futuro, verdadeiramente,

feliz.

Costuma-se atribuir aos chamados “tempos pós-

modernos”, aquela capacidade, e necessidade, que o homem ou

a mulher tem, de poder rir por fora enquanto está cheio de

conflitos por dentro. Alguns dizem que isso é peculiar ao

homem da atualidade. Mas na verdade, a vida do ser humano

sempre foi assim: a fim de contribuir com o bem de outros, às

vezes ter a força de vontade e esconder até algumas mágoas

que carregamos no peito. Isso pode ser visto, por exemplo, nos

versos de um saudoso poeta do agreste alagoano. (e note a data

no final):

Murmuram quando eu passo pela rua

(Com o ar de quem vive satisfeito)

“que mancebo feliz”. Mas no meu peito

Pouco a pouca a magoa s‟assentua.(sic)

Eu passo com o ar de quem flutua

Nas ondas d‟alegria porem desfeito (sic)

Tenho o coração. E com este jeito

De quem vive feliz; ando na rua.

Maceió, 1939

(Bolívar Valle Ferro - Sombras D‟alma, P.36. 2ª

Ed.[limitada a amigos e familiares])3

Mas apesar deste mundo ser um lugar onde os

problemas sempre estarão acontecendo em maior ou menor

escala, pode-se pensar no futuro e ter a garantia de uma real

3 Exemplar disponível na biblioteca da Escola Estadual Prof. José Félix de C. Alves – Centro São Sebastião - Al

PENSAR... Faz Bem

38

felicidade, que vá além de uma “técnica de demonstração de

sorrisos” enquanto mágoas inundam o interior.

O futuro é real, e preocupar-se com ele é uma ação

lógica do pensamento. E por mais que o mundo capitalista

queira propagar que “ter bens materiais equivale a ser feliz”

não eliminará as incertezas quanto ao futuro. Basta

lembrarmos, por exemplo, que um condenado à morte não

pode estar “feliz” mesmo que lhe garantam que os dias

anteriores a sua execução serão de muitos “comes e bebes”!

Com certeza seria feliz aquele que, mesmo sem muita coisa

para comer, tivesse a garantia de que continuaria vivo.

Há uma preocupação com o futuro. Muitas pessoas e

instituições dão voz a essa afirmação. Cada uma destas vozes

afirma querer “o melhor para o mundo”. A grande questão é: O

que é o melhor?

Um resumo de dois dos temas vagamente tratados aqui,

a saber: “Os nossos governantes e nosso sistema educacional”,

pode ter seu desfecho na plataforma da educação: Uma

tendência de suprimir as referências a Deus dentro do espaço

escolar. Essa ideia acha espaço nos interesses de um governo

ilegítimo; carregado de egocentrismo e cujo desejo é perpetuar

seu domínio.

Costuma-se debater nas salas de aulas das universidades

se é a escola que influencia a sociedade ou se é o contrário. A

resposta parece andar em círculo. Mas, quando se observa a

forte pressão para eliminar as referencias a Deus nas escolas,

nota-se que elas “vêm de fora para dentro,” mesmo que usem

(naturalmente) algumas “células” dentro do ambiente escolar.

Muitos dos atuais formadores de opiniões tentam incutir em

nossos jovens que tal mudança seria o caminho para um mundo

melhor. Seria mesmo bom? Em outra ocasião, o autor (deste

pequeno livrete) conclui:

PENSAR... Faz Bem

39

Se em algum momento a escola suprimir as referências ao

Criador (o que já vem acontecendo em alguns livros

didáticos, por exemplo, os livros de história, geografia e

biologia quando tratam da origem da vida), o que teremos

será uma “catástrofe pedagógica” que só servirá,

temporariamente, aos poderosos capitalistas que vivem de

explorar comercialmente cada ser humano, e para isso não

querem obstáculo algum; principalmente o conhecimento

sobre Deus, que traz a ética, a moral, a sobriedade e outras

qualidades que o homem, por si só, jamais terá. Uma geração

de homens sem propósitos, cujo princípio não passou de uma

coincidência de fatores físico-químicos que “o nada

produziu numa explosão” não passará de uma sociedade que

se autodestruirá na própria busca desesperada pelo desejo de

perpetuar-se! Pois tendo como perspectiva a ideia de que

veio do nada e para o nada se destina, apenas lhe restará a

motivação de sobreviver e viver para agradar a si mesmo,

mesmo quando para isso tenha que suprimir seu semelhante.

Esses formadores de opiniões não escondem o que realmente

não querem: “submeterem-se a um padrão moral superior”.

