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Lesson 1
PEF 2502 Obras subterrâneas
Projeto e Método Construtivo
Prof. Carlos Eduardo M. Maffei Profa. Heloísa Helena S. Gonçalves
Prof. Pedro Wellington G. N. Teixeira
Valas escoradas (2a. Aula)
Ações a considerar
Empuxos de terra;
Empuxos de água;
Empuxos de sobrecargas decorrentes de edifícios nas zona de influência;
Empuxos decorrentes de depósitos de materiais, veículos e equipamentos.
A escavação do maciço irá provocar deslocamentos para o lado interno da vala. Na figura, uma ilustração obtida com modelo elástico linear de uma vala não escorada. Na vala escorada, a distribuição dos deslocamentos (e tensões) irá depender da vinculação e da rigidez da parede, do tipo de solo e da interface solo-contenção.
Vala escorada Parede rígida rotação em torno da base (Caso
R-1)
As tensões que atuam na parede distribuir-se-ão de forma triangular
Parede rígida – translação (Caso R-2)
Forma de tensões normais à parede é conforme figura acima;
ho entre 0,4H e 0,5H;
Se o estado ativo for alcançado, o valor de E difere de 5% a 10%.
Parede rígida – rotação em torno do topo (Caso R-3)
Redistribuição das tensões conforme figura acima;
Admite-se preservada a resultante E;
Resultados teóricos e de medições indicam aumento de 20% em relação ao empuxo ativo triangular ideal;
Comentários
Os casos R-1, R-2 e R-3 fornecem indicações para paredes rígidas e com apoio e fichas indefinidos (condições pouco realísticas com relação à base);
Se as paredes forem flexíveis, haverá outras redistribuições por:
Deslocamentos adicionais por flexão da parede;
Arqueamento do solo;
Os deslocamentos globais incrementados geralmente sugerem adotar Ea no dimensionamento.
Parede flexível – rotação em torno da base (caso F-1)
pf = com flexão; p = sem flexão;
Parede flexível: topo e bases fixos (Caso F-2)
Parede flexível – topo fixo (Caso F-3)
pf = com flexão; p = sem flexão;
Caso F-2 associado com rotação em torno da base
Caso F-2 associado com rotação em torno do topo
Caso F-2 associado com rotação em torno do topo e da base
Considerações adicionais
Admite-se que as condições acima possam ser generalizadas, com ajustes criteriosos, para a maioria dos casos da prática – embora advenham de observações de casos específicos;
Se o solo não tem condições de arquear, tendem a prevalecer as distribuições do tipo geoestático;
Após cálculo é possível verificar se a deformada corresponde ao carregamento;
Estacas prancha e paredes diafragma geralmente comportam-se como sistemas flexíveis;
Apenas com severas restrições de deslocamentos as paredes comportam-se como rígidas.
Empuxos
Métodos de cálculo dos empuxos
Coulomb – superfície de ruptura plana;
Método de Rankine;
É o mais utilizado;
Usa Círculo de Mohr e envoltória de resistência do solo;
Método de equilíbrio limite;
As diferenças entre os diversos métodos normalmente é pequena para empuxo ativo (~10%).
Casos especiais
Empuxo ativo-repouso:
Quando os valores de deslocamentos da parede de contenção não forem suficientes para a mobilização total do empuxo ativo – o que corresponde à utilização de paredes mais rígidas para limitar deslocamentos – deverão ser considerados valores intermediários entre o empuxo ativo e o empuxo em repouso.
Empuxo assimétrico;
Paredes em balanço
Aplica-se o denominado Método de Blum, que consiste em aplicar as equações de equilíbrio, conforme carregamentos indicados anteriormente;
O momento de todas as forças atuantes é nulo em relação ao ponto R;
Admite-se a existência de um contraempuxo, Ec, que equilibre o sistema e atue no centro de rotação, não afetando o equilíbrio de momentos;
Admite-se comprimento adicional de 0,2f (f=profundidade do centro de rotação em relação ao ponto de tensão nula);
O coeficiente de segurança “CS” aplicado apenas às tensões efetivas, deve ser: 1,5 para obras temporárias; 2,0 para obras definitivas;
Paredes com um nível de estroncas
A ficha mínima é determinada pelas condições de equilíbrio, admitindo-se mobilizado o passivo do lado da escavação;
O coeficiente de segurança “CS” aplicado apenas às tensões efetivas, deve ser: 1,5 para obras temporárias; 2,0 para obras definitivas; Eventualmente 3,0 para limitar deslocamentos em caso de
solo muito deformável;
A utilização de ficha maior que a mínima pode ser necessária para: reduzir os deslocamentos; para maior capacidade de carga vertical; E, no caso mais geral, corresponde à segunda fase de
escavação de parede multiestroncada – nesse caso, pode-se reduzir “CS” desde que os esforços na parede sejam aceitáveis;
Paredes com vários níveis de estroncas
Os métodos de cálculo podem ser classificados em Evolutivo e Não evolutivo;
De maneira geral, é preferível a aplicação de método evolutivo, pois este representa melhor o comportamento do sistema de contenção: acumulam-se em cada fase as tensões e deformações das fases anteriores;
Quando se deseja apenas verificar a estabilidade, não havendo necessidade de avaliar deslocamentos, pode-se usar Método não Evolutivo, sendo os mais usuais: Método Empírico: fornece os esforços solicitantes a partir de resultados
de valas instrumentadas – pode ser utilizado em condições que satisfaçam as hipóteses propostas;
Método da viga contínua: considera em cada fase da escavação uma viga contínua para representar a parede e apoios indeslocáveis para representar as estroncas; abaixo do fundo de escavação adota-se engaste, admitindo-se que a parede é flexível o suficiente para mobilizar parte do empuxo passivo;
Paredes com vários níveis de tirantes
Alguns fatores específicos demandam considerações adicionais, quais sejam:
A carga de instalação dos tirantes induz tensões no solo e na parede que devem ser considerados no cálculo;
Os deslocamentos finais das paredes são limitados, o que implica em considerações adicionais sobre o diagrama de empuxo ativo;
Em geral, devem ser usados métodos evolutivos, o que é demonstrado pela experiência;
Verificações adicionais: Efeito da água;
Fases de reaterro;
Estabilidade da ficha descontínua;
Estabilidade geral;
Estabilidade do fundo da vala;
Ruptura hidráulica;
Deslocamentos;
Capacidade de suporte de cargas verticais da parede;
Efeito de temperatura;
Efeito de pré-compressão;
Força limite de protensão dos tirantes;
Dimensionamento estrutural dos elementos do escoramento;
Estudo de caso