pensamentos - thomas merton

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Sem título PENSAMENTOS - Thomas Merton oração “Para entender corretamente a oração temos de considerá-la nesse encontro com nossa liberdade, emergindo dos abismos de nosso nada e de nosso subdesenvolvimento, ao chamado de Deus. Oração é liberdade e afirmação brotando do nada, transformando-se em amor. Oração é o florescer de nossa mais íntima liberdade, em resposta à Palavra de Deus. Oração não é só diálogo com Deus, é a comunhão de nossa liberdade com a ilimitada liberdade de Deus; com Deus espírito infinito. Oração é a elevação de nossa liberdade limitada ao nível da infinita liberdade do espírito e do amor divinos.É, ainda, o encontro de nossa liberdade com a caridade que tudo envolve e não conhece limites nem obstáculos.” Página 1

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  • Sem ttuloPENSAMENTOS - Thomas Merton

    orao

    Para entender corretamente a orao temos de consider-la nesse encontro com nossa liberdade, emergindo dos abismos de nosso nada e de nosso subdesenvolvimento, ao chamado de Deus. Orao liberdade e afirmao brotando do nada, transformando-se em amor. Orao o florescer de nossa mais ntima liberdade, em resposta Palavra de Deus. Orao no s dilogo com Deus, a comunho de nossa liberdade com a ilimitada liberdade de Deus; com Deus esprito infinito. Orao a elevaode nossa liberdade limitada ao nvel da infinita liberdade do esprito e do amor divinos., ainda, o encontro de nossa liberdade com a caridade que tudo envolve e no conhece limites nem obstculos.

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  • Sem ttulo

    Cap.9 Somos um s Homem

    -Cristo orou para que todos fssemos Um, como Ele e o Pai so Um, na unidade do Esprito Santo. Quanto mais nos identificamos com Deus, mais nos identificaremos com todosos que com Ele esto identificados

    -Quanto mais estamos em solido, tanto mais estamos juntos e quanto mais em sociedade com os outros a verdadeira sociedade da caridade, no a da cidade e dos grandes grupos tanto mais estamos a ss com Deus.

    -Se eu e voc nos tornamos aquilo que estamosdestinados a ser, descobrimos que estamos vivendo em Cristo e Cristo em ns e que todos somos um em Cristo e Ele que ama em ns.

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  • Sem ttuloCap. 10 Um corpo de ossos quebrados(Este captulo exerceu forte influncia no grupo, gerando muitos comentrios. Um dos participante disse: samos vazios de ns mesmos e cheios de Deus e de amor ao prximo!)

    -Deus um fogo consumidor, s Ele pode nos refinar como o ouro no cadinho, separando a escria e as impurezas. Enquanto no permitirmos que seu Amor nos consuma inteiramente, para nele nos unirmos, o ouro que se encontra em ns, permanecer oculto pela rocha e a escria que nos separam um do outro

    -No mundo inteiro, em todos os tempos Cristo sofre as dores do desmembramento. O corpo fsico de Cristo foi crucificado, mas o corpo mstico retalhado, esquartejado. As chagas dadesunio geram guerras, massacres, dios,

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  • Sem ttulomatanas, torturas, destruio, fome, guerras atmicas. Cristo massacrado em seus membros, Deus assassinado nos homens.-Fomos criados para encontrar nossa identidade no Corpo Mstico de Cristo, no qual nos completamos. Enquanto estivermos neste mundo, o amor que nos une nos far sofrer, porque este amor a reconstruo de um corpo de ossos quebrados.

    -H duas coisas que podemos fazer com a dor causada pela desunio: podemos amar ou odiar. O dio se encolhe diante do sacrifcio e da dor, que so o preo da reposio dos ossos.O dio tenta curar a desunio pelo aniquilamento dos que no esto unidos a ns. Procura a paz eliminando todos exceto ns mesmos.

    -Deus se entregou Cruz por compaixo. Venceu a morte e abriu os olhos dos homens

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  • Sem ttuloao Amor, ao Perdo, mas os homens rejeitam esta revelao divina e em vez de servir ao Deus do Amor, servem ao Deus do dio.

    -Para servir ao Deus do Amor preciso ser livre, preciso tomar conscincia da terrvel responsabilidade que a deciso de amarmos apesar de toda a indignidade que h em ns mesmos e nos outros.

    -O amor, pela aceitao da dor causada pela reunio, inicia o trabalho de curar as chagas.

    -A resposta crist ao dio no o preceito de amar, mas o preceito que vem antes: o de crer. A raiz do amor cristo no a vontade de amare sim a F, que nos faz crer sermos amados. Crer no Amor de Deus por ns, independente da nossa indignidade.

    -Enquanto esta descoberta no se fizer,

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  • Sem ttuloenquanto esta libertao no for concretizada pela misericrdia divina, o homem ser aprisionado pelo dio.

    - o ter compaixo, o aprender a participar dasalegrias e dores alheias, at de grupos hostis.

    -No poderei tratar os outros como homens se no tiver compaixo delesSe me recusar a faz-lo estarei desobedecendo a vontade de Deus. No se trata, portanto, de coisa deixada ao capricho subjetivo.

    -A contemplao um dom que no concedido a quem no consente em fazer a vontade de Deus. Portanto impossvel a quem no se esfora por ter compaixo para com os outros.

    Cap. 11 Aprender a estar s

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  • Sem ttulo-A solido mais autntica no algo externo a ns. um abismo que se abre no centro da nossa alma e uma plenitude cujos limites se estendem ao infinito.

    -Que haja um lugar em que seja possvel respirar tranquila e naturalmente, sem sermos continuamente forados a uma respirao arquejante.

    - importante um lugar onde nossa mente possa estar em repouso e em silncio adorar aoPai.

    Cap. 12 O Corao puro

    -A busca da soledade interior que TM chama de liberdade espiritual exige esforo consciente.Pode-se dizer de um modo geral, que no

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  • Sem ttulopossvel haver vida contemplativa sem autodisciplina asctica.

    -A vida no pode ser vivida em um nvel humano sem os prazeres legtimos. preciso ser capaz de us-los, sem ser dominado por uma necessidade incontrolvel.

    -Para se considerar um ser livre a pessoa no pode ser serva dos impulsos dos sentidos. A auto disciplina e o auto controle so essenciais vida interior, vida de orao. O controle sobre as paixes exige esforo, vigilncia, pacincia, humildade e confiana na Graa divina.

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