(...) Uma sociedade melhor não se fará com uma escola sem

Deus. Ele é a fonte do bem, de onde provém “o melhor”.

Alunos que não tenham a Deus como o maior referencial não

poderão, jamais, serem sujeitos “interventores-contribuintes-

benéficos” da sociedade. Os defensores do “laicismo

extremado” apresentam uma escola sem qualquer referência

a Deus como sendo algo “bom” para a humanidade. Mas

seria mesmo bom o bom que querem que seja? Um bom

cidadão, um interventor-contribuinte-benéfico diria que a

verdade absoluta está na resposta:Não!

(www.sagradasletras.webnode.com/news/seria-mesmo-bom-

o-bom-que-querem-que-seja/)

PENSAR... Faz Bem

40

FELICIDADE... QUANTO VOCÊ PAGA

POR ELA?

É visível em nossos dias uma corrida frenética em busca da

felicidade. A grande maioria a entende como uma

“autorrealização”; como a “obtenção de conforto material”.

Tanto é, que o mundo capitalista já adaptou suas armas de

persuasão comercial a esta fraqueza (que ele mesmo a

alimenta) e tem criado seguimentos lucrativos no mercado.

Todo comercial na TV e na mídia em geral, exibe “rostinhos

sorrindo” e, geralmente, trazendo nas mãos as chaves dum

automóvel de última geração, ou tendo ao fundo “a casa dos

sonhos”. Ah! A propósito: os livros de autoajuda e as religiões

orientais (disfarçadas de filosofias de vida) também aproveitam

a oportunidade para venderem suas ideias e “receitas místicas –

a força do pensamento positivo; o poder da mente”.

Mas não para por aí: inúmeras denominações religiosas,

daqui mesmo, do ocidente, aprenderam rápido tirar vantagem

desta obsessão por autorrealização. Por isso lançam sua

“mensagem” sempre convidando o povo a “investir em Deus”.

“Fulano deu tanto, e agora já tem tanto!” – Gritam eles. “Não

aceite viver assim”. “se revolte!” “Prove que você tem fé!”( e

aí o “termômetro” será o tamanho da doação!).

Como demonstrado acima, tanto a secularidade quanto

a ilegitimidade religiosa tem explorado aqueles que acreditam,

de alguma forma, estarem buscando a felicidade. Isso acontece

porque o conceito de felicidade tem sido paulatinamente

distorcido; e isso, para a alegria de dois reinos: do capitalismo

e do Inimigo de nossas almas.

O que é mesmo FELICIDADE? Quem a pode, de fato,

nos oferecer? A bíblia nos responde:

“BEM-AVENTURADO aquele que teme ao SENHOR

e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho

PENSAR... Faz Bem

41

das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem” (SALMO

128.1,2).

Somente estando em CRISTO JESUS se pode desfrutar

da real FELICIDADE!

Na esperança de que este pequeno texto seja edificante,

desde já saúdo a todos com um dia repleto de felicidade plena!

Fraternalmente,

________________________

Ir. Genildo Alves de Lima

Eu escrevi o pequeno texto acima e o distribuí na fila do

banco com a intenção de fazer com que as pessoas refletissem

um pouco sobre felicidade. Já que as filas de banco recebem

dezenas de pessoas que estão em busca de empréstimos

financeiros para quitar seus débitos, ou adquirir bens, achei que

para o maior bem, elas deviam lembrar que o nosso sistema

capitalista não dá “o que parece estar oferecendo!” Os “sorrisos

largos” nos cartazes que ofertam essas ajudas insinuam que

seus usuários descobriram “o segredo da felicidade”. No

entanto, nada poderia estar tão longe da verdade! A felicidade é

possível sim. Mas... Quanto se pagaria por ela?

Na verdade, bem antes de respondermos esta pergunta,

precisamos estar certos do conceito de felicidade. Para os

filósofos dos tempos antigos e para os da atualidade, felicidade

sempre foi um tema a ser debatido. Para Platão, a felicidade

estava ligada à virtude; para Aristóteles, ser feliz era o sentir-se

realizado com aquilo que se tem, quer seja muito, quer seja

pouco. Para Kant, a felicidade estava ligada à realização

pessoal impulsionada pelo desejo daquilo que ele considera o

“agrado da vida”. Mas teria mesmo felicidade tal conceituação?

