peixes - apostila de criao de

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RECOMENDAMOS EXIBIÇÃO DE 200% NO ACROBAT READER PARA MELHOR APROVEITAMENTO!

Apostila de criação de peixes!

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ÍNDICE Introdução................................................................................................1 Biologia dos Peixes .................................................................................2 Preparo dos Viveiros ...............................................................................6 Rotina de Manutenção dos Viveiros .......................................................8 Monitoramento da Qualidade da Água ...................................................9 - Temperatura ..........................................................................................10 - Oxigênio ................................................................................................11 - Amônia ..................................................................................................13 - Nitrito & Nitrato....................................................................................14 - Alcalinidade ..........................................................................................15 - Gás Carbônico .......................................................................................16 - pH..........................................................................................................17 - Espuma ..................................................................................................17 - Luminosidade ........................................................................................18 Cuidados com o biofiltro .........................................................................19 Cuidados com o Sistema de Produção ....................................................20 Estocagem da Ração................................................................................21 Arraçoamento ..........................................................................................22 Doenças e Estresse ..................................................................................27 Construção de Viveiros ...........................................................................28 Cuidados Especiais Durante o Manejo....................................................47 Técnicas de Despesca e Comercialização ...............................................49 - Depuração..............................................................................................49 - Despesca................................................................................................50 - Venda de Pescados Resfriados..............................................................51 - Venda de Peixes Vivos..........................................................................51 - Venda de Peixes Congelados ................................................................53 Rotina de Trabalho ..................................................................................56 Controle de Produção ..............................................................................57 Saúde e Segurança no Trabalho ..............................................................58

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INTRODUÇÃO A piscicultura tem sua origem na China, quando monges capturavam alevinos de carpas e faziam a engorda em cativeiro a fim de se ter o pescado a qualquer época do ano. No Japão, a criação de carpas em cativeiro era feita em tanques dentro das residências e isso possibilitou o aparecimento de animais coloridos, que através de melhoramento genético, deu origem as carpas Nishikigoi, conhecidas como as “jóias que nadam”. A partir destas criações rudimentares, a observação e a criatividade daqueles que se dedicaram a esta atividade fizeram com que a criação de peixes evoluísse e nos dias de hoje se torne um ramo da zootecnia com um dos maiores índices de crescimento no mundo. Enquanto que na piscicultura podemos obter produtividade acima de 10 toneladas de pescado por hectare com baixo custo, a produção de carne bovina em área correspondente, não passa de 60 quilos. A piscicultura possibilita o melhor uso racional de área como alagados, rios, represas, áreas escavadas por olarias, mangues, etc. Por ser o peixe um indicador de qualidade da água, sua criação não compromete os recursos hídricos como as demais explorações zootécnicas. Podemos dividir a piscicultura em três modalidades, a extensiva, semi-intensiva e a intensiva. No primeiro caso podemos considerar criação de pescado em que os peixes não recebem alimentos, vivendo apenas da produção primária, ou seja, o seu único alimento são os microorganismos que ele encontra na água. A segunda modalidade, os peixes recebem uma suplementação alimentar que completa a dieta de microorganismos. Já a criação intensiva, além do peixe ser alimentado com ração balanceada, o seu cultivo é feito em tanques apropriados onde a disponibilidade de oxigênio, e as demais características da água são controladas. Categoria Produtividade p/hectare Alimentação Controle do tanque extensivo 3 a 4 toneladas plâncton nenhum

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semi intensivo 5 a 7 toneladas plâncton nenhum intensivo 10 a 30 toneladas ração balanceada O2 - pH -transp. super intensivo 250 a 500 ton. ração balanceada DBO - DQO - O

2 D - pH – NH

4 -

Temperatura

BIOLOGIA DOS PEIXES

Os peixes são animais que possuem coluna vertebral, que habitam exclusivamente o meio aquático, pecilotérmicos, de respiração branquial, estrutura formada por filamentos ricos em vasos sangüíneos, localizadas em cada lateral da cabeça e que permite a absorção do oxigênio e da eliminação do gás carbônico, possuem um cérebro protegido por um crânio, coração com duas cavidades e o corpo dividido em duas partes iguais. Seu corpo apresenta geralmente o formato fusiforme (comprido lateralmente e afilado nas extremidades e que confere ao peixe uma forma hidrodinâmica), revestido ou não por escamas e por uma camada de muco que lhe lubrifica a pele, facilitando seu deslocamento na água e reduzindo o ataque de microorganismos. Para o seu deslocamento o peixe utiliza movimentos de cauda e de nadadeiras, que geralmente são 2 peitorais, 2 abdominais, 1 a 2 dorsais, 1 caudal e 1 anal. Na lateral do seu corpo podemos observar a presença de uma linha lateral, que pode ser contínua, e que é repleta por células sensoriais que captam as vibrações na água. O alimento é capturado pela boca que é adaptada para cada tipo de dieta, ou seja, para peixes filtradores de plâncton, a boca aspira a água e retém o plâncton nos rastros branquiais (estruturas que filtram o material sólido que está na água), os peixes herbívoros possuem dentição ou formato da boca apropriados para comer plantas e algas, os peixes carnívoros conseguem apreender suas presas

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graças a adaptação de sua boca e dentição, finalmente temos os peixes que vivem no fundo, que para se alimentarem do lodo, adaptou sua boca de maneira que pode sugar os sedimentos. O alimento passa da boca para a faringe, através de um curto esôfago atingindo o estômago. Este tem a forma de U e situa-se sob o fígado, que é de coloração marrom. A digestão começa no estômago, onde, sob a ação de enzimas, o alimento fica liqüefeito finamente dividido. Através da válvula Piloro o alimento passa para o intestino onde se completa a digestão. Restos como carapaças, esqueletos e outros materiais que não podem ser digeridos são vomitados pelos peixes. O fígado produz a bile que é armazenada na vesícula biliar e é secretada no intestino delgado para a digestão das gorduras. O pâncreas é constituído de uma dobra membranosa que liga o intestino a parede da cavidade abdominal e tem a função de produzir enzimas digestivas. O baço poderá ser observado como uma estrutura alongada de cor vermelha. A absorção de alimentos é feita pelo intestino e o que não é aproveitado é eliminado na forma de fezes. A bexiga natatória se encontra na parte superior da cavidade abdominal. Sua função é proporcionar flutuabilidade ao peixe. Aumentando a quantidade de gases em seu interior o peixe sobe, do contrário afunda. Os gases são compostos por oxigênio e nitrogênio e que são captados pelas brânquias e transportados até a bexiga natatória através da corrente sangüínea. Abaixo da bexiga natatória encontramos um par de gônadas, responsáveis pela reprodução. Na região posterior encontramos o gonoducto, que conduz os gametas (espermatozóide ou óvulo) até a papila urogenital. Afastando a bexiga natatória encontramos os rins, junto a coluna vertebral. Sua forma é alongada e de cor vermelha. Do lado da cauda encontramos dois tubos que são os ductos urinários e que vão desembocar na bexiga urinária e na papila urogenital.

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Os peixes possuem um coração com uma aurícula e um ventrículo, que bombeia o sangue para as brânquias e para o resto do corpo, voltando ao coração.

PREPARO DOS VIVEIROS Devemos estar atentos a qualidade da água de abastecimento, que de preferencia deverá ser de nascente própria e de boa qualidade. No caso de se utilizar água proveniente da rede urbana, esperamos um período de até 24 horas para a retirada do excesso de cloro. Este procedimento garante o bom funcionamento do biofiltro e a saúde dos peixes. O tanques feitos com manta de PVC não necessitam de lavagem e/ou estabilização do viveiro, como os confeccionados em alvenaria ou para a retirada de toxinas provenientes de tinta epoxy ou resinas utilizadas para colar ou vedar os encanamentos. A próxima etapa é ajustar a alcalinidade da água (CaCO3) para 150 a 200 mg/L e o cloreto (NaCl) para 200 a 300 mg/L . Isto irá garantir um bom funcionamento do biofiltro e reduzirá o estresse dos peixes durante o povoamento. Ao se fazer o peixamento (povoar os viveiros), devemos permitir que eles se adaptem com a temperatura do viveiro. Isto é feito mantendo-se um contato da água de transporte com a água do viveiro. No caso de transportarmos os peixes em sacos plástico, estes serão introduzidos no tanque e permanecerão cerca de 30 minutos no viveiro antes de serem abertos, e, para peixes transportados em container, substituímos vagarosamente a água de transporte pela água dos tanques.

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O biofiltro poderá levar cerca de 30 dias para estar em pleno funcionamento, sendo então recomendado o povoamento com alguns peixes adultos, que serão alimentados inicialmente com pouca ração para que se inicie o desenvolvimento dos microorganismos do biofiltro. Com o tempo passamos a aumentar a alimentação e, através do monitoramento da qualidade de água (concentração de amônia e nitrito), determinamos o momento de operarmos comercialmente nossos tanques. A amônia não deve exceder a 0,2 mg / L, caso isto ocorra, reduzimos ou suspendemos o arraçoamento dos peixes. Após duas a três semanas iremos observar a redução dos níveis de amônia e aumento simultâneo do nitrito. Quando isto ocorrer é porque estabelecemos uma população de nitrobactérias, responsáveis pela transformação da amônia em nitrito. A concentração de nitrito deverá ficar abaixo de 15 mg/L. Para evitar a intoxicação dos peixes adicionamos cloreto na água, na proporção de 6 partes de cloreto para cada parte de nitrito (ex.: 6 mg de cloreto para cada 1 mg de nitrito). Dessa forma o peixe irá absorver o cloreto no lugar do nitrito. Após 5 a 6 semanas do peixamento, observamos uma queda na concentração do nitrito e um aumento na concentração de nitrato. Este é o indicador da formação de colônias de nitrossomonas, responsáveis pela transformação do nitrito em nitrato. O nitrato apresenta baixa toxidade, podendo estar presente em concentrações de até 150 mg/L. A troca diária de parte da água do viveiro (renovação) é o suficiente para controlar a concentração de nitrato. Quando os níveis de amônia e nitrito estão controlados, poderemos substituir os peixes adultos por alevinos e iniciar a criação. Alterações bruscas nas taxas de alimentação e na temperatura podem prejudicar o funcionamento do biofiltro. A ração não deve se elevar a mais de 10 % por dia e a temperatura não deve oscilar acima de 6 C.

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Rotina de manutenção dos viveiros

Os tanques circulares de manta de PVC são auto limpante, uma vêz que a água em circulação arrasta as sujeiras para o dreno central. Abrimos a saída de água várias vezes durante o dia para retirarmos os dejetos que se concentram na tela anti-fuga instalada sobre o dreno. Esta água deverá ser descartada junto com o efluente e o nível deverá ser completado com água limpa, sendo esta troca responsável pela maior perda de água do sistema, seguida pela remoção de espuma formada na superfície do tanque ou no skimer. A tela anti-fuga deve ser retirada para limpeza a cada 2 a 3 dias usando uma bomba de alta pressão. É possível fazer a limpeza utilizando aspirador de pó & líquido. Semanalmente removemos as incrustações de sujeiras das tubulações de drenagem. Para isso fechamos a saída de água dos viveiros com um tubo colocado sobre o dreno central, escoamos toda a água e introduzimos uma escova na tubulação ou uma mangueira com água sob pressão. A retirada destas crostas de sujeira das tubulações facilita a passagem da água no sistema, permitindo uma constância no fluxo do biofiltro.

Monitoramento da qualidade da água A Água é o meio em que os peixes vivem; neste meio é que eles encontram proteção, alimento, condições para sobreviver e se reproduzir. Ao contrário do meio ambiente terrestre, dentro da água não ocorre mudanças bruscas de temperatura e as demais características podem ser consideradas estáveis visto que as alterações se processam lentamente dando plenas condições ao peixe de se adaptar. Por isso que devemos controlar o ambiente de criação pois, variações podem alterar o metabolismo e/ou afetar a saúde dos peixes. Diariamente devemos fazer o monitoramento da água para detectar alterações e mantê-la nos padrões desejados. Para isso poderemos utilizar algum tipo de kits

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de análise de água encontrados no mercado, desde que seja de boa qualidade, de fácil operação e não seja oneroso. A observação do comportamento dos peixes no viveiro também é fundamental para se detectar alguma anormalidade no sistema, mas para isso é necessário atenção e experiência na criação. Com o tempo será possível ao operador associar mudanças na qualidade da água com alterações no comportamento dos peixes. As principais características da água a saber são: oxigênio dissolvido (O2D), nitrito (HNO2), gás carbônico (CO2), alcalinidade, amônia (NH4) e cloreto.

Além destes equipamentos para análises químicas, é importante termos um frasco cônico para determinação dos sólidos em suspensão e um termômetro.

Existe uma inter-relação entre os parâmetros de água, sendo necessário uma análise do conjunto (ex.: a amônia pode ser letal com pH 8,0 e não ser letal com pH de 7,2) para se determinar a normalidade do sistema tanto para os peixes criados como para os microorganismos do biofiltro. Toda a correção dos parâmetros de qualidade de água deverão ser corrigidos gradualmente, evitando-se mudanças bruscas no sistema, apenas com exceção da concentração do nível de oxigênio , que deverá se elevar o mais rápido possivel. Temperatura: A temperatura é fator de grande importância para a criação de peixes, visto que se ela aumentar os animais irão crescer mais rápido ocorrendo o inverso se ela diminuir. Isso se deve ao fato dos peixes serem animais pecilotérmicos, ou seja, a sua temperatura varia com a do ambiente. Este aumento ou diminuição da temperatura deve ser feito dentro de certos limites para não provocar a dormência dos animais em caso de temperatura baixa, ou de estresses calórico em temperaturas elevadas. Temperatura fora da zona de conforto ou variações bruscas podem causar a morte nos animais.

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A temperatura também influi na concentração de oxigênio e na eficiência do biofiltro, sendo este mais afetado pela variação de temperatura que os peixes . A temperatura do sistema é determinado pela espécie a ser criada. No caso de se alterar a espécie cultivada e, consequentemente alterarmos a temperatura da água, devemos esperar por um período para que ocorra a adaptação das bactérias. Temperaturas inferiores a exigida pela espécie cultivada, torna-a suscetível a doenças (parasitas, fungos e bactérias). Isso se deve ao fato do animal reduzir a alimentação, diminuindo sua resistência consequentemente. Nessas condições não é recomendado manejar os animais. Temperaturas elevadas também podem ser perigosas pois a cada 10ºC que a temperatura aumenta, o efeito das substâncias tóxicas duplicam. Oxigênio Por serem animais aeróbios os peixes necessitam do oxigênio para a sua sobrevivência. Este se encontra na água na forma de solução e sua concentração depende da temperatura (quanto menor, maior a concentração de oxigênio) e da demanda química (substâncias químicas que absorvem o oxigênio) ou biológica (oxigênio consumido pela respiração dos seres vivos aquáticos). No nosso caso, a espécie cultivada, seu metabolismo, a densidade estocada e a atividade do biofiltro é que serão responsáveis pelo consumo do oxigênio.

Na água o oxigênio dissolvido (O2D) varia entre 0 e 13 mg/L. As águas a 15ºC podem conter até 10,05 mg de oxigênio dissolvido e com 30º apenas 7,57 mg de oxigênio dissolvido. O oxigênio é proveniente da atmosfera, da fonte de renovação de água ou das plantas que vivem na água (fotossíntese) Dependendo da espécie, o excesso de oxigênio dissolvido pode provocar a morte dos peixes por embolia e a falta por asfixia. A concentração ideal de O2D deverá ser mantida em torno de 5 mg/L, suficiente para as atividades dos peixes e dos microorganismos do biofiltro.

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Como as determinações serão feitas várias vezes por dia, é recomendado que o equipamento para leitura da concentração de oxigênio seja simples e rápido. O nível de oxigênio costuma variar após a alimentação dos peixes. Para que esta variação não seja muito grande, recomenda-se ministrar o alimento diário em várias refeições durante o dia, evitando-se uma alta carga de ração num curto período. Os peixes poderão ser arraçoados de 6 a 12 vezes por dia. O arraçoamento poderá ser feito com cochos automáticos ou o alimento poderá ser distribuído manualmente pelo tanque, 30 a 45 minutos após o arraçoamento fazemos o monitoramento do nível de oxigênio. A falta de O2D também pode ser observada pela presença de peixes na superfície. Nesse caso devemos suspender o fornecimento de ração, aumentar ao máximo a renovação da água e o sistema de aeração até que o quadro se reverta. O biofiltro é menos exigente em oxigênio que os peixes, apresentando um bom funcionamento em concentrações acima de 2 mg/L de O2D. Concentração de O2D na água doce de acordo com a temperatura:

Temperatura (ºC) Solubilidade do O2D (mg/L)

10 11,10 11 10,83 12 10,61 13 10,38 14 10,15 15 9,960 16 9,760 17 9,550 18 9,350 19 9,160 20 9,000 21 8,820 22 8,670 23 8,410 24 8,360 25 8,220 26 8,020 27 7,790 28 7,760