Mesmo que as afirmações destes filósofos, bem como

de outros estejam parcialmente corretas, o que temos visto é

que a ideia de felicidade como sendo autorrealização tem sido

PENSAR... Faz Bem

42

um “prato cheio” para os aproveitadores. Eles vêm de várias

direções, mas o capitalismo só, ou acompanhado com algumas

denominações religiosas que tem posto a venda às “bênçãos” ,

são os principais protagonistas.

A verdadeira felicidade só será encontrada em Deus! E

isso, na pessoa de seu Filho – Jesus Cristo, que por nós deu a

vida. Ele disse: “... Eu vim para que tenham vida, e tenham

com abundância”( Jo. 10.10). Todos os que verdadeiramente

estão em Cristo, são felizes. Penso que posso definir felicidade

como “...o repouso em um estado de total segurança, e por

toda a eternidade!”4

Nosso pequeno livro evoca a importância do pensar, e

esse “pensar” nos leva, inevitavelmente, à convicção de que

somos criaturas de um Criador onisciente, onipotente e todo-

perfeito. O desejo de felicidade é uma prova da existência de

valores morais, os quais vão além do que é físico. A real

felicidade espera a todos. E muitos já dão testemunho de tê-la.

Pensar sobre isso é importante. Pensar faz bem, mas pensar na

real felicidade... Faz muito mais!

4 Extraído do periódico Sagradas Letras – fevereiro de 2013. Disponível no

site WWW.sagradasletras.webnode.com

PENSAR... Faz Bem

43

CONCLUSÃO

Tudo que foi tratado aqui é de grande importância se

levado a um espaço de discussões mais apuradas, que vise um

maior compartilhar dessas ideias e, consequentemente, uma

cobrança mais intensa àqueles que exercem cargos públicos.

Empenhar-se nesse propósito é válido, e mesmo que a ação

individual não consiga evitar todos os males deste mundo, por

certo, ela surtirá algum efeito: ela retardará esse processo

degenerativo que o corrói. O mal que afeta a humanidade pode

ser comparado com uma “bola de neve” – só cresce. Talvez

não se possa pará-la, mas, quanto mais obstáculos se puder

colocar diante dela, mais tempo ela levará para atingir seu

maior tamanho e causar a maior destruição. Não obstante,

como já foi mencionado no início, Deus está no controle de

tudo!

A essa altura do texto o leitor já deve ter percebido a

citação de alguns provérbios que geralmente chamamos de

ditado popular ou “ditado dos mais velhos”. Eles fazem parte

do aspecto do conhecimento humano conhecido como “senso

comum”, um conhecimento fundamentado nas experiências do

dia a dia. Com essa alusão a eles, pretende-se enfatizar aqui, a

importância de se valorizar as pessoas idosas, bem como suas

experiências. O autor deste pequeno livrete lamenta o crescente

abandono desta realidade: “com os mais velhos há sábios

conselhos, pois eles já passaram por etapas que, em maior ou

menor intensidade, lhes acrescentaram sabedoria que

dificilmente seria descartável, mesmo para dias como os

PENSAR... Faz Bem

44

nossos, nos quais as informações se difundem com expressiva

velocidade.”

É igualmente difícil para o autor, concluir essa jornada

pensante, sem apresentar as palavras de um dos homens mais

sábios que já existiram. Um homem cuja sabedoria lhe veio da

própria fonte do saber. De fato, é nosso dever procurar ser um

contribuinte benéfico para as futuras sociedades. Mas o maior e

mais urgente dever nos é comunicado por este homem sábio.

Ele pôde experimentar todas as ofertas da vida, e sofrer,

consequentemente, todas as decepções que se pode conhecer.

Então ele pôde entender e admitir que tudo aqui é vaidade, é

passageiro; então, assim resumiu todo seu esforço em tentar

explicar a vida:

De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus,

e guarda os seus mandamentos; porque isto é o

dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a

juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto,

quer seja bom, quer seja mau (Ec.12.13,14).5

Somos seres pensantes. Pensando podemos contribuir

para uma vida melhor, mesmo neste mundo conturbado por

5 Eclesiastes – Bíblia Sagrada ed. ARCF ( O livro de Eclesiastes – o

pregador – tem sua autoria atribuída ao Rei Salomão, este foi o filho de

Davi que, quando orava a Deus, optou por pedir sabedoria ao invés de

riquezas, e findou por ser tão sábio que tornou-se um dos reis mais ricos

daquele tempo.)

PENSAR... Faz Bem

45

tanta corrupção. Mas, individualmente, devemos priorizar um

pensamento – o dever de todo o homem!