Amônia

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A amônia entra no sistema através do metabolismo dos peixes e pela degradação de ração não consumida. Por isso é que devemos fazer a retirada do material sólido da água e limpar a tela anti-fuga e a rede de escoamento de água periodicamente, evitando-se o início da decomposição deste material orgânico. A amônia é encontrada na água na forma de NH3 (amônia ) e de NH4 (amônio), o primeiro é altamente tóxico, ocorrendo em água com pH acima de 8,0. A leitura feita pelo teste determina a concentração das duas formas , o que explica a presença de peixes saudáveis em águas com mais de 20 mg/L de amônia em pH ácido. Com pH neutro a concentração de NH3 é relativamente baixa. Concentração de amônia total em torno de 6 mg/L pode ocasionar alguns problemas aos peixes, principalmente com baixos níveis de O2D. O ideal é que a concentração de amônia total fique abaixo de 1,5 a 2 mg/L. Como a amônia no viveiro é proveniente da ração metabolizada ou não pelos peixes, devemos ficar atentos se o biofiltro está sendo capaz de absorver o material nirtogenado quando aumentamos o nível de arraçoamento dos animais. Porcentagem de amônia toxica (NH3) Em Diferentes pH’s e Temperatura Temp (ºC) pH 6.0 6.5 7.0 7.5 8.0 8.5 9.0 9.5 10 .02 .1 .2 .6 2 6 16 37 15 .03 .1 .3 .9 3 8 22 46 20 .04 .2 .4 1 4 11 28 56 25 .06 .2 .6 2 5 15 36 64 30 .1 .3 .8 3 8 20 45 72

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Nitrito & Nitrato

O nitrito (NO2

-) é resultante do processo de oxidação de bactérias, principalmente as nitrossomonas sobre a amônia. O nitrato (NO3-) é o mesmo processo a partir do nitrito, realizado por bactéria como as nitrobacter. O nitrito pode ser estressante para os peixes na concentração de 0,1 mg/L. Com uma concentração de 0,5 mg/L, o sangue pode adquirir uma cor chocolate, conhecida como doença do sangue marrom. Esta mudança se deve provavelmente a concentração de ácido nitroso que oxida o íon ferroso da hemoglobina, formando a metahemoglobina, que não é capaz de transportar o oxigênio, matando os peixes por asfixia.

É por este motivo que, mesmo com uma concentração ideal de oxigênio, podemos não obter o desenvolvimento esperado dos peixes ou nos depararmos com peixes muito debilitados ou até mesmo com uma alta mortalidade .

Para reduzirmos a intoxicação por nitrito adicionamos cloreto no viveiro, na proporção de 6 partes de cloreto para cada parte de nitrito. Dessa forma o peixe irá absorver o cloreto no lugar do nitrito. Como medida preventiva, podemos manter de 100 a 150 mg/L de cloreto em solução na água do viveiro. Além de reduzir a intoxicação por nitrito, o cloreto reduz o estresse, reduz infecções por fungos e reduz a energia gasta para transporte de substâncias pelas membranas celulares.

O nitrato é o produto final do biofiltro e não causa muitos problemas aos peixes. Uma renovação de 5 a 10 % do volume total de água dos viveiros é suficientes para o controle do nitrato.

Alcalinidade

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Representa a quantidade de Carbonato de Cálcio (CaCO3) presente na água. Águas duras apresentam mais de 40 mg/L, abaixo deste índice são consideradas macias. Águas com menos de 20 mg/L apresentam baixa produtividade por não apresentarem respostas a adubação.

Está relacionada com o pH, gás carbônico e a nitrificação da amônia. As bactérias nitrificantes do biofiltro retiram o carbonato da água para formar o seu esqueleto, o processo de oxidação da amônia é que fornece energia para o processo. Dessa forma é que aumentando o nível de amônia no sistema é que se reduz a concentração de carbonato de cálcio e a falta deste elemento compromete o funcionamento do biofiltro. Diariamente monitoramos os níveis de Carbonato de Cálcio para que fique entre 70 a 120 mg/L. Para cada grama de amônia que entra no sistema são necessárias 7 gramas de Carbonato de Cálcio para sua neutralização.

A presença de CaCO3 promove um efeito tampão na água, evitando grandes mudanças de pH geradas principalmente pela transformação do gás carbônico em ácido carbônico. Gás Carbônico O gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2) é produzido pela respiração e decomposição da matéria orgânica no sistema. O concentrações de gás carbônico acima de 2 mg/L acidificam a água (transformando-se em ácido carbônico). O carbonato de cálcio pode evitar a mudança de pH formando uma solução tampão:

CaCO3 + CO2 + H2O Ca(HCO3)2

Para se ter uma idéia do efeito deste gás no viveiro podemos fazer um teste simples: coletamos uma amostra de água e fazemos o teste de pH e observamos a cor do resultado, em seguida agitamos o frasco vigorosamente, se a cor mudar para o lado alcalino é sinal que a concentração de CO2 é alta e o O2 é baixo, se a

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cor mudar para o lado ácido indica sinal que a concentração de CO2 é baixa e a água está bem aerada. Podemos utilizar medidores específicos para determinar os níveis de gás carbônico. Esse gás pode ser removido pela aeração da água e em alguns casos, absorvido pelas algas. pH

É a concentração de íons hidrogênio na água, determinando se é ácida ou básica. No sistema, este valor deverá ser mantido entre 7 e 7,5.

Os valores de pH variam entre 0 e 14, sendo neutro o valor de pH = 7. Valores abaixo de 7 é ácido e acima é alcalino ou básico.

Em águas muito ácidas, os peixes apresentam um excesso de produção de muco enquanto que em águas alcalinas o muco é ausente. Espuma A espuma é formada pela proteína dissolvida na água pois ela aumenta a película de tensão superficial da água, impedindo a passagem do ar gerado pela aeração para a atmosfera. Dessa forma é possível remover a proteína em solução com o uso de equipamentos como aspirador de pó & liquido ou mesmo com o uso de bacias para a retirada da água superficial. O óleo das rações quebra a película de tensão superficial da água, permitindo a saída do ar, desfazendo a espuma. Por isso é que devemos retirar a espuma pela manhã, antes do primeiro arraçoamento.

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Luminosidade A luminosidade não é um parâmetro de qualidade de água, mas exerce uma grande influência. Viveiros localizados próximos de janelas ou em estufas acabam produzindo uma quantidade excessiva de algas, que , durante o dia irão fazer a fotossintese e a noite irão competir com os peixes no consumo de oxigênio. Estes processos provocam uma grande variação no pH e na concentração de oxigênio dissolvido, gás carbônico, nitrito e amônia, prejudicando a atividade do biofiltro. O próprio biofiltro pode ser afetado diretamente pela luz, sendo que muitos técnicos recomendam que este deverá trabalhar em completa escuridão. Determinadas algas também são responsáveis pelo sabor desagradável na carne dos peixes, denominado de off-flavor.

CUIDADOS COM O BIOFILTRO Para mantermos o biofiltro em bom funcionamento devemos relacionar os dados obtidos nas análises de qualidade de água, determinando as necessidades para o seu funcionamento e quais as ações que devemos tomar.

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O sucesso na criação de peixes com sistema de recirculação de água está na manutenção das funções do biofiltro. Podemos esperar a morte dos peixes da criação caso o biofiltro não esteja funcionando corretamente. Se perdermos todos os peixes e mantivermos o biofiltro funcionando, podemos iniciar um novo cultivo em seguida, mas, no caso de perdermos o biofiltro, além de perdermos os peixes, teremos de iniciar todos os procedimentos para o desenvolvimento de bactérias nitrificantes, levando semanas para estabilizar o sistema. A meta do aquicultor que se utiliza do sistema de recirculação de água é manter seu biofiltro em funcionamento constantemente. Para isso todas as mudanças no sistema deverão ser graduais, dando oportunidade para a adaptação do biofiltro. A única exceção para esta regra é a concentração de oxigênio, que se necessário deverá ser elevada no menor prazo possível. A retirada de uma grande quantidade de peixes do sistema pode ser tão prejudicial como um aumento brusco no fornecimento de ração. Um bom biofiltro apresenta uma fina camada formada por bactérias e material orgânico, com uma consistência gelatinosa e coloração marrom – alaranjado sobre o substrato. Caso apresente camadas espessas de material de coloração marrom, teremos o desenvolvimento das bactérias heterotróficas que estarão se alimentando do excesso de fezes e resto de ração que irá se acumular sobre o biofiltro. Esta grande quantidade de material orgânico poderá ter origem nos resíduos retidos nas telas e na tubulação de saída de água e mesmo por estarmos desperdiçando alimentos ou usando uma ração não palatavel. Nessas condições o biofiltro deixa de nitrificar a amônia, prejudicando todo o sistema de recirculação de água. O uso de um filtro de partículas antes do biofiltro poderá solucionar o problema. Os testes de qualidade de água devem ser interpretados quanto as condições de desenvolvimento para os peixes criados e para as atividades do biofiltro. A matéria orgãnica na água só é encarada como poluição se estiver em uma quantidade acima da capacidade do biofiltro neutraliza-la.

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CUIDADOS COM O SISTEMA DE PRODUÇÃO Todas as correções dos parâmetros de qualidade de água e fornecimento de rações deverão ser feitas gradualmente, com exceção dos níveis de oxigênio dissolvido. No caso dos peixes não estarem apresentando um comportamento normal e alguns dos parâmetros de qualidade de água estiver inadequado, o melhor recurso é ter um reservatório de água limpa para promover a troca da água do viveiro. A água do reservatório deverá estar com a mesma temperatura da água do viveiro e o pH não deve ter variação maior que 0,5. Em caso de emergência podemos fazer a troca total da água do viveiro. Os funcionários deverão passar por uma formação profissional pois, uma mão-de-obra não especializada pode não identificar problemas que possam estar ocorrendo no sistema e/ou, devido a um mal manejo, provocar uma grande mortalidade entre os animais. Todas as ocorrências diárias deverão ser anotadas e, quando ocorre mortalidade, devemos identificar as causas. O criador deverá ter uma relação de especialistas e outros produtores para procurar esclarecimentos ou para compartilhar seus dados de produção.

ESTOCAGEM DA RAÇÃO A ração deverá ser estocada em local seco, arejado, longe da parede, sobre estrado e protegida de ratos e insetos. Ao empilharmos os sacos, devemos cuidar para que os pelets não sofram muito atrito, com isso evitamos a formação de “pó” de ração que não seria consumida pelos peixes, principalmente os de

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maior desenvolvimento, gerando desperdício e provocando desequilíbrio no filtro biológico. Devemos programar a compra da ração de forma que a estocagem não seja superior a 60 dias, respeitando o prazo de validade das rações. Muitos dos componentes da ração poderão se deteriorar com o passar do tempo. Muitos produtores estocam a ração dentro de recipientes plásticos ou de metal para reduzir o cheiro, que acaba atraindo ratos e insetos. Ao abrirmos os sacos de ração devemos verificar se está rançosa ou apresenta formação de bolores. Rações com estas características devem ser descartadas pois podem prejudicar a saúde dos peixes se ingerida.

ARRAÇOAMENTO A alimentação dos peixes deve ser controlada, sendo fornecida de acordo com a espécie cultivada, seu estágio de desenvolvimento, sua conversão alimentar e obedecendo uma relação entre a biomassa de pescado e a capacidade de ingestão diária. Com isso evitamos o desperdicio de ração ou mesmo sub-alimentarmos os animais. O tipo, forma e tamanho do alimento influem diretamente na conversão alimentar, que por sua vez deternima boa parte do custo de produção e o bom funcionamento do biofiltro.

As rações encontradas no mercado poderão ser fareladas, peletizadas ou extrusadas. Para o sistema de reciclagem de água é recomendado o uso de rações extrusadas por apresentarem menor conversão alimentar, serem flutuantes e por não se dissolverem facilmente na água, o que iria gerar um excesso de material

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orgânico para o biofiltro. As rações fareladas podem causar problemas de branchias nos peixes maiores.

As rações extrusadas podem ser produzidas com diferentes formatos, sendo que a forma grão é facilmente apreendida pelos peixes. O tamanho dos grãos deve ser proporcional a boca dos peixes, sendo que os alevinos poderão receber a ração extrusada farelada e, a medida em que os animais crescem, aumentamos o diâmetro da ração. Este procedimento diminui o desperdício e a competição por alimento, mas também podem aumentar o tempo para serem digeridas.

A ração deverá ser testada quanto a sua palatabilidade e avaliada quanto ao seu desempenho.

Muitos fabricantes de ração adicionam aromatizantes e flavolizantes para tornar os pelets mais palataveis .

As rações deverão suprir todas as exigências nutricionais dos peixes da criação. No caso de um desbalanceamento na dieta, a conseqüência será redução no desenvolvimento, aumento da competição, estresse, aparecimento de doenças geradas pela carência de determinados elementos nutricionais e até a perda total do lote. Cada espécie apresentará uma determinada exigência de nutrientes, sendo que no Brasil podemos encontrar rações para peixes de clima tropical ou temperado, além de rações para carnívoros e trutas. Estas rações foram projetadas para viveiros com renovação de água, e geralmente possuem óleo na composição. O óleo não é uma substancia desejada para sistemas de recirculação de água por impedir a formação da espuma. Infelizmente ainda não existe uma ração apropriada para o sistema de recirculação de água.

Para se determinar a quantidade de ração a ser fornecida diariamente nos viveiros, capturamos um pequeno lote (cerca de 3 a 5 % da população), pesamos os animais e determinamos o numero de indivíduos capturados. Dividindo o

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peso do lote pelo numero de indivíduos obtemos o peso médio dos peixes do viveiro;

PM = PT NI

PM – peso médio PT – peso total do lote capturado NI – número de indivíduos capturados

Ao multiplicarmos o valor do peso médio dos peixes do viveiro pela população obtemos a biomassa do sistema;

BI = PM X PV

BI – biomassa do sistema PM – peso médio PV – população do viveiro

Geralmente os fabricantes de ração informam a porcentagem de ração a ser fornecida de acordo com a biomassa e o peso médio do lote; a seguir fornecemos uma tabela que poderá ser utilizada na determinação da quantidade de ração a ser ministrada:

PM – peso médio % de ração 50 gramas 5 %

100 gramas 4 % 200 gramas 3 % 300 gramas 2 % 400 gramas 1,5 % 500 gramas 1 %

Estamos apresentando outra tabela de arraçoamento em seguida.

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A precisão destes calculos está em uma amostragem representativa e no controle de dados diários da criação. Se os peixes apresentam crescimento homogêneo não é necessário coletar uma grande quantidade de indivíduos e um bom controle da mortalidade, venda ou transferencia de parte dos peixes para outro viveiro é que informarão qual é a população real do viveiro.

Devemos ajustar o fornecimento de ração a cada 2 semanas.

Aproveitamos os mesmos dados para calcular a conversão alimentar do período e, consequentemente, avaliamos a qualidade da ração.

CA = GPP CR

CA – conversão alimentar GPP – ganho de peso no período ente as amostragens CR – consumo de ração no mesmo período

O ganho de peso no período ente as amostragens é obtido subtraindo o valor do peso total do lote atual pelo do peso total do lote no período anterior;

GPP = PTLa – PTLn

GPP – ganho de peso no período ente as amostragens PTLa – peso total do lote na amostragem atual PTLn - peso total do lote na amostragem anterior

A conversão alimentar deve ser a menor possível.

Determinada a quantidade de ração a ser fornecida diariamente, determinamos o número de arraçoamentos, que poderão ser de 6 a 8 vezes ao dia.

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Sempre peneiramos a ração antes de fornecer aos peixes, com isso reduzimos a quantidade de pó de ração que entra no sistema e que poderia causar problemas para o biofiltro.

É recomendado jogar um pouco de ração na água para observarmos se os peixes estão ativos e se desejam comer; se forem receptivos ao alimento completamos o arraçoamento, caso contrário devemos descobrir o que pode estar acontecendo de errado com os animais ou com a qualidade da água. Consumo de ração para cada 1.000 peixes em kg.

Peixe (peso) Temperatura (ºC) 16º 18º 20º 22º 24º 26º 28º 30º

005 0,260 0,290 0,345 0,405 0,460 0,520 0,580 0,650 010 0,440 0,500 0,590 0,690 0,790 0,880 1,000 1,180 015 0,450 0,675 0,810 0,945 1,095 1,185 1,350 1,620 020 0,700 0,800 0,980 1,120 1,280 1,400 1,620 1,960 030 0,990 1,170 1,380 1,590 1,800 1,980 2,340 2,760 040 1,160 1,360 1,600 1,800 2,040 2,320 2,720 3,200 060 1,680 1,980 2,280 2,580 2,940 3,360 3,900 4,560 080 2,160 2,560 2,880 3,280 3,760 4,320 4,960 5,760 100 2,600 3,000 3,400 3,900 4,500 5,200 5,900 6,800 120 3,000 3,360 3,960 4,440 5,160 6,000 6,840 8,040 140 3,360 3,780 4,480 4,900 5,740 6,720 7,700 8,960 160 3,680 4,160 4,800 5,440 6,240 7,360 8,320 9,760 180 3,960 4,500 5,040 5,940 6,660 7,920 9,000 10,44 200 4,000 4,600 5,400 6,200 7,000 8,200 9,400 10,80 250 4,750 5,500 6,250 7,250 8,250 9,750 11,25 12,75 300 5,400 6,300 7,200 8,100 9,300 11,10 12,60 14,40 350 5,950 7,000 7,700 8,750 10,15 12,25 13,65 15,75 400 6,400 7,600 8,400 9,200 10,80 13,20 14,40 16,80 450 6,750 8,100 8,550 9,450 11,25 13,50 14,85 17,55 500 7,000 8,500 9,000 9,500 11,50 13,50 15,50 18,00 550 7,150 8,800 9,350 9,900 11,55 13,75 15,40 18,15 600 7,200 9,000 9,000 9,600 11,40 13,80 15,00 18,60 700 7,700 9,800 9,800 10,50 12,60 14,70 16,10 19,60 800 8,000 10,40 10,40 11,20 13,60 15,20 16,80 20,00 900 8,100 9,900 10,80 11,70 14,40 16,20 18,00 19,80

> 1.000 8,000 10,00 11,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00

Esta tabela dá uma idéia do consumo diário de ração para peixes tropicais. O alimento deve ser dividido em 3 a 6 refeições ao dia para que não haja sobra de ração.