PENSAR... Faz Bem

46

BIBLIOGRAFIA

AURÉLIO século XXI, Dicionário Digital

BÍBLIA SAGRADA. Edição Almeida Corrigida Fiel (ARCF)

FERRO, Bolívar Valle. Sombras D‟alma. 2ª Ed. (limitada a

familiares e amigos): São Sebastião - Al, 1994

HUNT, Dave, Cosmos, Criador e o Destino Humano:

respondendo a Darwin, Dawkins e aos novos ateístas. Tradução

de Enrico Pasquine – Porto Alegre: Actual, Edições, 2012

http://etimologias.dechile.net/? educar

Acessado em 20 de março de 2013

http://sagradasletras.webnode.com/felicidade-/

Acessado em 15 de março de 2013

KANT, Immanuel. A crítica da razão prática. Traduzido por

Antonio Carlos Braga. São Paulo: Escala, 2006 (Coleção

Grandes Obras Do Pensamento Universal – 62)

PENSAR... Faz Bem

TUDO QUE TEMOS...

Em alguns textos deste livrete mencionou-se o Capitalismo, que é

um Sistema econômico e social fundamentado na propriedade

privada dos meios de produção, visando o lucro e é fortemente

caracterizado pela “mais valia”. A ideia que se opõe ao capitalismo é

o socialismo, que prega a prioridade dos interesses sociais sobre os

individuais, e defende distribuição igualitária da renda. Os ideais do

socialismo, que culminam no comunismo, seriam bons, se pudessem

ser levados a cabo, mas não passam de ideais; por uma única razão: a

matéria prima para efetivar tal ação – o homem. O homem é o seu

próprio problema!

Embora não se possa dizer o mesmo do capitalismo, uma

coisa é certa: um mundo onde a distribuição de renda fosse mais

justa é o ideal, mas o mundo real é o que temos; e o que temos nesse

mundo real é o capitalismo. Por isso, deve-se levar isso a sério, e não

abrir mão de qualquer oportunidade. O espaço escolar deve ser

aproveitado em sua integralidade e sem nenhuma perda de tempo.

Não faz sentido, por exemplo, a depreciação do patrimônio

público por parte de “alguns alunos”. Se admitirmos que a estrutura

oferecida para o espaço escolar deixa muito a desejar, por que não

preservarmos o pouco que temos pelo maior tempo possível? Se você

é um aluno do ensino médio em uma escola pública, já tem

obstáculos demais! Não faz sentido criar mais alguns!! Lembre-se:

você está numa competição onde seus oponentes (isso é inevitável no

capitalismo) estão em barcos a motor e você tem que remar se quiser

chegar ao destino!

PENSAR... Faz Bem

UMA DICA

Você já experimentou usar seu celular como um aliado nos

estudos?

Por exemplo, se seu aparelho celular dispõe de um

gravador de voz, você pode ler um texto, gravá-lo, e reproduzi-

lo quantas vezes necessitar. Isso pode facilitar sua

memorização e, consequentemente, seu aprendizado!

Ah! Por falar em tecnologia, lembre-se: A internet é

uma grande aliada, mas pode tornar-se sua grande inimiga!

Não perca tempo com “bobagens”, ou seja, coisas que

não contribuirão para seu amadurecimento intelectual;

aproveite o tempo para ver complementos para as disciplinas

que você já vem acompanhando na escola ou em bons livros.

E, tenha muito cuidado com sites inseguros e de procedência

duvidosa. Os livros ainda é o meio mais seguro para uma

análise fidedigna, pois eles têm uma referência bibliográfica

bem mais transparente.

UMA DICA

Desligar seu celular durante a aula é muito

importante. Os colegas geralmente enviam

mensagens, que na maioria das vezes são apenas para

descontração, mas a hora da aula é de muita

seriedade, e cada momento deve ser devidamente

aproveitado! Afinal de contas, foi para isto que você

se deslocou até lá.

PENSAR... Faz Bem

CABEÇAS PENSANTES “A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são

doces.”

Aristóteles

"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós

sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por

isso aprendemos sempre."

Paulo Freire

"Um professor pode levá-lo até a porta, mas abri-la é com

você."

Provérbio Chinês

Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com

retorno garantido.

Sir Arthur Lewis

“A inteligência e o caráter é o objetivo da verdadeira

educação.”

Martin Luther King

“ A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria,

emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento.”

Bíblia Sagrada: Prov.4.7

“ O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos

desprezam a sabedoria e a instrução.”

Bíblia Sagrada: Prov.1.7

PENSAR... Faz Bem