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O uso de um termometro para registrar as variações de temperatura da água dos tanques, e balança para pesar as amostras semanais de peixes, torna-se impresindivel. Rações farelada ou peletizada podem apresentar desperdício, mesmo utilizando cochos submerços, para certificarmos o real aproveitamento da ração, devemos fazer a aspiração do fundo proximos ao local de alimentação, a fim de verificar se está havendo perda de ração. O uso de rações flutuantes facilita o controle do consumo.

DOENÇA E ESTRESSE Um viveiro com boa qualidade de água e um bom manejo não apresenta problemas de doença ou de estresse. Se introduzirmos animais sadios no viveiro, as doenças só ocorrerão no caso de distúrbios nutricionais ou provocadas por um ambiente e/ou um manejo estressante que provoca a perda de resistência dos animais, abrindo caminho para a ação de algum microorganismo oportunista.

Como não é possível fazer o tratamento dos peixes em um sistema de recirculação de água, visto que o(s) produto(s) utilizado poderia destruir as bactérias do biofiltro, é fundamental a aquisição de animais sadios, fornecer ração na quantidade e com a qualidade requerida para o estágio de desenvolvimento dos peixes, utilizar mão-de-obra qualificada e evitar mudanças bruscas no ambiente.

CONSTRUÇÃO DE VIVEIROS

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1. Escolha das alternativas

É necessário considerar os vários elementos que infuirão na construção e nos custos da obra

1. Acesso. 2. Proximidade entre as áreas de alimentação e de consumo de água. 3. Preço do terreno onde será instalado o reservatorio.

4. Qualidade do terreno, que permita uma compactação correta e econômica.

Seria necessária uma prospecção em profundidade do solo para detectar:

a) Possíveis aflorações de materiais rochosos, de movimento mais caro. b) Possíveis infiltrações ou presença de águas subterrânea, que determinará uma

possível necessidade de instalação da drenagem.

5. Dados climatológicos:

- Orientação do reservatório projetado. Direção e força dos ventos dominantes: Importância e efeito de ondas.

- Insolação e ventos: Evaporação (pode amortecer o efeito de evaporação com quebraventos colocados de forma adequada).

- Regime de chuvas: riscos de erosão em taludes. - Temperaturas extremas e altitude: São os condicionantes para a instalação de

uma proteção especial, sobre tudo contra o gelo.

6. Risco sísmicos: Ainda que estes sejam mínimos, influenciarão sobre as inclinações do talude e, portanto, sobre o custo da obra.

1. Conhecimento do tipo de terreno

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Estudo dos mapas geológicos e dos solos superficiais disponíveis que pertençam ao lugar explorado ou a lugares parecidos. 2. Características mecânicas do terreno Se extrairá amostras representativas até o provável fundo da escavação. As características mecânicas são indispensáveis para: - Definir a geometria do depósito. - Calcular assentamentos previsiveis devido a pressão da coluna de água. - Calcular as inclinações dos taludes do depósito e os volumes de terra. 3. Investiga çdo sobre os riscos de falhas e possíveis desmoronamento de áreas instáveis Um conhecimento prévio da área, bastará para determinar se deve haver ou não um estudo geotécnico prévio. 4. Investigação sobre os regimes de água Deve elaborar-se, para a obtenção desses dados, um estudo de vazão e demandas

de água, onde deve-se levar em conta: a) Vazão e seu regime, que geralmente deverá ser obtido com base em estudos

hidrogeológicos da área, ou por informaçoes colhidas com moradores b) Demandas: b.1) Para usos em criações

- populações - animais - Etc.

b.2) Para usos agrícolas, onde deverão conhecer os seguintes dados

básicos:

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- Superfícies a irrigar - Cultivos existentes ou futuros. - Demanda dos cultivos mês a mês. - Eficiência no uso da água de irrigação - Demandas suplementares.

c) Evaporação na superficie do reservatório. Uma vez elaborado o conteúdo dos capítulos IV e V se estará em disposição de:

- Escolher a localização do reservatório. - Decidir sua capacidade. - Definir sua geometria. - Definir as condições de enchimento e distribuição

III. Definição da geometria do reservatório 1. Tipos de reservatórios De forma generalizada podem-se definir quatro tipos de reservatórios: Os reservatórios totalnente em escavação, ou desmonte. - Os reservatórios totalmente em terraplanagem. - Os reservatórios mistos (terraplanagem e scavação). - Os reservatórios em colinas de serras. Na maioria dos casos, a terceira opção será a mais usual e a mais econômica para áreas planas, ainda que o quarto tipo se ajusta melhor a regiões montanhosas.

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2. Formato da obra O formato mais econômico será em geral, o reservatório quadrado ou retangular, é o que mais simplifica na realização do perfil e a colocação da geomembrana impermeabilizante. No anexo 1 mostra-se um método para optimizar as dimensões e a forma do reservatório do ponto de vista econômico. A execução dos ângulos retos é um tema que deve-se cuidar no desenho e realização dos reservatórios, é o que em facilita em grande escala na instalação e manutenção da geomembrana impermeabilizante. 3. Inclinação dos taludes As características dos reservatórios exemplificado nos desenhos a seguir, dependerá de forma direta das propriedades do terreno utilizado e do risco que possa representar no caso de ruptura. Estas características são: - As inclinações interiores e exteriores do reservatório. - Altura de água do reservatório (pressão sobre o fundo e paredes). - Altura da terraplanagem acima do solo. O coeficiente de segurança será mais ou menos grande em função do estudo da estabilidade dos taludes a construir. De toda a forma sempre será maior igual ou maior a 1,5. O estudo deve basear-se nas características mecânicas de coesão do solo e os

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ângulos de atrito, de acordo com os ensaios se realizam sobre as amostras do terreno. 4. Entrada d'água O dispositivo de água até o reservatório deve ser mediante tubos que pode ser impuncionada por diferentes sistemas (bombeamento, sifão, gravidade etc...) Deve cuidar-se do ponto de impacto das águas sobre a manta impermeabilizante, mediante um sistema de dispersão de energia. 5. Segurança 5.1. Crista de segurança. É a reserva de altura entre o nível mais alto da água e a parede mais alta do reservatório. Em função de seu comprimento existente entre o plano da água e a direção dos ventos dominantes e a velocidade do vento, se pode calcular a altura previsível das ondas e a velocidade de propagação das mesmas. Esta crista de segurança é um elemento de proteção frente as ondas e em geral as subidas acidentais das águas. Em caso de chegada d'água por gravidade é obrigatório a utilização de extravasores. É necessário relembrar que os casos mais graves de ruptura se deve ao transbor-damento da água por cima da crista. De forma geral para largura menores ou igual a 500 metros, seja qual for a força dos ventos, deve-se prever cristas de seguranças mínima de 1 metro. 5.2 Evacuação da água O dispositivo de evacuação da água deve ser complementado por um sistema de emergência em caso de subida excepcional do nível da água.

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6. Inspeção e manutenção É indispensável para uma longa vida útil e bom funcionamento do reservatório, uma inspeção periódica, que permita estabelecer quais devem ser os trabalhos de manutenção. IV. Uti1ização de drenagem A facilidade de fazer reservatórios destinados a agricultura, é uma realidade graças as geomembranas de PVC. Contudo deve-se tomar extremo cuidados para se evitar fugas e os danos que posteriormente se pode ocasionar. Uma medida de segurança é o sistema de drenagem, que iremos descrever abaixo: 1. Redução dos danos em caso de fuga d'água. Em caso de fuga de água é necessário evitar que o acidente provoque danos custosos devido a uma exigência exagerada nas solicitações á geomembrana 2. Detecção de fugas e controle de vasão O projetista de um reservatório deve prever sempre as fugas e como administrar suas consequências. Primeiro caso: As consequências são tais que a fuga é inaceitável. A exigência de uma vasão de fuga nula contempla uma concepção especial da impermeabilização. Por exemplo: Manta dupla. Segundo caso: As consequências são aceitáveis. Este é o caso mais frequente. E para tanto é necessário fixar uma vasão de fuga admissível no qual não deverá elevar o nível freático na zona da base do reservatório, e para seu controle se instalarão os correspondentes piezómetros. Depois é preciso decidir-se por um sistema de drenagem capaz de verificar esta

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vasão e assim poder tomar a tempo disposições necessárias para remediar um possível caso de rebaixamento. Dependendo de quais sejam as características de situação da água a evacuar se utilizam drenos de: - Periferia - Escama de peixe - Elementos especiais Não há que se omitir tão pouco da possibilidade de evacuar o ar confinado debaixo da lâmina criando uma circulação de ar por ambos os lados da mesma. Os efeitos dos ventos sobre as paredes de lago impermeabilizado se traduz em esforços de sobrepressão e depressão (sucção), podendo ocasionar, esse último em urna elevação da geomembrana. O papel da drenagem consiste em anular esse efeito. Pode realizar: - Fazer prolongado até a crista do talude a rede de tubulações perfuradas para drenagem da água, instalando "chapéu chines" no topo. - Prevendo simplesmente, e a distância regulares na parte superior dos taludes (sobre o nível máximo da águia) aberturas na geomembrana "airvents".

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V Construção do reservatório 1. Preparação do terreno e trabalhos preliminares Antes de tudo, é necessário eliminar as raízes existentes em toda a superfície do reservatório, e eventualmente aplicar um herbicida na área total. A segunda etapa consiste na realização das obras que estavam previstas no fundo do lago e em baixo dos diques. Assim a entrada e saída das águas podem realizar-se: - Por cima da crista por bombeamento de água. - Pelo fundo do reservatório, e neste caso a vala de implantação será aberta e depois da colocação do tubo, deve ser cuidadosamente aterrada e compactada antes de qualquer movimento de terra. 2. No caso da quantidade de aterro a se realizar exija mais terras que as obtidas

na escavação, é melhor assegurar-se da qualidade das mesmas seguindo a zona onde será obtida.

3 Os movimentos de terra compreendem escavação e terraplanagem. É

importante verificar se as terras escavadas são adequadas para terraplanagem. Para isso é muito importante instalar ao lado da obra uma área de ensaios de pequenas proporções que permita comprovar a qualidade da terra de ser compactada, e o numero de passadas do trator para obter a compactação necessána.

4 A compactação é feita na prática sobre o terreno em camadas de terra que

pode oscilar de 25 a 50cm de espessura, em função do equipamento utilizado. Para pequenos reservatórios o trator efetuará passadas em camadas de 25cm. O objetivo é obter um grau de compactação igual a 90-95% do

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PROPTOR NORMAL MODIFICADO. 5. Uma vez finalizado, a forma de instalação da geomembrana se dará de forma

cuidadosa, particularmente na capa superficial que deve estar livre de pedras, tocos, ou qualquer material cuja a agressividade possa ser prejudicial a boa resistência da geomembrana ao longo do tempo. Se há dúvidas sobre a rugosidade do trecho onde se fará a colocação, pode realizar facilmente teste de perfuração com carga dágua localizada. Em caso necessário para um bom acabamento, do talude que irá receber a geomembrana pode conseguir-se mediante:

- Instalação de uma camada de areia media. - Se não houver esse tipo de areia por perto será geotêxtil que acrecentaria uma

resistência sistema. 6. Uma vez instalada a geomembrana, a questão de uma cobertura que

assegure: - Sua proteção contra os agentes atmosféricos. - Um lastro sobre a geomembrana para evitar que se levante por causa de

depressões de vido aos ventos. Esta cobertura é de uma importância variável: - Pode tratar-se simplesmente de um geotextil instalado sobre a geomembrana para protegê-la dos raios UV e também para diminuir seu envelhecimento. Este geotextil pode ser fixados com lastros. Esta proteção pode ser contínua ao local, por exemplo: as zonas superiores do talude. - Também pode colocar uma capa de areia e seixos rolados. - Nos reservatórios mais importantes se instala uma camada dupla nos taludes. 7. É impressindivel uma coordenação da obra para asseguirar a correta

execução dos diferentes trabalhos na construção dos reservatórios.

VI. Impermeabi1ização

1. Existem no mercado diferentes tipos de lâminas plásticas que permitem a impermeabilização de reservatórios (PVC, PEAD, Butil, Manta

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Asfáltica...)

2. A primeira parte do planejamento consiste em definir em função das características da obra o tipo de material e sua espessura.

3. Partindo de lâminas de PVC com 1 ,80m de largura e formando paineis o

maior possível ( esp. O,42imn = peso O,60Kg/m2), levando em conta seu 1 peso próprio, dimensões dos painéis, transporte interno, acesso e número de soldas a se realizar na obra. Também existe uma altura ótima a se definir em função da forma do reservatório.

4. A fabricação dos painéis se dará preferencialmente na fábrica.

Normalmente se trata de uma solda térmica (cunha de prata) com máquina automática. A sobreposição entre as lâminas é de aproximadamente 4cm. Esta solda será controlada continuamente atravéz de ensaios e amostras em toda sua extensão.

5. A embalagem e transporte deve ser supervisionados com o mesmo

cuidado para evitar degradação do material. Esta embalagem pode ser: - Enrolado e colocada em caixa de madeira. - Enrolado em tubete de papelão e embrulhada na forma de "bag".

6. Na obra a soldagem, quando necessária se realizará com pessoal

especializado e com máquina automática. Também nesta ocasião se controlará continuamente a soldagem em toda a sua extensão.

7. A ancoragem das geomembranas tenderá a ser realizada na crista do talude. O

método mais usual consiste em utilizar uma vala periférica na qual se fixa a geomembrana. Se escavará esta vala a 1m da crista do talude e terá dimensões mínimas de 30 x 30cm. Outro método as vezes mais econômico consiste em colocar a lâmina sobre a crista do talude, colocando lastros sobre a mesma. Este método exige que se possa calcular com exatidão, levando em conta o solo disponível e a inclinação, para que assim não haja deslizamento da geomembrana. De todas as maneiras aconselhamos que se proceda em duas etapas:

- No momento da instalação do painel lastrear provisóriarnente a membrana na crista com sacos de areia, ou outros elementos.

- Depois de se realizar as soldagens dos painéis,encher lentamente o reservatório, e então coloca-se a extremidade superior do painel na vala e aterrá-la, compactando o solo. Este método tem a vantagem de reduzir as

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tensões na geomembrana face ao efeito de seu peso e consequentemente aumentar sua duração.

8. Ao redor das tubulações de entrada e saida de água e do extravasor, deve

haver a instalação de flanges ou peças especiais. No caso da tubulação ser de outro material, que não o PVC, a união deverá ser por pressão mecânica e posterior calafetação com mastique elastomérico. E importante que este trabalho se faça com grande atenção. É recomendável prever um sistema de dissipação de energia no ponto de contato da água com a geomembrana.

VII. Obras complementares e Recebimento da obra 1. Obras complementares

1.1 Muro perimetral de alvenaria. Apos concluir o reservatório, pode optar-se por executar um muro perimetral de alvenaria em toda a crista do reservatório.

1.2 Tubulações e extravasores por cima da crista.

Nos casos em que não foi previsto a entrada e saida de água durante a obra, temos a opção de fazê-lo sobre a crista do reservatório.

1.3 Trincheira periférica

Uma trincheira periférica na obra protegerá a geomembrana do vandalismo, animais e futuros acidentes. Além do que a colocação de uma corda nos extremos do reservatório servirá de salva-vidas para possível quedas de pessoas.

1.4 Proteção de taludes exteriores

Podemos utilizar os seguintes sistemas: - Pinturas asfálticas - Gramas - Tela plástica

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2. Recebimento da obra

A recepção se baseará essencialmente nos seguintes pontos: - Estado da soldagem - Funcionamento correto da entrada e saída de água. - Funcionamento do sistema de evacuação de emergência. - Controle de fliga.

Se procurará encher o reservatório em fases, para assim controlar as tensões e deformações da geomembrana.

VIII. Estimativa de custo Quando se projeta a execução do reservatório, será necessário ter em conta os seguintes componentes de custo: 1. Custo dos estudos hidrológicos básicos - Prospecção e obtenção da água necessária. - Análise da qualidade da água. - Exame da necessidade ou não de tratamento. 2. Custo do estudo do projeto do reservatório. - Engenheiro consultor ou técnico. - Especialista em impermeabiIização. 3. Custo da canalização da água. - Instalação dos condutores de entrada, saída e derivações de segurança. - Bombeamento de água - Tratamento da água de saida. - Canal de saída da água. 4. Custo da preparação do terreno e eliminação dos resíduos vegetais.

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5. Custo do movimento de terra. - Escavação, terraplanagem e compactação com 90/95% do PROCTOR NORMAL 6. Custo da colocação de um eventual sistema de drenagem. 7. Custo do transporte eventual de areia e ou de solo selecionado. 8. Custo de um eventual geotextil anti-puncionamento ou drenante, colocado

sobre o terreno. 9. Custo da impermeabilização composta de:

- Materiais - Mão de obra de instalação - Ensaios

10. Custo de uma eventual proteção dos taludes internos:

- Colocação de solo - Geotextil - Manta dupla

11. Custo dos trabalhos complementares:

- Vala de ancoragem - Cerca - Saida de água de emergência

ANEXO 1

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Optimização das dimensões e formas do reservatório do ponto de vista econômico

O objetivo deste anexo é orientar a elaboração do reservatório em função do ponto de vista econômico das formas e dimensões mais adequada. A forma de apresentação em quadros e gráficos será obtido em função dos tres elementos que de maneira mais acentuada influenciam no seu custo: movimentação de terra, superfície de impermeabilização e superficíe de terreno ocupado. Além do que é necessário fixar uma série de premissas para poder se estabelecer comparação 1. A inclinação interior do reservatório será de 3:1. 2. A inclinação exterior do reservatório será de 2:1. 3. A largura da crista será de 2 metros. 4. A diferença entre a altura do reservatório e altura da água será de 1 metro. 5. As alturas dos taludes foram concebidas de forma que compensem os

volumes escavados e aterrados com 5% de diferença, de maneira que o volume escavado = 1,05 volume aterrado, para compensar as perdas do movimento de terra.

O quadro N0 1 indica os valores absolutos, calculados para uma altura total do reservatório de 6 metros e de forma retangular a=2b. Sobre a base 100 desse quadro pode-se observar que se multiplicamos a capacidade por 5, a quantidade de terras a mover se multiplica por 3,8 e a superfície a impermeabilizar por 2,9 e o terreno ocupado por 2,8. Depois de nossos cálculos chegamos a conclusão que se passamos da forma retangular a=2b para a forma quadrada a=b, as variações desses 3 fatores sao quase despresíveis de 1 a 2% no máximo, portanto só falaremos na forma retangular.

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O quadro N0 2 nos indica os aumentos de dimensões em porcentagem sobre os valores do quadro N0 1, se tomarmos como hipótese uma altura de água de 7 metros em lugar de 5 metros. De acordo com as hipóteses marcadas e que se refletem no quadro N0 1, confeccionamos um gráfico que em função da capacidade definida, definir os 3 parâmetros fundamentais do custo de um reservatórios. Modo de utilização do gráfico Se fixará uma capacidade teórica do reservatório de acordo com as necessidades de armazenamentos, (por exemplo: entre 20.000 e 30.000m3 e marcamos no eixo das ordenadas esta capacidade) Deste ponto nós subimos verticalmente para cima até obtermos um ponto na intersecção com a curva de movimento de terra. Se deste ponto traçarmos uma linha horizontal encontraremos no eixo das ordenadas o ponto A que nos permite ler a quantidade de terra a se movimentar para executar o reservatório com a capacidade definida. À direita dos pontos da curva correspondendo as capacidades de 4.000 / 6.000 / 10.000 / 15.000 / 20 .000 / 30.000m3, podemos ler as seguintes informações: C x D = Dimensões do reservatório na zona da crista. x = Profundidade escavada do terreno. Y = Altura do dique a contruir sobre o terreno. X + Y = 6 metros (hipótese tomada no gráfico). Se descer no eixo da abscissas, na capacidade definida, caminharemos da mesma maneira verticalmente até a intersecção com o das curvas Y, descemos até contrar o eixo das ordenadas em sua parte baixa, podemos ler. - A quantidade de geomembrana necessária. - A superfície total necessária a ser ocupada pelo reservatório. Devemos também notar que a escala é identica para ambas as curvas. Por tanto para uma capacidade determianda podemos obter os 3 valores A, B e C. O custo total do reservatório poderá avaliar-se desta manera: 1. Se a altura de águia 5m Custo = A x (custo da movimentação de terra / m3) + B x (custo da

geomembrana / m2) + C = (custo do terreno / m2).

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2. Se a altura de água = 7m (reservatório de 20.000m3 por exemplo) Custo total = A x 1,062 x (custo da movimentação de terra / m3) + B x 0,901 x (custo da geomembrana / m2) + C x 0,921 x (custo do terreno / m2). Sendo 1,062; 0,901 e 0,921 os coeficientes de redução ou aumento obtidos no quadro N0 2

CUIDADOS ESPECIAIS DURANTE O MANEJO Durante o manejo dos peixes devemos estar atentos a vários fatores que irão garantir uma menor mortalidade dos peixes, estes fatores são: Temperatura - o ideal é que se faça o manejo em dias nublados, com a temperatura da água e do ar entre 20 e 25ºC. Em dias de muito calor devemos manejar os peixes no horário das 7 a 10 horas da manhã. Água - deve ser sempre oxigenada. Redes e Tarrafas - sempre que possível devemos optar por redes ao invés de tarrafas. Esta última machuca os peixes durante a captura. Para alevinos de 0,1 a 0,5 g usamos malha de 0,5 cm entre nós, acima deste tamanho passamos para uma malha de 1cm. Isto é feito para não malhar o peixe. Para a captura de alevinos com 0,1 gr. podemos adaptar uma tela de mosquiteiro a uma rede de 1 cm de malha. A rede vai na frente segurando toda a sujeira com mais de 1 cm e os alevinos são retidos pela tela de mosquiteiro.

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Durante a captura devemos ter disponíveis caixas de isopor, baldes, puçá, sacos de coletas ou outro recipiente com água limpa para receber os peixes capturados. O tamanho das redes devem ser 2 a 3 vezes a largura do viveiro e com 1,5 a 2m de altura. Tempo de operação - os peixes devem ficar o menor tempo possível fora da água, para isso devemos primeiramente planejar a ação e dispor os equipamentos de maneira que não se perca tempo entre a captura e a colocação dos peixes em recipientes. Mortalidade - um mau manejo pode provocar a perda de mais de 50% dos peixes, que em condições boas seria de no máximo 0,01%. Captura - iniciamos abaixando o nível do viveiro até uma profundidade conveniente (0,5 m). O arrasto deverá ser feito no sentido da entrada de água para que os peixes recebam sempre água limpa e oxigenada. No caso de se fazer a despesca total, a rede deve ser passada o maior número de vezes para se capturar o maior número possível de peixes, a seguir esgotamos o viveiro e retiramos os peixes que restarem. A rede deve ser passada lentamente puxando-se a corda de cima com a mão e a de baixo com o pé. Durante o recolhimento, a rede deve ser puxada por igual de maneira que concentramos os peixes em apenas 3 m. Para a retirada da rede juntamos a parte superior (bóias) com a inferior (chumbada) e a arrastamos pelo tanque , feito isso passamos os peixes para um recipiente apropriado.

TÉCNICAS DE DESPESCA E COMERCIALIZAÇÃO:

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Após o período de engorda, devemos nos preparar para a captura do pescado e sua utilização para consumo ou comercialização pois brevemente iniciaremos uma nova safra. A despesca é feita geralmente após período de cultivo que pode ser de 4 meses a um ano, dependendo da espécie e das exigências de mercado. Uma estratégia de venda é programar a despesca para épocas de maior consumo de pescado, aproveitando festas, férias escolares e Semana Santa. Dependendo do período em que será feita a despesca, poderemos antecipar a compra de alevinos e estocá-los em tanques redes para alevinagem no mesmo viveiro de engorda.. Com isso ganhamos tempo na próxima safra. A despesca poderá ser parcial ou total, dependendo da forma de comercialização. A despesca parcial é recomendada para o piscicultor que deseja vender diretamente seu produto enquanto que a total poderá ser feita para intermediários, caso o criador não tenha como estocar a produção. Antes de se fazer a despesca total, é fundamental que se saiba o destino do pescado. Depuração

Antes de se comercializar a produção, o pescado deve passar por um período de 3 a 5 dias em tanques com circulação de água, altamente aerado, sem alimentação, para que adquiram um sabor mais agradável.

Despesca Podemos utilizar redes de multifilamento de nylon sem nó para a captura do pescado. Devemos ter a disposição recipientes com água limpa para lavar os peixes e estocá-los se necessário. Geralmente usamos bombonas plásticas ou tanques de PVC, mas engradados de madeira com lona plástica podem dar bons resultados.

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Se o destino do pescado é a venda no gelo podemos adicionar 10 mg/L de cloro na água de lavagem e levar o ph para 6. Com isso iremos eliminar microorganismos de pele e de branquias, aumentando a sua durabilidade. A venda de peixes vivos requer um sistema de estocagem mais elaborado, podendo ser feita em pequenos tanques de terra, de alvenaria ou em tanques redes com ou sem aeração forçada. Em todos os casos é fundamental que se faça uma seleção por tamanho a fim de facilitar a estocagem e o transporte. Os peixes deverão ficar sem alimentação durante este período a fim de se reduzir seu metabolismo. A comercialização deverá ser o mais rápida possível para se evitar perdas por canibalismo ou doenças. Venda de Pescado Resfriado: O peixe é colocado em caixas plásticas com uma camada de gelo moído ou em escamas em seu interior. Outra camada de gelo deverá ser colocada sobre ele de maneira que um peixe não tenha contato direto com outro. A morte virá por resfriamento que também irá retardar a sua decomposição. O pescado resfriado poderá ser comercializado dessa forma, sempre sob a ação do frio, por um período de 4 a 5 dias. No caso de peixes que foram banhados com água clorada este período dobra. Além de retardar a decomposição, o gelo evita o ressecamento do pescado. A venda de pescado resfriado é uma das formas mais comuns de comercialização, o inconveniente é estar na reposição do gelo derretido e no peso para o transporte.

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Peixes grandes deverão ser eviscerados (leia adiante ítem Eviceração) e recheados com gelo. Para cada kg de peixe usamos um kg de gelo. Durante transportes demorados devemos aumentar a camada de gelo. Venda de Peixe Vivo: Peixes vivos poderão ser vendidos diretamente ao consumidor ou para proprietários de viveiros destinados a pesca esportiva ou lazer. Neste caso é necessária a sua estocagem em tanques que facilitem a captura. Após a captura no viveiro os peixes são lavados em água corrente para a retirada de sujeiras e bactérias que estejam sobre a pele. A estocagem em tanques menores não deve ser muito longa e é fundamental que se faça uma boa renovação da água para eliminar resíduos orgânicos e elevar o teor de oxigênio dissolvido. A aeração forçada pode ser usada se necessário. Peixes de couro ou que não soltam facilmente as escamas são os mais indicados para ficarem sob alta estocagem. A desinfecção destes antes de entrarem nos tanques de estocagem ajuda a manter a sanidade dos animais, podendo ser usados soluções a base de verde malaquita, azul de metileno ou kilol. Os peixes devem ser estocados por tamanho e/ou por espécie. Na hora da comercialização devemos ter o equipamento de transporte, que pode ser sacos plásticos ou container de PVC ou outro material. A venda em sacos plásticos é feita com material resistente, atóxico, e com 1/3 de seu volume preenchido com água. O ar deverá ser retirado e substituído por oxigênio, fechando-se o saco com tiras de borracha. Podemos usar gelo ao redor do saco para reduzir o metabolismo dos peixes durante o transporte.

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Cuidados Especiais na Venda de Peixe Vivo Período de comerc. e peso

mínimo Temp. critica de manuseio e resistência

Densidade (kg/1000 litros) e cuidados no transp.

Carpa comum 5 a 8 - > 0,05 kg >25ºC – boa em temp.baixa

200 - temp. <22ºC

Pacu 10 a 3 - > 1,0 kg < 20ºC - boa entre 22 a 28ºC

180 - temp. entre 22 e 25ºC

Tambaqui 11 a 2 - > 1,0 kg <23ºC – regular 180 - idem Tambacu 10 a 3 - > 1,0 kg <20º entre 22/28ºC 180 - idem Curimbatá 9 a 3 - > 0,8 kg <20ºC – boa 150 - idem Piaussu 9 a 3 - > 0,6 kg idem – idem idem - idem Tilápia 8 a 3 - > 0,4 kg <19ºC – idem 200 temp.>19ºC Piraputanga 9 a 3 - > 0,6 kg <20ºC – idem 150 temp.entre 22 a 25ºC Matrinxã 10 a 3 - > 0,6 kg <22ºC – idem 150 - idem Catfish americano 4 a 9 - > 0,5 kg >25ºC – idem 200 - temp. < 25ºC Todos necessitam de depuração antes do transporte (ficar em jejum de 24 horas). Os principais cuidados preventivos de parasitas e doenças são para Carpa comum: Lernea; Pacu, Tambaqui e o Tambacu: Dactilogirose e Columnariose. Para povoar o tanque com peixes recém transportados, devemos bombear água do viveiro para dentro do cotainer de transporte até ter uma renovação de 100% da água. Dessa maneira iremos aclimatar os peixes em seu novo habitat. O uso de containers é mais apropriado para transportar peixes maiores ou em maior quantidade. O recipiente deve ser limpo, com paredes lisas, sem cantos agudos, e com abertura que facilite a carga e descarga do pescado. Devemos ter um sistema para a circulação de ar (compressor) ou oxigênio (garrafa) com dispersão do gás formando pequenas bolhas. Para esse transporte podemos utilizar cubos de gelo ao redor do recipiente.

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Venda de Peixe Congelado: O peixe deverá ser lavado com água clorada, morto por resfriamento em gelo, ensacado individualmente e congelado em freezer ou câmara fria. No caso de animais de grande porte, estes deverão ser eviscerados para que se conservem melhor. O peixe congelado dentro de saco plástico deverá ser distribuído no freezer em camadas nunca sobrepostas para facilitar a passagem do frio, depois poderão ser pesados, etiquetados e estocados em camadas. Evisceração

É a retirada do material contido na cavidade abdominal. A Evisceração é feita em uma sala com proteção contra a entrada de insetos, temperatura branda, com o pescado estocado em gelo e em uma mesa ou pia que sejam fácil de ser limpos e que possuam sistema para escoamento de vísceras e escamas. A Evisceração é feita com facas apropriadas, limpas e afiadas, sob constante fluxo de água clorada. Iniciamos com uma incisão no abdome que vai do ânus até abaixo do opérculo, daí as vísceras são retiradas de maneira que não sejam rompidas. A seguir o peixe é lavado e estocado em caixas plásticas com gelo.

ROTINA DE TRABALHO 1. Monitorar a qualidade da água diariamente, pelo menos 2 vezes ao dia,

uma antes da alimentação e outra uma hora depois. 2. Manter registro de alimentação e crescimento dos peixes. 3. Manter registro de qualidade da água para determinar possíveis correções. 4. Fornecer uma pequena quantidade de ração para ver se os peixes estão

ativos e se alimentando.

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5. Não faça mudanças rápidas em qualquer parâmetro de qualidade de água, exceto oxigênio dissolvido.

6. Mantenha registros de mortalidade e dos peixes retirados do sistema. 7. Faça aumentos graduais da ração a ser fornecida diariamente. 8. Não forneça ração rançosa e/ou mofada. 9. Mude o tamanho da ração conforme o tamanho dos peixes. 10. Permita a retirada do cloro se for utilizar água da rede publica de

abastecimento 11. Não tenha pressa em povoar totalmente os viveiros enquanto o biofiltro não

estiver totalmente ativado. 12. Esteja alerta as mudanças de apetite e do comportamento geral dos peixes. 13. Não se preocupe se um ou dois peixes morrerem; retire os animais e

procure determinar a causa antes de tomar qualquer providência. 14. Mantenha um reservatório de água para possíveis emergências. 15. Use rede sobre os viveiros para impedir que os peixes saltem para fora. 16. Faça um quadro com as rotinas da criação, para que todos saibam como

agir na sua ausência. 17. Nunca faça um aumento no arraçoamento em mais de 10% para não

prejudicar o funcionamento do biofiltro. 18. Evite a exposição dos viveiros e do biofiltro a luz excessiva para não

termos uma grande produção de algas. 19. Não espere água cristalina em seu sistema. 20. Tenha um plano de ação no caso de falta de energia elétrica.

CONTROLE DE PRODUÇÃO: Desde que iniciamos os preparativos do viveiro devemos contabilizar todos os gastos para que no final da engorda tenhamos o custo de produção. Nestes custos devem conter gastos com a compra de alevinos, mão-de-obra gasta durante o manejo, ração, depreciação do tanque e dos equipamentos utilizados, além do custo do capital investido. Todos estes valores deverão ser atualizados e divididos pela produção obtida. O valor do pescado está na soma do custo de produção por kg acrescido da margem de lucro que se deseja. “Apenas o produtor que mantém um controle rígido de seus gastos é que poderá ser preciso quanto ao custo de produção.”

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SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO A criação de qualquer organismo aquático requer cuidados especiais de saúde e segurança do trabalho que são descritos a seguir: 1 - Usar botas de borracha com solado atiderrapante. 2 - Não permanecer com roupa molhada. 3 - Desinfetar e proteger qualquer ferimento, principalmente nas mãos, durante e após o manejo dos animais. 4 - Usar chapéu ou boné nos trabalhos com exposição solar direta.

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CONTROLE DA POPULAÇÃO DO VIVEIRO

nº do tanque: Superfície: Situação:

POVOAMENTO

Data Espécie Categoria ou sexo

nº Peso total Peso médio kg/ha

PESCA

Data Espécie Categoria ou Sexo

nº Peso total Peso médio Produção kg/ano

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ARRAÇOAMENTO

Nº DO TANQUE: ÁREA: ESPÉCIE (S): CATEGORIA:

Data Tipo nº de arraçoamento Total de kg/dia Total por Hectare

AMOSTRAGEM

PESO/INDIVÍDUO

TANQUE Nº: ÁREA: CATEGORIA: ESPÉCIE: Nº DE INDIVÍDUOS:

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Peso médio Comprimento Peso médio Comprimento

CONTROLE DE TEMPERATURA, pH E TRANSPARÊNCIA

MÊS: TANQUE Nº: ANO:

Dia pH Transp. Temp. Máxima Temp. Mínima Temp. Média

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